Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Fundamentos
Históricos Teóricos e
Metodológicos do
Serviço Social.
Professora: Marilane(Lana)
APRESENTAÇÃO
Prezado aluno (a),
O objetivo desta disciplina é oferecer ao aluno o material de apoio para o
acompanhamento da disciplina Fundamentos Histórico, Teóricos e Metodológicos do
Serviço Social Esta matéria será a sua primeira aproximação com o curso escolhido e
pretende estabelecer parâmetros para a compreensão da profissão no seu contexto sócio
histórico.
A discipli na pret ende proporcionar a apreensão críti ca em
rel ação ao surgi ment o da pr ofi ssão de servi ço soci al a part i r do
context o decorrent e da reprodução das rel ações soci ais – perspecti va
capit al e t rabal ho, em parti cul ar a part i r da R evolução Indust ri al .
Obj eti va -se expli cit ar, no que se refere à herança do servi ço soci al ,
as práti cas assi st enci ali st as advi ndas da influênci a europeia e nort e-
am eri cana, num cont exto m arcado pelas l ut as de cl asses, dit adura
na Am éri ca Lat i na, t endo seu m om ent o de conceit uação e renovação a
parti r do aci rram ento do confl it o ent re as cl asses.
O serviço social, sob a influência das ciências sociais, reconceitua-se e
através de uma reflexão teórica que revê seus paradigmas e parte para a
regulamentação da profissão, definindo seus espaços .Na sociedade contemporânea
iniciamos este curso revendo a questão do assistencialismo no Brasil, suas
práticas e formas de organização, sua influência nas políticas públicas e como estas,
através da distribuição de renda desigual, contribuem para a manutenção da acumulação
capitalista – o capital na mão de poucos. Toda profissão é permeada por um
contexto histórico, para tal se faz necessário .A partir da Revolução Industrial,
novos impactos sociais se evidenciam, pois as mudanças que esta proporcionou
trouxeram novas expressões de pobreza, o que exigiu ações que fossem além do
assistencialismo.
Nesse sentido, o contexto histórico influencia o sistema econômico, sistema capitalista,
pelo movimento da economia, a qual organiza a sociedade e influencia a história do
serviço social desde sua gênese.
Desde seu início, o serviço social sofre influência externa e interna de correntes
filosóficas e de pensamento. A primeira foi a Igreja Católica que colocava um caráter
missionário para o assistente social. Soma-se a essa o pensamento norte-americano de
Mary Elly Richmond. Outras influências como o tomismo, o neotomismo, o
funcionalismo americano, como o estudo de caso, grupo e comunidade, a
fenomenologia, o positivismo, o conservadorismo, o marxismo permearam a atuação
do assistente social nestas seis décadas de existência da profissão.
O ASSISTENCIALISMO
Conceito
O conceito de assistencialismo estabelece uma linha tênue com o conceito de
assistência, podendo muitas vezes esses ser confundidos ou mesclados.
O assistencialismo teve seu início em torno de 3000 a.C., quando era praticado
no mundo antigo pelas confrarias, em especial as “Confrarias do Deserto”. Em
algumas de suas expressões, o assistencialismo é agregado a uma dimensão espiritual. O
assistencialismo é visto como uma técnica voluntária e espontânea de doação, ajuda ou
favorece às populações menos favorecidas, uma ação filantrópica, na qual se procura
proporcionar uma vinculação dos assistidos aos que realizaram tal benfeitoria sob o
sentimento de gratidão, vínculo e tutela. Ao ser desenvolvido pelo Estado, suas
ações visam à retribuição por parte dos assistidos, perdendo a intenção de ser um
direito, devendo ser retribuído eleitoralmente.
O assistencialismo parte de uma concepção do senso comum, sem
profissionalização, para o qual as ações tidas como de “assistência” não são
compreendidas ou entendidas como um direito social e um dever do Estado, mas
sim como uma prática paternalista e burocrática, reduzindo os serviços e ações
prestadas a repasses e concessões apenas. Essa ação não é percebida muitas
vezes pelos indivíduos, pois eles se veem como um objeto de determinada ação
e não mais como seres sociais, dotados de capacidades e valores.
A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
A Revolução Industrial teve início na segunda metade do século XVIII, na
Inglaterra, com a transição da manufatura e cultura artesanal para a mecanização dos
sistemas de produção, encerrando a transição entre feudalismo e capitalismo, a fase
de acumulação primitiva de capitais e de preponderância do capital mercantil
sobre a produção. Completou ainda o movimento da revolução burguesa iniciada
na Inglaterra no século XVII. Esse período passou a ser considerado a Idade Moderna,
definida como a busca de alternativas para melhorar a produção de mercadorias. O
crescimento populacional incentivou a burguesia detentora do capital, na época, a
buscar maior produção a menores custos. Salienta-se que este século possuía várias
particularidades. Foi um século marcado pelo grande avanço tecnológico nos
meios de transportes, com a invenção da locomotiva e dos trens a vapor; o
advento das máquinas. Com as máquinas a vapor, principalmente os gigantes teares,
revolucionou-se o modo de produzir, substituindo o homem nas suas funcionalidades.
Não foram só os avanços tecnológicos que marcaram esse século, mas sim os
reflexos que esses avanços proporcionavam à sociedade. A baixa nos custos das
mercadorias acelerava o ritmo de produção, fazia crescer, na mesma escala, o
desemprego e a insatisfação. O trabalhador passou a ser considerado também como
máquina, passível de regulagem e ajustes. Ao se substituir as ferramentas por máquinas,
substituindo o ser humano e sua energia pela energia gerada por uma máquina,
configurou-se a Revolução Industrial, processo esse que veio a revolucionar a história
através da evolução que ele imprimiu – revolução e evolução tecnológica. As primeiras
expressões do desenvolvimento da produção industrial tiveram início na Idade
Média, com o desenvolvimento da manufatura, através de atividades de cunho
doméstico e artesanal. A manufatura, mencionando-a dentro desse contexto, era
resultante do processo de ampliação da produção e do consumo de determinadas
mercadorias, pela qual o pequeno produtor, nesse caso o artesão, a fim ampliar e
aumentar a produção, introduziu-se nos modos de produção industrial realizando,
domesticamente, uma parte da produção. Logo após esse fato, vendo que eram
insuficientes essas relações de partilha, surgiram as primeiras fábricas.Com o
surgimento dessas, uma nova relação se introduzia, a relação de trabalho e de
assalariamento. A produtividade aumentava em longa escala, sendo fruto dessa
divisão chamada de divisão social e técnica do trabalho, que delimitava papeis,
aumentava a produção e reduzia a participação do trabalhador em todas as etapas da
confecção da mercadoria.
No período de maquinofatura – trabalho realizado já por máquinas – o
trabalhador passou a ser regido pelo tempo e funcionamento da máquina, quando a
gerência de seu próprio corpo era realizada por alguém fora dele. É nessa
“coisificação” e “desumanização” do trabalho que a Revolução Industrial se
consolidava. A particularidade da Revolução Industrial ocorre exatamente na
Inglaterra porque, nesse período, ela vivia uma situação privilegiada, pois possuía
grandes reservas de carvão mineral em seu subsolo, fonte de energia para
movimentar máquinas, como também grandes reservas de minério de ferro,
principal matéria-prima utilizada nesse período. Era privilegiada, também, no
contingente de mão de obra disponível, motivada pelo processo do êxodo rural
para os centros urbanos, o que ampliou o mercado consumidor inglês.
A Ingl at erra i ndust ri al i z ou -se cerca de um sécul o ant es das
outras nações, pois cont ava com part i cul ari dades que a
favoreci am. O grande acúm ul o de capit al, de m ão de obra e
m at éri a -prim a vinham a privil egi ar sua ascensão enquant o nação
i ndust ri aliz ada e evoluí da t ecnologi cam ent e. Outro fator relevante era o
modelo de Estado, pois a Inglaterra convivia, desde 1688, com a Revolução Gloriosa,
um modelo de estado liberal. Essa particularidade fazia com que a Inglaterra
vivenciasse esse modelo estatal um século antes da Revolução Frances.
A Revolução Industrial poderia também ser chamada de Revolução fabril,
pois uma de suas características era a concentração dos trabalhadores em fábricas.
Essa característica produzia uma separação, que se pode dizer uma separação
entre classes sociais, aspecto esse particular ao trabalho em si – o trabalho, desde
essa época, é caracterizado como elemento de fundação para as relações,
separando o capital dos meios de produção (instalações, máquinas, matéria-prima) do
trabalho. A Revolução Industrial poderia também ser chamada de Revolução
fabril, pois uma de suas características era a concentração dos trabalhadores em
fábricas. Essa característica produzia uma separação, que se pode dizer uma
separação entre classes sociais, aspecto esse particular ao trabalho em si – o
trabalho, desde essa época, é caracterizado como elemento de fundação para as
relações, separando o capital dos meios de produção (instalações, máquinas, matéria-
prima) do trabalho. A Revolução alcançava patamares que iam além do chão da
fábrica. A evolução gerada por esta proporcionava o desenvolvimento. Mesmo com
o desenvolvimento das cidades, a vida dos que vivenciavam essa realidade não
acompanhava o ritmo das engrenagens das máquinas. A situação para os
camponeses e artesãos era difícil, vivenciando uma realidade que não evoluía, só
evoluía. A partir das ideias advindas da Revolução Francesa, as classes dominantes
procuraram “apaziguar” os ânimos, pois verificavam que outro tipo de revolução
poderia surgir e acabar com seus sonhos dourados e enriquecedores. Para tal, criou-
se a Lei Speenhamland, que garantia subsistência mínima ao homem incapaz de se
sustentar pela ausência do trabalho. Em consequência desse aumento da produção,
cresceu a concorrência que ameaçava o capital. Para tanto, foi encontrada uma
solução: a formação de cartéis e associações, que originou o capitalismo
monopolista. Surgiram, nesse contexto, as grandes corporações, que objetivavam o
agrupamento do capital e garantiam sua expansão com muito mais impacto. A
administração passa dos capitalistas individuais para setores administrativos que são
responsabilizados pela circulação do capital, da força de trabalho e sua
mercantilização. A necessidade de aumentar o consumo para fazer girar a produção
trouxe a proposta de expandir o mercado para dentro da vida familiar, que até então se
autogeria em suas necessidades de alimentação e vestuário. O capitalismo começou a
industrializar alimentos e vestuários, o que levou à dependência toda a vida social.
Para tanto, desprezou a capacidade de produzir os alimentos e objetos necessários
para a vida cotidiana (cultura de subsistência) no contexto doméstico, e supervalorizou a
capacidade de consumir os produtos oferecidos no mercado. As fábricas do início
da Revolução Industrial eram insalubres e priorizavam a produção, sem
considerar a necessidade de preservação das condições de vida e de trabalho da
classe trabalhadora. Os salários eram baixos e ocorria a contratação de mão de
obra infantil e feminina, com jornadas que chegavam a dezoito horas diárias.
Funcionavam em ambientes com péssima iluminação, abafados e
sujos. Os trabalhadores, incluindo mulheres e crianças, eram sujeitados a castigos
físicos, não possuíam direitos trabalhistas ou qualquer outro benefício. Por outro lado,
a situação de desemprego gerava uma condição de extrema precariedade, levando o
trabalhador a aceitar as péssimas condições de trabalho.
Desenvolvimento industrial.
• Desenvolvimento dos meios de transportes e comunicações.
• Expansão do sistema capitalista
• Mecanização
ADVENTO DO CAPITALISMO
O sistema capitalista surgiu e concretizou-se como sistema econômico durante o
século XVI, com as práticas industriais e mercantis no continente europeu. Como modo
de produção, o capitalismo passou a se assentar em relações sociais de produção
capitalista, marcadas fundamentalmente pela compra e venda da força de trabalho. Esse
sistema relaciona-se com a produção. A produção é uma atividade social na qual se
estabelece a cooperação entre os homens, porém essa relação depende do nível dos
meios de produção. Ela ainda reproduz a condição de existência humana através de
meios materiais: produção social e relação social. O capital é o determinante de
todo processo de vida e suas relações. Ele pode ser expresso por mercadorias e
dinheiro. O capital, portanto, se expressa sob a forma de mercadorias: meios de
produção e meios de vida necessários para a reprodução da força de trabalho.
UNIDADE II
UnidaIMudanças nas rel ações de t rabal ho: pol íti ca sal ari al ,
al t erações arbi trárias do cont rato de t rabal ho com um a nova
polít i ca salari al , com o t am bém nos si ndi catos e organiz ações;
abol i ção do di rei t o de greve, i nst i t ui ção do FGTS , m ani pul ação
dos í ndi ces e custo de vi da, arrocho sal ari al, espol i ação urbana,
aum ento da ex pl oração, aum ento da jornada de t rabalho, queda do
padrão de vi da, aum ent o da mi séri a absol ut a e rel ati va, acentuam ento
das desi gualdades soci ai s.
Referências Bibliográficas
ABESS. Formação profissional:trajetórias e desafios. Cortez: São Paulo, 1996.
(Cadernos ABESS– Caderno 7)
AMMANN, Safira Bezerra. Ideologia do desenvolvimento de comunidade no.10. ed.
São Paulo: Cortez, 2003.ANTUNES, Ricardo A dialética do trabalho.São Paulo:
Expressão Popular, 2004.Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação
do trabalho. São Paulo: Boitempo, 1999.___________Adeus ao trabalho?Ensaios sobre
a metamorfose e a centralidade do mundo do trabalho. São Paulo: Cortez,
1995.BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil São Paulo. Saraiva,
2005.BRAVO, Maria Inês Bravo; GAMA, Andréa Sousa; MONNERAT, Giselle
Lavinas (orgs). Saúde e serviço social. Rio de Janeiro: Cortez/UERJ, 2007.
CBCISS. Documento de Teresópolis: metodologia do serviço socia. Revista Debates
Sociais.Rio de Janeiro: CBCISS, 197