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Largo do Carmo
1200-092 Lisboa
Exmos. Senhores
Este (tipo de animal, cão, gato ou cavalos ou outros), cerca de (nº), sem qualquer condição de
abrigo e e alimentação, está /estão em (em que condições) (conforme fotos em anexo).
Esta situação de total negligência arrasta-se há diversos (quanto tempo), pelo que a presente
denuncia visa impedir que o perigo iminente se venha a materializar num dano, e bem assim,
minimizar os efeitos danosos que estão a ser praticados ao animal.
Acresce que as condições de higiene no local são inexistentes, provocando um risco acrescido no
âmbito da saúde pública.
O Decreto-Lei n.º 276/2001 de 17 de Outubro, no seu artigo n.º 7º (n.º 1 e 2), quanto aos
princípios básicos para o bem-estar animal, refere que:
1 - As condições de detenção e de alojamento para reprodução, criação, manutenção e acomodação dos animais de
companhia devem salvaguardar os seus parâmetros de bem-estar animal, nomeadamente nos termos dos artigos
seguintes.
2 - Nenhum animal deve ser detido como animal de companhia se não estiverem asseguradas as condições referidas no
número anterior ou se não se adaptar ao cativeiro.
Continuando por analisar a legislação em vigor nos mesmo diploma legal, no seu artigo n.º 8º evoca
as condições de alojamento que cada animal deverá possuir:
1 - Os animais devem dispor do espaço adequado às suas necessidades fisiológicas e etológicas, devendo o mesmo
permitir:
a) A prática de exercício físico adequado;
b) A fuga e refúgio de animais sujeitos a agressão por parte de outros.
2 - Os animais devem poder dispor de esconderijos para salvaguarda das suas necessidades de proteção, sempre que o
desejarem.
3 - As fêmeas em período de incubação, de gestação ou com crias devem ser alojadas de forma a assegurarem a sua
função reprodutiva natural em situação de bem-estar.
4 - As estruturas físicas das instalações, todo o equipamento nelas introduzido e a vegetação não podem representar
nenhum tipo de ameaça ao bem-estar dos animais, designadamente não podem possuir objetos ou equipamentos
perigosos para os animais.
5 - As instalações devem ser equipadas de acordo com as necessidades específicas dos animais que albergam, com
materiais e equipamento que estimulem a expressão do repertório de comportamentos naturais, nomeadamente
material para substrato, cama ou ninhos, ramos, buracos, locais para banhos e outros quaisquer adequados ao fim
em vista.
Relativamente ao programa alimentar, que no caso destes animais não existe, refere ainda o mesmo
diploma no seu art. 12º:
1 - Deve existir um programa de alimentação bem definido, de valor nutritivo adequado e distribuído em quantidade
suficiente para satisfazer as necessidades alimentares das espécies e dos indivíduos de acordo com a fase de evolução
fisiológica em que se encontram, nomeadamente idade, sexo, fêmeas prenhes ou em fase de lactação.
2 - As refeições devem ainda ser variadas, sendo distribuídas segundo a rotina que mais se adequar à espécie e de
forma a manter, tanto quanto possível, aspetos do seu comportamento alimentar natural.
3 - O número, formato e distribuição de comedouros e bebedouros deve ser tal que permita aos animais satisfazerem
as suas necessidades sem que haja competição excessiva dentro do grupo.
4 - Os alimentos devem ser preparados e armazenados de acordo com padrões estritos de higiene, em locais secos,
limpos, livres de agentes patogénicos e de produtos tóxicos e, no caso dos alimentos compostos, devem, ainda, ser
armazenados sobre estrados de madeira ou prateleiras.
5 - Devem existir aparelhos de frio para uma eficiente conservação dos alimentos.
6 - Os animais devem dispor de água potável e sem qualquer restrição, salvo por razões médico-veterinárias.
Por último e fazendo referência de forma a alertar as devidas entidades para os cuidados de saúde
animal poderemos ainda salientar o artigo n.º 16º, n.º 1 e 2 desse mesmo Decreto-Lei:
1 - Sem prejuízo de quaisquer medidas determinadas pela DGAV, deve existir um programa de profilaxia médica e
sanitária devidamente elaborado e supervisionado pelo médico veterinário responsável e executado por profissionais
competentes.
2 - No âmbito do número anterior, os animais devem ser sujeitos a exames médico-veterinários de rotina, vacinações e
desparasitações sempre que aconselhável.
Compete às autoridades locais, neste caso o SEPNA, proceder ao controle e fiscalização dos
detentores de animais, e o respectivo resgate, situação que não se observa ser uma das prioridades
desta autarquia, compactuando por inércia com situações similares nesta localidade, bem como
outras idênticas habituais e inaceitáveis no concelho de Odivelas, não cumprindo assim o disposto
no DL 313/2003 de 17 de Dezembro, no seu artigo n.º 11º.
Mais acresce, que por considerar estarmos perante actos de maus tratos contra animais, puníveis
criminalmente de acordo com os artigos n.ºs 387.º e 388.º do C. Penal, competirá a V/ Exas., em
virtude da denúncia ora apresentada, a obrigação de transmitir a notícia do crime junto das
autoridade judiciárias competentes no prazo máximo de 10 dias, conforme decorre dos artigos 244.º
e 245.º e alínea a) do n.º 1 do 242.º, todos do C.P.P, de molde a serem iniciadas as diligências
necessárias que visam investigar a existência de crime.
Sem outro assunto de momento e ao V/inteiro dispor, aguardamos por rápidas notícias,
cumprimentos
Assinatura