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No IP não há litígio, por não haver autor e réu. Há apenas a presença do investigado ou
acusado.
A Polícia ostensiva ou de segurança (Polícia Militar) tem por função evitar a ocorrência
de crimes. Já a Polícia Judiciária (Civil e Federal) se incumbe se investigar a ocorrência
de infrações penais. Desta forma, a Polícia Judiciária, na forma de seus delegados é
responsável por presidir o Inquérito Policial.
O inquérito policial não é indispensável para a propositura da ação penal. Este será
dispensável quando já se tiver a materialidade e indícios de autoria do crime. Entretanto,
se não se tiver tais elementos, o IP será indispensável, conforme disposição do artigo
39, § 5º do Código de Processo Penal.
O Inquérito Policial se inicia com a notitia criminis, ou seja, com a notícia do crime. O
Boletim de Ocorrência (BO) não é uma forma técnica de iniciar o Inquérito, mas este se
destina às mãos do delegado e é utilizado para realizar a Representação, se o crime for
de Ação de Iniciativa Penal Pública condicionada à Representação, ou para o
requerimento, se o crime for de Ação Penal da Iniciativa Privada.
A Ação penal poderá ser de iniciativa Pública ou Privada. A Ação Penal de iniciativa
Pública se divide em Incondicionada e Condicionada. A Ação Penal de iniciativa
Privada poderá ser Personalíssima ou Subsidiária da Pública.
Quando a Ação Penal de Iniciativa Pública for Condicionada, esta condição poderá ser a
Representação ou Requisição. Somente terá legitimidade para representar a vítima ou
seu representante legal (em caso de incapacidade), ou em caso de morte do ofendido,
terá legitimidade, em ordem de preferência, seu cônjuge – ou companheiro, ascendente,
descendente ou irmãos.
A Representação possui eficácia em relação aos fatos, não aos autores, tendo esta o
prazo de seis meses a contar do conhecimento da autoria.
Quando a Ação Penal for de Iniciativa Pública condicionada à Requisição, esta, sendo
irretratável, deverá ser realizada pelo Ministro da Justiça, nos casos de crime contra a
honra do Presidente da República ou Chefe de Governo Estrangeiro. A Requisição
deverá ser feita strepitus judici, ou seja, de acordo com a conveniência e oportunidade, e
não se submete a prazo decadencial de seis meses.
Na Ação Penal de Iniciativa Privada, a queixa deverá ser realizada também de acordo
com a conveniência e oportunidade da parte autora, transmitindo-se a persecução penal
ao particular. Este deverá conduzir o processo, sendo devidamente representado por seu
advogado.
Fonte:
RANGEL, Paulo. Direito Processual Penal. 13. Ed. Lumen Juris. São Paulo. 2007