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participativa
O que tem a ver a cozinha do Colégio Niterói com as notas dos alunos do Carolina
Lupion? No centro das duas instituições está um modelo de administração baseado na
participação de todos nas decisões dos rumos da escola. Afinal, se as diretoras tivessem
mão-de-ferro e fossem autoritárias, teriam resolvido as questões sem ouvir seus pares.
Gestão da participação
Construir um ambiente democrático não é tarefa fácil e, por isso, não é empreitada para
um só. "Uma gestão participativa também é a gestão da participação", afirma José Carlos
Libâneo, professor da Universidade Católica de Goiás, em seu livro Organização e Gestão
da Escola. Quem ocupa cargos de liderança — como diretor e coordenador pedagógico —
precisa despir-se da postura de chefe para criar um clima em que todos dêem idéias,
façam e recebam críticas e aceitem consensos.
De todas essas habilidades, ouvir talvez seja uma das mais difíceis. Afinal, as discussões,
dependendo do tom dos interlocutores, podem virar bate-bocas. "Não se tem tradição em
administrar confrontos", analisa Vera Maria Nigro de Souza Placco, professora do
Programa de Psicologia da Educação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Ela
acredita que as divergências podem ser valorizadas quando há respeito e consciência de
que a formação também se dá com a contribuição do outro.
Também é preciso garantir espaços e tempos para o debate. No cotidiano existem muitas
oportunidades para isso, como nas reuniões pedagógicas, nos conselhos de classe, na
Associação de Pais e Mestres e no conselho escolar (leia reportagem).
Eleições e democracia
Algumas redes públicas prevêem a eleição para diretor e coordenador, ocasiões em que
as chapas apresentam um projeto e assumem compromissos. Para Vitor Henrique Paro,
professor da Faculdade de Educação da USP, seria um avanço para a gestão
democrático-participativa se a lei acabasse com a hierarquia e previsse um núcleo
diretivo para as escolas. Ele sugere que coordenadores de diversas áreas (pedagógica,
administrativa, comunitária e financeira) assumam em conjunto as responsabilidades.
Mas, na prática, mesmo a lei não prevendo esse modelo, é possível garantir, no dia-a-
dia, que os problemas sejam discutidos e decididos pela comunidade, se diretores e
coordenadores pedagógicos investirem nas relações interpessoais e na garantia de
espaços de discussão e de busca de soluções.
Os papéis de cada um
Diretores e coordenadores pedagógicos precisam propiciar um clima de abertura e
respeito, para que todos possam criticar e sugerir sem medo de represálias. Veja o que
cada um deve fazer, além de ouvir com atenção seus pares e administrar confrontos
como momentos de crescimento, para que uma gestão seja democrática e participativa:
DIRETOR COORDENADOR PEDAGÓGICO