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SISTEMAS DE TRANSPORTES

Rede rodoviária
Rede ferroviária
Rede de vias navegáveis e portos de navegação interior
Portos marítimos
Aeroportos
Rede de transporte combinado
Rede de gestão e de informação do tráfego marítimo
Rede de gestão do tráfego aéreo
Rede de determinação da posição e de navegação

T01 1
TRANSPORTES – REDE RODOVIÁRIA
P1 IP3 IP2
CORREDORES IP4

ESTRUTURANTES IP9

DO TERRITÓRIO IP4 IP9

IP5 IP5

REDE FERROVIÁRIA IP3

IP6
IP6

IP7 IP7

IP8
IP8

IP1

IP2

T01 2
REDES FERROVIÁRIAS

Rede Principal
Rede Complementar
Rede Secundária

Rede de alta velocidade

T01 3
PLANEAMENTO RODOVIÁRIO
 O planeamento rodoviário visa a definição, para determinados horizontes temporais, das principais
características físicas, técnicas e funcionais que as redes de estradas devem exibir para darem
resposta adequada às finalidades do sistema rodoviário em que se inserem
 A definição da rede é feita em função de razões ligadas a:
 Ocupação e desenvolvimento do território
 Economia e planeamento de transportes
 Defesa nacional
 Existem diversas redes, podendo considerar-se as seguintes:
 Rede Rodoviária Transeuropeia
 Redes Rodoviárias Nacionais
 Rede Fundamental
 Rede Complementar
 Redes Rodoviárias Municipais

T01 4
PLANOS RODOVIÁRIOS NACIONAIS
1º Plano Rodoviário Nacional Decreto-Lei 33 916, de 4 de Setembro de 1944
Decreto-Lei 34 593, de 11 de Maio de 1945
2º Plano Rodoviário Nacional Decreto-Lei 380/85, de 26 de Setembro de 1985
(actual PRN 2000) Decreto-Lei 222/98, de 17 de Julho de 1998
Lei 98/99,de 26 de Julho de 1999
Decreto-Lei 182/2003, de 16 de Agosto de 2003

OUTRAS DATAS IMPORTANTES


20 de Julho de 1927 (Decreto-Lei 13 969) Criação da Junta Autónoma das Estradas que, conjuntamente com a
Direcção Geral das Estradas, veio substituir a Direcção Geral das
Estradas e Turismo
19 de Agosto de 1949 (Lei 2 037) Estatuto das Estradas Nacionais
25 de Junho de 1999 (Decreto-Lei 237/99) Extinção da JAE e Criação dos Institutos Rodoviários (IEP – Instituto das
Estradas de Portugal), ICOR (Instituto para a Construção Rodoviária e
ICERR – Instituto para a Conservação e Exploração da Rede Rodoviária)
30 Outubro de 2002 (Decreto-Lei 227/2002) o Instituto das Estradas de Portugal (IEP) integra, por fusão, o ICOR e o
ICERR, extinguindo-se estes dois últimos. O IEP mantém a natureza e
regime de instituto público, dotado de autonomia administrativa e financeira
e património próprio, e está sujeito à tutela e superintendência do Ministro
das Obras Públicas, Transportes e Habitação
21 Dezembro 2004 (Decreto-Lei 239/2004) Extinção do IEP e criação da EP – Estradas de Portugal, E.P.E. (Entidade
Pública Empresarial)

T01 5
1º PLANO RODOVIÁRIO NACIONAL
(Decreto-Lei 33 916, de 4 de Setembro de 1944; Decreto-Lei 34 593, de 11 de Maio de 1945)
Rede Designação das estradas Entidade Responsável
Estradas Nacionais de 1ª Classe (EN 1 a EN 100)
NACIONAL Estradas Nacionais de 2ª Classe (EN 100 a EN 200) Junta Autónoma das Estradas
Estradas Nacionais de 3ª Classe (EN 200 a EN 300)
Estradas Municipais
Câmaras Municipais
MUNICIPAL Municipais
Caminhos Públicos
Vicinais Juntas de Freguesia

2º PLANO RODOVIÁRIO NACIONAL


(Decreto-Lei 380/85 de 26 de Setembro; Decreto-Lei 222/98, de 17 de Julho;
Lei 98/99 de 26 de Julho; Decreto-Lei 182/2003 de 16 de Agosto)
Rede Designação das estradas Entidade Responsável
REDE FUNDAMENTAL Itinerários Principais (IP)
NACIONAL REDE Itinerários Complementares (IC) Estradas de Portugal
COMPLEMENTAR Estradas Nacionais (**)
Estradas Municipais
Câmaras Municipais
MUNICIPAL Caminhos Municipais
Públicos Vicinais Juntas de Freguesia
** No Plano Rodoviário de 1985 com a designação de “Outras Estradas”

T01 6
2º PLANO RODOVIÁRIO NACIONAL
Critérios adoptados
Foi feita a classificação de centros urbanos em:
 NÍVEL A – Sedes de distrito e centro urbanos equiparáveis, com influência supra-distrital
 NÍVEL B – Centros urbanos com influência supra-concelhia, mas infra-distrital
 NÍVEL C – Centros urbanos só com influência concelhia
e estabelecidos os seguintes critérios:
Critério de funcionalidade:
A rede nacional deve assegurar as seguintes ligações:
a) da sede de cada distrito com os contíguos;
b) da sede de cada distrito com os centros urbanos do mesmo;
c) entre a sede de cada distrito o porto e a fronteira mais importantes desse distrito, quando existentes.
Critério de operacionalidade: A rede nacional deve assegurar:
 os percursos de extensão superior a 10 km e tráfego médio diário superior a 2000 veículos relativo ao
ano de 1975 (4300 em 1990);
 as ligações entre sedes de concelho com tráfego médio diário superior a 1 000 veículos relativo ao ano
de 1975.
Critério de acessibilidade: A rede nacional deve assegurar:
 As ligações das restantes sedes de concelho à rede definida de acordo com os critérios anteriores

T01 7
P1 IP3 IP2
I2º PLANO RODOVIÁRIO NACIONAL – PRN 2000
IP4
REDE FUNDAMENTAL – assegura a ligação entre si e com os Portos e
IP9 Fronteiras, dos centros urbanos de influência supra-distrital, ou seja as sedes de
distrito e centros urbanos equiparáveis. É constituída por 9 Itinerários Principais (IP):
IP4 IP9
Classif Designação Pontos extremos e intermédios
IP5 IP5 IP 1 Valença- Castro Marim Valença - Braga - Porto - Aveiro - Coimbra - Leiria - Santarém -
Lisboa - Montijo - Setúbal - Aljustrel - Faro - Castro Marim
IP3
IP 2 Portelo - Faro Portelo - Bragança - Guarda - Covilhã - Castelo Branco -
Portalegre - Évora - Beja - Faro
IP6
IP 3 Vila Verde da Raia - Vila Verde da Raia - Vila Real - Lamego - Viseu - Coimbra -
IP6
Figueira da Foz Figueira da Foz
IP7 IP7 IP 4 Porto - Quintanilha Porto - Vila Real - Bragança - Quintanilha
IP 5 Aveiro - Vilar Formoso Aveiro - Viseu - Guarda - Vilar Formoso
IP 6 Peniche - Castelo Branco Peniche - Caldas da Rainha - Rio Maior - Santarém - Torres
Novas - Abrantes - Castelo Branco
IP8
IP8 IP 7 Lisboa (CRIL) - Caia Lisboa (CRIL) - Setúbal - Évora - Estremoz - Elvas - Caia
IP 8 Sines - Vila Verde de Sines - Santiago do Cacém - Beja - Serpa - Vila Verde de
IP1 Ficalho Ficalho
IP 9 Viana do Castelo - Vila Real Viana do Castelo - Ponte de Lima - Braga - Guimarães -
IP2 Amarante - Vila Real
REDE
COMPLEMENTAR – assegura a ligação da Rede Fundamental aos centros urbanos de influência supra-
concelhia mas infra-distrital. É constituída por:
 37 Itinerários Complementares (IC), que estabelecem as ligações de maior interesse regional, bem como as
principais vias envolventes e de acesso nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto
 169 Estradas Nacionais (EN)
T01 8
PLANO RODOVIÁRIO NACIONAL – PRN 2000
Itinerários Complementares (IC 1 a IC 18)
Classif Designação Pontos extremos e intermédios
IC 1 Valença - Guia Valença - Viana do Castelo - Póvoa de Varzim - Porto - Espinho - Ovar - Aveiro - Figueira
da Foz - Leiria - Caldas da Rainha - Torres Vedras - Lisboa - Marateca - Alcácer do Sal -
Grândola - Ourique - Guia (IC 4)
IC 2 Lisboa - Porto Lisboa - Rio Maior - Leiria - Coimbra - São João da Madeira - Argoncilhe - Porto
IC 3 Setúbal - Coimbra Setúbal - Palmela - Montijo - Salvaterra de Magos - Almeirim - Entroncamento - Tomar -
Penela - Condeixa - Coimbra (IP 3)
IC 4 Sines - Faro Sines - Lagos - Portimão - Faro
IC 5 Póvoa de Varzim - Miranda do Douro Póvoa de Varzim (IC 1) - Famalicão - Guimarães - Fafe - Vila Pouca de Aguiar - Murça -
Vila Flor - Alfandêga da Fé - Mogadouro - Miranda do Douro (fronteira)
IC 6 Coimbra - Covilhã Coimbra (IP 3) - Venda de Galizes - Covilhã (IP 2)
IC 7 Venda de Galizes - Celorico da Beira Venda de Galizes (IC 6) - Seia - Gouveia - Celorico da Beira (IP 5)
IC 8 Figueira da Foz - Castelo Branco Figueira da Foz (IC 1) - Pombal - Figueiró dos Vinhos - Pedrogão Grande - Sertã -
Proença-a-Nova - Castelo Branco (IP 2)
IC 9 Nazaré - Ponte de Sor Nazaré - Alcobaça - Batalha - Fátima - Ourém - Tomar - Abrantes - Ponte de Sor (IC 13)
IC 10 Santarém - Montemor-o-Novo Santarém (IP 1) - Almeirim - Coruche - Montemor-o-Novo (IP 7)
IC 11 Peniche - Marateca Peniche - Lourinhã - Torres Vedras (IC 1) - Carregado - Pegões - Marateca (IP 1)
IC 12 Mira (IC1) - Mangualde Mira(IC1) - Anadia (IP 1) - Mortágua - Santa Comba Dão - Carregal do Sal - Nelas -
Mangualde (IP 5)
IC 13 Montijo - Portalegre Montijo (IP 1) - Coruche - Mora - Ponte de Sor - Alter do Chão - Crato - Portalegre
(extensão à fronteira, condicionada por regras ambientais) (1)
IC 14 Apúlia - Braga Apúlia (IC 1) - Barcelos - Braga
IC 15 Lisboa - Cascais Lisboa - Oeiras - Cascais
IC 16 Radial da Pontinha Lisboa (CRIL - IC 17) - Amadora - Belas - Alto Colaride - Sintra
IC 17 Circular Regional Interior de Lisboa (CRIL) Algés - Buraca - Olival de Basto - Sacavém (IP1)
IC 18 Circular Regional Exterior de Lisboa (CREL) Caxias (IC 15) - Queluz - Loures - Alverca (IP 1)

T01 9
PLANO RODOVIÁRIO NACIONAL – PRN 2000
Itinerários Complementares (IC 19 a IC 37)
Classif Designação Pontos extremos e intermédios
IC 19 Radial de Sintra Lisboa (CRIL - IC17) - Queluz - Cacém - Sintra (IC 30)
IC 20 Via Rápida da Caparica Almada - Costa da Caparica
IC 21 Via Rápida do Barreiro Nó de Coina - Barreiro
IC 22 Radial de Odivelas Olival Basto (CRIL - IC17) - Montemor (CREL - IC18)
IC 23 Circular Regional Interior do Porto (CRIP) Ponte da Arrábida - Avenida de Fernão de Magalhães - Ponte de Freixo - Avenida da
República - IC 1
IC 24 Circular Regional Exterior do Porto (CREP) Perafita (IC 1) - Maia - Campo - Crestuma - Argoncilhe - Espinho (IC 1)
IC 25 IC 24 - IP 9 IC 24 - Paços de Ferreira - IP 9
IC 26 Amarante - Trancoso Amarante (IP 4) - Régua - Lamego - Tarouca - Moimenta da Beira - Sernancelhe -
Trancoso (IP 2)
IC 27 Beja - Castro Marim Beja (IP2) - Mértola - Castro Marim (IP1)
IC 28 Viana do Castelo - Lindoso Viana do Castelo (IC1) - Ponte de Lima - Lindoso
IC 29 Via Rápida de Gondomar Porto - IC 24
IC 30 Sintra - Alcabideche Sintra (IC 16) - Alcabideche (IC 15)
IC 31 Castelo Branco - Termas de Monfortinho Castelo Branco (IP2) - Termas de Monfortinho
IC 32 Circular Regional Interna da Península de Trafaria - IC 20 - IP 7 - EN10 - Nó de Coina (IC 21) - Montijo (IP 1)
Setúbal (CRIPS)
IC 33 Sines - Évora Sines - Grândola - Évora (IP 7)
IC 34 Vila Nova de Foz Côa - Barca d'Alva Vila Nova de Foz Côa (IP 2) - Almendra - Barca d'Alva (fronteira)
IC 35 Penafiel - Sever do Vouga Penafiel - Castelo de Paiva - Arouca - Vale de Cambra - Sever do Vouga
IC 36 Marinha Grande - Leiria (IP 1) Marinha Grande - Leiria (Nó do IP 1)
IC 37 Viseu – Seia Viseu (IP 5) - Nelas - Seia (IC 7)

T01 10
2º PLANO RODOVIÁRIO NACIONAL
Qualidade de serviço
Rede Fundamental:

 Deve assegurar um nível de serviço B no ano horizonte, podendo todavia o nível de serviço ser inferior
em zonas particularmente difíceis (relevo acentuado, intensa ocupação do solo, ..)
 Devem ser vedados em toda a extensão
 Os cruzamentos são desnivelados, ou seja através de nós de ligação
 Devem ter acessos por cruzamentos suficientemente espaçados (em geral mais de 5 km) de modo a
não afectar o nível de serviço
 É proibida a circulação de peões, velocípedes e viaturas de tracção animal, prevendo-se, quando
necessário, vias próprias separadas
 É prevista a dotação com equipamento rodoviário (áreas de serviço, áreas de repouso,..)

Rede Complementar:

 Deve assegurar um nível de serviço C no ano horizonte, podendo todavia o nível de serviço ser inferior
em zonas particularmente difíceis (relevo acentuado, intensa ocupação do solo, ..)
 Não é permitida a criação de novos acessos privados
 É prevista a dotação com equipamento rodoviário (áreas de serviço, áreas de repouso,..)

T01 11
PLANO RODOVIÁRIO NACIONAL – PRN 2000 - Rede Nacional de Auto-Estradas
Formada por elementos da Rede Rodoviária Nacional, com faixas de rodagem distintas para os dfois
sentidos de tráfego, sem cruzamentos de nível e especialmente sinalizadas como auto-estradas
Classif. Designação Classif. Designação
IP 1 Valença - Castro Marim IC 1 Caminha - Lisboa
IP 2 Guarda (IP 5) - Gardete (IP 6) IC 2 Lisboa - Carregado
IP 3 Vila Verde da Raia - Viseu IC 2 Coimbra (Sul) - Coimbra (Norte)
IP 3 Coimbra - Figueira da Foz IC 2 IC 24 - Porto
IP 4 Porto - Quintanilha (1) IC 3 Setúbal - Almeirim (IC 10)
IP 5 Aveiro - Vilar Formoso IC 4 Lagos - Loulé (IP 1)
IP 6 Caldas da Rainha (IC 1) - Gardete (IP 2) IC 5 Póvoa de Varzim (IC 1) - Vila Pouca de Aguiar (IP3)
IP 7 Lisboa - Caia IC 8 IP 1 - Pombal (IC 2)
IP 8 Sines - Santiago do Cacém IC 10 Santarem (IP 1) - Almeirim (IC 3)
IP 9 Viana do Castelo (IC 1) - Ponte de Lima IC 11 Torres Vedras (IC 1) - Marateca (IP 1)
IP 9 Braga - Guimarães - IP 4 IC 12 Mira (IC 1) - Mangualde (IP 5)
IC 14 Apúlia (IC 1) - Braga (IP 1)
IC 15 Lisboa - Cascais
IC 16 Lisboa (IC 17) - Sintra (IC 30)
IC 17 Circular Regional Interior de Lisboa : CRIL
IC 18 Circular Regional Exterir de Lisboa : CREL
IC 19 Radial de Sintra : Lisboa (IC 17) - Sintra (IC 30)
IC 20 Via Rápida da Caparica : Almada - Costa da Caparica
IC 21 Via Rápida do Barreiro : Nó de Coina (IP 7) - Barreiro
IC 22 Radial de Odivelas : Olival Basto (IC 17) - Montemor (IC 18)
IC 23 Circular Regional Interior do Porto : CRIP
IC 24 Circular Regional Exterior do Porto : CREP
IC 25 IC 24 - IP9
IC 29 Porto - IC 24
IC 30 Sintra (IC 16) - Alcabideche (IC 15)
IC 32 Anel Regional de Coina : Nó de Coina (IC 21) - Montijo (IP 1)
IC 36 Marinha Grande - Leiria (IP1)
T01 12
PLANO RODOVIÁRIO NACIONAL – PRN 2000
Estadas Regionais
Formada por ligações com interesse supra-municipal, complementares à rede rodoviária nacional,
assegurando uma ou várias das seguintes funções:
 Desenvolvimento e serventia das zonas fronteiriças, costeira e outras de interesse turístico;
 Ligação entre agrupamentos de concelhos constituindo unidades territoriais;
 Continuidade de estradas regionais nas mesmas condições de circulação e segurança
- fecho de malhas viárias …………. 2250 km
- vias de estruturação da raia …….. 750 km
- unidades territoriais ………….……1350 km
- Outras Estradas no PRN 85 …….. 680 km TOTAL ………. 5030 km

Situação em 1985 PRN 85 PRN 2000


Rede Fundamental IP 2 635 2 620
IC 2 440 3 240
Rede Complementar OE 4 810 –
EN – 5 490
Rede Nacional 21 814 Rede Nacional 9 885 11 350
Estradas Municipais 16 920 Estradas Regionais ER – 5 030
Caminhos Municipais 18 539 TOTAL 9 885 16 380

T01 13
FASES DO ESTUDO DE UMA ESTRADA
Programa preliminar Programa base Estudo prévio Projecto base Projecto de execução
(ante-projecto)
1 – PROGRAMA PRELIMINAR
Documento preparado pelo “dono da obra”, em que se define a obra de um modo muito geral, indicando
os seus objectivos, localização, características gerais, condicionamentos a que deve obedecer, dados
disponíveis para fazer os estudos.
Em estradas costuma referir a ligação a estudar, os locais de início e de final da ligação, o nível de
serviço pretendido, a velocidade de projecto, o presumível perfil transversal tipo e apresentar os
elementos disponíveis (estudos anteriores, cartografia, fotografia aérea, etc).
Quando há um concurso para a elaboração do projecto, o “Programa base” costuma constituir um dos
documentos do processo de concurso.

2 – PROGRAMA BASE
Documento elaborado pelo Projectista, em que se define a metodologia a seguir no estudo, os critérios
gerais de dimensionamento, os principais condicionamentos detectados e não referidos no Programa
preliminar, aponta algumas soluções para o empreendimento, estima o seu custo e define os estudos
especializados e elementos de trabalho necessários para o prosseguimento do projecto.
Frequentemente estes elementos constam das propostas para a realização do projecto, apresentadas
pelos Projectistas ao Dono da obra.
Outras vezes constituem mesmo uma fase preliminar do estudo designada por Estudo de Viabilidade;
neste caso é usual definir as soluções numa carta à escala 1/ 10 000.
T01 14
FASES DO ESTUDO DE UMA ESTRADA
3 – ESTUDO PRÉVIO
É uma das fases mais importantes, contendo:
 A indicação e a descrição das soluções mais viáveis para a ligação pretendida;
 As características gerais dessas soluções, definidas habitualmente à escala 1/ 5 000 ou maior;
 A análise dos grandes condicionamentos do traçado;
A análise comparativa das várias soluções consideradas mais viáveis, atendendo a diversos pontos
de vista:
 Os custos de construção e de conservação do empreendimento e os custos para o utilizador
(análise da relação custo / benefício)
 Os impactos paisagísticos e ambientais
Como resultado do Estudo Prévio faz-se usualmente a escolha, de entre as soluções consideradas
viáveis, do Corredor de Projecto (faixa de terreno com algumas centenas de metros de largura) onde
situará o traçado definitivo, que será mais detalhadamente pormenorizado nas fases posteriores.

4 – PROJECTO BASE (ante-projecto)


É um primeiro desenvolvimento da solução dentro do Corredor de Projecto escolhido no Estudo Prévio,
aproximando-se já bastante da solução definitiva, definida à escala 1/ 2 000 ou mesmo 1/ 1 000.
Em algumas situações pode ser dispensada a fase de Projecto base, quando o Estudo Prévio foi
claramente conclusivo.

T01 15
FASES DO ESTUDO DE UMA ESTRADA
5 – Projecto de execução
Define completamente a obra a realizar, em todos os seus pormenores, a uma escala 1/ 2 000 ou 1/ 1 000,
com numerosos pormenores a escalas muito menores.
Contém, entre outros, os seguintes elementos:
 Memórias Descritivas e Justificativas das soluções adoptadas para todas as partes da obra
 Peças Desenhadas necessárias para as definir (plantas, perfil longitudinal, perfis transversais tipo,
perfis transversais, desenhos pormenorizados de todas as partes da obra)
 Cálculos de dimensionamento;
 Medições com a avaliação do tipo e quantidades de trabalhos;
 Orçamento, com o custo previsível para a obra
 Caderno de Encargos, com as condições técnicas (características a exigir para os materiais e
processos construtivos), bem como as cláusulas administrativas

T01 16
PRINCIPAIS ELEMENTOS DO PROJECTO DE UMA ESTRADA

 Traçado
 Terraplenagem
 Pavimentação
 Drenagem
 Equipamentos de segurança
 Sinalização
 Obras de arte
 Paisagismo
 Expropriações

T01 17
PRINCIPAIS CONDICIONANTES DO TRAÇADO

1 – Elementos do Programa preliminar


 Características gerais do empreendimento
 Pontos obrigatórios de passagem e aglomerados a servir
 Elementos básicos para definição das características geométricas da estrada, designadamente a
velocidade de projecto e o nível de serviço pretendido

2 – Condicionantes técnico-geométricas
A elaboração do projecto deve atender aos documentos normativos (por exemplo, no caso da Rede
Nacional, as “Normas de Traçado”) que fixam características mínimas ou máximas para diversos
elementos de definição geométrica da estrada, viando garantir a comodidade, a segurança e a economia
de circulação. Entre outras características podem citar-se:
 Valores mínimos para o raio das curvas em planta
 Valores máximos e mínimos para a inclinação longitudinal

T01 18
3 – Condicionantes ligadas às características da região

a) Topografia
 O traçado deve ajustar-se quanto possível ao terreno para limitar os movimentos de terras, os quais,
para além de encarecerem a construção, podem originar problemas de estabilidade de taludes,
assentamentos, implicar a necessidade de obras de arte, muros, aquedutos, restabelecimento de
vias interrompidas e perturbam mais a paisagem
 Devem procurar-se soluções que limitem, para a execução das terraplenagens, o recurso a
empréstimos ou a depósitos, e, assim, promovam uma compensação entre os volumes escavados e
os volumes a colocar em aterro
 Os traçados em linhas de cumeada estão mais sujeitos à acção do vento, mas implicam em geral
menores movimentos de terra e não põem problemas de drenagem
 Nos traçados a meia encosta podem ocorrer instabilizações dos terrenos e ressurgências de água,
sendo contudo a melhor solução para o traçado subir ou descer
 Nos traçados em vales pode ocorrer a ocupação de terrenos com boa aptidão agrícola, a ocorrência
de níveis freáticos elevados e a ocorrência de solos finos e plásticos. Permitem contudo uma
reduzida sinuosidade

T01 19
b) Clima
 Incidência de ventos laterais, que podem provocar despistes
 Formação de geada e gelo, em particular em encostas expostas a Norte ou em associação com
níveis freáticos elevados
 Formação de nevoeiro, que em geral ocorre em zonas baixas
 Incidência dos raios solares que em períodos em que o ângulo de incidência é reduzido
correspondendo com as orientações a Nascente e a Poente podem causar encadeamento

c) Hidrologia e hidrogeologia
 Evitar o atravessamento de linhas de água importantes, pois tal implica obras especiais com custos
significativos. De preferência realizar o atravessamento onde o vão das obras de arte possa ser
menor, em geral o mais a montante possível
 Evitar zonas com nível freático elevado, que colocam problemas de ressurgências nos taludes de
escavação e de estabilidade e assentamento associados à fundação de aterros de pavimentos

T01 20
d) Geologia e geotecnia
 Evitar maciços cuja escavação seja mais difícil em particular maciços rochosos cujo desmonte pode
obrigar ao recurso a explosivos, pois tal implica custos elevados
 Evitar as situações de taludes e encostas instáveis, situação muito associada às condições
geológico-geotécnicas
 Evitar a travessia de terrenos plásticos e compressíveis, que ocorrem designadamente em baixas
aluvionares, na fundação de aterros e de obras de arte, e que obrigam a medidas de custo
significativo para limitar fenómenos de assentamento e de rotura
 Orientar o traçado de modo que, se possível, os materiais escavados em obra tenham boas
características para serem usados nos aterros e nas camadas de fundação de pavimento; se tal não
for possível deve procurar-se que tais materiais possam ser obtidos nas proximidades da obra

e) Ocupação do solo
 Procurar atravessar terrenos menos valiosos (baldios, matas, culturas de sequeiro, etc), evitando os
terrenos de boa aptidão agrícola
 Evitar separar partes de aglomerados populacionais, ou separar as povoações dos terrenos de
cultivo
 Limitar a demolição de construções existentes, em particular as mais valiosas
 Limitar a perturbação na circulação de pessoas e veículos e permitir uma boa ligação à rede viária
existente

T01 21
4 – Condicionantes ligadas ao paisagismo e ao impacto ambiental

 Impacto sobre a qualidade da paisagem por exemplo evitando grandes movimentos de terra, que
ferem a paisagem e podem perturbar certos microclimas, prevendo o revestimento dos taludes e
depósitos de terras com revestimentos vegetais próprios da região
 Impacto sobre os recursos naturais: minerais, hídricos e energéticos
 Impacto sobre as infraestruturas de apoio às actividades económicas, sobre as aptidões recreativas
ou sobre o património histórico, arquitectónico ou monumental
 Impacto sobre a vida privada e social de famílias e comunidades (corte de comunicações, poluição
sonora, etc)
 Impacto sobre o coberto vegetal e os patrimónios botânico e da fauna

Na Fase de Estudo Prévio é obrigatório realizar um Estudo de Impacto Ambiental

T01 22

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