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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E

MUCURI - UFVJM

FACULDADE INTERDISCIPLINAR EM HUMANIDADES

ISABELLA CRISTINA SALVADOR CIPRIANO

AVALIAÇÃO: HISTÓRIA MEDIEVAL

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Diamantina – MG 2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E
MUCURI - UFVJM

FACULDADE INTERDISCIPLINAR EM HUMANIDADES

ISABELLA CRISTINA SALVADOR CIPRIANO

AVALIAÇÃO: HISTÓRIA MEDIEVAL

Avaliação apresentada ao curso de Bacharelado


em Humanidades da Universidade Federal dos
Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM,
como requisito a Disciplina, História Medieval.

Orientador: Prof. Tomaz Pedrosa de Tassis


Discente: Isabella Cristina Salvador Cipriano

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1. As transformações no seio do Império Romano a partir do século III foram vistas

por alguns historiadores como sinais da decadência de Roma e por outros como

transmutações rumo a um novo período de estabilidade romana. De acordo com a

bibliografia estudada até aqui, elabore um ensaio elencando pelo menos três transformações

fundamentais ocorridas no mundo romano entre os séculos II e V, utilizando pelo menos

dois textos da bibliografia.

Há diversas interpretações do processo de declínio do Império Romano do Ocidente,

alguns historiadores afirmam que a chamada queda do Império começou em razão de uma série

de problemas que se deu no final do século II. O final desse período foi marcado pela morte do

imperador Marco Aurélio em 180 d.C., iniciando-se, assim, a decadência romana, que se

estendeu até a fragmentação da parte ocidental do império.

A decadência do Império Romano está relacionada, primeiramente, com a crise do

sistema escravista, iniciada na transição do século II para o século III d.C. Esse sistema era

parte essencial da economia romana, que contava com a renovação da população de escravos

do império por meio das guerras de conquista e expansão.

Desde os tempos republicanos, Roma sustentava e ampliava seu poderio econômico

através da constante obtenção de terras e escravos. Ao combinar essas duas práticas, os romanos

garantiam produtos agrícolas e manufaturados a um baixo preço e alcançavam margens de lucro

bastante significativas.

A falta de escravos, somada ao cristianismo, que, ao defender a igualdade e negar a

escravidão, servia de estímulo a fugas e revoltas dos escravos, mais a interrupção da expansão

das terras dês do início do século I, acabou gerando uma recessão econômica sentida pela

diminuição da produção agrícola e a diminuição dos impostos arrecadados pelo império. O

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somatório desses elementos gerou uma grave crise financeira que, por sua vez, provocou o

declínio do comércio e de toda a atividade urbana.

Com isso, a economia romana teve que se adaptar a novas formas de trabalho e produção

que contornassem a nova situação. Mas a crise se agravou e ao longo dos anos apresentou

efeitos militares e administrativos. Ocorreu um grande desequilíbrio entre as forças do exército

e os bárbaros que pressionavam as fronteiras do Império.

Toda a estrutura social, econômica e administrativa do Império começava a se

desagregar. O enfraquecimento do Exército tornava o Império mais vulnerável a revoltas de

províncias e de escravos, enfraquecendo-o ainda mais. Ao mesmo tempo, tornava mais

desprotegida a extensa fronteira do Império.

Outro aspecto importante de todo este processo era o cristianismo, os cristãos, que já

habitavam os domínios do Império há bastante tempo, passaram a crescer numericamente, e a

partir do momento em que se iniciou a crise, aumentava também o numero de pessoas

desacreditadas das Religiões romanas, uma camada de pessoas que buscaram no cristianismo

consolo espiritual. Com a dificuldade que o império se encontrava naquela momento era mais

difícil manter a postura repressiva sobre esta parcela da população, foi quando no início do

século IV, o imperador Constantino publica o Edito de Milão, concedendo liberdade de culto

aos cristãos.

Mas mais do que isso, à medida que a crise do Império se agravava, suas próprias

estruturas administrativas se deterioravam. O imperador Teodósio, por meio do Edito de

Tessalônica, em 380, tornou o Cristianismo a religião oficial do Império. Com esse ato, ele

buscava não apenas exercer um controle sobre a crença cristã, mas, dando ao Cristianismo um

caráter oficial, também utilizar a estrutura da Igreja como instrumento organizativo do Império.

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Entretanto, um dos elementos que mais contribuíram para a queda do Império foram as

invasões barbaras. Como dito anteriormente com a crise ouve um grande enfraquecimento das

guarnições do Império, resultando em tais invasões. E Foi por meio de tais invasões, que

alguns povos bárbaros, como os francos, os germânicos e os visigodos, passaram a fazer a sua

própria organização social e política.

As ondas migratórias dos povos bárbaros do norte da Europa e de regiões da Ásia em

direção a Roma, provocadas por transformações climáticas e outros fatores similares, forçavam

o Império a repelir os invasores e a mover progressivamente mais contingentes do exército para

a defesa do centro do Império, que era a cidade de Roma.

Com tantos bárbaros em terras romanas, o Império adotou a política de permitir que as

tribos bárbaras se instalassem dentro das suas fronteiras e essa relação estabelecia-se com o

Império cedendo a essas tribos terras, chamadas pelos romanos de feudos. Esses bárbaros eram

admitidos na condição de colonos, segundo a qual, em troca da terra, eles se comprometiam a

cultivá-la, pagar tributos ao Império e, por lei, estar presos à terra, não podendo deixá-la. Isso

se explica pela necessidade romana de usar esses povos para a própria defesa das regiões

fronteiriças.

A partir do final do século 4, a situação do Império tendeu ao colapso. Ao longo de

quase um século, os hunos assolaram regiões da Europa, chegando mesmo a sitiar Roma em

452. Ferozes, saqueadores e extremamente numerosos, eles espalharam terror por várias regiões

da Europa, incluindo a Germânia. Para vários historiadores, os ataques dos hunos contribuíram

largamente para pressionar os povos germânicos em direção às terras pertencentes a Roma,

acelerando o processo de invasões. Tais invasões se estenderam ao longo do século V. Dando

assim final ao Império Romano.

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2. Elabore, recorrendo à bibliografia indicada até agora, um ensaio sobre o conceito de

‘‘Antiguidade Tardia’’.

Dentro das perspectivas historiográficas atuais, o conceito de Antiguidade Tardia

contradiz o preceito de “ruptura” que constitui, as quatro Idades divididas pela História. O

historiador, Marcelo Cândido da Silva afirma em seu texto ENTRE “ANTIGUIDADE

TARDIA” E “ALTA IDADE MÉDIA” que: “Contraponto às noções de ruptura e decadência

do mundo romano, implícitas na expressão Baixo Império, a Antiguidade Tardia afirmou-se

como o elo entre Antiguidade e Idade Média.” (CANDIDO, p.57)

Esse momento histórico denominado por Antiguidade Tardia, se apresenta desta forma

como “consolidador dos elementos culturais, religiosos, políticos, econômicos e sociais que

viriam a configurar o futuro medievo da Europa Ocidental”. (GREIN, 2019, p.108) Mostrando-

se como mantedora das ideias do período clássico, uma idade que dá continuidade pelos novos

agentes políticos a era clássica.

Entretanto, os autores de tal conceito, se divergem em definir cronologicamente o que

seria o período da Antiguidade. Historiadores como Peter Brown e Averil Cameron advogam a

ideia de uma “longa Antiguidade tardia” que se estenderia do século II ao VIII. Mas além do

tempo, a redefinição geográfica da área a ser estudada é um outro aspecto crucial no modo

como o período é definido.

O conceito de Antiguidade Tardia trouxe novos questionamentos e abordagens, que

partem da referência Imperial Romana, e sobre as divergentes interpretações da crise e queda

do Império Romano. Dado as inúmeras transformações socias e políticas que ocorreram neste

período, marcando acontecimentos fundamentais para história do ocidente, como a

fragmentação política e militar do império romano, a formação dos reinos bárbaros, a

emergência do cristianismo e o advento do islã.

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A aproximação das culturas romana e germânica, em que segundo alguns autores se

mantiveram elementos da cultura romana, em junção a elementos das culturas bárbaras,

causando a reflexão acerca das tensas relações entre esses dois grupos que compartilhavam o

mesmo universo cultural. Resultando em uma nova configuração social que serviram de plano

de fundo para construção da Europa medieval.

3. Elabore um comentário, recorrendo à bibliografia, sobre o contexto religioso da

Antiguidade Tardia.

Durante o período que chamamos a cima de Antiguidade Tardia, houveram grandes

transformações no que tange a questão da religião e religiosidade. A religião tradicional romana

– ou seja, os cultos públicos – perderam seu prestígio. Após as diversas previsões de catástrofes,

e a interferência helenística, contudo, depois de Otavio Augusto se torna Imperador, a época de

paz, fez renascer nos romanos novamente a crença na religião tradicional.

Depois de sua morte, todos os grandes imperadores do século II eram proclamados

Deuses, e aqueles que se recusassem a celebrar o culto imperial, eram considerados cristãos e

destinados as perseguições. No decorrer dos dois primeiros séculos o cristianismo era

considerado como religião ilícita, e aqueles que a praticavam, eram perseguidos. Mas o

cristianismo conseguiu se infiltrar por todos os cantos do Império e em todas as camadas sociais.

Assim se configurou o momento de conflitos entre a religião emergente, o cristianismo,

e as crenças tradicionais dos romanos. Este período é palco de diversas transformações

religiosas, com o surgimento de novas formas de culto e, a figura de Constantino, que propõe

transformar a igreja num organismo oficial, de extrema importância para o funcionamento do

estado, enquanto Roma passava por um momento de profundas mudanças sociais e também

espirituais, momento esse em que se dá na transição do mundo antigo para o medieval.

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Para além a flexibilidade do cristianismo em relação a trazer para si elementos de uma

cultura religiosa tida como pagã, e a relação entre a política e a religião, as formas como uma

está perpetrada na outra em relação a interesses particulares e relações de força e de poder. Este

é um período riquíssimo no que tange à religião, as práticas religiosas dos diversos atores sociais

e a cultura da época.

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Referencias Bibliográficas:

BROWN, P. (1972). O Fim do mundo Classico de Marco Aurélio a Maome. Lisboa: Verbo.
GONÇALVES, A. T. (2010). Religião e magia na Antiguidade Tardia: do helenismo ao
neoplatonismo de Jâmblico de Cálcis. Dimensões, 4-17.
GREIN, E. (2009). Translatio ad mundus:. a transformação do mundo romano e a
antiguidade tardia. Elementos teóricos para uma perspectiva historiográfica. União
da Vitória - PR.
GRIMAL, P. (2011). História de Roma. (T. M. Loureiro, Trad.) São Paulo: Unesp.
MACHADO, C. A. (Jul-Dez de 2015). A ANTIGUIDADE TARDIA, A QUEDA DO IMPÉRIO
ROMANO E O DEBATE SOBRE O “FIM DO MUNDO ANTIGO”. Rev.His, 81-114.
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POPULARES À PRÁTICA DA FILOSOFIA RELIGIOSA. Revista Brasileira de
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XXVI Simpósio Nacional de História – ANPU, 10.

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