Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
UFABC
Comum aos Cargos de Nível Médio:
• Assistente em Administração
• Técnico de Laboratório – Área Mecatrônica
• Técnico de Laboratório – Área Química
• Técnico de Tecnologia da Informação • Técnico em Audiovisual
• Técnico em Segurança do Trabalho
EDITAL Nº 111/2018
NB014-2018
DADOS DA OBRA
• Língua Portuguesa
• Matemática
• Legislação
• Noções de Informática
Gestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de Souza
Produção Editoral
Leandro Filho
Capa
Joel Ferreira dos Santos
APRESENTAÇÃO
CURSO ONLINE
PASSO 1
Acesse:
www.novaconcursos.com.br/passaporte
PASSO 2
Digite o código do produto no campo indicado no
site.
O código encontra-se no verso da capa da apostila.
*Utilize sempre os 8 primeiros dígitos.
Ex: FV054-18
PASSO 3
Pronto!
Você já pode acessar os conteúdos online.
SUMÁRIO
Língua Portuguesa
Matemática
Legislação
Noções de Informática
MS-Windows 7: conceito de pastas, diretórios, arquivos e atalhos, área de trabalho, área de transferência, manipulação
de arquivos e pastas, uso dos menus, programas e aplicativos, .......................................................................................................... 01
interação com o conjunto de aplicativos MS-Office 2010. MS-Word 2010: estrutura básica dos documentos, edição e
formatação de textos, cabeçalhos, parágrafos, fontes, colunas, marcadores simbólicos e numéricos, tabelas, impressão,
controle de quebras e numeração de páginas, legendas, índices, inserção de objetos, campos predefinidos, caixas de
texto. ............................................................................................................................................................................................................................. 11
MS-Excel 2010: estrutura básica das planilhas, conceitos de células, linhas, colunas, pastas e gráficos, elaboração de
tabelas e gráficos, uso de fórmulas, funções, impressão, inserção de objetos, campos predefinidos, controle de quebras
e numeração de páginas, obtenção de dados externos, classificação de dados. .......................................................................... 11
Correio Eletrônico: uso de correio eletrônico, preparo e envio de mensagens, anexação de arquivos. Internet: Navega-
ção na Internet, conceitos de URL, links, sites, busca e impressão de páginas............................................................................... 39
LÍNGUA PORTUGUESA
1
LÍNGUA PORTUGUESA
(A) não pode ser considerado literário, visto que a lin- A cana-de-açúcar
guagem aí utilizada não está adequada à norma culta for-
mal. Originária da Ásia, a cana-de-açúcar foi introduzida no
(B) não pode ser considerado literário, pois nele não Brasil pelos colonizadores portugueses no século XVI. A re-
se percebe a preservação do patrimônio cultural brasileiro. gião que durante séculos foi a grande produtora de cana-de
(C) não é um texto consagrado pela crítica literária. -açúcar no Brasil é a Zona da Mata nordestina, onde os férteis
(D) trata-se de um texto literário, porque, no processo solos de massapé, além da menor distância em relação ao
criativo da Literatura, o trabalho com a linguagem pode mercado europeu, propiciaram condições favoráveis a esse
aparecer de várias formas: cômica, lúdica, erótica, popular cultivo. Atualmente, o maior produtor nacional de cana-de
etc -açúcar é São Paulo, seguido de Pernambuco, Alagoas, Rio
(E) a pobreza vocabular – palavras erradas – não permi- de Janeiro e Minas Gerais. Além de produzir o açúcar, que em
te que o consideremos um texto literário. parte é exportado e em parte abastece o mercado interno, a
cana serve também para a produção de álcool, importante
Leia os fragmentos abaixo para responder às questões nos dias atuais como fonte de energia e de bebidas. A imen-
que seguem: sa expansão dos canaviais no Brasil, especialmente em São
Paulo, está ligada ao uso do álcool como combustível.
TEXTO I
O açúcar 2-) Para que um texto seja literário:
O branco açúcar que adoçará meu café a) basta somente a correção gramatical; isto é, a expres-
nesta manhã de Ipanema são verbal segundo as leis lógicas ou naturais.
não foi produzido por mim b) deve prescindir daquilo que não tenha correspondên-
nem surgiu dentro do açucareiro por milagre. cia na realidade palpável e externa.
Vejo-o puro c) deve fugir do inexato, daquilo que confunda a capaci-
e afável ao paladar dade de compreensão do leitor.
como beijo de moça, água d) deve assemelhar-se a uma ação de desnudamento. O
na pele, flor escritor revela, ao escrever, o mundo, e, em especial, revela o
que se dissolve na boca. Mas este açúcar Homem aos outros homens.
não foi feito por mim. e) deve revelar diretamente as coisas do mundo: senti-
Este açúcar veio mentos, ideias, ações.
da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira,
dono da mercearia. 3-) Ainda com relação ao textos I e II, assinale a opção
Este açúcar veio incorreta
de uma usina de açúcar em Pernambuco a) No texto I, em lugar de apenas informar sobre o real,
ou no Estado do Rio ou de produzi-lo, a expressão literária é utilizada principal-
e tampouco o fez o dono da usina. mente como um meio de refletir e recriar a realidade.
Este açúcar era cana b) No texto II, de expressão não literária, o autor informa
e veio dos canaviais extensos o leitor sobre a origem da cana-de-açúcar, os lugares onde é
que não nascem por acaso produzida, como teve início seu cultivo no Brasil, etc.
no regaço do vale. c) O texto I parte de uma palavra do domínio comum
Em lugares distantes, onde não há hospital – açúcar – e vai ampliando seu potencial significativo, explo-
nem escola, rando recursos formais para estabelecer um paralelo entre o
homens que não sabem ler e morrem de fome açúcar – branco, doce, puro – e a vida do trabalhador que o
aos 27 anos produz – dura, amarga, triste.
plantaram e colheram a cana d) No texto I, a expressão literária desconstrói hábitos
que viraria açúcar. de linguagem, baseando sua recriação no aproveitamento de
Em usinas escuras, novas formas de dizer.
homens de vida amarga e) O texto II não é literário porque, diferentemente do lite-
e dura rário, parte de um aspecto da realidade, e não da imaginação.
produziram este açúcar
branco e puro Gabarito
com que adoço meu café esta manhã em Ipanema.
1-) D
Fonte: “O açúcar” (Ferreira Gullar. Toda poesia. Rio de
Janeiro, Civilização Brasileira, 1980, pp.227-228) 2-) D – Esta alternativa está correta, pois ela remete ao
caráter reflexivo do autor de um texto literário, ao passo
em que ele revela às pessoas o “seu mundo” de maneira
peculiar.
2
LÍNGUA PORTUGUESA
3-) E – o texto I também fala da realidade, mas com um Condições básicas para interpretar
cunho diferente do texto II. No primeiro há uma colocação
diferenciada por parte do autor em que o objetivo não é Fazem-se necessários:
unicamente passar informação, existem outros “motiva- a) Conhecimento histórico–literário (escolas e gêneros
dores” por trás desta escrita. literários, estrutura do texto), leitura e prática;
b) Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do
É muito comum, entre os candidatos a um cargo pú- texto) e semântico;
blico, a preocupação com a interpretação de textos. Isso Observação – na semântica (significado das palavras)
acontece porque lhes faltam informações específicas a incluem-se: homônimos e parônimos, denotação e cono-
respeito desta tarefa constante em provas relacionadas tação, sinonímia e antonímia, polissemia, figuras de lingua-
a concursos públicos. gem, entre outros.
Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão aju- c) Capacidade de observação e de síntese e
dar no momento de responder às questões relacionadas d) Capacidade de raciocínio.
a textos.
Interpretar X compreender
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e rela-
cionadas entre si, formando um todo significativo capaz Interpretar significa
de produzir interação comunicativa (capacidade de co- - explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.
dificar e decodificar ). - Através do texto, infere-se que...
- É possível deduzir que...
Contexto – um texto é constituído por diversas fra- - O autor permite concluir que...
ses. Em cada uma delas, há uma certa informação que a - Qual é a intenção do autor ao afirmar que...
faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando
condições para a estruturação do conteúdo a ser trans- Compreender significa
mitido. A essa interligação dá-se o nome de contexto. - intelecção, entendimento, atenção ao que realmente
Nota-se que o relacionamento entre as frases é tão está escrito.
grande que, se uma frase for retirada de seu contexto - o texto diz que...
original e analisada separadamente, poderá ter um sig- - é sugerido pelo autor que...
nificado diferente daquele inicial. - de acordo com o texto, é correta ou errada a afirma-
ção...
Intertexto - comumente, os textos apresentam re- - o narrador afirma...
ferências diretas ou indiretas a outros autores através
de citações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. Erros de interpretação
Interpretação de texto - o primeiro objetivo de uma É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência
interpretação de um texto é a identificação de sua ideia de erros de interpretação. Os mais frequentes são:
principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias,
ou fundamentações, as argumentações, ou explicações, a) Extrapolação (viagem)
que levem ao esclarecimento das questões apresentadas Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias
na prova. que não estão no texto, quer por conhecimento prévio do
tema quer pela imaginação.
Normalmente, numa prova, o candidato é convi-
dado a: b) Redução
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a
1. Identificar – é reconhecer os elementos funda- um aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de
mentais de uma argumentação, de um processo, de uma ideias, o que pode ser insuficiente para o total do entendi-
época (neste caso, procuram-se os verbos e os advér- mento do tema desenvolvido.
bios, os quais definem o tempo).
2. Comparar – é descobrir as relações de semelhança c) Contradição
ou de diferenças entre as situações do texto. Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do can-
3. Comentar - é relacionar o conteúdo apresentado didato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, conse-
com uma realidade, opinando a respeito. quentemente, errando a questão.
4. Resumir – é concentrar as ideias centrais e/ou se-
cundárias em um só parágrafo. Observação - Muitos pensam que há a ótica do escritor
5. Parafrasear – é reescrever o texto com outras pa- e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova
lavras. de concurso, o que deve ser levado em consideração é o
que o autor diz e nada mais.
3
LÍNGUA PORTUGUESA
Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que - Falante não pode negar que tenha querido transmitir
relacionam palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre a informação expressa pelo pressuposto, mas pode negar
si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de que tenha desejado transmitir a informação expressa pelo
um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um pro- subentendido.
nome oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se - Negação da informação não nega o pressuposto.
vai dizer e o que já foi dito. - Pressuposto não verdadeiro – informação explícita
absurda.
OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia - Principais marcadores de pressupostos: a) adjetivos;
-a-dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e b) verbos; c) advérbios; d) orações adjetivas; e) conjunções.
do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do
verbo; aquele do seu antecedente. Não se pode esquecer QUESTÕES
também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor
semântico, por isso a necessidade de adequação ao ante- (Agente Estadual de Trânsito – DETRAN - SP – Vu-
cedente. nesp/2013)
Os pronomes relativos são muito importantes na in-
terpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de O uso da bicicleta no Brasil
coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que
existe um pronome relativo adequado a cada circunstância, A utilização da bicicleta como meio de locomoção no
a saber: Brasil ainda conta com poucos adeptos, em comparação
com países como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos
que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente,
quais a bicicleta é um dos principais veículos nas ruas. Ape-
mas depende das condições da frase.
sar disso, cada vez mais pessoas começam a acreditar que
qual (neutro) idem ao anterior.
a bicicleta é, numa comparação entre todos os meios de
quem (pessoa)
cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois transporte, um dos que oferecem mais vantagens.
o objeto possuído. A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicle-
como (modo) tas e a outros veículos que, por lei, devem andar na via e
onde (lugar) jamais na calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são
quando (tempo) todos considerados veículos, com direito de circulação pe-
quanto (montante) las ruas e prioridade sobre os automotores.
Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à
Exemplo: bicicleta no dia a dia são: a valorização da sustentabilidade,
Falou tudo QUANTO queria (correto) pois as bikes não emitem gases nocivos ao ambiente, não
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria consomem petróleo e produzem muito menos sucata de
aparecer o demonstrativo O ). metais, plásticos e borracha; a diminuição dos congestio-
Dicas para melhorar a interpretação de textos namentos por excesso de veículos motorizados, que atin-
- Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do gem principalmente as grandes cidades; o favorecimento
assunto; da saúde, pois pedalar é um exercício físico muito bom; e
- Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a economia no combustível, na manutenção, no seguro e,
a leitura; claro, nos impostos.
- Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto No Brasil, está sendo implantado o sistema de com-
pelo menos duas vezes;
partilhamento de bicicletas. Em Porto Alegre, por exemplo,
- Inferir;
o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da Prefeitu-
- Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
- Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do ra, em parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA, com
autor; quase um ano de operação. Depois de Rio de Janeiro, São
- Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor Paulo, Santos, Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo
compreensão; país aderirem a esse sistema, mais duas capitais já estão
- Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de com o projeto pronto em 2013: Recife e Goiânia. A ideia do
cada questão; compartilhamento é semelhante em todas as cidades. Em
- O autor defende ideias e você deve percebê-las; Porto Alegre, os usuários devem fazer um cadastro pelo
site. O valor do passe mensal é R$10 e o do passe diário,
Segundo Fiorin: R$5, podendo-se utilizar o sistema durante todo o dia, das
-Pressupostos – informações implícitas decorrentes 6h às 22h, nas duas modalidades. Em todas as cidades que
necessariamente de palavras ou expressões contidas na já aderiram ao projeto, as bicicletas estão espalhadas em
frase. pontos estratégicos.
- Subentendidos – insinuações não marcadas clara- A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção
mente na linguagem. não está consolidada em nossa sociedade. Muitos ainda
- Pressupostos – verdadeiros ou admitidos como tal. não sabem que a bicicleta já é considerada um meio de
- Subentendidos – de responsabilidade do ouvinte. transporte, ou desconhecem as leis que abrangem a bike.
4
LÍNGUA PORTUGUESA
Na confusão de um trânsito caótico numa cidade grande, não são apenas maus motoristas, sem condições de dirigir,
carros, motocicletas, ônibus e, agora, bicicletas, misturam- mas também se engajam num comportamento de risco –
se, causando, muitas vezes, discussões e acidentes que po- algumas até agem especificamente para irritar o outro mo-
deriam ser evitados. torista ou impedir que este chegue onde precisa.
Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. Essa é a evolução de pensamento que alguém poderá
A verdade é que, quando expostos nas vias públicas, eles ter antes de passar para a ira de trânsito de fato, levando
estão totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas. um motorista a tomar decisões irracionais.
Por isso é tão importante usar capacete e outros itens de Dirigir pode ser uma experiência arriscada e emocio-
segurança. A maior parte dos motoristas de carros, ônibus, nante. Para muitos de nós, os carros são a extensão de
motocicletas e caminhões desconhece as leis que abran- nossa personalidade e podem ser o bem mais valioso que
gem os direitos dos ciclistas. Mas muitos ciclistas também possuímos. Dirigir pode ser a expressão de liberdade para
ignoram seus direitos e deveres. Alguém que resolve in- alguns, mas também é uma atividade que tende a aumen-
tegrar a bike ao seu estilo de vida e usá-la como meio de tar os níveis de estresse, mesmo que não tenhamos cons-
locomoção precisa compreender que deverá gastar com ciência disso no momento.
alguns apetrechos necessários para poder trafegar. De Dirigir é também uma atividade comunitária. Uma vez
acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, as bicicletas que entra no trânsito, você se junta a uma comunidade
devem, obrigatoriamente, ser equipadas com campainha, de outros motoristas, todos com seus objetivos, medos e
sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais, habilidades ao volante. Os psicólogos Leon James e Diane
além de espelho retrovisor do lado esquerdo. Nahl dizem que um dos fatores da ira de trânsito é a ten-
(Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net. dência de nos concentrarmos em nós mesmos, descartan-
Adaptado) do o aspecto comunitário do ato de dirigir.
Como perito do Congresso em Psicologia do Trânsito,
01. De acordo com o texto, o uso da bicicleta como o Dr. James acredita que a causa principal da ira de trânsi-
meio de locomoção nas metrópoles brasileiras to não são os congestionamentos ou mais motoristas nas
(A) decresce em comparação com Holanda e Inglaterra ruas, e sim como nossa cultura visualiza a direção agressi-
devido à falta de regulamentação. va. As crianças aprendem que as regras normais em relação
(B) vem se intensificando paulatinamente e tem sido ao comportamento e à civilidade não se aplicam quando
incentivado em várias cidades. dirigimos um carro. Elas podem ver seus pais envolvidos
(C) tornou-se, rapidamente, um hábito cultivado pela em comportamentos de disputa ao volante, mudando de
maioria dos moradores. faixa continuamente ou dirigindo em alta velocidade, sem-
(D) é uma alternativa dispendiosa em comparação com pre com pressa para chegar ao destino.
os demais meios de transporte. Para complicar as coisas, por vários anos psicólogos
(E) tem sido rejeitado por consistir em uma atividade sugeriam que o melhor meio para aliviar a raiva era des-
arriscada e pouco salutar. carregar a frustração. Estudos mostram, no entanto, que a
descarga de frustrações não ajuda a aliviar a raiva. Em uma
02. A partir da leitura, é correto concluir que um dos situação de ira de trânsito, a descarga de frustrações pode
objetivos centrais do texto é transformar um incidente em uma violenta briga.
(A) informar o leitor sobre alguns direitos e deveres do Com isso em mente, não é surpresa que brigas vio-
ciclista. lentas aconteçam algumas vezes. A maioria das pessoas
(B) convencer o leitor de que circular em uma bicicleta está predisposta a apresentar um comportamento irracio-
é mais seguro do que dirigir um carro. nal quando dirige. Dr. James vai ainda além e afirma que a
(C) mostrar que não há legislação acerca do uso da bi- maior parte das pessoas fica emocionalmente incapacitada
cicleta no Brasil. quando dirige. O que deve ser feito, dizem os psicólogos,
(D) explicar de que maneira o uso da bicicleta como é estar ciente de seu estado emocional e fazer as escolhas
meio de locomoção se consolidou no Brasil. corretas, mesmo quando estiver tentado a agir só com a
(E) defender que, quando circular na calçada, o ciclista emoção.
deve dar prioridade ao pedestre. (Jonathan Strickland. Disponível em: http://carros.hsw.
uol.com.br/furia-no-transito1 .htm. Acesso em: 01.08.2013.
(Oficial Estadual de Trânsito - DETRAN-SP - Vunesp Adaptado)
2013) Leia o texto para responder às questões de 3 a 5
3-) Tomando por base as informações contidas no tex-
Propensão à ira de trânsito to, é correto afirmar que
(A) os comportamentos de disputa ao volante aconte-
Dirigir um carro é estressante, além de inerentemente cem à medida que os motoristas se envolvem em decisões
perigoso. Mesmo que o indivíduo seja o motorista mais se- conscientes.
guro do mundo, existem muitas variáveis de risco no trân- (B) segundo psicólogos, as brigas no trânsito são cau-
sito, como clima, acidentes de trânsito e obras nas ruas. E sadas pela constante preocupação dos motoristas com o
com relação a todas as outras pessoas nas ruas? Algumas aspecto comunitário do ato de dirigir.
5
LÍNGUA PORTUGUESA
(C) para Dr. James, o grande número de carros nas ruas 6-) Considere:
é o principal motivo que provoca, nos motoristas, uma di- I. Segundo o texto, na ficção científica abordam-se,
reção agressiva. com distanciamento de tempo e espaço, questões con-
(D) o ato de dirigir um carro envolve uma série de ex- troversas e moralmente incômodas da sociedade atual, de
periências e atividades não só individuais como também modo que a solução oferecida pela fantasia possa ser apli-
sociais. cada para resolver os problemas da realidade.
(E) dirigir mal pode estar associado à falta de controle II. Parte do poder de convencimento da ficção cientí-
das emoções positivas por parte dos motoristas. fica deriva do fato de serem apresentados ao espectador
objetos imaginários que, embora não existam na vida real,
4. A ira de trânsito estão, de algum modo, conectados à realidade.
A) aprimora uma atitude de reconhecimento de regras. III. A ficção científica extrapola os limites da realidade,
(B) implica tomada de decisões sem racionalidade. mas baseia-se naquilo que, pelo menos em teoria, acredi-
(C) conduz a um comportamento coerente. ta-se que seja possível.
(D) resulta do comportamento essencialmente comu- Está correto o que se afirma APENAS em
nitário dos motoristas. (A) III.
(E) decorre de imperícia na condução de um veículo. (B) I e II.
(C) I e III.
5. De acordo com o perito Dr. James, (D) II e III.
(A) os congestionamentos representam o principal fa- (E) II.
tor para a ira no trânsito.
(B) a cultura dos motoristas é fator determinante para 7-) Sem prejuízo para o sentido original e a correção
o aumento de suas frustrações. gramatical, o termo sonhar, em ... a sociedade se permite
(C) o motorista, ao dirigir, deve ser individualista em sonhar seus piores problemas... (2o parágrafo), pode ser
suas ações, a fim de expressar sua liberdade e garantir que substituído por:
outros motoristas não o irritem. (A) descansar.
(D) a principal causa da direção agressiva é o desco- (B) desprezar.
nhecimento das regras de trânsito. (C) esquecer.
(E) o comportamento dos pais ao dirigirem com ira (D) fugir.
contradiz o aprendizado das crianças em relação às regras (E) imaginar.
de civilidade.
(TRF 3ª região/2014) Atenção: Para responder às ques-
(TRF 3ª região/2014) Para responder às questões de tões de números 8 a 10 considere o texto abaixo.
números 6 e 7 considere o texto abaixo. Texto I
Toda ficção científica, de Metrópolis ao Senhor dos O canto das sereias é uma imagem que remonta às
anéis, baseia-se, essencialmente, no que está acontecen-
mais luminosas fontes da mitologia e da literatura gregas.
do no mundo no momento em que o filme foi feito. Não
As versões da fábula variam, mas o sentido geral da trama
no futuro ou numa galáxia distante, muitos e muitos anos
é comum.
atrás, mas agora mesmo, no presente, simbolizado em pro-
As sereias eram criaturas sobre-humanas. Ninfas de
jeções que nos confortam e tranquilizam ao nos oferecer
extraordinária beleza, viviam sozinhas numa ilha do Medi-
uma adequada distância de tempo e espaço.
terrâneo, mas tinham o dom de chamar a si os navegantes,
Na ficção científica, a sociedade se permite sonhar seus
graças ao irresistível poder de sedução do seu canto. Atraí-
piores problemas: desumanização, superpopulação, totali-
dos por aquela melodia divina, os navios batiam nos recifes
tarismo, loucura, fome, epidemias. Não se imita a realida-
submersos da beira-mar e naufragavam. As sereias então
de, mas imagina-se, sonha-se, cria-se outra realidade onde
possamos colocar e resolver no plano da imaginação tudo devoravam impiedosamente os tripulantes.
o que nos incomoda no cotidiano. O elemento essencial Doce o caminho, amargo o fim. Como escapar com
para guiar a lógica interna do gênero, cuja quebra implica vida do canto das sereias? A literatura grega registra duas
o fim da magia, é a ciência. Por isso, tecnologia é essen- soluções vitoriosas. Uma delas foi a saída encontrada por
cial ao gênero. Parte do poder desse tipo de magia cine- Orfeu, o incomparável gênio da música e da poesia.
matográfica está em concretizar, diante dos nossos olhos, Quando a embarcação na qual ele navegava entrou
objetos possíveis, mas inexistentes: carros voadores, robôs inadvertidamente no raio de ação das sereias, ele conse-
inteligentes. Como parte dessas coisas imaginadas acaba guiu impedir a tripulação de perder a cabeça tocando uma
se tornando realidade, o gênero reforça a sensação de que música ainda mais sublime do que aquela que vinha da
estamos vendo na tela projeções das nossas possibilidades ilha. O navio atravessou incólume a zona de perigo.
coletivas futuras. A outra solução foi a de Ulisses. Sua principal arma
(Adaptado de: BAHIANA, Ana Maria. Como ver um fil- para vencer as sereias foi o reconhecimento franco e cora-
me. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012. formato ebook.) joso da sua fraqueza e da sua falibilidade − a aceitação dos
seus inescapáveis limites humanos.
6
LÍNGUA PORTUGUESA
7
LÍNGUA PORTUGUESA
8
LÍNGUA PORTUGUESA
9
LÍNGUA PORTUGUESA
Seus olhos são como luzes brilhantes. 10 - Gênero pela espécie: Os mortais pensam e so-
O exemplo acima mostra uma comparação evidente, frem nesse mundo. (= Os homens pensam e sofrem nesse
através do emprego da palavra como. mundo).
Observe agora: Seus olhos são luzes brilhantes. 11 - Singular pelo plural: A mulher foi chamada para
Neste exemplo não há mais uma comparação (note a ir às ruas na luta por seus direitos. (= As mulheres foram
ausência da partícula comparativa), e sim símile, ou seja, chamadas, não apenas uma mulher).
qualidade do que é semelhante. 12 - Marca pelo produto: Minha filha adora danone.
Por fim, no exemplo: As luzes brilhantes olhavam-me. (= Minha filha adora o iogurte que é da marca Danone).
Há substituição da palavra olhos por luzes brilhantes. Esta 13 - Espécie pelo indivíduo: O homem foi à Lua. (=
é a verdadeira metáfora. Alguns astronautas foram à Lua).
14 - Símbolo pela coisa simbolizada: A balança pen-
Observe outros exemplos: derá para teu lado. (= A justiça ficará do teu lado).
1) “Meu pensamento é um rio subterrâneo.” (Fernando Saiba que: Sinédoque se relaciona com o conceito de
Pessoa) extensão (como nos exemplos 9, 10 e 11, acima), enquan-
Neste caso, a metáfora é possível na medida em que to que a metonímia abrange apenas os casos de analogia
o poeta estabelece relações de semelhança entre um rio ou de relação. Não há necessidade, atualmente, de se fa-
subterrâneo e seu pensamento (pode estar relacionando zer distinção entre ambas as figuras.
a fluidez, a profundidade, a inatingibilidade, etc.).
Catacrese
2) Minha alma é uma estrada de terra que leva a lugar
algum. Trata-se de uma metáfora que, dado seu uso contí-
Uma estrada de terra que leva a lugar algum é, na fra- nuo, cristalizou-se. A catacrese costuma ocorrer quando,
se acima, uma metáfora. Por trás do uso dessa expressão por falta de um termo específico para designar um con-
que indica uma alma rústica e abandonada (e angustiada- ceito, toma-se outro “emprestado”. Assim, passamos a
mente inútil), há uma comparação subentendida: Minha empregar algumas palavras fora de seu sentido original.
alma é tão rústica, abandonada (e inútil) quanto uma es- Exemplos: “asa da xícara”, “batata da perna”, “maçã do ros-
trada de terra que leva a lugar algum. to”, “pé da mesa”, “braço da cadeira”, “coroa do abacaxi”.
10
LÍNGUA PORTUGUESA
É a expressão intencionalmente exagerada com o in- As figuras de construção (ou sintática, de sintaxe)
tuito de realçar uma ideia. ocorrem quando desejamos atribuir maior expressividade
Faria isso milhões de vezes se fosse preciso. ao significado. Assim, a lógica da frase é substituída pela
“Rios te correrão dos olhos, se chorares.” (Olavo Bilac) maior expressividade que se dá ao sentido.
O concurseiro quase morre de tanto estudar!
11
LÍNGUA PORTUGUESA
Zeugma é uma forma de elipse. Ocorre quando é feita Observe que os verbos persistamos, temos e somos
a omissão de um termo já mencionado anteriormente. não concordam gramaticalmente com os seus sujeitos
Ele gosta de geografia; eu, de português. (eu gosto de (brasileiros, agricultores e cariocas, que estão na terceira
português) pessoa), mas com a ideia que neles está contida (nós, os
Na casa dela só havia móveis antigos; na minha, só brasileiros, os agricultores e os cariocas).
modernos. (só havia móveis)
Ela gosta de natação; eu, de vôlei. (gosto de) Polissíndeto / Assíndeto
12
LÍNGUA PORTUGUESA
* Observação da Zê!
O nosso Hino Nacional é um exemplo de hipérbato, já
que, na ordem direta, teríamos:
“As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado re-
tumbante de um povo heroico”.
13
LÍNGUA PORTUGUESA
A) metonímia
B) prosopopeia
C) hipérbole
D) eufemismo
E) onomatopeia
2-) “Eufemismo = é o emprego de uma expressão mais suave, mais nobre ou menos agressiva, para comunicar algu-
ma coisa áspera, desagradável ou chocante”. No caso da tirinha, é utilizada a expressão “deram suas vidas por nós” no
lugar de “que morreram por nós”.
RESPOSTA: “D”.
O texto cita que o dito popular “está tão quente que dá para fritar um ovo no asfalto” expressa uma figura de lingua-
gem. O autor do texto refere-se a qual figura de linguagem?
A) Eufemismo.
B) Hipérbole.
C) Paradoxo.
D) Metonímia.
E) Hipérbato.
3-) A expressão é um exagero! Ela serve apenas para representar o calor excessivo que está fazendo. A figura que é
utilizada “mil vezes” (!) para atingir tal objetivo é a hipérbole.
RESPOSTA: “B”.
PONTUAÇÃO.
Os sinais de pontuação são marcações gráficas que servem para compor a coesão e a coerência textual, além de
ressaltar especificidades semânticas e pragmáticas. Um texto escrito adquire diferentes significados quando pontuado
de formas diversificadas. O uso da pontuação depende, em certos momentos, da intenção do autor do discurso. Assim,
os sinais de pontuação estão diretamente relacionados ao contexto e ao interlocutor.
14
LÍNGUA PORTUGUESA
15
LÍNGUA PORTUGUESA
- Para isolar:
- o aposto: São Paulo, considerada a metrópole brasi-
leira, possui um trânsito caótico.
- o vocativo: Ora, Thiago, não diga bobagem.
Observações:
- Considerando-se que “etc.” é abreviatura da expres-
são latina et cetera, que significa “e outras coisas”, seria
dispensável o emprego da vírgula antes dele. Porém, o
acordo ortográfico em vigor no Brasil exige que empre- (SAAE/SP - FISCAL LEITURISTA - VUNESP - 2014) Se-
guemos etc. precedido de vírgula: Falamos de política, fu-
gundo a norma-padrão da língua portuguesa, a pontua-
tebol, lazer, etc.
ção está correta em:
A) Hagar disse, que não iria.
- As perguntas que denotam surpresa podem ter
B) Naquela noite os Stevensens prometeram servir,
combinados o ponto de interrogação e o de exclamação:
bifes e lagostas, aos vizinhos.
Você falou isso para ela?!
C) Chegou, o convite dos Stevensens, bife e lagostas:
para Hagar e Helga
- Temos, ainda, sinais distintivos:
D) “Eles são chatos e, nunca param de falar”, disse,
1-) a barra ( / ) = usada em datas (25/12/2014), sepa-
ração de siglas (IOF/UPC); Hagar à Helga.
2-) os colchetes ([ ]) = usados em transcrições feitas E) Helga chegou com o recado: fomos convidados,
pelo narrador ([vide pág. 5]), usado como primeira opção pelos Stevensens, para jantar bifes e lagostas.
aos parênteses, principalmente na matemática;
3-) o asterisco ( * ) = usado para remeter o leitor a 1-) Correções realizadas:
uma nota de rodapé ou no fim do livro, para substituir um A) Hagar disse que não iria. = não há vírgula entre
nome que não se quer mencionar. verbo e seu complemento (objeto)
B) Naquela noite os Stevensens prometeram servir bi-
Fontes de pesquisa: fes e lagostas aos vizinhos. = não há vírgula entre verbo e
http://www.infoescola.com/portugues/pontuacao/ seu complemento (objeto)
http://www.brasilescola.com/gramatica/uso-da-vir- C) Chegou o convite dos Stevensens: bife e lagostas
gula.htm para Hagar e Helga.
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Ce- D) “Eles são chatos e nunca param de falar”, disse Ha-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São gar à Helga.
Paulo: Saraiva, 2010. E) Helga chegou com o recado: fomos convidados,
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa pelos Stevensens, para jantar bifes e lagostas.
Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. RESPOSTA: “E”.
16
LÍNGUA PORTUGUESA
2-) Não se deve colocar vírgula entre sujeito e predi- Observe outros exemplos:
cado, a não ser que se trate de um aposto (1), predicativo
do sujeito (2), ou algum termo que requeira estar separa- de águia aquilino
do entre pontuações. Exemplos: de aluno discente
O Rio de Janeiro, cidade maravilhosa (1), está em festa!
Os meninos, ansiosos (2), chegaram! de anjo angelical
RESPOSTA: “CERTO”. de ano anual
17
LÍNGUA PORTUGUESA
* Observação: nem toda locução adjetiva possui um adjetivo correspondente, com o mesmo significado. Por exem-
plo: Vi as alunas da 5ª série. / O muro de tijolos caiu.
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função dentro de uma oração) relativas aos substantivos, atuando como
adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto).
Alagoas alagoano
Amapá amapaense
Aracaju aracajuano ou aracajuense
Amazonas amazonense ou baré
Belo Horizonte belo-horizontino
Brasília brasiliense
Cabo Frio cabo-friense
Campinas campineiro ou campinense
Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita.
Observe alguns exemplos:
Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos subs-
tantivos, classificam-se em:
18
LÍNGUA PORTUGUESA
Biformes - têm duas formas, sendo uma para o mas- Grau do Adjetivo
culino e outra para o feminino: ativo e ativa, mau e má.
Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no fe- Os adjetivos se flexionam em grau para indicar a in-
minino somente o último elemento: o moço norte-america- tensidade da qualidade do ser. São dois os graus do adje-
no, a moça norte-americana. tivo: o comparativo e o superlativo.
Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino Nesse grau, comparam-se a mesma característica atri-
como para o feminino: homem feliz e mulher feliz. buída a dois ou mais seres ou duas ou mais característi-
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no cas atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de
feminino: conflito político-social e desavença político-social. igualdade, de superioridade ou de inferioridade.
Número dos Adjetivos
Sou tão alto como você. = Comparativo de Igualdade
No comparativo de igualdade, o segundo termo da
Plural dos adjetivos simples
comparação é introduzido pelas palavras como, quanto ou
quão.
Os adjetivos simples se flexionam no plural de acordo
com as regras estabelecidas para a flexão numérica dos
substantivos simples: mau e maus, feliz e felizes, ruim e ruins, Sou mais alto (do) que você. = Comparativo de Supe-
boa e boas. rioridade Analítico
Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça No comparativo de superioridade analítico, entre os
função de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a pala- dois substantivos comparados, um tem qualidade supe-
vra que estiver qualificando um elemento for, originalmente, rior. A forma é analítica porque pedimos auxílio a “mais...
um substantivo, ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: do que” ou “mais...que”.
a palavra cinza é, originalmente, um substantivo; porém, se
estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. O Sol é maior (do) que a Terra. = Comparativo de Su-
Ficará, então, invariável. Logo: camisas cinza, ternos cinza. perioridade Sintético
19
LÍNGUA PORTUGUESA
20
LÍNGUA PORTUGUESA
De acordo com a circunstância que exprime, o advér- Há palavras como muito, bastante, que podem apare-
bio pode ser de: cer como advérbio e como pronome indefinido.
Lugar: aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, Advérbio: refere-se a um verbo, adjetivo, ou a outro
atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, advérbio e não sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muito.
abaixo, aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, Pronome Indefinido: relaciona-se a um substantivo
adentro, afora, alhures, aquém, embaixo, externamente, a e sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muitos quilômetros.
distância, à distância de, de longe, de perto, em cima, à
direita, à esquerda, ao lado, em volta. * Dica: Como saber se a palavra bastante é advérbio
Tempo: hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora, (não varia, não se flexiona) ou pronome indefinido (varia,
amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes, sofre flexão)? Se der, na frase, para substituir o “bastante”
por “muito”, estamos diante de um advérbio; se der para
doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já,
substituir por “muitos” (ou muitas), é um pronome. Veja:
enfim, afinal, amiúde, breve, constantemente, entrementes,
imediatamente, primeiramente, provisoriamente, sucessi-
1-) Estudei bastante para o concurso. (estudei muito,
vamente, às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente,
pois “muitos” não dá!). = advérbio
de vez em quando, de quando em quando, a qualquer mo-
mento, de tempos em tempos, em breve, hoje em dia. 2-) Estudei bastantes capítulos para o concurso. (estu-
Modo: bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa, dei muitos capítulos) = pronome indefinido
acinte, debalde, devagar, às pressas, às claras, às cegas, à
toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse jeito, desse Advérbios Interrogativos
modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado,
a pé, de cor, em vão e a maior parte dos que terminam em São as palavras: onde? aonde? donde? quando? como?
“-mente”: calmamente, tristemente, propositadamente, pa- por quê? nas interrogações diretas ou indiretas, referentes
cientemente, amorosamente, docemente, escandalosamen- às circunstâncias de lugar, tempo, modo e causa. Veja:
te, bondosamente, generosamente.
Afirmação: sim, certamente, realmente, decerto, efeti- Interrogação Direta Interrogação Indireta
vamente, certo, decididamente, deveras, indubitavelmente.
Negação: não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de Como aprendeu? Perguntei como aprendeu.
forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum. Onde mora? Indaguei onde morava.
Dúvida: acaso, porventura, possivelmente, provavel- Por que choras? Não sei por que choras.
mente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe.
Aonde vai? Perguntei aonde ia.
Intensidade: muito, demais, pouco, tão, em excesso,
bastante, mais, menos, demasiado, quanto, quão, tanto, Donde vens? Pergunto donde vens.
assaz, que (equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de Quando voltas? Pergunto quando voltas.
todo, de muito, por completo, extremamente, intensamen-
te, grandemente, bem (quando aplicado a propriedades Locução Adverbial
graduáveis).
Exclusão: apenas, exclusivamente, salvo, senão, so- Quando há duas ou mais palavras que exercem fun-
mente, simplesmente, só, unicamente. Por exemplo: Bran- ção de advérbio, temos a locução adverbial, que pode
do, o vento apenas move a copa das árvores. expressar as mesmas noções dos advérbios. Iniciam ordi-
Inclusão: ainda, até, mesmo, inclusivamente, também. nariamente por uma preposição. Veja:
Por exemplo: O indivíduo também amadurece durante a lugar: à esquerda, à direita, de longe, de perto, para
adolescência. dentro, por aqui, etc.
Ordem: depois, primeiramente, ultimamente. Por afirmação: por certo, sem dúvida, etc.
exemplo: Primeiramente, eu gostaria de agradecer aos modo: às pressas, passo a passo, de cor, em vão, em
meus amigos por comparecerem à festa. geral, frente a frente, etc.
tempo: de noite, de dia, de vez em quando, à tarde,
hoje em dia, nunca mais, etc.
* Saiba que:
- Para se exprimir o limite de possibilidade, antepõe-
* Observações:
se ao advérbio “o mais” ou “o menos”. Por exemplo: Fi-
- tanto a locução adverbial como o advérbio modifi-
carei o mais longe que puder daquele garoto. Voltarei o
cam o verbo, o adjetivo e outro advérbio:
menos tarde possível. Chegou muito cedo. (advérbio)
- Quando ocorrem dois ou mais advérbios em -mente, Joana é muito bela. (adjetivo)
em geral sufixamos apenas o último: Por exemplo: O alu- De repente correram para a rua. (verbo)
no respondeu calma e respeitosamente.
21
LÍNGUA PORTUGUESA
- Usam-se, de preferência, as formas mais bem e mais * Quando indicado no singular, o artigo definido pode
mal antes de adjetivos ou de verbos no particípio: indicar toda uma espécie:
Essa matéria é mais bem interessante que aquela. O trabalho dignifica o homem.
Nosso aluno foi o mais bem colocado no concurso!
- O numeral “primeiro”, ao modificar o verbo, é advér- * No caso de nomes próprios personativos, denotando a
bio: Cheguei primeiro. ideia de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso do
artigo:
- Quanto a sua função sintática: o advérbio e a lo- Marcela é a mais extrovertida das irmãs.
cução adverbial desempenham na oração a função de O Pedro é o xodó da família.
adjunto adverbial, classificando-se de acordo com as cir-
cunstâncias que acrescentam ao verbo, ao adjetivo ou ao * No caso de os nomes próprios personativos estarem
advérbio. Exemplo: no plural, são determinados pelo uso do artigo:
Meio cansada, a candidata saiu da sala. = adjunto ad- Os Maias, os Incas, Os Astecas...
verbial de intensidade (ligado ao adjetivo “cansada”)
Trovejou muito ontem. = adjunto adverbial de intensi- * Usa-se o artigo depois do pronome indefinido todo(a)
dade e de tempo, respectivamente. para conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso dele (o arti-
go), o pronome assume a noção de qualquer.
Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda)
Fontes de pesquisa:
Toda classe possui alunos interessados e desinteressados.
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/
(qualquer classe)
morf75.php
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce- * Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é fa-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São cultativo:
Paulo: Saraiva, 2010. Preparei o meu curso. Preparei meu curso.
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. * A utilização do artigo indefinido pode indicar uma ideia
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa de aproximação numérica:
Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. O máximo que ele deve ter é uns vinte anos.
22
LÍNGUA PORTUGUESA
23
LÍNGUA PORTUGUESA
c) Condicionais: introduzem uma oração que indica a i) Consecutivas: introduzem uma oração que ex-
hipótese ou a condição para ocorrência da principal. São pressa a consequência da principal. São elas: de sorte que,
elas: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde de modo que, sem que (= que não), de forma que, de jeito
que, a menos que, sem que, etc. que, que (tendo como antecedente na oração principal uma
Se precisar de minha ajuda, telefone-me. palavra como tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc.
Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do
** Dica: você deve ter percebido que a conjunção exame.
condicional “se” também é conjunção integrante. A di-
ferença é clara ao ler as orações que são introduzidas Atenção: Muitas conjunções não têm classificação
por ela. Acima, ela nos dá a ideia da condição para que única, imutável, devendo, portanto, ser classificadas de
recebamos um telefonema (se for preciso ajuda). Já na acordo com o sentido que apresentam no contexto
oração: (grifo da Zê!).
Não sei se farei o concurso...
Não há ideia de condição alguma, há? Outra coisa: O bom relacionamento entre as conjunções de um
o verbo da oração principal (sei) pede complemento texto garante a perfeita estruturação de suas frases e pa-
rágrafos, bem como a compreensão eficaz de seu conteú-
(objeto direto, já que “quem não sabe, não sabe algo”).
do. Interagindo com palavras de outras classes gramaticais
Portanto, a oração em destaque exerce a função de ob-
essenciais ao inter-relacionamento das partes de frases e
jeto direto da oração principal, sendo classificada como
textos - como os pronomes, preposições, alguns advérbios
oração subordinada substantiva objetiva direta.
e numerais -, as conjunções fazem parte daquilo a que se
d) Conformativas: introduzem uma oração que ex- pode chamar de “a arquitetura textual”, isto é, o conjun-
prime a conformidade de um fato com outro. São elas: to das relações que garantem a coesão do enunciado. O
conforme, como (= conforme), segundo, consoante, etc. sucesso desse conjunto de relações depende do conhe-
O passeio ocorreu como havíamos planejado. cimento do valor relacional das conjunções, uma vez que
estas interferem semanticamente no enunciado.
e) Finais: introduzem uma oração que expressa a fi- Dessa forma, deve-se dedicar atenção especial às con-
nalidade ou o objetivo com que se realiza a oração prin- junções tanto na leitura como na produção de textos. Nos
cipal. São elas: para que, a fim de que, que, porque (= textos narrativos, elas estão muitas vezes ligadas à expres-
para que), que, etc. são de circunstâncias fundamentais à condução da histó-
Toque o sinal para que todos entrem no salão. ria, como as noções de tempo, finalidade, causa e conse-
quência. Nos textos dissertativos, evidenciam muitas vezes
f) Proporcionais: introduzem uma oração que ex- a linha expositiva ou argumentativa adotada - é o caso
pressa um fato relacionado proporcionalmente à ocor- das exposições e argumentações construídas por meio de
rência do expresso na principal. São elas: à medida que, contrastes e oposições, que implicam o uso das adversati-
à proporção que, ao passo que e as combinações quanto vas e concessivas.
mais... (mais), quanto menos... (menos), quanto menos...
(mais), quanto menos... (menos), etc. Fontes de pesquisa:
O preço fica mais caro à medida que os produtos es- http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf84.
casseiam. php
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
* Observação: são incorretas as locuções proporcio- Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
nais à medida em que, na medida que e na medida em Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce-
que. reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São
Paulo: Saraiva, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
g) Temporais: introduzem uma oração que acres-
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
centa uma circunstância de tempo ao fato expresso na
oração principal. São elas: quando, enquanto, antes que,
Interjeição
depois que, logo que, todas as vezes que, desde que, sem-
pre que, assim que, agora que, mal (= assim que), etc. Interjeição é a palavra invariável que exprime emo-
A briga começou assim que saímos da festa. ções, sensações, estados de espírito. É um recurso da lin-
guagem afetiva, em que não há uma ideia organizada de
h) Comparativas: introduzem uma oração que ex- maneira lógica, como são as sentenças da língua, mas sim
pressa ideia de comparação com referência à oração a manifestação de um suspiro, um estado da alma decor-
principal. São elas: como, assim como, tal como, como se, rente de uma situação particular, um momento ou um
(tão)... como, tanto como, tanto quanto, do que, quanto, contexto específico. Exemplos:
tal, qual, tal qual, que nem, que (combinado com menos Ah, como eu queria voltar a ser criança!
ou mais), etc. ah: expressão de um estado emotivo = interjeição
O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem. Hum! Esse pudim estava maravilhoso!
hum: expressão de um pensamento súbito = interjeição
24
LÍNGUA PORTUGUESA
O significado das interjeições está vinculado à manei- Pedido de Auxílio: Socorro! Aqui! Piedade!
ra como elas são proferidas. O tom da fala é que dita o Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve! Viva!
sentido que a expressão vai adquirir em cada contexto em Adeus! Olá! Alô! Ei! Tchau! Psiu! Socorro! Valha-me, Deus!
que for utilizada. Exemplos: Silêncio: Psiu! Silêncio!
Psiu! Terror ou Medo: Credo! Cruzes! Minha nossa!
contexto: alguém pronunciando esta expressão na
rua ; significado da interjeição (sugestão): “Estou te cha- * Saiba que: As interjeições são palavras invariáveis,
mando! Ei, espere!” isto é, não sofrem variação em gênero, número e grau
como os nomes, nem de número, pessoa, tempo, modo,
Psiu! aspecto e voz como os verbos. No entanto, em uso espe-
contexto: alguém pronunciando em um hospital; sig- cífico, algumas interjeições sofrem variação em grau. Não
nificado da interjeição (sugestão): “Por favor, faça silên- se trata de um processo natural desta classe de palavra,
cio!” mas tão só uma variação que a linguagem afetiva permite.
Exemplos: oizinho, bravíssimo, até loguinho.
Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio!
Locução Interjetiva
puxa: interjeição; tom da fala: euforia
Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma
Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte!
expressão com sentido de interjeição: Ora bolas!, Virgem
puxa: interjeição; tom da fala: decepção
Maria!, Meu Deus!, Ó de casa!, Ai de mim!, Graças a Deus!
Toda frase mais ou menos breve dita em tom exclama-
As interjeições cumprem, normalmente, duas fun- tivo torna-se uma locução interjetiva, dispensando análise
ções: dos termos que a compõem: Macacos me mordam!, Valha-
a) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo ale- me Deus!, Quem me dera!
gria, tristeza, dor, etc.
Ah, deve ser muito interessante! * Observações:
1) As interjeições são como frases resumidas, sintéticas.
b) Sintetizar uma frase apelativa. Por exemplo:
Cuidado! Saia da minha frente. Ué! (= Eu não esperava por essa!)
Perdão! (= Peço-lhe que me desculpe.)
As interjeições podem ser formadas por:
a) simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô 2) Além do contexto, o que caracteriza a interjeição é o
b) palavras: Oba! Olá! Claro! seu tom exclamativo; por isso, palavras de outras classes gra-
c) grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu maticais podem aparecer como interjeições. Por exemplo:
Deus! Ora bolas! Viva! Basta! (Verbos)
Fora! Francamente! (Advérbios)
Classificação das Interjeições 3) A interjeição pode ser considerada uma “palavra-
frase” porque sozinha pode constituir uma mensagem. Por
Comumente, as interjeições expressam sentido de: exemplo:
Advertência: Cuidado! Devagar! Calma! Sentido! Socorro! Ajudem-me! Silêncio! Fique quieto!
Atenção! Olha! Alerta!
Afugentamento: Fora! Passa! Rua! 4) Há, também, as interjeições onomatopaicas ou imi-
Alegria ou Satisfação: Oh! Ah! Eh! Oba! Viva! tativas, que exprimem ruídos e vozes. Por exemplo: Miau!
Bumba! Zás! Plaft! Pof! Catapimba! Tique-taque! Quá-quá-
Alívio: Arre! Uf! Ufa! Ah!
quá!, etc.
Animação ou Estímulo: Vamos! Força! Coragem!
Ânimo! Adiante!
5) Não se deve confundir a interjeição de apelo “ó” com
Aplauso ou Aprovação: Bravo! Bis! Apoiado! Viva!
a sua homônima “oh!”, que exprime admiração, alegria,
Concordância: Claro! Sim! Pois não! Tá! tristeza, etc. Faz-se uma pausa depois do “oh!” exclamativo
Repulsa ou Desaprovação: Credo! Ih! Francamente! e não a fazemos depois do “ó” vocativo. Por exemplo:
Essa não! Chega! Basta! “Ó natureza! ó mãe piedosa e pura!” (Olavo Bilac)
Desejo ou Intenção: Pudera! Tomara! Oxalá! Queira Oh! a jornada negra!” (Olavo Bilac)
Deus!
Desculpa: Perdão! Fontes de pesquisa:
Dor ou Tristeza: Ai! Ui! Ai de mim! Que pena! http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf89.php
Dúvida ou Incredulidade: Que nada! Qual o quê! SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
Espanto ou Admiração: Oh! Ah! Uai! Puxa! Céus! coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Quê! Caramba! Opa! Nossa! Hein? Cruz! Putz! Português – Literatura, Produção de Textos & Gramá-
Impaciência ou Contrariedade: Hum! Raios! Puxa! tica – volume único / Samira Yousseff Campedelli, Jésus
Pô! Ora! Barbosa Souza. – 3. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2002.
25
LÍNGUA PORTUGUESA
- Cardinais: indicam quantidade exata ou determina- - Os numerais são escritos em conjunto de três alga-
da de seres: um, dois, cem mil, etc. Alguns cardinais têm rismos, contados da direita para a esquerda, em forma de
sentido coletivo, como por exemplo: século, par, dúzia, dé- centenas, dezenas e unidades, tendo cada conjunto uma
cada, bimestre. separação através de ponto ou espaço correspondente a
um ponto: 8.234.456 ou 8 234 456.
- Ordinais: indicam a ordem, a posição que alguém - Em sentido figurado, usa-se o numeral para indicar
exagero intencional, constituindo a figura de linguagem
ou alguma coisa ocupa numa determinada sequência: pri-
conhecida como hipérbole: Já li esse texto mil vezes.
meiro, segundo, centésimo, etc.
- No português contemporâneo, não se usa a conjun-
ção “e” após “mil”, seguido de centena:
* Observação importante:
Nasci em mil novecentos e noventa e dois.
As palavras anterior, posterior, último, antepenúltimo,
Seu salário será de mil quinhentos e cinquenta reais.
final e penúltimo também indicam posição dos seres, mas
são classificadas como adjetivos, não ordinais.
* Mas, se a centena começa por “zero” ou termina
por dois zeros, usa-se o “e”:
- Fracionários: indicam parte de uma quantidade, ou Seu salário será de mil e quinhentos reais. (R$1.500,00)
seja, uma divisão dos seres: meio, terço, dois quintos, etc. Gastamos mil e quarenta reais. (R$1.040,00)
- Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação - Para designar papas, reis, imperadores, séculos e
dos seres, indicando quantas vezes a quantidade foi au- partes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais
mentada: dobro, triplo, quíntuplo, etc. até décimo e, a partir daí, os cardinais, desde que o nume-
ral venha depois do substantivo;
Flexão dos numerais
26
LÍNGUA PORTUGUESA
- Ambos/ambas = numeral dual, porque sempre se refere a dois seres. Significam “um e outro”, “os dois” (ou “uma e
outra”, “as duas”) e são largamente empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez referência. Sua utilização
exige a presença do artigo posposto: Ambos os concursos realizarão suas provas no mesmo dia. O artigo só é dispensado
caso haja um pronome demonstrativo: Ambos esses ministros falarão à imprensa.
27
LÍNGUA PORTUGUESA
fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf40.php
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Preposição
Preposição é uma palavra invariável que serve para ligar termos ou orações. Quando esta ligação acontece, nor-
malmente há uma subordinação do segundo termo em relação ao primeiro. As preposições são muito importantes na
estrutura da língua, pois estabelecem a coesão textual e possuem valores semânticos indispensáveis para a compreensão
do texto.
Tipos de Preposição
1. Preposições essenciais: palavras que atuam exclusivamente como preposições: a, ante, perante, após, até, com,
contra, de, desde, em, entre, para, por, sem, sob, sobre, trás, atrás de, dentro de, para com.
2. Preposições acidentais: palavras de outras classes gramaticais que podem atuar como preposições, ou seja, for-
madas por uma derivação imprópria: como, durante, exceto, fora, mediante, salvo, segundo, senão, visto.
3. Locuções prepositivas: duas ou mais palavras valendo como uma preposição, sendo que a última palavra é uma
(preposição): abaixo de, acerca de, acima de, ao lado de, a respeito de, de acordo com, em cima de, embaixo de, em frente
a, ao redor de, graças a, junto a, com, perto de, por causa de, por cima de, por trás de.
A preposição é invariável, no entanto pode unir-se a outras palavras e, assim, estabelecer concordância em gênero
ou em número. Ex: por + o = pelo por + a = pela.
* Essa concordância não é característica da preposição, mas das palavras às quais ela se une.
Esse processo de junção de uma preposição com outra palavra pode se dar a partir dos processos de:
1. Combinação: união da preposição “a” com o artigo “o”(s), ou com o advérbio “onde”: ao, aonde, aos. Os vocábulos
não sofrem alteração.
2. Contração: união de uma preposição com outra palavra, ocorrendo perda ou transformação de fonema: de + o =
do, em + a = na, per + os = pelos, de + aquele = daquele, em + isso = nisso.
3. Crase: é a fusão de vogais idênticas: à (“a” preposição + “a” artigo), àquilo (“a” preposição + 1.ª vogal do pronome
“aquilo”).
28
LÍNGUA PORTUGUESA
Relações semânticas (= de sentido) estabelecidas Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada.
por meio das preposições: [minha/eu: pronomes de 1.ª pessoa = aquele que fala]
Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada?
Destino = Irei a Salvador. [tua/tu: pronomes de 2.ª pessoa = aquele a quem se
Modo = Saiu aos prantos. fala]
Lugar = Sempre a seu lado. A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada.
Assunto = Falemos sobre futebol. [dela/ela: pronomes de 3.ª pessoa = aquele de quem
Tempo = Chegarei em instantes.
se fala]
Causa = Chorei de saudade.
Fim ou finalidade = Vim para ficar.
Em termos morfológicos, os pronomes são palavras
Instrumento = Escreveu a lápis.
variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em núme-
Posse = Vi as roupas da mamãe.
ro (singular ou plural). Assim, espera-se que a referência
Autoria = livro de Machado de Assis
através do pronome seja coerente em termos de gênero
Companhia = Estarei com ele amanhã.
e número (fenômeno da concordância) com o seu objeto,
Matéria = copo de cristal.
mesmo quando este se apresenta ausente no enunciado.
Meio = passeio de barco.
Origem = Nós somos do Nordeste.
Conteúdo = frascos de perfume. Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile da
Oposição = Esse movimento é contra o que eu penso. nossa escola neste ano.
Preço = Essa roupa sai por cinquenta reais. [nossa: pronome que qualifica “escola” = concordân-
cia adequada]
* Quanto à preposição “trás”: não se usa senão nas lo- [neste: pronome que determina “ano” = concordância
cuções adverbiais (para trás ou por trás) e na locução pre- adequada]
positiva por trás de. [ele: pronome que faz referência à “Roberta” = con-
cordância inadequada]
Fontes de pesquisa:
http://www.infoescola.com/portugues/preposicao/ Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos,
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac- demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere- Pronomes Pessoais
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010. São aqueles que substituem os substantivos, indi-
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação cando diretamente as pessoas do discurso. Quem fala
/ Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. ou escreve assume os pronomes “eu” ou “nós”; usa-se os
pronomes “tu”, “vós”, “você” ou “vocês” para designar a
Pronome quem se dirige, e “ele”, “ela”, “eles” ou “elas” para fazer
Pronome é a palavra variável que substitui ou acom- referência à pessoa ou às pessoas de quem se fala.
panha um substantivo (nome), qualificando-o de alguma Os pronomes pessoais variam de acordo com as fun-
forma. ções que exercem nas orações, podendo ser do caso reto
O homem julga que é superior à natureza, por isso o ou do caso oblíquo.
homem destrói a natureza...
29
LÍNGUA PORTUGUESA
30
LÍNGUA PORTUGUESA
Observe que as únicas formas próprias do pronome - 2.ª pessoa do singular (tu): te, ti.
tônico são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). Conhece a ti mesmo.
As demais repetem a forma do pronome pessoal do caso
reto. - 3.ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo.
Guilherme já se preparou.
- As preposições essenciais introduzem sempre pro- Ela deu a si um presente.
nomes pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do Antônio conversou consigo mesmo.
caso reto. Nos contextos interlocutivos que exigem o uso
da língua formal, os pronomes costumam ser usados des- - 1.ª pessoa do plural (nós): nos.
ta forma: Lavamo-nos no rio.
Não há mais nada entre mim e ti.
Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela. - 2.ª pessoa do plural (vós): vos.
Não há nenhuma acusação contra mim. Vós vos beneficiastes com esta conquista.
Não vá sem mim.
- 3.ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo.
* Atenção: Há construções em que a preposição, Eles se conheceram.
apesar de surgir anteposta a um pronome, serve para in- Elas deram a si um dia de folga.
troduzir uma oração cujo verbo está no infinitivo. Nesses
casos, o verbo pode ter sujeito expresso; se esse sujeito * O pronome é reflexivo quando se refere à mesma
for um pronome, deverá ser do caso reto. pessoa do pronome subjetivo (sujeito): Eu me arrumei e saí.
Trouxeram vários vestidos para eu experimentar. ** É pronome recíproco quando indica reciprocidade
Não vá sem eu mandar. de ação:
Nós nos amamos.
* A frase: “Foi fácil para mim resolver aquela questão!” Olhamo-nos calados.
está correta, já que “para mim” é complemento de “fácil”.
Pronomes de Tratamento
A ordem direta seria: Resolver aquela questão foi fácil para
mim!
São pronomes utilizados no tratamento formal, ceri-
monioso. Apesar de indicarem nosso interlocutor (portan-
- A combinação da preposição “com” e alguns pro-
to, a segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira pes-
nomes originou as formas especiais comigo, contigo, con-
soa. Alguns exemplos:
sigo, conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos
Vossa Alteza (V. A.) = príncipes, duques
frequentemente exercem a função de adjunto adverbial Vossa Eminência (V. E.ma) = cardeais
de companhia. Vossa Reverendíssima (V. Ver.ma) = sacerdotes e religio-
Ele carregava o documento consigo. sos em geral
Vossa Excelência (V. Ex.ª) = oficiais de patente superior
- A preposição “até” exige as formas oblíquas tônicas: à de coronel, senadores, deputados, embaixadores, profes-
Ela veio até mim, mas nada falou. sores de curso superior, ministros de Estado e de Tribunais,
Mas, se “até” for palavra denotativa (com o sentido governadores, secretários de Estado, presidente da Repú-
de) inclusão, usaremos as formas retas: blica (sempre por extenso)
Todos foram bem na prova, até eu! (=inclusive eu) Vossa Magnificência (V. Mag.ª) = reitores de universi-
dades
- As formas “conosco” e “convosco” são substituídas Vossa Majestade (V. M.) = reis, rainhas e imperadores
por “com nós” e “com vós” quando os pronomes pessoais Vossa Senhoria (V. S.a) = comerciantes em geral, oficiais
são reforçados por palavras como outros, mesmos, pró- até a patente de coronel, chefes de seção e funcionários de
prios, todos, ambos ou algum numeral. igual categoria
Você terá de viajar com nós todos. Vossa Meritíssima (sempre por extenso) = para juízes
Estávamos com vós outros quando chegaram as más de direito
notícias. Vossa Santidade (sempre por extenso) = tratamento
Ele disse que iria com nós três. cerimonioso
Vossa Onipotência (sempre por extenso) = Deus
Pronome Reflexivo
Também são pronomes de tratamento o senhor, a se-
São pronomes pessoais oblíquos que, embora fun- nhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são emprega-
cionem como objetos direto ou indireto, referem-se ao dos no tratamento cerimonioso; “você” e “vocês”, no trata-
sujeito da oração. Indicam que o sujeito pratica e recebe mento familiar. Você e vocês são largamente empregados
a ação expressa pelo verbo. no português do Brasil; em algumas regiões, a forma tu é
Quadro dos pronomes reflexivos: de uso frequente; em outras, pouco empregada. Já a forma
- 1.ª pessoa do singular (eu): me, mim. vós tem uso restrito à linguagem litúrgica, ultraformal ou
Eu não me lembro disso. literária.
31
LÍNGUA PORTUGUESA
32
LÍNGUA PORTUGUESA
- Esse(s), essa(s) e isso = indicam o tempo passado, - tal, tais: Tal absurdo eu não comenteria.
porém relativamente próximo à época em que se situa a
pessoa que fala: * Note que:
Essa noite dormi mal; só pensava no concurso! - Em frases como: O referido deputado e o Dr. Alcides
eram amigos íntimos; aquele casado, solteiro este. (ou en-
- Aquele(s), aquela(s) e aquilo = indicam um afasta- tão: este solteiro, aquele casado) - este se refere à pessoa
mento no tempo, referido de modo vago ou como tempo mencionada em último lugar; aquele, à mencionada em
remoto: primeiro lugar.
Naquele tempo, os professores eram valorizados.
- O pronome demonstrativo tal pode ter conotação
*Em relação ao falado ou escrito (ou ao que se fala- irônica: A menina foi a tal que ameaçou o professor?
rá ou escreverá):
- Este(s), esta(s) e isto = empregados quando se quer - Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em
fazer referência a alguma coisa sobre a qual ainda se falará: com pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste, desta,
Serão estes os conteúdos da prova: análise sintática, or- disso, nisso, no, etc: Não acreditei no que estava vendo. (no
tografia, concordância. = naquilo)
* Também aparecem como pronomes demonstrativos: Cada povo tem seus costumes.
- o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que” e Certas pessoas exercem várias profissões.
puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo.
Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.) * Note que: Ora são pronomes indefinidos substanti-
Essa rua não é a que te indiquei. (não é aquela que te vos, ora pronomes indefinidos adjetivos:
indiquei.) algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, mui-
tos), demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, ne-
- mesmo(s), mesma(s), próprio(s), própria(s): variam em nhuns, nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s),
gênero quando têm caráter reforçativo: qualquer, quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal,
Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem. tais, tanto(s), tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vá-
Eu mesma refiz os exercícios. rios, várias.
33
LÍNGUA PORTUGUESA
34
LÍNGUA PORTUGUESA
- O pronome “cujo”: exprime posse; não concorda - Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode
com o seu antecedente (o ser possuidor), mas com o con- ocorrer a elipse do relativo “que”: A sala estava cheia de
sequente (o ser possuído, com o qual concorda em gêne- gente que conversava, (que) ria, observava.
ro e número); não se usa artigo depois deste pronome;
“cujo” equivale a do qual, da qual, dos quais, das quais. Pronomes Interrogativos
Existem pessoas cujas ações são nobres.
(antecedente) (consequente) São usados na formulação de perguntas, sejam elas
diretas ou indiretas. Assim como os pronomes indefini-
*interpretação do pronome “cujo” na frase acima: dos, referem-se à 3.ª pessoa do discurso de modo im-
ações das pessoas. É como se lêssemos “de trás para fren- preciso. São pronomes interrogativos: que, quem, qual (e
te”. Outro exemplo: variações), quanto (e variações).
Comprei o livro cujo autor é famoso. (= autor do livro) Com quem andas?
Qual seu nome?
** se o verbo exigir preposição, esta virá antes do pro- Diz-me com quem andas, que te direi quem és.
nome:
O autor, a cujo livro você se referiu, está aqui! (referiu- Sobre os pronomes:
se a)
O pronome pessoal é do caso reto quando tem fun-
- “Quanto” é pronome relativo quando tem por an- ção de sujeito na frase. O pronome pessoal é do caso oblí-
tecedente um pronome indefinido: tanto (ou variações) quo quando desempenha função de complemento.
e tudo: 1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me ajudar.
Emprestei tantos quantos foram necessários. 2. Maria foi embora para casa, pois não sabia se devia
(antecedente) lhe ajudar.
Ele fez tudo quanto havia falado.
(antecedente) Na primeira oração os pronomes pessoais “eu” e “ele”
exercem função de sujeito, logo, são pertencentes ao caso
- O pronome “quem” se refere a pessoas e vem sem- reto. Já na segunda oração, o pronome “lhe” exerce fun-
pre precedido de preposição. ção de complemento (objeto), ou seja, caso oblíquo.
É um professor a quem muito devemos. Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discur-
(preposição) so. O pronome oblíquo “lhe”, da segunda oração, aponta
para a segunda pessoa do singular (tu/você): Maria não
- “Onde”, como pronome relativo, sempre possui an- sabia se devia ajudar... Ajudar quem? Você (lhe).
tecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar: A
Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou
casa onde morava foi assaltada.
tônicos: os primeiros não são precedidos de preposição,
diferentemente dos segundos, que são sempre precedi-
- Na indicação de tempo, deve-se empregar quando
dos de preposição.
ou em que.
- Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o que
Sinto saudades da época em que (quando) morávamos
eu estava fazendo.
no exterior.
- Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para
mim o que eu estava fazendo.
- Podem ser utilizadas como pronomes relativos as
palavras: Fontes de pesquisa:
- como (= pelo qual) – desde que precedida das pala- http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/
vras modo, maneira ou forma: morf42.php
Não me parece correto o modo como você agiu sema- SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
na passada. Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce-
- quando (= em que) – desde que tenha como antece- reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São
dente um nome que dê ideia de tempo: Paulo: Saraiva, 2010.
Bons eram os tempos quando podíamos jogar video- Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
game. ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
35
LÍNGUA PORTUGUESA
-lugares: Alemanha, Portugal Por exemplo: a beleza não existe por si só, não pode
-sentimentos: amor, saudade ser observada. Só podemos observar a beleza numa pes-
-estados: alegria, tristeza soa ou coisa que seja bela. A beleza depende de outro
-qualidades: honestidade, sinceridade... ser para se manifestar. Portanto, a palavra beleza é um
-ações: corrida, pescaria... substantivo abstrato.
Os substantivos abstratos designam estados, qualida-
Morfossintaxe do substantivo des, ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser
abstraídos, e sem os quais não podem existir: vida (es-
Nas orações, geralmente o substantivo exerce fun- tado), rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade (sen-
ções diretamente relacionadas com o verbo: atua como timento).
núcleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto di-
reto ou indireto) e do agente da passiva, podendo, ainda, Substantivos Coletivos
funcionar como núcleo do complemento nominal ou do
aposto, como núcleo do predicativo do sujeito, do ob- Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha,
jeto ou como núcleo do vocativo. Também encontramos outra abelha, mais outra abelha.
substantivos como núcleos de adjuntos adnominais e de Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas.
adjuntos adverbiais - quando essas funções são desem- Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.
penhadas por grupos de palavras.
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi ne-
Classificação dos Substantivos cessário repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha,
mais outra abelha. No segundo caso, utilizaram-se duas
Substantivos Comuns e Próprios palavras no plural. No terceiro, empregou-se um substan-
tivo no singular (enxame) para designar um conjunto de
Observe a definição: seres da mesma espécie (abelhas).
Cidade: s.f. 1: Povoação maior que vila, com muitas ca- O substantivo enxame é um substantivo coletivo.
sas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas (no Brasil, toda
a sede de município é cidade). 2. O centro de uma cidade Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que,
(em oposição aos bairros). mesmo estando no singular, designa um conjunto de se-
res da mesma espécie.
Qualquer “povoação maior que vila, com muitas casas
e edifícios, dispostos em ruas e avenidas” será chamada Substantivo coletivo Conjunto de:
cidade. Isso significa que a palavra cidade é um substan-
tivo comum. assembleia pessoas reunidas
Substantivo Comum é aquele que designa os seres de alcateia lobos
uma mesma espécie de forma genérica: cidade, menino,
acervo livros
homem, mulher, país, cachorro.
Estamos voando para Barcelona. antologia trechos literários selecionados
arquipélago ilhas
O substantivo Barcelona designa apenas um ser da
banda músicos
espécie cidade. Barcelona é um substantivo próprio –
aquele que designa os seres de uma mesma espécie de bando desordeiros ou malfeitores
forma particular: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil. banca examinadores
36
LÍNGUA PORTUGUESA
37
LÍNGUA PORTUGUESA
- Comuns de Dois ou Comum de Dois Gêneros: in- Formação do Feminino dos Substantivos Unifor-
dicam o sexo das pessoas por meio do artigo: o colega e mes
a colega, o doente e a doente, o artista e a artista.
Epicenos:
Saiba que: Substantivos de origem grega termina- Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros.
dos em ema ou oma são masculinos: o fonema, o poema,
o sistema, o sintoma, o teorema. Não é possível saber o sexo do jacaré em questão.
Isso ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma
- Existem certos substantivos que, variando de gêne- forma para indicar o masculino e o feminino.
ro, variam em seu significado: Alguns nomes de animais apresentam uma só for-
o águia (vigarista) e a águia (ave; perspicaz) ma para designar os dois sexos. Esses substantivos são
o cabeça (líder) e a cabeça (parte do corpo) chamados de epicenos. No caso dos epicenos, quando
o capital (dinheiro) e a capital (cidade) houver a necessidade de especificar o sexo, utilizam-se
o coma (sono mórbido) e a coma (cabeleira, juba) palavras macho e fêmea.
o lente (professor) e a lente (vidro de aumento) A cobra macho picou o marinheiro.
o moral (estado de espírito) e a moral (ética; conclu- A cobra fêmea escondeu-se na bananeira.
são)
o praça (soldado raso) e a praça (área pública) Sobrecomuns:
o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação emis- Entregue as crianças à natureza.
sora)
A palavra crianças se refere tanto a seres do sexo
Formação do Feminino dos Substantivos Bifor- masculino, quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso,
mes nem o artigo nem um possível adjetivo permitem identi-
ficar o sexo dos seres a que se refere a palavra. Veja:
- Regra geral: troca-se a terminação -o por –a: aluno A criança chorona chamava-se João.
- aluna. A criança chorona chamava-se Maria.
- Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a
ao masculino: freguês - freguesa Outros substantivos sobrecomuns:
- Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma
de três formas: boa criatura.
1- troca-se -ão por -oa. = patrão – patroa o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O cônjuge de
2- troca-se -ão por -ã. = campeão - campeã Marcela faleceu
3- troca-se -ão por ona. = solteirão - solteirona
Comuns de Dois Gêneros:
* Exceções: barão – baronesa, ladrão- ladra, sultão Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois.
- sultana
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher?
- Substantivos terminados em -or:
É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma
acrescenta-se -a ao masculino = doutor – doutora
vez que a palavra motorista é um substantivo uniforme.
troca-se -or por -triz: = imperador - imperatriz
A distinção de gênero pode ser feita através da análi-
se do artigo ou adjetivo, quando acompanharem o subs-
- Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa:
tantivo: o colega - a colega; o imigrante - a imigrante;
cônsul - consulesa / abade - abadessa / poeta - poetisa /
um jovem - uma jovem; artista famoso - artista famosa;
duque - duquesa / conde - condessa / profeta - profetisa
repórter francês - repórter francesa
- Substantivos que formam o feminino trocando o -e
final por -a: elefante - elefanta - A palavra personagem é usada indistintamente nos
dois gêneros.
- Substantivos que têm radicais diferentes no mascu- a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada
lino e no feminino: bode – cabra / boi - vaca preferência pelo masculino: O menino descobriu nas nu-
vens os personagens dos contos de carochinha.
- Substantivos que formam o feminino de maneira b) Com referência a mulher, deve-se preferir o femi-
especial, isto é, não seguem nenhuma das regras ante- nino: O problema está nas mulheres de mais idade, que
riores: czar – czarina, réu - ré não aceitam a personagem.
38
LÍNGUA PORTUGUESA
Gênero dos Nomes de Cidades: Com raras exceções, * Atenção: O plural de caráter é caracteres.
nomes de cidades são femininos.
A histórica Ouro Preto. - Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-
A dinâmica São Paulo. se no plural, trocando o “l” por “is”: quintal - quintais; cara-
A acolhedora Porto Alegre. col – caracóis; hotel - hotéis. Exceções: mal e males, cônsul
Uma Londres imensa e triste. e cônsules.
Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre.
- Os substantivos terminados em “il” fazem o plural de
duas maneiras:
Gênero e Significação
- Quando oxítonos, em “is”: canil - canis
- Quando paroxítonos, em “eis”: míssil - mísseis.
Muitos substantivos têm uma significação no mascu-
lino e outra no feminino. Observe: Observação: a palavra réptil pode formar seu plural de
o baliza (soldado que, que à frente da tropa, indica os duas maneiras: répteis ou reptis (pouco usada).
movimentos que se deve realizar em conjunto; o que vai
à frente de um bloco carnavalesco, manejando um bas- - Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de
tão), a baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite ou duas maneiras:
proibição de trânsito), o cabeça (chefe), a cabeça (parte do 1- Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o
corpo), o cisma (separação religiosa, dissidência), a cisma acréscimo de “es”: ás – ases / retrós - retroses
(ato de cismar, desconfiança), o cinza (a cor cinzenta), a 2- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam inva-
cinza (resíduos de combustão), o capital (dinheiro), a capi- riáveis: o lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus.
tal (cidade), o coma (perda dos sentidos), a coma (cabelei-
ra), o coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro), a coral - Os substantivos terminados em “ao” fazem o plural
(cobra venenosa), o crisma (óleo sagrado, usado na admi- de três maneiras.
nistração da crisma e de outros sacramentos), a crisma 1- substituindo o -ão por -ões: ação - ações
(sacramento da confirmação), o cura (pároco), a cura (ato 2- substituindo o -ão por -ães: cão - cães
de curar), o estepe (pneu sobressalente), a estepe (vasta 3- substituindo o -ão por -ãos: grão - grãos
planície de vegetação), o guia (pessoa que guia outras), a
- Os substantivos terminados em “x” ficam invariáveis:
guia (documento, pena grande das asas das aves), o grama
o látex - os látex.
(unidade de peso), a grama (relva), o caixa (funcionário da
caixa), a caixa (recipiente, setor de pagamentos), o lente Plural dos Substantivos Compostos
(professor), a lente (vidro de aumento), o moral (ânimo), a
moral (honestidade, bons costumes, ética), o nascente (lado - A formação do plural dos substantivos compostos
onde nasce o Sol), a nascente (a fonte), o maria-fumaça depende da forma como são grafados, do tipo de palavras
(trem como locomotiva a vapor), maria-fumaça (locomoti- que formam o composto e da relação que estabelecem en-
va movida a vapor), o pala (poncho), a pala (parte anterior tre si. Aqueles que são grafados sem hífen comportam-se
do boné ou quepe, anteparo), o rádio (aparelho receptor), a como os substantivos simples: aguardente/aguardentes,
rádio (emissora), o voga (remador), a voga (moda). girassol/girassóis, pontapé/pontapés, malmequer/malme-
queres.
39
LÍNGUA PORTUGUESA
40
LÍNGUA PORTUGUESA
Particularidades sobre o Número dos Substanti- Do ponto de vista estrutural, o verbo pode apresentar
vos os seguintes elementos:
- Radical: é a parte invariável, que expressa o sig-
- Há substantivos que só se usam no singular: o sul, o nificado essencial do verbo. Por exemplo: fal-ei; fal-ava;
norte, o leste, o oeste, a fé, etc. fal-am. (radical fal-)
- Outros só no plural: as núpcias, os víveres, os pêsa- - Tema: é o radical seguido da vogal temática que
mes, as espadas/os paus (naipes de baralho), as fezes. indica a conjugação a que pertence o verbo. Por exemplo:
- Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do fala-r. São três as conjugações:
singular: bem (virtude) e bens (riquezas), honra (probida- 1.ª - Vogal Temática - A - (falar), 2.ª - Vogal Temática -
de, bom nome) e honras (homenagem, títulos). E - (vender), 3.ª - Vogal Temática - I - (partir).
- Usamos às vezes, os substantivos no singular, mas - Desinência modo-temporal: é o elemento que de-
com sentido de plural: signa o tempo e o modo do verbo. Por exemplo:
Aqui morreu muito negro. falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicati-
Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em cape- vo) / falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo)
las improvisadas. - Desinência número-pessoal: é o elemento que de-
signa a pessoa do discurso (1.ª, 2.ª ou 3.ª) e o número
Flexão de Grau do Substantivo (singular ou plural):
falamos (indica a 1.ª pessoa do plural.) / falavam
Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir (indica a 3.ª pessoa do plural.)
as variações de tamanho dos seres. Classifica-se em:
* Observação: o verbo pôr, assim como seus deriva-
- Grau Normal - Indica um ser de tamanho conside- dos (compor, repor, depor), pertencem à 2.ª conjugação,
rado normal. Por exemplo: casa pois a forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal “e”,
apesar de haver desaparecido do infinitivo, revela-se em
- Grau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho algumas formas do verbo: põe, pões, põem, etc.
do ser. Classifica-se em:
Analítico = o substantivo é acompanhado de um ad- Formas Rizotônicas e Arrizotônicas
jetivo que indica grandeza. Por exemplo: casa grande.
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo in- Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura
dicador de aumento. Por exemplo: casarão. dos verbos com o conceito de acentuação tônica, perce-
bemos com facilidade que nas formas rizotônicas o acen-
41
LÍNGUA PORTUGUESA
to tônico cai no radical do verbo: opino, aprendam, amo, * Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza
por exemplo. Nas formas arrizotônicas, o acento tônico são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, ama-
não cai no radical, mas sim na terminação verbal (fora do nhecer, escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, “Ama-
radical): opinei, aprenderão, amaríamos. nheci cansado”, usa-se o verbo “amanhecer” em sentido
figurado. Qualquer verbo impessoal, empregado em sen-
Classificação dos Verbos tido figurado, deixa de ser impessoal para ser pessoal, ou
seja, terá conjugação completa.
Classificam-se em: Amanheci cansado. (Sujeito desinencial: eu)
Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)
- Regulares: são aqueles que apresentam o radical Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)
inalterado durante a conjugação e desinências idênticas
às de todos os verbos regulares da mesma conjugação. * São impessoais, ainda:
Por exemplo: comparemos os verbos “cantar” e “falar”, - o verbo passar (seguido de preposição), indicando
conjugados no presente do Modo Indicativo: tempo: Já passa das seis.
- Impessoais: são os verbos que não têm sujeito e, 1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, ser
normalmente, são usados na terceira pessoa do singular. (preciso, necessário):
Os principais verbos impessoais são: Cumpre estudarmos bastante. (Sujeito: estudarmos
bastante)
* haver, quando sinônimo de existir, acontecer, reali- Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover)
zar-se ou fazer (em orações temporais). É preciso que chova. (Sujeito: que chova)
Havia muitos candidatos no dia da prova. (Havia =
Existiam) 2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, se-
Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram) guidos da conjunção que.
Haverá debates hoje. (Haverá = Realizar-se-ão) Faz dez anos que viajei à Europa. (Sujeito: que viajei
Viajei a Madri há muitos anos. (há = faz) à Europa)
Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não a
* fazer, ser e estar (quando indicam tempo) vejo. (Sujeito: que não a vejo)
Faz invernos rigorosos na Europa.
Era primavera quando o conheci. * Observação: todos os sujeitos apontados são ora-
Estava frio naquele dia. cionais.
42
LÍNGUA PORTUGUESA
- Abundantes: são aqueles que possuem duas ou mais formas equivalentes, geralmente no particípio, em que, além
das formas regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas (particípio irregular).
O particípio regular (terminado em “–do”) é utilizado na voz ativa, ou seja, com os verbos ter e haver; o irregular é
empregado na voz passiva, ou seja, com os verbos ser, ficar e estar. Observe:
* Importante:
- estes verbos e seus derivados possuem, apenas, o particípio irregular: abrir/aberto, cobrir/coberto, dizer/dito, escre-
ver/escrito, pôr/posto, ver/visto, vir/vindo.
- Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Existem apenas dois: ser (sou, sois, fui)
e ir (fui, ia, vades).
- Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo principal
(aquele que exprime a ideia fundamental, mais importante), quando acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa
das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.
* Observação: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.
43
LÍNGUA PORTUGUESA
Afirmativo Negativo
sê tu não sejas tu
seja você não seja você
sejamos nós não sejamos nós
sede vós não sejais vós
sejam vocês não sejam vocês
44
LÍNGUA PORTUGUESA
45
LÍNGUA PORTUGUESA
Presente Pret. Perf. Pret. Imp. Preté.mais-q-perf. Fut. Do Pres. Fut. Do Preté.
tenho tive tinha tivera terei teria
tens tiveste tinhas tiveras terás terias
tem teve tinha tivera terá teria
temos tivemos tínhamos tivéramos teremos teríamos
tendes tivestes tínheis tivéreis tereis teríeis
têm tiveram tinham tiveram terão teriam
- Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na
mesma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita
no próprio sentido do verbo (pronominais essenciais). Veja:
1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos:
abster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais essenciais a reflexibilidade
já está implícita no radical do verbo. Por exemplo: Arrependi-me de ter estado lá.
46
LÍNGUA PORTUGUESA
47
LÍNGUA PORTUGUESA
Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma relação temporal, assume verdadeiramente a função de
adjetivo. Por exemplo: Ela é a aluna escolhida pela turma.
(Ziraldo)
Tempos Verbais
Tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos
tempos.
Observação: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de condição ou
desejo. Por exemplo: Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.
- Futuro do Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual: Quando ele
vier à loja, levará as encomendas.
Observação: o futuro do presente é também usado em frases que indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se
ele vier à loja, levará as encomendas.
** Há casos em que formas verbais de um determinado tempo podem ser utilizadas para indicar outro.
Em 1500, Pedro Álvares Cabral descobre o Brasil.
descobre = forma do presente indicando passado ( = descobrira/descobriu)
48
LÍNGUA PORTUGUESA
Modo Indicativo
Presente do Indicativo
Pretérito mais-que-perfeito
1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal
1.ª/2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M
49
LÍNGUA PORTUGUESA
Presente do Subjuntivo
Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do
indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1.ª conjugação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2.ª e 3.ª conjugação).
1.ª conjug. 2.ª conjug. 3.ª conju. Desinên. pessoal Des. temporal Des.temporal
1.ª conj. 2.ª/3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantE vendA partA E A Ø
cantES vendAS partAS E A S
cantE vendA partA E A Ø
cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS
cantEIS vendAIS partAIS E A IS
cantEM vendAM partAM E A M
50
LÍNGUA PORTUGUESA
Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito,
obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de
número e pessoa correspondente.
1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desin. pessoal
1.ª /2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíSSEMOS SSE MOS
cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
cantaSSEM vendeSSEM partiSSEM SSE M
Futuro do Subjuntivo
Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito, ob-
tendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de número
e pessoa correspondente.
1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desin. pessoal
1.ª /2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaR vendeR partiR Ø
cantaRES vendeRES partiRES R ES
cantaR vendeR partiR R Ø
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES
cantaREM vendeREM partiREM R EM
Modo Imperativo
Imperativo Afirmativo
Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2.ª pessoa do singular (tu) e a segunda
pessoa do plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:
51
LÍNGUA PORTUGUESA
Imperativo Negativo
Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do subjuntivo.
Infinitivo Pessoal
* Observações:
- o verbo parecer admite duas construções:
Elas parecem gostar de você. (forma uma locução verbal)
Elas parece gostarem de você. (verbo com sujeito oracional, correspondendo à construção: parece gostarem de você).
1-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – 2014) A assertiva correta quanto à conjugação verbal é:
A) Houveram eleições em outros países este ano.
B) Se eu vir você por aí, acabou.
C) Tinha chego atrasado vinte minutos.
D) Fazem três anos que não tiro férias.
E) Esse homem possue muitos bens.
52
LÍNGUA PORTUGUESA
2-) (POLÍCIA CIVIL/SC – AGENTE DE POLÍCIA – ACA- Dá-se o nome de voz à maneira como se apresenta a
FE/2014) Complete as lacunas com os verbos, tempos e ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito, indicando
modos indicados entre parênteses, fazendo a devida con- se este é paciente ou agente da ação. Importante lembrar
cordância. que voz verbal não é flexão, mas aspecto verbal. São três
• O juiz agrário ainda não _________ no conflito porque as vozes verbais:
surgiram fatos novos de ontem para hoje. (intervir - pre-
térito perfeito do indicativo) - Ativa = quando o sujeito é agente, isto é, pratica a
• Uns poucos convidados ___________-se com os vídeos ação expressa pelo verbo:
postados no facebook. (entreter - pretérito imperfeito do
indicativo) Ele fez o tra-
• Representantes do PCRT somente serão aceitos na balho.
composição da chapa quando se _________ de criticar a sujeito agente ação objeto
atual diretoria do clube, (abster-se - futuro do subjuntivo) (paciente)
A sequência correta, de cima para baixo, é:
A-) interveio - entretinham - abstiverem - Passiva = quando o sujeito é paciente, recebendo a
B-) interviu - entretiveram - absterem ação expressa pelo verbo:
C-) intervém - entreteram - abstêm
D-) interviera - entretêm - abstiverem O trabalho foi feito p o r
E-) intervirá - entretenham - abstiveram ele.
sujeito paciente ação agen-
te da passiva
2-) O verbo “intervir” deve ser conjugado como o
verbo “vir”. Este, no pretérito perfeito do Indicativo fica - Reflexiva = quando o sujeito é, ao mesmo tempo,
“veio”, portanto, “interveio” (não existe “interviu”, já que agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação:
ele não deriva do verbo “ver”). Descartemos a alternativa
B. Como não há outro item com a mesma opção, chega- O menino feriu-se.
mos à resposta rapidamente!
RESPOSTA: “A”. * Observação: não confundir o emprego reflexivo do
3-) (POLÍCIA MILITAR/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO verbo com a noção de reciprocidade:
– VUNESP/2014) Considere o trecho a seguir. Os lutadores feriram-se. (um ao outro)
Já __________ alguns anos que estudos a respeito da Nós nos amamos. (um ama o outro)
utilização abusiva dos smartphones estão sendo desen-
volvidos. Os especialistas acreditam _________ motivos Formação da Voz Passiva
para associar alguns comportamentos dos adolescentes
ao uso prolongado desses aparelhos, e _________ alertado A voz passiva pode ser formada por dois processos:
os pais para que avaliem a necessidade de estabelecer analítico e sintético.
limites aos seus filhos.
De acordo com a norma-padrão da língua portugue- 1- Voz Passiva Analítica = Constrói-se da seguinte
sa, as lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e maneira:
respectivamente, com:
(A) faz … haver … têm Verbo SER + particípio do verbo principal. Por exem-
(B) fazem … haver … tem plo:
(C) faz … haverem … têm A escola será pintada pelos alunos. (na ativa teríamos:
(D) fazem … haverem … têm os alunos pintarão a escola)
(E) faz … haverem … tem O trabalho é feito por ele. (na ativa: ele faz o trabalho)
3-) Já FAZ (sentido de tempo: não sofre flexão) alguns * Observação: o agente da passiva geralmente é
anos que estudos a respeito da utilização abusiva dos smar- acompanhado da preposição por, mas pode ocorrer a
tphones estão sendo desenvolvidos. Os especialistas acre- construção com a preposição de. Por exemplo: A casa fi-
ditam HAVER (sentido de existir: não varia) motivos para cou cercada de soldados.
53
LÍNGUA PORTUGUESA
- Pode acontecer de o agente da passiva não estar * Observação: quando o sujeito da voz ativa for inde-
explícito na frase: A exposição será aberta amanhã. terminado, não haverá complemento agente na passiva.
Por exemplo: Prejudicaram-me. / Fui prejudicado.
- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar
(SER), pois o particípio é invariável. Observe a transforma- ** Saiba que:
ção das frases seguintes: - com os verbos neutros (nascer, viver, morrer, dormir,
acordar, sonhar, etc.) não há voz ativa, passiva ou reflexiva,
a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do Indicativo) porque o sujeito não pode ser visto como agente, pacien-
O trabalho foi feito por ele. (verbo ser no pretérito per- te ou agente-paciente.
feito do Indicativo, assim como o verbo principal da voz
ativa) Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/
b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo) morf54.php
O trabalho é feito por ele. (ser no presente do indica- SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
tivo) Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce-
c) Ele fará o trabalho. (futuro do presente) reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São
O trabalho será feito por ele. (futuro do presente) Paulo: Saraiva, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
- Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assu- ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
me o mesmo tempo e modo do verbo principal da voz
ativa. Observe a transformação da frase seguinte: Questões
O vento ia levando as folhas. (gerúndio)
As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio) 1-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA/GO – ANALISTA JUDICIÁ-
RIO – FGV/2014 - adaptada) A frase “que foi trazida pelo
2- Voz Passiva Sintética = A voz passiva sintética - ou instituto Endeavor” equivale, na voz ativa, a:
pronominal - constrói-se com o verbo na 3.ª pessoa, se- (A) que o instituto Endeavor traz;
guido do pronome apassivador “se”. Por exemplo: (B) que o instituto Endeavor trouxe;
Abriram-se as inscrições para o concurso. (C) trazida pelo instituto Endeavor;
Destruiu-se o velho prédio da escola. (D) que é trazida pelo instituto Endeavor;
(E) que traz o instituto Endeavor.
* Observação: o agente não costuma vir expresso na
voz passiva sintética. 1-) Se na voz passiva temos dois verbos, na ativa te-
remos um: “que o instituto Endeavor trouxe” (manter o
Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva tempo verbal no pretérito – assim como na passiva).
RESPOSTA: “B”.
Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar
substancialmente o sentido da frase.
2-) (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB/2014 -
O concurseiro comprou a apostila. (Voz Ativa) adaptada) Ao passarmos a frase “...e É CONSIDERADO por
Sujeito da Ativa objeto Direto muitos o maior maratonista de todos os tempos” para a
voz ativa, encontramos a seguinte forma verbal:
A apostila foi comprada pelo concurseiro. A) consideravam.
(Voz Passiva) B) consideram.
Sujeito da Passiva Agente da Passi- C) considerem.
va D) considerarão.
E) considerariam.
Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva;
o sujeito da ativa passará a agente da passiva, e o verbo 2-) É CONSIDERADO por muitos o maior maratonista
ativo assumirá a forma passiva, conservando o mesmo de todos os tempos = dois verbos na voz passiva, então
tempo. Observe: na ativa teremos UM: muitos o consideram o maior mara-
- Os mestres têm constantemente aconselhado os alu- tonista de todos os tempos.
nos. RESPOSTA: “B”.
Os alunos têm sido constantemente aconselhados pe-
los mestres. 3-) (TRT-16ª REGIÃO/MA - ANALISTA JUDICIÁRIO –
ÁREA ADMINISTRATIVA – FCC/2014)
- Eu o acompanharei. Transpondo-se para a voz passiva a frase “vou glosar
Ele será acompanhado por mim. uma observação de Machado de Assis”, a forma verbal
resultante deverá ser
54
LÍNGUA PORTUGUESA
55
LÍNGUA PORTUGUESA
Quando a expressão que indica porcentagem não é 10) Verbos Impessoais: por não se referirem a ne-
seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o nhum sujeito, são usados sempre na 3.ª pessoa do sin-
número. gular. São verbos impessoais: Haver no sentido de existir;
25% querem a mudança. Fazer indicando tempo; Aqueles que indicam fenômenos
1% conhece o assunto. da natureza. Exemplos:
Havia muitas garotas na festa.
Se o número percentual estiver determinado por ar- Faz dois meses que não vejo meu pai.
tigo ou pronome adjetivo, a concordância far-se-á com Chovia ontem à tarde.
eles:
Os 30% da produção de soja serão exportados. b) Sujeito Composto
Esses 2% da prova serão questionados.
1) Quando o sujeito é composto e anteposto ao ver-
6) O pronome “que” não interfere na concordância; bo, a concordância se faz no plural:
Pai e filho conversavam longamente.
já o “quem” exige que o verbo fique na 3.ª pessoa do
Sujeito
singular.
Fui eu que paguei a conta.
Pais e filhos devem conversar com frequência.
Fomos nós que pintamos o muro. Sujeito
És tu que me fazes ver o sentido da vida.
Sou eu quem faz a prova. 2) Nos sujeitos compostos formados por pessoas
Não serão eles quem será aprovado. gramaticais diferentes, a concordância ocorre da seguin-
te maneira: a primeira pessoa do plural (nós) prevalece
7) Com a expressão “um dos que”, o verbo deve as- sobre a segunda pessoa (vós) que, por sua vez, prevalece
sumir a forma plural. sobre a terceira (eles). Veja:
Ademir da Guia foi um dos jogadores que mais encan- Teus irmãos, tu e eu tomaremos a decisão.
taram os poetas. Primeira Pessoa do Plural (Nós)
Este candidato é um dos que mais estudaram!
Tu e teus irmãos tomareis a decisão.
Se a expressão for de sentido contrário – nenhum dos Segunda Pessoa do Plural (Vós)
que, nem um dos que -, não aceita o verbo no singular:
Nenhum dos que foram aprovados assumirá a vaga. Pais e filhos precisam respeitar-se.
Nem uma das que me escreveram mora aqui. Terceira Pessoa do Plural (Eles)
*Quando “um dos que” vem entremeada de substan-
tivo, o verbo pode: Observação: quando o sujeito é composto, formado
a) ficar no singular – O Tietê é um dos rios que atra- por um elemento da segunda pessoa (tu) e um da terceira
vessa o Estado de São Paulo. (já que não há outro rio que (ele), é possível empregar o verbo na terceira pessoa do
faça o mesmo). plural (eles): “Tu e teus irmãos tomarão a decisão.” – no
b) ir para o plural – O Tietê é um dos rios que estão lugar de “tomaríeis”.
poluídos (noção de que existem outros rios na mesma
condição). 3) No caso do sujeito composto posposto ao verbo,
passa a existir uma nova possibilidade de concordância:
em vez de concordar no plural com a totalidade do sujei-
8) Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o
to, o verbo pode estabelecer concordância com o núcleo
verbo fica na 3ª pessoa do singular ou plural.
do sujeito mais próximo.
Vossa Excelência está cansado?
Faltaram coragem e competência.
Vossas Excelências renunciarão? Faltou coragem e competência.
Compareceram todos os candidatos e o banca.
9) A concordância dos verbos bater, dar e soar faz-se Compareceu o banca e todos os candidatos.
de acordo com o numeral.
Deu uma hora no relógio da sala. 4) Quando ocorre ideia de reciprocidade, a concor-
Deram cinco horas no relógio da sala. dância é feita no plural. Observe:
Soam dezenove horas no relógio da praça. Abraçaram-se vencedor e vencido.
Baterão doze horas daqui a pouco. Ofenderam-se o jogador e o árbitro.
56
LÍNGUA PORTUGUESA
2) Quando o sujeito composto é formado por núcleos 6) Quando os núcleos do sujeito são unidos por ex-
dispostos em gradação, verbo no singular: pressões correlativas como: “não só...mas ainda”, “não so-
Com você, meu amor, uma hora, um minuto, um se- mente”..., “não apenas...mas também”, “tanto...quanto”, o
gundo me satisfaz. verbo ficará no plural.
Não só a seca, mas também o pouco caso castigam o
3) Quando os núcleos do sujeito composto são uni- Nordeste.
dos por “ou” ou “nem”, o verbo deverá ficar no plural, de Tanto a mãe quanto o filho ficaram surpresos com a
acordo com o valor semântico das conjunções: notícia.
Drummond ou Bandeira representam a essência da
poesia brasileira. 7) Quando os elementos de um sujeito composto são
Nem o professor nem o aluno acertaram a resposta. resumidos por um aposto recapitulativo, a concordância
é feita com esse termo resumidor.
Em ambas as orações, as conjunções dão ideia de Filmes, novelas, boas conversas, nada o tirava da apa-
“adição”. Já em: tia.
Juca ou Pedro será contratado. Trabalho, diversão, descanso, tudo é muito importante
Roma ou Buenos Aires será a sede da próxima Olim- na vida das pessoas.
píada.
Outros Casos
* Temos ideia de exclusão, por isso os verbos ficam
no singular. 1) O Verbo e a Palavra “SE”
Dentre as diversas funções exercidas pelo “se”, há
4) Com as expressões “um ou outro” e “nem um nem duas de particular interesse para a concordância verbal:
outro”, a concordância costuma ser feita no singular. a) quando é índice de indeterminação do sujeito;
Um ou outro compareceu à festa. b) quando é partícula apassivadora.
Nem um nem outro saiu do colégio. Quando índice de indeterminação do sujeito, o “se”
acompanha os verbos intransitivos, transitivos indiretos
Com “um e outro”, o verbo pode ficar no plural ou no e de ligação, que obrigatoriamente são conjugados na
singular: Um e outro farão/fará a prova.
terceira pessoa do singular:
Precisa-se de funcionários.
5) Quando os núcleos do sujeito são unidos por
Confia-se em teses absurdas.
“com”, o verbo fica no plural. Nesse caso, os núcleos re-
Quando pronome apassivador, o “se” acompanha
cebem um mesmo grau de importância e a palavra “com”
verbos transitivos diretos (VTD) e transitivos diretos e in-
tem sentido muito próximo ao de “e”.
diretos (VTDI) na formação da voz passiva sintética. Nes-
O pai com o filho montaram o brinquedo.
se caso, o verbo deve concordar com o sujeito da oração.
O governador com o secretariado traçaram os planos
Exemplos:
para o próximo semestre.
O professor com o aluno questionaram as regras. Construiu-se um posto de saúde.
Construíram-se novos postos de saúde.
Nesse mesmo caso, o verbo pode ficar no singular, se Aqui não se cometem equívocos
a ideia é enfatizar o primeiro elemento. Alugam-se casas.
O pai com o filho montou o brinquedo.
O governador com o secretariado traçou os planos para ** Dica: Para saber se o “se” é partícula apassivado-
o próximo semestre. ra ou índice de indeterminação do sujeito, tente trans-
O professor com o aluno questionou as regras. formar a frase para a voz passiva. Se a frase construída
for “compreensível”, estaremos diante de uma partícula
Observação: com o verbo no singular, não se pode apassivadora; se não, o “se” será índice de indetermina-
falar em sujeito composto. O sujeito é simples, uma vez ção. Veja:
que as expressões “com o filho” e “com o secretariado” Precisa-se de funcionários qualificados.
são adjuntos adverbiais de companhia. Na verdade, é Tentemos a voz passiva:
como se houvesse uma inversão da ordem. Veja: Funcionários qualificados são precisados (ou preci-
“O pai montou o brinquedo com o filho.” sos)? Não há lógica. Portanto, o “se” destacado é índice
“O governador traçou os planos para o próximo semes- de indeterminação do sujeito.
tre com o secretariado.” Agora:
“O professor questionou as regras com o aluno.” Vendem-se casas.
Voz passiva: Casas são vendidas. Construção correta!
*Casos em que se usa o verbo no singular: Então, aqui, o “se” é partícula apassivadora. (Dá para eu
Café com leite é uma delícia! passar para a voz passiva. Repare em meu destaque. Per-
O frango com quiabo foi receita da vovó. cebeu semelhança? Agora é só memorizar!).
57
LÍNGUA PORTUGUESA
Quando o sujeito ou o predicativo for: b) A variação do verbo parecer não ocorre e o infini-
tivo sofre flexão:
a)Nome de pessoa ou pronome pessoal – o verbo SER As crianças parece gostarem do desenho.
concorda com a pessoa gramatical: (essa frase equivale a: Parece gostarem do desenho as
Ele é forte, mas não é dois. crianças)
Fernando Pessoa era vários poetas.
A esperança dos pais são eles, os filhos. Atenção: Com orações desenvolvidas, o verbo PARE-
CER fica no singular. Por Exemplo: As paredes parece que
têm ouvidos. (Parece que as paredes têm ouvidos = oração
b)nome de coisa e um estiver no singular e o outro no
subordinada substantiva subjetiva).
plural, o verbo SER concordará, preferencialmente, com o
que estiver no plural:
Concordância Nominal
Os livros são minha paixão!
Minha paixão são os livros! A concordância nominal se baseia na relação entre
nomes (substantivo, pronome) e as palavras que a eles
Quando o verbo SER indicar se ligam para caracterizá-los (artigos, adjetivos, pronomes
adjetivos, numerais adjetivos e particípios). Lembre-se:
a) horas e distâncias, concordará com a expressão normalmente, o substantivo funciona como núcleo de um
numérica: termo da oração, e o adjetivo, como adjunto adnominal.
É uma hora. A concordância do adjetivo ocorre de acordo com as
São quatro horas. seguintes regras gerais:
Daqui até a escola é um quilômetro / são dois quilô- 1) O adjetivo concorda em gênero e número quando
metros. se refere a um único substantivo: As mãos trêmulas de-
nunciavam o que sentia.
b) datas, concordará com a palavra dia(s), que pode
estar expressa ou subentendida: 2) Quando o adjetivo refere-se a vários substantivos, a
Hoje é dia 26 de agosto. concordância pode variar. Podemos sistematizar essa fle-
Hoje são 26 de agosto. xão nos seguintes casos:
c) Quando o sujeito indicar peso, medida, quantidade a) Adjetivo anteposto aos substantivos:
e for seguido de palavras ou expressões como pouco, mui- - O adjetivo concorda em gênero e número com o
to, menos de, mais de, etc., o verbo SER fica no singular: substantivo mais próximo.
Cinco quilos de açúcar é mais do que preciso. Encontramos caídas as roupas e os prendedores.
Três metros de tecido é pouco para fazer seu vestido. Encontramos caída a roupa e os prendedores.
Duas semanas de férias é muito para mim. Encontramos caído o prendedor e a roupa.
d) Quando um dos elementos (sujeito ou predicativo) - Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de
parentesco, o adjetivo deve sempre concordar no plural.
for pronome pessoal do caso reto, com este concordará
As adoráveis Fernanda e Cláudia vieram me visitar.
o verbo.
Encontrei os divertidos primos e primas na festa.
No meu setor, eu sou a única mulher.
Aqui os adultos somos nós. b) Adjetivo posposto aos substantivos:
- O adjetivo concorda com o substantivo mais pró-
Observação: sendo ambos os termos (sujeito e pre- ximo ou com todos eles (assumindo a forma masculina
dicativo) representados por pronomes pessoais, o verbo plural se houver substantivo feminino e masculino).
concorda com o pronome sujeito. A indústria oferece localização e atendimento perfeito.
Eu não sou ela. A indústria oferece atendimento e localização perfeita.
Ela não é eu. A indústria oferece localização e atendimento perfeitos.
A indústria oferece atendimento e localização perfeitos.
e) Quando o sujeito for uma expressão de sentido
partitivo ou coletivo e o predicativo estiver no plural, o Observação: os dois últimos exemplos apresentam
verbo SER concordará com o predicativo. maior clareza, pois indicam que o adjetivo efetivamente
A grande maioria no protesto eram jovens. se refere aos dois substantivos. Nesses casos, o adjetivo
O resto foram atitudes imaturas. foi flexionado no plural masculino, que é o gênero predo-
minante quando há substantivos de gêneros diferentes.
58
LÍNGUA PORTUGUESA
3) Expressões formadas pelo verbo SER + adjetivo: a) Estas expressões, formadas por um verbo mais um
a) O adjetivo fica no masculino singular, se o subs- adjetivo, ficam invariáveis se o substantivo a que se refe-
tantivo não for acompanhado de nenhum modificador: rem possuir sentido genérico (não vier precedido de ar-
Água é bom para saúde. tigo).
É proibido entrada de crianças.
b) O adjetivo concorda com o substantivo, se este for Em certos momentos, é necessário atenção.
modificado por um artigo ou qualquer outro determina- No verão, melancia é bom.
tivo: Esta água é boa para saúde. É preciso cidadania.
Não é permitido saída pelas portas laterais.
4) O adjetivo concorda em gênero e número com os
b) Quando o sujeito destas expressões estiver deter-
pronomes pessoais a que se refere: Juliana encontrou-as
minado por artigos, pronomes ou adjetivos, tanto o verbo
muito felizes.
como o adjetivo concordam com ele.
É proibida a entrada de crianças.
5) Nas expressões formadas por pronome indefinido
Esta salada é ótima.
neutro (nada, algo, muito, tanto, etc.) + preposição DE + A educação é necessária.
adjetivo, este último geralmente é usado no masculino São precisas várias medidas na educação.
singular: Os jovens tinham algo de misterioso.
Anexo - Obrigado - Mesmo - Próprio - Incluso -
6) A palavra “só”, quando equivale a “sozinho”, tem Quite
função adjetiva e concorda normalmente com o nome a
que se refere: Estas palavras adjetivas concordam em gênero e nú-
Cristina saiu só. mero com o substantivo ou pronome a que se referem.
Cristina e Débora saíram sós. Seguem anexas as documentações requeridas.
A menina agradeceu: - Muito obrigada.
Observação: quando a palavra “só” equivale a “so- Muito obrigadas, disseram as senhoras.
mente” ou “apenas”, tem função adverbial, ficando, por- Seguem inclusos os papéis solicitados.
tanto, invariável: Eles só desejam ganhar presentes. Estamos quites com nossos credores.
** Dica: Substitua o “só” por “apenas” ou “sozinho”.
Se a frase ficar coerente com o primeiro, trata-se de ad- Bastante - Caro - Barato - Longe
vérbio, portanto, invariável; se houver coerência com o
segundo, função de adjetivo, então varia: Estas palavras são invariáveis quando funcionam
Ela está só. (ela está sozinha) – adjetivo como advérbios. Concordam com o nome a que se refe-
Ele está só descansando. (apenas descansando) - ad- rem quando funcionam como adjetivos, pronomes adje-
vérbio tivos, ou numerais.
As jogadoras estavam bastante cansadas. (advérbio)
** Mas cuidado! Se colocarmos uma vírgula depois Há bastantes pessoas insatisfeitas com o trabalho.
de “só”, haverá, novamente, um adjetivo: (pronome adjetivo)
Nunca pensei que o estudo fosse tão caro. (advérbio)
Ele está só, descansando. (ele está sozinho e descan-
As casas estão caras. (adjetivo)
sando)
Achei barato este casaco. (advérbio)
7) Quando um único substantivo é modificado por
Hoje as frutas estão baratas. (adjetivo)
dois ou mais adjetivos no singular, podem ser usadas as
construções: Meio - Meia
a) O substantivo permanece no singular e coloca-se
o artigo antes do último adjetivo: Admiro a cultura espa- a) A palavra “meio”, quando empregada como adjeti-
nhola e a portuguesa. vo, concorda normalmente com o nome a que se refere:
Pedi meia porção de polentas.
b) O substantivo vai para o plural e omite-se o ar-
tigo antes do adjetivo: Admiro as culturas espanhola e b) Quando empregada como advérbio permanece in-
portuguesa. variável: A candidata está meio nervosa.
59
LÍNGUA PORTUGUESA
2-) (GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL – CADASTRO A regência verbal estuda a relação que se estabelece
RESERVA PARA O METRÔ/DF – ADMINISTRADOR - IA- entre os verbos e os termos que os complementam (obje-
DES/2014 - adaptada) Se, no lugar dos verbos destacados tos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos
no verso “Escolho os filmes que eu não vejo no elevador”, adverbiais). Há verbos que admitem mais de uma regên-
fossem empregados, respectivamente, Esquecer e gostar, a cia, o que corresponde à diversidade de significados que
nova redação, de acordo com as regras sobre regência ver- estes verbos podem adquirir dependendo do contexto
bal e concordância nominal prescritas pela norma-padrão, em que forem empregados.
deveria ser A mãe agrada o filho = agradar significa acariciar,
(A) Esqueço dos filmes que eu não gosto no elevador. contentar.
(B) Esqueço os filmes os quais não gosto no elevador. A mãe agrada ao filho = agradar significa “causar
(C) Esqueço dos filmes aos quais não gosto no elevador. agrado ou prazer”, satisfazer.
(D) Esqueço dos filmes dos quais não gosto no elevador. Conclui-se que “agradar alguém” é diferente de
(E) Esqueço os filmes dos quais não gosto no eleva- “agradar a alguém”.
dor.
60
LÍNGUA PORTUGUESA
61
LÍNGUA PORTUGUESA
62
LÍNGUA PORTUGUESA
ASSISTIR IMPLICAR
- Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, pres- - Como transitivo direto, esse verbo tem dois senti-
tar assistência a, auxiliar. dos:
As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos. a) dar a entender, fazer supor, pressupor: Suas atitudes
As empresas de saúde negam-se a assisti-los. implicavam um firme propósito.
b) ter como consequência, trazer como consequência,
- Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, pre- acarretar, provocar: Uma ação implica reação.
senciar, estar presente, caber, pertencer.
Assistimos ao documentário. - Como transitivo direto e indireto, significa compro-
Não assisti às últimas sessões. meter, envolver: Implicaram aquele jornalista em questões
Essa lei assiste ao inquilino. econômicas.
*No sentido de morar, residir, o verbo “assistir” é in- * No sentido de antipatizar, ter implicância, é transiti-
transitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de vo indireto e rege com preposição “com”: Implicava com
lugar introduzido pela preposição “em”: Assistimos numa quem não trabalhasse arduamente.
conturbada cidade.
NAMORAR
CHAMAR - Sempre transitivo direto: Luísa namora Carlos há
- Chamar é transitivo direto no sentido de convocar, dois anos.
solicitar a atenção ou a presença de.
Por gentileza, vá chamar a polícia. / Por favor, vá cha- OBEDECER - DESOBEDECER
má-la. - Sempre transitivo indireto:
Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes. Todos obedeceram às regras.
Ninguém desobedece às leis.
- Chamar no sentido de denominar, apelidar pode
apresentar objeto direto e indireto, ao qual se refere pre- *Quando o objeto é “coisa”, não se utiliza “lhe” nem
dicativo preposicionado ou não. “lhes”: As leis são essas, mas todos desobedecem a elas.
A torcida chamou o jogador mercenário.
A torcida chamou ao jogador mercenário. PROCEDER
A torcida chamou o jogador de mercenário. - Proceder é intransitivo no sentido de ser decisivo, ter
A torcida chamou ao jogador de mercenário. cabimento, ter fundamento ou comportar-se, agir. Nessa
segunda acepção, vem sempre acompanhado de adjunto
adverbial de modo.
- Chamar com o sentido de ter por nome é pronomi-
As afirmações da testemunha procediam, não havia
nal: Como você se chama? Eu me chamo Zenaide.
como refutá-las.
Você procede muito mal.
CUSTAR
- Custar é intransitivo no sentido de ter determinado
- Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a prepo-
valor ou preço, sendo acompanhado de adjunto adver-
sição “de”) e fazer, executar (rege complemento introduzi-
bial: Frutas e verduras não deveriam custar muito.
do pela preposição “a”) é transitivo indireto.
O avião procede de Maceió.
- No sentido de ser difícil, penoso, pode ser intransiti- Procedeu-se aos exames.
vo ou transitivo indireto, tendo como sujeito uma oração O delegado procederá ao inquérito.
reduzida de infinitivo.
QUERER
Muito custa viver tão longe da - Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter
família. vontade de, cobiçar.
Verbo Intransitivo Oração Subordinada Querem melhor atendimento.
Substantiva Subjetiva Reduzida de Infinitivo Queremos um país melhor.
Custou-me (a mim) crer nisso. - Querer é transitivo indireto no sentido de ter afei-
Objeto Indireto Oração Subordinada ção, estimar, amar: Quero muito aos meus amigos.
Substantiva Subjetiva Reduzida de Infinitivo
VISAR
*A Gramática Normativa condena as construções que - Como transitivo direto, apresenta os sentidos de mi-
atribuem ao verbo “custar” um sujeito representado por rar, fazer pontaria e de pôr visto, rubricar.
pessoa: Custei para entender o problema. = Forma O homem visou o alvo.
correta: Custou-me entender o problema. O gerente não quis visar o cheque.
63
LÍNGUA PORTUGUESA
- No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como objetivo é transitivo indireto e rege a preposição “a”.
O ensino deve sempre visar ao progresso social.
Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar público.
ESQUECER – LEMBRAR
- Lembrar algo – esquecer algo
- Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo (pronominal)
No 1.º caso, os verbos são transitivos diretos, ou seja, exigem complemento sem preposição: Ele esqueceu o livro.
No 2.º caso, os verbos são pronominais (-se, -me, etc) e exigem complemento com a preposição “de”. São, portanto,
transitivos indiretos:
- Ele se esqueceu do caderno.
- Eu me esqueci da chave.
- Eles se esqueceram da prova.
- Nós nos lembramos de tudo o que aconteceu.
Há uma construção em que a coisa esquecida ou lembrada passa a funcionar como sujeito e o verbo sofre leve alte-
ração de sentido. É uma construção muito rara na língua contemporânea, porém, é fácil encontrá-la em textos clássicos
tanto brasileiros como portugueses. Machado de Assis, por exemplo, fez uso dessa construção várias vezes.
Esqueceu-me a tragédia. (cair no esquecimento)
Lembrou-me a festa. (vir à lembrança)
Não lhe lembram os bons momentos da infância? (= momentos é sujeito)
SIMPATIZAR - ANTIPATIZAR
Importante: A norma culta exige que os verbos e expressões que dão ideia de movimento sejam usados com a
preposição “a”:
Chegamos a São Paulo e fomos direto ao hotel.
Cláudia desceu ao segundo andar.
Hoje, com esta chuva, ninguém sairá à rua.
Regência Nominal
É o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome.
Essa relação é sempre intermediada por uma preposição. No estudo da regência nominal, é preciso levar em conta que
vários nomes apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime de um verbo
significa, nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo: Verbo obedecer e os nomes corres-
pondentes: todos regem complementos introduzidos pela preposição a. Veja:
Se uma oração completar o sentido de um nome, ou seja, exercer a função de complemento nominal, ela será com-
pletiva nominal (subordinada substantiva).
64
LÍNGUA PORTUGUESA
Substantivos
Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo a, de
Aversão a, para, por Doutor em Obediência a
Atentado a, contra Dúvida acerca de, em, sobre Ojeriza a, por
Bacharel em Horror a Proeminência sobre
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com, por
Adjetivos
Acessível a Diferente de Necessário a
Acostumado a, com Entendido em Nocivo a
Afável com, para com Equivalente a Paralelo a
Agradável a Escasso de Parco em, de
Alheio a, de Essencial a, para Passível de
Análogo a Fácil de Preferível a
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a
Apto a, para Favorável a Prestes a
Ávido de Generoso com Propício a
Benéfico a Grato a, por Próximo a
Capaz de, para Hábil em Relacionado com
Compatível com Habituado a Relativo a
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, em, por
Contíguo a Impróprio para Semelhante a
Contrário a Indeciso em Sensível a
Curioso de, por Insensível a Sito em
Descontente com Liberal com Suspeito de
Desejoso de Natural de Vazio de
Advérbios
Longe de Perto de
Observação: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados:
paralela a; paralelamente a; relativa a; relativamente a.
Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61.php
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Questões
1-) (PRODAM – AUXILIAR - MOTORISTA – FUNCAB/2014) Assinale a alternativa em que a frase segue a norma culta
da língua quanto à regência verbal.
A) Prefiro viajar de ônibus do que dirigir.
B) Eu esqueci do seu nome.
C) Você assistiu à cena toda?
D) Ele chegou na oficina pela manhã.
E) Sempre obedeço as leis de trânsito.
65
LÍNGUA PORTUGUESA
2-) (POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO/SP – 4) Orações que exprimem desejo (orações optativas):
MÉDICO LEGISTA – VUNESP/2014 - adaptada) Leia o se- Que Deus o ajude.
guinte trecho para responder à questão.
A pesquisa encontrou um dado curioso: homens com 5) A próclise é obrigatória quando se utiliza o prono-
baixos níveis de testosterona tiveram uma resposta imu- me reto ou sujeito expresso:
nológica melhor a essa medida, similar _______________ . Eu lhe entregarei o material amanhã.
A alternativa que completa, corretamente, o texto é: Tu sabes cantar?
(A) das mulheres
(B) às mulheres Mesóclise = É a colocação pronominal no meio do
(C) com das mulheres verbo. A mesóclise é usada:
(D) à das mulheres
(E) ao das mulheres Quando o verbo estiver no futuro do presente ou fu-
turo do pretérito, contanto que esses verbos não estejam
2-) Similar significa igual; sua regência equivale à da precedidos de palavras que exijam a próclise. Exemplos:
Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento
palavra “igual”: igual a quê? Similar a quem? Similar à (su-
em prol da paz no mundo.
bentendido: resposta imunológica) das mulheres.
Repare que o pronome está “no meio” do verbo “rea-
RESPOSTA: “D”.
lizará”:
realizar – SE – á. Se houvesse na oração alguma pa-
lavra que justificasse o uso da próclise, esta prevaleceria.
Veja: Não se realizará...
COLOCAÇÃO PRONOMINAL. Não fossem os meus compromissos, acompanhar-te-ia
nessa viagem.
(com presença de palavra que justifique o uso de pró-
clise: Não fossem os meus compromissos, EU te acompa-
Colocação Pronominal trata da correta colocação dos nharia nessa viagem).
pronomes oblíquos átonos na frase.
Ênclise = É a colocação pronominal depois do verbo.
* Dica: Pronome Oblíquo é aquele que exerce a fun- A ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise não
ção de complemento verbal (objeto). Por isso, memorize: forem possíveis:
OBlíquo = OBjeto!
1) Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo:
Embora na linguagem falada a colocação dos pro- Quando eu avisar, silenciem-se todos.
nomes não seja rigorosamente seguida, algumas normas
devem ser observadas na linguagem escrita. 2) Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal:
Não era minha intenção machucá-la.
Próclise = É a colocação pronominal antes do verbo.
A próclise é usada: 3) Quando o verbo iniciar a oração. (até porque não
se inicia período com pronome oblíquo).
1) Quando o verbo estiver precedido de palavras que Vou-me embora agora mesmo.
atraem o pronome para antes do verbo. São elas: Levanto-me às 6h.
a) Palavras de sentido negativo: não, nunca, ninguém,
jamais, etc.: Não se desespere! 4) Quando houver pausa antes do verbo: Se eu passo
no concurso, mudo-me hoje mesmo!
b) Advérbios: Agora se negam a depor.
c) Conjunções subordinativas: Espero que me expli-
5-) Quando o verbo estiver no gerúndio: Recusou a
quem tudo!
proposta fazendo-se de desentendida.
66
LÍNGUA PORTUGUESA
67
LÍNGUA PORTUGUESA
68
LÍNGUA PORTUGUESA
Entretanto, se o termo vier determinado, teremos Observação: Pelo fato de os pronomes de tratamento
uma locução prepositiva, aí sim, ocorrerá crase: O pedestre relativos à senhora, senhorita e madame admitirem artigo,
foi arremessado à distância de cem metros. o uso da crase está confirmado no “a” que os antecede,
no caso de o termo regente exigir a preposição.
- De modo a evitar o duplo sentido – a ambiguidade Todos os méritos foram conferidos à senhorita Patrícia.
-, faz-se necessário o emprego da crase.
Ensino à distância. *não ocorre crase antes de nome feminino utilizado
Ensino a distância. em sentido genérico ou indeterminado:
Estamos sujeitos a críticas.
* Em locuções adverbiais formadas por palavras repe- Refiro-me a conversas paralelas.
tidas, não há ocorrência da crase.
Ela ficou frente a frente com o agressor. Fontes de pesquisa:
Eu o seguirei passo a passo. http://www.portugues.com.br/gramatica/o-uso-cra-
se-.html
Casos em que não se admite o emprego da crase: SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
* Antes de vocábulos masculinos. Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Ce-
As produções escritas a lápis não serão corrigidas. reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São
Esta caneta pertence a Pedro. Paulo: Saraiva, 2010.
* Antes de verbos no infinitivo. Questões
Ele estava a cantar.
Começou a chover.
1-) (POLÍCIA CIVIL/SC – AGENTE DE POLÍCIA – ACA-
FE/2014) Assinale a alternativa que preenche corretamen-
* Antes de numeral.
te as lacunas da frase a seguir.
O número de aprovados chegou a cem.
Quando________ três meses disse-me que iria _________
Faremos uma visita a dez países.
Grécia para visitar ___ sua tia, vi-me na obrigação de ajudá
-la _______ resgatar as milhas _________ quais tinha direito.
Observação:
A-) a - há - à - à - às
- Nos casos em que o numeral indicar horas – funcio-
B-) há - à - a - a – às
nando como uma locução adverbial feminina – ocorrerá
crase: Os passageiros partirão às dezenove horas. C-) há - a - há - à - as
D-) a - à - a - à - às
- Diante de numerais ordinais femininos a crase está E-) a - a - à - há – as
confirmada, visto que estes não podem ser empregados
sem o artigo: As saudações foram direcionadas à primeira 1-) Quando HÁ (sentido de tempo) três meses disse-
aluna da classe. me que iria À (“vou a, volto da, crase há!”) Grécia para
visitar A (artigo) sua tia, vi-me na obrigação de ajudá-la
- Não ocorrerá crase antes da palavra casa, quando A (ajudar “ela” a fazer algo) resgatar as milhas ÀS quais
essa não se apresentar determinada: Chegamos todos tinha direito (tinha direito a quê? às milhas – regência no-
exaustos a casa. minal). Teremos: há, à, a, a, às.
Entretanto, se vier acompanhada de um adjunto RESPOSTA: “B”.
adnominal, a crase estará confirmada: Chegamos todos
exaustos à casa de Marcela. 2-) (EMPLASA/SP – ANALISTA JURÍDICO – DIREITO –
VUNESP/2014)
- não há crase antes da palavra “terra”, quando essa A ministra de Direitos Humanos instituiu grupo de
indicar chão firme: Quando os navegantes regressaram a trabalho para proceder _____ medidas necessárias _____
terra, já era noite. exumação dos restos mortais do ex-presidente João Gou-
Contudo, se o termo estiver precedido por um de- lart, sepultado em São Borja (RS), em 1976. Com a exu-
terminante ou referir-se ao planeta Terra, ocorrerá crase. mação de Jango, o governo visa esclarecer se o ex-pre-
Paulo viajou rumo à sua terra natal. sidente morreu de causas naturais, ou seja, devido ____
O astronauta voltou à Terra. uma parada cardíaca – que tem sido a versão considerada
oficial até hoje –, ou se sua morte se deve ______ envene-
- não ocorre crase antes de pronomes que requerem namento.
o uso do artigo. (http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,-
Os livros foram entregues a mim. governo-cria-grupo-exumar--restos-mortais-de- jan-
Dei a ela a merecida recompensa. go,1094178,0.htm 07. 11.2013. Adaptado)
69
LÍNGUA PORTUGUESA
___________________________________________________
3-)
(A) Uma tal ilação – chegar a uma (não há acento gra- ___________________________________________________
ve antes de artigo)
(B) Afirmações como essa – chegar a afirmações (an- ___________________________________________________
tes de palavra no plural e o “a” no singular)
(C) Comprovação dessa assertiva – chegar à compro- ___________________________________________________
vação ___________________________________________________
(D) Emitir uma opinião desse tipo – chegar a emitir
(verbo no infinitivo) ___________________________________________________
(E) Semelhante resultado – chegar a semelhante (pa-
lavra masculina) ___________________________________________________
RESPOSTA: “C”.
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
70
MATEMÁTICA
Números inteiros e racionais: operações (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação); expressões numéricas;
Frações e operações com frações..................................................................................................................................................................... .01
Múltiplos e divisores, Máximo divisor comum e Mínimo divisor comum ........................................................................................ 07
Números e grandezas proprocionais: Razões e proporções; Divisão em partes proporcionais............................................... 11
Regra de três.............................................................................................................................................................................................................. 15
Sistema métrico decimal........................................................................................................................................................................................ 19
Equações e inequações.......................................................................................................................................................................................... 23
Funções ....................................................................................................................................................................................................................... 29
Gráficos e tabelas..................................................................................................................................................................................................... 37
Estatística Descritiva, Amostragem, Teste de Hipóteses e Análise de Regressão ........................................................................... 43
Geometria.................................................................................................................................................................................................................... 48
Matriz, determinantes e sistemas lineares...................................................................................................................................................... 62
Sequências, progressão aritmética e geométrica........................................................................................................................................ 70
Porcentagem.............................................................................................................................................................................................................. 74
Juros simples e compostos................................................................................................................................................................................... 77
Taxas de Juros, Desconto, Equivalência de Capitais, Anuidades e Sistemas de Amortização.................................................... 80
Probabilidade. Definições básicas e axiomas. Probabilidade condicional e independência. .................................................... 92
Técnicas de amostragem: amostragem aleatória simples, estratificada, sistemática e por conglomerados....................... 97.
MATEMÁTICA
Exemplo 2
NÚMEROS INTEIROS E RACIONAIS:
OPERAÇÕES (ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO, 40 – 9 x 4 + 23
MULTIPLICAÇÃO, DIVISÃO, 40 – 36 + 23
4 + 23
POTENCIAÇÃO); EXPRESSÕES
27
NUMÉRICAS; FRAÇÕES E OPERAÇÕES COM
FRAÇÕES. Exemplo 3
25-(50-30)+4x5
25-20+20=25
Números Racionais
Chama-se de número racional a todo número que
- Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um pode ser expresso na forma , onde a e b são inteiros
antecessor (número que vem antes do número dado). quaisquer, com b≠0
Exemplos: Se m é um número natural finito diferente São exemplos de números racionais:
de zero. -12/51
a) O antecessor do número m é m-1. -3
b) O antecessor de 2 é 1. -(-3)
c) O antecessor de 56 é 55. -2,333...
d) O antecessor de 10 é 9.
As dízimas periódicas podem ser representadas por
Expressões Numéricas fração, portanto são consideradas números racionais.
Como representar esses números?
Nas expressões numéricas aparecem adições, subtra- Representação Decimal das Frações
ções, multiplicações e divisões. Todas as operações podem
acontecer em uma única expressão. Para resolver as ex- Temos 2 possíveis casos para transformar frações em
pressões numéricas utilizamos alguns procedimentos: decimais
Se em uma expressão numérica aparecer as quatro 1º) Decimais exatos: quando dividirmos a fração, o nú-
operações, devemos resolver a multiplicação ou a divisão mero decimal terá um número finito de algarismos após a
primeiramente, na ordem em que elas aparecerem e so- vírgula.
mente depois a adição e a subtração, também na ordem
em que aparecerem e os parênteses são resolvidos primei-
ro.
Exemplo 1
10 + 12 – 6 + 7
22 – 6 + 7
16 + 7
23
1
MATEMÁTICA
Números Irracionais
Identificação de números irracionais
10x=3,333...
E então subtraímos:
10x-x=3,333...-0,333...
9x=3
X=3/9
X=1/3
2
MATEMÁTICA
Intervalo:[a,+ ∞[
Conjunto:{x∈R|x≥a}
INTERVALOS LIMITADOS
Intervalo fechado – Números reais maiores do que a ou
iguais a e menores do que b ou iguais a b. Intervalo:]a,+ ∞[
Conjunto:{x∈R|x>a}
Intervalo:[a,b] Potenciação
Conjunto: {x∈R|a≤x≤b} Multiplicação de fatores iguais
INTERVALOS IIMITADOS
4) Todo número negativo, elevado ao expoente ím-
Semirreta esquerda, fechada de origem b- números par, resulta em um número negativo.
reais menores ou iguais a b.
Intervalo:]-∞,b]
Conjunto:{x∈R|x≤b} 5) Se o sinal do expoente for negativo, devemos pas-
sar o sinal para positivo e inverter o número que está na
Semirreta esquerda, aberta de origem b – números base.
reais menores que b.
Intervalo:]-∞,b[
Conjunto:{x∈R|x<b}
3
MATEMÁTICA
6) Toda vez que a base for igual a zero, não importa o Técnica de Cálculo
valor do expoente, o resultado será igual a zero. A determinação da raiz quadrada de um número tor-
na-se mais fácil quando o algarismo se encontra fatorado
em números primos. Veja:
Propriedades
Exemplos:
24 . 23 = 24+3= 27
(2.2.2.2) .( 2.2.2)= 2.2.2. 2.2.2.2= 27
Observe: 1 1
1
n
a.b = n a .n b
4) E uma multiplicação de dois ou mais fatores eleva-
dos a um expoente, podemos elevar cada um a esse mes- O radical de índice inteiro e positivo de um produto
mo expoente. indicado é igual ao produto dos radicais de mesmo índice
(4.3)²=4².3² dos fatores do radicando.
a ∈ R+ , b ∈ R *+ , n ∈ N * ,
se
então:
a na
n =
b nb
4
MATEMÁTICA
O radical de índice inteiro e positivo de um quociente 1º Caso:Denominador composto por uma só parcela
indicado é igual ao quociente dos radicais de mesmo índi-
ce dos termos do radicando.
Operações
2º Caso: Denominador composto por duas parcelas.
Operações
Devemos multiplicar de forma que obtenha uma dife-
Multiplicação rença de quadrados no denominador:
Exemplo
QUESTÕES
5
MATEMÁTICA
03. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária - De acordo com esses dados, ao longo da existência
MSCONCURSOS/2017) O valor de √0,444... é: desse prédio comercial, a fração do total de situações de
(A) 0,2222... risco de incêndio geradas por descuidos ao cozinhar cor-
(B) 0,6666... responde à
(C) 0,1616... (A) 3/20.
(D) 0,8888... (B) 1/4.
(C) 13/60.
04. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU- (D) 1/5.
NESP/2017) Se, numa divisão, o divisor e o quociente são (E) 1/60.
iguais, e o resto é 10, sendo esse resto o maior possível,
então o dividendo é 07. (ITAIPU BINACIONAL - Profissional Nível Técni-
(A) 131. co I - Técnico em Eletrônica – NCUFPR/2017) Assinale a
(B) 121. alternativa que apresenta o valor da expressão
(C) 120.
(D) 110.
(E) 101.
6
MATEMÁTICA
RESPOSTAS
X=0,4444....
10x=4,444... Dos homens que saíram:
9x=4
Saíram no total
04. Resposta: A.
Como o maior resto possível é 10, o divisor é o número
11 que é igua o quociente.
11x11=121+10=131
05. Resposta: E.
A 7ª expressão será: 1234567x9+8=11111111
06. Resposta: D.
MÚLTIPLOS E DIVISORES, MÁXIMO
DIVISOR COMUM E MÍNIMO MÚLTIPLO
COMUM.
Gerado por descuidos ao cozinhar:
Múltiplos
Mas, que foram gerados por displicência é 12/13(1- Um número é múltiplo de outro quando ao dividirmos
1/13) o primeiro pelo segundo, o resto é zero.
Exemplo
07.Resposta: C.
O conjunto de múltiplos de um número natural não-
-nulo é infinito e podemos consegui-lo multiplicando-se o
número dado por todos os números naturais.
M(3)={0,3,6,9,12,...}
Divisores
7
MATEMÁTICA
D(12)={1,2,3,4,6,12}
D(15)={1,3,5,15} Assim, o mmc
Observações:
Exemplo
- Todo número natural é múltiplo de si mesmo.
- Todo número natural é múltiplo de 1. O piso de uma sala retangular, medindo 3,52 m × 4,16
- Todo número natural, diferente de zero, tem infinitos m, será revestido com ladrilhos quadrados, de mesma di-
múltiplos. mensão, inteiros, de forma que não fique espaço vazio
- O zero é múltiplo de qualquer número natural. entre ladrilhos vizinhos. Os ladrilhos serão escolhidos de
modo que tenham a maior dimensão possível.
Máximo Divisor Comum Na situação apresentada, o lado do ladrilho deverá
O máximo divisor comum de dois ou mais números medir
naturais não-nulos é o maior dos divisores comuns desses (A) mais de 30 cm.
números. (B) menos de 15 cm.
Para calcular o m.d.c de dois ou mais números, deve- (C) mais de 15 cm e menos de 20 cm.
mos seguir as etapas: (D) mais de 20 cm e menos de 25 cm.
• Decompor o número em fatores primos (E) mais de 25 cm e menos de 30 cm.
• Tomar o fatores comuns com o menor expoente
• Multiplicar os fatores entre si. Resposta: A.
Exemplo:
Resposta: E.
Mmc(20,30,44)=2².3.5.11=660
1h---60minutos
Para o mmc, fica mais fácil decompor os dois juntos. x-----660
Basta começar sempre pelo menor primo e verificar a x=660/60=11
divisão com algum dos números, não é necessário que os
dois sejam divisíveis ao mesmo tempo. Então será depois de 11horas que se encontrarão
Observe que enquanto o 15 não pode ser dividido, 7+11=18h
continua aparecendo.
8
MATEMÁTICA
9
MATEMÁTICA
05. Resposta: D.
RESPOSTAS
01. Resposta: E.
Mmc(5,6,7)=2⋅3⋅5⋅7=210
06. Resposta: C.
10
MATEMÁTICA
Mdc(90, 125)=2.3²=18
Então teremos
126/18 = 7 grupos de exatas
90/18 = 5 grupos de humanas
A diferença é de 7-5=2
Mmc(6,8)=24
- eles são múltiplos de 2, pois terminam com números
Mdc(30, 36, 72) =2x3=6 pares.
Portanto: 24/6=4 E são múltiplos de 3, lembrando que para ser múltiplo
de 3, basta somar os números e ser múltiplo de 3.
36=3+6=9
90=9+0=9
162=1+6+2=9
NÚMEROS E GRANDEZAS
PROPORCIONAIS: RAZÕES E
07. Resposta: E.
PROPORÇÕES; DIVISÃO EM PARTES
MDC(120,160)=8x5=40 PROPORCIONAIS
08. Resposta:B.
Razão
09. Resposta: A.
Proporção
10. Resposta: B.
O cálculo utilizado aqui será o MDC (Máximo Divisor
Comum) Os números A e D são denominados extremos enquan-
to os números B e C são os meios e vale a propriedade: o
produto dos meios é igual ao produto dos extremos, isto é:
AxD=BxC
11
MATEMÁTICA
ou
Exercício: Determinar o valor de X para que a razão X/3
esteja em proporção com 4/6.
Grandezas Diretamente Proporcionais
Solução: Deve-se montar a proporção da seguinte for-
Duas grandezas variáveis dependentes são diretamen-
ma:
te proporcionais quando a razão entre os valores da 1ª
grandeza é igual a razão entre os valores correspondentes
da 2ª, ou de uma maneira mais informal, se eu pergunto:
Quanto mais.....mais....
.
Exemplo
Distância percorrida e combustível gasto
Segunda propriedade das proporções
Qualquer que seja a proporção, a soma ou a diferença
dos dois primeiros termos está para o primeiro, ou para Distância(km) Combustível(litros)
o segundo termo, assim como a soma ou a diferença dos 13 1
dois últimos termos está para o terceiro, ou para o quarto
termo. Então temos: 26 2
39 3
52 4
Exemplo
velocidadextempo a tabela abaixo:
Ou Diretamente Proporcionais
Para decompor um número M em partes X1, X2, ..., Xn di-
retamente proporcionais a p1, p2, ..., pn, deve-se montar um
sistema com n equações e n incógnitas, sendo as somas
X1+X2+...+Xn=M e p1+p2+...+pn=P.
12
MATEMÁTICA
QUESTÕES
13
MATEMÁTICA
04. (UNIRV/60 – Auxiliar de Laboratório – UNIRV- 08. (DPE/RS - Analista - FCC/2017) A razão entre as al-
GO/2017) Em relação à prova de matemática de um con- turas de dois irmãos era 3/4 e, nessa ocasião, a altura do irmão
curso, Paula acertou 32 das 48 questões da prova. A razão mais alto era 1,40 m. Hoje, esse irmão mais alto cresceu 10 cm.
entre o número de questões que ela errou para o total de Para que a razão entre a altura do irmão mais baixo e a altura
questões da prova é de do mais alto seja hoje, igual a 4/5 , é necessário que o irmão
(A) 2/3 mais baixo tenha crescido, nesse tempo, o equivalente a
(B) 1/2 (A) 13,5 cm.
(C) 1/3 (B) 10,0 cm.
(D) 3/2 (C) 12,5 cm.
(D) 14,8 cm.
05. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE- (E) 15,0 cm.
GO/2017) José, pai de Alfredo, Bernardo e Caetano, de 2, 5
e 8 anos, respectivamente, pretende dividir entre os filhos a 09. (CRBIO – Auxiliar Administrativo – VUNESP/2017)
quantia de R$ 240,00, em partes diretamente proporcionais O transporte de 1980 caixas iguais foi totalmente repartido
às suas idades. Considerando o intento do genitor, é possí- entre dois veículos, A e B, na razão direta das suas respectivas
vel afirmar que cada filho vai receber, em ordem crescente capacidades de carga, em toneladas. Sabe-se que A tem capa-
de idades, os seguintes valores: cidade para transportar 2,2 t, enquanto B tem capacidade para
(A) R$ 30,00, R$ 60,00 e R$150,00. transportar somente 1,8 t. Nessas condições, é correto afirmar
(B) R$ 42,00, R$ 58,00 e R$ 140,00. que a diferença entre o número de caixas carregadas em A e o
(C) R$ 27,00, R$ 31,00 e R$ 190,00. número de caixas carregadas em B foi igual a
(D) R$ 28,00, R$ 84,00 e R$ 128,00. (A) 304.
(E) R$ 32,00, R$ 80,00 e R$ 128,00. (B) 286.
(C) 224.
06. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VU- (D) 216.
NESP/2017) Sabe-se que 16 caixas K, todas iguais, ou 40 (E) 198.
caixas Q, todas também iguais, preenchem totalmente cer-
to compartimento, inicialmente vazio. Também é possível 10. (EMDEC – Assistente Administrativo – IBFC/2016)
preencher totalmente esse mesmo compartimento com- Paulo vai dividir R$ 4.500,00 em partes diretamente propor-
pletamente vazio utilizando 4 caixas K mais certa quantida- cionais às idades de seus três filhos com idades de 4, 6 e 8
de de caixas Q. Nessas condições, é correto afirmar que o anos respectivamente. Desse modo, o total distribuído aos
número de caixas Q utilizadas será igual a dois filhos com maior idade é igual a:
(A) 10. (A) R$2.500,00
(B) R$3.500,00
(B) 28.
(C) R$ 1.000,00
(C) 18.
(D) R$3.200,00
(D) 22.
(E) 30.
RESPOSTAS
07. (IPRESB/SP – Agente Previdenciário – VU-
NESP/2017) A tabela, onde alguns valores estão substituí-
01. Resposta: C.
dos por letras, mostra os valores, em milhares de reais, que 30k+70k=140
eram devidos por uma empresa a cada um dos três forne- 100k=140
cedores relacionados, e os respectivos valores que foram K=1,4
pagos a cada um deles. 30⋅1,4=42
70⋅1,4=98
Fornecedor A B C
02. Resposta: A.
Valor pago 22,5 X 37,5
Vamos dividir o prêmio pelas horas somadas
Valor devido Y 40 z 32+24+20+3⋅16+2⋅12=148
74000/148=500
Sabe-se que os valores pagos foram diretamente propor- O maior prêmio foi para quem fez 32 horas semanais
cionais a cada valor devido, na razão de 3 para 4. Nessas con- 32⋅500=16000
dições, é correto afirmar que o valor total devido a esses três 12⋅500=6000
fornecedores era, antes dos pagamentos efetuados, igual a A diferença é: 16000-6000=10000
(A) R$ 90.000,00.
(B) R$ 96.500,00. 03. Resposta:B.
(C) R$ 108.000,00. 2500+1500=4000 entrevistas
(D) R$ 112.500,00.
(E) R$ 120.000,00.
14
MATEMÁTICA
REGRA DE TRÊS
Q=30 caixas
07. Resposta: E.
Regra de três simples
15
MATEMÁTICA
Velocidade----------tempo QUESTÕES
400↓-----------------X↓
480↓---------------- 3↓ 01. (IPRESB/SP - Analista de Processos Previdenciá-
rios- VUNESP/2017) Para imprimir 300 apostilas destina-
480x=1200 das a um curso, uma máquina de fotocópias precisa traba-
X=25 lhar 5 horas por dia durante 4 dias. Por motivos administra-
tivos, será necessário imprimir 360 apostilas em apenas 3
Regra de três composta dias. O número de horas diárias que essa máquina terá que
Regra de três composta é utilizada em problemas com trabalhar para realizar a tarefa é
mais de duas grandezas, direta ou inversamente propor- (A) 6.
cionais. (B) 7.
(C) 8.
Exemplos: (D) 9.
(E) 10.
1) Em 8 horas, 20 caminhões descarregam 160m³ de
areia. Em 5 horas, quantos caminhões serão necessários 02. (SEPOG – Analista em Tecnologia da Informação
para descarregar 125m³? e Comunicação – FGV/2017) Uma máquina copiadora A
faz 20% mais cópias do que uma outra máquina B, no mes-
Solução: montando a tabela, colocando em cada co- mo tempo.
luna as grandezas de mesma espécie e, em cada linha, as A máquina B faz 100 cópias em uma hora.
grandezas de espécies diferentes que se correspondem: A máquina A faz 100 cópias em
(A) 44 minutos.
Horas --------caminhões-----------volume (B) 46 minutos.
8↑----------------20↓----------------------160↑ (C) 48 minutos.
5↑------------------x↓----------------------125↑ (D) 50 minutos.
(E) 52 minutos.
A seguir, devemos comparar cada grandeza com aque-
la onde está o x. 03. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária
Observe que: - MSCONCURSOS/2017) Para a construção de uma ro-
Aumentando o número de horas de trabalho, pode- dovia, 12 operários trabalham 8 horas por dia durante 14
mos diminuir o número de caminhões. Portanto a relação dias e completam exatamente a metade da obra. Porém, a
é inversamente proporcional (seta para cima na 1ª coluna). rodovia precisa ser terminada daqui a exatamente 8 dias,
Aumentando o volume de areia, devemos aumentar o e então a empresa contrata mais 6 operários de mesma
número de caminhões. Portanto a relação é diretamente capacidade dos primeiros. Juntos, eles deverão trabalhar
proporcional (seta para baixo na 3ª coluna). Devemos igua- quantas horas por dia para terminar o trabalho no tempo
lar a razão que contém o termo x com o produto das outras correto?
razões de acordo com o sentido das setas. (A) 6h 8 min
Montando a proporção e resolvendo a equação temos: (B) 6h 50min
(C) 9h 20 min
Horas --------caminhões-----------volume (D) 9h 33min
8↑----------------20↓----------------------160↓
5↑------------------x↓----------------------125↓ 04. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU-
NESP/2017 ) Um restaurante “por quilo” apresenta seus
Obs.: Assim devemos inverter a primeira coluna fican- preços de acordo com a tabela:
do:
Horas --------caminhões-----------volume
5----------------20----------------------160
8------------------x----------------------125 Rodolfo almoçou nesse restaurante na última sexta-fei-
ra. Se a quantidade de alimentos que consumiu nesse al-
moço custou R$ 21,00, então está correto afirmar que essa
quantidade é, em gramas, igual a
(A) 375.
Logo, serão necessários 25 caminhões (B) 380.
(C) 420.
(D) 425.
(E) 450.
16
MATEMÁTICA
05. . (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU- 10. (MPE/SP – Oficial de Promotoria I – VU-
NESP/2017 ) Um carregamento de areia foi total- NESP/2016) Para organizar as cadeiras em um auditório, 6
mente embalado em 240 sacos, com 40 kg em cada funcionários, todos com a mesma capacidade de produção,
saco. Se fossem colocados apenas 30 kg em cada trabalharam por 3 horas. Para fazer o mesmo trabalho, 20
saco, o número de sacos necessários para embalar funcionários, todos com o mesmo rendimento dos iniciais,
todo o carregamento seria igual a deveriam trabalhar um total de tempo, em minutos, igual a
(A) 420. (A) 48.
(B) 375. (B) 50.
(C) 370. (C) 46.
(D) 345. (D) 54.
(E) 320. (E) 52.
17
MATEMÁTICA
05. Resposta: E.
Sacos kg
240----40
x----30
30x=9600
X=320
06. Resposta: A.
↓Funcionários ↑ horas bolsas↓
48------------------------12-----------480
x-----------------------------15----------1200
Quanto mais funcionários, menos horas precisam
Quanto mais funcionários, mais bolsas feitas
X=96 funcionários
Precisam de mais 48 funcionários
07. Resposta: B.
Operários dias
12-----------90
x--------------60
Quanto mais operários, menos dias (inversamente proporcional)
60x=1080
X=18
08. Resposta: B.
V=1,5⋅1,2⋅0,7=1,26m³=1260litros
50litros-----3 min
1260--------x
X=3780/50=75,6min
0,6min=36s
75min=60+15=1h15min
09. Resposta: A.
↑Dias ↑ operários peças↑
6-------------5---------------600
8--------------7---------------x
30x=33600
X=1120
18
MATEMÁTICA
10. Resposta: D.
3x60=180 minutos
↑Funcionários minutos↓
6------------180
20-------------x
As Grandezas são inversamente proporcionais, pois quanto mais funcionários, menos tempo será gasto.
Vamos inverter os minutos
↑Funcionários minutos↑
6------------x
20-------------180
20x=6.180
20x=1040
X=54 minutos
Unidades de Comprimento
km hm dam m dm cm mm
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m
Os múltiplos do metro são utilizados para medir grandes distâncias, enquanto os submúltiplos, para pequenas distân-
cias. Para medidas milimétricas, em que se exige precisão, utilizamos:
Para distâncias astronômicas utilizamos o Ano-luz (distância percorrida pela luz em um ano):
Ano-luz = 9,5 · 1012 km
Exemplos de Transformação
1m=10dm=100cm=1000mm=0,1dam=0,01hm=0,001km
1km=10hm=100dam=1000m
Ou seja, para trasnformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 10 e para a esquerda divide por
10.
Superfície
A medida de superfície é sua área e a unidade fundamental é o metro quadrado(m²).
Para transformar de uma unidade para outra inferior, devemos observar que cada unidade é cem vezes maior que a
unidade imediatamente inferior. Assim, multiplicamos por cem para cada deslocamento de uma unidade até a desejada.
Unidades de Área
km 2
hm 2
dam 2
m2 dm2 cm2 mm2
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado
1000000m2 10000m2 100m2 1m2 0,01m2 0,0001m2 0,000001m2
19
MATEMÁTICA
Exemplos de Transformação
1m²=100dm²=10000cm²=1000000mm²
1km²=100hm²=10000dam²=1000000m²
Ou seja, para trasnformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 100 e para a esquerda divide por
100.
Volume
Os sólidos geométricos são objetos tridimensionais que ocupam lugar no espaço. Por isso, eles possuem volume. Po-
demos encontrar sólidos de inúmeras formas, retangulares, circulares, quadrangulares, entre outras, mas todos irão possuir
volume e capacidade.
Unidades de Volume
km 3
hm 3
dam 3
m3 dm3 cm3 mm3
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico
1000000000m3 1000000m3 1000m3 1m3 0,001m3 0,000001m3 0,000000001m3
Capacidade
Para medirmos a quantidade de leite, sucos, água, óleo, gasolina, álcool entre outros utilizamos o litro e seus múltiplos
e submúltiplos, unidade de medidas de produtos líquidos.
Se um recipiente tem 1L de capacidade, então seu volume interno é de 1dm³
1L=1dm³
Unidades de Capacidade
kl hl dal l dl cl ml
Quilolitro Hectolitro Decalitro Litro Decilitro Centilitro Mililitro
1000l 100l 10l 1l 0,1l 0,01l 0,001l
Massa
Toda vez que andar 1 casa para direita, multiplica por 10 e quando anda para esquerda divide por 10.
E uma outra unidade de massa muito importante é a tonelada
1 tonelada=1000kg
Tempo
20
MATEMÁTICA
Deve-se saber:
1 dia=24horas
1hora=60minutos 5h 20 minutos :2
1 minuto=60segundos
1hora=3600s 1h 20 minutos, transformamos para minutos
:60+20=80minutos
Adição de tempo
Pedro pensou em estudar durante 2h 40 minutos, mas 04. (UNIRV/GO – Auxiliar de Laboratório – UNIR-
demorou o dobro disso. Quanto tempo durou o estudo? VGO/2017) Uma empresa farmacêutica distribuiu 14400
litros de uma substância líquida em recipientes de 72 cm3
cada um. Sabe-se que cada recipiente, depois de cheio,
tem 80 gramas. A quantidade de toneladas que representa
todos os recipientes cheios com essa substância é de
(A) 16
(B) 160
(C) 1600
(D) 16000
21
MATEMÁTICA
05. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE- 09. (ANP – Técnico Administrativo – CESGRAN-
GO/2017) João estuda à noite e sua aula começa às RIO/2016) Um caminhão-tanque chega a um posto de abas-
18h40min. Cada aula tem duração de 45 minutos, e o tecimento com 36.000 litros de gasolina em seu reservatório.
intervalo dura 15 minutos. Sabendo-se que nessa escola Parte dessa gasolina é transferida para dois tanques de arma-
há 5 aulas e 1 intervalo diariamente, pode-se afirmar que zenamento, enchendo-os completamente. Um desses tanques
o término das aulas de João se dá às: tem 12,5 m3, e o outro, 15,3 m3, e estavam, inicialmente, vazios.
(A) 22h30min Após a transferência, quantos litros de gasolina resta-
(B) 22h40min ram no caminhão-tanque?
(C) 22h50min (A) 35.722,00
(D) 23h (B) 8.200,00
(E) Nenhuma das anteriores (C) 3.577,20
(D) 357,72
06. (IBGE – Agente Censitário Administrativo- (E) 332,20
FGV/2017) Quando era jovem, Arquimedes corria 15km
10. (DPE/RR – Auxiliar Administrativo – FCC/2015)
em 1h45min. Agora que é idoso, ele caminha 8km em
Raimundo tinha duas cordas, uma de 1,7 m e outra de 1,45
1h20min.
m. Ele precisava de pedaços, dessas cordas, que medissem
40 cm de comprimento cada um. Ele cortou as duas cordas
Para percorrer 1km agora que é idoso, comparado em pedaços de 40 cm de comprimento e assim conseguiu
com a época em que era jovem, Arquimedes precisa de obter
mais: (A) 6 pedaços.
(A) 10 minutos; (B) 8 pedaços.
(B) 7 minutos; (C) 9 pedaços.
(C) 5 minutos; (D) 5 pedaços.
(D) 3 minutos; (E) 7 pedaços.
(E) 2 minutos.
03. Resposta:A.
4500/3=1500 litros para as caixinhas
1500litros=1500000ml
1500000/300=5000 caixinhas por dia
5000.5=25000 caixinhas em 5 dias
22
MATEMÁTICA
05. Resposta: B.
5⋅45=225 minutos de aula EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES
225/60=3 horas 45 minutos nas aulas mais 15 minutos
de intervalo=4horas
18:40+4h=22h:40
Equação 1º grau
06. Resposta: D. Equação é toda sentença matemática aberta represen-
1h45min=60+45=105 minutos tada por uma igualdade, em que exista uma ou mais letras
que representam números desconhecidos.
15km-------105 Equação do 1º grau, na incógnita x, é toda equação
1--------------x redutível à forma ax+b=0, em que a e b são números reais,
X=7 minutos chamados coeficientes, com a≠0.
Uma raiz da equação ax+b =0(a≠0) é um valor numé-
1h20min=60+20=80min rico de x que, substituindo no 1º membro da equação, tor-
na-se igual ao 2º membro.
8km----80
1-------x Nada mais é que pensarmos em uma balança.
X=10minutos
A diferença é de 3 minutos
07. Resposta: B.
V------80min
V+20----48
Quanto maior a velocidade, menor o tempo(inversa-
mente)
23
MATEMÁTICA
Lembrando que:
Pi=Pa+3
Substituindo em Pe
Pe=2(Pa+3)+2Pa
Pe=2Pa+6+2Pa
Pe=4Pa+6
Equação 2º grau
A equação do segundo grau é representada pela fór- Relações entre Coeficientes e Raízes
mula geral:
Dada as duas raízes:
24
MATEMÁTICA
Inequação-Quociente
Na inequação-quociente, tem-se uma desigualdade
de funções fracionárias, ou ainda, de duas funções na qual
uma está dividindo a outra. Diante disso, deveremos nos
atentar ao domínio da função que se encontra no denomi-
nador, pois não existe divisão por zero. Com isso, a função
que estiver no denominador da inequação deverá ser dife-
Substituindo em A rente de zero.
A=44-26=18 O método de resolução se assemelha muito à resolu-
Ou A=44-18=26 ção de uma inequação-produto, de modo que devemos
analisar o sinal das funções e realizar a intersecção do sinal
Resposta: B. dessas funções.
25
MATEMÁTICA
Exemplo
Resolva a inequação a seguir:
x-2≠0
Portanto:
S = { x R | x ≤ - 1} ou S = ] - ∞ ; -1]
Inequação 2º grau
Chama-se inequação do 2º grau, toda inequação que
x≠2 pode ser escrita numa das seguintes formas:
ax²+bx+c>0
ax²+bx+c≥0
ax²+bx+c<0
Sistema de Inequação do 1º Grau ax²+bx+c<0
Um sistema de inequação do 1º grau é formado por ax²+bx+c≤0
duas ou mais inequações, cada uma delas tem apenas uma ax²+bx+c≠0
variável sendo que essa deve ser a mesma em todas as
outras inequações envolvidas. Exemplo
Veja alguns exemplos de sistema de inequação do 1º Vamos resolver a inequação 3x² + 10x + 7 < 0.
grau:
Resolvendo Inequações
Resolver uma inequação significa determinar os valo-
res reais de x que satisfazem a inequação dada.
Assim, no exemplo, devemos obter os valores reais de
x que tornem a expressão 3x² + 10x +7 negativa.
4x + 4 ≤ 0
4x ≤ - 4
x ≤ - 4 : 4
x ≤ - 1
S1 = {x R | x ≤ - 1}
S2 = { x R | x ≤ - 1}
Calculando agora o CONJUTO SOLUÇÃO da inequação S = {x ∈ R / –7/3 < x < –1}
temos:
S = S1 ∩ S2
26
MATEMÁTICA
27
MATEMÁTICA
10x+6x+40500=25x
9x=40500
X=4500
Como tem que ser natural, apenas o número 3 convém.
Salario fração
02. Resposta: C. y---------------1
4500---------4/5
Mmc(3,4)=12
4x+3x=336
7x=336
X=48
A distância entre A e B é 48km 08. Resposta: D.
Como já percorreu 28km
48-28=20 km entre P e Q. Idade atual: x
X+24=3x
03. Resposta:B. 2x=24
Sendo x o valor do material P X=12
10x=7x+600 Ele tem agora 12 anos, daqui a 5 anos: 17.
3x=600
X=200 09. Resposta: C.
∆=(-28)²-4.8.12
04. Resposta: E. ∆=784-384
2x²+12x+10=0 ∆=400
∆=12²-4⋅2⋅10
∆=144-80=64
06. Resposta: B
∆=-(-6)²-4⋅(2m-1) ⋅3=0
36-24m+12=0
-24m=-48
M=2
28
MATEMÁTICA
Exemplo
Com os conjuntos A={1, 4, 7} e B={1, 4, 6, 7, 8, 9, 12}
criamos a função f: A→B.definida por f(x) = x + 5 que tam-
bém pode ser representada por y = x + 5. A representação,
utilizando conjuntos, desta função, é:
Gráfico Cartesiano
29
MATEMÁTICA
Raiz da função
Função 1 grau Calcular o valor da raiz da função é determinar o valor
A função do 1° grau relacionará os valores numéricos em que a reta cruza o eixo x, para isso consideremos o
obtidos de expressões algébricas do tipo (ax + b), consti- valor de y igual a zero, pois no momento em que a reta
tuindo, assim, a função f(x) = ax + b. intersecta o eixo x, y = 0. Observe a representação gráfica
a seguir:
Estudo dos Sinais
Definimos função como relação entre duas grandezas
representadas por x e y. No caso de uma função do 1º grau,
sua lei de formação possui a seguinte característica: y = ax
+ b ou f(x) = ax + b, onde os coeficientes a e b pertencem
aos reais e diferem de zero. Esse modelo de função possui
como representação gráfica a figura de uma reta, portanto,
as relações entre os valores do domínio e da imagem cres-
cem ou decrescem de acordo com o valor do coeficiente a.
Se o coeficiente possui sinal positivo, a função é crescente, Podemos estabelecer uma formação geral para o cál-
e caso ele tenha sinal negativo, a função é decrescente. culo da raiz de uma função do 1º grau, basta criar uma ge-
neralização com base na própria lei de formação da função,
Função Crescente: a > 0 considerando y = 0 e isolando o valor de x (raiz da função).
De uma maneira bem simples, podemos olhar no grá- X=-b/a
fico que os valores de y vão crescendo.
Dependendo do caso, teremos que fazer um sistema
com duas equações para acharmos o valor de a e b.
Exemplo:
Dado que f(x)=ax+b e f(1)=3 e f(3)=5, ache a função.
F(1)=1a+b
3=a+b
F(3)=3a+b
5=3a+b
Isolando a em I
a=3-b
Função Decrescente: a < 0 Substituindo em II
Nesse caso, os valores de y, caem.
3(3-b)+b=5
9-3b+b=5
-2b=-4
b=2
30
MATEMÁTICA
Portanto, Raízes
a=3-b
a=3-2=1
Assim, f(x)=x+2
.
Veja os gráficos:
Discriminante(∆)
∆=b²-4ac
∆>0
A parábola y=ax²+bx+c intercepta o eixo x em dois
pontos distintos, (x1,0) e (x2,0), onde x1 e x2 são raízes da
equação ax²+bx+c=0
∆=0
Quando , a parábola y=ax²+bx+c é tangente ao
eixo x, no ponto
Repare que, quando tivermos o discriminante , as
duas raízes da equação ax²+bx+c=0 são iguais
∆<0
31
MATEMÁTICA
Equação Exponencial
É toda equação cuja incógnita se apresenta no expoente de uma ou mais potências de bases positivas e diferentes de 1.
Exemplo
Resolva a equação no universo dos números reais.
Solução
Função exponencial
A expressão matemática que define a função exponencial é uma potência. Nesta potência, a base é um número real
positivo e diferente de 1 e o expoente é uma variável.
Função crescente
Se temos uma função exponencial crescente, qualquer que seja o valor real de x.
No gráfico da função ao lado podemos observar que à medida que x aumenta, também aumenta f(x) ou y. Graficamen-
te vemos que a curva da função é crescente.
Função decrescente
Se temos uma função exponencial decrescente em todo o domínio da função.
Neste outro gráfico podemos observar que à medida que x aumenta, y diminui. Graficamente observamos que a cur-
va da função é decrescente.
32
MATEMÁTICA
A Constante de Euler
É definida por :
e = exp(1)
O número e é um número irracional e positivo e em função da definição da função exponencial, temos que:
Ln(e) = 1
Este número é denotado por e em homenagem ao matemático suíço Leonhard Euler (1707-1783), um dos primeiros a
estudar as propriedades desse número.
O valor deste número expresso com 10 dígitos decimais, é:
e = 2,7182818284
Se x é um número real, a função exponencial exp(.) pode ser escrita como a potência de base e com expoente x, isto é:
ex = exp(x)
Logaritmo
Considerando-se dois números N e a reais e positivos, com a ≠1, existe um número c tal que:
Exemplo
Consequências da Definição
33
MATEMÁTICA
34
MATEMÁTICA
05. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) No 09. (IF/ES – Administrador – IFES/2017) O gráfico
sistema de coordenadas cartesianas da figura abaixo, en- que melhor representa a função y = 2x , para o domínio
contram-se representados o gráfico da função de segundo em R+ é:
grau f, definida por f(x), e o gráfico da função de primeiro
grau g, definida por g(x). (A)
(B)
(C)
35
MATEMÁTICA
RESPOSTAS
01. Resposta: D.
90+0,4x=120
0,4x=30 A soma das coordenadas é igual a 8
X=75km
07. Resposta: D.
02. Resposta: A.
6%=0,06
Como valor total é x, então 0,06x
E mais a parte fixa de 1300
0,06x+1300
03. Resposta: A.
2x=36
X=18 -2x=-12
X=6
04.Resposta: B. Substituindo em g(x)
F(x)=12+25x G(6)=6²-4(6)+5=36-24+5=17
X=hora de trabalho
08. Resposta: D.
168,25=12+25x Para assumir valor 1, o expoente deve ser igual a zero.
25x=156,25 X²+4x-60=0
X=6,25 horas ∆=4²-4.1.(-60)
1hora---60 minutos ∆=16+240
0,25-----x ∆=256
X=15 minutos
05. Resposta: E.
Como a função do segundo grau, tem raízes -2 e 2:
(x-2)(x+2)=x²-4
A função do primeiro grau, tem o ponto (0, -1) e (2,3)
Y=ax+b
-1=b
3=2a-1 A base pode ser igual a 1:
2a=4 X²-5x+5=1
A=2 X²-5x+4=0
Y=2x-1 ∆=25-16=9
36
MATEMÁTICA
∆=25-24=1
09. Resposta: A.
Um gráfico de função exponencial não começa do zero, é é uma curva.
10. Resposta: E.
Kx=(x+3)²
Kx=x²+6x+9
X²+(6-k)x+9=0
Para ter uma raiz, ∆=0
∆=b²-4ac
, ∆=(6-k)²-36=0
36-12k+k²-36=0
k²-12k=0
k=0 ou k=12
11. Resposta:C.
GRÁFICOS E TABELAS
Os gráficos e tabelas apresentam o cruzamento entre dois dados relacionados entre si.
A escolha do tipo e a forma de apresentação sempre vão depender do contexto, mas de uma maneira geral um
bom gráfico deve:
-Mostrar a informação de modo tão acurado quanto possível.
-Utilizar títulos, rótulos, legendas, etc. para tornar claro o contexto, o conteúdo e a mensagem.
-Complementar ou melhorar a visualização sobre aspectos descritos ou mostrados numericamente através de tabelas.
-Utilizar escalas adequadas.
-Mostrar claramente as tendências existentes nos dados.
37
MATEMÁTICA
Tipos de gráficos
Barra vertical
Fonte: tecnologia.umcomo.com.br
Barra horizontal
Fonte: mundoeducacao.bol.uol.com.br
Histogramas
Fonte: educador.brasilescola.uol.com.br
São gráfico de barra que mostram a frequência de uma
variável específica e um detalhe importante que são faixas Linhas- É um gráfico de grande utilidade e muito co-
de valores em x. mum na representação de tendências e relacionamentos
de variáveis
38
MATEMÁTICA
QUESTÕES
(A) 15%.
(B) 25%.
(C) 50%.
(D) 75%.
Da mesma forma, as tabelas ajudam na melhor visua- (E) 90%.
lização de dados e muitas vezes é através dela que vamos
fazer os tipos de gráficos vistos anteriormente. 02. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU-
NESP/2017) A tabela seguinte, incompleta, mostra a distri-
Podem ser tabelas simples: buição, percentual e quantitativa, da frota de uma empresa
de ônibus urbanos, de acordo com o tempo de uso destes.
Quantos aparelhos tecnológicos você tem na sua casa?
aparelho quantidade
televisão 3
celular 4
Geladeira 1
Até as tabelas que vimos nos exercícios de raciocínio O número total de ônibus dessa empresa é
lógico
(A) 270.
(B) 250.
(C) 220
(D) 180.
(E) 120.
39
MATEMÁTICA
03. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU- 05. (TCE/PR – Conhecimentos Básicos – CESPE/2016)
NESP/2017) O gráfico mostra o número de carros vendi-
dos por uma concessionária nos cinco dias subsequentes à
veiculação de um anúncio promocional.
40
MATEMÁTICA
06. (BRDE – Assistente Administrativo – FUNDA- 07. (TJ/SP – Estatístico Judiciário – VUNESP/2015) A
TEC/2015) Assinale a alternativa que representa a no- distribuição de salários de uma empresa com 30 funcioná-
menclatura dos três gráficos abaixo, respectivamente. rios é dada na tabela seguinte.
xi fi
30-35 4
35-40 12
40-45 10
45-50 8
50-55 6
TOTAL 40
Assinale a alternativa em que o histograma é o que
melhor representa a distribuição de frequência da tabela.
(A)
(A) Gráfico de Setores – Gráfico de Barras – Gráfico de
Linha.
(B) Gráfico de Pareto – Gráfico de Pizza – Gráfico de
Tendência.
(C) Gráfico de Barras – Gráfico de Setores – Gráfico de (B)
Linha.
(D) Gráfico de Linhas – Gráfico de Pizza – Gráfico de
Barras.
(E) Gráfico de Tendência – Gráfico de Setores – Gráfico
de Linha.
(C)
41
MATEMÁTICA
(D)
(E)
42
MATEMÁTICA
04. Resposta: A.
ESTATÍSTICA DESCRITIVA, AMOSTRAGEM,
X+0,5x+4x+3x+1,5x=360 TESTE DE HIPÓTESES E ANÁLISE DE
10x=360
REGRESSÃO
X=36
Como o conceito bom corresponde a 4x: 4x36=144°
05. Resposta: B.
Analisando o primeiro quadrimestre, observamos que os Teste de Hipóteses
dois primeiros meses de receita diminuem e os dois meses Definição: Processo que usa estatísticas amostrais para
seguintes aumentam, o mesmo acontece com a despesa. testar a afirmação sobre o valor de um parâmetro popula-
cional.
06. Resposta: C.
Como foi visto na teoria, gráfico de barras, de setores
ou pizza e de linha
Assim, fica fácil, se H0 for falsa, Ha é verdadeira
07. Resposta: D. Há uma regrinha para formular essas hipóteses
(A) 1,8x10+2,5x8+3,0x5+5,0x4+8,0x2+15,0x1=104 sa-
lários
(B) 60% de 30=18 funcionários e se juntarmos quem Formulação verbal Formulação Formulação
ganha mais de 3 salários (5+4+2+1=12) H0 Matemática verbal Ha
(C)10% de 30=0,1x30=3 funcionários
E apenas 1 pessoa ganha A média é A média é
(D) 40% de 104=0,4x104= 41,6 ...maior ou igual ...menor que k
20% de 30=0,2x30=6 a k.
5x3+8x2+15x1=46, que já é maior. ... abaixo de k
(E) 60% de 30=0,6x30=18 ....pelo menos k.
30% de 104=0,3x104=31,20da renda: 31,20
...menos que k.
...não menos que k.
08. Resposta: A.
Colocando em ordem crescente: 30-35, 50-55, 45-50, ...menor ou igual ..maior que k
40-45, 35-40, a k.
... acima de k
09. Resposta: CERTA. ....no máximo k.
555----100% ...mais do que
x----55% ...não mais que k. k.
x=305,25
Está correta, pois a região sudeste tem 306 pessoas. ... igual a k. ... não igual
a k.
10. Resposta: ERRADO. .... k.
Como foi visto na teoria, há uma faixa de valores no .... diferente
eixo x e não simplesmente um dado. ...exatamente k. de k.
...não k.
Referências
http://www.galileu.esalq.usp.br
43
MATEMÁTICA
Dados Frequência
41 3
42 2 A média aritmética das alturas dos jogadores é 2,02m.
43 1 Média Ponderada
44 1 A média dos elementos do conjunto numérico A relati-
va à adição e na qual cada elemento tem um “determinado
45 1
peso” é chamada média aritmética ponderada.
46 2
50 2
51 1
52 1 Mediana (Md)
Sejam os valores escritos em rol:
54 1
57 1
44
MATEMÁTICA
1. Sendo n ímpar, chama-se mediana o termo tal Seja o conjunto de números , tal que é
que o número de termos da sequência que precedem é
igual ao número de termos que o sucedem, isto é, é termo sua média aritmética. Chama-se variância desse conjunto,
médio da sequência ( ) em rol.
e indica-se por , o número:
2. Sendo n par, chama-se mediana o valor obtido
pela média aritmética entre os termos e , tais que o
Isto é:
número de termos que precedem é igual ao número de
termos que sucedem , isto é, a mediana é a média arit-
mética entre os termos centrais da sequência ( ) em rol.
E para amostra
Exemplo 1:
Determinar a mediana do conjunto de dados:
{12, 3, 7, 10, 21, 18, 23}
Solução:
Exemplo 1:
Escrevendo os elementos do conjunto em rol, tem-se: (3,
Em oito jogos, o jogador A, de bola ao cesto, apresen-
7, 10, 12, 18, 21, 23). A mediana é o termo médio desse rol.
tou o seguinte desempenho, descrito na tabela abaixo:
Logo: Md=12
Resposta: Md=12.
Jogo Número de pontos
Exemplo 2: 1 22
Determinar a mediana do conjunto de dados:
{10, 12, 3, 7, 18, 23, 21, 25}. 2 18
3 13
Solução:
Escrevendo-se os elementos do conjunto em rol, tem-se: 4 24
(3, 7, 10, 12, 18, 21, 23, 25). A mediana é a média aritmé- 5 26
tica entre os dois termos centrais do rol.
6 20
Logo: 7 19
8 18
Resposta: Md=15
a) Qual a média de pontos por jogo?
Moda (Mo) b) Qual a variância do conjunto de pontos?
Num conjunto de números: , chama-se
moda aquele valor que ocorre com maior frequência.
Solução:
a) A média de pontos por jogo é:
Observação:
A moda pode não existir e, se existir, pode não ser única.
Exemplo 1:
O conjunto de dados 3, 3, 8, 8, 8, 6, 9, 31 tem moda igual
a 8, isto é, Mo=8.
Exemplo 2: b) A variância é:
O conjunto de dados 1, 2, 9, 6, 3, 5 não tem moda.
Medidas de dispersão
Duas distribuições de frequência com medidas de ten-
dência central semelhantes podem apresentar característi-
cas diversas. Necessita-se de outros índices numéricas que
informem sobre o grau de dispersão ou variação dos dados Desvio médio
em torno da média ou de qualquer outro valor de concen- Definição
tração. Esses índices são chamados medidas de dispersão. Medida da dispersão dos dados em relação à média de
uma sequência. Esta medida representa a média das dis-
Variância tâncias entre cada elemento da amostra e seu valor médio.
Há um índice que mede a “dispersão” dos elementos de
um conjunto de números em relação à sua média aritmética,
e que é chamado de variância. Esse índice é assim definido:
45
MATEMÁTICA
46
MATEMÁTICA
06. (UFAL – Auxiliar de Biblioteca – COPEVE/2016) Então, a variância dessa amostra é igual a
A tabela apresenta o número de empréstimos de livros de (A) 4,0
uma biblioteca setorial de um Instituto Federal, no primeiro (B) 2,5.
semestre de 2016. (C) 4,5.
(D) 5,5
Mës Empréstimos (E) 3,0
47
MATEMÁTICA
06. Resposta: D.
RESPOSTAS
15,15,22,25,28,30
07. Resposta: C.
Como o desvio padrão é maior no 3, o erro padrão é
S=420000 proporcional, portanto também é maior em 3.
M=600000-420000=180000
08. Resposta: C.
02. Resposta:B.
03. Resposta: D.
09. Resposta: C.
M=300 Vamos chamar de x a soma dos salários dos 13 funcio-
nários
x/13=1998
X=13.1998
V=250 X=25974
Vamos chamar de y o funcionário contratado com me-
nor valor e, portanto, 1,1y o com 10% de salário maior, pois
ele ganha y+10% de y
Y+0,1y=1,1y
04. Resposta: B. (x+y+1,1y)/15=2013
25974+2,1y=15∙2013
2,1y=30195-25974
2,1y=4221
Y=2010
10. Resposta: A.
3,36-3,15=0,21 M=66,67
Apenas 3 funcionários estão acima da média.
48
MATEMÁTICA
Ângulo Reto:
Ângulos
Triângulo
Elementos
Mediana
Mediana de um triângulo é um segmento de reta que
liga um vértice ao ponto médio do lado oposto.
Na figura, é uma mediana do ABC.
Ângulo Agudo: É o ângulo, cuja medida é menor do Um triângulo tem três medianas.
que 90º.
Ângulo Raso:
49
MATEMÁTICA
Classificação
50
MATEMÁTICA
Áreas
- Tem 4 lados.
- Tem 2 diagonais.
- A soma dos ângulos internos Si = 360º
- A soma dos ângulos externos Se = 360º
- é paralelo a
Número de Diagonais
- Observações:
51
MATEMÁTICA
Ângulos Externos
2º Caso: LAL(lado-ângulo-lado)
Se dois triângulos têm dois lados correspondentes
proporcionais e os ângulos compreendidos entre eles con-
gruentes, então esses dois triângulos são semelhantes.
Teorema de Tales
Se um feixe de retas paralelas tem duas transversais, en-
tão a razão de dois segmentos quaisquer de uma transversal
é igual à razão dos segmentos correspondentes da outra.
Dada a figura anterior, O Teorema de Tales afirma que
são válidas as seguintes proporções:
3º Caso: LLL(lado-lado-lado)
Se dois triângulos têm os três lado correspondentes pro-
porcionais, então esses dois triângulos são semelhantes.
Exemplo
52
MATEMÁTICA
Como
a: hipotenusa
b e c: catetos
h:altura relativa à hipotenusa
m e n: projeções ortogonais dos catetos sobre a hipo-
tenusa
Relação Fundamental
Existe uma outra importante relação entre seno e cos-
seno de um ângulo. Considere o triângulo retângulo ABC.
2. O produto dos catetos é igual ao produto da hipo-
tenusa pela altura relativa à hipotenusa.
53
MATEMÁTICA
Retas Coplanares
a) Concorrentes: r e s têm um único ponto comum
-Duas retas concorrentes podem ser: Sabendo-se que EF = 36 m e que a área do lote 1 é
864 m², o perímetro do lote 2 é
1. Perpendiculares: r e s formam ângulo reto.
(A) 100 m.
(B) 108 m.
2. Oblíquas:r e s não são perpendiculares. (C) 112 m.
(D) 116 m.
(E) 120 m.
54
MATEMÁTICA
Considerando que o diâmetro de cada disco é 8, o 06. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária
comprimento da cinta acima representada é - MSCONCURSOS/2017) O triângulo retângulo em B, a
(A) 8/3 π + 8 . seguir, de vértices A, B e C, representa uma praça de uma
(B) 8/3 π + 24. cidade. Qual é a área dessa praça?
(C) 8π + 8 .
(D) 8π + 24.
(E) 16π + 24.
55
MATEMÁTICA
09. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Supervi- 12. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária –
sor – FGV/2017) O proprietário de um terreno retangular MSCONCURSOS/2017) Fábio precisa comprar arame para
resolveu cercá-lo e, para isso, comprou 26 estacas de ma- cercar um terreno no formato a seguir, retângulo em B e C.
deira. Colocou uma estaca em cada um dos quatro cantos Considerando que ele dará duas voltas com o arame no ter-
do terreno e as demais igualmente espaçadas, de 3 em 3 reno e que não terá perdas, quantos metros ele irá gastar?
metros, ao longo dos quatro lados do terreno. (considere √3 =1,7; sen30º=0,5; cos30º=0,85; tg30º=0,57).
O número de estacas em cada um dos lados maiores
do terreno, incluindo os dois dos cantos, é o dobro do nú-
mero de estacas em cada um dos lados menores, também
incluindo os dois dos cantos.
A área do terreno em metros quadrados é:
(A) 240;
(B) 256;
(C) 324; (A) 64,2 m
(D) 330; (B) 46,2 m
(E) 372. (C) 92,4 m
(D) 128,4 m
10. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário- VU-
NESP/2017) A figura seguinte, cujas dimensões estão in-
dicadas em metros, mostra as regiões R1 e R2 , ambas com
formato de triângulos retângulos, situadas em uma praça
e destinadas a atividades de recreação infantil para faixas
etárias distintas.
Respostas
01. Resposta: D.
(A) 54.
(B) 48.
(C) 36.
(D) 40.
(E) 42.
(A) 1
(B) sen²x
(C) cos²x
(D) 0
96h=1728
H=18
56
MATEMÁTICA
A sombreada=100-25π
05. Resposta: C.
CQ é hipotenusa do triângulo GQC.
01. CQ²=10²+5²
CQ²=100+25
CQ²=125
CQ=5√5
A área do quadrilátero seria CQ⋅BC
A=5√5⋅10=50√5
Lado=3√2
Outro lado =5√2 06. Resposta: C
Para saber a área, primeiro precisamos descobrir o x.
03. Resposta: D.
17²=x²+8²
Observe o triângulo do meio, cada lado é exatamente 289=x²+64
a mesma medida da parte reta da cinta. X²=225
Que é igual a 2 raios, ou um diâmetro, portanto o lado X=15
esticado tem 8x3=24 m
A parte do círculo é igual a 120°, pois é 1/3 do círculo, 07. Resposta: A.
como são três partes, é a mesma medida de um círculo.
O comprimento do círculo é dado por: 2πr=8π
Portanto, a cinta tem 8π+24
5y=320
04. Resposta: E.
Y=64
Como o quadrado tem lado 10,a área é 100.
5x=400
X=80
08. Resposta: B.
108/4=27m²
6x=27
X=27/6
O perímetro seria
57
MATEMÁTICA
09. Resposta: C.
Número de estacas: x
X+x+2x+2x-4=26 obs: -4 é porque estamos contan-
do duas vezes o canto
6x=30
X=5 X=6
Temos 5 estacas no lado menor, como são espaçadas
a cada 3m
4 espaços de 3m=12m
Lado maior 10 estacas
9 espaços de 3 metros=27m
A=12⋅27=324 m²
Y=10,2
10. Resposta: B. 2 voltas=2(12+18+10,2+6+18)=128,4m
Cilindros
Considere dois planos, α e β, paralelos, um círculo de
centro O contido num deles, e uma reta s concorrente com
os dois.
Chamamos cilindro o sólido determinado pela reunião
9x=108 de todos os segmentos paralelos a s, com extremidades no
X=12 círculo e no outro plano.
Classificação
Y²=16²+12² Reto: Um cilindro se diz reto ou de revolução quando
Y²=256+144=400 as geratrizes são perpendiculares às bases.
Y=20 Quando a altura é igual a 2R(raio da base) o cilindro é
equilátero.
Perímetro: 16+12+20=48 Oblíquo: faces laterais oblíquas ao plano da base.
11. Resposta: C.
1-cos²x=sen²x
58
MATEMÁTICA
Volume Pirâmides
As pirâmides são também classificadas quanto ao nú-
mero de lados da base.
Cones
Na figura, temos um plano α, um círculo contido em α,
um ponto V que não pertence ao plano.
A figura geométrica formada pela reunião de todos os
segmentos de reta que tem uma extremidade no ponto V
e a outra num ponto do círculo denomina-se cone circular.
Área e Volume
Área lateral:
Onde n= quantidade de lados
Classificação Prismas
-Reto:eixo VO perpendicular à base; Considere dois planos α e β paralelos, um polígono R
Pode ser obtido pela rotação de um triângulo retângu- contido em α e uma reta r concorrente aos dois.
lo em torno de um de seus catetos. Por isso o cone reto é
também chamado de cone de revolução.
Quando a geratriz de um cone reto é 2R, esse cone é
denominado cone equilátero.
Área
Área lateral:
Área da base:
Área total:
Volume
59
MATEMÁTICA
Classificação
Área
Área cubo:
Área paralelepípedo:
A área de um prisma:
-Triangular Onde: St=área total
Sb=área da base
Sl=área lateral, soma-se todas as áreas das faces late-
-Quadrangular rais.
Volume
Paralelepípedo:V=a.b.c
Cubo:V=a³
Demais:
QUESTÕES
60
MATEMÁTICA
02. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária – 05. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE-
MSCONCURSOS/2017) Qual é o volume de uma lata de GO/2017) Frederico comprou um aquário em formato de
óleo perfeitamente cilíndrica, cujo diâmetro é 8 cm e a al- paralelepípedo, contendo as seguintes dimensões:
tura é 20 cm? (use π=3)
(A) 3,84 l
(B) 96 ml
(C) 384 ml
(D) 960 ml
61
MATEMÁTICA
Para completar o volume total desse recipiente, serão 10. (PREF. DE ITAPEMA/SC – Técnico Contábil – MS-
despejados dentro dele vários copos de água, com 200 mL CONCURSOS/2016) O volume de um cone circular reto,
cada um. O número de copos totalmente cheios necessá- cuja altura é 39 cm, é 30% maior do que o volume de um
rios para completar o volume total do prisma será: cilindro circular reto. Sabendo que o raio da base do cone
(A) 8 copos é o triplo do raio da base do cilindro, a altura do cilindro é:
(B) 9 copos (A) 9 cm
(C) 10 copos (B) 30 cm
(D) 12 copos (C) 60 cm
(E) 15 copos (D) 90 cm
Volume cilindro=πr²h
05. Resposta: C.
V=20⋅15⋅20=6000cm³=6000ml==6 litros
06. Resposta:C.
VA=125cm³
62
MATEMÁTICA
Forma abreviada
A matriz A é dada por (aij)m x n e por uma lei que fornece
aij em função de i e j.
A=(aij)2 x 2, onde aij=2i+j
09. Resposta: E.
V=2,5⋅2⋅1=5m³
Como foi retirado 3m³
5+3=2,5⋅2⋅h
8=5h
H=1,6m
Matriz linha
Diagonais
Diagonal principal é a sequência tais que i=j, ou seja,
(a11, a22, a33,..)
Diagonal secundária é a sequência dos elementos tais
que i+j=n+1, ou seja, (a1n, a2 n-1,...)
63
MATEMÁTICA
portanto
Propriedades da adição
Comutativa: A + B = B + A
Matriz diagonal Associativa: (A + B) + C = A + (B + C)
Elemento neutro: A + O = O + A = A
Uma matriz quadrada de ordem n(n>1) é chamada de Elemento Oposto: A + (-A) = (-A) + A = O
matriz diagonal se, e somente se, todos os elementos que Transposta da soma: (A + B)t = At + Bt
não pertencem à diagonal principal são iguais a zero.
Subtração de matrizes
Adição de Matrizes
64
MATEMÁTICA
Exemplo: Regra 2
Determine a matriz inversa de A.
Solução
Seja
detA= a11 a22 a33 + a12 a23 a31 + a32 a21 a13 - a31 a22 a13 -a12
a21 a33 - a32 a23 a11
Logo,
Determinante
Dada uma matriz quadrada, chama-se determinante o
número real a ela associado.
a1 x + b1 y = c1
a2 + b2 y = c2
65
MATEMÁTICA
Sistema 3x3
Matriz incompleta A primeira equação tem três coeficientes não-nulos, a
segunda tem dois e a terceira, apenas um.
Sistema 2x3
Classificação
3. Sistema Impossível
66
MATEMÁTICA
Quando o sistema linear apresenta nº de equações Substituindo esse valor de y na 1ª equação de (*) e
igual ao nº de incógnitas, para discutirmos o sistema, ini-
cialmente calculamos o determinante D da matriz dos coe- considerando a matriz , cujo determinante é
ficientes (incompleta), e:
- Se D ≠ 0, o sistema é possível e determinado. indicado por Dx = ed – bf, obtemos , D ≠ 0.
- Se D = 0, o sistema é possível e indeterminado ou
impossível.
QUESTÕES
Para identificarmos se o sistema é possível, indetermi-
nado ou impossível, devemos conseguir um sistema esca- 01. (POLICIA CIENTÍFICA – Perito Criminal –
lonado equivalente pelo método de eliminação de Gauss. IBFC/2017)
Dadas a matriz e a
Exemplos
matriz , assinale a alternativa que apre-
- Discutir, em função de a, o sistema: senta a matriz C que representa a soma da matriz A e B, ou
seja, C = A + B:
x + 3 y = 5
2 x + ay = 1
Resolução
1 3
D= = a−6
2 a
D = 0⇒ a−6 = 0⇒ a = 6
02. (POLICIA CIENTÍFICA – Perito Criminal –
Assim, para a ≠ 6, o sistema é possível e determinado. IBFC/2017)
Para a ≠ 6, temos:
Dadas a matriz e a matriz ,
x + 3 y = 5
assinale a alternativa que apresenta a matriz C que repre-
x + 3 y = 5 senta a subtração da matriz A e B, ou seja, C = A - B.
2 x + 6 y = 1 ~
← −2 0 x + 0 y = −9
Regra de Cramer
Consideramos os sistema .
03. (POLICIA CIENTÍFICA – Perito Criminal –
Suponhamos que a ≠ 0. Observamos que a matriz in IBFC/2017)
67
MATEMÁTICA
(A) A + B = 20
. (B) A - 3B2 = -51
(C) √2A + 1- 5 = -2
A matriz A-B é igual a (D) A/B +1 =23
(E) 3A -2B + 9 = 25
Dada a matriz
06. (PREF. DE ITAPEMA/SC – Técnico Contábil – MS- 10. (PREF. DE SANTO ANDRÉ – Assistente Econômi-
CONCURSOS/2016) Sabendo que o determinante da co Financeiro – IBAM/2015) Considere as seguintes ma-
trizes:
68
MATEMÁTICA
é: detB=0+40-y-0-12y+6=72
-13y=26
(A) S={(0,2,-5)} Y=-2
(B) S={(1,4,1)}
(C) S={(4,0,6)} X²-2xy+y²=0²-0+4=4
(D) S={(3/2 ,6, -7/2)}
(E) Sistema sem solução. 06. Resposta: A.
Observe a primeira coluna: foi multiplicado por 2.
12. (BRDE – Assistente Administrativo – FUNDA- Observe a segunda coluna: foi multiplicada por -1
TEC/2015) A solução do sistema linear Portanto, fazemos as mesmas operações com o deter-
minante: 10.2.-1=-20
é: 07. Resposta: B.
Da primeira matriz, para fazer o determinante, basta
(A) S={(4, ¼)} multiplicar os números da diagonal principal:
(B) S={(3, 3/2 )} detA=-1⋅3⋅2⋅-4=24
(C) S={(3/2 ,3 )}
(D) S={(3,− 3/2 )} A matriz B, devemos multiplicar os números da dia-
(E) S={(1,3/2 )} gonal secundária e multiplicar ainda por -1(pois, quando
fazemos determinante, sempre colocamos o menos antes
13. (SEDUC/PI – Professor – Matemática – NUCE- de fazer a diagonal secundária)
PE/2015) O sistema linear detB=-(-1/2⋅1⋅10⋅-1)=-5
Fazendo por alternativa:
A-A+B=20
24-5=20
é possível e indeterminado se: 19=20(F)
09. Resposta: D.
02. Resposta: E.
03. Resposta: E.
10. Resposta: A.
04. Resposta: A.
69
MATEMÁTICA
m=1/2
a+2=9
a=7
(n-4+9)-(-3+6+2n)=0
11. Resposta: D. n+5-2n-3=0
Da II equação tiramos: -n=-2
X=5+z n=2
Da III equação:
Y=13+2z
SEQUÊNCIAS, PROGRESSÃO
Substituindo na I ARITMÉTICA E GEOMÉTRICA
5+z+2(13+2z)+z=10
5+z+26+4z+z=10
6z=10-31
6z=-21 Sequências
Z=-21/6 Sempre que estabelecemos uma ordem para os ele-
Z=-7/2 mentos de um conjunto, de tal forma que cada elemento
seja associado a uma posição, temos uma sequência.
X=5+z O primeiro termo da sequência é indicado por a1,o se-
gundo por a2, e o n-ésimo por an.
Progressão Aritmética
Denomina-se progressão aritmética(PA) a sequência
em que cada termo, a partir do segundo, é obtido adicio-
nando-se uma constante r ao termo anterior. Essa constan-
te r chama-se razão da PA.
-x+28y=3
-x+7=3
-x=3-7
X=4 Classificação
As progressões aritméticas podem ser classificadas de
13. Resposta: D. acordo com o valor da razão r.
Para ser possível e indeterminado, D=Dx=Dy=Dz=0 r<0, PA decrescente
r>0, PA crescente
r=0 PA constante
70
MATEMÁTICA
Termo Geral da PA
Podemos escrever os elementos da PA(a1, a2, a3, ..., an,...)
da seguinte forma:
Assim sendo:
Observe que cada termo é obtido adicionando-se ao O primeiro termo desta sucessão é igual a -14.
primeiro número de razões r igual à posição do termo me-
nos uma unidade. Progressão Geométrica
Denomina-se progressão geométrica(PG) a sequência
em que se obtém cada termo, a partir do segundo, multi-
Soma dos Termos de uma Progressão Aritmética plicando o anterior por uma constante q, chamada razão
Considerando a PA finita (6,10, 14, 18, 22, 26, 30, 34). da PG.
6 e 34 são extremos, cuja soma é 40 Exemplo
Dada a sequência: (4, 8, 16)
Sabemos também que a soma de dois termos equidis- Portanto, o termo geral é:
tantes dos extremos de uma P.A. finita é igual à soma dos
seus extremos. Como esta P.A. tem um número ímpar de
termos, então o termo central tem exatamente o valor de
metade da soma dos extremos.
71
MATEMÁTICA
(A)2014;
Soma dos Termos de uma Progressão Geométrica (B) 2016;
Infinita (C) 2018;
1º Caso:-1<q<1 (D) 2020;
(E) 2022.
Quando a PG infinita possui soma finita, dizemos que a
série é convergente. 04. (FCEP – Técnico Artístico – AMAUC/2017) Consi-
dere a equação do 1º grau: 2(x - 2) = 3(x/3 + 4) . A raiz da
2º Caso: equação é o segundo termo de uma Progressão Aritmética
A PG infinita não possui soma finita, dizemos que a sé- (P.A.). O primeiro termo da P.A. corresponde aos 3/4 da raiz
rie é divergente da equação. O valor do décimo termo da P.A. é:
(A) 48
3º Caso: (B) 36
Também não possui soma finita, portanto divergente (C) 32
(D) 28
Produto dos termos de uma PG finita (E) 24
72
MATEMÁTICA
04. Resposta: A.
Raiz da equação:
2x-4=x+12
X=16 é 0 segundo termo da PA
Primeiro termo:
73
MATEMÁTICA
PA
(12,16,...) PORCENTAGEM
R=16-12=4
=48
Porcentagem é uma fração cujo denominador é 100,
05. Resposta: E.
seu símbolo é (%). Sua utilização está tão disseminada que
a encontramos nos meios de comunicação, nas estatísticas,
em máquinas de calcular, etc.
A1=374-320
Os acréscimos e os descontos é importante saber por-
A1=54
que ajuda muito na resolução do exercício.
06. Resposta: B.
Acréscimo
Observe os números em negrito:
Se, por exemplo, há um acréscimo de 10% a um deter-
9, 11, 13, 15,...
minado valor, podemos calcular o novo valor apenas multi-
São os números ímpares, a partir do 9 e a cada 5 nú-
plicando esse valor por 1,10, que é o fator de multiplicação.
meros.
Se o acréscimo for de 20%, multiplicamos por 1,20, e assim
Ou seja, o 9 está na posição 5
por diante. Veja a tabela abaixo:
O 11 está na posição 10 e assim por diante.
O 19º termo, já temos na sequência que é o 14
Seguindo os termos: Acréscimo ou Lucro Fator de
25º termo é o 17 Multiplicação
30º termo é 19 10% 1,10
Como o número seguinte a esses, abaixa duas unida-
des 15% 1,15
O 31º termo é o 17. 20% 1,20
14+17=31
47% 1,47
07. Resposta: D. 67% 1,67
Observe a razão: 29-23=6
A83=a1+82r Exemplo: Aumentando 10% no valor de R$10,00 te-
A83=23+82⋅6 mos:
A83=23+492
A83=515
74
MATEMÁTICA
Chamamos de lucro em uma transação comercial de 02. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) A equipe de
compra e venda a diferença entre o preço de venda e o segurança de um Tribunal conseguia resolver mensalmen-
preço de custo. te cerca de 35% das ocorrências de dano ao patrimônio
Lucro=preço de venda -preço de custo nas cercanias desse prédio, identificando os criminosos e
os encaminhando às autoridades competentes. Após uma
Podemos expressar o lucro na forma de porcentagem reestruturação dos procedimentos de segurança, a mes-
de duas formas: ma equipe conseguiu aumentar o percentual de resolução
mensal de ocorrências desse tipo de crime para cerca de
63%. De acordo com esses dados, com tal reestruturação,
a equipe de segurança aumentou sua eficácia no combate
ao dano ao patrimônio em
(A) 35%.
(B) 28%.
(C) 63%.
(DPE/RR – Analista de Sistemas – FCC/2015) Em sala (D) 41%.
de aula com 25 alunos e 20 alunas, 60% desse total está (E) 80%.
com gripe. Se x% das meninas dessa sala estão com gripe,
o menor valor possível para x é igual a 03. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) Três ir-
(A) 8. mãos, André, Beatriz e Clarice, receberam de uma tia he-
(B) 15. rança constituída pelas seguintes joias: um bracelete de
(C) 10. ouro, um colar de pérolas e um par de brincos de diamante.
(D) 6. A tia especificou em testamento que as joias não deveriam
(E) 12. ser vendidas antes da partilha e que cada um deveria ficar
com uma delas, mas não especificou qual deveria ser dada
Resolução a quem. O justo, pensaram os irmãos, seria que cada um
45------100% recebesse cerca de 33,3% da herança, mas eles achavam
X-------60% que as joias tinham valores diferentes entre si e, além disso,
X=27 tinham diferentes opiniões sobre seus valores. Então, deci-
O menor número de meninas possíveis para ter gripe diram fazer a partilha do seguinte modo:
é se todos os meninos estiverem gripados, assim apenas 2 − Inicialmente, sem que os demais vissem, cada um
meninas estão. deveria escrever em um papel três porcentagens, indican-
do sua avaliação sobre o valor de cada joia com relação ao
valor total da herança.
− A seguir, todos deveriam mostrar aos demais suas
Resposta: C. avaliações.
− Uma partilha seria considerada boa se cada um deles
recebesse uma joia que avaliou como valendo 33,3% da
QUESTÕES herança toda ou mais.
As avaliações de cada um dos irmãos a respeito das
01. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária joias foi a seguinte:
- MSCONCURSOS/2017) Um aparelho de televisão que
custa R$1600,00 estava sendo vendido, numa liquidação,
com um desconto de 40%. Marta queria comprar essa te-
levisão, porém não tinha condições de pagar à vista, e o
vendedor propôs que ela desse um cheque para 15 dias,
pagando 10% de juros sobre o valor da venda na liquida-
ção. Ela aceitou e pagou pela televisão o valor de: Assim, uma partilha boa seria se André, Beatriz e Clari-
(A) R$1120,00 ce recebessem, respectivamente,
(B) R$1056,00 (A) o bracelete, os brincos e o colar.
(C) R$960,00 (B) os brincos, o colar e o bracelete.
(D) R$864,00 (C) o colar, o bracelete e os brincos.
(D) o bracelete, o colar e os brincos.
(E) o colar, os brincos e o bracelete.
75
MATEMÁTICA
04. (UTFPR – Técnico de Tecnologia da Informação 08. (CRM/MG – Técnico em Informática- FUN-
– UTFPR/2017) Um retângulo de medidas desconhecidas DEP/2017) Veja, a seguir, a oferta da loja Magazine Bom
foi alterado. Seu comprimento foi reduzido e passou a ser Preço:
2/ 3 do comprimento original e sua largura foi reduzida e
passou a ser 3/ 4 da largura original. Aproveite a Promoção!
Pode-se afirmar que, em relação à área do retângulo Forno Micro-ondas
original, a área do novo retângulo: De R$ 720,00
(A) foi aumentada em 50%. Por apenas R$ 504,00
(B) foi reduzida em 50%.
(C) aumentou em 25%. Nessa oferta, o desconto é de:
(D) diminuiu 25%. (A) 70%.
(E) foi reduzida a 15%. (B) 50%.
(C) 30%.
05. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE- (D) 10%.
GO/2017) Paulo, dono de uma livraria, adquiriu em uma
editora um lote de apostilas para concursos, cujo valor uni- 09 (CODAR – Recepcionista – EXATUS/2016) Consi-
tário original é de R$ 60,00. Por ter cadastro no referido dere que uma caixa de bombom custava, em novembro, R$
estabelecimento, ele recebeu 30% de desconto na compra. 8,60 e passou a custar, em dezembro, R$ 10,75. O aumento
Para revender os materiais, Paulo decidiu acrescentar 30% no preço dessa caixa de bombom foi de:
sobre o valor que pagou por cada apostila. Nestas condi- (A) 30%.
ções, qual será o lucro obtido por unidade? (B) 25%.
(A) R$ 4,20. (C) 20%.
(B) R$ 5,46. (D) 15%
(C) R$ 10,70.
(D) R$ 12,60. 10. (ANP – Técnico em Regulação de Petróleo e De-
(E) R$ 18,00. rivados – CESGRANRIO/2016) Um grande tanque estava
vazio e foi cheio de óleo após receber todo o conteúdo de
06. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE- 12 tanques menores, idênticos e cheios.
GO/2017) Joana foi fazer compras. Encontrou um vestido Se a capacidade de cada tanque menor fosse 50% maior
de R$ 150,00 reais. Descobriu que se pagasse à vista teria do que a sua capacidade original, o grande tanque seria
um desconto de 35%. Depois de muito pensar, Joana pa- cheio, sem excessos, após receber todo o conteúdo de
gou à vista o tal vestido. Quanto ela pagou? (A) 4 tanques menores
(A) R$ 120,00 reais (B) 6 tanques menores
(B) R$ 112,50 reais (C) 7 tanques menores
(C) R$ 127,50 reais (D) 8 tanques menores
(D) R$ 97,50 reais (E) 10 tanques menores
(E) R$ 90 reais
76
MATEMÁTICA
04. Resposta: B.
A=b⋅h JUROS SIMPLES E COMPOSTOS
Matemática Financeira
Portanto foi reduzida em 50%
A Matemática Financeira possui diversas aplicações
no atual sistema econômico. Algumas situações estão pre-
05. Resposta: D.
sentes no cotidiano das pessoas, como financiamentos
Como ele obteve um desconto de 30%, pagou 70% do
de casa e carros, realizações de empréstimos, compras a
valor:
crediário ou com cartão de crédito, aplicações financeiras,
60⋅0,7=42
investimentos em bolsas de valores, entre outras situações.
Ele revendeu por:
Todas as movimentações financeiras são baseadas na esti-
42⋅1,3=54,60
pulação prévia de taxas de juros. Ao realizarmos um em-
Teve um lucro de: 54,60-42=12,60
préstimo a forma de pagamento é feita através de presta-
ções mensais acrescidas de juros, isto é, o valor de quitação
06. Resposta: D.
do empréstimo é superior ao valor inicial do empréstimo. A
Como teve um desconto de 35%. Pagou 65%do vestido
essa diferença damos o nome de juros.
150⋅0,65=97,50
Capital
07. Resposta: C.
O Capital é o valor aplicado através de alguma opera-
Como a previsão para o primeiro trimestre é de 180
ção financeira. Também conhecido como: Principal, Valor
milhões e é 10% inferior, no segundo trimestre temos uma
Atual, Valor Presente ou Valor Aplicado. Em inglês usa-se
previsão de
Present Value (indicado pela tecla PV nas calculadoras fi-
180-----90%
nanceiras).
x---------100
x=200
Taxa de juros e Tempo
A taxa de juros indica qual remuneração será paga
200+180=380 milhões para o primeiro semestre
ao dinheiro emprestado, para um determinado período.
380----95
Ela vem normalmente expressa da forma percentual, em
x----100
seguida da especificação do período de tempo a que se
x=400 milhões
refere:
8 % a.a. - (a.a. significa ao ano).
Somando os dois semestres: 380+400=780 milhões
10 % a.t. - (a.t. significa ao trimestre).
780/4trimestres=195 milhões
Outra forma de apresentação da taxa de juros é a
unitária, que é igual a taxa percentual dividida por 100, sem
08. Resposta: C.
o símbolo %:
0,15 a.m. - (a.m. significa ao mês).
0,10 a.q. - (a.q. significa ao quadrimestre)
Montante
Ou seja, ele pagou 70% do produto, o desconto foi de 30%.
Também conhecido como valor acumulado é a soma
OBS: muito cuidado nesse tipo de questão, para não
do Capital Inicial com o juro produzido em determina-
errar conforme a pergunta feita.
do tempo.
Essa fórmula também será amplamente utilizada para
09. Resposta: B.
resolver questões.
8,6(1+x)=10,75
M=C+J
8,6+8,6x=10,75
M = montante
8,6x=10,75-8,6
C = capital inicial
8,6x=2,15
J = juros
X=0,25=25%
M=C+C.i.n
M=C(1+i.n)
10. Resposta: D.
50% maior quer dizer que ficou 1,5
Juros Simples
Quantidade de tanque: x
Chama-se juros simples a compensação em dinheiro
A quantidade que aumentaria deve ficar igual a 12 tan-
pelo empréstimo de um capital financeiro, a uma taxa com-
ques
binada, por um prazo determinado, produzida exclusiva-
1,5x=12
mente pelo capital inicial.
X=8
77
MATEMÁTICA
Em Juros Simples a remuneração pelo capital inicial A maioria das operações envolvendo dinheiro uti-
aplicado é diretamente proporcional ao seu valor e ao tem- liza juros compostos. Estão incluídas: compras a médio e
po de aplicação. longo prazo, compras com cartão de crédito, empréstimos
A expressão matemática utilizada para o cálculo das bancários, as aplicações financeiras usuais como Caderneta
situações envolvendo juros simples é a seguinte: de Poupança e aplicações em fundos de renda fixa, etc. Ra-
J = C i n, onde: ramente encontramos uso para o regime de juros simples:
J = juros é o caso das operações de curtíssimo prazo, e do processo
C = capital inicial de desconto simples de duplicatas.
i = taxa de juros O cálculo do montante é dado por:
n = tempo de aplicação (mês, bimestre, trimestre, se-
mestre, ano...)
Observação importante: a taxa de juros e o tempo de Exemplo
aplicação devem ser referentes a um mesmo período. Ou Calcule o juro composto que será obtido na aplicação
seja, os dois devem estar em meses, bimestres, trimestres, de R$25000,00 a 25% ao ano, durante 72 meses
semestres, anos... O que não pode ocorrer é um estar em C=25000
meses e outro em anos, ou qualquer outra combinação de i=25%aa=0,25
períodos. i=72 meses=6 anos
Dica: Essa fórmula J = C i n, lembra as letras das pala-
vras “JUROS SIMPLES” e facilita a sua memorização.
Outro ponto importante é saber que essa fórmula
pode ser trabalhada de várias maneiras para se obter cada
um de seus valores, ou seja, se você souber três valores,
poderá conseguir o quarto, ou seja, como exemplo se você M=C+J
souber o Juros (J), o Capital Inicial (C) e a Taxa (i), poderá J=95367,50-25000=70367,50
obter o Tempo de aplicação (n). E isso vale para qualquer
combinação.
QUESTÕES
Exemplo
Maria quer comprar uma bolsa que custa R$ 85,00 à 01. (TRE/PR – Analista Judiciário – FCC/2017) Uma
vista. Como não tinha essa quantia no momento e não geladeira está sendo vendida nas seguintes condições:
queria perder a oportunidade, aceitou a oferta da loja de − Preço à vista = R$ 1.900,00;
pagar duas prestações de R$ 45,00, uma no ato da compra − Condições a prazo = entrada de R$ 500,00 e paga-
e outra um mês depois. A taxa de juros mensal que a loja mento de uma parcela de R$ 1.484,00 após 60 dias da data
estava cobrando nessa operação era de: da compra.
(A) 5,0% A taxa de juros simples mensal cobrada na venda a
(B) 5,9% prazo é de
(C) 7,5% (A) 1,06% a.m.
(D) 10,0% (B) 2,96% a.m.
(E) 12,5% (C) 0,53% a.m.
Resposta Letra “e”. (D) 3,00% a.m.
(E) 6,00% a.m.
O juros incidiu somente sobre a segunda parcela, pois
a primeira foi à vista. Sendo assim, o valor devido seria 02. (FUNAPEP - Analista em Gestão Previdenciária-
R$40 (85-45) e a parcela a ser paga de R$45. -FCC/2017) João emprestou a quantia de R$ 23.500,00 a
Aplicando a fórmula M = C + J: seu filho Roberto. Trataram que Roberto pagaria juros sim-
45 = 40 + J ples de 4% ao ano. Roberto pagou esse empréstimo para
J=5 seu pai após 3 anos. O valor total dos juros pagos por Ro-
Aplicando a outra fórmula J = C i n: berto foi
5 = 40 X i X 1 (A) 3.410,00.
i = 0,125 = 12,5% (B) R$ 2.820,00.
(C) R$ 2.640,00.
Juros Compostos (D) R$ 3.120,00.
o juro de cada intervalo de tempo é calculado a partir (E) R$ 1.880,00.
do saldo no início de correspondente intervalo. Ou seja: o
juro de cada intervalo de tempo é incorporado ao capital
inicial e passa a render juros também.
78
MATEMÁTICA
79
MATEMÁTICA
80
MATEMÁTICA
Taxa Nominal
A taxa nominal de juros relativa a uma operação finan- iq = 0,009489 a.m ou iq = 0,949 % a.m.
ceira pode ser calculada pela expressão:
Taxa nominal = Juros pagos / Valor nominal do emprés- 3) Cálculo do montante pedido, utilizando a taxa efe-
timo tiva mensal
81
MATEMÁTICA
82
MATEMÁTICA
1
Amortiza- Saldo de- 3.000,00 32.353,04 35.353,04 67.646,96
n Juros Prestação
ção vedor
2
2.029,41 33.323,63 35.353,04 34.323,33
0 - - -
100.000,00
3 -
1.029,71 34.323,33 35.353,04
1 - -
3.000,00 103.000,00
83
MATEMÁTICA
1 67.156,81
3.000,00 32.843,19 35.843,19
2 33.828,32
2.014,70 33.328,49 35.343,19
3 -
1.014,87 33.828,32 34.843,19
Sistema Alemão
Neste caso, a dívida é liquidada também em prestações iguais, exceto a primeira, onde no ato do empréstimo (momen-
to “zero”) já é feita uma cobrança dos juros da operação. As prestações, a primeira amortização e as seguintes são definidas
pelas três seguintes fórmulas:
PMT = _ Vp.i _
1- (1+i)n
PMT = valor da prestação
VP = valor inicial do empréstimo
i = taxa de juros
n = período
An = An-1 _
(1- i)
An = amortizações posteriores (2º, 3º, 4º, ...)
An-1 = amortização anterior
i = taxa de juros
n = período
84
MATEMÁTICA
Exemplo:
Um empréstimo de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) a ser pago em 12 meses, a uma taxa de juros de 1% ao mês
(em juros simples). Aplicando a fórmula para obtenção do valor da amortização, iremos obter um valor igual a R$ 10.000,00
(dez mil reais). Essa fórmula é o valor do empréstimo solicitado divido pelo período, sendo nesse caso: R$ 120.000,00 / 12
meses = R$ 10.000,00. Logo, a tabela SAC fica:
Saldo
Nº Pres- Presta- Amortiza-
Juros Deve-
tação ção ção
dor
0 120000
1 11200 1200 10000 110000
2 11100 1100 10000 100000
3 11000 1000 10000 90000
4 10900 900 10000 80000
5 10800 800 10000 70000
6 10700 700 10000 60000
7 10600 600 10000 50000
8 10500 500 10000 40000
9 10400 400 10000 30000
10 10300 300 10000 20000
11 10200 200 10000 10000
12 10100 100 10000 0
85
MATEMÁTICA
Note que o juro é sempre 10% do saldo devedor do mês anterior, já a prestação é a soma da amortização e o juro.
Sendo assim, o juro é decrescente e diminui sempre na mesma quantidade, R$ 100,00. O mesmo comportamento tem as
prestações. A soma das prestações é de R$ 127.800,00, gerando juros de R$ 7.800,00.
Outra coisa a se observar é que as parcelas e juros diminuem em progressão aritmética (PA) de r=100.
Sistema Americano
O tomador do empréstimo paga os juros mensalmente e o principal, em um único pagamento final.
As várias formas de amortização utilizadas pelo mercado brasileiro, em sua maioria, consideram o regime de capitali-
zação por juros compostos. A comparação entre estas, por meio do VPL (vide item 6.2), demonstra que o custo entre elas
se equivale. Vejam: no nosso exemplo, todos, exceto no sistema alemão, os juros efetivos cobrados foram de 3% ao mês
(regime de juros compostos) ou 9,27% no acumulado dos três meses.
86
MATEMÁTICA
OBS: tabela com as prestações dos sistemas anteriores, descontada da taxa ( juros compostos) de 3% ao mês.
Considerando o custo de oportunidade de 2% ao mês, isto é, abaixo do valor do empréstimo, teríamos a tabela abaixo.
Isso seria uma situação mais comum: juros do empréstimo mais caro que uma aplicação no mercado. Neste caso, quanto
menor (em módulo) o VPL, melhor para o tomador do empréstimo, ou seja, o sistema SAC seria o melhor sob o ponto de
vista financeiro.
OBS: tabela com as prestações dos sistemas anteriores, descontada da taxa ( juros compostos) de 2% ao mês.
Outra situação seria considerarmos um empréstimo com taxa de juros abaixo do mercado. Neste exemplo a seguir,
teremos como custo de oportunidade a taxa de 4% ao mês. Isso, na vida real, não será comum: juros do empréstimo mais
barato do que uma aplicação no mercado. Assim, como no exemplo anterior, quanto maior o VPL, melhor para o tomador
do empréstimo, ou seja, o sistema de pagamento único, sob o ponto de vista financeiro, é o melhor, como no caso abaixo.
OBS: tabela com as prestações dos sistemas anteriores, descontada da taxa ( juros compostos) de 4% ao mês.
Referências
Passei Direto. Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/1599335/exercicios_matematica_finaceiraexercicios_
matematica_finaceiraNos juros compostos:
M = C (1+i)n
M = montante
C = capital inicial
i = taxa de juros
n = período
87
MATEMÁTICA
Saldo deve-
n Juros Amortização Prestação
dor
0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 - - 103.000,00
2 3.000,00 - - 106.000,00
3 3.000,00 100.000,00 109.000,00 -
Foi elaborado para apresentar pagamentos iguais ao longo do período do desembolso das prestações. A fórmula para
encontrarmos a prestação é dada a seguir:
PMT = VP . _i.(1+i)n_
(1+i)n -1
A fórmula foi desenvolvida, considerando-se apenas a capitalização por juros compostos. O resultado é listado a seguir:
É a média aritmética das prestações calculadas nas duas formas anteriores (SAC e Price). É encontrado pela fórmula:
88
MATEMÁTICA
Sistema Alemão
Neste caso, a dívida é liquidada também em prestações iguais, exceto a primeira, onde no ato do empréstimo (momen-
to “zero”) já é feita uma cobrança dos juros da operação. As prestações, a primeira amortização e as seguintes são definidas
pelas três seguintes fórmulas:
PMT = _ Vp.i _
1- (1+i)n
PMT = valor da prestação
VP = valor inicial do empréstimo
i = taxa de juros
n = período
An = An-1 _
(1- i)
An = amortizações posteriores (2º, 3º, 4º, ...)
An-1 = amortização anterior
i = taxa de juros
n = período
89
MATEMÁTICA
Exemplo:
Um empréstimo de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) a ser pago em 12 meses, a uma taxa de juros de 1% ao mês
(em juros simples). Aplicando a fórmula para obtenção do valor da amortização, iremos obter um valor igual a R$ 10.000,00
(dez mil reais). Essa fórmula é o valor do empréstimo solicitado divido pelo período, sendo nesse caso: R$ 120.000,00 / 12
meses = R$ 10.000,00. Logo, a tabela SAC fica:
Saldo
Nº Prestação Prestação Juros Amortização
Devedor
0 120000
1 11200 1200 10000 110000
2 11100 1100 10000 100000
3 11000 1000 10000 90000
4 10900 900 10000 80000
5 10800 800 10000 70000
6 10700 700 10000 60000
7 10600 600 10000 50000
8 10500 500 10000 40000
9 10400 400 10000 30000
10 10300 300 10000 20000
11 10200 200 10000 10000
12 10100 100 10000 0
Note que o juro é sempre 10% do saldo devedor do mês anterior, já a prestação é a soma da amortização e o juro.
Sendo assim, o juro é decrescente e diminui sempre na mesma quantidade, R$ 100,00. O mesmo comportamento tem as
prestações. A soma das prestações é de R$ 127.800,00, gerando juros de R$ 7.800,00.
Outra coisa a se observar é que as parcelas e juros diminuem em progressão aritmética (PA) de r=100.
Sistema Americano
O tomador do empréstimo paga os juros mensalmente e o principal, em um único pagamento final.
90
MATEMÁTICA
91
MATEMÁTICA
Concessionária 2
92
MATEMÁTICA
09. Resposta: B.
93
MATEMÁTICA
Distribuição de probabilidades.
Distribuição de Poisson é a curva matemática usada na simulação de resultados para representar a probabilidade de
que determinado evento ocorra, quando a probabilidade média é conhecida. Representa a distribuição de probabilidade de
uma variável aleatória que registra o número de ocorrências sobre um intervalo de tempo ou espaço específicos.
n = nº de provas
x = nº de sucessos nas n provas
p = probabilidade de sucesso em cada prova
q = probabilidade de insucesso em cada prova (q = 1 – p)
Função de probabilidade.
As probabilidades são calculadas dividindo-se o número de resultados favoráveis pelo número de resultados possí-
veis, ou seja:
P = n(E)
n(Ω)
P = 1
6
P = 0,1666…
P = 16,6%
Função densidade de probabilidade, também conhecida como Distribuição De-Moivre-Laplace-Gauss, foiu desenvol-
vida entre os séculos XVIII e XIX para descrever erros de medidas físicas. Todo processo de mensuração pode estar sujeito a
erros, por características não identificadas. Esta função é a curva conhecida também como distribuição normal ou gaussina,
sua grande utilidade se dá ao fato de que aproxima ao máximo possível as curvas de freqüências das medidas físicas.
94
MATEMÁTICA
Esperança e momentos.
O conceito de Esperança ou Valor Esperado de uma variável aleatória X, ou a média é tão antigo quanto o próprio
conceito de probabilidade. Na verdade, é até possível dedefinir probabilidade em termos de esperança, mas esta não é uma
maneira comum de se apresentar a teoria. Existem quatro tipos de interpretações da Esperança:
1. Parâmetro m de uma medida de probabilidade, função de distribuição, ou função probabilidade de massa, também
conhecido como média.
2. Um operador linear em um conjunto de variáveis aleatórias que retorna um valor típico da variável aleatória inter-
pretado como uma medida de localização da variável aleatória.
3. média do resultado de repetidos experimentos independentes no longo prazo.
4. preço justo de um jogo com pagamentos descritos por X.
Caso Discreto Vamos motivar definição de esperança considerando o cálculo do resultado médio de 1000 lançamentos
de um dado. Uma maneira de calcular este resultado médio seria somar todos os resultados e dividir por 1000. Uma ma-
neira alternativa seria calcular a fração p(k) de todos os lançamentos que tiveram resultado igual a k e calcular o resultado
médio através da soma ponderada:
1p(1) + 2p(2) + 3p(3) + 4p(4) + 5p(5) + 6p(6)
Quando o número de lançamentos se torna grande as frações de ocorrência dos resultados tendem a probabilidade de
cada resultado. Portanto, em geral dedefinimos a esperança de uma variável discreta como uma soma ponderada onde as
probabilidades são os pesos de ponderação.
Se X é uma variável aleatória discreta assumindo valores {x1, x2, x3, . . .} com probabilidade {p1, p2, p3, . . .}, respectiva-
mente, então sua esperança é dada pela fórmula:
EX = ∑ 𝑥𝑖𝑝 𝑖 + ∑ 𝑥𝑖𝑝 𝑖
𝑖:𝑥𝑖<𝑜 𝑖:𝑥𝑖 ≥𝑜
Desde que pelo menos um dos somatórios seja finito. Em caso os dois somatórios não sejam finitos, a esperança não
existe. Caso EX seja finita, diz-se que X é integrável.
Exemplo: Considere uma variável aleatória X tal que: P(X = −1) = 0.25, P(X = 0) = 0.5 e P(X = 2) = 0.25. Então, EX =
−1(0.25) + 0(0.5) + 2(0.25) = 0.25.
95
MATEMÁTICA
Aqui e são a média e o desvio padrão populacionais das medidas individuais ,e é o tamanho amostral.
Denota-se
A aproximação para a normal melhora à medida que o tamanho amostral cresce. Este resultado é conhecido como
o Teorema Central do Limite e é notável porque permite-nos conduzir alguns procedimentos de inferência sem qualquer
conhecimento da distribuição da população.
Amostras aleatórias.
Distribuições amostrais.
O problema central da inferência estatística é como fazer afirmações sobre os parâmetros de uma população a partir de
estatísticas obtidas de amostras da população. Digamos, por exemplo, que queremos tem uma idéia sobre o valor médio
µ do preço de terrenos de 500 a 1000 m2. A população formada por esses terrenos é bastante grande. Como não temos
condições de medir todos os elementos da população, decidimos tomar amostras aleatórias da população. Vamos supor
que cada amostra é formada por n elementos (terrenos). Cada amostra i terá uma médiai.
Os valores da média e do desvio padrão dos preços de uma amostra de n terrenos, i e si, dificilmente serão iguais aos
valores da média µ e do desvio padrão σ dos preços de todos os terrenos (a população).
Entretanto, se selecionarmos aleatoriamente várias amostras de tamanho n da população de terrenos, os valores da
média e do desvio padrão calculados para elas estarão distribuídos em torno dos valores verdadeiros para a população.
Pode-se, portanto, construir distribuições de freqüências para elas.
Quando tomamos todas as amostras possíveis de mesmo tamanho de uma população e calculamos uma estatística
qualquer ( ou s) para as amostras, podemos construir a distribuição de probabilidades dessa estatística. Essa distribuição é
chamada de Distribuição Amostral da Estatística.
EXERCÍCIOS
1.(EBC - Analista – Estatística – Superior - CESPE - 2011 )Julgue o item seguinte, acerca de probabilidades.
Se, em um mesmo espaço amostral S, os eventos A e B forem independentes do evento C, então, necessariamente, o
evento A∩B será independente de C.
Gabarito: Errada
Se desenharmos três círculos enfileirados com elos de interseção não vazios, com o seguinte arranjo: evento A, evento
C e evento. Observe que A∩B é vazio, ou seja, não é independente de C.
Gabarito: Errada
Se F(x) for maior que 1 não será função densidade.Parte superior do formulário
96
MATEMÁTICA
3.(ABIN – OTI – Estatística –Superior - CESPE – 2010) em cada grupo a variável estudada apresente comporta-
Sabendo que X é variável aleatória discreta que pode assu- mento diferenciado e ao mesmo tempo, dentro de cada
mir valores inteiros não negativos, julgue os próximos itens. grupo, esse procedimento seja relativamente igual. A es-
A média de X é não negativa. tratificação da amostra permitirá assim a obtenção de um
maior grau de certeza nos resultados sem necessidade de
Gabarito: Certa aumentar o número de elementos da mesma, pois garan-
Os elementos que compõem a média podem até ser tirá que todos os subgrupos estão devidamente represen-
negativos, porém, a medida da média é que não pode ser tados.
negativa.
Amostragem sistemática Neste caso, a população
4.(ABIN – OTI – Estatística – Superior - CESPE – 2010) deve ser ordenada de forma que os elementos sejam iden-
A respeito da distribuição binomial X com parâmetros n e tificados pela posição e a retirada dos elementos é feita
p, em que n $ 1 e 0 < p < 1, julgue os itens subsequentes. periodicamente.
Considere a seguinte situação hipotética.
De uma urna que contém 15 bolas brancas e 1 bola Amostragem por conglomerados é uma pratica
vermelha serão retiradas aleatoriamente 12 bolas. Em cada amostral utilizada quando há uma subdivisão da popula-
retirada, será observada a cor da bola selecionada. Se bran- ção em grupos que sejam bastante parecidos entre si, mas
ca, a bola não será devolvida à urna; se vermelha, a bola com fortes discrepâncias dentro dos grupos, de modo que
será devolvida à urna. Ao final do processo, será registrado cada um possa ser uma pequena representação da popu-
o número X de vezes que a bola vermelha foi observada lação de interesse específico; é realizada em cima dos con-
nessas doze retiradas. Em face dessa situação, é correto glomerados, e não mais sobre os indivíduos da população.
afirmar que X é uma variável aleatória com distribuição bi-
nomial com n = 12 Tamanho amostral.
O número de respostas concluídas recebidas pela sua
Gabarito: Errada pesquisa é o tamanho da sua amostra. A “amostra” repre-
A bola branca retirada não voltará mais para a urna, senta apenas parte do grupo de pessoas (ou população)
isso faz com que a probabilidade de eu retirar uma bola cujas opiniões ou comportamentos são de seu interesse.
vermelha seja alterada. Cada vez que é sorteada uma bola O tamanho da sua população é número total de pes-
branca, aumenta a probabilidade da retirada de uma bola soas no grupo que você está tentando alcançar com seu
vermelha. Sendo assim, a probabilidade do sorteio de uma questionário. Desta forma, caso esteja aplicando um ques-
bola vermelha não permanece constante, o que faz com tionário na sua empresa, o tamanho da população é o nú-
que em todas essas vezes, não haja uma distribuição bi- mero total de funcionários.
nomial. As margens de erros representam o percentual que
descrevem em que medida a resposta da sua amostra se
está mais próximo da realidade de sua população.
TÉCNICAS DE AMOSTRAGEM: AMOSTRAGEM Quanto menor for a margem de erro, mais próximo
ALEATÓRIA SIMPLES, ESTRATIFICADA, você está da resposta exata em um grau de confiança, os
SISTEMÁTICA E POR CONGLOMERADOS. padrões mais utilizados são 90%, 95% e 99%.
97
MATEMÁTICA
8∙3+8∙2+7∙3+7∙2
= 7,5
10
!
RESPOSTA: “A”.
Sabendo-se que o salário médio desses funcionários é
de R$ 1.490,00, pode-se concluir que o salário de cada um 5. (SEED/SP – ANALISTA ADMINISTRATIVO – VU-
dos dois gerentes é de NESP/2013) Em certo departamento, trabalham homens e
A) R$ 2.900,00. mulheres, sendo que nesse grupo há 10 homens a mais
B) R$ 4.200,00. que o número de mulheres. A média salarial desse depar-
C) R$ 2.100,00. tamento é de R$ 3.800,00. Entretanto, calculando separa-
D) R$ 1.900,00. damente, verifica-se que a média salarial dos homens é de
E) R$ 3.400,00. R$ 4.000,00, enquanto a média salarial das mulheres é de
R$ 3.500,00. O número de homens que trabalham nesse
2! + 8 ∙ 1700 + 10 ∙ 1200 departamento é igual a
!é!"# = A) 20.
20
B) 40.
2! + 8 ∙ 1700 + 10 ∙ 1200 C) 30.
1490 = D) 25.
20 E) 15.
!"!!"
= 3800
!!!!"
RESPOSTA: “C”.
98
LEGISLAÇÃO
Capítulo I
Do Provimento
REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS
CIVIS DA UNIÃO (LEI Nº 8.112/1990 E SUAS ALTERA-
Segundo Hely Lopes Meirelles, provimento “é o ato
ÇÕES)
pelo qual se efetua o preenchimento do cargo público,
com a designação de seu titular”, podendo ser originá-
Das Disposições Preliminares
rio ou inicial se o agente não possui vinculação anterior
com a Administração Pública; ou derivado, que pressu-
Título I
põe a existência de um vínculo com a Administração, o
Capítulo Único
qual pode ser horizontal, sem ascensão na carreira, ou
Das Disposições Preliminares
vertical, com ascensão na carreira.
Art. 1o Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servido-
Seção I
res Públicos Civis da União, das autarquias, inclusive as em
Disposições Gerais
regime especial, e das fundações públicas federais.
Art. 5o São requisitos básicos para investidura em
Art. 2o Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa
cargo público:
legalmente investida em cargo público.
I - a nacionalidade brasileira;
Nacional é o que possui vínculo político-jurídico com
Art. 3o Cargo público é o conjunto de atribuições e
um Estado, fazendo parte de seu povo na qualidade de ci-
responsabilidades previstas na estrutura organizacional
dadão.
que devem ser cometidas a um servidor.
Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos
II - o gozo dos direitos políticos;
os brasileiros, são criados por lei, com denominação pró-
Direitos políticos são os direitos garantidos ao cida-
pria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provi-
dão que envolvem sua participação direta ou indireta nas
mento em caráter efetivo ou em comissão.
decisões políticas do Estado. No Brasil, se encontram nos
artigos 14 e 15 da Constituição Federal.
Art. 4o É proibida a prestação de serviços gratuitos,
salvo os casos previstos em lei.
III - a quitação com as obrigações militares e eleito-
Por regime jurídico dos servidores deve-se entender o
rais;
conjunto de regras referentes a todos os aspectos da re-
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do
lação entre o servidor público e a Administração. Envolve
cargo;
tanto questões inerentes à ocupação do cargo quanto di-
Ensino fundamental, ensino médio ou ensino superior,
reitos e deveres, entre outras.
conforme a complexidade das funções do cargo.
Aplica-se na esfera federal, tanto para a Administração
direta quanto para a indireta.
V - a idade mínima de dezoito anos;
A lei criará o cargo público, que poderá ser efetivo,
VI - aptidão física e mental.
caso em que o ingresso se dará mediante concurso, ou em
§ 1o As atribuições do cargo podem justificar a
comissão, quando por uma relação de confiança o superior
exigência de outros requisitos estabelecidos em lei.
puder nomear seus funcionários enquanto estiver ocupan-
P. ex., 3 anos de atividade jurídica para cargos de mem-
do aquela posição de chefia.
bros do Ministério Público ou da Magistratura.
Todo serviço público será remunerado pelos cofres pú-
blicos.
§ 2o Às pessoas portadoras de deficiência é assegu-
rado o direito de se inscrever em concurso público para pro-
Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição
vimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com
e Substituição
a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão
reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas
Título II
no concurso.
Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição
Cotas para deficientes.
e Substituição
§ 3o As universidades e instituições de pesquisa
Basicamente, provimento é a ocupação do cargo
científica e tecnológica federais poderão prover seus
por uma pessoa, transformando-a em servidora públi-
cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros,
ca; enquanto vacância é o que se dá quando um cargo
de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei.
fica livre; remoção é o deslocamento do servidor; redis-
Exceção ao inciso I do art. 5°.
1
LEGISLAÇÃO
Art. 6o O provimento dos cargos públicos far-se-á valor fixado no edital, quando indispensável ao seu custeio,
mediante ato da autoridade competente de cada Poder. e ressalvadas as hipóteses de isenção nele expressamente
previstas.
Art. 7o A investidura em cargo público ocorrerá com
a posse. Art. 12. O concurso público terá validade de até 2
Por investidura entende-se a instalação formal em um (dois) anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por
cargo público, o que se dará quando a pessoa for empos- igual período.
sada. § 1o O prazo de validade do concurso e as condições
de sua realização serão fixados em edital, que será publica-
Art. 8o São formas de provimento de cargo público: do no Diário Oficial da União e em jornal diário de grande
I - nomeação; circulação.
II - promoção; § 2o Não se abrirá novo concurso enquanto houver
III e IV - (Revogados) candidato aprovado em concurso anterior com prazo de va-
V - readaptação; lidade não expirado.
VI - reversão; No concurso de provas o candidato é avaliado ape-
VII - aproveitamento; nas pelo seu desempenho nas provas, ao passo que nos
VIII - reintegração;
concursos de provas e títulos o seu currículo em toda sua
IX - recondução.
atividade profissional também é considerado.
Detalhes adiante.
O edital delimita questões como valor da taxa de ins-
crição, casos de isenção, número de vagas e prazo de va-
Seção II
Da Nomeação lidade.
2
LEGISLAÇÃO
Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que Art. 19. Os servidores cumprirão jornada de trabalho
for julgado apto física e mentalmente para o exercício do fixada em razão das atribuições pertinentes aos respectivos
cargo. cargos, respeitada a duração máxima do trabalho semanal
de quarenta horas e observados os limites mínimo e má-
Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das atribui- ximo de seis horas e oito horas diárias, respectivamente.
ções do cargo público ou da função de confiança. § 1o O ocupante de cargo em comissão ou função de
§ 1o É de quinze dias o prazo para o servidor empossa- confiança submete-se a regime de integral dedicação ao
do em cargo público entrar em exercício, contados da data serviço, observado o disposto no art. 120, podendo ser con-
da posse. vocado sempre que houver interesse da Administração.
§ 2o O servidor será exonerado do cargo ou será tor- § 2o O disposto neste artigo não se aplica a duração de
nado sem efeito o ato de sua designação para função de trabalho estabelecida em leis especiais.
confiança, se não entrar em exercício nos prazos previstos
Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado
neste artigo, observado o disposto no art. 18.
para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio
§ 3o À autoridade competente do órgão ou entidade
probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses, duran-
para onde for nomeado ou designado o servidor compete te o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de ava-
dar-lhe exercício. liação para o desempenho do cargo, observados os seguinte
§ 4o O início do exercício de função de confiança fatores:
coincidirá com a data de publicação do ato de designa- I - assiduidade;
ção, salvo quando o servidor estiver em licença ou afastado II - disciplina;
por qualquer outro motivo legal, hipótese em que recairá no III - capacidade de iniciativa;
primeiro dia útil após o término do impedimento, que não IV - produtividade;
poderá exceder a trinta dias da publicação. V - responsabilidade.
Nota-se que para as funções em confiança não há pra- § 1o 4 (quatro) meses antes de findo o período do es-
zo de 15 dias da posse, até mesmo porque ela não existe tágio probatório, será submetida à homologação da autori-
nestas funções. Então, o prazo para exercício será o do dia dade competente a avaliação do desempenho do servidor,
da publicação do ato de designação. realizada por comissão constituída para essa finalidade, de
acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da res-
Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção e o rei- pectiva carreira ou cargo, sem prejuízo da continuidade de
nício do exercício serão registrados no assentamento indi- apuração dos fatores enumerados nos incisos I a V do caput
vidual do servidor. deste artigo.
§ 2o O servidor não aprovado no estágio probatório
Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servidor
será exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo an-
apresentará ao órgão competente os elementos necessários
teriormente ocupado, observado o disposto no parágra-
ao seu assentamento individual. fo único do art. 29.
§ 3o O servidor em estágio probatório poderá exercer
Art. 17. A promoção não interrompe o tempo de quaisquer cargos de provimento em comissão ou fun-
exercício, que é contado no novo posicionamento na ções de direção, chefia ou assessoramento no órgão ou
carreira a partir da data de publicação do ato que promover entidade de lotação, e somente poderá ser cedido a outro
o servidor. órgão ou entidade para ocupar cargos de Natureza Espe-
Na promoção não há nova posse. Então, o servidor não cial, cargos de provimento em comissão do Grupo-Direção
tem 15 dias para entrar em exercício, o fazendo no dia da e Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou
publicação do ato. equivalentes.
§ 4o Ao servidor em estágio probatório somente
Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro poderão ser concedidas as licenças e os afastamentos
município em razão de ter sido removido, redistribuído, previstos nos arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim
requisitado, cedido ou posto em exercício provisório afastamento para participar de curso de formação decorren-
terá, no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de prazo, te de aprovação em concurso para outro cargo na Adminis-
contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo tração Pública Federal.
§ 5o O estágio probatório ficará suspenso durante as
desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse prazo
licenças e os afastamentos previstos nos arts. 83, 84, § 1o, 86
o tempo necessário para o deslocamento para a nova sede.
e 96, bem assim na hipótese de participação em curso de
§ 1o Na hipótese de o servidor encontrar-se em licença formação, e será retomado a partir do término do impedi-
ou afastado legalmente, o prazo a que se refere este artigo mento.
será contado a partir do término do impedimento.
§ 2o É facultado ao servidor declinar dos prazos esta- Desde a Emenda Constitucional nº 19 de 1998, a disci-
belecidos no caput. plina do estágio probatório mudou, notadamente aumen-
Se o servidor estava em exercício em outro município tando o prazo de 2 anos para 3 anos. Tendo em vista que a
e é convocado por publicação para retomar a posição su- norma constitucional prevalece sobre a lei federal, mesmo
perior tem um prazo entre 10 e 30 dias, dos quais pode que ela não tenha sido atualizada, deve-se seguir o dispos-
desistir, se quiser. to no artigo 41 da Constituição Federal:
3
LEGISLAÇÃO
Art. 41, CF. São estáveis após três anos de efetivo exer- Se o funcionário deixa de ter condições físicas ou psi-
cício os servidores nomeados para cargo de provimento cológicas para ocupar seu cargo, deverá ser readaptado
efetivo em virtude de concurso público. para cargo semelhante que não exija tais aptidões. Ex: fun-
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: cionário trabalhava como atendente numa repartição, se
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; movimentando o tempo todo e sofre um acidente, fican-
II - mediante processo administrativo em que lhe seja do paraplégico. Sua capacidade mental não ficou prejudi-
assegurada ampla defesa; cada, embora seja inconveniente ele ter que fazer tantos
III - mediante procedimento de avaliação periódica de movimentos no exercício das funções. Por isso, pode ser
desempenho, na forma de lei complementar, assegurada reconduzido para outro cargo técnico na repartição que
ampla defesa. seja mais burocrático e exija menos movimentação física,
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do como o de assistente de um superior.
servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante
da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem Seção VIII
direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou Da Reversão
posto em disponibilidade com remuneração proporcional
ao tempo de serviço. Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor
aposentado:
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade,
I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar
o servidor estável ficará em disponibilidade, com
insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou
remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu
II - no interesse da administração, desde que:
adequado aproveitamento em outro cargo. a) tenha solicitado a reversão;
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, b) a aposentadoria tenha sido voluntária;
é obrigatória a avaliação especial de desempenho por c) estável quando na atividade;
comissão instituída para essa finalidade. d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos ante-
riores à solicitação;
Seção V e) haja cargo vago.
Da Estabilidade § 1o A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo
resultante de sua transformação.
Art. 21. O servidor habilitado em concurso público e § 2o O tempo em que o servidor estiver em exercício
empossado em cargo de provimento efetivo adquirirá esta- será considerado para concessão da aposentadoria.
bilidade no serviço público ao completar 2 (dois) anos de § 3o No caso do inciso I, encontrando-se provido o
efetivo exercício. cargo, o servidor exercerá suas atribuições como exceden-
ATENÇÃO: Vale o prazo de 3 anos, conforme Constitui- te, até a ocorrência de vaga.
ção Federal (artigo 41 retrocitado). § 4o O servidor que retornar à atividade por interesse
da administração perceberá, em substituição aos proven-
Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo em tos da aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar
virtude de sentença judicial transitada em julgado ou a exercer, inclusive com as vantagens de natureza pessoal
de processo administrativo disciplinar no qual lhe seja que percebia anteriormente à aposentadoria.
assegurada ampla defesa. § 5o O servidor de que trata o inciso II somente terá
os proventos calculados com base nas regras atuais se
Seção VI permanecer pelo menos cinco anos no cargo.
Da Transferência § 6o O Poder Executivo regulamentará o disposto neste
artigo.
Art. 23. (Execução suspensa)
Art. 26. (Revogado)
Seção VII
Art. 27. Não poderá reverter o aposentado que já tiver
Da Readaptação
completado 70 (setenta) anos de idade.
Merece destaque a impossibilidade de cumulação da
Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em aposentadoria com a remuneração caso o servidor retorne
cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis às funções.
com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade
física ou mental verificada em inspeção médica. Seção IX
§ 1o Se julgado incapaz para o serviço público, o rea- Da Reintegração
daptando será aposentado.
§ 2o A readaptação será efetivada em cargo de Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor
atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, nível de estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo re-
escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese sultante de sua transformação, quando invalidada a sua
de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas atri- demissão por decisão administrativa ou judicial, com
buições como excedente, até a ocorrência de vaga. ressarcimento de todas as vantagens.
4
LEGISLAÇÃO
5
LEGISLAÇÃO
6
LEGISLAÇÃO
§ 4o É assegurada a isonomia de vencimentos para Art. 45. Salvo por imposição legal, ou mandado judicial,
cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou provento.
Poder, ou entre servidores dos três Poderes, ressalvadas as § 1º Mediante autorização do servidor, poderá haver
vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou consignação em folha de pagamento em favor de terceiros,
ao local de trabalho. a critério da administração e com reposição de custos, na
Mesmo cargo ou semelhante = mesmo vencimento. forma definida em regulamento.
§ 2º O total de consignações facultativas de que trata
§ 5o Nenhum servidor receberá remuneração inferior o § 1o não excederá a 35% (trinta e cinco por cento)
ao salário mínimo. da remuneração mensal, sendo 5% (cinco por cento)
Direito ao salário mínimo. reservados exclusivamente para: I - a amortização de
despesas contraídas por meio de cartão de crédito; ou
Art. 42. Nenhum servidor poderá perceber, mensalmen- II - a utilização com a finalidade de saque por meio do
te, a título de remuneração, importância superior à soma cartão de crédito.
dos valores percebidos como remuneração, em espécie, a Para descontos em folha, é preciso ordem judicial ou
qualquer título, no âmbito dos respectivos Poderes, pelos autorização do servidor.
Ministros de Estado, por membros do Congresso Nacional e
Ministros do Supremo Tribunal Federal. Art. 46. As reposições e indenizações ao erário, atuali-
Parágrafo único. Excluem-se do teto de remuneração as zadas até 30 de junho de 1994, serão previamente comuni-
vantagens previstas nos incisos II a VII do art. 61. cadas ao servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para
Estabelece o teto de remuneração, ou seja, o máximo pagamento, no prazo máximo de trinta dias, podendo ser
que um funcionário pode receber. Neste sentido, o art. 37, parceladas, a pedido do interessado.
XI, CF: “XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de § 1o O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao
cargos, funções e empregos públicos da administração di- correspondente a dez por cento da remuneração, provento
reta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer ou pensão.
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e § 2o Quando o pagamento indevido houver ocorrido
dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos no mês anterior ao do processamento da folha, a reposição
demais agentes políticos e os proventos, pensões ou ou- será feita imediatamente, em uma única parcela.
tra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou § 3o Na hipótese de valores recebidos em decorrência
de cumprimento a decisão liminar, a tutela antecipada ou
não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra
a sentença que venha a ser revogada ou rescindida, serão
natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em es-
eles atualizados até a data da reposição.
pécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplican-
do-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito,
Art. 47. O servidor em débito com o erário, que for de-
e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do
mitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou dispo-
Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos
nibilidade cassada, terá o prazo de sessenta dias para quitar
Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Le-
o débito.
gislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de
Parágrafo único. A não quitação do débito no prazo
Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centé-
previsto implicará sua inscrição em dívida ativa.
simos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Mi- Débito com o erário = dívida com o Estado.
nistros do Supremo Tri-bunal Federal, no âmbito do Poder
Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Art. 48. O vencimento, a remuneração e o provento não
Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos”. serão objeto de arresto, sequestro ou penhora, exceto nos ca-
sos de prestação de alimentos resultante de decisão judicial.
Art. 44. O servidor perderá:
I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem Capítulo II
motivo justificado; Das Vantagens
II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos
atrasos, ausências justificadas, ressalvadas as concessões de Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas ao ser-
que trata o art. 97, e saídas antecipadas, salvo na hipótese vidor as seguintes vantagens:
de compensação de horário, até o mês subsequente ao da I - indenizações;
ocorrência, a ser estabelecida pela chefia imediata. II - gratificações;
Parágrafo único. As faltas justificadas decorrentes de III - adicionais.
caso fortuito ou de força maior poderão ser compensadas a § 1o As indenizações não se incorporam ao vencimento
critério da chefia imediata, sendo assim consideradas como ou provento para qualquer efeito.
efetivo exercício. § 2o As gratificações e os adicionais incorporam-se ao
Somente não geram perda de remuneração as faltas vencimento ou provento, nos casos e condições indicados
justificadas e devidamente compensadas. em lei.
7
LEGISLAÇÃO
Art. 50. As vantagens pecuniárias não serão computa- Art. 56. Será concedida ajuda de custo àquele que, não
das, nem acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer sendo servidor da União, for nomeado para cargo em comis-
outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título são, com mudança de domicílio.
ou idêntico fundamento. Parágrafo único. No afastamento previsto no inciso I do
De acordo com Hely Lopes Meirelles, “o que ca- art. 93, a ajuda de custo será paga pelo órgão cessionário,
racteriza o adicional e o distingue da gratificação é ser quando cabível.
aquele que recompensa ao tempo de serviço do servi-
dor, ou uma retribuição pelo desempenho de funções Art. 57. O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de
especiais que fogem da rotina burocrática, e esta, uma custo quando, injustificadamente, não se apresentar na nova
compensação por serviços comuns executados em con- sede no prazo de 30 (trinta) dias.
dições anormais para o servidor, ou uma ajuda pessoal
em face de certas situações que agravam o orçamento Subseção II
do servidor”. Das Diárias
8
LEGISLAÇÃO
9
LEGISLAÇÃO
Parágrafo único. Lei específica estabelecerá a remunera- Art. 70. Na concessão dos adicionais de atividades pe-
ção dos cargos em comissão de que trata o inciso II do art. 9o. nosas, de insalubridade e de periculosidade, serão observa-
das as situações estabelecidas em legislação específica.
Art. 62-A. Fica transformada em Vantagem Pessoal No-
minalmente Identificada - VPNI a incorporação da retribui- Art. 71. O adicional de atividade penosa será devido
ção pelo exercício de função de direção, chefia ou assesso- aos servidores em exercício em zonas de fronteira ou em lo-
ramento, cargo de provimento em comissão ou de Natureza calidades cujas condições de vida o justifiquem, nos termos,
Especial a que se referem os arts. 3º e 10 da Lei no 8.911, de condições e limites fixados em regulamento.
11 de julho de 1994, e o art. 3o da Lei no9.624, de 2 de abril
de 1998. Art. 72. Os locais de trabalho e os servidores que ope-
Parágrafo único. A VPNI de que trata o caput deste arti- ram com Raios X ou substâncias radioativas serão mantidos
go somente estará sujeita às revisões gerais de remuneração sob controle permanente, de modo que as doses de radiação
dos servidores públicos federais. ionizante não ultrapassem o nível máximo previsto na legis-
lação própria.
Subseção II Parágrafo único. Os servidores a que se refere este arti-
Da Gratificação Natalina go serão submetidos a exames médicos a cada 6 (seis) meses.
10
LEGISLAÇÃO
II - participar de banca examinadora ou de comissão É possível impedir que o servidor tire férias por até 2
para exames orais, para análise curricular, para correção de períodos se o seu serviço for altamente necessário.
provas discursivas, para elaboração de questões de provas
ou para julgamento de recursos intentados por candidatos; Art. 78. O pagamento da remuneração das férias será
III - participar da logística de preparação e de realização efetuado até 2 (dois) dias antes do início do respectivo perío-
de concurso público envolvendo atividades de planejamento, do, observando-se o disposto no § 1o deste artigo.
coordenação, supervisão, execução e avaliação de resultado, §1° e §2°. Revogados.
quando tais atividades não estiverem incluídas entre as suas § 3o O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em
atribuições permanentes; comissão, perceberá indenização relativa ao período das
IV - participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas férias a que tiver direito e ao incompleto, na proporção
de exame vestibular ou de concurso público ou supervisionar de um doze avos por mês de efetivo exercício, ou fração
essas atividades. superior a quatorze dias.
§ 1o Os critérios de concessão e os limites da gratificação § 4o A indenização será calculada com base na
de que trata este artigo serão fixados em regulamento, remuneração do mês em que for publicado o ato
observados os seguintes parâmetros: exoneratório.
I - o valor da gratificação será calculado em horas, ob- § 5o Em caso de parcelamento, o servidor receberá o
servadas a natureza e a complexidade da atividade exercida; valor adicional previsto no inciso XVII do art. 7o da Cons-
II - a retribuição não poderá ser superior ao equivalente tituição Federal quando da utilização do primeiro período.
a 120 (cento e vinte) horas de trabalho anuais, ressalvada
situação de excepcionalidade, devidamente justificada e pre- Art. 79. O servidor que opera direta e permanentemen-
viamente aprovada pela autoridade máxima do órgão ou te com Raios X ou substâncias radioativas gozará 20 (vinte)
entidade, que poderá autorizar o acréscimo de até 120 (cen- dias consecutivos de férias, por semestre de atividade profis-
to e vinte) horas de trabalho anuais; sional, proibida em qualquer hipótese a acumulação.
III - o valor máximo da hora trabalhada corresponderá Manutenção da saúde do servidor.
aos seguintes percentuais, incidentes sobre o maior venci-
mento básico da administração pública federal: Art. 80. As férias somente poderão ser interrompidas por
a) 2,2% (dois inteiros e dois décimos por cento), em se motivo de calamidade pública, comoção interna, convoca-
tratando de atividades previstas nos incisos I e II do caput ção para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade
deste artigo; do serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou
b) 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento), em se entidade.
tratando de atividade prevista nos incisos III e IV do caput Parágrafo único. O restante do período interrompido
deste artigo. será gozado de uma só vez, observado o disposto no art. 77.
§ 2o A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso O direito individual às férias pode ser mitigado pelo
somente será paga se as atividades referidas nos incisos direito da coletividade de manutenção da paz e da ordem
do caput deste artigo forem exercidas sem prejuízo das social.
atribuições do cargo de que o servidor for titular, devendo
ser objeto de compensação de carga horária quando Capítulo IV
desempenhadas durante a jornada de trabalho, na forma Das Licenças
do § 4odo art. 98 desta Lei. Seção I
§ 3o A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso Disposições Gerais
não se incorpora ao vencimento ou salário do servidor para
qualquer efeito e não poderá ser utilizada como base de Art. 81. Conceder-se-á ao servidor licença:
cálculo para quaisquer outras vantagens, inclusive para fins I - por motivo de doença em pessoa da família;
de cálculo dos proventos da aposentadoria e das pensões. II - por motivo de afastamento do cônjuge ou com-
panheiro;
Capítulo III III - para o serviço militar;
Das Férias IV - para atividade política;
V - para capacitação;
Art. 77. O servidor fará jus a trinta dias de férias, que VI - para tratar de interesses particulares;
podem ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, no VII - para desempenho de mandato classista.
caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em Atenção aos motivos que autorizam licença, detalha-
que haja legislação específica. dos a seguir na legislação.
§ 1o Para o primeiro período aquisitivo de férias serão § 1o A licença prevista no inciso I do caput deste
exigidos 12 (doze) meses de exercício. artigo bem como cada uma de suas prorrogações serão
§ 2o É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao precedidas de exame por perícia médica oficial, observado
serviço. o disposto no art. 204 desta Lei.
§ 3o As férias poderão ser parceladas em até três § 3o É vedado o exercício de atividade remunerada
etapas, desde que assim requeridas pelo servidor, e no durante o período da licença prevista no inciso I deste
interesse da administração pública. artigo.
11
LEGISLAÇÃO
Art. 84. Poderá ser concedida licença ao servidor para Art. 91. A critério da Administração, poderão ser conce-
acompanhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado didas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não
para outro ponto do território nacional, para o exterior ou esteja em estágio probatório, licenças para o trato de as-
para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo suntos particulares pelo prazo de até três anos consecutivos,
e Legislativo. sem remuneração.
§ 1o A licença será por prazo indeterminado e sem Parágrafo único. A licença poderá ser interrompida, a
remuneração. qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do ser-
§ 2o No deslocamento de servidor cujo cônjuge ou viço.
companheiro também seja servidor público, civil ou militar,
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Seção VIII
Federal e dos Municípios, poderá haver exercício provisório
Da Licença para o Desempenho de Mandato Clas-
em órgão ou entidade da Administração Federal direta,
autárquica ou fundacional, desde que para o exercício de sista
atividade compatível com o seu cargo.
Art. 92. É assegurado ao servidor o direito à licença sem
Seção IV remuneração para o desempenho de mandato em confede-
Da Licença para o Serviço Militar ração, federação, associação de classe de âmbito nacional,
sindicato representativo da categoria ou entidade fiscali-
Art. 85. Ao servidor convocado para o serviço militar zadora da profissão ou, ainda, para participar de gerência
será concedida licença, na forma e condições previstas na ou administração em sociedade cooperativa constituída por
legislação específica. servidores públicos para prestar serviços a seus membros,
Parágrafo único. Concluído o serviço militar, o servidor observado o disposto na alínea c do inciso VIII do art. 102
terá até 30 (trinta) dias sem remuneração para reassumir o desta Lei, conforme disposto em regulamento e observados
exercício do cargo. os seguintes limites:
12
LEGISLAÇÃO
I - para entidades com até 5.000 (cinco mil) associados, contidas nos incisos I e II e §§ 1º e 2º deste artigo,
2 (dois) servidores; ficando o exercício do empregado cedido condicionado
II - para entidades com 5.001 (cinco mil e um) a 30.000 a autorização específica do Ministério do Planejamento,
(trinta mil) associados, 4 (quatro) servidores; Orçamento e Gestão, exceto nos casos de ocupação de
III - para entidades com mais de 30.000 (trinta mil) asso- cargo em comissão ou função gratificada.
ciados, 8 (oito) servidores. § 7° O Ministério do Planejamento, Orçamento e
§ 1º Somente poderão ser licenciados os servidores Gestão, com a finalidade de promover a composição da
eleitos para cargos de direção ou de representação nas força de trabalho dos órgãos e entidades da Administração
referidas entidades, desde que cadastradas no órgão Pública Federal, poderá determinar a lotação ou o exercício
competente. de empregado ou servidor, independentemente da
§ 2º A licença terá duração igual à do mandato, observância do constante no inciso I e nos §§ 1° e 2° deste
podendo ser renovada, no caso de reeleição. artigo.
Capítulo V Seção II
Dos Afastamentos
Do Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo
Seção I
Art. 94. Ao servidor investido em mandato eletivo apli-
Do Afastamento para Servir a Outro Órgão ou En-
cam-se as seguintes disposições:
tidade
I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital,
Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercí- ficará afastado do cargo;
cio em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios ou em serviço cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
social autônomo instituído pela União que exerça atividades III - investido no mandato de vereador:
de cooperação com a administração pública federal, nas se- a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as
guintes hipóteses: vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do
I - para exercício de cargo em comissão, função de con- cargo eletivo;
fiança ou, no caso de serviço social autônomo, para o exercí- b) não havendo compatibilidade de horário, será afas-
cio de cargo de direção ou de gerência; tado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remune-
II - em casos previstos em leis específicas. ração.
§ 1º Na hipótese de que trata o inciso I do caput, § 1o No caso de afastamento do cargo, o servidor
sendo a cessão para órgãos ou entidades dos Estados, contribuirá para a seguridade social como se em exercício
do Distrito Federal, dos Municípios ou para serviço social estivesse.
autônomo, o ônus da remuneração será do órgão ou da § 2o O servidor investido em mandato eletivo ou
entidade cessionária, mantido o ônus para o cedente nos classista não poderá ser removido ou redistribuído de ofício
demais casos. para localidade diversa daquela onde exerce o mandato.
§ 2º Na hipótese de o servidor cedido a empresa
pública, sociedade de economia mista ou serviço social Seção III
autônomo, nos termos de suas respectivas normas, optar Do Afastamento para Estudo ou Missão no Exterior
pela remuneração do cargo efetivo ou pela remuneração
do cargo efetivo acrescida de percentual da retribuição do Art. 95. O servidor não poderá ausentar-se do País para
cargo em comissão, de direção ou de gerência, a entidade estudo ou missão oficial, sem autorização do Presidente da
cessionária ou o serviço social autônomo efetuará o República, Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo e Pre-
reembolso das despesas realizadas pelo órgão ou pela
sidente do Supremo Tribunal Federal.
entidade de origem.
§ 1o A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda
§ 3o A cessão far-se-á mediante Portaria publicada no
a missão ou estudo, somente decorrido igual período, será
Diário Oficial da União.
permitida nova ausência.
§ 4o Mediante autorização expressa do Presidente
da República, o servidor do Poder Executivo poderá § 2o Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo
ter exercício em outro órgão da Administração Federal não será concedida exoneração ou licença para tratar de
direta que não tenha quadro próprio de pessoal, para fim interesse particular antes de decorrido período igual ao do
determinado e a prazo certo. afastamento, ressalvada a hipótese de ressarcimento da
§ 5° Aplica-se à União, em se tratando de empregado despesa havida com seu afastamento.
ou servidor por ela requisitado, as disposições dos §§ 1º e § 3o O disposto neste artigo não se aplica aos servidores
2º deste artigo. da carreira diplomática.
§ 6° As cessões de empregados de empresa pública ou § 4o As hipóteses, condições e formas para a
de sociedade de economia mista, que receba recursos de autorização de que trata este artigo, inclusive no que se
Tesouro Nacional para o custeio total ou parcial da sua folha refere à remuneração do servidor, serão disciplinadas em
de pagamento de pessoal, independem das disposições regulamento.
13
LEGISLAÇÃO
14
LEGISLAÇÃO
15
LEGISLAÇÃO
Art. 111. O pedido de reconsideração e o recurso, ensejam sua imediata apuração (art. 143) e uma vez com-
quando cabíveis, interrompem a prescrição. provadas importam na responsabilização administrativa,
a desafiar, então, a aplicação de uma das sanções admi-
Art. 112. A prescrição é de ordem pública, não poden- nistrativas (art. 127). Não é por outra razão que o art. 124
do ser relevada pela administração. declara que a responsabilidade administrativa resulta da
prática de ato omissivo (quando o servidor deixa de cum-
Art. 113. Para o exercício do direito de petição, é asse- prir os deveres a ele impostos) ou comissivo (quando viola
gurada vista do processo ou documento, na repartição, proibição) praticado no desempenho do cargo ou função”.
ao servidor ou a procurador por ele constituído.
Capítulo I
Art. 114. A administração deverá rever seus atos, a Dos Deveres
qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade.
Art. 116. São deveres do servidor:
Art. 115. São fatais e improrrogáveis os prazos esta- Os deveres do servidor previstos na Lei n° 8.112/90 são
belecidos neste Capítulo, salvo motivo de força maior. em muito compatíveis com os previstos no Código de Éti-
Estabelece a CF, no art. 5°, XXIV, a) o direito de petição, ca profissional do Servidor Público Civil do Poder Executi-
assegurado a todos: “são a todos assegurados, indepen- vo Federal (Decreto n° 1.171/94). Descrevem algumas das
dentemente do pagamento de taxas: a) o direito de petição condutas esperadas do servidor público quando do de-
aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ile- sempenho de suas funções. Em resumo, o servidor público
galidade ou abuso de poder;”. Os artigos acima descrevem deve desempenhar suas funções com cuidado, rapidez e
o direito de petição específico dos servidores públicos. pontualidade, sendo leal à instituição que compõe, respei-
tando as ordens de seus superiores que sejam adequadas
Do Regime Disciplinar às funções que desempenhe e buscando conservar o patri-
mônio do Estado. No tratamento do público, deve ser pres-
Título IV tativo e não negar o acesso a informações que não sejam
Do Regime Disciplinar sigilosas. Caso presencie alguma ilegalidade ou abuso de
poder, deve denunciar. Tomam-se como base os ensina-
O regime disciplinar do servidor público civil federal mentos de Lima a respeito destes deveres:
está estabelecido basicamente de duas maneiras: deveres
e proibições. Ontologicamente, são a mesma coisa: ambos I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do car-
deveres e proibições são normas protetivas da boa Admi- go;
nistração. Nas duas hipóteses, violado o preceito, cabível é “O primeiro dos deveres insculpidos no regime estatu-
uma punição. Deve-se notar, porém, que os deveres cons- tário é o dever de zelo. O zelo diz respeito às atribuições
tam da lei como ações, como conduta positiva; as proibi- funcionais e também ao cuidado com a economia do ma-
ções, ao contrário, são descritas como condutas vedadas terial, os bens da repartição e o patrimônio público. Sob o
ao servidor, de modo que ele deve abster-se de praticá- prisma da disciplina e da conservação dos bens e materiais
-las. Os deveres estão inscritos no artigo 116, não de modo da repartição, o servidor deve sempre agir com dedicação
exaustivo, porque o servidor deve obediência a todas as no desempenho das funções do cargo que ocupa, e que
normas legais ou infralegais, e o próprio inciso III do refe- lhe foram atribuídas desde o termo de posse. O servidor
rido dispositivo é, de certa maneira, uma norma disciplinar não é o dono do cargo. Dono do cargo é o Estado que o
em branco. remunera. Se o referido cargo não lhe pertence, o servi-
“Estes dispositivos preveem, basicamente, um conjunto dor deve exercer suas funções com o máximo de zelo que
de normas de conduta e de proibições impostas pela lei estiver ao seu alcance. Sua eventual menor capacidade de
aos servidores por ela abrangidos, tendo em vista a pre- desempenho, para não configurar desídia ou insuficiência
venção, a apuração e a possível punição de atos e omissões de desempenho, deverá ser compensada com um maior
que possam por em risco o funcionamento adequado da esforço e dedicação de sua parte. Se um servidor altamen-
administração pública, do posto de vista ético, do ponto te preparado e capaz, vem a praticar atos que configurem
de vista da eficiência e do ponto de vista da legalidade. De- desídia ou mesmo falta mais grave, poderá vir a ser punido.
correm, estes dispositivos, do denominado Poder Discipli- Porque o que se julgará não é a pessoa do servidor, mas a
nar que é aquele conferido à Administração com o objetivo conduta a ele imputável. O zelo não deve se limitar apenas
de manter sua disciplina interna, na medida em que lhe às atribuições específicas de sua atividade. O servidor deve
atribui instrumentos para punir seus servidores (e também ter zelo não somente com os bens e interesses imateriais
àqueles que estejam a ela vinculados por um instrumento (a imagem, os símbolos, a moralidade, a pontualidade, o
jurídico determinado - particulares contratados pela Ad- sigilo, a hierarquia) como também para com os bens e in-
ministração). [...]“O disposto no Título IV da lei nº 8.112/90 teresses patrimoniais do Estado”.
prevê basicamente um conjunto de obrigações impostas
aos servidores por ela regidos. Tais obrigações, ora positi- II - ser leal às instituições a que servir;
vas (os denominados Deveres – art. 116), ora negativas (as “O servidor que cumprir todos os deveres e normas
denominadas Proibições – art. 117) uma vez inadimplidas administrativas já positivadas, consequentemente, é leal à
16
LEGISLAÇÃO
instituição que lhe remunera. Sob o prisma constitucional é “Todo servidor público é obrigado a dar conhecimento
que devemos entender a norma hoje. Sendo assim, o dever ao chefe da repartição acerca das irregularidades de que
de lealdade está inserido no Estatuto como norma progra- toma conhecimento no exercício de suas atribuições. Deve
mática, orientadora da conduta dos servidores”. levar ao conhecimento da chefia imediata pelo sistema hie-
rárquico. Supõe-se que os titulares das chefias ou divisões
III - observar as normas legais e regulamentares; detêm um conhecimento maior de como corrigir o erro ou
“A função desta norma é de não deixar sem resposta comunicar aos órgãos de controle para a devida apuração.
qualquer que seja a irregularidade cometida. Daí a neces- De nada adiantaria o servidor, ciente de um ato irregular,
sária correlação nesses casos que temos de fazer do art. ir comunicar ao público ou a terceiros. Além do dever de
116, inciso III, com a norma violada, e já prevista em outra sigilo, há assuntos que exigem certas reservas, visando ao
lei, decreto, instrução, ordem de serviço ou portaria”. bem do serviço público, da segurança nacional e mesmo
da sociedade”.
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando ma-
nifestamente ilegais; VII - zelar pela economia do material e a conservação
“O servidor integra a estrutura organizacional do ór- do patrimônio público;
gão em que presta suas atribuições funcionais. O Estado “Esse deve é basilar. Se o agente não zelar pela econo-
se movimenta através dos seus diversos órgãos. Dentro mia e pela conservação dos bens públicos presta um des-
dos órgãos públicos, há um escalonamento de cargos e serviço à nação que lhe remunera. E como se verá adiante
funções que servem ao cumprimento da vontade do ente poderá ser causa inclusive de demissão, se não cumprir o
estatal. Este escalonamento, posto em movimento, é o presente dever, quando por descumprimento dele a gra-
que vimos até agora chamando de hierarquia. A hierarquia vidade do fato implicar a infração a normas mais graves”.
existe para que do alto escalão até a prática dos adminis-
trados as coisas funcionem. Disso decorre que quando é VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição;
emitida uma ordem para o servidor subordinado, este deve “O agente público deve guardar sigilo sobre o que se
dar cumprimento ao comando. Porém quando a ordem é passa na repartição, principalmente quanto aos assuntos
visivelmente ilegal, arbitrária, inconstitucional ou absurda, oficiais. Pela Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011,
o servidor não é obrigado a dar seguimento ao que lhe é hoje está regulamentado o acesso às informações. Porém,
ordenado. Quando a ordem é manifestamente ilegal? Há o servidor deve ter cuidado, pois até mesmo o fornecimen-
uma margem de interpretação, principalmente se o servi- to ou divulgação das informações exigem um procedimen-
dor subordinado não tiver nenhuma formação de ordem to. Maior cuidado há que se ter, quando a informação pos-
jurídica. Logo, é o bom senso que irá margear o que é fla- sa expor a intimidade da pessoa humana. As informações
grantemente inconstitucional”. pessoais dos administrados em geral devem ser tratadas
forma transparente e com respeito à intimidade, à vida
V - atender com presteza: privada, à honra e à imagem das pessoas, bem como às
a) ao público em geral, prestando as informações reque- liberdades e garantias individuais, segundo o artigo 31, da
ridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; Lei nº 21.527, 2011. A exceção para o sigilo existe, pois, não
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de devemos tratar a questão em termos de cláusula jurídica
direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal; de caráter absoluto, podendo ter autorizada a divulgação
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública. ou o acesso por terceiros quando haja previsão legal. Outra
“Este dever foi insculpido na lei para que o servidor exceção é quando há o consentimento expresso da pessoa
público trabalhe diuturnamente no sentido de desfazer a a que elas se referirem. No caso de cumprimento de or-
imagem desagradável que o mesmo possui perante a so- dem judicial, para a defesa de direitos humanos, e quando
ciedade. Exige-se que atue com presteza no atendimento a a proteção do interesse público e geral preponderante o
informações solicitadas pela Fazenda Pública. Esta engloba exigir, também devem ser fornecidas as informações. Por-
o fisco federal, estadual, municipal e distrital. O servidor tanto, o servidor há que ter reserva no seu comportamento
público tem que ser expedito, diligente, laborioso. Não há e fala, esquivando-se de revelar o conteúdo do que se pas-
mais lugar para o burocrata que se afasta do administra- sa no seu trabalho. Se o assunto pululante é uma irregula-
do, dificultando a vida de quem necessita de atendimen- ridade absurda, deve então reduzir a escrito e representar
to rápido e escorreito. Entretanto, há um longo caminho a para que se apure o caso. Deveriam diminuir as conversas
ser percorrido até que se atinja um mínimo ideal de aten- de corredor e se efetivar a apuração dos fatos através do
dimento e de funcionamento dos órgãos públicos, o que processo administrativo disciplinar. Os assuntos objeto do
deve necessariamente passar por critérios de valorização serviço merecem reserva. Devem ficar circunscritos aos ser-
dos servidores bons e de treinamento e qualificação per- vidores designados para o respectivo trabalho interno, não
manente dos quadros de pessoal”. devendo sair da seção ou setor de trabalho, sem o trâmite
hierárquico do chefe imediato. Se o assunto ou o trabalho,
VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em enfim, merecer divulgação mais ampla, deve ser contatado
razão do cargo ao conhecimento da autoridade superior ou, o órgão de assessoria de comunicação social, que saberá
quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conheci- proceder de forma oficial, obedecendo ao bom senso e às
mento de outra autoridade competente para apuração; leis vigentes”.
17
LEGISLAÇÃO
IX - manter conduta compatível com a moralidade ad- aos órgãos superiores. Assim é que o dever de informar
ministrativa; acerca de irregularidades anda de braço dado com o dever
“O ato administrativo não se satisfaz somente com o de representar. Não surtindo efeito a notícia da irregulari-
ser legal. Para ser válido o ato administrativo tem que ser dade, não corrigida esta, sobrevém o dever de representar.
compatível com a moralidade administrativa. O agente O dever de representação não deixa de ser uma prerro-
deve se comportar em seus atos de maneira proba, escor- gativa legal, investindo o servidor de um múnus público
reita, séria, não atuando com intenções escusas e desvir- importante, constituindo o servidor em um curador legal
tuadas. Seu poder-dever não pode ser utilizado, por exem- do ente público. O mais humilde servidor passa a ser um
plo, para satisfação de interesses menores, como realizar a agente promotor de legalidade. É claro o inciso XII do art.
prática de determinado ato para beneficiar uma amante ou 116 quando diz que é dever do servidor “representar con-
um parente. Se o agente viola o dever de agir com com- tra ilegalidade, omissão ou abuso de poder”. De modo que
portamento incompatível com a moralidade administrativa, também a omissão pode ensejar a representação. A omis-
poderá estar sujeito a sanção disciplinar. Seu ato ímprobo são do agente que ilegalmente não pratica ato a que se
ou imoral configura o chamado desvio de poder, que é to- acha vinculado pode até configurar o ilícito penal de pre-
talmente abominável no Direito Administrativo e poderá varicação. O dever de representação deve ser privilegiado,
ser anulado interna corporis ou judicialmente através da mas deve ser usado com o devido equilíbrio, não podendo
ação popular, ação de ressarcimento ao erário e ação civil servir a finalidades egoísticas, político-partidárias, induzido
pública se o ato violar direito coletivo ou transindividual”. por inimizades de cunho pessoal, o que de pronto trespas-
sará o representante de autor a réu por prática de abuso de
X - ser assíduo e pontual ao serviço; poder ou denunciação caluniosa”.
“Dois conceitos diferentes, porém parecidos. Ser assí-
duo significa ser presente dentro do horário do expedien- Capítulo II
te. O oposto do assíduo é o ausente, o faltoso. Pontual é Das Proibições
aquele servidor que não atrasa seus compromissos. É o que
comparece no horário para as reuniões de trabalho e de- Art. 117. Ao servidor é proibido:
mais atividades relacionadas com o exercício do cargo que
Em contraposição aos deveres do servidor público,
ocupa. Embora sejam conceitos diferentes, aqui o dever
existem diversas proibições, que também estão em boa
violado, seja por impontualidade, seja por inassiduidade
parte abrangidas pelo Decreto n° 1.171/94. A violação dos
(que ainda não aquela inassiduidade habitual de 60 dias
deveres ou a prática de alguma das violações abaixo des-
ensejadora de demissão), merece reprimenda de advertên-
critas caracterizam infração administrativa disciplinar.
cia, com fins educativos e de correção do servidor”.
“Nas Proibições – art. 117, constata-se, desde logo, sua
objetividade e taxatividade, o que veda sua ampliação e o
XI - tratar com urbanidade as pessoas;
uso de interpretações analógicas ou sistemáticas visto se-
“No mundo moderno, e máxime em nossa civilização
ocidental, o trato tem que ser o mais urbano possível. Ur- rem condutas restritivas de direitos, sujeitas, portanto, ao
bano, nessa acepção, não quer dizer citadino ou oriundo princípio da reserva legal. O descumprimento dessas proi-
da urbe (cidade), mas, sim, educado, civilizado, cordato e bições podem inclusive, ensejar o enquadramento penal
que não possa criar embaraços aos usuários dos serviços do servidor, pois muitas das condutas ali descritas, confi-
públicos”. guram prática de delito penal”.
XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem
de poder. prévia autorização do chefe imediato;
Parágrafo único. A representação de que trata o inciso Violação do dever de assiduidade.
XII será encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela
autoridade superior àquela contra a qual é formulada, II - retirar, sem prévia anuência da autoridade compe-
assegurando-se ao representando ampla defesa. tente, qualquer documento ou objeto da repartição;
Caso o funcionário público denuncie outro servidor, Violação do dever de zelo com o patrimônio público.
esta representação será encaminhada a alguém que seja
superior hierarquicamente ao denunciado, que terá direito III - recusar fé a documentos públicos;
à ampla defesa. É dever do servidor público conferir fé aos documentos
“O servidor tem obrigação legal de dar conhecimen- públicos, revestindo-lhes da autoridade e confiança que
to às autoridades de qualquer irregularidade de que tiver seu cargo possui. Violação do dever de transparência.
ciência em razão do cargo, principalmente no processo
em que está atuando ou quando o fato aconteceu sob as IV - opor resistência injustificada ao andamento de
suas vistas. Não é concebível que o servidor se defronte documento e processo ou execução de serviço;
com uma irregularidade administrativa e fique inerte. Deve Não cabe impedir que o trâmite da administração seja
provocar quem de direito para que a irregularidade seja alterado por um capricho pessoal. Violação ao dever de ce-
sanada de imediato. Caso haja indiferença no seu círculo leridade e eficiência, bem como de impessoalidade.
de atuação, i.e., no seu setor ou seção, deverá representar
18
LEGISLAÇÃO
V - promover manifestação de apreço ou desapreço no trador de empresa privada, exceto na qualidade de mero
recinto da repartição; cotista, acionário ou comanditário. Atualmente, a empresa
Violação do dever de discrição. pode até não estar personificada, por exemplo, não estar
devidamente constituída e registrada nos órgãos compe-
VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos tentes (Junta Comercial, fisco estadual, municipal, distrital
casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja e federal, e órgãos de controle: ambiental, trabalhista etc.).
de sua responsabilidade ou de seu subordinado; Comprovada detidamente a gerência ou administração da
Quem é designado para o desempenho de uma função sociedade particular em concomitância com a pretensa
pública deve desempenhá-la, não podendo designar outra carga horária da repartição pública, deve ser aplicada a pe-
pessoa para prestar seus serviços ou de seu subordinado. nalidade de demissão.
VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de fi- XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto
liarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios
político; previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo
O direito de associação é livre, não podendo um fun- grau, e de cônjuge ou companheiro;
cionário forçar o seu subordinado a associar-se sindical ou Não cabe atuar como procurador perante repartições
politicamente. públicas de forma profissional. Daí a limitação à atuação
como representante de parente até segundo grau (irmãos,
VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou fun- ascendentes e descendentes, cônjuges e companheiros).
ção de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o
segundo grau civil; XII - receber propina, comissão, presente ou vanta-
É a chamada prática de nepotismo. Do latim nepos, gem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;
neto ou descendente, é o termo utilizado para designar o A percepção de vantagem indevida gerando enrique-
favorecimento de parentes (ou amigos próximos) em detri- cimento ilícito também caracteriza ato de improbidade ad-
mento de pessoas mais qualificadas, especialmente no que ministrativa de maior gravidade, bem como crime de cor-
rupção passiva.
diz respeito à nomeação ou elevação de cargos. O Decreto
nº 7.203, de 4 de junho de 2010 dispõe sobre a vedação
XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado
do nepotismo no âmbito da administração pública federal.
estrangeiro;
Súmula Vinculante nº 13: “A nomeação de cônjuge,
Trata-se de indício da intenção de praticar atos contrá-
companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por
rios ao interesse do Estado ao qual esteja vinculado.
afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade no-
meante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investi-
XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas;
do em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o
Usura significa agiotagem, que é o empréstimo de di-
exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, nheiro a particulares obtendo juros abusivos em troca. As
de função gratificada na Administração Pública direta e in- atividades de empréstimo somente podem ser desempe-
direta, em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do nhadas com fim lucrativo por instituições credenciadas.
Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste
mediante designações recíprocas, viola a Constituição Fe- XV - proceder de forma desidiosa;
deral.” Obs.: se o concurso pedir pelo entendimento juris- Desídia é desleixo, descuido, preguiça, indolência.
prudencial, vá pela súmula, mas se não mencionar nada
se atenha ao texto da lei, visto que há pequenas variações XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição
entre o texto da súmula e o da lei. em serviços ou atividades particulares;
O aparato da administração pública pertence ao Esta-
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou do, não cabendo ao servidor utilizá-lo em atividades par-
de outrem, em detrimento da dignidade da função pública; ticulares.
O cargo público serve apenas aos interesses da admi-
nistração pública, ou seja, da coletividade, não aos interes- XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas
ses pessoais do servidor. ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e
transitórias;
X - participar de gerência ou administração de socie- Cada servidor público tem sua atribuição legal, não
dade privada, personificada ou não personificada, exercer o cabendo designá-lo para desempenhar funções diversas
comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou co- salvo em caso de extrema necessidade.
manditário;
Não cabe ao servidor público administrar sociedade XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incom-
privada, o que pode comprometer sua eficiência e impar- patíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário
cialidade no exercício da função pública. No princípio, ou de trabalho;
seja, na redação original do Estatuto era proibida apenas a O exercício de atividades incompatíveis propicia uma
participação do servidor como sócio gerente ou adminis- violação ao princípio da imparcialidade.
19
LEGISLAÇÃO
20
LEGISLAÇÃO
21
LEGISLAÇÃO
22
LEGISLAÇÃO
Art. 131. As penalidades de advertência e de suspen- I - instauração, com a publicação do ato que consti-
são terão seus registros cancelados, após o decurso de 3 tuir a comissão, a ser composta por dois servidores estáveis,
(três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, e simultaneamente indicar a autoria e a materialidade da
se o servidor não houver, nesse período, praticado nova in- transgressão objeto da apuração;
fração disciplinar. II - instrução sumária, que compreende indiciação, de-
Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não fesa e relatório;
surtirá efeitos retroativos. III - julgamento.
O bom comportamento posterior do servidor faz com § 1o A indicação da autoria de que trata o inciso I dar-
que o registro de advertência (após 3 anos) ou suspensão -se-á pelo nome e matrícula do servidor, e a materia-
(após 5 anos) seja apagado de seu registro, o que não sig- lidade pela descrição dos cargos, empregos ou funções
nifica que o servidor poderá requerer, por exemplo, o pa- públicas em situação de acumulação ilegal, dos órgãos
gamento referente aos dias que ficou suspenso. ou entidades de vinculação, das datas de ingresso, do
horário de trabalho e do correspondente regime jurídi-
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: co.
I - crime contra a administração pública; § 2o A comissão lavrará, até três dias após a publicação
Artigos 312 a 326 do Código Penal. do ato que a constituiu, termo de indiciação em que serão
transcritas as informações de que trata o parágrafo anterior,
II - abandono de cargo; bem como promoverá a citação pessoal do servidor indicia-
III - inassiduidade habitual; do, ou por intermédio de sua chefia imediata, para, no prazo
Deixar totalmente de exercer o cargo ou faltar em ex- de cinco dias, apresentar defesa escrita, assegurando-se-lhe
cesso. vista do processo na repartição, observado o disposto nos
arts. 163 e 164.
IV - improbidade administrativa; § 3o Apresentada a defesa, a comissão elaborará relatório
Atos descritos na Lei n° 8.429/92. conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do
servidor, em que resumirá as peças principais dos autos,
V - incontinência pública e conduta escandalosa, na opinará sobre a licitude da acumulação em exame, indicará
repartição; o respectivo dispositivo legal e remeterá o processo à
Ausência de discrição no exercício das funções. autoridade instauradora, para julgamento.
§ 4o No prazo de cinco dias, contados do recebimento
VI - insubordinação grave em serviço; do processo, a autoridade julgadora proferirá a sua decisão,
Violação grave do dever de obediência hierárquica. aplicando-se, quando for o caso, o disposto no § 3o do art.
167.
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, § 5o A opção pelo servidor até o último dia de prazo
salvo em legítima defesa própria ou de outrem; para defesa configurará sua boa-fé, hipótese em que se con-
Ofensa física a servidor ou administrado que não para verterá automaticamente em pedido de exoneração do outro
se defender. cargo.
§ 6o Caracterizada a acumulação ilegal e provada a
VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos; má-fé, aplicar-se-á a pena de demissão, destituição ou
IX - revelação de segredo do qual se apropriou em ra- cassação de aposentadoria ou disponibilidade em relação
zão do cargo; aos cargos, empregos ou funções públicas em regime de
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do acumulação ilegal, hipótese em que os órgãos ou entidades
patrimônio nacional; de vinculação serão comunicados.
XI - corrupção; § 7o O prazo para a conclusão do processo
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou fun- administrativo disciplinar submetido ao rito sumário não
ções públicas; excederá trinta dias, contados da data de publicação do
Na verdade, são atos de improbidade administrativa, ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação
então nem precisariam ser mencionados. por até quinze dias, quando as circunstâncias o exigirem.
§ 8o O procedimento sumário rege-se pelas disposi-
XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117. ções deste artigo, observando-se, no que lhe for aplicável,
Vide comentários aos incisos IX a XVI do art. 117. subsidiariamente, as disposições dos Títulos IV e V desta Lei.
O artigo descreve o procedimento em caso de violação
Art. 133. Detectada a qualquer tempo a acumulação do dever de não acumular cargos ilicitamente. No início,
ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, a auto- o servidor será notificado para se manifestar optando por
ridade a que se refere o art. 143 notificará o servidor, por um cargo. Se ficar omisso ou se recusar fazer a opção, será
intermédio de sua chefia imediata, para apresentar opção instaurado processo administrativo disciplinar. Nele, o ser-
no prazo improrrogável de dez dias, contados da data da vidor poderá apresentar defesa no sentido de ser lícita a
ciência e, na hipótese de omissão, adotará procedimento su- cumulação. Mas até o último dia do prazo para defesa o
mário para a sua apuração e regularização imediata, cujo servidor poderá optar por um caso, caso em que o proce-
processo administrativo disciplinar se desenvolverá nas dimento se converterá em pedido de exoneração do cargo
seguintes fases: não escolhido, presumindo-se a boa-fé do servidor.
23
LEGISLAÇÃO
24
LEGISLAÇÃO
II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão; Parágrafo único. Quando o fato narrado não configurar
III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto á advertência. evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será
§ 1o O prazo de prescrição começa a correr da data em arquivada, por falta de objeto.
que o fato se tornou conhecido.
§ 2o Os prazos de prescrição previstos na lei penal Art. 145. Da sindicância poderá resultar:
aplicam-se às infrações disciplinares capituladas também I - arquivamento do processo;
como crime. II - aplicação de penalidade de advertência ou suspen-
§ 3o A abertura de sindicância ou a instauração de são de até 30 (trinta) dias;
processo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão III - instauração de processo disciplinar.
final proferida por autoridade competente. Parágrafo único. O prazo para conclusão da sindicân-
§ 4o Interrompido o curso da prescrição, o prazo cia não excederá 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado
começará a correr a partir do dia em que cessar a por igual período, a critério da autoridade superior.
interrupção.
Prescrição é um instituto que visa regular a perda do Art. 146. Sempre que o ilícito praticado pelo servidor
ensejar a imposição de penalidade de suspensão por
direito de acionar judicialmente.
mais de 30 (trinta) dias, de demissão, cassação de apo-
No caso, o prazo é de 5 anos para as infrações mais
sentadoria ou disponibilidade, ou destituição de cargo
graves, 2 para as de gravidade intermediária (pena de sus-
em comissão, será obrigatória a instauração de proces-
pensão) e 180 dias para as menos graves (pena de adver- so disciplinar.
tência) - Contados da data em que o fato se tornou conhe- A sindicância é uma modalidade mais branda de apu-
cido pela administração pública. ração da infração administrativa porque ou gerará a apli-
Se a infração disciplinar for crime, valerão os prazos cação de uma sanção mais branda, ou apenas antecederá
prescricionais do direito penal, mais longos, logo, menos o processo administrativo disciplinar que aplique a sanção
favoráveis ao servidor. mais grave, entendendo-se por sanções mais graves qual-
Interrupção da prescrição significa parar a contagem quer uma pior do que suspensão por menos de 30 dias
do prazo para que, retornando, comece do zero. Da aber- (suspensão por mais de 30 dias, além de todas as outras
tura da sindicância ou processo administrativo disciplinar que geram perda do cargo ou da aposentadoria).
até a decisão final proferida por autoridade competente
não corre a prescrição. Proferida a decisão, o prazo começa Capítulo II
a contar do zero. Passado o prazo, não caberá mais propor Do Afastamento Preventivo
ação disciplinar.
Art. 147. Como medida cautelar e a fim de que o servi-
Processo administrativo disciplinar dor não venha a influir na apuração da irregularidade,
a autoridade instauradora do processo disciplinar poderá de-
Título V terminar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo
Do Processo Administrativo Disciplinar de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração.
Parágrafo único. O afastamento poderá ser prorrogado
Capítulo I por igual prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos, ainda
Disposições Gerais que não concluído o processo.
O afastamento preventivo é uma medida cautelar que
Art. 143. A autoridade que tiver ciência de irregularida- impede que o servidor tente influenciar na decisão da apu-
de no serviço público é obrigada a promover a sua apuração ração de sua infração, podendo ocorrer por no máximo 60
dias, prorrogáveis até 120 dias, sem perda de remuneração
imediata, mediante sindicância ou processo administrativo
(afinal, ainda não foi condenado).
disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa.
§§ 1º e 2º (Revogados)
Capítulo III
§ 3º A apuração de que trata o caput, por solicitação da Do Processo Disciplinar
autoridade a que se refere, poderá ser promovida por au-
toridade de órgão ou entidade diverso daquele em que Art. 148. O processo disciplinar é o instrumento des-
tenha ocorrido a irregularidade, mediante competência tinado a apurar responsabilidade de servidor por infra-
específica para tal finalidade, delegada em caráter perma- ção praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha
nente ou temporário pelo Presidente da República, pelos relação com as atribuições do cargo em que se encontre in-
presidentes das Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais vestido.
Federais e pelo Procurador-Geral da República, no âmbito do
respectivo Poder, órgão ou entidade, preservadas as compe- Art. 149. O processo disciplinar será conduzido por co-
tências para o julgamento que se seguir à apuração. missão composta de três servidores estáveis designados
pela autoridade competente, observado o disposto no § 3o
Art. 144. As denúncias sobre irregularidades serão ob- do art. 143, que indicará, dentre eles, o seu presidente, que
jeto de apuração, desde que contenham a identificação e o deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo
endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito, nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do
confirmada a autenticidade. indiciado.
25
LEGISLAÇÃO
§ 1º A Comissão terá como secretário servidor desig- Art. 155. Na fase do inquérito, a comissão promoverá
nado pelo seu presidente, podendo a indicação recair em a tomada de depoimentos, acareações, investigações e
um de seus membros. diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recor-
§ 2º Não poderá participar de comissão de sindicância rendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a
ou de inquérito, cônjuge, companheiro ou parente do permitir a completa elucidação dos fatos.
acusado, consanguíneo ou afim, em linha reta ou cola-
teral, até o terceiro grau. Art. 156. É assegurado ao servidor o direito de acompa-
nhar o processo pessoalmente ou por intermédio de pro-
Art. 150. A Comissão exercerá suas atividades com in- curador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e
dependência e imparcialidade, assegurado o sigilo ne- contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de prova
cessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da pericial.
administração. § 1º O presidente da comissão poderá denegar pedidos
Parágrafo único. As reuniões e as audiências das comis- considerados impertinentes, meramente protelatórios, ou
sões terão caráter reservado. de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.
§ 2º Será indeferido o pedido de prova pericial, quando
Art. 151. O processo disciplinar se desenvolve nas se- a comprovação do fato independer de conhecimento
guintes fases: especial de perito.
I - instauração, com a publicação do ato que constituir
a comissão; Art. 157. As testemunhas serão intimadas a depor
II - inquérito administrativo, que compreende instru- mediante mandado expedido pelo presidente da comissão,
ção, defesa e relatório; devendo a segunda via, com o ciente do interessado, ser ane-
III - julgamento. xado aos autos.
Parágrafo único. Se a testemunha for servidor público,
Art. 152. O prazo para a conclusão do processo discipli- a expedição do mandado será imediatamente comunicada
nar não excederá 60 (sessenta) dias, contados da data de ao chefe da repartição onde serve, com a indicação do dia e
publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua hora marcados para inquirição.
prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o
exigirem. Art. 158. O depoimento será prestado oralmente e re-
§ 1º Sempre que necessário, a comissão dedicará tem- duzido a termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo por
po integral aos seus trabalhos, ficando seus membros dis- escrito.
pensados do ponto, até a entrega do relatório final. § 1º As testemunhas serão inquiridas separadamente.
§ 2º Na hipótese de depoimentos contraditórios
§ 2º As reuniões da comissão serão registradas em
ou que se infirmem, proceder-se-á à acareação entre os
atas que deverão detalhar as deliberações adotadas.
depoentes.
Este capítulo introduz aspectos sobre o processo admi-
nistrativo que serão aprofundados adiante e na própria lei
Art. 159. Concluída a inquirição das testemunhas, a co-
nº 9.784/99. Em suma, tem-se que o processo administra-
missão promoverá o interrogatório do acusado, observa-
tivo deve garantir a ampla defesa, será conduzido por uma
dos os procedimentos previstos nos arts. 157 e 158.
comissão de 3 membros funcionários estáveis que decidi-
§ 1º No caso de mais de um acusado, cada um deles
rão com independência e imparcialidade, divide-se em 3
será ouvido separadamente, e sempre que divergirem
fases e possui prazo limite de duração (60, eventualmente em suas declarações sobre fatos ou circunstâncias, será
+60). promovida a acareação entre eles.
§ 2º O procurador do acusado poderá assistir ao
Seção I interrogatório, bem como à inquirição das testemunhas,
Do Inquérito sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas,
facultando-se-lhe, porém, reinquiri-las, por intermédio do
Art. 153. O inquérito administrativo obedecerá ao prin- presidente da comissão.
cípio do contraditório, assegurada ao acusado ampla de-
fesa, com a utilização dos meios e recursos admitidos em Art. 160. Quando houver dúvida sobre a sanidade
direito. mental do acusado, a comissão proporá à autoridade com-
petente que ele seja submetido a exame por junta médica
Art. 154. Os autos da sindicância integrarão o pro- oficial, da qual participe pelo menos um médico psiquiatra.
cesso disciplinar, como peça informativa da instrução. Parágrafo único. O incidente de sanidade mental será
Parágrafo único. Na hipótese de o relatório da sindi- processado em auto apartado e apenso ao processo princi-
cância concluir que a infração está capitulada como ilícito pal, após a expedição do laudo pericial.
penal, a autoridade competente encaminhará cópia dos
autos ao Ministério Público, independentemente da ime- Art. 161. Tipificada a infração disciplinar, será for-
diata instauração do processo disciplinar. mulada a indiciação do servidor, com a especificação dos
fatos a ele imputados e das respectivas provas.
26
LEGISLAÇÃO
§ 1º O indiciado será citado por mandado expedido § 1º Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada
pelo presidente da comissão para apresentar defesa da autoridade instauradora do processo, este será encami-
escrita, no prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se-lhe vista nhado à autoridade competente, que decidirá em igual
do processo na repartição. prazo.
§ 2º Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será § 2º Havendo mais de um indiciado e diversidade de
comum e de 20 (vinte) dias. sanções, o julgamento caberá à autoridade competente
§ 3º O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo para a imposição da pena mais grave.
dobro, para diligências reputadas indispensáveis. § 3º Se a penalidade prevista for a demissão ou cassação
§ 4º No caso de recusa do indiciado em apor o ciente de aposentadoria ou disponibilidade, o julgamento caberá
na cópia da citação, o prazo para defesa contar-se-á da
às autoridades de que trata o inciso I do art. 141.
data declarada, em termo próprio, pelo membro da
§ 4º Reconhecida pela comissão a inocência do ser-
comissão que fez a citação, com a assinatura de (2) duas
vidor, a autoridade instauradora do processo determinará
testemunhas.
o seu arquivamento, salvo se flagrantemente contrária à
Art. 162. O indiciado que mudar de residência fica obri- prova dos autos.
gado a comunicar à comissão o lugar onde poderá ser
encontrado. Art. 168. O julgamento acatará o relatório da comis-
são, salvo quando contrário às provas dos autos.
Art. 163. Achando-se o indiciado em lugar incerto e Parágrafo único. Quando o relatório da comissão con-
não sabido, será citado por edital, publicado no Diário Ofi- trariar as provas dos autos, a autoridade julgadora poderá,
cial da União e em jornal de grande circulação na localidade motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la
do último domicílio conhecido, para apresentar defesa. ou isentar o servidor de responsabilidade.
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o prazo para
defesa será de 15 (quinze) dias a partir da última publicação Art. 169. Verificada a ocorrência de vício insanável, a
do edital. autoridade que determinou a instauração do processo ou
outra de hierarquia superior declarará a sua nulidade, total
Art. 164. Considerar-se-á revel o indiciado que, regular- ou parcial, e ordenará, no mesmo ato, a constituição de ou-
mente citado, não apresentar defesa no prazo legal. tra comissão para instauração de novo processo.
§ 1º A revelia será declarada, por termo, nos autos do
§ 1º O julgamento fora do prazo legal não implica
processo e devolverá o prazo para a defesa.
nulidade do processo.
§ 2º Para defender o indiciado revel, a autoridade
§ 2º A autoridade julgadora que der causa à prescrição
instauradora do processo designará um servidor como
defensor dativo, que deverá ser ocupante de cargo efetivo de que trata o art. 142, § 2o, será responsabilizada na forma
superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade do Capítulo IV do Título IV.
igual ou superior ao do indiciado.
Art. 170. Extinta a punibilidade pela prescrição, a
Art. 165. Apreciada a defesa, a comissão elaborará autoridade julgadora determinará o registro do fato nos as-
relatório minucioso, onde resumirá as peças principais dos sentamentos individuais do servidor.
autos e mencionará as provas em que se baseou para formar
a sua convicção. Art. 171. Quando a infração estiver capitulada como
§ 1º O relatório será sempre conclusivo quanto à crime, o processo disciplinar será remetido ao Ministério Pú-
inocência ou à responsabilidade do servidor. blico para instauração da ação penal, ficando trasladado na
§ 2º Reconhecida a responsabilidade do servidor, a repartição.
comissão indicará o dispositivo legal ou regulamentar
transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou Art. 172. O servidor que responder a processo disciplinar
atenuantes. só poderá ser exonerado a pedido, ou aposentado volun-
tariamente, após a conclusão do processo e o cumpri-
Art. 166. O processo disciplinar, com o relatório da co-
mento da penalidade, acaso aplicada.
missão, será remetido à autoridade que determinou a
Parágrafo único. Ocorrida a exoneração de que trata o
sua instauração, para julgamento.
parágrafo único, inciso I do art. 34, o ato será convertido em
O inquérito é uma das fases do processo administrati-
vo disciplinar, obedecendo às regras descritas nesta seção, demissão, se for o caso.
destacando-se as que tratam da produção de provas.
Art. 173. Serão assegurados transporte e diárias:
Seção II I - ao servidor convocado para prestar depoimento fora
Do Julgamento da sede de sua repartição, na condição de testemunha, de-
nunciado ou indiciado;
Art. 167. No prazo de 20 (vinte) dias, contados do II - aos membros da comissão e ao secretário, quando
recebimento do processo, a autoridade julgadora profe- obrigados a se deslocarem da sede dos trabalhos para a rea-
rirá a sua decisão. lização de missão essencial ao esclarecimento dos fatos.
27
LEGISLAÇÃO
Nesta seção, trata-se do julgamento do processo ad- Art. 182. Julgada procedente a revisão, será declarada
ministrativo disciplinar, que não será feito pela comissão, sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se to-
mas pela autoridade competente para aplicar a sanção. dos os direitos do servidor, exceto em relação à destituição
Afinal, a comissão apenas indica qual o ato praticado pelo do cargo em comissão, que será convertida em exoneração.
indiciamento. Se houver mais de um indiciado e as sanções Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá
forem diversas, julga a autoridade de maior nível hierárqui- resultar agravamento de penalidade.
co. Ex: autoridade que pode aplicar suspensão não pode A revisão do processo consiste na possibilidade do ser-
aplicar demissão, de forma que se a um dos indiciados vidor condenado requerer que sua condenação seja revista
couber demissão será a autoridade que pode aplicar esta se surgirem novos fatos ou circunstâncias que justifiquem
pena que aplicará também a suspensão ao outro indiciado. sua absolvição ou a aplicação de uma pena mais leve. Po-
derá ser requerida ao ministro de Estado ou autoridade de
Seção III mesma hierarquia e será apensada ao processo adminis-
Da Revisão do Processo
trativo originário. O julgamento será feito pela mesma au-
toridade que aplicou a pena. Se apurado que na verdade
Art. 174. O processo disciplinar poderá ser revisto, a
qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzi- a pena deveria ser maior, não cabe agravar a situação do
rem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justifi- servidor.
car a inocência do punido ou a inadequação da penali-
dade aplicada. Seguridade social
§ 1º Em caso de falecimento, ausência ou
desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da família Título VI
poderá requerer a revisão do processo. Da Seguridade Social do Servidor
§ 2º No caso de incapacidade mental do servidor, a
revisão será requerida pelo respectivo curador. Capítulo I
Disposições Gerais
Art. 175. No processo revisional, o ônus da prova cabe
ao requerente. Art. 183. A União manterá Plano de Seguridade Social
para o servidor e sua família.
Art. 176. A simples alegação de injustiça da penalida- § 1o O servidor ocupante de cargo em comissão
de não constitui fundamento para a revisão, que requer que não seja, simultaneamente, ocupante de cargo
elementos novos, ainda não apreciados no processo origi-
ou emprego efetivo na administração pública direta,
nário.
autárquica e fundacional não terá direito aos benefícios
Art. 177. O requerimento de revisão do processo será do Plano de Seguridade Social, com exceção da
dirigido ao Ministro de Estado ou autoridade equiva- assistência à saúde.
lente, que, se autorizar a revisão, encaminhará o pedido ao § 2o O servidor afastado ou licenciado do cargo
dirigente do órgão ou entidade onde se originou o processo efetivo, sem direito à remuneração, inclusive para
disciplinar. servir em organismo oficial internacional do qual o
Parágrafo único. Deferida a petição, a autoridade com- Brasil seja membro efetivo ou com o qual coopere,
petente providenciará a constituição de comissão, na forma ainda que contribua para regime de previdência social
do art. 149. no exterior, terá suspenso o seu vínculo com o regime
do Plano de Seguridade Social do Servidor Público
Art. 178. A revisão correrá em apenso ao processo ori- enquanto durar o afastamento ou a licença, não lhes
ginário. assistindo, neste período, os benefícios do mencionado
Parágrafo único. Na petição inicial, o requerente pedirá regime de previdência.
dia e hora para a produção de provas e inquirição das teste- § 3o Será assegurada ao servidor licenciado
munhas que arrolar. ou afastado sem remuneração a manutenção da
vinculação ao regime do Plano de Seguridade Social
Art. 179. A comissão revisora terá 60 (sessenta) dias do Servidor Público, mediante o recolhimento mensal
para a conclusão dos trabalhos.
da respectiva contribuição, no mesmo percentual
devido pelos servidores em atividade, incidente sobre
Art. 180. Aplicam-se aos trabalhos da comissão revisora,
no que couber, as normas e procedimentos próprios da a remuneração total do cargo a que faz jus no exercício
comissão do processo disciplinar. de suas atribuições, computando-se, para esse efeito,
inclusive, as vantagens pessoais.
Art. 181. O julgamento caberá à autoridade que § 4o O recolhimento de que trata o § 3o deve ser
aplicou a penalidade, nos termos do art. 141. efetuado até o segundo dia útil após a data do
Parágrafo único. O prazo para julgamento será de 20 pagamento das remunerações dos servidores públicos,
(vinte) dias, contados do recebimento do processo, no curso aplicando-se os procedimentos de cobrança e execução
do qual a autoridade julgadora poderá determinar diligên- dos tributos federais quando não recolhidas na data de
cias. vencimento.
28
LEGISLAÇÃO
Art. 184. O Plano de Seguridade Social visa a dar cober- c) aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25
tura aos riscos a que estão sujeitos o servidor e sua família, (vinte e cinco) se mulher, com proventos proporcionais a esse
e compreende um conjunto de benefícios e ações que aten- tempo;
dam às seguintes finalidades: d) aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e
I - garantir meios de subsistência nos eventos de doen- aos 60 (sessenta) se mulher, com proventos proporcionais ao
ça, invalidez, velhice, acidente em serviço, inatividade, fale- tempo de serviço.
cimento e reclusão; § 1o Consideram-se doenças graves, contagiosas
II - proteção à maternidade, à adoção e à paternidade; ou incuráveis, a que se refere o inciso I deste artigo,
III - assistência à saúde. tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla,
Parágrafo único. Os benefícios serão concedidos nos neoplasia maligna, cegueira posterior ao ingresso no
termos e condições definidos em regulamento, observadas serviço público, hanseníase, cardiopatia grave, doença
as disposições desta Lei. de Parkinson, paralisia irreversível e incapacitante,
espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave,
Art. 185. Os benefícios do Plano de Seguridade Social do estados avançados do mal de Paget (osteíte
servidor compreendem: deformante), Síndrome de Imunodeficiência Adquirida
I - quanto ao servidor: - AIDS, e outras que a lei indicar, com base na medicina
a) aposentadoria; especializada.
b) auxílio-natalidade; § 2o Nos casos de exercício de atividades
c) salário-família; consideradas insalubres ou perigosas, bem como nas
d) licença para tratamento de saúde; hipóteses previstas no art. 71, a aposentadoria de que
e) licença à gestante, à adotante e licença-paternidade; trata o inciso III, «a» e «c», observará o disposto em lei
f) licença por acidente em serviço; específica.
g) assistência à saúde; § 3o Na hipótese do inciso I o servidor será submetido
h) garantia de condições individuais e ambientais de à junta médica oficial, que atestará a invalidez quando
trabalho satisfatórias; caracterizada a incapacidade para o desempenho das
II - quanto ao dependente: atribuições do cargo ou a impossibilidade de se aplicar
a) pensão vitalícia e temporária; o disposto no art. 24.
b) auxílio-funeral;
c) auxílio-reclusão; Art. 187. A aposentadoria compulsória será automática,
d) assistência à saúde. e declarada por ato, com vigência a partir do dia imediato
§ 1o As aposentadorias e pensões serão concedidas àquele em que o servidor atingir a idade-limite de perma-
e mantidas pelos órgãos ou entidades aos quais se nência no serviço ativo.
encontram vinculados os servidores, observado o
disposto nos arts. 189 e 224. Art. 188. A aposentadoria voluntária ou por invalidez
§ 2o O recebimento indevido de benefícios havidos vigorará a partir da data da publicação do respectivo ato.
por fraude, dolo ou má-fé, implicará devolução ao § 1o A aposentadoria por invalidez será precedida
erário do total auferido, sem prejuízo da ação penal de licença para tratamento de saúde, por período não
cabível. excedente a 24 (vinte e quatro) meses.
§ 2o Expirado o período de licença e não estando em
Capítulo II condições de reassumir o cargo ou de ser readaptado, o
Dos Benefícios servidor será aposentado.
§ 3o O lapso de tempo compreendido entre o término
Seção I da licença e a publicação do ato da aposentadoria será
Da Aposentadoria considerado como de prorrogação da licença.
§ 4o Para os fins do disposto no § 1o deste artigo,
Art. 186. O servidor será aposentado: serão consideradas apenas as licenças motivadas pela
I - por invalidez permanente, sendo os proventos inte- enfermidade ensejadora da invalidez ou doenças
grais quando decorrente de acidente em serviço, moléstia correlacionadas.
profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, espe- § 5o A critério da Administração, o servidor em
cificada em lei, e proporcionais nos demais casos; licença para tratamento de saúde ou aposentado por
II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com invalidez poderá ser convocado a qualquer momento,
proventos proporcionais ao tempo de serviço; para avaliação das condições que ensejaram o
III - voluntariamente: afastamento ou a aposentadoria.
a) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e
aos 30 (trinta) se mulher, com proventos integrais; Art. 189. O provento da aposentadoria será calculado
b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em funções com observância do disposto no § 3o do art. 41, e revisto
de magistério se professor, e 25 (vinte e cinco) se professora, na mesma data e proporção, sempre que se modificar a
com proventos integrais; remuneração dos servidores em atividade.
29
LEGISLAÇÃO
Parágrafo único. São estendidos aos inativos quaisquer III - a mãe e o pai sem economia própria.
benefícios ou vantagens posteriormente concedidas aos ser-
vidores em atividade, inclusive quando decorrentes de trans- Art. 198. Não se configura a dependência econômica
formação ou reclassificação do cargo ou função em que se quando o beneficiário do salário-família perceber rendimen-
deu a aposentadoria. to do trabalho ou de qualquer outra fonte, inclusive pensão
ou provento da aposentadoria, em valor igual ou superior ao
Art. 190. O servidor aposentado com provento pro- salário-mínimo.
porcional ao tempo de serviço se acometido de qualquer
das moléstias especificadas no § 1o do art. 186 desta Lei Art. 199. Quando o pai e mãe forem servidores públi-
e, por esse motivo, for considerado inválido por junta cos e viverem em comum, o salário-família será pago a um
médica oficial passará a perceber provento integral, deles; quando separados, será pago a um e outro, de acordo
calculado com base no fundamento legal de concessão com a distribuição dos dependentes.
da aposentadoria. Parágrafo único. Ao pai e à mãe equiparam-se o pa-
drasto, a madrasta e, na falta destes, os representantes le-
Art. 191. Quando proporcional ao tempo de serviço, o gais dos incapazes.
provento não será inferior a 1/3 (um terço) da remuneração
da atividade. Art. 200. O salário-família não está sujeito a qualquer
tributo, nem servirá de base para qualquer contribuição, in-
Art. 192. (Vetado). clusive para a Previdência Social.
Art. 193. (Revogado). Art. 201. O afastamento do cargo efetivo, sem remune-
ração, não acarreta a suspensão do pagamento do salário-
Art. 194. Ao servidor aposentado será paga a gratifica- -família.
ção natalina, até o dia vinte do mês de dezembro, em valor
equivalente ao respectivo provento, deduzido o adiantamen- Seção IV
to recebido. Da Licença para Tratamento de Saúde
Art. 195. Ao ex-combatente que tenha efetivamente
Art. 202. Será concedida ao servidor licença para trata-
participado de operações bélicas, durante a Segunda Guerra
mento de saúde, a pedido ou de ofício, com base em perícia
Mundial, nos termos da Lei nº 5.315, de 12 de setembro de
médica, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus.
1967, será concedida aposentadoria com provento integral,
aos 25 (vinte e cinco) anos de serviço efetivo.
Art. 203. A licença de que trata o art. 202 desta Lei será
concedida com base em perícia oficial.
Seção II
§ 1o Sempre que necessário, a inspeção médica
Do Auxílio-Natalidade
será realizada na residência do servidor ou no
Art. 196. O auxílio-natalidade é devido à servidora por estabelecimento hospitalar onde se encontrar
motivo de nascimento de filho, em quantia equivalente ao internado.
menor vencimento do serviço público, inclusive no caso de § 2o Inexistindo médico no órgão ou entidade no
natimorto. local onde se encontra ou tenha exercício em caráter
§ 1o Na hipótese de parto múltiplo, o valor será permanente o servidor, e não se configurando as
acrescido de 50% (cinquenta por cento), por nascituro. hipóteses previstas nos parágrafos do art. 230, será
§ 2o O auxílio será pago ao cônjuge ou companheiro aceito atestado passado por médico particular.
servidor público, quando a parturiente não for § 3o No caso do § 2o deste artigo, o atestado somente
servidora. produzirá efeitos depois de recepcionado pela unidade
de recursos humanos do órgão ou entidade.
Seção III § 4o A licença que exceder o prazo de 120 (cento e
Do Salário-Família vinte) dias no período de 12 (doze) meses a contar do
primeiro dia de afastamento será concedida mediante
Art. 197. O salário-família é devido ao servidor ativo ou avaliação por junta médica oficial.
ao inativo, por dependente econômico. § 5o A perícia oficial para concessão da licença de que
Parágrafo único. Consideram-se dependentes econômi- trata o caput deste artigo, bem como nos demais casos
cos para efeito de percepção do salário-família: de perícia oficial previstos nesta Lei, será efetuada por
I - o cônjuge ou companheiro e os filhos, inclusive os cirurgiões-dentistas, nas hipóteses em que abranger o
enteados até 21 (vinte e um) anos de idade ou, se estudan- campo de atuação da odontologia.
te, até 24 (vinte e quatro) anos ou, se inválido, de qualquer
idade; Art. 204. A licença para tratamento de saúde inferior a
II - o menor de 21 (vinte e um) anos que, mediante au- 15 (quinze) dias, dentro de 1 (um) ano, poderá ser dispen-
torização judicial, viver na companhia e às expensas do ser- sada de perícia oficial, na forma definida em regulamento.
vidor, ou do inativo;
30
LEGISLAÇÃO
Art. 205. O atestado e o laudo da junta médica não se Parágrafo único. No caso de adoção ou guarda judicial
referirão ao nome ou natureza da doença, salvo quando se de criança com mais de 1 (um) ano de idade, o prazo de que
tratar de lesões produzidas por acidente em serviço, doença trata este artigo será de 30 (trinta) dias.
profissional ou qualquer das doenças especificadas no art.
186, § 1o. Seção VI
Da Licença por Acidente em Serviço
Art. 206. O servidor que apresentar indícios de lesões
orgânicas ou funcionais será submetido a inspeção médica. Art. 211. Será licenciado, com remuneração integral, o
servidor acidentado em serviço.
Art. 206-A. O servidor será submetido a exames médi-
cos periódicos, nos termos e condições definidos em regula- Art. 212. Configura acidente em serviço o dano físico
mento. ou mental sofrido pelo servidor, que se relacione, mediata ou
Parágrafo único. Para os fins do disposto no caput, a imediatamente, com as atribuições do cargo exercido.
União e suas entidades autárquicas e fundacionais poderão: Parágrafo único. Equipara-se ao acidente em serviço o
I - prestar os exames médicos periódicos diretamente dano:
pelo órgão ou entidade à qual se encontra vinculado o ser- I - decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo
vidor; servidor no exercício do cargo;
II - celebrar convênio ou instrumento de cooperação ou II - sofrido no percurso da residência para o trabalho e
parceria com os órgãos e entidades da administração direta, vice-versa.
suas autarquias e fundações;
III - celebrar convênios com operadoras de plano de as- Art. 213. O servidor acidentado em serviço que necessite
sistência à saúde, organizadas na modalidade de autoges- de tratamento especializado poderá ser tratado em institui-
tão, que possuam autorização de funcionamento do órgão ção privada, à conta de recursos públicos.
regulador, na forma do art. 230; ou Parágrafo único. O tratamento recomendado por junta
IV - prestar os exames médicos periódicos mediante con- médica oficial constitui medida de exceção e somente será
trato administrativo, observado o disposto na Lei no 8.666,
admissível quando inexistirem meios e recursos adequados
de 21 de junho de 1993, e demais normas pertinentes.
em instituição pública.
Seção V
Art. 214. A prova do acidente será feita no prazo de 10
Da Licença à Gestante, à Adotante e da Licença-
(dez) dias, prorrogável quando as circunstâncias o exigirem.
-Paternidade
Seção VII
Art. 207. Será concedida licença à servidora gestante
Da Pensão
por 120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem prejuízo da
remuneração.
§ 1o A licença poderá ter início no primeiro dia do Art. 215. Por morte do servidor, os dependentes, nas hi-
nono mês de gestação, salvo antecipação por prescrição póteses legais, fazem jus à pensão a partir da data de óbito,
médica. observado o limite estabelecido no inciso XI do caput do art.
§ 2o No caso de nascimento prematuro, a licença 37 da Constituição Federal e no art. 2º da Lei nº 10.887, de
terá início a partir do parto. 18 de junho de 2004.
§ 3o No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta)
dias do evento, a servidora será submetida a exame Art. 216. (Revogado)
médico, e se julgada apta, reassumirá o exercício.
§ 4o No caso de aborto atestado por médico oficial, Art. 217. São beneficiários das pensões:
a servidora terá direito a 30 (trinta) dias de repouso I - o cônjuge;
remunerado. II - o cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou
de fato, com percepção de pensão alimentícia estabelecida
Art. 208. Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servi- judicialmente;
dor terá direito à licença-paternidade de 5 (cinco) dias con- III - o companheiro ou companheira que comprove
secutivos. união estável como entidade familiar;
IV - o filho de qualquer condição que atenda a um dos
Art. 209. Para amamentar o próprio filho, até a idade seguintes requisitos:
de seis meses, a servidora lactante terá direito, durante a a) seja menor de 21 (vinte e um) anos;
jornada de trabalho, a uma hora de descanso, que poderá b) seja inválido;
ser parcelada em dois períodos de meia hora. c)
d) tenha deficiência intelectual ou mental, nos termos
Art. 210. À servidora que adotar ou obtiver guarda judi- do regulamento;
cial de criança até 1 (um) ano de idade, serão concedidos 90 V - a mãe e o pai que comprovem dependência econô-
(noventa) dias de licença remunerada. mica do servidor; e
31
LEGISLAÇÃO
VI - o irmão de qualquer condição que comprove depen- interdição, em se tratando de beneficiário com deficiência
dência econômica do servidor e atenda a um dos requisitos intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamen-
previstos no inciso IV. te incapaz, respeitados os períodos mínimos decorrentes da
§ 1º A concessão de pensão aos beneficiários de que aplicação das alíneas “a” e “b” do inciso VII;
tratam os incisos I a IV do caput exclui os beneficiários IV - o implemento da idade de 21 (vinte e um) anos, pelo
referidos nos incisos V e VI. filho ou irmão;
§ 2º A concessão de pensão aos beneficiários de V - a acumulação de pensão na forma do art. 225;
que trata o inciso V do caput exclui o beneficiário VI - a renúncia expressa; e
referido no inciso VI. VII - em relação aos beneficiários de que tratam os inci-
§ 3º O enteado e o menor tutelado equiparam- sos I a III do caput do art. 217:
se a filho mediante declaração do servidor e desde a) o decurso de 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer sem
que comprovada dependência econômica, na forma que o servidor tenha vertido 18 (dezoito) contribuições men-
estabelecida em regulamento. sais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido ini-
ciados em menos de 2 (dois) anos antes do óbito do servidor;
Art. 218. Ocorrendo habilitação de vários titulares à b) o decurso dos seguintes períodos, estabelecidos de
pensão, o seu valor será distribuído em partes iguais entre os acordo com a idade do pensionista na data de óbito do ser-
beneficiários habilitados. vidor, depois de vertidas 18 (dezoito) contribuições mensais
e pelo menos 2 (dois) anos após o início do casamento ou da
Art. 219. A pensão poderá ser requerida a qualquer união estável:
tempo, prescrevendo tão-somente as prestações exigíveis há 1) 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de
mais de 5 (cinco) anos. idade;
Parágrafo único. Concedida a pensão, qualquer prova 2) 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis)
posterior ou habilitação tardia que implique exclusão de be- anos de idade;
neficiário ou redução de pensão só produzirá efeitos a partir 3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e
da data em que for oferecida. nove) anos de idade;
4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta)
anos de idade;
Art. 220. Perde o direito à pensão por morte:
5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (qua-
I - após o trânsito em julgado, o beneficiário condenado
renta e três) anos de idade;
pela prática de crime de que tenha dolosamente resultado a
6) vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos
morte do servidor;
de idade.
II - o cônjuge, o companheiro ou a companheira se com-
§ 1º A critério da administração, o beneficiário de
provada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no casa-
pensão cuja preservação seja motivada por invalidez,
mento ou na união estável, ou a formalização desses com o
por incapacidade ou por deficiência poderá ser
fim exclusivo de constituir benefício previdenciário, apuradas convocado a qualquer momento para avaliação das
em processo judicial no qual será assegurado o direito ao referidas condições.
contraditório e à ampla defesa. § 2º Serão aplicados, conforme o caso, a regra
contida no inciso III ou os prazos previstos na alínea “b”
Art. 221. Será concedida pensão provisória por morte do inciso VII, ambos do caput, se o óbito do servidor
presumida do servidor, nos seguintes casos: decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença
I - declaração de ausência, pela autoridade judiciária profissional ou do trabalho, independentemente do
competente; recolhimento de 18 (dezoito) contribuições mensais ou
II - desaparecimento em desabamento, inundação, in- da comprovação de 2 (dois) anos de casamento ou de
cêndio ou acidente não caracterizado como em serviço; união estável.
III - desaparecimento no desempenho das atribuições do § 3º Após o transcurso de pelo menos 3 (três) anos
cargo ou em missão de segurança. e desde que nesse período se verifique o incremento
Parágrafo único. A pensão provisória será transformada mínimo de um ano inteiro na média nacional única,
em vitalícia ou temporária, conforme o caso, decorridos 5 para ambos os sexos, correspondente à expectativa de
(cinco) anos de sua vigência, ressalvado o eventual reapare- sobrevida da população brasileira ao nascer, poderão
cimento do servidor, hipótese em que o benefício será auto- ser fixadas, em números inteiros, novas idades para os
maticamente cancelado. fins previstos na alínea “b” do inciso VII do caput, em
ato do Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento
Art. 222. Acarreta perda da qualidade de beneficiário: e Gestão, limitado o acréscimo na comparação com as
I - o seu falecimento; idades anteriores ao referido incremento.
II - a anulação do casamento, quando a decisão ocorrer § 4º O tempo de contribuição a Regime Próprio
após a concessão da pensão ao cônjuge; de Previdência Social (RPPS) ou ao Regime Geral
III - a cessação da invalidez, em se tratando de benefi- de Previdência Social (RGPS) será considerado na
ciário inválido, o afastamento da deficiência, em se tratan- contagem das 18 (dezoito) contribuições mensais
do de beneficiário com deficiência, ou o levantamento da referidas nas alíneas “a” e “b” do inciso VII do caput.
32
LEGISLAÇÃO
Art. 224. As pensões serão automaticamente atualiza- Art. 230. A assistência à saúde do servidor, ativo ou ina-
das na mesma data e na mesma proporção dos reajustes tivo, e de sua família compreende assistência médica, hos-
dos vencimentos dos servidores, aplicando-se o disposto no pitalar, odontológica, psicológica e farmacêutica, terá como
parágrafo único do art. 189. diretriz básica o implemento de ações preventivas voltadas
para a promoção da saúde e será prestada pelo Sistema Úni-
Art. 225. Ressalvado o direito de opção, é vedada a per- co de Saúde – SUS, diretamente pelo órgão ou entidade ao
cepção cumulativa de pensão deixada por mais de um côn- qual estiver vinculado o servidor, ou mediante convênio ou
juge ou companheiro ou companheira e de mais de 2 (duas) contrato, ou ainda na forma de auxílio, mediante ressarci-
pensões. mento parcial do valor despendido pelo servidor, ativo ou
inativo, e seus dependentes ou pensionistas com planos ou
Seção VIII seguros privados de assistência à saúde, na forma estabele-
Do Auxílio-Funeral cida em regulamento.
§ 1o Nas hipóteses previstas nesta Lei em que
Art. 226. O auxílio-funeral é devido à família do servi- seja exigida perícia, avaliação ou inspeção médica,
dor falecido na atividade ou aposentado, em valor equiva- na ausência de médico ou junta médica oficial, para
lente a um mês da remuneração ou provento. a sua realização o órgão ou entidade celebrará,
§ 1º No caso de acumulação legal de cargos, o preferencialmente, convênio com unidades de
auxílio será pago somente em razão do cargo de maior atendimento do sistema público de saúde, entidades
remuneração. sem fins lucrativos declaradas de utilidade pública, ou
§ 2º (VETADO). com o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS.
§ 3º O auxílio será pago no prazo de 48 (quarenta e § 2o Na impossibilidade, devidamente justificada,
oito) horas, por meio de procedimento sumaríssimo, à da aplicação do disposto no parágrafo anterior, o órgão
pessoa da família que houver custeado o funeral. ou entidade promoverá a contratação da prestação
de serviços por pessoa jurídica, que constituirá junta
Art. 227. Se o funeral for custeado por terceiro, este será médica especificamente para esses fins, indicando os
nomes e especialidades dos seus integrantes, com a
indenizado, observado o disposto no artigo anterior.
comprovação de suas habilitações e de que não estejam
respondendo a processo disciplinar junto à entidade
Art. 228. Em caso de falecimento de servidor em servi-
fiscalizadora da profissão.
ço fora do local de trabalho, inclusive no exterior, as despe-
§ 3o Para os fins do disposto no caput deste
sas de transporte do corpo correrão à conta de recursos da
artigo, ficam a União e suas entidades autárquicas e
União, autarquia ou fundação pública.
fundacionais autorizadas a:
I - celebrar convênios exclusivamente para a prestação
Seção IX
de serviços de assistência à saúde para os seus servidores
Do Auxílio-Reclusão
ou empregados ativos, aposentados, pensionistas, bem como
para seus respectivos grupos familiares definidos, com en-
Art. 229. À família do servidor ativo é devido o auxílio- tidades de autogestão por elas patrocinadas por meio de
-reclusão, nos seguintes valores: instrumentos jurídicos efetivamente celebrados e publicados
I - dois terços da remuneração, quando afastado por até 12 de fevereiro de 2006 e que possuam autorização de
motivo de prisão, em flagrante ou preventiva, determinada funcionamento do órgão regulador, sendo certo que os con-
pela autoridade competente, enquanto perdurar a prisão; vênios celebrados depois dessa data somente poderão sê-lo
II - metade da remuneração, durante o afastamento, em na forma da regulamentação específica sobre patrocínio de
virtude de condenação, por sentença definitiva, a pena que autogestões, a ser publicada pelo mesmo órgão regulador,
não determine a perda de cargo. no prazo de 180 (cento e oitenta) dias da vigência desta Lei,
§ 1º Nos casos previstos no inciso I deste artigo, o normas essas também aplicáveis aos convênios existentes
servidor terá direito à integralização da remuneração, até 12 de fevereiro de 2006;
desde que absolvido. II - contratar, mediante licitação, na forma da Lei
§ 2º O pagamento do auxílio-reclusão cessará a no 8.666, de 21 de junho de 1993, operadoras de planos
partir do dia imediato àquele em que o servidor for e seguros privados de assistência à saúde que possuam
posto em liberdade, ainda que condicional. autorização de funcionamento do órgão regulador;
§ 3º Ressalvado o disposto neste artigo, o auxílio- III - (VETADO)
reclusão será devido, nas mesmas condições da pensão § 4o (VETADO)
por morte, aos dependentes do segurado recolhido à § 5o O valor do ressarcimento fica limitado ao total
prisão. despendido pelo servidor ou pensionista civil com
plano ou seguro privado de assistência à saúde.
33
LEGISLAÇÃO
34
LEGISLAÇÃO
Art. 245. A licença especial disciplinada pelo art. 116 tos escusos entre alguns administradores públicos inescru-
da Lei nº 1.711, de 1952, ou por outro diploma legal, fica pulosos e particulares, com o que prejudicada, em última
transformada em licença-prêmio por assiduidade, na forma análise, seria a Administração Pública, gestora dos interes-
prevista nos arts. 87 a 90. ses públicos”.
Art. 246. (VETADO). Deste modo, Carvalho Filho2 conceitua licitação como
Art. 247. Para efeito do disposto no Título VI desta Lei, “o procedimento administrativo vinculado por meio do
haverá ajuste de contas com a Previdência Social, correspon- qual os entes da Administração Pública e aqueles por ela
dente ao período de contribuição por parte dos servidores controlados selecionam a melhor proposta entre as ofe-
celetistas abrangidos pelo art. 243. (Redação dada pela Lei recidas pelos vários interessados, com dois objetivos – a
nº 8.162, de 8.1.91) celebração de contrato, ou a obtenção do melhor trabalho
Art. 248. As pensões estatutárias, concedidas até a vi- técnico, artístico ou científico”.
gência desta Lei, passam a ser mantidas pelo órgão ou enti- Logo, a licitação é um procedimento administrativo
que tem por finalidade evitar práticas fraudulentas na Ad-
dade de origem do servidor.
ministração Pública, garantindo a contratação do serviço
Art. 249. Até a edição da lei prevista no § 1o do art.
ou produto que melhor atenda às expectativas de custo-
231, os servidores abrangidos por esta Lei contribuirão na
-benefício para o aparato público.
forma e nos percentuais atualmente estabelecidos para o
servidor civil da União conforme regulamento próprio. Objeto e finalidade
Art. 250. O servidor que já tiver satisfeito ou vier a sa- O objeto é a aquisição de bens e serviços pela Admi-
tisfazer, dentro de 1 (um) ano, as condições necessárias para nistração Pública. A finalidade da licitação deve ser sempre
a aposentadoria nos termos do inciso II do art. 184 do an- atender o interesse público, buscar a proposta mais vanta-
tigo Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União, Lei josa, existindo igualdade de condições, além dos demais
n° 1.711, de 28 de outubro de 1952, aposentar-se-á com a princípios resguardados pela constituição.
vantagem prevista naquele dispositivo. (Mantido pelo
Congresso Nacional) Destinatários.
Art. 251. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 252. Esta Lei entra em vigor na data de sua publica- Além do próprio Poder Público, também são destina-
ção, com efeitos financeiros a partir do primeiro dia do mês tários os licitantes interessados em contratar com o Poder
subsequente. Público e qualquer pessoa interessada em saber sobre os
Art. 253. Ficam revogadas a Lei nº 1.711, de 28 de ou- procedimentos público de licitação.
tubro de 1952, e respectiva legislação complementar, bem
como as demais disposições em contrário. Princípios.
Brasília, 11 de dezembro de 1990; 169o da Independência Entre outros, os princípios que regem a licitação são:
e 102o da República. legalidade, impessoalidade, moralidade, igualdade, publi-
cidade, probidade administrativa, vinculação ao instrumen-
to convocatório e julgamento objetivo.
“- Legalidade: É aquele que prevê que só é possível
LEI FEDERAL Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO fazer o que está previsto na Lei;
DE 1993. - Impessoalidade: O interesse da Administração preva-
lece acima dos interesses pessoais;
- Moralidade: As regras morais vigentes devem ser
obedecidas em conjunto com as leis em vigor;
Licitações
- Igualdade: Todos são iguais perante a Lei. Não pode
haver discriminação nem beneficiamento entre os partici-
Objeto e finalidade.
pantes da licitação;
- Publicidade: A licitação não pode ser sigilosa. As de-
Conceito cisões tomadas durante a licitação devem ser públicas. É a
Licitação é o processo pelo qual a Administração Pú- transparência do processo licitatório.
blica contrata serviços e adquire bens dos particulares, evi- - Probidade administrativa: A licitação deve ser proces-
tando-se que a escolha dos contratados seja fraudulenta e sada por pessoas que tenham honestidade;
prejudicial ao Estado em favor dos interesses particulares - Vinculação ao instrumento convocatório: O Edital é a
do governante. lei entre quem promove e quem participa da licitação, não
Segundo Carvalho Filho1, “não poderia a lei deixar ao podendo ser descumprido;
exclusivo critério do administrador a escolha das pessoas - Julgamento objetivo: As propostas dos licitantes de-
a serem contratadas, porque, fácil é prever, essa liberdade vem ser julgadas de acordo com o que diz o Edital”3.
daria margem a escolhas impróprias, ou mesmo a concer- 2 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito ad-
1 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito ad- ministrativo. 23. ed. Rio de Janeiro: Lumen juris, 2010.
ministrativo. 23. ed. Rio de Janeiro: Lumen juris, 2010. 3 http://www.sebrae.com.br/
35
LEGISLAÇÃO
36
LEGISLAÇÃO
- Aquisição de Componentes em Garantia: Caso a aqui- Contratação de empresa ou pessoa física com notória
sição do componente ou material seja necessário para ma- experiência para execução de serviços técnicos. Este tipo
nutenção de equipamentos durante o período de garantia. de contratação se alimenta do passado, de desempenhos
Deverá a Administração comprá-lo do fornecedor original anteriores, estudos, experiências, publicações, nenhum cri-
deste equipamento, quando a condição de exclusividade tério é indicado para orientar ou informar como e de que
for indispensável para a vigência do prazo de garantia. modo a Administração pode concluir que o trabalho de um
- Abastecimento em Trânsito: Para abastecimento de profissional ou empresa é o mais adequado à plena satisfa-
embarcações, navios, tropas e seus meios de deslocamento ção do objeto do contrato.
quando em eventual curta duração, por motivo de movi- * Profissional Artista:
Contratação de profissional de qualquer setor artísti-
mentação operacional e for comprovado que compromete
co, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde
a normalidade os propósitos da operação, desde que o va- que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião
lor não exceda ao limite previsto para dispensa de licitação. pública”6.
- Compra de materiais de uso pelas forças armadas:
Sujeito à verificação conforme material, ressaltando que as Modalidades.
compras de material de uso pessoal e administrativo sujei-
tam-se ao regular certame licitatório. Prosseguindo o estudo, quanto às modalidades de li-
- Associação de portadores de deficiência física: A con- citação, podem ser apontadas as seguintes modalidades:
tratação desta associação deverá seguir as seguintes exi- Concorrência, tomada de preços, convite, concurso e leilão
gências: Não poderá ter fins lucrativos; comprovar idonei- (artigo 22, Lei nº 8.666/1993). Dos parágrafos 1º a 5º, o
dade, preço compatível com o mercado”5. artigo 22 conceitua cada uma das modalidades:
“Na inexigibilidade, a contratação se dá em razão da
inviabilidade da competição ou da desnecessidade do pro- § 1º Concorrência é a modalidade de licitação entre
quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação
cedimento licitatório. Na inexigibilidade, as hipóteses do
preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de
artigo 25 da Lei 8666 de 1993, autorizam o administrador qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.
público, após comprovada a inviabilidade ou desnecessi- § 2º Tomada de preços é a modalidade de licitação entre
dade de licitação, contratar diretamente o fornecimento do interessados devidamente cadastrados ou que atenderem
produto ou a execução dos serviços. É importante observar a todas as condições exigidas para cadastramento até o
que o rol descrito neste artigo, não abrange todas as hi- terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas,
póteses de inexigibilidade. A licitação poderá ser inexigível observada a necessária qualificação.
quando: § 3º Convite é a modalidade de licitação entre
* Fornecedor Exclusivo: interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados
- Exclusividade Comercial: somente um representan- ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de
te ou comerciante tem o bem a ser adquirido, um grande 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em
exemplo disto seria medicamentos. local apropriado, cópia do instrumento convocatório e
- Exclusividade Industrial: somente quando um produ- o estenderá aos demais cadastrados na correspondente
especialidade que manifestarem seu interesse com
tor ou indústria se acha em condições materiais e legais de
antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da
produzir o bem e fornecê-los a Administração apresentação das propostas.
Aplica-se a inexigibilidade quando comprovada por § 4º Concurso é a modalidade de licitação entre
meio de fornecimento de Atestado de Exclusividade de quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico,
venda ou fabricação emitido pelo órgão de registro do co- científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios
mércio para o local em que se realizará a licitação. ou remuneração aos vencedores, conforme critérios
* Singularidade para contratação de serviços técnicos: constantes de edital publicado na imprensa oficial com
Somente poderão ser contratados aqueles enumerados no antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.
artigo 13 da Lei 8666/93 § 5º Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer
- estudos Técnicos; interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a
- planejamentos e projetos básicos ou executivos; administração ou de produtos legalmente apreendidos ou
- pareceres, perícias e avaliação em geral; penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista
- acessórias ou consultorias técnicas e auditorias finan- no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior
ao valor da avaliação.
ceiras ou tributárias;
- fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras Por sua vez, a LEI Nº 10.520, DE 17 DE JULHO DE
e serviços; 2002, trabalha com uma modalidade adicional de lici-
- patrocínio ou defesa de causas judiciais ou adminis- tação, o pregão. É a modalidade de licitação voltada à
trativas; aquisição de bens e serviços comuns, assim considerados
- treinamento e aperfeiçoamento de pessoal; aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade
- restauração de obras de arte e bens de valor histórico. possam ser objetivamente definidos no edital por meio de
* Notória Especialização: especificações do mercado.
5 http://www.licitacao.net/ 6 http://www.licitacao.net/
37
LEGISLAÇÃO
38
LEGISLAÇÃO
39
LEGISLAÇÃO
§ 6º A margem de preferência de que trata o § 5º será § 15. As preferências dispostas neste artigo prevalecem
estabelecida com base em estudos revistos periodicamente, sobre as demais preferências previstas na legislação
em prazo não superior a 5 (cinco) anos, que levem em quando estas forem aplicadas sobre produtos ou serviços
consideração: estrangeiros.
I - geração de emprego e renda;
II - efeito na arrecadação de tributos federais, estaduais Art. 4º Todos quantos participem de licitação promovi-
e municipais; da pelos órgãos ou entidades a que se refere o art. 1º têm
III - desenvolvimento e inovação tecnológica realizados direito público subjetivo à fiel observância do pertinente pro-
no País; cedimento estabelecido nesta lei, podendo qualquer cidadão
IV - custo adicional dos produtos e serviços; e acompanhar o seu desenvolvimento, desde que não interfira
V - em suas revisões, análise retrospectiva de resultados. de modo a perturbar ou impedir a realização dos trabalhos.
Parágrafo único. O procedimento licitatório previsto
§ 7º Para os produtos manufaturados e serviços
nesta lei caracteriza ato administrativo formal, seja ele pra-
nacionais resultantes de desenvolvimento e inovação
ticado em qualquer esfera da Administração Pública.
tecnológica realizados no País, poderá ser estabelecido
margem de preferência adicional àquela prevista no § 5º. Art. 5º Todos os valores, preços e custos utilizados nas
§ 8º As margens de preferência por produto, serviço, licitações terão como expressão monetária a moeda corrente
grupo de produtos ou grupo de serviços, a que se referem nacional, ressalvado o disposto no art. 42 desta Lei, devendo
os §§ 5º e 7º, serão definidas pelo Poder Executivo federal, cada unidade da Administração, no pagamento das obriga-
não podendo a soma delas ultrapassar o montante de ções relativas ao fornecimento de bens, locações, realização
25% (vinte e cinco por cento) sobre o preço dos produtos de obras e prestação de serviços, obedecer, para cada fonte
manufaturados e serviços estrangeiros. diferenciada de recursos, a estrita ordem cronológica das da-
§ 9º As disposições contidas nos §§ 5º e 7º deste artigo tas de suas exigibilidades, salvo quando presentes relevantes
não se aplicam aos bens e aos serviços cuja capacidade de razões de interesse público e mediante prévia justificativa da
produção ou prestação no País seja inferior: autoridade competente, devidamente publicada.
I - à quantidade a ser adquirida ou contratada; ou § 1º Os créditos a que se refere este artigo terão
II - ao quantitativo fixado com fundamento no § 7º do seus valores corrigidos por critérios previstos no ato
art. 23 desta Lei, quando for o caso. convocatório e que lhes preservem o valor.
§ 10. A margem de preferência a que se refere o § § 2º A correção de que trata o parágrafo anterior cujo
5º poderá ser estendida, total ou parcialmente, aos bens pagamento será feito junto com o principal, correrá à conta
das mesmas dotações orçamentárias que atenderam aos
e serviços originários dos Estados Partes do Mercado
créditos a que se referem.
Comum do Sul - Mercosul.
§ 3º Observados o disposto no caput, os pagamentos
§ 11. Os editais de licitação para a contratação de bens,
decorrentes de despesas cujos valores não ultrapassem o
serviços e obras poderão, mediante prévia justificativa limite de que trata o inciso II do art. 24, sem prejuízo do
da autoridade competente, exigir que o contratado que dispõe seu parágrafo único, deverão ser efetuados no
promova, em favor de órgão ou entidade integrante da prazo de até 5 (cinco) dias úteis, contados da apresentação
administração pública ou daqueles por ela indicados a da fatura.
partir de processo isonômico, medidas de compensação
comercial, industrial, tecnológica ou acesso a condições Art. 5o-A. As normas de licitações e contratos devem pri-
vantajosas de financiamento, cumulativamente ou não, na vilegiar o tratamento diferenciado e favorecido às microem-
forma estabelecida pelo Poder Executivo federal. presas e empresas de pequeno porte na forma da lei.
§ 12. Nas contratações destinadas à implantação,
manutenção e ao aperfeiçoamento dos sistemas de Seção II
tecnologia de informação e comunicação, considerados Das Definições
estratégicos em ato do Poder Executivo federal, a licitação
poderá ser restrita a bens e serviços com tecnologia Art. 6º Para os fins desta Lei, considera-se:
desenvolvida no País e produzidos de acordo com o I - Obra - toda construção, reforma, fabricação, recupe-
processo produtivo básico de que trata a Lei nº 10.176, de ração ou ampliação, realizada por execução direta ou indi-
reta;
11 de janeiro de 2001.
II - Serviço - toda atividade destinada a obter determi-
§ 13. Será divulgada na internet, a cada exercício
nada utilidade de interesse para a Administração, tais como:
financeiro, a relação de empresas favorecidas em
demolição, conserto, instalação, montagem, operação, con-
decorrência do disposto nos §§ 5º, 7º, 10, 11 e 12 deste servação, reparação, adaptação, manutenção, transporte,
artigo, com indicação do volume de recursos destinados a locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico-
cada uma delas. -profissionais;
§ 14. As preferências definidas neste artigo e nas III - Compra - toda aquisição remunerada de bens para
demais normas de licitação e contratos devem privilegiar o fornecimento de uma só vez ou parceladamente;
tratamento diferenciado e favorecido às microempresas e IV - Alienação - toda transferência de domínio de bens
empresas de pequeno porte na forma da lei. a terceiros;
40
LEGISLAÇÃO
V - Obras, serviços e compras de grande vulto - aquelas f) orçamento detalhado do custo global da obra, funda-
cujo valor estimado seja superior a 25 (vinte e cinco) vezes o mentado em quantitativos de serviços e fornecimentos pro-
limite estabelecido na alínea “c” do inciso I do art. 23 desta priamente avaliados;
Lei; X - Projeto Executivo - o conjunto dos elementos neces-
VI - Seguro-Garantia - o seguro que garante o fiel cum- sários e suficientes à execução completa da obra, de acordo
primento das obrigações assumidas por empresas em licita- com as normas pertinentes da Associação Brasileira de Nor-
ções e contratos; mas Técnicas - ABNT;
VII - Execução direta - a que é feita pelos órgãos e enti- XI - Administração Pública - a administração direta e in-
dades da Administração, pelos próprios meios; direta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Muni-
VIII - Execução indireta - a que o órgão ou entidade con- cípios, abrangendo inclusive as entidades com personalidade
trata com terceiros sob qualquer dos seguintes regimes: jurídica de direito privado sob controle do poder público e
a) empreitada por preço global - quando se contrata a das fundações por ele instituídas ou mantidas;
execução da obra ou do serviço por preço certo e total; XII - Administração - órgão, entidade ou unidade admi-
b) empreitada por preço unitário - quando se contrata a nistrativa pela qual a Administração Pública opera e atua
execução da obra ou do serviço por preço certo de unidades concretamente;
determinadas; XIII - Imprensa Oficial - veículo oficial de divulgação da
c) (Vetado). Administração Pública, sendo para a União o Diário Oficial
d) tarefa - quando se ajusta mão-de-obra para peque- da União, e, para os Estados, o Distrito Federal e os Municí-
nos trabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento de pios, o que for definido nas respectivas leis; (Redação dada
materiais; pela Lei nº 8.883, de 1994)
e) empreitada integral - quando se contrata um em- XIV - Contratante - é o órgão ou entidade signatária do
preendimento em sua integralidade, compreendendo todas instrumento contratual;
as etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob XV - Contratado - a pessoa física ou jurídica signatária
inteira responsabilidade da contratada até a sua entrega ao de contrato com a Administração Pública;
contratante em condições de entrada em operação, atendi- XVI - Comissão - comissão, permanente ou especial,
criada pela Administração com a função de receber, exami-
dos os requisitos técnicos e legais para sua utilização em
nar e julgar todos os documentos e procedimentos relativos
condições de segurança estrutural e operacional e com as
às licitações e ao cadastramento de licitantes.
características adequadas às finalidades para que foi con-
XVII - produtos manufaturados nacionais - produtos
tratada;
manufaturados, produzidos no território nacional de acordo
IX - Projeto Básico - conjunto de elementos necessários
com o processo produtivo básico ou com as regras de origem
e suficientes, com nível de precisão adequado, para carac-
estabelecidas pelo Poder Executivo federal;
terizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços
XVIII - serviços nacionais - serviços prestados no País,
objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos
nas condições estabelecidas pelo Poder Executivo federal;
estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade XIX - sistemas de tecnologia de informação e comuni-
técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do cação estratégicos - bens e serviços de tecnologia da infor-
empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da mação e comunicação cuja descontinuidade provoque dano
obra e a definição dos métodos e do prazo de execução, de- significativo à administração pública e que envolvam pelo
vendo conter os seguintes elementos: menos um dos seguintes requisitos relacionados às infor-
a) desenvolvimento da solução escolhida de forma a mações críticas: disponibilidade, confiabilidade, segurança e
fornecer visão global da obra e identificar todos os seus ele- confidencialidade.
mentos constitutivos com clareza; XX - produtos para pesquisa e desenvolvimento - bens,
b) soluções técnicas globais e localizadas, suficiente- insumos, serviços e obras necessários para atividade de pes-
mente detalhadas, de forma a minimizar a necessidade de quisa científica e tecnológica, desenvolvimento de tecnolo-
reformulação ou de variantes durante as fases de elaboração gia ou inovação tecnológica, discriminados em projeto de
do projeto executivo e de realização das obras e montagem; pesquisa aprovado pela instituição contratante.
c) identificação dos tipos de serviços a executar e de ma-
teriais e equipamentos a incorporar à obra, bem como suas Seção III
especificações que assegurem os melhores resultados para o Das Obras e Serviços
empreendimento, sem frustrar o caráter competitivo para a
sua execução; Art. 7º As licitações para a execução de obras e para a
d) informações que possibilitem o estudo e a dedução prestação de serviços obedecerão ao disposto neste artigo e,
de métodos construtivos, instalações provisórias e condições em particular, à seguinte sequência:
organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter competi- I - projeto básico;
tivo para a sua execução; II - projeto executivo;
e) subsídios para montagem do plano de licitação e ges- III - execução das obras e serviços.
tão da obra, compreendendo a sua programação, a estraté- § 1º A execução de cada etapa será obrigatoriamente
gia de suprimentos, as normas de fiscalização e outros dados precedida da conclusão e aprovação, pela autoridade
necessários em cada caso; competente, dos trabalhos relativos às etapas anteriores,
41
LEGISLAÇÃO
à exceção do projeto executivo, o qual poderá ser Art. 9º Não poderá participar, direta ou indiretamente,
desenvolvido concomitantemente com a execução das da licitação ou da execução de obra ou serviço e do forneci-
obras e serviços, desde que também autorizado pela mento de bens a eles necessários:
Administração. I - o autor do projeto, básico ou executivo, pessoa física
§ 2º As obras e os serviços somente poderão ser ou jurídica;
licitados quando: II - empresa, isoladamente ou em consórcio, responsável
I - houver projeto básico aprovado pela autoridade com- pela elaboração do projeto básico ou executivo ou da qual o
petente e disponível para exame dos interessados em parti- autor do projeto seja dirigente, gerente, acionista ou detentor
cipar do processo licitatório; de mais de 5% (cinco por cento) do capital com direito a voto
II - existir orçamento detalhado em planilhas que ex- ou controlador, responsável técnico ou subcontratado;
pressem a composição de todos os seus custos unitários; III - servidor ou dirigente de órgão ou entidade contratan-
III - houver previsão de recursos orçamentários que as- te ou responsável pela licitação.
segurem o pagamento das obrigações decorrentes de obras § 1º É permitida a participação do autor do projeto
ou serviços a serem executadas no exercício financeiro em ou da empresa a que se refere o inciso II deste artigo, na
curso, de acordo com o respectivo cronograma; licitação de obra ou serviço, ou na execução, como consultor
IV - o produto dela esperado estiver contemplado nas ou técnico, nas funções de fiscalização, supervisão ou geren-
metas estabelecidas no Plano Plurianual de que trata o art. ciamento, exclusivamente a serviço da Administração interes-
165 da Constituição Federal, quando for o caso. sada.
§ 3º É vedado incluir no objeto da licitação a obtenção § 2º O disposto neste artigo não impede a licitação ou
de recursos financeiros para sua execução, qualquer que contratação de obra ou serviço que inclua a elaboração de
seja a sua origem, exceto nos casos de empreendimentos projeto executivo como encargo do contratado ou pelo
executados e explorados sob o regime de concessão, nos preço previamente fixado pela Administração.
termos da legislação específica. § 3º Considera-se participação indireta, para fins do
§ 4º É vedada, ainda, a inclusão, no objeto da licitação, disposto neste artigo, a existência de qualquer vínculo
de fornecimento de materiais e serviços sem previsão de
de natureza técnica, comercial, econômica, financeira ou
quantidades ou cujos quantitativos não correspondam às
trabalhista entre o autor do projeto, pessoa física ou jurídica,
previsões reais do projeto básico ou executivo.
e o licitante ou responsável pelos serviços, fornecimentos e
§ 5º É vedada a realização de licitação cujo objeto
obras, incluindo-se os fornecimentos de bens e serviços a
inclua bens e serviços sem similaridade ou de marcas,
estes necessários.
características e especificações exclusivas, salvo nos casos
§ 4º O disposto no parágrafo anterior aplica-se aos
em que for tecnicamente justificável, ou ainda quando
membros da comissão de licitação.
o fornecimento de tais materiais e serviços for feito
sob o regime de administração contratada, previsto e
discriminado no ato convocatório. Art. 10. As obras e serviços poderão ser executados nas
§ 6º A infringência do disposto neste artigo seguintes formas:
implica a nulidade dos atos ou contratos realizados e a I - execução direta;
responsabilidade de quem lhes tenha dado causa. II - execução indireta, nos seguintes regimes:
§ 7º Não será ainda computado como valor da obra ou a) empreitada por preço global;
serviço, para fins de julgamento das propostas de preços, a b) empreitada por preço unitário;
atualização monetária das obrigações de pagamento, desde c) (Vetado).
a data final de cada período de aferição até a do respectivo d) tarefa;
pagamento, que será calculada pelos mesmos critérios e) empreitada integral.
estabelecidos obrigatoriamente no ato convocatório. Parágrafo único. (Vetado).
§ 8º Qualquer cidadão poderá requerer à Administração
Pública os quantitativos das obras e preços unitários de Art. 11. As obras e serviços destinados aos mesmos fins
determinada obra executada. terão projetos padronizados por tipos, categorias ou classes,
§ 9º O disposto neste artigo aplica-se também, no exceto quando o projeto-padrão não atender às condições
que couber, aos casos de dispensa e de inexigibilidade de peculiares do local ou às exigências específicas do empreen-
licitação. dimento.
Art. 8º A execução das obras e dos serviços deve pro- Art. 12. Nos projetos básicos e projetos executivos de
gramar-se, sempre, em sua totalidade, previstos seus custos obras e serviços serão considerados principalmente os seguin-
atual e final e considerados os prazos de sua execução. tes requisitos:
Parágrafo único. É proibido o retardamento imotivado I - segurança;
da execução de obra ou serviço, ou de suas parcelas, se exis- II - funcionalidade e adequação ao interesse público;
tente previsão orçamentária para sua execução total, salvo III - economia na execução, conservação e operação;
insuficiência financeira ou comprovado motivo de ordem IV - possibilidade de emprego de mão-de-obra, materiais,
técnica, justificados em despacho circunstanciado da auto- tecnologia e matérias-primas existentes no local para execu-
ridade a que se refere o art. 26 desta Lei. ção, conservação e operação;
42
LEGISLAÇÃO
V - facilidade na execução, conservação e operação, sem V - balizar-se pelos preços praticados no âmbito dos ór-
prejuízo da durabilidade da obra ou do serviço; gãos e entidades da Administração Pública.
VI - adoção das normas técnicas, de saúde e de seguran- § 1º O registro de preços será precedido de ampla
ça do trabalho adequadas; pesquisa de mercado.
VII - impacto ambiental. § 2º Os preços registrados serão publicados
trimestralmente para orientação da Administração, na
Seção IV imprensa oficial.
Dos Serviços Técnicos Profissionais Especializados § 3º O sistema de registro de preços será regulamentado
por decreto, atendidas as peculiaridades regionais,
Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram-se serviços observadas as seguintes condições:
técnicos profissionais especializados os trabalhos relativos a: I - seleção feita mediante concorrência;
I - estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou II - estipulação prévia do sistema de controle e atualiza-
executivos; ção dos preços registrados;
II - pareceres, perícias e avaliações em geral; III - validade do registro não superior a um ano.
III - assessorias ou consultorias técnicas e auditorias fi- § 4º A existência de preços registrados não obriga a
nanceiras ou tributárias; Administração a firmar as contratações que deles poderão
IV - fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras advir, ficando-lhe facultada a utilização de outros meios,
ou serviços; respeitada a legislação relativa às licitações, sendo
V - patrocínio ou defesa de causas judiciais ou adminis- assegurado ao beneficiário do registro preferência em
trativas; igualdade de condições.
VI - treinamento e aperfeiçoamento de pessoal; § 5º O sistema de controle originado no quadro geral
VII - restauração de obras de arte e bens de valor his- de preços, quando possível, deverá ser informatizado.
tórico. § 6º Qualquer cidadão é parte legítima para
VIII - (Vetado). impugnar preço constante do quadro geral em razão de
§ 1º Ressalvados os casos de inexigibilidade de incompatibilidade desse com o preço vigente no mercado.
licitação, os contratos para a prestação de serviços técnicos § 7º Nas compras deverão ser observadas, ainda:
profissionais especializados deverão, preferencialmente, I - a especificação completa do bem a ser adquirido sem
ser celebrados mediante a realização de concurso, com
indicação de marca;
estipulação prévia de prêmio ou remuneração.
II - a definição das unidades e das quantidades a serem
§ 2º Aos serviços técnicos previstos neste artigo aplica-
adquiridas em função do consumo e utilização prováveis,
se, no que couber, o disposto no art. 111 desta Lei.
cuja estimativa será obtida, sempre que possível, mediante
§ 3º A empresa de prestação de serviços técnicos
adequadas técnicas quantitativas de estimação;
especializados que apresente relação de integrantes de
III - as condições de guarda e armazenamento que não
seu corpo técnico em procedimento licitatório ou como
permitam a deterioração do material.
elemento de justificação de dispensa ou inexigibilidade
§ 8º O recebimento de material de valor superior ao
de licitação, ficará obrigada a garantir que os referidos
integrantes realizem pessoal e diretamente os serviços limite estabelecido no art. 23 desta Lei, para a modalidade
objeto do contrato. de convite, deverá ser confiado a uma comissão de, no
mínimo, 3 (três) membros.
Seção V
Das Compras Art. 16. Será dada publicidade, mensalmente, em órgão
de divulgação oficial ou em quadro de avisos de amplo aces-
Art. 14. Nenhuma compra será feita sem a adequada so público, à relação de todas as compras feitas pela Admi-
caracterização de seu objeto e indicação dos recursos orça- nistração Direta ou Indireta, de maneira a clarificar a identi-
mentários para seu pagamento, sob pena de nulidade do ato ficação do bem comprado, seu preço unitário, a quantidade
e responsabilidade de quem lhe tiver dado causa. adquirida, o nome do vendedor e o valor total da operação,
podendo ser aglutinadas por itens as compras feitas com dis-
Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão: pensa e inexigibilidade de licitação.
I - atender ao princípio da padronização, que imponha Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica
compatibilidade de especificações técnicas e de desempe- aos casos de dispensa de licitação previstos no inciso IX do
nho, observadas, quando for o caso, as condições de manu- art. 24.
tenção, assistência técnica e garantia oferecidas;
II - ser processadas através de sistema de registro de pre- Seção VI
ços; Das Alienações
III - submeter-se às condições de aquisição e pagamento
semelhantes às do setor privado; Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública,
IV - ser subdivididas em tantas parcelas quantas neces- subordinada à existência de interesse público devidamente
sárias para aproveitar as peculiaridades do mercado, visan- justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às se-
do economicidade; guintes normas:
43
LEGISLAÇÃO
I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa § 2º A Administração também poderá conceder título
para órgãos da administração direta e entidades autárqui- de propriedade ou de direito real de uso de imóveis,
cas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades pa- dispensada licitação, quando o uso destinar-se:
raestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na I - a outro órgão ou entidade da Administração Pública,
modalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes qualquer que seja a localização do imóvel;
casos: II - a pessoa natural que, nos termos de lei, regulamento
a) dação em pagamento; ou ato normativo do órgão competente, haja implementado
b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão os requisitos mínimos de cultura, ocupação mansa e pacífica
ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de e exploração direta sobre área rural, observado o limite de
governo, ressalvado o disposto nas alíneas f, h e i; que trata o § 1º do art. 6º da Lei no 11.952, de 25 de junho
de 2009;
c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos
§ 2º-A. As hipóteses do inciso II do § 2º ficam
constantes do inciso X do art. 24 desta Lei;
dispensadas de autorização legislativa, porém submetem-
d) investidura; se aos seguintes condicionamentos:
e) venda a outro órgão ou entidade da administração I - aplicação exclusivamente às áreas em que a deten-
pública, de qualquer esfera de governo; ção por particular seja comprovadamente anterior a 1o de
f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão dezembro de 2004;
de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens II - submissão aos demais requisitos e impedimentos do
imóveis residenciais construídos, destinados ou efetivamente regime legal e administrativo da destinação e da regulariza-
utilizados no âmbito de programas habitacionais ou de re- ção fundiária de terras públicas;
gularização fundiária de interesse social desenvolvidos por III - vedação de concessões para hipóteses de exploração
órgãos ou entidades da administração pública; não-contempladas na lei agrária, nas leis de destinação de
g) procedimentos de legitimação de posse de que trata o terras públicas, ou nas normas legais ou administrativas de
art. 29 da Lei no 6.383, de 7 de dezembro de 1976, mediante zoneamento ecológico-econômico; e
iniciativa e deliberação dos órgãos da Administração Pública IV - previsão de rescisão automática da concessão, dis-
em cuja competência legal inclua-se tal atribuição; pensada notificação, em caso de declaração de utilidade, ou
h) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, conces- necessidade pública ou interesse social.
são de direito real de uso, locação ou permissão de uso de § 2º-B. A hipótese do inciso II do § 2o deste artigo:
bens imóveis de uso comercial de âmbito local com área de I - só se aplica a imóvel situado em zona rural, não su-
jeito a vedação, impedimento ou inconveniente a sua explo-
até 250 m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados) e in-
ração mediante atividades agropecuárias;
seridos no âmbito de programas de regularização fundiária
II – fica limitada a áreas de até quinze módulos fiscais,
de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da desde que não exceda mil e quinhentos hectares, vedada a
administração pública; dispensa de licitação para áreas superiores a esse limite;
i) alienação e concessão de direito real de uso, gratuita III - pode ser cumulada com o quantitativo de área de-
ou onerosa, de terras públicas rurais da União e do Incra, corrente da figura prevista na alínea g do inciso I do caput
onde incidam ocupações até o limite de que trata o § 1º do deste artigo, até o limite previsto no inciso II deste parágrafo.
art. 6º da Lei no 11.952, de 25 de junho de 2009, para fins IV – (VETADO)
de regularização fundiária, atendidos os requisitos legais; e § 3º Entende-se por investidura, para os fins desta lei:
II - quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de I - a alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de
licitação, dispensada esta nos seguintes casos: área remanescente ou resultante de obra pública, área esta
a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de que se tornar inaproveitável isoladamente, por preço nunca
interesse social, após avaliação de sua oportunidade e con- inferior ao da avaliação e desde que esse não ultrapasse a
veniência sócio-econômica, relativamente à escolha de outra 50% (cinquenta por cento) do valor constante da alínea “a”
forma de alienação; do inciso II do art. 23 desta lei;
b) permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou II - a alienação, aos legítimos possuidores diretos ou,
entidades da Administração Pública; na falta destes, ao Poder Público, de imóveis para fins re-
c) venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, sidenciais construídos em núcleos urbanos anexos a usinas
hidrelétricas, desde que considerados dispensáveis na fase
observada a legislação específica;
de operação dessas unidades e não integrem a categoria de
d) venda de títulos, na forma da legislação pertinente;
bens reversíveis ao final da concessão.
e) venda de bens produzidos ou comercializados por ór- § 4º A doação com encargo será licitada e de seu
gãos ou entidades da Administração Pública, em virtude de instrumento constarão, obrigatoriamente os encargos,
suas finalidades; o prazo de seu cumprimento e cláusula de reversão, sob
f) venda de materiais e equipamentos para outros ór- pena de nulidade do ato, sendo dispensada a licitação no
gãos ou entidades da Administração Pública, sem utilização caso de interesse público devidamente justificado;
previsível por quem deles dispõe. § 5º Na hipótese do parágrafo anterior, caso o
§ 1º Os imóveis doados com base na alínea «b» do donatário necessite oferecer o imóvel em garantia de
inciso I deste artigo, cessadas as razões que justificaram financiamento, a cláusula de reversão e demais obrigações
a sua doação, reverterão ao patrimônio da pessoa jurídica serão garantidas por hipoteca em segundo grau em favor
doadora, vedada a sua alienação pelo beneficiário. do doador.
44
LEGISLAÇÃO
§ 6º Para a venda de bens móveis avaliados, isolada ou § 2º O prazo mínimo até o recebimento das propostas
globalmente, em quantia não superior ao limite previsto ou da realização do evento será:
no art. 23, inciso II, alínea «b» desta Lei, a Administração I - quarenta e cinco dias para:
poderá permitir o leilão. a) concurso;
§ 7º (VETADO). b) concorrência, quando o contrato a ser celebrado con-
templar o regime de empreitada integral ou quando a licita-
Art. 18. Na concorrência para a venda de bens imóveis, ção for do tipo “melhor técnica” ou “técnica e preço”;
a fase de habilitação limitar-se-á à comprovação do recolhi- II - trinta dias para:
mento de quantia correspondente a 5% (cinco por cento) da a) concorrência, nos casos não especificados na alínea
avaliação. “b” do inciso anterior;
Parágrafo único. (Revogado) b) tomada de preços, quando a licitação for do tipo “me-
lhor técnica” ou “técnica e preço”;
Art. 19. Os bens imóveis da Administração Pública, cuja III - quinze dias para a tomada de preços, nos casos não
aquisição haja derivado de procedimentos judiciais ou de especificados na alínea “b” do inciso anterior, ou leilão;
dação em pagamento, poderão ser alienados por ato da au- IV - cinco dias úteis para convite.
toridade competente, observadas as seguintes regras: § 3º Os prazos estabelecidos no parágrafo anterior
I - avaliação dos bens alienáveis; serão contados a partir da última publicação do edital
II - comprovação da necessidade ou utilidade da alie- resumido ou da expedição do convite, ou ainda da efetiva
nação; disponibilidade do edital ou do convite e respectivos
III - adoção do procedimento licitatório, sob a modalida- anexos, prevalecendo a data que ocorrer mais tarde.
de de concorrência ou leilão. § 4º Qualquer modificação no edital exige divulgação
pela mesma forma que se deu o texto original, reabrindo-
Capítulo II se o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando,
Da Licitação inquestionavelmente, a alteração não afetar a formulação
das propostas.
Seção I
Das Modalidades, Limites e Dispensa Art. 22. São modalidades de licitação:
I - concorrência;
II - tomada de preços;
Art. 20. As licitações serão efetuadas no local onde se
III - convite;
situar a repartição interessada, salvo por motivo de interesse
IV - concurso;
público, devidamente justificado.
V - leilão.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não impedirá a
§ 1º Concorrência é a modalidade de licitação entre
habilitação de interessados residentes ou sediados em outros
quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação
locais.
preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de
qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.
Art. 21. Os avisos contendo os resumos dos editais das § 2º Tomada de preços é a modalidade de licitação entre
concorrências, das tomadas de preços, dos concursos e dos interessados devidamente cadastrados ou que atenderem
leilões, embora realizados no local da repartição interessa- a todas as condições exigidas para cadastramento até o
da, deverão ser publicados com antecedência, no mínimo, terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas,
por uma vez: observada a necessária qualificação.
I - no Diário Oficial da União, quando se tratar de lici- § 3º Convite é a modalidade de licitação entre
tação feita por órgão ou entidade da Administração Pública interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados
Federal e, ainda, quando se tratar de obras financiadas par- ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de
cial ou totalmente com recursos federais ou garantidas por 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em
instituições federais; local apropriado, cópia do instrumento convocatório e
II - no Diário Oficial do Estado, ou do Distrito Federal o estenderá aos demais cadastrados na correspondente
quando se tratar, respectivamente, de licitação feita por ór- especialidade que manifestarem seu interesse com
gão ou entidade da Administração Pública Estadual ou Mu- antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da
nicipal, ou do Distrito Federal; apresentação das propostas.
III - em jornal diário de grande circulação no Estado e § 4º Concurso é a modalidade de licitação entre
também, se houver, em jornal de circulação no Município ou quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico,
na região onde será realizada a obra, prestado o serviço, for- científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios
necido, alienado ou alugado o bem, podendo ainda a Admi- ou remuneração aos vencedores, conforme critérios
nistração, conforme o vulto da licitação, utilizar-se de outros constantes de edital publicado na imprensa oficial com
meios de divulgação para ampliar a área de competição. antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.
§ 1º O aviso publicado conterá a indicação do local em § 5º Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer
que os interessados poderão ler e obter o texto integral do interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a
edital e todas as informações sobre a licitação. administração ou de produtos legalmente apreendidos ou
45
LEGISLAÇÃO
penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista órgão ou entidade dispuser de cadastro internacional de
no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior fornecedores ou o convite, quando não houver fornecedor
ao valor da avaliação. do bem ou serviço no País.
§ 6º Na hipótese do § 3º deste artigo, existindo na § 4º Nos casos em que couber convite, a Administração
praça mais de 3 (três) possíveis interessados, a cada novo poderá utilizar a tomada de preços e, em qualquer caso, a
convite, realizado para objeto idêntico ou assemelhado, é concorrência.
obrigatório o convite a, no mínimo, mais um interessado, § 5º É vedada a utilização da modalidade «convite» ou
enquanto existirem cadastrados não convidados nas «tomada de preços», conforme o caso, para parcelas de
últimas licitações. uma mesma obra ou serviço, ou ainda para obras e serviços
§ 7º Quando, por limitações do mercado ou manifesto da mesma natureza e no mesmo local que possam ser
desinteresse dos convidados, for impossível a obtenção do realizadas conjunta e concomitantemente, sempre que o
número mínimo de licitantes exigidos no § 3o deste artigo, somatório de seus valores caracterizar o caso de «tomada
essas circunstâncias deverão ser devidamente justificadas de preços» ou «concorrência», respectivamente, nos
no processo, sob pena de repetição do convite. termos deste artigo, exceto para as parcelas de natureza
§ 8º É vedada a criação de outras modalidades de específica que possam ser executadas por pessoas ou
licitação ou a combinação das referidas neste artigo. empresas de especialidade diversa daquela do executor da
§ 9º Na hipótese do parágrafo 2º deste artigo, a obra ou serviço.
administração somente poderá exigir do licitante não § 6º As organizações industriais da Administração
cadastrado os documentos previstos nos arts. 27 a 31, Federal direta, em face de suas peculiaridades, obedecerão
que comprovem habilitação compatível com o objeto da aos limites estabelecidos no inciso I deste artigo também
licitação, nos termos do edital. para suas compras e serviços em geral, desde que para
a aquisição de materiais aplicados exclusivamente na
Art. 23. As modalidades de licitação a que se referem os manutenção, reparo ou fabricação de meios operacionais
incisos I a III do artigo anterior serão determinadas em fun- bélicos pertencentes à União.
ção dos seguintes limites, tendo em vista o valor estimado § 7º Na compra de bens de natureza divisível e desde
da contratação: que não haja prejuízo para o conjunto ou complexo, é
I - para obras e serviços de engenharia: permitida a cotação de quantidade inferior à demandada
a) convite - até R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil na licitação, com vistas a ampliação da competitividade,
reais); podendo o edital fixar quantitativo mínimo para preservar
b) tomada de preços - até R$ 1.500.000,00 (um milhão e a economia de escala.
quinhentos mil reais); § 8º No caso de consórcios públicos, aplicar-se-á o
c) concorrência: acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e dobro dos valores mencionados no caput deste artigo
quinhentos mil reais); quando formado por até 3 (três) entes da Federação, e o
II - para compras e serviços não referidos no inciso an- triplo, quando formado por maior número.
terior:
a) convite - até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais); Art. 24. É dispensável a licitação:
b) tomada de preços - até R$ 650.000,00 (seiscentos e I - para obras e serviços de engenharia de valor até 10%
cinquenta mil reais); (dez por cento) do limite previsto na alínea “a”, do inciso I do
c) concorrência - acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e artigo anterior, desde que não se refiram a parcelas de uma
cinquenta mil reais). mesma obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da
§ 1º As obras, serviços e compras efetuadas pela mesma natureza e no mesmo local que possam ser realiza-
Administração serão divididas em tantas parcelas das conjunta e concomitantemente;
quantas se comprovarem técnica e economicamente II - para outros serviços e compras de valor até 10% (dez
viáveis, procedendo-se à licitação com vistas ao melhor por cento) do limite previsto na alínea “a”, do inciso II do ar-
aproveitamento dos recursos disponíveis no mercado e à tigo anterior e para alienações, nos casos previstos nesta Lei,
ampliação da competitividade sem perda da economia de desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço,
escala. compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada
§ 2º Na execução de obras e serviços e nas compras de uma só vez;
de bens, parceladas nos termos do parágrafo anterior, III - nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem;
a cada etapa ou conjunto de etapas da obra, serviço ou IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública,
compra, há de corresponder licitação distinta, preservada quando caracterizada urgência de atendimento de situação
a modalidade pertinente para a execução do objeto em que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança
licitação. de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, pú-
§ 3º A concorrência é a modalidade de licitação cabível, blicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao
qualquer que seja o valor de seu objeto, tanto na compra ou atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para
alienação de bens imóveis, ressalvado o disposto no art. 19, as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no
como nas concessões de direito real de uso e nas licitações prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e
internacionais, admitindo-se neste último caso, observados ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou ca-
os limites deste artigo, a tomada de preços, quando o lamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos;
46
LEGISLAÇÃO
V - quando não acudirem interessados à licitação an- XVII - para a aquisição de componentes ou peças de ori-
terior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem gem nacional ou estrangeira, necessários à manutenção de
prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas equipamentos durante o período de garantia técnica, jun-
as condições preestabelecidas; to ao fornecedor original desses equipamentos, quando tal
VI - quando a União tiver que intervir no domínio eco- condição de exclusividade for indispensável para a vigência
nômico para regular preços ou normalizar o abastecimento; da garantia;
VII - quando as propostas apresentadas consignarem XVIII - nas compras ou contratações de serviços para
o abastecimento de navios, embarcações, unidades aéreas
preços manifestamente superiores aos praticados no mer-
ou tropas e seus meios de deslocamento quando em estada
cado nacional, ou forem incompatíveis com os fixados pelos eventual de curta duração em portos, aeroportos ou locali-
órgãos oficiais competentes, casos em que, observado o pa- dades diferentes de suas sedes, por motivo de movimentação
rágrafo único do art. 48 desta Lei e, persistindo a situação, operacional ou de adestramento, quando a exiguidade dos
será admitida a adjudicação direta dos bens ou serviços, por prazos legais puder comprometer a normalidade e os pro-
valor não superior ao constante do registro de preços, ou dos pósitos das operações e desde que seu valor não exceda ao
serviços; limite previsto na alínea “a” do inciso II do art. 23 desta Lei:
VIII - para a aquisição, por pessoa jurídica de direito pú- XIX - para as compras de material de uso pelas Forças
blico interno, de bens produzidos ou serviços prestados por Armadas, com exceção de materiais de uso pessoal e admi-
órgão ou entidade que integre a Administração Pública e que nistrativo, quando houver necessidade de manter a padroni-
tenha sido criado para esse fim específico em data anterior à zação requerida pela estrutura de apoio logístico dos meios
vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja compa- navais, aéreos e terrestres, mediante parecer de comissão
tível com o praticado no mercado; instituída por decreto;
XX - na contratação de associação de portadores de
IX - quando houver possibilidade de comprometimento
deficiência física, sem fins lucrativos e de comprovada ido-
da segurança nacional, nos casos estabelecidos em decreto
neidade, por órgãos ou entidades da Administração Pública,
do Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa Na- para a prestação de serviços ou fornecimento de mão-de-
cional; -obra, desde que o preço contratado seja compatível com o
X - para a compra ou locação de imóvel destinado ao praticado no mercado.
atendimento das finalidades precípuas da administração, XXI - para a aquisição ou contratação de produto para
cujas necessidades de instalação e localização condicionem pesquisa e desenvolvimento, limitada, no caso de obras e
a sua escolha, desde que o preço seja compatível com o valor serviços de engenharia, a 20% (vinte por cento) do valor de
de mercado, segundo avaliação prévia; que trata a alínea “b” do inciso I do caput do art. 23;
XI - na contratação de remanescente de obra, serviço ou XXII - na contratação de fornecimento ou suprimento
fornecimento, em consequência de rescisão contratual, desde de energia elétrica e gás natural com concessionário, per-
que atendida a ordem de classificação da licitação anterior e missionário ou autorizado, segundo as normas da legislação
aceitas as mesmas condições oferecidas pelo licitante vence- específica;
XXIII - na contratação realizada por empresa pública ou
dor, inclusive quanto ao preço, devidamente corrigido;
sociedade de economia mista com suas subsidiárias e con-
XII - nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gê-
troladas, para a aquisição ou alienação de bens, prestação
neros perecíveis, no tempo necessário para a realização dos ou obtenção de serviços, desde que o preço contratado seja
processos licitatórios correspondentes, realizadas diretamen- compatível com o praticado no mercado.
te com base no preço do dia; XXIV - para a celebração de contratos de prestação de
XIII - na contratação de instituição brasileira incumbida serviços com as organizações sociais, qualificadas no âmbito
regimental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do das respectivas esferas de governo, para atividades contem-
desenvolvimento institucional, ou de instituição dedicada à pladas no contrato de gestão.
recuperação social do preso, desde que a contratada detenha XXV - na contratação realizada por Instituição Científica
inquestionável reputação ético-profissional e não tenha fins e Tecnológica - ICT ou por agência de fomento para a trans-
lucrativos; ferência de tecnologia e para o licenciamento de direito de
XIV - para a aquisição de bens ou serviços nos termos de uso ou de exploração de criação protegida.
acordo internacional específico aprovado pelo Congresso Na- XXVI - na celebração de contrato de programa com ente
cional, quando as condições ofertadas forem manifestamente da Federação ou com entidade de sua administração indire-
ta, para a prestação de serviços públicos de forma associada
vantajosas para o Poder Público;
nos termos do autorizado em contrato de consórcio público
XV - para a aquisição ou restauração de obras de arte ou em convênio de cooperação.
e objetos históricos, de autenticidade certificada, desde que XXVII - na contratação da coleta, processamento e co-
compatíveis ou inerentes às finalidades do órgão ou entidade. mercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou reu-
XVI - para a impressão dos diários oficiais, de formulários tilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo,
padronizados de uso da administração, e de edições técnicas efetuados por associações ou cooperativas formadas exclu-
oficiais, bem como para prestação de serviços de informática sivamente por pessoas físicas de baixa renda reconhecidas
a pessoa jurídica de direito público interno, por órgãos ou en- pelo poder público como catadores de materiais recicláveis,
tidades que integrem a Administração Pública, criados para com o uso de equipamentos compatíveis com as normas téc-
esse fim específico; nicas, ambientais e de saúde pública.
47
LEGISLAÇÃO
XXVIII – para o fornecimento de bens e serviços, produ- entidades que produzem produtos estratégicos para o
zidos ou prestados no País, que envolvam, cumulativamente, SUS, no âmbito da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990,
alta complexidade tecnológica e defesa nacional, mediante conforme elencados em ato da direção nacional do SUS.
parecer de comissão especialmente designada pela autori- § 3º A hipótese de dispensa prevista no inciso
dade máxima do órgão. XXI do caput, quando aplicada a obras e serviços de
XXIX – na aquisição de bens e contratação de serviços engenharia, seguirá procedimentos especiais instituídos
para atender aos contingentes militares das Forças Singula- em regulamentação específica.
res brasileiras empregadas em operações de paz no exterior, § 4º Não se aplica a vedação prevista no inciso I do
necessariamente justificadas quanto ao preço e à escolha do caput do art. 9o à hipótese prevista no inciso XXI do caput.
fornecedor ou executante e ratificadas pelo Comandante da
Força. Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabili-
XXX - na contratação de instituição ou organização, pú- dade de competição, em especial:
blica ou privada, com ou sem fins lucrativos, para a presta- I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gê-
ção de serviços de assistência técnica e extensão rural no neros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa
âmbito do Programa Nacional de Assistência Técnica e Ex- ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência
tensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária, de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita
instituído por lei federal. através de atestado fornecido pelo órgão de registro do co-
XXXI - nas contratações visando ao cumprimento do mércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou
disposto nos arts. 3º, 4º, 5º e 20 da Lei nº 10.973, de 2 de o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patro-
dezembro de 2004, observados os princípios gerais de con- nal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;
tratação dela constantes. II - para a contratação de serviços técnicos enumerados
XXXII - na contratação em que houver transferência de no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais
tecnologia de produtos estratégicos para o Sistema Único de ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibili-
Saúde - SUS, no âmbito da Lei nº 8.080, de 19 de setembro dade para serviços de publicidade e divulgação;
de 1990, conforme elencados em ato da direção nacional III - para contratação de profissional de qualquer setor
do SUS, inclusive por ocasião da aquisição destes produtos artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo,
durante as etapas de absorção tecnológica. desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opi-
XXXIII - na contratação de entidades privadas sem fins nião pública.
lucrativos, para a implementação de cisternas ou outras tec- § 1º Considera-se de notória especialização o
nologias sociais de acesso à água para consumo humano e profissional ou empresa cujo conceito no campo de sua
produção de alimentos, para beneficiar as famílias rurais de especialidade, decorrente de desempenho anterior,
baixa renda atingidas pela seca ou falta regular de água. estudos, experiências, publicações, organização,
XXXIV - para a aquisição por pessoa jurídica de direi- aparelhamento, equipe técnica, ou de outros requisitos
to público interno de insumos estratégicos para a saúde relacionados com suas atividades, permita inferir que o seu
produzidos ou distribuídos por fundação que, regimental trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais adequado
ou estatutariamente, tenha por finalidade apoiar órgão da à plena satisfação do objeto do contrato.
administração pública direta, sua autarquia ou fundação § 2º Na hipótese deste artigo e em qualquer dos
em projetos de ensino, pesquisa, extensão, desenvolvimento casos de dispensa, se comprovado superfaturamento,
institucional, científico e tecnológico e estímulo à inovação, respondem solidariamente pelo dano causado à Fazenda
inclusive na gestão administrativa e financeira necessária Pública o fornecedor ou o prestador de serviços e o agente
à execução desses projetos, ou em parcerias que envolvam público responsável, sem prejuízo de outras sanções legais
transferência de tecnologia de produtos estratégicos para o cabíveis.
Sistema Único de Saúde – SUS, nos termos do inciso XXXII
deste artigo, e que tenha sido criada para esse fim específico Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2º e 4º do art. 17
em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço con- e no inciso III e seguintes do art. 24, as situações de inexi-
tratado seja compatível com o praticado no mercado. gibilidade referidas no art. 25, necessariamente justificadas,
XXXV - para a construção, a ampliação, a reforma e o e o retardamento previsto no final do parágrafo único do
aprimoramento de estabelecimentos penais, desde que con- art. 8º desta Lei deverão ser comunicados, dentro de 3 (três)
figurada situação de grave e iminente risco à segurança pú- dias, à autoridade superior, para ratificação e publicação na
blica. imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como condição
§ 1º Os percentuais referidos nos incisos I e II do caput para a eficácia dos atos.
deste artigo serão 20% (vinte por cento) para compras, Parágrafo único. O processo de dispensa, de inexigibili-
obras e serviços contratados por consórcios públicos, dade ou de retardamento, previsto neste artigo, será instruí-
sociedade de economia mista, empresa pública e por do, no que couber, com os seguintes elementos:
autarquia ou fundação qualificadas, na forma da lei, como I - caracterização da situação emergencial, calamitosa
Agências Executivas. ou de grave e iminente risco à segurança pública que justifi-
§ 2º O limite temporal de criação do órgão ou entidade que a dispensa, quando for o caso;
que integre a administração pública estabelecido no inciso II - razão da escolha do fornecedor ou executante;
VIII do caput deste artigo não se aplica aos órgãos ou III - justificativa do preço.
48
LEGISLAÇÃO
IV - documento de aprovação dos projetos de pesquisa e disponíveis para a realização do objeto da licitação, bem
aos quais os bens serão alocados. como da qualificação de cada um dos membros da equipe
técnica que se responsabilizará pelos trabalhos;
Seção II III - comprovação, fornecida pelo órgão licitante, de que
Da Habilitação recebeu os documentos, e, quando exigido, de que tomou
conhecimento de todas as informações e das condições lo-
Art. 27. Para a habilitação nas licitações exigir-se-á dos cais para o cumprimento das obrigações objeto da licitação;
interessados, exclusivamente, documentação relativa a: IV - prova de atendimento de requisitos previstos em lei
I - habilitação jurídica; especial, quando for o caso.
II - qualificação técnica; § 1º A comprovação de aptidão referida no inciso II
III - qualificação econômico-financeira; do «caput» deste artigo, no caso das licitações pertinentes
IV – regularidade fiscal e trabalhista; a obras e serviços, será feita por atestados fornecidos
V – cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7º por pessoas jurídicas de direito público ou privado,
da Constituição Federal. devidamente registrados nas entidades profissionais
competentes, limitadas as exigências a:
Art. 28. A documentação relativa à habilitação jurídica, I - capacitação técnico-profissional: comprovação do li-
conforme o caso, consistirá em: citante de possuir em seu quadro permanente, na data pre-
I - cédula de identidade; vista para entrega da proposta, profissional de nível superior
II - registro comercial, no caso de empresa individual; ou outro devidamente reconhecido pela entidade compe-
III - ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, tente, detentor de atestado de responsabilidade técnica por
devidamente registrado, em se tratando de sociedades co- execução de obra ou serviço de características semelhantes,
merciais, e, no caso de sociedades por ações, acompanhado limitadas estas exclusivamente às parcelas de maior rele-
de documentos de eleição de seus administradores; vância e valor significativo do objeto da licitação, vedadas
IV - inscrição do ato constitutivo, no caso de sociedades as exigências de quantidades mínimas ou prazos máximos;
civis, acompanhada de prova de diretoria em exercício;
II - (Vetado).
V - decreto de autorização, em se tratando de empresa
a) (Vetado).
ou sociedade estrangeira em funcionamento no País, e ato
b) (Vetado).
de registro ou autorização para funcionamento expedido
§ 2º As parcelas de maior relevância técnica e de valor
pelo órgão competente, quando a atividade assim o exigir.
significativo, mencionadas no parágrafo anterior, serão
definidas no instrumento convocatório.
Art. 29. A documentação relativa à regularidade fiscal e
§ 3º Será sempre admitida a comprovação de aptidão
trabalhista, conforme o caso, consistirá em:
através de certidões ou atestados de obras ou serviços
I - prova de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas
(CPF) ou no Cadastro Geral de Contribuintes (CGC); similares de complexidade tecnológica e operacional
II - prova de inscrição no cadastro de contribuintes esta- equivalente ou superior.
dual ou municipal, se houver, relativo ao domicílio ou sede § 4º Nas licitações para fornecimento de bens, a
do licitante, pertinente ao seu ramo de atividade e compatí- comprovação de aptidão, quando for o caso, será feita
vel com o objeto contratual; através de atestados fornecidos por pessoa jurídica de
III - prova de regularidade para com a Fazenda Federal, direito público ou privado.
Estadual e Municipal do domicílio ou sede do licitante, ou § 5º É vedada a exigência de comprovação de atividade
outra equivalente, na forma da lei; ou de aptidão com limitações de tempo ou de época ou
IV - prova de regularidade relativa à Seguridade Social ainda em locais específicos, ou quaisquer outras não
e ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), de- previstas nesta Lei, que inibam a participação na licitação.
monstrando situação regular no cumprimento dos encargos § 6º As exigências mínimas relativas a instalações de
sociais instituídos por lei. canteiros, máquinas, equipamentos e pessoal técnico
V – prova de inexistência de débitos inadimplidos peran- especializado, considerados essenciais para o cumprimento
te a Justiça do Trabalho, mediante a apresentação de certi- do objeto da licitação, serão atendidas mediante a
dão negativa, nos termos do Título VII-A da Consolidação apresentação de relação explícita e da declaração formal
das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de da sua disponibilidade, sob as penas cabíveis, vedada as
1º de maio de 1943. exigências de propriedade e de localização prévia.
§ 7º (Vetado).
Art. 30. A documentação relativa à qualificação técnica I - (Vetado).
limitar-se-á a: II - (Vetado).
I - registro ou inscrição na entidade profissional com- § 8º No caso de obras, serviços e compras de grande
petente; vulto, de alta complexidade técnica, poderá a Administração
II - comprovação de aptidão para desempenho de ativi- exigir dos licitantes a metodologia de execução, cuja
dade pertinente e compatível em características, quantida- avaliação, para efeito de sua aceitação ou não, antecederá
des e prazos com o objeto da licitação, e indicação das insta- sempre à análise dos preços e será efetuada exclusivamente
lações e do aparelhamento e do pessoal técnico adequados por critérios objetivos.
49
LEGISLAÇÃO
§ 9º Entende-se por licitação de alta complexidade de índices e valores não usualmente adotados para correta
técnica aquela que envolva alta especialização, como fator avaliação de situação financeira suficiente ao cumprimento
de extrema relevância para garantir a execução do objeto a das obrigações decorrentes da licitação.
ser contratado, ou que possa comprometer a continuidade § 6º (Vetado).
da prestação de serviços públicos essenciais.
§ 10. Os profissionais indicados pelo licitante para fins Art. 32. Os documentos necessários à habilitação pode-
de comprovação da capacitação técnico-profissional de rão ser apresentados em original, por qualquer processo de
que trata o inciso I do § 1º deste artigo deverão participar cópia autenticada por cartório competente ou por servidor
da obra ou serviço objeto da licitação, admitindo-se a da administração ou publicação em órgão da imprensa ofi-
substituição por profissionais de experiência equivalente cial.
ou superior, desde que aprovada pela administração. § 1º A documentação de que tratam os arts. 28 a 31
§ 11. (Vetado). desta Lei poderá ser dispensada, no todo ou em parte, nos
§ 12. (Vetado). casos de convite, concurso, fornecimento de bens para
pronta entrega e leilão.
Art. 31. A documentação relativa à qualificação econô- § 2º O certificado de registro cadastral a que se refere
mico-financeira limitar-se-á a: o § 1o do art. 36 substitui os documentos enumerados
I - balanço patrimonial e demonstrações contábeis do nos arts. 28 a 31, quanto às informações disponibilizadas
último exercício social, já exigíveis e apresentados na forma em sistema informatizado de consulta direta indicado no
da lei, que comprovem a boa situação financeira da empresa, edital, obrigando-se a parte a declarar, sob as penalidades
vedada a sua substituição por balancetes ou balanços pro- legais, a superveniência de fato impeditivo da habilitação.
visórios, podendo ser atualizados por índices oficiais quando § 3º A documentação referida neste artigo poderá ser
encerrado há mais de 3 (três) meses da data de apresentação substituída por registro cadastral emitido por órgão ou
da proposta; entidade pública, desde que previsto no edital e o registro
II - certidão negativa de falência ou concordata expedi- tenha sido feito em obediência ao disposto nesta Lei.
da pelo distribuidor da sede da pessoa jurídica, ou de execu- § 4º As empresas estrangeiras que não funcionem
no País, tanto quanto possível, atenderão, nas licitações
ção patrimonial, expedida no domicílio da pessoa física;
internacionais, às exigências dos parágrafos anteriores
III - garantia, nas mesmas modalidades e critérios pre-
mediante documentos equivalentes, autenticados
vistos no “caput” e § 1o do art. 56 desta Lei, limitada a 1%
pelos respectivos consulados e traduzidos por tradutor
(um por cento) do valor estimado do objeto da contratação.
juramentado, devendo ter representação legal no Brasil
§ 1º A exigência de índices limitar-se-á à demonstração
com poderes expressos para receber citação e responder
da capacidade financeira do licitante com vistas aos
administrativa ou judicialmente.
compromissos que terá que assumir caso lhe seja
§ 5º Não se exigirá, para a habilitação de que trata este
adjudicado o contrato, vedada a exigência de valores artigo, prévio recolhimento de taxas ou emolumentos, salvo
mínimos de faturamento anterior, índices de rentabilidade os referentes a fornecimento do edital, quando solicitado,
ou lucratividade. com os seus elementos constitutivos, limitados ao valor
§ 2º A Administração, nas compras para entrega futura do custo efetivo de reprodução gráfica da documentação
e na execução de obras e serviços, poderá estabelecer, fornecida.
no instrumento convocatório da licitação, a exigência de § 6º O disposto no § 4o deste artigo, no § 1o do art. 33 e
capital mínimo ou de patrimônio líquido mínimo, ou ainda no § 2o do art. 55, não se aplica às licitações internacionais
as garantias previstas no § 1º do art. 56 desta Lei, como para a aquisição de bens e serviços cujo pagamento seja
dado objetivo de comprovação da qualificação econômico- feito com o produto de financiamento concedido por
financeira dos licitantes e para efeito de garantia ao organismo financeiro internacional de que o Brasil faça
adimplemento do contrato a ser ulteriormente celebrado. parte, ou por agência estrangeira de cooperação, nem
§ 3º O capital mínimo ou o valor do patrimônio líquido nos casos de contratação com empresa estrangeira, para
a que se refere o parágrafo anterior não poderá exceder a compra de equipamentos fabricados e entregues no
a 10% (dez por cento) do valor estimado da contratação, exterior, desde que para este caso tenha havido prévia
devendo a comprovação ser feita relativamente à data autorização do Chefe do Poder Executivo, nem nos casos
da apresentação da proposta, na forma da lei, admitida a de aquisição de bens e serviços realizada por unidades
atualização para esta data através de índices oficiais. administrativas com sede no exterior.
§ 4º Poderá ser exigida, ainda, a relação dos § 7o A documentação de que tratam os arts. 28 a
compromissos assumidos pelo licitante que importem 31 e este artigo poderá ser dispensada, nos termos de
diminuição da capacidade operativa ou absorção de regulamento, no todo ou em parte, para a contratação
disponibilidade financeira, calculada esta em função do de produto para pesquisa e desenvolvimento, desde que
patrimônio líquido atualizado e sua capacidade de rotação. para pronta entrega ou até o valor previsto na alínea “a” do
§ 5º A comprovação de boa situação financeira da inciso II do caput do art. 23.
empresa será feita de forma objetiva, através do cálculo
de índices contábeis previstos no edital e devidamente Art. 33. Quando permitida na licitação a participação
justificados no processo administrativo da licitação que de empresas em consórcio, observar-se-ão as seguintes nor-
tenha dado início ao certame licitatório, vedada a exigência mas:
50
LEGISLAÇÃO
I - comprovação do compromisso público ou particular § 1º Aos inscritos será fornecido certificado, renovável
de constituição de consórcio, subscrito pelos consorciados; sempre que atualizarem o registro.
II - indicação da empresa responsável pelo consórcio que § 2º A atuação do licitante no cumprimento de
deverá atender às condições de liderança, obrigatoriamente obrigações assumidas será anotada no respectivo registro
fixadas no edital; cadastral.
III - apresentação dos documentos exigidos nos arts. 28
a 31 desta Lei por parte de cada consorciado, admitindo-se, Art. 37. A qualquer tempo poderá ser alterado, suspenso
para efeito de qualificação técnica, o somatório dos quan- ou cancelado o registro do inscrito que deixar de satisfazer
titativos de cada consorciado, e, para efeito de qualifica- as exigências do art. 27 desta Lei, ou as estabelecidas para
ção econômico-financeira, o somatório dos valores de cada classificação cadastral.
consorciado, na proporção de sua respectiva participação,
podendo a Administração estabelecer, para o consórcio, um Seção IV
acréscimo de até 30% (trinta por cento) dos valores exigidos Do Procedimento e Julgamento
para licitante individual, inexigível este acréscimo para os
consórcios compostos, em sua totalidade, por micro e peque- Art. 38. O procedimento da licitação será iniciado com a
nas empresas assim definidas em lei; abertura de processo administrativo, devidamente autuado,
IV - impedimento de participação de empresa consor- protocolado e numerado, contendo a autorização respectiva,
ciada, na mesma licitação, através de mais de um consórcio a indicação sucinta de seu objeto e do recurso próprio para a
ou isoladamente; despesa, e ao qual serão juntados oportunamente:
V - responsabilidade solidária dos integrantes pelos atos I - edital ou convite e respectivos anexos, quando for o
praticados em consórcio, tanto na fase de licitação quanto caso;
na de execução do contrato. II - comprovante das publicações do edital resumido, na
§ 1º No consórcio de empresas brasileiras e estrangeiras forma do art. 21 desta Lei, ou da entrega do convite;
a liderança caberá, obrigatoriamente, à empresa brasileira, III - ato de designação da comissão de licitação, do lei-
observado o disposto no inciso II deste artigo. loeiro administrativo ou oficial, ou do responsável pelo con-
§ 2º O licitante vencedor fica obrigado a promover, vite;
antes da celebração do contrato, a constituição e o registro IV - original das propostas e dos documentos que as ins-
do consórcio, nos termos do compromisso referido no truírem;
inciso I deste artigo. V - atas, relatórios e deliberações da Comissão Julga-
dora;
Seção III VI - pareceres técnicos ou jurídicos emitidos sobre a lici-
Dos Registros Cadastrais tação, dispensa ou inexigibilidade;
VII - atos de adjudicação do objeto da licitação e da sua
Art. 34. Para os fins desta Lei, os órgãos e entidades homologação;
da Administração Pública que realizem frequentemente li- VIII - recursos eventualmente apresentados pelos licitan-
citações manterão registros cadastrais para efeito de habili- tes e respectivas manifestações e decisões;
tação, na forma regulamentar, válidos por, no máximo, um IX - despacho de anulação ou de revogação da licitação,
ano. quando for o caso, fundamentado circunstanciadamente;
§ 1º O registro cadastral deverá ser amplamente X - termo de contrato ou instrumento equivalente, con-
divulgado e deverá estar permanentemente aberto aos forme o caso;
interessados, obrigando-se a unidade por ele responsável XI - outros comprovantes de publicações;
a proceder, no mínimo anualmente, através da imprensa XII - demais documentos relativos à licitação.
oficial e de jornal diário, a chamamento público para a Parágrafo único. As minutas de editais de licitação, bem
atualização dos registros existentes e para o ingresso de como as dos contratos, acordos, convênios ou ajustes devem
novos interessados. ser previamente examinadas e aprovadas por assessoria ju-
§ 2º É facultado às unidades administrativas utilizarem- rídica da Administração.
se de registros cadastrais de outros órgãos ou entidades da
Administração Pública. Art. 39. Sempre que o valor estimado para uma licitação
ou para um conjunto de licitações simultâneas ou sucessivas
Art. 35. Ao requerer inscrição no cadastro, ou atuali- for superior a 100 (cem) vezes o limite previsto no art. 23,
zação deste, a qualquer tempo, o interessado fornecerá os inciso I, alínea “c” desta Lei, o processo licitatório será inicia-
elementos necessários à satisfação das exigências do art. 27 do, obrigatoriamente, com uma audiência pública concedida
desta Lei. pela autoridade responsável com antecedência mínima de
15 (quinze) dias úteis da data prevista para a publicação do
Art. 36. Os inscritos serão classificados por categorias, edital, e divulgada, com a antecedência mínima de 10 (dez)
tendo-se em vista sua especialização, subdivididas em gru- dias úteis de sua realização, pelos mesmos meios previstos
pos, segundo a qualificação técnica e econômica avaliada para a publicidade da licitação, à qual terão acesso e direito
pelos elementos constantes da documentação relacionada a todas as informações pertinentes e a se manifestar todos
nos arts. 30 e 31 desta Lei. os interessados.
51
LEGISLAÇÃO
Parágrafo único. Para os fins deste artigo, consideram- b) cronograma de desembolso máximo por período, em
-se licitações simultâneas aquelas com objetos similares e conformidade com a disponibilidade de recursos financeiros;
com realização prevista para intervalos não superiores a c) critério de atualização financeira dos valores a serem
trinta dias e licitações sucessivas aquelas em que, também pagos, desde a data final do período de adimplemento de
com objetos similares, o edital subsequente tenha uma data cada parcela até a data do efetivo pagamento;
anterior a cento e vinte dias após o término do contrato re- d) compensações financeiras e penalizações, por even-
sultante da licitação antecedente. tuais atrasos, e descontos, por eventuais antecipações de pa-
gamentos;
Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de e) exigência de seguros, quando for o caso;
ordem em série anual, o nome da repartição interessada e XV - instruções e normas para os recursos previstos nes-
ta Lei;
de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo da
XVI - condições de recebimento do objeto da licitação;
licitação, a menção de que será regida por esta Lei, o local,
XVII - outras indicações específicas ou peculiares da li-
dia e hora para recebimento da documentação e proposta, citação.
bem como para início da abertura dos envelopes, e indicará, § 1º O original do edital deverá ser datado, rubricado em
obrigatoriamente, o seguinte: todas as folhas e assinado pela autoridade que o expedir,
I - objeto da licitação, em descrição sucinta e clara; permanecendo no processo de licitação, e dele extraindo-
II - prazo e condições para assinatura do contrato ou se cópias integrais ou resumidas, para sua divulgação e
retirada dos instrumentos, como previsto no art. 64 desta fornecimento aos interessados.
Lei, para execução do contrato e para entrega do objeto da § 2º Constituem anexos do edital, dele fazendo parte
licitação; integrante:
III - sanções para o caso de inadimplemento; I - o projeto básico e/ou executivo, com todas as suas
IV - local onde poderá ser examinado e adquirido o pro- partes, desenhos, especificações e outros complementos;
jeto básico; II - orçamento estimado em planilhas de quantitativos e
V - se há projeto executivo disponível na data da publi- preços unitários;
cação do edital de licitação e o local onde possa ser exami- III - a minuta do contrato a ser firmado entre a Adminis-
nado e adquirido; tração e o licitante vencedor;
VI - condições para participação na licitação, em confor- IV - as especificações complementares e as normas de
midade com os arts. 27 a 31 desta Lei, e forma de apresen- execução pertinentes à licitação.
§ 3º Para efeito do disposto nesta Lei, considera-se
tação das propostas;
como adimplemento da obrigação contratual a prestação
VII - critério para julgamento, com disposições claras e
do serviço, a realização da obra, a entrega do bem ou de
parâmetros objetivos; parcela destes, bem como qualquer outro evento contratual
VIII - locais, horários e códigos de acesso dos meios de a cuja ocorrência esteja vinculada a emissão de documento
comunicação à distância em que serão fornecidos elemen- de cobrança.
tos, informações e esclarecimentos relativos à licitação e às § 4º Nas compras para entrega imediata, assim
condições para atendimento das obrigações necessárias ao entendidas aquelas com prazo de entrega até trinta dias
cumprimento de seu objeto; da data prevista para apresentação da proposta, poderão
IX - condições equivalentes de pagamento entre empre- ser dispensadas:
sas brasileiras e estrangeiras, no caso de licitações interna- I - o disposto no inciso XI deste artigo;
cionais; II - a atualização financeira a que se refere a alínea “c”
X - o critério de aceitabilidade dos preços unitário e glo- do inciso XIV deste artigo, correspondente ao período com-
bal, conforme o caso, permitida a fixação de preços máximos preendido entre as datas do adimplemento e a prevista para
e vedados a fixação de preços mínimos, critérios estatísticos o pagamento, desde que não superior a quinze dias.
ou faixas de variação em relação a preços de referência, res- § 5º A Administração Pública poderá, nos editais de
salvado o disposto nos parágrafos 1º e 2º do art. 48; licitação para a contratação de serviços, exigir da contratada
XI - critério de reajuste, que deverá retratar a variação que um percentual mínimo de sua mão de obra seja
oriundo ou egresso do sistema prisional, com a finalidade
efetiva do custo de produção, admitida a adoção de índices
de ressocialização do reeducando, na forma estabelecida
específicos ou setoriais, desde a data prevista para apresen-
em regulamento.
tação da proposta, ou do orçamento a que essa proposta se
referir, até a data do adimplemento de cada parcela; Art. 41. A Administração não pode descumprir as nor-
XII - (Vetado). mas e condições do edital, ao qual se acha estritamente vin-
XIII - limites para pagamento de instalação e mobiliza- culada.
ção para execução de obras ou serviços que serão obrigato- § 1º Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar
riamente previstos em separado das demais parcelas, etapas edital de licitação por irregularidade na aplicação desta Lei,
ou tarefas; devendo protocolar o pedido até 5 (cinco) dias úteis antes
XIV - condições de pagamento, prevendo: da data fixada para a abertura dos envelopes de habilitação,
a) prazo de pagamento não superior a trinta dias, con- devendo a Administração julgar e responder à impugnação
tado a partir da data final do período de adimplemento de em até 3 (três) dias úteis, sem prejuízo da faculdade prevista
cada parcela; no § 1o do art. 113.
52
LEGISLAÇÃO
§ 2º Decairá do direito de impugnar os termos do II - devolução dos envelopes fechados aos concorrentes
edital de licitação perante a administração o licitante que inabilitados, contendo as respectivas propostas, desde que
não o fizer até o segundo dia útil que anteceder a abertura não tenha havido recurso ou após sua denegação;
dos envelopes de habilitação em concorrência, a abertura III - abertura dos envelopes contendo as propostas dos
dos envelopes com as propostas em convite, tomada de concorrentes habilitados, desde que transcorrido o prazo
preços ou concurso, ou a realização de leilão, as falhas ou sem interposição de recurso, ou tenha havido desistência ex-
irregularidades que viciariam esse edital, hipótese em que pressa, ou após o julgamento dos recursos interpostos;
tal comunicação não terá efeito de recurso. IV - verificação da conformidade de cada proposta com
§ 3º A impugnação feita tempestivamente pelo licitante os requisitos do edital e, conforme o caso, com os preços cor-
não o impedirá de participar do processo licitatório até o rentes no mercado ou fixados por órgão oficial competente,
trânsito em julgado da decisão a ela pertinente. ou ainda com os constantes do sistema de registro de preços,
§ 4º A inabilitação do licitante importa preclusão do os quais deverão ser devidamente registrados na ata de jul-
seu direito de participar das fases subsequentes. gamento, promovendo-se a desclassificação das propostas
desconformes ou incompatíveis;
Art. 42. Nas concorrências de âmbito internacional, o V - julgamento e classificação das propostas de acordo
edital deverá ajustar-se às diretrizes da política monetária com os critérios de avaliação constantes do edital;
e do comércio exterior e atender às exigências dos órgãos VI - deliberação da autoridade competente quanto à ho-
competentes. mologação e adjudicação do objeto da licitação.
§ 1º Quando for permitido ao licitante estrangeiro § 1º A abertura dos envelopes contendo a documentação
cotar preço em moeda estrangeira, igualmente o poderá para habilitação e as propostas será realizada sempre em
fazer o licitante brasileiro. ato público previamente designado, do qual se lavrará ata
§ 2º O pagamento feito ao licitante brasileiro circunstanciada, assinada pelos licitantes presentes e pela
eventualmente contratado em virtude da licitação de que Comissão.
trata o parágrafo anterior será efetuado em moeda brasileira, § 2º Todos os documentos e propostas serão rubricados
à taxa de câmbio vigente no dia útil imediatamente anterior pelos licitantes presentes e pela Comissão.
à data do efetivo pagamento. § 3º É facultada à Comissão ou autoridade superior,
§ 3º As garantias de pagamento ao licitante brasileiro em qualquer fase da licitação, a promoção de diligência
serão equivalentes àquelas oferecidas ao licitante destinada a esclarecer ou a complementar a instrução
do processo, vedada a inclusão posterior de documento
estrangeiro.
ou informação que deveria constar originariamente da
§ 4º Para fins de julgamento da licitação, as propostas
proposta.
apresentadas por licitantes estrangeiros serão acrescidas
§ 4º O disposto neste artigo aplica-se à concorrência e,
dos gravames conseqüentes dos mesmos tributos que
no que couber, ao concurso, ao leilão, à tomada de preços
oneram exclusivamente os licitantes brasileiros quanto à
e ao convite.
operação final de venda.
§ 5º Ultrapassada a fase de habilitação dos concorrentes
§ 5º Para a realização de obras, prestação de serviços
(incisos I e II) e abertas as propostas (inciso III), não cabe
ou aquisição de bens com recursos provenientes de
desclassificá-los por motivo relacionado com a habilitação,
financiamento ou doação oriundos de agência oficial salvo em razão de fatos supervenientes ou só conhecidos
de cooperação estrangeira ou organismo financeiro após o julgamento.
multilateral de que o Brasil seja parte, poderão ser § 6º Após a fase de habilitação, não cabe desistência
admitidas, na respectiva licitação, as condições decorrentes de proposta, salvo por motivo justo decorrente de fato
de acordos, protocolos, convenções ou tratados superveniente e aceito pela Comissão.
internacionais aprovados pelo Congresso Nacional, bem
como as normas e procedimentos daquelas entidades, Art. 44. No julgamento das propostas, a Comissão leva-
inclusive quanto ao critério de seleção da proposta mais rá em consideração os critérios objetivos definidos no edital
vantajosa para a administração, o qual poderá contemplar, ou convite, os quais não devem contrariar as normas e prin-
além do preço, outros fatores de avaliação, desde que por cípios estabelecidos por esta Lei.
elas exigidos para a obtenção do financiamento ou da § 1º É vedada a utilização de qualquer elemento,
doação, e que também não conflitem com o princípio do critério ou fator sigiloso, secreto, subjetivo ou reservado
julgamento objetivo e sejam objeto de despacho motivado que possa ainda que indiretamente elidir o princípio da
do órgão executor do contrato, despacho esse ratificado igualdade entre os licitantes.
pela autoridade imediatamente superior. § 2º Não se considerará qualquer oferta de vantagem
§ 6º As cotações de todos os licitantes serão para não prevista no edital ou no convite, inclusive financiamentos
entrega no mesmo local de destino. subsidiados ou a fundo perdido, nem preço ou vantagem
baseada nas ofertas dos demais licitantes.
Art. 43. A licitação será processada e julgada com ob- § 3º Não se admitirá proposta que apresente preços
servância dos seguintes procedimentos: global ou unitários simbólicos, irrisórios ou de valor zero,
I - abertura dos envelopes contendo a documentação re- incompatíveis com os preços dos insumos e salários de
lativa à habilitação dos concorrentes, e sua apreciação; mercado, acrescidos dos respectivos encargos, ainda que
53
LEGISLAÇÃO
o ato convocatório da licitação não tenha estabelecido § 1º Nas licitações do tipo «melhor técnica» será
limites mínimos, exceto quando se referirem a materiais adotado o seguinte procedimento claramente explicitado
e instalações de propriedade do próprio licitante, para os no instrumento convocatório, o qual fixará o preço máximo
quais ele renuncie a parcela ou à totalidade da remuneração. que a Administração se propõe a pagar:
§ 4º O disposto no parágrafo anterior aplica-se também I - serão abertos os envelopes contendo as propostas téc-
às propostas que incluam mão-de-obra estrangeira ou nicas exclusivamente dos licitantes previamente qualificados
importações de qualquer natureza. e feita então a avaliação e classificação destas propostas de
acordo com os critérios pertinentes e adequados ao objeto
Art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, de- licitado, definidos com clareza e objetividade no instrumento
vendo a Comissão de licitação ou o responsável pelo con- convocatório e que considerem a capacitação e a experiência
vite realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, do proponente, a qualidade técnica da proposta, compreen-
os critérios previamente estabelecidos no ato convocatório e dendo metodologia, organização, tecnologias e recursos ma-
de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de teriais a serem utilizados nos trabalhos, e a qualificação das
maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos equipes técnicas a serem mobilizadas para a sua execução;
II - uma vez classificadas as propostas técnicas, proce-
órgãos de controle.
der-se-á à abertura das propostas de preço dos licitantes
§ 1º Para os efeitos deste artigo, constituem tipos de
que tenham atingido a valorização mínima estabelecida no
licitação, exceto na modalidade concurso:
instrumento convocatório e à negociação das condições pro-
I - a de menor preço - quando o critério de seleção da
postas, com a proponente melhor classificada, com base nos
proposta mais vantajosa para a Administração determinar orçamentos detalhados apresentados e respectivos preços
que será vencedor o licitante que apresentar a proposta de unitários e tendo como referência o limite representado pela
acordo com as especificações do edital ou convite e ofertar proposta de menor preço entre os licitantes que obtiveram a
o menor preço; valorização mínima;
II - a de melhor técnica; III - no caso de impasse na negociação anterior, proce-
III - a de técnica e preço. dimento idêntico será adotado, sucessivamente, com os de-
IV - a de maior lance ou oferta - nos casos de alienação mais proponentes, pela ordem de classificação, até a conse-
de bens ou concessão de direito real de uso. cução de acordo para a contratação;
§ 2º No caso de empate entre duas ou mais propostas, IV - as propostas de preços serão devolvidas intactas
e após obedecido o disposto no § 2o do art. 3o desta Lei, a aos licitantes que não forem preliminarmente habilitados ou
classificação se fará, obrigatoriamente, por sorteio, em ato que não obtiverem a valorização mínima estabelecida para
público, para o qual todos os licitantes serão convocados, a proposta técnica.
vedado qualquer outro processo. § 2º Nas licitações do tipo «técnica e preço» será
§ 3º No caso da licitação do tipo «menor preço», entre os adotado, adicionalmente ao inciso I do parágrafo anterior,
licitantes considerados qualificados a classificação se dará o seguinte procedimento claramente explicitado no
pela ordem crescente dos preços propostos, prevalecendo, instrumento convocatório:
no caso de empate, exclusivamente o critério previsto no I - será feita a avaliação e a valorização das propostas
parágrafo anterior. de preços, de acordo com critérios objetivos preestabelecidos
§ 4º Para contratação de bens e serviços de informática, no instrumento convocatório;
a administração observará o disposto no art. 3o da Lei no II - a classificação dos proponentes far-se-á de acordo
8.248, de 23 de outubro de 1991, levando em conta os com a média ponderada das valorizações das propostas téc-
fatores especificados em seu parágrafo 2o e adotando obri- nicas e de preço, de acordo com os pesos preestabelecidos no
gatoriamente o tipo de licitação “técnica e preço”, permitido instrumento convocatório.
o emprego de outro tipo de licitação nos casos indicados em § 3º Excepcionalmente, os tipos de licitação previstos
neste artigo poderão ser adotados, por autorização
decreto do Poder Executivo.
expressa e mediante justificativa circunstanciada da maior
§ 5º É vedada a utilização de outros tipos de licitação
autoridade da Administração promotora constante do
não previstos neste artigo.
ato convocatório, para fornecimento de bens e execução
§ 6º Na hipótese prevista no art. 23, § 7º, serão
de obras ou prestação de serviços de grande vulto
selecionadas tantas propostas quantas necessárias até que majoritariamente dependentes de tecnologia nitidamente
se atinja a quantidade demandada na licitação. sofisticada e de domínio restrito, atestado por autoridades
técnicas de reconhecida qualificação, nos casos em que o
Art. 46. Os tipos de licitação “melhor técnica” ou “téc- objeto pretendido admitir soluções alternativas e variações
nica e preço” serão utilizados exclusivamente para serviços de execução, com repercussões significativas sobre sua
de natureza predominantemente intelectual, em especial na qualidade, produtividade, rendimento e durabilidade
elaboração de projetos, cálculos, fiscalização, supervisão e concretamente mensuráveis, e estas puderem ser adotadas
gerenciamento e de engenharia consultiva em geral e, em à livre escolha dos licitantes, na conformidade dos critérios
particular, para a elaboração de estudos técnicos prelimina- objetivamente fixados no ato convocatório.
res e projetos básicos e executivos, ressalvado o disposto no § 4º (Vetado).
§ 4o do artigo anterior.
54
LEGISLAÇÃO
Art. 47. Nas licitações para a execução de obras e servi- § 3º No caso de desfazimento do processo licitatório,
ços, quando for adotada a modalidade de execução de em- fica assegurado o contraditório e a ampla defesa.
preitada por preço global, a Administração deverá fornecer § 4º O disposto neste artigo e seus parágrafos aplica-se
obrigatoriamente, junto com o edital, todos os elementos e aos atos do procedimento de dispensa e de inexigibilidade
informações necessários para que os licitantes possam ela- de licitação.
borar suas propostas de preços com total e completo conhe-
cimento do objeto da licitação. Art. 50. A Administração não poderá celebrar o contra-
to com preterição da ordem de classificação das propostas
Art. 48. Serão desclassificadas: ou com terceiros estranhos ao procedimento licitatório, sob
I - as propostas que não atendam às exigências do ato pena de nulidade.
convocatório da licitação;
II - propostas com valor global superior ao limite esta- Art. 51. A habilitação preliminar, a inscrição em registro
belecido ou com preços manifestamente inexequíveis, assim cadastral, a sua alteração ou cancelamento, e as propostas
considerados aqueles que não venham a ter demonstrada serão processadas e julgadas por comissão permanente ou
sua viabilidade através de documentação que comprove que especial de, no mínimo, 3 (três) membros, sendo pelo menos
os custos dos insumos são coerentes com os de mercado e 2 (dois) deles servidores qualificados pertencentes aos qua-
que os coeficientes de produtividade são compatíveis com a dros permanentes dos órgãos da Administração responsá-
execução do objeto do contrato, condições estas necessaria- veis pela licitação.
mente especificadas no ato convocatório da licitação. (Reda- § 1º No caso de convite, a Comissão de licitação,
ção dada pela Lei nº 8.883, de 1994) excepcionalmente, nas pequenas unidades administrativas
§ 1º Para os efeitos do disposto no inciso II deste e em face da exigüidade de pessoal disponível, poderá
artigo consideram-se manifestamente inexequíveis, no ser substituída por servidor formalmente designado pela
caso de licitações de menor preço para obras e serviços de autoridade competente.
engenharia, as propostas cujos valores sejam inferiores a § 2º A Comissão para julgamento dos pedidos
70% (setenta por cento) do menor dos seguintes valores: de inscrição em registro cadastral, sua alteração ou
a) média aritmética dos valores das propostas superiores cancelamento, será integrada por profissionais legalmente
a 50% (cinqüenta por cento) do valor orçado pela adminis- habilitados no caso de obras, serviços ou aquisição de
tração, ou
equipamentos.
b) valor orçado pela administração.
§ 3º Os membros das Comissões de licitação
§ 2º Dos licitantes classificados na forma do parágrafo
responderão solidariamente por todos os atos praticados
anterior cujo valor global da proposta for inferior a 80%
pela Comissão, salvo se posição individual divergente
(oitenta por cento) do menor valor a que se referem as
estiver devidamente fundamentada e registrada em ata
alíneas «a» e «b», será exigida, para a assinatura do
lavrada na reunião em que tiver sido tomada a decisão.
contrato, prestação de garantia adicional, dentre as
§ 4º A investidura dos membros das Comissões
modalidades previstas no § 1º do art. 56, igual a diferença
permanentes não excederá a 1 (um) ano, vedada a
entre o valor resultante do parágrafo anterior e o valor da
recondução da totalidade de seus membros para a mesma
correspondente proposta.
§ 3º Quando todos os licitantes forem inabilitados ou comissão no período subsequente.
todas as propostas forem desclassificadas, a administração § 5º No caso de concurso, o julgamento será feito por
poderá fixar aos licitantes o prazo de oito dias úteis para uma comissão especial integrada por pessoas de reputação
a apresentação de nova documentação ou de outras ilibada e reconhecido conhecimento da matéria em exame,
propostas escoimadas das causas referidas neste artigo, servidores públicos ou não.
facultada, no caso de convite, a redução deste prazo para
três dias úteis. Art. 52. O concurso a que se refere o § 4o do art. 22
desta Lei deve ser precedido de regulamento próprio, a ser
Art. 49. A autoridade competente para a aprovação do obtido pelos interessados no local indicado no edital.
procedimento somente poderá revogar a licitação por razões § 1ºO regulamento deverá indicar:
de interesse público decorrente de fato superveniente devi- I - a qualificação exigida dos participantes;
damente comprovado, pertinente e suficiente para justificar II - as diretrizes e a forma de apresentação do trabalho;
tal conduta, devendo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou III - as condições de realização do concurso e os prêmios
por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devi- a serem concedidos.
damente fundamentado. § 2º Em se tratando de projeto, o vencedor deverá
§ 1º A anulação do procedimento licitatório por motivo autorizar a Administração a executá-lo quando julgar
de ilegalidade não gera obrigação de indenizar, ressalvado conveniente.
o disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei.
§ 2º A nulidade do procedimento licitatório induz à do Art. 53. O leilão pode ser cometido a leiloeiro oficial ou
contrato, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. a servidor designado pela Administração, procedendo-se na
59 desta Lei. forma da legislação pertinente.
55
LEGISLAÇÃO
§ 1º Todo bem a ser leiloado será previamente avaliado XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a
pela Administração para fixação do preço mínimo de dispensou ou a inexigiu, ao convite e à proposta do licitante
arrematação. vencedor;
§ 2º Os bens arrematados serão pagos à vista ou no XII - a legislação aplicável à execução do contrato e es-
percentual estabelecido no edital, não inferior a 5% (cinco pecialmente aos casos omissos;
por cento) e, após a assinatura da respectiva ata lavrada no XIII - a obrigação do contratado de manter, durante
local do leilão, imediatamente entregues ao arrematante, toda a execução do contrato, em compatibilidade com as
o qual se obrigará ao pagamento do restante no prazo obrigações por ele assumidas, todas as condições de habili-
estipulado no edital de convocação, sob pena de perder tação e qualificação exigidas na licitação.
em favor da Administração o valor já recolhido. § 1º (Vetado).
§ 3º Nos leilões internacionais, o pagamento da parcela § 2º Nos contratos celebrados pela Administração
à vista poderá ser feito em até vinte e quatro horas. Pública com pessoas físicas ou jurídicas, inclusive
§ 4º O edital de leilão deve ser amplamente divulgado, aquelas domiciliadas no estrangeiro, deverá constar
principalmente no município em que se realizará. necessariamente cláusula que declare competente o foro
da sede da Administração para dirimir qualquer questão
Capítulo III contratual, salvo o disposto no § 6o do art. 32 desta Lei.
DOS CONTRATOS § 3º No ato da liquidação da despesa, os serviços de
contabilidade comunicarão, aos órgãos incumbidos da
Seção I arrecadação e fiscalização de tributos da União, Estado ou
Disposições Preliminares Município, as características e os valores pagos, segundo
o disposto no art. 63 da Lei no 4.320, de 17 de março de
Art. 54. Os contratos administrativos de que trata esta 1964.
Lei regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de di-
reito público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os princí- Art. 56. A critério da autoridade competente, em cada
pios da teoria geral dos contratos e as disposições de direito caso, e desde que prevista no instrumento convocatório, po-
privado. derá ser exigida prestação de garantia nas contratações de
§ 1º Os contratos devem estabelecer com clareza obras, serviços e compras.
e precisão as condições para sua execução, expressas § 1º Caberá ao contratado optar por uma das seguintes
em cláusulas que definam os direitos, obrigações e modalidades de garantia:
responsabilidades das partes, em conformidade com os I - caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública,
termos da licitação e da proposta a que se vinculam. devendo estes ter sido emitidos sob a forma escritural, me-
§ 2º Os contratos decorrentes de dispensa ou de diante registro em sistema centralizado de liquidação e de
inexigibilidade de licitação devem atender aos termos do custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil e avalia-
ato que os autorizou e da respectiva proposta. dos pelos seus valores econômicos, conforme definido pelo
Ministério da Fazenda;
Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as II - seguro-garantia;
que estabeleçam: III - fiança bancária.
I - o objeto e seus elementos característicos; § 2º A garantia a que se refere o caput deste artigo
II - o regime de execução ou a forma de fornecimento; não excederá a cinco por cento do valor do contrato e
III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, terá seu valor atualizado nas mesmas condições daquele,
data-base e periodicidade do reajustamento de preços, os ressalvado o previsto no parágrafo 3o deste artigo.
critérios de atualização monetária entre a data do adimple- § 3º Para obras, serviços e fornecimentos de grande
mento das obrigações e a do efetivo pagamento; vulto envolvendo alta complexidade técnica e riscos
IV - os prazos de início de etapas de execução, de con- financeiros consideráveis, demonstrados através de parecer
clusão, de entrega, de observação e de recebimento definiti- tecnicamente aprovado pela autoridade competente, o
vo, conforme o caso; limite de garantia previsto no parágrafo anterior poderá
V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indica- ser elevado para até dez por cento do valor do contrato.
ção da classificação funcional programática e da categoria § 4º A garantia prestada pelo contratado será liberada
econômica; ou restituída após a execução do contrato e, quando em
VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena dinheiro, atualizada monetariamente.
execução, quando exigidas; § 5º Nos casos de contratos que importem na entrega
VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as pe- de bens pela Administração, dos quais o contratado ficará
nalidades cabíveis e os valores das multas; depositário, ao valor da garantia deverá ser acrescido o
VIII - os casos de rescisão; valor desses bens.
IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em
caso de rescisão administrativa prevista no art. 77 desta Lei; Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei
X - as condições de importação, a data e a taxa de câm- ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamen-
bio para conversão, quando for o caso; tários, exceto quanto aos relativos:
56
LEGISLAÇÃO
I - aos projetos cujos produtos estejam contemplados II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados
nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais pode- no inciso I do art. 79 desta Lei;
rão ser prorrogados se houver interesse da Administração e III - fiscalizar-lhes a execução;
desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório; IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou
II - à prestação de serviços a serem executados de for- parcial do ajuste;
ma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoria-
iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços mente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao
e condições mais vantajosas para a administração, limitada objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar
a sessenta meses; apuração administrativa de faltas contratuais pelo contra-
III - (Vetado). tado, bem como na hipótese de rescisão do contrato admi-
IV - ao aluguel de equipamentos e à utilização de pro- nistrativo.
gramas de informática, podendo a duração estender-se pelo § 1º As cláusulas econômico-financeiras e monetárias
prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o início da dos contratos administrativos não poderão ser alteradas
vigência do contrato. sem prévia concordância do contratado.
V - às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e § 2º Na hipótese do inciso I deste artigo, as cláusulas
XXXI do art. 24, cujos contratos poderão ter vigência por até econômico-financeiras do contrato deverão ser revistas
120 (cento e vinte) meses, caso haja interesse da adminis- para que se mantenha o equilíbrio contratual.
tração.
§ 1º Os prazos de início de etapas de execução, de Art. 59. A declaração de nulidade do contrato adminis-
conclusão e de entrega admitem prorrogação, mantidas as trativo opera retroativamente impedindo os efeitos jurídicos
demais cláusulas do contrato e assegurada a manutenção que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de descons-
de seu equilíbrio econômico-financeiro, desde que ocorra tituir os já produzidos.
algum dos seguintes motivos, devidamente autuados em
Parágrafo único. A nulidade não exonera a Administra-
processo:
ção do dever de indenizar o contratado pelo que este houver
I - alteração do projeto ou especificações, pela Adminis-
executado até a data em que ela for declarada e por outros
tração;
prejuízos regularmente comprovados, contanto que não lhe
II - superveniência de fato excepcional ou imprevisível,
seja imputável, promovendo-se a responsabilidade de quem
estranho à vontade das partes, que altere fundamentalmen-
lhe deu causa.
te as condições de execução do contrato;
III - interrupção da execução do contrato ou diminuição
Seção II
do ritmo de trabalho por ordem e no interesse da Adminis-
Da Formalização dos Contratos
tração;
IV - aumento das quantidades inicialmente previstas no
contrato, nos limites permitidos por esta Lei; Art. 60. Os contratos e seus aditamentos serão lavrados
V - impedimento de execução do contrato por fato ou nas repartições interessadas, as quais manterão arquivo cro-
ato de terceiro reconhecido pela Administração em docu- nológico dos seus autógrafos e registro sistemático do seu
mento contemporâneo à sua ocorrência; extrato, salvo os relativos a direitos reais sobre imóveis, que
VI - omissão ou atraso de providências a cargo da Ad- se formalizam por instrumento lavrado em cartório de notas,
ministração, inclusive quanto aos pagamentos previstos de de tudo juntando-se cópia no processo que lhe deu origem.
que resulte, diretamente, impedimento ou retardamento na Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato
execução do contrato, sem prejuízo das sanções legais apli- verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras
cáveis aos responsáveis. de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor
§ 2º Toda prorrogação de prazo deverá ser justificada não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido
por escrito e previamente autorizada pela autoridade no art. 23, inciso II, alínea “a” desta Lei, feitas em regime de
competente para celebrar o contrato. adiantamento.
§ 3º É vedado o contrato com prazo de vigência
indeterminado. Art. 61. Todo contrato deve mencionar os nomes das
§ 4º Em caráter excepcional, devidamente justificado partes e os de seus representantes, a finalidade, o ato que
e mediante autorização da autoridade superior, o prazo autorizou a sua lavratura, o número do processo da licitação,
de que trata o inciso II do caput deste artigo poderá ser da dispensa ou da inexigibilidade, a sujeição dos contratan-
prorrogado por até doze meses. tes às normas desta Lei e às cláusulas contratuais.
Parágrafo único. A publicação resumida do instrumento
Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos de contrato ou de seus aditamentos na imprensa oficial, que
instituído por esta Lei confere à Administração, em relação a é condição indispensável para sua eficácia, será providencia-
eles, a prerrogativa de: da pela Administração até o quinto dia útil do mês seguinte
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequa- ao de sua assinatura, para ocorrer no prazo de vinte dias
ção às finalidades de interesse público, respeitados os direi- daquela data, qualquer que seja o seu valor, ainda que sem
tos do contratado; ônus, ressalvado o disposto no art. 26 desta Lei.
57
LEGISLAÇÃO
58
LEGISLAÇÃO
§ 5º Quaisquer tributos ou encargos legais criados, Art. 69. O contratado é obrigado a reparar, corrigir, re-
alterados ou extintos, bem como a superveniência de mover, reconstruir ou substituir, às suas expensas, no total ou
disposições legais, quando ocorridas após a data da em parte, o objeto do contrato em que se verificarem vícios,
apresentação da proposta, de comprovada repercussão defeitos ou incorreções resultantes da execução ou de mate-
nos preços contratados, implicarão a revisão destes para riais empregados.
mais ou para menos, conforme o caso.
§ 6º Em havendo alteração unilateral do contrato que Art. 70. O contratado é responsável pelos danos causa-
aumente os encargos do contratado, a Administração dos diretamente à Administração ou a terceiros, decorrentes
deverá restabelecer, por aditamento, o equilíbrio de sua culpa ou dolo na execução do contrato, não excluin-
econômico-financeiro inicial. do ou reduzindo essa responsabilidade a fiscalização ou o
§ 7º (VETADO) acompanhamento pelo órgão interessado.
§ 8º A variação do valor contratual para fazer face
ao reajuste de preços previsto no próprio contrato, as Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos tra-
atualizações, compensações ou penalizações financeiras balhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da
decorrentes das condições de pagamento nele previstas, execução do contrato.
bem como o empenho de dotações orçamentárias § 1º A inadimplência do contratado, com referência
suplementares até o limite do seu valor corrigido, não aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere
caracterizam alteração do mesmo, podendo ser registrados à Administração Pública a responsabilidade por seu
por simples apostila, dispensando a celebração de pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou
aditamento. restringir a regularização e o uso das obras e edificações,
inclusive perante o Registro de Imóveis.
Seção IV § 2º A Administração Pública responde solidariamente
Da Execução dos Contratos com o contratado pelos encargos previdenciários resultantes
da execução do contrato, nos termos do art. 31 da Lei nº
Art. 66. O contrato deverá ser executado fielmente pelas 8.212, de 24 de julho de 1991.
partes, de acordo com as cláusulas avençadas e as normas § 3º (Vetado).
desta Lei, respondendo cada uma pelas consequências de
sua inexecução total ou parcial. Art. 72. O contratado, na execução do contrato, sem
prejuízo das responsabilidades contratuais e legais, poderá
Art. 66-A. As empresas enquadradas no inciso V do § 2o subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, até o
e no inciso II do § 5o do art. 3o desta Lei deverão cumprir, limite admitido, em cada caso, pela Administração.
durante todo o período de execução do contrato, a reserva
de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou Art. 73. Executado o contrato, o seu objeto será recebido:
para reabilitado da Previdência Social, bem como as regras I - em se tratando de obras e serviços:
de acessibilidade previstas na legislação. a) provisoriamente, pelo responsável por seu acompa-
Parágrafo único. Cabe à administração fiscalizar o nhamento e fiscalização, mediante termo circunstanciado,
cumprimento dos requisitos de acessibilidade nos serviços e assinado pelas partes em até 15 (quinze) dias da comunica-
nos ambientes de trabalho. ção escrita do contratado;
b) definitivamente, por servidor ou comissão designada
Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanha- pela autoridade competente, mediante termo circunstancia-
da e fiscalizada por um representante da Administração es- do, assinado pelas partes, após o decurso do prazo de obser-
pecialmente designado, permitida a contratação de terceiros vação, ou vistoria que comprove a adequação do objeto aos
para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a termos contratuais, observado o disposto no art. 69 desta Lei;
essa atribuição. II - em se tratando de compras ou de locação de equi-
§ 1º O representante da Administração anotará em pamentos:
registro próprio todas as ocorrências relacionadas com a a) provisoriamente, para efeito de posterior verificação
execução do contrato, determinando o que for necessário da conformidade do material com a especificação;
à regularização das faltas ou defeitos observados. b) definitivamente, após a verificação da qualidade e
§ 2º As decisões e providências que ultrapassarem a quantidade do material e consequente aceitação.
competência do representante deverão ser solicitadas a § 1º Nos casos de aquisição de equipamentos de
seus superiores em tempo hábil para a adoção das medidas grande vulto, o recebimento far-se-á mediante termo
convenientes. circunstanciado e, nos demais, mediante recibo.
§ 2º O recebimento provisório ou definitivo não exclui
Art. 68. O contratado deverá manter preposto, aceito a responsabilidade civil pela solidez e segurança da obra ou
pela Administração, no local da obra ou serviço, para repre- do serviço, nem ético-profissional pela perfeita execução
sentá-lo na execução do contrato. do contrato, dentro dos limites estabelecidos pela lei ou
pelo contrato.
59
LEGISLAÇÃO
§ 3º O prazo a que se refere a alínea «b» do inciso I VIII - o cometimento reiterado de faltas na sua execução,
deste artigo não poderá ser superior a 90 (noventa) dias, anotadas na forma do § 1o do art. 67 desta Lei;
salvo em casos excepcionais, devidamente justificados e IX - a decretação de falência ou a instauração de insol-
previstos no edital. vência civil;
§ 4º Na hipótese de o termo circunstanciado ou X - a dissolução da sociedade ou o falecimento do con-
a verificação a que se refere este artigo não serem, tratado;
respectivamente, lavrado ou procedida dentro dos XI - a alteração social ou a modificação da finalidade
prazos fixados, reputar-se-ão como realizados, desde ou da estrutura da empresa, que prejudique a execução do
que comunicados à Administração nos 15 (quinze) dias contrato;
anteriores à exaustão dos mesmos. XII - razões de interesse público, de alta relevância e am-
plo conhecimento, justificadas e determinadas pela máxima
Art. 74. Poderá ser dispensado o recebimento provisório autoridade da esfera administrativa a que está subordinado
nos seguintes casos: o contratante e exaradas no processo administrativo a que
I - gêneros perecíveis e alimentação preparada; se refere o contrato;
II - serviços profissionais; XIII - a supressão, por parte da Administração, de obras,
III - obras e serviços de valor até o previsto no art. 23, in- serviços ou compras, acarretando modificação do valor ini-
ciso II, alínea “a”, desta Lei, desde que não se componham de cial do contrato além do limite permitido no § 1o do art. 65
aparelhos, equipamentos e instalações sujeitos à verificação desta Lei;
de funcionamento e produtividade. XIV - a suspensão de sua execução, por ordem escrita da
Parágrafo único. Nos casos deste artigo, o recebimento Administração, por prazo superior a 120 (cento e vinte) dias,
será feito mediante recibo. salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da
ordem interna ou guerra, ou ainda por repetidas suspensões
Art. 75. Salvo disposições em contrário constantes do que totalizem o mesmo prazo, independentemente do paga-
edital, do convite ou de ato normativo, os ensaios, testes e
mento obrigatório de indenizações pelas sucessivas e con-
demais provas exigidos por normas técnicas oficiais para a
tratualmente imprevistas desmobilizações e mobilizações e
boa execução do objeto do contrato correm por conta do
outras previstas, assegurado ao contratado, nesses casos, o
contratado.
direito de optar pela suspensão do cumprimento das obriga-
ções assumidas até que seja normalizada a situação;
Art. 76. A Administração rejeitará, no todo ou em parte,
XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos paga-
obra, serviço ou fornecimento executado em desacordo com
mentos devidos pela Administração decorrentes de obras,
o contrato.
serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou
executados, salvo em caso de calamidade pública, grave per-
Seção V
Da Inexecução e da Rescisão dos Contratos turbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contra-
tado o direito de optar pela suspensão do cumprimento de
Art. 77. A inexecução total ou parcial do contrato enseja suas obrigações até que seja normalizada a situação;
a sua rescisão, com as consequências contratuais e as previs- XVI - a não liberação, por parte da Administração, de
tas em lei ou regulamento. área, local ou objeto para execução de obra, serviço ou for-
necimento, nos prazos contratuais, bem como das fontes de
Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato: materiais naturais especificadas no projeto;
I - o não cumprimento de cláusulas contratuais, especi- XVII - a ocorrência de caso fortuito ou de força maior,
ficações, projetos ou prazos; regularmente comprovada, impeditiva da execução do con-
II - o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, trato.
especificações, projetos e prazos; XVIII – descumprimento do disposto no inciso V do art.
III - a lentidão do seu cumprimento, levando a Adminis- 27, sem prejuízo das sanções penais cabíveis.
tração a comprovar a impossibilidade da conclusão da obra, Parágrafo único. Os casos de rescisão contratual serão
do serviço ou do fornecimento, nos prazos estipulados; formalmente motivados nos autos do processo, assegurado
IV - o atraso injustificado no início da obra, serviço ou o contraditório e a ampla defesa.
fornecimento;
V - a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimen- Art. 79. A rescisão do contrato poderá ser:
to, sem justa causa e prévia comunicação à Administração; I - determinada por ato unilateral e escrito da Adminis-
VI - a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a tração, nos casos enumerados nos incisos I a XII e XVII do
associação do contratado com outrem, a cessão ou transfe- artigo anterior;
rência, total ou parcial, bem como a fusão, cisão ou incorpo- II - amigável, por acordo entre as partes, reduzida a ter-
ração, não admitidas no edital e no contrato; mo no processo da licitação, desde que haja conveniência
VII - o desatendimento das determinações regulares da para a Administração;
autoridade designada para acompanhar e fiscalizar a sua III - judicial, nos termos da legislação;
execução, assim como as de seus superiores; IV - (Vetado).
60
LEGISLAÇÃO
§ 1º A rescisão administrativa ou amigável deverá Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica
ser precedida de autorização escrita e fundamentada da aos licitantes convocados nos termos do art. 64, § 2o desta
autoridade competente. Lei, que não aceitarem a contratação, nas mesmas condições
§ 2º Quando a rescisão ocorrer com base nos incisos propostas pelo primeiro adjudicatário, inclusive quanto ao
XII a XVII do artigo anterior, sem que haja culpa do prazo e preço.
contratado, será este ressarcido dos prejuízos regularmente
comprovados que houver sofrido, tendo ainda direito a: Art. 82. Os agentes administrativos que praticarem atos
I - devolução de garantia; em desacordo com os preceitos desta Lei ou visando a frus-
II - pagamentos devidos pela execução do contrato até trar os objetivos da licitação sujeitam-se às sanções previstas
a data da rescisão; nesta Lei e nos regulamentos próprios, sem prejuízo das res-
III - pagamento do custo da desmobilização. ponsabilidades civil e criminal que seu ato ensejar.
§ 3º (Vetado).
§ 4º (Vetado). Art. 83. Os crimes definidos nesta Lei, ainda que sim-
§ 5º Ocorrendo impedimento, paralisação ou sustação plesmente tentados, sujeitam os seus autores, quando servi-
do contrato, o cronograma de execução será prorrogado dores públicos, além das sanções penais, à perda do cargo,
automaticamente por igual tempo. emprego, função ou mandato eletivo.
Art. 80. A rescisão de que trata o inciso I do artigo an- Art. 84. Considera-se servidor público, para os fins desta
terior acarreta as seguintes consequências, sem prejuízo das Lei, aquele que exerce, mesmo que transitoriamente ou sem
sanções previstas nesta Lei: remuneração, cargo, função ou emprego público.
I - assunção imediata do objeto do contrato, no estado e § 1º Equipara-se a servidor público, para os fins desta
local em que se encontrar, por ato próprio da Administração; Lei, quem exerce cargo, emprego ou função em entidade
II - ocupação e utilização do local, instalações, equipa- paraestatal, assim consideradas, além das fundações,
mentos, material e pessoal empregados na execução do con- empresas públicas e sociedades de economia mista, as
trato, necessários à sua continuidade, na forma do inciso V demais entidades sob controle, direto ou indireto, do
do art. 58 desta Lei; Poder Público.
III - execução da garantia contratual, para ressarcimento § 2º A pena imposta será acrescida da terça parte,
da Administração, e dos valores das multas e indenizações quando os autores dos crimes previstos nesta Lei forem
a ela devidos; ocupantes de cargo em comissão ou de função de confiança
IV - retenção dos créditos decorrentes do contrato até o em órgão da Administração direta, autarquia, empresa
limite dos prejuízos causados à Administração. pública, sociedade de economia mista, fundação pública,
§ 1º A aplicação das medidas previstas nos incisos I e ou outra entidade controlada direta ou indiretamente pelo
II deste artigo fica a critério da Administração, que poderá Poder Público.
dar continuidade à obra ou ao serviço por execução direta
ou indireta. Art. 85. As infrações penais previstas nesta Lei pertinem
§ 2º É permitido à Administração, no caso de concordata às licitações e aos contratos celebrados pela União, Estados,
do contratado, manter o contrato, podendo assumir o Distrito Federal, Municípios, e respectivas autarquias, em-
controle de determinadas atividades de serviços essenciais. presas públicas, sociedades de economia mista, fundações
§ 3º Na hipótese do inciso II deste artigo, o ato deverá públicas, e quaisquer outras entidades sob seu controle di-
ser precedido de autorização expressa do Ministro de reto ou indireto.
Estado competente, ou Secretário Estadual ou Municipal,
conforme o caso. Seção II
§ 4º A rescisão de que trata o inciso IV do artigo Das Sanções Administrativas
anterior permite à Administração, a seu critério, aplicar a
medida prevista no inciso I deste artigo. Art. 86. O atraso injustificado na execução do contrato
sujeitará o contratado à multa de mora, na forma prevista
Capítulo IV no instrumento convocatório ou no contrato.
DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS E DA TUTELA § 1º A multa a que alude este artigo não impede que
JUDICIAL a Administração rescinda unilateralmente o contrato e
aplique as outras sanções previstas nesta Lei.
Seção I § 2º A multa, aplicada após regular processo
Disposições Gerais administrativo, será descontada da garantia do respectivo
contratado.
Art. 81. A recusa injustificada do adjudicatário em assi- § 3º Se a multa for de valor superior ao valor da
nar o contrato, aceitar ou retirar o instrumento equivalente, garantia prestada, além da perda desta, responderá o
dentro do prazo estabelecido pela Administração, caracteri- contratado pela sua diferença, a qual será descontada dos
za o descumprimento total da obrigação assumida, sujeitan- pagamentos eventualmente devidos pela Administração
do-o às penalidades legalmente estabelecidas. ou ainda, quando for o caso, cobrada judicialmente.
61
LEGISLAÇÃO
Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a Art. 90. Frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combina-
Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao ção ou qualquer outro expediente, o caráter competitivo do
contratado as seguintes sanções: procedimento licitatório, com o intuito de obter, para si ou
I - advertência; para outrem, vantagem decorrente da adjudicação do objeto
II - multa, na forma prevista no instrumento convocató- da licitação:
rio ou no contrato; Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
III - suspensão temporária de participação em licitação
e impedimento de contratar com a Administração, por prazo Art. 91. Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse
não superior a 2 (dois) anos; privado perante a Administração, dando causa à instaura-
IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contra- ção de licitação ou à celebração de contrato, cuja invalida-
tar com a Administração Pública enquanto perdurarem os ção vier a ser decretada pelo Poder Judiciário:
motivos determinantes da punição ou até que seja promovi- Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e mul-
da a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou ta.
a penalidade, que será concedida sempre que o contratado
ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após Art. 92. Admitir, possibilitar ou dar causa a qualquer
decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso modificação ou vantagem, inclusive prorrogação contratual,
anterior. em favor do adjudicatário, durante a execução dos contratos
§ 1º Se a multa aplicada for superior ao valor da garantia celebrados com o Poder Público, sem autorização em lei, no
prestada, além da perda desta, responderá o contratado ato convocatório da licitação ou nos respectivos instrumen-
pela sua diferença, que será descontada dos pagamentos tos contratuais, ou, ainda, pagar fatura com preterição da
eventualmente devidos pela Administração ou cobrada ordem cronológica de sua exigibilidade, observado o dispos-
judicialmente. to no art. 121 desta Lei:
§ 2º As sanções previstas nos incisos I, III e IV deste Pena - detenção, de dois a quatro anos, e multa.
artigo poderão ser aplicadas juntamente com a do inciso Parágrafo único. Incide na mesma pena o contratado
II, facultada a defesa prévia do interessado, no respectivo que, tendo comprovadamente concorrido para a consuma-
processo, no prazo de 5 (cinco) dias úteis. ção da ilegalidade, obtém vantagem indevida ou se bene-
§ 3º A sanção estabelecida no inciso IV deste artigo é de ficia, injustamente, das modificações ou prorrogações con-
competência exclusiva do Ministro de Estado, do Secretário tratuais.
Estadual ou Municipal, conforme o caso, facultada a defesa
Art. 93. Impedir, perturbar ou fraudar a realização de
do interessado no respectivo processo, no prazo de 10
qualquer ato de procedimento licitatório:
(dez) dias da abertura de vista, podendo a reabilitação ser
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e mul-
requerida após 2 (dois) anos de sua aplicação. (Vide art 109
ta.
inciso III)
Art. 94. Devassar o sigilo de proposta apresentada em
Art. 88. As sanções previstas nos incisos III e IV do artigo
procedimento licitatório, ou proporcionar a terceiro o ensejo
anterior poderão também ser aplicadas às empresas ou aos
de devassá-lo:
profissionais que, em razão dos contratos regidos por esta Pena - detenção, de 2 (dois) a 3 (três) anos, e multa.
Lei:
I - tenham sofrido condenação definitiva por praticarem, Art. 95. Afastar ou procura afastar licitante, por meio de
por meios dolosos, fraude fiscal no recolhimento de quais- violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de vanta-
quer tributos; gem de qualquer tipo:
II - tenham praticado atos ilícitos visando a frustrar os Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa,
objetivos da licitação; além da pena correspondente à violência.
III - demonstrem não possuir idoneidade para contratar Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem se abs-
com a Administração em virtude de atos ilícitos praticados. tém ou desiste de licitar, em razão da vantagem oferecida.
62
LEGISLAÇÃO
Art. 97. Admitir à licitação ou celebrar contrato com cumentos, arrolar as testemunhas que tiver, em número não
empresa ou profissional declarado inidôneo: superior a 5 (cinco), e indicar as demais provas que pretenda
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e mul- produzir.
ta.
Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que, de- Art. 105. Ouvidas as testemunhas da acusação e da
clarado inidôneo, venha a licitar ou a contratar com a Ad- defesa e praticadas as diligências instrutórias deferidas ou
ministração. ordenadas pelo juiz, abrir-se-á, sucessivamente, o prazo de 5
(cinco) dias a cada parte para alegações finais.
Art. 98. Obstar, impedir ou dificultar, injustamente, a
inscrição de qualquer interessado nos registros cadastrais ou Art. 106. Decorrido esse prazo, e conclusos os autos
promover indevidamente a alteração, suspensão ou cancela- dentro de 24 (vinte e quatro) horas, terá o juiz 10 (dez) dias
mento de registro do inscrito: para proferir a sentença.
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e mul-
ta. Art. 107. Da sentença cabe apelação, interponível no
prazo de 5 (cinco) dias.
Art. 99. A pena de multa cominada nos arts. 89 a 98
desta Lei consiste no pagamento de quantia fixada na sen- Art. 108. No processamento e julgamento das infrações
tença e calculada em índices percentuais, cuja base corres- penais definidas nesta Lei, assim como nos recursos e nas
ponderá ao valor da vantagem efetivamente obtida ou po- execuções que lhes digam respeito, aplicar-se-ão, subsidia-
tencialmente auferível pelo agente. riamente, o Código de Processo Penal e a Lei de Execução
§ 1º Os índices a que se refere este artigo não poderão Penal.
ser inferiores a 2% (dois por cento), nem superiores a 5%
(cinco por cento) do valor do contrato licitado ou celebrado Capítulo V
com dispensa ou inexigibilidade de licitação. DOS RECURSOS ADMINISTRATIVOS
§ 2º O produto da arrecadação da multa reverterá,
conforme o caso, à Fazenda Federal, Distrital, Estadual ou
Art. 109. Dos atos da Administração decorrentes da
Municipal.
aplicação desta Lei cabem:
I - recurso, no prazo de 5 (cinco) dias úteis a contar da
Seção IV
intimação do ato ou da lavratura da ata, nos casos de:
Do Processo e do Procedimento Judicial
a) habilitação ou inabilitação do licitante;
b) julgamento das propostas;
Art. 100. Os crimes definidos nesta Lei são de ação pe-
c) anulação ou revogação da licitação;
nal pública incondicionada, cabendo ao Ministério Público
d) indeferimento do pedido de inscrição em registro ca-
promovê-la.
dastral, sua alteração ou cancelamento;
Art. 101. Qualquer pessoa poderá provocar, para os efei- e) rescisão do contrato, a que se refere o inciso I do art.
tos desta Lei, a iniciativa do Ministério Público, fornecendo- 79 desta Lei;
-lhe, por escrito, informações sobre o fato e sua autoria, bem f) aplicação das penas de advertência, suspensão tem-
como as circunstâncias em que se deu a ocorrência. porária ou de multa;
Parágrafo único. Quando a comunicação for verbal, II - representação, no prazo de 5 (cinco) dias úteis da
mandará a autoridade reduzi-la a termo, assinado pelo intimação da decisão relacionada com o objeto da licitação
apresentante e por duas testemunhas. ou do contrato, de que não caiba recurso hierárquico;
III - pedido de reconsideração, de decisão de Ministro
Art. 102. Quando em autos ou documentos de que co- de Estado, ou Secretário Estadual ou Municipal, conforme o
nhecerem, os magistrados, os membros dos Tribunais ou caso, na hipótese do § 4o do art. 87 desta Lei, no prazo de 10
Conselhos de Contas ou os titulares dos órgãos integrantes (dez) dias úteis da intimação do ato.
do sistema de controle interno de qualquer dos Poderes ve- § 1º A intimação dos atos referidos no inciso I, alíneas
rificarem a existência dos crimes definidos nesta Lei, remete- «a», «b», «c» e «e», deste artigo, excluídos os relativos
rão ao Ministério Público as cópias e os documentos neces- a advertência e multa de mora, e no inciso III, será feita
sários ao oferecimento da denúncia. mediante publicação na imprensa oficial, salvo para os casos
previstos nas alíneas «a» e «b», se presentes os prepostos
Art. 103. Será admitida ação penal privada subsidiária dos licitantes no ato em que foi adotada a decisão, quando
da pública, se esta não for ajuizada no prazo legal, aplican- poderá ser feita por comunicação direta aos interessados
do-se, no que couber, o disposto nos arts. 29 e 30 do Código e lavrada em ata.
de Processo Penal. § 2º O recurso previsto nas alíneas «a» e «b» do inciso
I deste artigo terá efeito suspensivo, podendo a autoridade
Art. 104. Recebida a denúncia e citado o réu, terá este o competente, motivadamente e presentes razões de
prazo de 10 (dez) dias para apresentação de defesa escrita, interesse público, atribuir ao recurso interposto eficácia
contado da data do seu interrogatório, podendo juntar do- suspensiva aos demais recursos.
63
LEGISLAÇÃO
§ 3º Interposto, o recurso será comunicado aos demais § 1º Qualquer licitante, contratado ou pessoa física ou
licitantes, que poderão impugná-lo no prazo de 5 (cinco) jurídica poderá representar ao Tribunal de Contas ou aos
dias úteis. órgãos integrantes do sistema de controle interno contra
§ 4º O recurso será dirigido à autoridade superior, por irregularidades na aplicação desta Lei, para os fins do
intermédio da que praticou o ato recorrido, a qual poderá disposto neste artigo.
reconsiderar sua decisão, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, ou, § 2º Os Tribunais de Contas e os órgãos integrantes do
nesse mesmo prazo, fazê-lo subir, devidamente informado, sistema de controle interno poderão solicitar para exame,
devendo, neste caso, a decisão ser proferida dentro do até o dia útil imediatamente anterior à data de recebimento
prazo de 5 (cinco) dias úteis, contado do recebimento do
das propostas, cópia de edital de licitação já publicado,
recurso, sob pena de responsabilidade.
obrigando-se os órgãos ou entidades da Administração
§ 5º Nenhum prazo de recurso, representação ou
pedido de reconsideração se inicia ou corre sem que interessada à adoção de medidas corretivas pertinentes
os autos do processo estejam com vista franqueada ao que, em função desse exame, lhes forem determinadas.
interessado.
§ 6º Em se tratando de licitações efetuadas na Art. 114. O sistema instituído nesta Lei não impede a
modalidade de «carta convite» os prazos estabelecidos nos pré-qualificação de licitantes nas concorrências, a ser pro-
incisos I e II e no parágrafo 3o deste artigo serão de dois cedida sempre que o objeto da licitação recomende análise
dias úteis. mais detida da qualificação técnica dos interessados.
§ 1º A adoção do procedimento de pré-qualificação
Capítulo VI será feita mediante proposta da autoridade competente,
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS aprovada pela imediatamente superior.
§ 2º Na pré-qualificação serão observadas as
Art. 110. Na contagem dos prazos estabelecidos nesta exigências desta Lei relativas à concorrência, à convocação
Lei, excluir-se-á o dia do início e incluir-se-á o do vencimen-
dos interessados, ao procedimento e à análise da
to, e considerar-se-ão os dias consecutivos, exceto quando
for explicitamente disposto em contrário. documentação.
Parágrafo único. Só se iniciam e vencem os prazos re-
feridos neste artigo em dia de expediente no órgão ou na Art. 115. Os órgãos da Administração poderão expedir
entidade. normas relativas aos procedimentos operacionais a serem
observados na execução das licitações, no âmbito de sua
Art. 111. A Administração só poderá contratar, pagar, competência, observadas as disposições desta Lei.
premiar ou receber projeto ou serviço técnico especializado Parágrafo único. As normas a que se refere este artigo,
desde que o autor ceda os direitos patrimoniais a ele re- após aprovação da autoridade competente, deverão ser pu-
lativos e a Administração possa utilizá-lo de acordo com o blicadas na imprensa oficial.
previsto no regulamento de concurso ou no ajuste para sua
elaboração. Art. 116. Aplicam-se as disposições desta Lei, no que
Parágrafo único. Quando o projeto referir-se a obra couber, aos convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos
imaterial de caráter tecnológico, insuscetível de privilégio, a
congêneres celebrados por órgãos e entidades da Adminis-
cessão dos direitos incluirá o fornecimento de todos os da-
dos, documentos e elementos de informação pertinentes à tração.
tecnologia de concepção, desenvolvimento, fixação em su- § 1º A celebração de convênio, acordo ou ajuste pelos
porte físico de qualquer natureza e aplicação da obra. órgãos ou entidades da Administração Pública depende
de prévia aprovação de competente plano de trabalho
Art. 112. Quando o objeto do contrato interessar a mais proposto pela organização interessada, o qual deverá
de uma entidade pública, caberá ao órgão contratante, pe- conter, no mínimo, as seguintes informações:
rante a entidade interessada, responder pela sua boa execu- I - identificação do objeto a ser executado;
ção, fiscalização e pagamento. II - metas a serem atingidas;
§ 1º Os consórcios públicos poderão realizar licitação III - etapas ou fases de execução;
da qual, nos termos do edital, decorram contratos IV - plano de aplicação dos recursos financeiros;
administrativos celebrados por órgãos ou entidades dos V - cronograma de desembolso;
entes da Federação consorciados. VI - previsão de início e fim da execução do objeto, bem
§ 2º É facultado à entidade interessada o
assim da conclusão das etapas ou fases programadas;
acompanhamento da licitação e da execução do contrato.
VII - se o ajuste compreender obra ou serviço de enge-
Art. 113. O controle das despesas decorrentes dos con- nharia, comprovação de que os recursos próprios para com-
tratos e demais instrumentos regidos por esta Lei será feito plementar a execução do objeto estão devidamente assegu-
pelo Tribunal de Contas competente, na forma da legislação rados, salvo se o custo total do empreendimento recair sobre
pertinente, ficando os órgãos interessados da Administração a entidade ou órgão descentralizador.
responsáveis pela demonstração da legalidade e regularida- § 2º Assinado o convênio, a entidade ou órgão
de da despesa e execução, nos termos da Constituição e sem repassador dará ciência do mesmo à Assembleia Legislativa
prejuízo do sistema de controle interno nela previsto. ou à Câmara Municipal respectiva.
64
LEGISLAÇÃO
§ 3º As parcelas do convênio serão liberadas em estrita Parágrafo único. Os regulamentos a que se refere este
conformidade com o plano de aplicação aprovado, exceto artigo, no âmbito da Administração Pública, após aprovados
nos casos a seguir, em que as mesmas ficarão retidas até o pela autoridade de nível superior a que estiverem vinculados
saneamento das impropriedades ocorrentes: os respectivos órgãos, sociedades e entidades, deverão ser
I - quando não tiver havido comprovação da boa e regu- publicados na imprensa oficial.
lar aplicação da parcela anteriormente recebida, na forma
da legislação aplicável, inclusive mediante procedimentos de Art. 120. Os valores fixados por esta Lei poderão ser
fiscalização local, realizados periodicamente pela entidade anualmente revistos pelo Poder Executivo Federal, que os
ou órgão descentralizador dos recursos ou pelo órgão com- fará publicar no Diário Oficial da União, observando como
petente do sistema de controle interno da Administração limite superior a variação geral dos preços do mercado, no
Pública; período.
II - quando verificado desvio de finalidade na aplicação
dos recursos, atrasos não justificados no cumprimento das Art. 121. O disposto nesta Lei não se aplica às licitações
etapas ou fases programadas, práticas atentatórias aos prin- instauradas e aos contratos assinados anteriormente à sua
cípios fundamentais de Administração Pública nas contrata- vigência, ressalvado o disposto no art. 57, nos parágrafos
ções e demais atos praticados na execução do convênio, ou o 1o, 2o e 8o do art. 65, no inciso XV do art. 78, bem assim
inadimplemento do executor com relação a outras cláusulas o disposto no “caput” do art. 5o, com relação ao pagamen-
conveniais básicas; to das obrigações na ordem cronológica, podendo esta ser
III - quando o executor deixar de adotar as medidas sa- observada, no prazo de noventa dias contados da vigência
neadoras apontadas pelo partícipe repassador dos recursos desta Lei, separadamente para as obrigações relativas aos
ou por integrantes do respectivo sistema de controle interno. contratos regidos por legislação anterior à Lei no 8.666, de
§ 4º Os saldos de convênio, enquanto não utilizados, 21 de junho de 1993.
serão obrigatoriamente aplicados em cadernetas de Parágrafo único. Os contratos relativos a imóveis do pa-
poupança de instituição financeira oficial se a previsão trimônio da União continuam a reger-se pelas disposições
de seu uso for igual ou superior a um mês, ou em fundo do Decreto-lei no 9.760, de 5 de setembro de 1946, com suas
alterações, e os relativos a operações de crédito interno ou
de aplicação financeira de curto prazo ou operação de
externo celebrados pela União ou a concessão de garantia
mercado aberto lastreada em títulos da dívida pública,
do Tesouro Nacional continuam regidos pela legislação per-
quando a utilização dos mesmos verificar-se em prazos
tinente, aplicando-se esta Lei, no que couber.
menores que um mês.
§ 5º As receitas financeiras auferidas na forma do
Art. 122. Nas concessões de linhas aéreas, observar-se-
parágrafo anterior serão obrigatoriamente computadas a
-á procedimento licitatório específico, a ser estabelecido no
crédito do convênio e aplicadas, exclusivamente, no objeto
Código Brasileiro de Aeronáutica.
de sua finalidade, devendo constar de demonstrativo
específico que integrará as prestações de contas do ajuste. Art. 123. Em suas licitações e contratações administra-
§ 6º Quando da conclusão, denúncia, rescisão tivas, as repartições sediadas no exterior observarão as pe-
ou extinção do convênio, acordo ou ajuste, os saldos culiaridades locais e os princípios básicos desta Lei, na forma
financeiros remanescentes, inclusive os provenientes das de regulamentação específica.
receitas obtidas das aplicações financeiras realizadas, serão
devolvidos à entidade ou órgão repassador dos recursos, Art. 124. Aplicam-se às licitações e aos contratos para
no prazo improrrogável de 30 (trinta) dias do evento, permissão ou concessão de serviços públicos os dispositivos
sob pena da imediata instauração de tomada de contas desta Lei que não conflitem com a legislação específica sobre
especial do responsável, providenciada pela autoridade o assunto.
competente do órgão ou entidade titular dos recursos. Parágrafo único. As exigências contidas nos incisos II a
IV do § 2o do art. 7o serão dispensadas nas licitações para
Art. 117. As obras, serviços, compras e alienações reali- concessão de serviços com execução prévia de obras em que
zados pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do não foram previstos desembolso por parte da Administração
Tribunal de Contas regem-se pelas normas desta Lei, no que Pública concedente.
couber, nas três esferas administrativas.
Art. 125. Esta Lei entra em vigor na data de sua publi-
Art. 118. Os Estados, o Distrito Federal, os Municípios cação.
e as entidades da administração indireta deverão adaptar
suas normas sobre licitações e contratos ao disposto nesta Art. 126. Revogam-se as disposições em contrário, espe-
Lei. cialmente os Decretos-leis nos 2.300, de 21 de novembro de
1986, 2.348, de 24 de julho de 1987, 2.360, de 16 de setem-
Art. 119. As sociedades de economia mista, empresas bro de 1987, a Lei no 8.220, de 4 de setembro de 1991, e o
e fundações públicas e demais entidades controladas direta art. 83 da Lei no 5.194, de 24 de dezembro de 1966.
ou indiretamente pela União e pelas entidades referidas no
artigo anterior editarão regulamentos próprios devidamente Brasília, 21 de junho de 1993, 172o da Independência e
publicados, ficando sujeitas às disposições desta Lei. 105o da República.
65
LEGISLAÇÃO
Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002 § 1º A equipe de apoio deverá ser integrada em
sua maioria por servidores ocupantes de cargo efetivo
Institui, no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e ou emprego da administração, preferencialmente
Municípios, nos termos do art. 37, inciso XXI, da Constituição pertencentes ao quadro permanente do órgão ou entidade
Federal, modalidade de licitação denominada pregão, para promotora do evento.
aquisição de bens e serviços comuns, e dá outras providên- § 2º No âmbito do Ministério da Defesa, as funções de
cias. pregoeiro e de membro da equipe de apoio poderão ser
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Con- desempenhadas por militares.
gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 4º A fase externa do pregão será iniciada com a
Art. 1º Para aquisição de bens e serviços comuns, po- convocação dos interessados e observará as seguintes regras:
derá ser adotada a licitação na modalidade de pregão, que I - a convocação dos interessados será efetuada por meio
será regida por esta Lei. de publicação de aviso em diário oficial do respectivo ente
Parágrafo único. Consideram-se bens e serviços co- federado ou, não existindo, em jornal de circulação local, e
muns, para os fins e efeitos deste artigo, aqueles cujos pa- facultativamente, por meios eletrônicos e conforme o vulto
drões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente da licitação, em jornal de grande circulação, nos termos do
regulamento de que trata o art. 2º;
definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no
II - do aviso constarão a definição do objeto da licitação,
mercado.
a indicação do local, dias e horários em que poderá ser lida
ou obtida a íntegra do edital;
Art. 2º (VETADO)
III - do edital constarão todos os elementos definidos na
§ 1º Poderá ser realizado o pregão por meio da forma do inciso I do art. 3º, as normas que disciplinarem o
utilização de recursos de tecnologia da informação, nos procedimento e a minuta do contrato, quando for o caso;
termos de regulamentação específica. IV - cópias do edital e do respectivo aviso serão coloca-
§ 2º Será facultado, nos termos de regulamentos das à disposição de qualquer pessoa para consulta e divul-
próprios da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, gadas na forma da Lei nº 9.755, de 16 de dezembro de 1998;
a participação de bolsas de mercadorias no apoio técnico V - o prazo fixado para a apresentação das propostas,
e operacional aos órgãos e entidades promotores da contado a partir da publicação do aviso, não será inferior a
modalidade de pregão, utilizando-se de recursos de 8 (oito) dias úteis;
tecnologia da informação. VI - no dia, hora e local designados, será realizada ses-
§ 3º As bolsas a que se referem o § 2o deverão estar são pública para recebimento das propostas, devendo o inte-
organizadas sob a forma de sociedades civis sem fins ressado, ou seu representante, identificar-se e, se for o caso,
lucrativos e com a participação plural de corretoras que comprovar a existência dos necessários poderes para formu-
operem sistemas eletrônicos unificados de pregões. lação de propostas e para a prática de todos os demais atos
inerentes ao certame;
Art. 3º A fase preparatória do pregão observará o se- VII - aberta a sessão, os interessados ou seus represen-
guinte: tantes, apresentarão declaração dando ciência de que cum-
I - a autoridade competente justificará a necessidade de prem plenamente os requisitos de habilitação e entregarão
contratação e definirá o objeto do certame, as exigências de os envelopes contendo a indicação do objeto e do preço
habilitação, os critérios de aceitação das propostas, as san- oferecidos, procedendo-se à sua imediata abertura e à ve-
ções por inadimplemento e as cláusulas do contrato, inclusi- rificação da conformidade das propostas com os requisitos
ve com fixação dos prazos para fornecimento; estabelecidos no instrumento convocatório;
II - a definição do objeto deverá ser precisa, suficiente e VIII - no curso da sessão, o autor da oferta de valor mais
clara, vedadas especificações que, por excessivas, irrelevan- baixo e os das ofertas com preços até 10% (dez por cento)
tes ou desnecessárias, limitem a competição; superiores àquela poderão fazer novos lances verbais e su-
cessivos, até a proclamação do vencedor;
III - dos autos do procedimento constarão a justificativa
IX - não havendo pelo menos 3 (três) ofertas nas con-
das definições referidas no inciso I deste artigo e os indispen-
dições definidas no inciso anterior, poderão os autores das
sáveis elementos técnicos sobre os quais estiverem apoiados,
melhores propostas, até o máximo de 3 (três), oferecer novos
bem como o orçamento, elaborado pelo órgão ou entidade
lances verbais e sucessivos, quaisquer que sejam os preços
promotora da licitação, dos bens ou serviços a serem li- oferecidos;
citados; e X - para julgamento e classificação das propostas, será
IV - a autoridade competente designará, dentre os ser- adotado o critério de menor preço, observados os prazos
vidores do órgão ou entidade promotora da licitação, o pre- máximos para fornecimento, as especificações técnicas e pa-
goeiro e respectiva equipe de apoio, cuja atribuição inclui, râmetros mínimos de desempenho e qualidade definidos no
dentre outras, o recebimento das propostas e lances, a aná- edital;
lise de sua aceitabilidade e sua classificação, bem como a XI - examinada a proposta classificada em primeiro lu-
habilitação e a adjudicação do objeto do certame ao licitante gar, quanto ao objeto e valor, caberá ao pregoeiro decidir
vencedor. motivadamente a respeito da sua aceitabilidade;
66
LEGISLAÇÃO
XII - encerrada a etapa competitiva e ordenadas as ofer- Art. 6º O prazo de validade das propostas será de 60
tas, o pregoeiro procederá à abertura do invólucro contendo (sessenta) dias, se outro não estiver fixado no edital.
os documentos de habilitação do licitante que apresentou a
melhor proposta, para verificação do atendimento das con- Art. 7º Quem, convocado dentro do prazo de validade
dições fixadas no edital; da sua proposta, não celebrar o contrato, deixar de entre-
XIII - a habilitação far-se-á com a verificação de que o gar ou apresentar documentação falsa exigida para o cer-
licitante está em situação regular perante a Fazenda Nacio- tame, ensejar o retardamento da execução de seu objeto,
nal, a Seguridade Social e o Fundo de Garantia do Tempo de
não mantiver a proposta, falhar ou fraudar na execução do
Serviço - FGTS, e as Fazendas Estaduais e Municipais, quan-
contrato, comportar-se de modo inidôneo ou cometer fraude
do for o caso, com a comprovação de que atende às exigên-
cias do edital quanto à habilitação jurídica e qualificações fiscal, ficará impedido de licitar e contratar com a União, Es-
técnica e econômico-financeira; tados, Distrito Federal ou Municípios e, será descredenciado
XIV - os licitantes poderão deixar de apresentar os do- no Sicaf, ou nos sistemas de cadastramento de fornecedores
cumentos de habilitação que já constem do Sistema de Ca- a que se refere o inciso XIV do art. 4o desta Lei, pelo prazo
dastramento Unificado de Fornecedores – Sicaf e sistemas de até 5 (cinco) anos, sem prejuízo das multas previstas em
semelhantes mantidos por Estados, Distrito Federal ou Mu- edital e no contrato e das demais cominações legais.
nicípios, assegurado aos demais licitantes o direito de acesso
aos dados nele constantes; Art. 8º Os atos essenciais do pregão, inclusive os decor-
XV - verificado o atendimento das exigências fixadas no rentes de meios eletrônicos, serão documentados no proces-
edital, o licitante será declarado vencedor; so respectivo, com vistas à aferição de sua regularidade pelos
XVI - se a oferta não for aceitável ou se o licitante de- agentes de controle, nos termos do regulamento previsto no
satender às exigências habilitatórias, o pregoeiro examinará
art. 2º.
as ofertas subsequentes e a qualificação dos licitantes, na
ordem de classificação, e assim sucessivamente, até a apura-
ção de uma que atenda ao edital, sendo o respectivo licitante Art. 9º Aplicam-se subsidiariamente, para a modalida-
declarado vencedor; de de pregão, as normas da Lei nº 8.666, de 21 de junho de
XVII - nas situações previstas nos incisos XI e XVI, o pre- 1993.
goeiro poderá negociar diretamente com o proponente para
que seja obtido preço melhor; Art. 10. Ficam convalidados os atos praticados com base
XVIII - declarado o vencedor, qualquer licitante poderá na Medida Provisória nº 2.182-18, de 23 de agosto de 2001.
manifestar imediata e motivadamente a intenção de recor-
rer, quando lhe será concedido o prazo de 3 (três) dias para Art. 11. As compras e contratações de bens e serviços
apresentação das razões do recurso, ficando os demais lici- comuns, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Fe-
tantes desde logo intimados para apresentar contra-razões deral e dos Municípios, quando efetuadas pelo sistema de
em igual número de dias, que começarão a correr do tér- registro de preços previsto no art. 15 da Lei nº 8.666, de 21
mino do prazo do recorrente, sendo-lhes assegurada vista de junho de 1993, poderão adotar a modalidade de pregão,
imediata dos autos;
conforme regulamento específico.
XIX - o acolhimento de recurso importará a invalidação
apenas dos atos insuscetíveis de aproveitamento;
XX - a falta de manifestação imediata e motivada do li- Art. 12. A Lei nº 10.191, de 14 de fevereiro de 2001,
citante importará a decadência do direito de recurso e a ad- passa a vigorar acrescida do seguinte artigo:
judicação do objeto da licitação pelo pregoeiro ao vencedor;
XXI - decididos os recursos, a autoridade competente “Art. 2-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
fará a adjudicação do objeto da licitação ao licitante ven- Municípios poderão adotar, nas licitações de registro de pre-
cedor; ços destinadas à aquisição de bens e serviços comuns da
XXII - homologada a licitação pela autoridade compe- área da saúde, a modalidade do pregão, inclusive por meio
tente, o adjudicatário será convocado para assinar o contra- eletrônico, observando-se o seguinte:
to no prazo definido em edital; e I - são considerados bens e serviços comuns da área da
XXIII - se o licitante vencedor, convocado dentro do pra- saúde, aqueles necessários ao atendimento dos órgãos que
zo de validade da sua proposta, não celebrar o contrato, integram o Sistema Único de Saúde, cujos padrões de de-
aplicar-se-á o disposto no inciso XVI.
sempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos
no edital, por meio de especificações usuais do mercado.
Art. 5º É vedada a exigência de:
I - garantia de proposta; II - quando o quantitativo total estimado para a contra-
II - aquisição do edital pelos licitantes, como condição tação ou fornecimento não puder ser atendido pelo licitan-
para participação no certame; e te vencedor, admitir-se-á a convocação de tantos licitantes
III - pagamento de taxas e emolumentos, salvo os refe- quantos forem necessários para o atingimento da totalidade
rentes a fornecimento do edital, que não serão superiores ao do quantitativo, respeitada a ordem de classificação, desde
custo de sua reprodução gráfica, e aos custos de utilização que os referidos licitantes aceitem praticar o mesmo preço
de recursos de tecnologia da informação, quando for o caso. da proposta vencedora.
67
LEGISLAÇÃO
QUESTÕES ___________________________________________________
___________________________________________________
1) Em consonância com a legislação disciplinadora das
licitações, é CORRETO dizer que o contrato: ___________________________________________________
a) é todo e qualquer acordo de vontades entre órgãos
da administração pública e terceiros, desde que se refiram ___________________________________________________
apenas a obrigações de não fazer.
b) é proibido entre a Administração Pública e parti- ___________________________________________________
culares, devendo ocorrer licitação, a qual valerá como se ___________________________________________________
acordo fosse, embora seja imposição da vontade da admi-
nistração. ___________________________________________________
c) é todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades
da Administração Pública e particulares, em que haja um ___________________________________________________
acordo de vontade para a formação de vínculo e a estipula-
___________________________________________________
ção de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação
utilizada. ___________________________________________________
d) Nenhuma das alternativas anteriores.
___________________________________________________
2) Consta na Constituição Federal, há obrigatoriedade
da licitação para: ___________________________________________________
a) os contratos envolvendo grandes somas em dinhei-
___________________________________________________
ro, bem como obras públicas nas quais devam figurar mais
de uma empresa, necessariamente. ___________________________________________________
b) os contratos de obras, serviços, compras e aliena-
ções, bem como para a concessão e a permissão de servi- ___________________________________________________
ços públicos.
c) não consta da Constituição Federal a obrigatorieda- ___________________________________________________
de da licitação, sendo disposta por lei própria, qual seja: Lei ___________________________________________________
8.666 de 21 de Junho de 1993.
d) apenas para celebração de contratos relativos a ___________________________________________________
obras, serviços e alienações.
___________________________________________________
3) Subordinam-se ao regime da Lei n° 8.666/1993:
___________________________________________________
a) os fundos especiais, as autarquias, as fundações pú-
blicas, as empresas públicas, as sociedades de economia ___________________________________________________
mista e demais entidades controladas direta ou indireta-
mente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. ___________________________________________________
b) as autarquias, as fundações públicas, as empresas
de caráter público, e as entidades controladas diretamente ___________________________________________________
pela União, Estado, Distrito Federal e Municípios.
___________________________________________________
c) as fundações públicas, os fundos especiais, as so-
ciedades de economia mista e as demais entidades con- ___________________________________________________
troladas diretamente pela União, Estado, Distrito Federal e
Municípios. ___________________________________________________
d) os fundos especiais, as autarquias, as fundações pú-
blicas e as empresas públicas, apenas. ___________________________________________________
68
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
1
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
-killall - manda um sinal para todos os processos. -smbpasswd - No sistema operacional Linux, na ver-
-less - mostra o conteúdo de um arquivo de texto com são samba, smbpasswd permite ao usuário alterar sua senha
controle criptografada smb que é armazenada no arquivo smbpasswd
-ls - listar o conteúdo do diretório (normalmente no diretório privado sob a hierarquia de dire-
-ls -alh - mostra o conteúdo detalhado do diretório tórios do samba). os usuários comuns só podem executar o
-ls –ltr - mostra os arquivos no formado longo (l) em or- comando sem opções. Ele os levará para que sua senha velha
dem inversa (r) de data (t) smb seja digitada e, em seguida, pedir-lhes sua nova senha
-man - mostra informações sobre um comando duas vezes, para garantir que a senha foi digitada correta-
-mkdir - cria um diretório. É um comando utilizado na raiz mente. Nenhuma senha será mostrada na tela enquanto está
do Linux para a criação de novos diretórios. sendo digitada.
-su - troca para o superusuário root (é exigida a senha)
Na imagem a seguir, no prompt ftp, foi criado o diretório -su user - troca para o usuário especificado em ‘user’ (é
chamado “myfolder”. exigida a senha)
-tac - semelhante ao cat, mas inverte a ordem
-tail - o comando tail mostra as últimas linhas de um ar-
quivo texto, tendo como padrão as 10 últimas linhas. Sua sin-
taxe é: tail nome_do_arquivo. Ele pode ser acrescentado de al-
guns parâmetros como o -n que mostra o [numero] de linhas
do final do arquivo; o – c [numero] que mostra o [numero] de
bytes do final do arquivo e o – f que exibe continuamente os
dados do final do arquivo à medida que são acrescentados.
-tcpdump sniffer - sniffer é uma ferramenta que “ouve”
os pacotes
-top – mostra os processos do sistema e dados do pro-
cessador.
-touch touch foo.txt - cria um arquivo foo.txt vazio; tam-
bém altera data e hora de modificação para agora
Figura 22: Prompt “ftp” -traceroute - traça uma rota do host local até o destino
mostrando os roteadores intermediários
-mount – montar partições em algum lugar do sistema. -umount – desmontar partições.
-mtr - mostra rota até determinado IP -uname -a – informações sobre o sistema operacional
-mv - move ou renomeia arquivos e diretórios -userdel - remove usuários
-nano – editor de textos básico. -vi - editor de ficheiros de texto
-nfs - sistema de arquivos nativo do sistema operacional -vim - versão melhorada do editor supracitado
Linux, para o compartilhamento de recursos pela rede -which - mostra qual arquivo binário está sendo chama-
-netstat - exibe as portas e protocolos abertos no sistema. do pelo shell quando chamado via linha de comando
-nmap - lista as portas de sistemas remotos/locais atrás -who - informa quem está logado no sistema
de portas abertas.
-nslookup - consultas a serviços DNs Não são só comandos digitados via teclado que pode-
-ntsysv - exibe e configura os processos de inicialização mos executar no Linux. Várias versões foram desenvolvidas
-passwd - modifica senha (password) de usuários e o kernel evoluiu muito. Sobre ele rodam as mais diversas
-ps - mostra os processos correntes interfaces gráficas, baseadas principalmente no servidor de
-ps –aux - mostra todos os processos correntes no siste- janelas XFree. Entre as mais de vinte interfaces gráficas criadas
ma para o Linux, vamos citar o KDE.
-ps -e – lista os processos abertos no sistema.
-pwd - exibe o local do diretório atual. o prompt padrão
do Linux exibe apenas o último nome do caminho do diretório
atual. para exibir o caminho completo do diretório atual digite
o comando pwd. Linux@fedora11 – é a versão do Linux que
está sendo usada. help pwd – é o comando que nos mostrará
o conteúdo da ajuda sobre o pwd. A informação do help nos
mostra-nos que pwd imprime o nome do diretório atual.
-reboot – reiniciar o computador.
-recode - recodifica um arquivo ex: recode iso-8859-15..
utf8 file_to_change.txt
-rm - remoção de arquivos (também remove diretórios)
-rm -rf - exclui um diretório e todo o seu conteúdo
-rmdir - exclui um diretório (se estiver vazio)
-route - mostra as informações referentes às rotas Figura 23: Menu K, na versão Suse – imagem obtida de
-shutdown -r now – reiniciar o computador http://pt.wikibooks. org/wiki/Linux_para_iniciantes/A_inter-
-split - divide um arquivo face_gr%C3%A1fica_KDE
2
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Um dos motivos que ainda desestimula várias pessoas a /opt – usado por desenvolvedores de programas.
adotarem o Linux como seu sistema operacional é a quanti- /proc – armazena informações sobre o estado atual do
dade de programas compatíveis com ele, o que vem sendo sistema.
solucionado com o passar do tempo. Sua interface familiar, /root – diretório do superusuário.
semelhante ao do Windows, tem ajudado a aumentar os
adeptos ao Linux. O gerenciamento de arquivos e diretórios, ou seja, co-
Distribuição Linux é um sistema operacional que utiliza piar, mover, recortar e colar pode ser feito, julgando que esta-
o núcleo (kernel) do Linux e outros softwares. Existem várias mos usando o Nautilus, da seguinte forma:
versões do Linux (comerciais ou não): Ubuntu, Debian, Fe- - Copiar: clique com o botão direito do mouse sobre o
dora, etc. Cada uma com suas vantagens e desvantagens. O arquivo ou diretório. O conteúdo será movido para a área de
que torna a escolha de uma distribuição bem pessoal. transferência, mas o original permanecerá no local.
Distribuições são criadas, normalmente, para atender - Recortar: clique com o botão direito do mouse sobre o
arquivo ou diretório. O conteúdo será movido para a área de
razões específicas. Por exemplo, existem distribuições para
transferência, sendo removido do seu local de origem.
rodar em servidores, redes - onde a segurança é prioridade
- Colar: clique com o botão direito do mouse no local de-
- e, também, computadores pessoais.
sejado e depois em colar. O conteúdo da área de transferência
Assim, não é possível dizer qual é a melhor distribuição. será colado.
Pois, depende da finalidade do seu computador. Outra forma é deixar a janela do local de origem do ar-
quivo aberta e abrir outra com o local de destino. Pressionar o
Sistema de arquivos: organização e gerenciamento botão esquerdo do mouse sobre o arquivo desejado e movê-lo
de arquivos, diretórios e permissões no Linux para o destino.
3
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Permissões no Linux
4
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
5
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Clicando com o botão direito do mouse em um espaço vazio da área de trabalho ou outro apropriado, podemos en-
contrar a opção pasta.
Clicando nesta opção com o botão esquerdo do mouse, temos então uma forma prática de criar uma pasta.
Clicamos duas vezes na pasta “Trabalho” para abrí-la e agora criaremos mais duas pastas dentro dela:
Para criarmos as outras duas pastas, basta repetir o procedimento botão direito, Novo, Pasta.
Área de trabalho:
A figura acima mostra a primeira tela que vemos quando o Windows 7 é iniciado. A ela damos o nome de área de
trabalho, pois a ideia original é que ela sirva como uma prancheta, onde abriremos nossos livros e documentos para dar
início ou continuidade ao trabalho.
Em especial, na área de trabalho, encontramos a barra de tarefas, que traz uma série de particularidades, como:
6
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
1) Botão Iniciar: é por ele que entramos em contato 2) Ícones de inicialização rápida: São ícones coloca-
com todos os outros programas instalados, programas dos como atalhos na barra de tarefas para serem acessa-
que fazem parte do sistema operacional e ambientes de dos com facilidade.
configuração e trabalho. Com um clique nesse botão, abri- 3) Barra de idiomas: Mostra qual a configuração de
mos uma lista, chamada Menu Iniciar, que contém opções idioma que está sendo usada pelo teclado.
que nos permitem ver os programas mais acessados, to- 4) Ícones de inicialização/execução: Esses ícones são
dos os outros programas instalados e os recursos do pró- configurados para entrar em ação quando o computador
prio Windows. Ele funciona como uma via de acesso para é iniciado. Muitos deles ficam em execução o tempo todo
todas as opções disponíveis no computador. no sistema, como é o caso de ícones de programas antivírus
Através do botão Iniciar, também podemos: que monitoram constante- mente o sistema para verificar se
-desligar o computador, procedimento que encerra o não há invasões ou vírus tentando ser executados.
Sistema Operacional corretamente, e desliga efetivamente 5) Propriedades de data e hora: Além de mostra o re-
a máquina; lógio constantemente na sua tela, clicando duas vezes, com
-colocar o computador em modo de espera, que re- o botão esquerdo do mouse nesse ícone, acessamos as Pro-
duz o consumo de energia enquanto a máquina estiver priedades de data e hora.
ociosa, ou seja, sem uso. Muito usado nos casos em que
vamos nos ausentar por um breve período de tempo da
frente do computador;
-reiniciar o computador, que desliga e liga automa-
ticamente o sistema. Usado após a instalação de alguns
programas que precisam da reinicialização do sistema para
efetivarem sua insta- lação, durante congelamento de telas
ou travamentos da máquina.
-realizar o logoff, acessando o mesmo sistema com
nome e senha de outro usuário, tendo assim um ambiente
com características diferentes para cada usuário do mesmo
computador.
7
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
8
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Painel de controle
9
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
A tela pode ser customizada conforme a conveniência que em More PC settings. Acesse a opção Usuários e depois
do usuário. Alguns utilitários não aparecem nessa tela, mas clique na opção “Criar uma senha com imagem”. Em seguida,
podem ser encontrados clicando com o botão direito do o computador pedirá para você colocar sua senha e redirecio-
mouse em um espaço vazio da tela. Se deseja que um des- nará para uma tela com um pequeno texto e dando a opção
ses aplicativos apareça na sua tela inicial, clique com o botão para escolher uma foto. Escolha uma imagem no seu compu-
direito sobre o ícone e vá para a opção Fixar na Tela Inicial. tador e verifique se a imagem está correta clicando em “Use
Charms Bar this Picture”. Você terá que desenhar três formas em touch ou
O objetivo do Windows 8 é ter uma tela mais limpa e com o mouse: uma linha reta, um círculo e um ponto. Depois,
esse recurso possibilita “esconder” algumas configurações finalize o processo e sua senha estará pronta. Na próxima vez,
e aplicações. É uma barra localizada na lateral que pode ser repita os movimentos para acessar seu computador.
acessada colocando o mouse no canto direito e inferior da Internet Explorer no Windows 8
tela ou clicando no atalho Tecla do Windows + C. Essa fun- Se você clicar no quadrinho Internet Explorer da página
ção substitui a barra de ferramentas presente no sistema e
inicial, você terá acesso ao software sem a barra de ferra-
configurada de acordo com a página em que você está.
mentas e menus.
Com a Charm Bar ativada, digite Personalizar na busca em
configurações. Depois escolha a opção tela inicial e em segui-
7.2. Windows 10
da escolha a cor da tela. O usuário também pode selecionar
desenhos durante a personalização do papel de parede. O Windows 10 é uma atualização do Windows 8 que
Redimensionar as tiles veio para tentar manter o monopólio da Microsoft no mun-
Na tela esses mosaicos ficam uns maiores que os ou- do dos Sistemas Operacionais, uma das suas missões é ficar
tros, mas isso pode ser alterado clicando com o botão direi- com um visual mais de smart e touch.
to na divisão entre eles e optando pela opção menor. Você
pode deixar maior os aplicativos que você quiser destacar
no computador.
Grupos de Aplicativos
Pode-se criar divisões e grupos para unir programas pa-
recidos. Isso pode ser feito várias vezes e os grupos podem
ser renomeados.
Visualizar as pastas
A interface do programas no computador podem ser
vistos de maneira horizontal com painéis dispostos lado a
lado. Para passar de um painel para outro é necessário usar
a barra de rolagem que fica no rodapé.
Compartilhar e Receber
Comando utilizado para compartilhar conteúdo, enviar Figura 21:Tela do Windows 10
uma foto, etc. Tecle Windows + C, clique na opção Compar-
tilhar e depois escolha qual meio vai usar. Há também a op- O Windows 10 é disponibilizado nas seguintes versões
ção Dispositivo que é usada para receber e enviar conteúdos (com destaque para as duas primeiras):
de aparelhos conectados ao computador. Windows 10 – É a versão de “entrada” do Windows 10,
Alternar Tarefas que possui a maioria dos recursos do sistema. É voltada para
Com o atalho Alt + Tab, é possível mudar entre os pro- Desktops e Laptops, incluindo o tablete Microsoft Surface 3.
gramas abertos no desktop e os aplicativos novos do SO.
Windows 10 Pro – Além dos recursos da versão de en-
Com o atalho Windows + Tab é possível abrir uma lista na
trada, fornece proteção de dados avançada e criptografa-
lateral esquerda que mostra os aplicativos modernos.
da com o BitLocker, permite a hospedagem de uma Cone-
Telas Lado a Lado
xão de Área de Trabalho Remota em um computador, tra-
Esse sistema operacional não trabalha com o concei-
to de janelas, mas o usuário pode usar dois programas ao balhar com máquinas virtuais, e permite o ingresso em um
mesmo tempo. É indicado para quem precisa acompanhar o domínio para realizar conexões a uma rede corporativa.
Facebook e o Twitter, pois ocupa ¼ da tela do computador. Windows 10 Enterprise – Baseada na versão 10 Pro, é
Visualizar Imagens disponibilizada por meio do Licenciamento por Volume, vol-
O sistema operacional agora faz com que cada vez que tado a empresas.
você clica em uma figura, um programa específico abre e Windows 10 Education – Baseada na versão Enterprise,
isso pode deixar seu sistema lento. Para alterar isso é preciso é destinada a atender as necessidades do meio educacional.
ir em Programas – Programas Default – Selecionar Windows Também tem seu método de distribuição baseado através
Photo Viewer e marcar a caixa Set this Program as Default. da versão acadêmica de licenciamento de volume.
Imagem e Senha Windows 10 Mobile – Embora o Windows 10 tente ven-
O usuário pode utilizar uma imagem como senha ao in- der seu nome fantasia como um sistema operacional único, os
vés de escolher uma senha digitada. Para fazer isso, acesse a smartphones com o Windows 10 possuem uma versão espe-
Charm Bar, selecione a opção Settings e logo em seguida cli- cífica do sistema operacional compatível com tais dispositivos.
10
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Windows 10 Mobile Enterprise – Projetado para smartphones e tablets do setor corporativo. Também estará disponível
através do Licenciamento por Volume, oferecendo as mesmas vantagens do Windows 10 Mobile com funcionalidades dire-
cionadas para o mercado corporativo.
Windows 10 IoT Core – IoT vem da expressão “Internet das Coisas” (Internet ofThings). A Microsoft anunciou que haverá
edições do Windows 10 baseadas no Enterprise e Mobile Enterprise destinados a dispositivos como caixas eletrônicos, ter-
minais de autoatendimento, máquinas de atendimento para o varejo e robôs industriais. Essa versão IoT Core será destinada
para dispositivos pequenos e de baixo custo.
Para as versões mais populares (10 e 10 Pro), a Microsoft indica como requisitos básicos dos computadores:
• Processador de 1 Ghz ou superior;
• 1 GB de RAM (para 32bits); 2GB de RAM (para 64bits);
• Até 20GB de espaço disponível em disco rígido;
• Placa de vídeo com resolução de tela de 800×600 ou maior.
O Microsoft Word é um processador de texto que cria textos de diversos tipos e estilos, como por exemplo, ofícios,
relatórios, cartas, enfim, todo conteúdo de texto que atende às necessidades de um usuário doméstico ou de uma empresa.
O Microsoft Word é o processador de texto integrante dos programas Microsoft Office: um conjunto de softwares apli-
cativos destinados a uso de escritório e usuários domésticos, desenvolvidos pela empresa Microsoft.
Os softwares da Microsoft Office são proprietários e compatíveis com o sistema operacional Windows.
Na guia início é onde se encontra a maioria das funções da antiga interface do Microsoft Word. Ou seja, aqui você pode
mudar a fonte, o tamanho dela, modificar o texto selecionado (com negrito, itálico, sublinhado, riscado, sobreposto etc.),
deixar com outra cor, criar tópicos, alterar o espaçamento, mudar o alinhamento e dar estilo. Tudo isso agora é dividido em
grandes painéis.
Definitivamente, a versão do Microsoft Word 2007 trouxe muito mais organização e padrões em relação as ver-
sões anteriores. Todas as ficaram categorizadas e mais fáceis de encontrar, bastando se acostumar com a interface.
A melhor parte é que não fica tudo bagunçado, e que as ferramentas mudam conforme as escolhas das abas.
11
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
As guias foram criadas para serem orientadas por tarefas, já os grupos dentro de cada guia criam subtarefas para as
tarefas, e os botões de comando em cada grupo possui um comando.
As extensões são fundamentais, desde a versão 2007 passou a ser DOCX, mas vamos analisar outras extensões que
podem ser abordadas em questões de concursos na Figura 27.
As guias envolvem grupos e botões de comando, e são organizadas por tarefa. Os Grupos dentro de cada guia que-
bram uma tarefa em subtarefas. Os Botões de comando em cada grupo possuem um comando ou exibem um menu de
comandos.
Existem guias que vão aparecer apenas quando um determinado objeto aparecer para ser formatado. No exemplo da
imagem, foi selecionada uma figura que pode ser editada com as opções que estiverem nessa guia.
12
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
13
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
O grupo tabela é muito utilizado em editores de texto, como por exemplo a definição de estilos da tabela.
Fornece estilos predefinidos de tabela, com formatações de cores de células, linhas, colunas, bordas, fontes e demais
itens presentes na mesma. Além de escolher um estilo predefinido, podemos alterar a formatação do sombreamento e
das bordas da tabela.
Com essa opção, podemos alterar o estilo da borda, a sua espessura, desenhar uma tabela ou apagar partes de uma ta-
bela criada e alterar a cor da caneta e ainda, clicando no “Escolher entre várias opções de borda”, para exibir a seguinte tela:
Na janela Bordas e sombreamento, no campo “Definição”, escolhemos como será a borda da nossa tabela:
- Nenhuma: retira a borda;
- Caixa: contorna a tabela com uma borda tipo caixa;
- Todas: aplica bordas externas e internas na tabela iguais, conforme a seleção que fizermos nos demais campos de
opção;
- Grade: aplica a borda escolhida nas demais opções da janela (como estilo, por exemplo) ao redor da tabela e as bor-
das internas permanecem iguais.
- Estilo: permite escolher um estilo para as bordas da tabela, uma cor e uma largura.
- Visualização: através desse recurso, podemos definir bordas diferentes para uma mesma tabela. Por exemplo, pode-
mos escolher um estilo e, em visualização, clicar na borda superior; escolher outro estilo e clicar na borda inferior; e assim
colocar em cada borda um tipo diferente de estilo, com cores e espessuras diferentes, se assim desejarmos.
14
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
A guia “Borda da Página”, desta janela, nos traz recur- 1 – Caixa de texto: insere caixas de texto pré-formata-
sos semelhantes aos que vimos na Guia Bordas. A diferença das. As caixas de texto são espaços próprios para inserção
é que se trata de criar bordas na página de um documento de textos que podem ser direcionados exatamente onde
e não em uma tabela. precisamos. Por exemplo, na figura “Grupo Texto”, os nú-
Outra opção diferente nesta guia, é o item Arte. Com meros ao redor da figura, do 1 até o 7, foram adicionados
ele, podemos decorar nossa página com uma borda que através de caixas de texto.
envolve vários tipos de desenhos. 2 – Partes rápidas: insere trechos de conteúdos reu-
Alguns desses desenhos podem ser formatados tilizáveis, incluindo campos, propriedades de documentos
com cores de linhas diferentes, outros, porém não permi- como autor ou quaisquer fragmentos de texto pré-forma-
tem outras formatações a não ser o ajuste da largura. do.
Podemos aplicar as formatações de bordas da página 3 – Linha de assinatura: insere uma linha que serve
no documento todo ou apenas nas sessões que desejar- como base para a assinatura de um documento.
mos, tendo assim um mesmo documento com bordas em 4 – Data e hora: insere a data e a hora atuais no docu-
uma página, sem bordas em outras ou até mesmo bordas mento.
de página diferentes em um mesmo documento. 5 – Insere objeto: insere um objeto incorporado.
6 – Capitular: insere uma letra maiúscula grande no iní-
Grupo Ilustrações: cio de cada parágrafo. É uma opção de formatação decora-
tiva, muito usada principalmente, em livros e revistas. Para
inserir a letra capitular, basta clicar no parágrafo desejado e
depois na opção “Letra Capitular”. Veja o exemplo:
Guia revisão:
Grupo revisão de texto:
15
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Grupo controle:
Grupo alterações:
A verificação ortográfica e gramatical do Word, já bus-
ca trechos do texto ou palavras que não se enquadrem
no perfil de seus dicionários ou regras gramaticais e or-
tográficas. Na parte de cima da janela “Verificar ortografia
e gramática”, aparecerá o trecho do texto ou palavra con-
siderada inadequada. Em baixo, aparecerão as sugestões.
Caso esteja correto e a sugestão do Word não se aplique,
podemos clicar em “Ignorar uma vez”; caso a regra apre-
sentada esteja incorreta ou não se aplique ao trecho do
texto selecionado, podemos clicar em “Ignorar regra”; caso
a sugestão do Word seja adequada, clicamos em “Alterar” e Figura 41: Grupo alterações
podemos continuar a verificação de ortografia e gramática
clicando no botão “Próxima sentença”. 1 – Rejeitar: rejeita a alteração atual e passa para a pró-
xima alteração proposta.
Se tivermos uma palavra sublinhada em vermelho, indi- 2 – Anterior: navega até a revisão anterior para que seja
cando que o Word a considera incorreta, podemos apenas aceita ou rejeitada.
clicar com o botão direito do mouse sobre ela e verificar se 3 – Próximo: navega até a próxima revisão para que
uma das sugestões propostas se enquadra. possa ser rejeitada ou aceita.
4 – Aceitar: aceita a alteração atual e continua a nave-
Por exemplo, a palavra informática. Se clicarmos com gação para aceitação ou rejeição.
o botão direito do mouse sobre ela, um menu suspenso
nos será mostrado, nos dando a opção de escolher a pala- Para imprimir nosso documento, basta clicar no botão
vra informática. Clicando sobre ela, a palavra do texto será do Office e posicionar o mouse sobre o ícone “Imprimir”.
substituída e o texto ficará correto. Este procedimento nos dará as seguintes opções:
- Imprimir – onde podemos selecionar uma impresso-
Grupo comentário: ra, o número de cópias e outras opções de configuração
antes de imprimir.
Novo comentário: adiciona um pequeno texto que ser- - Impressão Rápida – envia o documento diretamente
ve como comentário do texto selecionado, onde é possível para a impressora configurada como padrão e não abre
realizar exclusão e navegação entre os comentários. opções de configuração.
- Visualização da Impressão – promove a exibição do
documento na forma como ficará impresso, para que pos-
samos realizar alterações, caso necessário.
16
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
17
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Da mesma maneira, é possível realizar trabalhos em conjunto entre vários usuários. Quem não tem o Office instalado
pode fazer edições na versão online do sistema. Esses e outros contatos podem ser reunidos no Outlook.
As redes sociais também estão disponíveis nos outros programas. É possível fazer buscas de imagens no Bing ou baixar
fotografias do Flickr, por exemplo. Outro serviço de conectividade é o SharePoint, que indica arquivos a serem acessados e
contatos a seguir baseado na atividade do usuário no Office.
O Office 365 é um novo jeito de usar os tão conhecidos softwares do pacote Office da Microsoft. Em vez de comprar
programas como Word, Excel ou PowerPoint, você agora pode fazer uma assinatura e desfrutar desses aplicativos e de
muitos outros no seu computador ou smartphone.
A assinatura ainda traz diversas outras vantagens, como 1 TB de armazenamento na nuvem com o OneDrive, minutos
Skype para fazer ligações para telefones fixos e acesso ao suporte técnico especialista da Microsoft. Tudo isso pagando uma
taxa mensal, o que você já faz para serviços essenciais para o seu dia a dia, como Netflix e Spotify. Porém, aqui estamos
falando da suíte de escritório indispensável para qualquer computador.
Veja abaixo as versões do Office 365
- O LibreOffice trabalha com um formato de padrão aberto chamado Open Document Format for Office Applications
(ODF), que é um formato de arquivo baseado na linguagem XML. Os formatos para Writer, Calc e Impress utilizam o mesmo
“prefixo”, que é “od” de “Open Document”. Dessa forma, o que os diferencia é a última letra. Writer → .odt (Open Docu-
ment Text); Calc → .ods (Open Document Spreadsheet); e Impress → .odp (Open Document Presentations).
Em relação a interface com o usuário, o LibreOffice utiliza o conceito de menus para agrupar as funcionalidades do
aplicativo. Além disso, todos os aplicativos utilizam uma interface semelhante. Veja no exemplo abaixo o aplicativo Writer.
18
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
O LibreOffice permite que o usuário crie tarefas automatizadas que são conhecidas como macros (utilizando a lingua-
gem LibreOffice Basic).
O Writer é o editor de texto do LibreOffice e o seu formato de arquivo padrão é o .odt (Open Document Text). As prin-
cipais teclas de atalho do Writer são:
19
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
O Excel 2007 permite que os usuários abram pastas de trabalho criadas em versões anteriores do Excel e trabalhem com
elas. Para converter essas pastas de trabalho para o novo formato XML, basta clicar no Botão do Microsoft Office e clique
em Converter Você pode também converter a pasta de trabalho clicando no Botão do Microsoft Office e em Salvar Como – Pasta
de Trabalho do Excel. Observe que o recurso Converter remove a versão anterior do arquivo, enquanto o recurso Salvar Como
deixa a versão anterior do arquivo e cria um arquivo separado para a nova versão.
As melhoras de interface que podem ser destacadas são:
• Economia de tempo, selecionando células, tabelas, gráficos e tabelas dinâmicas em galerias de estilos predefinidos.
• Visualização e alterações de formatação no documento antes de confirmar uma alteração ao usar as galerias de formatação.
• Uso da formatação condicional para anotar visualmente os dados para fins analíticos e de apresentação.
• Alteração da aparência de tabelas e gráficos em toda a pasta de trabalho para coincidir com o esquema de estilo ou a
cor preferencial usando novos Estilos Rápidos e Temas de Documento.
• Criação de um tema próprio para aplicar de forma consistente as fontes e cores que refletem a marca da empresa que atua.
• Novos recursos de gráfico que incluem formas tridimensionais, transparência, sombras projetadas e outros efeitos.
Em relação a usabilidade as fórmulas passaram a ser redimensionáveis, sendo possível escrever mais fórmulas com mais
níveis de aninhamento do que nas versões anteriores.
Passou a existir o preenchimento automático de fórmula, auxiliando muito com as sintaxes, as referências estruturadas: além
de referências de célula, como A1 e L1C1, o Office Excel 2007 fornece referências estruturadas que fazem referência a intervalos
nomeados e tabelas em uma fórmula.
Acesso fácil aos intervalos nomeados: usando o gerenciador de nomes do Office Excel 2007, podendo organizar, atualizar e
gerenciar vários intervalos nomeados em um local central, as tabelas dinâmicas são muito mais fáceis de usar do que nas versões
anteriores.
Além do modo de exibição normal e do modo de visualização de quebra de página, o Office Excel 2007 oferece uma exibição
de layout de página para uma melhor experiência de impressão.
A classificação e a filtragem aprimoradas que permitem filtrar dados por cores ou datas, exibir mais de 1.000 itens na lista
suspensa Filtro Automático, selecionar vários itens a filtrar e filtrar dados em tabelas dinâmicas.
O Excel 2007 tem um tamanho maior que permite mais de 16.000 colunas e 1 milhão de linhas por planilha, o número de
referências de célula aumentou de 8.000 para o que a memória suportar, isso ocorre porque o gerenciamento de memória foi
aumentado de 1 GB de memória no Microsoft Excel 2003 para 2 GB no Excel 2007, permitindo cálculos em planilhas grandes e
com muitas fórmulas, oferecendo inclusive o suporte a vários processadores e chipsets multithread.
20
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Barra de Títulos:
A linha superior da tela é a barra de títulos, que mostra o nome da pasta de trabalho na janela. Ao iniciar o programa
aparece Pasta 1 porque você ainda não atribuiu um nome ao seu arquivo.
Faixa de Opções:
Desde a versão 2007 do Office, os menus e barras de ferramentas foram substituídos pela Faixa de Opções. Os coman-
dos são organizados em uma única caixa, reunidos em guias. Cada guia está relacionada a um tipo de atividade e, para
melhorar a organização, algumas são exibidas somente quando necessário.
Para remoção do componente, selecione-o, clique com o botão direito do mouse e escolha Remover da Barra de Fer-
ramentas de Acesso Rápido.
21
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Barra de Status:
Localizada na parte inferior da tela, a barra de status exibe mensagens, fornece estatísticas e o status de algumas teclas.
Nela encontramos o recurso de Zoom e os botões de “Modos de Exibição”.
Clicando com o botão direito sobre a barra de status, será exibida a caixa Personalizar barra de status. Nela podemos
ativar ou desativar vários componentes de visualização.
Barras de Rolagem: Nos lados direito e inferior da região de texto estão as barras de rolagem. Clique nas setas para
cima ou para baixo para mover a tela verticalmente, ou para a direita e para a esquerda para mover a tela horizontalmente,
e assim poder visualizar toda a sua planilha.
Planilha de Cálculo: A área quadriculada representa uma planilha de cálculos, onde você fará a inserção de dados e
fórmulas para colher os resultados desejados.
Uma planilha é formada por linhas, colunas e células. As linhas são numeradas (1, 2, 3, etc.) e as colunas nomeadas com
letras (A, B, C, etc.).
22
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
23
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Figura 57: Menu Planilhas Somar: Se tivermos uma sequência de dados numé-
ricos e quisermos realizar a sua soma, temos as seguintes
As funções deste menu são as seguintes: formas de fazê-lo:
-Inserir: insere uma nova planilha exatamente antes da
planilha selecionada.
-Excluir: exclui a planilha selecionada e os dados que
ela contém.
-Renomear: renomeia a planilha selecionada.
-Mover ou copiar: você pode mover a planilha para
outra posição, ou mesmo criar uma cópia da planilha com
todos os dados nela contidos. Figura 59: Soma simples
-Proteger Planilha: para impedir que, por acidente ou
deliberadamente, um usuário altere, mova ou exclua dados Usamos, nesse exemplo, a fórmula =B2+B3+B4.
importantes de planilhas ou pastas de trabalho, você pode Após o sinal de “=” (igual), clicar em uma das células,
proteger determinados elementos da planilha (planilha: o digitar o sinal de “+” (mais) e continuar essa sequência até
principal documento usado no Excel para armazenar e tra- o último valor.
balhar com dados, também chamado planilha eletrônica. Após a sequência de células a serem somadas, clicar no
Uma planilha consiste em células organizadas em colunas ícone soma, ou usar as teclas de atalho Alt+=.
e linhas; ela é sempre armazenada em uma pasta de tra- A última forma que veremos é a função soma digitada.
balho.)ou da pasta de trabalho, com ou sem senha (senha: Vale ressaltar que, para toda função, um início é fundamen-
uma forma de restringir o acesso a uma pasta de traba- tal:
lho, planilha ou parte de uma planilha. As senhas do Excel
podem ter até 255 letras, números, espaços e símbolos. É = nome da função (
necessário digitar as letras maiúsculas e minúsculas corre-
tamente ao definir e digitar senhas.). É possível remover a
proteção da planilha, quando necessário.
-Exibir código: pode-se criar códigos de programação
em VBA (Visual Basic for Aplications) e vincular às guias
de planilhas (trata-se de tópico de programação avançada, 1 - Sinal de igual.
que não é o objetivo desta lição, portanto, não será abor- 2 – Nome da função.
dado). 3 – Abrir parênteses.
-Cor da guia: muda a cor das guias de planilhas.
-Ocultar/Re-exibir: oculta/reexibe uma planilha. Após essa sequência, o Excel mostrará um pequeno
-Selecionar todas as planilhas: cria uma seleção em to- lembrete sobre a função que iremos usar, onde é possível
das as planilhas para que possam ser configuradas e im- clicar e obter ajuda, também. Usaremos, no exemplo a se-
pressas juntamente. guir, a função = soma(B2:B4).
Lembre-se, basta colocar o a célula que contém o pri-
Selecionar Tudo: Clicando-se na caixa Selecionar tudo, meiro valor, em seguida o dois pontos (:) e por último a
todas as células da planilha ativa serão selecionadas. célula que contém o último valor.
24
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Subtrair: A subtração será feita sempre entre dois va- Na célula C1 está sendo mostrado o resultado da fun-
lores, por isso não precisamos de uma função específica. ção =hoje(), que aparece na barra de fórmulas.
Tendo dois valores em células diferentes, podemos apenas
clicar na primeira, digitar o sinal de “-” (menos) e depois clicar na Inteiro: Com essa função podemos obter o valor intei-
segunda célula. Usamos na figura a seguir a fórmula = B2-B3. ro de uma fração. A função a ser digitada é =int(A2). Lem-
Multiplicar: Para realizarmos a multiplicação, procede- bramos que A2 é a célula escolhida e varia de acordo com
mos de forma semelhante à subtração. Clicamos no primeiro a célula a ser selecionada na planilha trabalhada.
número, digitamos o sinal de multiplicação que, para o Excel é
o “*” asterisco, e depois, clicamos no último valor. No próximo Arredondar para cima: Com essa função, é possível
exemplo, usaremos a fórmula =B2*B3. arredondar um número com casas decimais para o número
Outra forma de realizar a multiplicação é através da se- mais distante de zero.
guinte função: Sua sintaxe é: = ARREDONDAR.PARA.CIMA(núm;núm_
=mult(B2;c2) multiplica o valor da célula B2 pelo valor dígitos)
da célula C2.
Onde:
Núm: é qualquer número real que se deseja arredon-
Dividir: Para realizarmos a divisão, procedemos de forma
dar.
semelhante à subtração e multiplicação. Clicamos no primeiro
número, digitamos o sinal de divisão que, para o Excel é a “/” Núm_dígitos: é o número de dígitos para o qual se
barra, e depois, clicamos no último valor. No próximo exem- deseja arredondar núm.
plo, usaremos a fórmula =B3/B2.
25
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
=abs(núm)
Onde: aBs(núm)
Núm: é o número real cujo valor absoluto você deseja obter.
Dias 360: Retorna o número de dias entre duas datas com base em um ano de 360 dias (doze meses de 30 dias). Sua
sintaxe é:
= DIAS360(data_inicial;data_final)
Onde:
data_inicial = a data de início de contagem.
Data_final = a data a qual quer se chegar.
No exemplo a seguir, vamos ver quantos dias faltam para chegar até a data de 14/06/2018, tendo como data inicial o
dia 05/03/2018. A função utilizada será =dias360(A2;B2)
Vamos usar a Figura abaixo para explicar as próximas funções (Se, SomaSe, Cont.Se)
26
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Função SE: O SE é uma função condicional, ou seja, Exemplo: usando a planilha acima, queremos somar
verifica SE uma condição é verdadeira ou falsa. os salários de todos os funcionários HOMENS e mostrar
o resultado na célula D16. E também queremos somar os
A sintaxe desra função é a seguinte: salários das funcionárias mulheres e mostrar o resultado na
=SE(teste_lógico;“valor_se_verdadeiro”;“valor_se_falso”) célula D17. Para isso precisamos criar a seguinte condição:
=: Significa a chamada para uma fórmula/função
SE: função SE HOMENS:
teste_lógico: a pergunta a qual se deseja ter resposta SE SEXO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR MASCULI-
“valor_se_verdadeiro”: se a resposta da pergunta for NO, ENTÃO
verdadeira, define o resultado “valor_se_falso” se a respos- SOMA O VALOR DO SALÁRIO MOSTRADO NO
ta da pergunta for falsa, define o resultado INTERVALO D3 ATÉ D10
Usando a planilha acima como exemplo, na coluna ‘E’ MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D16
queremos colocar uma mensagem se o funcionário recebe
um salário igual ou acima do valor mínimo R$ 724,00 ou Traduzindo a condição em variáveis teremos:
abaixo do valor mínimo determinado em R$724,00.
Resultado: será mostrado na célula D16, portanto é
Assim, temos a condição: onde devemos digitar a fórmula
Intervalo para análise: C3:C10
SE VALOR DE C3 FOR MAIOR OU IGUAL a 724, então Critério: “MASCULINO”
ESCREVA “ACIMA”, senão ESCREVA “ABAIXO” MOSTRA O Intervalo para soma: D3:D10
RESULTADO NA CÉLULA E3 Assim, com o cursor na célula D16, digitamos:
=SOMASE(D3:D10;”masculino”;C3:C10)
Traduzindo a condição em variáveis teremos: MULHERES:
SE SEXO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR FEMINI-
Resultado: será mostrado na célula C3, portanto é NO, ENTÃO
onde devemos digitar a fórmula SOMA O VALOR DO SALÁRIO MOSTRADO NO IN-
TERVALO D3 ATÉ D10
Teste lógico: C3>=724
MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D17
Valor_se_verdadeiro: “Acima”
Valor_se_falso: “Abaixo”
Traduzindo a condição em variáveis teremos:
Assim, com o cursor na célula E3, digitamos:
Resultado: será mostrado na célula D17, portanto é
=SE(C3>=724;”Acima”;”Abaixo”)
onde devemos digitar a fórmula
Para cada uma das linhas, podemos copiar e colar as
Intervalo para análise: C3:C10
fórmulas, e o Excel, inteligentemente, acertará as linhas e Critério: “FEMININO”
colunas nas células. Nossas fórmulas ficarão assim: Intervalo para soma: D3:D10
E4 =SE(C4>=724;”Acima”;”Abaixo”)
E5 =SE(C5>=724;”Acima”;”Abaixo”) Assim, com o cursor na célula D17, digitamos:
E6 =SE(C6>=724;”Acima”;”Abaixo”)
E7 =SE(C7>=724;”Acima”;”Abaixo”) =SomaSE(D3:D10;”feminino”;C3:C10)
E8 =SE(C8>=724;”Acima”;”Abaixo”)
E9 =SE(C9>=724;”Acima”;”Abaixo”) Função CONT.SE: O CONT.SE é uma função de con-
E10 =SE(C10>=724;”Acima”;”Abaixo”) tagem condicionada, ou seja, CONTA a quantidade de re-
gistros, SE determinada condição for verdadeira. A sintaxe
Função SomaSE: A SomaSE é uma função de soma desta função é a seguinte:
condicionada, ou seja, SOMA os valores, SE determinada
condição for verdadeira. A sintaxe desta função é a seguin- =CONT.SE(intervalo;“critérios”)
te:
= : significa a chamada para uma fórmula/função
=SomaSe(intervalo;“critérios”;intervalo_soma) CONT.SE: chamada para a função CONT.SE
intervalo: intervalo de células onde será feita a análise
=Significa a chamada para uma fórmula/função dos dados
SomaSe: função SOMASE “critérios”: critérios a serem avaliados nas células do
intervalo: Intervalo de células onde será feita a análise “intervalo”
dos dados
“critérios”: critérios (sempre entre aspas) a serem ava- Usando a planilha acima como exemplo, queremos
liados a fim de chegar à condição verdadeira saber quantas pessoas ganham R$ 1200,00 ou mais, e
intervalo_soma: Intervalo de células onde será verifi- mostrar o resultado na célula D14, e quantas ganham
cada a condição para soma dos valores abaixo de R$1.200,00 e mostrar o resultado na célula D15.
Para isso precisamos criar a seguinte condição:
27
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
R$ 1200,00 ou MAIS:
SE SALÁRIO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR MAIOR OU IGUAL A 1200, ENTÃO
CONTA REGISTROS NO INTERVALO C3 ATÉ C10
MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D14
Resultado: será mostrado na célula D14, portanto é onde devemos digitar a fórmula
Intervalo para análise: C3:C10
Critério: >=1200
=CONT.SE(C3:C10;”>=1200”)
MENOS DE R$ 1200,00:
SE SALÁRIO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR MENOR QUE 1200, ENTÃO
CONTA REGISTROS NO INTERVALO C3 ATÉ C10
MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D15
Resultado: será mostrado na célula D15, portanto é onde devemos digitar a fórmula
Intervalo para análise: C3:C10
Critério: <1200
=CONT.SE(C3:C10;”<1200”)
Observações: fique atento com o > (maior) e < (menor), >= (maior ou igual) e <=(menor ou igual). Se tivéssemos
determinado a contagem de valores >1200 (maior que 1200) e <1200 (menor que 1200), o valor =1200 (igual a 1200) não
entraria na contagem.
Formatação de Células: Ao observar a planilha abaixo, fica claro que não é uma planilha bem formatada, vamos
deixar ela de uma maneira mais agradável.
28
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
O primeiro passo é mesclar e centralizar o título, para isso utilizamos o botão Mesclar e Centralizar , entre outras opções
de alinhamento, como centralizar, direção do texto, entre outras.
Em seguida, vamos colocar uma borda no texto digitado, vamos escolher a opção “Todas as bordas”, podemos mudar
o título para negrito, mudar a cor do fundo e/ou de uma fonte, basta selecionar a(s) célula(s) e escolher as formatações.
Para finalizar essa etapa vamos formatar a coluna C para moeda, que é o caso desse exemplo, porém pode ser realizado
vários outros tipos de formatação, como, porcentagem, data, hora, científico, basta clicar no dropbox onde está escrito geral
e escolher.
29
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
O resultado final nos traz uma planilha muito mais agradável e de fácil entendimento:
Ordenando os dados: Você pode digitar os dados em qualquer ordem, pois o Excel possui uma ferramenta muito
útil para ordenar os dados.
Ao clicar neste botão, você tem as opções para classificar de A a Z (ordem crescente), de Z a A (ordem decrescente) ou
classificação personalizada.
Para ordenar seus dados, basta clicar em uma célula da coluna que deseja ordenar, e selecionar a classificação crescente
ou decrescente. Mas cuidado! Se você selecionar uma coluna inteira, nas versões mais antigas do Excel, você irá classificar
os dados dessa coluna, mas vai manter os dados das outras colunas onde estão. Ou seja, seus dados ficarão alterados. Nas
versões mais novas, ele fará a pergunta, se deseja expandir a seleção e dessa forma, fazer a classificação dos dados junto
com a coluna de origem, ou se deseja manter a seleção e classificar somente a coluna selecionada.
Filtrando os dados: Ainda no botão temos a opção FILTRO. Ao selecionar esse botão, cada uma das colunas da nos-
sa planilha irá abrir uma seta para fazer a seleção dos dados que desejamos visualizar. Assim, podemos filtrar e visualizar
somente os dados do mês de Janeiro ou então somente os gastos com contas de consumo, por exemplo.
- Texto para colunas: separa o conteúdo de uma célula do Excel em colunas separadas.
- Remover duplicatas: exclui linhas duplicadas de uma planilha - Validação de dados: permite especificar valores invá-
lidos para uma planilha. Por exemplo, podemos especificar que a planilha não aceitará receber valores menores que 10.
- Consolidar: combina valores de vários intervalos em um novo intervalo.
- Teste de hipóteses: testa diversos valores para a fórmula na planilha.
Gráficos: Outra forma interessante de analisar os dados é utilizando gráficos. O Excel monta os gráficos rapidamente
e é muito fácil. Na Guia Inserir da Faixa de Opções, temos diversas opções de gráficos que podem ser utilizados.
30
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Redimensione o gráfico clicando com o mouse nas bordas para aumentar de tamanho. Reposicione o gráfico na pági-
na, clicando nas linhas e arrastando até o local desejado.
Importante mencionar que o conceito do Excel 365 é o mesmo apontado no Word, ou seja, fazem parte do Office
365, que podem ser comprados conforme figura 39.
31
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Para fazer referência a uma célula que esteja em outra planilha, na mesma pasta de trabalho, digite “nome_da_plani-
lha + . + célula. Por exemplo, “Plan2.A1” faz referência a célula A1 da planilha chamada Plan2. No Excel, isso é feito usan-
do o sinal de exclamação ! (Plan2!A1).
Menus do Calc
Arquivo - contém comandos que se aplicam ao documento inteiro como Abrir, Salvar e Exportar como PDF.
Editar - contém comandos para editar o conteúdo documento como, por exemplo, Desfazer, Localizar e Substituir,
Cortar, Copiar e Colar.
Exibir - contém comandos para controlar a exibição de um documento tais como Zoom, Tela Inteira e Navegador.
Inserir - contém comandos para inserção de novos elementos no documento como células, linhas, colunas, planilhas,
gráficos.
Formatar - contém comandos para formatar células selecionadas, objetos e o conteúdo das células no documento.
Ferramentas - contém ferramentas como Ortografia, Atingir meta, Rastrear erro, etc.
Dados - contém comandos para editar os dados de uma planilha. É possível classificar, utilizar filtros, validar, etc.
Janela - contém comandos para manipular e exibir janelas no documento.
Ajuda - permite acessar o sistema de ajuda do LibreOffice.
A versão 2007 passa a ter o formato PPTX, diferente das anteriores que eram PPT, essa nova versão lida muito melhor
com vídeos e imagens. Um documento em branco do PowerPoint 2003 (formato PPT) apenas com uma imagem de 1 MB
chega a ocupar 5 MB, já no formato PPTX, este mesmo arquivo ocupa cerca de 1,1 MB.
O PowerPoint 2007 trouxe uma importante opção que se encarrega de compactar imagens automaticamente a fim de
reduzir o tamanho total do documento. Para tal, abra a aba Formatar do programa e clique na opção Compactar Imagens.
Neste momento o usuário escolhe se deseja compactar uma única imagem da apresentação ou se pretende aplicar o
efeito a todas as figuras. Clique em Opções para acessar escolher o nível de qualidade e compactação das imagens de seu
arquivo, além disso foi possível começar a tratar imagens.
O PowerPoint 2007 passou a oferecer mais gráficos tridimensionais, permitindo apresentações com melhor visual,
diferentemente do seu antecessor 2003, PowerPoint 2007 utiliza o Microsoft Office Fluent interface de usuário (UI). Esta
UI categoriza grupos e guias relacionados, tornando mais fácil para os usuários a encontrar os comandos e recursos do
PowerPoint . Além disso, a Fluent UI inclui uma função de visualização ao vivo , para rever alterações de formatação antes
de finalizá-los , bem como galerias de efeitos pré- definidos, layouts , temas e “Estilos Rápidos”.
Os temas do PowerPoint 2007 possuem características de “Estilos Rápidos”, estilos esses que não existem no Power-
Point 2003, com o PowerPoint 2003, a formatação de um documento exige a escolha de estilo e opções de cores para
gráficos, textos, fundos e até mesmo tabelas.
A versão 2007 do PowerPoint 2007 possuem opções de compartilhamentos mais flexíveis do que as de seu antecessor
de 2003. Um exemplo claro disso é que na versão 2007 os usuários podem acessar o Microsoft Office SharePoint Server
2007 para integrar as apresentações com o Outlook 2007, bem como o compartilhamento de apresentações utilizando o
que chamamos de “Bibliotecas de Slides”.
Em relação as tabelas e gráficos, ao contrário do PowerPoint 2003, a versão 2007 armazena as informações dos gráficos
no Excel 2007, ao invés de armazenar esses dados em folhas de dados do gráfico.
Na tela inicial do PowerPoint, são listadas as últimas apresentações editadas (à esquerda), opção para criar nova apre-
sentação em branco e ainda, são sugeridos modelos para criação de novas apresentações (ao centro).
Ao selecionar a opção de Apresentação em Branco você será direcionado para a tela principal, composta pelos elemen-
tos básicos apontados na figura abaixo, e descritos nos tópicos a seguir.
32
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Barra de Títulos: A linha superior da tela é a barra de títulos, que mostra o nome da apresentação na janela. Ao iniciar
o programa aparece Apresentação 1 porque você ainda não atribuiu um nome ao seu arquivo.
Faixa de Opções:Desde a versão 2007 do Office, os menus e barras de ferramentas foram substituídos pela Faixa de
Opções. Os comandos são organizados em uma única caixa, reunidos em guias. Cada guia está relacionada a um tipo de
atividade e, para melhorar a organização, algumas são exibidas somente quando necessário.
Barra de Ferramentas de Acesso Rápido: A Barra de Ferramentas de Acesso Rápido fica posicionada no topo da tela
e pode ser configurada com os botões de sua preferência, tornando o trabalho mais ágil.
Adicionando e Removendo Componentes: Para ocultar ou exibir um botão de comando na barra de ferramentas de
acesso rápido podemos clicar com o botão direito no componente que desejamos adicionar, em qualquer guia. Será exibida
uma janela com a opção de Adicionar à Barra de Ferramentas de Acesso Rápido.
33
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Temos ainda outra opção de adicionar ou remover componentes nesta barra, clicando na seta lateral. É aberto o menu
Personalizar Barra de Ferramentas de Acesso Rápido, que apresenta várias opções para personalizar a barra, além da opção
Mais Comandos..., onde temos acesso a todos os comandos do PowerPoint.
Para remoção do componente, no mesmo menu selecione-o. Se preferir, clique com o botão direito do mouse sobre o
ícone que deseja remover e escolha Remover da Barra de Ferramentas de Acesso Rápido.
Barra de Status: Localizada na parte inferior da tela, a barra de status permite incluir anotações e comentários na sua
apresentação, mensagens, fornece estatísticas e o status de algumas teclas. Nela encontramos o recurso de Zoom e os
botões de ‘Modos de Exibição’.
Clicando com o botão direito sobre a barra de status, será exibida a caixa Personalizar barra de status. Nela podemos
ativar ou desativar vários componentes de visualização.
Durante uma apresentação, os slides do PowerPoint vão sendo projetados no monitor do computador, lembrando os
antigos slides fotográficos.
O apresentador pode inserir anotações, observações importantes, que deverão ser abordadas durante a apresentação.
Estas anotações serão visualizadas somente pelo apresentador quando, durante a apresentação, for selecionado o Modo
de Exibição do Apresentador (basta clicar com o botão direito do mouse e selecionar esta opção durante a apresentação).
Modelos e Temas Online: Algumas vezes parece impossível iniciar uma apresentação. Você nem mesmo sabe como
começar. Nestas situações pode-se usar os modelos prontos, que fornecem sugestões para que você possa iniciar a criação
de sua apresentação. A versão PowerPoint 2013 traz vários modelos disponíveis online divididos por temas (é necessário
estar conectado à internet).
34
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Para utilizar um modelo pronto, selecione um tema. Em nosso exemplo, vamos selecionar ‘Negócios’. Aparecerão vários
modelos prontos que podem ser utilizados para a criação de sua apresentação, conforme mostra a figura abaixo.
Procure conhecer os modelos, clicando sobre eles. Utilize as barras de rolagem para rolar a tela, visualizar as possi-
bilidades, e possivelmente escolher um modelo, dentre as inúmeras possibilidades fornecidas, para criar apresentações
profissionais com muita agilidade.
Ao escolher um modelo, clique no botão ‘Criar’ e aguarde o download do arquivo. Será criado um novo arquivo em
seu computador, que você poderá salvar onde quiser. A partir daí, basta customizar os dados e utilizá-lo como SUA APRE-
SENTAÇÃO.
Tanto o layout como o padrão de formatação de fontes, poderão ser alterados em qualquer momento, para atender às
suas necessidades.
Apresentação de Slides:
Antes de começarmos a trabalhar em um novo slide, ou nova apresentação, vamos entender um pouco melhor como
funciona uma apresentação. Escolha um modelo pronto qualquer, faça o download, e inicie a apresentação, assim:
Na barra ‘Modos de exibição de slides’, localizada na barra de status, clique no botão ‘Modo de Apresentação de Slides’.
Dê cliques com o mouse para seguir ao próximo slide. Ao clicar na apresentação, são exibidos botões de navegação,
que permitem que você siga para o próximo slide ou volte ao anterior, conforme mostrado abaixo. Além dos botões de
navegação você também conta com outras ferramentas durante sua apresentação.
Exibição de Slides:Vamos agora começar a personalizar nossa apresentação, tendo como base o modelo criado. Se
ainda estiver com uma apresentação aberta, termine a apresentação, retornando à estrutura. Clique, na faixa de opções, no
menu ‘EXIBIÇÃO’.
Modo Normal: No modo de exibição ‘Normal’, você trabalha em um slide de cada vez e pode organizar a estrutura
de todos os slides da apresentação.
35
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Para mover de um slide para outro clique sobre o slide (do lado esquerdo) que deseja visualizar na tela, ou utilize as
teclas ‘PageUp’ e ‘PageDown’.
Modo de Exibição de Estrutura de Tópicos: Este modo de visualização é interessante principalmente durante a cons-
trução do texto da apresentação. Você pode ir digitando o texto do lado esquerdo e o PowerPoint monta os slides pra você.
Classificação de Slides: Este modo permite ver seus slides em miniatura, para auxiliar na organização e estruturação
de sua apresentação. No modo de classificação de slides, você pode reordenar slides, adicionar transições e efeitos de ani-
mação e definir intervalos de tempo para apresentações eletrônicas de slides.
Para alterar a sequência de exibição de slides, clique no slide e arraste até a posição desejada. Você também pode ocul-
tar um slide dando um clique com o botão direito do mouse sobre ele e selecionando ‘Ocultar Slide’.
Alterando o Design:
O design de um slide é a apresentação visual do mesmo, ou seja, as cores nele utilizadas, tipos de fontes, etc. O Power-
Point disponibiliza vários temas prontos para aplicar ao design de sua apresentação.
Para inserir um Tema de design pronto nos slides acesse a guia ‘Design’ na Faixa de Opções. Clique na seta lateral para
visualizar todos os temas existentes.
36
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Clique no tema desejado, para aplicar ao slide selecio- Na guia ‘Início’ da Faixa de Opções, clique na seta la-
nado. O tema será aplicado em todos os slides. teral da caixa Layout. Será exibida uma janela com várias
Variantes->Cores e Variantes->Fontes: ainda na guia opções. Selecione o layout ‘Título e conteúdo’.
‘Design’ podemos aplicar variações dos temas, alterando Aparecerá a caixa de conteúdo no slide como mostra-
cores e fontes, criando novos temas de cores. Clique na do na figura a seguir. A caixa de conteúdos ao centro do
seta da caixa ‘Variantes’ para abrir as opções. Passe o mou- slide possui diversas opções de tipo de conteúdo que se
se sobre cada tema para visualizar o efeito na apresenta- pode utilizar.
ção. Após encontrar a variação desejada, dê um clique com As demais ferramentas da ‘Caixa de Conteúdo’ são:
o mouse para aplicá-la à apresentação.
• Escolher Elemento Gráfico SmartArt
• Inserir Imagem
• Inserir Imagens Online
• Inserir Vídeo
37
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Neste exemplo, selecionaremos o Slide 3 de nossa apresentação para enriquecer as explicações. Clique um uma das
caixas de texto do slide, e na opção ‘ANIMAÇÕES’ abra o ‘PAINEL DE ANIMAÇÃO’.
Escolheremos a opção ‘Flutuar para Dentro’, mas você pode explorar as diversas opções e escolher a que mais te agra-
dar. Clique na opção escolhida. No Painel de Animação, abra todas as animações clicando na seta para baixo.
Cada parágrafo de texto pode ser configurado, bastando que você clique no parágrafo desejado e faça a opção de
animação desejada. O parágrafo pode aparecer somente quando você clicar com o mouse, ou juntamente com o anterior.
Pode mantê-lo aberto na tela enquanto outros estão fechados, etc.
Em nosso exemplo, vamos animar da seguinte forma: os textos da caixa de texto do lado esquerdo vão aparecer juntos
após clicar. Os textos da caixa do lado direito permanecem fechados. Ao clicar novamente, os dois parágrafos aparecerão
ao mesmo tempo na tela.
Passo a passo:
Com a caixa de texto do lado esquerdo selecionada, clique em ‘Iniciar ao clicar’ no 1º parágrafo, mostrado no Painel
de Animações;
selecione o 2º parágrafo e selecione ‘Iniciar com anterior’;
selecione a caixa de texto do lado direito e aplique uma animação;
no Painel de Animações clique em ‘Iniciar ao clicar’ no 1º parágrafo da caixa de texto
selecione o 2º parágrafo da caixa de texto e selecione ‘Iniciar com anterior’.
12.4. Impress
É o editor de apresentações do LibreOffice e o seu formato de arquivo padrão é o .odp (Open Document Presentations).
- O usuário pode iniciar uma apresentação no Impress de duas formas:
• do primeiro slide (F5) - Menu Apresentação de Slides -> Iniciar do primeiro slide
• do slide atual (Shift + F5) - Menu Apresentação de Slides -> Iniciar do slide atual.
- Menu do Impress:
• Arquivo - contém comandos que se aplicam ao documento inteiro como Abrir, Salvar e Exportar como PDF;
• Editar - contém comandos para editar o conteúdo documento como, por exemplo, Desfazer, Localizar e Substituir,
Cortar, Copiar e Colar;
• Exibir - contém comandos para controlar a exibição de um documento tais como Zoom, Apresentação de Slides,
Estrutura de tópicos e Navegador;
• Inserir - contém comandos para inserção de novos slides e elementos no documento como figuras, tabelas e
hiperlinks;
• Formatar - contém comandos para formatar o layout e o conteúdo dos slides, tais como Modelos de slides, Layout
de slide, Estilos e Formatação, Parágrafo e Caractere;
• Ferramentas - contém ferramentas como Ortografia, Compactar apresentação e Player de mídia;
• Apresentação de Slides - contém comandos para controlar a apresentação de slides e adicionar efeitos em objetos
e na transição de slides.
38
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
39
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Cabos de Par Trançado – cabos caracterizados por Roteadores: Dispositivo utilizado para conectar redes
sua velocidade, pode ser feito sob medida, comprados e arquiteturas diferentes e de grande porte. Ele funciona
em lojas de informática ou produzidos pelo usuário; como um tipo de ponte na camada de rede do modelo
Cabos Coaxiais – cabos que permitem uma distância OSI (Open Systens Interconnection - protocolo de inter-
maior na transmissão de dados, apesar de serem flexí- conexão de sistemas abertos para conectar máquinas
veis, são caros e frágeis. Eles necessitam de barramento de diferentes fabricantes), identificando e determinando
ISA, suporte não encontrado em computadores mais um IP para cada computador que se conecta com a rede.
novos; Sua principal atribuição é ordenar o tráfego de da-
Cabos de Fibra Óptica – cabos complexos, caros e de dos na rede e selecionar o melhor caminho. Existem
difícil instalação. São velozes e imunes a interferências os roteadores estáticos, capaz de encontrar o menor ca-
eletromagnéticas. minho para tráfego de dados, mesmo se a rede estiver
Após montar o cabeamento de rede é necessário reali- congestionada; e os roteadores dinâmicos que encon-
zar um teste através dos testadores de cabos, adquirido em tram caminhos mais rápidos e menos congestionados
lojas especializadas. Apesar de testar o funcionamento, ele para o tráfego.
não detecta se existem ligações incorretas. É preciso que Modem: Dispositivo responsável por transformar a
um técnico veja se os fios dos cabos estão na posição certa. onda analógica que será transmitida por meio da linha
telefônica, transformando-a em sinal digital original.
Sistema de Cabeamento Estruturado Servidor: Sistema que oferece serviço para as redes
Para que essa conexão não prejudique o ambiente de de computadores, como por exemplo, envio de arquivos
trabalho, em uma grande empresa, são necessárias várias ou e-mail. Os computadores que acessam determinado
conexões e muitos cabos, sendo necessário o cabeamento servidor são conhecidos como clientes.
estruturado. Placa de Rede: Dispositivo que garante a comuni-
Através dele, um técnico irá poupar trabalho e tempo, cação entre os computadores da rede. Cada arquitetura
tanto para fazer a instalação, quanto para a remoção da de rede depende de um tipo de placa específica. As mais
rede. Ele é feito através das tomadas RJ-45 que possibili- utilizadas são as do tipo Ethernet e Token Ring (rede em
tam que vários conectores possam ser inseridos em um anel).
único local, sem a necessidade de serem conectados dire-
tamente no hub. Conceito de Internet
Além disso, o sistema de cabeamento estruturado pos-
sui um painel de conexões, o Patch Panel, onde os cabos O objetivo inicial da Internet era atender necessida-
das tomadas RJ-45 são conectados, sendo um concentrador des militares, facilitando a comunicação. A agência nor-
de tomadas, favorecendo a manutenção das redes. Eles são te-americana ARPA – ADVANCED RESEARCH AND PRO-
adaptados e construídos para serem inseridos em um rack. JECTS AGENCY e o Departamento de Defesa americano,
Todo esse planejamento deve fazer parte do projeto do na década de 60, criaram um projeto que pudesse conec-
cabeamento de rede, em que a conexão da rede é pensada tar os computadores de departamentos de pesquisas e
de forma a realizar a sua expansão. bases militares, para que, caso um desses pontos sofresse
Repetidores: Dispositivo capaz de expandir o cabea- algum tipo de ataque, as informações e comunicação não
mento de rede. Ele poderá transformar os sinais recebidos e seriam totalmente perdidas, pois estariam salvas em ou-
enviá-los para outros pontos da rede. Apesar de serem trans- tros pontos estratégicos.
missores de informações para outros pontos, eles também O projeto inicial, chamado ARPANET, usava uma co-
diminuem o desempenho da rede, podendo haver colisões nexão a longa distância e possibilitava que as mensagens
entre os dados à medida que são anexas outras máquinas. fossem fragmentadas e endereçadas ao seu computador
Esse equipamento, normalmente, encontra-se dentro do hub. de destino. O percurso entre o emissor e o receptor da
Hubs: Dispositivos capazes de receber e concentrar informação poderia ser realizado por várias rotas, assim,
todos os dados da rede e compartilhá-los entre as outras caso algum ponto no trajeto fosse destruído, os dados
estações (máquinas). Nesse momento nenhuma outra má- poderiam seguir por outro caminho garantindo a entre-
quina consegue enviar um determinado sinal até que os ga da informação, é importante mencionar que a maior
dados sejam distribuídos completamente. Eles são utiliza- distância entre um ponto e outro, era de 450 quilômetros.
dos em redes domésticas e podem ter 8, 16, 24 e 32 por- No começo dos anos 80, essa tecnologia rompeu as
tas, variando de acordo com o fabricante. Existem os Hubs barreiras de distância, passando a interligar e favorecer a
Passivos, Ativos, Inteligentes e Empilháveis. troca de informações de computadores de universidades
Bridges: É um repetidor inteligente que funciona dos EUA e de outros países, criando assim uma rede (NET)
como uma ponte. Ele lê e analisa os dados da rede, além internacional (INTER), consequentemente seu nome passa a ser,
de relacionar diferentes arquiteturas. INTERNET.
Switches: Tipo de aparelho semelhante a um hub, mas A evolução não parava, além de atingir fronteiras conti-
que funciona como uma ponte: ele envia os dados apenas nentais, os computadores pessoais evoluíam em forte esca-
para a máquina que o solicitou. Ele possui muitas portas de la alcançando forte potencial comercial, a Internet deixou de
entrada e melhor performance, podendo ser utilizado para conectar apenas computadores de universidades, passou a
redes maiores. conectar empresas e, enfim, usuários domésticos.
40
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Na década de 90, o Ministério das Comunicações e o Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil trouxeram a Internet para
os centros acadêmicos e comerciais. Essa tecnologia rapidamente foi tomando conta de todos os setores sociais até atingir a
amplitude de sua difusão nos tempos atuais.
Um marco que é importante frisar é o surgimento do WWW que foi a possibilidade da criação da interface gráfica deixando
a internet ainda mais interessante e vantajosa, pois até então, só era possível a existência de textos.
Para garantir a comunicação entre o remetente e o destinatário o americano Vinton Gray Cerf, conhecido como o pai da
internet criou os protocolos TCP/IP, que são protocolos de comunicação. O TCP – TRANSMISSION CONTROL PROTOCOL (Pro-
tocolo de Controle de Transmissão) e o IP – INTERNET PROTOCOL (Protocolo de Internet) são conjuntos de regras que tornam
possível tanto a conexão entre os computadores, quanto ao entendimento da informação trocada entre eles.
A internet funciona o tempo todo enviando e recebendo informações por isso o periférico que permite a conexão com
a internet chama MODEM, porque que ele MOdula e DEModula sinais, e essas informações só podem ser trocadas graças
aos protocolos TCP/IP.
Protocolos Web
Já que estamos falando em protocolos, citaremos outros que são largamente usados na Internet:
-HTTP (Hypertext Transfer Protocol): Protocolo de transferência de Hipertexto, desde 1999 é utilizado para trocar infor-
mações na Internet. Quando digitamos um site, automaticamente é colocado à frente dele o http://
Exemplo: http://www.novaconcursos.com.br
Onde:
http:// → Faz a solicitação de um arquivo de hipermídia para a Internet, ou seja, um arquivo que pode conter texto, som,
imagem, filmes e links.
-URL (Uniform Resource Locator): Localizador Padrão de recursos, serve para endereçar um recurso na web, é como se
fosse um apelido, uma maneira mais fácil de acessar um determinado site
Exemplo: http://www.novaconcursos.com.br, onde:
Éo endereçodedomínio.Um endereçode
novaconcursos domíniorepresentarásua empresaou seu
espaçonaInternet.
Encontramos, ainda, variações na URL de um site, que demonstram a finalidade a organização que o criou, como:
.gov - Organização governamental
.edu - Organização educacional
.org - Organização
.ind - Organização Industrial
.net - Organização telecomunicações
.mil - Organização militar
.pro - Organização de profissões
.eng – Organização de engenheiros
41
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
42
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
43
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
forma “adivinhar ” o que se passa em sua cabeça, lan- 15. Navegadores de internet: Internet Explorer,
çar mão de alguns artifícios para que sua busca seja Mozilla Firefox, Google Chrome.
otimizada poupará seu tempo e fará com que você
tenha acesso a resultados mais relevantes. Navegadores: Navegadores de internet ou browsers
Os mecanismos de buscas contam com opera- são programas de computador especializados em visualizar
dores para filtro de conteúdo. A maior parte desse e dar acesso às informações disponibilizadas na web, até
filtros, no entanto, pode não interessar e você, caso pouco tempo atrás tínhamos apenas o Internet Explorer e o
não seja um praticante de SEO. Contudo alguns são Netscape, hoje temos uma série de navegadores no merca-
realmente úteis e estão listados abaixo. Realize uma do, iremos fazer uma breve descrição de cada um deles, e
busca simples e depois aplique os filtros para poder depois faremos toda a exemplificação utilizando o Internet
ver o quanto os resultados podem sem mais especia- Explorer por ser o mais utilizado em todo o mundo, porém
lizados em relação ao que você procura. o conceito e usabilidade dos outros navegadores seguem os
-palavra_chave mesmos princípios lógicos.
Retorna um busca excluindo aquelas em que a
palavra chave aparece. Por exemplo, se eu fizer uma Chrome: O Chrome é o navegador do Google e con-
busca por computação, provavelmente encontrarei sequentemente um dos melhores navegadores existentes.
na relação dos resultados informaçõe sobre “Ciên- Outra vantagem devido ser o navegador da Google é o mais
cia da computação“. Contudo, se eu fizer uma busca utilizado no meio, tem uma interface simples muito fácil de
por computação -ciência , os resultados que tem a utilizar.
palavra chave ciência serão omitidos.
+palavra_chave
Retorna uma busca fazendo uma inclusão força-
da de uma palavra chave nos resultados. De maneira
análoga ao exemplo anterior, se eu fizer uma busca do
tipo computação, terei como retorna uma gama mista
de resultados. Caso eu queira filtrar somente os casos
em que ciências aparece, e também no estado de SP,
realizo uma busca do tipo computação + ciência SP. Figura 82: Símbolo do Google Chrome
“frase_chave”
Retorna uma busca em que existam as ocorrências Mozila Firefox: O Mozila Firefox é outro excelente nave-
dos termos que estão entre aspas, na ordem e grafia gador ele é gratuito e fácil de utilizar apesar de não ter uma
exatas ao que foi inserido. Assim, se você realizar uma interface tão amigável, porém é um dos navegadores mais
busca do tipo “como faser ” – sim, com a escrita incor- rápidas e com maior segurança contra hackers.
reta da palavra FAZER, verá resultados em que a frase
idêntica foi empregada.
palavras_chave_01 OR palavra_chave_02
Mostra resultado para pelo menos uma das pala-
vras chave citadas. Faça uma busca por facebook OR
msn, por exemplo, e terá como resultado de sua bus-
ca, páginas relevantes sobre pelo menos um dos dois
temas- nesse caso, como as duas palavras chaves são
populares, os dois resultados são apresentados em
posição de destaque. Figura 83: Símbolo do Mozilla Firefox
filetype:tipo
Retorna as buscas em que o resultado tem o tipo Opera: Usabilidade muito agradável, possui grande de-
de extensão especificada. Por exemplo, em uma bus- sempenho, porém especialistas em segurança o considera o
ca filetype:pdf jquery serão exibidos os conteúdos da navegador com menos segurança.
palavra chave jquery que tiverem como extensão .pdf.
Os tipos de extensão podem ser: PDF, HTML ou HTM,
XLS, PPT, DOC
palavra_chave_01 * palavra_chave_02
Retorna uma “busca combinada”, ou seja, sendo
o * um indicador de “qualquer conteúdo”, retorna re-
sultados em que os termos inicial e final aparecem,
independente do que “esteja entre eles”. Realize uma
busca do tipo facebook * msn e veja o resultado na
prática.
Figura 84: Símbolo do Opera
44
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Safari: O Safari é o navegador da Apple, é um ótimo ticação, e portanto, é indispensável que o usuário possua
navegador considerado pelos especialistas e possui uma in- um username e uma password que sejam reconhecidas pelo
terface bem bonita, apesar de ser um navegador da Apple sistema, quer dizer, ter uma conta nesse servidor. Neste caso,
existem versões para Windows. ao estabelecer uma conexão, o posicionamento é no diretório
criado para a conta do usuário – diretório home, e dali ele
poderá percorrer toda a árvore do sistema, mas só escrever e
ler arquivos nos quais ele possua.
Assim como muitas aplicações largamente utilizadas hoje
em dia, o FTP também teve a sua origem no sistema opera-
cional UNIX, que foi o grande percursor e responsável pelo
sucesso e desenvolvimento da Internet.
Figura 85: Símbolo do Safari
Algumas dicas
Internet Explorer: O Internet Explorer ou IE é o nave- 1. Muitos sites que aceitam FTP anônimo limitam o nú-
gador padrão do Windows. Como o próprio nome diz, é um mero de conexões simultâneas para evitar uma sobrecarga
programa preparado para explorar a Internet dando acesso na máquina. Uma outra limitação possível é a faixa de horário
a suas informações. Representado pelo símbolo do “e” azul, de acesso, que muitas vezes é considerada nobre em horário
é possível acessá-lo apenas com um duplo clique em seu comercial, e portanto, o FTP anônimo é temporariamente de-
símbolo. sativado.
2. Uma saída para a situação acima é procurar “sites espe-
lhos” que tenham o mesmo conteúdo do site sendo acessado.
3. Antes de realizar a transferência de qualquer arquivo
verifique se você está usando o modo correto, isto é, no caso
de arquivos-texto, o modo é ASCII, e no caso de arquivos bi-
nários (.exe, .com, .zip, .wav, etc.), o modo é binário. Esta pre-
venção pode evitar perda de tempo.
Figura 86: Símbolo do Internet Explorer
4. Uma coisa interessante pode ser o uso de um servidor
de FTP em seu computador. Isto pode permitir que um ami-
16. Transferência de arquivos pela internet
go seu consiga acessar o seu computador como um servidor
remoto de FTP, bastando que ele tenha acesso ao número IP,
FTP (File Transfer Protocol – Protocolo de Transferência
que lhe é atribuído dinamicamente.
de Arquivos) é uma das mais antigas formas de interação
na Internet. Com ele, você pode enviar e receber arquivos Correio Eletrônico
para, ou de computadores que se caracterizam como ser-
vidores remotos. Voltaremos aqui ao conceito de arquivo Um e-mail hoje é um dos principais meios de comunica-
texto (ASCII – código 7 bits) e arquivos não texto (Binários ção, por exemplo:
– código 8 bits). Há uma diferença interessante entre en-
viar uma mensagem de correio eletrônico e realizar trans- canaldoovidio@gmail.com
ferência de um arquivo. A mensagem é sempre transferida
como uma informação textual, enquanto a transferência de Onde, canaldoovidio é o usuário o arroba quer dizer na, o
um arquivo pode ser caracterizada como textual (ASCII) ou gmail é o servidor e o .com é a tipagem.
não-textual (binário). Para editarmos e lermos nossas mensagens eletrônicas
Um servidor FTP é um computador que roda um pro- em um único computador, sem necessariamente estarmos
grama que chamamos de servidor de FTP e, portanto, é ca- conectados à Internet no momento da criação ou leitura do
paz de se comunicar com outro computador na Rede que e-mail, podemos usar um programa de correio eletrônico.
o esteja acessando através de um cliente FTP. Existem vários deles. Alguns gratuitos, como o Mozilla Thun-
FTP anônimo versus FTP com autenticação existem derbird, outros proprietários como o Outlook Express. Os dois
dois tipos de conexão FTP, a primeira, e mais utilizada, é a programas, assim como vários outros que servem à mesma
conexão anônima, na qual não é preciso possuir um user- finalidade, têm recursos similares. Apresentaremos os recur-
name ou password (senha) no servidor de FTP, bastando sos dos programas de correio eletrônico através do Outlook
apenas identificar-se como anonymous (anônimo). Neste Express que também estão presentes no Mozilla Thunderbird.
caso, o que acontece é que, em geral, a árvore de diretório Um conhecimento básico que pode tornar o dia a dia com
que se enxerga é uma sub-árvore da árvore do sistema. Isto o Outlook muito mais simples é sobre os atalhos de teclado
é muito importante, porque garante um nível de segurança para a realização de diversas funções dentro do Outlook. Para
adequado, evitando que estranhos tenham acesso a todas você começar os seus estudos, anote alguns atalhos simples.
as informações da empresa. Quando se estabelece uma co- Para criar um novo e-mail, basta apertar Ctrl + Shift + M e
nexão de “FTP anônimo”, o que acontece em geral é que a para excluir uma determinada mensagem aposte no atalho
conexão é posicionada no diretório raiz da árvore de dire- Ctrl + D. Levando tudo isso em consideração inclua os ata-
tórios. Dentre os mais comuns estão: pub, etc, outgoing e lhos de teclado na sua rotina de estudos e vá preparado
incoming. O segundo tipo de conexão envolve uma auten- para o concurso com os principais na cabeça.
45
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Uma das funcionalidades mais úteis do Outlook para profissionais que compartilham uma mesma área é o comparti-
lhamento de calendário entre membros de uma mesma equipe.
Por isso mesmo é importante que você tenha o conhecimento da técnica na hora de fazer uma prova de concurso
que exige os conhecimentos básicos de informática, pois por ser uma função bastante utilizada tem maiores chances de
aparecer em uma ou mais questões.
O calendário é uma ferramenta bastante interessante do Outlook que permite que o usuário organize de forma com-
pleta a sua rotina, conseguindo encaixar tarefas, compromissos e reuniões de maneira organizada por dia, de forma a ter
um maior controle das atividades que devem ser realizadas durante o seu dia a dia.
Dessa forma, uma funcionalidade do Outlook permite que você compartilhe em detalhes o seu calendário ou parte dele
com quem você desejar, de forma a permitir que outra pessoa também tenha acesso a sua rotina, o que pode ser uma ótima
pedida para profissionais dentro de uma mesma equipe, principalmente quando um determinado membro entra de férias.
Para conseguir utilizar essa função basta que você entre em Calendário na aba indicada como Página Inicial. Feito isso,
basta que você clique em Enviar Calendário por E-mail, que vai fazer com que uma janela seja aberta no seu Outlook.
Nessa janela é que você vai poder escolher todas as informações que vão ser compartilhadas com quem você deseja,
de forma que o Outlook vai formular um calendário de forma simples e detalhada de fácil visualização para quem você
deseja enviar uma mensagem.
Nos dias de hoje, praticamente todo mundo que trabalha dentro de uma empresa tem uma assinatura própria para
deixar os comunicados enviados por e-mail com uma aparência mais profissional.
Dessa forma, é considerado um conhecimento básico saber como criar assinaturas no Outlook, de forma que este con-
teúdo pode ser cobrado em alguma questão dentro de um concurso público.
Por isso mesmo vale a pena inserir o tema dentro de seus estudos do conteúdo básico de informática para a sua pre-
paração para concurso. Ao contrário do que muita gente pensa, a verdade é que todo o processo de criar uma assinatura é
bastante simples, de forma que perder pontos por conta dessa questão em específico é perder pontos à toa.
Para conseguir criar uma assinatura no Outlook basta que você entre no menu Arquivo e busque pelo botão de Opções.
Lá você vai encontrar o botão para E-mail e logo em seguida o botão de Assinaturas, que é onde você deve clicar. Feito isso,
você vai conseguir adicionar as suas assinaturas de maneira rápida e prática sem maiores problemas.
No Outlook Express podemos preparar uma mensagem através do ícone Criar e-mail, demonstrado na figura acima, ao
clicar nessa imagem aparecerá a tela a seguir:
Para: deve ser digitado o endereço eletrônico ou o contato registrado no Outlook do destinatário da mensagem. Cam-
po obrigatório.
Cc: deve ser digitado o endereço eletrônico ou o contato registrado no Outlook do destinatário que servirá para ter
ciência desse e-mail.
46
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
47
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
- Integridade – especificidade que assegura que a in- - Protocolos seguros: Uso de protocolos que ga-
formação manipulada mantenha todas as características rantem um grau de segurança e usam alguns dos
autênticas estabelecidas pelo proprietário da informação, mecanismos citados.
incluindo controle de mudanças e garantia do seu ciclo de
vida (nascimento, manutenção e destruição). Mecanismos de encriptação
- Disponibilidade – especificidade que assegura que a
informação esteja sempre disponível para o uso legítimo, A criptografia vem, originalmente, da fusão en-
ou seja, por aqueles usuários que têm autorização pelo tre duas palavras gregas:
proprietário da informação. • CRIPTO = ocultar, esconder.
- Autenticidade – especificidade que assegura que a • GRAFIA= escrever
informação é proveniente da fonte anunciada e que não foi Criptografia é a ciência de escrever em cifra ou
alvo de mutações ao longo de um processo. em códigos. Ou seja, é um conjunto de técnicas
- Irretratabilidade ou não repúdio – especificidade que que tornam uma mensagem ininteligível, e permi-
assegura a incapacidade de negar a autoria em relação a te apenas que o destinatário que saiba a chave de
uma transação feita anteriormente. encriptação possa decriptar e ler a mensagem com
clareza.
Mecanismos de segurança Permitema transformação reversível dainforma-
ção de forma a torná-la ininteligível a terceiros. Uti-
O suporte para as orientações de segurança pode ser liza-se para isso, algoritmos determinados e uma
encontrado em: chave secreta para,a partir de um conjunto de da-
Controles físicos: são barreiras que limitam o contato dos não encriptados,produzir uma continuação de
ou acesso direto a informação ou a infraestrutura (que as- dados encriptados. A operação inversa é a desen-
segura a existência da informação) que a suporta. criptação.
Controles lógicos: são bloqueios que impedem ou limi-
tam o acesso à informação, que está em ambiente contro- Existem dois tipos de chave: a chave pública e a
lado, geralmente eletrônico, e que, de outro modo, ficaria chave privada.
exibida a alteração não autorizada por elemento mal-in-
tencionado. A chave pública é usada para codificar as infor-
Existem mecanismos de segurança que sustentam os mações, e a chave privada é usada para decodificar.
controles lógicos: Dessa forma, na pública, todos têm acesso, mas
para ‘abrir ’ os dados da informação, que aparente-
- Mecanismos de cifração ou encriptação: Permitem a mente não tem sentido, é preciso da chave privada,
modificação da informação de forma a torná-la ininteligível que apenas o emissor e receptor original possui.
a terceiros. Utiliza-se para isso, algoritmos determinados e Hoje, a criptografia pode ser considerada um
uma chave secreta para, a partir de um conjunto de dados método 100% seguro, pois, quem a utiliza para en-
não criptografados, produzir uma sequência de dados crip- viar e-mails e proteger seus arquivos, estará prote-
tografados. A operação contrária é a decifração. gido contra fraudes e tentativas de invasão.
- Assinatura digital: Um conjunto de dados criptogra- Os termos ‘chave de 64 bits’ e ‘chave de 128 bits’
fados, agregados a um documento do qual são função, são usados para expressar o tamanho da chave, ou
garantindo a integridade e autenticidade do documento seja, quanto mais bits forem utilizados, mais segura
associado, mas não ao resguardo das informações. será essa criptografia.
- Mecanismos de garantia da integridade da informa- Um exemplo disso é se um algoritmo usa um
ção: Usando funções de “Hashing” ou de checagem, é ga- chave de 8 bits, apenas 256 chaves poderão ser usa-
rantida a integridade através de comparação do resultado das para decodificar essa informação, pois 2 eleva-
do teste local com o divulgado pelo autor. do a 8 é igual a 256. Assim, um terceiro pode tentar
- Mecanismos de controle de acesso: Palavras-chave, gerar 256 tentativas de combinações e decodificar
sistemas biométricos, firewalls, cartões inteligentes. a mensagem, que mesmo sendo uma tarefa difícil,
- Mecanismos de certificação: Atesta a validade de um não é impossível. Portanto, quanto maior o número
documento. de bits, maior segurança terá a criptografia.
- Integridade: Medida em que um ser viço/infor- Existem dois tipos de chaves criptográficas, as chaves
mação é autêntico, ou seja, está protegido contra a simétricas e as chaves assimétricas
entrada por intrusos. Chave Simétrica é um tipo de chave simples, que é usa-
- Honeypot: É uma ferramenta que tem a função da para a codificação e decodificação. Entre os algoritmos
de proposital de simular falhas de segurança de um que usam essa chave, estão:
sistema e obter informações sobre o invasor enga- - DES (Data Encryption Standard): Faz uso de chaves de
nando-o, e fazendo-o pensar que esteja de fato ex- 56 bits, que corresponde à aproximadamente 72 quatrilhões
plorando uma fraqueza daquele sistema. É uma es- de combinações. Mesmo sendo um número extremamente
pécie de armadilha para invasores. O HoneyPot não elevado, em 1997, quebraram esse algoritmo através do mé-
oferece forma alguma de proteção. todo de ‘tentativa e erro’, em um desafio na internet.
48
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
- RC (Ron’sCode ou RivestCipher): É um algoritmo muito saber, um programa que envia dados sigilosos para a in-
utilizado em e-mails e usa chaves de 8 a 1024 bits. Além ternet, uma tentativa de acesso à rede a partir de compu-
disso, ele tem várias versões que diferenciam uma das ou- tadores externos não autorizados, entre outros.
tras pelo tamanho das chaves. Você já sabe que um firewall atua como uma espé-
- EAS (AdvancedEncryption Standard): Atualmente é um cie de barreira que verifica quais dados podem passar ou
dos melhores e mais populares algoritmos de criptogra- não. Esta tarefa só pode ser feita mediante o estabeleci-
fia. É possível definir o tamanho da chave como sendo de mento de políticas, isto é, de regras estabelecidas pelo
128bits, 192bits ou 256bits. usuário.
- IDEA (International Data EncryptionAlgorithm): É um Em um modo mais restritivo, um firewall pode ser
algoritmo que usa chaves de 128 bits, parecido com o DES. configurado para bloquear todo e qualquer tráfego no
Seu ponto forte é a fácil execução de software. computador ou na rede. O problema é que esta condi-
As chaves simétricas não são absolutamente seguras ção isola este computador ou esta rede, então pode-se
quando referem-se às informações extremamente valiosas, criar uma regra para que, por exemplo, todo aplicativo
principalmente pelo emissor e o receptor precisarem ter o aguarde autorização do usuário ou administrador para
conhecimento da mesma chave. Dessa forma, a transmissão ter seu acesso liberado. Esta autorização poderá inclusive
pode não ser segura e o conteúdo pode chegar a terceiros. ser permanente: uma vez dada, os acessos seguintes se-
rão automaticamente permitidos.
Chave Assimétrica utiliza duas chaves: a privada e a pú- Em um modo mais versátil, um firewall pode ser con-
blica. Elas se sintetizam da seguinte forma: a chave pública figurado para permitir automaticamente o tráfego de de-
para codificar e a chave privada para decodificar, conside- terminados tipos de dados, como requisições HTTP (veja
rando-se que a chave privada é secreta. Entre os algoritmos mais sobre esse protocolo no ítem 7), e bloquear outras,
utilizados, estão: como conexões a serviços de e-mail.
- RSA (Rivest, ShmirandAdleman): É um dos algoritmos Perceba, como estes exemplos, que as políticas de
de chave assimétrica mais usados, em que dois números um firewall são baseadas, inicialmente, em dois princí-
primos (aqueles que só podem ser divididos por 1 e por pios: todo tráfego é bloqueado, exceto o que está expli-
eles mesmos) são multiplicados para a obter um terceiro citamente autorizado; todo tráfego é permitido, exceto o
valor. Assim, é preciso fazer fatoração, que significa desco- que está explicitamente bloqueado.
brir os dois primeiros números a partir do terceiro, sendo Firewalls mais avançados podem ir além, direcionan-
um cálculo difícil. Assim, se números grandes forem utili- do determinado tipo de tráfego para sistemas de segu-
zados, será praticamente impossível descobrir o código. A rança internos mais específicos ou oferecendo um refor-
chave privada do RSA são os números que são multiplica- ço extraem procedimentos de autenticação de usuários,
dos e a chave pública é o valor que será obtido. por exemplo.
- ElGamal: Utiliza-se do ‘logaritmo discreto’, que é um O trabalho de um firewall pode ser realizado de várias
problema matemático que o torna mais seguro. É muito formas. O que define uma metodologia ou outra são fa-
usado em assinaturas digitais. tores como critérios do desenvolvedor, necessidades es-
pecíficas do que será protegido, características do siste-
Segurança na internet; vírus de computadores; Spywa- ma operacional que o mantém, estrutura da rede e assim
re; Malware; Phishing; Worms e pragas virtuais e Aplica- por diante. É por isso que podemos encontrar mais de
tivos para segurança (antivírus, firewall e antispyware) um tipo de firewall. A seguir, os mais conhecidos.
49
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
normalmente, a internet. Geralmente instalados em servidores potentes por precisarem lidar com um grande número de
solicitações, firewalls deste tipo são opções interessantes de segurança porque não permitem a comunicação direta entre
origem e destino.
A imagem a seguir ajuda na compreensão do conceito. Perceba que em vez de a rede interna se comunicar diretamente
com a internet, há um equipamento entre ambos que cria duas conexões: entre a rede e o proxy; e entre o proxy e a internet.
Observe:
Perceba que todo o fluxo de dados necessita passar pelo proxy. Desta forma, é possível, por exemplo, estabelecer regras
que impeçam o acesso de determinados endereços externos, assim como que proíbam a comunicação entre computadores
internos e determinados serviços remotos.
Este controle amplo também possibilita o uso do proxy para tarefas complementares: o equipamento pode registrar
o tráfego de dados em um arquivo de log; conteúdo muito utilizado pode ser guardado em uma espécie de cache (uma
página Web muito acessada fica guardada temporariamente no proxy, fazendo com que não seja necessário requisitá-la no
endereço original a todo instante, por exemplo); determinados recursos podem ser liberados apenas mediante autentica-
ção do usuário; entre outros.
A implementação de um proxy não é tarefa fácil, haja visto a enorme quantidade de serviços e protocolos existentes
na internet, fazendo com que, dependendo das circunstâncias, este tipo de firewall não consiga ou exija muito trabalho de
configuração para bloquear ou autorizar determinados acessos.
Proxy transparente: No que diz respeito a limitações, é conveniente mencionar uma solução chamada de proxy trans-
parente. O proxy “tradicional”, não raramente, exige que determinadas configurações sejam feitas nas ferramentas que
utilizam a rede (por exemplo, um navegador de internet) para que a comunicação aconteça sem erros. O problema é, de-
pendendo da aplicação, este trabalho de ajuste pode ser inviável ou custoso.
O proxy transparente surge como uma alternativa para estes casos porque as máquinas que fazem parte da rede não
precisam saber de sua existência, dispensando qualquer configuração específica. Todo acesso é feito normalmente do clien-
te para a rede externa e vice-versa, mas o proxy transparente consegue interceptá-lo e responder adequadamente, como
se a comunicação, de fato, fosse direta.
É válido ressaltar que o proxy transparente também tem lá suas desvantagens, por exemplo: um proxy «normal» é capaz
de barrar uma atividade maliciosa, como um malware enviando dados de uma máquina para a internet; o proxy transpa-
rente, por sua vez, pode não bloquear este tráfego. Não é difícil entender: para conseguir se comunicar externamente, o
malware teria que ser configurado para usar o proxy «normal» e isso geralmente não acontece; no proxy transparente não
há esta limitação, portanto, o acesso aconteceria normalmente.
Limitações dos firewalls
Firewalls têm lá suas limitações, sendo que estas variam conforme o tipo de solução e a arquitetura utilizada. De fato,
firewalls são recursos de segurança bastante importantes, mas não são perfeitos em todos os sentidos, seguem abaixo
algumas dessas limitações:
- Um firewall pode oferecer a segurança desejada, mas comprometer o desempenho da rede (ou mesmo de um com-
putador). Esta situação pode gerar mais gastos para uma ampliação de infraestrutura capaz de superar o problema;
- A verificação de políticas tem que ser revista periodicamente para não prejudicar o funcionamento de novos serviços;
- Novos serviços ou protocolos podem não ser devidamente tratados por proxies já implementados;
- Um firewall pode não ser capaz de impedir uma atividade maliciosa que se origina e se destina à rede interna;
- Um firewall pode não ser capaz de identificar uma atividade maliciosa que acontece por descuido do usuário - quando
este acessa um site falso de um banco ao clicar em um link de uma mensagem de e-mail, por exemplo;
50
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
- Firewalls precisam ser “vigiados”. Malwares ou ata- Então, antivírus são os programas criados para manter
cantes experientes podem tentar descobrir ou explorar seu computador seguro, protegendo-o de programas ma-
brechas de segurança em soluções do tipo; liciosos, com o intuito de estragar, deletar ou roubar dados
- Um firewall não pode interceptar uma conexão que de seu computador.
não passa por ele. Se, por exemplo, um usuário acessar a Ao pesquisar sobre antivírus para baixar, sempre es-
internet em seu computador a partir de uma conexão 3G colha os mais famosos, ou conhecidos, pois hackers estão
( justamente para burlar as restrições da rede, talvez), o fi- usando este mercado para enganar pessoas com falsos
rewall não conseguirá interferir. softwares, assim, você instala um “antivírus” e deixa seu
computador vulnerável aos ataques.
SISTEMA ANTIVÍRUS. E esses falsos softwares estão por toda parte, cuidado
ao baixar programas de segurança em sites desconhecidos,
e divulgue, para que ninguém seja vítima por falta de in-
Qualquer usuário já foi, ou ainda é vítima dos vírus,
formação.
spywares, trojans, entre muitos outros. Quem que nunca
Os vírus que se anexam a arquivos infectam também
precisou formatar seu computador?
todos os arquivos que estão sendo ou e serão executados.
Os vírus representam um dos maiores problemas para Alguns às vezes recontaminam o mesmo arquivo tantas
usuários de computador. Para poder resolver esses proble- vezes e ele fica tão grande que passa a ocupar um espaço
mas, as principais desenvolvedoras de softwares criaram o considerável (que é sempre muito precioso) em seu disco.
principal utilitário para o computador, os antivírus, que são Outros, mais inteligentes, se escondem entre os espaços do
programas com o propósito de detectar e eliminar vírus e programa original, para não dar a menor pista de sua exis-
outros programas prejudiciais antes ou depois de ingressar tência.
no sistema. Cada vírus possui um critério para começar o ataque
Os vírus, worms, Trojans, spyware são tipos de progra- propriamente dito, onde os arquivos começam a ser apa-
mas de software que são implementados sem o consenti- gados, o micro começa a travar, documentos que não são
mento (e inclusive conhecimento) do usuário ou proprie- salvos e várias outras tragédias. Alguns apenas mostram
tário de um computador e que cumprem diversas funções mensagens chatas, outros mais elaborados fazem estragos
nocivas para o sistema. Entre elas, o roubo e perda de da- muitos grandes.
dos, alteração de funcionamento, interrupção do sistema e
propagação para outros computadores. Existe uma variedade enorme de softwares antivírus
Os antivírus são aplicações de software projetadas no mercado. Independente de qual você usa, mantenha-o
como medida de proteção e segurança para resguardar sempre atualizado. Isso porque surgem vírus novos todos
os dias e seu antivírus precisa saber da existência deles para
os dados e o funcionamento de sistemas informáticos ca-
proteger seu sistema operacional.
seiros e empresariais de outras aplicações conhecidas co-
A maioria dos softwares antivírus possuem serviços de
munmente como vírus ou malware que tem a função de atualização automática. Abaixo há uma lista com os anti-
alterar, perturbar ou destruir o correto desempenho dos vírus mais conhecidos:
computadores. Norton AntiVirus - Symantec - www.symantec.com.br -
Um programa de proteção de vírus tem um funciona- Possui versão de teste.
mento comum que com frequência compara o código de McAfee - McAfee - http://www.mcafee.com.br - Possui
cada arquivo que revisa com uma base de dados de códi- versão de teste.
gos de vírus já conhecidos e, desta maneira, pode deter- AVG - Grisoft - www.grisoft.com - Possui versão paga e
minar se trata de um elemento prejudicial para o sistema. outra gratuita para uso não comercial (com menos funcio-
Também pode reconhecer um comportamento ou padrão nalidades).
de conduta típica de um vírus. Os antivírus podem regis-
trar tanto os arquivos encontrados dentro do sistema como Panda Antivírus - Panda Software - www.pandasoftware.
aqueles que procuram ingressar ou interagir com o mesmo. com.br - Possui versão de teste.
Como novos vírus são criados de maneira quase cons-
tante, sempre é preciso manter atualizado o programa an- É importante frisar que a maioria destes desenvolvedo-
tivírus de maneira de que possa reconhecer as novas ver- res possuem ferramentas gratuitas destinadas a remover ví-
sões maliciosas. Assim, o antivírus pode permanecer em rus específicos. Geralmente, tais softwares são criados para
execução durante todo tempo que o sistema informático combater vírus perigosos ou com alto grau de propagação.
permaneça ligado, ou registrar um arquivo ou série de ar-
quivos cada vez que o usuário exija. Normalmente, o an-
tivírus também pode verificar e-mails e sites de entrada e
saída visitados.
Um antivírus pode ser complementado por outros apli-
cativos de segurança, como firewalls ou anti-spywares que
cumprem funções auxiliares para evitar a entrada de vírus.
51
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Tipos de Vírus
Cavalo-de-Tróia: A denominação “Cavalo de Tróia” (Trojan Horse) foi atribuída aos programas que permitem a
invasão de um computador alheio com espantosa facilidade. Nesse caso, o termo é análogo ao famoso artefato militar
fabricado pelos gregos espartanos. Um “amigo” virtual presenteia o outro com um “presente de grego”, que seria um
aplicativo qualquer. Quando o leigo o executa, o pro- grama atua de forma diferente do que era esperado.
Ao contrário do que é erroneamente informado na mídia, que classifica o Cavalo de Tróia como um vírus, ele não se
reproduz e não tem nenhuma comparação com vírus de computador, sendo que seu objetivo é totalmente diverso. Deve-se
levar em consideração, também, que a maioria dos antivírus faz a sua detecção e os classificam como tal. A expressão “Trojan”
deve ser usada, exclusivamente, como definição para programas que capturam dados sem o conhecimento do usuário.
O Cavalo de Tróia é um programa que se aloca como um ar- quivo no computador da vítima. Ele tem o intuito de roubar
informações como passwords, logins e quaisquer dados, sigilosos ou não, mantidos no micro da vítima. Quando a máquina
contaminada por um Trojan conectar-se à Internet, poderá ter todas as informações contidas no HD visualizadas e cap-
turadas por um intruso qualquer. Estas visitas são feitas imperceptivelmente. Só quem já esteve dentro de um computador
alheio sabe as possibilidades oferecidas.
Worms (vermes) podem ser interpretados como um tipo de vírus mais inteligente que os demais. A principal diferença
entre eles está na forma de propagação: os worms podem se propagar rapidamente para outros computadores, seja pela
Internet, seja por meio de uma rede local. Geralmente, a contaminação ocorre de maneira discreta e o usuário só nota o
problema quando o computador apresenta alguma anormalidade. O que faz destes vírus inteligentes é a gama de possibi-
lidades de propagação. O worm pode capturar endereços de e-mail em arquivos do usuário, usar serviços de SMTP (sistema
de envio de e-mails) próprios ou qualquer outro meio que permita a contaminação de computadores (normalmente milha-
res) em pouco tempo.
Spywares, keyloggers e hijackers: Apesar de não serem necessariamente vírus, estes três nomes também represen-
tam perigo. Spywares são programas que ficam«espionando» as atividades dos internautas ou capturam informações sobre
eles. Para contaminar um computador, os spywares podem vir embutidos em softwares desconhecidos ou serem baixa- dos
automaticamente quando o internauta visita sites de conteúdo duvidoso.
Os keyloggers são pequenos aplicativos que podem vir embutidos em vírus, spywares ou softwares suspeitos, destina-
dos a capturar tudo o que é digitado no teclado. O objetivo principal, nestes casos, é capturar senhas.
Hijackers são programas ou scripts que «sequestram» navegadores de Internet, principalmente o Internet Explorer.
Quando isso ocorre, o hijacker altera a página inicial do browser e impede o usuário de mudá-la, exibe propagandas em
pop-ups ou janelas novas, instala barras de ferramentas no navegador e podem impedir acesso a determinados sites (como
sites de software antivírus, por exemplo).
Os spywares e os keyloggers podem ser identificados por programas anti-spywares. Porém, algumas destas pragas são
tão peri- gosas que alguns antivírus podem ser preparados para identificá-las, como se fossem vírus. No caso de hijackers,
muitas vezes é necessário usar uma ferramenta desenvolvida especialmente para combater aquela praga. Isso porque os
hijackers podem se infiltrar no sistema operacional de uma forma que nem antivírus nem anti-spywares conseguem “pegar”.
Hoaxes, São boatos espalhados por mensagens de correio eletrônico, que servem para assustar o usuário de computa-
dor. Uma mensagem no e-mail alerta para um novo vírus totalmente destrutivo que está circulando na rede e que infectará
o micro do destinatário enquanto a mensagem estiver sendo lida ou quando o usuário clicar em determinada tecla ou link.
52
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Quem cria a mensagem hoax normalmente costuma dizer dos todas as noites quando talvez 10 gigabytes de dados
que a informação partiu de uma empresa confiável, como foram alterados não é uma boa prática; por este motivo os
IBM e Microsoft, e que tal vírus poderá danificar a máquina backups incrementais foram criados.
do usuário. Desconsidere a mensagem. Já os backups incrementais primeiro verificam se o ho-
rário de alteração de um arquivo é mais recente que o ho-
Backup de arquivos rário de seu último backup, por exemplo, já atuei em uma
Instituição, onde todos os backups eram programados para
O Backup ajuda a proteger os dados de exclusão aci- a quarta-feira.
dentais, ou até mesmo de falhas, por exemplo se os dados A vantagem principal em usar backups incrementais
originais do disco rígido forem apagados ou substituídos é que rodam mais rápido que os backups completos. A
acidentalmente ou se ficarem inacessíveis devido a um de- principal desvantagem dos backups incrementais é que
feito do disco rígido, você poderá restaurar facilmente os para restaurar um determinado arquivo, pode ser neces-
dados usando a cópia arquivada. sário procurar em um ou mais backups incrementais até
encontrar o arquivo. Para restaurar um sistema de arquivo
4.1. Tipos de Backup completo, é necessário restaurar o último backup completo
Fazer um backup é simples. Basta copiar os arquivos e todos os backups incrementais subsequentes. Numa ten-
que você usa para outro lugar e pronto, está feito o backup. tativa de diminuir a necessidade de procurar em todos os
Mas e se eu alterar um arquivo? E se eu excluir acidental- backups incrementais, foi implementada uma tática ligeira-
mente um arquivo? E se o arquivo atual corrompeu? Bem, mente diferente. Esta é conhecida como backup diferencial.
é aí que a coisa começa a ficar mais legal. É nessa hora que Os backups diferenciais, também só copia arquivos al-
entram as estratégias de backup. terados desde o último backup, mas existe uma diferen-
Se você perguntar a alguém que não é familiarizado ça, ele mapeia as alterações em relação ao último backup
com backups, a maioria pensará que um backup é somen- completo, importante mencionar que essa técnica ocasio-
te uma cópia idêntica de todos os dados do computador. na o aumento progressivo do tamanho do arquivo.
Em outras palavras, se um backup foi criado na noite de Os backups delta sempre armazena a diferença entre as
terça-feira, e nada mudou no computador durante o dia versões correntes e anteriores dos arquivos, começando a par-
todo na quarta-feira, o backup criado na noite de quarta tir de um backup completo e, a partir daí, a cada novo backup
seria idêntico àquele criado na terça. Apesar de ser possí-
são copiados somente os arquivos que foram alterados en-
vel configurar backups desta maneira, é mais provável que
quanto são criados hardlinks para os arquivos que não foram
você não o faça. Para entender mais sobre este assunto,
alterados desde o último backup. Esta é a técnica utilizada pela
devemos primeiro entender os tipos diferentes de backup
Time Machine da Apple e por ferramentas como o rsync.
que podem ser criados. Estes são:
• Backups completos;
4.2. Mídias
• Backups incrementais;
A fita foi o primeiro meio de armazenamento de dados
• Backups diferenciais;
removível amplamente utilizado. Tem os benefícios de custo
• Backups delta;
O backup completo é simplesmente fazer a cópia de baixo e uma capacidade razoavelmente boa de armazena-
todos os arquivos para o diretório de destino (ou para os mento. Entretanto, a fita tem algumas desvantagens. Ela está
dispositivos de backup correspondentes), independente sujeita ao desgaste e o acesso aos dados na fita é sequen-
de versões anteriores ou de alterações nos arquivos des- cial por natureza. Estes fatores significam que é necessário
de o último backup. Este tipo de backup é o tradicional manter o registro do uso das fitas (aposentá-las ao atingirem
e a primeira ideia que vêm à mente das pessoas quando o fim de suas vidas úteis) e também que a procura por um
pensam em backup: guardar TODAS as informações. Outra arquivo específico nas fitas pode ser uma tarefa longa.
característica do backup completo é que ele é o ponto de Ultimamente, os drives de disco nunca seriam usados
início dos outros métodos citados abaixo. Todos usam este como um meio de backup. No entanto, os preços de ar-
backup para assinalar as alterações que deverão ser salvas mazenamento caíram a um ponto que, em alguns casos,
em cada um dos métodos. usar drives de disco para armazenamento de backup faz
Este tipo consiste no backup de todos os arquivos sentido. A razão principal para usar drives de disco como
para a mídia de backup. Conforme mencionado anterior- um meio de backup é a velocidade. Não há um meio de
mente, se os dados sendo copiados nunca mudam, cada armazenamento em massa mais rápido. A velocidade pode
backup completo será igual aos outros. Esta similaridade ser um fator crítico quando a janela de backup do seu cen-
ocorre devido ao fato que um backup completo não veri- tro de dados é curta e a quantidade de dados a serem co-
fica se o arquivo foi alterado desde o último backup; copia piados é grande.
tudo indiscriminadamente para a mídia de backup, tendo O armazenamento deve ser sempre levado em con-
modificações ou não. Esta é a razão pela qual os backups sideração, onde o administrador desses backups deve se
completos não são feitos o tempo todo Todos os arquivos preocupar em encontrar um equilíbrio que atenda adequa-
seriam gravados na mídia de backup. Isto significa que uma damente às necessidades de todos, e também assegurar
grande parte da mídia de backup é usada mesmo que nada que os backups estejam disponíveis para a pior das situa-
tenha sido alterado. Fazer backup de 100 gigabytes de da- ções.
53
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Após todas as técnicas de backups estarem efetivadas pode contratar um produto aderente às suas necessidades
deve-se garantir os testes para que com o passar do tempo de utilização e, dependendo da evolução da massa de da-
não fiquem ilegíveis. dos da empresa, contratar um serviço com menor ou maior
capacidade conforme sua demanda. O usuário comum, por
4.3. Recomendações para proteger seus backups exemplo, pode não possuir capacidade de armazenamento
adequada em seu computador e utilizar armazenamento
Fazer backups é uma excelente prática de segurança de dados na nuvem de acordo com a sua conveniência,
básica. Agora lhe damos conselhos simples para que você baixando os dados quando necessário.
esteja a salvo no dia em que precisar deles: Acessibilidade: o acesso aos dados pode ser realiza-
1. Tenha seus backups fora do PC, em outro escritório, do em qualquer ambiente interno ou externo, em diversos
e, se for possível, em algum recipiente à prova de incên- tipos de equipamento, desde que atendidos os requisitos
dios, como os cofres onde você guarda seus documentos e de segurança. Em geral, no ambiente de empresa comum,
valores importantes. os dados podem ser acessados unicamente dentro da em-
2. Faça mais de uma cópia da sua informação e as man- presa. Para usuários comuns, normalmente os dados eram
tenha em lugares separados. armazenados em um único computador, sendo necessá-
3. Estabeleça uma idade máxima para seus backups, é rio utilizar pendrives e CDs para copiar dados. Atualmente,
melhor comprimir os arquivos que já sejam muito antigos com os serviços em nuvem, o usuário pode utilizar dados
(quase todos os programas de backup contam com essa no seu computador e posteriormente usar/modificar os
opção), assim você não desperdiça espaço útil. mesmos dados em um tablet ou smartphone.
4. Proteja seus backups com uma senha, de maneira Segurança e recuperação de dados: os dados arma-
que sua informação fique criptografada o suficiente para zenados na nuvem, por estar em um ambiente em geral
que ninguém mais possa acessá-la. Se sua informação é mais seguro, são mais difíceis de serem acessados ou apa-
importante para seus entes queridos, implemente alguma gados por terceiros. Também possuem mais garantias con-
forma para que eles possam saber a senha se você não tra apagamento acidental. Desta forma, em caso de perda
estiver presente. de dados de um computador de uma empresa ou de uma
pessoa, é mais fácil recuperar os dados armazenados na
Cloud Storage (Armazenamento na Nuvem) nuvem.
Compartilhamento: em geral, os serviços de arma-
Modelo de armazenamento de dados, baseado no mo- zenamento na nuvem possuem políticas de segurança
e acesso que permitem que o dono de um conjunto de
delo de computação em nuvem, no qual os dados (arqui-
dados possa compartilhar quais dados podem ser vistos e
vos, textos, imagens, vídeos, etc.) de uma pessoa ou de uma
quais dados podem ser alterados. Este compartilhamento
empresa são armazenados em ambientes de terceiros (ge-
pode ser realizado de diferentes formas para diferentes ti-
ralmente empresas que possuem armazéns de dados ade-
pos de usuários.
quados para armazenar e gerenciar grandes volumes de
dados). O usuário que utiliza este serviço não depende
Desvantagens do armazenamento em nuvem
de possuir uma infraestrutura de hardware e software, de-
Disponibilidade da rede de computadores: nos ca-
legando a um terceiro esta responsabilidade mediante o sos em que a rede em questão não estiver em operação
pagamento do serviço. O acesso aos dados armazenados ou não puder ser acessada, os dados podem não ser facil-
na nuvem (tanto para guardar como para obter os dados mente acessíveis.
posteriormente) é realizado através de aplicativos que uti-
lizam uma rede de computadores (comumente a Internet) Privacidade dos dados: comumente, empresas que
para acessar os armazéns de dados do provedor de serviço. fornecem serviços de armazenamento na nuvem possuem
A diferença básica entre o armazenamento em nuvem políticas rígidas de manipulação e acesso aos dados. Po-
para usuários comuns e usuários corporativos envolve não rém, nunca há garantia que eles não acessem e leiam os
apenas o espaço oferecido (em geral, usuários comuns seus dados. Desta forma, em geral, recomenda-se que da-
utilizarão menor capacidade de armazenamento do que dos sensíveis não sejam armazenados na nuvem.
usuários corporativos), mas também envolve os tipos de
ferramentas integradas, políticas de segurança e outros re- Alguns serviços de armazenamento em nuvem
cursos. Usuários comuns
Amazon S3
Vantagens do armazenamento em nuvem Google Drive
As principais vantagens do armazenamento em nuvem OneDrive
são: Usuários corporativos
A empresa ou pessoa não necessita possuir hardwa- Amazon Web Services
re ou software complexo para armazenar os dados den- Google Cloud Storage
tro da empresa: a criação e manutenção de recursos com- Windows Azure
putacionais de uma empresa podem ser elevados e passar,
boa parte do tempo, abaixo de sua capacidade de utiliza- Fonte: http://www.revistabw.com.br/revistabw/infor-
ção. Ao contratar o armazenamento em nuvem, a empresa matica-cloud-storage/
54
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
55
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
O que é um servidor remoto? Servidores remotos são midamente, podemos entendê-la como a migração da tec-
computadores que dedicam parcial ou integralmente a sua nologia Internet para dentro de uma empresa. Neste caso,
memória aos programas que chamamos de servidores. podemos imaginar que os funcionários desta empresa se-
Pelo fato destes computadores não serem o seu compu- rão, certamente, usuários freqüentes de FTP.
tador local - aquele que está em seu trabalho, seu quarto Nesta nova filosofia de trabalho, o conceito de mirror
ou em um laboratório de sua universidade, é que os cha- pode ser muito bem aplicado. Imagine que cada computa-
mamos de remoto, indicando que estão em algum outro dor da empresa precise dos clientes instalados, por exem-
ponto remoto da Rede. plo, browsers, e-mail, etc. Seria interessante que ao invés
Quem até hoje em sua vida só viu micros PCs Windows de cada funcionário acessar a Internet para buscá-los, fosse
ou Macs, não deve esqueçer que a Rede Mãe é uma gran- criado um local no servidor da rede local, no qual todos os
de coleção de computadores de todos os tipos. Cada qual softwares mais utilizados fossem espelhados. Com certeza
com suas particularidades e, portanto, com características a economia de tempo seria significativa.
diferentes. Logo, um servidor remoto pode ser qualquer
tipo de computador, basta que nele exista um programa FTP anônimo versus FTP com autenticação
que o caracterize como servidor de alguma coisa, por Existem dois tipos de conexão FTP. A primeira, e mais
exemplo, FTP. utilizada, é a conexão anônima, na qual não é preciso pos-
O que é um servidor de FTP? É um computador que suir um user name ou password (senha) no servidor de FTP,
roda um programa que chamamos de servidor de FTP e, bastando apenas identificar-se como anonymous (anôni-
portanto, é capaz de se comunicar com outro computador mo).
na Rede que o esteja acessando através de um cliente FTP. Neste caso, o que acontece é que, em geral, a árvore
de diretório que se enxerga é uma sub-árvore da árvore do
Mas afinal de contas: o que é um servidor? E um sistema. Isto é muito importante, porque garante um nível
cliente? de segurança adequado, evitando que estranhos tenham
Como tudo na Internet gira em torna do que chama- acesso a todas as informações da empresa. Quando se es-
mos de arquitetura cliente-servidor, quando você instala tabelece uma conexão de “FTP anônimo”, o que acontece
um programa que seja alguma aplicação para Internet, em geral é que a conexão é posicionada no diretório raiz
você obrigatoriamente estará instalando uma aplicação da árvore de diretórios. Dentre os mais comuns estão: pub,
etc, outgoing e incoming.
cliente ou uma aplicação servidor.
O segundo tipo de conexão envolve uma autenticação,
Chamamos de cliente porque a aplicação se comunica
e portanto, é indispensável que o usuário possua um user
através de solicitações de serviço. Por outro lado, podemos
name e uma password que sejam reconhecidas pelo siste-
entender uma aplicação servidora como quem atenderá a
ma, quer dizer, ter uma conta nesse servidor. Neste caso, ao
estas solicitações e prestará o serviço adequado. Por exem-
estabelecer uma conexão, o posicionamento é no diretório
plo: quando você instala o browser Mozilla Firefox em seu
criado para a conta do usuário - diretório home, e dali ele
computador, você está instalando o lado cliente da arquite-
poderá percorrer toda a árvore do sistema, mas só escrever
tura. Completando esta arquitetura, existe, em algum outro e ler arquivos nos quais ele possua permissão.
ponto da Rede, um computador que tem instalada e exe-
cutando a parte servidora. Alguns sites interessantes para FTP anônimo
Deste modo, ao se conectar à Internet, você pode es- ftp://ftp.sausage.com: arquivos sobre o editor HTML
perar que a parte servidora esteja sempre disponível e se HotDog
encontre em um endereço bem conhecido. Caso contrário, ftp://ftp.microsoft.com: arquivos sobre software, docu-
a parte cliente não saberá encontrar o servidor. mentação e outros
Mirrors, por que eles existem? A cada dia a Internet ga- ftp://ftp.shareware.com: arquivos variados sobre soft-
nha uma dimensão tão grande, que muitas vezes é interes- ware shareware
sante replicar as informações em diversos computadores ftp://ftp.qualcomm.com: arquivos sobre Eudora, e ou-
ao redor do mundo de modo que a performance do acesso tros software produzidos pela Qualcomm
a estas informações seja melhorada pela proximidade de ftp://ftp.uwp.edu: arquivos sobre games
um mirror (espelho), que é um computador que espelha o ftp://ftp.cica.indiana.edu: arquivos diversos sobre siste-
conteúdo de um outro. mas operacionais e software em geral
Um bom exemplo é o site http://www.tucows.com a
quantidade de acessos a esse site é tão grande que eles
espalharam “espelhos” por todo mundo. Mas o que se ga- EXERCÍCIOS
nha com isto? Velocidade ao realizar uma transferência de
arquivos, pois você tem a oportunidade de sempre optar 1) (LIQUIGÁS 2012 - CESGRANRIO - ASSISTENTE AD-
por um site mais próximo de você. MINISTRATIVO) Um computador é um equipamento capaz
de processar com rapidez e segurança grande quantidade
Intranet, um mirror em potencial de informações.
Uma palavra muito comum hoje em dia é Intranet. Assim, além dos componentes de hardware, os com-
Você inclusive já teve a oportunidade de conhecer um putadores necessitam de um conjunto de softwares deno-
pouco mais sobre isso em nossa edição número 2. Resu- minado:
56
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
4) (Copergás 2016 - FCC – Técnico Operacional Segu- 8) (IBGE 2016 - FGV - Analista - Análise de Sistemas
rança do Trabalho) A ferramenta Outlook : - Desenvolvimento de Aplicações - Web Mobile) Um de-
a) é um serviço de e-mail gratuito para gerenciar todos senvolvedor Android deseja inserir a funcionalidade de
os e-mails, calendários e contatos de um usuário. backup em uma aplicação móvel para, de tempos em tem-
b) 2016 é a versão mais recente, sendo compatível com pos, armazenar dados automaticamente. A classe da API de
o Windows 10, o Windows 8.1 e o Windows 7. Backup (versão 6.0 ou superior) a ser utilizada é a:
c) permite que todas as pessoas possam ver o calendário a) BkpAgent;
de um usuário, mas somente aquelas com e-mail Outlook. b) BkpHelper;
com podem agendar reuniões e responder a convites. c) BackupManager;
d) funciona apenas em dispositivos com Windows, não d) BackupOutputData;
funcionando no iPad, no iPhone, em tablets e em telefones e) BackupDataStream.
com Android.
e) versão 2015 oferece acesso gratuito às ferramentas 9) (Prefeitura de Cristiano Otoni 2016 - INAZ do Pará
do pacote de webmail Office 356 da Microsoft. - Psicólogo) Realizar cópia de segurança é uma forma de
prevenir perda de informações. Qual é o Backup que só
5) (CRM-PI 2016 - Quadrix – Médico Fiscal) Em um efetua a cópia dos últimos arquivos que foram criados pelo
computador com o sistema operacional Windows insta- usuário ou sistema?
lado, um funcionário deseja enviar 50 arquivos, que jun- a) Backup incremental
tos totalizam 2 MB de tamanho, anexos em um e-mail. b) Backup diferencial
Para facilitar o envio, resolveu compactar esse conjunto c) Backup completo
de arquivos em um único arquivo utilizando um softwa- d) Backup Normal
re compactador. Só não poderá ser utilizado nessa tarefa e) Backup diário
o software:
57
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
11) (DEMAE/GO 2016 - UFG - Agente Administrativo) c)Monitor de memória do Windows e Diagnóstico de
Um funcionário precisa conectar um projetor multimídia a um desempenho de hardware.
computador. Qual é o padrão de conexão que ele deve usar? d)Mapeamento de Memória do Windows e Mapeamento
a) RJ11 de hardware do Windows.
b) RGB e)Diagnóstico de memória e desempenho e Diagnóstico
c) HDMI de hardware do Windows.
d) PS2
e) RJ45 17) (TRT 1ª 2013 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - EXECU-
ÇÃO DE MANDADOS) Beatriz trabalha em um escritório de
12) (SABESP 2014 - FCC - Analista de Gestão - Administração) advocacia e utiliza um computador com o Windows 7 Pro-
Correspondem, respectivamente, aos elementos placa de som, edi- fessional em português. Certo dia notou que o computador
tor de texto, modem, editor de planilha e navegador de internet: em que trabalha parou de se comunicar com a internet e com
a) software, software, hardware, software e hardware. outros computadores ligados na rede local. Após consultar
b) hardware, software, software, software e hardware. um técnico, por telefone, foi informada que sua placa de rede
c) hardware, software, hardware, hardware e software. poderia estar com problemas e foi orientada a checar o fun-
d) software, hardware, hardware, software e software. cionamento do adaptador de rede. Para isso, Beatriz entrou
e) hardware, software, hardware, software e software. no Painel de Controle, clicou na opção Hardware e Sons e, no
grupo Dispositivos e Impressoras, selecionou a opção:
13) (DEMAE/GO 2016 - UFG - Agente Administrativo) Um a) Central de redes e compartilhamento.
computador à venda em um sítio de comércio eletrônico possui b) Verificar status do computador.
3.2 GHz, 8 GB, 2 TB e 6 portas USB. Essa configuração indica que: c) Redes e conectividade.
a) a velocidade do processador é 3.2 GHz. d) Gerenciador de dispositivos.
b) a capacidade do disco rígido é 8 GB. e) Exibir o status e as tarefas de rede.
c) a capacidade da memória RAM é 2 TB.
d) a resolução do monitor de vídeo é composta de 6 por- 18) (FHEMIG 2013 - FCC - TÉCNICO EM INFORMÁTICA)
tas USB. No console do sistema operacional Linux, alguns comandos
permitem executar operações com arquivos e diretórios do
14) (IF-PA 2016 - FUNRIO - Técnico de Tecnologia da In- disco.
formação) São dispositivos ou periféricos de entrada de um Os comandos utilizados para criar, acessar e remover um
computador: diretório vazio são, respectivamente,
a) Câmera, Microfone, Projetor e Scanner. a) pwd, mv e rm.
b) Câmera, Mesa Digitalizadora, Microfone e Scanner. b) md, ls e rm.
c) Microfone, Modem, Projetor e Scanner. c) mkdir, cd e rmdir.
d) Mesa Digitalizadora, Monitor, Microfone e Projetor. d) cdir, lsdir e erase.
e) Câmera, Microfone, Modem e Scanner. e) md, cd e rd.
15) (CNJ 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - PROGRA- 19) (TRT 10ª 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ADMI-
MAÇÃO DE SISTEMAS) Acerca dos ambientes Linux e Windo- NISTRATIVA) Acerca dos conceitos de sistema operacional (am-
ws, julgue os itens seguintes.2No sistema operacional Windo- bientes Linux e Windows) e de redes de computadores, julgue
ws 8, há a possibilidade de integrar-se à denominada nuvem os itens.3Por ser um sistema operacional aberto, o Linux, com-
de computadores que fazem parte da Internet. parativamente aos demais sistemas operacionais, proporciona
a)Certo maior facilidade de armazenamento de dados em nuvem.
b)Errado a) certo
b) errado
16) (FHEMIG 2013 - FCC - TÉCNICO EM INFORMÁTICA)
Alguns programas do computador de Ana estão muito lentos 20) (TJ/RR 2012 - CESPE - AGENTE DE PROTEÇÃO) Acer-
e ela receia que haja um problema com o hardware ou com ca de organização e gerenciamento de informações, arqui-
a memória principal. Muitos de seus programas falham subi- vos, pastas e programas, de segurança da informação e de
tamente e o carregamento de arquivos grandes de imagens armazenamento de dados na nuvem, julgue os itens subse-
e vídeos está muito demorado. Além disso, aparece, com fre- quentes.1Um arquivo é organizado logicamente em uma se-
quência, mensagens indicando conflitos em drivers de dispo- quência de registros, que são mapeados em blocos de discos.
sitivos. Como ela utiliza o Windows 7, resolveu executar algu- Embora esses blocos tenham um tamanho fixo determinado
mas funções de diagnóstico, que poderão auxiliar a detectar pelas propriedades físicas do disco e pelo sistema opera-
as causas para os problemas e sugerir as soluções adequadas. cional, o tamanho do registro pode variar.
Para realizar a verificação da memória e, em se- a) certo
guida do hardware, Ana utilizou, respectivamente, as b) errado
ferramentas:
a)Diagnóstico de memória do Windows e Monitor 21) (SERGIPE GÁS S/A 2013 - FCC - ASSISTENTE TÉCNI-
de desempenho. CO ADMINISTRATIVO - RH) Paulo utiliza em seu trabalho o
b)Monitor de recursos de memória e Diagnóstico editor de texto Microsoft Word 2010 (em português) para
de conflitos do Windows. produzir os documentos da empresa. Certo dia Paulo digi-
58
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
tou um documento contendo 7 páginas de texto, porém, precisou imprimir apenas as páginas 1, 3, 5, 6 e 7. Para imprimir
apenas essas páginas, Paulo clicou no Menu Arquivo, na opção Imprimir e, na divisão Configurações, selecionou a opção
Imprimir Intervalo Personalizado. Em seguida, no campo Páginas, digitou
a) 1,3,5-7 e clicou no botão Imprimir.
b) 1;3-5;7 e clicou na opção enviar para a Impressora.
c) 1−3,5-7 e clicou no botão Imprimir.
d) 1+3,5;7 e clicou na opção enviar para a Impressora.
e) 1,3,5;7 e clicou no botão Imprimir.
22) (TRT 1ª 2013 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - EXECUÇÃO DE MANDADOS) João trabalha no departamento finan-
ceiro de uma grande empresa de vendas no varejo e, em certa ocasião, teve a necessidade de enviar a 768 clientes inadim-
plentes uma carta com um texto padrão, na qual deveria mudar apenas o nome do destinatário e a data em que deveria
comparecer à empresa para negociar suas dívidas. Por se tratar de um número expressivo de clientes, João pesquisou
recursos no Microsoft Office 2010, em português, para que pudesse cadastrar apenas os dados dos clientes e as datas em
que deveriam comparecer à empresa e automatizar o processo de impressão, sem ter que mudar os dados manualmente.
Após imprimir todas as correspondências, João desejava ainda imprimir, também de forma automática, um conjunto de
etiquetas para colar nos envelopes em que as correspondências seriam colocadas. Os recursos do Microsoft Office 2010
que permitem atender às necessidades de João são os recursos
a) para criação de mala direta e etiquetas disponíveis na guia Correspondências do Microsoft Word 2010.
b) de automatização de impressão de correspondências disponíveis na guia Mala Direta do Microsoft PowerPoint 2010.
c) de banco de dados disponíveis na guia Correspondências do Microsoft Word 2010.
d) de mala direta e etiquetas disponíveis na guia Inserir do Microsoft Word 2010.
e) de banco de dados e etiquetas disponíveis na guia Correspondências do Microsoft Excel 2010.
23) (TCE/SP 2012 - FCC - AUXILIAR DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA II) No editor de textos Writer do pacote BR Office, é
possível modificar e criar estilos para utilização no texto. Dentre as opções de Recuo e Espaçamento para um determinado
estilo, é INCORRETO afirmar que é possível alterar um valor para
a) recuo da primeira linha.
b) recuo antes do texto.
c) recuo antes do parágrafo.
d) espaçamento acima do parágrafo.
e) espaçamento abaixo do parágrafo.
24) (CNJ 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - PROGRAMAÇÃO DE SISTEMAS) A respeito do Excel, para ordenar, por
data, os registros inseridos na planilha, é suficiente selecionar a coluna data de entrada, clicar no menu Dados e, na lista
disponibilizada, clicar ordenar data.
a) certo
b) errado
25) (TRT 1ª 2013 - FCC - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA) A planilha abaixo foi criada utilizando-se o
Microsoft Excel 2010 (em português).
A linha 2 mostra uma dívida de R$ 1.000,00 (célula B2) com um Credor A (célula A2) que deve ser paga em 2 meses
(célula D2) com uma taxa de juros de 8% ao mês (célula C2) pelo regime de juros simples. A fórmula correta que deve ser
digitada na célula E2 para calcular o montante que será pago é
59
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
60
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
32) (CEITEC 2012 - FUNRIO - ADMINISTRAÇÃO/ 36) (TRT 10ª 2013 - CESPE - ANALISTA JUDICIÁRIO -
CIÊNCIAS CONTÁBEIS/DIREITO/PREGOEIRO PÚBLICO) Na TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO) Com relação à certifica-
internet o protocolo_________ permite a transferência de ção digital, julgue os itens que se seguem.O certificado
mensagens eletrônicas dos servidores de _________para digital revogado deve constar da lista de certificados re-
caixa postais nos computadores dos usuários. As lacunas vogados, publicada na página de Internet da autoridade
se completam adequadamente com as seguintes expres- certificadora que o emitiu.
sões: a) certo
a) Ftp/ Ftp. b) errado
b) Pop3 / Correio Eletrônico.
c) Ping / Web. 37) (TRT 10ª 2013 - CESPE - ANALISTA JUDICIÁRIO -
d) navegador / Proxy. ADMINISTRATIVA) Acerca de segurança da informação,
e) Gif / de arquivos julgue os itens a seguir. O vírus de computador é assim
denominado em virtude de diversas analogias poderem ser
33) (CASA DA MOEDA 2012 - CESGRANRIO - ASSIS- feitas entre esse tipo de vírus e os vírus orgânicos.
TENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO - APOIO ADMINIS- a) certo
TRATIVO) Em uma rede local, cujas estações de trabalho b) errado
usam o sistema operacional Windows XP e endereços IP
fixos em suas configurações de conexão, um novo host 38) (MPE/PE 2012 - FCC - TÉCNICO MINISTERIAL - AD-
foi instalado e, embora esteja normalmente conectado MINISTRATIVO) Existem vários tipos de vírus de computa-
à rede, não consegue acesso à internet distribuída nessa dores, dentre eles um dos mais comuns são vírus de ma-
rede. cros, que:
Considerando que todas as outras estações da rede a) são programas binários executáveis que são baixa-
estão acessando a internet sem dificuldades, um dos mo- dos de sites infectados na Internet.
tivos que pode estar ocasionando esse problema no novo b) podem infectar qualquer programa executável do
host é computador, permitindo que eles possam apagar arquivos
a) a codificação incorreta do endereço de FTP para o e outras ações nocivas.
domínio registrado na internet. c) são programas interpretados embutidos em docu-
b) a falta de registro da assinatura digital do host nas mentos do MS Office que podem infectar outros documen-
opções da internet. tos, apagar arquivos e outras ações nocivas.
c) um erro no Gateway padrão, informado nas pro- d) são propagados apenas pela Internet, normalmente
priedades do Protocolo TCP/IP desse host. em sites com software pirata.
d) um erro no cadastramento da conta ou da senha e) podem ser evitados pelo uso exclusivo de software
do próprio host. legal, em um computador com acesso apenas a sites da
e) um defeito na porta do switch onde a placa de Internet com boa reputação.
rede desse host está conectada.
39) (SABESP 2012 - FCC - ANALISTA DE GESTÃO I - SIS-
34) (CASA DA MOEDA 2012 - CESGRANRIO - ASSIS- TEMAS)Sobre vírus, considere:
TENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO - APOIO ADMINIS-
TRATIVO) Para conectar sua estação de trabalho a uma I. Para que um computador seja infectado por um ví-
rede local de computadores controlada por um servidor rus é preciso que um programa previamente infectado seja
de domínios, o usuário dessa rede deve informar uma executado.
senha e um[a] II. Existem vírus que procuram permanecer ocultos,
a) endereço de FTP válido para esse domínio. infectando arquivos do disco e executando uma série de
b) endereço MAC de rede registrado na máquina atividades sem o conhecimento do usuário.
cliente. III. Um vírus propagado por e-mail (e-mail borne vírus)
c) porta válida para a intranet desse domínio. sempre é capaz de se propagar automaticamente, sem a
d) conta cadastrada e autorizada nesse domínio. ação do usuário.
e) certificação de navegação segura registrada na in- IV. Os vírus não embutem cópias de si mesmo em ou-
tranet. tros programas ou arquivos e não necessitam serem expli-
citamente executados para se propagarem.
35) (CÂMARA DOS DEPUTADOS 2012 - CESPE - ANA-
LISTA LEGISLATIVO - TÉCNICA LEGISLATIVA) Com relação Está correto o que se afirma em
a redes de computadores, julgue os próximos itens.5Uma a) II, apenas.
rede local (LAN — local area network) é caracterizada por b) I e II, apenas.
abranger uma área geográfica, em teoria, ilimitada. O al- c) II e III, apenas.
cance físico dessa rede permite que os dados trafeguem d) I, II e III, apenas.
com taxas acima de 100 Mbps. e) I, II, III e IV.
a) certo
b) errado
61
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
___________________________________________________
GABARITO ___________________________________________________
1-E / 2-A / 3-C / 4-B / 5-C / 6-E / 7-A / 8-C / 9-A / ___________________________________________________
10-C / 11-C / 12-E / 13-A / 14-B / 15-A / 16-A / 17-D /
18-C / 19-B / 20-A / 21-A / 22-A / 23-C / 24-B / 25-D / ___________________________________________________
26-B / 27-D / 28-E / 29-B / 30-C / 31-B / 32-B / 33-C /
___________________________________________________
34-D / 35-B / 36-A / 37-A / 38-C / 39-B / 40-E
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
62