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PF – Polícia Federal
Paulo Dick
Felipe Quintino
Universidade de Brasília- UnB- Campus Darcy Ribeiro Campus Universitário Darcy Ribeiro/UnB, Pavilhão Multiuso II – Térreo, sala BT 45/8,
Brasília/DF Brasil CEP: 70910-900.
É permitida a reprodução deste texto e dos dados contidos, desde que citada a fonte. Reproduções para fins comerciais são
proibidas.
Ano 0, Número 6, junhode 2019/ Observatório das Migrações Internacionais; Brasília, DF: OBMigra, 2019.
Realização:
Apoio:
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..............................................................................................................................................................................................................................................................5
NOTAS METODOLÓGICAS...........................................................................................................................................................................................................................................6
CARTEIRA DE TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL (CTPS) E CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS (CAGED) ..............................................................17
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Lista de tabelas
CGIL
1.1 - Número de autorizações concedidas, por mês e sexo, segundo o tipo de autorização - Brasil, junho/2018 e maio e junho/2019......................................................................09
1.2. Número de autorizações concedidas, por mês e sexo, segundo principais países - Brasil, junho/2018 e maio e junho/2019. ............................................................................ 09
1.3 - Número de autorizações concedidas, por mês e sexo, segundo grupos de idade - Brasil, junho/2018 e maio e junho/2019...............................................................................10
1.4 - Número de autorizações concedidas, por mês e sexo, segundo escolaridade - Brasil, junho/2018 e maio e junho/2019....................................................................................10
1.5 - Número de autorizações concedidas, por mês e sexo, segundo grupos ocupacionais - Brasil, junho/2018 e maio e junho/2019.......................................................................11
1.6 Número de autorizações concedidas, por mês e sexo, segundo Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação, junho/2018 e maio e junho/2019......................................12
1.7 - Número de autorizações concedidas para trabalhadores qualificados, segundo tipo de autorização, Brasil, junho/2018 e maio e junho/2019...............................................13
1.8. Número de autorizações concedidas para trabalhadores qualificados, segundo principais países - Brasil, junho/2018 e maio e junho/2019.................................................. 13
1.9 - Número de autorizações concedidas para trabalhadores qualificados, segundo idade, Brasil, junho/2018 e maio e junho/2019......................................................................14
1.10 - Número de autorizações concedidas para trabalhadores qualificados, segundo escolaridade, Brasil, junho/2018 e maio e junho/2019.........................................................14
1.11 - Número de autorizações concedidas para trabalhadores qualificados, segundo grupos ocupacionais, Brasil, junho/2018 e maio e junho/2019...........................................15
1.12 - Número de autorizações concedidas para trabalhadores qualificados, segundo Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação, junho/2018 e maio e junho/2019.......16
CTPS-CAGED
2.1 - Número de carteiras de trabalho e previdência social emitidas para migrantes, por mês e sexo, segundo principais países - Brasil, junho/2018 e maio e junho/2019............18
2.2 - Movimentação de trabalhadores migrantes no mercado de trabalho formal, por mês e sexo, segundo principais países - Brasil, junho/2018 e maio e junho/2019............... 18
2.3 - Movimentação de trabalhadores migrantes no mercado de trabalho formal, por mês e sexo, segundo grupos de idade - Brasil, junho/2018 e maio e junho/2019................ 19
2.4 - Movimentação de trabalhadores migrantes no mercado de trabalho formal, por mês e sexo, segundo escolaridade - Brasil, junho/2018 e maio e junho/2019.......................19
2.5 - Movimentação de trabalhadores migrantes no mercado de trabalho formal, por mês e sexo, segundo principais ocupações - Brasil, junho/2018 e maio e junho/2019
................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 20
2.6 - Movimentação de trabalhadores migrantes no mercado de trabalho formal, por mês e sexo, segundo principais atividades econômicas - Brasil, junho/2018 e maio e
junho/2019.............................................................................................................................................................................................................................................................................. 21
2.7 - Movimentação de trabalhadores migrantes no mercado de trabalho formal, por mês e sexo, segundo Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação, junho/2018 e maio
e junho/2019........................................................................................................................................................................................................................................................................... 22
2.8 - Movimentação de trabalhadores migrantes no mercado de trabalho formal, por mês e sexo, segundo principais municípios, junho/2018 e maio e junho/2019..................... 23
SISMIGRA
3.1 Número de registros de migrantes, por mês de entrada e sexo, segundo classificação - Brasil, jun/2018 e mai e jun/2019................................................................................25
3.2 - Número de registros de migrantes, por mês de entrada e sexo, segundo principais países - Brasil, jun/2018 e mai e jun/2019....................................................................... 25
3.3 -. Número de registros de migrantes, por mês de entrada e sexo, segundo grupos de idade - Brasil, jun/2018 e mai e jun/2019....................................................................... 25
3.4 - Número de registros de migrantes, por mês de entrada e sexo, segundo Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação, jun/2018 e mai e jun/2019............................. 26
3.5 - Número de registros de migrantes, por mês de entrada e sexo, segundo principais municípios, jun/2018 e mai e jun/2019........................................................................... 27
STI
4.1 - Entrada e saídas do território brasileiro nos pontos de fronteira, por mês, segundo tipologias de classificação - Brasil, jun/2018 e mai e jun/2019................................ 28
4.2 Entrada e saídas do território brasileiro nos pontos de fronteira, por mês, segundo principais países - Brasil, jun/2018 e mai e jun/2019.................................................. 29
4.3 - Entrada e saídas do território brasileiro nos pontos de fronteira, por mês, segundo Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação, jun/2018 e mai e jun/2019...... 30
5.1 - Número de solicitações de refúgio, por mês e sexo, segundo principais países - Brasil, junho/2018 e maio e junho/2019........................................................................ 32
5.2 - Número de solicitações de refúgio, por mês e sexo, segundo Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação, junho/2018 e maio e junho/2019.............................. 33
5.3 - Número de solicitações de refúgio, por mês e sexo, segundo principais municípios - Brasil, junho/2018 e maio e junho/2019.................................................................34
INTRODUÇÃO
O presente relatório tem por finalidade disponibilizar, mensalmente, aos órgãos públicos responsáveis por gerir as políticas migratórias, aos meios acadêmicos e à sociedade civil
informações básicas oriundas das principais fontes de dados de registros administrativos disponíveis no país sobre migrações e refúgio. A disseminação tempestiva de dados, minimamente
articulados, possibilitará o monitoramento do comportamento dos fluxos migratórios e solicitações de refúgio, oferecerá subsídios para a elaboração de políticas adequadas e permitirá aos
pesquisadores e organizações sociais uma melhor apreensão do fenômeno.
Este relatório é o produto do Acordo de Cooperação Técnica firmado entre o Ministério da Justiça e Segurança Pública, o antigo Ministério do Trabalho, Polícia Federal, Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística e a Universidade de Brasília, visando à harmonização, extração, análise, e difusão de sistemas, dados e informações que permitam subsidiar estatísticas sobre
migrações internacionais e refúgio no Brasil, para apoiar a formulação, execução e correção de políticas públicas.
Nesse sentido, será disponibilizado um conjunto de tabelas com dados sobre autorizações de residência concedidas pela Coordenação Geral de Imigração Laboral (CGIL) do Departamento
de Migrações, vinculado à Secretaria Nacional de Justiça, do Ministério da Justiça e Segurança Pública; movimentação do trabalhador migrante no mercado de trabalho formal, obtidos a
partir de pareamento entre as bases da Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(CAGED); registros de migrantes efetivados pela Polícia Federal e que constam do Sistema de Registro Nacional Migratório (SisMigra); movimentos de entrada e saídas pelos postos de
fronteira e anotados no Sistema de Tráfego Internacional (STI); e das solicitações de refúgio oriundas de sistema da Polícia Federal.
Neste sexto número, será contemplada a comparação do mês de junho de 2019 com os meses de maio de 2019 e junho 2018, de modo a proporcionar uma medida sobre a evolução mensal e
anual das variáveis disponibilizadas. Além disso, a partir desta edição serão incorporadas duas inovações: i) tabelas com movimentação dos trabalhadores migrantes nas principais cidades;
e ii) tabela com as principais cidades onde foram realizados registros de migrantes.
Para a elaboração do relatório, o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a Polícia Federal e o Ministério da Economia repassaram as bases de dados para o IBGE, que realizou o tratamento
das mesmas, ficando a cargo do Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra/UnB) a consolidação das informações, a elaboração das tabulações e a análise dos dados.
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NOTAS METODOLÓGICAS
CGIL
Ao longo do ano de 2018, mostrou-se necessário alterações pontuais no processo de limpeza de duplicatas de autorizações presentes na base. Com isso, para se ter uma base cuja limpeza
aplicada fosse a mesma para todos os meses do ano, no início de 2019 foi aplicado o algoritmo de limpeza atualizado em toda a base original de 2018. Esse procedimento implicará que os
resultados apresentados nos Relatórios Trimestrais da CGIL poderão apresentar diferenças quando comparados aos dos Relatórios Mensais.
A definição de migrantes qualificados adotou o critério relacionado à formação educacional, comumente utilizado em trabalhos desta natureza, e que torna possível a estratificação dos
trabalhadores revelando, com isso, padrões diferenciados daqueles considerados qualificados em relações aos demais trabalhadores. Para tanto, e seguindo a classificação de qualificações
e níveis de treinamento estabelecidos pela Classificação Internacional Normalizada de Educação (ISCED3), definiu-se como qualificados os trabalhadores que obtiveram educação de nível
superior ou mais (ISCED níveis 5-6)
RAIS-CTPS-CAGED
Após o exercício de pareamento entre as bases de CTPS, RAIS e CAGED, todas as informações oriundas de uma dessas bases passaram a ser extraídas da base pareada, algo que já vem se
refletindo, nas informações apresentadas na série de relatórios mensais inaugurada no início do corrente ano.1
Em linhas gerais o processo de pareamento seguiu os seguintes passos: limpeza na base CTPS tem como objetivo dois produtos. O primeiro consiste em obter informações que permitam
avaliar dados de carteiras de trabalho emitidas para estrangeiros no período. Nesta primeira situação, manteve-se os registros de primeira via, selecionando o mais antigo dentre os de
mesmo número do cadastro no Programa de Integração Social (PIS). A seleção do mais antigo visa contornar possíveis inconsistências no preenchimento da via.
O segundo produto é voltado à junção com a base de dados da RAIS, para identificação dos estrangeiros no mercado de trabalho formal. Inicialmente, é realizada uma limpeza no extrato
da base da CTPS para eliminar registros duplicados ou com alguma inconsistência, visando obter um número de PIS por linha. De maneira similar, é efetuado tratamento da RAIS de forma
que seja mantido um registro por número de PIS. Em ambas as limpezas, é priorizado o registro mais recente. Após esse tratamento, as bases CTPS e RAIS foram agregadas utilizando
como chave o número do PIS. Esse novo banco conjunto CTPS-RAIS também recebeu tratamento após a unificação de forma a retirar as duplicidades e inconsistências oriundas da base
original RAIS. Nessa etapa foi possível ampliar o volume de CTPS, trazendo do banco da RAIS aquelas que foram emitidas antes de 2009 ou manualmente no estado de São Paulo. Além
disso, como na RAIS o país de nascimento e é informado com pouca desagregação, conseguiu-se melhorar a qualidade do dado.
É importante salientar que a identificação dos estrangeiros na base do CAGED depende do banco CTPS-RAIS disponível. Desta forma, é possível que uma movimentação de estrangeiro
seja identificada em um momento posterior, por exemplo, uma movimentação em 2017 pode vir a ser identificada somente em 2018, dado que o estrangeiro retirou segunda via da sua
CTPS e passou a constar no extrato CTPS-RAIS daquele ano. A metodologia adotada permite esta atualização dos resultados. Por outro lado, agregar a informação da RAIS à CTPS traz um
grande incremento para a identificação dos migrantes no momento de estudar a inserção destes no mercado de trabalho formal.
O trabalho apresenta duas limitações: i) Devido ao tamanho da base, o extrato de estrangeiros do banco de dados da CTPS é realizado pela área responsável no Ministério da Economia; e
ii) A parcela importante das carteiras emitidas em São Paulo utiliza o processo manual e não consta na base de dados, o que deixa de incluir um conjunto razoável da mão-de-obra
estrangeira, o que tem sido minimizado com a inclusão dos dados da RAIS no processo de pareamento das três bases.
1
O procedimento detalhado de ligação entre as bases é descrito em DICK, P. C; FURTADO, A. J; OLIVEIRA, A. T. R. Pareamento das bases de dados sobre migrantes, refugiados e solicitantes de refúgio no mercado de trabalho formal. In:
Cavalcanti, L; Oliveira, T.; Macedo, M., Migrações e Mercado de Trabalho no Brasil. Relatório Anual 2018. Série Migrações. Observatório das Migrações Internacionais; Ministério do Trabalho/ Conselho Nacional de Imigração e Coordenação
Geral de Imigração. Brasília, DF: OBMigra, 2018.
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SisMigra
Para que se obtivesse comparabilidade, sobretudo naquele realizada para o período de doze meses, neste relatório optou-se por utilizar a informação dos migrantes cujo mês de registro
seja coincidente com o de entrada, de forma a fornecer uma proxy de fluxo mensal de entrada.
Em conjunto com os técnicos da Polícia Federal foram criadas as seguintes tipologias:
Residentes – registros para migrantes com previsão de estada de mais longa duração, abarcando as classificações permanentes, residentes, provisórios, outros, asilados;
Temporários – registros de entradas tipicamente de curta duração;
Fronteiriços – registros para residentes na fronteira, com permissão de acessar o mercado de trabalho, comércio e serviços no Brasil, nas cidades contíguas aos limites territoriais.
STI
O STI possui em sua base dados, além dos brasileiros que cruzam a fronteiras de forma regular, 42 classificações, o que torna difícil a análise dos dados em uma tabela com um número
grande de categorias. Nesse sentido, em conjunto com os técnicos da Polícia Federal, foram elaboradas as seguintes tipologias para essas classificações:
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COORDENAÇÃO GERAL DE IMIGRAÇÃO LABORAL (CGIL)
DESTAQUES
O mês de junho foi o que registrou o menor número de autorizações de residência na série histórica do corrente ano, reforçando a percepção de que os dados oscilaram bastante em 2019.
A redução foi de -18,4% na comparação com junho de 2018 e de -23,1% quando comparado a maio de 2019. A queda se verificou em ambos os sexos; em todas as idades; em todos os
grupos ocupacionais; entre as principais nacionalidades, exceto para coreanos do sul e italianos que, daqueles com mais de 100 autorizações concedidas no mês, variaram positivamente
nos comparativos anual e mensal; foi ligeiramente positiva para migrantes com doutorado; e em três regiões do país, como em poucos estados do Nordeste (Pernambuco e Bahia), em
todos do Sul e alguns do Centro-Oeste (Mato Grosso e Distrito Federal), devendo-se frisar que para todas essas Unidades da Federação o volume de autorizações não foi significativo,
representando 16,2% de todas as concessões do mês junho.
As autorizações de residência para fins laborais apresentam características que podem ser consideradas estruturais, tais como o predomínio de homens adultos jovens, com nível superior
completo ou médio completo, inseridas em grupos ocupacionais de nível médio ou de ciências e artes, concentradas nos estados da Região Sudeste, particularmente no Rio de Janeiro.
Esses aspectos se mantiveram no corrente mês.
Quanto aos trabalhadores qualificados que, em sua maioria, recebem autorizações de residência através da RN 02, que trata dos trabalhos com vínculos empregatícios no Brasil, também
registraram variação negativa nos comparativos anual e mensal, respectivamente -22,9% e -22,4%. As RNs 21 (que disciplina a concessão de autorização de residência para fins de
trabalho com vínculo empregatício no Brasil, na condição de atleta profissional, definido em lei.) e 24 (que disciplina a concessão de autorização de residência para realização de pesquisa,
ensino ou extensão acadêmica com vínculo no País) oscilaram positivamente, devendo-se esclarecer que essas autorizações sejam pouco expressivas, apenas 18 concessões no mês de
junho.
O perfil do migrante qualificado parece também consolidado no sentido de atrair em maior medida chineses e estadunidenses; apresentar uma maior participação feminina (22,6%); se
concentrar na faixa etária 20 a 34 anos de idade, com o grupo 35 a 49 também apresentando uma boa contribuição; predominarem nos grupos ocupacionais de dirigentes e profissionais
das ciências e artes; e se concentrarem geograficamente na Região Sudeste, sobretudo nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.
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Tabela 1.1
Número de autorizações concedidas, por mês e sexo, segundo o tipo de autorização - Brasil, junho/2018 e maio e junho/2019.
Número de autorizações concedidas, por mês e sexo, segundo principais países - Brasil, junho/2018 e maio e junho/2019.
Fonte: Elaborado pelo OBMigra, a partir dos dados da Coordenação Geral de Imigração Laboral/ Ministério da Justiça e Segurança Pública, junho/2018 e maio e junho/2019.
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Tabela 1.3
Número de autorizações concedidas, por mês e sexo, segundo grupos de idade - Brasil, junho/2018 e maio e junho/2019.
Fonte: Elaborado pelo OBMigra, a partir dos dados da Coordenação Geral de Imigração Laboral/ Ministério da Justiça e Segurança Pública, junho/2018 e maio e junho/2019.
Tabela 1.4
Número de autorizações concedidas, por mês e sexo, segundo escolaridade - Brasil, junho/2018 e maio e junho/2019.
junho/18 maio/19 junho/19
Escolaridade
Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres
Total 2.560 2.357 203 2.715 2.422 293 2.088 1.917 171
Fundamental Incompleto 1 - 1 1 1 - 2 2 -
Fundamental 3 3 - 18 14 4 11 8 3
Médio 765 736 29 864 778 86 659 613 46
Superior 1.525 1.413 112 1.527 1.399 128 1.187 1.105 82
Pós Graduação 66 52 14 65 55 10 46 38 8
Mestrado 158 119 39 210 155 55 145 119 26
Doutorado 42 34 8 30 20 10 38 32 6
Fonte: Elaborado pelo OBMigra, a partir dos dados da Coordenação Geral de Imigração Laboral/ Ministério da Justiça e Segurança Pública, junho/2018 e maio e junho/2019.
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Tabela 1.5
Número de autorizações concedidas, por mês e sexo, segundo grupos ocupacionais - Brasil, junho/2018 e maio e junho/2019.
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Tabela 1.6
Número de autorizações concedidas, por mês e sexo, segundo Brasil, Grandes Regiões e
Unidades da Federação, junho/2018 e maio e junho/2019.
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Tabela 1.7
Número de autorizações concedidas para trabalhadores qualificados, segundo tipo de autorização, Brasil, junho/2018 e maio e junho/2019.
Tabela 1.8
Número de autorizações concedidas para trabalhadores qualificados, segundo principais países - Brasil, junho/2018 e maio e junho/2019.
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Tabela 1.9
Número de autorizações concedidas para trabalhadores qualificados, segundo idade, Brasil, junho/2018 e maio e junho/2019.
Tabela 1.10
Número de autorizações concedidas para trabalhadores qualificados, segundo escolaridade, Brasil,junho/2018 e maio e junho/2019.
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Tabela 1.11
Número de autorizações concedidas para trabalhadores qualificados, segundo grupos ocupacionais, Brasil, junho/2018 e maio e junho/2019.
junho/18 maio/19 junho/19
Grupos Ocupacionais
Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres
Total 350 256 94 348 251 97 270 209 61
MEMBROS SUPERIORES DO PODER PÚBLICO,
DIRIGENTES DE ORGANIZAÇÕES DE INTERESSE 148 126 22 145 117 28 122 103 19
PÚBLICO E DE EMPRESAS, GERENTES
PROFISSIONAIS DAS CIÊNCIAS E DAS ARTES 162 102 60 143 88 55 113 78 35
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Tabela 1.12
Número de autorizações concedidas para trabalhadores qualificados, segundo Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação, junho/2018 e maio e junho/2019.
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CARTEIRA DE TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL (CTPS) E CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS (CAGED)
DESTAQUES
O mês de junho também sofreu com a oscilação no volume de emissão de carteiras de trabalho para migrantes ao longo do ano, tendo variado negativamente em relação a
maio de 2019 (-3,9%) e positivamente ao ano anterior (54,9%). Venezuelanos, haitianos e cubanos seguiram sendo aa principais nacionalidades a obterem a CTPS, todos com
oscilação positiva em relação a 2018, mas apenas com os haitianos aumentando o acesso ao documento em junho de 2019 (9,6%). Chama atenção a participação do segmento
feminino na obtenção da CTPS. Elas responderam por 42,7% das emissões no mês de junho.
O mercado de trabalho formal para os migrantes, ao longo do corrente ano, tem oscilado bastante sem que seja possível estabelecer tendência definida de queda ou aumento
no volume de movimentação dessa força de trabalho. O aspecto positivo é que o balanço entre admissões e desligamentos, embora oscilante, se manteve positivo nos seis
primeiros meses de 2019.
Os comparativos anual e mensal sinalizam aumento na movimentação e saldo, em relação a junho de 2018 (2.116 movimentações), e redução na comparação mensal (-1.197
movimentações), sendo o saldo ligeiramente negativo no ano anterior, em função do maior desligamento de trabalhadoras, e variado positivamente no mês, gerando 875
postos de trabalho.
Se do ponto de vista da regularização do migrante a assimetria entre os sexos é nítida, sinalizando um maior ingresso de homens, dado que cerca de 43% das solicitantes de
residência e de refúgio são concedidas para mulheres. Quando se observa a inserção no mercado laboral formal as disparidades são ainda maiores. No acumulado semestral,
das CTPS emitidas, 44,7% foram para mulheres, já nas movimentações elas representam algo próximo a 20,0%.
Os migrantes, com movimentação no mercado de trabalho formal, apresentam o seguinte perfil: predominância de trabalhares homens; as principais nacionalidades são
haitianas e venezuelanas; estão concentrados no grupo etário 20 a 39 anos de idade; nível médio completo de escolaridade, com importante participação daqueles com
superior completo; ocupados como alimentadores de linha de produção; destacando-se entre os ramos de atividade econômica frigoríficos restaurantes e similares;
geograficamente concentram-se nas Regiões Sul e Sudeste.
Não de outra forma, entre as dez principais cidades em movimentação de trabalhadores migrantes no mercado formal, no mês de junho de 2019, oito estão localizadas no
Sudeste e Sul do país. Contudo, devem ser destacadas, entre as primeiras, as presenças de Manaus e Boa Vista, em consequência, principalmente, da absorção dos
trabalhadores venezuelanos.
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Tabela 2.1
Número de carteiras de trabalho e previdência social emitidas para migrantes, por mês e sexo, segundo principais países - Brasil, junho/2018 e maio e junho/2019.
Tabela 2.2
Movimentação de trabalhadores migrantes no mercado de trabalho formal, por mês e sexo, segundo principais países - Brasil, junho/2018 e maio e junho/2019.
18
Tabela 2.3
Movimentação de trabalhadores migrantes no mercado de trabalho formal, por mês e sexo, segundo grupos de idade - Brasil, junho/2018 e maio e junho/2019.
Tabela 2.4
Movimentação de trabalhadores migrantes no mercado de trabalho formal, por mês e sexo, segundo escolaridade - Brasil, junho/2018 e maio e junho/2019.
19
Tabela 2.5
Movimentação de trabalhadores migrantes no mercado de trabalho formal, por mês e sexo, segundo principais ocupações - Brasil, junho/2018 e maio e junho/2019.
junho/18 maio/19 junho/19
Principais
Admitidos Demitidos Saldo Admitidos Demitidos Saldo Admitidos Demitidos Saldo
ocupações
Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres
Total 3.844 1.368 3.787 1.446 57 -78 5.132 1.873 4.877 1.876 255 -3 4.853 1.865 4.158 1.685 695 180
Alimentador
de Linha de 326 62 201 51 125 11 655 101 421 134 234 - 33 484 117 337 72 147 45
Produção
Faxineiro 162 154 95 125 67 29 193 221 193 236 0 - 15 211 230 161 148 50 82
Servente de
237 5 289 1 - 52 4 383 1 294 4 89 -3 307 6 287 2 20 4
Obras
Auxiliar nos
Serviços de 89 16 33 11 56 5 167 56 63 23 104 33 357 87 72 18 285 69
Alimentação
Vendedor de
Comercio 60 88 66 80 -6 8 83 113 81 113 2 0 77 114 117 147 - 40 - 33
Varejista
Cozinheiro
97 61 69 61 28 0 148 116 121 85 27 31 157 83 109 76 48 7
Geral
Magarefe 82 45 82 47 0 -2 79 64 113 69 - 34 -5 66 59 84 35 - 18 24
Repositor de
115 20 55 11 60 9 122 28 79 21 43 7 115 19 76 17 39 2
Mercadorias
Atendente de
77 1 109 1 - 32 0 92 0 123 0 - 31 0 100 1 118 0 - 18 1
Lanchonete
Pedreiro 30 36 39 52 -9 - 16 39 53 28 49 11 4 43 81 34 57 9 24
Outros 2.569 880 2.749 1.006 - 180 - 126 3.171 1.120 3.361 1.142 - 190 - 22 2.936 1.068 2.763 1.113 173 - 45
Fonte: Elaborado pelo OBMigra, a partir dos dados do Ministério da Economia, base harmonizada RAIS-CTPS-CAGED, junho/2018 e maio e junho/2019.
20
Tabela 2.6
Movimentação de trabalhadores migrantes no mercado de trabalho formal, por mês e sexo, segundo principais ocupações - Brasil, junho/2018 e maio e junho/2019.
21
Tabela 2.7
Movimentação de trabalhadores migrantes no mercado de trabalho formal, por mês e sexo, segundo Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação, junho/2018 e maio e junho/2019.
junho/18 maio/19 junho/19
Brasil, Grandes
Admitidos Demitidos Saldo Admitidos Demitidos Saldo Admitidos Demitidos Saldo
Regiões e UFs
Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres
Brasil 3.844 1.368 3.787 1.446 57 -78 5.132 1.873 4.877 1.876 255 -3 4.853 1.865 4.158 1.685 695 180
Norte 313 74 185 56 128 18 428 93 332 138 96 - 45 403 115 247 57 156 58
Rondônia 25 2 25 8 0 -6 47 5 41 9 6 -4 35 8 28 6 7 2
Acre 4 0 4 0 0 0 0 2 0 2 0 0 4 1 1 1 3 0
Amazonas 106 19 47 15 59 4 181 33 112 31 69 2 176 43 84 17 92 26
Roraima 154 45 78 22 76 23 152 47 139 94 13 - 47 166 55 112 28 54 27
Pará 17 8 24 9 -7 -1 43 5 31 2 12 3 16 5 16 3 0 2
Amapá 5 0 4 0 1 0 2 0 2 0 0 0 2 0 2 0 0 0
Tocantins 2 0 3 2 -1 -2 3 1 7 0 -4 1 4 3 4 2 0 1
Nordeste 125 38 140 56 - 15 - 18 151 56 135 39 16 17 147 89 141 56 6 33
Maranhão 3 2 4 2 -1 0 8 0 3 0 5 0 4 5 9 1 -5 4
Piauí 7 2 1 0 6 2 6 1 1 1 5 0 7 0 2 1 5 -1
Ceará 35 4 42 9 -7 -5 40 12 38 6 2 6 33 11 42 11 -9 0
Rio Grande do Norte 8 7 12 2 -4 5 11 4 12 3 -1 1 8 9 7 3 1 6
Paraíba 12 3 8 1 4 2 9 4 5 4 4 0 14 0 10 2 4 -2
Pernambuco 19 4 27 11 -8 -7 28 8 20 4 8 4 40 47 24 9 16 38
Alagoas 1 0 6 0 -5 0 8 1 4 0 4 1 5 2 3 1 2 1
Sergipe 3 1 2 0 1 1 2 1 3 1 -1 0 2 1 2 0 0 1
Bahia 37 15 38 31 -1 - 16 39 25 49 20 - 10 5 34 14 42 28 -8 - 14
Sudeste 1.576 555 1.836 683 - 260 - 128 1.926 744 1.991 775 - 65 - 31 1.800 681 1.805 703 -5 - 22
Minas Gerais 201 60 188 64 13 -4 267 98 253 77 14 21 248 89 252 71 -4 18
Espírito Santo 22 9 35 8 - 13 1 30 14 25 5 5 9 27 11 32 10 -5 1
Rio de Janeiro 255 104 286 123 - 31 - 19 266 118 263 131 3 - 13 250 110 267 120 - 17 - 10
São Paulo 1.098 382 1.327 488 - 229 - 106 1.363 514 1.450 562 - 87 - 48 1.275 471 1.254 502 21 - 31
Sul 1.512 589 1.334 561 178 28 2.102 854 1.987 796 115 58 2.088 828 1.630 745 458 83
Paraná 557 222 479 205 78 17 620 288 571 248 49 40 556 263 556 253 0 10
Santa Catarina 552 165 473 192 79 - 27 900 345 729 283 171 62 989 323 606 251 383 72
Rio Grande do Sul 403 202 382 164 21 38 582 221 687 265 - 105 - 44 543 242 468 241 75 1
Centro-Oeste 318 112 292 90 26 22 525 126 432 128 93 -2 415 152 335 124 80 28
Mato Grosso do Sul 66 27 64 19 2 8 211 26 91 32 120 -6 99 41 106 44 -7 -3
Mato Grosso 121 48 80 31 41 17 139 36 173 42 - 34 -6 163 48 121 32 42 16
Goiás 71 15 83 17 - 12 -2 94 33 90 29 4 4 93 38 61 21 32 17
Distrito Federal 60 22 65 23 -5 -1 81 31 78 25 3 6 60 25 47 27 13 -2
Fonte: Elaborado pelo OBMigra, a partir dos dados do Ministério da Economia, base harmonizada RAIS-CTPS-CAGED, junho/2018 e maio e junho/2019.
22
Tabela 2.8
Movimentação de trabalhadores migrantes no mercado de trabalho formal, por mês e sexo, segundo principais municípios, junho/2018 e maio e junho/2019.
23
SISTEMA DE REGISTRO NACIONAL MIGRATÓRIO (SisMigra)
DESTAQUES
Em junho de 2019, os registros de migrantes voltaram a oscilar, experimentando redução em relação ao mês anterior (-7,5%). Contudo, a imigração venezuelana que se intensificou (373,7%)
em relação ao ano anterior fez com que a comparação tenha sido positiva (126,1%). No comparativo mensal, a queda foi mais intensa nos registros de residentes (-23,0%), com os
temporários variando negativamente em -6,8% e os fronteiros, com apenas 11 registros, oscilando positivamente em 57,1%.
Os venezuelanos, mesmo experimentando queda de -8,8%, responderam por 75,4% de todos os registros do mês de junho, seguidos de longe pelos haitianos (2,7%) e argentinos (2,1%), com
cada uma das demais nacionalidades obtendo menos de 2% de registros. Novamente, verificou-se incremento nos registros de crianças (0 a 14 anos de idade), o que reforça a necessidade de
se ter atenção à entrada de crianças e adolescentes, grupos etários mais expostos à situação de vulnerabilidade.
Em relação à distribuição geográfica dos registros, embora tenha experimentado queda no volume de registros, a Região Norte respondeu por 62,5%, destacando-se Roraima (40,9%) e
Amazonas (19,8%). Essa concentração, em Unidades da Federação menos desenvolvidas, requer atenção para a formulação de políticas públicas voltadas à integração dos migrantes nesses
espaços ou a interiorização desses indivíduos. O Sudeste, com variação mensal positiva de 6,2%, contribui com 18,9% de todos os migrantes registrados, tendo em vista o desempenho de
São Paulo responsável por 12,4% do total geral dos registros.
Quando se observa as dez principais cidades em volume de registros de migrantes, chama atenção o fato de cinco delas estarem localizadas no Norte do país (Boa Vista/RR, Manaus/AM,
Pacaraima/RR, Guajará-Mirim/RO e Rorainópolis/RR), o que corrobora o comentário feito em relação às Unidades da Federação, no sentido dos esforços necessários para mitigação das
questões voltadas à adequada acolhida dessa imigração.
24
Tabela 3.1
Número de registros de migrantes, por mês de entrada e sexo, segundo classificação - Brasil, jun/2018 e mai e jun/2019.
jun/18 mai/19 jun/19
Classificação
Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres
Total 1.650 1.014 636 4.034 2.261 1.773 3.731 2.066 1.665
Residente (*) 191 124 67 200 126 74 154 84 70
Temporário 1.400 865 535 3.751 2.081 1.670 3.495 1.930 1.565
Fronteiriço 27 10 17 7 5 2 11 7 4
Não Informados 32 15 17 76 49 27 71 45 26
Fonte: Elaborado pelo OBMigra, a partir dos dados da Polícia Federal, Sistema de Registro Nacional Migratório (SISMIGRA), jun/2018 e mai e jun/2019.
Nota(*) inclui as antigas classificações permanentes, asilados, outros e provisórios.
Tabela 3.2
Número de registros de migrantes, por mês de entrada e sexo, segundo principais países - Brasil, jun/2018 e mai e jun/2019.
jun/18 mai/19 jun/19
Principais países
Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres
Total 1.650 1.014 636 4.034 2.261 1.773 3.731 2.066 1.665
Argentina 67 36 31 94 60 34 78 46 32
Bolívia 31 19 12 38 20 18 72 35 37
China 25 14 11 36 26 10 33 24 9
Colômbia 74 47 27 73 57 16 31 15 16
Cuba 14 8 6 4 1 3 8 5 3
França 23 15 8 33 23 10 21 18 3
Haiti 120 67 53 107 67 40 102 54 48
Paraguai 24 14 10 44 21 23 51 25 26
Peru 25 12 13 34 22 12 28 23 5
Uruguai 111 65 46 70 48 22 47 31 16
Venezuela 594 318 276 3.087 1.605 1.482 2.814 1.471 1.343
Outros países 542 399 143 414 311 103 446 319 127
Fonte: Elaborado pelo OBMigra, a partir dos dados da Polícia Federal, Sistema de Registro Nacional Migratório (SISMIGRA), jun/2018 e mai e jun/2019.
Tabela 3.3
Número de registros de migrantes, por mês de entrada e sexo, segundo grupos de idade - Brasil, jun/2018 e mai e jun/2019.
jun/18 mai/19 jun/19
Grupos de Idade
Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres
Total 1.650 1.014 636 4.034 2.261 1.773 3.731 2.066 1.665
0 |-- 15 104 46 58 304 151 153 635 328 307
15 |-- 25 419 240 179 1.056 548 508 875 457 418
25 |--40 660 429 231 1.628 948 680 1.324 753 571
40 |-- 65 422 271 151 968 577 391 816 493 323
65 |-- 45 28 17 78 37 41 81 35 46
Fonte: Elaborado pelo OBMigra, a partir dos dados da Polícia Federal, Sistema de Registro Nacional Migratório (SISMIGRA), jun/2018 e mai e jun/2019.
25
Tabela 3.4
26
Tabela 3.5
Número de registros de migrantes, por mês de entrada e sexo, segundo principais municípios, jun/2018 e mai e jun/2019.
27
SISTEMA DE TRÁFEGO INTERNACIONAL (STI)
Destaques
O mês de junho seguiu a tendência, aparentemente estrutural, na qual o volume de saídas supera o de entradas, com o balanço na movimentação de brasileiros e residentes
puxando o saldo negativo. O comportamento desses movimentos sugere a existência de emigração brasileiros e re-emigração de residentes. Não obstante esses aspectos, cabe
destacar que o resultado de junho foi menos negativo do que o observado no mês maio em consequência do maior volume de entradas.
Do ponto de vista das nacionalidades, argentinos e estadunidenses estão sempre entre aqueles que mais se movimentam pelas fronteiras brasileiras, repetindo o feito em junho,
com os volumes sendo superiores tanto na comparação anual quanto na mensal. Os venezuelanos foram a sexta nacionalidade em número de entradas (20.269) e a primeira em
saldo positivo (11.405), registrando aumento dos movimentos de entrada na comparação anual (2.739) e redução na mensal (-485).
Como a dinâmica da movimentação pelos postos de fronteira é fortemente associada ao turismo, a distribuição geográfica das entradas e saídas está concentrada no Sudeste,
sobretudo nos estados de São Paulo (57,9%) e Rio de Janeiro (16,0%).
28
Tabela 4.1
Entrada e saídas do território brasileiro nos pontos de fronteira, por mês, segundo tipologias de classificação - Brasil, jun/2018 e mai e jun/2019.
Tabela 4.2
Entrada e saídas do território brasileiro nos pontos de fronteira, por mês, segundo principais países - Brasil, jun/2018 e mai e jun/2019.
29
Tabela 4.3
Entrada e saídas do território brasileiro nos pontos de fronteira, por mês, segundo Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação, jun/2018 e mai e jun/2019.
30
SISTEMA DE SOLICITAÇÕES DE REFÚGIO
DESTAQUES
Após ter experimentado queda em seu volume no mês de março, em função do fechamento da fronteira determinado pelo governo venezuelano, o número de
solicitações de refúgio vem numa tendência ascendente desde então. Teve uma ligeira variação positiva em relação a junho de 2018 (0,9%) e em comparação ao mês
passado oscilou em 4,3%.
Alguns aspectos devem ser realçados, como por exemplo a participação das mulheres, que responderam por 45,0% das solicitações, e o fato de venezuelanos,
haitianos e cubanos estarem entre as principais nacionalidades em volume de pedidos de refúgio. Essas três nacionalidades, no mês de junho, responderam por
91,5% dos pedidos feitos à Polícia Federal.
A análise de forma desagregada de cada uma dessas principais nacionalidades aponta que os venezuelanos diminuíram a intensidade dos pedidos em relação a
junho de 2018 (-15%) e aumentaram quando comparados a maio de 2019 (6,0%). Em relação a haitianos e cubanos, registraram forte aumento no comparativo
anual, 159,2% e 49,4%, respectivamente. Quando a comparação se faz com o mês anterior, haitianos variaram positivamente (32,9%) e cubanos reduziram em -
22,3% o volume de solicitações.
Do ponto de vista da distribuição geográfica, Roraima recebeu 84,4% de todas as solicitações, variando positivamente nas comparações anual (6,1%) e mensal
(12,1%). Na sequência aparece São Paulo (7,7%) e Mato Grosso (4,1%) dos pedidos de refúgio. Quando são observadas as vinte principais cidades, nove delas estão
localizadas na Região Norte, sendo que Pacaraima e Bonfim, ambas em Roraima, permanecem nas primeiras posições, respondendo por 81,9% dos solicitantes no
mês de junho. Tal como mencionado na análise dos registros de migrantes, boa parte deles decorrentes de solicitação de residência, a intensidade do fenômeno
observada no norte do país requer uma atenção especial das autoridades responsáveis pela gestão das políticas migratórias.
31
Tabela 5.1
Número de solicitações de refúgio, por mês e sexo, segundo principais países - Brasil, junho/2018 e maio e junho/2019.
32
Tabela 5.2
Número de solicitações de refúgio, por mês e sexo, segundo Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação, junho/2018 e maio e junho/2019.
33
Tabela 5.3
Número de solicitações de refúgio, por mês e sexo, segundo principais municípios - Brasil, junho/2018 e maio e junho/2019.
34