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DA CAPITAL/RJ
Processo nº xxxxxxxxx–xx.xxxx.x.xx.xxxx
Após 20 (vinte) dias da sua alta hospitalar, o Autor afirma que por conta
de um mal-estar retornou ao Hospital X, onde foi constatado que em decorrência de
erro médico no primeiro procedimento realizado, seria necessária nova internação, e
que por conta disso ficou mais 30 dias afastado de suas atividades laborais.
II – PRELIMINARES
III – DO MÉRITO
III.I – AUSÊNCIA DE CONDUTA
Vossa Excelência, caso não entenda que inexiste dever de indenizar por
parte do Réu, deve-se analisar os limites da suposta culpa que lhe é, injustamente,
imputada e consequente responsabilidade, que mais uma vez ressalta não é do
condomínio.
Pois bem. O dano sofrido pelo Autor que se, na remota hipótese, for
atribuída ao Réu, deverá ser, tão somente, o dano proveniente da queda do pote de
vidro, ou seja, o valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais). Uma vez que, o dano sofrido por
consequência da imperícia do hospital de deixar uma gaze cirúrgica em seu crânio, não
foi consequência da queda do objeto.
O caso concreto deve ser sempre analisado para que se evite o
enriquecimento sem causa e imputação de ônus injusto à quem age de boa-fé. Assim,
para apurar se realmente o Autor sofreu um prejuízo no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil
reais), será necessária uma análise dos contratos mencionados, dessa forma, requer-se
que o Autor seja intimado a apresentar os contratos negociados para assim verificar o
dano realmente sofrido.
Ainda que seja imputada tal obrigação ao Réu, observa-se que o Autor
requer a indenização por danos morais no valor de 50 salários mínimos, pela violação
de sua integridade física. Ora, tal valor é expressamente abusivo.
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TJSP; Apelação Cível 1057085-28.2017.8.26.0002; Relator (a): José Joaquim dos Santos; Órgão Julgador:
2ª Câmara de Direito Privado; Foro Regional II - Santo Amaro - 5ª Vara Cível; Data do Julgamento:
18/10/2018; Data de Registro: 18/10/2018
3 TJSP; Apelação Cível 1021480-11.2014.8.26.0007; Relator (a): Egidio Giacoia; Órgão Julgador:
3ª Câmara de Direito Privado; Foro Regional VII - Itaquera - 5ª Vara Cível; Data do Julgamento:
07/08/2018; Data de Registro: 08/08/2018)
Diante do exposto, se esse Douto Juízo entender que a reparação dos
danos sofridos deve ser indenizada pelo Réu, serve a presente, para que os valores
pleiteados pelo Autor, tanto por danos materiais e morais sejam melhores apreciados.
Caso assim não entenda, requer seja julgada a presente ação totalmente
IMPROCEDENTE, reconhecendo a ausência de conduta e nexo de causalidade.
Subsidiariamente, pugna pelo arbitramento razoável dos valores indenizatórios
pleiteados pelo Autor, sendo tão somente imputada a responsabilidade dos lucros
cessantes do suposto contrato perdido em decorrência da primeira internação, bem
como seja reduzido o valor de indenização por danos morais, no limite de R$ 10.000,00
(dez mil reais).
Termos em que,
Pede deferimento.