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CP4 – Processos identitários

Atividade 5
Homem, cultura e socialização

O Homem é um ser social e desde que nasce passa por um processo de socialização que consiste num
processo de integração do indivíduo na sociedade em que vive. A socialização é um processo espontâneo
em que aprendemos valores, normas e modelos comportamentais próprios da nossa cultura. Por cultura
entende-se aquilo que o Homem adquire ao longo do tempo, em contacto com o meio social, e que
transmite às gerações vindouras, ou seja, o conjunto das produções materiais; os comportamentos; as
tradições e os costumes; os valores; as formas de expressão; as normas políticas, religiosas e morais; a
concepção do mundo; o conjunto de saberes organizados nas ciências e a organização social. O conceito de
cultura diz respeito quer a aspectos materiais quer a espirituais, como, por exemplo, a alimentação, a
educação, a higiene, a família, a morte, a justiça, as crenças, o lazer, a organização social e política...
A cultura é um fenómeno universal que se manifesta em todas as sociedades com o objectivo de
satisfazer as necessidades humanas. Contudo, não há uma cultura, mas várias culturas. Podemos, então,
falar de relatividade cultural e esta diversidade manifesta-se em diferentes padrões culturais. Padrões
culturais são o conjunto de comportamentos comuns aos membros de uma cultura, de um grupo social.
Assumimos, constantemente, comportamentos padronizados relativamente às manifestações de
afectividade, aos conceitos de bem e de mal, à forma de ver e pensar... Em suma, aquilo que nós somos é
condicionado pela cultura em que estamos inseridos e pelas normas que ela nos dita. Isto porque, desde
que nascemos, passamos por um processo de aculturação ou assimilação da cultura.
A aculturação diz respeito ao complicado processo de contacto cultural em que cada um de nós vai
assimilando hábitos e valores culturais novos; a aculturação consiste no conjunto de mudanças culturais
que ocorrem num modelo cultural original, devido ao contacto contínuo com outros modelos diferentes.
Por exemplo, um emigrante terá de alterar práticas, costumes e crenças de acordo com os valores e
normas do país em que se procura integrar.

Atitudes
As atitudes são tendências, “predisposições adquiridas e relativamente estáveis que levam o indivíduo a
reagir positiva ou negativamente em relação a qualquer objecto de natureza social”. Este objecto é
bastante diversificado, já que podemos assumir atitudes face a ideias (justiça, liberdade), a situações
(acidente, cena de violência), a instituições (família, escola, Estado), a objectos materiais (computador,
carro), a pessoas (jornalista, político)...
Allport (1890-1976), na sua obra “Atitudes”, sintetiza este conceito, afirmando que uma atitude “é gostar
ou não gostar de alguma coisa ou de alguém”. A atitude influencia o nosso comportamento e é a partir
deste que inferimos as atitudes que estão por detrás dele, mas há que distinguir atitude e
comportamento, pois a atitude é apenas uma reacção potencial relativamente a um objecto.

Podemos diferenciar três componentes nas atitudes:

1. A componente cognitiva - a atitude inclui um conjunto de ideias, juízos e crenças sobre determinado
objecto, ou seja, aquilo que acreditamos ser verdadeiro relativamente ao objecto.
2. A componente afetiva - a atitude engloba sentimentos positivos ou negativos face ao objeto, engloba
uma dimensão emocional, o nosso sistema de valores.

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3. A componente comportamental - a atitude faz com que a pessoa se comporte de determinada maneira,
é constituída pelo conjunto de reacções em relação ao objecto.

A origem das atitudes é de nítida influência social, não nascemos com atitudes pré-estabelecidas, mas,
através do processo de socialização, vamos adquirindo a noção do bom e do mau, do permitido e do
proibido...

Assim, podemos falar da influência da família, da escola e do grupo de pares:


• Infância - os pais desempenham o papel de modelos perante a criança, que também é influenciada por
outros adultos, como professores, padres ou outras pessoas com quem a criança mantém uma relação
afectiva significativa.
• Adolescência - o adulto vai perdendo credibilidade e os pais, os professores e outros adultos são
substituídos pelos amigos; o grupo de pares (amigos) contribui de forma preponderante para a mudança
de atitudes desta fase; a escola e a educação também assumem um papel fundamental ao nível da
aquisição de conhecimentos e ao nível social e valorativo.
• Idade adulta - é mais estável relativamente às atitudes, ocorre uma cristalização das mesmas, não
sendo muito fácil a mudança de comportamentos a partir dos 30, 35, pelo menos ao nível das atitudes
fundamentais (as de índole política, religiosa e moral).

Os fatores que levam à mudança de atitudes são muito diversos, sendo, contudo, mais fácil mudar de
atitude relativamente a um objecto do qual se tem um sentimento fraco ou sobre o qual se tem pouca
informação. Pessoas, situações e objectos que não fazem parte da nossa experiência próxima conduzem,
também, mais facilmente à mudança de atitudes. Uma experiência traumática poderá levar à modificação
de atitudes. A propaganda e a publicidade emitem mensagens com o objectivo de nos persuadir no sentido
de tomar esta ou aquela atitude. Organizações estatais ou instituições não governamentais levam a cabo
campanhas de sensibilização do público para promover a mudança de atitudes face a uma série de
aspectos - prevenção rodoviária, violência, sida...

Proposta de trabalho

A - "Quando identificamos as atitudes como predisposições adquiridas para agir, pensar e sentir de certa
maneira, estamos a indicar que elas são aprendidas; contudo a maioria das atitudes não é adquirida formal
ou conscientemente. Pelo contrário, elas são adquiridas incidentalmente do nosso meio social. A maioria
das nossas atitudes são absorvidas dos que nos cercam sem que estejamos conscientes do facto".

Sawrey e Telford

Leia atentamente o texto e responda às seguintes questões:

1 - Defina atitude.

2 - Distinga as diferentes componentes das atitudes.

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3 - Relacione o processo de formação das atitudes com o processo de socialização.

4 - Identifique os agentes de formação das atitudes.

Estereótipo e preconceito

O estereótipo é um conjunto de ideias e formas de sentir, relativamente esquemáticas e rígidas, que


resultaram de uma simplificação e de uma generalização excessivas. Os estereótipos são pontos de vista
estratificados, são formas convencionais de ver e agir.

Socialmente foi-nos transmitido que os adolescentes ou os idosos têm determinados traços de


personalidade e modos de reagir bem específicos e generalizamos esta ideia a todos os que se incluem
nestes grupos, mesmo sem os conhecermos ou observarmos alguma reacção.

O funcionamento regular de cada sociedade baseia-se em formas estereotipadas que nos colocam de
acordo com os padrões gerais de conduta da comunidade em que nos inserimos. Os estereótipos
constituem uma espécie de hábitos sociais, de respostas aprendidas que nos identificam com o todo
social. Agindo de acordo com os estereótipos, agimos em harmonia com o que a sociedade espera de nós.

Os estereótipos de género constituem um subtipo dos estereótipos sociais, sendo definidos como “um
conjunto de crenças estruturadas acerca dos comportamentos e características particulares do homem e
da mulher”. Estes estereótipos podem estar relacionados com papéis de género ou com traços de género.
Os primeiros designam as crenças sobre actividades tidas como “típicas” do homem e da mulher e os
segundos, as características psicológicas que o distinguem um do outro. Trata-se, portanto, das crenças
sociais sobre o que o homem e a mulher devem fazer e ser. Ora, estas são indissociáveis umas das outras,
já que se estabelece uma rede de inferências recíprocas entre ambas.

Assim, é frequente ouvirmos dizer, por exemplo, que são as mulheres que cuidam das crianças porque são
mais carinhosas e sensíveis. Assim como se dirá que os estivadores são homens porque são mais fortes.

Estereótipos: idade e fases da vida

O preconceito é uma atitude ou sentimento que faz com que um indivíduo veja, pense, sinta e actue com
base num juízo desfavorável, infundadamente constituído. Podemos falar de preconceitos raciais, étnicos

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ou sexistas, em que as pessoas discriminam um grupo por características que julgam que este possui, não
se interessando pelas características das pessoas desse grupo enquanto seres individuais. As ideias que
se tem acerca dos ciganos, homossexuais, prostitutas e outros podem gerar comportamentos de evitação
e violência relativamente aos membros destes grupos.

Os preconceitos constituem um pseudoconhecimento (falso conhecimento), infundado e não comprovado.


Eles são uma forma perigosa de atacar os outros, que pode esconder uma necessidade de afirmação, de
elevação de estatuto e de defesa de uma pretensa integridade.

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Atividade:

“Cida (Zezeh Barbosa), uma mulher negra de quarenta anos, vai trabalhar para Maria (Mirian
Pyres), uma velha de oitenta anos, viúva e sem filhos, que é extremamente racista. A relação entre
as duas mulheres começa tumultuada, com Maria tripudiando em cima de Cida por ela ser negra.
Cida atura a tudo em silêncio, por precisar do dinheiro, até que decide se vingar através de um
jogo de xadrez.”

1.Relacione os preconceitos com os processos de discriminação. Apresente exemplos.

grupo, comunidade, cultura e religião a que pertençam.

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