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Direito Previdenciário p/ TRF 4ª Região (Técnico Judiciário - Área


Administrativa) - Pós-Edital
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Plano de Benefícios do RGPS

Dependentes do RGPS
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Prestações do RGPS
Introdução aos Benefícios e Serviços

Carência das Prestações do RGPS

SUMÁRIO
1. Introdução ..................................................................................................................... 4

2. Revisão da Aula Anterior................................................................................................ 5

3. Dependentes do Regime Geral de Previdência ............................................................... 9

3.1 - Introdução ................................................................................................................................. 9

3.2. Prestações Devidas aos Dependentes ...................................................................................... 10

4. Dependentes de Primeira Classe (Preferenciais) .......................................................... 11

4.1. Cônjuge ..................................................................................................................................... 11

4.2. Companheiros .......................................................................................................................... 12

4.3. Companheiros Homossexuais .................................................................................................. 15

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4.4. Concubinato ............................................................................................................................. 18

4.5. Filhos......................................................................................................................................... 19

4.6. Equiparados a Filhos ................................................................................................................ 22

4.7. Comprovação do Vínculo e Dependência Econômica .............................................................. 28

5. Dependentes de Segunda Classe .................................................................................. 32

5.1. Pais ........................................................................................................................................... 32

5.2. Comprovação do Vínculo e Dependência Econômica .............................................................. 32

6. Dependentes de Terceira Classe................................................................................... 36

6.1. Irmãos ....................................................................................................................................... 36

6.2. Comprovação do Vínculo e Dependência Econômica .............................................................. 36

7. Regras aplicáveis aos Dependentes .............................................................................. 38

8. Perda da Qualidade de Dependente ............................................................................ 49

9. Inscrição dos Dependentes .......................................................................................... 51

10. Prestações do Regime geral de Previdência Social - RGPS .......................................... 51

10.1. Introdução .............................................................................................................................. 51

10.2. Espécies de Benefícios Previdenciários .................................................................................. 52

10.3. Serviços Prestados Pela Previdência Social ............................................................................ 53

10.4. Prestações dos Segurados e Dependentes ............................................................................. 54

10.5. Aposentadoria por Invalidez .................................................................................................. 60

10.6. Aposentadoria por Idade........................................................................................................ 62

10.7. Aposentadoria por Tempo de Contribuição ........................................................................... 67

10.8. Aposentadoria Especial .......................................................................................................... 74

10.9. Auxílio Doença ........................................................................................................................ 79

10.10. Auxílio Acidente .................................................................................................................... 84

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10.11. Salário Maternidade ............................................................................................................ 91

10.12. Salário-Família ..................................................................................................................... 99

10.13. Pensão Por Morte ............................................................................................................... 104

10.14. Auxílio Reclusão.................................................................................................................. 109

10.15. Habilitação e reabilitação Profissional .............................................................................. 114

10.16. Serviço Social ...................................................................................................................... 118

11. Carência das Prestações do RGPS ............................................................................. 119

11.1. Conceito ................................................................................................................................ 119

11.2. Aposentadoria por Invalidez e Auxílio Doença .................................................................... 123

11.3. Aposentadoria por Idade, Aposentadoria por Tempo de Contribuição e Aposentadoria


Especial .......................................................................................................................................... 129

11.4. Salário Maternidade............................................................................................................. 132

11.5. Auxílio-reclusão .................................................................................................................... 135

11.6. Sem Carência – Demais Benefícios e Serviços ...................................................................... 136

11.7. Carência em caso de perda da qualidade de segurado ....................................................... 137

12. Resumo da Aula ....................................................................................................... 143

13. Lista de Exercícios .................................................................................................... 148

13.1 . Gabarito Comentado ........................................................................................................... 159

14. Gabarito Geral ......................................................................................................... 199

15. Questionário de Revisão .......................................................................................... 200

15.1. Respostas Comentadas do Questionário de Revisão ........................................................... 201

16. Considerações Finais da Aula ................................................................................... 206

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1. INTRODUÇÃO
Olá meus amigos e minhas amigas! Sejam todos muito bem-vindos a mais uma
aula do nosso curso de Direito Previdenciário. Vamos continuar com nosso
trabalho diário de preparação, sempre com muita disciplina, rotina e
comprometimento, até o dia da sua aprovação.

Em nossa aula de hoje iniciaremos o estudo dos benefícios previdenciários, de


maneira estruturada e diagramada, para tornar o estudo mais agradável e a retenção mais efetiva.

Começaremos a aula com o estudo das classes de dependentes do RGPS. Em seguida, seremos
apresentados a cada um dos benefícios e serviços oferecidos pela Previdência Social. Ainda nesta
aula estudaremos a carência das prestações previdenciárias. Importante destacar que não
esgotaremos o estudo dos benefícios previdenciários nesta aula. Na próxima aula continuaremos
com o estudo dos benefícios, onde analisaremos o salário de benefício, renda mensal inicial, data de
início dos benefícios e data de cessação dos benefícios.

Lembre-se sempre dos pilares necessário para sua aprovação:

• Conhecimento;
• Retenção e fixação;
• Emocional / psicológico;
• Atividade física.

É muito importante manter todos estes pilares em harmonia, não apenas adquirindo conhecimento,
mas também mantendo o processo de revisão e retenção permanentemente ativos, bem como
manter um equilíbrio emocional, psicológico e o corpo energizado e condicionado mediante
atividades físicas constates.

A soma destes fatores irá auxiliar muito no seu projeto e processo de preparação.

Que Deus os abençoe e consolide o aprendizado de hoje.

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2. REVISÃO DA AULA ANTERIOR


✓ A empresa é obrigada a:
o Arrecadar e recolher as contribuições dos segurados a seu serviço;
o Recolher suas contribuições patronais sobre as remunerações dos segurados a
seu serviço
o Reter e recolher 11% do valor bruto da nota fiscal, fatura ou recibo de prestação
de serviços mediante cessão ou empreitada de mão de obra.
o Recolher contribuições sobre faturamento e lucro
o Arrecadar e recolher a contribuição incidente sobre a comercialização da
produção rural do produtor rural pessoa física e do segurado especial.
o É obrigado a recolher contribuição incidente sobre a receita bruta proveniente
de comercialização de sua produção rural, quando se tratar de um produtor
rural pessoa jurídica.

✓ No caso de trabalhador avulso, temos duas situações:


o Trabalhador avulso portuário: quem arrecada e recolhe é o Órgão Gestor de
mão de obra;
o Trabalhador avulso não portuário: quem arrecada e recolhe é a empresa
tomadora do serviço.

✓ O empregador doméstico arrecada e recolhe as contribuições do empregado doméstico a seu


serviço;

✓ Quem recolhe as contribuições do segurado facultativo é o próprio segurado facultativo;

✓ No caso do contribuinte individual, temos duas situações:

o se o C.I. presta serviço para empresa: quem arrecada e recolhe é a empresa


contratante

o será o próprio segurado nos seguintes casos:


▪ se o C.I. presta serviço por conta própria;
▪ se o C.I. presta serviço para pessoa física

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▪ se o C.I. presta serviço para missão diplomática ou repartição consular


de carreira estrangeira
▪ ou quando tratar-se de brasileiro civil que trabalha no exterior para
organismo oficial internacional do qual o brasil seja membro efetivo

✓ No caso de segurado especial e produtor rural pessoa física, temos duas situações:

o o adquirente da produção rural deverá reter e recolher:

▪ se o adquirente da produção rural for pessoa jurídica, ou

▪ se se for pessoa física, não produtor rural, que adquira a produção para
venda, no varejo, a pessoas físicas, quem arrecada e recolhe será o
adquirente da produção rural.

o o próprio segurado deverá recolher se vender para:

▪ adquirente domiciliado no exterior


▪ diretamente, no varejo, a consumidor pessoa física
▪ produtor rural pessoa física
▪ outro segurado especial

✓ Existem 5 datas de vencimento das contribuições previdenciárias

o 2 contribuições até o dia 15 do mês seguinte:


▪ Facultativo
▪ Contribuinte individual (quando ele mesmo recolhe)

o 1 contribuição até o dia 20 de dezembro:


▪ 13º salário

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o 1 contribuição até 2 dias uteis após o evento:


▪ a contribuição de 5% incidente sobre a receita bruta decorrente dos
espetáculos desportivos

o 2 contribuições até o dia 7 do mês seguinte:


▪ Segurado Especial, quando ele próprio recolhe;
▪ Empregador doméstico, junto com a cota descontada do empregado
doméstico a seu serviço.

o Várias contribuições até o dia 20 do mês seguinte:


▪ todas as demais contribuições;

✓ Recolhimento fora do prazo:


o Inadimplente (declara e não recolhe): Juros de mora e multa de mora;
o Sonegador (não declara e não recolhe): Juros de mora e multa de ofício.

✓ Principais Obrigações Acessória da Empresa:

o Folha de Pagamento;
▪ Mensal;
▪ TODOS os segurados;
▪ Por estabelecimento;
▪ Por obra de Construção Civil;
▪ Por tomador de serviços;

o GFIP.
▪ Mensalmente;
▪ Dados Cadastrais;
▪ Fatos Geradores;
▪ Outras Informações

o Contabilidade.

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▪ Lançar Mensalmente;
▪ Em Títulos Próprios;
▪ Fatos Geradores;
▪ Quantia descontada;
▪ Contribuições da Empresa;
▪ Total Recolhido

o Retenção de 11%:
o Cessão de mão de obra;
o Empreitada de mão de obra.

✓ Empresa Contratante (tomadora):


o Reter 11%;
o Recolher em nome da prestadora.

✓ Empresa Contratada (prestadora ou cedente de mão de obra):


o Destacar na NF o valor da retenção;
o Elaborar as folhas de pagamento e GFIP para cada contratante;
o Compensar o valor retido quando do pagamento de suas contribuições
previdenciárias

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PLANO DE BENEFÍCIOS E SERVIÇOS DO


REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL - RGPS
3. DEPENDENTES DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA

3.1 - INTRODUÇÃO

Como já estudado, os beneficiários do Regime Geral de Previdência Social – RGPS são os segurados
e seus dependentes.

Após termos feito o estudo detalhado de cada uma das espécies de segurados, vamos agora estudar
cada um dos dependentes.

Os dependentes são beneficiários do RGPS independentemente de qualquer contribuição, pois seu


vínculo com a Previdência Social decorre da contribuição do segurado com o qual mantenha vínculo
de dependência.

Nos termos do art. 16 da Lei 8.213/91, os dependentes dividem-se em três classes, conforme segue:

• Classe I (1ª Classe) - também conhecido como dependentes preferenciais: o cônjuge, a


companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual, mental ou deficiência
grave;

• Classe II (2ª Classe): os pais;

• Classe III (3ª Classe): o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e
um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave.

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NÃO COMPROVAM
DEPENDÊNCIA ECONÔMICA
CÔNJUGE, COMPANHEIRA (O)

1ª CLASSE FILHO NÃO EMANCIPADO DE QUALQUER


CONDIÇÃO, MENOR DE 21 ANOS
FILHO INVÁLIDO OU QUE TENHA DEFICIÊNCIA
PREFERENCIAIS
INTELECTUAL OU MENTAL OU DEFICIÊNCIA GRAVE,
NOS TERMOS DO REGULAMENTO
(DE QUALQUER IDADE)
DEPENDENTES ENTEADO E MENOR SOB TUTELA
(PRECISAM COMPROVAR DEPENDÊNCIA ECONÔMICA)

PAIS
2ª CLASSE (PRECISAM COMPROVAR DEPENDÊNCIA ECONÔMICA)
ART. 16º - RPS
IRMÃO DE QUALQUER CONDIÇÃO, MENOR DE 21 ANOS
(PRECISAM COMPROVAR DEPENDÊNCIA ECONÔMICA)
3ª CLASSE
IRMÃO INVÁLIDO OU QUE TENHA DEFICIÊNCIA
INTELECTUAL OU MENTAL OU DEFICIÊNCIA GRAVE,
NOS TERMOS DO REGULAMENTO (DE QUALQUER IDADE)
(PRECISAM COMPROVAR DEPENDÊNCIA ECONÔMICA)

3.2. PRESTAÇÕES DEVIDAS AOS DEPENDENTES

Os dependentes têm direito apenas a dois benefícios previdenciários, quais sejam:

• pensão por morte e


• auxílio-reclusão.

Além destes benefícios, os dependentes também terão direito aos serviços oferecidos pela
Previdência Social, conforme segue:

• Habilitação e reabilitação profissional e


• Serviço Social

Tais benefícios e serviços serão estudados em detalhes, junto com as demais prestações
previdenciárias, durante nosso curso.

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DIREITOS DOS
DEPENDENTES

BENEFÍCIOS SERVIÇOS

PENSÃO POR REABILITAÇÃO


MORTE PROFISSIONAL

AUXÍLIO-RECLUSÃO SERVIÇO SOCIAL

4. DEPENDENTES DE PRIMEIRA CLASSE (PREFERENCIAIS)

4.1. CÔNJUGE

Consideram-se cônjuges aqueles matrimonialmente vinculados pelo casamento. Assim sendo, cada
um dos cônjuges é beneficiário do RGPS, na condição de dependente, em relação ao outro cônjuge,
quando estes forem segurados.

Como exemplo podemos afirmar que o marido é dependente da esposa, se ela for segurada. Da
mesma forma, a esposa será dependente do marido, se ele for segurado.

O cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato, bem como o ex-companheiro, que


recebia pensão de alimentos, concorrerá em igualdade de condições com os dependentes de 1ª
Classe.

Obs.: Equipara-se à percepção de pensão alimentícia o recebimento de ajuda econômica ou


financeira sob qualquer forma.

Apesar da legislação previdenciária considerar o recebimento da pensão de alimentos ou ajuda


econômica/financeira como fator determinante para a manutenção da qualidade de dependente
para o ex-cônjuge e ex-companheiro, o STJ tem o seguinte entendimento:

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Súmula 336 – STJ: “A mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem direito à pensão
previdenciária por morte do ex-marido, comprovada a necessidade econômica superveniente.”

Apesar da súmula mencionar apenas a separação judicial, tal entendimento aplica-se também aos
casos de divórcio.

Para corroborar com tal entendimento, podemos citar parte da ementa de Julgamento do STJ do
Agravo Regimental no Agravo em Recurso Especial 101062/RJ:
STJ: “Consoante jurisprudência desta Corte, comprovada a dependência econômica em relação ao de cujus, o
cônjuge separado judicialmente faz jus ao benefício de pensão pós-morte do ex-cônjuge, ainda que não receba
pensão alimentícia.”

4.2. COMPANHEIROS

Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável
com o segurado ou com a segurada.

Considera-se união estável aquela configurada na convivência pública, contínua e duradoura entre
o homem e a mulher, estabelecida com intenção de constituição de família, exceto nos casos de
impedimento legal de casamento, que também impedem a constituição de união estável.

Outrossim, no caso em que um dos companheiros ou ambos sejam separados apenas de fato, tal
situação, apesar de impedir casamento, não impedirá a união estável.

Assim sendo, podemos resumir as condições para que se reste caracterizada a união estável em dois
itens:

• convivência pública, contínua e duradoura entre o homem e a mulher, estabelecida com


intenção de constituição de família;

• ambos os companheiros sejam solteiros, separados judicialmente, divorciados, viúvos ou


separados de fato.

Não é possível o reconhecimento da união estável, bem como dos efeitos previdenciários
correspondentes, quando um ou ambos os pretensos companheiros forem menores de dezesseis
anos.

Em se tratando de companheiro(a) maior de dezesseis e menor de dezoito anos, dada a incapacidade


relativa, o reconhecimento da união estável está condicionado à apresentação de declaração
expressa dos pais ou representantes legais, atestando que conheciam e autorizavam a convivência
marital do menor.

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Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova:

1. (CESPE - Analista de Gestão Educacional – SEDF - 2017). Relativamente a segurados,


cumulação de benefícios e previdência complementar, julgue o item a seguir.
Entende-se como companheiro ou companheira para efeito de proteção previdenciária a
pessoa com quem o segurado mantém união estável por período superior a cinco anos,
independentemente da existência de prole em comum.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
As Classes de dependentes são definidas em três, e companheiros, desde que comprovem união
estável, são considerados como dependentes Classe I, portanto automaticamente considerados
como financeiramente dependentes do segurado, não existindo um prazo legal para configurar uma
união considerada estável, conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
(...)
§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o
segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal.
(Destaques Nossos).
Vamos conferir o Art. 226 da Constituição federal:
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
[...]
§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como
entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
(Destaques Nossos).

Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa.


Gabarito: ERRADO.

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2. (CESPE - Auditor de Controle Externo - TCE-PE - 2017). A respeito da carência e da condição


de segurados e dependentes no regime geral da previdência social (RGPS), julgue o item
subsequente.
Para a concessão da pensão por morte na condição de companheira ou companheiro, exige-se
do interessado a prova da existência de filhos em comum ou da convivência por, no mínimo,
dois anos com o segurado falecido.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Assertiva incorreta. As Classes de dependentes, conforme estudamos, são definidas em três e
companheiros, desde que comprovem união estável, são considerados como dependentes Classe I,
sendo automaticamente considerados como financeiramente dependentes do segurado, e não
existindo um prazo legal para configurar uma união considerada estável e, menos ainda a
necessidade da existência de filhos em comum, conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
(...)
§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o
segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal.
(Destaques Nossos).

Vejamos o Art. 226 da Constituição federal:


Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
[...]
§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como
entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
(Destaques Nossos).

Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa.

Gabarito: ERRADO.

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4.3. COMPANHEIROS HOMOSSEXUAIS

No âmbito do Regime Geral de Previdência Social - RGPS, as normas que tratam de dependentes
para fins previdenciários devem ser interpretadas de forma a abranger a união estável entre pessoas
do mesmo sexo.

O companheiro ou a companheira do mesmo sexo de segurado inscrito no RGPS integra o rol dos
dependentes e, desde que comprovada a união estável, concorre com os dependentes preferenciais
(dependentes de 1ª Classe), para fins de recebimento de pensão por morte e de auxílio-reclusão,
independentemente de comprovação de dependência econômica.

O STF já se posicionou reconhecendo a legitimidade da união homoafetiva como entidade familiar.


Vejamos o julgado a seguir:

RECONHECIMENTO E QUALIFICAÇÃO DA UNIÃO HOMOAFETIVA COMO ENTIDADE FAMILIAR . - O Supremo


Tribunal Federal - apoiando-se em valiosa hermenêutica construtiva e invocando princípios essenciais (como os
da dignidade da pessoa humana, da liberdade, da autodeterminação, da igualdade, do pluralismo, da
intimidade, da não discriminação e da busca da felicidade) - reconhece assistir, a qualquer pessoa, o direito
fundamental à orientação sexual, havendo proclamado, por isso mesmo, a plena legitimidade ético-jurídica da
união homoafetiva como entidade familiar, atribuindo-lhe, em consequência, verdadeiro estatuto de cidadania,
em ordem a permitir que se extraiam, em favor de parceiros homossexuais, relevantes consequências no plano
do Direito, notadamente no campo previdenciário, e, também, na esfera das relações sociais e familiares . - A
extensão, às uniões homoafetivas, do mesmo regime jurídico aplicável à união estável entre pessoas de gênero
distinto justifica-se e legitima-se pela direta incidência, dentre outros, dos princípios constitucionais da
igualdade, da liberdade, da dignidade, da segurança jurídica e do postulado constitucional implícito que
consagra o direito à busca da felicidade, os quais configuram, numa estrita dimensão que privilegia o sentido
de inclusão decorrente da própria Constituição da República (art. 1º, III, e art. 3º, IV), fundamentos autônomos
e suficientes aptos a conferir suporte legitimador à qualificação das conjugalidades entre pessoas do mesmo
sexo como espécie do gênero entidade familiar .(STF, RE 477554 AgR/MG, DJe-164, de 25/08/2011)

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Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova:

3. (CESPE - Auditor Fiscal de Controle Externo - TCE-SC – 2016). A seguridade social


compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da
sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência
social. Acerca da seguridade social, julgue o item subsequente.
O STF reconhece a união homoafetiva como entidade familiar e, consequentemente, assegura
ao(à) companheiro(a) da pessoa segurada a qualidade de dependente para fins
previdenciários.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Sabemos que os dependentes são divididos em 3 classes, segundo o Art. 16 da Lei 8.213/91, senão
vejamos:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
II - os pais;
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha
deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;

Na análise literal do dispositivo, podemos notar que nada se aborda na lei sobre os relacionamentos
homoafetivos. Contudo, o STF publicou diversas decisões neste sentido, conforme segue:
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. UNIÃO HOMOAFETIVA. LEGITIMIDADE
CONSTITUCIONAL DO RECONHECIMENTO E QUALIFICAÇÃO DA UNIÃO CIVIL ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO
COMO ENTIDADE FAMILIAR. DIREITO À PERCEPÇÃO DO BENEFÍCIO DA PENSÃO POR MORTE.
RECONHECIMENTO. APLICAÇÃO DAS REGRAS E CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS VÁLIDAS PARA A UNIÃO ESTÁVEL
HETEROAFETIVA. ACÓRDÃO RECORRIDO EM CONSONÂNCIA COM O ENTENDIMENTO DO PLENÁRIO DESTA
CORTE. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL.
1. O preceito constante do art. 1.723 do Código Civil — “é reconhecida como entidade familiar a união estável
entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o
objetivo de constituição de família” – não obsta que a união de pessoas do mesmo sexo possa ser reconhecida
como entidade familiar apta a merecer proteção estatal. O Pleno do Supremo Tribunal Federal, proferiu esse
entendimento no julgamento da ADI 4.277 e da ADPF 132, ambas da Relatoria do Ministro Ayres Britto, Sessão
de 5.5.11, utilizando a técnica da interpretação conforme a Constituição do referido preceito do Código Civil,
para excluir qualquer significado que impeça o reconhecimento da união contínua, pública e duradoura entre

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pessoas do mesmo sexo como entidade familiar, entendida esta como sinônimo perfeito de família.
Reconhecimento este, que deve ser feito segundo as mesmas regras e com idênticas consequências da união
estável heteroafetiva.
2. Em recente pronunciamento, a Segunda Turma desta Corte, ao julgar caso análogo ao presente, o RE n.
477.554-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 26.08.11, em que se discutia o direito do companheiro,
na união estável homoafetiva, à percepção do benefício da pensão por morte de seu parceiro, enfatizou que
“ninguém, absolutamente ninguém, pode ser privado de direitos nem sofrer quaisquer restrições de ordem
jurídica por motivo de sua orientação sexual. Os homossexuais, por tal razão, têm direito de receber a igual
proteção tanto das leis quanto do sistema político-jurídico instituído pela Constituição da República, mostrando-
se arbitrário e inaceitável qualquer estatuto que puna, que exclua, que discrimine, que fomente a intolerância,
que estimule o desrespeito e que desiguale as pessoas em razão de sua orientação sexual. (…) A família
resultante da união homoafetiva não pode sofrer discriminação, cabendo-lhe os mesmos direitos, prerrogativas,
benefícios e obrigações que se mostrem acessíveis a parceiros de sexo distinto que integrem uniões
heteroafetivas.” (Precedentes: RE n. 552.802, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJe de 24.10.11; RE n. 643.229,
Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 08.09.11; RE n. 607.182, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de
15.08.11; RE n. 590.989, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 24.06.11; RE n. 437.100, Relator o Ministro
Gilmar Mendes, DJe de 26.05.11, entre outros).
3. (...)
4. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: “EMENTA: ADMINISTRATIVO. CONSTITUCIONAL.
PREVIDENCIÁRIO. AÇÃO DECLARATÓRIA. BENEFÍCIO DE PENSÃO PREVIDENCIÁRIA. PRELIMINAR DE
IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. REJEITADA DIANTE DO INFORMATIVO Nº 0366, DO STJ. MÉRITO.
RELAÇÃO HOMOAFETIVA. RECONHECIMENTO COMO BENEFÍCIO DE PENSÃO POS MORTEM. POSSIBILIDADE.
REEXAME NECESSÁRIO IMPROVIDO, APELO VOLUNTÁRIO PREJUDICADO. DECISÃO UNÂNIME.
1 - Ineficácia da prejudicial de impossibilidade jurídica do pedido, união homoafetiva é reconhecida pelos
Tribunais Pátrios, apesar de inexistir ordenamento legal. Possibilidade de ser concedido o benefício
previdenciário nos casos de relação homoafetiva. Informativo de nº 0366, da Quarta Turma do Superior Tribunal
de Justiça reconhece a Possibilidade Jurídica do Pedido
2 - Faz jus apelada a percepção do benefício de pensão por morte o autor logrou êxito em comprovar,
efetivamente, sua vida em comum com o falecido segurado, como se more uxório, mantendo residência
conjunta, partilhando despesas, além da aquisição de bens, tais como um imóvel que foi adquirido por ambos,
e deixado ao autor.
3 - Pleito do apelado em conformidade com o Princípio Constitucional da Igualdade, da dignidade da pessoa
humana e da promoção do bem de todos, sem preconceitos ou quaisquer outras formas de discriminação,
previsto no inciso I, do Art. 5º da Carta Magna, posto que a união homoafetiva merece ser tratada como uniões
heterossexuais. 4 - Incontestável direito do apelado à percepção de pensão por morte nos termos assegurados
pela Constituição da República de 1988 e a própria IN/INSS nº 025/2000, vez que presentes os requisitos
necessários ao gozo desse direito. 5 - Reexame necessário improvido, prejudicado o apelo voluntário para
manter incólume a decisão recorrida. 6 – Decisão unânime.” 5. Agravo regimental a que se nega provimento.
(STF – RE 607562 AgR/PE – Relator Ministro LUIZ FUX – Primeira Turma – Julgamento em 18.09.2012 –
Publicação em 03.10.2012)
(Destaques Nossos).

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Portanto podemos concluir que a assertiva está correta, pois o STF reconhece a união homoafetiva
como entidade familiar e, consequentemente, assegura ao companheiro(a) da pessoa segurada a
qualidade de dependente para fins previdenciários.
Estudar a Jurisprudência é essencial para diferenciar o candidato bem preparado. Sobretudo em
casos de assuntos que possuem uma razoável projeção na mídia. Estes assuntos, o candidato tem
que saber.
Gabarito: CERTO.

4.4. CONCUBINATO

Considera-se concubinato a relação não eventual entre o homem e a mulher, impedidos de casar.
Trata-se de uma relação impedida e que não pode ser considerada como entidade familiar. No
entanto, exclui-se da noção de concubinato a relação de pessoas separadas judicialmente ou de fato
que, apesar de serem impedidas para novo casamento, podem estabelecer união estável, conforme
previsão expressa em lei.

Também se considera concubina a mulher com quem o cônjuge adúltero tem encontros periódicos
fora do lar.

A doutrina e a jurisprudência consideram as relações de concubinato excluídas do conceito de união


estável, por considera-las ilegítimas, não alcançando a proteção do Estado. Vejamos decisão do STF
sobre o assunto:

STF - COMPANHEIRA E CONCUBINA - DISTINÇÃO. Sendo o Direito uma verdadeira ciência, impossível é confundir
institutos, expressões e vocábulos, sob pena de prevalecer a babel. UNIÃO ESTÁVEL - PROTEÇÃO DO ESTADO. A
proteção do Estado à união estável alcança apenas as situações legítimas e nestas não está incluído o
concubinato. PENSÃO - SERVIDOR PÚBLICO - MULHER - CONCUBINA - DIREITO. A titularidade da pensão
decorrente do falecimento de servidor público pressupõe vínculo agasalhado pelo ordenamento jurídico,
mostrando-se impróprio o implemento de divisão a beneficiar, em detrimento da família, a concubina. (STF - RE:
397762 BA, Relator: MARCO AURÉLIO, Data de Julgamento: 03/06/2008)

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4.5. FILHOS

Os filhos também estão incluídos no rol de dependentes de 1ª Classe (dependentes preferenciais),


quando não emancipados, de qualquer condição, quando menores de 21 anos ou, em qualquer
idade, quando inválidos ou que tenha deficiência intelectual, mental ou deficiência grave.

Destaco aqui que os filhos adotados não são apenas equiparados a filhos... Filhos adotados SÃO
FILHOS, sem qualquer distinção (não por equiparação, mas por definição). A Constituição Federal de
1988 unificou o direito de igualdade entre os filhos.

Muitos alunos costumam confundir a dependência dos filhos para efeitos previdenciários com a
dependência para efeito de imposto de renda. Os filhos que tenham entre 21 e 24 anos, quando
universitários ou estejam cursando escola técnica de 2º grau, apesar de dependentes para efeito de
imposto de renda, não são considerados dependentes para efeitos previdenciários.

O filho maior de 21 anos somente manterá a condição de dependente quando inválido ou se tiver
deficiência intelectual, mental ou deficiência grave.

Outro ponto que costuma causar confusão ocorreu após a redução da maioridade promovida pelo
Novo Código Civil, de 21 anos para 18 anos, para aquisição de plena capacidade civil. Essa redução
de maioridade civil para 18 anos em nada altera a idade dos filhos, equiparados a filhos e irmãos
para fins previdenciários, que manterão a qualidade de dependente, quando não emancipados, até
completar 21 anos de idade.

A emancipação, cujo conceito jurídico é a aquisição de capacidade civil antes da idade mínima
definida em lei, ou seja, é a aptidão para exercer, por si só, os atos da vida civil, poderá antecipar a
perda da qualidade de dependente para idade anteriores a 21 anos. Vejamos abaixo as causas de
emancipação:

I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público,
independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor
tiver dezesseis anos completos;

II - pelo casamento;

III - pelo exercício de emprego público efetivo;

IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;

V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que,
em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.

Obs.: Se a emancipação decorrer da colação de grau científico em curso de ensino superior, o filho
inválido não perde a condição de dependente.

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Para efeitos de dependência previdenciária sem limite de idade, a invalidez tem que existir no
momento em que o requisito exigido como condição para concessão do benefício for implementado.
Assim sendo, A pensão por morte somente será devida ao filho e ao irmão cuja invalidez tenha
ocorrido antes da emancipação ou de completar a idade de vinte e um anos, desde que reconhecida
ou comprovada, pela perícia médica do INSS, a continuidade da invalidez até a data do óbito do
segurado.

Exemplo 1: Abelardo , segurado do RGPS, faleceu deixando um filho de 25 anos chamado


Paulo. Seis meses após a morte de Abelardo, Paulo sofreu um acidente e ficou inválido.
Nesta situação, apesar de inválido, Paulo não terá direito à pensão por morte, pois sua
invalidez ocorreu após a morte de seu pai Abelardo e quando Paulo já possuía mais de 21
anos.

Exemplo 2: Agora vamos imaginar que Paulo, quando do falecimento de seu pai Abelardo,
tivesse 16 anos. Caso Paulo fique inválido antes de completar 21 anos, terá direito à
manutenção do benefícios de pensão por morte, enquanto durar a invalidez,
independentemente de sua idade e independentemente de ter ficado inválido após o
óbito do segurado.

O exercício de atividade remunerada, inclusive na condição de microempreendedor individual, não


impede a concessão ou manutenção da parte individual da pensão do dependente com deficiência
intelectual ou mental ou com deficiência grave.

Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova:

4. (CESPE - Auditor de Contas Públicas - TCE-PB – 2018) (QUESTÃO ADAPTADA).


Ao filho maior de vinte e um anos de idade será garantida a prestação de benefícios e serviços
da previdência social, desde que comprove a matrícula em instituição de ensino superior, até
a data da sua formatura.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Filhos, com exceção dos inválidos ou deficientes, são dependentes Classe I e possuem direito a
pensão até os 21 anos, não sendo o exercício de tal direito prorrogável pelo fato de estarem
matriculados em universidade.

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Conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91:


Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (...)
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser
comprovada.
(Destaques Nossos).

Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa.


Gabarito: ERRADO.

5. (CESPE - Defensor Público do Distrito Federal – 2013). Acerca do RGPS, julgue o item a
seguir.
De acordo com o disposto na Lei n.º 8.213/1991, filho maior de vinte e um anos de idade não
portador de invalidez ou qualquer deficiência mantém a condição de dependente do segurado
do RGPS até completar vinte e quatro anos, desde que seja estudante universitário.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Filhos fazem parte de dependentes da Classe I, como podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91, mas
como sabemos, há algumas condições para isto. Vejamos o referido artigo:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
(...)
(Destaques Nossos).

Podemos ver que nada se fala sobre o filho ser estudante universitário ou não. A lei apenas diz que
filhos menores de 21 anos são considerados como dependentes, com exceção aos filhos inválidos
ou portadores de deficiências intelectuais ou mentais, portanto assertiva incorreta.

Gabarito: ERRADO.

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6. (Questão Inédita) Julgue o item a seguir: De acordo com o disposto na Lei n.º 8.213/1991, o
filho, ainda não emancipado, quando adquire a maioridade civil e não é portador de invalidez
ou qualquer deficiência, automaticamente perde a condição de dependente do segurado do
RGPS.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Filhos fazem parte de dependentes da Classe I e perdem tal condição quando chegam a determinada
idade. Mas será que esta idade coincide com a maioridade civil? Vejamos o art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
(...)
(Destaques Nossos).

Podemos ver, neste caso, que a idade considerada pela legislação previdenciária para a perda da
condição de dependente é de 21 anos. Isto é diferente da perda da menoridade que, segundo o
artigo 5º do Código Civil, cessa aos 18 anos.
Calma... Você não precisa saber todo o Código Civil para realizar uma prova de direito previdenciário.
Mas, neste tipo de contexto, uma informação que pode ser considerada senso comum (a maioridade
no Brasil inicia-se após os 18 anos completos), pode cair na sua prova. Mas não confunda maioridade
civil (18 anos) com idade padrão para cessar a dependência do filho no RGPS (21 anos).
Gabarito: ERRADO.

4.6. EQUIPARADOS A FILHOS

Equiparam-se aos filhos, mediante declaração escrita do segurado, comprovada a dependência


econômica na forma estabelecida no § 3º do art. 22, o enteado e o menor que esteja sob sua tutela
e desde que não possua bens suficientes para o próprio sustento e educação.

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Enteado: considera-se enteado o filho de seu cônjuge ou companheiro atual, proveniente


de um relacionamento anterior.

Tutela: considera-se tutela um encargo conferido a uma pessoa civilmente capaz, para
que esta administre os bens e/ou a conduta de um menor de idade, decorrente de
falecimento dos pais ou estes decaírem dom poder familiar.

Os enteados e menores sob tutela serão beneficiários do RGPS na qualidade de dependente casos
preencham, cumulativamente, os seguintes requisitos:

• declaração escrita do segurado;


• comprovação de dependência econômica;
• não possuir bens suficientes para garantir seu sustento e educação

Os equipados a filhos, quando cumprirem os requisitos exigidos, também estão incluídos no rol de
dependentes de 1ª Classe (dependentes preferenciais), desde que sejam menores de 21 anos ou,
em qualquer idade, quando inválidos ou que tenha deficiência intelectual, mental ou deficiência
grave.

A maior polêmica está na exclusão dos “menores sob guarda” do rol de dependentes equiparados
a filhos, conforme podemos verificar no art. 16, § 2º,da Lei 8.213/91, com a redação dada pela Lei
nº 9.528/97. Após a exclusão dos menores sob guarda, restaram como equiparados a filhos apenas
o enteado e o menor tutelado.

No entanto, o Estatuto da Criança e Adolescente (Lei 8.090/90), em seu art. 33, §1º, determina que:
§ 3º A guarda confere à criança ou adolescente a condição de dependente, para todos os fins e efeitos de direito,
inclusive previdenciários.

Como podemos perceber, existe um conflito entre a norma mais específica (Lei 8.213/91) e a norma
mais genérica (Estatuto da Criança e do Adolescente) acerca da equiparação a filho do “menor sob
guarda”, para efeitos previdenciários. Vejamos, resumidamente, cada entendimento:

Lei 8.213/91: Menor sob guarda não é equiparado a filho.

Lei 8.090/90: Menor sob guarda é equiparado a filho.

Para resolver esse conflito de normas, temos que recorrer ao STJ, onde o tema também é
controverso, conforme podemos ver a seguir:

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Vejamos uma decisão favorável ao Estatuto da Criança e Adolescente, mantendo o menor sob
guarda no rol dos equiparados a filhos:

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA. PENSÃO POR MORTE.


MENOR SOB GUARDA JUDICIAL. APLICABILIDADE DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - ECA.
INTERPRETAÇÃO COMPATÍVEL COM A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E COM O PRINCÍPIO DE PROTEÇÃO
INTEGRAL DO MENOR. 1. Caso em que se discute a possibilidade de assegurar benefício de pensão por morte a
menor sob guarda judicial, em face da prevalência do disposto no artigo 33, § 3º, do Estatuto da Criança e do
Adolescente - ECA, sobre norma previdenciária de natureza específica. 2. Os direitos fundamentais da criança e
do adolescente têm seu campo de incidência amparado pelo status de prioridade absoluta, requerendo, assim,
uma hermenêutica própria comprometida com as regras protetivas estabelecidas na Constituição Federal e no
Estatuto da Criança e do Adolescente. 3. A Lei 8.069/90 representa política pública de proteção à criança e ao
adolescente, verdadeiro cumprimento da ordem constitucional, haja vista o artigo 227 da Constituição Federal
de 1988 dispor que é dever do Estado assegurar com absoluta prioridade à criança e ao adolescente o direito à
vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à
liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. 4. Não é dado ao intérprete atribuir à norma jurídica
conteúdo que atente contra a dignidade da pessoa humana e, consequentemente, contra o princípio de proteção
integral e preferencial a crianças e adolescentes, já que esses postulados são a base do Estado Democrático de
Direito e devem orientar a interpretação de todo o ordenamento jurídico. 5. Embora a lei complementar estadual
previdenciária do Estado de Mato Grosso seja lei específica da previdência social, não menos certo é que a
criança e adolescente tem norma específica, o Estatuto da Criança e do Adolescente que confere ao menor sob
guarda a condição de dependente para todos os efeitos, inclusive previdenciários (art. 33, § 3º, Lei n.º 8.069/90),
norma que representa a política de proteção ao menor, embasada na Constituição Federal que estabelece o
dever do poder público e da sociedade na proteção da criança e do adolescente (art. 227, caput, e § 3º, inciso
II). 6. Havendo plano de proteção alocado em arcabouço sistêmico constitucional e, comprovada a guarda, deve
ser garantido o benefício para quem dependa economicamente do instituidor. 7. Recurso ordinário provido.

(STJ - RMS: 36034 MT 2011/0227834-9, Relator: Ministro BENEDITO GONÇALVES, Data de Julgamento:
26/02/2014, S1 - PRIMEIRA SEÇÃO, Data de Publicação: DJe 15/04/2014)

Vejamos agora uma decisão favorável ao entendimento da Lei 8.213/91, excluindo o menor sob
guarda no rol dos equiparados a filhos:
PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. PENSÃO POR MORTE. MENOR SOB GUARDA.
ANÁLISE DE DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS. IMPOSSIBILIDADE. 1. É pacífica a jurisprudência desta Corte no
sentido de ser indevida pensão por morte a menor sob guarda se o óbito do segurado tiver ocorrido sob a
vigência da MP n. 1.523/96, posteriormente convertida na Lei n. 9.528/97. Precedentes (...) - (AgRg no RECURSO
ESPECIAL Nº 1.141.788 – RS)

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Em recente decisão, o STJ confirmou o entendimento de que o Estatuto da Criança e Adolescente


deve prevalecer sobre a modificação legislativa promovida na lei geral da Previdência Social,
mantendo o menor sob guarda no rol dos equiparados a filhos:
PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. MENOR SOB GUARDA. ALTERAÇÕES LEGISLATIVAS. ART. 16 DA LEI N.
8.213/90. MODIFICAÇÃO PELA MP N. 1.523/96, CONVERTIDA NA LEI N. 9.528/97. CONFRONTO COM O ART. 33,
§ 3º, DO ECA. ART. 227 DA CONSTITUIÇÃO. INTERPRETAÇÃO CONFORME. PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO INTEGRAL E
PREFERENCIAL DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. 1. Ao menor sob guarda deve ser assegurado o direito ao
benefício da pensão por morte mesmo se o falecimento se deu após a modificação legislativa promovida pela
Lei n. 9.528/97 na Lei n. 8.213/90. 2. O art. 33, § 3º da Lei n. 8.069/90 deve prevalecer sobre a modificação
legislativa promovida na lei geral da previdência social porquanto, nos termos do art. 227 da Constituição, é
norma fundamental o princípio da proteção integral e preferência da criança e do adolescente. 3. Embargos de
divergência acolhidos.

Em provas de concursos públicos, recomendo aos candidatos adotarem a seguinte resposta:

Se a banca perguntar o entendimento nos termos da lei 8.213/91: Menor sob Guarda
não é equiparado a filho e está excluído do rol de dependentes.

Se a banca perguntar o entendimento nos termos do Estatuto da Criança e do


Adolescente: Menor sob Guarda é equiparado a filho e está incluído do rol de
dependentes.

Se a banca perguntar o entendimento nos termos da Jurisprudência ou segundo


entendimento predominante e recente do STJ: Menor sob Guarda é equiparado a filho e
está incluído do rol de dependentes.

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MENOR SOB GUARDA

DE ACORDO COM O 3º DO ART. 33 DA LEI 8.069/90 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO


ADOLESCENTE), “A GUARDA CONFERE À CRIANÇA OU ADOLESCENTE A
CONDIÇÃO DE DEPENDENTE, PARA TODOS OS FINS E EFEITOS DE DIREITO,
INCLUSIVE PREVIDENCIÁRIOS”.

NO ENTANTO, HÁ UM CONFLITO ENTRE AS NORMAS ESTABELECIDAS NO ART. 16,


2º, DA LEI 8.213/91 (NA REDAÇÃO DADA PELA LEI 9.528/97) E O 3º DO ART. 33 DA
LEI 8.069/90 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE). NO ÂMBITO DO STJ, O
TEMA É CONTROVERSO E VÁRIAS SÃO AS DECISÕES QUE DETERMINAM QUE O
MENOR SOB GUARDA NÃO ENTRA NO ROL DOS DEPENDENTES DO RGPS.

NO ÂMBITO DO STJ, O TEMA É CONTROVERSO E AS MAIS RECENTES DECISÕES


QUE DETERMINAM QUE O MENOR SOB GUARDA ENTRA NO ROL DOS
DEPENDENTES DO RGPS.

Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova:

7. (CESPE - Auditor de Controle Externo - TCE-PE - Auditoria de Contas Públicas – 2017).


Acerca da filiação, acumulação de benefício e regimes próprios de previdência social, julgue o
item a seguir.
O adolescente que estiver sob dependência econômica da madrasta, segurada do RGPS,
poderá ser inscrito no INSS como dependente desta.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
As Classes de dependentes são definidas em três, e vimos que apenas os dependentes de 1ª Classe
são considerados como financeiramente dependentes do segurado. O enteado do segurado é
equiparado aos filhos, mas precisa comprovar dependência econômica para ser considerado
dependente e receber os benefícios, conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (...)

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§ 2º O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde


que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento.
(Destaques Nossos).

Sendo assim podemos concluir que a assertiva é verdadeira.

Gabarito: CERTO.

8. (CESPE - Defensor Público Federal – 2015). Em relação aos segurados do RGPS e seus
dependentes, julgue o item subsecutivo.
A lei de benefícios previdenciários prevê expressamente que o menor sob guarda do segurado
filiado ao RGPS é seu dependente, havendo discussão jurisprudencial a respeito do tema, dada
a existência de normas contrárias no ordenamento jurídico nacional.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Grande polêmica está na exclusão dos “menores sob guarda” do rol de dependentes equiparados a
filhos, conforme podemos verificar no art. 16, § 2º,da Lei 8.213/91, com a redação dada pela Lei nº
9.528/97. Após a exclusão dos menores sob guarda, restaram como equiparados a filhos apenas o
enteado e o menor tutelado.
No entanto, o Estatuto da Criança e Adolescente (Lei 8.090/90), em seu art. 33, §1º, determina que:
§ 3º A guarda confere à criança ou adolescente a condição de dependente, para todos os fins e
efeitos de direito, inclusive previdenciários.
Como podemos perceber, existe um conflito entre a norma mais específica (Lei 8.213/91) e a norma
mais genérica (Estatuto da Criança e do Adolescente) acerca da equiparação a filho do “menor sob
guarda”, para efeitos previdenciários
A assertiva está incorreta, pois diferentemente do afirmado, a lei de benefícios previdenciários NÃO
prevê expressamente que o menor sob guarda do segurado filiado ao RGPS é seu dependente (não
confundir menor sob guarda com menor sob tutela), havendo discussão jurisprudencial a respeito
do tema, dada a existência de normas contrárias no ordenamento jurídico nacional, como é o caso
do Estatuto da Criança e do Adolescente.

Gabarito: ERRADO.

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4.7. COMPROVAÇÃO DO VÍNCULO E DEPENDÊNCIA ECONÔMICA

Os dependentes de 1ª Classe, também conhecidos como dependentes preferenciais, em regra, não


precisam comprovar dependência econômica, uma vez que tal dependência é presumida.

Os únicos dependentes de 1ª Classe que precisam comprovar dependência econômica são os


equiparados a filhos, conforme segue:

• Enteado;
• Menor sob Tutela;
• Menor sob Guarda (se aceito como dependente)

Os enteados e menores sob tutela serão beneficiários do RGPS na qualidade de dependente casos
preencham, cumulativamente, os seguintes requisitos:

• declaração escrita do segurado;


• comprovação de dependência econômica;
• não possuir bens suficientes para garantir seu sustento e educação.

No caso dos demais dependentes de 1ª Classe, mesmo que possuam bens suficientes para garantir
seu sustento e educação e não dependam economicamente do segurado, farão jus às prestações
previdenciárias na qualidade de dependentes.

Para comprovação do vínculo e da dependência econômica, quando for o caso, devem ser
apresentados no mínimo três dos seguintes documentos:

• certidão de nascimento de filho havido em comum;


• certidão de casamento religioso;
• declaração do imposto de renda do segurado, em que conste o interessado como seu
dependente;
• disposições testamentárias;
• declaração especial feita perante tabelião;
• prova de mesmo domicílio;
• prova de encargos domésticos evidentes e existência de sociedade ou comunhão nos atos da
vida civil;
• procuração ou fiança reciprocamente outorgada;

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• conta bancária conjunta;


• registro em associação de qualquer natureza, onde conste o interessado como dependente
do segurado;
• anotação constante de ficha ou livro de registro de empregados;
• apólice de seguro da qual conste o segurado como instituidor do seguro e a pessoa
interessada como sua beneficiária;
• ficha de tratamento em instituição de assistência médica, da qual conste o segurado como
responsável;
• escritura de compra e venda de imóvel pelo segurado em nome de dependente;
• declaração de não emancipação do dependente menor de vinte e um anos; ou
• quaisquer outros que possam levar à convicção do fato a comprovar.

A MP 871/2019 trouxe expressa a regra de que, para comprovação de dependência


econômica ou união estável, é necessária a apresentação de prova material (prova
documental) contemporânea aos fatos, não admitida a prova exclusivamente
testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior e ou caso fortuito, que ainda
serão definidos em regulamento.

Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova:

9. (CESPE - Auditor de Contas Públicas - TCE-PB – 2018) (QUESTÃO ADAPTADA). Julgue a


assertiva a seguir.
A prestação de benefícios e serviços da previdência social será garantida ao cônjuge supérstite,
desde que este comprove a dependência econômica do cônjuge segurado que tiver falecido.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Cônjuge, como você sabe, são pertencentes à Classe I. Não se assuste com as palavras que você não
conheça, caso isto ocorra na prova. No caso, cônjuge supérstite significa cônjuge sobrevivente
(viúvo), pertence à Classe I. Sabemos que dependentes Classe I, são considerados como
financeiramente dependentes, conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:

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I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21


(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (...)
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser
comprovada.
(Destaques Nossos).

Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa, pois o cônjuge não deverá comprovar
dependência econômica, uma vez que ela é presumida.
Gabarito: ERRADO.

10. (CESPE - Analista Judiciário - TRT 7ª Região – 2017) (QUESTÃO ADAPTADA). João, segurado
obrigatório no RGPS, é casado com Fabiana, pelo regime da separação total de bens, com quem
tem dois filhos, Marcos, de dezesseis anos de idade, e Felipe, de vinte e cinco anos de idade,
portador de deficiência mental grave desde criança.
Nessa situação hipotética, à luz da Lei n.º 8.213/1991, considera(m)-se dependente(s)
previdenciário(s) de João: Fabiana, Marcos e Felipe.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Cônjuges, filhos menores de 21 anos não emancipados ou filhos inválidos ou que tenham deficiência
intelectual ou mental (independentemente da idade), são considerados como dependentes de 1ª
Classe. Automaticamente, tais dependentes têm sua dependência econômica presumida, conforme
podemos conferir no art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
(...)
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser
comprovada.
(Destaques Nossos).

O fato de João ser casado com Fabiana pelo regime da separação total de bens em nada altera a
condição de dependente preferencial de Fabiana. Sendo assim podemos concluir que a assertiva é
verdadeira.
Gabarito: CERTO.

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11. (CESPE - Juiz Federal - TRF 1ª Região – 2015) (QUESTÃO ADAPTADA). Com relação aos
beneficiários do RGPS, julgue o item a seguir:
Para efeitos previdenciários, presume-se que o filho e o enteado com menos de vinte e um
anos são economicamente dependentes do segurado.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
O enteado do segurado, é equiparado aos filhos, mas precisa comprovar dependência econômica
para receber os benefícios, conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
(...)
§ 2º O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde
que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento.
(Destaques Nossos).

Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa, pois o enteado, apesar de ser dependente de
1ª Classe, deverá comprovar a dependência econômica.
Gabarito: ERRADO.

12. (CESPE - Defensor Público do Distrito Federal – 2013). Acerca do RGPS, julgue o item a
seguir.
É presumida a dependência econômica do filho com mais de dezoito anos e menos de vinte e
um anos de idade em relação ao segurado da previdência social, não sendo necessária a
comprovação dessa dependência para que ele se torne beneficiário do RGPS na condição de
dependente do segurado.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Estudamos que os filhos são pertencentes à Classe I, no rol de dependentes (que possui 3 classes).
Dependentes Classe I são considerados como financeiramente dependente, como podemos ver no
art. 16 da Lei 8.213/91:

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Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
(...)
(Destaques Nossos).

Note que a menção à idade é de 21 anos e não 18. Não confunda a maioridade civil com a perda da
condição de dependente.
Sendo assim podemos concluir que a assertiva está correta, pois é presumida a dependência
econômica do filho com mais de dezoito anos e menos de vinte e um anos de idade em relação ao
segurado da previdência social. O fato de ser presumida também a dependência econômica para os
filhos menores de 18 anos, não modifica a verdade contida na afirmação.
Gabarito: CERTO.

5. DEPENDENTES DE SEGUNDA CLASSE

5.1. PAIS

Os pais (pai e a mãe) do segurado são seus dependentes de 2ª Classe.

Importante lembrar que os dependentes de 2ª classe somente terão direito às prestações


previdenciárias (benefícios e serviços) caso não exista nenhum dependente de 1ª classe
(preferencial), uma vez que a existência de dependente de qualquer das classes anteriores exclui do
direito às prestações os das classes seguintes.

5.2. COMPROVAÇÃO DO VÍNCULO E DEPENDÊNCIA ECONÔMICA

Para fins de concessão de benefícios previdenciários, os pais (dependentes de 2ª classe) devem


comprovar dependência econômica, bem como a inexistência de dependentes de 1ª Classe
(preferenciais).

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"PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. DEPENDENTES. PAIS. COMPROVAÇÃO DE DEPENDÊNCIA ECONÔMICA.


LEI 8.213/91. 1. Conforme firme jurisprudência desta Corte, a dependência econômica da mãe do segurado
falecido, para fins de percepção de pensão por morte, não é presumida, devendo ser comprovada”. (AgRg no
AREsp 136451 / MG, RELATOR MINISTRAO CASTRO MEIRA, T2 - SEGUNDA TURMA, 19/06/2012, DJe
03/08/2012).

O Superior Tribunal de Justiça – STJ vinha se pronunciando no sentido de que testemunhos coerentes
e idôneos merecem crédito, no tocante à demonstração da dependência econômica dos pais em
relação aos filhos, uma vez que nem a lei nem o regulamento da Previdência Social exigiam que a
dependência econômica dos pais em relação aos filhos seja comprovada por início de prova
documental, tal como ocorre para a demonstração do tempo de serviço. Neste sentido:

"PROCESSUAL E PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. DEPENDÊNCIA. ECONÔMICA. COMPROVAÇÃO. INÍCIO


DE PROVA MATERIAL. INEXIGÊNCIA. A legislação previdenciária não exige início de prova material para
comprovação da dependência econômica de mãe para com o filho segurado, sendo bastante a prova
testemunhal lícita e idônea." (RESP 296128/SE, RELATOR MINISTRO GILSON DIPP, DJ 04/02/2002, p.475)

Realmente não existia regra expressa na legislação previdenciária sobre o assunto. Entretanto, a
situação se alterou com a publicação da Medida Provisória 871 em 18/01/2019, que acrescentou à
lei 8.213/91 a regra de que, para comprovação de dependência econômica ou união estável, é
necessária a apresentação de prova material (prova documental) contemporânea aos fatos, não
admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior e ou
caso fortuito, que ainda serão definidos em regulamento.

Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova:

13. (CESPE - Defensor Público Federal - 2017). A respeito da condição de segurados e


dependentes no RGPS e da fonte de custeio desse regime, julgue o item subsequente.
Para efeito de concessão de benefício aos dependentes, a dependência econômica dos
genitores do segurado é considerada presumida.
( ) Certo
( ) Errado

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COMENTÁRIOS:
As Classes de dependentes são definidas em três e apenas os dependentes Classe I, em regra, são
considerados, de forma presumida, como economicamente dependentes do segurado. Os genitores
do segurado (pai e mãe) são considerados como dependentes de Classe II, precisando comprovar
dependência econômica para receber pensão, conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave
II - os pais; (...)
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser
comprovada. (Destaques Nossos).

Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa.


Gabarito: ERRADO.

14. (CESPE - Analista de Administração Pública - TC-DF - 2014). No que se refere ao regime
geral de previdência social, julgue o item a seguir.
É presumida, por força de lei, a dependência econômica dos pais do segurado para fins de
atribuição da qualidade de dependentes.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Não é bem assim. Os pais do segurado são considerados como dependentes Classe II, precisando
comprovar dependência financeira para receber pensão, conforme podemos ver no art. 16 da Lei
8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave
II - os pais; (...)
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser
comprovada. (Destaques Nossos).

Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa, pois a dependência econômica dos pais do
segurado para fins de atribuição da qualidade de dependentes deverá ser comprovada.
Gabarito: ERRADO.

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15. (CESPE - Auditor Fiscal do Trabalho – 2013). No que se refere às normas que regulamentam
a condição de dependente no RGPS, julgue o item subsequente.
Apesar de integrarem a segunda classe de dependentes, os pais poderão fazer jus ao
recebimento de pensão por morte, desde que comprovem a dependência econômica do
segurado a eles, ainda que existam dependentes que integrem a primeira classe.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Conforme estudamos, as Classes de dependentes são definidas em três e apenas os dependentes
Classe I são, em regra, automaticamente considerados como economicamente dependentes do
segurado. Os pais do segurado são considerados como dependentes de Classe II, precisando
comprovar dependência financeira para receber pensão, porém só poderão receber essa pensão
caso não exista nenhum beneficiário Classe I, conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave
II - os pais;
(...)
§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das
classes seguintes. (...)
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser
comprovada.
(Destaques Nossos).

Além do erro apontado acima, outro erro está inserido na questão. Quando a assertiva afirma que
os pais poderão fazer jus ao recebimento de pensão por morte, desde que comprovem a
dependência econômica do segurado a eles, temos uma inversão técnica, pois não se deve
comprovar a dependência econômica do segurado aos pais, mas sim dos pais em relação aos
segurados.
Portanto, podemos concluir que a assertiva está duplamente incorreta.
Gabarito: ERRADO.

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6. DEPENDENTES DE TERCEIRA CLASSE

6.1. IRMÃOS

Os irmãos são dependentes de 3ª Classe, quando não emancipados, de qualquer condição, quando
menores de 21 anos ou, em qualquer idade, quando inválidos ou que tenha deficiência intelectual,
mental ou deficiência grave.

Os irmãos do segurado são seus dependentes de 3ª Classe.

Importante lembrar que os dependentes de 3ª classe somente terão direito às prestações


previdenciárias (benefícios e serviços) caso não exista qualquer dependente de 1ª classe
(preferencial), nem tampouco qualquer de pendente de 2ª Classe, uma vez que a existência de
dependente de qualquer das classes anteriores exclui do direito às prestações os das classes
seguintes.

6.2. COMPROVAÇÃO DO VÍNCULO E DEPENDÊNCIA ECONÔMICA

Para fins de concessão de benefícios previdenciários, os irmãos (dependentes de 3ª classe) devem


comprovar dependência econômica, bem como a inexistência de dependentes de 1ª Classe
(preferenciais) e de 2ª Classe.

Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova:

16. (CESPE - Auditor Governamental - CGE PI –2015). A respeito do regime geral de


previdência social, julgue o item a seguir.
A dependência econômica do irmão menor de vinte e um anos de idade na condição de
dependente do segurado é presumida para fins de obtenção de benefício previdenciário.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Para responder a esta questão, recorramos ao art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:

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I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21


(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
II - os pais;
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha
deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
(...)
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser
comprovada.

(Destaques Nossos).

Portanto assertiva incorreta, pois a dependência dos irmão, que são dependentes da Classe III, não
é presumida, devendo ser comprovada.

Gabarito: ERRADO.

17. (CESPE - Analista Judiciário - TRT 10ª Região – 2013). O item a seguir apresenta uma
situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada com base nas disposições do direito
previdenciário.
José, com dezesseis anos de idade, não emancipado, vive às expensas de seu irmão mais velho,
João, que é segurado da previdência social. Nessa situação, José é considerado beneficiário do
regime geral da previdência social, na condição de dependente de João.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Como estudamos, temos três classes de dependentes. Irmãos pertencem a Classe III, portanto,
conforme podemos ver na legislação, transcrita abaixo, precisam comprovar a dependência
econômica. Vejamos o art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
II - os pais;
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha
deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;

(Destaques Nossos).

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Nesse caso em específico, o irmão (José) tem 16 anos de idade, não é emancipado e é
economicamente dependente de seu irmão mais velho (João, que é segurado RGPS). Portanto, José
é considerado como beneficiário dependente de João, se não houver dependentes de classes
anteriores.

Gabarito: CERTO.

7. REGRAS APLICÁVEIS AOS DEPENDENTES

Em relação aos dependentes, temos algumas regras básicas para que sejam considerados
beneficiários do RGPS, conforme segue:

• A existência de dependente de qualquer das classes exclui do direito às prestações os das


classes seguintes.

o Exemplo: Se houver algum cônjuge, companheiro, filho ou equiparado a filho como


dependentes, os pais e irmão não terão qualquer direito ao benefícios previdenciário.

• Os dependentes de uma mesma classe concorrem em igualdade de condições. Assim sendo,


os benefícios dos dependentes (pensão por morte e auxílio-reclusão), quando devidos, serão
divididos em cotas iguais entre cada um dos dependentes.

o Exemplo: Imaginemos uma pensão por morte a ser paga para cinco dependentes,
sendo uma esposa e quatro filhos menores. Se o valor da renda mensal inicial da
pensão por morte for R$ 1.000,00, cada um dos quatro dependentes receberá R$
200,00.

• Reverterá em favor dos demais dependentes a parte daquele cujo direito à pensão cessar.

o No exemplo acima, assim que um dos filhos completar 21 anos, deixará de ser
dependente (exceto se for inválido ou tiver deficiência intelectual, mental ou
deficiência grave). Neste caso, deixando um filho de ser dependente, os R$ 1.000,00
passarão a ser divididos entre os quatro dependentes restantes, pagando-se R$ 250,00
para cada dependente. E assim por diante.

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• Equiparam-se aos filhos, mediante declaração escrita do segurado, e comprovada a


dependência econômica, o enteado e o menor que esteja sob sua tutela e desde que não
possuam bens suficientes para o próprio sustento e educação.

o Enteado: considera-se enteado o filho de seu cônjuge ou companheiro atual,


proveniente de um matrimônio anterior.

o Tutela: considera-se tutela um encargo conferido a uma pessoa civilmente capaz, para
que esta administre os bens e/ou a conduta de um menor de idade, decorrente de
falecimento dos pais ou estes decaírem dom poder familiar.

• O menor sob tutela somente poderá ser equiparado aos filhos do segurado mediante
apresentação de termo de tutela.

• Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que mantenha união estável com o


segurado ou segurada.

o Considera-se união estável aquela configurada na convivência pública, contínua e


duradoura entre o homem e a mulher, estabelecida com intenção de constituição de
família, inclusive na relação homoafetiva.

• A dependência econômica dos dependentes de 1ª Classe é presumida e a das demais deve


ser comprovada.

o Obs.: O enteado e menor sob tutela, apesar de considerados dependentes de 1ª


Classe, deverão comprovar a dependência econômica.

Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova:

18. (FCC - Analista Judiciário (TST)/Judiciária/2012). São beneficiários do Regime Geral da


Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
a) os ascendentes até o terceiro grau, desde que comprovada a dependência econômica.
b) o irmão até completar 18 anos ou inválido, independentemente de comprovação da
dependência econômica.
c) o menor tutelado independentemente de comprovação da dependência econômica.
d) o cônjuge e a companheira, desde que comprovada a dependência econômica.
e) o filho não emancipado inválido independentemente de comprovação de dependência
econômica.

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COMENTÁRIOS:
A resolução da presente questão tem por base o art. 16 da Lei 8.213/91, conforme segue:
“Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
II - os pais;
III - o irmão de qualquer condição menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual
ou mental ou deficiência grave, nos termos do regulamento.
§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das
classes seguintes.
§ 2º .O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que
comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento.
§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o
segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal.
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser
comprovada.”

Tomando por base o texto legal citado, vamos à análise de cada alternativa:

a) os ascendentes até o terceiro grau, desde que comprovada a dependência econômica.


Ascendentes até o terceiro grau não são dependentes, mesmo que comprovada dependência
econômica. Apenas os pais, desde que comprovem dependência econômica (ERRADA).

b) o irmão até completar 18 anos ou inválido, independentemente de comprovação da dependência


econômica.
O irmão de qualquer condição será dependente quando menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido
ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave, nos termos do regulamento,
desde que comprovem dependência econômica. (ERRADA).

c) o menor tutelado independentemente de comprovação da dependência econômica.


O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que
comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento. (ERRADA).

d) o cônjuge e a companheira, desde que comprovada a dependência econômica.

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Cônjuge e companheira não precisam comprovar dependência econômica. (ERRADA).

e) o filho não emancipado inválido independentemente de comprovação de dependência


econômica.
O filho não emancipado inválido será dependente independentemente da idade e de qualquer
comprovação de dependência econômica. (CORRETA).

RESPOSTA: E

19. (FCC - Analista Judiciário (TRT 6ª Região)/Judiciária/"Sem Especialidade"/2012). Nos


termos da Lei no 8.213/1991, NÃO são beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na
condição de dependentes do segurado:
a) os seus pais.
b) o seu irmão inválido de 30 anos.
c) o seu irmão não emancipado menor de 21 anos.
d) o companheiro que mantém união estável.
e) o enteado menor ainda que não comprovada a dependência econômica do segurado.

COMENTÁRIOS:
A resolução da presente questão tem por base o art. 16 da Lei 8.213/91.
Tomando por base o texto legal citado, vamos à análise de cada alternativa:

a) os seus pais.
Os pais poderão ser dependentes, desde que comprovada dependência econômica.

b) o seu irmão inválido de 30 anos.


Irmão inválido poderá ser dependente qualquer que seja sua idade, desde que comprovada
dependência econômica.

c) o seu irmão não emancipado menor de 21 anos.

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Irmão não emancipado, menor de 21 anos, poderá ser dependente, desde que comprovada
dependência econômica.

d) o companheiro que mantém união estável.


Companheiro que mantém união estável é dependente econômico.

e) o enteado menor ainda que não comprovada a dependência econômica do segurado.


O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado, desde que
comprovada a dependência econômica. Se não for comprovada a dependência econômica, não será
dependente. Como a questão pede para assinalarmos a questão onde aparece alguém que NÃO é
beneficiários do RGPS, esta é a alternativa que deverá ser marcada.

RESPOSTA: E

REGRA 1

OS DEPENDENTES DE UMA MESMA CLASSE


DEPENDENTES
CONCORREM COM IGUALDADE DE CONDIÇÕES.

REGRA 2

A EXISTÊNCIA DE DEPENDENTES DE QUALQUER DAS


DEPENDENTES CLASSES EXCLUI DO DIREITO ÀS PRESTAÇÕES OS DAS
CLASSES SEGUINTES.

REGRA 3

A PENSÃO POR MORTE, HAVENDO MAIS DE UM


DEPENDENTES
PENSIONISTA, SERÁ RATEADA EM PARTES IGUAIS.

REGRA 4

REVERTERÁ EM FAVOR DOS DEMAIS DEPENDENTES


DEPENDENTES
A PARTE DAQUELE CUJO DIREITO À PENSÃO CESSAR.

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REGRA 5

A DEPENDÊNCIA ECONÔMICA DAS PESSOAS DA 1ª


DEPENDENTES CLASSE É PRESUMIDA* E DAS DEMAIS DEVE SER
COMPROVADA. (*Exceção: enteado e menor sob tutela devem
comprovar dependência econômica, apesar de ser de 1ª Classe)

REGRA 6

EQUIPARAM-SE AOS FILHOS, MEDIANTE DECLARAÇÃO


ESCRITA DO SEGURADO, COMPROVADA A
DEPENDÊNCIA ECONÔMICA, O ENTEADO E O MENOR
DEPENDENTES
QUE ESTEJA SOB SUA TUTELA, DESDE QUE NÃO
POSSUAM BENS SUFICIENTES PARA O PRÓPRIO
SUSTENTO E EDUCAÇÃO.

REGRA 7

O MENOR SOB TUTELA SOMENTE PODERÁ


DEPENDENTES EQUIPARAR-SE AOS FILHOS DO SEGURADO
MEDIANTE APRESENTAÇÃO DE TERMO DE TUTELA.

REGRA 8

CONSIDERA-SE COMPANHEIRA OU COMPANHEIRO A


PESSOA QUE MANTENHA UNIÃO ESTÁVEL COM O
DEPENDENTES SEGURADO OU SEGURADA, INCLUSIVE RELAÇÃO
HOMOAFETIVA.

Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova:

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20. (FCC - Procurador Autárquico – MANAUSPREV – 2015). Após o falecimento de Isis, seus
familiares procuraram a Previdência Social a fim de requerer os benefícios como dependentes
do de cujus. Nessa situação, a dependência econômica não será presumida, devendo ser
comprovada para:

a) filho inválido com 30 anos.

b) companheiro que mantinha união estável com a segurada.

c) enteado menor de 21 anos.

d) filho não emancipado de 19 anos.

e) cônjuge.

COMENTÁRIOS:

Os dependentes estão divididos em três classes, conforme podemos verificar no Art. 16 da Lei
8.213/91:

Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte
e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave
II - os pais;
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha
deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das
classes seguintes.
§ 2º O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que
comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento.
§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o
segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal.
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser
comprovada.

A partir destas informações, analisemos as assertivas:

a) filho inválido com 30 anos.

Incorreta, pois filho inválido, independentemente da idade, não precisa comprovar dependência
econômica.

b) companheiro que mantinha união estável com a segurada.

Incorreta, pois companheiro não precisa comprovar dependência econômica e sim a união estável.

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c) enteado menor de 21 anos.

Essa é a alternativa correta, pois enteado, apesar de ser equiparado ao filho, precisa comprovar a
dependência econômica, conforme vimos na legislação acima.

d) filho não emancipado de 19 anos.

Incorreta, pois na realidade o filho até 21 anos, desde que não emancipado, é dependente de 1ª
Classe e não precisa comprovar dependência econômica.

e) cônjuge.

Incorreta, pois cônjuge pertence a 1ª Classe e sua dependência econômica é presumida.

Gabarito: C.

21. (FCC - Auditor - TCE-CE – 2015). Afrodite é segurada do Regime Geral da Previdência Social.
Mantém união estável como entidade familiar com Thor e possui um filho Hermes de 27 anos.
Em sua residência também habitam o seu pai Ulisses de 64 anos e a sua irmã Medusa, não
emancipada, de 17 anos. Considerando as regras contidas no Plano de Benefícios da
Previdência Social, será considerado segurado de primeira classe e será presumida a
dependência econômica, respectivamente, de

a) Thor e Thor.

b) Thor e Ulisses.

c) Ulisses e Medusa.

d) Hermes e Medusa.

e) Hermes e Hermes.

COMENTÁRIOS:

Segundo podemos ver no Art. 16 da Lei 8.213/91, os dependentes de primeira classe, nos termos da
lei, são aqueles mais próximos do segurado, senão vejamos:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:

I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21


(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave

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Sendo assim, só temos como possibilidade a “alternativa A”, pois Thor é o cônjuge, dependente de
primeira classe e sua dependência econômica é presumida. Ulisses é o pai, portanto dependente de
classe II; Medusa é a irmã, portanto dependente de classe III. Ademais, Ulisses e Medusa dependem
de comprovação da dependência econômica.

Gabarito: A.

22. (FCC - Procurador do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro – 2015).


Dependente é toda pessoa física filiada ao Regime Geral da Previdência Social em razão do seu
vínculo com o segurado principal. Quanto aos dependentes, não é necessária a comprovação
dessa condição, em razão de presunção legal de dependência econômica:

a) os filhos, enteados e tutelados até 25 anos de idade.

b) os pais desde que inválidos.

c) os netos, filhos ou enteados de qualquer idade, desde que universitários.

d) os irmãos desde que inválidos.

e) o cônjuge, companheiro ou filho não emancipado, menor de 21 anos ou inválido.

COMENTÁRIOS:

Segundo podemos ver no Art. 16 da Lei 8.213/91, os dependentes de primeira classe são aqueles
que, em regra, se presume a dependência financeira, conforme segue:

Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:

I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21


(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave. (...)

§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser
comprovada.

Visto isso, vamos às assertivas:

a) os filhos, enteados e tutelados até 25 anos de idade.

Incorreto, pois apenas os filhos menores de 21 anos ou inválidos ou que tenha deficiência intelectual
ou mental ou deficiência grave fariam parte deste rol. Enteados e tutelados, apesar de ser
dependente de 1ª Classe, deverão comprovar sua dependência econômica.

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b) os pais desde que inválidos.

Incorreta, pois os pais fazem parte da Classe II e a dependência econômica deve ser comprovada.

c) os netos, filhos ou enteados de qualquer idade, desde que universitários.

Incorreto. Filhos são dependentes, independentemente de comprovação de dependência


econômica, apenas até 21 anos de idade, salvo se inválidos ou que tenham deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave. Netos não fazem parte do rol de dependentes. Enteados precisam
comprovar dependência econômica. O fato de ser universitário não altera em nada as regras de
dependência no direito previdenciário.

d) os irmãos desde que inválidos.

Incorreta, irmãos devem comprovar dependência econômica, ainda que inválidos.

e) o cônjuge, companheiro ou filho não emancipado, menor de 21 anos ou inválido.

Correto, pois esses fazem parte da Classe I e sua dependência econômica é presumida, não
precisando, portanto, ser comprovada.

Gabarito: E.

23. (FCC - Auditor Substituto de Conselheiro do TCM-RJ – 2015). Em relação aos dependentes
dos segurados, nos termos previstos no Plano de Benefícios do Regime Geral da Previdência
Social,
a) os avós constam do rol dos dependentes que têm dependência econômica legalmente
presumida.
b) são benefícios previstos aos dependentes a pensão por morte, a reabilitação profissional e
o salário maternidade.
c) o menor tutelado e o enteado não se equiparam aos filhos para efeitos previdenciários.
d) a existência de dependentes de quaisquer das classes exclui do direito às prestações os das
classes seguintes.
e) os irmãos menores de 21 anos, ainda que emancipados, são dependentes de segunda classe.

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COMENTÁRIOS:
Segundo podemos ver no Art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave
II - os pais;
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha
deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das
classes seguintes.
§ 2º O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que
comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento.
§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o
segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal.
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser
comprovada.

Agora, vamos às assertivas:


a) os avós constam do rol dos dependentes que têm dependência econômica legalmente presumida.
Incorreta, pois avós não fazem parte do rol dos dependentes.

b) são benefícios previstos aos dependentes a pensão por morte, a reabilitação profissional e o
salário maternidade.
Incorreta, conforme podemos verificar no Art. 18 Lei 8.213/91. Tal assunto ainda será estudado em
detalhes nesta aula.
Art. 18. O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes prestações, devidas inclusive em razão
de eventos decorrentes de acidente do trabalho, expressas em benefícios e serviços:
II - quanto ao dependente:
a) pensão por morte;
b) auxílio-reclusão;
III - quanto ao segurado e dependente:
b) serviço social;
c) reabilitação profissional.

Assim sendo, podemos verificar que a pensão por morte e a reabilitação profissional são prestações
devidas aos dependentes. No entanto, o salário-maternidade é devido apenas aos segurados do
RGPS.

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c) o menor tutelado e o enteado não se equiparam aos filhos para efeitos previdenciários.
Incorreto, pois menor tutelado e enteado equiparam-se ao filho e também serão dependentes de
1ª Classe, caso seja comprovada dependência financeira.

d) a existência de dependentes de quaisquer das classes exclui do direito às prestações os das classes
seguintes.
Correto, é exatamente isso que está previsto na lei, conforme podemos verificar no art. 6º da Lei
8.213/91:
§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das
classes seguintes.

e) os irmãos menores de 21 anos, ainda que emancipados, são dependentes de segunda classe.
Incorreta, pois irmão são dependentes de terceira Classe.

Gabarito: D.

8. PERDA DA QUALIDADE DE DEPENDENTE


A perda da qualidade de dependente ocorre:

• para o cônjuge, pela separação judicial ou divórcio, enquanto não lhe for assegurada a
prestação de alimentos, pela anulação do casamento, pelo óbito ou por sentença judicial
transitada em julgado;

• para a companheira ou companheiro, pela cessação da união estável com o segurado ou


segurada, enquanto não lhe for garantida a prestação de alimentos;

• para o filho e o irmão, de qualquer condição, ao completarem vinte e um anos de idade, salvo
se inválidos, desde que a invalidez tenha ocorrido antes:

o de completarem vinte e um anos de idade;

o do casamento (emancipação);

o do início do exercício de emprego público efetivo (emancipação);

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o da constituição de estabelecimento civil ou comercial ou da existência de relação de


emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha
economia própria (emancipação); ou

o da concessão de emancipação, pelos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante


instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença
do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos (emancipação); e

• para os dependentes em geral:

o pela cessação da invalidez; ou

o pelo falecimento.

Dentre as causas que configuram a perda da qualidade de dependente, temos as circunstâncias


decorrentes de emancipação.

Considera-se emancipação a aquisição de capacidade civil antes da idade mínima definida em lei, ou
seja, é a aptidão para exercer, por si só, os atos da vida civil.

No entanto, dentre as causas de emancipação que acarretam a perda da qualidade de dependente,


não está incluída a colação de grau em curso de ensino superior

PELA SEPARAÇÃO JUDICIAL OU


DIVÓRCIO (ENQUANTO NÃO LHE FOR
ASSEGURADA A PRESTAÇÃO DE
CÔNJUGE ALIMENTOS), PELA ANULAÇÃO DO
CASAMENTO, PELO ÓBITO OU POR
SENTENÇA JUDICIAL TRANSITADA
EM JULGADO

PELA CESSAÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL


COM O SEGURADO OU SEGURADA
COMPANHEIRO (ENQUANTO NÃO LHE FOR
PERDA DA GARANTIDA A PRESTAÇÃO DE
ALIMENTOS)
QUALIDADE DE
DEPENDENTE AO COMPLETAREM 21 ANOS, SALVO
SE INVÁLIDOS, OU PELA
EMANCIPAÇÃO, AINDA QUE INVÁLIDO,
FILHO E
ART. 17º - RPS EXCETO, NESTE CASO, SE A
IRMÃO EMANCIPAÇÃO FOR DECORRENTE
DE COLAÇÃO DE GRAU CIENTÍFICO
EM CURSO DE ENSINO SUPERIOR

DEPENDENTES PELA CESSAÇÃO DA INVALIDEZ


EM GERAL OU PELO FALECIMENTO

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9. INSCRIÇÃO DOS DEPENDENTES


Incumbe ao dependente promover a sua inscrição quando do requerimento do benefício a que
estiver habilitado.

Assim sendo, não há inscrição prévia de dependente. Somente quando do requerimento do


benefício de pensão por morte ou auxílio-reclusão é que os dependentes deverão comprovar sua
qualidade de dependente.

10. PRESTAÇÕES DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL - RGPS

10.1. INTRODUÇÃO

Prestação Previdenciária é gênero, dos quais são espécies os benefícios e serviços.

BENEFÍCIOS: são as prestações previdenciárias com conteúdo pecuniário, ou seja, são


pagas pelo INSS aos beneficiários (segurados e dependentes)

SERVIÇOS: são as prestações previdenciárias sem conteúdo pecuniário, ou seja, não são
pagas, mas prestadas em favor dos beneficiários (segurados e dependentes)

ESPÉCIES DE
PRESTAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS

BENEFÍCIOS SERVIÇOS

CONTEÚDO SEM CONTEÚDO


PECUNIÁRIO PECUNIÁRIO

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10.2. ESPÉCIES DE BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS

O Regime Geral de Previdência Social – RGPS compreende 10 benefícios, divididos em 4


aposentadorias, 3 auxílios, 2 salários e uma pensão.

São benefícios do RGPS:

• Aposentadoria por Invalidez;


• Aposentadoria por Idade;
• Aposentadoria por Tempo de Contribuição;
• Aposentadoria Especial;
• Auxílio-Doença;
• Auxílio-Acidente;
• Salário-Família;
• Salário-Maternidade;
• Pensão por Morte;
• Auxílio-Reclusão.

4 APOSENTADORIAS

BENEFÍCIOS
3 AUXÍLIOS

2 SALÁRIOS
REGRA “4-3-2-1”

1 PENSÃO

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- APOSENTADORIA POR INVALIDEZ


- APOSENTADORIA POR IDADE
4 APOSENTADORIAS
- APOSENT. POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
- APOSENTADORIA ESPECIAL

- AUXÍLIO DOENÇA
3 AUXÍLIOS - AUXÍLIO ACIDENTE
- AUXÍLIO RECLUSÃO (PARA DEPENDENTES)

- SALÁRIO FAMÍLIA
2 SALÁRIOS - SALÁRIO MATERNIDADE

1 PENSÃO - PENSÃO POR MORTE (PARA DEPENDENTES)

10.3. SERVIÇOS PRESTADOS PELA PREVIDÊNCIA SOCIAL

O Regime Geral de Previdência Social – RGPS compreende 2 serviços.

São serviços do RGPS:

• Habilitação e Reabilitação Profissional;


• Serviço Social.

SERVIÇOS

REABILITAÇÃO SERVIÇO
PROFISSIONAL SOCIAL

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10.4. PRESTAÇÕES DOS SEGURADOS E DEPENDENTES

10.4.1. Prestações dos Segurados

Dentre as prestações previdenciárias, os segurados fazem jus apenas a 8 benefícios e 2 serviços.

Segue relação dos 8 BENEFÍCIOS devidos a SEGURADOS do RGPS:

• Aposentadoria por Invalidez;


• Aposentadoria por Idade;
• Aposentadoria por Tempo de Contribuição;
• Aposentadoria Especial;
• Auxílio-Doença;
• Auxílio-Acidente;
• Salário-Família;
• Salário-Maternidade.

Segue relação dos 2 SERVIÇOS devidos a SEGURADOS do RGPS:

• Habilitação e Reabilitação Profissional;


• Serviço Social.

Não são devidos a SEGURADOS os seguintes BENEFÍCIOS:

• Pensão por Morte;


• Auxílio-Reclusão.

PRESTAÇÕES DOS
SEGURADOS

8 BENEFÍCIOS 2 SERVIÇOS

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10.4.2. Prestações dos Dependentes

Dentre as prestações previdenciárias, os dependentes fazem jus apenas a 2 benefícios e 2 serviços.

Segue relação dos 2 BENEFÍCIOS devidos a DEPENDENTES do RGPS:

• Pensão por Morte;


• Auxílio-Reclusão.

Segue relação dos 2 SERVIÇOS devidos a DEPENDENTES do RGPS:

• Habilitação e Reabilitação Profissional;


• Serviço Social.

Não são devidos a DEPENDENTES os seguintes BENEFÍCIOS:

• Aposentadoria por Invalidez;


• Aposentadoria por Idade;
• Aposentadoria por Tempo de Contribuição;
• Aposentadoria Especial;
• Auxílio-Doença;
• Auxílio-Acidente;
• Salário-Família;
• Salário-Maternidade.

PRESTAÇÕES DOS
DEPENDENTES

2 BENEFÍCIOS 2 SERVIÇOS

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DIREITOS DOS
DEPENDENTES

BENEFÍCIOS SERVIÇOS

PENSÃO POR REABILITAÇÃO


MORTE PROFISSIONAL

AUXÍLIO-RECLUSÃO SERVIÇO SOCIAL

Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova:

24. (FCC - Assessor Jurídico - TCE-PI – 2014). A lei que dispõe sobre o regime geral da
previdência social prevê como prestações expressas em benefícios e serviços, devidas apenas
aos dependentes dos segurados,

a) aposentadoria especial e serviço social.

b) salário-família e auxílio-reclusão.

c) reabilitação profissional e salário-maternidade.

d) pensão por morte e auxílio-reclusão.

e) pecúlio e abono de permanência em serviço.

COMENTÁRIOS:

Para responder essa questão vamos recorrer ao art. 18, II e III da Lei 8.213/91.

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Art. 18. O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes prestações, devidas inclusive em razão
de eventos decorrentes de acidente do trabalho, expressas em benefícios e serviços: (...)

II - quanto ao dependente:

a) pensão por morte;

b) auxílio-reclusão;

III - quanto ao segurado e dependente:

a) pecúlios; (Revogada pela Lei nº 9.032, de 1995)

b) serviço social;

c) reabilitação profissional

(Destaques Nossos).

Agora vamos às assertivas:

a) aposentadoria especial e serviço social.

Incorreta, pois aposentadoria especial é apenas direito do segurado.

b) salário-família e auxílio-reclusão.

Incorreta, pois salário-família é direito do segurado.

c) reabilitação profissional e salário-maternidade.

Incorreta, pois salário-maternidade é apenas direito do segurado.

d) pensão por morte e auxílio-reclusão.

Essa é a alternativa correta, pois ambas são devidas apenas aos dependentes.

e) pecúlio e abono de permanência em serviços.

Incorreta. Ambos os benefícios foram revogados. O pecúlio está com a revogação especificada na
legislação transcrita acima. O abono de permanência em serviço era exclusivo do segurado, mas foi
excluído do rol de benefícios do RGPS.

Gabarito: D.

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25. (CESPE - Auditor Fiscal do Trabalho – 2013). No que se refere às normas que regulamentam
a condição de dependente no RGPS, julgue o item subsequente.
O companheiro e a companheira, desde que comprovem a existência de união estável,
integram o rol de dependentes da primeira classe, o que lhes permite receber pensão por
morte ou auxílio-reclusão, conforme o caso.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
As classes de dependentes são definidas em três, e apenas os dependentes da Classe I são
considerados como financeiramente dependentes. Companheiros precisam comprovar união
estável para serem considerados como dependentes, conforme podemos ver no art. 16 da Lei
8.213/91. Sobre quais benefícios esses dependentes terão direito, poderemos consultar o art. 18 da
Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
(...)
§3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o
segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal.
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser
comprovada.
Art. 18. O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes prestações, devidas inclusive em razão
de eventos decorrentes de acidente do trabalho, expressas em benefícios e serviços: [...]
II - quanto ao dependente:
a) pensão por morte;
b) auxílio-reclusão;
(Destaques nossos)

Sendo assim podemos concluir que a assertiva está correta.

Gabarito: CERTO.

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26. (FCC - Analista Judiciário - TRT 6ª Região)/Judiciária/"Sem Especialidade"/2012). Quanto


aos dependentes, são consideradas prestações previdenciárias compreendidas pelo Regime
Geral de Previdência Social:
a) aposentadoria por invalidez e auxílio-doença.
b) auxílio-reclusão e aposentadoria por tempo de contribuição.
c) pensão por morte e aposentadoria especial.
d) auxílio-reclusão e pensão por morte.
e) aposentadoria por idade e auxílio-doença.

COMENTÁRIOS:
A resolução da presente questão tem por base o art. 18 da Lei 8.213/91.
Tomando por base o texto legal citado, vamos à análise de cada alternativa:

a) aposentadoria por invalidez e auxílio-doença.


Aposentadoria por invalidez e auxílio-doença são benefícios devidos aos segurados, não aos
dependentes. (ERRADA).

b) auxílio-reclusão e aposentadoria por tempo de contribuição.


Auxílio-reclusão é devido aos dependentes e aposentadoria por tempo de contribuição é benefícios
devidos aos segurados. (ERRADA).

c) pensão por morte e aposentadoria especial.


Pensão por morte é devido aos dependentes e aposentadoria especial é benefício devido aos
segurados. (ERRADA).

d) auxílio-reclusão e pensão por morte.


Auxílio-reclusão e pensão por morte são benefícios devidos aos dependentes. (CORRETA).

e) aposentadoria por idade e auxílio-doença.


Aposentadoria por idade e auxílio-doença são benefícios devidos aos segurados, não aos
dependentes. (ERRADA).

RESPOSTA: D

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10.5. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ

10.5.1. Conceito

A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será devida
ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado permanentemente
incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência,
e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.

A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da verificação da condição de incapacidade


mediante exame médico-pericial a cargo da Previdência Social, podendo o segurado, às suas
expensas, fazer-se acompanhar de médico de sua confiança.

APOSENTADORIA POR INVALIDEZ

TOTAL
DA CAPACIDADE PARA
PERDA O TRABALHO
PERMANENTE

SEM POSSIBILIDADE DE REABILITAÇÃO

MEDIANTE PERÍCIA MÉDICA

10.5.2. Beneficiários

Todos os segurados têm direito à Aposentadoria por Invalidez

APOSENTADORIA POR INVALIDEZ

TODOS OS
SEGURADOS

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10.5.3. Informações Adicionais

A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao Regime Geral de Previdência
Social não lhe conferirá direito à aposentadoria por invalidez, salvo quando a incapacidade sobrevier
por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão.

O segurado aposentado por invalidez poderá ser convocado a qualquer momento para avaliação das
condições que ensejaram o afastamento ou a aposentadoria, concedida judicial ou
administrativamente.

O valor da aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da assistência permanente de


outra pessoa será acrescido de 25% (vinte e cinco por cento) e atenderá o disposto a seguir:

• será devido ainda que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo legal;

• será recalculado quando o benefício que lhe deu origem for reajustado;

• cessará com a morte do aposentado, não sendo incorporável ao valor da pensão.

O aposentado por invalidez que retornar voluntariamente à atividade terá sua aposentadoria
automaticamente cancelada, a partir da data do retorno.

Obs.: As informações de carência, renda mensal inicial, data de início do benefício, data
da cessação do benefício, dentre outras, serão objeto de estudo nos demais capítulos do
nosso Curso de Direito Previdenciário Diagramado.

Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova:

27. (CESPE - Analista Judiciário - TRT 17ª Região – 2013). Julgue o item seguinte, relativo aos
benefícios do regime geral de previdência social.
Considere que um indivíduo, antes de aderir ao regime geral de previdência social, estivesse
enfermo de uma moléstia incapacitante para o trabalho. Nessa situação, se não tiver havido
posterior progressão ou agravamento da enfermidade, tal doença não dará a esse indivíduo o
direito de obter a aposentadoria por invalidez.
( ) Certo
( ) Errado

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COMENTÁRIOS:
Essa é uma questão que demanda um pouquinho mais de tempo na hora da prova para analisarmos
a situação-problema. Para respondê-la vamos consultar o Art. 42 da Lei 8.213/91 que diz quais são
as normas vigentes para a aposentadoria por invalidez:
Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será devida ao
segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de
reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer
nesta condição.
§ 1º A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da verificação da condição de incapacidade
mediante exame médico-pericial a cargo da Previdência Social, podendo o segurado, às suas expensas, fazer-se
acompanhar de médico de sua confiança.
§ 2º A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social
não lhe conferirá direito à aposentadoria por invalidez, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de
progressão ou agravamento dessa doença ou lesão.
(Destaques Nossos).

Sendo assim, uma vez que não houve agravamento ou progressão da doença, podemos concluir que
a assertiva está correta (não adianta fazer o seguro depois).
Gabarito: CERTO.

10.6. APOSENTADORIA POR IDADE

10.6.1. Conceito

A aposentadoria por idade será devida ao segurado que, cumprida a carência exigida na Lei,
completar 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta) anos de idade, se mulher,
conforme disposto no art. 201, § 7º, inciso II da CF/88.

Art. 201. (...)

§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas as
seguintes condições:

I – (...)

II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, reduzido em cinco anos o
limite para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam suas atividades em regime de
economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal.

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Como disposto na CF/88, tais limites serão reduzidos para 60 (sessenta) e 55 (cinquenta e cinco)
anos de idade no caso de trabalhadores rurais, pescadores artesanais e garimpeiros,
respectivamente homens e mulheres, abaixo relacionados:

• Empregado rural;
• Trabalhador que presta serviço de natureza rural, em caráter eventual, a uma ou mais
empresas, sem relação de emprego;
• Trabalhador avulso rural;
• Segurado especial;
• Garimpeiro que trabalhe, comprovadamente, em regime de economia familiar.

A aposentadoria por idade pode ser requerida compulsoriamente pela empresa, desde que o
segurado tenha cumprido a carência, quando completar 70 anos de idade, se homem, ou 65 anos
de idade, se mulher (aposentadoria compulsória).

Neste caso, a aposentadoria será compulsória, independentemente, portanto, da vontade do


segurado, sendo-lhe garantida a indenização prevista na legislação trabalhista.

A empresa, por sua vez, não é obrigada a requerer a aposentadoria do segurado nas idades
mencionadas.

Assim sendo, podemos concluir que tal aposentadoria será compulsória para o segurado, mas não é
compulsória para a empresa.

APOSENTADORIA POR IDADE

65 ANOS
(HOMEM)
COMPLETAR
A REGRA GERAL
IDADE
60 ANOS
(MULHER)

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PRODUTOR RURAL
60 ANOS
(HOMEM)
EXCEÇÃO PESCADOR ARTESANAL

GARIMPEIRO EM REGIME 55 ANOS


DE ECONOMIA FAMILIAR (MULHER)
-5 ANOS

70 ANOS
(HOMEM) • REQUERIDA PELA EMPRESA
COMPULSÓRIA •
65 ANOS TENHA CUMPRIDO CARÊNCIA
(MULHER)

10.6.2. Beneficiários
Todos os segurados têm direito à Aposentadoria por Idade

APOSENTADORIA POR IDADE

TODOS OS
SEGURADOS

10.6.3. Aposentadoria por Idade da Pessoa com Deficiência

É assegurada a concessão de aposentadoria por idade, ao segurado com deficiência, com as idades
mínimas a seguir:

• aos 60 (sessenta) anos de idade, se homem, independentemente do grau de deficiência e

• aos 55 (cinquenta e cinco) anos de idade, se mulher, independentemente do grau de


deficiência.

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Além das idades acima mencionadas, o segurado com deficiência, para poder se aposentar por
idade, deverá comprovar o cumprimento concomitante dos seguintes requisitos :

• ter cumprido tempo mínimo de contribuição de 15 (quinze) anos e


• comprovada a existência de deficiência durante igual período.

Para o reconhecimento do direito à aposentadoria por idade nestas condições, considera-se pessoa
com deficiência aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual
ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena
e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

A concessão da aposentadoria por tempo de contribuição ou por idade ao segurado que tenha
reconhecido, em avaliação médica e funcional realizada por perícia própria do INSS, grau de
deficiência leve, moderada ou grave, está condicionada à comprovação da condição de pessoa com
deficiência na data da entrada do requerimento ou na data da implementação dos requisitos para o
benefício.

Todos os segurados considerados pessoas com deficiência, mediante perícia própria do INSS,
poderão se beneficiar da aposentadoria por idade da pessoa com deficiência.

Para fins da aposentadoria por idade da pessoa com deficiência é assegurada a conversão do período
de exercício de atividade sujeita a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade
física, cumprido na condição de pessoa com deficiência, exclusivamente para efeito de cálculo do
valor da renda mensal, vedado o cômputo do tempo convertido para fins de carência. Ou seja, é
possível converter tempo trabalhado em condições que dariam direito a aposentadoria especial (que
será estudada mais adiante) para aproveitar no cálculo do valor da aposentadoria por idade da
pessoa com deficiência. No entanto, não se poderá aproveitar o tempo convertido para reduzir a
carência (quantidade mínima de prestações mensais já recolhidas para poder usufruir dos benefícios
previdenciários), que, neste caso, é de 180 contribuições mensais.

É facultado ao segurado com deficiência optar pela percepção de qualquer outra espécie de
aposentadoria do RGPS que lhe seja mais vantajosa.

A critério do INSS, o segurado com deficiência deverá, a qualquer tempo, submeter-se a perícia
própria para avaliação ou reavaliação do grau de deficiência.

Obs.: Aplicam-se à pessoa com deficiência as demais normas relativas aos benefícios do RGPS.

Obs.: As informações de carência, renda mensal inicial, data de início do benefício, data
da cessação do benefício, dentre outras, serão objeto de estudo nos demais capítulos do
nosso Curso de Direito Previdenciário Diagramado.

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APOSENTADORIA POR IDADE


(PESSOA COM DEFICIÊNCIA)

60 ANOS
(HOMEM)
COMPLETAR
A REGRA
IDADE
55 ANOS
(MULHER)

FÍSICA
CONCEITO
AQUELA QUE TEM MENTAL
IMPEDIMENTOS
PESSOA COM INTELECTUAL
DE LONGO PRAZO
DEFICIÊNCIA
DE NATUREZA: SENSORIAL

OS QUAIS, EM INTERAÇÃO COM DIVERSAS BARREIRAS, PODEM OBSTRUIR


SUA PARTICIPAÇÃO PLENA E EFETIVA NA SOCIEDADE EM IGUALDADE DE
CONDIÇÕES COM AS DEMAIS PESSOAS.

A CONCESSÃO DA APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO OU POR


IDADE AO SEGURADO QUE TENHA RECONHECIDO, EM AVALIAÇÃO MÉDICA E
FUNCIONAL REALIZADA POR PERÍCIA PRÓPRIA DO INSS, GRAU DE
DEFICIÊNCIA LEVE, MODERADA OU GRAVE, ESTÁ CONDICIONADA À
COMPROVAÇÃO DA CONDIÇÃO DE PESSOA COM DEFICIÊNCIA NA DATA DA
ENTRADA DO REQUERIMENTO OU NA DATA DA IMPLEMENTAÇÃO DOS
REQUISITOS PARA O BENEFÍCIO.

Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova:

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28. (FCC - Analista Judiciário - TRT 2ª Região - Área Judiciária/Oficial de Justiça Avaliador
Federal/2014). A aposentadoria por idade de um trabalhador urbano (exceto pessoa com
deficiência), no regime geral de previdência social, será devida, desde que preenchida a
carência aos

a) 53 anos de idade, para homens, e aos 48 anos, para mulheres.

b) 70 anos de idade, para homens, e aos 65 anos, para mulheres.

c) 65 anos de idade, para homens, e aos 60 anos, para mulheres.

d) 60 anos de idade, indistintamente para homens ou mulheres.

e) 65 anos de idade, indistintamente para homens ou mulheres.

COMENTÁRIOS:

A resolução da presente questão tem por base o art. 48 da Lei 8.213/91, conforme segue:

“Art. 48. A aposentadoria por idade será devida ao segurado que, cumprida a carência exigida nesta Lei,
completar 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta), se mulher.”

Tomando por base o texto legal citado, podemos afirmar que a única alternativa que atende ao
enunciado é a ALTERNATIVA C.

Tais limites de idade serão reduzidos para 60 anos, se homem, e 55 anos, se mulher, no caso de
trabalhadores rurais, desde que comprovem o efetivo exercício de atividade rural, ainda que de
forma descontínua, no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício, por tempo
igual ao número de meses de contribuição correspondente à carência do benefício pretendido.

GABARITO: C

10.7. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

10.7.1. Conceito

A aposentadoria por tempo de contribuição é devida ao segurado que tiver cumprido a carência
exigida e completar os tempos de contribuição abaixo mencionados:

Constituição Federal

Art. 201. (...)

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§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas as
seguintes condições:

I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher; (Incluído dada pela
Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

II - (...)

§ 8º Os requisitos a que se refere o inciso I do parágrafo anterior serão reduzidos em cinco anos, para o professor
que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no
ensino fundamental e médio.

(Destaques nossos)

Atualmente, no RGPS, não se exige idade mínima para a concessão de aposentadoria por tempo de
contribuição. Ou seja, pelas regras atuais, uma vez implementadas as condições, poderá o segurado
aposentar por tempo de contribuição, independentemente de sua idade.

APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

35 ANOS
(HOMEM)
COMPLETAR
O TEMPO DE REGRA GERAL
CONTRIBUIÇÃO
30 ANOS
(MULHER)

Para professores que comprovarem, exclusivamente, tempo de efetivo exercício das funções de
magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio, a aposentadoria por tempo de
contribuição será reduzida em 5 anos, passando a ser de 30 anos de contribuição para professor e
25 anos de contribuição para professora.

Atenção: Não confundir a redução do tempo de contribuição dos professores para aposentadoria
por tempo de contribuição com a redução de idade na aposentadoria por idade. Os professores não
terão redução na aposentadoria por idade, mas tão somente terão redução na aposentadoria por
tempo de contribuição. Ademais, apenas professores da educação infantil, ensino fundamental e
médio é que terão tal redução. Professor universitário, por exemplo, não têm qualquer redução em
seu tempo de contribuição.

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Obs.: considera-se função de magistério a exercida por professor, quando exercida em


estabelecimento de educação básica em seus diversos níveis e modalidades, incluídas,
além do exercício da docência, as funções de direção de unidade escolar e as de
coordenação e assessoramento pedagógico.

O Supremo Tribunal federal – STF já firmou entendimento de que as atividades de direção de


unidade escolar, coordenação e assessoramento pedagógico também terão o tempo de contribuição
reduzido em 5 anos, desde que exercidas por professores.

Também tem decidido o STF que, para efeito de aposentadoria, não é possível conversão de tempo
de magistério em tempo de exercício comum. Ou seja, se o professor não tiver tempo exclusivo de
magistério que permita sua aposentadoria com a redução de 5 anos, os anos de contribuição na
condição de professor serão contados sem nenhum acréscimo.

30 ANOS
PROFESSORES
(HOMEM)
EXCEÇÃO ENSINO FUNDAMENTAL
ENSINO INFANTIL 25 ANOS
ENSINO MÉDIO
-5 ANOS (MULHER)

10.7.2. Beneficiários

Todos os segurados têm direito à Aposentadoria por Tempo de Contribuição. No entanto, temos que
ressalvar situações específicas do segurado especial, contribuinte individual e segurado facultativo,
conforme segue:

• Segurado Especial: somente terá direito a aposentadoria por tempo de contribuição se


contribuir , facultativamente e adicionalmente com alíquota de 20% sobre seu salário de
contribuição (além do 1,2% recolhidos sobre a receita bruta da comercialização de sua
produção rural).

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• Contribuinte Individual: não terá direito a aposentadoria por tempo de contribuição quando
trabalhe por conta própria, sem relação de trabalho com empresa ou equiparado, caso tenha
optado por contribuir com alíquota de 11% sobre o salário mínimo.

• Micro Empreendedor Individual (MEI): este contribuinte individual não terá direito a
aposentadoria por tempo de contribuição quando caso tenha optado por contribuir com
alíquota de 5% sobre o salário mínimo.

• Segurado Facultativo: não terá direito a aposentadoria por tempo de contribuição caso tenha
optado por contribuir com alíquota de 11% ou 5% sobre o salário mínimo.

APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

TODOS OS
SEGURADOS
Segurado Especial: somente terá direito a aposentadoria por tempo de
contribuição se contribuir , facultativamente e adicionalmente com alíquota de
20% sobre seu salário de contribuição.

Contribuinte Individual: não terá direito a aposentadoria por tempo de


contribuição quando trabalhe por conta própria,caso tenha optado por
contribuir com alíquota de 11% sobre o salário mínimo.

Micro Empreendedor Individual (MEI). Este contribuinte individual não terá


direito a aposentadoria por tempo de contribuição quando caso tenha optado
por contribuir com alíquota de 5% sobre o salário mínimo.

Segurado Facultativo: não terá direito a aposentadoria por tempo de


contribuição caso tenha optado por contribuir com alíquota de 11% ou 5%
sobre o salário mínimo.

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10.7.3. Aposentadoria por Tempo de Contribuição da Pessoa com Deficiência

A aposentadoria por tempo de contribuição do segurado com deficiência, cumprida a carência, é


devida ao segurado empregado, inclusive o doméstico, trabalhador avulso, contribuinte individual e
facultativo, observados os seguintes requisitos:

I - aos vinte e cinco anos de tempo de contribuição na condição de pessoa com deficiência, se
homem, e vinte anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência grave;

II - aos vinte e nove anos de tempo de contribuição na condição de pessoa com deficiência, se
homem, e vinte e quatro anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência moderada;

III - aos trinta e três anos de tempo de contribuição na condição de pessoa com deficiência, se
homem, e vinte e oito anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência leve.

APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO


(PESSOA COM DEFICIÊNCIA)

DEFICIÊNCIA 25 ANOS 20 ANOS


GRAVE (HOMEM) (MULHER)
TEMPO DE
CONTRIBUIÇÃO DEFICIÊNCIA 29 ANOS 24 ANOS
MODERADA (HOMEM) (MULHER)

DEFICIÊNCIA 33 ANOS 28 ANOS


LEVE (HOMEM) (MULHER)

Para o reconhecimento do direito à aposentadoria por tempo de contribuição nestas condições,


considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza
física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem
obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais
pessoas.

O grau de deficiência será atestado por perícia própria do INSS, por meio de instrumentos
desenvolvidos para este fim.

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A concessão da aposentadoria por tempo de contribuição ou por idade ao segurado que tenha
reconhecido, em avaliação médica e funcional realizada por perícia própria do INSS, grau de
deficiência leve, moderada ou grave, está condicionada à comprovação da condição de pessoa com
deficiência na data da entrada do requerimento ou na data da implementação dos requisitos para o
benefício.

Todos os segurados com deficiência têm direito à Aposentadoria por Tempo de Contribuição da
pessoa com deficiência . No entanto, temos que ressalvar situações específicas do segurado especial,
contribuinte individual e segurado facultativo, conforme segue:

• Segurado Especial: somente terá direito a aposentadoria por tempo de contribuição da


pessoa com deficiência se contribuir , facultativamente e adicionalmente com alíquota de
20% sobre seu salário de contribuição (além do 1,2% recolhidos sobre a receita bruta da
comercialização de sua produção rural).

• Contribuinte Individual: não terá direito a aposentadoria por tempo de contribuição da


pessoa com deficiência quando trabalhe por conta própria, sem relação de trabalho com
empresa ou equiparado, caso tenha optado por contribuir com alíquota de 11% sobre o
salário mínimo.

• Micro Empreendedor Individual (MEI): este contribuinte individual não terá direito a
aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência quando caso tenha
optado por contribuir com alíquota de 5% sobre o salário mínimo.

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• Segurado Facultativo: não terá direito a aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa
com deficiência caso tenha optado por contribuir com alíquota de 11% ou 5% sobre o salário
mínimo.

A critério do INSS, o segurado com deficiência deverá, a qualquer tempo, submeter-se a perícia
própria para avaliação ou reavaliação do grau de deficiência.

A existência de deficiência anterior à data da vigência da Lei Complementar 142/2013 deverá ser
certificada, inclusive quanto ao seu grau, por ocasião da primeira avaliação, sendo obrigatória a
fixação da data provável do início da deficiência.

A comprovação de tempo de contribuição na condição de segurado com deficiência em período


anterior à entrada em vigor Lei Complementar 142/2013 não será admitida por meio de prova
exclusivamente testemunhal.

Para o segurado que, após a filiação ao RGPS, tornar-se pessoa com deficiência, ou tiver seu grau de
deficiência alterado, o tempo de contribuição será proporcionalmente ajustado e os respectivos
períodos serão somados após conversão, considerando o grau de deficiência preponderante,
conforme as tabelas constantes no Regulamento da Previdência Social – RPS.

Considera-se grau de deficiência preponderante aquele em que o segurado cumpriu maior tempo
de contribuição, antes da conversão, e servirá como parâmetro para definir o tempo mínimo
necessário para a aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência e para a
conversão.

Quando o segurado contribuiu alternadamente na condição de pessoa sem deficiência e com


deficiência, os respectivos períodos poderão ser somados, após aplicação da conversão.

A redução do tempo de contribuição da pessoa com deficiência não poderá ser acumulada, no
mesmo período contributivo, com a redução aplicada aos períodos de contribuição relativos a
atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, para
efeito de aposentadoria especial (obs.: o conceito de aposentadoria especial será estudado ainda
nesta aula).

É garantida a conversão do tempo de contribuição cumprido em condições especiais que


prejudiquem a saúde ou a integridade física do segurado, inclusive da pessoa com deficiência, para
fins da aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência, se resultar mais
favorável ao segurado.

É vedada a conversão do tempo de contribuição da pessoa com deficiência para fins de concessão
da aposentadoria especial.

É facultado ao segurado com deficiência optar pela percepção de qualquer outra espécie de
aposentadoria do RGPS que lhe seja mais vantajosa.

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Obs.: As informações de carência, renda mensal inicial, data de início do benefício, data
da cessação do benefício, dentre outras, serão objeto de estudo nos demais capítulos do
nosso Curso de Direito Previdenciário Diagramado.

10.8. APOSENTADORIA ESPECIAL

10.8.1. Conceito

A aposentadoria especial, uma vez cumprida a carência exigida, será devida ao segurado
empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual (no caso do contribuinte individual
somente quando cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou de produção), que tenha
trabalhado durante quinze, vinte ou vinte e cinco anos, conforme o caso, sujeito a condições
especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.

A concessão da aposentadoria especial dependerá da comprovação, durante o período mínimo de


quinze, vinte ou vinte e cinco anos, conforme o caso:

• tempo de trabalho em condições especiais que atenda aos seguintes requisitos:

o trabalho permanente,

o trabalho não ocasional,

o trabalho não intermitente,

• exposição do segurado aos seguintes agentes nocivos:

o agentes químicos,

o agentes físicos,

o agentes biológicos ou

o associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física.

Considera-se tempo de trabalho permanente aquele que é exercido de forma não ocasional nem
intermitente, no qual a exposição do empregado, do trabalhador avulso ou do cooperado ao agente
nocivo seja indissociável da produção do bem ou da prestação do serviço, ou seja, aquele em que o
segurado, no exercício de todas as suas funções, esteve efetivamente exposto a agentes nocivos
físicos, químicos e biológicos ou associação de agentes.

NÃO INTERMITENTE: algo que não sofre interrupções. Logo, para efeito de aposentadoria
especial, não poderá haver interrupção na exposição aos referidos agentes nocivos
previstos na legislação.

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NÃO OCASIONAL: quando não ocorra eventualmente. Assim sendo, a exposição aos
referidos agentes nocivos não poderá ocorre eventualmente (ocasionalmente).

Desta forma, trabalho não ocasional nem intermitente é aquele em que na jornada de trabalho não
houve interrupção ou suspensão do exercício de atividade com exposição aos agentes nocivos, ou
seja, não foi exercida de forma alternada, entre atividade comum e atividade especial com exposição
a agentes nocivos.

Considera-se também tempo de trabalho permanente os períodos de descanso determinados pela


legislação trabalhista, inclusive férias, aos de afastamento decorrentes de gozo de benefícios de
auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez acidentários, bem como aos de percepção de salário-
maternidade, desde que, à data do afastamento, o segurado estivesse exposto seguintes fatores de
risco: agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou
à integridade física. No entanto, Os períodos de afastamento decorrentes de gozo de benefício por
incapacidade de espécie não acidentária não serão considerados como sendo de trabalho sob
condições especiais.

Obs.: A redução de jornada de trabalho por acordo, convenção coletiva de trabalho ou sentença
normativa não descaracteriza a atividade exercida em condições especiais.

APOSENTADORIA ESPECIAL

QUÍMICOS PREJUDICIAL À SAÚDE


TRABALHAR
EXPOSTO PREJUDICIAL À INTEGRIDADE FÍSICA
FÍSICOS
A AGENTES
NOCIVOS
BIOLÓGICOS DURANTE

15 ANOS 20 ANOS 25 ANOS

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A EXPOSIÇÃO NÃO OCASIONAL


DEPENDE DE COMPROVAÇÃO
TEM QUE SER DA EFETIVA EXPOSIÇÃO
PERMANENTE: NÃO INTERMITENTE
(NÃO SOFRE INTERRUPÇÕES)

“PPP” – PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO


COMPROVAÇÃO (ELABORADO PELA EMPRESA COM BASE NO “LTCAT”)

“LTCAT” – LAUDO TÉCNICO DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS DO TRABALHO


(ELABORADO PELO MÉDICO DO TRABALHO OU ENGENHEIRO DE SEGURANÇA)

10.8.2. Beneficiários

São beneficiários da aposentadoria especial:

• segurado empregado;
• trabalhador avulso; e
• contribuinte individual, exclusivamente quando cooperado filiado a cooperativa de trabalho
ou cooperativa de produção.

APOSENTADORIA ESPECIAL

SEGURADO EMPREGADO

TRABALHADOR AVULSO

SEGURADO COOPERADO

10.8.3. Informações Adicionais

Consideram-se condições especiais que prejudiquem a saúde e a integridade física aquelas nas quais
a exposição ao agente nocivo ou associação de agentes presentes no ambiente de trabalho esteja
acima dos limites de tolerância estabelecidos segundo critérios quantitativos ou esteja caracterizada
segundo os critérios da avaliação qualitativa.

A avaliação qualitativa de riscos e agentes nocivos será comprovada mediante descrição:

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• das circunstâncias de exposição ocupacional a determinado agente nocivo ou associação de


agentes nocivos presentes no ambiente de trabalho durante toda a jornada;

• de todas as fontes e possibilidades de liberação dos agentes nocivo ou associação de agentes


nocivos presentes no ambiente de trabalho;

• dos meios de contato ou exposição dos trabalhadores, as vias de absorção, a intensidade da


exposição, a frequência e a duração do contato.

Para o segurado que houver exercido duas ou mais atividades sujeitas a condições especiais
prejudiciais à saúde ou à integridade física, sem completar em qualquer delas o prazo mínimo exigido
para a aposentadoria especial, os respectivos períodos de exercício serão somados após conversão,
devendo ser considerada a atividade preponderante para efeito de enquadramento. No entanto,
não serão considerados os períodos em que a atividade exercida não estava sujeita a condições
especiais.

A relação dos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à
saúde ou à integridade física, considerados para fins de concessão de aposentadoria especial, consta
do Anexo IV do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto 3.048/99.

O STJ tem entendimento de que a classificação dos agentes nocivos constantes dos decretos
regulamentadores (Regulamento da Previdência Social – RPS, por exemplo) são meramente
exemplificativos, cabendo o enquadramento inclusive em situações não previstas, desde que fique
demonstrado a efetiva exposição a fatores de risco. Como exemplo podemos citar a exposição do
segurado à “eletricidade”. Apesar de tal exposição não estar prevista nos decretos
regulamentadores, tal atividade exposta ao agente pode ser considerada especial.

Outrossim, o STJ também tem entendimento de que o fato da empresa fornecer ao segurado
equipamento de proteção individual – EPI, não afasta, por si só, o direito à aposentadoria especial,
devendo ser apreciado caso a caso.

A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita mediante
formulário emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de condições
ambientais do trabalho expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho.
No entanto, a constatação da presença no ambiente de trabalho, com possibilidade de exposição a
ser apurada na forma da legislação previdenciária, de agentes nocivos reconhecidamente
cancerígenos em humanos, listados pelo Ministério do Trabalho, será suficiente, por si só, para a
comprovação de efetiva exposição do trabalhador, pois, neste caso, não há nível seguro de
exposição a ser apurada.

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No laudo técnico de condições ambientais do trabalho, deverão constar informações sobre a


existência de tecnologia de proteção coletiva ou individual, e de sua eficácia, e deverá ser elaborado
com observância das normas editadas pelo Ministério do Trabalho e dos procedimentos
estabelecidos pelo INSS.

A empresa que não mantiver laudo técnico atualizado com referência aos agentes nocivos existentes
no ambiente de trabalho de seus trabalhadores ou que emitir documento de comprovação de
efetiva exposição em desacordo com o respectivo laudo estará sujeita às penalidades previstas na
legislação.

O INSS estabelecerá os procedimentos para fins de concessão de aposentadoria especial, podendo,


se necessário, confirmar as informações contidas nos documentos destinados a comprovar a efetiva
exposição do segurado aos agentes nocivos.

A empresa deverá elaborar e manter atualizado o perfil profissiográfico do trabalhador,


contemplando as atividades desenvolvidas durante o período laboral, documento que a ele deverá
ser fornecido, por cópia autêntica, no prazo de trinta dias da rescisão do seu contrato de trabalho,
sob pena de sujeição às sanções previstas na legislação aplicável.

Considera-se perfil profissiográfico o documento com o histórico laboral do trabalhador, segundo


modelo instituído pelo INSS, que, entre outras informações, deve conter o resultado das avaliações
ambientais, o nome dos responsáveis pela monitoração biológica e das avaliações ambientais, os
resultados de monitoração biológica e os dados administrativos correspondentes.

O trabalhador ou seu preposto terá acesso às informações prestadas pela empresa sobre o seu perfil
profissiográfico, podendo inclusive solicitar a retificação de informações quando em desacordo com
a realidade do ambiente de trabalho, conforme orientação estabelecida em ato do Ministro de
Estado da Previdência Social.

A cooperativa de trabalho e a empresa contratada para prestar serviços mediante cessão ou


empreitada de mão de obra atenderão às mesmas obrigações acessórias acima citadas, com base
nos laudos técnicos de condições ambientais de trabalho emitidos pela empresa contratante,
quando o serviço for prestado em estabelecimento da contratante.

Nas avaliações ambientais deverão ser considerados, além do disposto no Anexo IV do Regulamento
da Previdência Social - RPS, a metodologia e os procedimentos de avaliação estabelecidos pela
Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho - FUNDACENTRO.

Na hipótese de não terem sido estabelecidos pela FUNDACENTRO a metodologia e procedimentos


de avaliação, cabe ao Ministério do Trabalho definir outras instituições que os estabeleçam.

A conversão de tempo de atividade sob condições especiais em tempo de atividade comum dar-se-
á de acordo com a tabela prevista no Regulamento da Previdência Social – RPS.

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Apesar de existir previsão legal para a conversão do tempo de atividade especial em tempo de
atividade comum, não é possível converter o tempo de atividade comum em especial, uma vez que,
para requerer aposentadoria especial, é obrigatório que todo o tempo da atividade seja especial.

A caracterização e a comprovação do tempo de atividade sob condições especiais obedecerão ao


disposto na legislação em vigor na época da prestação do serviço, ainda que posteriormente
revogada ou modificada.

Obs.: A legislação previdenciária não exige idade mínima para a concessão de aposentadoria
especial.

Obs.: As informações de carência, renda mensal inicial, data de início do benefício, data
da cessação do benefício, dentre outras, serão objeto de estudo nos demais capítulos do
nosso Curso de Direito Previdenciário Diagramado.

10.9. AUXÍLIO DOENÇA

10.9.1. Conceito

O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o período de
carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado temporariamente para o seu trabalho ou para a sua
atividade habitual, por motivo de doença ou acidente.

Apesar do benefício ser denominado auxílio-doença, ele será devido quando o segurado estiver
temporariamente incapacitado para o trabalho por motivo tanto de doença, como decorrente de
acidente, relacionado ou não com o trabalho (não precisa ser acidente do trabalho). No entanto, se
a incapacidade for permanente, o auxílio-doença será convertido em aposentadoria por invalidez.
Se a invalidez for constatada de imediato, o segurado será aposentado diretamente por invalidez,
sem necessidade de receber previamente auxílio-doença.

O auxílio-doença será devido ao segurado empregado a contar do décimo sexto dia do afastamento
da atividade, e, no caso dos demais segurados, a contar da data do início da incapacidade e
enquanto ele permanecer incapaz.

Durante os primeiros quinze dias consecutivos ao do afastamento da atividade por motivo de


doença, incumbirá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário integral.

Se concedido novo benefício decorrente da mesma doença dentro de sessenta dias contados da
cessação do benefício anterior, a empresa fica desobrigada do pagamento relativo aos quinze
primeiros dias de afastamento, prorrogando-se o benefício anterior e descontando-se os dias
trabalhados, se for o caso.

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AUXÍLIO DOENÇA

DOENÇA
INCAPACIDADE
TEMPORÁRIA

ACIDENTE

AUXÍLIO DOENÇA
ACIDENTÁRIO

REGRA
DURANTE OS PRIMEIROS 15 DIAS DE
AFASTAMENTO CONSECUTIVO DA ATIVIDADE
AUXÍLIO POR MOTIVO DE DOENÇA, OU DE ACIDENTE DO
DOENÇA TRABALHO OU DE QUALQUER NATUREZA,
CABERÁ À EMPRESA PAGAR AO SEGURADO
EMPREGADO O SALÁRIO INTEGRAL .

A PARTIR DO 16º DIA DE AFASTAMENTO, É DEVIDO O BENEFÍCIO


PREVIDENCIÁRIO, A SER PAGO PELO INSS.

SE OCORRER NOVO AFASTAMENTO DENTRO DE 60 DIAS DO RETORNO AO


TRABALHO, O BENEFÍCIO SERÁ PAGO DIRETAMENTE PELO INSS.

PARA OS DEMAIS SEGURADOS (EXCETO SEGURADO EMPREGADO), O


BENEFÍCIO SERÁ DEVIDO E PAGO PELO INSS A CONTAR DA DATA DO INÍCIO DA
INCAPACIDADE.

10.9.2. Beneficiários
Todos os segurados têm direito ao benefício de Auxílio-Doença.

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AUXÍLIO DOENÇA

TODOS OS
SEGURADOS

10.9.3. Informações Adicionais

Não será devido auxílio-doença ao segurado que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social já
portador da doença ou da lesão invocada como causa para o benefício, salvo quando a incapacidade
sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão.

INDEVIDO

NÃO SERÁ DEVIDO


JÁ PORTADOR DA
AUXÍLIO DOENÇA
AUXÍLIO DOENÇA OU DA LESÃO
AO SEGURADO INVOCADA COMO CAUSA
DOENÇA QUE SE FILIAR AO PARA O BENEFÍCIO
RGPS :

SALVO QUANDO A INCAPACIDADE SOBREVIER POR MOTIVO DE


PROGRESSÃO OU AGRAVAMENTO DESSA DOENÇA OU LESÃO.

O segurado em gozo de auxílio-doença está obrigado, independentemente de sua idade e sob pena
de suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da previdência social, processo
de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado e tratamento dispensado gratuitamente,
exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos.

Nos casos de impossibilidade de realização de perícia médica pelo órgão ou setor próprio
competente, assim como de efetiva incapacidade física ou técnica de implementação das atividades
e de atendimento adequado à clientela da previdência social, o INSS poderá, sem ônus para os
segurados, celebrar, nos termos do regulamento, convênios, termos de execução descentralizada,
termos de fomento ou de colaboração, contratos não onerosos ou acordos de cooperação técnica
para realização de perícia médica, por delegação ou simples cooperação técnica, sob sua
coordenação e supervisão, com órgãos e entidades públicos ou que integrem o Sistema Único de
Saúde (SUS).

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O segurado que durante o gozo do auxílio-doença vier a exercer atividade que lhe garanta
subsistência poderá ter o benefício cancelado a partir do retorno à atividade.

No entanto, caso o segurado, durante o gozo do auxílio-doença, venha a exercer atividade diversa
daquela que gerou o benefício, deverá ser verificada a incapacidade para cada uma das atividades
exercidas.

O auxílio-doença do segurado que exercer mais de uma atividade abrangida pela previdência social
será devido mesmo no caso de incapacidade apenas para o exercício de uma delas, devendo a perícia
médica ser conhecedora de todas as atividades que o mesmo estiver exercendo. Neste caso, o
auxílio-doença será concedido em relação à atividade para a qual o segurado estiver incapacitado,
considerando-se para efeito de carência somente as contribuições relativas a essa atividade.

Ademais, se nas várias atividades o segurado exercer a mesma profissão, será exigido de imediato o
afastamento de todas.

Sempre que possível, o ato de concessão ou de reativação de auxílio-doença, judicial ou


administrativo, deverá fixar o prazo estimado para a duração do benefício. Na ausência de fixação
do prazo de duração, o benefício cessará após cento e vinte dias, contado da data de concessão ou
de reativação do auxílio-doença, exceto se o segurado requerer a sua prorrogação perante o INSS,
na forma do regulamento.

Quando insuscetível de recuperação para sua atividade habitual, o segurado afastado em gozo de
auxílio doença deverá submeter-se a processo de reabilitação profissional para o exercício de outra
atividade. Neste caso, o auxílio-doença será mantido até que o segurado seja considerado
reabilitado para o desempenho de atividade que lhe garanta a subsistência ou, quando considerado
não recuperável, seja aposentado por invalidez.

No entanto, quando o segurado que exercer mais de uma atividade se incapacitar definitivamente
para uma delas, deverá o auxílio-doença ser mantido indefinidamente, não cabendo sua
transformação em aposentadoria por invalidez, enquanto essa incapacidade não se estender às
demais atividades.

O segurado empregado, inclusive o doméstico, em gozo de auxílio-doença será considerado pela


empresa e pelo empregador doméstico como licenciado.

A empresa que garantir ao segurado licença remunerada ficará obrigada a pagar-lhe durante o
período de auxílio-doença a eventual diferença entre o valor do benefício e a importância garantida
pela licença remunerada.

A previdência social deve processar de ofício o benefício, quando tiver ciência da incapacidade do
segurado sem que este tenha requerido auxílio-doença.

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É facultado à empresa protocolar requerimento de auxílio-doença ou documento dele originário de


seu empregado ou de contribuinte individual a ela vinculado ou a seu serviço, na forma estabelecida
pelo INSS.

Obs.: Não será devido auxílio doença para o segurado recluso em regime fechado. O
segurado em gozo de auxílio doença na data de recolhimento à prisão terá seu benefício
suspenso por até 60 dias, contados da data de recolhimento à prisão, cessado o benefício
após o referido prazo. Na hipótese de o segurado ser colocado em liberdade antes de 60
dias, o benefício será restabelecido a partir da data de soltura.

O STJ tem entendimento que o auxílio-doença é devido ao segurado mesmo que seja considerado
parcialmente incapaz para o trabalho, desde que suscetível de reabilitação profissional para o
exercícios de outras atividades laborais.

Obs.: As informações de carência, renda mensal inicial, data de início do benefício, data
da cessação do benefício, dentre outras, serão objeto de estudo nos demais capítulos do
nosso Curso de Direito Previdenciário Diagramado.

OBRIGAÇÃO

O SEGURADO EM GOZO DE AUXÍLIO-DOENÇA


AUXÍLIO ESTÁ OBRIGADO, INDEPENDENTEMENTE DE
DOENÇA SUA IDADE E SOB PENA DE SUSPENSÃO DO
BENEFÍCIO:

A SUBMETER-SE A EXAME MÉDICO A CARGO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL,


PROCESSO DE REABILITAÇÃO PROFISSIONAL POR ELA PRESCRITO E
CUSTEADO E TRATAMENTO DISPENSADO GRATUITAMENTE

EXCETO O CIRÚRGICO E A TRANSFUSÃO DE SANGUE,


QUE SÃO FACULTATIVOS.

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10.10. AUXÍLIO ACIDENTE

10.10.1. Conceito

O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após consolidação das
lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas definitivas que
impliquem:

• redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia;

• redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia e exija maior esforço para
o desempenho da mesma atividade que exercia à época do acidente; ou

• impossibilidade de desempenho da atividade que exerciam à época do acidente, porém


permita o desempenho de outra, após processo de reabilitação profissional, nos casos
indicados pela perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS.

Para ter direito ao auxílio-acidente não é necessário que seja acidente do trabalho. A lei refere-se a
acidente de qualquer natureza.

No entanto, não basta a ocorrência do acidente de qualquer natureza para que o benefício de
auxílio-acidente seja concedido. Faz-se necessário a ocorrência das circunstâncias a seguir:

1) segurado sofra um acidente de qualquer natureza;


2) ocorra a consolidação das lesões (quadro clínico tenha estabilizado);
3) do acidente, resulte sequelas definitivas;
4) haja redução da capacidade laborativa do segurado.

Enquanto as lesões não se consolidarem e o segurado estiver impossibilitado temporariamente de


voltar ao trabalho, receberá auxílio-doença. Se a perícia constatar que a incapacidade é total e
permanente, será concedida a aposentadoria por invalidez.

Obs.: O ANEXO III do Regulamento da Previdência Social – RPS, aprovado pelo Decreto
3.048/99, traz uma lista de situações que dão direito ao auxílio-acidente .

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AUXÍLIO ACIDENTE

PRÉ-REQUISITOS
QUALQUER
NATUREZA ACIDENTE
OCORRIDO UM COM REDUÇÃO
CONSOLIDAÇÃO PARCIAL DA
ACIDENTE DAS LESÕES
QUALQUER CAPACIDADE
CAUSA SEQUELAS LABORATIVA
DEFINITIVAS
ACIDENTE DE
TRABALHO OU NÃO
CONSTATADO ISSO, CESSA O AUXÍLIO DOENÇA E INICIA O
AUXÍLIO ACIDENTE, COM RETORNO AO TRABALHO

10.10.2. Beneficiários

Somente poderão beneficiar-se do auxílio-acidente os seguintes segurados:

• Empregado;
• Empregado doméstico;
• Trabalhador avulso; e
• Segurado especial

Na hipótese de o trabalhador ter exercido, durante sua vida profissional, diversas atividades,
enquadrando-se em diferentes categorias de segurado, para fins de concessão do auxílio-acidente,
considerar-se-á a atividade exercida na data do acidente.

Assim, para que o benefício seja concedido é necessário que, na data do acidente, o trabalhador
esteja exercendo alguma atividade que o enquadre como:

• Empregado;
• Empregado doméstico;
• Trabalhador avulso; e
• Segurado especial

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AUXÍLIO ACIDENTE

SEGURADO EMPREGADO

EMPREGADO DOMÉSTICO

TRABALHADOR AVULSO

SEGURADO ESPECIAL

NA HIPÓTESE DE O TRABALHADOR TER EXERCIDO, DURANTE


SUA VIDA PROFISSIONAL, DIVERSAS ATIVIDADES,
AUXÍLIO ENQUADRANDO-SE EM DIFERENTES CATEGORIAS DE
ACIDENTE SEGURADO, PARA FINS DE CONCESSÃO DO AUXÍLIO-
ACIDENTE, CONSIDERAR-SE-Á A ATIVIDADE EXERCIDA NA
DATA DO ACIDENTE.

ASSIM, PARA QUE O BENEFÍCIO SEJA CONCEDIDO É NECESSÁRIO QUE,


NA DATA DO ACIDENTE, O TRABALHADOR ESTEJA EXERCENDO
ALGUMA ATIVIDADE QUE O ENQUADRE COMO:

TRABALHADOR EMPREGADO SEGURADO


EMPREGADO
AVULSO DOMÉSTICO ESPECIAL

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10.10.3. Informações Adicionais

O auxílio acidente é recebido como uma indenização, a ser paga ao segurado quando do seu retorno
ao trabalho, como uma forma de compensação pelo esforço adicional que deverá fazer por trabalhar
com redução de sua capacidade laborativa. Enquanto o trabalhador estiver afastado, recebe auxílio-
doença. O auxílio acidente é devido a partir do retorno ao trabalho.

Em tratando-se de acidente do trabalho, além de devido o auxílio-acidente a ser pago pela


Previdência Social, não será excluída a responsabilidade civil da empresa ou de terceiros.

Para fazer jus ao auxílio-acidente é necessária a confirmação, pala perícia médica do INSS, da efetiva
redução da capacidade laborativa do segurado, em decorrência de acidente de qualquer natureza.
Consequentemente, se não houver redução da capacidade para o trabalho, o auxílio acidente não
deverá ser concedido.

O STJ tem entendimento de que para fazer jus ao auxílio-acidente, não basta apenas a comprovação
do dado à saúde do segurado, mas é necessário que se mostre configurado o comprometimento de
sua capacidade laborativa. Vejamos abaixo julgado neste sentido:
AGRAVO REGIMENTAL - RECURSO ESPECIAL - DIREITO PREVIDENCIÁRIO - AUXÍLIO-ACIDENTE - REQUISITOS -
INCAPACIDADE - REEXAME DE MATÉRIA FÁTICA - IMPOSSIBILIDADE - SÚMULA 7/STJ.

1. Esta Corte Superior de Justiça, no julgamento do REsp 1.108.298/SC, submetido ao rito dos recursos
repetitivos, firmou entendimento segundo o qual "o auxílio-acidente visa indenizar e compensar o segurado que
não possui plena capacidade de trabalho em razão do acidente sofrido, não bastando, portanto, apenas a
comprovação de um dano à saúde do segurado, quando o comprometimento da sua capacidade laborativa não
se mostre configurado".

2. Hipótese em que a Corte a quo examinou a fundamentação à luz do trabalho pericial que, diferentemente do
aduzido pelo agravante, concluiu pela ausência de qualquer restrição para o trabalho, considerando para tanto
o grau extremamente leve da moléstia.

(...)

(STJ, AgRg no AREsp 215287 / SP, Rel. Min. DIVA MALERBI, 2ª Turma, DJe 18/12/2012).

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Também, no entendimento do STJ, exige-se, para concessão do auxílio-acidente, a existência de


lesão, decorrente de acidente do trabalho, que implique redução da capacidade para o labor
habitualmente exercido, independentemente do nível do dano e do grau do aumento do esforço do
segurado. O que importa é a redução para a capacidade para o trabalho que habitualmente exercia.
Vejamos abaixo o julgado neste sentido:
PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. AUXÍLIO-ACIDENTE. LESÃO
MÍNIMA. DIREITO AO BENEFÍCIO. 1. Conforme o disposto no art. 86, caput, da Lei 8.213/91, exige-se, para
concessão do auxílio-acidente, a existência de lesão, decorrente de acidente do trabalho, que implique redução
da capacidade para o labor habitualmente exercido. 2. O nível do dano e, em consequência, o grau do maior
esforço, não interferem na concessão do benefício, o qual será devido ainda que mínima a lesão. 3. Recurso
especial provido.

(STJ, REsp 1109591 / SC, Rel. Min. CELSO LIMONGI, 3ª SEÇÃO, DJe 08/09/2010).

O recebimento de salário ou concessão de outro benefício, exceto de aposentadoria, não prejudicará


a continuidade do recebimento do auxílio-acidente.

Abaixo, relaciono situações que, nos termos do Regulamento da Previdência Social - RPS, não darão
ensejo ao benefício de auxílio-acidente:

• Caso que apresente danos funcionais ou redução da capacidade funcional sem repercussão
na capacidade laborativa; e

• Caso de mudança de função, mediante readaptação profissional promovida pela empresa,


como medida preventiva, em decorrência de inadequação do local de trabalho.

A perda da audição, em qualquer grau, somente proporcionará a concessão do auxílio-acidente


quando, além do reconhecimento do nexo entre o trabalho e o agravo, resultar, comprovadamente,
na redução ou perda da capacidade para o trabalho que o segurado habitualmente exercia.

Assim sendo, para que a perda da audição, em qualquer grau, dê direito à concessão de auxílio-
acidente, é obrigatório que se cumpram, cumulativamente, os requisitos abaixo:

• Nexo causal entre o trabalho exercido e a perda da audição;

• Redução ou perda da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia, em decorrência


da perda da audição.

Ou seja, não será devido o auxílio acidente, em caso de redução ou perda da audição, se não houver
nexo causal entre o trabalho e a perda auditiva ou, ainda que existente nexo causal, a perda da
audição não provocar a redução ou perda da capacidade laborativa.

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O STJ tem manifestado entendimento neste sentido, senão vejamos:


PREVIDENCIÁRIO. DISACUSIA. AUXÍLIO-ACIDENTE. REQUISITOS. NEXO CAUSALE REDUÇÃO DA CAPACIDADE
LABORATIVA. TABELA FOWLER. INAPLICABILIDADE.TERMO INICIAL. CITAÇÃO. (PRECEDENTES). 1. De acordo com
os precedentes deste Superior Tribunal de Justiça, para concessão de auxílio-acidente fundamentado na redução
da capacidade laboral pela perda de audição, é necessário, somente, que a sequela decorra da atividade
exercida e acarrete, de fato, uma redução da capacidade para o trabalho habitualmente exercido. 2. Conforme
jurisprudência desta Corte, na ausência de requerimento administrativo e prévia concessão do auxílio-doença,
o termo inicial do auxílio-acidente deve ser fixado na citação. 3. Agravo interno ao qual se nega provimento.

(STJ - AgRg no Ag 1364221 SP 2010/0189380-9, DJe 25/05/2011

O recebimento de salário ou concessão de outro benefício, exceto de aposentadoria, não prejudicará


a continuidade do recebimento do auxílio-acidente. Assim sendo, é vedada sua acumulação com
qualquer aposentadoria.

Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto de mais de um auxílio-
acidente. Desta forma, se o segurado em gozo de auxílio-acidente fizer jus a um novo auxílio-
acidente, decorrente de um outro acidente que acarretou novas sequelas com perda parcial da
capacidade para o trabalho, será mantido apenas um auxílio-acidente, de valor mais vantajoso entre
os dois.

No caso de reabertura de auxílio-doença pelo mesmo acidente que tenha dado origem a auxílio-
acidente, este (o auxílio-acidente) será suspenso até a cessação do auxílio-doença reaberto, quando
será reativado o respectivo auxílio-acidente. No entanto, se o auxílio-doença for decorrente de
doença ou acidente diverso daquele que deu origem ao auxílio-acidente concedido, é perfeitamente
possível acumular o auxílio-acidente com o auxílio-doença (apenas quando decorrentes de causas
diversas).

O STJ tem manifestado entendimento neste sentido, senão vejamos:

PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-ACIDENTE E AUXÍLIO-DOENÇA. CUMULAÇÃO INDEVIDA. DECISÃO MANTIDA. 1. A


teor da jurisprudência assente no âmbito da Terceira Seção, é indevida a cumulação dos benefícios de auxílio-

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acidente e auxílio-doença oriundos de uma mesma lesão, ex vi do disposto nos arts. 59 e 60 combinados com o
art. 86, § 2º, todos da Lei n. 8.213/1991. 2. Agravo regimental improvido.

(STJ - AgRg no AgRg no REsp: 1075918 SP, DJe 28/02/2011)

Obs.: As informações de carência, renda mensal inicial, data de início do benefício, data
da cessação do benefício, dentre outras, serão objeto de estudo nos demais capítulos do
nosso Curso de Direito Previdenciário Diagramado.

REGRA 1

AUXÍLIO O RECEBIMENTO DE SALÁRIO OU CONCESSÃO DE OUTRO


BENEFÍCIO, EXCETO APOSENTADORIA, NÃO PREJUDICARÁ O
ACIDENTE
RECEBIMENTO DO AUXILIO-ACIDENTE.

ASSIM, É VEDADA SUA ACUMULAÇÃO COM QUALQUER APOSENTADORIA

REGRA 2

NÃO É PERMITIDO ACUMULAR O RECEBIMENTO DE MAIS


AUXÍLIO DE UM AUXÍLIO-ACIDENTE. MANTÉM-SE O MAIS
ACIDENTE VANTAJOSO.

REGRA 3

AUXÍLIO O AUXÍLIO-ACIDENTE NÃO PODE SER ACUMULADO


ACIDENTE COM O AUXÍLIO-DOENÇA, QUANDO DECORREREM DA
MESMA CAUSA.

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10.11. SALÁRIO MATERNIDADE

10.11.1. Conceito

Salário-maternidade é um benefício previdenciário devido em função das seguintes circunstâncias:

• Parto (inclusive se natimorto);


• Aborto não criminoso;
• Adoção; ou
• Guarda judicial para fins de adoção.

Seguem abaixo breves comentários introdutórios e conceituais acerca das circunstâncias que são
consideradas fatos geradores de salário-maternidade. Em seguida, iremos aprofundar o estudo
deste benefício previdenciário com mais informações:

PARTO: O salário-maternidade é devido à segurada da previdência social, durante 120 (cento


e vinte) dias, com início, em regra, 28 (vinte e oito) dias antes da data prevista para o parto e
término 91 (noventa e um) dias depois do parto. Como é impossível prever, com exatidão a
data do parto, caso ocorra nascimento antecipado ou natimorto, poderá ter início no
intervalo de 28 dias antes do parto até a data do parto, iniciando-se a contagem dos 120 dias
de salário-maternidade.

A partir da 23ª semana de gestação, mesmo que natimorto, será considerado parto e dará
direito a 120 dias de salário-maternidade.

Em casos excepcionais, os períodos de repouso anterior e posterior ao parto podem ser


aumentados de mais 2 (duas) semanas, mediante atestado médico específico.

Em caso de parto antecipado ou não, a segurada tem direito aos 120 (cento e vinte dias)
previstos na legislação.

ABORTO NÃO CRIMINOSO: Em caso de aborto não criminoso, comprovado mediante


atestado médico, a segurada terá direito ao salário-maternidade correspondente a 2 (duas
semanas). No entanto, se o aborto for tipificado como crime, a segurada não terá direito ao
salário-maternidade.

Considera-se aborto não criminoso aquele ocorrido nas seguintes circunstâncias:


1. Aborto involuntário;
2. Quando não há outro meio de salvar a vida da gestante:
3. Quando a gravidez resulta de estupro; e
4. Interrupção de gravidez de feto que apresenta anencefalia (entendimento do STF)

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ADOÇÃO e GUARDA JUDIAL PARA FINS DE ADOÇÃO: Ao segurado ou segurada da


Previdência Social que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança é
devido salário-maternidade pelo período de 120 (cento e vinte) dias.

Considera-se criança, nos termos do Estatuto da Criança e do Adolescente, a pessoa até 12


anos de idade incompletos. Já o adolescente é q pessoa que tenha entre 12 anos e 18 anos
de idade.

Assim sendo, terá direito ao salário-maternidade, o segurado ou segurada que adotar ou


obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança com até 11 anos de idade completos
(ou 12 anos de idade incompletos). Se a pessoa adotada tiver 12 anos completos ou mais,
não dará direito ao benefício de salário-maternidade.

SALÁRIO MATERNIDADE

PODE SER AMPLIADO


PARTO
(23ª SEMANA EM DIANTE)
120 DIAS EM + 2 SEMANAS
(MEDIANTE ATESTADO MÉDICO)

NO INÍCIO NO FINAL
ABORTO DO DO
NÃO CRIMINOSO 2 SEMANAS PERÍODO PERÍODO

NO INÍCIO E FINAL
ADOÇÃO DO PERÍODO

GUARDA JUDICIAL 120 DIAS PODE INICIAR GOZO 28 DIAS


PARA FINS ANTES DO PARTO, COM
DE ADOÇÃO TÉRMINO 91 DIAS APÓS.

10.11.2. Beneficiários

No caso de parto e aborto não criminoso, são beneficiários do salário-maternidade:

• Todas as seguradas do RGPS.


o (apenas do sexo feminino).

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No caso de adoção ou guarda judicial para fins de adoção de criança, são beneficiários do salário-
maternidade:

• Todos os segurados e seguradas do RGPS.


o (do sexo masculino ou feminino)

Obs.: Não poderá ser concedido o benefício de salário-maternidade a mais de um segurado,


decorrente do mesmo processo de adoção ou guarda, ainda que os cônjuges ou companheiros
estejam submetidos a Regime Próprio de Previdência Social. Assim sendo, caso ambos os adotantes
forem segurados do RGPS, o salário-maternidade somente será devido a um dos adotantes.

No caso de falecimento da segurada ou segurado que fizer jus ao recebimento do salário-


maternidade, o benefício será pago, por todo o período ou pelo tempo restante a que teria direito,
ao cônjuge ou companheiro sobrevivente que tenha a qualidade de segurado, exceto no caso do
falecimento do filho ou de seu abandono, observadas as normas aplicáveis ao salário-maternidade.

Exemplo: Irineu é casado com Adelaide, sendo ambos segurados empregados do RGPS.
Caso Adelaide venha a falecer durante o parto e o bebê sobreviva, Irineu (por também
ser segurado), terá direito ao recebimento do salário maternidade por 120 dias. Caso o
bebê também venha a falecer ou seja abandonado por Irineu, o benefício de salário-
maternidade não será pago.

SALÁRIO MATERNIDADE

PARTO E ABORTO NÃO CRIMINOSO:


DEVIDO A TODAS AS SEGURADAS (APENAS MULHERES)

ADOÇÃO OU GUARDA JUDICIAL


PARA FINS DE ADOÇÃO:
DEVIDO A TODOS OS SEGURADOS (HOMENS OU MULHERES)

10.11.3. Informações Adicionais

A percepção do salário-maternidade está condicionada ao afastamento do segurado do trabalho ou


da atividade desempenhada, sob pena de suspensão do benefício.

Para efeito de concessão e pagamento do salário-maternidade, em caso de gêmeos, não há qualquer


alteração de valor ou duração do benefício, sendo devido apenas um único salário maternidade.

O salário-maternidade é devido à segurada independentemente de a mãe biológica ter recebido o


mesmo benefício quando do nascimento da criança.

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No caso de falecimento da segurada ou segurado que fizer jus ao recebimento do salário-


maternidade, o benefício será pago, por todo o período ou pelo tempo restante a que teria direito,
ao cônjuge ou companheiro sobrevivente que tenha a qualidade de segurado, exceto no caso do
falecimento do filho ou de seu abandono, observadas as normas aplicáveis ao salário-maternidade,
devendo ser requerido até o último dia do prazo previsto para o término do salário-maternidade
originário. Neste caso, será pago diretamente pela Previdência Social durante o período entre a data
do óbito e o último dia do término do salário-maternidade originário, aplicando-se, tais regras,
também nos casos de segurado que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção.

Ressalvado o pagamento do salário-maternidade à mãe biológica e o pagamento no ao cônjuge ou


companheiro sobrevivente que tenha a qualidade de segurado (no caso de falecimento da segurada
ou segurado que fizer jus ao recebimento do salário-maternidade), não poderá ser concedido o
benefício a mais de um segurado, decorrente do mesmo processo de adoção ou guarda, ainda que
os cônjuges ou companheiros estejam submetidos a Regime Próprio de Previdência Social.

Cabe à empresa pagar o salário-maternidade devido à respectiva empregada gestante, efetivando-


se a compensação quando do recolhimento das contribuições incidentes sobre a folha de salários e
demais rendimentos pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço.
Neste caso, a empregada deve dar quitação à empresa dos recolhimentos mensais do salário-
maternidade na própria folha de pagamento ou por outra forma admitida, de modo que a quitação
fique plena e claramente caracterizada.

Para a comprovação das compensações acima mencionadas, a empresa deverá conservar durante
10 (dez) anos os comprovantes dos pagamentos e os atestados correspondentes para exame pela
fiscalização previdenciária.

O salário-maternidade devido ao segurado ou segurada da Previdência Social que adotar ou obtiver


guarda judicial para fins de adoção de criança, devido pelo período de 120 (cento e vinte) dias, será
pago diretamente pela Previdência Social.

O salário-maternidade devido à empregada do microempreendedor individual, da mesma forma,


será pago diretamente pela Previdência Social.

Também será paga diretamente pela Previdência Social para os segurados empregado doméstico,
trabalhador avulso, segurado especial, contribuinte individual e segurado facultativo em relação a
todos os fatos geradores do benefício de salário-maternidade.

O salário-maternidade não é devido quando o termo de guarda não contiver a observação de que é
para fins de adoção ou só contiver o nome do cônjuge ou companheiro.

Para a concessão do salário-maternidade é indispensável que conste da nova certidão de nascimento


da criança, ou do termo de guarda, o nome da segurada adotante ou guardiã, bem como, deste
último, tratar-se de guarda para fins de adoção.

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Quando houver adoção ou guarda judicial para adoção de mais de uma criança, é devido um único
salário-maternidade relativo à criança de menor idade. No entanto, no caso de empregos
concomitantes, a segurada fará jus ao salário-maternidade relativo a cada emprego.

Compete à interessada instruir o requerimento do salário-maternidade com os atestados médicos


necessários.

Quando o benefício for requerido após o parto, o documento comprobatório é a Certidão de


Nascimento, podendo, no caso de dúvida, a segurada ser submetida à avaliação pericial junto ao
Instituto Nacional do Seguro Social.

O início do afastamento do trabalho da segurada empregada será determinado com base em


atestado médico ou certidão de nascimento do filho.

Nos meses de início e término do salário-maternidade da segurada empregada, o salário-


maternidade será proporcional aos dias de afastamento do trabalho.

O salário-maternidade não pode ser acumulado com benefício por incapacidade.

Quando ocorrer incapacidade em concomitância com o período de pagamento do salário-


maternidade, o benefício por incapacidade, conforme o caso, deverá ser suspenso enquanto
perdurar o referido pagamento, ou terá sua data de início adiada para o primeiro dia seguinte ao
término do período de cento e vinte dias de pagamento do salário-maternidade.

A segurada aposentada que retornar à atividade fará jus ao recebimento do salário-maternidade.

Se a empregada gestante tiver seu contrato de trabalho extinto sem justa causa ou em razão do
encerramento do prazo de vigência inicialmente firmado entre empregador e empregado ou no caso
de contrato de trabalho com prazo determinado que tenha se encerrado pelo decurso do prazo pré-
estipulado entre as partes, o benefício será pago diretamente pela empresa, em forma de
indenização, quando a segurada estiver grávida na data do encerramento do contrato de trabalho.
Assim sendo, não caberá ao INSS a responsabilidade por tal pagamento.

A segurada que estiver desempregada ou que cessar suas contribuições por qualquer razão, bem
como a segurada especial, terão direito ao salário-maternidade desde que o parto, aborto não
criminoso ou adoção (eventos geradores do benefício) ocorram dentro do prazo de manutenção da
qualidade de segurada, conforme regras que serão estudadas em capítulo próprio em nosso curso.
Entretanto, se a perda da qualidade de segurado vier a ocorrer no período de 28 (vinte e oito) dias
anteriores ao parto, ainda assim será devido o salário-maternidade.

Como já estudado, o salário-maternidade é o único benefício do RGPS sobre o qual incide


contribuição previdenciária, integrando, portanto, o salário de contribuição e sofrendo incidência de
contribuição previdenciária.

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O direito ao salário-maternidade decairá se não for requerido em até 180 dias


da ocorrência do parto ou adoção, exceto na ocorrência de motivo de força
maior ou caso fortuito. Ou seja, se se passarem 180 dias da data da ocorrência
do fato gerador e a segurada não solicitar o salário maternidade, não poderá
mais receber o benefício caso venha a requerer em data futura.

OBSERVAÇÃO: A Lei 13.301/16, que dispõe sobre a adoção de medidas de vigilância em


saúde quando verificada situação de iminente perigo à saúde pública pela presença do
mosquito transmissor do vírus da dengue, do vírus chikungunya e do vírus da zika,
determina em seu §3º do art. 18 que a licença-maternidade da empregada será de 180
(cento e oitenta) dias no caso das mães de crianças acometidas por sequelas neurológicas
decorrentes de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, assegurado, nesse período, o
recebimento de salário-maternidade por igual período, aplicando-se, no que couber, as
mesmas regras a segurada especial, contribuinte individual, facultativa e trabalhadora
avulsa. (apesar da lei não mencionar a empregada doméstica, entendemos que ela
também deverá ser abrangida nesta regra).

PROGRAMA EMPRESA CIDADÃ: A Lei 11.770/08 criou o Programa Empresa Cidadã,


destinado à prorrogação da licença-maternidade mediante concessão de incentivo fiscal
às empresas participantes. A licença-maternidade será prorrogada por 60 (sessenta) dias
e será garantida à empregada da pessoa jurídica que aderir ao Programa, desde que a
empregada a requeira até o final do primeiro mês após o parto, e será concedida
imediatamente após a fruição da licença-maternidade. Durante o período de prorrogação
da licença-maternidade a empregada terá direito à remuneração integral, nos mesmos
moldes devidos no período de percepção do salário-maternidade pago pelo Regime Geral
de Previdência Social (RGPS). A prorrogação será garantida, na mesma proporção, à
empregada e ao empregado que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de
criança. No período de prorrogação da licença-maternidade, a empregada não poderá
exercer nenhuma atividade remunerada, e a criança deverá ser mantida sob seus
cuidados. A pessoa jurídica tributada com base no lucro real poderá deduzir do imposto
devido, em cada período de apuração, o total da remuneração integral da empregada e
do empregado pago nos dias de prorrogação de sua licença-maternidade, vedada a
dedução como despesa operacional.

No entanto, não podemos confundir a prorrogação da licença-maternidade com a


prorrogação do salário-maternidade. O Programa Empresa Cidadã apenas aumenta o
prazo do afastamento da empregada (licença-maternidade). O prazo de duração do
benefício previdenciário de salário-maternidade continua sendo o mesmo. Os valores
pagos pela empresa durante a prorrogação da licença-maternidade são considerados
remuneração e não benefício previdenciário.

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Obs.: As informações de carência, renda mensal inicial, data de início do benefício, data
da cessação do benefício, dentre outras, serão objeto de estudo nos demais capítulos do
nosso Curso de Direito Previdenciário Diagramado.

REGRA 1

É DEVIDO À MÃE OU PAI ADOTIVOS, MESMO QUE A MÃE


SALÁRIO
BIOLÓGICA TIVER RECEBIDO O MESMO BENEFÍCIO POR
MATERNIDADE OCASIÃO DO NASCIMENTO DA CRIANÇA.

REGRA 2

EM CASO DE PARTO ANTECIPADO, O PERÍODO DE CARÊNCIA


SALÁRIO
SERÁ REDUZIDO EM NÚMERO DE CONTRIBUIÇÕES
MATERNIDADE EQUIVALENTE AO NÚMERO DE MESES EM QUE O PARTO FOI
ANTECIPADO.

REGRA 3

A PARTIR DA 23ª SEMANA DE GESTAÇÃO, MESMO QUE


SALÁRIO
NATIMORTO, SERÁ CONSIDERADO PARTO E DARÁ DIREITO A
MATERNIDADE 120 DIAS.

REGRA 4

SALÁRIO EM CASO DE GÊMEOS, SERÁ DEVIDO SEMPRE


MATERNIDADE UM ÚNICO SALÁRIO MATERNIDADE.

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REGRA 5

NOS CASOS DE ADOÇÃO OU GUARDA EM CONJUNTO, SE


SALÁRIO AMBOS OS ADOTANTES FOREM SEGURADOS DA
MATERNIDADE PREVIDÊNCIA SOCIAL, O SALÁRIO-MATERNIDADE SOMENTE
SERÁ CONCEDIDO A UM DOS ADOTANTES.

REGRA 6

EM CASO DE ADOÇÃO OU GUARDA JUDICIAL PARA FINS DE


SALÁRIO ADOÇÃO DE CRIANÇA, O SEGURADO DO SEXO MASCULINO
MATERNIDADE TAMBÉM PODE RECEBER O SALÁRIO-MATERNIDADE PELO
PERÍODO DE 120 DIAS.

REGRA 7

NO CASO DE FALECIMENTO DA SEGURADA OU SEGURADO


QUE FIZER JUS AO RECEBIMENTO DO SALÁRIO-MATERNIDADE,
O BENEFÍCIO SERÁ PAGO, POR TODO O PERÍODO OU PELO
SALÁRIO TEMPO RESTANTE A QUE TERIA DIREITO, AO CÔNJUGE OU
MATERNIDADE COMPANHEIRO SOBREVIVENTE QUE TENHA A QUALIDADE
DE SEGURADO, EXCETO NO CASO DO FALECIMENTO DO
FILHO OU DE SEU ABANDONO.

REGRA 8

SALÁRIO A PERCEPÇÃO DO SALÁRIO-MATERNIDADE ESTÁ


MATERNIDADE CONDICIONADA AO AFASTAMENTO DO SEGURADO DO
TRABALHO OU DA ATIVIDADE DESEMPENHADA, SOB PENA
DE SUSPENSÃO DO BENEFÍCIO.

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SEGURADA EMPRESA PAGA E SE


PARTO COMPENSA
EMPREGADA

ABORTO DEMAIS PAGO DIRETAMENTE


NÃO CRIMINOSO SEGURADAS PELA PREVIDÊNCIA SOCIAL

ADOÇÃO
PREVIDÊNCIA SOCIAL PAGA DIRETAMENTE
GUARDA JUDICIAL PARA TODOS OS TIPOS DE SEGURADOS
PARA FINS
DE ADOÇÃO

O SALÁRIO MATERNIDADE NÃO PODE SER ACUMULADO COM BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE

10.12. SALÁRIO-FAMÍLIA

10.12.1. Conceito

O salário-família será devido, mensalmente, ao segurado empregado, inclusive o doméstico, e ao


segurado trabalhador avulso, desde que sejam considerados segurados de baixa renda, ou seja, que
tenham salário-de-contribuição inferior ou igual a R$ 1.364,43 (valor válido para 2019), na proporção
do respectivo número de filhos ou equiparados, de qualquer condição, até 14 anos de idade ou
inválidos de qualquer idade.

Equiparam-se aos filhos, nos termos do art. 16, §3º do RPS, mediante declaração escrita do
segurado, comprovada a dependência econômica, o enteado e o menor que esteja sob sua tutela e
desde que não possua bens suficientes para o próprio sustento e educação.

A invalidez do filho ou equiparado maior de quatorze anos de idade deve ser verificada em exame
médico-pericial a cargo da previdência social.

O aposentado por invalidez ou por idade e os demais aposentados com 65 (sessenta e cinco) anos
ou mais de idade, se do sexo masculino, ou 60 (sessenta) anos ou mais, se do feminino, terão direito
ao salário-família, pago juntamente com a aposentadoria.

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SALÁRIO FAMÍLIA

TER FILHO ATÉ SEGURADO


APOSENTADOS
EMPREGADO
14 ANOS POR INVALIDEZ
OU INVÁLIDO EMPREGADO
(OU EQUIPARADO) DOMÉSTICO + APOSENTADOS
POR IDADE
APENAS PARA TRABALHADOR
SEGURADO DE AVULSO
BAIXA RENDA
MAIS DE 65 ANOS
DEMAIS (HOMEM)
+ APOSENTADOS MAIS DE 60 ANOS
(MULHER)

10.12.2. Beneficiários

O salário-família será pago mensalmente:

• ao empregado, pela empresa, com o respectivo salário;

• ao empregador doméstico, pelo empregador doméstico, com o respectivo salário;

• ao trabalhador avulso, pelo sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra, mediante convênio;

• ao aposentado por invalidez ou em gozo de auxílio-doença, pela Previdência Social


juntamente com o benefício;

• ao trabalhador rural aposentado por idade aos 60 (sessenta) anos, se do sexo masculino, ou
55 (cinquenta e cinco) anos, se do sexo feminino, pela Previdência Social, juntamente com a
aposentadoria; e

• aos demais empregados e trabalhadores avulsos aposentados aos sessenta e cinco anos de
idade, se do sexo masculino, ou sessenta anos, se do sexo feminino, pela Previdência Social,
juntamente com a aposentadoria.

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10.12.3. Informações Adicionais

O valor da “cada cota” do salário-família por filho ou equiparado de qualquer condição, até 14
(quatorze) anos de idade ou inválido de qualquer idade é de (valores válidos para 2019):

• R$ 45,64 para o segurado com remuneração mensal não superior a R$ 907,77; e

• R$ 32,80 para o segurado com remuneração mensal superior a R$ 907,77 e igual ou menor a
R$ 1.364,43.

Os valores mencionados são corrigidos nas mesmas datas e pelos mesmos índices de correção dos
demais benefícios do RGPS.

O pagamento do salário-família é condicionado à apresentação da certidão de nascimento do filho


ou da documentação relativa ao equiparado ou ao inválido, e à apresentação anual de atestado de
vacinação obrigatória, até seis anos de idade, e de comprovação de frequência à escola do filho ou
equiparado, a partir dos sete anos de idade. No caso do empregado doméstico, deve ser
apresentado apenas a certidão de nascimento.

Se o segurado não apresentar o atestado de vacinação obrigatória e a comprovação de frequência


escolar do filho ou equiparado, nas datas definidas pelo Instituto Nacional do Seguro Social, o
benefício do salário-família será suspenso, até que a documentação seja apresentada.

Não é devido salário-família no período entre a suspensão do benefício motivada pela falta de
comprovação da frequência escolar e o seu reativamento, salvo se provada a frequência escolar
regular no período.

A comprovação de frequência escolar será feita mediante apresentação de documento emitido pela
escola, na forma de legislação própria, em nome do aluno, onde consta o registro de frequência
regular ou de atestado do estabelecimento de ensino, comprovando a regularidade da matrícula e
frequência escolar do aluno.

As cotas do salário-família serão pagas pela empresa ou pelo empregador doméstico, mensalmente,
junto com o salário, efetivando-se a compensação quando do recolhimento das contribuições. Por
se tratar de um benefício previdenciário, o encargo financeiro deverá recair sobre a Previdência
Social. Desta forma, embora pago pela empresa ou pelo empregador doméstico, trata-se apenas de
uma antecipação compensável, que será reembolsado quando do recolhimento das contribuições
da empresa ou empregador doméstico, abatendo das respectivas contribuições devidas.

A empresa ou o empregador doméstico conservarão durante 10 (dez) anos os comprovantes de


pagamento e as cópias das certidões correspondentes, para fiscalização da Previdência Social.

Quando o pagamento do salário não for mensal, o salário-família será pago juntamente com o último
pagamento relativo ao mês.

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O salário-família devido ao trabalhador avulso não portuário poderá ser recebido pelo sindicato de
classe respectivo, que se incumbirá de elaborar as folhas correspondentes e de distribuí-lo.

O salário-família do trabalhador avulso independe do número de dias trabalhados no mês, devendo


o seu pagamento corresponder ao valor integral da cota.

Quando o pai e a mãe são segurados empregados ou trabalhadores avulsos, ambos têm direito ao
salário-família.

O salário-família correspondente ao mês de afastamento do trabalho será pago integralmente pela


empresa, pelo sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra, conforme o caso, e o do mês da cessação
de benefício pelo Instituto Nacional do Seguro Social.

Tendo havido divórcio, separação judicial ou de fato dos pais, ou em caso de abandono legalmente
caracterizado ou perda do pátrio-poder, o salário-família passará a ser pago diretamente àquele a
cujo cargo ficar o sustento do menor, ou a outra pessoa, se houver determinação judicial nesse
sentido.

Para efeito de concessão e manutenção do salário-família, o segurado deve firmar termo de


responsabilidade, no qual se comprometa a comunicar à empresa ou ao Instituto Nacional do Seguro
Social qualquer fato ou circunstância que determine a perda do direito ao benefício, ficando sujeito,
em caso do não cumprimento, às sanções penais e trabalhistas.

A falta de comunicação oportuna de fato que implique cessação do salário-família, bem como a
prática, pelo empregado, de fraude de qualquer natureza para o seu recebimento, autoriza a
empresa, o Instituto Nacional do Seguro Social, o sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra,
conforme o caso, a descontar dos pagamentos de cotas devidas com relação a outros filhos ou, na
falta delas, do próprio salário do empregado ou da renda mensal do seu benefício, o valor das cotas
indevidamente recebidas, sem prejuízo das sanções penais cabíveis, devidamente atualizadas.

O empregado deve dar quitação à empresa, sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra de cada
recebimento mensal do salário-família, na própria folha de pagamento ou por outra forma admitida,
de modo que a quitação fique plena e claramente caracterizada.

O valor do salário-família, por não substituir a remuneração mensal do segurado, poderá ter valor
inferior ao salário mínimo.

As cotas do salário-família não serão incorporadas, para qualquer efeito, ao salário ou ao benefício.

Obs.: As informações de carência, renda mensal inicial, data de início do benefício, data
da cessação do benefício, dentre outras, serão objeto de estudo nos demais capítulos do
nosso Curso de Direito Previdenciário Diagramado.

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REGRA 1
SALÁRIO
PARA O SEGURADO EMPREGADO É PAGO PELA EMPRESA.
FAMÍLIA

REGRA 2
SALÁRIO PARA O EMPREGADO DOMÉSTICO, PELO EMPREGADOR
FAMÍLIA DOMÉSTICO.

REGRA 3
SALÁRIO PARA O TRABALHADOR AVULSO É PAGO PELO SINDICATO OU
FAMÍLIA OGMO.

REGRA 4
SALÁRIO AOS APOSENTADOS, É PAGO PELO INSS JUNTO COM A
FAMÍLIA APOSENTADORIA.

REGRA 5

QUANDO O PAI E A MÃE FOREM EMPREGADOS,


SALÁRIO EMPREGADOS DOMÉSTICOS OU TRABALHADORES AVULSOS
FAMÍLIA DE BAIXA RENDA, AMBOS TEM O DIREITO AO BENEFÍCIO DE
SALÁRIO-FAMÍLIA, POR FILHO MENOR DE 14 ANOS OU
INVÁLIDO.

REGRA 6

SALÁRIO QUANDO O SALÁRIO FAMÍLIA É PAGO PELA EMPRESA OU


PELO EMPREGADOR DOMÉSTICO SERÁ DEDUZIDO QUANDO
FAMÍLIA
DO RECOLHIMENTO DE SUAS CONTRIBUIÇÕES.

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10.13. PENSÃO POR MORTE

10.13.1. Conceito

Trata-se a pensão por morte de um benefício previdenciário devido aos dependentes do segurado
nos seguintes casos:

• Morte do Segurado;

• Morte Presumida do Segurado.


o Mediante sentença declaratória de ausência
o Em caso de desaparecimento do segurado por motivo de catástrofe, acidente ou desastre

PENSÃO POR MORTE

MORTE DO DECISÃO JUDICIAL DE SE REAPARECER,


DECLARAÇÃO DE AUSÊNCIA CESSA O
SEGURADO (APÓS 6 MESES DESAPARECIDO) BENEFÍCIO

MORTE BOA FÉ:


PRESUMIDA COMPROVADA A PRESENÇA EM NÃO DEVOLVE
GRANDES CATÁSTROFES,
DO SEGURADO
DESASTRES OU ACIDENTES
MÁ FÉ:
DEVOLVE
É A MORTE DO
SEGURADO, NÃO NESTE CASO, COMPROVAÇÃO
DO DEPENDENTE ADMINISTRATIVA

10.13.2. Beneficiários

São beneficiários da pensão por morte os dependentes de todas as espécies de segurados do Regime
Geral de Previdência Social - RGPS

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PENSÃO POR MORTE

DEPENDENTES
DE TODOS OS
SEGURADOS

10.13.3. Informações Adicionais

A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado
ou não e, havendo mais de um pensionista, será rateada entre todos em parte iguais.

Reverterá em favor dos demais a parte daquele cujo direito à pensão cessar.

Importante lembrar que os dependentes de uma mesma classe concorrem em igualdade de


condições. Além disso, os dependentes de 3ª classe somente terão direito a pensão por morte caso
não exista qualquer dependente de 1ª classe (preferencial), nem tampouco qualquer de pendente
de 2ª Classe, uma vez que a existência de dependente de qualquer das classes anteriores exclui do
direito às prestações os das classes seguintes. Desta forma, os pais ou irmãos deverão, para fins de
concessão de benefícios, comprovar a inexistência de dependentes preferenciais, mediante
declaração firmada perante o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS.

Equiparam-se aos filhos, mediante declaração escrita do segurado, comprovada a dependência


econômica, o enteado e o menor que esteja sob sua tutela e desde que não possua bens suficientes
para o próprio sustento e educação.

O menor sob tutela somente poderá ser equiparado aos filhos do segurado mediante apresentação
de termo de tutela.

No ato de inscrição, o dependente menor de vinte e um anos deverá apresentar declaração de não
emancipação, ou seja, de que não é emancipado.

No caso de enteado e menor sob tutela, a inscrição será feita mediante a comprovação da
equiparação por documento escrito do segurado falecido manifestando essa intenção, da
dependência econômica e da declaração de que não tenha sido emancipado.

Perde o direito à pensão por morte, após o trânsito em julgado, o condenado pela prática de crime
de que tenha dolosamente resultado a morte do segurado.

Perde o direito à pensão por morte o cônjuge, o companheiro ou a companheira se comprovada, a


qualquer tempo, simulação ou fraude no casamento ou na união estável, ou a formalização desses

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com o fim exclusivo de constituir benefício previdenciário, apuradas em processo judicial no qual
será assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa.

O cônjuge ausente não exclui do direito à pensão por morte o companheiro ou a companheira atuais
do segurado, e somente fará jus ao benefício a partir da data de sua habilitação e mediante prova
de dependência econômica. Assim sendo, podemos constatar que, apesar do cônjuge, em regra, não
precisar comprovar dependência econômica, excepcionalmente deverá comprovar essa
dependência quando se tratar de cônjuge ausente, assim entendido aquele se, apesar de não
separado judicialmente, afasta-se do convívio conjugal por longo período.

O cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato que recebia pensão de alimentos


concorrerá em igualdade de condições com os dependentes de 1ª Classe. Vejamos o entendimento
do STJ sobre o tema:

Súmula 336 do STJ: A mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem direito à pensão
previdenciária por morte do ex-marido, comprovada a necessidade econômica superveniente.

Se o segurado instituidor do benefício e/ou seu companheiro ou companheira forem casados com
terceiros, ainda assim poderá ser concedida pensão por morte a este companheiro(a) dependente,
desde que comprovada a separação de fato ou judicial com os respectivos cônjuges e a vida em
comum com o companheiro(a).

Exemplo: Neimar, segurado do RGPS, é separado judicialmente de Marta. Adriana é


separada judicialmente de Marcos. Caso Neimar e Adriana comprovem vida em comum
e Adriana comprove ser dependente econômica de Neimar, Adriana fará jus à pensão por
morte, caso Neimar venha a falecer.

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Se o segurado falecido estiver, na data de seu falecimento, obrigado por determinação judicial a
pagar alimentos temporários a ex-cônjuje, ex-companheiro ou ex-companheira, a pensão por morte
será devida pelo prazo remanescente na data do óbito, caso a pensão por morte ainda não esteja
cessada pelas hipóteses que ainda estudaremos.

O exercício de atividade remunerada, inclusive na condição de microempreendedor individual, não


impede a concessão ou manutenção da parte individual da pensão do dependente com deficiência
intelectual ou mental ou com deficiência grave.

O dependente menor de idade que se invalidar antes de completar vinte e um anos deverá ser
submetido a exame médico-pericial, não se extinguindo a respectiva cota se confirmada a invalidez.

Será concedida pensão provisória por morte presumida nos seguintes casos:

• Declarada pela autoridade judicial competente, depois de 6 (seis) meses de ausência.

• Mediante prova administrativa do desaparecimento do segurado em consequência de


acidente, desastre ou catástrofe.

Verificado o reaparecimento do segurado, o pagamento da pensão cessará imediatamente,


desobrigados os dependentes da reposição dos valores recebidos, salvo má-fé.

Servirão como prova do desaparecimento, entre outras:

• Boletim de ocorrência lavrado junto a autoridade policial;


• Prova de sua presença no local da ocorrência;
• Noticiário nos meios de comunicação.

Caso exista nexo de causalidade entre a catástrofe e o trabalho do segurado, configurar-se-á


acidente do trabalho. Neste caso, será necessário, também, a apresentação da Comunicação de
Acidente do Trabalho – CAT, com o respectivo parecer médico-pericial para caracterização no nexo
técnico.

Nas situações de morte presumida, a cada seis meses o recebedor do benefício deverá apresentar
documento da autoridade competente, contendo informações acerca do andamento do processo
de declaração de ausência, até que seja apresentada a certidão de óbito.

Não se aplica o prazo decadencial de 10 anos para a garantia de todo e qualquer direito ou ação do
segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício ao pensionista menor,
incapaz ou ausente, na forma da lei.

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A pensão por morte somente será devida ao filho e ao irmão cuja invalidez tenha ocorrido antes da
emancipação ou de completar a idade de vinte e um anos, desde que reconhecida ou comprovada,
pela perícia médica do INSS, a continuidade da invalidez até a data do óbito do segurado.

O pensionista inválido está obrigado, independentemente de sua idade e sob pena de suspensão do
benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da previdência social, processo de reabilitação
profissional por ela prescrito e custeado e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico
e a transfusão de sangue, que são facultativos.

Não será concedida pensão por morte aos dependentes do segurado que falecer após a perda da
qualidade de segurado salvo se preenchidos os requisitos para obtenção da aposentadoria
segundo a legislação em vigor à época da implementação das condições para se aposentar.

Caso haja uma ação judicial para reconhecimento da condição de dependente, este poderá requerer
a habilitação provisória ao benefício de pensão por morte, exclusivamente para fins de rateio com
outros dependentes, vedado o pagamento da respectiva cota até o trânsito em julgado da decisão
judicial que reconhecer a qualidade de dependente.

Exemplo: Pedro ajuizou ação judicial para reconhecimento de que é filho de João, após o
falecimento deste. João era segurado do RGPS e deixou como dependente Maria, sua
cônjuge. Enquanto estiver em curso a ação judicial, Pedro poderá se habilitar
provisoriamente para o benefício da pensão por morte, mas não receberá sua cota parte
até que haja trânsito em julgado da decisão judicial. Maria, por sua vez, em decorrência
da habilitação provisória de Pedro, receberá como cota parte 50% do valor do benefício.

Julgada improcedente a ação de reconhecimento da condição de dependente, o valor retido,


corrigido pelos índices de reajustamento, será pago de forma proporcional aos demais dependentes,
de acordo com suas cotas e o tempo de duração de seus benefícios.

Obs.: As informações de carência, renda mensal inicial, data de início do benefício, data
da cessação do benefício, dentre outras, serão objeto de estudo nos demais capítulos do
nosso Curso de Direito Previdenciário.

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REGRA 1

O CÔNJUGE DIVORCIADO OU SEPARADO JUDICIALMENTE OU


PENSÃO DE FATO, QUE RECEBIA PENSÃO DE ALIMENTOS, RECEBERÁ
POR MORTE A PENSÃO POR MORTE EM IGUALDADE DE CONDIÇÕES COM
OS DEMAIS DEPENDENTES DE 1ª CLASSE.

REGRA 2

O FILHO INVÁLIDO SOMENTE É DEPENDENTE CASO SE


PENSÃO TORNE INVÁLIDO ANTES DO ÓBITO DO SEGURADO OU
POR MORTE QUANDO AINDA ERA DEPENDENTE QUANDO DA SUA
INVALIDEZ.

REGRA 3

PENSÃO NÃO TERÁ DIREITO À PENSÃO POR MORTE O


POR MORTE CONDENADO PELA PRÁTICA DE CRIME DOLOSO DE
QUE TENHA RESULTADO A MORTE DO SEGURADO.

10.14. AUXÍLIO RECLUSÃO

10.14.1. Conceito

O auxílio-reclusão será devido, nas mesmas condições da pensão por morte, respeitado o tempo
mínimo de carência (vinte e quatro contribuições mensais), aos dependentes do segurado recolhido
à prisão em regime fechado, que não receber remuneração da empresa nem estiver em gozo de
auxílio-doença, pensão por morte, salário-maternidade, aposentadoria ou abono de permanência
em serviço, desde que seja considerado segurado de baixa renda, ou seja, que tenha salário-de-
contribuição inferior ou igual a R$ 1.364,43 (valor válido para 2019).

10.14.2. Beneficiários

São beneficiários do auxílio reclusão os dependentes de baixa renda de todas as espécies de


segurados do Regime Geral de Previdência Social – RGPS.

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Como vimos, segurado de baixa renda é aquele que tenha salário-de-contribuição inferior ou igual a
R$ 1.364,43 (valor válido para 2019).

A renda a ser considerada para efeito de concessão do benefício de auxílio-reclusão é a renda do


segurado recluso e não dos seus dependentes beneficiários. Neste sentido, vejamos abaixo julgado
do STF:

EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUXÍLIO-RECLUSÃO. ART. 201, IV,


DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. LIMITAÇÃO DO UNIVERSO DOS CONTEMPLADOS PELO AUXÍLIO-RECLUSÃO.
BENEFÍCIO RESTRITO AOS SEGURADOS PRESOS DE BAIXA RENDA. RESTRIÇÃO INTRODUZIDA PELA EC 20/1998.
SELETIVIDADE FUNDADA NA RENDA DO SEGURADO PRESO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO PROVIDO. I - Segundo
decorre do art. 201, IV, da Constituição, a renda do segurado preso é que a deve ser utilizada como parâmetro
para a concessão do benefício e não a de seus dependentes. II - Tal compreensão se extrai da redação dada ao
referido dispositivo pela EC 20/1998, que restringiu o universo daqueles alcançados pelo auxílio-reclusão, a qual
adotou o critério da seletividade para apurar a efetiva necessidade dos beneficiários. III - Diante disso, o art. 116
do Decreto 3.048/1999 não padece do vício da inconstitucionalidade. IV - Recurso extraordinário conhecido e
provido.

(RE 587365, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 25/03/2009,
REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO. DJe-084 DIVULG 07-05-2009 PUBLIC 08-05-2009 EMENT VOL-
02359-08 PP-01536)

AUXÍLIO RECLUSÃO

DEPENDENTES
DE TODOS OS
SEGURADOS
DE BAIXA RENDA

10.14.3. Informações Adicionais

Os dependentes somente terão direito ao benefício de auxílio-reclusão se presentes,


cumulativamente, os requisitos abaixo:

• Segurado recolhido a prisão em regime fechado;

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• Segurado não receba remuneração a empresa;

• Segurado não esteja em gozo de auxílio-doença, pensão por morte, salário maternidade,
aposentadoria ou abono de permanência em serviço;

• Seja segurado de baixa renda, ou seja, que tenha salário-de-contribuição inferior ou igual a
R$ 1.364,43 (valor válido para 2019).

REGIME FECHADO: a execução da pena ocorre em estabelecimento prisional de


segurança máxima ou média.

Os dependentes do segurado detido em prisão provisória (preventiva ou temporária) terão direito


ao benefício desde que comprovem o efetivo recolhimento do segurado por meio de certidão
judicial.

A aferição da renda mensal bruta para enquadramento do segurado como de baixa renda ocorrerá
pela média dos salários de contribuição apurados no período de doze meses anteriores ao mês do
recolhimento à prisão. Ou seja, para verificar se a renda do segurado é inferior a R$1.364,43, não se
olhará o último salário de contribuição do segurado. Será feita uma média dos salários de
contribuição apurados nos 12 meses anteriores ao mês de recolhimento à prisão.

É devido auxílio-reclusão aos dependentes do segurado quando não houver salário-de-contribuição


na data do seu efetivo recolhimento à prisão, desde que mantida a qualidade de segurado e cujo
valor da média dos salários de contribuição apurados no período de doze meses anteriores ao mês
do recolhimento à prisão seja inferior a R$ 1.364,43 (valor válido para 2019).

Equipara-se à condição de recolhido à prisão, a situação do maior de dezesseis e menor de dezoito


anos de idade que se encontre internado em estabelecimento educacional ou congênere, sob
custódia do Juizado da Infância e da Juventude.

Ao término da prisão provisória o auxílio-reclusão pago aos dependentes deverá ser cessado e, caso
nova prisão ocorra, ainda que em razão do mesmo evento causador da primeira privação de
liberdade, proceder-se-á à nova análise de dependência, qualidade de segurado e renda, em novo
requerimento de auxílio-reclusão.

Não cabe a concessão de auxílio-reclusão aos dependentes do segurado que esteja em livramento
condicional ou que cumpra pena em regime semiaberto ou aberto.

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Para o maior de dezesseis e menor de dezoito anos, serão exigidos certidão do despacho de
internação e o documento atestando seu efetivo recolhimento a órgão subordinado ao Juiz da
Infância e da Juventude.

O cumprimento de pena em prisão domiciliar não impede o recebimento do benefício de auxílio-


reclusão pelos dependentes, se o regime previsto for o fechado.

A monitoração eletrônica do instituidor do benefício de auxílio-reclusão não interfere no direito do


dependente ao recebimento do benefício, uma vez que tem a função de fiscalizar o preso, desde
que mantido o regime de prisão domiciliar.

O exercício de atividade remunerada do segurado recluso em cumprimento de pena em regime


fechado que contribuir na condição de contribuinte individual ou facultativo não acarreta a perda
do direito ao recebimento do auxílio-reclusão para seus dependentes.

O auxílio-reclusão será mantido enquanto o segurado permanecer detento ou recluso em regime


fechado.

O beneficiário deverá apresentar trimestralmente atestado de que o segurado continua detido ou


recluso, firmado pela autoridade competente.

No caso de fuga, o benefício será suspenso e, se houver recaptura do segurado, será restabelecido
a contar da data em que esta ocorrer, desde que esteja ainda mantida a qualidade de segurado.

Se houver exercício de atividade dentro do período de fuga, o mesmo será considerado para a
verificação da perda ou não da qualidade de segurado.

Falecendo o segurado detido ou recluso, o auxílio-reclusão que estiver sendo pago será
automaticamente convertido em pensão por morte. Não havendo concessão de auxílio-reclusão, em
razão de salário-de-contribuição superior a R$ 1.364,43 (valor válido para 2019), será devida pensão
por morte aos dependentes se o óbito do segurado tiver ocorrido até doze meses após o livramento,
pois estará mantida sua qualidade de segurado por este período, independentemente de qualquer
contribuição para o RGPS.

Fica garantido o direito ao auxílio-reclusão ao companheiro ou companheira do mesmo sexo.

Se a realização do casamento ou constituição de união estável ocorrer durante o recolhimento do


segurado à prisão, o auxílio-reclusão não será devido, considerando a dependência superveniente
ao fato gerador.

O filho nascido durante o recolhimento do segurado à prisão terá direito ao benefício de auxílio-
reclusão a partir da data do seu nascimento.

É vedada a concessão do auxílio-reclusão após a soltura do segurado.

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O INSS celebrará convênios com os órgãos públicos responsáveis pelo cadastro dos presos para obter
informações sobre o recolhimento à prisão.

A certidão judicial e a prova de permanência da condição de recluso poderão ser substituídas pelo
acesso à base de dados, por meio eletrônico, a ser disponibilizada pelo Conselho Nacional de Justiça,
com dados cadastrais que assegurem a identificação plena do segurado e da sua condição de
presidiário.

AUXÍLIO RECLUSÃO

SEGURADO SE CONTINUAR
RECOLHIDO RECEBENDO A
À PRISÃO REMUNERAÇÃO
REGIME PRISIONAL
QUE RECEBIA,
FECHADO
NÃO RECEBE
APENAS PARA SEGURADO AUXÍLIO
DE BAIXA RENDA RECLUSÃO

SALÁRIO MENOR NÃO PRECISA SER CONDENADO,


OU IGUAL R$ 1.364,43 BASTA SER PRESO

REGRA 1

O BENEFICIÁRIO DEVERÁ APRESENTAR


AUXÍLIO TRIMESTRALMENTE ATESTADO DE QUE O SEGURADO
RECLUSÃO CONTINUA DETIDO OU RECLUSO, FIRMADO PELA
AUTORIDADE COMPETENTE.

REGRA 2

O EXERCÍCIO DE ATIVIDADE REMUNERADA DO SEGURADO


RECLUSO EM CUMPRIMENTO DE PENA EM REGIME FECHADO
AUXÍLIO OU SEMI-ABERTO QUE CONTRIBUIR NA CONDIÇÃO DE
RECLUSÃO CONTRIBUINTE INDIVIDUAL OU FACULTATIVO NÃO
ACARRETA A PERDA DO DIREITO AO RECEBIMENTO DO
AUXÍLIO-RECLUSÃO PARA SEUS DEPENDENTES.

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10.15. HABILITAÇÃO E REABILITAÇÃO PROFISSIONAL

10.15.1. Conceito

A habilitação e a reabilitação profissional e social deverão proporcionar ao beneficiário


incapacitado parcial ou totalmente para o trabalho, e às pessoas portadoras de deficiência, os meios
para a educação, reeducação, adaptação e readaptação profissional e social indicados para
participar do mercado de trabalho e do contexto em que vive.

A reabilitação profissional compreende:

• o fornecimento de aparelho de prótese, órtese e instrumentos de auxílio para locomoção


quando a perda ou redução da capacidade funcional puder ser atenuada por seu uso e dos
equipamentos necessários à habilitação e reabilitação social e profissional;

• a reparação ou a substituição dos aparelhos mencionados no inciso anterior, desgastados


pelo uso normal ou por ocorrência estranha à vontade do beneficiário;

• o transporte do acidentado do trabalho, quando necessário.

HABILITAÇÃO E REABILITAÇÃO PROFISSIONAL

SEGURADOS
RECUPERAR A INCAPACITADOS
CAPACIDADE TOTAL OU
LABORATIVA DOS PARCIALMENTE
BENEFICIÁRIOS PARA O TRABALHO
DEPENDENTES
DA PREVIDÊNCIA
SOCIAL
VISA A REINSERÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO

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10.15.2. Beneficiários

Como já vimos, a assistência (re)educativa e de (re)adaptação profissional, instituída sob a


denominação genérica de habilitação e reabilitação profissional, visa proporcionar aos beneficiários
(segurados e dependentes), incapacitados parcial ou totalmente para o trabalho, em caráter
obrigatório, independentemente de carência, e às pessoas portadoras de deficiência, os meios
indicados para proporcionar o reingresso no mercado de trabalho e no contexto em que vivem.

Cabe ao INSS promover a prestação de que trata este artigo aos segurados, inclusive aposentados,
e, de acordo com as possibilidades administrativas, técnicas, financeiras e as condições locais do
órgão, aos seus dependentes, preferencialmente mediante a contratação de serviços especializados.

As pessoas portadoras de deficiência serão atendidas mediante celebração de convênio de


cooperação técnico-financeira.

10.15.3. Informações Adicionais

O processo de habilitação e de reabilitação profissional do beneficiário será desenvolvido por meio


das funções básicas de:

• avaliação do potencial laborativo;

• orientação e acompanhamento da programação profissional;

• articulação com a comunidade, inclusive mediante a celebração de convênio para reabilitação


física restrita a segurados que cumpriram os pressupostos de elegibilidade ao programa de
reabilitação profissional, com vistas ao reingresso no mercado de trabalho; e

• acompanhamento e pesquisa da fixação no mercado de trabalho.

A execução das funções do processo de habilitação e de reabilitação profissional dar-se-á,


preferencialmente, mediante o trabalho de equipe multiprofissional especializada em medicina,
serviço social, psicologia, sociologia, fisioterapia, terapia ocupacional e outras afins ao processo,
sempre que possível na localidade do domicílio do beneficiário, ressalvadas as situações
excepcionais em que este terá direito à reabilitação profissional fora dela.

Quando indispensáveis ao desenvolvimento do processo de reabilitação profissional, o Instituto


Nacional do Seguro Social fornecerá aos segurados, inclusive aposentados, em caráter obrigatório,
prótese e órtese, seu reparo ou substituição, instrumentos de auxílio para locomoção, bem como
equipamentos necessários à habilitação e à reabilitação profissional, transporte urbano e
alimentação e, na medida das possibilidades do Instituto, aos seus dependentes.

No caso das pessoas portadoras de deficiência, a concessão dos recursos materiais mencionados no
parágrafo anterior ficará condicionada à celebração de convênio de cooperação técnico-financeira.

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O Instituto Nacional do Seguro Social não reembolsará as despesas realizadas com a aquisição de
órtese ou prótese e outros recursos materiais não prescritos ou não autorizados por suas unidades
de reabilitação profissional.

A programação profissional será desenvolvida mediante cursos e/ou treinamentos, na comunidade,


por meio de contratos, acordos e convênios com instituições e empresas públicas ou privadas.

Nos casos de impossibilidade de instalação de órgão ou setor próprio competente do Instituto


Nacional do Seguro Social, assim como de efetiva incapacidade física ou técnica de implementação
das atividades e atendimento adequado à clientela da previdência social, as unidades executivas de
reabilitação profissional poderão solicitar a celebração de convênios, contratos ou acordos com
entidades públicas ou privadas de comprovada idoneidade financeira e técnica, ou seu
credenciamento, para prestação de serviço, por delegação ou simples cooperação técnica, sob
coordenação e supervisão dos órgãos competentes do INSS.

O treinamento do reabilitando, quando realizado em empresa, não estabelece qualquer vínculo


empregatício ou funcional entre o reabilitando e a empresa, bem como entre estes e o INSS.

Compete ao reabilitando, além de acatar e cumprir as normas estabelecidas nos contratos, acordos
ou convênios, pautar-se no regulamento daquelas organizações.

Concluído o processo de reabilitação profissional, o INSS emitirá certificado individual indicando a


função para a qual o reabilitando foi capacitado profissionalmente, sem prejuízo do exercício de
outra para a qual se julgue capacitado.

Não constitui obrigação da previdência social a manutenção do segurado no mesmo emprego ou a


sua colocação em outro para o qual foi reabilitado, cessando o processo de reabilitação profissional
com a emissão do respectivo certificado.

Cabe à previdência social a articulação com a comunidade, com vistas ao levantamento da oferta do
mercado de trabalho, ao direcionamento da programação profissional e à possibilidade de
reingresso do reabilitando no mercado formal.

O acompanhamento e a pesquisa acompanhamento e pesquisa da fixação no mercado de trabalho


é obrigatório e tem como finalidade a comprovação da efetividade do processo de reabilitação
profissional.

A empresa com 100 ou mais empregados está obrigada a preencher de 2% a 5% de seus cargos com
beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, habilitadas, na seguinte proporção:

I - até 200 empregados, 2%;

II - de 201 a 500 empregados, 3%;

III - de 501 a 1000 empregados, 4%; ou

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IV - mais de 1000 empregados, 5%.

A dispensa de empregado na condição de beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de


deficiência, habilitadas, quando se tratar de contrato por tempo superior a noventa dias e a
imotivada, no contrato por prazo indeterminado, somente poderá ocorrer após a contratação de
substituto em condições semelhantes.

A EMPRESA COM CEM OU MAIS EMPREGADOS ESTÁ OBRIGADA A PREENCHER DE


2% A 5% DE SEUS CARGOS COM BENEFICIÁRIOS REABILITADOS OU PESSOAS
PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA, HABILITADAS, NA SEGUINTE PROPORÇÃO.

ATÉ DUZENTOS EMPREGADOS, 2%

DE DUZENTOS E UM A QUINHENTOS EMPREGADOS, 3%

DE QUINHENTOS E UM A MIL EMPREGADOS, 4%; OU.

MAIS DE MIL EMPREGADOS, 5%

O PROCESSO DE HABILITAÇÃO E DE REABILITAÇÃO PROFISSIONAL DO


BENEFICIÁRIO SERÁ DESENVOLVIDO POR MEIO DAS FUNÇÕES BÁSICAS DE.

AVALIAÇÃO DO POTENCIAL LABORATIVO

ORIENTAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DA PROGRAMAÇÃO PROFISSIONAL

ARTICULAÇÃO COM A COMUNIDADE, INCLUSIVE MEDIANTE A CELEBRAÇÃO DE


CONVÊNIO PARA REABILITAÇÃO FÍSICA RESTRITA A SEGURADOS QUE
CUMPRIRAM OS PRESSUPOSTOS DE ELEGIBILIDADE AO PROGRAMA DE
REABILITAÇÃO PROFISSIONAL, COM VISTAS AO REINGRESSO NO MERCADO DE
TRABALHO.

ACOMPANHAMENTO E PESQUISA DA FIXAÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO

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10.16. SERVIÇO SOCIAL

10.16.1. Conceito

O serviço social constitui atividade auxiliar do seguro social e visa prestar ao beneficiário orientação
e apoio no que concerne à solução dos problemas pessoais e familiares e à melhoria da sua inter-
relação com a previdência social, para a solução de questões referentes a benefícios, bem como,
quando necessário, à obtenção de outros recursos sociais da comunidade.

Compete ao Serviço Social esclarecer junto aos beneficiários seus direitos sociais e os meios de
exercê-los e estabelecer conjuntamente com eles o processo de solução dos problemas que
emergirem da sua relação com a Previdência Social, tanto no âmbito interno da instituição como na
dinâmica da sociedade.

SERVIÇO SOCIAL

SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
ORIENTAÇÃO PESSOAIS E FAMILIARES
PRESTAR
ESCLARECIMENTOS
E AUXÍLIO AOS
BENEFICIÁRIOS SEUS DIREITOS E MEIOS
APOIO DE PLEITEÁ-LOS JUNTO
À PREVIDÊNCIA SOCIAL

10.16.2. Beneficiários
São beneficiários do serviço social todos os segurados e seus dependentes.

Será dada prioridade aos segurados em benefício por incapacidade temporária e atenção especial
aos aposentados e pensionistas.

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10.16.3. Informações Adicionais

Para assegurar o efetivo atendimento dos usuários serão utilizadas intervenção técnica, assistência
de natureza jurídica, ajuda material, recursos sociais, intercâmbio com empresas e pesquisa social,
inclusive mediante celebração de convênios, acordos ou contratos.

O Serviço Social terá como diretriz a participação do beneficiário na implementação e no


fortalecimento da política previdenciária, em articulação com as associações e entidades de classe.

O Serviço Social, considerando a universalização da Previdência Social, prestará assessoramento


técnico aos Estados e Municípios na elaboração e implantação de suas propostas de trabalho.

11. CARÊNCIA DAS PRESTAÇÕES DO RGPS

11.1. CONCEITO

Período de carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o


beneficiário faça jus ao benefício. Ou seja, sem cumprir o período de carência do benefício, não terá
direito ao seu recebimento.

Para o segurado especial, considera-se período de carência o tempo mínimo de efetivo exercício de
atividade rural, ainda que de forma descontínua, igual ao número de meses necessário à concessão
do benefício requerido.

Para efeito de carência, considera-se presumido o recolhimento das contribuições do segurado


empregado, empregado doméstico e do trabalhador avulso.

Relativamente ao contribuinte individual, considera-se presumido o recolhimento das contribuições


descontadas pela empresa a partir da competência abril de 2003.

O período de carência é contado:

• para o segurado empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso, da data de filiação


ao Regime Geral de Previdência Social - RGPS;

• para o contribuinte individual e facultativo, inclusive o segurado especial que contribui com
contribuição complementar de 20% sobre o salário de contribuição por ele declarado, da
mesma forma que o facultativo, da data do efetivo recolhimento da primeira contribuição

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sem atraso, não sendo consideradas para esse fim as contribuições recolhidas com atraso
referentes a competências anteriores.

• Para o segurado especial que não contribui com contribuição complementar de 20% sobre o
salário de contribuição por ele declarado, da mesma forma que o facultativo, o período de
carência é contado a partir do efetivo exercício da atividade rural, mediante comprovação
feita mediante documentos que comprovem o exercício de atividade nos períodos a serem
contados, devendo esses documentos ser contemporâneos dos fatos a comprovar e
mencionar as datas de início e término.

• Para os segurados optantes pelo recolhimento trimestral, o período de carência é contado a


partir do mês de inscrição do segurado, desde que efetuado o recolhimento da primeira
contribuição no prazo estipulado.

Nem todos os períodos considerados pela legislação previdenciária como tempo de contribuição irão
contar para como tempo de carência. Assim sendo, segue alguns exemplos de períodos que, apesar
de contarem como tempo de contribuição, não são computados para efeito de carência:

• Tempo de serviço militar (voluntário ou obrigatório);

• Tempo de serviço do trabalhador rural anterior à competência novembro/2011, quando


ainda não contribuía para a Previdência Social;

• Contribuições recolhidas com atraso, relativas a competências anteriores à data do


recolhimento da primeira contribuição sem atraso dos segurados contribuinte individual e
facultativo.

O STJ decidiu ser possível considerar o período em que o segurado esteve em gozo de benefício por
incapacidade (auxílio doença ou aposentadoria por invalidez) para fins de carência, desde que
intercalados com períodos contributivos, conforme segue:

PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO
CPC. CÔMPUTO DO TEMPO DE BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE COMO PERÍODO DE CARÊNCIA. POSSIBILIDADE,
DESDE QUE INTERCALADO COM PERÍODO DE EFETIVO TRABALHO. POSSIBILIDADE DE EXECUÇÃO DA
OBRIGAÇÃO DE FAZER ANTES DO TRÂNSITO EM JULGADO. EFEITOS ERGA OMNES LIMITADOS À COMPETÊNCIA
TERRITORIAL DO ÓRGÃO PROLATOR.

1. Ação civil pública que tem como objetivo obrigar o INSS a computar, como período de carência, o tempo em
que os segurados estão no gozo de benefício por incapacidade (auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez).

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2. O acórdão recorrido julgou a lide de modo fundamentado e coerente, não tendo incorrido em nenhum vício
que desse ensejo aos embargos de declaração e, por conseguinte, à violação do art. 535 do Código de Processo
Civil.

3. É possível considerar o período em que o segurado esteve no gozo de benefício por incapacidade (auxílio-
doença ou aposentadoria por invalidez) para fins de carência, desde que intercalados com períodos
contributivos.

4. Se o período em que o segurado esteve no gozo de benefício por incapacidade é excepcionalmente


considerado como tempo ficto de contribuição, não se justifica interpretar a norma de maneira distinta para fins
de carência, desde que intercalado com atividade laborativa.

5. Possibilidade de execução da obrigação de fazer, de cunho mandamental, antes do trânsito em julgado e


independentemente de caução, a ser processada nos moldes do art. 461 do Código de Processo Civil.

6. Prevalece nesta Corte o entendimento de que a sentença civil fará coisa julgada erga omnes nos limites da
competência territorial do órgão prolator, nos termos do art. 16 da Lei n. 7.347/85, alterado pela Lei n. 9.494/97.

7. O valor da multa cominatória fixada pelas instâncias ordinárias somente pode ser revisado em sede de recurso
especial se irrisório ou exorbitante, hipóteses não contempladas no caso em análise.

8. Recurso especial parcialmente provido.

REGRA GERAL: CARÊNCIA É A QUANTIDADE MÍNIMA DE


PRESTAÇÕES MENSAIS QUE O SEGURADO JÁ DEVE TER
RECOLHIDO PARA TER DIREITO AOS BENEFÍCIOS,
CONSIDERADAS A PARTIR DO PRIMEIRO DIA DOS MESES DE SUA
COMPETÊNCIA.

EXCEÇÃO: SEGURADO ESPECIAL - QUANTIDADE DE


MESES DE EFETIVO EXERCÍCIO NA ATIVIDADE
AGROPECUÁRIA OU PESQUEIRA.

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Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova:

29. (CESPE - Advogado da União – 2015). Acerca do RGPS, julgue o item subsequente.
Desde que tenha sido intercalado com o exercício de atividade laborativa, o período em que o
segurado se beneficiar de auxílio-doença deverá ser considerado para fins de cômputo de
carência e para o cálculo do tempo de contribuição na concessão de aposentadoria por
invalidez, conforme entendimento do STF.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Esta já uma questão mais elaborada e que exige o conhecimento do candidato sobre a Jurisprudência
(não se esqueça, candidato que, depois de estudar as leis, estuda também a jurisprudência é
candidato diferenciado). Bom, conforme solicitado pelo examinador, vejamos o que o STF tem a nos
dizer sobre o assunto:
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR
INVALIDEZ. CÔMPUTO DO TEMPO DE GOZO DE AUXÍLIO-DOENÇA PARA FINS DE CARÊNCIA. POSSIBILIDADE.
PRECEDENTES. 1. O Supremo Tribunal Federal decidiu nos autos do RE nº 583.834/PR-RG, com repercussão geral
reconhecida, que devem ser computados, para fins de concessão de aposentadoria por invalidez, os períodos
em que o segurado tenha usufruído do benefício de auxílio-doença, desde que intercalados com atividade
laborativa. 2. A Suprema Corte vem-se pronunciando no sentido de que o referido entendimento se aplica,
inclusive, para fins de cômputo da carência, e não apenas para cálculo do tempo de contribuição. Precedentes:
ARE 802.877/RS, Min. Teori Zavascki, DJe de 1/4/14; ARE 771.133/RS, Min. Luiz Fux, DJe de 21/2/2014; ARE
824.328/SC, Min. Gilmar Mendes, DJe de 8/8/14; e ARE 822.483/RS, Min. Cármem Lúcia, DJe de 8/8/14. 3.
Agravo regimental não provido.
(STF – ARE 746835 AgR/RS – Relator Ministro DIAS TOFFOLI – Primeira Turma – Julgamento em 19.08.2014 –
Publicação em 07.10.2014)

A assertiva nos traz exatamente o que é dito pelo STF, portanto assertiva correta.

Gabarito: CERTO.

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11.2. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ E AUXÍLIO DOENÇA

11.2.1. Carência

A concessão dos benefícios de aposentadoria por invalidez e auxílio-doença dependem do


cumprimento da carência de 12 contribuições mensais.

No entanto, Independe de carência a concessão destes benefícios nos seguintes casos:

• Incapacidade decorrente de acidente de qualquer natureza ou causa;

• Incapacidade decorrente de doença profissional ou do trabalho;

• segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e afecções
especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social,
atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação,
deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam
tratamento particularizado.

OBSERVAÇÃO: Até que seja elaborada a lista de doenças e afecções mencionada acima,
independe de carência a concessão de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez
ao segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido das seguintes doenças::
tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, esclerose múltipla, hepatopatia grave,
neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave,
doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado
da doença de Paget (osteíte deformante), síndrome da deficiência imunológica adquirida
(aids) ou contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada.

Em casos de acidente, a legislação previdenciária afirma que a dispensa da carência será concedida
para acidentes decorrentes de qualquer natureza ou causa, independentemente de tratar-se ou
não de acidente de trabalho. Assim sendo, até mesmo uma lesão sofrida por segurado durante uma
partida de futebol com os amigos no final de semana, se resultar em perda ou redução permanente
ou temporária da capacidade laborativa, é motivo para concessão do benefício, independente do
cumprimento de qualquer carência.

Para o segurado especial, como já estudado, a contagem da carência não é efetuada com base no
número de contribuições mensais recolhidas, mas sim pela comprovação do exercício de atividade
rural pelo período equivalente ao número de meses correspondente à carência do benefício

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requerido. Assim sendo, para ter direito a aposentadoria por invalidez ou auxílio-doença, basta o
segurado especial comprovar 12 meses de efetivo exercício na respectiva atividade agropecuária ou
pesqueira (exceto nos casos em que a carência é dispensada).

APOSENTADORIA POR INVALIDEZ


E AUXÍLIO-DOENÇA

EM REGRA 12 CONTRIBUIÇÕES

INCAPACIDADE DECORRENTE DE ACIDENTE DE


QUALQUER NATUREZA OU CAUSA

DOENÇA PROFISSIONAL OU DO TRABALHO


SEM
CARÊNCIA SEGURADO QUE, APÓS FILIAR-SE AO RGPS, FOR
ACOMETIDO DE ALGUMA DAS DOENÇAS E AFECÇÕES
ESPECIFICADAS EM LISTA ELABORADA PELOS
MINISTÉRIOS DA SAÚDE E DA PREVIDÊNCIA SOCIAL,
ATUALIZADA A CADA 3 (TRÊS) ANOS

Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova:

30. (FCC - Analista Judiciário - TRF 3ª Região – 2014). De acordo com a Lei nº 8.213/91, em
regra, a concessão do benefício do auxílio-doença:
a) não possui período de carência pré-estabelecido.
b) está sujeita a carência de doze contribuições mensais.
c) está sujeita a carência de seis contribuições mensais.
d) está sujeita a carência de quinze contribuições mensais.
e) só estará sujeita ao período de carência se a concessão inicial for de, no mínimo, trinta dias.

COMENTÁRIOS:
Existem dois tipos de auxílio-doença: o auxilio doença acidentário e o auxílio-doença comum. No
caso de acidente de qualquer natureza ou causa, o segurado pode receber o auxílio-doença
acidentário independentemente de qualquer carência. Na questão, o examinador refere-se ao
auxilio doença comum (note que ele usou a expressão “em regra”), o qual tem o período de carência
de 12 meses.

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Portanto podemos concluir que a assertiva verdadeira é a B, as outras estão erradas, inclusive para
os dois gêneros de auxílio-doença apresentados. Vejamos a legislação pertinente ao assunto:
Lei 8.213/91:
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes
períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;
II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial: 180 contribuições
mensais;
III - salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V e VII do art. 11 e o art. 13: dez
contribuições mensais, respeitado o disposto no parágrafo único do art. 39 desta Lei.

Gabarito: B.

31. (CESPE - Defensor Público Federal- 2017). O item seguinte, acerca de benefícios
previdenciários, apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada.
Raul nunca havia contribuído para o RGPS. No entanto, após uma semana do início de atividade
laboral em determinado emprego, um acidente de trabalho o tornou incapaz e insuscetível de
reabilitação.
Nessa situação, Raul não faz jus ao benefício da aposentadoria por invalidez porque não
cumpriu o tempo de carência exigido.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos recorrer aos artigos 25 e 26 da Lei 8.213/91:
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes
períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;
(Destaques Nossos).

Vamos conferir as exceções no Art. 26:


Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de
doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido
de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência

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Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência
ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;
(Destaques Nossos).

Podemos concluir que apesar de existir uma carência de 12 meses para receber a aposentadoria por
invalidez, em caso de acidente de qualquer natureza essa carência deixa de existir, o que torna a
assertiva incorreta.
Gabarito: ERRADO.

32. (CESPE - Analista de Controle Externo - TCE-PE – 2017). No item a seguir, é apresentada
uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada a respeito de benefício
previdenciário e contribuição para o RGPS e regime próprio de previdência social.
Flávio, que nunca havia contribuído para o RGPS, foi contratado como empregado de uma
empresa privada. No quinto dia de trabalho, ao conduzir sua bicicleta rumo ao seu emprego,
Flávio foi atropelado por um veículo, o que o deixou absolutamente incapacitado. Nessa
situação, Flávio não terá direito à aposentadoria por invalidez concedida pelo RGPS, por não
ter cumprido o tempo mínimo de carência.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos recorrer aos artigos 25 e 26 da Lei 8.213/91:
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes
períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;

(Destaques Nossos).

Vamos conferir as exceções no Art. 26:


Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de
doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido
de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência
Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência
ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;
(Destaques Nossos).

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Podemos concluir que apesar de existir uma carência de 12 meses para receber a aposentadoria por
invalidez, quando em caso de acidente de qualquer natureza essa carência deixa de existir. Portanto,
assertiva incorreta.
Gabarito: ERRADO.

33. (CESPE - Técnico do Seguro Social – 2016). Com base no disposto na Lei n.º 8.213/1991,
que trata dos planos de benefícios da previdência social e dá outras providências, julgue o item
seguinte.
Em regra, o período de carência para a concessão do benefício de auxílio-doença é de doze
contribuições mensais.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos novamente recorrer aos artigos 25 e 26 da Lei 8.213/91:
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes
períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:

I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;


(Destaques Nossos).

Vamos conferir as exceções no Art. 26:


Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de
doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido
de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência
Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência
ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;

(Destaques Nossos).

Podemos concluir que, em regra, existe uma carência de 12 meses para receber o auxílio-doença.
Deixar de ter carência para este benefício é a exceção. Assim sendo, podemos concluir que a
assertiva está correta.
Gabarito: CERTO.

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34. (CESPE - Inspetor de Controle Externo - TCE-RN – 2015). Julgue o item a seguir, relativo à
seguridade social e ao regime geral de previdência social.
A concessão de auxílio-doença independe de carência nos casos em que o segurado ficar
incapacitado para seu trabalho por mais de quinze dias consecutivos devido a alguma doença
profissional ou a um acidente de qualquer natureza.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão recorramos aos art. 26 da Lei 8.213/91, que aborda os benefícios que
são independentes de carência:
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
I - pensão por morte, salário-família e auxílio-acidente;
II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de
doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido
de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência
Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência
ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;
III - os benefícios concedidos na forma do inciso I do art. 39, aos segurados especiais referidos no inciso VII do
art. 11 desta Lei;
IV - serviço social;
V - reabilitação profissional.
VI – salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada doméstica.
(Destaques Nossos).

Especificamente sobre os 15 dias mencionados na questão, vamos recorrer ao Art. 59 da mesma lei
referida acima.
Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o período de
carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de
15 (quinze) dias consecutivos.

(Destaques Nossos).
Dessa forma podemos concluir que a assertiva é verdadeira.
Gabarito: CERTO.

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11.3. APOSENTADORIA POR IDADE, APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO E


APOSENTADORIA ESPECIAL

11.3.1. Carência

A concessão dos benefícios de aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de contribuição
e aposentadoria especial dependem do cumprimento da carência de 180 contribuições mensais.

No entanto, para o segurado inscrito na Previdência Social Urbana até 24 de julho de 1991, bem
como para o trabalhador e o empregador rural cobertos pela Previdência Social Rural, a carência das
aposentadorias por idade, por tempo de contribuição e aposentadoria especial obedecerão uma
regra de transição, levando-se em conta o ano em que o segurado implementou todas as condições
necessárias à obtenção do benefício, conforme segue:

Ano de implementação das condições Meses de contribuição exigidos


1991 60 meses
1992 60 meses
1993 66 meses
1994 72 meses
1995 78 meses
1996 90 meses
1997 96 meses
1998 102 meses
1999 108 meses
2000 114 meses
2001 120 meses
2002 126 meses
2003 132 meses
2004 138 meses
2005 144 meses
2006 150 meses
2007 156 meses
2008 162 meses
2009 168 meses
2010 174 meses
2011 180 meses

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Para o segurado especial, como já estudado, a contagem da carência não é efetuada com base no
número de contribuições mensais recolhidas, mas sim pela comprovação do exercício de atividade
rural pelo período equivalente ao número de meses correspondente à carência do benefício
requerido. Assim sendo, para ter direito a aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de
contribuição e aposentadoria especial, basta o segurado especial comprovar 180 meses de efetivo
exercício na respectiva atividade agropecuária ou pesqueira (exceto se sujeito à regra de transição,
em que o período de carência será menor).

APOSENTADORIA POR IDADE


APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
APOSENTADORIA ESPECIAL

CARÊNCIA 180 CONTRIBUIÇÕES

SEGURADOS INSCRITOS ATÉ 24/07/1991


EXCEÇÃO (VÉSPERA DA PUBLICAÇÃO DA LEI 8.213/91)

CARÊNCIA PASSOU DE
60 PARA 180 CONTRIBUIÇÕES
(REGRA DE TRANSIÇÃO – ART. 142 DA LEI 8.213/91)

Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova:

35. (FCC - Procurador Autárquico – MANAUSPREV – 2015). A aposentadoria por tempo de


serviço, nos termos da Lei no 8.213/91, como regra, exige o seguinte número de contribuições
mensais:
a) 180.
b) 120.
c) 210.
d) 240.
e) 360.

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COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos recorrer ao art. 25 da Lei 8.213/91
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes
períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;
II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial: 180 contribuições
mensais
III - salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V e VII do art. 11 e o art. 13: dez
contribuições mensais, respeitado o disposto no parágrafo único do art. 39 desta Lei.
Parágrafo único. Em caso de parto antecipado, o período de carência a que se refere o inciso III será reduzido
em número de contribuições equivalente ao número de meses em que o parto foi antecipado.
(Destaque Nosso).

Dessa maneira podemos ver que a alternativa correta é a “A”, ou seja, aposentadoria por idade,
aposentadoria por tempo de serviço (tempo de contribuição) e aposentadoria especial exigem, no
mínimo, 180 contribuições mensais.
Obs.: Devemos lembrar que atualmente a aposentadoria por tempo de serviço foi substituída por
aposentadoria por tempo de contribuição.
Gabarito: A.

36. (FCC - Auditor - TCE-CE – 2015). A Lei no 8.213/1991 institui benefícios aos segurados e
seus dependentes, bem como requisitos para sua concessão, dentre eles a carência
relacionada à quantidade mínima de contribuições, que nos casos de aposentadoria por
invalidez comum e aposentadoria por idade, para filiados após a edição da referida lei, são
correta e respectivamente de:
a) 12 e 120.
b) 10 e 60.
c) 12 e 180.
d) 60 e 120.
e) dispensada e 180.

COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos recorrer ao art. 25 da Lei 8.213/91
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes
períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:

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I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;


II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial: 180 contribuições
mensais
III - salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V e VII do art. 11 e o art. 13: dez
contribuições mensais, respeitado o disposto no parágrafo único do art. 39 desta Lei.
Parágrafo único. Em caso de parto antecipado, o período de carência a que se refere o inciso III será reduzido
em número de contribuições equivalente ao número de meses em que o parto foi antecipado.
(Destaques Nossos);

Podemos notar que existem 3 possibilidades de carência (10, 12 e 180 contribuições mensais), o que
já descarta algumas das alternativas. O examinador questiona sobre a carência por invalidez
“comum” e por idade, que são respectivamente 12 e 180 contribuições mensais.
Lembrando que em caso de acidente de qualquer natureza ou causa, bem como incapacidade
decorrente de doença profissional ou do trabalho e doenças graves previstas na legislação, esse
tempo de carência para aposentadoria por invalidez será dispensado, conforme podemos ver no
Art.26 da Lei 8.213/91:
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente;
II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de
doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido
de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência
Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência
ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;
(...)

Portanto alternativa correta é a C, ou seja, 12 e 180 contribuições mensais respectivamente.


Gabarito: C.

11.4. SALÁRIO MATERNIDADE

11.4.1. Carência

A concessão do salário-maternidade para o contribuinte individual e segurado facultativo depende


do cumprimento da carência de 10 contribuições mensais.

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Será devido o salário-maternidade à segurada especial, desde que comprove o exercício de


atividade rural nos últimos 10 meses imediatamente anteriores à data do parto ou do
requerimento do benefício, quando requerido antes do parto, mesmo que de forma descontínua.

Em caso de parto antecipado, o período de carência do salário-maternidade será reduzido em


número de contribuições equivalente ao número de meses em que o parto foi antecipado.

Assim sendo, se o parto de uma segurada facultativa ou contribuinte individual for antecipado em 3
meses, a carência será reduzida de 10 contribuições mensais para 7 contribuições mensais.

No entanto, se o parto de uma segurada especial for antecipado em 3 meses, a carência será
reduzida de 10 meses de atividade rural para 7 meses de atividade rural.

Independe de carência a concessão de salário-maternidade para as seguradas empregada,


trabalhadora avulsa e empregada doméstica.

SALÁRIO MATERNIDADE
EMPREGADA
TRABALHADORA AVULSA “SEM CARÊNCIA”
EMPREGADA DOMÉSTICA

CONTRIBUINTE INDIVIDUAL
SEGURADA FACULTATIVA
10 CONTRIBUIÇÕES

10 MESES DE EFETIVO EXERCÍCIO


SEGURADA ESPECIAL NA ATIVIDADE AGROPECUÁRIA
OU PESQUEIRA
PARA CADA MÊS DE ANTECIPAÇÃO DO PARTO, ANTECIPA-SE A
CARÊNCIA NA MESMA QUANTIDADE DE MESES.

Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova:

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37. (CESPE - Auditor de Controle Externo - TCE-PE – 2017). A respeito da carência e da condição
de segurados e dependentes no regime geral da previdência social (RGPS), julgue o item
subsequente.
A concessão do salário-maternidade à segurada empregada independe de carência.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos recorrer aos art. 26 da Lei 8.213/91, que nos fala quais
benefícios são independentes de carência:
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
(...)
VI – salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada doméstica.
(Destaques Nossos).

Sendo assim podemos concluir que a assertiva está correta.


Gabarito: CERTO.

38. (CESPE - Defensor Público Federal – 2015) (Questão Adaptada). Acerca da carência, dos
períodos de graça e da condição de segurado, julgue o item a seguir.
O salário-maternidade pago à segurada empregada, à segurada doméstica e à segurada avulsa
prescinde de carência.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos recorrer aos art. 26 da Lei 8.213/91, que nos fala quais
benefícios são independentes de carência:

Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações: (...)

VI – salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada doméstica.

(Destaques Nossos).

Sendo assim podemos concluir que a assertiva está correta.


Gabarito: CERTO.

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11.5. AUXÍLIO-RECLUSÃO

11.5.1. Carência

A concessão do benefício de auxílio-reclusão depende do cumprimento da carência de 24


contribuições mensais.

Essa é uma das principais alterações trazidas pela Medida Provisória 871 de 18/01/19. Antes disso,
não era exigido carência para a concessão de auxílio reclusão.

AUXÍLIO RECLUSÃO

CARÊNCIA 24 CONTRIBUIÇÕES

Vejamos como tal assunto já foi cobrado em prova:

39. (CESPE – Analista de Controle Externo - TCE-PE – 2019). Com relação aos benefícios
previdenciários em espécie, julgue o item.
O auxílio reclusão beneficia os dependentes do segurado recolhido à prisão e independe de
carência.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Para responder à questão, vamos recorrer à Lei 8.213/91:

Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes
períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
(...)
IV -auxílio-reclusão: vinte e quatro contribuições mensais.
(...)
Art.80. O auxílio-reclusão será devido nas condições da pensão por morte, respeitado o tempo mínimo de
carência estabelecido no inciso IV do caput do art. 25, aos dependentes do segurado de baixa renda recolhido

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à prisão em regime fechado, que não receber remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio-doença,
pensão por morte, salário-maternidade, aposentadoria ou abono de permanência em serviço.
(destaques nossos)

Como podemos ver, o auxílio-reclusão é um benefício devido aos dependentes do segurado


recolhido à prisão, entretanto, conforme alteração trazida pela Medida Provisória 871 de 18/01/19,
é requerida uma carência de 24 meses para a concessão do auxílio-reclusão.
Na época da prova não era exigida a carência para a concessão do auxílio-reclusão, tendo sido a
questão considerada correta. Atualmente, a questão está incorreta por dizer que independe de
carência.
Gabarito: Errada.

11.6. SEM CARÊNCIA – DEMAIS BENEFÍCIOS E SERVIÇOS

Independem de carência a concessão das seguintes prestações do RGPS:

• pensão por morte;


• auxílio-acidente;
• salário-família;
• habilitação e reabilitação profissional;
• serviço social.

PENSÃO POR MORTE


AUXÍLIO-ACIDENTE
SALÁRIO FAMÍLIA

“SEM CARÊNCIA”

HABILITAÇÃO E REABILITAÇÃO PROFISSIONAL


SERVIÇO SOCIAL

“SEM CARÊNCIA”

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Como já estudado, também independem de carência os seguintes benefícios, nas condições abaixo
especificadas:

• auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou


causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após
filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em lista
elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3 (três) anos,
de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que
lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;
• salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada
doméstica.

11.7. CARÊNCIA EM CASO DE PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO

Na hipótese de perda da qualidade de segurado, para fins da concessão dos benefícios de auxílio-
doença, de aposentadoria por invalidez, de salário-maternidade e de auxílio-reclusão, o segurado
deverá contar, a partir da data da nova filiação à Previdência Social, com os períodos integrais de
carência previstos para tais benefícios.

CARÊNCIA EM CASO DE PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO

NA HIPÓTESE DE PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO, PARA FINS DA


CONCESSÃO DE BENEFÍCIOS, O SEGURADO DEVERÁ CONTAR, A PARTIR DA
DATA DA NOVA FILIAÇÃO À PREVIDÊNCIA SOCIAL, COM OS PERÍODOS
INTEGRAIS DE CARÊNCIA PREVISTOS PARA OS SEGUINTES BENEFÍCIOS:

AUXÍLIO-DOENÇA;

APOSENTADORIA POR INVALIDEZ;

SALÁRIO-MATERNIDADE;

AUXÍLIO-RECLUSÃO.

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Vejamos como tal assunto já foi cobrado em prova:

40. (FCC - Auditor Substituto de Conselheiro do TCM-RJ – 2015). O período de carência visa a
garantir o equilíbrio financeiro e atuarial do sistema. Para os segurados que ingressaram no
sistema após a vigência da Lei nº 8.213/1991, em relação aos benefícios de aposentadoria
especial, aposentadoria por invalidez acidentária e salário-família, a carência, em número de
contribuições mensais, será respectivamente de
a) 180, nenhuma, nenhuma.
b) 180, 12, nenhuma.
c) 120, 12, 10.
d) 120, nenhuma, 10.
e) 180, 120, 12.

COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão recorramos ao art. 26 da Lei 8.213/91, que assim dispõe:
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente
II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de
doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido
de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência
Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência
ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;
III - os benefícios concedidos na forma do inciso I do art. 39, aos segurados especiais referidos no inciso VII do
art. 11 desta Lei;
IV - serviço social;
V - reabilitação profissional
VI – salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada doméstica.
(Destaques Nossos).

Sobre a carência da aposentadoria especial, vamos conferir o art. 25 da Lei 8.213/91:


Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes
períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26: (....)
II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial: 180 contribuições
mensais (...). (Destaques Nossos).

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Assim, podemos concluir que para a aposentadoria especial, a carência são 180 meses, já para a
aposentadoria por invalidez acidentária e salário-família, ambos são independentes de carência.
Gabarito: A.

41. (CESPE - Auditor de Controle Externo - TCE-RO – 2013). Considerando as normas de


concessão de benefícios pelo regime geral de previdência social (RGPS), julgue o item a seguir.
De acordo com a legislação previdenciária, o período de carência corresponde ao número
mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o segurado faça jus ao recebimento
de alguns benefícios, independendo, no entanto, de carência a concessão dos benefícios de
pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente de qualquer natureza.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Conforme podemos ver nos artigos 24 e 26 da Lei 8.213/91, alguns benefícios precisam de um
determinado período de carência para poderem ser solicitados pelo segurado, já outros são
dispensados de carência.
Art. 24. Período de carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário
faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências.
(...)
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
I - pensão por morte, salário-família e auxílio-acidente;
(...)

Sendo assim, após a MP 871/2019, que incluiu carência de 24 contribuições mensais para o auxílio-
reclusão, podemos concluir que a assertiva está incorreta.
Gabarito: ERRADO.

42. (CESPE – Analista – SERPRO - 2013). Com base na legislação trabalhista e previdenciária
brasileira, julgue o item abaixo.
A concessão do auxílio-acidente previdenciário independe do cumprimento do período de
carência.
( ) Certo
( ) Errado

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COMENTÁRIOS:
Conforme podemos ver no Art.26 da Lei 8.213/91, alguns benefícios são independentes de carência
para poderem ser solicitados pelo segurado, é o caso do auxílio-acidente:
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente;
(...)
(Destaques Nossos).

Conforme podemos concluir a assertiva está correta.


Gabarito: CERTO.

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PAUSA PARA ANOTAÇÕES

Vamos dar uma parada. Você se deparou com diversas informações


importantes. Anote tudo o que você acha que pode causar problemas para
você. Certamente você fará bom uso de suas anotações. Pronto, agora é
com você. Mãos à obra.
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“Todo esforço sempre é recompensado!”

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12. RESUMO DA AULA

✓ Dependentes:
o 1ª Classe: o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado,
de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha
deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
o 2ª Classe: os pais;
o 3ª Classe: o irmão de qualquer condição menor de 21 (vinte e um) anos ou
inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave, nos
termos do regulamento.

✓ Benefícios Previdenciários:
o 4 Aposentadorias:
▪ Aposentadoria por invalidez
▪ Aposentadoria por idade
▪ Aposentadoria por tempo de contribuição
▪ Aposentadoria especial

o 3 auxílios:
▪ Auxílio doença
▪ Auxílio acidente
▪ Auxílio reclusão (para dependentes)

o 2 salários:
▪ Salário família
▪ Salário maternidade

o 1 pensão:
▪ Pensão por morte

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✓ Aposentadoria por Invalidez:


o Perda total e permanente da capacidade para o trabalho;
o Mediante perícia médica;
o Sem possibilidade de Reabilitação
o Carência:
▪ 12 contribuições
▪ Sem carência:
• Incapacidade decorrente de acidente de qualquer natureza ou
causa;
• Doença profissional ou do trabalho;
• Segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma
das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos
Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada
3 (três) anos.

✓ Aposentadoria por Idade:


o 65 anos (homem);
o 60 anos (mulher).
o Se for produtor rural, pescador artesanal ou garimpeiro:
▪ 60 anos (homem)
▪ 55 anos (mulher)
o Se for pessoa com deficiência:
▪ 60 anos (homem)
▪ 55 anos (mulher)

✓ Aposentadoria por Tempo de Contribuição:


o 35 anos (homem)
o 30 anos (mulher)
o Se for professor (ensino infantil, fundamental ou médio):
▪ 30 anos (homem)
▪ 25 anos (mulher)

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o Se for pessoa com deficiência:


▪ Deficiência Grave
• 25 anos (homem)
• 20 anos (mulher)
▪ Deficiência Moderada
• 29 anos (homem)
• 24 anos (mulher)
▪ Deficiência leve
• 33 anos (homem)
• 28 anos (mulher)
o Carência: 180 contribuições:

✓ Aposentadoria Especial:
o Trabalhar exposto a agentes físicos, químicos ou biológicos;
o Prejudicial à saúde;
o Prejudicial à integridade física;
o Durante 15, 25 ou 25 anos.

✓ Auxílio-Doença:
o Incapacidade temporária para o trabalho, por motivo de doença ou acidente;
o Carência:
▪ 12 contribuições
▪ Sem carência:
• Incapacidade decorrente de acidente de qualquer natureza ou
causa;
• Doença profissional ou do trabalho;
• Segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma
das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos
Ministérios

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✓ Auxílio-Acidente:
o Após acorrer um acidente de qualquer natureza ou causa, quando há
consolidação das lesões com sequelas definitivas, com redução parcial da
capacidade laborativa;
o Sem carência

✓ Salário-Maternidade:
o Parto;
o Aborto não criminoso;
o Adoção;
o Guarda judicial para fins de adoção
o Carência:
▪ Sem carência: Empregada, Doméstica e Trabalhadora avulsa;
▪ 10 contribuições: Contribuinte Individual e segurada facultativa;
▪ 10 meses de efetivo exercício na atividade agropecuária ou pesqueira:
segurada especial

✓ Salário-Família:
o Ter filho de até 14 anos (ou inválido de qualquer idade);
o Segurado de baixa renda
o Sem carência

✓ Pensão por morte:


o Morte do segurado;
o Morte presumida do segurado:
▪ Declaração judicial de ausência;
▪ Comprovada presença em catástrofes, desastres ou acidentes.
o Sem carência

✓ Auxílio Reclusão:
o Segurado recolhido à prisão;
o Regime prisional fechado.
o Carência: 24 contribuições mensais

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Muito bem! Agora que terminamos o estudo do conteúdo e respectiva revisão da nossa aula,
recomendo que você refaça, preferencialmente no dia seguinte, a lista de exercícios desta aula, que
apresentamos a seguir.

Vale ressaltar que, neste momento do estudo, a resolução dos exercícios não tem apenas finalidade
de mensurar o seu conhecimento, mas de consolidar tal conhecimento, proporcionando maior
fixação de conteúdo, identificação de pontos não retidos durante o estudo e aprofundamento
teórico por meio dos comentários na resolução das questões.

Outrossim, não deixe de marcar todas as questões que errar ou tiver dúvidas, para repetição
oportuna da resolução. Ademais, estude os comentários contidos na resolução de cada questão com
o mesmo zelo que teve com o estudo inicial de conteúdo, inclusive fazendo anotações e marcações.

Lembre-se que o ponto mais importante da sua preparação está na revisão de conteúdo e na
resolução de exercícios. Assim sendo, não deixe de dar atenção máxima a tais ferramentas.

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13. LISTA DE EXERCÍCIOS

Lista dos exercícios utilizados nesta aula (resolvidos e comentados em seguida)

1. (CESPE - Analista de Gestão Educacional – SEDF - 2017). Relativamente a segurados,


cumulação de benefícios e previdência complementar, julgue o item a seguir.
Entende-se como companheiro ou companheira para efeito de proteção previdenciária a
pessoa com quem o segurado mantém união estável por período superior a cinco anos,
independentemente da existência de prole em comum.
( ) Certo
( ) Errado

2. (CESPE - Auditor de Controle Externo - TCE-PE - 2017). A respeito da carência e da condição


de segurados e dependentes no regime geral da previdência social (RGPS), julgue o item
subsequente.
Para a concessão da pensão por morte na condição de companheira ou companheiro, exige-se
do interessado a prova da existência de filhos em comum ou da convivência por, no mínimo,
dois anos com o segurado falecido.
( ) Certo
( ) Errado

3. (CESPE - Auditor Fiscal de Controle Externo - TCE-SC – 2016). A seguridade social


compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da
sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência
social. Acerca da seguridade social, julgue o item subsequente.
O STF reconhece a união homoafetiva como entidade familiar e, consequentemente, assegura
ao(à) companheiro(a) da pessoa segurada a qualidade de dependente para fins
previdenciários.
( ) Certo
( ) Errado

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4. (CESPE - Auditor de Contas Públicas - TCE-PB – 2018) (QUESTÃO ADAPTADA).


Ao filho maior de vinte e um anos de idade será garantida a prestação de benefícios e serviços
da previdência social, desde que comprove a matrícula em instituição de ensino superior, até
a data da sua formatura.
( ) Certo
( ) Errado

5. (CESPE - Defensor Público do Distrito Federal – 2013). Acerca do RGPS, julgue o item a
seguir.
De acordo com o disposto na Lei n.º 8.213/1991, filho maior de vinte e um anos de idade não
portador de invalidez ou qualquer deficiência mantém a condição de dependente do segurado
do RGPS até completar vinte e quatro anos, desde que seja estudante universitário.
( ) Certo
( ) Errado

6. (Questão Inédita) Julgue o item a seguir: De acordo com o disposto na Lei n.º 8.213/1991, o
filho, ainda não emancipado, quando adquire a maioridade civil e não é portador de invalidez
ou qualquer deficiência, automaticamente perde a condição de dependente do segurado do
RGPS.
( ) Certo
( ) Errado

7. (CESPE - Auditor de Controle Externo - TCE-PE - Auditoria de Contas Públicas – 2017).


Acerca da filiação, acumulação de benefício e regimes próprios de previdência social, julgue o
item a seguir.
O adolescente que estiver sob dependência econômica da madrasta, segurada do RGPS,
poderá ser inscrito no INSS como dependente desta.
( ) Certo
( ) Errado

8. (CESPE - Defensor Público Federal – 2015). Em relação aos segurados do RGPS e seus
dependentes, julgue o item subsecutivo.
A lei de benefícios previdenciários prevê expressamente que o menor sob guarda do segurado
filiado ao RGPS é seu dependente, havendo discussão jurisprudencial a respeito do tema, dada
a existência de normas contrárias no ordenamento jurídico nacional.

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( ) Certo
( ) Errado

9. (CESPE - Auditor de Contas Públicas - TCE-PB – 2018) (QUESTÃO ADAPTADA). Julgue a


assertiva a seguir.
A prestação de benefícios e serviços da previdência social será garantida ao cônjuge supérstite,
desde que este comprove a dependência econômica do cônjuge segurado que tiver falecido.
( ) Certo
( ) Errado

10. (CESPE - Analista Judiciário - TRT 7ª Região – 2017) (QUESTÃO ADAPTADA). João, segurado
obrigatório no RGPS, é casado com Fabiana, pelo regime da separação total de bens, com quem
tem dois filhos, Marcos, de dezesseis anos de idade, e Felipe, de vinte e cinco anos de idade,
portador de deficiência mental grave desde criança.
Nessa situação hipotética, à luz da Lei n.º 8.213/1991, considera(m)-se dependente(s)
previdenciário(s) de João: Fabiana, Marcos e Felipe.
( ) Certo
( ) Errado

11. (CESPE - Juiz Federal - TRF 1ª Região – 2015) (QUESTÃO ADAPTADA). Com relação aos
beneficiários do RGPS, julgue o item a seguir:
Para efeitos previdenciários, presume-se que o filho e o enteado com menos de vinte e um
anos são economicamente dependentes do segurado.
( ) Certo
( ) Errado

12. (CESPE - Defensor Público do Distrito Federal – 2013). Acerca do RGPS, julgue o item a
seguir.
É presumida a dependência econômica do filho com mais de dezoito anos e menos de vinte e
um anos de idade em relação ao segurado da previdência social, não sendo necessária a
comprovação dessa dependência para que ele se torne beneficiário do RGPS na condição de
dependente do segurado.
( ) Certo
( ) Errado

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13. (CESPE - Defensor Público Federal - 2017). A respeito da condição de segurados e


dependentes no RGPS e da fonte de custeio desse regime, julgue o item subsequente.
Para efeito de concessão de benefício aos dependentes, a dependência econômica dos
genitores do segurado é considerada presumida.
( ) Certo
( ) Errado

14. (CESPE - Analista de Administração Pública - TC-DF - 2014). No que se refere ao regime
geral de previdência social, julgue o item a seguir.
É presumida, por força de lei, a dependência econômica dos pais do segurado para fins de
atribuição da qualidade de dependentes.
( ) Certo
( ) Errado

15. (CESPE - Auditor Fiscal do Trabalho – 2013). No que se refere às normas que regulamentam
a condição de dependente no RGPS, julgue o item subsequente.
Apesar de integrarem a segunda classe de dependentes, os pais poderão fazer jus ao
recebimento de pensão por morte, desde que comprovem a dependência econômica do
segurado a eles, ainda que existam dependentes que integrem a primeira classe.
( ) Certo
( ) Errado

16. (CESPE - Auditor Governamental - CGE PI –2015). A respeito do regime geral de


previdência social, julgue o item a seguir.
A dependência econômica do irmão menor de vinte e um anos de idade na condição de
dependente do segurado é presumida para fins de obtenção de benefício previdenciário.
( ) Certo
( ) Errado

17. (CESPE - Analista Judiciário - TRT 10ª Região – 2013). O item a seguir apresenta uma
situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada com base nas disposições do direito
previdenciário.
José, com dezesseis anos de idade, não emancipado, vive às expensas de seu irmão mais velho,
João, que é segurado da previdência social. Nessa situação, José é considerado beneficiário do
regime geral da previdência social, na condição de dependente de João.

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( ) Certo
( ) Errado

18. (FCC - Analista Judiciário (TST)/Judiciária/2012). São beneficiários do Regime Geral da


Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
a) os ascendentes até o terceiro grau, desde que comprovada a dependência econômica.
b) o irmão até completar 18 anos ou inválido, independentemente de comprovação da
dependência econômica.
c) o menor tutelado independentemente de comprovação da dependência econômica.
d) o cônjuge e a companheira, desde que comprovada a dependência econômica.
e) o filho não emancipado inválido independentemente de comprovação de dependência
econômica.

19. (FCC - Analista Judiciário (TRT 6ª Região)/Judiciária/"Sem Especialidade"/2012). Nos


termos da Lei no 8.213/1991, NÃO são beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na
condição de dependentes do segurado:
a) os seus pais.
b) o seu irmão inválido de 30 anos.
c) o seu irmão não emancipado menor de 21 anos.
d) o companheiro que mantém união estável.
e) o enteado menor ainda que não comprovada a dependência econômica do segurado.

20. (FCC - Procurador Autárquico – MANAUSPREV – 2015). Após o falecimento de Isis, seus
familiares procuraram a Previdência Social a fim de requerer os benefícios como dependentes
do de cujus. Nessa situação, a dependência econômica não será presumida, devendo ser
comprovada para:
a) filho inválido com 30 anos.
b) companheiro que mantinha união estável com a segurada.
c) enteado menor de 21 anos.
d) filho não emancipado de 19 anos.
e) cônjuge.

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21. (FCC - Auditor - TCE-CE – 2015). Afrodite é segurada do Regime Geral da Previdência Social.
Mantém união estável como entidade familiar com Thor e possui um filho Hermes de 27 anos.
Em sua residência também habitam o seu pai Ulisses de 64 anos e a sua irmã Medusa, não
emancipada, de 17 anos. Considerando as regras contidas no Plano de Benefícios da
Previdência Social, será considerado segurado de primeira classe e será presumida a
dependência econômica, respectivamente, de
a) Thor e Thor.
b) Thor e Ulisses.
c) Ulisses e Medusa.
d) Hermes e Medusa.
e) Hermes e Hermes.

22. (FCC - Procurador do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro – 2015).


Dependente é toda pessoa física filiada ao Regime Geral da Previdência Social em razão do seu
vínculo com o segurado principal. Quanto aos dependentes, não é necessária a comprovação
dessa condição, em razão de presunção legal de dependência econômica:
a) os filhos, enteados e tutelados até 25 anos de idade.
b) os pais desde que inválidos.
c) os netos, filhos ou enteados de qualquer idade, desde que universitários.
d) os irmãos desde que inválidos.
e) o cônjuge, companheiro ou filho não emancipado, menor de 21 anos ou inválido.

23. (FCC - Auditor Substituto de Conselheiro do TCM-RJ – 2015). Em relação aos dependentes
dos segurados, nos termos previstos no Plano de Benefícios do Regime Geral da Previdência
Social,
a) os avós constam do rol dos dependentes que têm dependência econômica legalmente
presumida.
b) são benefícios previstos aos dependentes a pensão por morte, a reabilitação profissional e
o salário maternidade.
c) o menor tutelado e o enteado não se equiparam aos filhos para efeitos previdenciários.
d) a existência de dependentes de quaisquer das classes exclui do direito às prestações os das
classes seguintes.
e) os irmãos menores de 21 anos, ainda que emancipados, são dependentes de segunda classe.

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24. (FCC - Assessor Jurídico - TCE-PI – 2014). A lei que dispõe sobre o regime geral da
previdência social prevê como prestações expressas em benefícios e serviços, devidas apenas
aos dependentes dos segurados,
a) aposentadoria especial e serviço social.
b) salário-família e auxílio-reclusão.
c) reabilitação profissional e salário-maternidade.
d) pensão por morte e auxílio-reclusão.
e) pecúlio e abono de permanência em serviço.

25. (CESPE - Auditor Fiscal do Trabalho – 2013). No que se refere às normas que regulamentam
a condição de dependente no RGPS, julgue o item subsequente.
O companheiro e a companheira, desde que comprovem a existência de união estável,
integram o rol de dependentes da primeira classe, o que lhes permite receber pensão por
morte ou auxílio-reclusão, conforme o caso.
( ) Certo
( ) Errado

26. (FCC - Analista Judiciário - TRT 6ª Região)/Judiciária/"Sem Especialidade"/2012). Quanto


aos dependentes, são consideradas prestações previdenciárias compreendidas pelo Regime
Geral de Previdência Social:
a) aposentadoria por invalidez e auxílio-doença.
b) auxílio-reclusão e aposentadoria por tempo de contribuição.
c) pensão por morte e aposentadoria especial.
d) auxílio-reclusão e pensão por morte.
e) aposentadoria por idade e auxílio-doença.

27. (CESPE - Analista Judiciário - TRT 17ª Região – 2013). Julgue o item seguinte, relativo aos
benefícios do regime geral de previdência social.
Considere que um indivíduo, antes de aderir ao regime geral de previdência social, estivesse
enfermo de uma moléstia incapacitante para o trabalho. Nessa situação, se não tiver havido
posterior progressão ou agravamento da enfermidade, tal doença não dará a esse indivíduo o
direito de obter a aposentadoria por invalidez.
( ) Certo
( ) Errado

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28. (FCC - Analista Judiciário - TRT 2ª Região - Área Judiciária/Oficial de Justiça Avaliador
Federal/2014). A aposentadoria por idade de um trabalhador urbano (exceto pessoa com
deficiência), no regime geral de previdência social, será devida, desde que preenchida a
carência aos
a) 53 anos de idade, para homens, e aos 48 anos, para mulheres.
b) 70 anos de idade, para homens, e aos 65 anos, para mulheres.
c) 65 anos de idade, para homens, e aos 60 anos, para mulheres.
d) 60 anos de idade, indistintamente para homens ou mulheres.
e) 65 anos de idade, indistintamente para homens ou mulheres.

29. (CESPE - Advogado da União – 2015). Acerca do RGPS, julgue o item subsequente.
Desde que tenha sido intercalado com o exercício de atividade laborativa, o período em que o
segurado se beneficiar de auxílio-doença deverá ser considerado para fins de cômputo de
carência e para o cálculo do tempo de contribuição na concessão de aposentadoria por
invalidez, conforme entendimento do STF.
( ) Certo
( ) Errado

30. (FCC - Analista Judiciário - TRF 3ª Região – 2014). De acordo com a Lei nº 8.213/91, em
regra, a concessão do benefício do auxílio-doença:
a) não possui período de carência pré-estabelecido.
b) está sujeita a carência de doze contribuições mensais.
c) está sujeita a carência de seis contribuições mensais.
d) está sujeita a carência de quinze contribuições mensais.
e) só estará sujeita ao período de carência se a concessão inicial for de, no mínimo, trinta dias.

31. (CESPE - Defensor Público Federal- 2017). O item seguinte, acerca de benefícios
previdenciários, apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada.
Raul nunca havia contribuído para o RGPS. No entanto, após uma semana do início de atividade
laboral em determinado emprego, um acidente de trabalho o tornou incapaz e insuscetível de
reabilitação.
Nessa situação, Raul não faz jus ao benefício da aposentadoria por invalidez porque não
cumpriu o tempo de carência exigido.
( ) Certo
( ) Errado

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32. (CESPE - Analista de Controle Externo - TCE-PE – 2017). No item a seguir, é apresentada
uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada a respeito de benefício
previdenciário e contribuição para o RGPS e regime próprio de previdência social.
Flávio, que nunca havia contribuído para o RGPS, foi contratado como empregado de uma
empresa privada. No quinto dia de trabalho, ao conduzir sua bicicleta rumo ao seu emprego,
Flávio foi atropelado por um veículo, o que o deixou absolutamente incapacitado. Nessa
situação, Flávio não terá direito à aposentadoria por invalidez concedida pelo RGPS, por não
ter cumprido o tempo mínimo de carência.
( ) Certo
( ) Errado

33. (CESPE - Técnico do Seguro Social – 2016). Com base no disposto na Lei n.º 8.213/1991,
que trata dos planos de benefícios da previdência social e dá outras providências, julgue o item
seguinte.
Em regra, o período de carência para a concessão do benefício de auxílio-doença é de doze
contribuições mensais.
( ) Certo
( ) Errado

34. (CESPE - Inspetor de Controle Externo - TCE-RN – 2015). Julgue o item a seguir, relativo à
seguridade social e ao regime geral de previdência social.
A concessão de auxílio-doença independe de carência nos casos em que o segurado ficar
incapacitado para seu trabalho por mais de quinze dias consecutivos devido a alguma doença
profissional ou a um acidente de qualquer natureza.
( ) Certo
( ) Errado

35. (FCC - Procurador Autárquico – MANAUSPREV – 2015). A aposentadoria por tempo de


serviço, nos termos da Lei no 8.213/91, como regra, exige o seguinte número de contribuições
mensais:
a) 180.
b) 120.
c) 210.
d) 240.
e) 360.

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36. (FCC - Auditor - TCE-CE – 2015). A Lei no 8.213/1991 institui benefícios aos segurados e
seus dependentes, bem como requisitos para sua concessão, dentre eles a carência
relacionada à quantidade mínima de contribuições, que nos casos de aposentadoria por
invalidez comum e aposentadoria por idade, para filiados após a edição da referida lei, são
correta e respectivamente de:
a) 12 e 120.
b) 10 e 60.
c) 12 e 180.
d) 60 e 120.
e) dispensada e 180.

37. (CESPE - Auditor de Controle Externo - TCE-PE – 2017). A respeito da carência e da condição
de segurados e dependentes no regime geral da previdência social (RGPS), julgue o item
subsequente.
A concessão do salário-maternidade à segurada empregada independe de carência.
( ) Certo
( ) Errado

38. (CESPE - Defensor Público Federal – 2015) (Questão Adaptada). Acerca da carência, dos
períodos de graça e da condição de segurado, julgue o item a seguir.
O salário-maternidade pago à segurada empregada, à segurada doméstica e à segurada avulsa
prescinde de carência.
( ) Certo
( ) Errado

39. (CESPE – Analista de Controle Externo TCE – PE – 2017). Com relação aos benefícios
previdenciários em espécie, julgue o item.
O auxílio-reclusão beneficia os dependentes do segurado recolhido à prisão e independe de
carência.
( ) Certo
( ) Errado

40. (FCC - Auditor Substituto de Conselheiro do TCM-RJ – 2015). O período de carência visa a
garantir o equilíbrio financeiro e atuarial do sistema. Para os segurados que ingressaram no
sistema após a vigência da Lei nº 8.213/1991, em relação aos benefícios de aposentadoria

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especial, aposentadoria por invalidez acidentária e salário-família, a carência, em número de


contribuições mensais, será respectivamente de
a) 180, nenhuma, nenhuma.
b) 180, 12, nenhuma.
c) 120, 12, 10.
d) 120, nenhuma, 10.
e) 180, 120, 12.

41. (CESPE - Auditor de Controle Externo - TCE-RO – 2013). Considerando as normas de


concessão de benefícios pelo regime geral de previdência social (RGPS), julgue o item a seguir.
De acordo com a legislação previdenciária, o período de carência corresponde ao número
mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o segurado faça jus ao recebimento
de alguns benefícios, independendo, no entanto, de carência a concessão dos benefícios de
pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente de qualquer natureza.
( ) Certo
( ) Errado

42. (CESPE – Analista – SERPRO - 2013). Com base na legislação trabalhista e previdenciária
brasileira, julgue o item abaixo.
A concessão do auxílio-acidente previdenciário independe do cumprimento do período de
carência.
( ) Certo
( ) Errado

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13.1 . GABARITO COMENTADO

1. (CESPE - Analista de Gestão Educacional – SEDF - 2017). Relativamente a segurados, cumulação


de benefícios e previdência complementar, julgue o item a seguir.
Entende-se como companheiro ou companheira para efeito de proteção previdenciária a pessoa
com quem o segurado mantém união estável por período superior a cinco anos,
independentemente da existência de prole em comum.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
As Classes de dependentes são definidas em três, e companheiros, desde que comprovem união
estável, são considerados como dependentes Classe I, portanto automaticamente considerados
como financeiramente dependentes do segurado, não existindo um prazo legal para configurar uma
união considerada estável, conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
(...)
§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o
segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal.
(Destaques Nossos).
Vamos conferir o Art. 226 da Constituição federal:
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
[...]
§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como
entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
(Destaques Nossos).

Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa.

Gabarito: ERRADO.

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2. (CESPE - Auditor de Controle Externo - TCE-PE - 2017). A respeito da carência e da condição de


segurados e dependentes no regime geral da previdência social (RGPS), julgue o item
subsequente.
Para a concessão da pensão por morte na condição de companheira ou companheiro, exige-se do
interessado a prova da existência de filhos em comum ou da convivência por, no mínimo, dois
anos com o segurado falecido.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Assertiva incorreta. As Classes de dependentes, conforme estudamos, são definidas em três e
companheiros, desde que comprovem união estável, são considerados como dependentes Classe I,
sendo automaticamente considerados como financeiramente dependentes do segurado, e não
existindo um prazo legal para configurar uma união considerada estável e, menos ainda a
necessidade da existência de filhos em comum, conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
(...)
§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o
segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal.
(Destaques Nossos).

Vejamos o Art. 226 da Constituição federal:


Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
[...]
§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como
entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
(Destaques Nossos).

Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa.

Gabarito: ERRADO.

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3. (CESPE - Auditor Fiscal de Controle Externo - TCE-SC – 2016). A seguridade social compreende
um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a
assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Acerca da seguridade
social, julgue o item subsequente.
O STF reconhece a união homoafetiva como entidade familiar e, consequentemente, assegura
ao(à) companheiro(a) da pessoa segurada a qualidade de dependente para fins previdenciários.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Sabemos que os dependentes são divididos em 3 classes, segundo o Art. 16 da Lei 8.213/91, senão
vejamos:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
II - os pais;
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha
deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;

Na análise literal do dispositivo, podemos notar que nada se aborda sobre os relacionamentos
homoafetivos, por isso o STF publicou uma nota onde muda isso, conforme segue:
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. UNIÃO HOMOAFETIVA. LEGITIMIDADE
CONSTITUCIONAL DO RECONHECIMENTO E QUALIFICAÇÃO DA UNIÃO CIVIL ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO
COMO ENTIDADE FAMILIAR. DIREITO À PERCEPÇÃO DO BENEFÍCIO DA PENSÃO POR MORTE.
RECONHECIMENTO. APLICAÇÃO DAS REGRAS E CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS VÁLIDAS PARA A UNIÃO ESTÁVEL
HETEROAFETIVA. ACÓRDÃO RECORRIDO EM CONSONÂNCIA COM O ENTENDIMENTO DO PLENÁRIO DESTA
CORTE. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL.
1. O preceito constante do art. 1.723 do Código Civil — “é reconhecida como entidade familiar a união estável
entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o
objetivo de constituição de família” – não obsta que a união de pessoas do mesmo sexo possa ser reconhecida
como entidade familiar apta a merecer proteção estatal. O Pleno do Supremo Tribunal Federal, proferiu esse
entendimento no julgamento da ADI 4.277 e da ADPF 132, ambas da Relatoria do Ministro Ayres Britto, Sessão
de 5.5.11, utilizando a técnica da interpretação conforme a Constituição do referido preceito do Código Civil,
para excluir qualquer significado que impeça o reconhecimento da união contínua, pública e duradoura entre
pessoas do mesmo sexo como entidade familiar, entendida esta como sinônimo perfeito de família.
Reconhecimento este, que deve ser feito segundo as mesmas regras e com idênticas consequências da união
estável heteroafetiva.

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2. Em recente pronunciamento, a Segunda Turma desta Corte, ao julgar caso análogo ao presente, o RE n.
477.554-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 26.08.11, em que se discutia o direito do companheiro,
na união estável homoafetiva, à percepção do benefício da pensão por morte de seu parceiro, enfatizou que
“ninguém, absolutamente ninguém, pode ser privado de direitos nem sofrer quaisquer restrições de ordem
jurídica por motivo de sua orientação sexual. Os homossexuais, por tal razão, têm direito de receber a igual
proteção tanto das leis quanto do sistema político-jurídico instituído pela Constituição da República, mostrando-
se arbitrário e inaceitável qualquer estatuto que puna, que exclua, que discrimine, que fomente a intolerância,
que estimule o desrespeito e que desiguale as pessoas em razão de sua orientação sexual. (…) A família
resultante da união homoafetiva não pode sofrer discriminação, cabendo-lhe os mesmos direitos, prerrogativas,
benefícios e obrigações que se mostrem acessíveis a parceiros de sexo distinto que integrem uniões
heteroafetivas.” (Precedentes: RE n. 552.802, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJe de 24.10.11; RE n. 643.229,
Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 08.09.11; RE n. 607.182, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de
15.08.11; RE n. 590.989, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 24.06.11; RE n. 437.100, Relator o Ministro
Gilmar Mendes, DJe de 26.05.11, entre outros).
3. (...)
4. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: “EMENTA: ADMINISTRATIVO. CONSTITUCIONAL.
PREVIDENCIÁRIO. AÇÃO DECLARATÓRIA. BENEFÍCIO DE PENSÃO PREVIDENCIÁRIA. PRELIMINAR DE
IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. REJEITADA DIANTE DO INFORMATIVO Nº 0366, DO STJ. MÉRITO.
RELAÇÃO HOMOAFETIVA. RECONHECIMENTO COMO BENEFÍCIO DE PENSÃO POS MORTEM. POSSIBILIDADE.
REEXAME NECESSÁRIO IMPROVIDO, APELO VOLUNTÁRIO PREJUDICADO. DECISÃO UNÂNIME.
1 - Ineficácia da prejudicial de impossibilidade jurídica do pedido, união homoafetiva é reconhecida pelos
Tribunais Pátrios, apesar de inexistir ordenamento legal. Possibilidade de ser concedido o benefício
previdenciário nos casos de relação homoafetiva. Informativo de nº 0366, da Quarta Turma do Superior Tribunal
de Justiça reconhece a Possibilidade Jurídica do Pedido
2 - Faz jus apelada a percepção do benefício de pensão por morte o autor logrou êxito em comprovar,
efetivamente, sua vida em comum com o falecido segurado, como se more uxório, mantendo residência
conjunta, partilhando despesas, além da aquisição de bens, tais como um imóvel que foi adquirido por ambos,
e deixado ao autor.
3 - Pleito do apelado em conformidade com o Princípio Constitucional da Igualdade, da dignidade da pessoa
humana e da promoção do bem de todos, sem preconceitos ou quaisquer outras formas de discriminação,
previsto no inciso I, do Art. 5º da Carta Magna, posto que a união homoafetiva merece ser tratada como uniões
heterossexuais. 4 - Incontestável direito do apelado à percepção de pensão por morte nos termos assegurados
pela Constituição da República de 1988 e a própria IN/INSS nº 025/2000, vez que presentes os requisitos
necessários ao gozo desse direito. 5 - Reexame necessário improvido, prejudicado o apelo voluntário para
manter incólume a decisão recorrida. 6 – Decisão unânime.” 5. Agravo regimental a que se nega provimento.
(STF – RE 607562 AgR/PE – Relator Ministro LUIZ FUX – Primeira Turma – Julgamento em 18.09.2012 –
Publicação em 03.10.2012)
(Destaques Nossos).

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Portanto podemos concluir que a assertiva está correta, pois o STF reconhece a união homoafetiva
como entidade familiar e, consequentemente, assegura ao companheiro(a) da pessoa segurada a
qualidade de dependente para fins previdenciários.
Estudar a Jurisprudência é essencial para diferenciar o candidato bem preparado. Sobretudo em
casos de assuntos que possuem uma razoável projeção na mídia. Estes assuntos, o candidato tem
que saber.

Gabarito: CERTO.

4. (CESPE - Auditor de Contas Públicas - TCE-PB – 2018) (QUESTÃO ADAPTADA).


Ao filho maior de vinte e um anos de idade será garantida a prestação de benefícios e serviços da
previdência social, desde que comprove a matrícula em instituição de ensino superior, até a data
da sua formatura.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Filhos, com exceção dos inválidos ou deficientes, são dependentes Classe I e possuem direito a
pensão até os 21 anos, não sendo o exercício de tal direito prorrogável pelo fato de estarem
matriculados em universidade.
Conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (...)
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser
comprovada.
(Destaques Nossos).

Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa.

Gabarito: ERRADO.

5. (CESPE - Defensor Público do Distrito Federal – 2013). Acerca do RGPS, julgue o item a seguir.
De acordo com o disposto na Lei n.º 8.213/1991, filho maior de vinte e um anos de idade não
portador de invalidez ou qualquer deficiência mantém a condição de dependente do segurado do
RGPS até completar vinte e quatro anos, desde que seja estudante universitário.

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( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Filhos fazem parte de dependentes da Classe I, como podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91, mas
como sabemos, há algumas condições para isto. Vejamos o referido artigo:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
(...)
(Destaques Nossos).

Podemos ver que nada se fala sobre o filho ser estudante universitário ou não. A lei apenas diz que
filhos menores de 21 anos são considerados como dependentes, com exceção aos filhos inválidos
ou portadores de deficiências intelectuais ou mentais, portanto assertiva incorreta.

Gabarito: ERRADO.

6. (Inédita) Julgue o item a seguir: De acordo com o disposto na Lei n.º 8.213/1991, o filho, ainda
não emancipado, quando adquire a maioridade civil e não é portador de invalidez ou qualquer
deficiência, automaticamente perde a condição de dependente do segurado do RGPS.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Filhos fazem parte de dependentes da Classe I e perdem tal condição quando chegam a determinada
idade. Mas será que esta idade coincide com a maioridade civil? Vejamos o art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
(...)
(Destaques Nossos).

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Podemos ver, neste caso, que a idade considerada pela legislação previdenciária para a perda da
condição de dependente é de 21 anos. Isto é diferente da perda da menoridade que, segundo o
artigo 5º do Código Civil, cessa aos 18 anos.
Calma... Você não precisa saber todo o Código Civil para realizar uma prova de direito previdenciário.
Mas, neste tipo de contexto, uma informação que pode ser considerada senso comum (a maioridade
no Brasil inicia-se após os 18 anos completos), pode cair na sua prova. Mas não confunda maioridade
civil (18 anos) com idade padrão para cessar a dependência do filho no RGPS (21 anos).

Gabarito: ERRADO.

7. (CESPE - Auditor de Controle Externo - TCE-PE - Auditoria de Contas Públicas – 2017). Acerca
da filiação, acumulação de benefício e regimes próprios de previdência social, julgue o item a
seguir.
O adolescente que estiver sob dependência econômica da madrasta, segurada do RGPS, poderá
ser inscrito no INSS como dependente desta.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
As Classes de dependentes são definidas em três, e vimos que apenas os dependentes de 1ª Classe
são considerados como financeiramente dependentes do segurado. O enteado do segurado é
equiparado aos filhos, mas precisa comprovar dependência econômica para ser considerado
dependente e receber os benefícios, conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (...)
§ 2º O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde
que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento.
(Destaques Nossos).

Sendo assim podemos concluir que a assertiva é verdadeira.

Gabarito: CERTO.

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8. (CESPE - Defensor Público Federal – 2015). Em relação aos segurados do RGPS e seus
dependentes, julgue o item subsecutivo.
A lei de benefícios previdenciários prevê expressamente que o menor sob guarda do segurado
filiado ao RGPS é seu dependente, havendo discussão jurisprudencial a respeito do tema, dada a
existência de normas contrárias no ordenamento jurídico nacional.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Grande polêmica está na exclusão dos “menores sob guarda” do rol de dependentes equiparados a
filhos, conforme podemos verificar no art. 16, § 2º,da Lei 8.213/91, com a redação dada pela Lei nº
9.528/97. Após a exclusão dos menores sob guarda, restaram como equiparados a filhos apenas o
enteado e o menor tutelado.
No entanto, o Estatuto da Criança e Adolescente (Lei 8.090/90), em seu art. 33, §1º, determina que:
§ 3º A guarda confere à criança ou adolescente a condição de dependente, para todos os fins e
efeitos de direito, inclusive previdenciários.
Como podemos perceber, existe um conflito entre a norma mais específica (Lei 8.213/91) e a norma
mais genérica (Estatuto da Criança e do Adolescente) acerca da equiparação a filho do “menor sob
guarda”, para efeitos previdenciários
A assertiva está incorreta, pois diferentemente do afirmado, a lei de benefícios previdenciários NÃO
prevê expressamente que o menor sob guarda do segurado filiado ao RGPS é seu dependente (não
confundir menor sob guarda com menor sob tutela), havendo discussão jurisprudencial a respeito
do tema, dada a existência de normas contrárias no ordenamento jurídico nacional, como é o caso
do Estatuto da Criança e do Adolescente.

Gabarito: ERRADO.

9. (CESPE - Auditor de Contas Públicas - TCE-PB – 2018) (QUESTÃO ADAPTADA). Julgue a assertiva
a seguir.
A prestação de benefícios e serviços da previdência social será garantida ao cônjuge supérstite,
desde que este comprove a dependência econômica do cônjuge segurado que tiver falecido.
( ) Certo
( ) Errado

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Cônjuge, como você sabe, são pertencentes à Classe I. Não se assuste com as palavras que você não
conheça, caso isto ocorra na prova. No caso, cônjuge supérstite significa cônjuge sobrevivente
(viúvo), pertence à Classe I. Sabemos que dependentes Classe I, são considerados como
financeiramente dependentes, conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (...)
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser
comprovada.
(Destaques Nossos).

Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa, pois o cônjuge não deverá comprovar
dependência econômica, uma vez que ela é presumida.

Gabarito: ERRADO.

10. (CESPE - Analista Judiciário - TRT 7ª Região – 2017) (QUESTÃO ADAPTADA). João, segurado
obrigatório no RGPS, é casado com Fabiana, pelo regime da separação total de bens, com quem
tem dois filhos, Marcos, de dezesseis anos de idade, e Felipe, de vinte e cinco anos de idade,
portador de deficiência mental grave desde criança.
Nessa situação hipotética, à luz da Lei n.º 8.213/1991, considera(m)-se dependente(s)
previdenciário(s) de João: Fabiana, Marcos e Felipe.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Cônjuges, filhos menores de 21 anos não emancipados ou filhos inválidos ou que tenham deficiência
intelectual ou mental (independentemente da idade), são considerados como dependentes de 1ª
Classe. Automaticamente, tais dependentes têm sua dependência econômica presumida, conforme
podemos conferir no art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
(...)
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser
comprovada.
(Destaques Nossos).

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O fato de João ser casado com Fabiana pelo regime da separação total de bens em nada altera a
condição de dependente preferencial de Fabiana. Sendo assim podemos concluir que a assertiva é
verdadeira.

Gabarito: CERTO.

11. (CESPE - Juiz Federal - TRF 1ª Região – 2015) (QUESTÃO ADAPTADA). Com relação aos
beneficiários do RGPS, julgue o item a seguir:
Para efeitos previdenciários, presume-se que o filho e o enteado com menos de vinte e um anos
são economicamente dependentes do segurado.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
O enteado do segurado, é equiparado aos filhos, mas precisa comprovar dependência econômica
para receber os benefícios, conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
(...)
§ 2º O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde
que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento.
(Destaques Nossos).

Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa, pois o enteado, apesar de ser dependente de
1ª Classe, deverá comprovar a dependência econômica.

Gabarito: ERRADO.

12. (CESPE - Defensor Público do Distrito Federal – 2013). Acerca do RGPS, julgue o item a seguir.
É presumida a dependência econômica do filho com mais de dezoito anos e menos de vinte e um
anos de idade em relação ao segurado da previdência social, não sendo necessária a comprovação
dessa dependência para que ele se torne beneficiário do RGPS na condição de dependente do
segurado.
( ) Certo
( ) Errado

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COMENTÁRIOS:
Estudamos que os filhos são pertencentes à Classe I, no rol de dependentes (que possui 3 classes).
Dependentes Classe I são considerados como financeiramente dependente, como podemos ver no
art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
(...)
(Destaques Nossos).

==136f15==

Note que a menção à idade é de 21 anos e não 18. Não confunda a maioridade civil com a perda da
condição de dependente.
Sendo assim podemos concluir que a assertiva está correta, pois é presumida a dependência
econômica do filho com mais de dezoito anos e menos de vinte e um anos de idade em relação ao
segurado da previdência social. O fato de ser presumida também a dependência econômica para os
filhos menores de 18 anos, não modifica a verdade contida na afirmação.

Gabarito: CERTO.

13. (CESPE - Defensor Público Federal - 2017). A respeito da condição de segurados e


dependentes no RGPS e da fonte de custeio desse regime, julgue o item subsequente.
Para efeito de concessão de benefício aos dependentes, a dependência econômica dos genitores
do segurado é considerada presumida.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
As Classes de dependentes são definidas em três e apenas os dependentes Classe I são considerados,
de forma presumida, como economicamente dependentes do segurado. Os genitores do segurado
(pai e mãe) são considerados como dependentes de Classe II, precisando comprovar dependência
econômica para receber pensão, conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave
II - os pais;

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(...)
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser
comprovada.
(Destaques Nossos).

Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa.

Gabarito: ERRADO.

14. (CESPE - Analista de Administração Pública - TC-DF - 2014). No que se refere ao regime geral
de previdência social, julgue o item a seguir.
É presumida, por força de lei, a dependência econômica dos pais do segurado para fins de
atribuição da qualidade de dependentes.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Não é bem assim. Os pais do segurado são considerados como dependentes Classe II, precisando
comprovar dependência financeira para receber pensão, conforme podemos ver no art. 16 da Lei
8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave
II - os pais;
(...)
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser
comprovada.
(Destaques Nossos).

Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa, pois a dependência econômica dos pais do
segurado para fins de atribuição da qualidade de dependentes deverá ser comprovada.

Gabarito: ERRADO.

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15. (CESPE - Auditor Fiscal do Trabalho – 2013). No que se refere às normas que regulamentam
a condição de dependente no RGPS, julgue o item subsequente.
Apesar de integrarem a segunda classe de dependentes, os pais poderão fazer jus ao recebimento
de pensão por morte, desde que comprovem a dependência econômica do segurado a eles, ainda
que existam dependentes que integrem a primeira classe.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Conforme estudamos, as Classes de dependentes são definidas em três e apenas os dependentes
Classe I são, em regra, automaticamente considerados como economicamente dependentes do
segurado. Os pais do segurado são considerados como dependentes de Classe II, precisando
comprovar dependência financeira para receber pensão, porém só poderão receber essa pensão
caso não exista nenhum beneficiário Classe I, conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave
II - os pais;
(...)
§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das
classes seguintes. (...)
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser
comprovada.
(Destaques Nossos).

Além do erro apontado acima, outro erro está inserido na questão. Quando a assertiva afirma que
os pais poderão fazer jus ao recebimento de pensão por morte, desde que comprovem a
dependência econômica do segurado a eles, temos uma inversão técnica, pois não se deve
comprovar a dependência econômica do segurado aos pais, mas sim dos pais em relação aos
segurados.
Portanto, podemos concluir que a assertiva está duplamente incorreta.

Gabarito: ERRADO.

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16. (CESPE - Auditor Governamental - CGE PI –2015). A respeito do regime geral de previdência
social, julgue o item a seguir.
A dependência econômica do irmão menor de vinte e um anos de idade na condição de
dependente do segurado é presumida para fins de obtenção de benefício previdenciário.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Para responder a esta questão, recorramos ao art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
II - os pais;
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha
deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
(...)
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser
comprovada.

(Destaques Nossos).

Portanto assertiva incorreta, pois a dependência dos irmão, que são dependentes da Classe III, não
é presumida, devendo ser comprovada.

Gabarito: ERRADO.

17. (CESPE - Analista Judiciário - TRT 10ª Região – 2013). O item a seguir apresenta uma situação
hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada com base nas disposições do direito
previdenciário.
José, com dezesseis anos de idade, não emancipado, vive às expensas de seu irmão mais velho,
João, que é segurado da previdência social. Nessa situação, José é considerado beneficiário do
regime geral da previdência social, na condição de dependente de João.
( ) Certo
( ) Errado

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COMENTÁRIOS:
Como estudamos, temos três classes de dependentes. Irmãos pertencem a Classe III, portanto,
conforme podemos ver na legislação, transcrita abaixo, precisam comprovar a dependência
econômica. Vejamos o art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
II - os pais;
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha
deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;

(Destaques Nossos).
Nesse caso em específico, o irmão (José) tem 16 anos de idade, não é emancipado e é
economicamente dependente de seu irmão mais velho (João, que é segurado RGPS). Portanto, José
é considerado como beneficiário dependente de João, se não houver dependentes de classes
anteriores.

Gabarito: CERTO.

18. (FCC - Analista Judiciário (TST)/Judiciária/2012). São beneficiários do Regime Geral da


Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
a) os ascendentes até o terceiro grau, desde que comprovada a dependência econômica.
b) o irmão até completar 18 anos ou inválido, independentemente de comprovação da
dependência econômica.
c) o menor tutelado independentemente de comprovação da dependência econômica.
d) o cônjuge e a companheira, desde que comprovada a dependência econômica.
e) o filho não emancipado inválido independentemente de comprovação de dependência
econômica.

COMENTÁRIOS:
A resolução da presente questão tem por base o art. 16 da Lei 8.213/91, conforme segue:
“Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;

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II - os pais;
III - o irmão de qualquer condição menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual
ou mental ou deficiência grave, nos termos do regulamento.
§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das
classes seguintes.
§ 2º .O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que
comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento.
§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o
segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal.
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser
comprovada.”

Tomando por base o texto legal citado, vamos à análise de cada alternativa:
a) os ascendentes até o terceiro grau, desde que comprovada a dependência econômica.
Ascendentes até o terceiro grau não são dependentes, mesmo que comprovada dependência
econômica. Apenas os pais, desde que comprovem dependência econômica (ERRADA).

b) o irmão até completar 18 anos ou inválido, independentemente de comprovação da dependência


econômica.
O irmão de qualquer condição será dependente quando menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido
ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave, nos termos do regulamento,
desde que comprovem dependência econômica. (ERRADA).

c) o menor tutelado independentemente de comprovação da dependência econômica.


O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que
comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento. (ERRADA).

d) o cônjuge e a companheira, desde que comprovada a dependência econômica.


Cônjuge e companheira não precisam comprovar dependência econômica. (ERRADA).

e) o filho não emancipado inválido independentemente de comprovação de dependência


econômica.
O filho não emancipado inválido será dependente independentemente da idade e de qualquer
comprovação de dependência econômica. (CORRETA).

RESPOSTA: E

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19. (FCC - Analista Judiciário (TRT 6ª Região)/Judiciária/"Sem Especialidade"/2012). Nos termos


da Lei no 8.213/1991, NÃO são beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição
de dependentes do segurado:
a) os seus pais.
b) o seu irmão inválido de 30 anos.
c) o seu irmão não emancipado menor de 21 anos.
d) o companheiro que mantém união estável.
e) o enteado menor ainda que não comprovada a dependência econômica do segurado.

COMENTÁRIOS:
A resolução da presente questão tem por base o art. 16 da Lei 8.213/91.
Tomando por base o texto legal citado, vamos à análise de cada alternativa:

a) os seus pais.
Os pais poderão ser dependentes, desde que comprovada dependência econômica.

b) o seu irmão inválido de 30 anos.


Irmão inválido poderá ser dependente qualquer que seja sua idade, desde que comprovada
dependência econômica.

c) o seu irmão não emancipado menor de 21 anos.


Irmão não emancipado, menor de 21 anos, poderá ser dependente, desde que comprovada
dependência econômica.

d) o companheiro que mantém união estável.


Companheiro que mantém união estável é dependente econômico.

e) o enteado menor ainda que não comprovada a dependência econômica do segurado.


O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado, desde que
comprovada a dependência econômica. Se não for comprovada a dependência econômica, não será
dependente. Como a questão pede para assinalarmos a questão onde aparece alguém que NÃO é
beneficiários do RGPS, esta é a alternativa que deverá ser marcada.

Gabarito: E

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20. (FCC - Procurador Autárquico – MANAUSPREV – 2015). Após o falecimento de Isis, seus
familiares procuraram a Previdência Social a fim de requerer os benefícios como dependentes do
de cujus. Nessa situação, a dependência econômica não será presumida, devendo ser
comprovada para:

a) filho inválido com 30 anos.

b) companheiro que mantinha união estável com a segurada.

c) enteado menor de 21 anos.

d) filho não emancipado de 19 anos.

e) cônjuge.

COMENTÁRIOS:

Os dependentes estão divididos em três classes, conforme podemos verificar no Art. 16 da Lei
8.213/91:

Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte
e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave
II - os pais;
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha
deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das
classes seguintes.
§ 2º O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que
comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento.
§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o
segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal.
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser
comprovada.

A partir destas informações, analisemos as assertivas:

a) filho inválido com 30 anos.

Incorreta, pois filho inválido, independentemente da idade, não precisa comprovar dependência
econômica.

b) companheiro que mantinha união estável com a segurada.

Incorreta, pois companheiro não precisa comprovar dependência econômica e sim a união estável.

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c) enteado menor de 21 anos.

Essa é a alternativa correta, pois enteado, apesar de ser equiparado ao filho, precisa comprovar a
dependência econômica, conforme vimos na legislação acima.

d) filho não emancipado de 19 anos.

Incorreta, pois na realidade o filho até 21 anos, desde que não emancipado, é dependente de 1ª
Classe e não precisa comprovar dependência econômica.

e) cônjuge.

Incorreta, pois cônjuge pertence a 1ª Classe e sua dependência econômica é presumida.

Gabarito: C.

21. (FCC - Auditor - TCE-CE – 2015). Afrodite é segurada do Regime Geral da Previdência Social.
Mantém união estável como entidade familiar com Thor e possui um filho Hermes de 27 anos.
Em sua residência também habitam o seu pai Ulisses de 64 anos e a sua irmã Medusa, não
emancipada, de 17 anos. Considerando as regras contidas no Plano de Benefícios da Previdência
Social, será considerado segurado de primeira classe e será presumida a dependência econômica,
respectivamente, de

a) Thor e Thor.

b) Thor e Ulisses.

c) Ulisses e Medusa.

d) Hermes e Medusa.

e) Hermes e Hermes.

COMENTÁRIOS:

Segundo podemos ver no Art. 16 da Lei 8.213/91, os dependentes de primeira classe, nos termos da
lei, são aqueles mais próximos do segurado, senão vejamos:

Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:

I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21


(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave

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Sendo assim, só temos como possibilidade a “alternativa A”, pois Thor é o cônjuge, dependente de
primeira classe e sua dependência econômica é presumida. Ulisses é o pai, portanto dependente de
classe II; Medusa é a irmã, portanto dependente de classe III. Ademais, Ulisses e Medusa dependem
de comprovação da dependência econômica.

Gabarito: A.

22. (FCC - Procurador do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro – 2015). Dependente
é toda pessoa física filiada ao Regime Geral da Previdência Social em razão do seu vínculo com o
segurado principal. Quanto aos dependentes, não é necessária a comprovação dessa condição,
em razão de presunção legal de dependência econômica:

a) os filhos, enteados e tutelados até 25 anos de idade.

b) os pais desde que inválidos.

c) os netos, filhos ou enteados de qualquer idade, desde que universitários.

d) os irmãos desde que inválidos.

e) o cônjuge, companheiro ou filho não emancipado, menor de 21 anos ou inválido.

COMENTÁRIOS:

Segundo podemos ver no Art. 16 da Lei 8.213/91, os dependentes de primeira classe são aqueles
que, em regra, se presume a dependência financeira, conforme segue:

Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:

I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21


(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave. (...)

§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser
comprovada.

Visto isso, vamos às assertivas:

a) os filhos, enteados e tutelados até 25 anos de idade.

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Incorreto, pois apenas os filhos menores de 21 anos ou inválidos ou que tenha deficiência intelectual
ou mental ou deficiência grave fariam parte deste rol. Enteados e tutelados, apesar de ser
dependente de 1ª Classe, deverão comprovar sua dependência econômica.

b) os pais desde que inválidos.

Incorreta, pois os pais fazem parte da Classe II e a dependência econômica deve ser comprovada.

c) os netos, filhos ou enteados de qualquer idade, desde que universitários.

Incorreto. Filhos são dependentes, independentemente de comprovação de dependência


econômica, apenas até 21 anos de idade, salvo se inválidos ou que tenham deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave. Netos não fazem parte do rol de dependentes. Enteados precisam
comprovar dependência econômica. O fato de ser universitário não altera em nada as regras de
dependência no direito previdenciário.

d) os irmãos desde que inválidos.

Incorreta, irmãos devem comprovar dependência econômica, ainda que inválidos.

e) o cônjuge, companheiro ou filho não emancipado, menor de 21 anos ou inválido.

Correto, pois esses fazem parte da Classe I e sua dependência econômica é presumida, não
precisando, portanto, ser comprovada.

Gabarito: E.

23. (FCC - Auditor Substituto de Conselheiro do TCM-RJ – 2015). Em relação aos dependentes
dos segurados, nos termos previstos no Plano de Benefícios do Regime Geral da Previdência
Social,
a) os avós constam do rol dos dependentes que têm dependência econômica legalmente
presumida.
b) são benefícios previstos aos dependentes a pensão por morte, a reabilitação profissional e o
salário maternidade.
c) o menor tutelado e o enteado não se equiparam aos filhos para efeitos previdenciários.

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d) a existência de dependentes de quaisquer das classes exclui do direito às prestações os das


classes seguintes.
e) os irmãos menores de 21 anos, ainda que emancipados, são dependentes de segunda classe.

COMENTÁRIOS:
Segundo podemos ver no Art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave
II - os pais;
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha
deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das
classes seguintes.
§ 2º O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que
comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento.
§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o
segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal.
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser
comprovada.

Agora, vamos às assertivas:


a) os avós constam do rol dos dependentes que têm dependência econômica legalmente presumida.
Incorreta, pois avós não fazem parte do rol dos dependentes.

b) são benefícios previstos aos dependentes a pensão por morte, a reabilitação profissional e o
salário maternidade.
Incorreta, conforme podemos verificar no Art. 18 Lei 8.213/91. Tal assunto ainda será estudado em
detalhes nesta aula.
Art. 18. O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes prestações, devidas inclusive em razão
de eventos decorrentes de acidente do trabalho, expressas em benefícios e serviços:
II - quanto ao dependente:
a) pensão por morte;
b) auxílio-reclusão;
III - quanto ao segurado e dependente:

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b) serviço social;
c) reabilitação profissional.

Assim sendo, podemos verificar que a pensão por morte e a reabilitação profissional são prestações
devidas aos dependentes. No entanto, o salário-maternidade é devido apenas aos segurados do
RGPS.

c) o menor tutelado e o enteado não se equiparam aos filhos para efeitos previdenciários.
Incorreto, pois menor tutelado e enteado equiparam-se ao filho e também serão dependentes de
1ª Classe, caso seja comprovada dependência financeira.

d) a existência de dependentes de quaisquer das classes exclui do direito às prestações os das classes
seguintes.
Correto, é exatamente isso que está previsto na lei, conforme podemos verificar no art. 6º da Lei
8.213/91:
§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das
classes seguintes.

e) os irmãos menores de 21 anos, ainda que emancipados, são dependentes de segunda classe.
Incorreta, pois irmão são dependentes de terceira Classe.

Gabarito: D.

24. (FCC - Assessor Jurídico - TCE-PI – 2014). A lei que dispõe sobre o regime geral da previdência
social prevê como prestações expressas em benefícios e serviços, devidas apenas aos
dependentes dos segurados,

a) aposentadoria especial e serviço social.

b) salário-família e auxílio-reclusão.

c) reabilitação profissional e salário-maternidade.

d) pensão por morte e auxílio-reclusão.

e) pecúlio e abono de permanência em serviço.

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COMENTÁRIOS:

Para responder essa questão vamos recorrer ao art. 18, II e III da Lei 8.213/91.

Art. 18. O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes prestações, devidas inclusive em razão
de eventos decorrentes de acidente do trabalho, expressas em benefícios e serviços: (...)

II - quanto ao dependente:

a) pensão por morte;

b) auxílio-reclusão;

III - quanto ao segurado e dependente:

a) pecúlios; (Revogada pela Lei nº 9.032, de 1995)

b) serviço social;

c) reabilitação profissional

(Destaques Nossos).

Agora vamos às assertivas:

a) aposentadoria especial e serviço social.

Incorreta, pois aposentadoria especial é apenas direito do segurado.

b) salário-família e auxílio-reclusão.

Incorreta, pois salário-família é direito do segurado.

c) reabilitação profissional e salário-maternidade.

Incorreta, pois salário-maternidade é apenas direito do segurado.

d) pensão por morte e auxílio-reclusão.

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Essa é a alternativa correta, pois ambas são devidas apenas aos dependentes.

e) pecúlio e abono de permanência em serviços.

Incorreta. Ambos os benefícios foram revogados. O pecúlio está com a revogação especificada na
legislação transcrita acima. O abono de permanência em serviço era exclusivo do segurado, mas foi
excluído do rol de benefícios do RGPS.

Gabarito: D.

25. (CESPE - Auditor Fiscal do Trabalho – 2013). No que se refere às normas que regulamentam
a condição de dependente no RGPS, julgue o item subsequente.
O companheiro e a companheira, desde que comprovem a existência de união estável, integram
o rol de dependentes da primeira classe, o que lhes permite receber pensão por morte ou auxílio-
reclusão, conforme o caso.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
As classes de dependentes são definidas em três, e apenas os dependentes da Classe I são
considerados como financeiramente dependentes. Companheiros precisam comprovar união
estável para serem considerados como dependentes, conforme podemos ver no art. 16 da Lei
8.213/91. Sobre quais benefícios esses dependentes terão direito, poderemos consultar o art. 18 da
Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
(...)
§3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o
segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal.
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser
comprovada.
Art. 18. O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes prestações, devidas inclusive em razão
de eventos decorrentes de acidente do trabalho, expressas em benefícios e serviços: [...]

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II - quanto ao dependente:
a) pensão por morte;
b) auxílio-reclusão;
(Destaques nossos)

Sendo assim podemos concluir que a assertiva está correta.

Gabarito: CERTO.

26. (FCC - Analista Judiciário - TRT 6ª Região)/Judiciária/"Sem Especialidade"/2012). Quanto


aos dependentes, são consideradas prestações previdenciárias compreendidas pelo Regime Geral
de Previdência Social:
a) aposentadoria por invalidez e auxílio-doença.
b) auxílio-reclusão e aposentadoria por tempo de contribuição.
c) pensão por morte e aposentadoria especial.
d) auxílio-reclusão e pensão por morte.
e) aposentadoria por idade e auxílio-doença.

COMENTÁRIOS:
A resolução da presente questão tem por base o art. 18 da Lei 8.213/91.
Tomando por base o texto legal citado, vamos à análise de cada alternativa:

a) aposentadoria por invalidez e auxílio-doença.


Aposentadoria por invalidez e auxílio-doença são benefícios devidos aos segurados, não aos
dependentes. (ERRADA).

b) auxílio-reclusão e aposentadoria por tempo de contribuição.


Auxílio-reclusão é devido aos dependentes e aposentadoria por tempo de contribuição é benefícios
devidos aos segurados. (ERRADA).

c) pensão por morte e aposentadoria especial.


Pensão por morte é devido aos dependentes e aposentadoria especial é benefício devido aos
segurados. (ERRADA).

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d) auxílio-reclusão e pensão por morte.


Auxílio-reclusão e pensão por morte são benefícios devidos aos dependentes. (CORRETA).

e) aposentadoria por idade e auxílio-doença.


Aposentadoria por idade e auxílio-doença são benefícios devidos aos segurados, não aos
dependentes. (ERRADA).

RESPOSTA: D

27. (CESPE - Analista Judiciário - TRT 17ª Região – 2013). Julgue o item seguinte, relativo aos
benefícios do regime geral de previdência social.
Considere que um indivíduo, antes de aderir ao regime geral de previdência social, estivesse
enfermo de uma moléstia incapacitante para o trabalho. Nessa situação, se não tiver havido
posterior progressão ou agravamento da enfermidade, tal doença não dará a esse indivíduo o
direito de obter a aposentadoria por invalidez.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Essa é uma questão que demanda um pouquinho mais de tempo na hora da prova para analisarmos
a situação-problema. Para respondê-la vamos consultar o Art. 42 da Lei 8.213/91 que diz quais são
as normas vigentes para a aposentadoria por invalidez:
Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será devida ao
segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de
reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer
nesta condição.
§ 1º A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da verificação da condição de incapacidade
mediante exame médico-pericial a cargo da Previdência Social, podendo o segurado, às suas expensas, fazer-se
acompanhar de médico de sua confiança.
§ 2º A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social
não lhe conferirá direito à aposentadoria por invalidez, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de
progressão ou agravamento dessa doença ou lesão.
(Destaques Nossos).

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Sendo assim, uma vez que não houve agravamento ou progressão da doença, podemos concluir que
a assertiva está correta (não adianta fazer o seguro depois).

Gabarito: CERTO.

28. (FCC - Analista Judiciário - TRT 2ª Região - Área Judiciária/Oficial de Justiça Avaliador
Federal/2014). A aposentadoria por idade de um trabalhador urbano (exceto pessoa com
deficiência), no regime geral de previdência social, será devida, desde que preenchida a carência
aos

a) 53 anos de idade, para homens, e aos 48 anos, para mulheres.

b) 70 anos de idade, para homens, e aos 65 anos, para mulheres.

c) 65 anos de idade, para homens, e aos 60 anos, para mulheres.

d) 60 anos de idade, indistintamente para homens ou mulheres.

e) 65 anos de idade, indistintamente para homens ou mulheres.

COMENTÁRIOS:

A resolução da presente questão tem por base o art. 48 da Lei 8.213/91, conforme segue:

“Art. 48. A aposentadoria por idade será devida ao segurado que, cumprida a carência exigida nesta Lei,
completar 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta), se mulher.”

Tomando por base o texto legal citado, podemos afirmar que a única alternativa que atende ao
enunciado é a ALTERNATIVA C.

Tais limites de idade serão reduzidos para 60 anos, se homem, e 55 anos, se mulher, no caso de
trabalhadores rurais, desde que comprovem o efetivo exercício de atividade rural, ainda que de
forma descontínua, no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício, por tempo
igual ao número de meses de contribuição correspondente à carência do benefício pretendido.

GABARITO: C

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29. (CESPE - Advogado da União – 2015). Acerca do RGPS, julgue o item subsequente.
Desde que tenha sido intercalado com o exercício de atividade laborativa, o período em que o
segurado se beneficiar de auxílio-doença deverá ser considerado para fins de cômputo de
carência e para o cálculo do tempo de contribuição na concessão de aposentadoria por invalidez,
conforme entendimento do STF.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Esta já uma questão mais elaborada e que exige o conhecimento do candidato sobre a Jurisprudência
(não se esqueça, candidato que, depois de estudar as leis, estuda também a jurisprudência é
candidato diferenciado). Bom, conforme solicitado pelo examinador, vejamos o que o STF tem a nos
dizer sobre o assunto:
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR
INVALIDEZ. CÔMPUTO DO TEMPO DE GOZO DE AUXÍLIO-DOENÇA PARA FINS DE CARÊNCIA. POSSIBILIDADE.
PRECEDENTES. 1. O Supremo Tribunal Federal decidiu nos autos do RE nº 583.834/PR-RG, com repercussão geral
reconhecida, que devem ser computados, para fins de concessão de aposentadoria por invalidez, os períodos
em que o segurado tenha usufruído do benefício de auxílio-doença, desde que intercalados com atividade
laborativa. 2. A Suprema Corte vem-se pronunciando no sentido de que o referido entendimento se aplica,
inclusive, para fins de cômputo da carência, e não apenas para cálculo do tempo de contribuição. Precedentes:
ARE 802.877/RS, Min. Teori Zavascki, DJe de 1/4/14; ARE 771.133/RS, Min. Luiz Fux, DJe de 21/2/2014; ARE
824.328/SC, Min. Gilmar Mendes, DJe de 8/8/14; e ARE 822.483/RS, Min. Cármem Lúcia, DJe de 8/8/14. 3.
Agravo regimental não provido.
(STF – ARE 746835 AgR/RS – Relator Ministro DIAS TOFFOLI – Primeira Turma – Julgamento em 19.08.2014 –
Publicação em 07.10.2014)

A assertiva nos traz exatamente o que é dito pelo STF, portanto assertiva correta.

Gabarito: CERTO.

30. (FCC - Analista Judiciário - TRF 3ª Região – 2014). De acordo com a Lei nº 8.213/91, em regra,
a concessão do benefício do auxílio-doença:
a) não possui período de carência pré-estabelecido.
b) está sujeita a carência de doze contribuições mensais.
c) está sujeita a carência de seis contribuições mensais.
d) está sujeita a carência de quinze contribuições mensais.
e) só estará sujeita ao período de carência se a concessão inicial for de, no mínimo, trinta dias.

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COMENTÁRIOS:
Existem dois tipos de auxílio-doença: o auxilio doença acidentário e o auxílio-doença comum. No
caso de acidente de qualquer natureza ou causa, o segurado pode receber o auxílio-doença
acidentário independentemente de qualquer carência. Na questão, o examinador refere-se ao
auxilio doença comum (note que ele usou a expressão “em regra”), o qual tem o período de carência
de 12 meses.
Portanto podemos concluir que a assertiva verdadeira é a B, as outras estão erradas, inclusive para
os dois gêneros de auxílio-doença apresentados. Vejamos a legislação pertinente ao assunto:
Lei 8.213/91:
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes
períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;
II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial: 180 contribuições
mensais;
III - salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V e VII do art. 11 e o art. 13: dez
contribuições mensais, respeitado o disposto no parágrafo único do art. 39 desta Lei.

Gabarito: B.

31. (CESPE - Defensor Público Federal- 2017). O item seguinte, acerca de benefícios
previdenciários, apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada.
Raul nunca havia contribuído para o RGPS. No entanto, após uma semana do início de atividade
laboral em determinado emprego, um acidente de trabalho o tornou incapaz e insuscetível de
reabilitação.
Nessa situação, Raul não faz jus ao benefício da aposentadoria por invalidez porque não cumpriu
o tempo de carência exigido.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos recorrer aos artigos 25 e 26 da Lei 8.213/91:
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes
períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;
(Destaques Nossos).

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Vamos conferir as exceções no Art. 26:


Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de
doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido
de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência
Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência
ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;
(Destaques Nossos).

Podemos concluir que apesar de existir uma carência de 12 meses para receber a aposentadoria por
invalidez, em caso de acidente de qualquer natureza essa carência deixa de existir, o que torna a
assertiva incorreta.

Gabarito: ERRADO.

32. (CESPE - Analista de Controle Externo - TCE-PE – 2017). No item a seguir, é apresentada uma
situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada a respeito de benefício previdenciário
e contribuição para o RGPS e regime próprio de previdência social.
Flávio, que nunca havia contribuído para o RGPS, foi contratado como empregado de uma
empresa privada. No quinto dia de trabalho, ao conduzir sua bicicleta rumo ao seu emprego,
Flávio foi atropelado por um veículo, o que o deixou absolutamente incapacitado. Nessa situação,
Flávio não terá direito à aposentadoria por invalidez concedida pelo RGPS, por não ter cumprido
o tempo mínimo de carência.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos recorrer aos artigos 25 e 26 da Lei 8.213/91:
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes
períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;

(Destaques Nossos).

Vamos conferir as exceções no Art. 26:


Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:

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II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de
doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido
de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência
Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência
ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;
(Destaques Nossos).

Podemos concluir que apesar de existir uma carência de 12 meses para receber a aposentadoria por
invalidez, quando em caso de acidente de qualquer natureza essa carência deixa de existir. Portanto,
assertiva incorreta.

Gabarito: ERRADO.

33. (CESPE - Técnico do Seguro Social – 2016). Com base no disposto na Lei n.º 8.213/1991, que
trata dos planos de benefícios da previdência social e dá outras providências, julgue o item
seguinte.
Em regra, o período de carência para a concessão do benefício de auxílio-doença é de doze
contribuições mensais.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos novamente recorrer aos artigos 25 e 26 da Lei 8.213/91:
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes
períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;
(Destaques Nossos).

Vamos conferir as exceções no Art. 26:


Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de
doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido
de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência
Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência
ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;

(Destaques Nossos).

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Podemos concluir que, em regra, existe uma carência de 12 meses para receber o auxílio-doença.
Deixar de ter carência para este benefício é a exceção. Assim sendo, podemos concluir que a
assertiva está correta.

Gabarito: CERTO.

34. (CESPE - Inspetor de Controle Externo - TCE-RN – 2015). Julgue o item a seguir, relativo à
seguridade social e ao regime geral de previdência social.
A concessão de auxílio-doença independe de carência nos casos em que o segurado ficar
incapacitado para seu trabalho por mais de quinze dias consecutivos devido a alguma doença
profissional ou a um acidente de qualquer natureza.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão recorramos aos art. 26 da Lei 8.213/91, que aborda os benefícios que
são independentes de carência:
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
I - pensão por morte, salário-família e auxílio-acidente;
II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de
doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido
de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência
Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência
ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;
III - os benefícios concedidos na forma do inciso I do art. 39, aos segurados especiais referidos no inciso VII do
art. 11 desta Lei;
IV - serviço social;
V - reabilitação profissional.
VI – salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada doméstica.
(Destaques Nossos).

Especificamente sobre os 15 dias mencionados na questão, vamos recorrer ao Art. 59 da mesma lei
referida acima.

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Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o período de
carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de
15 (quinze) dias consecutivos.

(Destaques Nossos).
Dessa forma podemos concluir que a assertiva é verdadeira.

Gabarito: CERTO.

35. (FCC - Procurador Autárquico – MANAUSPREV – 2015). A aposentadoria por tempo de


serviço, nos termos da Lei no 8.213/91, como regra, exige o seguinte número de contribuições
mensais:
a) 180.
b) 120.
c) 210.
d) 240.
e) 360.

COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos recorrer ao art. 25 da Lei 8.213/91
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes
períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;
II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial: 180 contribuições
mensais
III - salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V e VII do art. 11 e o art. 13: dez
contribuições mensais, respeitado o disposto no parágrafo único do art. 39 desta Lei.
Parágrafo único. Em caso de parto antecipado, o período de carência a que se refere o inciso III será reduzido
em número de contribuições equivalente ao número de meses em que o parto foi antecipado.
(Destaque Nosso).

Dessa maneira podemos ver que a alternativa correta é a “A”, ou seja, aposentadoria por idade,
aposentadoria por tempo de serviço (tempo de contribuição) e aposentadoria especial exigem, no
mínimo, 180 contribuições mensais.
Obs.: Devemos lembrar que atualmente a aposentadoria por tempo de serviço foi substituída por
aposentadoria por tempo de contribuição.

Gabarito: A.

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36. (FCC - Auditor - TCE-CE – 2015). A Lei no 8.213/1991 institui benefícios aos segurados e seus
dependentes, bem como requisitos para sua concessão, dentre eles a carência relacionada à
quantidade mínima de contribuições, que nos casos de aposentadoria por invalidez comum e
aposentadoria por idade, para filiados após a edição da referida lei, são correta e respectivamente
de:
a) 12 e 120.
b) 10 e 60.
c) 12 e 180.
d) 60 e 120.
e) dispensada e 180.

COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos recorrer ao art. 25 da Lei 8.213/91
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes
períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;
II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial: 180 contribuições
mensais
III - salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V e VII do art. 11 e o art. 13: dez
contribuições mensais, respeitado o disposto no parágrafo único do art. 39 desta Lei.
Parágrafo único. Em caso de parto antecipado, o período de carência a que se refere o inciso III será reduzido
em número de contribuições equivalente ao número de meses em que o parto foi antecipado.
(Destaques Nossos);

Podemos notar que existem 3 possibilidades de carência (10, 12 e 180 contribuições mensais), o que
já descarta algumas das alternativas. O examinador questiona sobre a carência por invalidez
“comum” e por idade, que são respectivamente 12 e 180 contribuições mensais.
Lembrando que em caso de acidente de qualquer natureza ou causa, bem como incapacidade
decorrente de doença profissional ou do trabalho e doenças graves previstas na legislação, esse
tempo de carência para aposentadoria por invalidez será dispensado, conforme podemos ver no
Art.26 da Lei 8.213/91:
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente;
II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de
doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido
de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência

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Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência
ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;
(...)

Portanto alternativa correta é a C, ou seja, 12 e 180 contribuições mensais respectivamente.

Gabarito: C.

37. (CESPE - Auditor de Controle Externo - TCE-PE – 2017). A respeito da carência e da condição
de segurados e dependentes no regime geral da previdência social (RGPS), julgue o item
subsequente.
A concessão do salário-maternidade à segurada empregada independe de carência.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos recorrer aos art. 26 da Lei 8.213/91, que nos fala quais
benefícios são independentes de carência:
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
(...)
VI – salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada doméstica.
(Destaques Nossos).

Sendo assim podemos concluir que a assertiva está correta.

Gabarito: CERTO.

38. (CESPE - Defensor Público Federal – 2015) (Questão Adaptada). Acerca da carência, dos
períodos de graça e da condição de segurado, julgue o item a seguir.
O salário-maternidade pago à segurada empregada, à segurada doméstica e à segurada avulsa
prescinde de carência.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:

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Para responder essa questão vamos recorrer aos art. 26 da Lei 8.213/91, que nos fala quais
benefícios são independentes de carência:
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
(...)
VI – salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada
doméstica.
(Destaques Nossos).
Sendo assim podemos concluir que a assertiva está correta.

Gabarito: CERTO.

39. (CESPE – Analista de Controle Externo TCE – PE – 2017). Com relação aos benefícios
previdenciários em espécie, julgue o item.
O auxílio-reclusão beneficia os dependentes do segurado recolhido à prisão e independe de
carência.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Para responder à questão, vamos recorrer à Lei 8.213/91:
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes
períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
(...)
IV -auxílio-reclusão: vinte e quatro contribuições mensais.
(...)
Art.80. O auxílio-reclusão será devido nas condições da pensão por morte, respeitado o tempo mínimo de
carência estabelecido no inciso IV do caput do art. 25, aos dependentes do segurado de baixa renda recolhido
à prisão em regime fechado, que não receber remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio-doença,
pensão por morte, salário-maternidade, aposentadoria ou abono de permanência em serviço.
(destaques nossos)

Como podemos ver, o auxílio-reclusão é um benefício devido aos dependentes do segurado


recolhido à prisão, entretanto, conforme alteração trazida pela Medida Provisória 871 de 18/01/19,
é requerida uma carência de 24 meses para a concessão do auxílio-reclusão.

Na época da prova não era exigida a carência para a concessão do auxílio-reclusão, tendo sido a
questão considerada correta. Atualmente, a questão está incorreta por dizer que independe de

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carência.
Gabarito: Errada.

40. (FCC - Auditor Substituto de Conselheiro do TCM-RJ – 2015). O período de carência visa a
garantir o equilíbrio financeiro e atuarial do sistema. Para os segurados que ingressaram no
sistema após a vigência da Lei nº 8.213/1991, em relação aos benefícios de aposentadoria
especial, aposentadoria por invalidez acidentária e salário-família, a carência, em número de
contribuições mensais, será respectivamente de
a) 180, nenhuma, nenhuma.
b) 180, 12, nenhuma.
c) 120, 12, 10.
d) 120, nenhuma, 10.
e) 180, 120, 12.

COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão recorramos ao art. 26 da Lei 8.213/91, que assim dispõe:
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente
II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de
doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido
de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência
Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência
ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;
III - os benefícios concedidos na forma do inciso I do art. 39, aos segurados especiais referidos no inciso VII do
art. 11 desta Lei;
IV - serviço social;
V - reabilitação profissional
VI – salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada doméstica.
(Destaques Nossos).

Sobre a carência da aposentadoria especial, vamos conferir o art. 25 da Lei 8.213/91:


Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes
períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26: (....)
II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial: 180 contribuições
mensais (...).
(Destaques Nossos).

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Assim, podemos concluir que para a aposentadoria especial, a carência são 180 meses, já para a
aposentadoria por invalidez acidentária e salário-família, ambos são independentes de carência.

Gabarito: A.

41. (CESPE - Auditor de Controle Externo - TCE-RO – 2013). Considerando as normas de


concessão de benefícios pelo regime geral de previdência social (RGPS), julgue o item a seguir.
De acordo com a legislação previdenciária, o período de carência corresponde ao número mínimo
de contribuições mensais indispensáveis para que o segurado faça jus ao recebimento de alguns
benefícios, independendo, no entanto, de carência a concessão dos benefícios de pensão por
morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente de qualquer natureza.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Conforme podemos ver nos artigos 24 e 26 da Lei 8.213/91, alguns benefícios precisam de um
determinado período de carência para poderem ser solicitados pelo segurado, já outros são
dispensados de carência.
Art. 24. Período de carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário
faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências.
(...)
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
I - pensão por morte, salário-família e auxílio-acidente;
(...)
(Destaque Nosso).

Sendo assim, após a MP 871/2019, que incluiu carência de 24 contribuições mensais para o auxílio-
reclusão, podemos concluir que a assertiva está incorreta.

Gabarito: ERRADO.

42. (CESPE – Analista – SERPRO - 2013). Com base na legislação trabalhista e previdenciária
brasileira, julgue o item abaixo.
A concessão do auxílio-acidente previdenciário independe do cumprimento do período de
carência.
( ) Certo
( ) Errado

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COMENTÁRIOS:
Conforme podemos ver no Art.26 da Lei 8.213/91, alguns benefícios são independentes de carência
para poderem ser solicitados pelo segurado, é o caso do auxílio-acidente:

Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:


I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente;
(...)
(Destaques Nossos).

Conforme podemos concluir a assertiva está correta.

Gabarito: CERTO.

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14. GABARITO GERAL

1 – ERRADO 2 - ERRADO 3 – CERTO 4 – ERRADO

5 – ERRADO 6 - ERRADO 7 – CERTO 8 – ERRADO

9 – ERRADO 10 - CERTO 11 – ERRADO 12 – CERTO

13 – ERRADO 14 - ERRADO 15 – ERRADO 16 – ERRADO

17 – CERTO 18 - E 19 – E 20 – C

21 – A 22 - E 23 – D 24 – D

25 – CERTO 26 - D 27 – CERTO 28 – C

29 – CERTO 30 - B 31 – ERRADO 32 – ERRADO

33 – CERTO 34 - CERTO 35 – A 36 – C

37 – CERTO 38 - CERTO 39 – ERRADO 40 – A

41– ERRADO 42 - CERTO

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15. QUESTIONÁRIO DE REVISÃO

Perguntas e respostas simples e objetivas para fixação de conteúdo elementar.

1. Como se dividem os dependentes?


2. Quais dos dependentes não precisam comprovar dependência econômica?
3. Quais são os benefícios previdenciários?
4. Quais benefícios são devidos aos dependentes?
5. Qual a diferença conceitual entre aposentadoria por invalidez e auxílio-doença?
6. Qual é o fato gerador da aposentadoria especial?
7. Qual é a diferença entre os fatos geradores da aposentadoria por idade e a
aposentadoria por tempo de contribuição?
8. Qual é a diferença entre auxílio-doença e auxílio acidente?
9. Quais são os fatos geradores do salário maternidade?
10. Quais são as situações que dão direito à pensão por morte?
11. Qual é a carência para se gozar de auxílio doença?
12. Qual é a carência exigida para se aposentar por idade, tempo de contribuição e
aposentadoria especial?
13. Qual é a carência para ter direito ao salário-maternidade?
14. Quais são as prestações previdenciárias que dispensam carência?

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15.1. RESPOSTAS COMENTADAS DO QUESTIONÁRIO DE REVISÃO

1. Como se dividem os dependentes?

Os dependentes se dividem em:


• 1ª Classe: o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave;
• 2ª Classe: os pais;
• 3ª Classe: o irmão de qualquer condição menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha
deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave, nos termos do regulamento.

2. Quais dos dependentes não precisam comprovar dependência econômica?

Os dependentes de 1ª classe não precisam comprovar dependência econômica, ou seja: o cônjuge,


a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte
e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave.

3. Quais são os benefícios previdenciários?

Os benefícios previdenciários são:

• 4 Aposentadorias:
o Aposentadoria por invalidez
o Aposentadoria por idade
o Aposentadoria por tempo de contribuição
o Aposentadoria especial

• 3 auxílios:
o Auxílio doença
o Auxílio acidente
o Auxílio reclusão (para dependentes)

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• 2 salários:
o Salário família
o Salário maternidade

• 1 pensão:
o Pensão por morte

4. Quais benefícios são devidos aos dependentes?

Os dependentes têm direito apenas aos seguintes benefícios:

• Auxílio reclusão e
• Pensão por Morte.

5. Qual a diferença conceitual entre aposentadoria por invalidez e auxílio-doença?

Na aposentadoria por invalidez, a incapacidade para o trabalho é total e permanente, enquanto no


auxílio-doença a incapacidade laborativa é temporária.

6. Qual é o fato gerador da aposentadoria especial?

A aposentadoria especial, uma vez cumprida a carência exigida, será devida ao segurado empregado,
trabalhador avulso e contribuinte individual (no caso do contribuinte individual somente quando
cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou de produção), que tenha trabalhado durante quinze,
vinte ou vinte e cinco anos, conforme o caso, sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde
ou a integridade física.

A concessão da aposentadoria especial dependerá da comprovação, durante o período mínimo de


quinze, vinte ou vinte e cinco anos, conforme o caso:

• tempo de trabalho em condições especiais que atenda aos seguintes requisitos:

o trabalho permanente,

o trabalho não ocasional,

o trabalho não intermitente,

• exposição do segurado aos seguintes agentes nocivos:

o agentes químicos,

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o agentes físicos,

o agentes biológicos ou

o associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física.

Considera-se tempo de trabalho permanente aquele que é exercido de forma não ocasional nem
intermitente, no qual a exposição do empregado, do trabalhador avulso ou do cooperado ao agente nocivo
seja indissociável da produção do bem ou da prestação do serviço, ou seja, aquele em que o segurado, no
exercício de todas as suas funções, esteve efetivamente exposto a agentes nocivos físicos, químicos e
biológicos ou associação de agentes.

7. Qual é a diferença entre os fatos geradores da aposentadoria por idade e a aposentadoria por
tempo de contribuição?

A aposentadoria por idade será devida ao segurado que, cumprida a carência exigida na Lei,
completar 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta), se mulher.

Tais limites serão reduzidos para 60 (sessenta) anos e 55 (cinquenta e cinco) anos no caso de
trabalhadores rurais, pescadores artesanais e garimpeiros, respectivamente homens e mulheres.

A aposentadoria por idade pode ser requerida compulsoriamente pela empresa, desde que o
segurado tenha cumprido a carência, quando completar 70 anos de idade, se homem, ou 65 anos,
se mulher.

Já a aposentadoria por tempo de contribuição é devida ao segurado que tiver cumprido a carência
exigida e completar os tempos de contribuição de trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e
trinta anos de contribuição, se mulher.

Para professores que comprovarem, exclusivamente, tempo de efetivo exercício das funções de
magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio, a aposentadoria por tempo de
contribuição será reduzida em 5 anos, passando a ser de 30 anos de contribuição para professor e
25 anos de contribuição para professora.

8. Qual é a diferença entre auxílio-doença e auxílio acidente?


O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o período de carência
exigido nesta Lei, ficar incapacitado temporariamente para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual,
por motivo de doença ou acidente, relacionado ou não com o trabalho (não precisa ser acidente do trabalho).

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O auxílio-acidente, por sua vez, será concedido, como indenização, ao segurado quando, após
consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas
definitivas que impliquem:

• redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia;

• redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia e exija maior esforço para
o desempenho da mesma atividade que exercia à época do acidente; ou

• impossibilidade de desempenho da atividade que exerciam à época do acidente, porém


permita o desempenho de outra, após processo de reabilitação profissional, nos casos
indicados pela perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS.

No entanto, não basta a ocorrência do acidente de qualquer natureza para que o benefício de
auxílio-acidente seja concedido. Faz-se necessário a ocorrência das circunstâncias a seguir:

• segurado sofra um acidente de qualquer natureza;


• ocorra a consolidação das lesões (quadro clínico tenha estabilizado);
• do acidente, resulte sequelas definitivas;
• haja redução da capacidade laborativa do segurado.

Enquanto as lesões não se consolidarem e o segurado estiver impossibilitado temporariamente de


voltar ao trabalho, receberá auxílio-doença. Com a consolidação das lesões e o retorno ao trabalho,
cessará o auxílio-doença e passará o segurado a receber auxílio-acidente.

9. Quais são os fatos geradores do salário maternidade?

São fatos geradores do salário-maternidade:

• Parto;
• Aborto não criminoso;
• Adoção;
• Guarda judicial para fins de adoção

10. Quais são as situações que dão direito à pensão por morte?

A pensão por morte poderá ser devida nos seguintes casos:


• Morte do segurado;
• Morte presumida do segurado:
o Declaração judicial de ausência;
o Comprovada presença em catástrofes, desastres ou acidentes.

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11. Qual é a carência para se gozar de auxílio doença?

Para ter direito ao auxílio doença, o segurado deverá cumprir as seguintes carências:
• Em regra:12 contribuições
• Sem carência:
o Incapacidade decorrente de acidente de qualquer natureza ou causa;
o Doença profissional ou do trabalho;
o Segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e
afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios

12. Qual é a carência exigida para se aposentar por idade, tempo de contribuição e aposentadoria
especial?

A concessão dos benefícios de aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de contribuição
e aposentadoria especial dependem do cumprimento da carência de 180 contribuições mensais.

Para o segurado especial a contagem da carência não é efetuada com base no número de
contribuições mensais recolhidas, mas sim pela comprovação do exercício de atividade rural pelo
período equivalente ao número de meses correspondente à carência do benefício requerido.

13. Qual é a carência para ter direito ao salário-maternidade?

A concessão do salário-maternidade para o contribuinte individual e segurado facultativo depende


do cumprimento da carência de 10 contribuições mensais.

Será devido o salário-maternidade à segurada especial, desde que comprove o exercício de atividade
rural nos últimos 10 meses imediatamente anteriores à data do parto ou do requerimento do
benefício, quando requerido antes do parto, mesmo que de forma descontínua.

Em caso de parto antecipado, o período de carência do salário-maternidade será reduzido em


número de contribuições equivalente ao número de meses em que o parto foi antecipado.

Independe de carência a concessão de salário-maternidade para as seguradas empregada,


trabalhadora avulsa e empregada doméstica.

14. Quais são as prestações previdenciárias que dispensam carência?

Independem de carência a concessão das seguintes prestações do RGPS:

• pensão por morte;


• auxílio-acidente;

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• salário-família;
• Habilitação e Reabilitação Profissional;
• Serviço Social.
• auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou
causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após
filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em lista
elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3 (três) anos,
de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que
lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;
• salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada
doméstica.

16. CONSIDERAÇÕES FINAIS DA AULA


Muito bem, pessoal! Na aula de hoje estudamos as classes de dependentes do
RGPS, os conceitos introdutórios dos benefícios e serviços oferecidos pela
Previdência Social, bem como a carência das prestações previdenciárias.

Em nossa próxima aula iremos estudar o salário de benefício, renda mensal


inicial, data de início dos benefícios e data de cessação dos benefícios.

Um grande abraço e que Deus te abençoe. Até a próxima aula!

Direito Previdenciário p/ TRF 4ª Região (Técnico Judiciário - Área Administrativa) - Pós-Edital


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19292105400 - Rebeca Sophia Farias

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