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ARTIGO

A INFLUÊNCIA DOS RISCOS FÍSICOS COMO CONSEQUÊNCIA


ERGONÔMICA EM UM PROCESSO PRODUTIVO

Ana Thais de Souza Stoco

RESUMO

Este artigo apresentou uma discussão sobre a influência dos riscos físicos
presentes no ambiente ocupacional, como consequência ergonômica em um
processo produtivo relativos às características psicofisiológicas do trabalhador.
A crescente atividade industrial e o consequente aparecimento das patologias
associadas ao trabalho, exigindo das empresas, maiores investimentos
referentes às adequações dos ambientes de trabalho, buscando minimizar
fatores como a temperatura ambiental, o ruído, as vibrações e a iluminação. A
metodologia utilizada foi à pesquisa investigativa, através do levantamento dos
dados, de documentos constituídos de artigos científicos já elaborados,
páginas da internet e livros específicos. Selecionaram-se autores renomados,
com vasto conhecimento sobre o tema abordado. O resultado deste estudo
contribui para orientar os profissionais prevencionistas envolvidos com
ergonomia sobre a prioridade da neutralização, ou minimização dos riscos
físicos em um programa ergonômico ocupacional.

PALAVRAS-CHAVE: Ergonomia. Ambiente de Trabalho. Riscos Ocupacionais.

INTRODUÇÃO

Atualmente têm sido evidentes os esforços empresariais para a busca


de melhores desempenhos na qualidade dos produtos, aumento da
produtividade, redução dos custos para a produção e sobrevivência no
mercado consumidor.
Segundo Guérin et al (2.001), com o crescimento da atividade industrial
e o consequente aparecimento das patologias associadas ao trabalho, as
empresas estão necessitando adaptar seus ambientes de trabalho, investindo
em princípios ergonômicos para adaptar seus sistemas, tornando-os mais
produtivos e otimizando a energia do trabalhador.

1. Fisioterapeuta, docente do departamento de segurança do trabalho do SENAC,


Especialização em Engenharia de Produção - FATEC/FACINTER.
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O processo de globalização, exigiu do sistema produtivo, que as


condições ambientais do trabalho fossem levadas em consideração, uma vez
que se apresentam como fatores relevantes para a condição produtiva do
trabalhador.

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS
O objetivo desse artigo é despertar a discussão sobre as influências dos
riscos físicos em condições inadequados, conhecidos como iluminação,
vibração, temperatura, e o ruído, como geradores de fatores ergonômicos em
um processo produtivo, que se exige do trabalhador a eficiência, o
desempenho e produtividade segundo as normas da empresa.
O tema foi proposto, devido à escassez de estudos direcionados a esta
problemática, e que interfere de forma direta na saúde e qualidade da vida
produtiva do trabalhador.

METODOS
A metodologia utilizada para o desenvolvimento deste artigo foi à
pesquisa investigativa, visando promover maior familiarização do tema
proposto. O levantamento dos dados, considerados fundamentais à pesquisa
foi confeccionado através de bibliografias, isto é, através de documentos
constituídos de artigos científicos já elaborados, páginas da internet e livros
específicos.
Foram selecionados autores renomados, com vasto conhecimento sobre
o tema abordado.

DESENVOLVIMENTO

REVISAO DA LITERATURA

CONSIDERAÇÕES SOBRE ERGONOMIA


Segundo IIda (2.005), a Ergonomia é uma ferramenta multidisciplinar
que abrange os setores gerais da empresa. Inicialmente concentrava-se no
sistema homem - máquina, exclusivamente no sistema industrial. Hoje esse
conceito evoluiu e sua área de abrangência tornou-se bastante ampla, onde o
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sistema homem - máquina, e os fatores ambientais, interagem entre si, como


sistemas complexos para a realização de um trabalho.

CONCEITOS DE ERGONOMIA E SUAS NECESSIDADES

As definições de ergonomia são marcadas por uma visão do trabalho


onde o centro dos estudos é a mobilização física do ser humano. (FALZON,
1.996, p.2).
Dul e Weerdmeester (2.004, p.2), destacam que:
A ergonomia estuda a postura e os movimentos corporais (posturas de
trabalho), fatores ambientais (ruídos, vibrações, iluminação, clima, agentes
químicos), relação entre o trabalhador e seus comandos, e as condições de
cargos e tarefas. As formas adequadas desses fatores permitem promover
ambientes seguros, saudáveis, confortáveis e eficientes, tanto no trabalho,
quanto na vida cotidiana.

Já, OLIVEIRA NETTO (2.006), assinala que a ergonomia é o estudo do


trabalho em relação ao ambiente em que é desenvolvido. A ergonomia é
adaptar ou adequar, o local de trabalho ao trabalhador, visando prevenir
acidentes e as doenças profissionais.
BARBOSA FILHO (2.011, p.70), define ainda como a ciência do conforto
humano, a busca do bem estar, a promoção da satisfação no trabalho, a
otimização da capacidade produtiva e a segurança total.
Relativo ainda aos fatores ambientais, MINICUCCI, (1.995, p.97),
menciona que a necessidade do estudo da ergonomia é decorrente da
operação de máquinas complexas e da utilização de sofisticados aparelhos
eletrônico e computadores. Problemas de ruído, vibração, e ainda as condições
térmicas inadequadas, intensificam a necessidade de estudo do ambiente
relativo ao trabalhador.
MINICUCCI, (1.995, p.97), quando fala de ergonomia, destaca que é
uma ciência que tem como objetivo estudar principalmente o meio ambiente
físico, tendo como destaque o ruído, a vibração, os ambientes térmicos, os
horários de trabalho, a duração das tarefas, as pausas realizadas entre os
trabalhos, as dimensões dos postos de trabalho, o treinamento e aprendizagem

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com que as tarefas são executadas. O ambiente de trabalho com as condições


inadequadas, tem levado o trabalhador rapidamente à fadiga, aos acidentes, os
baixos rendimentos, as neuroses profissionais e as doenças psicossomáticas.
Estas condições tiveram influencia direta no estudo da adaptação do trabalho
ao homem.

ERGONOMIA E OS RISCOS AMBIENTAIS

Segundo a Portaria nº 25, de 29.12.94, do Secretário de Segurança e


Saúde no Trabalho DOU de 30.12.94, estabelece através da nona norma
regulamentadora (NR 09), a obrigatoriedade da elaboração e implementação,
por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores
como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA,
visando a preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da
antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência
de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de
trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos
naturais. A Norma Regulamentadora número 09, reconhece como riscos
ambientais, no subitem 9.1.5 os agentes físicos, químicos e biológicos
existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza,
concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar
danos à saúde do trabalhador. (COSTA, 2011).
Ressaltamos que o objetivo do presente artigo são os riscos ambientais
classificados como físicos, que terão destaque durante nossa dissertação, por
estarem diretamente relacionados, aos fatores ergonômicos durante um
processo produtivo.

RISCOS FÍSICOS COM INFLUENCIA NA ERGONOMIA


1. Ruído
O Ruído é uma palavra derivada do latim rugitu que significa estrondo.
Acusticamente é constituído por várias ondas sonoras com relação de
amplitude e fase distribuídas anarquicamente, provocando uma sensação
desagradável diferente da música.
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O ruído pode ser contínuo, ou seja, não há variação do nível de pressão


sonora nem do espectro sonoro; de impacto ou impulsivo que são ruídos de
alta energia e que duram menos de 1 segundo (ISO 1.973 a).
O Ruído é o agente físico mais nocivo encontrado em um ambiente de
trabalho. ALBERTI PW (1.994 p.934 – 45 )
Dias A. et al. (2.060) corrobora que os trabalhadores expostos aos
ruídos excessivos evoluem para perda auditiva e zumbidos. A evolução
normalmente são as manifestações do sistema em geral, como alteração de
vigilância, alteração da frequência cardíaca e respiratória, alteração de pressão
arterial e intestinal, dilatação das pupilas, aumento do tônus muscular, aumento
da produção de hormônios tireoidianos e estresse.
A NR- 17, define que nos locais de trabalho onde são executadas
atividades que exijam solicitação intelectual e atenção constantes, tais como
salas de controle, laboratórios, escritórios e etc., são recomendadas condições
de conforto de níveis de ruído estabelecido na NBR 10152 ou para atividades
não constantes nesta, níveis de ruído de até 65 dB(A). Os níveis utilizados
como parâmetros pela NR-17 aplicados são contemplados com o objetivo de
conforto acústico, que necessariamente não implicam em risco de dano a
saúde do trabalhador, apenas risco ergonômico ao trabalhador.

2. Vibração
Vibração é qualquer movimento que o corpo executa em torno de um
ponto fixo. Pode ser regular, do tipo senoidal ou irregular, quando não segue
nenhum movimento determinado, (IIDA, 1.990).
Vendrame, (2.005) afirma que o corpo humano possui uma vibração
natural, e que reage à vibração do diferentes formas, classificadas por
vibrações de corpo inteiro (faixa de 1 a 80 Hz, mais especificamente de 1 a 20
Hz.) específicas para atividades realizadas sentadas operando algum
maquinário, normatizadas pela norma ISO 2631, e vibrações de extremidades
(de mãos e braços, na faixa de 6,3 a 1250 Hz), ocorrendo nos trabalhos com
ferramentas manuais e normatizadas pela ISO 5349.
Segundo Iida (1990), as vibrações nas frequências mais baixas, de 1 a
80Hz são particularmente as mais danosas ao organismo provocando lesões
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nos ossos, juntas e tendões. As frequências intermediárias, de 30 a 200Hz,


provocam doenças cardiovasculares, mesmo com baixas amplitudes e, nas
frequências altas, acima de 300Hz, o sintoma é de dores agudas e distúrbios
neurovasculares.
Já Grandjean, (1998) destaca que as vibrações têm como efeito
fisiológico danosos de extrema relevância sobre a visão, principalmente para
os trabalhadores que visualmente são explorados no trabalho (motoristas,
operadores de máquinas de construção.

3. Temperatura
Quando se trata de satisfação com as condições térmicas de um
ambiente, então está-se tratando do conforto térmico. No Brasil, a
predominância de climas quentes e úmidos, proporciona a influência do
desconforto térmico no ambiente de trabalho. As condições térmicas dos
ambientes laborais dependem não só do clima, mas também do calor gerado
pelas atividades desenvolvidas e pelos equipamentos envolvidos nos
processos, bem como pelas características do ambiente. Conforto térmico,
pode ser definido como sensação de bem estar resultante da combinação
adequada da temperatura radiante média, umidade relativa, temperatura do
ambiente e velocidade relativa do ar, associados ainda à atividade
desenvolvida e a vestimenta usada pelos trabalhadores (RUAS,
1.997FUNDACENTRO).
O corpo humano possui um mecanismo complexo de controle térmico,
chamado mecanismo termorregulador. Ele envolve estruturas nervosas e
químicas, incluindo receptores especiais de temperatura, glândulas e vasos
sanguíneos, no cérebro, medula espinhal e em varias outras regiões do corpo,
mediado principalmente pelo hipotálamo através das áreas de produção,
conservação e dissipação de calor. A temperatura interna deve ser mantida
entre 36,5 e 37 graus centigrados, sendo que acima e abaixo desses limites,
surgem disfunções orgânicas para o ser humano. Os limites estabelecidos pela
legislação para conforto térmico e temperaturas extremas estão baseados nas
reações agudas de trabalhadores expostos ao calor e não nos seus efeitos
crônicos. Por isso, pode-se dizer que a literatura sobre exposição continua e
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prolongada de trabalhadores ao calor, ainda carece de estudos específicos


(WOOD, 2004).
Santos, (1.995), afirma que o equilíbrio térmico do corpo humano é
atingido quando a temperatura do ar encontra-se entre 25 e 29 graus
centígrado. Inferiormente a esta faixa de temperatura, o corpo humano, através
do mecanismo de termo regulação, passa por vasoconstrição, reduzindo o
fluxo sanguíneo, e a manutenção da temperatura central. Inversamente, acima
da faixa de temperatura corporal, o corpo sofre uma vasodilatação, facilitando a
sua refrigeração pelo fluxo sanguíneo e mantendo desta forma a temperatura
central. Se a temperatura ambiental foi muito elevada, ou muito baixa, é
dificultosa a manutenção da temperatura em média de 36,6 graus centígrados,
desregulando a temperatura corporal.
Nos trabalhos de exigência motora, a perda da sensibilidade e da
coordenação merecem destaque nas alterações de temperatura. Nas tarefas
intelectuais este fato já é menos evidente.

3.1 Temperaturas Frias

O trabalho em ambientes com temperaturas extremamente frias


(temperatura central do corpo abaixo de 36°C) se constituem num risco
potencial à saúde dos trabalhadores, podendo causar desconforto, doenças
ocupacionais, acidentes e até mesmo morte. O estresse é um dos agravantes
provocados pela temperatura extrema capaz de perturbar o equilíbrio do
organismo (homeostase). O frio é um dos agentes físicos geradores do
estresse ao organismo humano. São considerados ambientes desfavoráveis
aos trabalhadores, trabalho a céu aberto em regiões frias trabalha em câmaras
frias ou navios frigorificados, trabalho de embalagem e armazenagem de carne,
frutas, sorvete, pesca e mergulho. Ulcerações e hipotermia não se constituem
problemas muito sérios para os trabalhadores, porém quando associados aos
trabalhos expostos à umidade e o vento, merecem ser melhor investigadas.
Condições de saúde podem piorar os efeitos do frio, como alergias, problemas
vasculares, fumo, bebidas alcoólicas e utilização de certos medicamentos. A

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ocorrência de acidentes por queda tem maior probabilidade de acontecer em


ambientes frios (MATOS, 2.007)

3.2 Temperaturas Quentes

` Santos, (1.995), destaca que relativo à sensação de conforto térmico à


exposição do calor, os resultados dependem de numerosos fatores, como a
idade, vestuários, hábitos sociais, características individuais, dentre outras.
Murbach, (2.007), publicou que o trabalhador exposto a temperaturas
elevadas excessivas, tende a fazer com que seu organismo produza mais
calor, se a exposição prolongada ao calor excessivo for contínuo,
provavelmente os sintomas esperados serão irritabilidade,fraqueza, depressão,
ansiedade e incapacidade para se concentrar, alterações físicas, como
desidratação, erupção (vesículas roxas na área afetada da pele), câimbras
(espasmos e dor nos músculos do abdômen e das extremidades) e alterações
neurológicas.

3.2.1 Temperaturas Quentes e Equipamentos de Proteção

Os Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) são necessários para


muitas atividades profissionais, sendo sua utilização e obrigatoriedade objeto
da legislação. A simples utilização de EPI’s por um trabalhador, já influencia a
forma como se dá a termo regulação corporal.
O equilíbrio térmico é alterado pela dificuldade da perda de calor por
convecção, radiação e evaporação. A consequência imediata é a retenção de
calor toda vez que o corpo humano não consegue perder calor na quantidade
necessária, devido ao isolamento térmico provocado pela utilização dos
equipamentos de proteção individual, resultando num consequente aumento na
temperatura corporal. Um trabalhador executando uma atividade moderada em
condições amenas e utilizando roupas leves leva em média 90 minutos para
elevar 1,5ºC sua temperatura corporal. Caso este mesmo trabalhador utilize
uma roupa impermeável e sintética esse tempo cairia para 20 minutos. Grande
parte dos equipamentos de proteção individual, principalmente para os
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trabalhadores rurais, é feita de material plástico e impermeável, pela


necessidade básica de tentar evitar a contaminação do trabalhador com o
agrotóxico a um custo relativamente baixo. Com isso, pode-se inferir que o tipo
de equipamentos de proteção individual e as condições ambientais deveriam
ser parâmetros para avaliar o tempo limite que um trabalhador poderia estar
exposto a certas condições ambientais dentro da faixa do conforto
térmico.(HAVENITH, 1999).
A norma ISO 7730/05 é considerada por alguns autores como a base
para uma norma internacional para conforto térmico (ZAMBRANO et al., 2006).
Considerando que o corpo humano depende da evaporação do suor
para ter um controle efetivo da temperatura, o uso de um equipamento de
proteção que recobre todo o corpo certamente interfere negativamente na
termo regulação corporal.
Estudos sobre o meio ambiente e a perda de calor corporal baseiam-se
no gradiente de temperatura entre a superfície corporal e o meio ambiente,
porém com o uso de vestimenta surge um novo fator de estudo, o espaço de ar
existente entre a vestimenta e a superfície corporal.
SEELING et al., (2002), descreve que o homem tem melhores condições
de vida e saúde quando trabalha sem ser submetido à fadiga e ao estresse
térmico, de forma que o equilíbrio, estado de conforto térmico, é atingido
quando o corpo consegue dissipar o calor na proporção em que produz, e em
alguns casos, que recebe do meio.
O desempenho intelectual e físico é afetado diretamente, podendo afetar
a motivação e consequentemente a produtividade (CORREIA, 2005).
O corpo humano tem uma temperatura ótima de funcionamento orgânico
que fica em torno dos 37°C e alterações mínimas são percebidas pelo centro
termorregulador que, em geral, dá conta das variações e faz com que a
temperatura esteja sempre perto dos 37°C e 37,5°C. Em geral, há uma
variação circadiana de cerca de 1º C na temperatura central, sendo mais baixa
no início da manhã e mais alta no final da tarde e início da noite. Como
qualquer outro órgão, o cérebro, responde as modificações no estado ótimo de
funcionamento e pode sofrer prejuízo em suas funções, o que pode ser

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observado quando ocorre diminuição da capacidade de resposta, motora,


capacidade de tomada de decisão e desempenho. FUNDACENTRO (1973).

4 Iluminação
Segundo Brandimiller,(1.997), para conseguir identificar imagens e
detalhes, os olhos necessitam de luz na dose adequada. A falta de luz
cansa os olhos, e o excesso também é prejudicial, devido ao reflexo que
atrapalha e leitura e verificação correta da imagem. A quantidade adequada
de luz é a que o indivíduo sente como mais confortável para trabalhar. Irá
variar de indivíduo para indivíduo, de acordo com a sensibilidade de cada
um, e de acordo com a idade. Pessoas com mais de 40 anos se enquadram
na necessidade de 15 a 20% a mais de luz, após os 50 anos, cerca de 50%.
A NBR 5413, citada na Norma Regulamentadora 17, substituída
atualmente pela NBR 8995-1, estabelece os níveis mínimos de
iluminamento a serem observados nos locais de trabalho, estabelecidas
segundo o ABNT.
O Ofuscamento, segundo Brandimiller (1.997), é a perturbação
gerada pela luz incidindo diretamente nos olhos, podendo ser de caráter
artificial (luminárias), natural (sol, luz claridade do dia) e de estruturas com
superfícies reflexivas (vidro, aço polido, superfícies envernizadas, cores
claras). Quando considerados intensos, fica impossível trabalhar. Fatores
como a falta, o excesso e ou posicionamentos inadequados das fontes
luminosas (ofuscamentos), são os fatores geradores de desconfortos ao
trabalhador como as dores de cabeça, fadigas visuais, dores corporais por
posturas inadequadas.

CONCLUSÃO

A realização deste estudo, buscou evidenciar uma discussão sobre os


riscos físicos nas atividades laborais e seus efeitos ergonômicos na saúde dos
trabalhadores como um campo rico para atuação dos profissionais
prevencionistas.

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Nota-se pouco interesse dos profissionais nos estudos dos agentes


físicos como geradores de problemas ergonômicos. Qualquer fator que venha a
interferir nas características psicofisiológicas do trabalhador, causando
desconforto, ou afetando a sua saúde é considerado risco ergonômico. Desta
forma, o estudo buscou destacar alguns dos fatores físicos de consequência
direta nas características psicofisiológicas do trabalhador, como o ruído, as
temperaturas extremas, a vibração, e a iluminação.
Programas mais intensos, focados exclusivamente nas adequações dos
ambientes de trabalho, objetivando a neutralização dos riscos físicos sobre o
trabalhador, deve entre outros quesitos, minimizar consideravelmente os riscos
ergonômicos nos ambientes de trabalho.
Faz-se necessário que outros estudos venham contribuir no
desenvolvimento do tema abordado.

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