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CURSO DE FORMAÇÃO DE
BOMBEIRO CIVIL
ELABORADA POR

Rodrigo Lucas de Souza, 30 anos atua como coordenador


e instrutor do curso de bombeiro civil na instituição de
ensino Operacional Combat Fire - OCF, formando mais de
400 bombeiros civis ao longo de 4 anos, atuou como
instrutor no projeto de perfuração de petróleo no
DESERTO Paraguaio, pela empresa QUEIROZ GALVÃO,
estagio supervisionado no hospital italiano de Buenos
Aires como técnico de emergências médicas, instrutor na
modalidade rapel tático para o curso COTA – Cursos De
Operações Táticas Avançadas da policia civil do
Amazonas, instrutor de prevenção e combate a incêndio
para militares do 12 Cia de Guarda Do Exercito Brasileiro, instrutor de primeiros
socorros do curso de segurança dignitária da Policia Do Exercito, Coordenador Do
Curso COBRAS – Comando De Operações De Busca E Resgate Em Ambientes De
Selva – Rastreador Internacional, Coordenador do curso BREC –busca e resgate em
estrutura colapsada na empresa OCF, instrutor
de resgate aquático, instrutor credenciado
ANAC de prevenção e combate a incêndio,
medicina aeronáutica, sobrevivência na selva
para pilotos, mecânicos e comissários de bordo,
instrutor de combate a incêndio e medicina
aeronáutica na empresa MAP linha aéreas e
Manaus aérotáxi, Bombeiro Civil, Técnico de Segurança do Trabalho, Instrutor
Credenciado CBMAM 050/16, Técnico de Emergências Médicas –AREMT, EASPA –
Argentina, RCP profissional – ASHI, ASHI - Instructor nº # 99.190, MFA - Instructor nº
# 153004, NFPA - Instructor fire nº # 244445, ISGE - Instrutor de segurança de
grandes eventos, Estratégias de combate a incêndios industriais – Fire School,
Sistema de comando de incidentes – Zarate – ARG, Técnico de incidente com

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produtos perigosos – Colômbia, 4ª escuela internacional de incêndios industriales –
Monte Maiz, Resgate em montanha – catas altas – bh.

PRODUTOS PERIGOSOS

1. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

NR 06 – Equipamento De Proteção Individual

NR 26 - Sinalização de Segurança

ABNT NBR 7500 – identificação para transporte terrestre, manuseio, movimentação e armazenamento
de produto.

ABNT NBR 7501 – transporte terrestre de produtos perigosos – terminologia

ABNT NBR 7503 – ficha de emergência e envelope para transporte terrestre de produtos perigosos –
características, dimensões e preenchimento.

ABNT NBR 14619 – transporte terrestre de produtos perigosos – incompatibilidade química.

ABNT NBR 14725-1 - Produtos químicos – informações sobre segurança, saúde e meio ambiente –
parte 1: Terminologia.

ABNT NBR 14725-2 - Produtos químicos – informações sobre segurança, saúde e meio ambiente –
parte 2: Sistema de classificação de perigo.

ABNT NBR 14725-3 - Produtos químicos – informações sobre segurança, saúde e meio ambiente –
parte 3: Rotulagem.

ABNT NBR 14725-4 - Produtos químicos – informações sobre segurança, saúde e meio ambiente –
parte 4: ficha de informação de segurança de produtos químicos (FISPQ).

2. CONCEITO

Produtos perigosos são os de origem química, biológica ou radiológica que apresentam um risco
potencial à vida, à saúde e ao meio ambiente, em caso de vazamento.

Neste material vamos estar abordando todas as etapas que o produto perigos passa em sua empresa
e necessidade de controle. Tendo sempre em mente que o nome dele é PERIGOSO.

3. CHEGADA DO PRODUTO EM SUA EMPRESA

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Este caminhão com produtos perigosos acabou


de chegar em sua empresa, estar no seu portão
e agora o que faremos.

 Será que o motorista é habilitado?


 Que produto ele transporta?
 O caminhão está devidamente seguro para
entra na minha empresa?

VAMOS DESCOBRIR!

3.1. Breve histórico das regulamentações

Por volta de 1945, após a Segunda Guerra Mundial, os países da Europa Ocidental passaram a teorizar
as primeiras propostas de recomendações de padronização de métodos para o transporte de produtos
perigosos.

Em 1957, as Organizações das Nações Unidas – ONU reuniu uma comissão de especialistas para a
elaboração de uma relação de produtos considerados perigosos. A listagem, à época, continha
aproximadamente 2.000 (dois mil) itens, hoje já passam de 3.000 (três mil).

No Brasil, como reflexo de um acidente com o pentaclorofenato de sódio, conhecido popularmente


como “pó da China”, no Rio de Janeiro e de um descarrilamento de um comboio ferroviário com
combustível em Salvador, foi elaborado, em 1983, o primeiro documento legal a respeito do tema:
Decreto-Lei No 2.063, de 6 de outubro de 1983, regulamentado pelo Decreto nº 88.821, de 6 de
outubro de 1983.

Em 1986, o Ministério dos Transportes revisou o Decreto nº 88.821 substituindo-o e cancelando-o ao


aprovar o Decreto nº 96.044, em 18 de maio de 1988.

O Decreto nº 96.044/88, ainda em vigor, foi complementado pela Portaria MT nº 291, de 31/05/88.
Sua base foi o Orange Book (“Reccomendations on the Transport of Dangerous Goods”, DOT –
Department of Transportation, USA, 4ª ed.).

Em 1997, também inspirado no Orange Book , o Ministério dos Transportes publicou a Portaria MT nº
204, de 20/05/97, com instruções complementares ao Decreto nº 96.044/88. Essa portaria foi
substituída pela Resolução nº 420, de 12/02/04, Agência Nacional dos Transportes Terrestres – ANTT,
em 2004.

Atualmente, encontram-se em vigor o Decreto nº 96.044/88 e a Resolução ANTT nº 420/04.

3.2. Reconhecendo O Produto Perigoso Transportado

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3.2.1. SIMBOLOGIA ONU

Imagine agora você está atendendo um emergência com um veículo transportador de produtos
perigosos, está olhando para a placa que indica qual produto está neste veículo.

PRODUTO ORIGINARIO DA PRODUTO ORIGINARIO DA PRODUTO ORIGINARIO DA


ARABIA SAUDITA CHINA ARMÊNIA

Você conseguiria dizer qual o risco e qual produto estaria neste veiculo?

Acredito muito que não conseguiria.

Por esse motivo foi criada uma simbologia com o intuito de unificar a linguagem referente aos
produtos perigosos, para que em qualquer parte do mundo pessoas consigam assimilar, identificar de
forma fácil os principais riscos dos produtos.

3.2.2. Tipos de placas

Esta placa sempre trará o risco potencial da substância que está sendo
transportada.
De fácil visualização a distância por sua forma, cores e símbolos.
RÓTULO DE RISCO
Poderá haver várias variações, devemos manter a atenção na cor, símbolos
e números contidos nesta.
CORES SIMBOLOS RISCOS

Substancias explosivas

Gases inflamáveis
Líquidos inflamáveis
Gases tóxicos
Substancias Toxicas

Infectantes

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Nocivo

Radioativo

Não toxico e não inflamável

Substancia solida inflamável


Combustão espontânea
Perigoso quando

Oxidante, peróxidos orgânicos.

Substância radioativo

Corrosivo

Substâncias perigosas diversas


Esta placa ficará ao lado do rótulo de risco e indicará os riscos primários e
PAINEL DE
subsidiários do produto, também informa qual produto está sendo
SEGURANÇA
transportado de acordo com os registros da ONU.

Cor padrão Laranja


Número De Risco Risco do produto.

Número da ONU Informação de qual produto

POSSIBILIDADES DE APRESENTAÇÃO DO PAINEL DE SEGURANÇA

Esta placa informa que o veículo está transportando mais de uma


substância.

Sempre que aparece o número zero na parte superior da placa, indica


que esta substância não possui riscos secundários em potencial.

Sempre que aparece o número duplicado ou triplica indica a amplificação


do risco em potencial.

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O máximo de número que poderá aparecer na parte superior da placa.

Sempre que aparece a letra X, indica a possibilidade de reação violenta


com água.

3.2.3. Classe De Risco


CLASSE SIMBOLO

Explosiva
1

O risco principal desta classe é a capacidade de detonação com sem projeção de fragmentos
provenientes da explosão.

GASES
2

LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS
3

SÓLIDOS INFLAMÁVEIS
4

OXIDANTES E PERÓXIDOS
5 ORGÂNICOS

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TOXICA OU INFECTANTE
6

RADIOATIVA
7

CORROSIVA
8

9 SUBSTÂNCIA PERIGOSAS
DIVERSAS

3.2.4. Tabelas De Numero De Risco

TABELA 1 TABELA 2

Esta tabela orienta o signifcado do risco do Esta tabela orienta o signifcado do risco do
primeiro numero. segundo e terceiro número.
Nº CONCEITO Nº CONCEITO
1 Explosivo 0 Sem risco subsidiário
2 Gases 1 Explosivo
3 Líquidos inflamáveis 2 Emana gases
4 Sólidos inflamáveis 3 Inflamáveis
5 Oxidantes e peróxidos orgânicos 4 Fundido
6 Tóxico e infectantes 5 Oxidantes
7 Radioativo 6 Toxico
8 Corrosivo 7 Radioativo
9 Substâncias perigosas diversas 8 Corrosivo
9 Perigo de reação violenta
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X Reação violenta com água

4. ABORDAGEM AO VEICULO

4.1. Motorista

4.1.1. C.N.H – categoria correspondente ao veículo

Código de Trânsito Brasileiro - CTB e Lei Nº 9.503, de 23/09/97, art.159.

4.1.2. Treinamento específico para condutores de veículos transportadores de PP - Curso


Mopp.

Art. 15 do Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos; Resolução CONTRAN nº


168/04.

4.1.3. Certificado de Capacitação para o transporte rodoviário de produtos perigosos a granel,


expedido pelo INMETRO

Art. 22, I do Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos; Portaria nº 197/04 do


INMETRO.

4.2. Documentações

4.2.1. Ficha de emergência e envelope para o transporte terrestre de produtos perigosos -


Características, dimensões e preenchimento

Art. 22, III, alíneas “a” e “b” do Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos; NBR 7503.

FICHA DE EMERGÊNCIA ENVELOPE DE REMESSA

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4.2.2. Documento Fiscal Do Produto Transportado

Art. 22, II do Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos.

4.3. Veiculo

4.3.1. CRLV – Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo

Código de Trânsito Brasileiro - CTB e Lei Nº 9.503, de 23/09/97, art.120, art. 133.

4.3.2. Tacógrafo

O Registrador Instantâneo Inalterável de Velocidade e Tempo, ou tacógrafo.

Art. 5º do Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos.

Segundo as resoluções 14/98, 87/98 e 92/99 do Contran, o uso tacógrafo


é obrigatório nos veículos:

 De carga com Peso Bruto Total (PBT) superior a 4536 kg,


fabricados a partir de 01 de janeiro de 1991;
 De transporte de escolares;
 De transporte de passageiros com mais de 10 lugares;
 De transporte de produtos perigosos.

4.3.3. Simbologia - rótulos de risco e painel de segurança

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Art. 2º do Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos; NBR 7500.

TRANSPORTE DE CARGA A GRANEL COM UM ÚNICO PRODUTO


Painel de segurança com identificação de risco e número ONU e rótulos de risco na posição
adequada.

CAMINHÃO COM MAIS DE UM PRODUTO PERIGOSO DE MESMO RISCO PRINCIPAL


Painéis com identificações de risco e números ONU de cada produto nas laterais, painéis sem
identificação nas extremidades e rótulos de risco nas posições indicadas.

TRANSPORTE DE CARGA A GRANEL DE MAIS DE UM PRODUTO PERIGOSO DE RISCOS PRINCIPAIS


DIFERENTES
Painéis com identificação de risco e números ONU de cada produto nas laterais, painéis sem
identificação nas extremidades e rótulos de risco nas posições indicadas.

* No caso do veículo vazio e contaminado: continuar usando os painéis de segurança e os rótulos de


risco.

TRANSPORTE DE CARGA FRACIONADA DE MAIS DE UM PRODUTO PERIGOSO DE RISCOS


PRINCIPAIS DIFERENTES
Painéis sem números de identificação. Não há necessidade dos rótulos de risco.

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 Veículos de transporte a granel constituídos por tanques com múltiplos compartimentos,


transportando concomitantemente mais de um dos seguintes produtos de número ONU 1170,
1202, 1203, 1223, 3475 ou combustível de aviação alocado aos números ONU 1268 e 1863,
mas que não transportem nenhum outro produto perigoso, além do rótulo de risco referente
à Classe, podem portar somente painel de segurança correspondente ao produto de maior
risco, ou seja, o de menor ponto de fulgor.
 Veículos ou equipamentos de transporte transportando produtos perigosos a granel de mais
de uma classe ou subclasse de risco, não necessitam portar rótulos de risco subsidiários se tais
riscos já estiverem indicados pelos rótulos de risco já utilizados para indicar os riscos principais.
 Para combinação de veículos em Carga Fracionada, os painéis de segurança e rótulos de risco
devem ser posicionados em cada carreta.
4.3.4. Conjunto de equipamentos para emergências no transporte terrestre de produtos
perigosos

Art. 3º do Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos, NBR-9735.

É importante que os equipamentos do conjunto de casos de emergência sejam instalados em qualquer


local do veículo, que sejam fáceis de acessar e fiquem no espaço de carga, podendo estarem
localizados ou lacrados em locais com chave, cadeado ou outro dispositivo de trava (i) extintor (es) de
incêndio. Somente para cargas de transporte com capacidade de carga de 3 t , não pode ser colocado
em nenhum compartimento de carga, próximo a uma porta ou tampa, não podendo ser obstruído pela
carga.

Os EPI do driver e seus auxiliares devem estar obrigatoriamente na cabine do veículo. Nos grupos de
EPI onde se realizou o "óculos" ficou definido o que era trata de "óculos de segurança contra respingos
de produtos químicos, tipo amplo-visão", qualquer outro modelo não estava disponível em uma
Norma.

Ficou definido como itens obrigatórios para o conjunto de equipamentos para as situações de
emergência para transporte rodoviário :

Calços com dimensões mínimas de 150 mm x 200 mm x 150 mm, conforme tabela a seguir:

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Jogo de ferramentas adequado para reparos em situações de e durante uma viagem, contendo no
mínimo:

 Uma chave de fenda ou Philips (conforme a necessidade);


 Uma chave apropriada para uma desconexão do cabo da bateria.
 Quatro cones para sinalização da via, que atendam à ABNT NBR 15071;
 Extintor (es) de incêndio para a carga;
 Os materiais radioativos (SPR) devem ser utilizados para a proteção radiológica (SPR).

Desta forma, todos os elementos presentes na versão anterior da Norma foram retirados e não são
mais obrigatórios, tais como: placas autoportantes com a inscrição “PERIGO - AFASTE-SE”, fita (70mm),
dispositivos para sustentação da fita, tais como tripés e cones, cavaletes, lanterna, pá e lona
impermeável de 3 mx 4 m.

4.3.5. Iluminação do veiculo

 Verificar luz de freio


 Farol baixo e alto
 Luz de ré
 Setas indicadoras

4.3.6. Dispositivo refletivo de segurança

Os veículos rodoviários com PBT superior a 4.536 kgf deve ter


aplicado dispositivo refletivo de segurança de acordo com as
especificações e critérios estabelecidos pela Resolução Contran nº
128/01 e Portaria Denatran nº 20/02. Os dispositivos devem estar
completos e em bom estado de conservação.

4.3.7. Alarmes

Verificar a existência da buzina e alarme de ré

4.3.8. Pneus

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A utilização do indicador TWI
(Tread Wear Indicator) é
essencial em muitos momentos.
Ter uns mais desgastados do que
outros é algo absolutamente
normal. Porém, conferir as
condições apresentadas é mais
do que necessário, ainda mais para quem lida com cargas perigosas constantemente.

Para fazer a conferência é simples: localize o indicador da sigla TWI ou um símbolo de


triângulo na lateral do pneu. Abaixo de 1,6 mm, significa que está na hora de aposentá-lo.
É claro que rasgos aparentes, bolhas e perfurações são sinais de falta de cuidado. Sendo
assim, eles significam a necessidade de realizar uma troca precoce, mesmo quando o
indicador de TWI está adequado.

4.3.9. Aterramento

Portaria n.º 91, de 31 de março de 2009.

Formado por interligação elétrica do tanque e seus implementos de modo a assegurar a


descarga de eletricidade estática nos pontos de carga e descarga.

4.3.10. Condições físicas

Avaliar se há alguma condição no veículo que possa causar algum risco em sua empresa.

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5. LIBERAÇÃO DA ENTRADA DO VEÍCULO COM PRODUTO PERIGOSO

Após a entra do caminhão, determine as regras de rodagem de sua empresa, como velocidade
e local de estacionamento.

6. PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA PARA DESCARREGAMENTO DO PRODUTO

 Estacionar de forma devida o veículo.


 Sinalizar e isolar a área.
 Permanecer no local somente colaboradores
treinados e autorizados.
 Calçar rodas e aterrar o veículo.
 Assegurar o controle de calor.
 Assegurar da compatibilidade do produto
que está sendo descarregado com produtos
circunvizinho
 Assegurar que as instalações atendem as exigências do produto a ser descarregado.

7. IDENTIFICAÇÃO DAS EMBALAGENS DE SEGURANÇA DOS PRODUTOS PERIGOSOS


7.1. GHS

O Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos


(GHS por sua sigla em inglês) estabelece critérios harmonizados para classificar substâncias e
compostos com relação aos perigos físicos, para a saúde e para o meio ambiente. Inclui além,
elementos harmonizados para informar dos perigos, com os requisitos sobre a rotulagem,
pictogramas e fichas de segurança. Os critérios estabelecidos no GHS estão baseados no que
descreve o documento chamado Livro Púrpura.

Para quem aponta o GHS e que bases inclui?

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O GHS aplica a todos os produtos químicos, exceto aqueles que estão regulados pelas suas
próprias leis ou regulamentos, ou seja: produtos farmacêuticos, aditivos alimentícios, artigos
cosméticos e resíduos de praguicidas em alimentos.
O público ao que aponta o Sistema são os consumidores dos produtos químicos, aos
trabalhadores relacionados ao setor transporte e aos que oferecem serviços de emergência.

Por que foi criado o GHS?

O GHS surge da necessidade de harmonizar os sistemas existentes de classificação, rotulagem


e fichas de segurança dos produtos químicos. Um sistema de harmonização foi unificado no
setor do transporte, mediante o qual se dispõe de critérios para a classificação e rotulagem de
produtos químicos que apresentam perigos físicos e/ou perigo de toxicidade aguda (trabalho
realizado pelo Comitê de Especialistas em Transportes de Produtos Perigosos pelo Conselho
Econômico e Social das Nações Unidas).

As vantagens de implementar o GHS incluem:

Melhorar a proteção da saúde humana e do meio ambiente através de um sistema de


comunicação de perigos ininteligíveis internacionalmente
Dar um marco de classificação reconhecido pelos países que não possuem este Sistema
Reduzir a necessidade de realizar provas e avaliações dos produtos químicos, oferecendo
informação
Facilitar o comercio internacional daqueles produtos que foram avaliados e classificados por
este Sistema.

7.1.1. Rótulos e pictogramas

Os rótulos devem ter os seguintes elementos:

 Símbolo
 Palavra de advertência
 Declaração de perigo

Um pictograma é uma composição gráfica que serve para comunicar uma informação
específica. Consta de um símbolo e de outros elementos gráficos, como uma borda, um
desenho ou cor de fundo. Os símbolos de perigo normalizados que se aplicam no GHS, são
aqueles que formam parte do conjunto de símbolos usados nas Recomendações das Nações
Unidas relativas ao transporte de produtos perigosos, Regulamentação Modelo; com a adição
de dois símbolos: o que representa perigo para a saúde e o símbolo de exclamação.

Os elementos do rótulo são resumidos segundo a categoria, indicando o capítulo do


documento GHS no que se detalham os critérios de classificação para cada categoria de perigo.

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7.1.2. Etiqueta De Produto Aplicando O GHS

7.1.3. Itens obrigatórios da etiqueta GHS

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7.2. Diamante De Hommel

O Diamante de Hommel ou diagrama de Hommel é uma simbologia aplicada em diversos


países que busca mostrar o nível de periculosidade dos elementos químicos presentes em um
produto.
Embora não informe quais as substância
químicas presentes no local, ele mostra de
forma simples os tipos e os graus de risco
determinados pela representação em cores.
Em um rótulo, ele permite uma ideia rápida
a respeito do manuseio do conteúdo
representado.
Os quadrados presentes no painel diamante
de Hommel são apresentados pelas cores
branco, azul, amarelo e vermelho.
Respectivamente elas expressam riscos
específicos, risco à saúde, reatividade e
inflamabilidade. As etiquetas Diamante
Hommel para classificação de produto
químico apresentam quadrados e números
como referência ao tipo e grau do risco, variando entre 0 e 4.
A respeito do que pode ser expresso por meio dessa simbologia, vejamos de modo mais
detalhado:

COR VERMELHA: indicando inflamabilidade, ou a facilidade com que algo entra em


combustão.

0. Produtos que não pegam fogo


1. Precisa ser aquecido para entrar em estado de combustão ou ignição.
2. O produto pode entrar em ignição se for aquecido de forma moderada.
3. Pode entrar em ignição em tempeatura ambiente.
4. Gases inflamáveis, líquidos com alta volatilidade, materiais de pirotecnia.

COR AZUL: indica o risco que o produto oferece à saúde de quem o manipula:

0. Não oferece perigo ou oferece somente risco mínimo


1. Conteúdo levemente perigoso
2. Conteúdo de perigo moderado
3. Produto com perigo severo.
4. Conteúdo letal.

COR AMARELA: indica a reatividade, ou a tendência que o produto tem de oferecer uma
reação química.
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0. O produto normalmente permanece estável


1. O produto é estável, mas pode ficar instável caso aquecido.
2. Pode oferecer uma reação severa se for exposto a temperatura altas, pressão elevada ou
ambos simultaneamente.
3. Pode detonar ou se decompor com explosão estando exposto à uma fonte de energia
4. Pode detonar ou se decompor com explosão estando em temperatura ambiente.

COR BRANCA: Os riscos representados por essa cor são especiais e normalmente não estão
expressos por números, mas sim por meio de símbolos específicos, caso haja a necessidade.
Estes símbolos são:

 OXY: Indicando oxidante forte.


 ACID: Indicando ácido forte
 ALK: Indicando alcalino forte.
 SA: Gás asfixiante simples.
 W : Evite o uso de água
 BIO: Risco biológico
 RAD: Produto radioativo

É preciso lembrar, como citado anteriormente que o diagrama não oferece nenhuma indicação
de qual é o produto, portanto sem qualquer outra informação ou complemento, o método
não será completo.

8. ARMAZENAMENTO DO PRODUTO

As instalações deve ser preparada para receber estes produtos e devem seguir orientações mínimas
para não potencializar os riscos:

 Construção com materiais incombustível.


 Telhado com pé direto alto, para permitir boa ventilação.
 Fácil acesso a entrada, saída e vias de emergência.
 Instalações elétricas dentro das normas previstas.
 Possuir sistemas de alarme e equipamentos contra incêndio.
 Possuir piso impermeável, polido e sem irregularidades, precisa ser antiderrapante.
 Possuir sistema de drenagem especifico para os produtos perigosos, caso derramem
 Possuir chuveiros lava olhos.
 Acima de 750 m2, possuir SPDA.
 Kit’s de atendimento a emergência.
 Sempre verificar a compatibilidade dos produtos.

9. MONITORAMENTOS DOS PRODUTOS PERIGOSOS

É imprescindível que tenha todos os paramentos de controle de seu produto perigoso evitando assim
surpresas desagradáveis.
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Devemos utilizar a FISPQ - Ficha De Informação De Segurança Do Produto Químico, quando possível e
seguir ate o item 9 – Propriedade Físico-química, para extrairmos os seguintes itens:

Informações Extraídas Da FISPQ.

9.1. PONTOS DA QUEIMA

9.1.1. Ponto de fulgor: é a menor temperatura em que um combustível inicia a


liberação de gases a ponto de inflamar-se, mas de forma insustentável (ao
retirar o calor a queima cessa imediatamente, pois não há calor
suficiente).

9.1.2. Ponto de combustão: é a menor temperatura em que o combustível


permanece a queima mesmo sem a presença do calor de origem. A
combustão é uma queima sustentável.

9.1.3. Ponto de ignição: é a menor temperatura em que os gases e vapores se


desprendem em chama de forma súbita, mesmo sem a presença de chamas

DENSIDADE

Densidade do vapor: de forma mais clara, é a forma de determinamos onde encontraremos este vapor
na atmosfera quando estiver acontecendo o ponto de fulgor.

Devemos sempre levar em consideração a densidade do AR que é IGUAL a 1.

Ex. a densidade do GLP (Gás Liquefeito De Petróleo) = 3, onde o encontraremos na atmosfera? na parte
inferior ou superior do ambiente? Por ter densidade 3, se torna mais pesado e o encontraremos na
parte inferior do ambiente.

LIMITES DE EXPLOSIVIDADE / INFLAMABILIDADE.

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Limite inferior de explosividade / inflamabilidade – L.I.E.: é a menor concentração em que os gases e
vapores desprendidos de um combustível poderão inflamar-se/ explodir.

Limite superior de explosividade / inflamabilidade – L.S.E.: é a maior concentração em que os gases


e vapores desprendidos de um combustível poderão inflamar-se/ explodir.

Limite ideal: é a concentração ente o L.I.E. e L.S.E. Onde a plena condição de explosividade.

Mistura pobre: é a concentração onde não há possibilidade de explosividade, pois a presença de


vapores do combustível é mínima.

Mistura rica: é a concentração onde não há possibilidade de explosividade, pois a presença de vapores
do combustível é acima do ponto ideal.

Exemplos de limites de explosividade e inflamabilidade:

TIPO DE COMPOSTO L.I.E. L.S.E.


ATMOSFERA
GÁS NATURAL 5,60% 15%
DE MISTURA
METANO 5% 15%
RICA
GLP 1,8% 9% L.S.E.
GASOLINA 1,40% 7,6%
ALCOOL ETILICO 3,30% 19%
PONTO
BUTANO 1,5% 8,50%
INFLAMAVEL
ACETONA 2,60% 12,80%
AMÔNIA 16% 25%
MONÓXIDO DE CARBONO 12,50% 74% L.I.E.
ATMOSFERA
ÓXIDO DE ETILENO 3% 100%
DE MISTURA
SULFETO DE HIDROGÊNIO 4,30% 46%
POBRE
HIDROGÊNIO 4% 75%

9.2. Reatividade e incompatibilidade

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Define-se como “incompatibilidade entre produtos químicos” a condição na qual
determinados produtos tornam-se perigosos quando manipulados ou armazenados próximos
a outros, com os quais podem reagir, criando situações perigosas, como a geração de gases,
calor excessivo, explosões ou reações violentas. Segue, abaixo, uma lista contendo a
incompatibilidade de alguns compostos químicos.

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10. SISTEMA DE ATENDIMENTO A EMERGÊNCIA


10.1. Proteção Individual

10.1.1. Bota de PVC

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Descrição e Uso

As características mais importantes para um bom produto são:

 Solado antiderrapante;
 Boa resistência à abrasão, ao impacto, à perfuração e
dielétrica, às baixas e altas temperaturas e à tração;
 Boa flexibilidade e impermeabilidade.

Os melhores modelos apresentam boa resistência a solventes, ácidos,


e óleos. São muito utilizadas no dia a dia da emergência em cenários
envolvendo produtos com baixa periculosidade e corrosividade, para
trabalhos em terrenos abandonados, rodovias, ou mesmo áreas com vegetação.

Não devem ser utilizadas em cenários de vazamentos de produtos líquidos sem que se tenha a certeza
da compatibilidade do material.

10.1.2. Bota de Resistência Química – tipo HAZ MAX

Descrição e Uso
Bota confeccionada com liga especial de PVC e
Poliuretano de alto peso molecular que cria um
composto com grande resistência a muitos
produtos químicos perigosos. A bota é injetada
em processo de dois estágios que forma uma
peça única de grande resistência mecânica.
Possui palmilha e biqueira de aço, sendo assim
recomendada para atendimento a emergências
com produtos químicos perigosos. O solado
apresenta um desenho que evita escorregões em
pisos molhados.

10.1.3. Capacetes

Descrição e Uso

Bons capacetes de segurança são rígidos e leves, confortáveis, injetado numa única
peça em polietileno de alta densidade, sem porosidade, eletricamente inertes e
com alta resistência dielétrica. Alguns modelos podem possuir fendas laterais para
que sejam acoplados protetores faciais e auditivos. A suspensão é o aparato que
distribui e reduz o impacto através de fitas amortecedoras. Boas suspensões
possuem cinta ajustável e dupla fita amortecedora com 4 pontos de apoio,
formando um eficiente sistema de amortecimento, em caso de impacto.

10.1.4. Equipamentos autônomo de respiração

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Descrição e Uso

O sistema completo consiste no conjunto com


cilindro, sistema de válvulas e máscaras autônomas.
Um bom conjunto básico consta de máscara facial
inteira com ampla visão periférica (panorama), visor
de policarbonato com tratamento resistente a
abrasão (anti-risco) na parte externa e solução anti-
embaçante na parte interna. Tirantes de cabeça
ajustáveis com pelo menos cinco pontos de ajuste
rápido. Sistema de acoplamento tipo engate rápido,
destinado a receber uma válvula de demanda de
pressão positiva.Suporte em polímero anti-chama,
com formato dorsal anatômico, asas laterais de
quadril, adaptador com dispositivo de comutação
para respiração de mangueira de ar comprimido,
adaptador de segunda saída para carona. Correias em
KEVLAR nos ombros, cintura e para fixação do cilindro, com fivelas autofixantes.

Cilindro em alumínio recoberto com fibra de carbono e resina externa, pressão de trabalho de 300 BAR
(4500 psi), autonomia de 45 minutos com consumo de 45 litros por minuto, válvula com manômetro.

Manômetro digital, com medidor montado sobre a correia de ombro do suporte, possibilidade de giro
do manômetro, alarmes distintos e independentes para indicação do baixo nível de pressão do ar,
mostrador visível na ausência de luz e intrinsecamente seguro.

Redutores de pressão de primeiro e segundo estágio, sendo este último dotado de dispositivo para
fluxo contínuo de ar e engate rápido.

De acordo com normas NIOSH e NFPA e peso total do conjunto não superior a 10 kg.

Este recurso deve ser sempre utilizado quando não se conhece as características ou concentrações da
substância ou produto envolvido na ocorrência. Para concentrações muito elevadas, não suportadas
por filtros específicos, ou quando há concentrações baixas de oxigênio (abaixo de 19,5 %) no ambiente,
faz-se necessário o uso de equipamento autônomo de respiração.

10.1.5. Filtros

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Filtros combinados
Filtros químicos

Descrição e Uso

Utilizados para a proteção contra gases e vapores. O processo de funcionamento baseia-se na adsorsão
dos contaminantes gasosos por meio de um elemento filtrante, normalmente o carvão ativo. Alguns
filtros químicos utilizam adicionalmente elementos químicos (sais minerais, catalisadores ou alguns
alcalinos) que melhoram o processo de adsorsão.A quantidade (concentração) do contaminante que
o filtro pode reter, depende da qualidade do elemento filtrante, granulometria, massa filtrante
(quantidade) e do tipo do contaminante, influindo também a temperatura e umidade.

A Norma ABNT NBR 13696/2010 Equipamento de Proteção Respiratória – Filtros Químicos e


Combinados estabelece os tipos, tamanhos e classes de filtros de acordo com o contaminante gasoso
contra o qual se deseja proteção.

Os filtros fazem uso de diferentes elementos filtrantes, de acordo com os contaminantes que
necessitam ser retidos. De modo geral, os filtros são classificados em:

filtros químicos;
filtros mecânicos;
filtros combinados, ou sejam, mecânicos e químicos.

10.1.6. Luva

Descrição e Uso

Atualmente existe uma grande variedade de luvas, para os mais diferentes usos. O mesmo cuidado na
escolha das roupas de proteção deve ser adotado na escolha das luvas, uma vez que as mãos estão
entre as partes do corpo mais vulneráveis em acidentes químicos. Podem ser confeccionadas com
materiais como PVA, borracha natural, borracha nitrílica, PVC, neoprene, polietileno, poliuretano ou
viton, entre outros. A eficiência e resistência química da luva vai depender do material de confecção,
da espessura, comprimento e do tipo de produto químico envolvido.As luvas são itens praticamente
obrigatórios na maioria das atividades envolvendo acidentes com produtos químicos. Devem ser
escolhidas criteriosamente e utilizadas com responsabilidade, mesmo em situações aparentemente
simples, como sondagens de galerias de esgotos e galerias pluviais. Protegem não só de substâncias
químicas perigosas à pele, mas também de agentes biológicos nocivos, ou mesmo de injúrias
mecânicas relacionadas às atividades. Outros usos são ainda para proteção térmica e para quando se
aplicam técnicas avançadas como técnicas verticais, rapel, trabalho em altura, etc).
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10.1.7. Luva de borracha butílica

Descrição e Uso

A Luva de Proteção Química em BORRACHA


BUTÍLICA é indicada para a proteção de um número
considerável de produtos químicos conhecidos,
sendo considerada adequada para atendimentos a
emergências envolvendo produtos químicos
perigosos. É empregada com sucesso como luva de
proteção em situações onde o produto envolvido
ainda não foi identificado.

10.1.8. Luva de borracha nitrílica

Descrição e Uso

É uma luva de boa resistência química e mecânica,


confeccionada com elastômero (borracha sintética)
de acrilonitrila e butadieno.Este produto confere
proteção contra líquidos e agentes químicos. Pode ser
utilizada com solventes, soluções ácidas ou alcalinas
e hidrocarbonetos em geral. É uma das luvas mais
utilizadas pelas equipes de emergência devido a sua
versatilidade e eficiência química/mecânica, em
eventos de menor gravidade. Quando contaminadas
com produto químico perigoso, devem ser limpas
atendendo-se aos procedimentos adequados de descontaminação.

10.1.9. Luva de látex natural

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Descrição e Uso

Luva confeccionada em látex natural e forrada com


flocos de algodão, material leve e flexível, que garante
boa tactilidade. Oferece resistência química contra
vários tipos de compostos inorgânicos e inorgânicos que
apresentam água como principal constituinte da
mistura.

10.1.10. Luva de látex tipo procedimento

Descrição e Uso

Luva confeccionada em látex natural, de pequena espessura (tipo


cirúrgica) com talco. Apresenta comprimento de 18 cm. Material leve
e flexível, formando uma luva confortável, que garante excelente
tactilidade. Oferece relativa resistência química contra vários tipos de
compostos inorgânicos e inorgânicos que apresentam água como
solvente. Deve ser empregada internamente sob outras luvas como
segurança extra para as mãos dos usuários.

10.1.11. Luva de neoprene

Descrição e Uso

A Luva de Proteção Química em NEOPRENE é indicada como luva ideal


de proteção para um número muito grande de produtos químicos
conhecidos, sendo considerada adequada para atendimentos a
emergências envolvendo produtos químicos perigosos. Confeccionada
em material leve e flexível, que garante boa tactibilidade. Oferece excelente resistência química contra
vários tipos de compostos inorgânicos, tais como: ácidos e alcalinos em geral, além de vários produtos
orgânicos. Oferece boa relação custo x benefício e longa vida útil.

10.1.12. Luva de PVC

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Descrição e Uso

A Luva de Proteção Química em PVC (policloreto de vinila) é


indicada como luva ideal de baixo custo, para proteção para um
número muito grande de produtos químicos, principalmente para
produtos inorgânicos em geral. Confeccionada em material leve e
flexível, que garantem boa tactibilidade. Oferece excelente
resistência química contra vários tipos de compostos inorgânicos,
tais como: ácidos e alcalinos em geral.

10.1.13. Luva de Viton

Descrição e Uso

A Luva de Proteção Química em VITON ® é indicada como luva de


proteção para praticamente todos os produtos químicos
conhecidos, sendo considerada ideal para atendimentos a
emergências envolvendo produtos químicos perigosos. É
empregada com sucesso como luva de proteção em situações onde
o produto envolvido ainda não foi identificado.

10.1.14. Mascaras

Máscara contra gás e vapor

Máscara facial para concentrações até 1.000 Máscara semi- facial para concentrações até
ppm 1.000 ppm

Mascara semi-facial para concentrações até Máscara facial para concentrações até 20.000
20.000 ppm ppm

Descrição e Uso
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Constam de peça facial inteira (panorama) ou semifacial. Sâo compostas por tirantes para fixação,
válvulas de inspiração e expiração e sistema para acoplamento de filtros.

Tais máscaras purificam o ar por meio desses filtros, impedindo, dessa forma, que contaminantes
sejam inalados pelo usuário. Esses equipamentos possuem algumas restrições de uso, sendo as
principais:

 Não podem ser utilizados em ambientes com concentração de oxigênio inferior a 19,5% em
volume;
 São sensíveis à umidade;
 Só podem ser usados quando se conhece o contaminante, sua concentração no ambiente e
essa não excede os limites considerados seguros.

Há diversos motivos pelos quais a concentração de oxigênio pode ser reduzida no ambiente:
deslocamento devido à liberação ou formação de outro gás, consumo do oxigênio por
microorganismos presentes na matéria orgânica ou qualquer substância, sujeita à oxidação e presente
em um ambiente confinado.

Máscara semi-facial

Máscaras semi-facial – Filtro mecânico P1 – P2 – P3

Descrição e Uso

É utilizado para a proteção contra materiais particulados, sendo


normalmente confeccionado em material fibroso, cujo entrelaçamento
microscópico das fibras retém as partículas e permite a penetração do ar
respirável.Segundo o Projeto de Norma 2:11-03-006 ABNT, os filtros
mecânicos podem ser classificados em função de sua capacidade de
filtração, conforme descrito a seguir:

Classe P1 – para uso contra aerodispersóides gerados mecanicamente. As


partículas podem ser sólidas ou líquidas geradas de soluções ou suspensões aquosas. São indicados
entre outros, contra poeiras vegetais: algodão, bagaço de cana, madeira, celulose e carvão vegetal,
grãos e sementes, poeiras minerais como sílica, cimento, amianto, carvão mineral, negro de fumo,
bauxita, calcário, coque, fibra de vidro, ferro, alumínio, chumbo, cobre, zinco, manganês e outros
materiais, e ainda névoas aquosas de inorgânicos: névoas de ácido sulfúrico e soda cáustica. Possuem
pequena capacidade de retenção.

Classe P2 – para uso contra aerodispersóides gerados mecanicamente (poeiras e névoas) e


termicamente (fumos). Além dos contaminantes indicados para o filtro P1, os filtros P2 são eficientes
na retenção de fumos metálicos, como solda ou provenientes dos processos de fusão de metais que
contenham ferro, manganês, cobre, níquel e zinco. São ainda indicados contra névoas de pesticidas
com baixa pressão de vapor, que não contenham vapores associados.

Esses filtros são ainda classificados em categorias “S” ou “SL”, de acordo com a sua capacidade para
reter partículas líquidas oleosas ou não. Os da categoria “S” são indicados para os contaminantes

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anteriormente citados e os da categoria “SL” podem ser utilizados para proteção contra névoas oleosas
e para os contaminantes da categoria anterior. Possuem capacidade média de retenção.

Classe P3 – para uso contra aerodispersóides gerados mecanicamente e termicamente, incluindo os


tóxicos. Pertencem a esta categoria de contaminantes tóxicos, entre outros, as poeiras, névoas e
fumos de arsênico, berílio, sais solúveis de platina, cádmio, rádio, prata, urânio e seus compostos e os
radionúclideos. Os filtros P3 da mesma forma que os filtros P2, também são divididos nas catergorias
“S” ou “SL”. Possuem grande capacidade de retenção.

Obs: A proteção propiciada por uma determinada classe de filtros compreende também a proteção
fornecida pelo filtro da classe anterior.

10.1.15. Óculos de proteção

Descrição e Uso

Produtos de qualidade apresentam ótima resistência mecânica contra


impactos, lentes antiembaçantes e com proteção química. O grau e
abrangência de proteção química dependem dos modelos e dos
fabricantes.Devem ser ergonômicos, atóxicos, antialérgicos e confortáveis,
podendo apresentar hastes simples ou ser fixos a cabeça por fitas elásticas
de segurança (poliester). Modelos confeccionados em PVC ou propionato
de celulose com lentes de policarbonato. Podem apresentar proteção
também contra raios UV.

10.1.16. Protetor auditivo

Descrição e Uso

Plugs são normalmente produzidos em silicone, confortáveis e eficientes


na proteção do usuário em locais com ruídos acima de 85 dB. Devem ser
elasticamente moldáveis para facilitar o ajuste no canal auditivo.

Abafadores de ruídos do tipo concha são geralmente constituídos por


duas conchas acústicas, ligadas por um arco rotativo. As conchas podem
ser inteiriças, sem furos, soldas ou emendas, injetadas numa única peça.
Bons produtos possuem a parte interna da concha forrada por uma
espuma de poliéster, com altos índices de atenuação. Possuem selo acolchoado composto de espuma
poliéster, revestido em laminado de vinil atóxico. O arco é injetado em polímero plástico numa única
peça, resistente a deformações. Os melhores modelos permitem ajuste de pressão e podem ser
utilizados simultaneamente com outros E.P.I.s..

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10.1.17. Roupas de Proteção Química Nível A

Descrição e Uso

Peça única que encapsula totalmente o usuário. As botas, visor e


luvas estão integrados à roupa tornando-a resistente a gases e
vapores. As costuras são termoseladas e o zíper também fornece
perfeita vedação. A proteção respiratória e o ar respirável são
fornecidos por um conjunto autônomo de respiração com pressão
positiva, interno à roupa. Alguns modelos protegem também contra
chamas ( flasheamentos instantâneos).Utilizada para proteger o
usuário contra gases, vapores e partículas tóxicas, bem como contra
produtos líquidos, especialmente em condições de risco extremo,
com elevadas concentrações de produtos químicos perigosos. O nível
de proteção (resistência química) desta veste depende do material utilizado (viton, neoprene,
borracha butílica, teflon, borracha nitrílica, poliuretano, polietileno clorado, polietileno de alta
densidade, etc.). As roupas mais resistentes são confeccionadas com diversas camadas de materiais
diferentes.

10.1.18. Roupas de Proteção Química Nível B

Descrição e Uso

Esta roupa é especial para combate a substâncias químicas em


condições que não ofereçam risco máximo á pele. Portanto, as
roupas nível B podem não ser conectadas às luvas e botas. No
entanto, assim como nas roupas nível A, oferecem proteção
respiratória máxima pois estão associadas a equipamentos
respiratórios autônomos.Em cenários
acidentais onde há intenso risco ao
sistema respiratório mas com menor
risco de danos por contato com a
pele.

Roupas de Proteção Química Nível C

Descrição e Uso

Roupa que oferece proteção química contra respingos, confeccionada em


uma peça inteiriça ou duas peças. As luvas, botas e sistemas de proteção
respiratória são utilizados independentemente. Assim como nas outras
roupas, a eficiência contra produtos químicos depende do material com o
qual é confeccionada. O grau de proteção da roupa nível C para a pele é
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idêntico ao nível B, mas o grau de proteção respiratória é inferior. Pode ser utilizada com equipamento
autônomo de proteção ou com mascaras com filtros químicos, dependendo da situação. O ambiente
deve estar caracterizado e as substâncias envolvidas, bem como suas concentrações devem ser
conhecidas.

10.1.19. Roupa de Proteção Térmica

Descrição e Uso

Situações envolvendo incêndio em indústria, armazenamento de produtos


químicos, transporte terrestre de produtos perigosos, entre outras, a avaliação
dos gases e vapores presentes nas áreas de rescaldo causam uma preocupação
adicional àquela onde normalmente uma equipe de atendimento a emergências
químicas costuma atuar.Com o objetivo de assegurar a integridade dos técnicos
envolvidos em situações como essas, é indispensável a utilização de roupas de
proteção térmica que possibilitará a aproximação ao fogo ou chamas,
oferecendo também resistência a respingos de produtos químicos. Roupa de
proteção e combate a incêndio combinando três peças, jaqueta, calça e
capacete. A confecção da jaqueta e calça é composta de 4 camadas de proteção,
sendo: 1ª camada – externa brigade 08 gr/m2, 2ª camada – barreira de vapor
em poliuretano, 3ª camada – barreira térmica de feltro em fibra aramida, 4ª
camada – forro em fibra aramida. A forração de proteção térmica possui ainda
uma camada de tecido sintético, que promove a dissipação do calor interno,
mas não permite a entrada de água (efeito hidrorepelente), ou passagem de
calor no sentido inverso.

10.1.20. Roupa de Proteção Química Nível A Anti Chama

Descrição e Uso

Roupa de proteção química oferece a proteção contra produtos


químicos industriais. Esta roupa possui cinco camadas de
revestimento, sendo confeccionada em elastômero de engenharia.
Suas propriedades eletrostáticas tornam possível o uso do
equipamento em áreas potencialmente inflamáveis. No caso de
fagulhas e chamas, com o avançado tecido utilizado no equipamento
e suas propriedades auto extinguíveis e retardante de chama, o
equipamento também protegerá o usuário contra uma série de
queimaduras. O acabamento interno/externo em camadas de
elastômeros sintéticos e pigmentação de fácil visualização. A roupa
deverá permitir reparos pelo fabricante em caso de perfuração.
Equipamento destinado para ser utilizado em operações de
emergências envolvendo o risco de incêndio.

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11. ABSORVENTES

Processo físico no qual um material coleta e retém outro.


A absorção pode ser acompanhada de uma reação química ;

11.1. Composição de Absorventes

 Absorventes orgânicos

São geralmente conhecidos como aqueles provenientes de


materiais presentes na natureza à base de carbono, tais
como:

1. Sabugo de milho,
2. Serragem,
3. Fibra de papel,
4. Algodão,
5. Turfa e
6. Estopa.

Todos estes materiais são considerados biodegradáveis.

 Absorventes inorgânicos

São normalmente extraídos da terra e incluem:

1. Argila,
2. Perlita,
3. Areia,
4. Silicatos expandidos (vidro) e
5. Mica expandida (vermiculita).

Estes materiais não são considerados biodegradáveis.

 Absorventes sintéticos

São geralmente produzidos de derivados de petróleo ou materiais plásticos, tais como:

1. PU,
2. PE ou
3. PP.

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Estes materiais absorventes não são considerados biodegradáveis ·

 Absorventes seletivos

Contém um meio que não irá absorver alguns fluídos em particular ou não são quimicamente
compatíveis com eles, e portanto não devem ser usados com determinados líquidos.
Por exemplo

1. Poliolefinas não tratadas, não irão, geralmente, absorver líquidos aquosos;


2. Absorventes de sílica na presença de ácido fluorídrico resultará em tetra fluoreto de silício; ou
3. Absorventes de celulose se usados para conter ácido nítrico irão reagir para produzir nitrocelulose.
·

 Absorventes Químicos ou Universais

São geralmente considerados inertes e podem ser utilizados com aproximadamente todos os líquidos.
·

 Absorventes Específicos

São destinados a alterar o estado do líquido absorvido levando o material absorvido a um estado
menos tóxico.
Características notáveis que devem ser consideradas para avaliar o absorvente e o fluído
Características de Desempenho dos materiais absorventes são classificadas de acordo com:

 Seu grau de absorção (tempo requerido para saturação),


 Volume (quantidade de líquido que um absorvente pode reter) e
 Grau de desempenho (qual a massa de líquido absorvida por massa de absorvente).

Geralmente, materiais absorventes com altos graus de absorção, volume e grau de desempenho
são os materiais mais eficientes na absorção

Características do Fluído que afetam o desempenho de absorção incluem:

 Densidade. (Massa de substância por unidade de volume),


 Viscosidade (resistência à fluir) e
 Tensão superficial ( forças intermoleculares de um líquido agindo na sua superfície para manter
suas moléculas inseparáveis).

REAPROVEITAMENTO
Alguns absorventes mais modernos permitem que:

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Boa parte do produto absorvida seja recuperada através do emprego de processos como a
compactação do absorvente.
Em alguns casos é possível recuperar cerca de 90% do material que foi absorvido.
A compactação também serve para reduzir o volume do absorvente quando o mesmo for descartado.
Alguns absorventes podem até mesmo ser reaproveitados por diversas vezes, melhorando assim sua
relação custo benefício.
A seletividade é uma característica que apenas alguns absorventes mais
modernos apresentam.
A seletividade é a propriedade que um determinado absorvente possui
de absorver um produto químico que apresenta uma característica
particular e não absorver produtos que não tenham a referida
característica.
Entre os absorventes utilizados em maior escala temos alguns que são
hidrorepelentes, ou seja, absorvem líquidos tais como óleos e solventes
(imiscíveis com a água) e não absorvem a água.

Principais absorventes industriais

11.1.1. A areia

Não é na verdade um absorvente, mas pode funcionar como tal.


Por ter deslocamento “aparentemente” fácil e custo
inexpressivo, sua utilização é incentivada dentro das empresas.

11.1.2. A serragem

Também conhecida como pó de serra é utilizada como


absorvente em muitas atividades industriais, pois é
extremamente barata.
É leve e de fácil aplicação.
Apesar da serragem ser constituída de pequenos pedaços de
madeira, com grande área de contato, a mesma não apresenta
boa capacidade de absorção e não pode ser empregada para
absorver produtos químicos perigosos.

11.1.3. A vermiculita

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É um absorvente mineral que pode ser empregado com um bom desempenho para produtos à base
de petróleo, assim como ácidos e alcalinos fortes.
Para produtos químicos voláteis não é muito recomendado.
A vermiculita tem como desvantagens:
Preço um pouco elevado e a impossibilidade de incineração, que
acarreta uma destinação final mais cara.

11.1.4. A turfa

É um material absorvente de base vegetal.


Quando comparada com outros absorventes tais como serragem, areia ou
vermiculita a turfa apresenta desempenho superior, além de poder ser
utilizada para produtos orgânicos voláteis.
A turfa não pode ser utilizada para absorver produtos químicos perigosos
tais como ácidos e alcalinos fortes.

11.1.5. A cinza vulcânica

É empregada como absorvente apenas para casos específicos,


envolvendo óleos pesados, bem como graxas em geral, mesmo
em pisos com superfície lisa.
É um material relativamente pesado e seu custo é elevado.
Devemos observar ainda os seguintes pontos:
Apresenta alta densidade, ou seja, mesmo em se tratando de
pequenos volumes, o esforço físico necessário para conter um
vazamento pequeno é intenso;
O tempo gasto para a atividade é muito longo, pois é necessário
espalhar sobre a área atingida e depois recolher com processos
laborais utilizando pás, enxadas e carrinhos;

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11.1.6. A celulose reciclada

Quando preparada quimicamente para atuar como material


absorvente, apresenta um excelente desempenho.
É empregada na produção de barreiras e almofadas, e também
é comercializada na forma de flocos (sacos com 10
quilogramas).
Facilidade de aplicação devido ao pouco peso.
É incinerável e auxilia na co-geração de energia elétrica, pois
apresenta alto poder de queima, aliado a uma baixa formação
de cinzas.
Grande capacidade de absorção Por ter aplicações mais restritas, e devido à própria consistência do
material, seu emprego não é tão difundido como o de outros materiais. Infelizmente este material não
apresenta uma relação custo x benefício atraente.
Abaixo temos as principais características deste tipo de absorvente:
Apresenta rendimento próximo ao da turfa e superior a outros materiais absorventes tais como areia
e pó de serra;

SUPERSORB

 Fibras Recicladas de Poliéster com Viscose

Estas fibras recicladas e trituradas para ter


homogeneidade de tamanho criam um material
absorvente que oferece uma quantidade de
vantagens superior a grande maioria dos outros
absorventes industriais.
É fornecido na forma de tapetes, barreiras e
almofadas. Entre as principais vantagens podemos
indicar:
Apresenta rendimento muito satisfatório, inclusive superior a outros tipos de materiais utilizados
como absorventes, podendo absorver uma quantidade de líquido maior que seu próprio peso e
volume.

 Micro – Fibras de Polietileno

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Material utilizado como absorvente, criando assim um novo conceito
de absorventes de alto desempenho.
O Polietileno é um plástico (material sintético) e quando produzido na
forma de microfibras e aglutinado através de processo especial cria
um material absorvente que oferece uma quantidade de vantagens
superior a quase qualquer outro absorvente industrial.
É fornecido na forma de tapetes, barreiras e almofadas.
Entre as principais vantagens podemos indicar:
Podendo absorver uma quantidade de líquido maior que seu próprio
peso e volume.

 Micro – Fibras de Polipropileno

Material utilizado como absorvente, sendo contemporâneo ao polietileno e apresentando vantagens


ainda maiores de absorventes de alto desempenho.
Polipropileno é um plástico (material sintético) que quando
preparado como material absorvente (micro-fibras aglutinadas
através de processo especial) oferece vantagens ímpares em relação
aos outros materiais.
A exemplo dos absorventes de polietileno os absorventes
confeccionados com polipropileno também são comercializados
nas formas de:
Tapetes, barreiras e almofadas – todos de diversos tamanhos e
capacidades de absorção.

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