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Fundação Universidade Federal do ABC

UFABC
Comum aos Cargos de Nível Médio:
• Assistente em Administração
• Técnico de Laboratório – Área Mecatrônica
• Técnico de Laboratório – Área Química
• Técnico de Tecnologia da Informação • Técnico em Audiovisual
• Técnico em Segurança do Trabalho

EDITAL Nº 111/2018
NB014-2018
DADOS DA OBRA

Título da obra: Fundação Universidade Federal do ABC - UFABC

Cargo: Comum aos Cargos de Nível Médio

(Baseado no EDITAL Nº 111/2018)

• Língua Portuguesa
• Matemática
• Legislação
• Noções de Informática

Gestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de Souza

Diagramação/ Editoração Eletrônica


Elaine Cristina
Ana Luiza Cesário
Thais Regis

Produção Editoral
Leandro Filho

Capa
Joel Ferreira dos Santos
APRESENTAÇÃO

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SUMÁRIO

Língua Portuguesa

Leitura e interpretação de diversos tipos de textos (literários e não literários). ............................................................................ 01


Sinônimos e antônimos. ....................................................................................................................................................................................... 07
Sentido próprio e figurado das palavras. ....................................................................................................................................................... 07
Pontuação. .................................................................................................................................................................................................................. 14
Classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição e conjunção: emprego e
sentido que imprimem às relações que estabelecem. .............................................................................................................................. 17
Concordância verbal e nominal. ........................................................................................................................................................................ 55
Regência verbal e nominal. .................................................................................................................................................................................. 60
Colocação pronominal. ......................................................................................................................................................................................... 66
Crase.............................................................................................................................................................................................................................. 68

Matemática

Resolução de situações-problema, envolvendo: adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação ou radiciação


com números racionais, nas suas representações fracionária ou decimal. ...................................................................................... 01
Mínimo múltiplo comum. Máximo divisor comum. .................................................................................................................................. 07
Porcentagem. ............................................................................................................................................................................................................ 74
Razão e proporção. ................................................................................................................................................................................................. 11
Regra de três simples. ............................................................................................................................................................................................ 15
Equações do 1º ou do 2º graus. ........................................................................................................................................................................ 23
Sistema de equações do 1º grau. ..................................................................................................................................................................... 23
Grandezas e medidas – quantidade, tempo, comprimento, superfície, capacidade e massa. .................................................. 19
Relação entre grandezas – tabela ou gráfico................................................................................................................................................ 37
Tratamento da informação – média aritmética simples. .......................................................................................................................... 43
Noções de Geometria – forma, ângulos, área, perímetro, volume, Teoremas de Pitágoras ou de Tales............................... 48

Legislação

Lei Federal nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 ..................................................................................................................................... 01


Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993............................................................................................................................................... 35

Noções de Informática

MS-Windows 7: conceito de pastas, diretórios, arquivos e atalhos, área de trabalho, área de transferência, manipulação
de arquivos e pastas, uso dos menus, programas e aplicativos, .......................................................................................................... 01
interação com o conjunto de aplicativos MS-Office 2010. MS-Word 2010: estrutura básica dos documentos, edição e
formatação de textos, cabeçalhos, parágrafos, fontes, colunas, marcadores simbólicos e numéricos, tabelas, impressão,
controle de quebras e numeração de páginas, legendas, índices, inserção de objetos, campos predefinidos, caixas de
texto. ............................................................................................................................................................................................................................. 11
MS-Excel 2010: estrutura básica das planilhas, conceitos de células, linhas, colunas, pastas e gráficos, elaboração de
tabelas e gráficos, uso de fórmulas, funções, impressão, inserção de objetos, campos predefinidos, controle de quebras
e numeração de páginas, obtenção de dados externos, classificação de dados. .......................................................................... 11
Correio Eletrônico: uso de correio eletrônico, preparo e envio de mensagens, anexação de arquivos. Internet: Navega-
ção na Internet, conceitos de URL, links, sites, busca e impressão de páginas............................................................................... 39
LÍNGUA PORTUGUESA

Leitura e interpretação de diversos tipos de textos (literários e não literários). ............................................................................ 01


Sinônimos e antônimos. ....................................................................................................................................................................................... 07
Sentido próprio e figurado das palavras. ....................................................................................................................................................... 07
Pontuação. .................................................................................................................................................................................................................. 14
Classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição e conjunção: emprego e
sentido que imprimem às relações que estabelecem. .............................................................................................................................. 17
Concordância verbal e nominal. ........................................................................................................................................................................ 55
Regência verbal e nominal.................................................................................................................................................................................... 60
Colocação pronominal........................................................................................................................................................................................... 66
Crase.............................................................................................................................................................................................................................. 68
LÍNGUA PORTUGUESA

- A linguagem não literária é objetiva, denotativa,


LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE DIVERSOS preocupa-se em transmitir o conteúdo, utiliza a palavra em
TIPOS DE TEXTOS (LITERÁRIOS E NÃO seu sentido próprio, utilitário, sem preocupação artística.
LITERÁRIOS). Geralmente, recorre à ordem direta (sujeito, verbo, com-
plementos).

Leia com atenção os textos a seguir e compare as lin-


Sabemos que a “matéria-prima” da literatura são as pa- guagens utilizadas neles.
lavras. No entanto, é necessário fazer uma distinção entre
a linguagem literária e a linguagem não literária, isto é, Texto A
aquela que não caracteriza a literatura. Amor (ô). [Do lat. amore.] S. m. 1. Sentimento que pre-
Embora um médico faça suas prescrições em deter- dispõe alguém a desejar o bem de outrem, ou de alguma
minado idioma, as palavras utilizadas por ele não podem coisa: amor ao próximo; amor ao patrimônio artístico de
ser consideradas literárias porque se tratam de um voca- sua terra. 2. Sentimento de dedicação absoluta de um ser
a outro ser ou a uma coisa; devoção, culto; adoração: amor
bulário especializado e de um contexto de uso específi-
à Pátria; amor a uma causa. 3. Inclinação ditada por laços
co. Agora, quando analisamos a literatura, vemos que o
de família: amor filial; amor conjugal. 4. Inclinação forte por
escritor dispensa um cuidado diferente com a linguagem
pessoa de outro sexo, geralmente de caráter sexual, mas
escrita, e que os leitores dispensam uma atenção diferen-
que apresenta grande variedade e comportamentos e rea-
ciada ao que foi produzido. ções.
Outra diferença importante é com relação ao trata- Aurélio Buarque de Holanda Ferreira. Novo Dicionário
mento do conteúdo: ao passo que, nos textos não literá- da Língua Portuguesa, Nova Fronteira.
rios (jornalísticos, científicos, históricos, etc.) as palavras
servem para veicular uma série de informações, o texto Texto B
literário funciona de maneira a chamar a atenção para a Amor é fogo que arde sem se ver;
própria língua (FARACO & MOURA, 1999) no sentido de É ferida que dói e não se sente;
explorar vários aspectos como a sonoridade, a estrutura É um contentamento descontente;
sintática e o sentido das palavras. é dor que desatina sem doer.
Veja abaixo alguns exemplos de expressões na lin- Luís de Camões. Lírica, Cultrix.
guagem não literária ou “corriqueira” e um exemplo de
uso da mesma expressão, porém, de acordo com alguns Você deve ter notado que os textos tratam do mesmo
escritores, na linguagem literária: assunto, porém os autores utilizam linguagens diferentes.
No texto A, o autor preocupou-se em definir “amor”,
Linguagem não literária: usando uma linguagem objetiva, científica, sem preocupa-
1- Anoitece. ção artística.
2- Teus cabelos loiros brilham. No texto B, o autor trata do mesmo assunto, mas com
3- Uma nuvem cobriu parte do céu. ... preocupação literária, artística. De fato, o poeta entra no
campo subjetivo, com sua maneira própria de se expres-
Linguagem literária: sar, utiliza comparações (compara amor com fogo, ferida,
1- A mão da noite embrulha os horizontes. (Alvaren- contentamento e dor) e serve-se ainda de contrastes que
ga Peixoto) acabam dando graça e força expressiva ao poema (con-
2- Os clarins de ouro dos teus cabelos cantam na luz! tentamento descontente, dor sem doer, ferida que não se
sente, fogo que não se vê).
(Mário Quintana)
3- um sujo de nuvem emporcalhou o luar em sua
Questões
nascença. (José Cândido de Carvalho)
1-) Leia o trecho do poema abaixo.
Como distinguir, na prática, a linguagem literária da
não literária? O Poeta da Roça
- A linguagem literária é conotativa, utiliza figuras Sou fio das mata, cantô da mão grosa
(palavras de sentido figurado), em que as palavras adqui- Trabaio na roça, de inverno e de estio
rem sentidos mais amplos do que geralmente possuem. A minha chupana é tapada de barro
- Na linguagem literária há uma preocupação com a Só fumo cigarro de paia de mio.
escolha e a disposição das palavras, que acabam dando Patativa do Assaré
vida e beleza a um texto.
- Na linguagem literária é muito importante a manei-
ra original de apresentar o tema escolhido.

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LÍNGUA PORTUGUESA

A respeito dele, é possível afirmar que TEXTO II

(A) não pode ser considerado literário, visto que a lin- A cana-de-açúcar
guagem aí utilizada não está adequada à norma culta for-
mal. Originária da Ásia, a cana-de-açúcar foi introduzida no
(B) não pode ser considerado literário, pois nele não Brasil pelos colonizadores portugueses no século XVI. A re-
se percebe a preservação do patrimônio cultural brasileiro. gião que durante séculos foi a grande produtora de cana-de
(C) não é um texto consagrado pela crítica literária. -açúcar no Brasil é a Zona da Mata nordestina, onde os férteis
(D) trata-se de um texto literário, porque, no processo solos de massapé, além da menor distância em relação ao
criativo da Literatura, o trabalho com a linguagem pode mercado europeu, propiciaram condições favoráveis a esse
aparecer de várias formas: cômica, lúdica, erótica, popular cultivo. Atualmente, o maior produtor nacional de cana-de
etc -açúcar é São Paulo, seguido de Pernambuco, Alagoas, Rio
(E) a pobreza vocabular – palavras erradas – não permi- de Janeiro e Minas Gerais. Além de produzir o açúcar, que em
te que o consideremos um texto literário. parte é exportado e em parte abastece o mercado interno, a
cana serve também para a produção de álcool, importante
Leia os fragmentos abaixo para responder às questões nos dias atuais como fonte de energia e de bebidas. A imen-
que seguem: sa expansão dos canaviais no Brasil, especialmente em São
Paulo, está ligada ao uso do álcool como combustível.
TEXTO I
O açúcar 2-) Para que um texto seja literário:
O branco açúcar que adoçará meu café a) basta somente a correção gramatical; isto é, a expres-
nesta manhã de Ipanema são verbal segundo as leis lógicas ou naturais.
não foi produzido por mim b) deve prescindir daquilo que não tenha correspondên-
nem surgiu dentro do açucareiro por milagre. cia na realidade palpável e externa.
Vejo-o puro c) deve fugir do inexato, daquilo que confunda a capaci-
e afável ao paladar dade de compreensão do leitor.
como beijo de moça, água d) deve assemelhar-se a uma ação de desnudamento. O
na pele, flor escritor revela, ao escrever, o mundo, e, em especial, revela o
que se dissolve na boca. Mas este açúcar Homem aos outros homens.
não foi feito por mim. e) deve revelar diretamente as coisas do mundo: senti-
Este açúcar veio mentos, ideias, ações.
da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira,
dono da mercearia. 3-) Ainda com relação ao textos I e II, assinale a opção
Este açúcar veio incorreta
de uma usina de açúcar em Pernambuco a) No texto I, em lugar de apenas informar sobre o real,
ou no Estado do Rio ou de produzi-lo, a expressão literária é utilizada principal-
e tampouco o fez o dono da usina. mente como um meio de refletir e recriar a realidade.
Este açúcar era cana b) No texto II, de expressão não literária, o autor informa
e veio dos canaviais extensos o leitor sobre a origem da cana-de-açúcar, os lugares onde é
que não nascem por acaso produzida, como teve início seu cultivo no Brasil, etc.
no regaço do vale. c) O texto I parte de uma palavra do domínio comum
Em lugares distantes, onde não há hospital – açúcar – e vai ampliando seu potencial significativo, explo-
nem escola, rando recursos formais para estabelecer um paralelo entre o
homens que não sabem ler e morrem de fome açúcar – branco, doce, puro – e a vida do trabalhador que o
aos 27 anos produz – dura, amarga, triste.
plantaram e colheram a cana d) No texto I, a expressão literária desconstrói hábitos
que viraria açúcar. de linguagem, baseando sua recriação no aproveitamento de
Em usinas escuras, novas formas de dizer.
homens de vida amarga e) O texto II não é literário porque, diferentemente do lite-
e dura rário, parte de um aspecto da realidade, e não da imaginação.
produziram este açúcar
branco e puro Gabarito
com que adoço meu café esta manhã em Ipanema.
1-) D
Fonte: “O açúcar” (Ferreira Gullar. Toda poesia. Rio de
Janeiro, Civilização Brasileira, 1980, pp.227-228) 2-) D – Esta alternativa está correta, pois ela remete ao
caráter reflexivo do autor de um texto literário, ao passo
em que ele revela às pessoas o “seu mundo” de maneira
peculiar.

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LÍNGUA PORTUGUESA

3-) E – o texto I também fala da realidade, mas com um Condições básicas para interpretar
cunho diferente do texto II. No primeiro há uma colocação
diferenciada por parte do autor em que o objetivo não é Fazem-se necessários:
unicamente passar informação, existem outros “motiva- a) Conhecimento histórico–literário (escolas e gêneros
dores” por trás desta escrita. literários, estrutura do texto), leitura e prática;
b) Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do
É muito comum, entre os candidatos a um cargo pú- texto) e semântico;
blico, a preocupação com a interpretação de textos. Isso Observação – na semântica (significado das palavras)
acontece porque lhes faltam informações específicas a incluem-se: homônimos e parônimos, denotação e cono-
respeito desta tarefa constante em provas relacionadas tação, sinonímia e antonímia, polissemia, figuras de lingua-
a concursos públicos. gem, entre outros.
Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão aju- c) Capacidade de observação e de síntese e
dar no momento de responder às questões relacionadas d) Capacidade de raciocínio.
a textos.
Interpretar X compreender
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e rela-
cionadas entre si, formando um todo significativo capaz Interpretar significa
de produzir interação comunicativa (capacidade de co- - explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.
dificar e decodificar ). - Através do texto, infere-se que...
- É possível deduzir que...
Contexto – um texto é constituído por diversas fra- - O autor permite concluir que...
ses. Em cada uma delas, há uma certa informação que a - Qual é a intenção do autor ao afirmar que...
faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando
condições para a estruturação do conteúdo a ser trans- Compreender significa
mitido. A essa interligação dá-se o nome de contexto. - intelecção, entendimento, atenção ao que realmente
Nota-se que o relacionamento entre as frases é tão está escrito.
grande que, se uma frase for retirada de seu contexto - o texto diz que...
original e analisada separadamente, poderá ter um sig- - é sugerido pelo autor que...
nificado diferente daquele inicial. - de acordo com o texto, é correta ou errada a afirma-
ção...
Intertexto - comumente, os textos apresentam re- - o narrador afirma...
ferências diretas ou indiretas a outros autores através
de citações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. Erros de interpretação

Interpretação de texto - o primeiro objetivo de uma É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência
interpretação de um texto é a identificação de sua ideia de erros de interpretação. Os mais frequentes são:
principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias,
ou fundamentações, as argumentações, ou explicações, a) Extrapolação (viagem)
que levem ao esclarecimento das questões apresentadas Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias
na prova. que não estão no texto, quer por conhecimento prévio do
tema quer pela imaginação.
Normalmente, numa prova, o candidato é convi-
dado a: b) Redução
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a
1. Identificar – é reconhecer os elementos funda- um aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de
mentais de uma argumentação, de um processo, de uma ideias, o que pode ser insuficiente para o total do entendi-
época (neste caso, procuram-se os verbos e os advér- mento do tema desenvolvido.
bios, os quais definem o tempo).
2. Comparar – é descobrir as relações de semelhança c) Contradição
ou de diferenças entre as situações do texto. Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do can-
3. Comentar - é relacionar o conteúdo apresentado didato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, conse-
com uma realidade, opinando a respeito. quentemente, errando a questão.
4. Resumir – é concentrar as ideias centrais e/ou se-
cundárias em um só parágrafo. Observação - Muitos pensam que há a ótica do escritor
5. Parafrasear – é reescrever o texto com outras pa- e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova
lavras. de concurso, o que deve ser levado em consideração é o
que o autor diz e nada mais.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que - Falante não pode negar que tenha querido transmitir
relacionam palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre a informação expressa pelo pressuposto, mas pode negar
si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de que tenha desejado transmitir a informação expressa pelo
um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um pro- subentendido.
nome oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se - Negação da informação não nega o pressuposto.
vai dizer e o que já foi dito. - Pressuposto não verdadeiro – informação explícita
absurda.
OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia - Principais marcadores de pressupostos: a) adjetivos;
-a-dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e b) verbos; c) advérbios; d) orações adjetivas; e) conjunções.
do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do
verbo; aquele do seu antecedente. Não se pode esquecer QUESTÕES
também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor
semântico, por isso a necessidade de adequação ao ante- (Agente Estadual de Trânsito – DETRAN - SP – Vu-
cedente. nesp/2013)
Os pronomes relativos são muito importantes na in-
terpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de O uso da bicicleta no Brasil
coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que
existe um pronome relativo adequado a cada circunstância, A utilização da bicicleta como meio de locomoção no
a saber: Brasil ainda conta com poucos adeptos, em comparação
com países como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos
que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente,
quais a bicicleta é um dos principais veículos nas ruas. Ape-
mas depende das condições da frase.
sar disso, cada vez mais pessoas começam a acreditar que
qual (neutro) idem ao anterior.
a bicicleta é, numa comparação entre todos os meios de
quem (pessoa)
cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois transporte, um dos que oferecem mais vantagens.
o objeto possuído. A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicle-
como (modo) tas e a outros veículos que, por lei, devem andar na via e
onde (lugar) jamais na calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são
quando (tempo) todos considerados veículos, com direito de circulação pe-
quanto (montante) las ruas e prioridade sobre os automotores.
Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à
Exemplo: bicicleta no dia a dia são: a valorização da sustentabilidade,
Falou tudo QUANTO queria (correto) pois as bikes não emitem gases nocivos ao ambiente, não
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria consomem petróleo e produzem muito menos sucata de
aparecer o demonstrativo O ). metais, plásticos e borracha; a diminuição dos congestio-
Dicas para melhorar a interpretação de textos namentos por excesso de veículos motorizados, que atin-
- Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do gem principalmente as grandes cidades; o favorecimento
assunto; da saúde, pois pedalar é um exercício físico muito bom; e
- Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a economia no combustível, na manutenção, no seguro e,
a leitura; claro, nos impostos.
- Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto No Brasil, está sendo implantado o sistema de com-
pelo menos duas vezes;
partilhamento de bicicletas. Em Porto Alegre, por exemplo,
- Inferir;
o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da Prefeitu-
- Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
- Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do ra, em parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA, com
autor; quase um ano de operação. Depois de Rio de Janeiro, São
- Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor Paulo, Santos, Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo
compreensão; país aderirem a esse sistema, mais duas capitais já estão
- Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de com o projeto pronto em 2013: Recife e Goiânia. A ideia do
cada questão; compartilhamento é semelhante em todas as cidades. Em
- O autor defende ideias e você deve percebê-las; Porto Alegre, os usuários devem fazer um cadastro pelo
site. O valor do passe mensal é R$10 e o do passe diário,
Segundo Fiorin: R$5, podendo-se utilizar o sistema durante todo o dia, das
-Pressupostos – informações implícitas decorrentes 6h às 22h, nas duas modalidades. Em todas as cidades que
necessariamente de palavras ou expressões contidas na já aderiram ao projeto, as bicicletas estão espalhadas em
frase. pontos estratégicos.
- Subentendidos – insinuações não marcadas clara- A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção
mente na linguagem. não está consolidada em nossa sociedade. Muitos ainda
- Pressupostos – verdadeiros ou admitidos como tal. não sabem que a bicicleta já é considerada um meio de
- Subentendidos – de responsabilidade do ouvinte. transporte, ou desconhecem as leis que abrangem a bike.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Na confusão de um trânsito caótico numa cidade grande, não são apenas maus motoristas, sem condições de dirigir,
carros, motocicletas, ônibus e, agora, bicicletas, misturam- mas também se engajam num comportamento de risco –
se, causando, muitas vezes, discussões e acidentes que po- algumas até agem especificamente para irritar o outro mo-
deriam ser evitados. torista ou impedir que este chegue onde precisa.
Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. Essa é a evolução de pensamento que alguém poderá
A verdade é que, quando expostos nas vias públicas, eles ter antes de passar para a ira de trânsito de fato, levando
estão totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas. um motorista a tomar decisões irracionais.
Por isso é tão importante usar capacete e outros itens de Dirigir pode ser uma experiência arriscada e emocio-
segurança. A maior parte dos motoristas de carros, ônibus, nante. Para muitos de nós, os carros são a extensão de
motocicletas e caminhões desconhece as leis que abran- nossa personalidade e podem ser o bem mais valioso que
gem os direitos dos ciclistas. Mas muitos ciclistas também possuímos. Dirigir pode ser a expressão de liberdade para
ignoram seus direitos e deveres. Alguém que resolve in- alguns, mas também é uma atividade que tende a aumen-
tegrar a bike ao seu estilo de vida e usá-la como meio de tar os níveis de estresse, mesmo que não tenhamos cons-
locomoção precisa compreender que deverá gastar com ciência disso no momento.
alguns apetrechos necessários para poder trafegar. De Dirigir é também uma atividade comunitária. Uma vez
acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, as bicicletas que entra no trânsito, você se junta a uma comunidade
devem, obrigatoriamente, ser equipadas com campainha, de outros motoristas, todos com seus objetivos, medos e
sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais, habilidades ao volante. Os psicólogos Leon James e Diane
além de espelho retrovisor do lado esquerdo. Nahl dizem que um dos fatores da ira de trânsito é a ten-
(Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net. dência de nos concentrarmos em nós mesmos, descartan-
Adaptado) do o aspecto comunitário do ato de dirigir.
Como perito do Congresso em Psicologia do Trânsito,
01. De acordo com o texto, o uso da bicicleta como o Dr. James acredita que a causa principal da ira de trânsi-
meio de locomoção nas metrópoles brasileiras to não são os congestionamentos ou mais motoristas nas
(A) decresce em comparação com Holanda e Inglaterra ruas, e sim como nossa cultura visualiza a direção agressi-
devido à falta de regulamentação. va. As crianças aprendem que as regras normais em relação
(B) vem se intensificando paulatinamente e tem sido ao comportamento e à civilidade não se aplicam quando
incentivado em várias cidades. dirigimos um carro. Elas podem ver seus pais envolvidos
(C) tornou-se, rapidamente, um hábito cultivado pela em comportamentos de disputa ao volante, mudando de
maioria dos moradores. faixa continuamente ou dirigindo em alta velocidade, sem-
(D) é uma alternativa dispendiosa em comparação com pre com pressa para chegar ao destino.
os demais meios de transporte. Para complicar as coisas, por vários anos psicólogos
(E) tem sido rejeitado por consistir em uma atividade sugeriam que o melhor meio para aliviar a raiva era des-
arriscada e pouco salutar. carregar a frustração. Estudos mostram, no entanto, que a
descarga de frustrações não ajuda a aliviar a raiva. Em uma
02. A partir da leitura, é correto concluir que um dos situação de ira de trânsito, a descarga de frustrações pode
objetivos centrais do texto é transformar um incidente em uma violenta briga.
(A) informar o leitor sobre alguns direitos e deveres do Com isso em mente, não é surpresa que brigas vio-
ciclista. lentas aconteçam algumas vezes. A maioria das pessoas
(B) convencer o leitor de que circular em uma bicicleta está predisposta a apresentar um comportamento irracio-
é mais seguro do que dirigir um carro. nal quando dirige. Dr. James vai ainda além e afirma que a
(C) mostrar que não há legislação acerca do uso da bi- maior parte das pessoas fica emocionalmente incapacitada
cicleta no Brasil. quando dirige. O que deve ser feito, dizem os psicólogos,
(D) explicar de que maneira o uso da bicicleta como é estar ciente de seu estado emocional e fazer as escolhas
meio de locomoção se consolidou no Brasil. corretas, mesmo quando estiver tentado a agir só com a
(E) defender que, quando circular na calçada, o ciclista emoção.
deve dar prioridade ao pedestre. (Jonathan Strickland. Disponível em: http://carros.hsw.
uol.com.br/furia-no-transito1 .htm. Acesso em: 01.08.2013.
(Oficial Estadual de Trânsito - DETRAN-SP - Vunesp Adaptado)
2013) Leia o texto para responder às questões de 3 a 5
3-) Tomando por base as informações contidas no tex-
Propensão à ira de trânsito to, é correto afirmar que
(A) os comportamentos de disputa ao volante aconte-
Dirigir um carro é estressante, além de inerentemente cem à medida que os motoristas se envolvem em decisões
perigoso. Mesmo que o indivíduo seja o motorista mais se- conscientes.
guro do mundo, existem muitas variáveis de risco no trân- (B) segundo psicólogos, as brigas no trânsito são cau-
sito, como clima, acidentes de trânsito e obras nas ruas. E sadas pela constante preocupação dos motoristas com o
com relação a todas as outras pessoas nas ruas? Algumas aspecto comunitário do ato de dirigir.

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LÍNGUA PORTUGUESA

(C) para Dr. James, o grande número de carros nas ruas 6-) Considere:
é o principal motivo que provoca, nos motoristas, uma di- I. Segundo o texto, na ficção científica abordam-se,
reção agressiva. com distanciamento de tempo e espaço, questões con-
(D) o ato de dirigir um carro envolve uma série de ex- troversas e moralmente incômodas da sociedade atual, de
periências e atividades não só individuais como também modo que a solução oferecida pela fantasia possa ser apli-
sociais. cada para resolver os problemas da realidade.
(E) dirigir mal pode estar associado à falta de controle II. Parte do poder de convencimento da ficção cientí-
das emoções positivas por parte dos motoristas. fica deriva do fato de serem apresentados ao espectador
objetos imaginários que, embora não existam na vida real,
4. A ira de trânsito estão, de algum modo, conectados à realidade.
A) aprimora uma atitude de reconhecimento de regras. III. A ficção científica extrapola os limites da realidade,
(B) implica tomada de decisões sem racionalidade. mas baseia-se naquilo que, pelo menos em teoria, acredi-
(C) conduz a um comportamento coerente. ta-se que seja possível.
(D) resulta do comportamento essencialmente comu- Está correto o que se afirma APENAS em
nitário dos motoristas. (A) III.
(E) decorre de imperícia na condução de um veículo. (B) I e II.
(C) I e III.
5. De acordo com o perito Dr. James, (D) II e III.
(A) os congestionamentos representam o principal fa- (E) II.
tor para a ira no trânsito.
(B) a cultura dos motoristas é fator determinante para 7-) Sem prejuízo para o sentido original e a correção
o aumento de suas frustrações. gramatical, o termo sonhar, em ... a sociedade se permite
(C) o motorista, ao dirigir, deve ser individualista em sonhar seus piores problemas... (2o parágrafo), pode ser
suas ações, a fim de expressar sua liberdade e garantir que substituído por:
outros motoristas não o irritem. (A) descansar.
(D) a principal causa da direção agressiva é o desco- (B) desprezar.
nhecimento das regras de trânsito. (C) esquecer.
(E) o comportamento dos pais ao dirigirem com ira (D) fugir.
contradiz o aprendizado das crianças em relação às regras (E) imaginar.
de civilidade.
(TRF 3ª região/2014) Atenção: Para responder às ques-
(TRF 3ª região/2014) Para responder às questões de tões de números 8 a 10 considere o texto abaixo.
números 6 e 7 considere o texto abaixo. Texto I
Toda ficção científica, de Metrópolis ao Senhor dos O canto das sereias é uma imagem que remonta às
anéis, baseia-se, essencialmente, no que está acontecen-
mais luminosas fontes da mitologia e da literatura gregas.
do no mundo no momento em que o filme foi feito. Não
As versões da fábula variam, mas o sentido geral da trama
no futuro ou numa galáxia distante, muitos e muitos anos
é comum.
atrás, mas agora mesmo, no presente, simbolizado em pro-
As sereias eram criaturas sobre-humanas. Ninfas de
jeções que nos confortam e tranquilizam ao nos oferecer
extraordinária beleza, viviam sozinhas numa ilha do Medi-
uma adequada distância de tempo e espaço.
terrâneo, mas tinham o dom de chamar a si os navegantes,
Na ficção científica, a sociedade se permite sonhar seus
graças ao irresistível poder de sedução do seu canto. Atraí-
piores problemas: desumanização, superpopulação, totali-
dos por aquela melodia divina, os navios batiam nos recifes
tarismo, loucura, fome, epidemias. Não se imita a realida-
submersos da beira-mar e naufragavam. As sereias então
de, mas imagina-se, sonha-se, cria-se outra realidade onde
possamos colocar e resolver no plano da imaginação tudo devoravam impiedosamente os tripulantes.
o que nos incomoda no cotidiano. O elemento essencial Doce o caminho, amargo o fim. Como escapar com
para guiar a lógica interna do gênero, cuja quebra implica vida do canto das sereias? A literatura grega registra duas
o fim da magia, é a ciência. Por isso, tecnologia é essen- soluções vitoriosas. Uma delas foi a saída encontrada por
cial ao gênero. Parte do poder desse tipo de magia cine- Orfeu, o incomparável gênio da música e da poesia.
matográfica está em concretizar, diante dos nossos olhos, Quando a embarcação na qual ele navegava entrou
objetos possíveis, mas inexistentes: carros voadores, robôs inadvertidamente no raio de ação das sereias, ele conse-
inteligentes. Como parte dessas coisas imaginadas acaba guiu impedir a tripulação de perder a cabeça tocando uma
se tornando realidade, o gênero reforça a sensação de que música ainda mais sublime do que aquela que vinha da
estamos vendo na tela projeções das nossas possibilidades ilha. O navio atravessou incólume a zona de perigo.
coletivas futuras. A outra solução foi a de Ulisses. Sua principal arma
(Adaptado de: BAHIANA, Ana Maria. Como ver um fil- para vencer as sereias foi o reconhecimento franco e cora-
me. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012. formato ebook.) joso da sua fraqueza e da sua falibilidade − a aceitação dos
seus inescapáveis limites humanos.

6
LÍNGUA PORTUGUESA

Ulisses sabia que ele e seus homens não teriam firmeza


para resistir ao apelo das sereias. Por isso, no momento SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS.
em que a embarcação se aproximou da ilha, mandou que SENTIDO PRÓPRIO E FIGURADO DAS
todos os tripulantes tapassem os ouvidos com cera e orde- PALAVRAS.
nou que o amarrassem ao mastro central do navio. O sur-
preendente é que Ulisses não tapou com cera os próprios
ouvidos − ele quis ouvir. Quando chegou a hora, Ulisses
foi seduzido pelas sereias e fez de tudo para convencer os Semântica é o estudo da significação das palavras e
tripulantes a deixarem-no livre para ir juntar-se a elas. Seus das suas mudanças de significação através do tempo ou
subordinados, contudo, cumpriram fielmente a ordem de em determinada época. A maior importância está em dis-
não soltá-lo até que estivessem longe da zona de perigo. tinguir sinônimos e antônimos (sinonímia / antonímia) e
Orfeu escapou das sereias como divindade; Ulisses, homônimos e parônimos (homonímia / paronímia).
como mortal. Ao se aproximar das sereias, a escolha diante
do herói era clara: a falsa promessa de gratificação ime- Sinônimos
diata, de um lado, e o bem permanente do seu projeto de
vida − prosseguir viagem, retornar a Ítaca, reconquistar São palavras de sentido igual ou aproximado: alfa-
Penélope −, do outro. A verdadeira vitória de Ulisses foi beto - abecedário; brado, grito - clamor; extinguir, apagar
contra ele mesmo. Foi contra a fraqueza, o oportunismo - abolir.
suicida e a surdez delirante que ele soube reconhecer em
Duas palavras são totalmente sinônimas quando são
sua própria alma.
substituíveis, uma pela outra, em qualquer contexto (cara
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Auto-engano. São
e rosto, por exemplo); são parcialmente sinônimas quan-
Paulo, Cia. das Letras, 1997. Formato eBOOK)
do, ocasionalmente, podem ser substituídas, uma pela
8-) Há no texto outra, em determinado enunciado (aguardar e esperar).
(A) comparação entre os meios que Orfeu e Ulisses
usam para enfrentar o desafio que se apresenta a eles. Observação: A contribuição greco-latina é respon-
(B) rivalidade entre o mortal Ulisses e o divino Orfeu, sável pela existência de numerosos pares de sinônimos:
cujo talento musical causava inveja ao primeiro. adversário e antagonista; translúcido e diáfano; semicírculo
(C) juízo de valor a respeito das atitudes das sereias em e hemiciclo; contraveneno e antídoto; moral e ética; coló-
relação aos navegantes e elogio à astúcia de Orfeu. quio e diálogo; transformação e metamorfose; oposição e
(D) crítica à forma pouco original com que Orfeu deci- antítese.
de enganar as sereias e elogio à astúcia de Ulisses.
(E) censura à atitude arriscada de Ulisses, cuja ousadia Antônimos
quase lhe custou seu projeto de vida.
São palavras que se opõem através de seu significado:
9-) Depreende-se do texto que as sereias atingiam ordem - anarquia; soberba - humildade; louvar - censurar;
seus objetivos por meio de mal - bem.
(A) intolerância.
(B) dissimulação. Observação: A antonímia pode se originar de um
(C) lisura. prefixo de sentido oposto ou negativo: bendizer e maldi-
(D) observação. zer; simpático e antipático; progredir e regredir; concórdia
(E) condescendência. e discórdia; ativo e inativo; esperar e desesperar; comunista
e anticomunista; simétrico e assimétrico.
10-) O navio atravessou incólume a zona de perigo. (4o
parágrafo). Mantém-se o sentido original do texto substi- Homônimos e Parônimos
tuindo-se o elemento grifado por
(A) insolente. - Homônimos = palavras que possuem a mesma gra-
(B) inatingível.
fia ou a mesma pronúncia, mas significados diferentes.
(C) intacto.
Podem ser
(D) inativo.
(E) impalpável.
a) Homógrafas: são palavras iguais na escrita e dife-
GABARITO rentes na pronúncia:
rego (subst.) e rego (verbo);
1- B 2-A 3-D 4-B 5-E colher (verbo) e colher (subst.);
6- D 7-E 8-A 9-B 10-C jogo (subst.) e jogo (verbo);
denúncia (subst.) e denuncia (verbo);
providência (subst.) e providencia (verbo).

7
LÍNGUA PORTUGUESA

b) Homófonas: são palavras iguais na pronúncia e di- Denotação e Conotação


ferentes na escrita:
acender (atear) e ascender (subir); Exemplos de variação no significado das palavras:
concertar (harmonizar) e consertar (reparar); Os domadores conseguiram enjaular a fera. (sentido literal)
cela (compartimento) e sela (arreio); Ele ficou uma fera quando soube da notícia. (sentido fi-
censo (recenseamento) e senso ( juízo); gurado)
paço (palácio) e passo (andar). Aquela aluna é fera na matemática. (sentido figurado)
As variações nos significados das palavras ocasionam o
c) Homógrafas e homófonas simultaneamente (ou sentido denotativo (denotação) e o sentido conotativo (co-
perfeitas): São palavras iguais na escrita e na pronúncia: notação) das palavras.
caminho (subst.) e caminho (verbo);
cedo (verbo) e cedo (adv.); Denotação
livre (adj.) e livre (verbo). Uma palavra é usada no sentido denotativo quando
apresenta seu significado original, independentemente do
- Parônimos = palavras com sentidos diferentes, po- contexto em que aparece. Refere-se ao seu significado mais
rém de formas relativamente próximas. São palavras pa- objetivo e comum, aquele imediatamente reconhecido e
recidas na escrita e na pronúncia: cesta (receptáculo de muitas vezes associado ao primeiro significado que aparece
vime; cesta de basquete/esporte) e sesta (descanso após o nos dicionários, sendo o significado mais literal da palavra.
almoço), eminente (ilustre) e iminente (que está para ocor- A denotação tem como finalidade informar o receptor
rer), osso (substantivo) e ouço (verbo), sede (substantivo e/ da mensagem de forma clara e objetiva, assumindo um ca-
ou verbo “ser” no imperativo) e cede (verbo), comprimento ráter prático. É utilizada em textos informativos, como jor-
(medida) e cumprimento (saudação), autuar (processar) e nais, regulamentos, manuais de instrução, bulas de medica-
mentos, textos científicos, entre outros. A palavra “pau”, por
atuar (agir), infligir (aplicar pena) e infringir (violar), deferir
exemplo, em seu sentido denotativo é apenas um pedaço de
(atender a) e diferir (divergir), suar (transpirar) e soar (emi-
madeira. Outros exemplos:
tir som), aprender (conhecer) e apreender (assimilar; apro-
O elefante é um mamífero.
priar-se de), tráfico (comércio ilegal) e tráfego (relativo a
As estrelas deixam o céu mais bonito!
movimento, trânsito), mandato (procuração) e mandado
(ordem), emergir (subir à superfície) e imergir (mergulhar,
Conotação
afundar). Uma palavra é usada no sentido conotativo quando apre-
senta diferentes significados, sujeitos a diferentes interpreta-
Hiperonímia e Hiponímia ções, dependendo do contexto em que esteja inserida, referin-
do-se a sentidos, associações e ideias que vão além do sentido
Hipônimos e hiperônimos são palavras que perten- original da palavra, ampliando sua significação mediante a cir-
cem a um mesmo campo semântico (de sentido), sendo o cunstância em que a mesma é utilizada, assumindo um senti-
hipônimo uma palavra de sentido mais específico; o hipe- do figurado e simbólico. Como no exemplo da palavra “pau”:
rônimo, mais abrangente. em seu sentido conotativo ela pode significar castigo (dar-lhe
O hiperônimo impõe as suas propriedades ao hipô- um pau), reprovação (tomei pau no concurso).
nimo, criando, assim, uma relação de dependência se- A conotação tem como finalidade provocar sentimen-
mântica. Por exemplo: Veículos está numa relação de hi- tos no receptor da mensagem, através da expressividade e
peronímia com carros, já que veículos é uma palavra de afetividade que transmite. É utilizada principalmente numa
significado genérico, incluindo motos, ônibus, caminhões. linguagem poética e na literatura, mas também ocorre em
Veículos é um hiperônimo de carros. conversas cotidianas, em letras de música, em anúncios pu-
Um hiperônimo pode substituir seus hipônimos em blicitários, entre outros. Exemplos:
quaisquer contextos, mas o oposto não é possível. A utili- Você é o meu sol!
zação correta dos hiperônimos, ao redigir um texto, evita Minha vida é um mar de tristezas.
a repetição desnecessária de termos. Você tem um coração de pedra!

Fontes de pesquisa: * Dica: Procure associar Denotação com Dicionário: tra-


http://www.coladaweb.com/portugues/sinonimos, ta-se de definição literal, quando o termo é utilizado com o
-antonimos,-homonimos-e-paronimos sentido que consta no dicionário.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. Fontes de pesquisa:
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce- http://www.normaculta.com.br/conotacao-e-denota-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São cao/
Paulo: Saraiva, 2010. SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce-
XIMENES, Sérgio. Minidicionário Ediouro da Lìngua reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São
Portuguesa – 2ªed. reform. – São Paulo: Ediouro, 2000. Paulo: Saraiva, 2010.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Polissemia De igual forma, quando uma palavra é polissêmica,


ela pode induzir uma pessoa a fazer mais do que uma in-
Polissemia é a propriedade de uma palavra adquirir terpretação. Para fazer a interpretação correta é muito im-
multiplicidade de sentidos, que só se explicam dentro de portante saber qual o contexto em que a frase é proferida.
um contexto. Trata-se, realmente, de uma única palavra, Muitas vezes, a disposição das palavras na construção
mas que abarca um grande número de significados dentro do enunciado pode gerar ambiguidade ou, até mesmo,
de seu próprio campo semântico. comicidade. Repare na figura abaixo:
Reportando-nos ao conceito de Polissemia, logo per-
cebemos que o prefixo “poli” significa multiplicidade de
algo. Possibilidades de várias interpretações levando-se
em consideração as situações de aplicabilidade. Há uma
infinidade de exemplos em que podemos verificar a ocor-
rência da polissemia:
O rapaz é um tremendo gato.
O gato do vizinho é peralta.
Precisei fazer um gato para que a energia voltasse.
Pedro costuma fazer alguns “bicos” para garantir sua
sobrevivência
O passarinho foi atingido no bico.

Nas expressões polissêmicas rede de deitar, rede de (http://www.humorbabaca.com/fotos/diversas/corto-


computadores e rede elétrica, por exemplo, temos em co- cabelo-e-pinto. Acesso em 15/9/2014).
mum a palavra “rede”, que dá às expressões o sentido de Poderíamos corrigir o cartaz de inúmeras maneiras,
“entrelaçamento”. Outro exemplo é a palavra “xadrez”, mas duas seriam:
que pode ser utilizada representando “tecido”, “prisão” ou
Corte e coloração capilar
“jogo” – o sentido comum entre todas as expressões é o
ou
formato quadriculado que têm.
Faço corte e pintura capilar
Polissemia e homonímia
Fontes de pesquisa:
http://www.brasilescola.com/gramatica/polissemia.
A confusão entre polissemia e homonímia é bastante co-
htm
mum. Quando a mesma palavra apresenta vários significados,
estamos na presença da polissemia. Por outro lado, quando Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce-
duas ou mais palavras com origens e significados distintos reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São
têm a mesma grafia e fonologia, temos uma homonímia. Paulo: Saraiva, 2010.
A palavra “manga” é um caso de homonímia. Ela pode SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
significar uma fruta ou uma parte de uma camisa. Não é Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
polissemia porque os diferentes significados para a pala-
vra “manga” têm origens diferentes. “Letra” é uma palavra Figura de Linguagem, Pensamento e Construção
polissêmica: pode significar o elemento básico do alfabe-
to, o texto de uma canção ou a caligrafia de um determi- Figura de Palavra
nado indivíduo. Neste caso, os diferentes significados es-
tão interligados porque remetem para o mesmo conceito, A figura de palavra consiste na substituição de uma
o da escrita. palavra por outra, isto é, no emprego figurado, simbólico,
seja por uma relação muito próxima (contiguidade), seja
Polissemia e ambiguidade por uma associação, uma comparação, uma similaridade.
Estes dois conceitos básicos - contiguidade e similaridade
Polissemia e ambiguidade têm um grande impacto na - permitem-nos reconhecer dois tipos de figuras de pala-
interpretação. Na língua portuguesa, um enunciado pode vras: a metáfora e a metonímia.
ser ambíguo, ou seja, apresentar mais de uma interpreta-
ção. Esta ambiguidade pode ocorrer devido à colocação Metáfora
específica de uma palavra (por exemplo, um advérbio) em
uma frase. Vejamos a seguinte frase: Consiste em utilizar uma palavra ou uma expressão
Pessoas que têm uma alimentação equilibrada frequen- em lugar de outra, sem que haja uma relação real, mas em
temente são felizes. virtude da circunstância de que o nosso espírito as associa
Neste caso podem existir duas interpretações diferen- e percebe entre elas certas semelhanças. É o emprego da
tes: palavra fora de seu sentido normal.
As pessoas têm alimentação equilibrada porque são Observação: toda metáfora é uma espécie de com-
felizes ou são felizes porque têm uma alimentação equi- paração implícita, em que o elemento comparativo não
librada. aparece.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Seus olhos são como luzes brilhantes. 10 - Gênero pela espécie: Os mortais pensam e so-
O exemplo acima mostra uma comparação evidente, frem nesse mundo. (= Os homens pensam e sofrem nesse
através do emprego da palavra como. mundo).
Observe agora: Seus olhos são luzes brilhantes. 11 - Singular pelo plural: A mulher foi chamada para
Neste exemplo não há mais uma comparação (note a ir às ruas na luta por seus direitos. (= As mulheres foram
ausência da partícula comparativa), e sim símile, ou seja, chamadas, não apenas uma mulher).
qualidade do que é semelhante. 12 - Marca pelo produto: Minha filha adora danone.
Por fim, no exemplo: As luzes brilhantes olhavam-me. (= Minha filha adora o iogurte que é da marca Danone).
Há substituição da palavra olhos por luzes brilhantes. Esta 13 - Espécie pelo indivíduo: O homem foi à Lua. (=
é a verdadeira metáfora. Alguns astronautas foram à Lua).
14 - Símbolo pela coisa simbolizada: A balança pen-
Observe outros exemplos: derá para teu lado. (= A justiça ficará do teu lado).

1) “Meu pensamento é um rio subterrâneo.” (Fernando Saiba que: Sinédoque se relaciona com o conceito de
Pessoa) extensão (como nos exemplos 9, 10 e 11, acima), enquan-
Neste caso, a metáfora é possível na medida em que to que a metonímia abrange apenas os casos de analogia
o poeta estabelece relações de semelhança entre um rio ou de relação. Não há necessidade, atualmente, de se fa-
subterrâneo e seu pensamento (pode estar relacionando zer distinção entre ambas as figuras.
a fluidez, a profundidade, a inatingibilidade, etc.).
Catacrese
2) Minha alma é uma estrada de terra que leva a lugar
algum. Trata-se de uma metáfora que, dado seu uso contí-
Uma estrada de terra que leva a lugar algum é, na fra- nuo, cristalizou-se. A catacrese costuma ocorrer quando,
se acima, uma metáfora. Por trás do uso dessa expressão por falta de um termo específico para designar um con-
que indica uma alma rústica e abandonada (e angustiada- ceito, toma-se outro “emprestado”. Assim, passamos a
mente inútil), há uma comparação subentendida: Minha empregar algumas palavras fora de seu sentido original.
alma é tão rústica, abandonada (e inútil) quanto uma es- Exemplos: “asa da xícara”, “batata da perna”, “maçã do ros-
trada de terra que leva a lugar algum. to”, “pé da mesa”, “braço da cadeira”, “coroa do abacaxi”.

A Amazônia é o pulmão do mundo. Perífrase ou Antonomásia


Em sua mente povoa só inveja.
Trata-se de uma expressão que designa um ser atra-
vés de alguma de suas características ou atributos, ou de
Metonímia
um fato que o celebrizou. É a substituição de um nome
por outro ou por uma expressão que facilmente o iden-
É a substituição de um nome por outro, em virtude de
tifique:
existir entre eles algum relacionamento. Tal substituição
A Cidade Maravilhosa (= Rio de Janeiro) continua
pode acontecer dos seguintes modos:
atraindo visitantes do mundo todo.
A Cidade-Luz (=Paris)
1 - Autor pela obra: Gosto de ler Machado de Assis. (=
O rei das selvas (=o leão)
Gosto de ler a obra literária de Machado de Assis).
2 - Inventor pelo invento: Édson ilumina o mundo. (= Observação: quando a perífrase indica uma pes-
As lâmpadas iluminam o mundo). soa, recebe o nome de antonomásia. Exemplos:
3 - Símbolo pelo objeto simbolizado: Não te afastes O Divino Mestre (= Jesus Cristo) passou a vida prati-
da cruz. (= Não te afastes da religião). cando o bem.
4 - Lugar pelo produto do lugar: Fumei um saboroso O Poeta dos Escravos (= Castro Alves) morreu muito
Havana. (= Fumei um saboroso charuto). jovem.
5 - Efeito pela causa: Sócrates bebeu a morte. (= Só- O Poeta da Vila (= Noel Rosa) compôs lindas canções.
crates tomou veneno).
6 - Causa pelo efeito: Moro no campo e como do meu Sinestesia
trabalho. (= Moro no campo e como o alimento que pro-
duzo). Consiste em mesclar, numa mesma expressão, as sen-
7 - Continente pelo conteúdo: Bebeu o cálice todo. sações percebidas por diferentes órgãos do sentido. É o
(= Bebeu todo o líquido que estava no cálice). cruzamento de sensações distintas.
8 - Instrumento pela pessoa que utiliza: Os micro- Um grito áspero revelava tudo o que sentia. (grito =
fones foram atrás dos jogadores. (= Os repórteres foram auditivo; áspero = tátil)
atrás dos jogadores). No silêncio escuro do seu quarto, aguardava os aconte-
9 - Parte pelo todo: Várias pernas passavam apressa- cimentos. (silêncio = auditivo; escuro = visual)
damente. (= Várias pessoas passavam apressadamente). Tosse gorda. (sensação auditiva X sensação tátil)

10
LÍNGUA PORTUGUESA

Fontes de pesquisa: Prosopopeia ou Personificação


http://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil2.
php É a atribuição de ações ou qualidades de seres ani-
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa mados a seres inanimados, ou características humanas a
Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. seres não humanos. Observe os exemplos:
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce- As pedras andam vagarosamente.
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São O livro é um mudo que fala, um surdo que ouve, um
Paulo: Saraiva, 2010. cego que guia.
A floresta gesticulava nervosamente diante da serra.
Antítese Chora, violão.
Consiste no emprego de palavras que se opõem Apóstrofe
quanto ao sentido. O contraste que se estabelece serve,
essencialmente, para dar uma ênfase aos conceitos envol-
Consiste na “invocação” de alguém ou de alguma coi-
vidos que não se conseguiria com a exposição isolada dos
sa personificada, de acordo com o objetivo do discurso,
mesmos. Observe os exemplos:
que pode ser poético, sagrado ou profano. Caracteriza-
“O mito é o nada que é tudo.” (Fernando Pessoa)
O corpo é grande e a alma é pequena. se pelo chamamento do receptor da mensagem, seja ele
“Quando um muro separa, uma ponte une.” imaginário ou não. A introdução da apóstrofe interrompe
Não há gosto sem desgosto. a linha de pensamento do discurso, destacando-se assim
a entidade a que se dirige e a ideia que se pretende pôr
Paradoxo ou oximoro em evidência com tal invocação. Realiza-se por meio do
vocativo. Exemplos:
É a associação de ideias, além de contrastantes, con- Moça, que fazes aí parada?
traditórias. Seria a antítese ao extremo. “Pai Nosso, que estais no céu”
Era dor, sim, mas uma dor deliciosa. Deus, ó Deus! Onde estás?
Ouvimos as vozes do silêncio.
Gradação
Eufemismo
Apresentação de ideias por meio de palavras, sinôni-
É o emprego de uma expressão mais suave, mais no- mas ou não, em ordem ascendente (clímax) ou descen-
bre ou menos agressiva, para comunicar alguma coisa ás- dente (anticlímax). Observe este exemplo:
pera, desagradável ou chocante. Havia o céu, havia a terra, muita gente e mais Joana
Depois de muito sofrimento, entregou a alma ao Se- com seus olhos claros e brincalhões...
nhor. (= morreu)
O prefeito ficou rico por meios ilícitos. (= roubou) O objetivo do narrador é mostrar a expressividade
Fernando faltou com a verdade. (= mentiu) dos olhos de Joana. Para chegar a este detalhe, ele se re-
Faltar à verdade. (= mentir) fere ao céu, à terra, às pessoas e, finalmente, a Joana e
seus olhos. Nota-se que o pensamento foi expresso em
Ironia ordem decrescente de intensidade. Outros exemplos:
“Vive só para mim, só para a minha vida, só para meu
É sugerir, pela entoação e contexto, o contrário do
amor”. (Olavo Bilac)
que as palavras ou frases expressam, geralmente apresen-
“O trigo... nasceu, cresceu, espigou, amadureceu, co-
tando intenção sarcástica. A ironia deve ser muito bem
lheu-se.” (Padre Antônio Vieira)
construída para que cumpra a sua finalidade; mal cons-
truída, pode passar uma ideia exatamente oposta à dese-
jada pelo emissor. Fontes de pesquisa:
Como você foi bem na prova! Não tirou nem a nota http://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil5.
mínima. php
Parece um anjinho aquele menino, briga com todos SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
que estão por perto. Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
O governador foi sutil como um elefante. Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São
Hipérbole Paulo: Saraiva, 2010.

É a expressão intencionalmente exagerada com o in- As figuras de construção (ou sintática, de sintaxe)
tuito de realçar uma ideia. ocorrem quando desejamos atribuir maior expressividade
Faria isso milhões de vezes se fosse preciso. ao significado. Assim, a lógica da frase é substituída pela
“Rios te correrão dos olhos, se chorares.” (Olavo Bilac) maior expressividade que se dá ao sentido.
O concurseiro quase morre de tanto estudar!

11
LÍNGUA PORTUGUESA

Elipse Silepse de Pessoa - Três são as pessoas gramaticais:


eu, tu e ele (as três pessoas do singular); nós, vós, eles (as
Consiste na omissão de um ou mais termos numa três do plural). A silepse de pessoa ocorre quando há um
oração e que podem ser facilmente identificados, tanto desvio de concordância. O verbo, mais uma vez, não con-
por elementos gramaticais presentes na própria oração, corda com o sujeito da oração, mas sim com a pessoa que
quanto pelo contexto. está inscrita no sujeito. Exemplos:
A catedral da Sé. (a igreja catedral) O que não compreendo é como os brasileiros persista-
Domingo irei ao estádio. (no domingo eu irei ao es- mos em aceitar essa situação.
tádio) Os agricultores temos orgulho de nosso trabalho.
“Dizem que os cariocas somos poucos dados aos jar-
Zeugma dins públicos.” (Machado de Assis)

Zeugma é uma forma de elipse. Ocorre quando é feita Observe que os verbos persistamos, temos e somos
a omissão de um termo já mencionado anteriormente. não concordam gramaticalmente com os seus sujeitos
Ele gosta de geografia; eu, de português. (eu gosto de (brasileiros, agricultores e cariocas, que estão na terceira
português) pessoa), mas com a ideia que neles está contida (nós, os
Na casa dela só havia móveis antigos; na minha, só brasileiros, os agricultores e os cariocas).
modernos. (só havia móveis)
Ela gosta de natação; eu, de vôlei. (gosto de) Polissíndeto / Assíndeto

Silepse Para estudarmos as duas figuras de construção é ne-


cessário recordar um conceito estudado em sintaxe sobre
A silepse é a concordância que se faz com o termo período composto. No período composto por coordena-
que não está expresso no texto, mas, sim, subentendido. ção, podemos ter orações sindéticas ou assindéticas. A
É uma concordância anormal, psicológica, porque se faz oração coordenada ligada por uma conjunção (conectivo)
com um termo oculto, facilmente identificado. Há três ti- é sindética; a oração que não apresenta conectivo é assin-
pos de silepse: de gênero, número e pessoa. dética. Recordado esse conceito, podemos definir as duas
figuras de construção:
Silepse de Gênero - Os gêneros são masculino e fe-
minino. Ocorre a silepse de gênero quando a concordân- 1) Polissíndeto - É uma figura caracterizada pela re-
cia se faz com a ideia que o termo comporta. Exemplos: petição enfática dos conectivos. Observe o exemplo: O
menino resmunga, e chora, e grita, e ninguém faz nada.
1) A bonita Porto Velho sofreu mais uma vez com o
calor intenso. 2) Assíndeto - É uma figura caracterizada pela au-
Neste caso, o adjetivo bonita não está concordando sência, pela omissão das conjunções coordenativas, re-
com o termo Porto Velho, que gramaticalmente pertence sultando no uso de orações coordenadas assindéticas.
ao gênero masculino, mas com a ideia contida no termo Exemplos:
(a cidade de Porto Velho). Tens casa, tens roupa, tens amor, tens família.
“Vim, vi, venci.” (Júlio César)
2) Vossa Excelência está preocupado.
O adjetivo preocupado concorda com o sexo da pes- Pleonasmo
soa, que nesse caso é masculino, e não com o termo Vossa
Excelência. Consiste na repetição de um termo ou ideia, com as
mesmas palavras ou não. A finalidade do pleonasmo é
Silepse de Número - Os números são singular e plu- realçar a ideia, torná-la mais expressiva.
ral. A silepse de número ocorre quando o verbo da oração O problema da violência, é necessário resolvê-lo logo.
não concorda gramaticalmente com o sujeito da oração,
mas com a ideia que nele está contida. Exemplos: Nesta oração, os termos “o problema da violência”
A procissão saiu. Andaram por todas as ruas da cidade e “lo” exercem a mesma função sintática: objeto direto.
de Salvador. Assim, temos um pleonasmo do objeto direto, sendo o
O povo corria por todos os lados e gritavam muito alto. pronome “lo” classificado como objeto direto pleonástico.
Outro exemplo:
Note que nos exemplos acima, os verbos andaram e Aos funcionários, não lhes interessam tais medidas.
gritavam não concordam gramaticalmente com os sujei- Aos funcionários, lhes = Objeto Indireto
tos das orações (que se encontram no singular, procissão
e povo, respectivamente), mas com a ideia que neles está
contida. Procissão e povo dão a ideia de muita gente, por Neste caso, há um pleonasmo do objeto indireto, e o
isso que os verbos estão no plural. pronome “lhes” exerce a função de objeto indireto pleo-
nástico.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Observação: o pleonasmo só tem razão de ser quan- Figuras de Som


do confere mais vigor à frase; caso contrário, torna-se um
pleonasmo vicioso: Aliteração - Consiste na repetição de consoantes
Vi aquela cena com meus próprios olhos. como recurso para intensificação do ritmo ou como efei-
Vamos subir para cima. to sonoro significativo.
Ele desceu pra baixo. Três pratos de trigo para três tigres tristes.
Vozes veladas, veludosas vozes... (Cruz e Sousa)
Anáfora Quem com ferro fere com ferro será ferido.

É a repetição de uma ou mais palavras no início de Assonância - Consiste na repetição ordenada de


várias frases, criando, assim, um efeito de reforço e de sons vocálicos idênticos:
coerência. Pela repetição, a palavra ou expressão em cau- “Sou um mulato nato no sentido lato mulato demo-
sa é posta em destaque, permitindo ao escritor valorizar crático do litoral.”
determinado elemento textual. Os termos anafóricos po-
dem muitas vezes ser substituídos por pronomes. Onomatopéia - Ocorre quando se tentam reproduzir
Encontrei um amigo ontem. Ele me disse que te conhe- na forma de palavras os sons da realidade:
cia. Os sinos faziam blem, blem, blem, blem.
“Tudo cura o tempo, tudo gasta, tudo digere, tudo aca-
ba.” (Padre Vieira) Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil8.
Anacoluto php
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Consiste na mudança da construção sintática no meio Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
da frase, ficando alguns termos desligados do resto do Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce-
período. É a quebra da estrutura normal da frase para a
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São
introdução de uma palavra ou expressão sem nenhuma
Paulo: Saraiva, 2010.
ligação sintática com as demais.
Esses alunos da escola, não se pode duvidar deles.
Questões
Morrer, todo haveremos de morrer.
1-) (DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE
Aquele garoto, você não disse que ele chegaria logo?
JANEIRO – TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO EM BI-
BLIOTECONOMIA – FGV/2014 - adaptada) Ao dizer que
A expressão “esses alunos da escola”, por exemplo, de-
os shoppings são “cidades”, o autor do texto faz uso de
veria exercer a função de sujeito. No entanto, há uma in-
terrupção da frase e esta expressão fica à parte, não exer- um tipo de linguagem figurada denominada
cendo nenhuma função sintática. O anacoluto também é (A) metonímia.
chamado de “frase quebrada”, pois corresponde a uma (B) eufemismo.
interrupção na sequência lógica do pensamento. (C) hipérbole.
(D) metáfora.
Observação: o anacoluto deve ser usado com finali- (E) catacrese.
dade expressiva em casos muito especiais. Em geral, evi-
te-o. 1-) A metáfora consiste em retirar uma palavra de seu
contexto convencional (denotativo) e transportá-la para
Hipérbato / Inversão um novo campo de significação (conotativa), por meio de
uma comparação implícita, de uma similaridade existente
É a inversão da estrutura frásica, isto é, a inversão da entre as duas.
ordem direta dos termos da oração, fazendo com que o (Fonte:http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portu-
sujeito venha depois do predicado: gues/metafora-figura-de-palavra-variacoes-e-exemplos.
Ao ódio venceu o amor. (Na ordem direta seria: O htm)
amor venceu ao ódio) RESPOSTA: “D”.
Dos meus problemas cuido eu! (Na ordem direta seria:
Eu cuido dos meus problemas)

* Observação da Zê!
O nosso Hino Nacional é um exemplo de hipérbato, já
que, na ordem direta, teríamos:
“As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado re-
tumbante de um povo heroico”.

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LÍNGUA PORTUGUESA

2-) (PREFEITURA DE ARCOVERDE/PE - ADMINISTRADOR DE RECURSOS HUMANOS – CONPASS/2014) Identifique a


figura de linguagem presente na tira seguinte:

A) metonímia
B) prosopopeia
C) hipérbole
D) eufemismo
E) onomatopeia

2-) “Eufemismo = é o emprego de uma expressão mais suave, mais nobre ou menos agressiva, para comunicar algu-
ma coisa áspera, desagradável ou chocante”. No caso da tirinha, é utilizada a expressão “deram suas vidas por nós” no
lugar de “que morreram por nós”.
RESPOSTA: “D”.

3-) (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/UFAL/2014)


Está tão quente que dá para fritar um ovo no asfalto.
O dito popular é, na maioria das vezes, uma figura de linguagem. Entre as 14h30min e às 15h desta terça-feira, ho-
rário do dia em que o calor é mais intenso, a temperatura do asfalto, medida com um termômetro de contato, chegou a
65ºC. Para fritar um ovo, seria preciso que o local alcançasse aproximadamente 90ºC.
Disponível em: http://zerohora.clicrbs.com.br. Acesso em: 22 jan. 2014.

O texto cita que o dito popular “está tão quente que dá para fritar um ovo no asfalto” expressa uma figura de lingua-
gem. O autor do texto refere-se a qual figura de linguagem?
A) Eufemismo.
B) Hipérbole.
C) Paradoxo.
D) Metonímia.
E) Hipérbato.

3-) A expressão é um exagero! Ela serve apenas para representar o calor excessivo que está fazendo. A figura que é
utilizada “mil vezes” (!) para atingir tal objetivo é a hipérbole.
RESPOSTA: “B”.

PONTUAÇÃO.

Os sinais de pontuação são marcações gráficas que servem para compor a coesão e a coerência textual, além de
ressaltar especificidades semânticas e pragmáticas. Um texto escrito adquire diferentes significados quando pontuado
de formas diversificadas. O uso da pontuação depende, em certos momentos, da intenção do autor do discurso. Assim,
os sinais de pontuação estão diretamente relacionados ao contexto e ao interlocutor.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Principais funções dos sinais de pontuação Ponto de Exclamação (!)

Ponto (.) 1- Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera,


susto, súplica, etc.
1- Indica o término do discurso ou de parte dele, en- Sim! Claro que eu quero me casar com você!
cerrando o período.
2- Depois de interjeições ou vocativos
2- Usa-se nas abreviaturas: pág. (página), Cia. (Com- Ai! Que susto!
panhia). Se a palavra abreviada aparecer em final de pe- João! Há quanto tempo!
ríodo, este não receberá outro ponto; neste caso, o ponto
de abreviatura marca, também, o fim de período. Exem- Ponto de Interrogação (?)
plo: Estudei português, matemática, constitucional, etc. (e
não “etc..”) Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres.
“- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Aze-
3- Nos títulos e cabeçalhos é opcional o emprego do vedo)
ponto, assim como após o nome do autor de uma citação:
Haverá eleições em outubro Reticências (...)
O culto do vernáculo faz parte do brio cívico. (Napo-
leão Mendes de Almeida) (ou: Almeida.) 1- Indica que palavras foram suprimidas: Comprei lá-
pis, canetas, cadernos...
4- Os números que identificam o ano não utilizam
ponto nem devem ter espaço a separá-los, bem como os 2- Indica interrupção violenta da frase.
números de CEP: 1975, 2014, 2006, 17600-250. “- Não... quero dizer... é verdad... Ah!”

Ponto e Vírgula ( ; ) 3- Indica interrupções de hesitação ou dúvida: Este


mal... pega doutor?
1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma
4- Indica que o sentido vai além do que foi dito: Dei-
importância: “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos
xa, depois, o coração falar...
dão pelo pão a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo
pão a vida; os de nenhum espírito dão pelo pão a alma...”
Vírgula (,)
(VIEIRA)
Não se usa vírgula
2- Separa partes de frases que já estão separadas
por vírgulas: Alguns quiseram verão, praia e calor; outros,
* separando termos que, do ponto de vista sintático,
montanhas, frio e cobertor. ligam-se diretamente entre si:
- entre sujeito e predicado:
3- Separa itens de uma enumeração, exposição de Todos os alunos da sala foram advertidos.
motivos, decreto de lei, etc. Sujeito predicado
Ir ao supermercado;
Pegar as crianças na escola; - entre o verbo e seus objetos:
Caminhada na praia; O trabalho custou sacrifício aos
Reunião com amigos. realizadores.
V.T.D.I. O.D. O.I.
Dois pontos (:)
Usa-se a vírgula:
1- Antes de uma citação
Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto: - Para marcar intercalação:
a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abun-
2- Antes de um aposto dância, vem caindo de preço.
Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão
tarde e calor à noite. produzindo, todavia, altas quantidades de alimentos.
c) das expressões explicativas ou corretivas: As indús-
3- Antes de uma explicação ou esclarecimento trias não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não
Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, viven- querem abrir mão dos lucros altos.
do a rotina de sempre.
- Para marcar inversão:
4- Em frases de estilo direto a) do adjunto adverbial (colocado no início da ora-
Maria perguntou: ção): Depois das sete horas, todo o comércio está de portas
- Por que você não toma uma decisão? fechadas.

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LÍNGUA PORTUGUESA

b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos Questões


pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma.
c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de 1-) (SAAE/SP - FISCAL LEITURISTA - VUNESP - 2014)
maio de 1982.

- Para separar entre si elementos coordenados (dis-


postos em enumeração):
Era um garoto de 15 anos, alto, magro.
A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e ani-
mais.

- Para marcar elipse (omissão) do verbo:


Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco.

- Para isolar:
- o aposto: São Paulo, considerada a metrópole brasi-
leira, possui um trânsito caótico.
- o vocativo: Ora, Thiago, não diga bobagem.

Observações:
- Considerando-se que “etc.” é abreviatura da expres-
são latina et cetera, que significa “e outras coisas”, seria
dispensável o emprego da vírgula antes dele. Porém, o
acordo ortográfico em vigor no Brasil exige que empre- (SAAE/SP - FISCAL LEITURISTA - VUNESP - 2014) Se-
guemos etc. precedido de vírgula: Falamos de política, fu-
gundo a norma-padrão da língua portuguesa, a pontua-
tebol, lazer, etc.
ção está correta em:
A) Hagar disse, que não iria.
- As perguntas que denotam surpresa podem ter
B) Naquela noite os Stevensens prometeram servir,
combinados o ponto de interrogação e o de exclamação:
bifes e lagostas, aos vizinhos.
Você falou isso para ela?!
C) Chegou, o convite dos Stevensens, bife e lagostas:
para Hagar e Helga
- Temos, ainda, sinais distintivos:
D) “Eles são chatos e, nunca param de falar”, disse,
1-) a barra ( / ) = usada em datas (25/12/2014), sepa-
ração de siglas (IOF/UPC); Hagar à Helga.
2-) os colchetes ([ ]) = usados em transcrições feitas E) Helga chegou com o recado: fomos convidados,
pelo narrador ([vide pág. 5]), usado como primeira opção pelos Stevensens, para jantar bifes e lagostas.
aos parênteses, principalmente na matemática;
3-) o asterisco ( * ) = usado para remeter o leitor a 1-) Correções realizadas:
uma nota de rodapé ou no fim do livro, para substituir um A) Hagar disse que não iria. = não há vírgula entre
nome que não se quer mencionar. verbo e seu complemento (objeto)
B) Naquela noite os Stevensens prometeram servir bi-
Fontes de pesquisa: fes e lagostas aos vizinhos. = não há vírgula entre verbo e
http://www.infoescola.com/portugues/pontuacao/ seu complemento (objeto)
http://www.brasilescola.com/gramatica/uso-da-vir- C) Chegou o convite dos Stevensens: bife e lagostas
gula.htm para Hagar e Helga.
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Ce- D) “Eles são chatos e nunca param de falar”, disse Ha-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São gar à Helga.
Paulo: Saraiva, 2010. E) Helga chegou com o recado: fomos convidados,
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa pelos Stevensens, para jantar bifes e lagostas.
Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. RESPOSTA: “E”.

2-) (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – MÉDICO DO TRA-


BALHO – CESPE/2014 - adaptada)
A correção gramatical do trecho “Entre as bebidas al-
coólicas, cervejas e vinhos são as mais comuns em todo
o mundo” seria prejudicada, caso se inserisse uma vírgula
logo após a palavra “vinhos”.
( ) CERTO ( ) ERRADO

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LÍNGUA PORTUGUESA

2-) Não se deve colocar vírgula entre sujeito e predi- Observe outros exemplos:
cado, a não ser que se trate de um aposto (1), predicativo
do sujeito (2), ou algum termo que requeira estar separa- de águia aquilino
do entre pontuações. Exemplos: de aluno discente
O Rio de Janeiro, cidade maravilhosa (1), está em festa!
Os meninos, ansiosos (2), chegaram! de anjo angelical
RESPOSTA: “CERTO”. de ano anual

4-) (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB/2014) Em de aranha aracnídeo


apenas uma das opções a vírgula foi corretamente em- de boi bovino
pregada. Assinale-a. de cabelo capilar
A) No dia seguinte, estavam todos cansados.
B) Romperam a fita da vitória, os dois atletas. de cabra caprino
C) Os seus hábitos estranhos, deixavam as pessoas de campo campestre ou rural
perplexas.
de chuva pluvial
D) A luta em defesa dos mais fracos, é necessária e
fundamental. de criança pueril
E) As florestas nativas do Brasil, sobrevivem em pe- de dedo digital
quena parte do território.
de estômago estomacal ou gástrico
5-) de falcão falconídeo
A) No dia seguinte, estavam todos cansados. = correta de farinha farináceo
B) Romperam a fita da vitória, os dois atletas = não se
separa sujeito do predicado (o sujeito está no final). de fera ferino
C) Os seus hábitos estranhos, deixavam as pessoas de ferro férreo
perplexas = não se separa sujeito do predicado.
de fogo ígneo
D) A luta em defesa dos mais fracos, é necessária e
fundamental = não se separa sujeito do predicado. de garganta gutural
E) As florestas nativas do Brasil, sobrevivem em peque- de gelo glacial
na parte do território. = não se separa sujeito do predicado
RESPOSTA: “A”. de guerra bélico
de homem viril ou humano
de ilha insular
CLASSES DE PALAVRAS: SUBSTANTIVO, de inverno hibernal ou invernal
ADJETIVO, NUMERAL, PRONOME, VERBO, de lago lacustre
ADVÉRBIO, PREPOSIÇÃO E CONJUNÇÃO:
de leão leonino
EMPREGO E SENTIDO QUE IMPRIMEM ÀS
RELAÇÕES QUE ESTABELECEM. de lebre leporino
de lua lunar ou selênico
de madeira lígneo
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou de mestre magistral
característica do ser e se relaciona com o substantivo,
de ouro áureo
concordando com este em gênero e número.
de paixão passional
As praias brasileiras estão poluídas. de pâncreas pancreático
Praias = substantivo; brasileiras/poluídas = adjetivos de porco suíno ou porcino
(plural e feminino, pois concordam com “praias”). dos quadris ciático
de rio fluvial
Locução adjetiva
de sonho onírico
Locução = reunião de palavras. Sempre que são ne- de velho senil
cessárias duas ou mais palavras para falar sobre a mesma
de vento eólico
coisa, tem-se uma locução. Às vezes, uma preposição +
substantivo tem o mesmo valor de um adjetivo: é a Locu- de vidro vítreo ou hialino
ção Adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo). Por de virilha inguinal
exemplo: aves da noite (aves noturnas), paixão sem freio
de visão óptico ou ótico
(paixão desenfreada).

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LÍNGUA PORTUGUESA

* Observação: nem toda locução adjetiva possui um adjetivo correspondente, com o mesmo significado. Por exem-
plo: Vi as alunas da 5ª série. / O muro de tijolos caiu.

Morfossintaxe do Adjetivo (Função Sintática):

O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função dentro de uma oração) relativas aos substantivos, atuando como
adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto).

Adjetivo Pátrio (ou gentílico)

Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Observe alguns deles:

Estados e cidades brasileiras:

Alagoas alagoano
Amapá amapaense
Aracaju aracajuano ou aracajuense
Amazonas amazonense ou baré
Belo Horizonte belo-horizontino
Brasília brasiliense
Cabo Frio cabo-friense
Campinas campineiro ou campinense

Adjetivo Pátrio Composto

Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita.
Observe alguns exemplos:

África afro- / Cultura afro-americana


Alemanha germano- ou teuto-/Competições teuto-inglesas
América américo- / Companhia américo-africana
Bélgica belgo- / Acampamentos belgo-franceses
China sino- / Acordos sino-japoneses
Espanha hispano- / Mercado hispano-português
Europa euro- / Negociações euro-americanas
França franco- ou galo- / Reuniões franco-italianas
Grécia greco- / Filmes greco-romanos
Inglaterra anglo- / Letras anglo-portuguesas
Itália ítalo- / Sociedade ítalo-portuguesa
Japão nipo- / Associações nipo-brasileiras
Portugal luso- / Acordos luso-brasileiros

Flexão dos adjetivos

O adjetivo varia em gênero, número e grau.

Gênero dos Adjetivos

Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos subs-
tantivos, classificam-se em:

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LÍNGUA PORTUGUESA

Biformes - têm duas formas, sendo uma para o mas- Grau do Adjetivo
culino e outra para o feminino: ativo e ativa, mau e má.
Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no fe- Os adjetivos se flexionam em grau para indicar a in-
minino somente o último elemento: o moço norte-america- tensidade da qualidade do ser. São dois os graus do adje-
no, a moça norte-americana. tivo: o comparativo e o superlativo.

* Exceção: surdo-mudo e surda-muda. Comparativo

Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino Nesse grau, comparam-se a mesma característica atri-
como para o feminino: homem feliz e mulher feliz. buída a dois ou mais seres ou duas ou mais característi-
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no cas atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de
feminino: conflito político-social e desavença político-social. igualdade, de superioridade ou de inferioridade.
Número dos Adjetivos
Sou tão alto como você. = Comparativo de Igualdade
No comparativo de igualdade, o segundo termo da
Plural dos adjetivos simples
comparação é introduzido pelas palavras como, quanto ou
quão.
Os adjetivos simples se flexionam no plural de acordo
com as regras estabelecidas para a flexão numérica dos
substantivos simples: mau e maus, feliz e felizes, ruim e ruins, Sou mais alto (do) que você. = Comparativo de Supe-
boa e boas. rioridade Analítico
Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça No comparativo de superioridade analítico, entre os
função de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a pala- dois substantivos comparados, um tem qualidade supe-
vra que estiver qualificando um elemento for, originalmente, rior. A forma é analítica porque pedimos auxílio a “mais...
um substantivo, ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: do que” ou “mais...que”.
a palavra cinza é, originalmente, um substantivo; porém, se
estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. O Sol é maior (do) que a Terra. = Comparativo de Su-
Ficará, então, invariável. Logo: camisas cinza, ternos cinza. perioridade Sintético

Veja outros exemplos: Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de


Motos vinho (mas: motos verdes) superioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São
Paredes musgo (mas: paredes brancas). eles: bom /melhor, pequeno/menor, mau/pior, alto/supe-
Comícios monstro (mas: comícios grandiosos). rior, grande/maior, baixo/inferior.
Observe que:
Adjetivo Composto a) As formas menor e pior são comparativos de su-
perioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau,
É aquele formado por dois ou mais elementos. Normal- respectivamente.
mente, esses elementos são ligados por hífen. Apenas o últi- b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas
mo elemento concorda com o substantivo a que se refere; os (melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações
demais ficam na forma masculina, singular. Caso um dos ele- feitas entre duas qualidades de um mesmo elemento, de-
mentos que formam o adjetivo composto seja um substan- ve-se usar as formas analíticas mais bom, mais mau,mais
tivo adjetivado, todo o adjetivo composto ficará invariável.
grande e mais pequeno. Por exemplo:
Por exemplo: a palavra “rosa” é, originalmente, um substan-
Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois
tivo, porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará
elementos.
como adjetivo. Caso se ligue a outra palavra por hífen, forma-
Pedro é mais grande que pequeno - comparação de
rá um adjetivo composto; como é um substantivo adjetivado,
o adjetivo composto inteiro ficará invariável. Veja: duas qualidades de um mesmo elemento.
Camisas rosa-claro.
Ternos rosa-claro. Sou menos alto (do) que você. = Comparativo de In-
Olhos verde-claros. ferioridade
Calças azul-escuras e camisas verde-mar. Sou menos passivo (do) que tolerante.
Telhados marrom-café e paredes verde-claras.
Superlativo
* Observação:
- Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer O superlativo expressa qualidades num grau muito
adjetivo composto iniciado por “cor-de-...” são sempre elevado ou em grau máximo. Pode ser absoluto ou relati-
invariáveis: roupas azul-marinho, tecidos azul-celeste, ves- vo e apresenta as seguintes modalidades:
tidos cor-de-rosa. Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade
- O adjetivo composto surdo-mudo tem os dois ele- de um ser é intensificada, sem relação com outros seres.
mentos flexionados: crianças surdas-mudas. Apresenta-se nas formas:

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LÍNGUA PORTUGUESA

1-) Analítica: a intensificação é feita com o auxílio Advérbio


de palavras que dão ideia de intensidade (advérbios). Por
exemplo: O concurseiro é muito esforçado. Compare estes exemplos:
2-) Sintética: nesta, há o acréscimo de sufixos. Por
exemplo: O concurseiro é esforçadíssimo. O ônibus chegou.
O ônibus chegou ontem.
Observe alguns superlativos sintéticos:
Advérbio é uma palavra invariável que modifica o sentido
benéfico - beneficentíssimo do verbo (acrescentando-lhe circunstâncias de tempo, de modo,
de lugar, de intensidade), do adjetivo e do próprio advérbio.
bom - boníssimo ou ótimo Estudei bastante. = modificando o verbo estudei
comum - comuníssimo Ele canta muito bem! = intensificando outro advérbio
(bem)
cruel - crudelíssimo
Ela tem os olhos muito claros. = relação com um ad-
difícil - dificílimo jetivo (claros)
doce - dulcíssimo
Quando modifica um verbo, o advérbio pode acres-
fácil - facílimo
centar ideia de:
fiel - fidelíssimo Tempo: Ela chegou tarde.
Lugar: Ele mora aqui.
Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de Modo: Eles agiram mal.
um ser é intensificada em relação a um conjunto de seres. Negação: Ela não saiu de casa.
Essa relação pode ser: Dúvida: Talvez ele volte.
1-) De Superioridade: Essa matéria é a mais fácil de
todas. Flexão do Advérbio
2-) De Inferioridade: Essa matéria é a menos fácil de
todas. Os advérbios são palavras invariáveis, isto é, não apre-
sentam variação em gênero e número. Alguns advérbios,
* Note bem: porém, admitem a variação em grau. Observe:
1) O superlativo absoluto analítico é expresso por
meio dos advérbios muito, extremamente, excepcional- Grau Comparativo
mente, antepostos ao adjetivo.
2) O superlativo absoluto sintético se apresenta sob Forma-se o comparativo do advérbio do mesmo
duas formas: uma erudita - de origem latina - outra po- modo que o comparativo do adjetivo:
pular - de origem vernácula. A forma erudita é constituída - de igualdade: tão + advérbio + quanto (como): Re-
pelo radical do adjetivo latino + um dos sufixos -íssimo, nato fala tão alto quanto João.
-imo ou érrimo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo. A forma - de inferioridade: menos + advérbio + que (do que):
popular é constituída do radical do adjetivo português + Renato fala menos alto do que João.
o sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo. - de superioridade:
3-) Os adjetivos terminados em –io fazem o super- 1-) Analítico: mais + advérbio + que (do que): Renato
lativo com dois “ii”: frio – friíssimo, sério – seriíssimo; os fala mais alto do que João.
terminados em –eio, com apenas um “i”: feio - feíssimo, 2-) Sintético: melhor ou pior que (do que): Renato fala
cheio – cheíssimo. melhor que João.

Fontes de pesquisa: Grau Superlativo


http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/
morf32.php O superlativo pode ser analítico ou sintético:
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce- - Analítico: acompanhado de outro advérbio: Renato
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São fala muito alto.
Paulo: Saraiva, 2010. muito = advérbio de intensidade / alto = advérbio
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa de modo
Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- - Sintético: formado com sufixos: Renato fala altís-
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. simo.

* Observação: as formas diminutivas (cedinho, perti-


nho, etc.) são comuns na língua popular.
Maria mora pertinho daqui. (muito perto)
A criança levantou cedinho. (muito cedo)

20
LÍNGUA PORTUGUESA

Classificação dos Advérbios Distinção entre Advérbio e Pronome Indefinido

De acordo com a circunstância que exprime, o advér- Há palavras como muito, bastante, que podem apare-
bio pode ser de: cer como advérbio e como pronome indefinido.
Lugar: aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, Advérbio: refere-se a um verbo, adjetivo, ou a outro
atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, advérbio e não sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muito.
abaixo, aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, Pronome Indefinido: relaciona-se a um substantivo
adentro, afora, alhures, aquém, embaixo, externamente, a e sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muitos quilômetros.
distância, à distância de, de longe, de perto, em cima, à
direita, à esquerda, ao lado, em volta. * Dica: Como saber se a palavra bastante é advérbio
Tempo: hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora, (não varia, não se flexiona) ou pronome indefinido (varia,
amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes, sofre flexão)? Se der, na frase, para substituir o “bastante”
por “muito”, estamos diante de um advérbio; se der para
doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já,
substituir por “muitos” (ou muitas), é um pronome. Veja:
enfim, afinal, amiúde, breve, constantemente, entrementes,
imediatamente, primeiramente, provisoriamente, sucessi-
1-) Estudei bastante para o concurso. (estudei muito,
vamente, às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente,
pois “muitos” não dá!). = advérbio
de vez em quando, de quando em quando, a qualquer mo-
mento, de tempos em tempos, em breve, hoje em dia. 2-) Estudei bastantes capítulos para o concurso. (estu-
Modo: bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa, dei muitos capítulos) = pronome indefinido
acinte, debalde, devagar, às pressas, às claras, às cegas, à
toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse jeito, desse Advérbios Interrogativos
modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado,
a pé, de cor, em vão e a maior parte dos que terminam em São as palavras: onde? aonde? donde? quando? como?
“-mente”: calmamente, tristemente, propositadamente, pa- por quê? nas interrogações diretas ou indiretas, referentes
cientemente, amorosamente, docemente, escandalosamen- às circunstâncias de lugar, tempo, modo e causa. Veja:
te, bondosamente, generosamente.
Afirmação: sim, certamente, realmente, decerto, efeti- Interrogação Direta Interrogação Indireta
vamente, certo, decididamente, deveras, indubitavelmente.
Negação: não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de Como aprendeu? Perguntei como aprendeu.
forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum. Onde mora? Indaguei onde morava.
Dúvida: acaso, porventura, possivelmente, provavel- Por que choras? Não sei por que choras.
mente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe.
Aonde vai? Perguntei aonde ia.
Intensidade: muito, demais, pouco, tão, em excesso,
bastante, mais, menos, demasiado, quanto, quão, tanto, Donde vens? Pergunto donde vens.
assaz, que (equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de Quando voltas? Pergunto quando voltas.
todo, de muito, por completo, extremamente, intensamen-
te, grandemente, bem (quando aplicado a propriedades Locução Adverbial
graduáveis).
Exclusão: apenas, exclusivamente, salvo, senão, so- Quando há duas ou mais palavras que exercem fun-
mente, simplesmente, só, unicamente. Por exemplo: Bran- ção de advérbio, temos a locução adverbial, que pode
do, o vento apenas move a copa das árvores. expressar as mesmas noções dos advérbios. Iniciam ordi-
Inclusão: ainda, até, mesmo, inclusivamente, também. nariamente por uma preposição. Veja:
Por exemplo: O indivíduo também amadurece durante a lugar: à esquerda, à direita, de longe, de perto, para
adolescência. dentro, por aqui, etc.
Ordem: depois, primeiramente, ultimamente. Por afirmação: por certo, sem dúvida, etc.
exemplo: Primeiramente, eu gostaria de agradecer aos modo: às pressas, passo a passo, de cor, em vão, em
meus amigos por comparecerem à festa. geral, frente a frente, etc.
tempo: de noite, de dia, de vez em quando, à tarde,
hoje em dia, nunca mais, etc.
* Saiba que:
- Para se exprimir o limite de possibilidade, antepõe-
* Observações:
se ao advérbio “o mais” ou “o menos”. Por exemplo: Fi-
- tanto a locução adverbial como o advérbio modifi-
carei o mais longe que puder daquele garoto. Voltarei o
cam o verbo, o adjetivo e outro advérbio:
menos tarde possível. Chegou muito cedo. (advérbio)
- Quando ocorrem dois ou mais advérbios em -mente, Joana é muito bela. (adjetivo)
em geral sufixamos apenas o último: Por exemplo: O alu- De repente correram para a rua. (verbo)
no respondeu calma e respeitosamente.

21
LÍNGUA PORTUGUESA

- Usam-se, de preferência, as formas mais bem e mais * Quando indicado no singular, o artigo definido pode
mal antes de adjetivos ou de verbos no particípio: indicar toda uma espécie:
Essa matéria é mais bem interessante que aquela. O trabalho dignifica o homem.
Nosso aluno foi o mais bem colocado no concurso!
- O numeral “primeiro”, ao modificar o verbo, é advér- * No caso de nomes próprios personativos, denotando a
bio: Cheguei primeiro. ideia de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso do
artigo:
- Quanto a sua função sintática: o advérbio e a lo- Marcela é a mais extrovertida das irmãs.
cução adverbial desempenham na oração a função de O Pedro é o xodó da família.
adjunto adverbial, classificando-se de acordo com as cir-
cunstâncias que acrescentam ao verbo, ao adjetivo ou ao * No caso de os nomes próprios personativos estarem
advérbio. Exemplo: no plural, são determinados pelo uso do artigo:
Meio cansada, a candidata saiu da sala. = adjunto ad- Os Maias, os Incas, Os Astecas...
verbial de intensidade (ligado ao adjetivo “cansada”)
Trovejou muito ontem. = adjunto adverbial de intensi- * Usa-se o artigo depois do pronome indefinido todo(a)
dade e de tempo, respectivamente. para conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso dele (o arti-
go), o pronome assume a noção de qualquer.
Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda)
Fontes de pesquisa:
Toda classe possui alunos interessados e desinteressados.
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/
(qualquer classe)
morf75.php
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce- * Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é fa-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São cultativo:
Paulo: Saraiva, 2010. Preparei o meu curso. Preparei meu curso.
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. * A utilização do artigo indefinido pode indicar uma ideia
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa de aproximação numérica:
Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. O máximo que ele deve ter é uns vinte anos.

Artigo * O artigo também é usado para substantivar palavras


pertencentes a outras classes gramaticais:
O artigo integra as dez classes gramaticais, definindo- Não sei o porquê de tudo isso.
se como o termo variável que serve para individualizar ou
generalizar o substantivo, indicando, também, o gênero * Há casos em que o artigo definido não pode ser usado:
(masculino/feminino) e o número (singular/plural). - antes de nomes de cidade e de pessoas conhecidas:
Os artigos se subdividem em definidos (“o” e as va- O professor visitará Roma.
riações “a”[as] e [os]) e indefinidos (“um” e as variações
“uma”[s] e “uns”). Mas, se o nome apresentar um caracterizador, a presen-
ça do artigo será obrigatória: O professor visitará a bela Roma.
Artigos definidos – São aqueles usados para indicar
seres determinados, expressos de forma individual: - antes de pronomes de tratamento:
O concurseiro estuda muito. Os concurseiros estudam Vossa Senhoria sairá agora?
muito. Exceção: O senhor vai à festa?

- após o pronome relativo “cujo” e suas variações:


Artigos indefinidos – São aqueles usados para indi-
Esse é o concurso cujas provas foram anuladas?
car seres de modo vago, impreciso:
Este é o candidato cuja nota foi a mais alta.
Uma candidata foi aprovada! Umas candidatas foram
aprovadas!
Fontes de pesquisa:
http://www.brasilescola.com/gramatica/artigo.htm
Circunstâncias em que os artigos se manifestam: Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
* Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do Saraiva, 2010.
numeral “ambos”: Português: novas palavras: literatura, gramática, redação /
Ambos os concursos cobrarão tal conteúdo. Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.SACCONI, Luiz
Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São
* Nomes próprios indicativos de lugar admitem o uso Paulo: Nova Geração, 2010.
do artigo, outros não: Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cere-
São Paulo, O Rio de Janeiro, Veneza, A Bahia... ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Conjunção 3) Alternativas: ligam orações ou palavras, expres-


sando ideia de alternância ou escolha, indicando fatos
Além da preposição, há outra palavra também inva- que se realizam separadamente. São elas: ou, ou... ou,
riável que, na frase, é usada como elemento de ligação: ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, talvez... talvez.
a conjunção. Ela serve para ligar duas orações ou duas Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário.
palavras de mesma função em uma oração:
O concurso será realizado nas cidades de Campinas e 4) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração
São Paulo. que expressa ideia de conclusão ou consequência. São
A prova não será fácil, por isso estou estudando muito. elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguin-
te, por isso, assim.
Morfossintaxe da Conjunção Marta estava bem preparada para o teste, portanto
não ficou nervosa.
As conjunções, a exemplo das preposições, não exer- Você nos ajudou muito; terá, pois, nossa gratidão.
cem propriamente uma função sintática: são conectivos.
5) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração
Classificação da Conjunção que a explica, que justifica a ideia nela contida. São elas:
que, porque, pois (antes do verbo), porquanto.
De acordo com o tipo de relação que estabelecem, as Não demore, que o filme já vai começar.
conjunções podem ser classificadas em coordenativas e Falei muito, pois não gosto do silêncio!
subordinativas. No primeiro caso, os elementos ligados
pela conjunção podem ser isolados um do outro. Esse iso- Conjunções Subordinativas
lamento, no entanto, não acarreta perda da unidade de
sentido que cada um dos elementos possui. Já no segun- São aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas
do caso, cada um dos elementos ligados pela conjunção dependente da outra. A oração dependente, introduzida
depende da existência do outro. Veja: pelas conjunções subordinativas, recebe o nome de ora-
ção subordinada. Veja o exemplo: O baile já tinha começa-
Estudei muito, mas ainda não compreendi o conteúdo. do quando ela chegou.
Podemos separá-las por ponto: O baile já tinha começado: oração principal
Estudei muito. Ainda não compreendi o conteúdo. quando: conjunção subordinativa (adverbial tempo-
ral)
Temos acima um exemplo de conjunção (e, con- ela chegou: oração subordinada
sequentemente, orações coordenadas) coordenativa –
“mas”. Já em: As conjunções subordinativas subdividem-se em in-
Espero que eu seja aprovada no concurso! tegrantes e adverbiais:
Não conseguimos separar uma oração da outra, pois
a segunda “completa” o sentido da primeira (da oração 1. Integrantes - Indicam que a oração subordinada
principal): por elas introduzida completa ou integra o sentido da
Espero o quê? Ser aprovada. Nesse período temos principal. Introduzem orações que equivalem a substan-
uma oração subordinada substantiva objetiva direta (ela tivos, ou seja, as orações subordinadas substantivas. São
exerce a função de objeto direto do verbo da oração prin- elas: que, se.
cipal). Quero que você volte. (Quero sua volta)

Conjunções Coordenativas 2. Adverbiais - Indicam que a oração subordinada


exerce a função de adjunto adverbial da principal. De
São aquelas que ligam orações de sentido completo acordo com a circunstância que expressam, classificam-
e independente ou termos da oração que têm a mesma se em:
função gramatical. Subdividem-se em: a) Causais: introduzem uma oração que é causa da
1) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando ocorrência da oração principal. São elas: porque, que,
ideia de acréscimo ou adição. São elas: e, nem (= e não), como (= porque, no início da frase), pois que, visto que,
não só... mas também, não só... como também, bem como, uma vez que, porquanto, já que, desde que, etc.
não só... mas ainda. Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios.
A sua pesquisa é clara e objetiva.
Não só dança, mas também canta. b) Concessivas: introduzem uma oração que expressa
ideia contrária à da principal, sem, no entanto, impedir
2) Adversativas: ligam duas orações ou palavras, ex- sua realização. São elas: embora, ainda que, apesar de que,
pressando ideia de contraste ou compensação. São elas: se bem que, mesmo que, por mais que, posto que, conquan-
mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não to, etc.
obstante. Embora fosse tarde, fomos visitá-lo.
Tentei chegar mais cedo, porém não consegui.

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LÍNGUA PORTUGUESA

c) Condicionais: introduzem uma oração que indica a i) Consecutivas: introduzem uma oração que ex-
hipótese ou a condição para ocorrência da principal. São pressa a consequência da principal. São elas: de sorte que,
elas: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde de modo que, sem que (= que não), de forma que, de jeito
que, a menos que, sem que, etc. que, que (tendo como antecedente na oração principal uma
Se precisar de minha ajuda, telefone-me. palavra como tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc.
Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do
** Dica: você deve ter percebido que a conjunção exame.
condicional “se” também é conjunção integrante. A di-
ferença é clara ao ler as orações que são introduzidas Atenção: Muitas conjunções não têm classificação
por ela. Acima, ela nos dá a ideia da condição para que única, imutável, devendo, portanto, ser classificadas de
recebamos um telefonema (se for preciso ajuda). Já na acordo com o sentido que apresentam no contexto
oração: (grifo da Zê!).
Não sei se farei o concurso...
Não há ideia de condição alguma, há? Outra coisa: O bom relacionamento entre as conjunções de um
o verbo da oração principal (sei) pede complemento texto garante a perfeita estruturação de suas frases e pa-
rágrafos, bem como a compreensão eficaz de seu conteú-
(objeto direto, já que “quem não sabe, não sabe algo”).
do. Interagindo com palavras de outras classes gramaticais
Portanto, a oração em destaque exerce a função de ob-
essenciais ao inter-relacionamento das partes de frases e
jeto direto da oração principal, sendo classificada como
textos - como os pronomes, preposições, alguns advérbios
oração subordinada substantiva objetiva direta.
e numerais -, as conjunções fazem parte daquilo a que se
d) Conformativas: introduzem uma oração que ex- pode chamar de “a arquitetura textual”, isto é, o conjun-
prime a conformidade de um fato com outro. São elas: to das relações que garantem a coesão do enunciado. O
conforme, como (= conforme), segundo, consoante, etc. sucesso desse conjunto de relações depende do conhe-
O passeio ocorreu como havíamos planejado. cimento do valor relacional das conjunções, uma vez que
estas interferem semanticamente no enunciado.
e) Finais: introduzem uma oração que expressa a fi- Dessa forma, deve-se dedicar atenção especial às con-
nalidade ou o objetivo com que se realiza a oração prin- junções tanto na leitura como na produção de textos. Nos
cipal. São elas: para que, a fim de que, que, porque (= textos narrativos, elas estão muitas vezes ligadas à expres-
para que), que, etc. são de circunstâncias fundamentais à condução da histó-
Toque o sinal para que todos entrem no salão. ria, como as noções de tempo, finalidade, causa e conse-
quência. Nos textos dissertativos, evidenciam muitas vezes
f) Proporcionais: introduzem uma oração que ex- a linha expositiva ou argumentativa adotada - é o caso
pressa um fato relacionado proporcionalmente à ocor- das exposições e argumentações construídas por meio de
rência do expresso na principal. São elas: à medida que, contrastes e oposições, que implicam o uso das adversati-
à proporção que, ao passo que e as combinações quanto vas e concessivas.
mais... (mais), quanto menos... (menos), quanto menos...
(mais), quanto menos... (menos), etc. Fontes de pesquisa:
O preço fica mais caro à medida que os produtos es- http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf84.
casseiam. php
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
* Observação: são incorretas as locuções proporcio- Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
nais à medida em que, na medida que e na medida em Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce-
que. reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São
Paulo: Saraiva, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
g) Temporais: introduzem uma oração que acres-
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
centa uma circunstância de tempo ao fato expresso na
oração principal. São elas: quando, enquanto, antes que,
Interjeição
depois que, logo que, todas as vezes que, desde que, sem-
pre que, assim que, agora que, mal (= assim que), etc. Interjeição é a palavra invariável que exprime emo-
A briga começou assim que saímos da festa. ções, sensações, estados de espírito. É um recurso da lin-
guagem afetiva, em que não há uma ideia organizada de
h) Comparativas: introduzem uma oração que ex- maneira lógica, como são as sentenças da língua, mas sim
pressa ideia de comparação com referência à oração a manifestação de um suspiro, um estado da alma decor-
principal. São elas: como, assim como, tal como, como se, rente de uma situação particular, um momento ou um
(tão)... como, tanto como, tanto quanto, do que, quanto, contexto específico. Exemplos:
tal, qual, tal qual, que nem, que (combinado com menos Ah, como eu queria voltar a ser criança!
ou mais), etc. ah: expressão de um estado emotivo = interjeição
O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem. Hum! Esse pudim estava maravilhoso!
hum: expressão de um pensamento súbito = interjeição

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LÍNGUA PORTUGUESA

O significado das interjeições está vinculado à manei- Pedido de Auxílio: Socorro! Aqui! Piedade!
ra como elas são proferidas. O tom da fala é que dita o Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve! Viva!
sentido que a expressão vai adquirir em cada contexto em Adeus! Olá! Alô! Ei! Tchau! Psiu! Socorro! Valha-me, Deus!
que for utilizada. Exemplos: Silêncio: Psiu! Silêncio!
Psiu! Terror ou Medo: Credo! Cruzes! Minha nossa!
contexto: alguém pronunciando esta expressão na
rua ; significado da interjeição (sugestão): “Estou te cha- * Saiba que: As interjeições são palavras invariáveis,
mando! Ei, espere!” isto é, não sofrem variação em gênero, número e grau
como os nomes, nem de número, pessoa, tempo, modo,
Psiu! aspecto e voz como os verbos. No entanto, em uso espe-
contexto: alguém pronunciando em um hospital; sig- cífico, algumas interjeições sofrem variação em grau. Não
nificado da interjeição (sugestão): “Por favor, faça silên- se trata de um processo natural desta classe de palavra,
cio!” mas tão só uma variação que a linguagem afetiva permite.
Exemplos: oizinho, bravíssimo, até loguinho.
Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio!
Locução Interjetiva
puxa: interjeição; tom da fala: euforia
Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma
Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte!
expressão com sentido de interjeição: Ora bolas!, Virgem
puxa: interjeição; tom da fala: decepção
Maria!, Meu Deus!, Ó de casa!, Ai de mim!, Graças a Deus!
Toda frase mais ou menos breve dita em tom exclama-
As interjeições cumprem, normalmente, duas fun- tivo torna-se uma locução interjetiva, dispensando análise
ções: dos termos que a compõem: Macacos me mordam!, Valha-
a) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo ale- me Deus!, Quem me dera!
gria, tristeza, dor, etc.
Ah, deve ser muito interessante! * Observações:
1) As interjeições são como frases resumidas, sintéticas.
b) Sintetizar uma frase apelativa. Por exemplo:
Cuidado! Saia da minha frente. Ué! (= Eu não esperava por essa!)
Perdão! (= Peço-lhe que me desculpe.)
As interjeições podem ser formadas por:
a) simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô 2) Além do contexto, o que caracteriza a interjeição é o
b) palavras: Oba! Olá! Claro! seu tom exclamativo; por isso, palavras de outras classes gra-
c) grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu maticais podem aparecer como interjeições. Por exemplo:
Deus! Ora bolas! Viva! Basta! (Verbos)
Fora! Francamente! (Advérbios)
Classificação das Interjeições 3) A interjeição pode ser considerada uma “palavra-
frase” porque sozinha pode constituir uma mensagem. Por
Comumente, as interjeições expressam sentido de: exemplo:
Advertência: Cuidado! Devagar! Calma! Sentido! Socorro! Ajudem-me! Silêncio! Fique quieto!
Atenção! Olha! Alerta!
Afugentamento: Fora! Passa! Rua! 4) Há, também, as interjeições onomatopaicas ou imi-
Alegria ou Satisfação: Oh! Ah! Eh! Oba! Viva! tativas, que exprimem ruídos e vozes. Por exemplo: Miau!
Bumba! Zás! Plaft! Pof! Catapimba! Tique-taque! Quá-quá-
Alívio: Arre! Uf! Ufa! Ah!
quá!, etc.
Animação ou Estímulo: Vamos! Força! Coragem!
Ânimo! Adiante!
5) Não se deve confundir a interjeição de apelo “ó” com
Aplauso ou Aprovação: Bravo! Bis! Apoiado! Viva!
a sua homônima “oh!”, que exprime admiração, alegria,
Concordância: Claro! Sim! Pois não! Tá! tristeza, etc. Faz-se uma pausa depois do “oh!” exclamativo
Repulsa ou Desaprovação: Credo! Ih! Francamente! e não a fazemos depois do “ó” vocativo. Por exemplo:
Essa não! Chega! Basta! “Ó natureza! ó mãe piedosa e pura!” (Olavo Bilac)
Desejo ou Intenção: Pudera! Tomara! Oxalá! Queira Oh! a jornada negra!” (Olavo Bilac)
Deus!
Desculpa: Perdão! Fontes de pesquisa:
Dor ou Tristeza: Ai! Ui! Ai de mim! Que pena! http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf89.php
Dúvida ou Incredulidade: Que nada! Qual o quê! SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
Espanto ou Admiração: Oh! Ah! Uai! Puxa! Céus! coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Quê! Caramba! Opa! Nossa! Hein? Cruz! Putz! Português – Literatura, Produção de Textos & Gramá-
Impaciência ou Contrariedade: Hum! Raios! Puxa! tica – volume único / Samira Yousseff Campedelli, Jésus
Pô! Ora! Barbosa Souza. – 3. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2002.

25
LÍNGUA PORTUGUESA

Numeral Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais


Numeral é a palavra variável que indica quantidade flexionam-se em gênero e número: Teve de tomar doses
numérica ou ordem; expressa a quantidade exata de pes- triplas do medicamento.
soas ou coisas ou o lugar que elas ocupam numa deter- Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e
minada sequência. número. Observe: um terço/dois terços, uma terça parte/
duas terças partes.
* Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o Os numerais coletivos flexionam-se em número: uma
que os números indicam em relação aos seres. Assim, dúzia, um milheiro, duas dúzias, dois milheiros.
quando a expressão é colocada em números (1, 1.º, 1/3, É comum na linguagem coloquial a indicação de grau
etc.) não se trata de numerais, mas sim de algarismos. nos numerais, traduzindo afetividade ou especialização
Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a de sentido. É o que ocorre em frases como:
ideia expressa pelos números, existem mais algumas pala- “Me empresta duzentinho...”
vras consideradas numerais porque denotam quantidade, É artigo de primeiríssima qualidade!
proporção ou ordenação. São alguns exemplos: década, O time está arriscado por ter caído na segundona. (=
dúzia, par, ambos(as), novena. segunda divisão de futebol)

Classificação dos Numerais Emprego e Leitura dos Numerais

- Cardinais: indicam quantidade exata ou determina- - Os numerais são escritos em conjunto de três alga-
da de seres: um, dois, cem mil, etc. Alguns cardinais têm rismos, contados da direita para a esquerda, em forma de
sentido coletivo, como por exemplo: século, par, dúzia, dé- centenas, dezenas e unidades, tendo cada conjunto uma
cada, bimestre. separação através de ponto ou espaço correspondente a
um ponto: 8.234.456 ou 8 234 456.
- Ordinais: indicam a ordem, a posição que alguém - Em sentido figurado, usa-se o numeral para indicar
exagero intencional, constituindo a figura de linguagem
ou alguma coisa ocupa numa determinada sequência: pri-
conhecida como hipérbole: Já li esse texto mil vezes.
meiro, segundo, centésimo, etc.
- No português contemporâneo, não se usa a conjun-
ção “e” após “mil”, seguido de centena:
* Observação importante:
Nasci em mil novecentos e noventa e dois.
As palavras anterior, posterior, último, antepenúltimo,
Seu salário será de mil quinhentos e cinquenta reais.
final e penúltimo também indicam posição dos seres, mas
são classificadas como adjetivos, não ordinais.
* Mas, se a centena começa por “zero” ou termina
por dois zeros, usa-se o “e”:
- Fracionários: indicam parte de uma quantidade, ou Seu salário será de mil e quinhentos reais. (R$1.500,00)
seja, uma divisão dos seres: meio, terço, dois quintos, etc. Gastamos mil e quarenta reais. (R$1.040,00)
- Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação - Para designar papas, reis, imperadores, séculos e
dos seres, indicando quantas vezes a quantidade foi au- partes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais
mentada: dobro, triplo, quíntuplo, etc. até décimo e, a partir daí, os cardinais, desde que o nume-
ral venha depois do substantivo;
Flexão dos numerais

Os numerais cardinais que variam em gênero são um/ Ordinais Cardinais


uma, dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/ João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze)
duzentas em diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/ D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis)
quatrocentas, etc. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão,
variam em número: milhões, bilhões, trilhões. Os demais Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)
cardinais são invariáveis. Século VIII (oitavo) Século XX (vinte)
Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três)
Os numerais ordinais variam em gênero e número:
- Se o numeral aparece antes do substantivo, será lido
primeiro segundo milésimo como ordinal: XXX Feira do Bordado. (trigésima)
primeira segunda milésima
** Dica: Ordinal lembra ordem. Memorize assim, por
primeiros segundos milésimos associação. Ficará mais fácil!
primeiras segundas milésimas - Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o
ordinal até nono e o cardinal de dez em diante:
Os numerais multiplicativos são invariáveis quando
atuam em funções substantivas: Fizeram o dobro do esfor- Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
ço e conseguiram o triplo de produção. Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Ambos/ambas = numeral dual, porque sempre se refere a dois seres. Significam “um e outro”, “os dois” (ou “uma e
outra”, “as duas”) e são largamente empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez referência. Sua utilização
exige a presença do artigo posposto: Ambos os concursos realizarão suas provas no mesmo dia. O artigo só é dispensado
caso haja um pronome demonstrativo: Ambos esses ministros falarão à imprensa.

Função sintática do Numeral

O numeral tem mais de uma função sintática:


- se na oração analisada seu papel é de adjetivo, o numeral assumirá a função de adjunto adnominal; se fizer papel
de substantivo, pode ter a função de sujeito, objeto direto ou indireto.

Visitamos cinco casas, mas só gostamos de duas.


Objeto direto = cinco casas
Núcleo do objeto direto = casas
Adjunto adnominal = cinco
Objeto indireto = de duas
Núcleo do objeto indireto = duas

Quadro de alguns numerais

Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários


um primeiro - -
dois segundo dobro, duplo meio
três terceiro triplo, tríplice terço
quatro quarto quádruplo quarto
cinco quinto quíntuplo quinto
seis sexto sêxtuplo sexto
sete sétimo sétuplo sétimo
oito oitavo óctuplo oitavo
nove nono nônuplo nono
dez décimo décuplo décimo
onze décimo primeiro - onze avos
doze décimo segundo - doze avos
treze décimo terceiro - treze avos
catorze décimo quarto - catorze avos
quinze décimo quinto - quinze avos
dezesseis décimo sexto - dezesseis avos
dezessete décimo sétimo - dezessete avos
dezoito décimo oitavo - dezoito avos
dezenove décimo nono - dezenove avos
vinte vigésimo - vinte avos
trinta trigésimo - trinta avos
quarenta quadragésimo - quarenta avos
cinqüenta quinquagésimo - cinquenta avos
sessenta sexagésimo - sessenta avos
setenta septuagésimo - setenta avos
oitenta octogésimo - oitenta avos
noventa nonagésimo - noventa avos

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LÍNGUA PORTUGUESA

cem centésimo cêntuplo centésimo


duzentos ducentésimo - ducentésimo
trezentos trecentésimo - trecentésimo
quatrocentos quadringentésimo - quadringentésimo
quinhentos quingentésimo - quingentésimo
seiscentos sexcentésimo - sexcentésimo
setecentos septingentésimo - septingentésimo
oitocentos octingentésimo - octingentésimo
novecentos nongentésimo
ou noningentésimo - nongentésimo
mil milésimo - milésimo
milhão milionésimo - milionésimo
bilhão bilionésimo - bilionésimo

fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf40.php
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.

Preposição

Preposição é uma palavra invariável que serve para ligar termos ou orações. Quando esta ligação acontece, nor-
malmente há uma subordinação do segundo termo em relação ao primeiro. As preposições são muito importantes na
estrutura da língua, pois estabelecem a coesão textual e possuem valores semânticos indispensáveis para a compreensão
do texto.

Tipos de Preposição

1. Preposições essenciais: palavras que atuam exclusivamente como preposições: a, ante, perante, após, até, com,
contra, de, desde, em, entre, para, por, sem, sob, sobre, trás, atrás de, dentro de, para com.

2. Preposições acidentais: palavras de outras classes gramaticais que podem atuar como preposições, ou seja, for-
madas por uma derivação imprópria: como, durante, exceto, fora, mediante, salvo, segundo, senão, visto.

3. Locuções prepositivas: duas ou mais palavras valendo como uma preposição, sendo que a última palavra é uma
(preposição): abaixo de, acerca de, acima de, ao lado de, a respeito de, de acordo com, em cima de, embaixo de, em frente
a, ao redor de, graças a, junto a, com, perto de, por causa de, por cima de, por trás de.

A preposição é invariável, no entanto pode unir-se a outras palavras e, assim, estabelecer concordância em gênero
ou em número. Ex: por + o = pelo por + a = pela.

* Essa concordância não é característica da preposição, mas das palavras às quais ela se une.
Esse processo de junção de uma preposição com outra palavra pode se dar a partir dos processos de:

1. Combinação: união da preposição “a” com o artigo “o”(s), ou com o advérbio “onde”: ao, aonde, aos. Os vocábulos
não sofrem alteração.
2. Contração: união de uma preposição com outra palavra, ocorrendo perda ou transformação de fonema: de + o =
do, em + a = na, per + os = pelos, de + aquele = daquele, em + isso = nisso.
3. Crase: é a fusão de vogais idênticas: à (“a” preposição + “a” artigo), àquilo (“a” preposição + 1.ª vogal do pronome
“aquilo”).

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LÍNGUA PORTUGUESA

Dicas sobre preposição Utilizando pronomes, teremos:


O homem julga que é superior à natureza, por isso ele
- O “a” pode funcionar como preposição, pronome pes- a destrói...
soal oblíquo e artigo. Como distingui-los? Caso o “a” seja Ficou melhor, sem a repetição desnecessária de ter-
um artigo, virá precedendo um substantivo, servindo para mos (homem e natureza).
determiná-lo como um substantivo singular e feminino.
A matéria que estudei é fácil! Grande parte dos pronomes não possuem significa-
dos fixos, isto é, essas palavras só adquirem significação
- Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois dentro de um contexto, o qual nos permite recuperar a re-
termos e estabelece relação de subordinação entre eles. ferência exata daquilo que está sendo colocado por meio
Irei à festa sozinha. dos pronomes no ato da comunicação. Com exceção dos
Entregamos a flor à professora! pronomes interrogativos e indefinidos, os demais prono-
*o primeiro “a” é artigo; o segundo, preposição. mes têm por função principal apontar para as pessoas do
discurso ou a elas se relacionar, indicando-lhes sua situa-
- Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o ção no tempo ou no espaço. Em virtude dessa caracterís-
lugar e/ou a função de um substantivo. tica, os pronomes apresentam uma forma específica para
Nós trouxemos a apostila. = Nós a trouxemos. cada pessoa do discurso.

Relações semânticas (= de sentido) estabelecidas Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada.
por meio das preposições: [minha/eu: pronomes de 1.ª pessoa = aquele que fala]
Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada?
Destino = Irei a Salvador. [tua/tu: pronomes de 2.ª pessoa = aquele a quem se
Modo = Saiu aos prantos. fala]
Lugar = Sempre a seu lado. A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada.
Assunto = Falemos sobre futebol. [dela/ela: pronomes de 3.ª pessoa = aquele de quem
Tempo = Chegarei em instantes.
se fala]
Causa = Chorei de saudade.
Fim ou finalidade = Vim para ficar.
Em termos morfológicos, os pronomes são palavras
Instrumento = Escreveu a lápis.
variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em núme-
Posse = Vi as roupas da mamãe.
ro (singular ou plural). Assim, espera-se que a referência
Autoria = livro de Machado de Assis
através do pronome seja coerente em termos de gênero
Companhia = Estarei com ele amanhã.
e número (fenômeno da concordância) com o seu objeto,
Matéria = copo de cristal.
mesmo quando este se apresenta ausente no enunciado.
Meio = passeio de barco.
Origem = Nós somos do Nordeste.
Conteúdo = frascos de perfume. Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile da
Oposição = Esse movimento é contra o que eu penso. nossa escola neste ano.
Preço = Essa roupa sai por cinquenta reais. [nossa: pronome que qualifica “escola” = concordân-
cia adequada]
* Quanto à preposição “trás”: não se usa senão nas lo- [neste: pronome que determina “ano” = concordância
cuções adverbiais (para trás ou por trás) e na locução pre- adequada]
positiva por trás de. [ele: pronome que faz referência à “Roberta” = con-
cordância inadequada]
Fontes de pesquisa:
http://www.infoescola.com/portugues/preposicao/ Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos,
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac- demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere- Pronomes Pessoais
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010. São aqueles que substituem os substantivos, indi-
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação cando diretamente as pessoas do discurso. Quem fala
/ Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. ou escreve assume os pronomes “eu” ou “nós”; usa-se os
pronomes “tu”, “vós”, “você” ou “vocês” para designar a
Pronome quem se dirige, e “ele”, “ela”, “eles” ou “elas” para fazer
Pronome é a palavra variável que substitui ou acom- referência à pessoa ou às pessoas de quem se fala.
panha um substantivo (nome), qualificando-o de alguma Os pronomes pessoais variam de acordo com as fun-
forma. ções que exercem nas orações, podendo ser do caso reto
O homem julga que é superior à natureza, por isso o ou do caso oblíquo.
homem destrói a natureza...

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LÍNGUA PORTUGUESA

Pronome Reto - 1.ª pessoa do plural (nós): nos


- 2.ª pessoa do plural (vós): vos
Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sen- - 3.ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes
tença, exerce a função de sujeito: Nós lhe ofertamos flo-
res. * Observações:
- O “lhe” é o único pronome oblíquo átono que já
Os pronomes retos apresentam flexão de número, gê- se apresenta na forma contraída, ou seja, houve a união
nero (apenas na 3.ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a entre o pronome “o” ou “a” e preposição “a” ou “para”.
principal flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso. Por acompanhar diretamente uma preposição, o prono-
Dessa forma, o quadro dos pronomes retos é assim con- me “lhe” exerce sempre a função de objeto indireto na
figurado: oração.
Os pronomes me, te, nos e vos podem tanto ser obje-
- 1.ª pessoa do singular: eu tos diretos como objetos indiretos.
- 2.ª pessoa do singular: tu Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como
- 3.ª pessoa do singular: ele, ela objetos diretos.
- 1.ª pessoa do plural: nós
- 2.ª pessoa do plural: vós - Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem com-
- 3.ª pessoa do plural: eles, elas binar-se com os pronomes o, os, a, as, dando origem a
formas como mo, mos, ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos,
* Atenção: esses pronomes não costumam ser usados lha, lhas; no-lo, no-los, no-la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la,
como complementos verbais na língua-padrão. Frases vo-las. Observe o uso dessas formas nos exemplos que
como “Vi ele na rua”, “Encontrei ela na praça”, “Trouxe- seguem:
ram eu até aqui”, comuns na língua oral cotidiana, devem Trouxeste o pacote?
ser evitadas na língua formal escrita ou falada. Na língua Sim, entreguei-to ainda há pouco.
formal, devem ser usados os pronomes oblíquos corres- Não contaram a novidade a vocês?
pondentes: “Vi-o na rua”, “Encontrei-a na praça”, “Trouxe- Não, no-la contaram.
ram-me até aqui”.
No Brasil, essas combinações não são usadas; até
mesmo na língua literária atual, seu emprego é muito raro.
* Observação: frequentemente observamos a omis-
são do pronome reto em Língua Portuguesa. Isso se dá
* Atenção: Os pronomes o, os, a, as assumem formas
porque as próprias formas verbais marcam, através de
especiais depois de certas terminações verbais.
suas desinências, as pessoas do verbo indicadas pelo pro-
- Quando o verbo termina em -z, -s ou -r, o pronome
nome reto: Fizemos boa viagem. (Nós)
assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo tempo que a
terminação verbal é suprimida. Por exemplo:
Pronome Oblíquo fiz + o = fi-lo
fazeis + o = fazei-lo
Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na dizer + a = dizê-la
sentença, exerce a função de complemento verbal (ob-
jeto direto ou indireto): Ofertaram-nos flores. (objeto - Quando o verbo termina em som nasal, o pronome
indireto) assume as formas no, nos, na, nas. Por exemplo:
viram + o: viram-no
* Observação: o pronome oblíquo é uma forma va- repõe + os = repõe-nos
riante do pronome pessoal do caso reto. Essa variação in- retém + a: retém-na
dica a função diversa que eles desempenham na oração: tem + as = tem-nas
pronome reto marca o sujeito da oração; pronome oblí-
quo marca o complemento da oração. Pronome Oblíquo Tônico
Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo
com a acentuação tônica que possuem, podendo ser áto- Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedi-
nos ou tônicos. dos por preposições, em geral as preposições a, para, de
e com. Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a
Pronome Oblíquo Átono função de objeto indireto da oração. Possuem acentuação
tônica forte.
São chamados átonos os pronomes oblíquos que não Quadro dos pronomes oblíquos tônicos:
são precedidos de preposição. Possuem acentuação tôni- - 1.ª pessoa do singular (eu): mim, comigo
ca fraca: Ele me deu um presente. - 2.ª pessoa do singular (tu): ti, contigo
Tabela dos pronomes oblíquos átonos - 3.ª pessoa do singular (ele, ela): si, consigo, ele, ela
- 1.ª pessoa do singular (eu): me - 1.ª pessoa do plural (nós): nós, conosco
- 2.ª pessoa do singular (tu): te - 2.ª pessoa do plural (vós): vós, convosco
- 3.ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe - 3.ª pessoa do plural (eles, elas): si, consigo, eles, elas

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LÍNGUA PORTUGUESA

Observe que as únicas formas próprias do pronome - 2.ª pessoa do singular (tu): te, ti.
tônico são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). Conhece a ti mesmo.
As demais repetem a forma do pronome pessoal do caso
reto. - 3.ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo.
Guilherme já se preparou.
- As preposições essenciais introduzem sempre pro- Ela deu a si um presente.
nomes pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do Antônio conversou consigo mesmo.
caso reto. Nos contextos interlocutivos que exigem o uso
da língua formal, os pronomes costumam ser usados des- - 1.ª pessoa do plural (nós): nos.
ta forma: Lavamo-nos no rio.
Não há mais nada entre mim e ti.
Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela. - 2.ª pessoa do plural (vós): vos.
Não há nenhuma acusação contra mim. Vós vos beneficiastes com esta conquista.
Não vá sem mim.
- 3.ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo.
* Atenção: Há construções em que a preposição, Eles se conheceram.
apesar de surgir anteposta a um pronome, serve para in- Elas deram a si um dia de folga.
troduzir uma oração cujo verbo está no infinitivo. Nesses
casos, o verbo pode ter sujeito expresso; se esse sujeito * O pronome é reflexivo quando se refere à mesma
for um pronome, deverá ser do caso reto. pessoa do pronome subjetivo (sujeito): Eu me arrumei e saí.
Trouxeram vários vestidos para eu experimentar. ** É pronome recíproco quando indica reciprocidade
Não vá sem eu mandar. de ação:
Nós nos amamos.
* A frase: “Foi fácil para mim resolver aquela questão!” Olhamo-nos calados.
está correta, já que “para mim” é complemento de “fácil”.
Pronomes de Tratamento
A ordem direta seria: Resolver aquela questão foi fácil para
mim!
São pronomes utilizados no tratamento formal, ceri-
monioso. Apesar de indicarem nosso interlocutor (portan-
- A combinação da preposição “com” e alguns pro-
to, a segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira pes-
nomes originou as formas especiais comigo, contigo, con-
soa. Alguns exemplos:
sigo, conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos
Vossa Alteza (V. A.) = príncipes, duques
frequentemente exercem a função de adjunto adverbial Vossa Eminência (V. E.ma) = cardeais
de companhia. Vossa Reverendíssima (V. Ver.ma) = sacerdotes e religio-
Ele carregava o documento consigo. sos em geral
Vossa Excelência (V. Ex.ª) = oficiais de patente superior
- A preposição “até” exige as formas oblíquas tônicas: à de coronel, senadores, deputados, embaixadores, profes-
Ela veio até mim, mas nada falou. sores de curso superior, ministros de Estado e de Tribunais,
Mas, se “até” for palavra denotativa (com o sentido governadores, secretários de Estado, presidente da Repú-
de) inclusão, usaremos as formas retas: blica (sempre por extenso)
Todos foram bem na prova, até eu! (=inclusive eu) Vossa Magnificência (V. Mag.ª) = reitores de universi-
dades
- As formas “conosco” e “convosco” são substituídas Vossa Majestade (V. M.) = reis, rainhas e imperadores
por “com nós” e “com vós” quando os pronomes pessoais Vossa Senhoria (V. S.a) = comerciantes em geral, oficiais
são reforçados por palavras como outros, mesmos, pró- até a patente de coronel, chefes de seção e funcionários de
prios, todos, ambos ou algum numeral. igual categoria
Você terá de viajar com nós todos. Vossa Meritíssima (sempre por extenso) = para juízes
Estávamos com vós outros quando chegaram as más de direito
notícias. Vossa Santidade (sempre por extenso) = tratamento
Ele disse que iria com nós três. cerimonioso
Vossa Onipotência (sempre por extenso) = Deus
Pronome Reflexivo
Também são pronomes de tratamento o senhor, a se-
São pronomes pessoais oblíquos que, embora fun- nhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são emprega-
cionem como objetos direto ou indireto, referem-se ao dos no tratamento cerimonioso; “você” e “vocês”, no trata-
sujeito da oração. Indicam que o sujeito pratica e recebe mento familiar. Você e vocês são largamente empregados
a ação expressa pelo verbo. no português do Brasil; em algumas regiões, a forma tu é
Quadro dos pronomes reflexivos: de uso frequente; em outras, pouco empregada. Já a forma
- 1.ª pessoa do singular (eu): me, mim. vós tem uso restrito à linguagem litúrgica, ultraformal ou
Eu não me lembro disso. literária.

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LÍNGUA PORTUGUESA

* Observações: * Note que: A forma do possessivo depende da pes-


* Vossa Excelência X Sua Excelência: os pronomes de soa gramatical a que se refere; o gênero e o número con-
tratamento que possuem “Vossa(s)” são empregados em cordam com o objeto possuído: Ele trouxe seu apoio e sua
relação à pessoa com quem falamos: Espero que V. Ex.ª, Se- contribuição naquele momento difícil.
nhor Ministro, compareça a este encontro.
* Observações:
** Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito - A forma “seu” não é um possessivo quando resultar
da pessoa: Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua da alteração fonética da palavra senhor: Muito obrigado,
Excelência, o Senhor Presidente da República, agiu com pro- seu José.
priedade.
- Os pronomes possessivos nem sempre indicam pos-
- Os pronomes de tratamento representam uma forma se. Podem ter outros empregos, como:
indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao a) indicar afetividade: Não faça isso, minha filha.
tratarmos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo,
estamos nos endereçando à excelência que esse deputado
b) indicar cálculo aproximado: Ele já deve ter seus 40
supostamente tem para poder ocupar o cargo que ocupa.
anos.
- 3.ª pessoa: embora os pronomes de tratamento diri-
jam-se à 2.ª pessoa, toda a concordância deve ser feita c) atribuir valor indefinido ao substantivo: Marisa tem
com a 3.ª pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessi- lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela.
vos e os pronomes oblíquos empregados em relação a eles
devem ficar na 3.ª pessoa. - Em frases onde se usam pronomes de tratamento, o
Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas pro- pronome possessivo fica na 3.ª pessoa: Vossa Excelência
messas, para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos. trouxe sua mensagem?

- Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou - Referindo-se a mais de um substantivo, o possessi-


nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo vo concorda com o mais próximo: Trouxe-me seus livros e
do texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente. anotações.
Assim, por exemplo, se começamos a chamar alguém de
“você”, não poderemos usar “te” ou “teu”. O uso correto - Em algumas construções, os pronomes pessoais
exigirá, ainda, verbo na terceira pessoa. oblíquos átonos assumem valor de possessivo: Vou se-
guir-lhe os passos. (= Vou seguir seus passos)
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos
teus cabelos. (errado) - O adjetivo “respectivo” equivale a “devido, seu, pró-
prio”, por isso não se deve usar “seus” ao utilizá-lo, para
Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos que não ocorra redundância: Coloque tudo nos respectivos
seus cabelos. (correto) = terceira pessoa do singular lugares.
ou
Pronomes Demonstrativos
Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos
teus cabelos. (correto) = segunda pessoa do singular São utilizados para explicitar a posição de certa pala-
vra em relação a outras ou ao contexto. Essa relação pode
Pronomes Possessivos
ser de espaço, de tempo ou em relação ao discurso.
São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical
(possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo
(coisa possuída). *Em relação ao espaço:
Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do - Este(s), esta(s) e isto = indicam o que está perto da
singular) pessoa que fala:
Este material é meu.
NÚMERO PESSOA PRONOME - Esse(s), essa(s) e isso = indicam o que está perto da
singular primeira meu(s), minha(s) pessoa com quem se fala:
singular segunda teu(s), tua(s) Esse material em sua carteira é seu?
singular terceira seu(s), sua(s) - Aquele(s), aquela(s) e aquilo = indicam o que está
plural primeira nosso(s), nossa(s) distante tanto da pessoa que fala como da pessoa com
plural segunda vosso(s), vossa(s) quem se fala:
Aquele material não é nosso.
plural terceira seu(s), sua(s) Vejam aquele prédio!

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LÍNGUA PORTUGUESA

*Em relação ao tempo: Elas mesmas fizeram isso.


- Este(s), esta(s) e isto = indicam o tempo presente em Eles próprios cozinharam.
relação à pessoa que fala: Os próprios alunos resolveram o problema.
Esta manhã farei a prova do concurso! - semelhante(s): Não tenha semelhante atitude.

- Esse(s), essa(s) e isso = indicam o tempo passado, - tal, tais: Tal absurdo eu não comenteria.
porém relativamente próximo à época em que se situa a
pessoa que fala: * Note que:
Essa noite dormi mal; só pensava no concurso! - Em frases como: O referido deputado e o Dr. Alcides
eram amigos íntimos; aquele casado, solteiro este. (ou en-
- Aquele(s), aquela(s) e aquilo = indicam um afasta- tão: este solteiro, aquele casado) - este se refere à pessoa
mento no tempo, referido de modo vago ou como tempo mencionada em último lugar; aquele, à mencionada em
remoto: primeiro lugar.
Naquele tempo, os professores eram valorizados.
- O pronome demonstrativo tal pode ter conotação
*Em relação ao falado ou escrito (ou ao que se fala- irônica: A menina foi a tal que ameaçou o professor?
rá ou escreverá):
- Este(s), esta(s) e isto = empregados quando se quer - Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em
fazer referência a alguma coisa sobre a qual ainda se falará: com pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste, desta,
Serão estes os conteúdos da prova: análise sintática, or- disso, nisso, no, etc: Não acreditei no que estava vendo. (no
tografia, concordância. = naquilo)

- Esse(s), essa(s) e isso = utilizados quando se pretende Pronomes Indefinidos


fazer referência a alguma coisa sobre a qual já se falou:
Sua aprovação no concurso, isso é o que mais deseja- São palavras que se referem à 3.ª pessoa do discur-
mos! so, dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando
quantidade indeterminada.
- Este e aquele são empregados quando se quer fazer Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém
-plantadas.
referência a termos já mencionados; aquele se refere ao
termo referido em primeiro lugar e este para o referido por
Não é difícil perceber que “alguém” indica uma pes-
último:
soa de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de
forma imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um
Domingo, no Pacaembu, jogarão Palmeiras e São Paulo;
ser humano que seguramente existe, mas cuja identidade
este está mais bem colocado que aquele. (= este [São Paulo],
é desconhecida ou não se quer revelar. Classificam-se em:
aquele [Palmeiras])
ou
- Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o
lugar do ser ou da quantidade aproximada de seres na
Domingo, no Pacaembu, jogarão Palmeiras e São Paulo; frase. São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano,
aquele está mais bem colocado que este. (= este [São Paulo], nada, ninguém, outrem, quem, tudo.
aquele [Palmeiras])
Algo o incomoda?
- Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou Quem avisa amigo é.
invariáveis, observe:
Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aque- - Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um
la(s). ser expresso na frase, conferindo-lhe a noção de quanti-
Invariáveis: isto, isso, aquilo. dade aproximada. São eles: cada, certo(s), certa(s).

* Também aparecem como pronomes demonstrativos: Cada povo tem seus costumes.
- o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que” e Certas pessoas exercem várias profissões.
puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo.
Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.) * Note que: Ora são pronomes indefinidos substanti-
Essa rua não é a que te indiquei. (não é aquela que te vos, ora pronomes indefinidos adjetivos:
indiquei.) algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, mui-
tos), demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, ne-
- mesmo(s), mesma(s), próprio(s), própria(s): variam em nhuns, nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s),
gênero quando têm caráter reforçativo: qualquer, quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal,
Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem. tais, tanto(s), tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vá-
Eu mesma refiz os exercícios. rios, várias.

33
LÍNGUA PORTUGUESA

Menos palavras e mais ações. Pronomes Relativos


Alguns se contentam pouco.
São aqueles que representam nomes já mencionados
Os pronomes indefinidos podem ser divididos em va- anteriormente e com os quais se relacionam. Introduzem
riáveis e invariáveis. Observe: as orações subordinadas adjetivas.
O racismo é um sistema que afirma a superioridade de
Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, vário, um grupo racial sobre outros.
tanto, outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, muita, pouca, (afirma a superioridade de um grupo racial sobre ou-
vária, tanta, outra, quanta, qualquer, quaisquer*, alguns, ne- tros = oração subordinada adjetiva).
nhuns, todos, muitos, poucos, vários, tantos, outros, quantos,
algumas, nenhumas, todas, muitas, poucas, várias, tantas, O pronome relativo “que” refere-se à palavra “siste-
outras, quantas. ma” e introduz uma oração subordinada. Diz-se que a pa-
lavra “sistema” é antecedente do pronome relativo que.
Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada,
O antecedente do pronome relativo pode ser o pro-
algo, cada.
nome demonstrativo o, a, os, as.
Não sei o que você está querendo dizer.
*
Qualquer é composto de qual + quer (do verbo que-
rer), por isso seu plural é quaisquer (única palavra cujo plu- Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem
ral é feito em seu interior). expresso.
Quem casa, quer casa.
- Todo e toda no singular e junto de artigo significa in-
teiro; sem artigo, equivale a qualquer ou a todas as: Observe:
Toda a cidade está enfeitada. (= a cidade inteira) Pronomes relativos variáveis = o qual, cujo, quanto, os
Toda cidade está enfeitada. (= todas as cidades) quais, cujos, quantos, a qual, cuja, quanta, as quais, cujas,
Trabalho todo o dia. (= o dia inteiro) quantas.
Trabalho todo dia. (= todos os dias) Pronomes relativos invariáveis = quem, que, onde.

São locuções pronominais indefinidas: cada qual, Note que:


cada um, qualquer um, quantos quer (que), quem quer (que), - O pronome “que” é o relativo de mais largo empre-
seja quem for, seja qual for, todo aquele (que), tal qual (= go, sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser
certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro, uma ou outra, etc. substituído por o qual, a qual, os quais, as quais, quando
Cada um escolheu o vinho desejado. seu antecedente for um substantivo.
O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual)
Indefinidos Sistemáticos A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (=
a qual)
Ao observar atentamente os pronomes indefinidos, Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os
percebemos que existem alguns grupos que criam oposi- quais)
ção de sentido. É o caso de: algum/alguém/algo, que têm As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (=
sentido afirmativo, e nenhum/ninguém/nada, que têm as quais)
sentido negativo; todo/tudo, que indicam uma totalidade
afirmativa, e nenhum/nada, que indicam uma totalidade - O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente
negativa; alguém/ninguém, que se referem à pessoa, e
pronomes relativos, por isso são utilizados didaticamen-
algo/nada, que se referem à coisa; certo, que particulariza,
te para verificar se palavras como “que”, “quem”, “onde”
e qualquer, que generaliza.
(que podem ter várias classificações) são pronomes rela-
Essas oposições de sentido são muito importantes na
construção de frases e textos coerentes, pois delas muitas tivos. Todos eles são usados com referência à pessoa ou
vezes dependem a solidez e a consistência dos argumen- coisa por motivo de clareza ou depois de determinadas
tos expostos. Observe nas frases seguintes a força que os preposições: Regressando de São Paulo, visitei o sítio de
pronomes indefinidos destacados imprimem às afirmações minha tia, o qual me deixou encantado. O uso de “que”,
de que fazem parte: neste caso, geraria ambiguidade. Veja: Regressando de São
Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultado Paulo, visitei o sítio de minha tia, que me deixou encantado
prático. (quem me deixou encantado: o sítio ou minha tia?).
Certas pessoas conseguem perceber sutilezas: não são Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas
pessoas quaisquer. dúvidas? (com preposições de duas ou mais sílabas utili-
za-se o qual / a qual)
*Nenhum é contração de nem um, forma mais enfática,
que se refere à unidade. Repare: - O relativo “que” às vezes equivale a o que, coisa que,
Nenhum candidato foi aprovado. e se refere a uma oração: Não chegou a ser padre, mas
Nem um candidato foi aprovado. (um, nesse caso, é deixou de ser poeta, que era a sua vocação natural.
numeral)

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LÍNGUA PORTUGUESA

- O pronome “cujo”: exprime posse; não concorda - Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode
com o seu antecedente (o ser possuidor), mas com o con- ocorrer a elipse do relativo “que”: A sala estava cheia de
sequente (o ser possuído, com o qual concorda em gêne- gente que conversava, (que) ria, observava.
ro e número); não se usa artigo depois deste pronome;
“cujo” equivale a do qual, da qual, dos quais, das quais. Pronomes Interrogativos
Existem pessoas cujas ações são nobres.
(antecedente) (consequente) São usados na formulação de perguntas, sejam elas
diretas ou indiretas. Assim como os pronomes indefini-
*interpretação do pronome “cujo” na frase acima: dos, referem-se à 3.ª pessoa do discurso de modo im-
ações das pessoas. É como se lêssemos “de trás para fren- preciso. São pronomes interrogativos: que, quem, qual (e
te”. Outro exemplo: variações), quanto (e variações).
Comprei o livro cujo autor é famoso. (= autor do livro) Com quem andas?
Qual seu nome?
** se o verbo exigir preposição, esta virá antes do pro- Diz-me com quem andas, que te direi quem és.
nome:
O autor, a cujo livro você se referiu, está aqui! (referiu- Sobre os pronomes:
se a)
O pronome pessoal é do caso reto quando tem fun-
- “Quanto” é pronome relativo quando tem por an- ção de sujeito na frase. O pronome pessoal é do caso oblí-
tecedente um pronome indefinido: tanto (ou variações) quo quando desempenha função de complemento.
e tudo: 1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me ajudar.
Emprestei tantos quantos foram necessários. 2. Maria foi embora para casa, pois não sabia se devia
(antecedente) lhe ajudar.
Ele fez tudo quanto havia falado.
(antecedente) Na primeira oração os pronomes pessoais “eu” e “ele”
exercem função de sujeito, logo, são pertencentes ao caso
- O pronome “quem” se refere a pessoas e vem sem- reto. Já na segunda oração, o pronome “lhe” exerce fun-
pre precedido de preposição. ção de complemento (objeto), ou seja, caso oblíquo.
É um professor a quem muito devemos. Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discur-
(preposição) so. O pronome oblíquo “lhe”, da segunda oração, aponta
para a segunda pessoa do singular (tu/você): Maria não
- “Onde”, como pronome relativo, sempre possui an- sabia se devia ajudar... Ajudar quem? Você (lhe).
tecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar: A
Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou
casa onde morava foi assaltada.
tônicos: os primeiros não são precedidos de preposição,
diferentemente dos segundos, que são sempre precedi-
- Na indicação de tempo, deve-se empregar quando
dos de preposição.
ou em que.
- Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o que
Sinto saudades da época em que (quando) morávamos
eu estava fazendo.
no exterior.
- Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para
mim o que eu estava fazendo.
- Podem ser utilizadas como pronomes relativos as
palavras: Fontes de pesquisa:
- como (= pelo qual) – desde que precedida das pala- http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/
vras modo, maneira ou forma: morf42.php
Não me parece correto o modo como você agiu sema- SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
na passada. Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce-
- quando (= em que) – desde que tenha como antece- reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São
dente um nome que dê ideia de tempo: Paulo: Saraiva, 2010.
Bons eram os tempos quando podíamos jogar video- Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
game. ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.

- Os pronomes relativos permitem reunir duas ora- Substantivo


ções numa só frase.
O futebol é um esporte. / O povo gosta muito deste Substantivo é a classe gramatical de palavras variá-
esporte. veis, as quais denominam todos os seres que existem,
= O futebol é um esporte de que o povo gosta muito. sejam reais ou imaginários. Além de objetos, pessoas e
fenômenos, os substantivos também nomeiam:

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LÍNGUA PORTUGUESA

-lugares: Alemanha, Portugal Por exemplo: a beleza não existe por si só, não pode
-sentimentos: amor, saudade ser observada. Só podemos observar a beleza numa pes-
-estados: alegria, tristeza soa ou coisa que seja bela. A beleza depende de outro
-qualidades: honestidade, sinceridade... ser para se manifestar. Portanto, a palavra beleza é um
-ações: corrida, pescaria... substantivo abstrato.
Os substantivos abstratos designam estados, qualida-
Morfossintaxe do substantivo des, ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser
abstraídos, e sem os quais não podem existir: vida (es-
Nas orações, geralmente o substantivo exerce fun- tado), rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade (sen-
ções diretamente relacionadas com o verbo: atua como timento).
núcleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto di-
reto ou indireto) e do agente da passiva, podendo, ainda, Substantivos Coletivos
funcionar como núcleo do complemento nominal ou do
aposto, como núcleo do predicativo do sujeito, do ob- Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha,
jeto ou como núcleo do vocativo. Também encontramos outra abelha, mais outra abelha.
substantivos como núcleos de adjuntos adnominais e de Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas.
adjuntos adverbiais - quando essas funções são desem- Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.
penhadas por grupos de palavras.
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi ne-
Classificação dos Substantivos cessário repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha,
mais outra abelha. No segundo caso, utilizaram-se duas
Substantivos Comuns e Próprios palavras no plural. No terceiro, empregou-se um substan-
tivo no singular (enxame) para designar um conjunto de
Observe a definição: seres da mesma espécie (abelhas).

Cidade: s.f. 1: Povoação maior que vila, com muitas ca- O substantivo enxame é um substantivo coletivo.
sas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas (no Brasil, toda
a sede de município é cidade). 2. O centro de uma cidade Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que,
(em oposição aos bairros). mesmo estando no singular, designa um conjunto de se-
res da mesma espécie.
Qualquer “povoação maior que vila, com muitas casas
e edifícios, dispostos em ruas e avenidas” será chamada Substantivo coletivo Conjunto de:
cidade. Isso significa que a palavra cidade é um substan-
tivo comum. assembleia pessoas reunidas
Substantivo Comum é aquele que designa os seres de alcateia lobos
uma mesma espécie de forma genérica: cidade, menino,
acervo livros
homem, mulher, país, cachorro.
Estamos voando para Barcelona. antologia trechos literários selecionados
arquipélago ilhas
O substantivo Barcelona designa apenas um ser da
banda músicos
espécie cidade. Barcelona é um substantivo próprio –
aquele que designa os seres de uma mesma espécie de bando desordeiros ou malfeitores
forma particular: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil. banca examinadores

Substantivos Concretos e Abstratos batalhão soldados


cardume peixes
Substantivo Concreto: é aquele que designa o ser caravana viajantes peregrinos
que existe, independentemente de outros seres.
cacho frutas
Observação: os substantivos concretos designam se- cancioneiro canções, poesias líricas
res do mundo real e do mundo imaginário. colmeia abelhas
Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra,
Brasília. concílio bispos
Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d’água, fantas- congresso parlamentares, cientistas
ma. elenco atores de uma peça ou filme
Substantivo Abstrato: é aquele que designa seres esquadra navios de guerra
que dependem de outros para se manifestarem ou exis- enxoval roupas
tirem.

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LÍNGUA PORTUGUESA

falange soldados, anjos Substantivo Composto: é aquele formado por dois


ou mais elementos. Outros exemplos: beija-flor, passa-
fauna animais de uma região tempo.
feixe lenha, capim
Substantivos Primitivos e Derivados
flora vegetais de uma região
frota navios mercantes, ônibus Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de
girândola fogos de artifício nenhuma outra palavra da própria língua portuguesa. O
substantivo limoeiro, por exemplo, é derivado, pois se ori-
horda bandidos, invasores
ginou a partir da palavra limão.
médicos, bois, credores, Substantivo Derivado: é aquele que se origina de
junta
examinadores outra palavra.
júri jurados
Flexão dos substantivos
legião soldados, anjos, demônios
leva presos, recrutas O substantivo é uma classe variável. A palavra é variá-
malta malfeitores ou desordeiros vel quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por
exemplo, pode sofrer variações para indicar:
manada búfalos, bois, elefantes,
Plural: meninos / Feminino: menina / Aumentativo:
matilha cães de raça meninão / Diminutivo: menininho
molho chaves, verduras
Flexão de Gênero
multidão pessoas em geral
insetos (gafanhotos, Gênero é um princípio puramente linguístico, não de-
nuvem
mosquitos, etc.) vendo ser confundido com “sexo”. O gênero diz respeito
penca bananas, chaves a todos os substantivos de nossa língua, quer se refiram
pinacoteca pinturas, quadros a seres animais providos de sexo, quer designem apenas
“coisas”: o gato/a gata; o banco, a casa.
quadrilha ladrões, bandidos Na língua portuguesa, há dois gêneros: masculino e
ramalhete flores feminino. Pertencem ao gênero masculino os substantivos
rebanho ovelhas que podem vir precedidos dos artigos o, os, um, uns. Veja
estes títulos de filmes:
repertório peças teatrais, obras musicais O velho e o mar
réstia alhos ou cebolas Um Natal inesquecível
romanceiro poesias narrativas Os reis da praia

revoada pássaros Pertencem ao gênero feminino os substantivos que


sínodo párocos podem vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas:
talha lenha A história sem fim
Uma cidade sem passado
tropa muares, soldados As tartarugas ninjas
turma estudantes, trabalhadores
vara porcos Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes

Formação dos Substantivos Substantivos Biformes (= duas formas): apresentam


Substantivos Simples e Compostos uma forma para cada gênero: gato – gata, homem – mu-
lher, poeta – poetisa, prefeito - prefeita
Chuva - subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a Substantivos Uniformes: apresentam uma única forma,
terra. que serve tanto para o masculino quanto para o feminino.
O substantivo chuva é formado por um único elemen- Classificam-se em:
to ou radical. É um substantivo simples.
- Epicenos: referentes a animais. A distinção de sexo
Substantivo Simples: é aquele formado por um úni- se faz mediante a utilização das palavras “macho” e “fê-
co elemento. mea”: a cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o
Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. jacaré fêmea.
Veja agora: O substantivo guarda-chuva é formado por - Sobrecomuns: substantivos uniformes referentes a
dois elementos (guarda + chuva). Esse substantivo é pessoas de ambos os sexos: a criança, a testemunha, a
composto. vítima, o cônjuge, o gênio, o ídolo, o indivíduo.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Comuns de Dois ou Comum de Dois Gêneros: in- Formação do Feminino dos Substantivos Unifor-
dicam o sexo das pessoas por meio do artigo: o colega e mes
a colega, o doente e a doente, o artista e a artista.
Epicenos:
Saiba que: Substantivos de origem grega termina- Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros.
dos em ema ou oma são masculinos: o fonema, o poema,
o sistema, o sintoma, o teorema. Não é possível saber o sexo do jacaré em questão.
Isso ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma
- Existem certos substantivos que, variando de gêne- forma para indicar o masculino e o feminino.
ro, variam em seu significado: Alguns nomes de animais apresentam uma só for-
o águia (vigarista) e a águia (ave; perspicaz) ma para designar os dois sexos. Esses substantivos são
o cabeça (líder) e a cabeça (parte do corpo) chamados de epicenos. No caso dos epicenos, quando
o capital (dinheiro) e a capital (cidade) houver a necessidade de especificar o sexo, utilizam-se
o coma (sono mórbido) e a coma (cabeleira, juba) palavras macho e fêmea.
o lente (professor) e a lente (vidro de aumento) A cobra macho picou o marinheiro.
o moral (estado de espírito) e a moral (ética; conclu- A cobra fêmea escondeu-se na bananeira.
são)
o praça (soldado raso) e a praça (área pública) Sobrecomuns:
o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação emis- Entregue as crianças à natureza.
sora)
A palavra crianças se refere tanto a seres do sexo
Formação do Feminino dos Substantivos Bifor- masculino, quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso,
mes nem o artigo nem um possível adjetivo permitem identi-
ficar o sexo dos seres a que se refere a palavra. Veja:
- Regra geral: troca-se a terminação -o por –a: aluno A criança chorona chamava-se João.
- aluna. A criança chorona chamava-se Maria.
- Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a
ao masculino: freguês - freguesa Outros substantivos sobrecomuns:
- Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma
de três formas: boa criatura.
1- troca-se -ão por -oa. = patrão – patroa o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O cônjuge de
2- troca-se -ão por -ã. = campeão - campeã Marcela faleceu
3- troca-se -ão por ona. = solteirão - solteirona
Comuns de Dois Gêneros:
* Exceções: barão – baronesa, ladrão- ladra, sultão Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois.
- sultana
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher?
- Substantivos terminados em -or:
É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma
acrescenta-se -a ao masculino = doutor – doutora
vez que a palavra motorista é um substantivo uniforme.
troca-se -or por -triz: = imperador - imperatriz
A distinção de gênero pode ser feita através da análi-
se do artigo ou adjetivo, quando acompanharem o subs-
- Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa:
tantivo: o colega - a colega; o imigrante - a imigrante;
cônsul - consulesa / abade - abadessa / poeta - poetisa /
um jovem - uma jovem; artista famoso - artista famosa;
duque - duquesa / conde - condessa / profeta - profetisa
repórter francês - repórter francesa
- Substantivos que formam o feminino trocando o -e
final por -a: elefante - elefanta - A palavra personagem é usada indistintamente nos
dois gêneros.
- Substantivos que têm radicais diferentes no mascu- a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada
lino e no feminino: bode – cabra / boi - vaca preferência pelo masculino: O menino descobriu nas nu-
vens os personagens dos contos de carochinha.
- Substantivos que formam o feminino de maneira b) Com referência a mulher, deve-se preferir o femi-
especial, isto é, não seguem nenhuma das regras ante- nino: O problema está nas mulheres de mais idade, que
riores: czar – czarina, réu - ré não aceitam a personagem.

- Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo


fotográfico Ana Belmonte.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Observe o gênero dos substantivos seguintes: Flexão de Número do Substantivo

Masculinos: o tapa, o eclipse, o lança-perfume, o dó Em português, há dois números gramaticais: o singu-


(pena), o sanduíche, o clarinete, o champanha, o sósia, o lar, que indica um ser ou um grupo de seres, e o plural, que
maracajá, o clã, o herpes, o pijama, o suéter, o soprano, o indica mais de um ser ou grupo de seres. A característica
proclama, o pernoite, o púbis. do plural é o “s” final.
Femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a omoplata,
a cataplasma, a pane, a mascote, a gênese, a entorse, a Plural dos Substantivos Simples
libido, a cal, a faringe, a cólera (doença), a ubá (canoa).
- Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e
“n” fazem o plural pelo acréscimo de “s”: pai – pais; ímã –
- São geralmente masculinos os substantivos de ori-
ímãs; hífen - hifens (sem acento, no plural). Exceção: cânon
gem grega terminados em -ma: o grama (peso), o quilo- - cânones.
grama, o plasma, o apostema, o diagrama, o epigrama, o
telefonema, o estratagema, o dilema, o teorema, o trema, - Os substantivos terminados em “m” fazem o plural
o eczema, o edema, o magma, o estigma, o axioma, o tra- em “ns”: homem - homens.
coma, o hematoma.
- Os substantivos terminados em “r” e “z” fazem o plu-
* Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc. ral pelo acréscimo de “es”: revólver – revólveres; raiz - raízes.

Gênero dos Nomes de Cidades: Com raras exceções, * Atenção: O plural de caráter é caracteres.
nomes de cidades são femininos.
A histórica Ouro Preto. - Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-
A dinâmica São Paulo. se no plural, trocando o “l” por “is”: quintal - quintais; cara-
A acolhedora Porto Alegre. col – caracóis; hotel - hotéis. Exceções: mal e males, cônsul
Uma Londres imensa e triste. e cônsules.
Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre.
- Os substantivos terminados em “il” fazem o plural de
duas maneiras:
Gênero e Significação
- Quando oxítonos, em “is”: canil - canis
- Quando paroxítonos, em “eis”: míssil - mísseis.
Muitos substantivos têm uma significação no mascu-
lino e outra no feminino. Observe: Observação: a palavra réptil pode formar seu plural de
o baliza (soldado que, que à frente da tropa, indica os duas maneiras: répteis ou reptis (pouco usada).
movimentos que se deve realizar em conjunto; o que vai
à frente de um bloco carnavalesco, manejando um bas- - Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de
tão), a baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite ou duas maneiras:
proibição de trânsito), o cabeça (chefe), a cabeça (parte do 1- Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o
corpo), o cisma (separação religiosa, dissidência), a cisma acréscimo de “es”: ás – ases / retrós - retroses
(ato de cismar, desconfiança), o cinza (a cor cinzenta), a 2- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam inva-
cinza (resíduos de combustão), o capital (dinheiro), a capi- riáveis: o lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus.
tal (cidade), o coma (perda dos sentidos), a coma (cabelei-
ra), o coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro), a coral - Os substantivos terminados em “ao” fazem o plural
(cobra venenosa), o crisma (óleo sagrado, usado na admi- de três maneiras.
nistração da crisma e de outros sacramentos), a crisma 1- substituindo o -ão por -ões: ação - ações
(sacramento da confirmação), o cura (pároco), a cura (ato 2- substituindo o -ão por -ães: cão - cães
de curar), o estepe (pneu sobressalente), a estepe (vasta 3- substituindo o -ão por -ãos: grão - grãos
planície de vegetação), o guia (pessoa que guia outras), a
- Os substantivos terminados em “x” ficam invariáveis:
guia (documento, pena grande das asas das aves), o grama
o látex - os látex.
(unidade de peso), a grama (relva), o caixa (funcionário da
caixa), a caixa (recipiente, setor de pagamentos), o lente Plural dos Substantivos Compostos
(professor), a lente (vidro de aumento), o moral (ânimo), a
moral (honestidade, bons costumes, ética), o nascente (lado - A formação do plural dos substantivos compostos
onde nasce o Sol), a nascente (a fonte), o maria-fumaça depende da forma como são grafados, do tipo de palavras
(trem como locomotiva a vapor), maria-fumaça (locomoti- que formam o composto e da relação que estabelecem en-
va movida a vapor), o pala (poncho), a pala (parte anterior tre si. Aqueles que são grafados sem hífen comportam-se
do boné ou quepe, anteparo), o rádio (aparelho receptor), a como os substantivos simples: aguardente/aguardentes,
rádio (emissora), o voga (remador), a voga (moda). girassol/girassóis, pontapé/pontapés, malmequer/malme-
queres.

39
LÍNGUA PORTUGUESA

O plural dos substantivos compostos cujos elementos Plural dos Diminutivos


são ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas e
discussões. Algumas orientações são dadas a seguir: Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o “s” fi-
nal e acrescenta-se o sufixo diminutivo.
- Flexionam-se os dois elementos, quando forma-
dos de: pãe(s) + zinhos = pãezinhos
substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores
substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-per- animai(s) + zinhos = animaizinhos
feitos botõe(s) + zinhos = botõezinhos
adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-ho-
chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos
mens
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras farói(s) + zinhos = faroizinhos
tren(s) + zinhos = trenzinhos
- Flexiona-se somente o segundo elemento, quan-
colhere(s) + zinhas = colherezinhas
do formados de:
verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas flore(s) + zinhas = florezinhas
palavra invariável + palavra variável = alto-falante e mão(s) + zinhas = mãozinhas
alto-falantes
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-re- papéi(s) + zinhos = papeizinhos
cos nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas
funi(s) + zinhos = funizinhos
- Flexiona-se somente o primeiro elemento, quan-
do formados de: túnei(s) + zinhos = tuneizinhos
substantivo + preposição clara + substantivo = água- pai(s) + zinhos = paizinhos
de-colônia e águas-de-colônia pé(s) + zinhos = pezinhos
substantivo + preposição oculta + substantivo = ca-
valo-vapor e cavalos-vapor pé(s) + zitos = pezitos
substantivo + substantivo que funciona como deter-
minante do primeiro, ou seja, especifica a função ou o Plural dos Nomes Próprios Personativos
tipo do termo anterior: palavra-chave - palavras-chave,
bomba-relógio - bombas-relógio, homem-rã - homens-rã, Devem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas
peixe-espada - peixes-espada. sempre que a terminação preste-se à flexão.

- Permanecem invariáveis, quando formados de: Os Napoleões também são derrotados.


verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora As Raquéis e Esteres.
verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os sa-
ca-rolhas Plural dos Substantivos Estrangeiros

* Casos Especiais Substantivos ainda não aportuguesados devem ser


escritos como na língua original, acrescentando-se “s”
(exceto quando terminam em “s” ou “z”): os shows, os
o louva-a-deus e os louva-a-deus shorts, os jazz.
o bem-te-vi e os bem-te-vis
o bem-me-quer e os bem-me-queres Substantivos já aportuguesados flexionam-se de
acordo com as regras de nossa língua: os clubes, os cho-
o joão-ninguém e os joões-ninguém. pes, os jipes, os esportes, as toaletes, os bibelôs, os garçons,
os réquiens.
Plural das Palavras Substantivadas
Observe o exemplo:
As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras Este jogador faz gols toda vez que joga.
classes gramaticais usadas como substantivo, apresen- O plural correto seria gois (ô), mas não se usa.
tam, no plural, as flexões próprias dos substantivos.
Pese bem os prós e os contras. Plural com Mudança de Timbre
O aluno errou na prova dos noves.
Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos. Certos substantivos formam o plural com mudança de
timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um fato
* Observação: numerais substantivados terminados fonético chamado metafonia (plural metafônico).
em “s” ou “z” não variam no plural: Nas provas mensais
consegui muitos seis e alguns dez.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Singular Plural - Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tamanho


do ser. Pode ser:
Corpo (ô) corpos (ó) Analítico = substantivo acompanhado de um adjeti-
esforço esforços vo que indica pequenez. Por exemplo: casa pequena.
fogo fogos Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indi-
cador de diminuição. Por exemplo: casinha.
forno fornos
fosso fossos Fontes de pesquisa:
imposto impostos http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/
morf12.php
olho olhos SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
osso (ô) ossos (ó) Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
ovo ovos Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São
poço poços Paulo: Saraiva, 2010.
porto portos
posto postos Verbo
tijolo tijolos Verbo é a palavra que se flexiona em pessoa, núme-
ro, tempo e modo. A estes tipos de flexão verbal dá-se o
Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, nome de conjugação (por isso também se diz que verbo
bolsos, esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, é a palavra que pode ser conjugada). Pode indicar, entre
etc. outros processos: ação (amarrar), estado (sou), fenômeno
(choverá); ocorrência (nascer); desejo (querer).
* Observação: distinga-se molho (ô) = caldo (molho
de carne), de molho (ó) = feixe (molho de lenha). Estrutura das Formas Verbais

Particularidades sobre o Número dos Substanti- Do ponto de vista estrutural, o verbo pode apresentar
vos os seguintes elementos:
- Radical: é a parte invariável, que expressa o sig-
- Há substantivos que só se usam no singular: o sul, o nificado essencial do verbo. Por exemplo: fal-ei; fal-ava;
norte, o leste, o oeste, a fé, etc. fal-am. (radical fal-)
- Outros só no plural: as núpcias, os víveres, os pêsa- - Tema: é o radical seguido da vogal temática que
mes, as espadas/os paus (naipes de baralho), as fezes. indica a conjugação a que pertence o verbo. Por exemplo:
- Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do fala-r. São três as conjugações:
singular: bem (virtude) e bens (riquezas), honra (probida- 1.ª - Vogal Temática - A - (falar), 2.ª - Vogal Temática -
de, bom nome) e honras (homenagem, títulos). E - (vender), 3.ª - Vogal Temática - I - (partir).
- Usamos às vezes, os substantivos no singular, mas - Desinência modo-temporal: é o elemento que de-
com sentido de plural: signa o tempo e o modo do verbo. Por exemplo:
Aqui morreu muito negro. falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicati-
Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em cape- vo) / falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo)
las improvisadas. - Desinência número-pessoal: é o elemento que de-
signa a pessoa do discurso (1.ª, 2.ª ou 3.ª) e o número
Flexão de Grau do Substantivo (singular ou plural):
falamos (indica a 1.ª pessoa do plural.) / falavam
Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir (indica a 3.ª pessoa do plural.)
as variações de tamanho dos seres. Classifica-se em:
* Observação: o verbo pôr, assim como seus deriva-
- Grau Normal - Indica um ser de tamanho conside- dos (compor, repor, depor), pertencem à 2.ª conjugação,
rado normal. Por exemplo: casa pois a forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal “e”,
apesar de haver desaparecido do infinitivo, revela-se em
- Grau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho algumas formas do verbo: põe, pões, põem, etc.
do ser. Classifica-se em:
Analítico = o substantivo é acompanhado de um ad- Formas Rizotônicas e Arrizotônicas
jetivo que indica grandeza. Por exemplo: casa grande.
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo in- Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura
dicador de aumento. Por exemplo: casarão. dos verbos com o conceito de acentuação tônica, perce-
bemos com facilidade que nas formas rizotônicas o acen-

41
LÍNGUA PORTUGUESA

to tônico cai no radical do verbo: opino, aprendam, amo, * Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza
por exemplo. Nas formas arrizotônicas, o acento tônico são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, ama-
não cai no radical, mas sim na terminação verbal (fora do nhecer, escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, “Ama-
radical): opinei, aprenderão, amaríamos. nheci cansado”, usa-se o verbo “amanhecer” em sentido
figurado. Qualquer verbo impessoal, empregado em sen-
Classificação dos Verbos tido figurado, deixa de ser impessoal para ser pessoal, ou
seja, terá conjugação completa.
Classificam-se em: Amanheci cansado. (Sujeito desinencial: eu)
Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)
- Regulares: são aqueles que apresentam o radical Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)
inalterado durante a conjugação e desinências idênticas
às de todos os verbos regulares da mesma conjugação. * São impessoais, ainda:
Por exemplo: comparemos os verbos “cantar” e “falar”, - o verbo passar (seguido de preposição), indicando
conjugados no presente do Modo Indicativo: tempo: Já passa das seis.

canto falo - os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição


“de”, indicando suficiência:
cantas falas Basta de tolices.
canta falas Chega de promessas.
cantamos falamos
- os verbos estar e ficar em orações como “Está bem,
cantais falais Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal”, sem re-
cantam falam ferência a sujeito expresso anteriormente (por exemplo:
“ele está mal”). Podemos, nesse caso, classificar o sujeito
* Dica: Observe que, retirando os radicais, as desinên- como hipotético, tornando-se, tais verbos, pessoais.
cias modo-temporal e número-pessoal mantiveram-se
idênticas. Tente fazer com outro verbo e perceberá que se - o verbo dar + para da língua popular, equivalente de
repetirá o fato (desde que o verbo seja da primeira conju- “ser possível”. Por exemplo:
gação e regular!). Faça com o verbo “andar”, por exemplo. Não deu para chegar mais cedo.
Substitua o radical “cant” e coloque o “and” (radical do Dá para me arrumar uma apostila?
verbo andar). Viu? Fácil!
- Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, con-
- Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca altera- jugam-se apenas nas terceiras pessoas, do singular e do
ções no radical ou nas desinências: faço, fiz, farei, fizesse. plural. São unipessoais os verbos constar, convir, ser (=
* Observação: alguns verbos sofrem alteração no ra- preciso, necessário) e todos os que indicam vozes de ani-
dical apenas para que seja mantida a sonoridade. É o caso mais (cacarejar, cricrilar, miar, latir, piar).
de: corrigir/corrijo, fingir/finjo, tocar/toquei, por exemplo.
Tais alterações não caracterizam irregularidade, porque o * Observação: os verbos unipessoais podem ser usa-
fonema permanece inalterado. dos como verbos pessoais na linguagem figurada:
Teu irmão amadureceu bastante.
- Defectivos: são aqueles que não apresentam conju- O que é que aquela garota está cacarejando?
gação completa. Os principais são adequar, precaver, com-
putar, reaver, abolir, falir. Principais verbos unipessoais:

- Impessoais: são os verbos que não têm sujeito e, 1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, ser
normalmente, são usados na terceira pessoa do singular. (preciso, necessário):
Os principais verbos impessoais são: Cumpre estudarmos bastante. (Sujeito: estudarmos
bastante)
* haver, quando sinônimo de existir, acontecer, reali- Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover)
zar-se ou fazer (em orações temporais). É preciso que chova. (Sujeito: que chova)
Havia muitos candidatos no dia da prova. (Havia =
Existiam) 2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, se-
Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram) guidos da conjunção que.
Haverá debates hoje. (Haverá = Realizar-se-ão) Faz dez anos que viajei à Europa. (Sujeito: que viajei
Viajei a Madri há muitos anos. (há = faz) à Europa)
Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não a
* fazer, ser e estar (quando indicam tempo) vejo. (Sujeito: que não a vejo)
Faz invernos rigorosos na Europa.
Era primavera quando o conheci. * Observação: todos os sujeitos apontados são ora-
Estava frio naquele dia. cionais.

42
LÍNGUA PORTUGUESA

- Abundantes: são aqueles que possuem duas ou mais formas equivalentes, geralmente no particípio, em que, além
das formas regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas (particípio irregular).
O particípio regular (terminado em “–do”) é utilizado na voz ativa, ou seja, com os verbos ter e haver; o irregular é
empregado na voz passiva, ou seja, com os verbos ser, ficar e estar. Observe:

Infinitivo Particípio Regular Particípio Irregular


Aceitar Aceitado Aceito
Acender Acendido Aceso
Anexar Anexado Anexo
Benzer Benzido Bento
Corrigir Corrigido Correto
Dispersar Dispersado Disperso
Eleger Elegido Eleito
Envolver Envolvido Envolto
Imprimir Imprimido Impresso
Inserir Inserido Inserto
Limpar Limpado Limpo
Matar Matado Morto
Misturar Misturado Misto
Morrer Morrido Morto
Murchar Murchado Murcho
Pegar Pegado Pego
Romper Rompido Roto
Soltar Soltado Solto
Suspender Suspendido Suspenso
Tingir Tingido Tinto
Vagar Vagado Vago

* Importante:
- estes verbos e seus derivados possuem, apenas, o particípio irregular: abrir/aberto, cobrir/coberto, dizer/dito, escre-
ver/escrito, pôr/posto, ver/visto, vir/vindo.

- Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Existem apenas dois: ser (sou, sois, fui)
e ir (fui, ia, vades).

- Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo principal
(aquele que exprime a ideia fundamental, mais importante), quando acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa
das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.

Vou espantar todos!


(verbo auxiliar) (verbo principal no infinitivo)

Está chegando a hora!


(verbo auxiliar) (verbo principal no gerúndio)

* Observação: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Conjugação dos Verbos Auxiliares

SER - Modo Indicativo

Presente Pret.Perfeito Pret. Imp. Pret.mais-que-perf. Fut.do Pres. Fut. Do Pretérito


sou fui era fora serei seria
és foste eras foras serás serias
é foi era fora será seria
somos fomos éramos fôramos seremos seríamos
sois fostes éreis fôreis sereis seríeis
são foram eram foram serão seriam

SER - Modo Subjuntivo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro


que eu seja se eu fosse quando eu for
que tu sejas se tu fosses quando tu fores
que ele seja se ele fosse quando ele for
que nós sejamos se nós fôssemos quando nós formos
que vós sejais se vós fôsseis quando vós fordes
que eles sejam se eles fossem quando eles forem

SER - Modo Imperativo

Afirmativo Negativo
sê tu não sejas tu
seja você não seja você
sejamos nós não sejamos nós
sede vós não sejais vós
sejam vocês não sejam vocês

SER - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


ser ser eu sendo sido
seres tu
ser ele
sermos nós
serdes vós
serem eles

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LÍNGUA PORTUGUESA

ESTAR - Modo Indicativo



Presente Pret. perf. Pret. Imp. Pret.mais-q-perf. Fut.doPres. Fut.doPreté.
estou estive estava estivera estarei estaria
estás estiveste estavas estiveras estarás estarias
está esteve estava estivera estará estaria
estamos estivemos estávamos estivéramos estaremos estaríamos
estais estivestes estáveis estivéreis estareis estaríeis
estão estiveram estavam estiveram estarão estariam

ESTAR - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


esteja estivesse estiver
estejas estivesses estiveres está estejas
esteja estivesse estiver esteja esteja
estejamos estivéssemos estivermos estejamos estejamos
estejais estivésseis estiverdes estai estejais
estejam estivessem estiverem estejam estejam

ESTAR - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


estar estar estando estado
estares
estar
estarmos
estardes
estarem

HAVER - Modo Indicativo

Presente Pret. Perf. Pret. Imp. Pret.Mais-Q-Perf. Fut.do Pres. Fut.doPreté.


hei houve havia houvera haverei haveria
hás houveste havias houveras haverás haverias
há houve havia houvera haverá haveria
havemos houvemos havíamos houvéramos haveremos haveríamos
haveis houvestes havíeis houvéreis havereis haveríeis
hão houveram haviam houveram haverão haveriam

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LÍNGUA PORTUGUESA

HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


ja houvesse houver
hajas houvesses houveres há hajas
haja houvesse houver haja haja
hajamos houvéssemos houvermos hajamos hajamos
hajais houvésseis houverdes havei hajais
hajam houvessem houverem hajam hajam

HAVER - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


haver haver havendo havido
haveres

haver

havermos
haverdes
haverem

TER - Modo Indicativo

Presente Pret. Perf. Pret. Imp. Preté.mais-q-perf. Fut. Do Pres. Fut. Do Preté.
tenho tive tinha tivera terei teria
tens tiveste tinhas tiveras terás terias
tem teve tinha tivera terá teria
temos tivemos tínhamos tivéramos teremos teríamos
tendes tivestes tínheis tivéreis tereis teríeis
têm tiveram tinham tiveram terão teriam

TER - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


tenha tivesse tiver
tenhas tivesses tiveres tem tenhas
tenha tivesse tiver tenha tenha
tenhamos tivéssemos tivermos tenhamos tenhamos
tenhais tivésseis tiverdes tende tenhais
tenham tivessem tiverem tenham tenham

- Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na
mesma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita
no próprio sentido do verbo (pronominais essenciais). Veja:

1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos:
abster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais essenciais a reflexibilidade
já está implícita no radical do verbo. Por exemplo: Arrependi-me de ter estado lá.

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LÍNGUA PORTUGUESA

A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito Formas Nominais


(eu) tem um sentimento (arrependimento) que recai so-
bre ela mesma, pois não recebe ação transitiva nenhuma Além desses três modos, o verbo apresenta ainda for-
vinda do verbo; o pronome oblíquo átono é apenas uma mas que podem exercer funções de nomes (substantivo,
partícula integrante do verbo, já que, pelo uso, sempre é adjetivo, advérbio), sendo por isso denominadas formas
conjugada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas nominais. Observe:
serve de reforço da ideia reflexiva expressa pelo radical 1-) Infinitivo
do próprio verbo. 1.1-) Impessoal: exprime a significação do verbo de
Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de
respectivos pronomes): substantivo. Por exemplo:
Eu me arrependo Viver é lutar. (= vida é luta)
Tu te arrependes É indispensável combater a corrupção. (= combate à)
Ele se arrepende
Nós nos arrependemos O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presen-
Vós vos arrependeis te (forma simples) ou no passado (forma composta). Por
exemplo:
Eles se arrependem
É preciso ler este livro.
Era preciso ter lido este livro.
2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos
em que a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto
1.2-) Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às
representado por pronome oblíquo da mesma pessoa
três pessoas do discurso. Na 1.ª e 3.ª pessoas do singular,
do sujeito; assim, o sujeito faz uma ação que recai so-
não apresenta desinências, assumindo a mesma forma do
bre ele mesmo. Em geral, os verbos transitivos diretos
impessoal; nas demais, flexiona-se da seguinte maneira:
ou transitivos diretos e indiretos podem ser conjugados
2.ª pessoa do singular: Radical + ES = teres (tu)
com os pronomes mencionados, formando o que se cha- 1.ª pessoa do plural: Radical + MOS = termos (nós)
ma voz reflexiva. Por exemplo: A garota se penteava. 2.ª pessoa do plural: Radical + DES = terdes (vós)
A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexi- 3.ª pessoa do plural: Radical + EM = terem (eles)
va pode ser exercida também sobre outra pessoa. Por Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação.
exemplo: A garota penteou-me.
2-) Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adje-
* Observações: tivo ou advérbio. Por exemplo:
- Por fazerem parte integrante do verbo, os prono- Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de
mes oblíquos átonos dos verbos pronominais não pos- advérbio)
suem função sintática. Água fervendo, pele ardendo. (função de adjetivo)
- Há verbos que também são acompanhados de pro-
nomes oblíquos átonos, mas que não são essencialmen- Na forma simples (1), o gerúndio expressa uma ação
te pronominais - são os verbos reflexivos. Nos verbos em curso; na forma composta (2), uma ação concluída:
reflexivos, os pronomes, apesar de se encontrarem na Trabalhando (1), aprenderás o valor do dinheiro.
pessoa idêntica à do sujeito, exercem funções sintáticas. Tendo trabalhado (2), aprendeu o valor do dinheiro.
Por exemplo:
Eu me feri. = Eu (sujeito) – 1.ª pessoa do singular; * Quando o gerúndio é vício de linguagem (gerundis-
me (objeto direto) – 1.ª pessoa do singular mo), ou seja, uso exagerado e inadequado do gerúndio:
1- Enquanto você vai ao mercado, vou estar jogando
Modos Verbais futebol.
2 – Sim, senhora! Vou estar verificando!
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas
pelo verbo na expressão de um fato certo, real, verdadei- Em 1, a locução “vou estar” + gerúndio é adequada,
ro. Existem três modos: pois transmite a ideia de uma ação que ocorre no mo-
mento da outra; em 2, essa ideia não ocorre, já que a lo-
Indicativo - indica uma certeza, uma realidade: Eu cução verbal “vou estar verificando” refere-se a um futuro
estudo para o concurso. em andamento, exigindo, no caso, a construção “verifica-
Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade: rei” ou “vou verificar”.
Talvez eu estude amanhã.
Imperativo - indica uma ordem, um pedido: Estude, 3-) Particípio: quando não é empregado na formação
colega! dos tempos compostos, o particípio indica, geralmente, o
resultado de uma ação terminada, flexionando-se em gê-
nero, número e grau. Por exemplo: Terminados os exames,
os candidatos saíram.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma relação temporal, assume verdadeiramente a função de
adjetivo. Por exemplo: Ela é a aluna escolhida pela turma.

(Ziraldo)

Tempos Verbais

Tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos
tempos.

1. Tempos do Modo Indicativo


- Presente - Expressa um fato atual: Eu estudo neste colégio.
- Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual, mas que não foi completamen-
te terminado: Ele estudava as lições quando foi interrompido.
- Pretérito Perfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado:
Ele estudou as lições ontem à noite.
- Pretérito-mais-que-perfeito - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado: Ele já estudara as lições
quando os amigos chegaram. (forma simples).
- Futuro do Presente - Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual: Ele
estudará as lições amanhã.
- Futuro do Pretérito - Enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um determinado fato passado: Se ele
pudesse, estudaria um pouco mais.

2. Tempos do Modo Subjuntivo


- Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual: É conveniente que estudes para o exame.
- Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido: Eu esperava que ele vencesse
o jogo.

Observação: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de condição ou
desejo. Por exemplo: Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.

- Futuro do Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual: Quando ele
vier à loja, levará as encomendas.

Observação: o futuro do presente é também usado em frases que indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se
ele vier à loja, levará as encomendas.
** Há casos em que formas verbais de um determinado tempo podem ser utilizadas para indicar outro.
Em 1500, Pedro Álvares Cabral descobre o Brasil.
descobre = forma do presente indicando passado ( = descobrira/descobriu)

No próximo final de semana, faço a prova!


faço = forma do presente indicando futuro ( = farei)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Modo Indicativo

Presente do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Desinência pessoal


CANTAR VENDER PARTIR
cantO vendO partO O
cantaS vendeS parteS S
canta vende parte -
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaIS vendeIS partIS IS
cantaM vendeM parteM M

Pretérito Perfeito do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Desinência pessoal


CANTAR VENDER PARTIR
canteI vendI partI I
cantaSTE vendeSTE partISTE STE
cantoU vendeU partiU U
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaSTES vendeSTES partISTES STES
cantaRAM vendeRAM partiRAM RAM

Pretérito mais-que-perfeito

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal
1.ª/2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M

Pretérito Imperfeito do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3ª. conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantAVA vendIA partIA
cantAVAS vendIAS partAS
CantAVA vendIA partIA
cantÁVAMOS vendÍAMOS partÍAMOS
cantÁVEIS vendÍEIS partÍEIS
cantAVAM vendIAM partIAM

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LÍNGUA PORTUGUESA

Futuro do Presente do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantar ei vender ei partir ei
cantar ás vender ás partir ás
cantar á vender á partir á
cantar emos vender emos partir emos
cantar eis vender eis partir eis
cantar ão vender ão partir ão

Futuro do Pretérito do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantarIA venderIA partirIA
cantarIAS venderIAS partirIAS
cantarIA venderIA partirIA
cantarÍAMOS venderÍAMOS partirÍAMOS
cantarÍEIS venderÍEIS partirÍEIS
cantarIAM venderIAM partirIAM

Presente do Subjuntivo

Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do
indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1.ª conjugação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2.ª e 3.ª conjugação).

1.ª conjug. 2.ª conjug. 3.ª conju. Desinên. pessoal Des. temporal Des.temporal
1.ª conj. 2.ª/3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantE vendA partA E A Ø
cantES vendAS partAS E A S
cantE vendA partA E A Ø
cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS
cantEIS vendAIS partAIS E A IS
cantEM vendAM partAM E A M

50
LÍNGUA PORTUGUESA

Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito,
obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de
número e pessoa correspondente.

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desin. pessoal
1.ª /2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíSSEMOS SSE MOS
cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
cantaSSEM vendeSSEM partiSSEM SSE M

Futuro do Subjuntivo

Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito, ob-
tendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de número
e pessoa correspondente.

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desin. pessoal
1.ª /2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaR vendeR partiR Ø
cantaRES vendeRES partiRES R ES
cantaR vendeR partiR R Ø
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES
cantaREM vendeREM partiREM R EM

Modo Imperativo

Imperativo Afirmativo

Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2.ª pessoa do singular (tu) e a segunda
pessoa do plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:

Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo


Eu canto --- Que eu cante
Tu cantas CantA tu Que tu cantes
Ele canta Cante você Que ele cante
Nós cantamos Cantemos nós Que nós cantemos
Vós cantais CantAI vós Que vós canteis
Eles cantam Cantem vocês Que eles cantem

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LÍNGUA PORTUGUESA

Imperativo Negativo

Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do subjuntivo.

Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo

Que eu cante ---


Que tu cantes Não cantes tu
Que ele cante Não cante você
Que nós cantemos Não cantemos nós
Que vós canteis Não canteis vós
Que eles cantem Não cantem eles
Observações:
- No modo imperativo não faz sentido usar na 3.ª pessoa (singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem, pe-
dido ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês.
- O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu), sede (vós).

Infinitivo Pessoal

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantar vender partir
cantarES venderES partirES
cantar vender partir
cantarMOS venderMOS partirMOS
cantarDES venderDES partirDES
cantarEM venderEM partirEM

* Observações:
- o verbo parecer admite duas construções:
Elas parecem gostar de você. (forma uma locução verbal)
Elas parece gostarem de você. (verbo com sujeito oracional, correspondendo à construção: parece gostarem de você).

- o verbo pegar possui dois particípios (regular e irregular):


Elvis tinha pegado minhas apostilas.
Minhas apostilas foram pegas.
fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf54.php
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.

Questões sobre Verbo

1-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – 2014) A assertiva correta quanto à conjugação verbal é:
A) Houveram eleições em outros países este ano.
B) Se eu vir você por aí, acabou.
C) Tinha chego atrasado vinte minutos.
D) Fazem três anos que não tiro férias.
E) Esse homem possue muitos bens.

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LÍNGUA PORTUGUESA

1-) Correções à frente: associar alguns comportamentos dos adolescentes ao uso


A) Houveram eleições em outros países este ano = prolongado desses aparelhos, e TÊM (concorda com o ter-
houve mo “os especialistas”) alertado os pais para que avaliem a
C) Tinha chego atrasado vinte minutos = tinha che- necessidade de estabelecer limites aos seus filhos.
gado Temos: faz, haver, têm.
D) Fazem três anos que não tiro férias = faz três anos RESPOSTA: “A”.
E) Esse homem possue muitos bens = possui
RESPOSTA: “B”. Vozes do Verbo

2-) (POLÍCIA CIVIL/SC – AGENTE DE POLÍCIA – ACA- Dá-se o nome de voz à maneira como se apresenta a
FE/2014) Complete as lacunas com os verbos, tempos e ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito, indicando
modos indicados entre parênteses, fazendo a devida con- se este é paciente ou agente da ação. Importante lembrar
cordância. que voz verbal não é flexão, mas aspecto verbal. São três
• O juiz agrário ainda não _________ no conflito porque as vozes verbais:
surgiram fatos novos de ontem para hoje. (intervir - pre-
térito perfeito do indicativo) - Ativa = quando o sujeito é agente, isto é, pratica a
• Uns poucos convidados ___________-se com os vídeos ação expressa pelo verbo:
postados no facebook. (entreter - pretérito imperfeito do
indicativo) Ele fez o tra-
• Representantes do PCRT somente serão aceitos na balho.
composição da chapa quando se _________ de criticar a sujeito agente ação objeto
atual diretoria do clube, (abster-se - futuro do subjuntivo) (paciente)
A sequência correta, de cima para baixo, é:
A-) interveio - entretinham - abstiverem - Passiva = quando o sujeito é paciente, recebendo a
B-) interviu - entretiveram - absterem ação expressa pelo verbo:
C-) intervém - entreteram - abstêm
D-) interviera - entretêm - abstiverem O trabalho foi feito p o r
E-) intervirá - entretenham - abstiveram ele.
sujeito paciente ação agen-
te da passiva
2-) O verbo “intervir” deve ser conjugado como o
verbo “vir”. Este, no pretérito perfeito do Indicativo fica - Reflexiva = quando o sujeito é, ao mesmo tempo,
“veio”, portanto, “interveio” (não existe “interviu”, já que agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação:
ele não deriva do verbo “ver”). Descartemos a alternativa
B. Como não há outro item com a mesma opção, chega- O menino feriu-se.
mos à resposta rapidamente!
RESPOSTA: “A”. * Observação: não confundir o emprego reflexivo do
3-) (POLÍCIA MILITAR/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO verbo com a noção de reciprocidade:
– VUNESP/2014) Considere o trecho a seguir. Os lutadores feriram-se. (um ao outro)
Já __________ alguns anos que estudos a respeito da Nós nos amamos. (um ama o outro)
utilização abusiva dos smartphones estão sendo desen-
volvidos. Os especialistas acreditam _________ motivos Formação da Voz Passiva
para associar alguns comportamentos dos adolescentes
ao uso prolongado desses aparelhos, e _________ alertado A voz passiva pode ser formada por dois processos:
os pais para que avaliem a necessidade de estabelecer analítico e sintético.
limites aos seus filhos.
De acordo com a norma-padrão da língua portugue- 1- Voz Passiva Analítica = Constrói-se da seguinte
sa, as lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e maneira:
respectivamente, com:
(A) faz … haver … têm Verbo SER + particípio do verbo principal. Por exem-
(B) fazem … haver … tem plo:
(C) faz … haverem … têm A escola será pintada pelos alunos. (na ativa teríamos:
(D) fazem … haverem … têm os alunos pintarão a escola)
(E) faz … haverem … tem O trabalho é feito por ele. (na ativa: ele faz o trabalho)

3-) Já FAZ (sentido de tempo: não sofre flexão) alguns * Observação: o agente da passiva geralmente é
anos que estudos a respeito da utilização abusiva dos smar- acompanhado da preposição por, mas pode ocorrer a
tphones estão sendo desenvolvidos. Os especialistas acre- construção com a preposição de. Por exemplo: A casa fi-
ditam HAVER (sentido de existir: não varia) motivos para cou cercada de soldados.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Pode acontecer de o agente da passiva não estar * Observação: quando o sujeito da voz ativa for inde-
explícito na frase: A exposição será aberta amanhã. terminado, não haverá complemento agente na passiva.
Por exemplo: Prejudicaram-me. / Fui prejudicado.
- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar
(SER), pois o particípio é invariável. Observe a transforma- ** Saiba que:
ção das frases seguintes: - com os verbos neutros (nascer, viver, morrer, dormir,
acordar, sonhar, etc.) não há voz ativa, passiva ou reflexiva,
a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do Indicativo) porque o sujeito não pode ser visto como agente, pacien-
O trabalho foi feito por ele. (verbo ser no pretérito per- te ou agente-paciente.
feito do Indicativo, assim como o verbo principal da voz
ativa) Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/
b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo) morf54.php
O trabalho é feito por ele. (ser no presente do indica- SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
tivo) Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce-
c) Ele fará o trabalho. (futuro do presente) reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São
O trabalho será feito por ele. (futuro do presente) Paulo: Saraiva, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
- Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assu- ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
me o mesmo tempo e modo do verbo principal da voz
ativa. Observe a transformação da frase seguinte: Questões
O vento ia levando as folhas. (gerúndio)
As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio) 1-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA/GO – ANALISTA JUDICIÁ-
RIO – FGV/2014 - adaptada) A frase “que foi trazida pelo
2- Voz Passiva Sintética = A voz passiva sintética - ou instituto Endeavor” equivale, na voz ativa, a:
pronominal - constrói-se com o verbo na 3.ª pessoa, se- (A) que o instituto Endeavor traz;
guido do pronome apassivador “se”. Por exemplo: (B) que o instituto Endeavor trouxe;
Abriram-se as inscrições para o concurso. (C) trazida pelo instituto Endeavor;
Destruiu-se o velho prédio da escola. (D) que é trazida pelo instituto Endeavor;
(E) que traz o instituto Endeavor.
* Observação: o agente não costuma vir expresso na
voz passiva sintética. 1-) Se na voz passiva temos dois verbos, na ativa te-
remos um: “que o instituto Endeavor trouxe” (manter o
Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva tempo verbal no pretérito – assim como na passiva).
RESPOSTA: “B”.
Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar
substancialmente o sentido da frase.
2-) (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB/2014 -
O concurseiro comprou a apostila. (Voz Ativa) adaptada) Ao passarmos a frase “...e É CONSIDERADO por
Sujeito da Ativa objeto Direto muitos o maior maratonista de todos os tempos” para a
voz ativa, encontramos a seguinte forma verbal:
A apostila foi comprada pelo concurseiro. A) consideravam.
(Voz Passiva) B) consideram.
Sujeito da Passiva Agente da Passi- C) considerem.
va D) considerarão.
E) considerariam.
Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva;
o sujeito da ativa passará a agente da passiva, e o verbo 2-) É CONSIDERADO por muitos o maior maratonista
ativo assumirá a forma passiva, conservando o mesmo de todos os tempos = dois verbos na voz passiva, então
tempo. Observe: na ativa teremos UM: muitos o consideram o maior mara-
- Os mestres têm constantemente aconselhado os alu- tonista de todos os tempos.
nos. RESPOSTA: “B”.
Os alunos têm sido constantemente aconselhados pe-
los mestres. 3-) (TRT-16ª REGIÃO/MA - ANALISTA JUDICIÁRIO –
ÁREA ADMINISTRATIVA – FCC/2014)
- Eu o acompanharei. Transpondo-se para a voz passiva a frase “vou glosar
Ele será acompanhado por mim. uma observação de Machado de Assis”, a forma verbal
resultante deverá ser

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LÍNGUA PORTUGUESA

(A) terei glosado Observação: nesses casos, o uso do verbo no singular


(B) seria glosada enfatiza a unidade do conjunto; já a forma plural confere
(C) haverá de ser glosada destaque aos elementos que formam esse conjunto.
(D) será glosada
(E) terá sido glosada 2) Quando o sujeito é formado por expressão que
indica quantidade aproximada (cerca de, mais de, menos
3-) “vou glosar uma observação de Machado de As- de, perto de...) seguida de numeral e substantivo, o verbo
sis” – “vou glosar” expressa “glosarei”, então teremos na concorda com o substantivo.
passiva: uma observação de Machado de Assis será glo- Cerca de mil pessoas participaram do concurso.
sada por mim. Perto de quinhentos alunos compareceram à solenida-
RESPOSTA: “D”. de.
Mais de um atleta estabeleceu novo recorde nas últi-
mas Olimpíadas.

CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL. Observação: quando a expressão “mais de um” asso-


ciar-se a verbos que exprimem reciprocidade, o plural é
obrigatório: Mais de um colega se ofenderam na discussão.
(ofenderam um ao outro)
Os concurseiros estão apreensivos.
Concurseiros apreensivos. 3) Quando se trata de nomes que só existem no plu-
ral, a concordância deve ser feita levando-se em conta
No primeiro exemplo, o verbo estar encontra-se na a ausência ou presença de artigo. Sem artigo, o verbo
terceira pessoa do plural, concordando com o seu sujeito, deve ficar no singular; com artigo no plural, o verbo deve
os concurseiros. No segundo exemplo, o adjetivo “apreen- ficar o plural.
sivos” está concordando em gênero (masculino) e número Os Estados Unidos possuem grandes universidades.
(plural) com o substantivo a que se refere: concurseiros. Estados Unidos possui grandes universidades.
Nesses dois exemplos, as flexões de pessoa, número e gê- Alagoas impressiona pela beleza das praias.
nero correspondem-se. As Minas Gerais são inesquecíveis.
A correspondência de flexão entre dois termos é a Minas Gerais produz queijo e poesia de primeira.
concordância, que pode ser verbal ou nominal.
4) Quando o sujeito é um pronome interrogativo ou
Concordância Verbal indefinido plural (quais, quantos, alguns, poucos, muitos,
quaisquer, vários) seguido por “de nós” ou “de vós”, o ver-
É a flexão que se faz para que o verbo concorde com bo pode concordar com o primeiro pronome (na terceira
seu sujeito. pessoa do plural) ou com o pronome pessoal.
Quais de nós são / somos capazes?
a) Sujeito Simples - Regra Geral Alguns de vós sabiam / sabíeis do caso?
O sujeito, sendo simples, com ele concordará o verbo Vários de nós propuseram / propusemos sugestões ino-
em número e pessoa. Veja os exemplos: vadoras.
A prova para ambos os cargos será aplicada
às 13h. Observação: veja que a opção por uma ou outra for-
3.ª p. Singular 3.ª p. Singular ma indica a inclusão ou a exclusão do emissor. Quando
alguém diz ou escreve “Alguns de nós sabíamos de tudo e
Os candidatos à vaga chegarão às 12h. nada fizemos”, ele está se incluindo no grupo dos omis-
3.ª p. Plural 3.ª p. Plural sos. Isso não ocorre ao dizer ou escrever “Alguns de nós
sabiam de tudo e nada fizeram”, frase que soa como uma
Casos Particulares denúncia.
Nos casos em que o interrogativo ou indefinido esti-
1) Quando o sujeito é formado por uma expressão ver no singular, o verbo ficará no singular.
partitiva (parte de, uma porção de, o grosso de, metade de, Qual de nós é capaz?
a maioria de, a maior parte de, grande parte de...) seguida Algum de vós fez isso.
de um substantivo ou pronome no plural, o verbo pode
ficar no singular ou no plural. 5) Quando o sujeito é formado por uma expressão
A maioria dos jornalistas aprovou / aprovaram a ideia. que indica porcentagem seguida de substantivo, o verbo
Metade dos candidatos não apresentou / apresentaram deve concordar com o substantivo.
proposta. 25% do orçamento do país será destinado à Educação.
85% dos entrevistados não aprovam a administração
Esse mesmo procedimento pode se aplicar aos casos do prefeito.
dos coletivos, quando especificados: Um bando de vânda- 1% do eleitorado aceita a mudança.
los destruiu / destruíram o monumento. 1% dos alunos faltaram à prova.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Quando a expressão que indica porcentagem não é 10) Verbos Impessoais: por não se referirem a ne-
seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o nhum sujeito, são usados sempre na 3.ª pessoa do sin-
número. gular. São verbos impessoais: Haver no sentido de existir;
25% querem a mudança. Fazer indicando tempo; Aqueles que indicam fenômenos
1% conhece o assunto. da natureza. Exemplos:
Havia muitas garotas na festa.
Se o número percentual estiver determinado por ar- Faz dois meses que não vejo meu pai.
tigo ou pronome adjetivo, a concordância far-se-á com Chovia ontem à tarde.
eles:
Os 30% da produção de soja serão exportados. b) Sujeito Composto
Esses 2% da prova serão questionados.
1) Quando o sujeito é composto e anteposto ao ver-
6) O pronome “que” não interfere na concordância; bo, a concordância se faz no plural:
Pai e filho conversavam longamente.
já o “quem” exige que o verbo fique na 3.ª pessoa do
Sujeito
singular.
Fui eu que paguei a conta.
Pais e filhos devem conversar com frequência.
Fomos nós que pintamos o muro. Sujeito
És tu que me fazes ver o sentido da vida.
Sou eu quem faz a prova. 2) Nos sujeitos compostos formados por pessoas
Não serão eles quem será aprovado. gramaticais diferentes, a concordância ocorre da seguin-
te maneira: a primeira pessoa do plural (nós) prevalece
7) Com a expressão “um dos que”, o verbo deve as- sobre a segunda pessoa (vós) que, por sua vez, prevalece
sumir a forma plural. sobre a terceira (eles). Veja:
Ademir da Guia foi um dos jogadores que mais encan- Teus irmãos, tu e eu tomaremos a decisão.
taram os poetas. Primeira Pessoa do Plural (Nós)
Este candidato é um dos que mais estudaram!
Tu e teus irmãos tomareis a decisão.
Se a expressão for de sentido contrário – nenhum dos Segunda Pessoa do Plural (Vós)
que, nem um dos que -, não aceita o verbo no singular:
Nenhum dos que foram aprovados assumirá a vaga. Pais e filhos precisam respeitar-se.
Nem uma das que me escreveram mora aqui. Terceira Pessoa do Plural (Eles)
*Quando “um dos que” vem entremeada de substan-
tivo, o verbo pode: Observação: quando o sujeito é composto, formado
a) ficar no singular – O Tietê é um dos rios que atra- por um elemento da segunda pessoa (tu) e um da terceira
vessa o Estado de São Paulo. (já que não há outro rio que (ele), é possível empregar o verbo na terceira pessoa do
faça o mesmo). plural (eles): “Tu e teus irmãos tomarão a decisão.” – no
b) ir para o plural – O Tietê é um dos rios que estão lugar de “tomaríeis”.
poluídos (noção de que existem outros rios na mesma
condição). 3) No caso do sujeito composto posposto ao verbo,
passa a existir uma nova possibilidade de concordância:
em vez de concordar no plural com a totalidade do sujei-
8) Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o
to, o verbo pode estabelecer concordância com o núcleo
verbo fica na 3ª pessoa do singular ou plural.
do sujeito mais próximo.
Vossa Excelência está cansado?
Faltaram coragem e competência.
Vossas Excelências renunciarão? Faltou coragem e competência.
Compareceram todos os candidatos e o banca.
9) A concordância dos verbos bater, dar e soar faz-se Compareceu o banca e todos os candidatos.
de acordo com o numeral.
Deu uma hora no relógio da sala. 4) Quando ocorre ideia de reciprocidade, a concor-
Deram cinco horas no relógio da sala. dância é feita no plural. Observe:
Soam dezenove horas no relógio da praça. Abraçaram-se vencedor e vencido.
Baterão doze horas daqui a pouco. Ofenderam-se o jogador e o árbitro.

Observação: caso o sujeito da oração seja a palavra Casos Particulares


relógio, sino, torre, etc., o verbo concordará com esse su-
jeito. 1) Quando o sujeito composto é formado por núcleos
O tradicional relógio da praça matriz dá nove horas. sinônimos ou quase sinônimos, o verbo fica no singular.
Soa quinze horas o relógio da matriz. Descaso e desprezo marca seu comportamento.
A coragem e o destemor fez dele um herói.

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LÍNGUA PORTUGUESA

2) Quando o sujeito composto é formado por núcleos 6) Quando os núcleos do sujeito são unidos por ex-
dispostos em gradação, verbo no singular: pressões correlativas como: “não só...mas ainda”, “não so-
Com você, meu amor, uma hora, um minuto, um se- mente”..., “não apenas...mas também”, “tanto...quanto”, o
gundo me satisfaz. verbo ficará no plural.
Não só a seca, mas também o pouco caso castigam o
3) Quando os núcleos do sujeito composto são uni- Nordeste.
dos por “ou” ou “nem”, o verbo deverá ficar no plural, de Tanto a mãe quanto o filho ficaram surpresos com a
acordo com o valor semântico das conjunções: notícia.
Drummond ou Bandeira representam a essência da
poesia brasileira. 7) Quando os elementos de um sujeito composto são
Nem o professor nem o aluno acertaram a resposta. resumidos por um aposto recapitulativo, a concordância
é feita com esse termo resumidor.
Em ambas as orações, as conjunções dão ideia de Filmes, novelas, boas conversas, nada o tirava da apa-
“adição”. Já em: tia.
Juca ou Pedro será contratado. Trabalho, diversão, descanso, tudo é muito importante
Roma ou Buenos Aires será a sede da próxima Olim- na vida das pessoas.
píada.
Outros Casos
* Temos ideia de exclusão, por isso os verbos ficam
no singular. 1) O Verbo e a Palavra “SE”
Dentre as diversas funções exercidas pelo “se”, há
4) Com as expressões “um ou outro” e “nem um nem duas de particular interesse para a concordância verbal:
outro”, a concordância costuma ser feita no singular. a) quando é índice de indeterminação do sujeito;
Um ou outro compareceu à festa. b) quando é partícula apassivadora.
Nem um nem outro saiu do colégio. Quando índice de indeterminação do sujeito, o “se”
acompanha os verbos intransitivos, transitivos indiretos
Com “um e outro”, o verbo pode ficar no plural ou no e de ligação, que obrigatoriamente são conjugados na
singular: Um e outro farão/fará a prova.
terceira pessoa do singular:
Precisa-se de funcionários.
5) Quando os núcleos do sujeito são unidos por
Confia-se em teses absurdas.
“com”, o verbo fica no plural. Nesse caso, os núcleos re-
Quando pronome apassivador, o “se” acompanha
cebem um mesmo grau de importância e a palavra “com”
verbos transitivos diretos (VTD) e transitivos diretos e in-
tem sentido muito próximo ao de “e”.
diretos (VTDI) na formação da voz passiva sintética. Nes-
O pai com o filho montaram o brinquedo.
se caso, o verbo deve concordar com o sujeito da oração.
O governador com o secretariado traçaram os planos
Exemplos:
para o próximo semestre.
O professor com o aluno questionaram as regras. Construiu-se um posto de saúde.
Construíram-se novos postos de saúde.
Nesse mesmo caso, o verbo pode ficar no singular, se Aqui não se cometem equívocos
a ideia é enfatizar o primeiro elemento. Alugam-se casas.
O pai com o filho montou o brinquedo.
O governador com o secretariado traçou os planos para ** Dica: Para saber se o “se” é partícula apassivado-
o próximo semestre. ra ou índice de indeterminação do sujeito, tente trans-
O professor com o aluno questionou as regras. formar a frase para a voz passiva. Se a frase construída
for “compreensível”, estaremos diante de uma partícula
Observação: com o verbo no singular, não se pode apassivadora; se não, o “se” será índice de indetermina-
falar em sujeito composto. O sujeito é simples, uma vez ção. Veja:
que as expressões “com o filho” e “com o secretariado” Precisa-se de funcionários qualificados.
são adjuntos adverbiais de companhia. Na verdade, é Tentemos a voz passiva:
como se houvesse uma inversão da ordem. Veja: Funcionários qualificados são precisados (ou preci-
“O pai montou o brinquedo com o filho.” sos)? Não há lógica. Portanto, o “se” destacado é índice
“O governador traçou os planos para o próximo semes- de indeterminação do sujeito.
tre com o secretariado.” Agora:
“O professor questionou as regras com o aluno.” Vendem-se casas.
Voz passiva: Casas são vendidas. Construção correta!
*Casos em que se usa o verbo no singular: Então, aqui, o “se” é partícula apassivadora. (Dá para eu
Café com leite é uma delícia! passar para a voz passiva. Repare em meu destaque. Per-
O frango com quiabo foi receita da vovó. cebeu semelhança? Agora é só memorizar!).

57
LÍNGUA PORTUGUESA

2) O Verbo “Ser” 3) O Verbo “Parecer”


A concordância verbal dá-se sempre entre o verbo e o O verbo parecer, quando é auxiliar em uma locução
sujeito da oração. No caso do verbo ser, essa concordân- verbal (é seguido de infinitivo), admite duas concordâncias:
cia pode ocorrer também entre o verbo e o predicativo a) Ocorre variação do verbo PARECER e não se fle-
do sujeito. xiona o infinitivo: As crianças parecem gostar do desenho.

Quando o sujeito ou o predicativo for: b) A variação do verbo parecer não ocorre e o infini-
tivo sofre flexão:
a)Nome de pessoa ou pronome pessoal – o verbo SER As crianças parece gostarem do desenho.
concorda com a pessoa gramatical: (essa frase equivale a: Parece gostarem do desenho as
Ele é forte, mas não é dois. crianças)
Fernando Pessoa era vários poetas.
A esperança dos pais são eles, os filhos. Atenção: Com orações desenvolvidas, o verbo PARE-
CER fica no singular. Por Exemplo: As paredes parece que
têm ouvidos. (Parece que as paredes têm ouvidos = oração
b)nome de coisa e um estiver no singular e o outro no
subordinada substantiva subjetiva).
plural, o verbo SER concordará, preferencialmente, com o
que estiver no plural:
Concordância Nominal
Os livros são minha paixão!
Minha paixão são os livros! A concordância nominal se baseia na relação entre
nomes (substantivo, pronome) e as palavras que a eles
Quando o verbo SER indicar se ligam para caracterizá-los (artigos, adjetivos, pronomes
adjetivos, numerais adjetivos e particípios). Lembre-se:
a) horas e distâncias, concordará com a expressão normalmente, o substantivo funciona como núcleo de um
numérica: termo da oração, e o adjetivo, como adjunto adnominal.
É uma hora. A concordância do adjetivo ocorre de acordo com as
São quatro horas. seguintes regras gerais:
Daqui até a escola é um quilômetro / são dois quilô- 1) O adjetivo concorda em gênero e número quando
metros. se refere a um único substantivo: As mãos trêmulas de-
nunciavam o que sentia.
b) datas, concordará com a palavra dia(s), que pode
estar expressa ou subentendida: 2) Quando o adjetivo refere-se a vários substantivos, a
Hoje é dia 26 de agosto. concordância pode variar. Podemos sistematizar essa fle-
Hoje são 26 de agosto. xão nos seguintes casos:
c) Quando o sujeito indicar peso, medida, quantidade a) Adjetivo anteposto aos substantivos:
e for seguido de palavras ou expressões como pouco, mui- - O adjetivo concorda em gênero e número com o
to, menos de, mais de, etc., o verbo SER fica no singular: substantivo mais próximo.
Cinco quilos de açúcar é mais do que preciso. Encontramos caídas as roupas e os prendedores.
Três metros de tecido é pouco para fazer seu vestido. Encontramos caída a roupa e os prendedores.
Duas semanas de férias é muito para mim. Encontramos caído o prendedor e a roupa.

d) Quando um dos elementos (sujeito ou predicativo) - Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de
parentesco, o adjetivo deve sempre concordar no plural.
for pronome pessoal do caso reto, com este concordará
As adoráveis Fernanda e Cláudia vieram me visitar.
o verbo.
Encontrei os divertidos primos e primas na festa.
No meu setor, eu sou a única mulher.
Aqui os adultos somos nós. b) Adjetivo posposto aos substantivos:
- O adjetivo concorda com o substantivo mais pró-
Observação: sendo ambos os termos (sujeito e pre- ximo ou com todos eles (assumindo a forma masculina
dicativo) representados por pronomes pessoais, o verbo plural se houver substantivo feminino e masculino).
concorda com o pronome sujeito. A indústria oferece localização e atendimento perfeito.
Eu não sou ela. A indústria oferece atendimento e localização perfeita.
Ela não é eu. A indústria oferece localização e atendimento perfeitos.
A indústria oferece atendimento e localização perfeitos.
e) Quando o sujeito for uma expressão de sentido
partitivo ou coletivo e o predicativo estiver no plural, o Observação: os dois últimos exemplos apresentam
verbo SER concordará com o predicativo. maior clareza, pois indicam que o adjetivo efetivamente
A grande maioria no protesto eram jovens. se refere aos dois substantivos. Nesses casos, o adjetivo
O resto foram atitudes imaturas. foi flexionado no plural masculino, que é o gênero predo-
minante quando há substantivos de gêneros diferentes.

58
LÍNGUA PORTUGUESA

- Se os substantivos possuírem o mesmo gênero, o Casos Particulares


adjetivo fica no singular ou plural.
A beleza e a inteligência feminina(s). É proibido - É necessário - É bom - É preciso - É
O carro e o iate novo(s). permitido

3) Expressões formadas pelo verbo SER + adjetivo: a) Estas expressões, formadas por um verbo mais um
a) O adjetivo fica no masculino singular, se o subs- adjetivo, ficam invariáveis se o substantivo a que se refe-
tantivo não for acompanhado de nenhum modificador: rem possuir sentido genérico (não vier precedido de ar-
Água é bom para saúde. tigo).
É proibido entrada de crianças.
b) O adjetivo concorda com o substantivo, se este for Em certos momentos, é necessário atenção.
modificado por um artigo ou qualquer outro determina- No verão, melancia é bom.
tivo: Esta água é boa para saúde. É preciso cidadania.
Não é permitido saída pelas portas laterais.
4) O adjetivo concorda em gênero e número com os
b) Quando o sujeito destas expressões estiver deter-
pronomes pessoais a que se refere: Juliana encontrou-as
minado por artigos, pronomes ou adjetivos, tanto o verbo
muito felizes.
como o adjetivo concordam com ele.
É proibida a entrada de crianças.
5) Nas expressões formadas por pronome indefinido
Esta salada é ótima.
neutro (nada, algo, muito, tanto, etc.) + preposição DE + A educação é necessária.
adjetivo, este último geralmente é usado no masculino São precisas várias medidas na educação.
singular: Os jovens tinham algo de misterioso.
Anexo - Obrigado - Mesmo - Próprio - Incluso -
6) A palavra “só”, quando equivale a “sozinho”, tem Quite
função adjetiva e concorda normalmente com o nome a
que se refere: Estas palavras adjetivas concordam em gênero e nú-
Cristina saiu só. mero com o substantivo ou pronome a que se referem.
Cristina e Débora saíram sós. Seguem anexas as documentações requeridas.
A menina agradeceu: - Muito obrigada.
Observação: quando a palavra “só” equivale a “so- Muito obrigadas, disseram as senhoras.
mente” ou “apenas”, tem função adverbial, ficando, por- Seguem inclusos os papéis solicitados.
tanto, invariável: Eles só desejam ganhar presentes. Estamos quites com nossos credores.
** Dica: Substitua o “só” por “apenas” ou “sozinho”.
Se a frase ficar coerente com o primeiro, trata-se de ad- Bastante - Caro - Barato - Longe
vérbio, portanto, invariável; se houver coerência com o
segundo, função de adjetivo, então varia: Estas palavras são invariáveis quando funcionam
Ela está só. (ela está sozinha) – adjetivo como advérbios. Concordam com o nome a que se refe-
Ele está só descansando. (apenas descansando) - ad- rem quando funcionam como adjetivos, pronomes adje-
vérbio tivos, ou numerais.
As jogadoras estavam bastante cansadas. (advérbio)
** Mas cuidado! Se colocarmos uma vírgula depois Há bastantes pessoas insatisfeitas com o trabalho.
de “só”, haverá, novamente, um adjetivo: (pronome adjetivo)
Nunca pensei que o estudo fosse tão caro. (advérbio)
Ele está só, descansando. (ele está sozinho e descan-
As casas estão caras. (adjetivo)
sando)
Achei barato este casaco. (advérbio)
7) Quando um único substantivo é modificado por
Hoje as frutas estão baratas. (adjetivo)
dois ou mais adjetivos no singular, podem ser usadas as
construções: Meio - Meia
a) O substantivo permanece no singular e coloca-se
o artigo antes do último adjetivo: Admiro a cultura espa- a) A palavra “meio”, quando empregada como adjeti-
nhola e a portuguesa. vo, concorda normalmente com o nome a que se refere:
Pedi meia porção de polentas.
b) O substantivo vai para o plural e omite-se o ar-
tigo antes do adjetivo: Admiro as culturas espanhola e b) Quando empregada como advérbio permanece in-
portuguesa. variável: A candidata está meio nervosa.

** Dica! Dá para eu substituir por “um pouco”, assim


saberei que se trata de um advérbio, não de adjetivo: “A
candidata está um pouco nervosa”.

59
LÍNGUA PORTUGUESA

Alerta - Menos 2-) O verbo “esquecer” pede objeto direto; “gostar”,


indireto (com preposição): Esqueço os filmes dos quais
Essas palavras são advérbios, portanto, permanecem não gosto.
sempre invariáveis. RESPOSTA: “E”.
Os concurseiros estão sempre alerta.
Não queira menos matéria! 3-) (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) Considerada
a substituição do segmento grifado pelo que está entre
* Tome nota! parênteses ao final da transcrição, o verbo que deverá
Não variam os substantivos que funcionam como ad- permanecer no singular está em:
jetivos: (A) ... disse o pesquisador à Folha de S. Paulo. (os pes-
Bomba – notícias bomba quisadores)
Chave – elementos chave (B) Segundo ele, a mudança climática contribuiu para a
Monstro – construções monstro ruína dessa sociedade... (as mudanças do clima)
Padrão – escola padrão (C) No sistema havia também uma estação... (várias
estações)
Fontes de pesquisa: (D) ... a civilização maia da América Central tinha um
http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint49. método sustentável de gerenciamento da água. (os povos
php que habitavam a América Central)
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Cere- (E) Um estudo publicado recentemente mostra que a
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: civilização maia... (Estudos como o que acabou de ser pu-
Saraiva, 2010. blicado).
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. 3-)
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação (A) ... disse (disseram) (os pesquisadores)
/ Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. (B) Segundo ele, a mudança climática contribuiu (con-
tribuíram) (as mudanças do clima)
Questões (C) No sistema havia (várias estações) = permanecerá
no singular
1-) (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA (D) ... a civilização maia da América Central tinha (ti-
E COMÉRCIO EXTERIOR – ANALISTA TÉCNICO ADMINIS- nham) (os povos que habitavam a América Central)
TRATIVO – CESPE/2014) Em “Vossa Excelência deve estar (E) Um estudo publicado recentemente mostra (mos-
satisfeita com os resultados das negociações”, o adjetivo
tram) (Estudos como o que acabou de ser publicado).
estará corretamente empregado se dirigido a ministro de
RESPOSTA: “C”.
Estado do sexo masculino, pois o termo “satisfeita” deve
concordar com a locução pronominal de tratamento “Vossa
Excelência”.
( ) CERTO ( ) ERRADO REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL.

1-) Se a pessoa, no caso o ministro, for do sexo femi-


nino (ministra), o adjetivo está correto; mas, se for do sexo
masculino, o adjetivo sofrerá flexão de gênero: satisfeito. O Dá-se o nome de regência à relação de subordinação
pronome de tratamento é apenas a maneira de como tratar que ocorre entre um verbo (regência verbal) ou um nome
a autoridade, não concordando com o gênero (o pronome (regência nominal) e seus complementos.
de tratamento, apenas).
RESPOSTA: “ERRADO”. Regência Verbal = Termo Regente: VERBO

2-) (GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL – CADASTRO A regência verbal estuda a relação que se estabelece
RESERVA PARA O METRÔ/DF – ADMINISTRADOR - IA- entre os verbos e os termos que os complementam (obje-
DES/2014 - adaptada) Se, no lugar dos verbos destacados tos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos
no verso “Escolho os filmes que eu não vejo no elevador”, adverbiais). Há verbos que admitem mais de uma regên-
fossem empregados, respectivamente, Esquecer e gostar, a cia, o que corresponde à diversidade de significados que
nova redação, de acordo com as regras sobre regência ver- estes verbos podem adquirir dependendo do contexto
bal e concordância nominal prescritas pela norma-padrão, em que forem empregados.
deveria ser A mãe agrada o filho = agradar significa acariciar,
(A) Esqueço dos filmes que eu não gosto no elevador. contentar.
(B) Esqueço os filmes os quais não gosto no elevador. A mãe agrada ao filho = agradar significa “causar
(C) Esqueço dos filmes aos quais não gosto no elevador. agrado ou prazer”, satisfazer.
(D) Esqueço dos filmes dos quais não gosto no elevador. Conclui-se que “agradar alguém” é diferente de
(E) Esqueço os filmes dos quais não gosto no eleva- “agradar a alguém”.
dor.

60
LÍNGUA PORTUGUESA

Saiba que: Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente


O conhecimento do uso adequado das preposições é como o verbo amar:
um dos aspectos fundamentais do estudo da regência ver- Amo aquele rapaz. / Amo-o.
bal (e também nominal). As preposições são capazes de Amo aquela moça. / Amo-a.
modificar completamente o sentido daquilo que está sendo Amam aquele rapaz. / Amam-no.
dito. Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la.
Cheguei ao metrô.
Cheguei no metrô. Observação: os pronomes lhe, lhes só acompanham
No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no se- esses verbos para indicar posse (caso em que atuam como
gundo caso, é o meio de transporte por mim utilizado. adjuntos adnominais):
Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto)
A voluntária distribuía leite às crianças. Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua car-
A voluntária distribuía leite com as crianças. reira)
Na primeira frase, o verbo “distribuir” foi empregado Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau hu-
como transitivo direto (objeto direto: leite) e indireto (obje- mor)
to indireto: às crianças); na segunda, como transitivo direto
(objeto direto: crianças; com as crianças: adjunto adverbial). 3-) Verbos Transitivos Indiretos
Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos Os verbos transitivos indiretos são complementados
de acordo com sua transitividade. Esta, porém, não é um por objetos indiretos. Isso significa que esses verbos exi-
fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de diferentes gem uma preposição para o estabelecimento da relação
formas em frases distintas. de regência. Os pronomes pessoais do caso oblíquo de
1-) Verbos Intransitivos terceira pessoa que podem atuar como objetos indiretos
são o “lhe”, o “lhes”, para substituir pessoas. Não se uti-
Os verbos intransitivos não possuem complemento. É lizam os pronomes o, os, a, as como complementos de
importante, no entanto, destacar alguns detalhes relativos
verbos transitivos indiretos. Com os objetos indiretos que
aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los.
não representam pessoas, usam-se pronomes oblíquos
- Chegar, Ir
tônicos de terceira pessoa (ele, ela) em lugar dos prono-
Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adver-
mes átonos lhe, lhes.
biais de lugar. Na língua culta, as preposições usadas para
indicar destino ou direção são: a, para.
Os verbos transitivos indiretos são os seguintes:
Fui ao teatro.
- Consistir - Tem complemento introduzido pela pre-
Adjunto Adverbial de Lugar
posição “em”: A modernidade verdadeira consiste em direi-
Ricardo foi para a Espanha. tos iguais para todos.
Adjunto Adverbial de Lugar
- Obedecer e Desobedecer - Possuem seus comple-
- Comparecer mentos introduzidos pela preposição “a”:
O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido por Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais.
em ou a. Eles desobedeceram às leis do trânsito.
Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o úl-
timo jogo. - Responder - Tem complemento introduzido pela
preposição “a”. Esse verbo pede objeto indireto para indi-
2-) Verbos Transitivos Diretos car “a quem” ou “ao que” se responde.
Respondi ao meu patrão.
Os verbos transitivos diretos são complementados por Respondemos às perguntas.
objetos diretos. Isso significa que não exigem preposição Respondeu-lhe à altura.
para o estabelecimento da relação de regência. Ao empre-
gar esses verbos, lembre-se de que os pronomes oblíquos Observação: o verbo responder, apesar de transitivo
o, a, os, as atuam como objetos diretos. Esses pronomes indireto quando exprime aquilo a que se responde, admi-
podem assumir as formas lo, los, la, las (após formas verbais te voz passiva analítica:
terminadas em -r, -s ou -z) ou no, na, nos, nas (após formas O questionário foi respondido corretamente.
verbais terminadas em sons nasais), enquanto lhe e lhes são, Todas as perguntas foram respondidas satisfatoria-
quando complementos verbais, objetos indiretos. mente.
São verbos transitivos diretos, dentre outros: aban-
donar, abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar, - Simpatizar e Antipatizar - Possuem seus comple-
admirar, adorar, alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxiliar, mentos introduzidos pela preposição “com”.
castigar, condenar, conhecer, conservar, convidar, defender, Antipatizo com aquela apresentadora.
eleger, estimar, humilhar, namorar, ouvir, prejudicar, prezar, Simpatizo com os que condenam os políticos que go-
proteger, respeitar, socorrer, suportar, ver, visitar. vernam para uma minoria privilegiada.

61
LÍNGUA PORTUGUESA

4-) Verbos Transitivos Diretos e Indiretos Saiba que:


- A construção “pedir para”, muito comum na lin-
Os verbos transitivos diretos e indiretos são acom- guagem cotidiana, deve ter emprego muito limitado na
panhados de um objeto direto e um indireto. Merecem língua culta. No entanto, é considerada correta quando a
destaque, nesse grupo: agradecer, perdoar e pagar. São palavra licença estiver subentendida.
verbos que apresentam objeto direto relacionado a coisas Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa.
e objeto indireto relacionado a pessoas.
Observe que, nesse caso, a preposição “para” introduz
Agradeço aos ouvintes a audiência. uma oração subordinada adverbial final reduzida de infini-
Objeto Indireto Objeto tivo (para ir entregar-lhe os catálogos em casa).
Direto
Preferir
Paguei o débito ao cobrador. Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto in-
Objeto Direto Objeto Indireto direto introduzido pela preposição “a”:
Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais.
- O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito Prefiro trem a ônibus.
com particular cuidado:
Agradeci o presente. / Agradeci-o. Observação: na língua culta, o verbo “preferir” deve
Agradeço a você. / Agradeço-lhe. ser usado sem termos intensificadores, tais como: muito,
Perdoei a ofensa. / Perdoei-a. antes, mil vezes, um milhão de vezes, mais. A ênfase já é
Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe. dada pelo prefixo existente no próprio verbo (pre).
Paguei minhas contas. / Paguei-as.
Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes. Mudança de Transitividade - Mudança de Significado
Informar
- Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e obje- Há verbos que, de acordo com a mudança de transi-
to indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa. tividade, apresentam mudança de significado. O conheci-
Informe os novos preços aos clientes. mento das diferentes regências desses verbos é um recur-
so linguístico muito importante, pois além de permitir a
Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os no-
correta interpretação de passagens escritas, oferece pos-
vos preços)
sibilidades expressivas a quem fala ou escreve. Dentre os
principais, estão:
- Na utilização de pronomes como complementos,
veja as construções:
AGRADAR
Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos pre-
- Agradar é transitivo direto no sentido de fazer cari-
ços.
nhos, acariciar, fazer as vontades de.
Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou Sempre agrada o filho quando.
sobre eles) Aquele comerciante agrada os clientes.
Observação: a mesma regência do verbo informar é - Agradar é transitivo indireto no sentido de causar
usada para os seguintes: avisar, certificar, notificar, cienti- agrado a, satisfazer, ser agradável a. Rege complemento
ficar, prevenir. introduzido pela preposição “a”.
O cantor não agradou aos presentes.
Comparar O cantor não lhes agradou.
Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite
as preposições “a” ou “com” para introduzir o comple- *O antônimo “desagradar” é sempre transitivo indire-
mento indireto: Comparei seu comportamento ao (ou com to: O cantor desagradou à plateia.
o) de uma criança.
ASPIRAR
Pedir - Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspi-
Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente rar (o ar), inalar: Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o)
na forma de oração subordinada substantiva) e indireto
de pessoa. - Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter
como ambição: Aspirávamos a um emprego melhor. (Aspi-
Pedi-lhe favores. rávamos a ele)
Objeto Indireto Objeto Direto
* Como o objeto direto do verbo “aspirar” não é pes-
Pedi-lhe que se mantivesse em silêncio. soa, as formas pronominais átonas “lhe” e “lhes” não são
Objeto Indireto Oração Subordinada Subs- utilizadas, mas, sim, as formas tônicas “a ele(s)”, “a ela(s)”.
tantiva Objetiva Direta Veja o exemplo: Aspiravam a uma existência melhor. (=
Aspiravam a ela)

62
LÍNGUA PORTUGUESA

ASSISTIR IMPLICAR
- Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, pres- - Como transitivo direto, esse verbo tem dois senti-
tar assistência a, auxiliar. dos:
As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos. a) dar a entender, fazer supor, pressupor: Suas atitudes
As empresas de saúde negam-se a assisti-los. implicavam um firme propósito.
b) ter como consequência, trazer como consequência,
- Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, pre- acarretar, provocar: Uma ação implica reação.
senciar, estar presente, caber, pertencer.
Assistimos ao documentário. - Como transitivo direto e indireto, significa compro-
Não assisti às últimas sessões. meter, envolver: Implicaram aquele jornalista em questões
Essa lei assiste ao inquilino. econômicas.

*No sentido de morar, residir, o verbo “assistir” é in- * No sentido de antipatizar, ter implicância, é transiti-
transitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de vo indireto e rege com preposição “com”: Implicava com
lugar introduzido pela preposição “em”: Assistimos numa quem não trabalhasse arduamente.
conturbada cidade.
NAMORAR
CHAMAR - Sempre transitivo direto: Luísa namora Carlos há
- Chamar é transitivo direto no sentido de convocar, dois anos.
solicitar a atenção ou a presença de.
Por gentileza, vá chamar a polícia. / Por favor, vá cha- OBEDECER - DESOBEDECER
má-la. - Sempre transitivo indireto:
Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes. Todos obedeceram às regras.
Ninguém desobedece às leis.
- Chamar no sentido de denominar, apelidar pode
apresentar objeto direto e indireto, ao qual se refere pre- *Quando o objeto é “coisa”, não se utiliza “lhe” nem
dicativo preposicionado ou não. “lhes”: As leis são essas, mas todos desobedecem a elas.
A torcida chamou o jogador mercenário.
A torcida chamou ao jogador mercenário. PROCEDER
A torcida chamou o jogador de mercenário. - Proceder é intransitivo no sentido de ser decisivo, ter
A torcida chamou ao jogador de mercenário. cabimento, ter fundamento ou comportar-se, agir. Nessa
segunda acepção, vem sempre acompanhado de adjunto
adverbial de modo.
- Chamar com o sentido de ter por nome é pronomi-
As afirmações da testemunha procediam, não havia
nal: Como você se chama? Eu me chamo Zenaide.
como refutá-las.
Você procede muito mal.
CUSTAR
- Custar é intransitivo no sentido de ter determinado
- Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a prepo-
valor ou preço, sendo acompanhado de adjunto adver-
sição “de”) e fazer, executar (rege complemento introduzi-
bial: Frutas e verduras não deveriam custar muito.
do pela preposição “a”) é transitivo indireto.
O avião procede de Maceió.
- No sentido de ser difícil, penoso, pode ser intransiti- Procedeu-se aos exames.
vo ou transitivo indireto, tendo como sujeito uma oração O delegado procederá ao inquérito.
reduzida de infinitivo.
QUERER
Muito custa viver tão longe da - Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter
família. vontade de, cobiçar.
Verbo Intransitivo Oração Subordinada Querem melhor atendimento.
Substantiva Subjetiva Reduzida de Infinitivo Queremos um país melhor.

Custou-me (a mim) crer nisso. - Querer é transitivo indireto no sentido de ter afei-
Objeto Indireto Oração Subordinada ção, estimar, amar: Quero muito aos meus amigos.
Substantiva Subjetiva Reduzida de Infinitivo
VISAR
*A Gramática Normativa condena as construções que - Como transitivo direto, apresenta os sentidos de mi-
atribuem ao verbo “custar” um sujeito representado por rar, fazer pontaria e de pôr visto, rubricar.
pessoa: Custei para entender o problema. = Forma O homem visou o alvo.
correta: Custou-me entender o problema. O gerente não quis visar o cheque.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como objetivo é transitivo indireto e rege a preposição “a”.
O ensino deve sempre visar ao progresso social.
Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar público.

ESQUECER – LEMBRAR
- Lembrar algo – esquecer algo
- Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo (pronominal)

No 1.º caso, os verbos são transitivos diretos, ou seja, exigem complemento sem preposição: Ele esqueceu o livro.
No 2.º caso, os verbos são pronominais (-se, -me, etc) e exigem complemento com a preposição “de”. São, portanto,
transitivos indiretos:
- Ele se esqueceu do caderno.
- Eu me esqueci da chave.
- Eles se esqueceram da prova.
- Nós nos lembramos de tudo o que aconteceu.
Há uma construção em que a coisa esquecida ou lembrada passa a funcionar como sujeito e o verbo sofre leve alte-
ração de sentido. É uma construção muito rara na língua contemporânea, porém, é fácil encontrá-la em textos clássicos
tanto brasileiros como portugueses. Machado de Assis, por exemplo, fez uso dessa construção várias vezes.
Esqueceu-me a tragédia. (cair no esquecimento)
Lembrou-me a festa. (vir à lembrança)
Não lhe lembram os bons momentos da infância? (= momentos é sujeito)

SIMPATIZAR - ANTIPATIZAR

- São transitivos indiretos e exigem a preposição “com”:


Não simpatizei com os jurados.
Simpatizei com os alunos.

Importante: A norma culta exige que os verbos e expressões que dão ideia de movimento sejam usados com a
preposição “a”:
Chegamos a São Paulo e fomos direto ao hotel.
Cláudia desceu ao segundo andar.
Hoje, com esta chuva, ninguém sairá à rua.

Regência Nominal

É o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome.
Essa relação é sempre intermediada por uma preposição. No estudo da regência nominal, é preciso levar em conta que
vários nomes apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime de um verbo
significa, nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo: Verbo obedecer e os nomes corres-
pondentes: todos regem complementos introduzidos pela preposição a. Veja:

Obedecer a algo/ a alguém.


Obediente a algo/ a alguém.

Se uma oração completar o sentido de um nome, ou seja, exercer a função de complemento nominal, ela será com-
pletiva nominal (subordinada substantiva).

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LÍNGUA PORTUGUESA

Regência de Alguns Nomes

Substantivos
Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo a, de
Aversão a, para, por Doutor em Obediência a
Atentado a, contra Dúvida acerca de, em, sobre Ojeriza a, por
Bacharel em Horror a Proeminência sobre
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com, por
Adjetivos
Acessível a Diferente de Necessário a
Acostumado a, com Entendido em Nocivo a
Afável com, para com Equivalente a Paralelo a
Agradável a Escasso de Parco em, de
Alheio a, de Essencial a, para Passível de
Análogo a Fácil de Preferível a
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a
Apto a, para Favorável a Prestes a
Ávido de Generoso com Propício a
Benéfico a Grato a, por Próximo a
Capaz de, para Hábil em Relacionado com
Compatível com Habituado a Relativo a
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, em, por
Contíguo a Impróprio para Semelhante a
Contrário a Indeciso em Sensível a
Curioso de, por Insensível a Sito em
Descontente com Liberal com Suspeito de
Desejoso de Natural de Vazio de

Advérbios
Longe de Perto de

Observação: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados:
paralela a; paralelamente a; relativa a; relativamente a.

Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61.php
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.

Questões

1-) (PRODAM – AUXILIAR - MOTORISTA – FUNCAB/2014) Assinale a alternativa em que a frase segue a norma culta
da língua quanto à regência verbal.
A) Prefiro viajar de ônibus do que dirigir.
B) Eu esqueci do seu nome.
C) Você assistiu à cena toda?
D) Ele chegou na oficina pela manhã.
E) Sempre obedeço as leis de trânsito.

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LÍNGUA PORTUGUESA

1-) d) Pronomes relativos: Venceu o concurseiro que se es-


A) Prefiro viajar de ônibus do que dirigir. = prefiro forçou.
viajar de ônibus a dirigir e) Pronomes indefinidos: Poucos te deram a oportu-
B) Eu esqueci do seu nome. = Eu me esqueci do seu nidade.
nome
C) Você assistiu à cena toda? = correta f) Pronomes demonstrativos: Isso me magoa muito.
D) Ele chegou na oficina pela manhã. = Ele chegou à 2) Orações iniciadas por palavras interrogativas: Quem
oficina pela manhã lhe disse isso?
E) Sempre obedeço as leis de trânsito. = Sempre obe-
deço às leis de trânsito 3) Orações iniciadas por palavras exclamativas: Quan-
RESPOSTA: “C”. to se ofendem!

2-) (POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO/SP – 4) Orações que exprimem desejo (orações optativas):
MÉDICO LEGISTA – VUNESP/2014 - adaptada) Leia o se- Que Deus o ajude.
guinte trecho para responder à questão.
A pesquisa encontrou um dado curioso: homens com 5) A próclise é obrigatória quando se utiliza o prono-
baixos níveis de testosterona tiveram uma resposta imu- me reto ou sujeito expresso:
nológica melhor a essa medida, similar _______________ . Eu lhe entregarei o material amanhã.
A alternativa que completa, corretamente, o texto é: Tu sabes cantar?
(A) das mulheres
(B) às mulheres Mesóclise = É a colocação pronominal no meio do
(C) com das mulheres verbo. A mesóclise é usada:
(D) à das mulheres
(E) ao das mulheres Quando o verbo estiver no futuro do presente ou fu-
turo do pretérito, contanto que esses verbos não estejam
2-) Similar significa igual; sua regência equivale à da precedidos de palavras que exijam a próclise. Exemplos:
Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento
palavra “igual”: igual a quê? Similar a quem? Similar à (su-
em prol da paz no mundo.
bentendido: resposta imunológica) das mulheres.
Repare que o pronome está “no meio” do verbo “rea-
RESPOSTA: “D”.
lizará”:
realizar – SE – á. Se houvesse na oração alguma pa-
lavra que justificasse o uso da próclise, esta prevaleceria.
Veja: Não se realizará...
COLOCAÇÃO PRONOMINAL. Não fossem os meus compromissos, acompanhar-te-ia
nessa viagem.
(com presença de palavra que justifique o uso de pró-
clise: Não fossem os meus compromissos, EU te acompa-
Colocação Pronominal trata da correta colocação dos nharia nessa viagem).
pronomes oblíquos átonos na frase.
Ênclise = É a colocação pronominal depois do verbo.
* Dica: Pronome Oblíquo é aquele que exerce a fun- A ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise não
ção de complemento verbal (objeto). Por isso, memorize: forem possíveis:
OBlíquo = OBjeto!
1) Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo:
Embora na linguagem falada a colocação dos pro- Quando eu avisar, silenciem-se todos.
nomes não seja rigorosamente seguida, algumas normas
devem ser observadas na linguagem escrita. 2) Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal:
Não era minha intenção machucá-la.
Próclise = É a colocação pronominal antes do verbo.
A próclise é usada: 3) Quando o verbo iniciar a oração. (até porque não
se inicia período com pronome oblíquo).
1) Quando o verbo estiver precedido de palavras que Vou-me embora agora mesmo.
atraem o pronome para antes do verbo. São elas: Levanto-me às 6h.
a) Palavras de sentido negativo: não, nunca, ninguém,
jamais, etc.: Não se desespere! 4) Quando houver pausa antes do verbo: Se eu passo
no concurso, mudo-me hoje mesmo!
b) Advérbios: Agora se negam a depor.
c) Conjunções subordinativas: Espero que me expli-
5-) Quando o verbo estiver no gerúndio: Recusou a
quem tudo!
proposta fazendo-se de desentendida.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Colocação pronominal nas locuções verbais A) Há políticas que a reconhecem.


- após verbo no particípio = pronome depois do ver- B) Há políticas que reconhecem-a.
bo auxiliar (e não depois do particípio): C) Há políticas que reconhecem-na.
Tenho me deliciado com a leitura! D) Há políticas que reconhecem ela.
Eu tenho me deliciado com a leitura! E) Há políticas que lhe reconhecem.
Eu me tenho deliciado com a leitura!
- não convém usar hífen nos tempos compostos e nas 1-) Primeiramente identifiquemos se temos objeto di-
locuções verbais: reto ou indireto. Reconhece o quê? Resposta: a informali-
Vamos nos unir! dade. Pergunta e resposta sem preposição, então: objeto
Iremos nos manifestar. direto. Não utilizaremos “lhe” – que é para objeto indire-
to. Como temos a presença do “que” – independente de
- quando há um fator para próclise nos tempos com- sua função no período (pronome relativo, no caso!) – a
postos ou locuções verbais: opção pelo uso do pronome regra pede próclise (pronome oblíquo antes do verbo):
oblíquo “solto” entre os verbos = Não vamos nos preocu- que a reconhecem.
par (e não: “não nos vamos preocupar”). RESPOSTA: “A”.

Observações importantes: 2-) (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) A substitui-


ção do elemento grifado pelo pronome correspondente
Emprego de o, a, os, as foi realizada de modo INCORRETO em:
1) Em verbos terminados em vogal ou ditongo oral, os (A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu
pronomes: o, a, os, as não se alteram. (B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os
Chame-o agora. (C) para fazer a dragagem = para fazê-la
Deixei-a mais tranquila. (D) que desviava a água = que lhe desviava
(E) supriam a necessidade = supriam-na
2) Em verbos terminados em r, s ou z, estas consoan-
2-)
tes finais alteram-se para lo, la, los, las. Exemplos:
(A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu =
(Encontrar) Encontrá-lo é o meu maior sonho.
correta
(Fiz) Fi-lo porque não tinha alternativa.
(B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os = cor-
reta
3) Em verbos terminados em ditongos nasais (am, em,
(C) para fazer a dragagem = para fazê-la = correta
ão, õe), os pronomes o, a, os, as alteram-se para no, na,
(D) que desviava a água = que lhe desviava = que a
nos, nas. desviava
Chamem-no agora. (E) supriam a necessidade = supriam-na = correta
Põe-na sobre a mesa. RESPOSTA: “D”.
* Dica: 3-) (TRT/AL - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014)
Próclise – pró lembra pré; pré é prefixo que significa cruzando os desertos do oeste da China − que con-
“antes”! Pronome antes do verbo! tornam a Índia − adotam complexas providências
Ênclise – “en”... lembra, pelo “som”, /Ənd/ (end, em In- Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos
glês – que significa “fim, final!). Pronome depois do verbo! grifados acima foram corretamente substituídos por um
Mesóclise – pronome oblíquo no Meio do verbo pronome, respectivamente, em:
Pronome Oblíquo – função de objeto (A) os cruzando - que contornam-lhe - adotam-as
(B) cruzando-lhes - que contornam-na - as adotam
Fontes de pesquisa: (C) cruzando-os - que lhe contornam - adotam-lhes
http://www.portugues.com.br/gramatica/colocacao (D) cruzando-os - que a contornam - adotam-nas
-pronominal-.html (E) lhes cruzando - que contornam-a - as adotam
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. 3-) Não podemos utilizar “lhes”, que corresponde ao
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Ce- objeto indireto (verbo “cruzar” pede objeto direto: cruzar
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São o quê?), portanto já desconsideramos as alternativas “B” e
Paulo: Saraiva, 2010. “D”. Ao iniciarmos um parágrafo (já que no enunciado te-
mos uma oração assim) devemos usar ênclise: (cruzando
Questões -os); na segunda oração temos um pronome relativo (dá
para substituirmos por “o qual”), o que nos obriga a usar
1-) (IBGE - SUPERVISOR DE PESQUISAS – ADMINIS- a próclise (que a contorna); “adotam” exige objeto direto
TRAÇÃO - CESGRANRIO/2014) Em “Há políticas que reco- (adotam quem ou o quê?), chegando à resposta: adotam-
nhecem a informalidade”, ao substituir o termo destacado nas (quando o verbo terminar em “m” e usarmos um pro-
por um pronome, de acordo com a norma-padrão da lín- nome oblíquo direto, lembre-se do alfabeto: jklM – N!).
gua, o trecho assume a formulação apresentada em: RESPOSTA: “D”.

67
LÍNGUA PORTUGUESA

** Dica: Use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou


CRASE. A volto DE, crase PRA QUÊ?” Exemplo: Vou a Campinas. =
Volto de Campinas. (crase pra quê?)
Vou à praia. = Volto da praia. (crase há!)
ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especific�
A crase se caracteriza como a fusão de duas vogais cado, ocorrerá crase. Veja:
idênticas, relacionadas ao emprego da preposição “a” Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = mesmo
com o artigo feminino a(s), com o “a” inicial referente aos que, pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE”
pronomes demonstrativos – aquela(s), aquele(s), aquilo Irei à Salvador de Jorge Amado.
e com o “a” pertencente ao pronome relativo a qual (as
quais). Casos estes em que tal fusão encontra-se demar- * A letra “a” dos pronomes demonstrativos aquele(s),
cada pelo acento grave ( ` ): à(s), àquela, àquele, àquilo, à aquela(s) e aquilo receberão o acento grave se o termo
qual, às quais. regente exigir complemento regido da preposição “a”.
O uso do acento indicativo de crase está condiciona- Entregamos a encomenda àquela menina.
do aos nossos conhecimentos acerca da regência verbal (preposição + pronome demonstrativo)
e nominal, mais precisamente ao termo regente e termo
regido. Ou seja, o termo regente é o verbo - ou nome - Iremos àquela reunião.
que exige complemento regido pela preposição “a”, e o (preposição + pronome demonstrativo)
termo regido é aquele que completa o sentido do termo
regente, admitindo a anteposição do artigo a(s). Sua história é semelhante às que eu ouvia quando
Refiro-me a (a) funcionária antiga, e não a (a)quela criança. (àquelas que eu ouvia quando criança)
contratada recentemente. (preposição + pronome demonstrativo)
Após a junção da preposição com o artigo (destaca- * A letra “a” que acompanha locuções femininas (ad-
dos entre parênteses), temos: verbiais, prepositivas e conjuntivas) recebe o acento gra-
Refiro-me à funcionária antiga, e não àquela contrata- ve:
da recentemente. - locuções adverbiais: às vezes, à tarde, à noite, às
pressas, à vontade...
O verbo referir, de acordo com sua transitividade, - locuções prepositivas: à frente, à espera de, à procura
classifica-se como transitivo indireto, pois sempre nos re- de...
ferimos a alguém ou a algo. Houve a fusão da preposição
- locuções conjuntivas: à proporção que, à medida que.
a + o artigo feminino (à) e com o artigo feminino a + o
pronome demonstrativo aquela (àquela).
* Cuidado: quando as expressões acima não exerce-
rem a função de locuções não ocorrerá crase. Repare:
Observação importante: Alguns recursos servem de
Eu adoro a noite!
ajuda para que possamos confirmar a ocorrência ou não
Adoro o quê? Adoro quem? O verbo “adoro” requer
da crase. Eis alguns:
objeto direto, no caso, a noite. Aqui, o “a” é artigo, não
a) Substitui-se a palavra feminina por uma masculina
preposição.
equivalente. Caso ocorra a combinação a + o(s), a crase
está confirmada.
Os dados foram solicitados à diretora. Casos passíveis de nota:
Os dados foram solicitados ao diretor.
*a crase é facultativa diante de nomes próprios femi-
b) No caso de nomes próprios geográficos, substitui- ninos: Entreguei o caderno a (à) Eliza.
se o verbo da frase pelo verbo voltar. Caso resulte na ex-
pressão “voltar da”, há a confirmação da crase. *também é facultativa diante de pronomes possessi-
Faremos uma visita à Bahia. vos femininos: O diretor fez referência a (à) sua empresa.
Faz dois dias que voltamos da Bahia. (crase confirma-
da) *facultativa em locução prepositiva “até a”: A loja fica-
rá aberta até as (às) dezoito horas.
Não me esqueço da viagem a Roma.
Ao voltar de Roma, relembrarei os belos momentos ja- * Constata-se o uso da crase se as locuções preposi-
mais vividos. tivas à moda de, à maneira de apresentarem-se implícitas,
mesmo diante de nomes masculinos: Tenho compulsão
Atenção: Nas situações em que o nome geográfico se por comprar sapatos à Luis XV. (à moda de Luís XV)
apresentar modificado por um adjunto adnominal, a crase
está confirmada. * Não se efetiva o uso da crase diante da locução ad-
Atendo-me à bela Fortaleza, senti saudades de suas verbial “a distância”: Na praia de Copacabana, observamos
praias. a queima de fogos a distância.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Entretanto, se o termo vier determinado, teremos Observação: Pelo fato de os pronomes de tratamento
uma locução prepositiva, aí sim, ocorrerá crase: O pedestre relativos à senhora, senhorita e madame admitirem artigo,
foi arremessado à distância de cem metros. o uso da crase está confirmado no “a” que os antecede,
no caso de o termo regente exigir a preposição.
- De modo a evitar o duplo sentido – a ambiguidade Todos os méritos foram conferidos à senhorita Patrícia.
-, faz-se necessário o emprego da crase.
Ensino à distância. *não ocorre crase antes de nome feminino utilizado
Ensino a distância. em sentido genérico ou indeterminado:
Estamos sujeitos a críticas.
* Em locuções adverbiais formadas por palavras repe- Refiro-me a conversas paralelas.
tidas, não há ocorrência da crase.
Ela ficou frente a frente com o agressor. Fontes de pesquisa:
Eu o seguirei passo a passo. http://www.portugues.com.br/gramatica/o-uso-cra-
se-.html
Casos em que não se admite o emprego da crase: SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
* Antes de vocábulos masculinos. Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Ce-
As produções escritas a lápis não serão corrigidas. reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São
Esta caneta pertence a Pedro. Paulo: Saraiva, 2010.
* Antes de verbos no infinitivo. Questões
Ele estava a cantar.
Começou a chover.
1-) (POLÍCIA CIVIL/SC – AGENTE DE POLÍCIA – ACA-
FE/2014) Assinale a alternativa que preenche corretamen-
* Antes de numeral.
te as lacunas da frase a seguir.
O número de aprovados chegou a cem.
Quando________ três meses disse-me que iria _________
Faremos uma visita a dez países.
Grécia para visitar ___ sua tia, vi-me na obrigação de ajudá
-la _______ resgatar as milhas _________ quais tinha direito.
Observação:
A-) a - há - à - à - às
- Nos casos em que o numeral indicar horas – funcio-
B-) há - à - a - a – às
nando como uma locução adverbial feminina – ocorrerá
crase: Os passageiros partirão às dezenove horas. C-) há - a - há - à - as
D-) a - à - a - à - às
- Diante de numerais ordinais femininos a crase está E-) a - a - à - há – as
confirmada, visto que estes não podem ser empregados
sem o artigo: As saudações foram direcionadas à primeira 1-) Quando HÁ (sentido de tempo) três meses disse-
aluna da classe. me que iria À (“vou a, volto da, crase há!”) Grécia para
visitar A (artigo) sua tia, vi-me na obrigação de ajudá-la
- Não ocorrerá crase antes da palavra casa, quando A (ajudar “ela” a fazer algo) resgatar as milhas ÀS quais
essa não se apresentar determinada: Chegamos todos tinha direito (tinha direito a quê? às milhas – regência no-
exaustos a casa. minal). Teremos: há, à, a, a, às.
Entretanto, se vier acompanhada de um adjunto RESPOSTA: “B”.
adnominal, a crase estará confirmada: Chegamos todos
exaustos à casa de Marcela. 2-) (EMPLASA/SP – ANALISTA JURÍDICO – DIREITO –
VUNESP/2014)
- não há crase antes da palavra “terra”, quando essa A ministra de Direitos Humanos instituiu grupo de
indicar chão firme: Quando os navegantes regressaram a trabalho para proceder _____ medidas necessárias _____
terra, já era noite. exumação dos restos mortais do ex-presidente João Gou-
Contudo, se o termo estiver precedido por um de- lart, sepultado em São Borja (RS), em 1976. Com a exu-
terminante ou referir-se ao planeta Terra, ocorrerá crase. mação de Jango, o governo visa esclarecer se o ex-pre-
Paulo viajou rumo à sua terra natal. sidente morreu de causas naturais, ou seja, devido ____
O astronauta voltou à Terra. uma parada cardíaca – que tem sido a versão considerada
oficial até hoje –, ou se sua morte se deve ______ envene-
- não ocorre crase antes de pronomes que requerem namento.
o uso do artigo. (http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,-
Os livros foram entregues a mim. governo-cria-grupo-exumar--restos-mortais-de- jan-
Dei a ela a merecida recompensa. go,1094178,0.htm 07. 11.2013. Adaptado)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Segundo a norma-padrão da língua portuguesa, as


lacunas da frase devem ser completadas, correta e res- ANOTAÇÕES
pectivamente, por
(A) a ... à ... a ... a
(B) as ... à ... a ... à ___________________________________________________
(C) às ... a ... à ... a
(D) à ... à ... à ... a ___________________________________________________
(E) a ... a ... a ... à
___________________________________________________
2-) A ministra de Direitos Humanos instituiu grupo ___________________________________________________
de trabalho para proceder a medidas (palavra no plural,
generalizando) necessárias à (regência nominal pede pre- ___________________________________________________
posição) exumação dos restos mortais do ex-presidente
João Goulart, sepultado em São Borja (RS), em 1976. Com ___________________________________________________
a exumação de Jango, o governo visa esclarecer se o ex ___________________________________________________
-presidente morreu de causas naturais, ou seja, devido a
uma (artigo indefinido) parada cardíaca – que tem sido a ___________________________________________________
versão considerada oficial até hoje –, ou se sua morte se
deve a (regência verbal) envenenamento. A / à / a / a ___________________________________________________
RESPOSTA: “A”.
___________________________________________________
3-) (SABESP/SP – ADVOGADO – FCC/2014) ___________________________________________________
Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores fize-
ram uma escavação arqueológica nas ruínas da antiga ci- ___________________________________________________
dade de Tikal, na Guatemala.
O a empregado na frase acima, imediatamente depois ___________________________________________________
de chegar, deverá receber o sinal indicativo de crase caso
___________________________________________________
o segmento grifado seja substituído por:
(A) Uma tal ilação. ___________________________________________________
(B) Afirmações como essa.
(C) Comprovação dessa assertiva. ___________________________________________________
(D) Emitir uma opinião desse tipo.
(E) Semelhante resultado. ___________________________________________________

___________________________________________________
3-)
(A) Uma tal ilação – chegar a uma (não há acento gra- ___________________________________________________
ve antes de artigo)
(B) Afirmações como essa – chegar a afirmações (an- ___________________________________________________
tes de palavra no plural e o “a” no singular)
(C) Comprovação dessa assertiva – chegar à compro- ___________________________________________________
vação ___________________________________________________
(D) Emitir uma opinião desse tipo – chegar a emitir
(verbo no infinitivo) ___________________________________________________
(E) Semelhante resultado – chegar a semelhante (pa-
lavra masculina) ___________________________________________________
RESPOSTA: “C”.
___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

70
MATEMÁTICA

Números inteiros e racionais: operações (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação); expressões numéricas;
Frações e operações com frações..................................................................................................................................................................... .01
Múltiplos e divisores, Máximo divisor comum e Mínimo divisor comum ........................................................................................ 07
Números e grandezas proprocionais: Razões e proporções; Divisão em partes proporcionais............................................... 11
Regra de três.............................................................................................................................................................................................................. 15
Sistema métrico decimal........................................................................................................................................................................................ 19
Equações e inequações.......................................................................................................................................................................................... 23
Funções ....................................................................................................................................................................................................................... 29
Gráficos e tabelas..................................................................................................................................................................................................... 37
Estatística Descritiva, Amostragem, Teste de Hipóteses e Análise de Regressão ........................................................................... 43
Geometria.................................................................................................................................................................................................................... 48
Matriz, determinantes e sistemas lineares...................................................................................................................................................... 62
Sequências, progressão aritmética e geométrica........................................................................................................................................ 70
Porcentagem.............................................................................................................................................................................................................. 74
Juros simples e compostos................................................................................................................................................................................... 77
Taxas de Juros, Desconto, Equivalência de Capitais, Anuidades e Sistemas de Amortização.................................................... 80
Probabilidade. Definições básicas e axiomas. Probabilidade condicional e independência. .................................................... 92
Técnicas de amostragem: amostragem aleatória simples, estratificada, sistemática e por conglomerados....................... 97.
MATEMÁTICA

Exemplo 2
NÚMEROS INTEIROS E RACIONAIS:
OPERAÇÕES (ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO, 40 – 9 x 4 + 23
MULTIPLICAÇÃO, DIVISÃO, 40 – 36 + 23
4 + 23
POTENCIAÇÃO); EXPRESSÕES
27
NUMÉRICAS; FRAÇÕES E OPERAÇÕES COM
FRAÇÕES. Exemplo 3
25-(50-30)+4x5
25-20+20=25

Números Naturais Números Inteiros


Os números naturais são o modelo mate- Podemos dizer que este conjunto é composto pelos
mático necessário para efetuar uma contagem. números naturais, o conjunto dos opostos dos números
Começando por zero e acrescentando sempre uma unida- naturais e o zero. Este conjunto pode ser representado por:
de, obtemos o conjunto infinito dos números naturais Z={...-3, -2, -1, 0, 1, 2,...}
Subconjuntos do conjunto :
1)Conjunto dos números inteiros excluindo o zero
Z*={...-2, -1, 1, 2, ...}
- Todo número natural dado tem um sucessor
a) O sucessor de 0 é 1. 2) Conjuntos dos números inteiros não negativos
b) O sucessor de 1000 é 1001. Z+={0, 1, 2, ...}
c) O sucessor de 19 é 20.
3) Conjunto dos números inteiros não positivos
Usamos o * para indicar o conjunto sem o zero. Z-={...-3, -2, -1}

Números Racionais
Chama-se de número racional a todo número que
- Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um pode ser expresso na forma , onde a e b são inteiros
antecessor (número que vem antes do número dado). quaisquer, com b≠0
Exemplos: Se m é um número natural finito diferente São exemplos de números racionais:
de zero. -12/51
a) O antecessor do número m é m-1. -3
b) O antecessor de 2 é 1. -(-3)
c) O antecessor de 56 é 55. -2,333...
d) O antecessor de 10 é 9.
As dízimas periódicas podem ser representadas por
Expressões Numéricas fração, portanto são consideradas números racionais.
Como representar esses números?
Nas expressões numéricas aparecem adições, subtra- Representação Decimal das Frações
ções, multiplicações e divisões. Todas as operações podem
acontecer em uma única expressão. Para resolver as ex- Temos 2 possíveis casos para transformar frações em
pressões numéricas utilizamos alguns procedimentos: decimais

Se em uma expressão numérica aparecer as quatro 1º) Decimais exatos: quando dividirmos a fração, o nú-
operações, devemos resolver a multiplicação ou a divisão mero decimal terá um número finito de algarismos após a
primeiramente, na ordem em que elas aparecerem e so- vírgula.
mente depois a adição e a subtração, também na ordem
em que aparecerem e os parênteses são resolvidos primei-
ro.

Exemplo 1

10 + 12 – 6 + 7
22 – 6 + 7
16 + 7
23

1
MATEMÁTICA

2º) Terá um número infinito de algarismos após a vír- Exemplo 2


gula, mas lembrando que a dízima deve ser periódica para
ser número racional Seja a dízima 1,1212...
OBS: período da dízima são os números que se repe-
tem, se não repetir não é dízima periódica e assim números Façamos x = 1,1212...
irracionais, que trataremos mais a frente. 100x = 112,1212... .
Subtraindo:
100x-x=112,1212...-1,1212...
99x=111
X=111/99

Números Irracionais
Identificação de números irracionais

- Todas as dízimas periódicas são números racionais.


- Todos os números inteiros são racionais.
Representação Fracionária dos Números Decimais - Todas as frações ordinárias são números racionais.
- Todas as dízimas não periódicas são números irra-
1ºcaso) Se for exato, conseguimos sempre transformar cionais.
com o denominador seguido de zeros. - Todas as raízes inexatas são números irracionais.
O número de zeros depende da casa decimal. Para uma - A soma de um número racional com um número irra-
casa, um zero (10) para duas casas, dois zeros(100) e assim cional é sempre um número irracional.
por diante. - A diferença de dois números irracionais, pode ser um
número racional.
-Os números irracionais não podem ser expressos na
forma , com a e b inteiros e b≠0.

Exemplo: - = 0 e 0 é um número racional.

- O quociente de dois números irracionais, pode ser


um número racional.

Exemplo: : = = 2 e 2 é um número racional.

- O produto de dois números irracionais, pode ser um


número racional.
2ºcaso) Se dízima periódica é um número racional, en-
tão como podemos transformar em fração? Exemplo: . = = 7 é um número racional.

Exemplo 1 Exemplo:radicais( a raiz quadrada de um nú-


mero natural, se não inteira, é irracional.
Transforme a dízima 0, 333... .em fração
Sempre que precisar transformar, vamos chamar a dízi- Números Reais
ma dada de x, ou seja
X=0,333...
Se o período da dízima é de um algarismo, multiplica-
mos por 10.

10x=3,333...

E então subtraímos:

10x-x=3,333...-0,333...
9x=3
X=3/9
X=1/3

Agora, vamos fazer um exemplo com 2 algarismos de


período.

2
MATEMÁTICA

Fonte: www.estudokids.com.br Semirreta direita, fechada de origem a – números reais


maiores ou iguais a a.
Representação na reta

Intervalo:[a,+ ∞[
Conjunto:{x∈R|x≥a}

Semirreta direita, aberta, de origem a – números reais


maiores que a.

INTERVALOS LIMITADOS
Intervalo fechado – Números reais maiores do que a ou
iguais a e menores do que b ou iguais a b. Intervalo:]a,+ ∞[
Conjunto:{x∈R|x>a}

Intervalo:[a,b] Potenciação
Conjunto: {x∈R|a≤x≤b} Multiplicação de fatores iguais

Intervalo aberto – números reais maiores que a e me- 2³=2.2.2=8


nores que b.
Casos
1) Todo número elevado ao expoente 0 resulta em 1.
Intervalo:]a,b[
Conjunto:{x∈R|a<x<b}

Intervalo fechado à esquerda – números reais maiores


que a ou iguais a a e menores do que b.

2) Todo número elevado ao expoente 1 é o próprio


número.
Intervalo:{a,b[
Conjunto {x∈R|a≤x<b}
Intervalo fechado à direita – números reais maiores
que a e menores ou iguais a b.

3) Todo número negativo, elevado ao expoente par,


resulta em um número positivo.
Intervalo:]a,b]
Conjunto:{x∈R|a<x≤b}

INTERVALOS IIMITADOS
4) Todo número negativo, elevado ao expoente ím-
Semirreta esquerda, fechada de origem b- números par, resulta em um número negativo.
reais menores ou iguais a b.

Intervalo:]-∞,b]
Conjunto:{x∈R|x≤b} 5) Se o sinal do expoente for negativo, devemos pas-
sar o sinal para positivo e inverter o número que está na
Semirreta esquerda, aberta de origem b – números base. 
reais menores que b.

Intervalo:]-∞,b[
Conjunto:{x∈R|x<b}

3
MATEMÁTICA

6) Toda vez que a base for igual a zero, não importa o Técnica de Cálculo
valor do expoente, o resultado será igual a zero.  A determinação da raiz quadrada de um número tor-
na-se mais fácil quando o algarismo se encontra fatorado
em números primos. Veja: 

Propriedades

1) (am . an = am+n) Em uma multiplicação de potências de


mesma base, repete-se a base e  soma os expoentes.

Exemplos:
24 . 23 = 24+3= 27
(2.2.2.2) .( 2.2.2)= 2.2.2. 2.2.2.2= 27

2) (am: an = am-n). Em uma divisão de potência de mes- 64=2.2.2.2.2.2=26


ma base. Conserva-se a base e subtraem os expoentes.
Como é raiz quadrada a cada dois números iguais “ti-
Exemplos: ra-se” um e multiplica.
96 : 92 = 96-2 = 94

Observe: 1 1
1

3) (am)n Potência de potência. Repete-se a base e mul-


3.5 = (3.5) 2 = 3 2 .5 2 = 3. 5
tiplica-se os expoentes.
Exemplos: De modo geral, se
(52)3 = 52.3 = 56
a ∈ R+ , b ∈ R+ , n ∈ N * ,
então:

n
a.b = n a .n b
4) E uma multiplicação de dois ou mais fatores eleva-
dos a um expoente, podemos elevar cada um a esse mes- O radical de índice inteiro e positivo de um produto
mo expoente. indicado é igual ao produto dos radicais de mesmo índice
(4.3)²=4².3² dos fatores do radicando.

5) Na divisão de dois fatores elevados a um expoente, Raiz quadrada de frações ordinárias


podemos elevar separados. 1 1
2 2 2 2 2
2
=  = 1 =
3 3 3
Observe: 32
Radiciação
Radiciação é a operação inversa a potenciação De modo geral,

a ∈ R+ , b ∈ R *+ , n ∈ N * ,
se

então:

a na
n =
b nb

4
MATEMÁTICA

O radical de índice inteiro e positivo de um quociente 1º Caso:Denominador composto por uma só parcela
indicado é igual ao quociente dos radicais de mesmo índi-
ce dos termos do radicando.

Raiz quadrada números decimais

Operações
2º Caso: Denominador composto por duas parcelas.

Operações
Devemos multiplicar de forma que obtenha uma dife-
Multiplicação rença de quadrados no denominador:

Exemplo

QUESTÕES

Divisão 01. (Prefeitura de Salvador /BA - Técnico de Nível


Superior II - Direito – FGV/2017) Em um concurso, há
150 candidatos em apenas duas categorias: nível superior
e nível médio.
Sabe-se que:
Exemplo
• dentre os candidatos, 82 são homens;
• o número de candidatos homens de nível superior é
igual ao de mulheres de nível médio;
• dentre os candidatos de nível superior, 31 são mu-
Adição e subtração lheres.

O número de candidatos homens de nível médio é

Para fazer esse cálculo, devemos fatorar o 8 e o 20. (A) 42.


(B) 45.
(C) 48.
(D) 50.
(E) 52.

02. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária


- MSCONCURSOS/2017) Raoni, Ingrid, Maria Eduarda,
Isabella e José foram a uma prova de hipismo, na qual ga-
nharia o competidor que obtivesse o menor tempo final.
A cada 1 falta seriam incrementados 6 segundos em seu
Caso tenha: tempo final. Ingrid fez 1’10” com 1 falta, Maria Eduarda fez
1’12” sem faltas, Isabella fez 1’07” com 2 faltas, Raoni fez
1’10” sem faltas e José fez 1’05” com 1 falta. Verificando a
colocação, é correto afirmar que o vencedor foi:
Não dá para somar, as raízes devem ficar desse modo. (A) José
(B) Isabella
Racionalização de Denominadores (C) Maria Eduarda
(D) Raoni
Normalmente não se apresentam números irracionais
com radicais no denominador. Ao processo que leva à eli-
minação dos radicais do denominador chama-se racionali-
zação do denominador.

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MATEMÁTICA

03. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária - De acordo com esses dados, ao longo da existência
MSCONCURSOS/2017) O valor de √0,444... é: desse prédio comercial, a fração do total de situações de
(A) 0,2222... risco de incêndio geradas por descuidos ao cozinhar cor-
(B) 0,6666... responde à
(C) 0,1616... (A) 3/20.
(D) 0,8888... (B) 1/4.
(C) 13/60.
04. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU- (D) 1/5.
NESP/2017) Se, numa divisão, o divisor e o quociente são (E) 1/60.
iguais, e o resto é 10, sendo esse resto o maior possível,
então o dividendo é 07. (ITAIPU BINACIONAL - Profissional Nível Técni-
(A) 131. co I - Técnico em Eletrônica – NCUFPR/2017) Assinale a
(B) 121. alternativa que apresenta o valor da expressão
(C) 120.
(D) 110.
(E) 101.

05. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) As expres- (A) 1.


sões numéricas abaixo apresentam resultados que seguem (B) 2.
um padrão específico: (C) 4.
(D) 8.
1ª expressão: 1 x 9 + 2 (E) 16.

2ª expressão: 12 x 9 + 3 08. (UNIRV/GO – Auxiliar de Laboratório – UNIRV-


GO/2017)
3ª expressão: 123 x 9 + 4
Qual o resultado de ?
...
(A) 3
7ª expressão: █ x 9 + ▲ (B) 3/2
(C) 5
Seguindo esse padrão e colocando os números ade- (D) 5/2
quados no lugar dos símbolos █ e ▲, o resultado da 7ª
expressão será 09. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Supervi-
sor – FGV/2017) Suponha que a # b signifique a - 2b .
(A) 1 111 111.
(B) 11 111. Se 2#(1#N)=12 , então N é igual a:
(C) 1 111. (A) 1;
(D) 111 111. (B) 2;
(E) 11 111 111. (C) 3;
(D) 4;
06. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) Durante um (E) 6.
treinamento, o chefe da brigada de incêndio de um prédio
comercial informou que, nos cinquenta anos de existência 10. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Supervi-
do prédio, nunca houve um incêndio, mas existiram muitas sor – FGV/2017) Uma equipe de trabalhadores de deter-
situações de risco, felizmente controladas a tempo. Segun- minada empresa tem o mesmo número de mulheres e de
do ele, 1/13 dessas situações deveu-se a ações criminosas, homens. Certa manhã, 3/4 das mulheres e 2/3 dos homens
enquanto as demais situações haviam sido geradas por di- dessa equipe saíram para um atendimento externo.
ferentes tipos de displicência. Dentre as situações de risco
geradas por displicência, Desses que foram para o atendimento externo, a fra-
ção de mulheres é
− 1/5 deveu-se a pontas de cigarro descartadas inade- (A) 3/4;
quadamente; (B) 8/9;
− 1/4 deveu-se a instalações elétricas inadequadas; (C) 5/7;
− 1/3 deveu-se a vazamentos de gás e (D) 8/13;
− as demais foram geradas por descuidos ao cozinhar. (E) 9/17.

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MATEMÁTICA

RESPOSTAS

01.Resposta: B. 08. Resposta: D.


150-82=68 mulheres
Como 31 mulheres são candidatas de nível superior, 37
são de nível médio. 09. Resposta: C.
Portanto, há 37 homens de nível superior. 2-2(1-2N)=12
82-37=45 homens de nível médio. 2-2+4N=12
4N=12
02. Resposta: D. N=3
Como o tempo de Raoni foi 1´10” sem faltas, ele foi o
vencedor. 10. Resposta: E.
Como tem o mesmo número de homens e mulheres:
03. Resposta: B.
Primeiramente, vamos transformar a dízima em fração

X=0,4444....
10x=4,444... Dos homens que saíram:
9x=4

Saíram no total

04. Resposta: A.
Como o maior resto possível é 10, o divisor é o número
11 que é igua o quociente.
11x11=121+10=131

05. Resposta: E.
A 7ª expressão será: 1234567x9+8=11111111

06. Resposta: D.
MÚLTIPLOS E DIVISORES, MÁXIMO
DIVISOR COMUM E MÍNIMO MÚLTIPLO
COMUM.
Gerado por descuidos ao cozinhar:

Múltiplos

Mas, que foram gerados por displicência é 12/13(1- Um número é múltiplo de outro quando ao dividirmos
1/13) o primeiro pelo segundo, o resto é zero.
Exemplo

07.Resposta: C.
O conjunto de múltiplos de um número natural não-
-nulo é infinito e podemos consegui-lo multiplicando-se o
número dado por todos os números naturais.
M(3)={0,3,6,9,12,...}

Divisores

Os números 12 e 15 são múltiplos de 3, portanto 3 é


divisor de 12 e 15.

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MATEMÁTICA

D(12)={1,2,3,4,6,12}
D(15)={1,3,5,15} Assim, o mmc
Observações:
Exemplo
- Todo número natural é múltiplo de si mesmo.
- Todo número natural é múltiplo de 1. O piso de uma sala retangular, medindo 3,52 m × 4,16
- Todo número natural, diferente de zero, tem infinitos m, será revestido com ladrilhos quadrados, de mesma di-
múltiplos. mensão, inteiros, de forma que não fique espaço vazio
- O zero é múltiplo de qualquer número natural. entre ladrilhos vizinhos. Os ladrilhos serão escolhidos de
modo que tenham a maior dimensão possível.
Máximo Divisor Comum Na situação apresentada, o lado do ladrilho deverá
O máximo divisor comum de dois ou mais números medir
naturais não-nulos é o maior dos divisores comuns desses (A) mais de 30 cm.
números. (B) menos de 15 cm.
Para calcular o m.d.c de dois ou mais números, deve- (C) mais de 15 cm e menos de 20 cm.
mos seguir as etapas: (D) mais de 20 cm e menos de 25 cm.
• Decompor o número em fatores primos (E) mais de 25 cm e menos de 30 cm.
• Tomar o fatores comuns com o menor expoente
• Multiplicar os fatores entre si. Resposta: A.

Exemplo:

Devemos achar o mdc para achar a maior medida pos-


sível
E são os fatores que temos iguais:25=32
O fator comum é o 3 e o 1 é o menor expoente.
m.d.c Exemplo2
(MPE/SP – Oficial de Promotora I – VUNESP/2016)
No aeroporto de uma pequena cidade chegam aviões de
três companhias aéreas. Os aviões da companhia A che-
Mínimo Múltiplo Comum gam a cada 20 minutos, da companhia B a cada 30 minutos
O mínimo múltiplo comum (m.m.c) de dois ou mais nú- e da companhia C a cada 44 minutos. Em um domingo, às
meros é o menor número, diferente de zero. 7 horas, chegaram aviões das três companhias ao mesmo
Para calcular devemos seguir as etapas: tempo, situação que voltará a se repetir, nesse mesmo dia,
• Decompor os números em fatores primos às
• Multiplicar os fatores entre si (A) 16h 30min.
(B) 17h 30min.
Exemplo: (C) 18h 30min.
(D) 17 horas.
(E) 18 horas.

Resposta: E.

Mmc(20,30,44)=2².3.5.11=660

1h---60minutos
Para o mmc, fica mais fácil decompor os dois juntos. x-----660
Basta começar sempre pelo menor primo e verificar a x=660/60=11
divisão com algum dos números, não é necessário que os
dois sejam divisíveis ao mesmo tempo. Então será depois de 11horas que se encontrarão
Observe que enquanto o 15 não pode ser dividido, 7+11=18h
continua aparecendo.

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MATEMÁTICA

QUESTÕES 05. (TJM/SP - Escrevente Técnico Judiciário – VU-


NESP/2017) Em um pequeno mercado, o dono resolveu
01. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU- fazer uma promoção. Para tanto, cada uma das 3 caixas re-
NESP/2017) No depósito de uma loja de doces, há gistradoras foi programada para acender uma luz, em inter-
uma caixa contendo n bombons. Para serem vendidos, valos de tempo regulares: na caixa 1, a luz acendia a cada
devem ser repartidos em pacotes iguais, todos com 15 minutos; na caixa 2, a cada 30 minutos; e na caixa 3, a
a mesma quantidade de bombons. Com os bombons luz acendia a cada 45 minutos. Toda vez que a luz de uma
dessa caixa, podem ser feitos pacotes com 5, ou com 6, caixa acendia, o cliente que estava nela era premiado com
ou com 7 unidades cada um, e, nesses casos, não falta- um desconto de 3% sobre o valor da compra e, quando as 3
rá nem sobrará nenhum bombom. Nessas condições, o luzes acendiam, ao mesmo tempo, esse desconto era de 5%.
menor valor que pode ser atribuído a n é Se, exatamente às 9 horas de um determinado dia, as luzes
(A) 280. das 3 caixas acenderam ao mesmo tempo, então é verdade
(B) 265. que o número máximo de premiações de 5% de desconto
(C) 245. que esse mercado poderia ter dado aos seus clientes, das
(D) 230. 9 horas às 21 horas e 30 minutos daquele dia, seria igual a
(E) 210. (A) 8.
(B) 10.
02. (EMBASA – Agente Administrativo – (C) 21.
IBFC/2017) Considerando A o MDC (maior divisor co- (D) 27.
mum) entre os números 24 e 60 e B o MMC (menor (E) 33.
múltiplo comum) entre os números 12 e 20, então o
valor de 2A + 3B é igual a: 06. (PREF. DE PIRAÚBA/MG – Agente Administrativo
(A) 72 – MSCONCURSOS/2017) Sabendo que a sigla M.M.C. na
(B) 156 matemática significa Mínimo Múltiplo Comum e que M.D.C.
significa Máximo Divisor Comum, pergunta-se: qual o valor
(C) 144
do M.M.C. de 6 e 8 dividido pelo M.D.C. de 30, 36 e 72?
(D) 204
(A) 8
(B) 6
03. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPEGO
(C) 4
/2017) Em um determinado zoológico, a girafa deve
(D) 2
comer a cada 4 horas, o leão a cada 5 horas e o maca-
co a cada 3 horas. Considerando que todos foram ali-
07. (CELESC – Assistente Administrativo – FEPE-
mentados às 8 horas da manhã de domingo, é correto
SE/2016) Em uma excursão participam 120 homens e 160
afirmar que o funcionário encarregado deverá servir a mulheres. Em determinado momento é preciso dividir os
alimentação a todos concomitantemente às: participantes em grupos formados somente por homens
(A) 8 horas de segunda-feira. ou somente por mulheres, de maneira que os grupos te-
(B) 14 horas de segunda-feira. nham o mesmo número de integrantes.
(C) 10 horas de terça-feira. Neste caso, o número máximo de integrantes em um
(D) 20 horas de terça-feira. grupo é:
(E) 9 horas de quarta-feira. (A) 10.
(B) 15.
04. (EMBASA – Assistente de Laboratório – (C) 20.
IBFC/2017) Um marceneiro possui duas barras de fer- (D) 30.
ro, uma com 1,40 metros de comprimento e outra com (E) 40.
2,45 metros de comprimento. Ele pretende cortá-las em
barras de tamanhos iguais, de modo que cada pedaço 08. (PREF. DE GUARULHOS/SP – Assistente de Ges-
tenha a maior medida possível. Nessas circunstâncias, o tão Escolar – VUNESP/2016) Para iniciar uma visita moni-
total de pedaços que o marceneiro irá cortar, utilizando torada a um museu, 96 alunos do 8º ano e 84 alunos do 9º
as duas de ferro, é: ano de certa escola foram divididos em grupos, todos com
(A) 9 o mesmo número de alunos, sendo esse número o maior
(B) 11 possível, de modo que cada grupo tivesse somente alunos
(C) 12 de um único ano e que não restasse nenhum aluno fora
(D) 13 de um grupo. Nessas condições, é correto afirmar que o
número total de grupos formados foi
(A) 8.
(B) 12.
(C) 13.
(D) 15.
(E) 18.

9
MATEMÁTICA

09. (PREF. DE JAMBEIRO – Agente Administrativo –


JOTA CONSULTORIA/2016) O MMC(120, 125, 130) é:
(A) 39000
(B) 38000
(C) 37000
(D) 36000
(E) 35000

10. (MPE/SP – Analista Técnico Científico – VU- Mmc(12,20)=2²⋅3⋅5=60


NESP/2016) Pretende-se dividir um grupo de 216 pessoas, 2A+3B=24+180=204
sendo 126 com formação na área de exatas e 90 com for-
mação na área de humanas, em grupos menores contendo, 03. Resposta: D.
obrigatoriamente, elementos de cada uma dessas áreas, de Mmc(3, 4, 5)=60
modo que: (1) o número de grupos seja o maior possível; 60/24=2 dias e 12horas
(2) cada grupo tenha o mesmo número x de pessoas com Como foi no domingo às 8h d amanhã, a próxima ali-
formação na área de exatas e o mesmo número y de pes- mentação será na terça às 20h.
soas com formação na área de humanas; e (3) cada uma
das 216 pessoas participe de um único grupo. Nessas con-
dições, e sabendo-se que no grupo não há pessoa com
ambas as formações, é correto afirmar que, em cada novo
grupo, a diferença entre os números de pessoas com for-
mação em exatas e em humanas, nessa ordem, será igual a 04. Resposta: B.
(A) 1
(B) 2 Mdc=5⋅7=35
(C) 3 140/35=4
(D) 4 245/35=7
(E) 5 Portanto, serão 11 pedaços.

05. Resposta: D.
RESPOSTAS

01. Resposta: E.

Mmc(15, 30, 45)=90 minutos


Ou seja, a cada 1h30 minutos tem premiações.
Das 9 ate as 21h30min=12h30 minutos

Mmc(5,6,7)=2⋅3⋅5⋅7=210

02. Resposta: E. 9 vezes no total, pois as 9 horas acendeu.


Como são 3 premiações: 9x3=27

06. Resposta: C.

Para o cálculo do mdc, devemos multiplicar os comuns:


MDC(24,60)=2²⋅3=12

10
MATEMÁTICA

Mdc(90, 125)=2.3²=18

Então teremos
126/18 = 7 grupos de exatas
90/18 = 5 grupos de humanas
A diferença é de 7-5=2
Mmc(6,8)=24
- eles são múltiplos de 2, pois terminam com números
Mdc(30, 36, 72) =2x3=6 pares.
Portanto: 24/6=4 E são múltiplos de 3, lembrando que para ser múltiplo
de 3, basta somar os números e ser múltiplo de 3.
36=3+6=9
90=9+0=9
162=1+6+2=9

NÚMEROS E GRANDEZAS
PROPORCIONAIS: RAZÕES E
07. Resposta: E.
PROPORÇÕES; DIVISÃO EM PARTES
MDC(120,160)=8x5=40 PROPORCIONAIS

08. Resposta:B.

Razão

Chama-se de razão entre dois números racionais a e


b, com b 0, ao quociente entre eles. Indica-se a razão de a
para b por a/b  ou a : b. 
Exemplo: 
Na sala do 1º ano de um colégio há 20 rapazes e 25
moças. Encontre a razão entre o número de rapazes e o
número de moças. (lembrando que razão é divisão) 
MDC(84,96)=2²x3=12

09. Resposta: A.

Proporção

Proporção é a igualdade entre duas razões. A propor-


ção entre A/B e C/D é a igualdade:

Propriedade fundamental das proporções


Numa proporção:
Mmc(120, 125, 130)=2³.3.5³.13=39000

10. Resposta: B.
O cálculo utilizado aqui será o MDC (Máximo Divisor
Comum) Os números A e D são denominados extremos enquan-
to os números B e C são os meios e vale a propriedade: o
produto dos meios é igual ao produto dos extremos, isto é:
AxD=BxC

Exemplo: A fração 3/4 está em proporção com 6/8,


pois:

11
MATEMÁTICA

 ou  

   
Exercício: Determinar o valor de X para que a razão X/3
esteja em proporção com 4/6.
Grandezas Diretamente Proporcionais
Solução: Deve-se montar a proporção da seguinte for-
Duas grandezas variáveis dependentes são diretamen-
ma:
te proporcionais quando a razão entre os valores da 1ª
grandeza é igual a razão entre os valores correspondentes
da 2ª, ou de uma maneira mais informal, se eu pergunto:
Quanto mais.....mais....
.
Exemplo
Distância percorrida e combustível gasto
Segunda propriedade das proporções
Qualquer que seja a proporção, a soma ou a diferença
dos dois primeiros termos está para o primeiro, ou para Distância(km) Combustível(litros)
o segundo termo, assim como a soma ou a diferença dos 13 1
dois últimos termos está para o terceiro, ou para o quarto
termo. Então temos: 26 2
39 3
52 4
   

  ou      Quanto MAIS eu ando, MAIS combustível?


Diretamente proporcionais
Se eu dobro a distância, dobra o combustível

Grandezas Inversamente Proporcionais


Ou
Duas grandezas variáveis dependentes são inversa-
mente proporcionais quando a razão entre os valores da
1ª grandeza é igual ao inverso da razão entre os valores
correspondentes da 2ª.
     ou    Quanto mais....menos...

Exemplo
   velocidadextempo a tabela abaixo:

Terceira propriedade das proporções Velocidade (m/s) Tempo (s)


Qualquer que seja a proporção, a soma ou a diferença 5 200
dos antecedentes está para a soma ou a diferença dos con-
sequentes, assim como cada antecedente está para o seu 8 125
respectivo consequente. Temos então: 10 100
16 62,5
     20 50

 ou     Quanto MAIOR a velocidade MENOS tempo??


Inversamente proporcional
Se eu dobro a velocidade, eu faço o tempo pela me-
  tade.

Ou Diretamente Proporcionais
Para decompor um número M em partes X1, X2, ..., Xn di-
retamente proporcionais a p1, p2, ..., pn, deve-se montar um
     sistema com n equações e n incógnitas, sendo as somas
X1+X2+...+Xn=M e p1+p2+...+pn=P.

12
MATEMÁTICA

QUESTÕES

01. (DESENBAHIA – Técnico Escriturário - INSTITU-


TO AOCP/2017) João e Marcos resolveram iniciar uma so-
A solução segue das propriedades das proporções: ciedade para fabricação e venda de cachorro quente. João
iniciou com um capital de R$ 30,00 e Marcos colaborou
com R$ 70,00. No primeiro final de semana de trabalho, a
arrecadação foi de R$ 240,00 bruto e ambos reinvestiram
R$ 100,00 do bruto na sociedade, restando a eles R$ 140,00
Exemplo de lucro. De acordo com o que cada um investiu inicial-
Carlos e João resolveram realizar um bolão da loteria. mente, qual é o valor que João e Marcos devem receber
Carlos entrou com R$ 10,00 e João com R$ 15,00. Caso ga- desse lucro, respectivamente?
nhem o prêmio de R$ 525.000,00, qual será a parte de cada (A) 30 e 110 reais.
um, se o combinado entre os dois foi de dividirem o prê- (B) 40 e 100 reais.
mio de forma diretamente proporcional? (C) 42 e 98 reais.
(D) 50 e 90 reais.
(E) 70 e 70 reais.

02. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) Em uma


empresa, trabalham oito funcionários, na mesma função,
mas com cargas horárias diferentes: um deles trabalha 32
horas semanais, um trabalha 24 horas semanais, um tra-
balha 20 horas semanais, três trabalham 16 horas sema-
nais e, por fim, dois deles trabalham 12 horas semanais.
Carlos ganhará R$210000,00 e Carlos R$315000,00. No final do ano, a empresa distribuirá um bônus total de
R$ 74.000,00 entre esses oito funcionários, de forma que
Inversamente Proporcionais a parte de cada um seja diretamente proporcional à sua
Para decompor um número M em n partes X1, X2, ..., carga horária semanal.
Xn inversamente proporcionais a p1, p2, ..., pn, basta decom- Dessa forma, nessa equipe de funcionários, a diferença
por este número M em n partes X1, X2, ..., Xn diretamente entre o maior e o menor bônus individual será, em R$, de
proporcionais a 1/p1, 1/p2, ..., 1/pn. (A) 10.000,00.
A montagem do sistema com n equações e n incógni- (B) 8.000,00.
tas, assume que X1+X2+...+ Xn=M e além disso (C) 20.000,00.
(D) 12.000,00.
(E) 6.000,00.

03. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU-


NESP/2017) Para uma pesquisa, foram realizadas entrevis-
cuja solução segue das propriedades das proporções: tas nos estados da Região Sudeste do Brasil. A amostra foi
composta da seguinte maneira:

– 2500 entrevistas realizadas no estado de São Paulo;

– 1500 entrevistas realizadas nos outros três estados


da Região Sudeste.

Desse modo, é correto afirmar que a razão entre o nú-


mero de entrevistas realizadas em São Paulo e o número
total de entrevistas realizadas nos quatro estados é de
(A) 8 para 5.
(B) 5 para 8.
(C) 5 para 7.
(D) 3 para 5.
(E) 3 para 8.

13
MATEMÁTICA

04. (UNIRV/60 – Auxiliar de Laboratório – UNIRV- 08. (DPE/RS - Analista - FCC/2017) A razão entre as al-
GO/2017) Em relação à prova de matemática de um con- turas de dois irmãos era 3/4 e, nessa ocasião, a altura do irmão
curso, Paula acertou 32 das 48 questões da prova. A razão mais alto era 1,40 m. Hoje, esse irmão mais alto cresceu 10 cm.
entre o número de questões que ela errou para o total de Para que a razão entre a altura do irmão mais baixo e a altura
questões da prova é de do mais alto seja hoje, igual a 4/5 , é necessário que o irmão
(A) 2/3 mais baixo tenha crescido, nesse tempo, o equivalente a
(B) 1/2 (A) 13,5 cm.
(C) 1/3 (B) 10,0 cm.
(D) 3/2 (C) 12,5 cm.
(D) 14,8 cm.
05. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE- (E) 15,0 cm.
GO/2017) José, pai de Alfredo, Bernardo e Caetano, de 2, 5
e 8 anos, respectivamente, pretende dividir entre os filhos a 09. (CRBIO – Auxiliar Administrativo – VUNESP/2017)
quantia de R$ 240,00, em partes diretamente proporcionais O transporte de 1980 caixas iguais foi totalmente repartido
às suas idades. Considerando o intento do genitor, é possí- entre dois veículos, A e B, na razão direta das suas respectivas
vel afirmar que cada filho vai receber, em ordem crescente capacidades de carga, em toneladas. Sabe-se que A tem capa-
de idades, os seguintes valores: cidade para transportar 2,2 t, enquanto B tem capacidade para
(A) R$ 30,00, R$ 60,00 e R$150,00. transportar somente 1,8 t. Nessas condições, é correto afirmar
(B) R$ 42,00, R$ 58,00 e R$ 140,00. que a diferença entre o número de caixas carregadas em A e o
(C) R$ 27,00, R$ 31,00 e R$ 190,00. número de caixas carregadas em B foi igual a
(D) R$ 28,00, R$ 84,00 e R$ 128,00. (A) 304.
(E) R$ 32,00, R$ 80,00 e R$ 128,00. (B) 286.
(C) 224.
06. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VU- (D) 216.
NESP/2017) Sabe-se que 16 caixas K, todas iguais, ou 40 (E) 198.
caixas Q, todas também iguais, preenchem totalmente cer-
to compartimento, inicialmente vazio. Também é possível 10. (EMDEC – Assistente Administrativo – IBFC/2016)
preencher totalmente esse mesmo compartimento com- Paulo vai dividir R$ 4.500,00 em partes diretamente propor-
pletamente vazio utilizando 4 caixas K mais certa quantida- cionais às idades de seus três filhos com idades de 4, 6 e 8
de de caixas Q. Nessas condições, é correto afirmar que o anos respectivamente. Desse modo, o total distribuído aos
número de caixas Q utilizadas será igual a dois filhos com maior idade é igual a:
(A) 10. (A) R$2.500,00
(B) R$3.500,00
(B) 28.
(C) R$ 1.000,00
(C) 18.
(D) R$3.200,00
(D) 22.
(E) 30.
RESPOSTAS
07. (IPRESB/SP – Agente Previdenciário – VU-
NESP/2017) A tabela, onde alguns valores estão substituí-
01. Resposta: C.
dos por letras, mostra os valores, em milhares de reais, que 30k+70k=140
eram devidos por uma empresa a cada um dos três forne- 100k=140
cedores relacionados, e os respectivos valores que foram K=1,4
pagos a cada um deles. 30⋅1,4=42
70⋅1,4=98
Fornecedor A B C
02. Resposta: A.
Valor pago 22,5 X 37,5
Vamos dividir o prêmio pelas horas somadas
Valor devido Y 40 z 32+24+20+3⋅16+2⋅12=148
74000/148=500
Sabe-se que os valores pagos foram diretamente propor- O maior prêmio foi para quem fez 32 horas semanais
cionais a cada valor devido, na razão de 3 para 4. Nessas con- 32⋅500=16000
dições, é correto afirmar que o valor total devido a esses três 12⋅500=6000
fornecedores era, antes dos pagamentos efetuados, igual a A diferença é: 16000-6000=10000
(A) R$ 90.000,00.
(B) R$ 96.500,00. 03. Resposta:B.
(C) R$ 108.000,00. 2500+1500=4000 entrevistas
(D) R$ 112.500,00.
(E) R$ 120.000,00.

14
MATEMÁTICA

04. Resposta: C. 09. Resposta: E.


Se Paula acertou 32, errou 16. 2,2k+1,8k=1980
4k=1980
K=495
2,2x495=1089
1980-1089=891
1089-891=198
05. Resposta: E.
2k+5k+8k=240 10. Resposta: B.
15k=240
K=16
Alfredo: 2⋅16=32
Bernardo: 5⋅16=80
Caetano: 8⋅16=128 A+B+C=4500
4p+6p+8p=4500
06. Resposta: E. 18p=4500
Se, com 16 caixas K, fica cheio e já foram colocadas 4 P=250
caixa, faltam 12 caixas K, mas queremos colocar as caixas Q, B=6p=6x250=1500
então vamos ver o equivalente de 12 caixas K C=8p=8x250=2000
1500+2000=3500

REGRA DE TRÊS
Q=30 caixas

07. Resposta: E.
Regra de três simples

Regra de três simples é um processo prático para re-


solver problemas que envolvam quatro valores dos quais
conhecemos três deles. Devemos, portanto, determinar um
Y=90/3=30
valor a partir dos três já conhecidos.

Passos utilizados numa regra de três simples:


1º) Construir uma tabela, agrupando as grandezas da
X=120/4=30 mesma espécie em colunas e mantendo na mesma linha
as grandezas de espécies diferentes em correspondência.
2º) Identificar se as grandezas são diretamente ou in-
versamente proporcionais.
3º) Montar a proporção e resolver a equação.
Z=150/3=50 Um trem, deslocando-se a uma velocidade média de
400Km/h, faz um determinado percurso em 3 horas. Em
Portanto o total devido é de: 30+40+50=120000 quanto tempo faria esse mesmo percurso, se a velocidade
utilizada fosse de 480km/h?
08. Resposta: E.
Solução: montando a tabela:

1) Velocidade (Km/h) Tempo (h)


400-----------------3
X=1,05 480---------------- x
Se o irmão mais alto cresceu 10cm, está com 1,50
2) Identificação do tipo de relação:
Velocidade----------tempo
400↓-----------------3↑
480↓---------------- x↑
X=1,20
Obs.: como as setas estão invertidas temos que inver-
Ele cresceu: 1,20-1,05=0,15m=15cm ter os números mantendo a primeira coluna e invertendo a
segunda coluna ou seja o que está em cima vai para baixo e
o que está em baixo na segunda coluna vai para cima

15
MATEMÁTICA

Velocidade----------tempo QUESTÕES
400↓-----------------X↓
480↓---------------- 3↓ 01. (IPRESB/SP - Analista de Processos Previdenciá-
rios- VUNESP/2017) Para imprimir 300 apostilas destina-
480x=1200 das a um curso, uma máquina de fotocópias precisa traba-
X=25 lhar 5 horas por dia durante 4 dias. Por motivos administra-
tivos, será necessário imprimir 360 apostilas em apenas 3
Regra de três composta dias. O número de horas diárias que essa máquina terá que
Regra de três composta é utilizada em problemas com trabalhar para realizar a tarefa é
mais de duas grandezas, direta ou inversamente propor- (A) 6.
cionais. (B) 7.
(C) 8.
Exemplos: (D) 9.
(E) 10.
1) Em 8 horas, 20 caminhões descarregam 160m³ de
areia. Em 5 horas, quantos caminhões serão necessários 02. (SEPOG – Analista em Tecnologia da Informação
para descarregar 125m³? e Comunicação – FGV/2017) Uma máquina copiadora A
faz 20% mais cópias do que uma outra máquina B, no mes-
Solução: montando a tabela, colocando em cada co- mo tempo.
luna as grandezas de mesma espécie e, em cada linha, as A máquina B faz 100 cópias em uma hora.
grandezas de espécies diferentes que se correspondem: A máquina A faz 100 cópias em
(A) 44 minutos.
Horas --------caminhões-----------volume (B) 46 minutos.
8↑----------------20↓----------------------160↑ (C) 48 minutos.
5↑------------------x↓----------------------125↑ (D) 50 minutos.
(E) 52 minutos.
A seguir, devemos comparar cada grandeza com aque-
la onde está o x. 03. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária
Observe que: - MSCONCURSOS/2017) Para a construção de uma ro-
Aumentando o número de horas de trabalho, pode- dovia, 12 operários trabalham 8 horas por dia durante 14
mos diminuir o número de caminhões. Portanto a relação dias e completam exatamente a metade da obra. Porém, a
é inversamente proporcional (seta para cima na 1ª coluna). rodovia precisa ser terminada daqui a exatamente 8 dias,
Aumentando o volume de areia, devemos aumentar o e então a empresa contrata mais 6 operários de mesma
número de caminhões. Portanto a relação é diretamente capacidade dos primeiros. Juntos, eles deverão trabalhar
proporcional (seta para baixo na 3ª coluna). Devemos igua- quantas horas por dia para terminar o trabalho no tempo
lar a razão que contém o termo x com o produto das outras correto?
razões de acordo com o sentido das setas. (A) 6h 8 min
Montando a proporção e resolvendo a equação temos: (B) 6h 50min
(C) 9h 20 min
Horas --------caminhões-----------volume (D) 9h 33min
8↑----------------20↓----------------------160↓
5↑------------------x↓----------------------125↓ 04. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU-
NESP/2017 ) Um restaurante “por quilo” apresenta seus
Obs.: Assim devemos inverter a primeira coluna fican- preços de acordo com a tabela:
do:

Horas --------caminhões-----------volume
5----------------20----------------------160
8------------------x----------------------125 Rodolfo almoçou nesse restaurante na última sexta-fei-
ra. Se a quantidade de alimentos que consumiu nesse al-
moço custou R$ 21,00, então está correto afirmar que essa
quantidade é, em gramas, igual a

(A) 375.
Logo, serão necessários 25 caminhões (B) 380.
(C) 420.
(D) 425.
(E) 450.

16
MATEMÁTICA

05. . (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU- 10. (MPE/SP – Oficial de Promotoria I – VU-
NESP/2017 ) Um carregamento de areia foi total- NESP/2016) Para organizar as cadeiras em um auditório, 6
mente embalado em 240 sacos, com 40 kg em cada funcionários, todos com a mesma capacidade de produção,
saco. Se fossem colocados apenas 30 kg em cada trabalharam por 3 horas. Para fazer o mesmo trabalho, 20
saco, o número de sacos necessários para embalar funcionários, todos com o mesmo rendimento dos iniciais,
todo o carregamento seria igual a deveriam trabalhar um total de tempo, em minutos, igual a
(A) 420. (A) 48.
(B) 375. (B) 50.
(C) 370. (C) 46.
(D) 345. (D) 54.
(E) 320. (E) 52.

06. (UNIRV/GO – Auxiliar de Laboratório –


UNIRVGO/2017) Quarenta e oito funcionários de RESPOSTAS
uma certa empresa, trabalhando 12 horas por dia,
produzem 480 bolsas por semana. Quantos funcio- 01. Resposta: C.
nários a mais, trabalhando 15 horas por dia, podem ↑Apostilas ↑ horas dias↓
assegurar uma produção de 1200 bolsas por semana? 300------------------5--------------4
(A) 48 360-----------------x----------------3
(B) 96
(C) 102 ↑Apostilas ↑ horas dias↑
(D) 144 300------------------5--------------3
360-----------------x----------------4
07. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE-
GO/2017) Durante 90 dias, 12 operários constroem
uma loja. Qual o número mínimo de operários neces-
sários para fazer outra loja igual em 60 dias?
900x=7200
(A) 8 operários.
X=8
(B) 18 operários.
(C) 14 operários.
02. Resposta: D.
(D) 22 operários.
Como a máquina A faz 20% a mais:
(E) 25 operários
Em 1 hora a máquina A faz 120 cópias.
120------60 minutos
08. (FCEP – Técnico Artístico – AMAUC/2017) 10-------x
A vazão de uma torneira é de 50 litros a cada 3 mi- X=50 minutos
nutos. O tempo necessário para essa torneira encher
completamente um reservatório retangular, cujas 03. Resposta: C.
medidas internas são 1,5 metros de comprimento, 1,2 ↑Operário ↓horas dias↑
metros de largura e 70 centímetros de profundidade 12--------------8------------14
é de: 18----------------x------------8
(A) 1h 16min 00s Quanto mais horas, menos operários
(B) 1h 15min 36s Quanto mais horas, menos dias
(C) 1h 45min 16s
(D) 1h 50min 05s
(E) 1h55min 42s

09. (CRMV/SC – Assistente Administrativo – IE- 8⋅18x=14⋅12⋅8


SES/2017) Trabalhando durante 6 dias, 5 operários X=9,33h
produzem 600 peças. Determine quantas peças serão 9 horas e 1/3 da hora
produzidas por sete operários trabalhando por 8 dias: 1/3 de hora é equivalente a 20 minutos
(A) 1120 peças 9horas e 20 minutos
(B) 952 peças
(C) 875 peças 04. Resposta:C.
(D) 1250 peças 12,50------250
21----------x
X=5250/12,5=420 gramas

17
MATEMÁTICA

05. Resposta: E.
Sacos kg
240----40
x----30

Quanto mais sacos, menos areia foi colocada(inversamente)

30x=9600
X=320

06. Resposta: A.
↓Funcionários ↑ horas bolsas↓
48------------------------12-----------480
x-----------------------------15----------1200
Quanto mais funcionários, menos horas precisam
Quanto mais funcionários, mais bolsas feitas

X=96 funcionários
Precisam de mais 48 funcionários

07. Resposta: B.
Operários dias
12-----------90
x--------------60
Quanto mais operários, menos dias (inversamente proporcional)

60x=1080
X=18

08. Resposta: B.
V=1,5⋅1,2⋅0,7=1,26m³=1260litros
50litros-----3 min
1260--------x
X=3780/50=75,6min
0,6min=36s
75min=60+15=1h15min

09. Resposta: A.
↑Dias ↑ operários peças↑
6-------------5---------------600
8--------------7---------------x

30x=33600
X=1120

18
MATEMÁTICA

10. Resposta: D.

Como o exercício pede em minutos, vamos transformar 3 horas em minutos

3x60=180 minutos
↑Funcionários minutos↓
6------------180
20-------------x
As Grandezas são inversamente proporcionais, pois quanto mais funcionários, menos tempo será gasto.
Vamos inverter os minutos
↑Funcionários minutos↑
6------------x
20-------------180
20x=6.180
20x=1040
X=54 minutos

SISTEMA MÉTRICO DECIMAL

Unidades de Comprimento
km hm dam m dm cm mm
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m

Os múltiplos do metro são utilizados para medir grandes distâncias, enquanto os submúltiplos, para pequenas distân-
cias. Para medidas milimétricas, em que se exige precisão, utilizamos:

mícron (µ) = 10-6 m angströn (Å) = 10-10 m

    Para distâncias astronômicas utilizamos o Ano-luz (distância percorrida pela luz em um ano):
Ano-luz = 9,5 · 1012 km

Exemplos de Transformação

1m=10dm=100cm=1000mm=0,1dam=0,01hm=0,001km
1km=10hm=100dam=1000m

Ou seja, para trasnformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 10 e para a esquerda divide por
10.

Superfície
A medida de superfície é sua área e a unidade fundamental é o metro quadrado(m²).

Para transformar de uma unidade para outra inferior, devemos observar que cada unidade é cem vezes maior que a
unidade imediatamente inferior. Assim, multiplicamos por cem para cada deslocamento de uma unidade até a desejada. 

Unidades de Área
km 2
hm 2
dam 2
m2 dm2 cm2 mm2
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado
1000000m2 10000m2 100m2 1m2 0,01m2 0,0001m2 0,000001m2

19
MATEMÁTICA

Exemplos de Transformação

1m²=100dm²=10000cm²=1000000mm²
1km²=100hm²=10000dam²=1000000m²

Ou seja, para trasnformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 100 e para a esquerda divide por
100.

Volume

Os sólidos geométricos são objetos tridimensionais que ocupam lugar no espaço. Por isso, eles possuem volume. Po-
demos encontrar sólidos de inúmeras formas, retangulares, circulares, quadrangulares, entre outras, mas todos irão possuir
volume e capacidade.

Unidades de Volume
km 3
hm 3
dam 3
m3 dm3 cm3 mm3
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico
1000000000m3 1000000m3 1000m3 1m3 0,001m3 0,000001m3 0,000000001m3

Capacidade
Para medirmos a quantidade de leite, sucos, água, óleo, gasolina, álcool entre outros utilizamos o litro e seus múltiplos
e submúltiplos, unidade de medidas de produtos líquidos. 
Se um recipiente tem 1L de capacidade, então seu volume interno é de 1dm³

1L=1dm³

Unidades de Capacidade
kl hl dal l dl cl ml
Quilolitro Hectolitro Decalitro Litro Decilitro Centilitro Mililitro
1000l 100l 10l 1l 0,1l 0,01l 0,001l

Massa

Toda vez que andar 1 casa para direita, multiplica por 10 e quando anda para esquerda divide por 10.
E uma outra unidade de massa muito importante é a tonelada
1 tonelada=1000kg

Tempo

A unidade fundamental do tempo é o segundo(s).


É usual a medição do tempo em várias unidades, por exemplo: dias, horas, minutos

20
MATEMÁTICA

Transformação de unidades Divisão

Deve-se saber:
1 dia=24horas
1hora=60minutos 5h 20 minutos :2
1 minuto=60segundos
1hora=3600s 1h 20 minutos, transformamos para minutos
:60+20=80minutos
Adição de tempo

Exemplo: Estela chegou ao 15h 35minutos. Lá, bateu QUESTÕES


seu recorde de nado livre e fez 1 minuto e 25 segundos.
Demorou 30 minutos para chegar em casa. Que horas ela 01. (IPRESB/SP - Analista de Processos Previdenciá-
chegou? rios- VUNESP/2017) Uma gráfica precisa imprimir um lote
de 100000 folhetos e, para isso, utiliza a máquina A, que
imprime 5000 folhetos em 40 minutos. Após 3 horas e 20
minutos de funcionamento, a máquina A quebra e o servi-
ço restante passa a ser feito pela máquina B, que imprime
4500 folhetos em 48 minutos. O tempo que a máquina B
levará para imprimir o restante do lote de folhetos é
Não podemos ter 66 minutos, então temos que trans- (A) 14 horas e 10 minutos.
ferir para as horas, sempre que passamos de um para o (B) 14 horas e 05 minutos.
outro tem que ser na mesma unidade, temos que passar 1 (C) 13 horas e 45 minutos.
hora=60 minutos (D) 13 horas e 30 minutos.
(E) 13 horas e 20 minutos.
Então fica: 16h 6 minutos 25segundos
02. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU-
Vamos utilizar o mesmo exemplo para fazer a operação
NESP/2017) Renata foi realizar exames médicos em uma
inversa.
clínica. Ela saiu de sua casa às 14h 45 min e voltou às 17h 15
min. Se ela ficou durante uma hora e meia na clínica, então o
Subtração
tempo gasto no trânsito, no trajeto de ida e volta, foi igual a
Vamos dizer que sabemos que ela chegou em casa as
(A) 1/2h.
16h 6 minutos 25 segundos e saiu de casa às 15h 35 minu- (B) 3/4h.
tos. Quanto tempo ficou fora? (C) 1h.
(D) 1h 15min.
(E) 1 1/2h.

03. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU-


NESP/2017) Uma indústria produz regularmente 4500 li-
Não podemos tirar 6 de 35, então emprestamos, da tros de suco por dia. Sabe-se que a terça parte da produ-
mesma forma que conta de subtração. ção diária é distribuída em caixinhas P, que recebem 300
1hora=60 minutos mililitros de suco cada uma. Nessas condições, é correto
afirmar que a cada cinco dias a indústria utiliza uma quan-
tidade de caixinhas P igual a
(A) 25000.
(B) 24500.
(C) 23000.
(D) 22000.
Multiplicação (E) 20500.

Pedro pensou em estudar durante 2h 40 minutos, mas 04. (UNIRV/GO – Auxiliar de Laboratório – UNIR-
demorou o dobro disso. Quanto tempo durou o estudo? VGO/2017) Uma empresa farmacêutica distribuiu 14400
litros de uma substância líquida em recipientes de 72 cm3
cada um. Sabe-se que cada recipiente, depois de cheio,
tem 80 gramas. A quantidade de toneladas que representa
todos os recipientes cheios com essa substância é de
(A) 16
(B) 160
(C) 1600
(D) 16000

21
MATEMÁTICA

05. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE- 09. (ANP – Técnico Administrativo – CESGRAN-
GO/2017) João estuda à noite e sua aula começa às RIO/2016) Um caminhão-tanque chega a um posto de abas-
18h40min. Cada aula tem duração de 45 minutos, e o tecimento com 36.000 litros de gasolina em seu reservatório.
intervalo dura 15 minutos. Sabendo-se que nessa escola Parte dessa gasolina é transferida para dois tanques de arma-
há 5 aulas e 1 intervalo diariamente, pode-se afirmar que zenamento, enchendo-os completamente. Um desses tanques
o término das aulas de João se dá às: tem 12,5 m3, e o outro, 15,3 m3, e estavam, inicialmente, vazios.
(A) 22h30min Após a transferência, quantos litros de gasolina resta-
(B) 22h40min ram no caminhão-tanque?
(C) 22h50min (A) 35.722,00
(D) 23h (B) 8.200,00
(E) Nenhuma das anteriores (C) 3.577,20
(D) 357,72
06. (IBGE – Agente Censitário Administrativo- (E) 332,20
FGV/2017) Quando era jovem, Arquimedes corria 15km
10. (DPE/RR – Auxiliar Administrativo – FCC/2015)
em 1h45min. Agora que é idoso, ele caminha 8km em
Raimundo tinha duas cordas, uma de 1,7 m e outra de 1,45
1h20min.
m. Ele precisava de pedaços, dessas cordas, que medissem
40 cm de comprimento cada um. Ele cortou as duas cordas
Para percorrer 1km agora que é idoso, comparado em pedaços de 40 cm de comprimento e assim conseguiu
com a época em que era jovem, Arquimedes precisa de obter
mais: (A) 6 pedaços.
(A) 10 minutos; (B) 8 pedaços.
(B) 7 minutos; (C) 9 pedaços.
(C) 5 minutos; (D) 5 pedaços.
(D) 3 minutos; (E) 7 pedaços.
(E) 2 minutos.

07. (IBGE – Agente Censitário Administrativo- RESPOSTAS


FGV/2017) Lucas foi de carro para o trabalho em um ho-
rário de trânsito intenso e gastou 1h20min. Em um dia 01. Resposta: E.
sem trânsito intenso, Lucas foi de carro para o trabalho 3h 20 minutos-200 minutos
a uma velocidade média 20km/h maior do que no dia de
trânsito intenso e gastou 48min. 5000-----40
x----------200
A distância, em km, da casa de Lucas até o trabalho é: x=1000000/40=25000
(A) 36;
(B) 40; Já foram impressos 25000, portanto faltam ainda 75000
(C) 48; 4500-------48
(D) 50; 75000------x
(E) 60. X=3600000/4500=800 minutos
800/60=13,33h
13 horas e 1/3 hora
08. (EMDEC - Assistente Administrativo Jr –
13h e 20 minutos
IBFC/2016) Carlos almoçou em certo dia no horário das
12:45 às 13:12. O total de segundos que representa o
tempo que Carlos almoçou nesse dia é:
(A) 1840
(B) 1620
(C) 1780
(D) 2120
02. Resposta: C.
Como ela ficou 1hora e meia na clínica o trajeto de ida
e volta demorou 1 hora.

03. Resposta:A.
4500/3=1500 litros para as caixinhas
1500litros=1500000ml
1500000/300=5000 caixinhas por dia
5000.5=25000 caixinhas em 5 dias

22
MATEMÁTICA

04. Resposta:A. 10.Resposta: E.


14400litros=14400000 ml 1,7m=170cm
1,45m=145 cm
170/40=4 resta 10
145/40=3 resta 25
4+3=7
200000⋅80=16000000 gramas=16 toneladas

05. Resposta: B.
5⋅45=225 minutos de aula EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES
225/60=3 horas 45 minutos nas aulas mais 15 minutos
de intervalo=4horas
18:40+4h=22h:40
Equação 1º grau
06. Resposta: D. Equação é toda sentença matemática aberta represen-
1h45min=60+45=105 minutos tada por uma igualdade, em que exista uma ou mais letras
que representam números desconhecidos.
15km-------105 Equação do 1º grau, na incógnita x, é toda equação
1--------------x redutível à forma ax+b=0, em que a e b são números reais,
X=7 minutos chamados coeficientes, com a≠0.
Uma raiz da equação ax+b =0(a≠0) é um valor numé-
1h20min=60+20=80min rico de x que, substituindo no 1º membro da equação, tor-
na-se igual ao 2º membro.
8km----80
1-------x Nada mais é que pensarmos em uma balança.
X=10minutos

A diferença é de 3 minutos

07. Resposta: B.
V------80min
V+20----48
Quanto maior a velocidade, menor o tempo(inversa-
mente)

A balança deixa os dois lados iguais para equilibrar, a


equação também.
80v=48V+960
No exemplo temos:
32V=960
3x+300
V=30km/h
Outro lado: x+1000+500
E o equilíbrio?
30km----60 min
3x+300=x+1500
x-----------80
Quando passamos de um lado para o outro invertemos
o sinal
3x-x=1500-300
2x=1200
60x=2400
X=600
X=40km
Exemplo
08 Resposta: B.
(PREF. DE NITERÓI/RJ – Fiscal de Posturas –
12:45 até 13:12 são 27 minutos
FGV/2015) A idade de Pedro hoje, em anos, é igual ao do-
27x60=1620 segundos
bro da soma das idades de seus dois filhos, Paulo e Pierre.
Pierre é três anos mais velho do que Paulo. Daqui a dez
09. Resposta: B.
anos, a idade de Pierre será a metade da idade que Pedro
1m³=1000litros
tem hoje.
36000/1000=36 m³
36-12,5-15,3=8,2 m³x1000=8200 litros

23
MATEMÁTICA

A soma das idades que Pedro, Paulo e Pierre têm hoje


é: Se for negativo, não há solução no conjunto dos
(A) 72; números reais.
(B) 69;
(C) 66; Se for positivo, a equação tem duas soluções:
(D) 63;
(E) 60.
Resolução
A ideia de resolver as equações é literalmente colocar
na linguagem matemática o que está no texto. Exemplo
“Pierre é três anos mais velho do que Paulo”
Pi=Pa+3
“Daqui a dez anos, a idade de Pierre será a metade da
idade que Pedro tem hoje.”
, portanto não há solução real.

A idade de Pedro hoje, em anos, é igual ao dobro da


soma das idades de seus dois filhos,
Pe=2(Pi+Pa)
Pe=2Pi+2Pa

Lembrando que:
Pi=Pa+3

Substituindo em Pe
Pe=2(Pa+3)+2Pa
Pe=2Pa+6+2Pa
Pe=4Pa+6

Se não há solução, pois não existe raiz quadrada


real de um número negativo.
Pa+3+10=2Pa+3
Pa=10 Se , há duas soluções iguais:
Pi=Pa+3
Pi=10+3=13
Pe=40+6=46
Soma das idades: 10+13+46=69
Se , há soluções reais diferentes:
Resposta: B.

Equação 2º grau

A equação do segundo grau é representada pela fór- Relações entre Coeficientes e Raízes
mula geral:
Dada as duas raízes:

Onde a, b e c são números reais,

Discussão das Raízes


Soma das Raízes
1.
1.

24
MATEMÁTICA

Produto das Raízes Inequação


Uma inequação é uma sentença matemática expressa
por uma ou mais incógnitas, que ao contrário da equação
que utiliza um sinal de igualdade, apresenta sinais de desi-
gualdade. Veja os sinais de desigualdade:
Composição de uma equação do 2ºgrau, conheci-
das as raízes >: maior 
<: menor
Podemos escrever a equação da seguinte maneira: ≥: maior ou igual 
≤: menor ou igual 
x²-Sx+P=0
O princípio resolutivo de uma inequação é o mesmo da
Exemplo equação, onde temos que organizar os termos semelhan-
tes em cada membro, realizando as operações indicadas.
Dada as raízes -2 e 7. Componha a equação do 2º grau. No caso das inequações, ao realizarmos uma multiplicação
de seus elementos por –1 com o intuito de deixar a parte
Solução da incógnita positiva, invertemos o sinal representativo da
S=x1+x2=-2+7=5 desigualdade.
P=x1.x2=-2.7=-14
Então a equação é: x²-5x-14=0 Exemplo 1
4x + 12 > 2x – 2
Exemplo 4x – 2x > – 2 – 12
(IMA – Analista Administrativo Jr – SHDIAS/2015) A 2x > – 14
soma das idades de Ana e Júlia é igual a 44 anos, e, quando x > –14/2
somamos os quadrados dessas idades, obtemos 1000. A x>–7
mais velha das duas tem:
(A) 24 anos Inequação-Produto
(B) 26 anos
(C) 31 anos Quando se trata de inequações-produto, teremos uma
(D) 33 anos desigualdade que envolve o produto de duas ou mais fun-
ções. Portanto, surge a necessidade de realizar o estudo
Resolução da desigualdade em cada função e obter a resposta final
A+J=44 realizando a intersecção do conjunto resposta das funções.
A²+J²=1000 Exemplo
A=44-J
(44-J)²+J²=1000
1936-88J+J²+J²=1000
2J²-88J+936=0
Dividindo por2:
J²-44J+468=0
∆=(-44)²-4.1.468
∆=1936-1872=64 a)(-x+2)(2x-3)<0

Inequação-Quociente
Na inequação-quociente, tem-se uma desigualdade
de funções fracionárias, ou ainda, de duas funções na qual
uma está dividindo a outra. Diante disso, deveremos nos
atentar ao domínio da função que se encontra no denomi-
nador, pois não existe divisão por zero. Com isso, a função
que estiver no denominador da inequação deverá ser dife-
Substituindo em A rente de zero.
A=44-26=18 O método de resolução se assemelha muito à resolu-
Ou A=44-18=26 ção de uma inequação-produto, de modo que devemos
analisar o sinal das funções e realizar a intersecção do sinal
Resposta: B. dessas funções.

25
MATEMÁTICA

Exemplo
Resolva a inequação a seguir:

x-2≠0

Portanto: 
S = { x   R | x ≤ - 1} ou S = ] - ∞ ; -1]

Inequação 2º grau
Chama-se inequação do 2º grau, toda inequação que
x≠2 pode ser escrita numa das seguintes formas:
ax²+bx+c>0
ax²+bx+c≥0
ax²+bx+c<0
Sistema de Inequação do 1º Grau ax²+bx+c<0
Um sistema de inequação do 1º grau é formado por ax²+bx+c≤0
duas ou mais inequações, cada uma delas tem apenas uma ax²+bx+c≠0
variável sendo que essa deve ser a mesma em todas as
outras inequações envolvidas.  Exemplo
Veja alguns exemplos de sistema de inequação do 1º Vamos resolver a inequação 3x² + 10x + 7 < 0.
grau:
Resolvendo Inequações
Resolver uma inequação significa determinar os valo-
res reais de x que satisfazem a inequação dada.
Assim, no exemplo, devemos obter os valores reais de
x que tornem a expressão 3x² + 10x +7 negativa.

Vamos achar a solução de cada inequação. 

4x + 4 ≤ 0 
4x ≤ - 4 
x ≤ - 4 : 4 

x ≤ - 1 

S1 = {x   R | x ≤ - 1} 

Fazendo o cálculo da segunda inequação temos: 


x + 1 ≤ 0 
x ≤ - 1 

A “bolinha” é fechada, pois o sinal da inequação é igual. 

S2 = { x   R | x ≤ - 1} 
Calculando agora o CONJUTO SOLUÇÃO da inequação S = {x ∈ R / –7/3 < x < –1}

temos: 
S = S1 ∩ S2

26
MATEMÁTICA

QUESTÕES 06. (UNIRV/GO – Auxiliar de Laboratório – UNIRV-


GO/2017) O valor de m para que a equação (2m -1) x² - 6x
01. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária - + 3 = 0 tenha duas raízes reais iguais é
MSCONCURSOS/2017) O dobro do quadrado de um nú- (A) 3
mero natural aumentado de 3 unidades é igual a sete vezes (B) 2
esse número. Qual é esse número? (C) −1
(A) 2 (D) −6
(B) 3
(C) 4 07. (IPRESB - Agente Previdenciário – VUNESP/2017)
(D) 5 Em setembro, o salário líquido de Juliano correspondeu a
4/5 do seu salário bruto. Sabe-se que ele destinou 2/5 do
02. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU- salário líquido recebido nesse mês para pagamento do alu-
NESP/2017) Um carro parte da cidade A em direção à guel, e que poupou 2/5 do que restou. Se Juliano ficou, ain-
cidade B pela rodovia que liga as duas cidades, percorre da, com R$ 1.620,00 para outros gastos, então o seu salário
1/3 do percurso total e para no ponto P. Outro carro parte bruto do mês de setembro foi igual a
da cidade B em direção à cidade A pela mesma rodovia, (A) R$ 6.330,00.
percorre 1/4 do percurso total e para no ponto Q. Se a (B) R$ 5.625,00.
soma das distâncias percorridas por ambos os carros até os (C) R$ 5.550,00.
pontos em que pararam é igual a 28 km, então a distância (D) R$ 5.125,00.
entre os pontos P e Q, por essa rodovia, é, em quilômetros, (E) R$ 4.500,00.
igual a
(A) 26. 8. (SESAU/RO – Técnico em Informática – FUN-
(B) 24. RIO/2017) Daqui a 24 anos, Jovelino terá o triplo de sua
(C) 20. idade atual. Daqui a cinco anos, Jovelino terá a seguinte
(D) 18. idade:
(E) 16. (A) 12.
(B) 14.
03. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU- (C) 16.
NESP/2017) Nelson e Oto foram juntos a uma loja de ma- (D) 17.
teriais para construção. Nelson comprou somente 10 uni- (E) 18.
dades iguais do produto P, todas de mesmo preço. Já Oto
comprou 7 unidades iguais do mesmo produto P, e gastou 09. (PREF. DE FAZENDA RIO GRANDE/PR – Profes-
mais R$ 600,00 na compra de outros materiais. Se os valo- sor – PUC/2017) A equação 8x² – 28x + 12 = 0 possui raí-
res totais das compras de ambos foram exatamente iguais, zes iguais a x1 e x2. Qual o valor do produto x1 . x2?
então o preço unitário do produto P foi igual a (A) 1/2 .
(A) R$ 225,00. (B) 3.
(B) R$ 200,00. (C) 3/2 .
(C) R$ 175,00. (D) 12.
(D) R$ 150,00. (E) 28.
(E) R$ 125,00.
10 (PREF.DO RIO DE JANEIRO – Agente de Adminis-
04. (ITAIPU BINACIONAL - Profissional Nível Técni- tração – PREF. DO RIO DE JANEIRO/2016) Ao perguntar
co I - Técnico em Eletrônica – NCUFPR/2017) Considere para João qual era a sua idade atual, recebi a seguinte res-
a equação dada por 2x² + 12x + 3 = -7. Assinale a alternati- posta:
va que apresenta a soma das duas soluções dessa equação. - O quíntuplo da minha idade daqui a oito anos, di-
(A) 0. minuída do quíntuplo da minha idade há três anos atrás
(B) 1. representa a minha idade atual.
(C) -1. A soma dos algarismos do número que representa, em
(D) 6. anos, a idade atual de João, corresponde a:
(E) -6. (A) 6
(B) 7
05. (UNIRV/GO – Auxiliar de Laboratório – UNIRV- (C) 10
GO/2017) Num estacionamento encontram-se 18 motos, (D) 14
15 triciclos e alguns carros. Se Pedrinho contou um total de
269 rodas, quantos carros tem no estacionamento?
(A) 45
(B) 47
(C) 50
(D) 52

27
MATEMÁTICA

RESPOSTAS 07. Resposta: B.


Salário liquido: x
01. Resposta: B.
2x²+3=7x
2x²-7x+3=0
∆=49-24=25

10x+6x+40500=25x
9x=40500
X=4500
Como tem que ser natural, apenas o número 3 convém.
Salario fração
02. Resposta: C. y---------------1
4500---------4/5
Mmc(3,4)=12

4x+3x=336
7x=336
X=48
A distância entre A e B é 48km 08. Resposta: D.
Como já percorreu 28km
48-28=20 km entre P e Q. Idade atual: x
X+24=3x
03. Resposta:B. 2x=24
Sendo x o valor do material P X=12
10x=7x+600 Ele tem agora 12 anos, daqui a 5 anos: 17.
3x=600
X=200 09. Resposta: C.
∆=(-28)²-4.8.12
04. Resposta: E. ∆=784-384
2x²+12x+10=0 ∆=400
∆=12²-4⋅2⋅10
∆=144-80=64

A soma das duas é -1-5=-6 10. Resposta: C.


Atual:x
05. Resposta:B. 5(x+8)-5(x-3)=x
Vamos fazer a conta de rodas: 5x+40-5x+15=x
Motos tem 2 rodas, triciclos 3 e carros 4 X=55
18⋅2+15⋅3+x⋅4=269 Soma: 5+5=10
4x=269-36-45
4x=188
X=47

06. Resposta: B
∆=-(-6)²-4⋅(2m-1) ⋅3=0
36-24m+12=0
-24m=-48
M=2

28
MATEMÁTICA

O conjunto A é denominado domínio da função, indi-


FUNÇÕES cada por D. O domínio serve para definir em que conjun-
to estamos trabalhando, isto é, os valores possíveis para a
variável x.
O conjunto B é denominado contradomínio, CD.
Cada elemento x do domínio tem um correspondente
Diagrama de Flechas y no contradomínio. A esse valor de y damos o nome de
imagem de x pela função f. O conjunto de todos os valores
de y que são imagens de valores de x forma o conjunto
imagem da função, que indicaremos por Im.

Exemplo
Com os conjuntos A={1, 4, 7} e B={1, 4, 6, 7, 8, 9, 12}
criamos a função f: A→B.definida por f(x) = x + 5 que tam-
bém pode ser representada por y = x + 5. A representação,
utilizando conjuntos, desta função, é:

Gráfico Cartesiano

No nosso exemplo, o domínio é D = {1, 4, 7}, o contra-


domínio é = {1, 4, 6, 7, 8, 9, 12} e o conjunto imagem é Im
= {6, 9, 12}

Classificação das funções

Injetora: Quando para ela elementos distintos do do-


mínio apresentam imagens também distintas no contrado-
Muitas vezes nos deparamos com situações que en-
mínio.
volvem uma relação entre grandezas. Assim, o valor a ser
pago na conta de luz depende do consumo medido no
período; o tempo de uma viagem de automóvel depende
da velocidade no trajeto.
Como, em geral, trabalhamos com funções numéricas,
o domínio e a imagem são conjuntos numéricos, e pode-
mos definir com mais rigor o que é uma função matemáti-
ca utilizando a linguagem da teoria dos conjuntos.

Definição: Sejam A e B dois conjuntos não vazios e f


Sobrejetora: Quando todos os elementos do contra-
uma relação de A em B.
domínio forem imagens de pelo menos um elemento do
Essa relação f é uma função de A em B quando a cada
domínio.
elemento x do conjunto A está associado um e apenas um
elemento y do conjunto B.

Notação: f:A→B (lê-se função f de A em B)

Domínio, contradomínio, imagem


O domínio é constituído por todos os valores que po-
dem ser atribuídos à variável independente. Já a imagem
da função é formada por todos os valores corresponden-
tes da variável dependente.

29
MATEMÁTICA

Bijetora: Quando apresentar as características de fun-


ção injetora e ao mesmo tempo, de sobrejetora, ou seja,
elementos distintos têm sempre imagens distintas e todos
os elementos do contradomínio são imagens de pelo me-
nos um elemento do domínio.

Raiz da função
Função 1 grau Calcular o valor da raiz da função é determinar o valor
A função do 1° grau relacionará os valores numéricos em que a reta cruza o eixo x, para isso consideremos o
obtidos de expressões algébricas do tipo (ax + b), consti- valor de y igual a zero, pois no momento em que a reta
tuindo, assim, a função f(x) = ax + b. intersecta o eixo x, y = 0. Observe a representação gráfica
a seguir:
Estudo dos Sinais
Definimos função como relação entre duas grandezas
representadas por x e y. No caso de uma função do 1º grau,
sua lei de formação possui a seguinte característica: y = ax
+ b ou f(x) = ax + b, onde os coeficientes a e b pertencem
aos reais e diferem de zero. Esse modelo de função possui
como representação gráfica a figura de uma reta, portanto,
as relações entre os valores do domínio e da imagem cres-
cem ou decrescem de acordo com o valor do coeficiente a.
Se o coeficiente possui sinal positivo, a função é crescente, Podemos estabelecer uma formação geral para o cál-
e caso ele tenha sinal negativo, a função é decrescente. culo da raiz de uma função do 1º grau, basta criar uma ge-
neralização com base na própria lei de formação da função,
Função Crescente: a > 0 considerando y = 0 e isolando o valor de x (raiz da função).
De uma maneira bem simples, podemos olhar no grá- X=-b/a
fico que os valores de y vão crescendo.
Dependendo do caso, teremos que fazer um sistema
com duas equações para acharmos o valor de a e b.

Exemplo:
Dado que f(x)=ax+b e f(1)=3 e f(3)=5, ache a função.

F(1)=1a+b
3=a+b

F(3)=3a+b
5=3a+b

Isolando a em I
a=3-b
Função Decrescente: a < 0 Substituindo em II
Nesse caso, os valores de y, caem.
3(3-b)+b=5
9-3b+b=5
-2b=-4
b=2

30
MATEMÁTICA

Portanto, Raízes
a=3-b
a=3-2=1

Assim, f(x)=x+2

Função Quadrática ou Função do 2º grau


Em geral, uma função quadrática ou polinomial do se-
gundo grau tem a seguinte forma:
f(x)=ax²+bx+c, onde a≠0
f(x)=a(x-x1)(x-x2)
É essencial que apareça ax² para ser uma função qua-
drática e deve ser o maior termo.
Vértices e Estudo do Sinal
Considerações Quando a > 0, a parábola tem concavidade voltada para
cima e um ponto de mínimo V; quando a < 0, a parábola tem
Concavidade concavidade voltada para baixo e um ponto de máximo V. 
A concavidade da parábola é para cima se a>0 e para Em qualquer caso, as coordenadas de V são
baixo se a<0

  .

Veja os gráficos:

Discriminante(∆)

∆=b²-4ac

∆>0
A parábola y=ax²+bx+c intercepta o eixo x em dois
pontos distintos, (x1,0) e (x2,0), onde x1 e x2 são raízes da
equação ax²+bx+c=0

∆=0
Quando , a parábola y=ax²+bx+c é tangente ao

eixo x, no ponto
 
Repare que, quando tivermos o discriminante , as
duas raízes da equação ax²+bx+c=0 são iguais

∆<0

A função não tem raízes reais

31
MATEMÁTICA

Equação Exponencial
É toda equação cuja incógnita se apresenta no expoente de uma ou mais potências de bases positivas e diferentes de 1.

Exemplo
Resolva a equação no universo dos números reais.

Solução

Função exponencial

A expressão matemática que define a função exponencial é uma potência. Nesta potência, a base é um número real
positivo e diferente de 1 e o expoente é uma variável.

Função crescente
Se   temos uma função exponencial crescente, qualquer que seja o valor real de x.
No gráfico da função ao lado podemos observar que à medida que x aumenta, também aumenta f(x) ou y. Graficamen-
te vemos que a curva da função é crescente.

Função decrescente
Se   temos uma função exponencial decrescente em todo o domínio da função.
Neste outro gráfico podemos observar que à medida que x aumenta, y diminui. Graficamente observamos que a cur-
va da função é decrescente.

32
MATEMÁTICA

A Constante de Euler
É definida por :
e = exp(1)
O número e é um número irracional e positivo e em função da definição da função exponencial, temos que:
Ln(e) = 1
Este número é denotado por e em homenagem ao matemático suíço Leonhard Euler (1707-1783), um dos primeiros a
estudar as propriedades desse número.
O valor deste número expresso com 10 dígitos decimais, é:
e = 2,7182818284
Se x é um número real, a função exponencial exp(.) pode ser escrita como a potência de base e com expoente x, isto é: 
ex = exp(x)

Propriedades dos expoentes


Se a, x e y são dois números reais quaisquer e k é um número racional, então:
- ax ay= ax + y
- ax / ay= ax - y
- (ax) y= ax.y
- (a b)x = ax bx
- (a / b)x = ax / bx
- a-x = 1 / ax  

Logaritmo
Considerando-se dois números N e a reais e positivos, com a ≠1, existe um número c tal que:

A esse expoente c damos o nome de logaritmo de N na base a

Ainda com base na definição podemos estabelecer condições de existência:

Exemplo

Consequências da Definição

33
MATEMÁTICA

Propriedades 02. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Um


vendedor recebe um salário mensal composto de um valor
fixo de R$ 1.300,00 e de uma parte variável. A parte variá-
vel corresponde a uma comissão de 6% do valor total de
vendas que ele fez durante o mês. O salário mensal desse
vendedor pode ser descrito por uma expressão algébrica
f(x), em função do valor total de vendas mensal, represen-
Mudança de Base tado por x.
A expressão algébrica f(x) que pode representar o salá-
rio mensal desse vendedor é
Exemplo (A) f(x) = 0,06x + 1.300.
Dados log 2=0,3010 e log 3=0,4771, calcule: (B) f(x) = 0,6x + 1.300.
a)log 6 (C) f(x) = 0,78x + 1.300.
b) log1,5 (D) f(x) = 6x + 1.300.
c) log 16 (E) f(x) = 7,8x + 1.300.
Solução
a) Log 6=log 2⋅3=log2+log3=0,3010+0,4771=0,7781 03. (CONSANPA – Técnico Industrial – FADESP/2017)
Um reservatório em formato de cilindro é abastecido por
uma fonte a vazão constante e tem a altura de sua coluna
d’água (em metros), em função do tempo (em dias), descri-
ta pelo seguinte gráfico:
Função Logarítmica
Uma função dada por , em que
a constante a é positiva e diferente de 1, denomina-se fun-
ção logarítmica.

Sabendo que a altura do reservatório mede 12 metros,


o número de dias necessários para que a fonte encha o
reservatório inicialmente vazio é
(A) 18
(B) 12
(C) 8
(D) 6

04. (TRT – 14ªREGIÃO -Técnico Judiciário –


QUESTÕES FCC/2016) Carlos presta serviço de assistência técnica de
computadores em empresas. Ele cobra R$ 12,00 para ir até
01. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Uma o local, mais R$ 25,00 por hora de trabalho até resolver o
locadora de automóveis oferece dois planos de aluguel de problema (também são cobradas as frações de horas traba-
carros a seus clientes: lhadas). Em um desses serviços, Carlos resolveu o problema
e cobrou do cliente R$ 168,25, o que permite concluir que
Plano A: diária a R$ 120,00, com quilometragem ele trabalhou nesse serviço
livre. (A) 5 horas e 45 minutos.
Plano B: diária a R$ 90,00, mais R$ 0,40 por quilô- (B) 6 horas e 15 minutos.
metro rodado. (C) 6 horas e 25 minutos.
(D) 5 horas e 25 minutos.
Alugando um automóvel, nesta locadora, quantos qui- (E) 5 horas e 15 minutos.
lômetros precisam ser rodados para que o valor do aluguel
pelo Plano A seja igual ao valor do aluguel pelo Plano B?
(A) 30.
(B) 36.
(C) 48.
(D) 75.
(E) 84.

34
MATEMÁTICA

05. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) No 09. (IF/ES – Administrador – IFES/2017) O gráfico
sistema de coordenadas cartesianas da figura abaixo, en- que melhor representa a função y = 2x , para o domínio
contram-se representados o gráfico da função de segundo em R+ é:
grau f, definida por f(x), e o gráfico da função de primeiro
grau g, definida por g(x). (A)

(B)

(C)

Os valores de x, soluções da equação f(x)=g(x), são


(A) -0,5 e 2,5.
(B) -0,5 e 3.
(C) -1 e 2.
(D) -1 e 2,5. (D)
(E) -1 e 3.

06. (EMBASA – Agente Administrativo – IBFC/2017)


A soma das coordenadas do vértice da parábola da função
f(x) = – x² + 8x – 12 é igual a:
(A) 4
(B) 6
(C) 8 (E)
(D) 10

07. (EMBASA – Assistente de Laboratório –

IBFC/2017) Substituindo o valor da raiz da função


, na função g(x) = x2 - 4x + 5, encontra-
mos como resultado:
(A) 12
(B) 15
(C) 16
(D) 17 10. (PETROBRAS - Técnico de Enfermagem do Tra-
balho Júnior -CESGRANRIO/2017) Qual o maior valor de
08. (PETROBRAS - Técnico de Enfermagem do Tra- k na equação log(kx) = 2log(x+3) para que ela tenha exa-
balho Júnior -CESGRANRIO/2017) Quantos valores reais tamente uma raiz?
de x fazem com que a expressão as- (A) 0
suma valor numérico igual a 1? (B) 3
(A) 2 (C) 6
(B) 3 (D) 9
(C) 4 (E) 12
(D) 5
(E) 6

35
MATEMÁTICA

11. (ITAIPU BINACIONAL - Profissional Nível Técni-


co I - Técnico em Eletrônica – NCUFPR/2017) Conside-
rando que log105 = 0,7, assinale a alternativa que apresenta
o valor de log5100.
(A) 0,35.
(B) 0,50.
(C) 2,85.
(D) 7,00. 06. Resposta:C.
(E) 70,00.

RESPOSTAS

01. Resposta: D.

90+0,4x=120
0,4x=30 A soma das coordenadas é igual a 8
X=75km
07. Resposta: D.
02. Resposta: A.

6%=0,06
Como valor total é x, então 0,06x
E mais a parte fixa de 1300
0,06x+1300

03. Resposta: A.

2x=36
X=18 -2x=-12
X=6
04.Resposta: B. Substituindo em g(x)
F(x)=12+25x G(6)=6²-4(6)+5=36-24+5=17
X=hora de trabalho
08. Resposta: D.
168,25=12+25x Para assumir valor 1, o expoente deve ser igual a zero.
25x=156,25 X²+4x-60=0
X=6,25 horas ∆=4²-4.1.(-60)
1hora---60 minutos ∆=16+240
0,25-----x ∆=256
X=15 minutos

Então ele trabalhou 6 horas e 15 minutos

05. Resposta: E.
Como a função do segundo grau, tem raízes -2 e 2:
(x-2)(x+2)=x²-4
A função do primeiro grau, tem o ponto (0, -1) e (2,3)
Y=ax+b
-1=b
3=2a-1 A base pode ser igual a 1:
2a=4 X²-5x+5=1
A=2 X²-5x+4=0
Y=2x-1 ∆=25-16=9

Igualando a função do primeiro grau e a função do se-


gundo grau:
X²-4=2x-1
X²-2x-3=0
∆=4+12=16

36
MATEMÁTICA

A base for -1 desde que o expoente seja par:


X²-5x+5=-1
X²-5x+6=0

∆=25-24=1

Vamos substituir esses dois valores no expoente


X=2:
X²+4x-60
2²+8-60==48
X=3
3²+12-60=-39
Portanto, serão 5 valores.

09. Resposta: A.
Um gráfico de função exponencial não começa do zero, é é uma curva.

10. Resposta: E.
Kx=(x+3)²
Kx=x²+6x+9
X²+(6-k)x+9=0
Para ter uma raiz, ∆=0
∆=b²-4ac
, ∆=(6-k)²-36=0
36-12k+k²-36=0
k²-12k=0
k=0 ou k=12

11. Resposta:C.

GRÁFICOS E TABELAS

Os gráficos e tabelas apresentam o cruzamento entre dois dados relacionados entre si.
A escolha do tipo e a forma de apresentação sempre vão depender do contexto, mas de uma maneira geral um
bom gráfico deve:
-Mostrar a informação de modo tão acurado quanto possível.
-Utilizar títulos, rótulos, legendas, etc. para tornar claro o contexto, o conteúdo e a mensagem.
-Complementar ou melhorar a visualização sobre aspectos descritos ou mostrados numericamente através de tabelas.
-Utilizar escalas adequadas.
-Mostrar claramente as tendências existentes nos dados.

37
MATEMÁTICA

Tipos de gráficos

Barras- utilizam retângulos para mostrar a quantidade.

Barra vertical

Fonte: tecnologia.umcomo.com.br

Barra horizontal

Setor ou pizza- Muito útil quando temos um total e


queremos demonstrar cada parte, separando cada pedaço
como numa pizza.

Fonte: mundoeducacao.bol.uol.com.br

Histogramas
Fonte: educador.brasilescola.uol.com.br
São gráfico de barra que mostram a frequência de uma
variável específica e um detalhe importante que são faixas Linhas- É um gráfico de grande utilidade e muito co-
de valores em x. mum na representação de tendências e relacionamentos
de variáveis

38
MATEMÁTICA

QUESTÕES

01. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Na Pes-


quisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, rea-
lizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), foram obtidos os dados da taxa de desocupação da
população em idade para trabalhar. Esses dados, em por-
centagem, encontram-se indicados na apresentação gráfi-
ca abaixo, ao longo de trimestres de 2014 a 2017.

Pictogramas – são imagens ilustrativas para tornar mais


fácil a compreensão de todos sobre um tema.

Dentre as alternativas abaixo, assinale a que apresenta


a melhor aproximação para o aumento percentual da taxa
de desocupação do primeiro trimestre de 2017 em relação
à taxa de desocupação do primeiro trimestre de 2014.

(A) 15%.
(B) 25%.
(C) 50%.
(D) 75%.
Da mesma forma, as tabelas ajudam na melhor visua- (E) 90%.
lização de dados e muitas vezes é através dela que vamos
fazer os tipos de gráficos vistos anteriormente. 02. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU-
NESP/2017) A tabela seguinte, incompleta, mostra a distri-
Podem ser tabelas simples: buição, percentual e quantitativa, da frota de uma empresa
de ônibus urbanos, de acordo com o tempo de uso destes.
Quantos aparelhos tecnológicos você tem na sua casa?

aparelho quantidade
televisão 3
celular 4
Geladeira 1

Até as tabelas que vimos nos exercícios de raciocínio O número total de ônibus dessa empresa é
lógico
(A) 270.
(B) 250.
(C) 220
(D) 180.
(E) 120.

39
MATEMÁTICA

03. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU- 05. (TCE/PR – Conhecimentos Básicos – CESPE/2016)
NESP/2017) O gráfico mostra o número de carros vendi-
dos por uma concessionária nos cinco dias subsequentes à
veiculação de um anúncio promocional.

O número médio de carros vendidos por dia nesse pe-


ríodo foi igual a Tendo como referência o gráfico precedente, que mos-
(A) 10. tra os valores, em bilhões de reais, relativos à arrecadação
(B) 9. de receitas e aos gastos com despesas do estado do Paraná
(C) 8. nos doze meses do ano de 2015, assinale a opção correta.
(D) 7. (A) No ano considerado, o segundo trimestre caracte-
(E) 6. rizou-se por uma queda contínua na arrecadação de recei-
tas, situação que se repetiu no trimestre seguinte.
04. (CRBIO – Auxiliar Administrativo – VU- (B) No primeiro quadrimestre de 2015, houve um pe-
NESP/2017) Uma professora elaborou um gráfico de se- ríodo de queda simultânea dos gastos com despesas e da
tores para representar a distribuição, em porcentagem, dos arrecadação de receitas e dois períodos de aumento simul-
cinco conceitos nos quais foram agrupadas as notas obti- tâneo de gastos e de arrecadação.
das pelos alunos de uma determinada classe em uma prova (C) No último bimestre do ano de 2015, foram regis-
de matemática. Observe que, nesse gráfico, as porcenta- trados tanto o maior gasto com despesas quanto a maior
gens referentes a cada conceito foram substituídas por x arrecadação de receitas.
ou por múltiplos e submúltiplos de x. (D) No ano em questão, janeiro e dezembro foram os
únicos meses em que a arrecadação de receitas foi ultra-
passada por gastos com despesas.
(E) A menor arrecadação mensal de receitas e o menor
gasto mensal com despesas foram verificados, respecti-
vamente, no primeiro e no segundo semestre do ano de
2015.

Analisando o gráfico, é correto afirmar que a medida


do ângulo interno correspondente ao setor circular que re-
presenta o conceito BOM é igual a
(A) 144º.
(B) 135º.
(C) 126º
(D) 117º
(E) 108º.

40
MATEMÁTICA

06. (BRDE – Assistente Administrativo – FUNDA- 07. (TJ/SP – Estatístico Judiciário – VUNESP/2015) A
TEC/2015) Assinale a alternativa que representa a no- distribuição de salários de uma empresa com 30 funcioná-
menclatura dos três gráficos abaixo, respectivamente. rios é dada na tabela seguinte. 

Salário (em salários mínimos) Funcionários


1,8 10
2,5 8
3,0 5
5,0 4
8,0 2
15,0 1

Pode-se concluir que


(A) o total da folha de pagamentos é de 35,3 salários.
(B) 60% dos trabalhadores ganham mais ou igual a 3
salários.
(C) 10% dos trabalhadores ganham mais de 10 salários.
(D) 20% dos trabalhadores detêm mais de 40% da ren-
da total.
(E) 60% dos trabalhadores detêm menos de 30% da
renda total.

08. (TJ/SP – Estatístico Judiciário – VUNESP/2015)


Considere a tabela de distribuição de frequência seguinte,
em que xi é a variável estudada e fi é a frequência absoluta
dos dados.

xi fi
30-35 4
35-40 12
40-45 10
45-50 8
50-55 6
TOTAL 40
Assinale a alternativa em que o histograma é o que
melhor representa a distribuição de frequência da tabela.

(A)
(A) Gráfico de Setores – Gráfico de Barras – Gráfico de
Linha.
(B) Gráfico de Pareto – Gráfico de Pizza – Gráfico de
Tendência.
(C) Gráfico de Barras – Gráfico de Setores – Gráfico de (B)
Linha.
(D) Gráfico de Linhas – Gráfico de Pizza – Gráfico de
Barras.
(E) Gráfico de Tendência – Gráfico de Setores – Gráfico
de Linha.

(C)

41
MATEMÁTICA

10. (DEPEN – Agente Penitenciário Federal – CES-


PE/2015)

(D)

(E)

09. (DEPEN – Agente Penitenciário Federal – CES-


PE/2015)
A partir das informações e do gráfico apresentados,
julgue o item que se segue.
Se os percentuais forem representados por barras ver-
ticais, conforme o gráfico a seguir, então o resultado será
denominado histograma.

Ministério da Justiça — Departamento Penitenciário


Nacional
— Sistema Integrado de Informações Penitenciárias –
InfoPen,
Relatório Estatístico Sintético do Sistema Prisional Bra-
sileiro,
dez./2013 Internet:<www.justica.gov.br> (com adap-
tações) ( ) Certo ( ) Errado

A tabela mostrada apresenta a quantidade de deten- RESPOSTAS


tos no sistema penitenciário brasileiro por região em 2013.
Nesse ano, o déficit relativo de vagas — que se define pela 01. Resposta: E.
razão entre o déficit de vagas no sistema penitenciário e 13,7/7,2=1,90
a quantidade de detentos no sistema penitenciário — re- Houve um aumento de 90%.
gistrado em todo o Brasil foi superior a 38,7%, e, na média
nacional, havia 277,5 detentos por 100 mil habitantes. 02. Resposta:D
Com base nessas informações e na tabela apresentada, 81+27=108
julgue o item a seguir. 108 ônibus somam 60%(100-35-5)
Em 2013, mais de 55% da população carcerária no Bra- 108-----60
sil se encontrava na região Sudeste. x--------100
x=10800/60=180
( )certo ( ) errado
03. Resposta: C.

42
MATEMÁTICA

04. Resposta: A.
ESTATÍSTICA DESCRITIVA, AMOSTRAGEM,
X+0,5x+4x+3x+1,5x=360 TESTE DE HIPÓTESES E ANÁLISE DE
10x=360
REGRESSÃO
X=36
Como o conceito bom corresponde a 4x: 4x36=144°

05. Resposta: B.
Analisando o primeiro quadrimestre, observamos que os Teste de Hipóteses
dois primeiros meses de receita diminuem e os dois meses Definição: Processo que usa estatísticas amostrais para
seguintes aumentam, o mesmo acontece com a despesa. testar a afirmação sobre o valor de um parâmetro popula-
cional.

Para testar um parâmetro populacional, você deve afir-


mar cuidadosamente um par de hipóteses – uma que re-
presente a afirmação e outra, seu complemento. Quando
uma é falsa, a outra é verdadeira.
Uma hipótese nula H0 é uma hipótese estatística que
contém uma afirmação de igualdade, tal como ≤, =, ≥
A hipótese alternativa Ha é o complemento da hipó-
tese nula. Se H0 for falsa, Ha deve ser verdadeira, e contém
afirmação de desigualdade, como <, ≠, >.

Vamos ver como montar essas hipóteses


Um caso bem simples.

06. Resposta: C.
Como foi visto na teoria, gráfico de barras, de setores
ou pizza e de linha
Assim, fica fácil, se H0 for falsa, Ha é verdadeira
07. Resposta: D. Há uma regrinha para formular essas hipóteses
(A) 1,8x10+2,5x8+3,0x5+5,0x4+8,0x2+15,0x1=104 sa-
lários
(B) 60% de 30=18 funcionários e se juntarmos quem Formulação verbal Formulação Formulação
ganha mais de 3 salários (5+4+2+1=12) H0 Matemática verbal Ha
(C)10% de 30=0,1x30=3 funcionários
E apenas 1 pessoa ganha A média é A média é
(D) 40% de 104=0,4x104= 41,6 ...maior ou igual ...menor que k
20% de 30=0,2x30=6 a k.
5x3+8x2+15x1=46, que já é maior. ... abaixo de k
(E) 60% de 30=0,6x30=18 ....pelo menos k.
30% de 104=0,3x104=31,20da renda: 31,20
...menos que k.
...não menos que k.
08. Resposta: A.
Colocando em ordem crescente: 30-35, 50-55, 45-50, ...menor ou igual ..maior que k
40-45, 35-40, a k.
... acima de k
09. Resposta: CERTA. ....no máximo k.
555----100% ...mais do que
x----55% ...não mais que k. k.
x=305,25
Está correta, pois a região sudeste tem 306 pessoas. ... igual a k. ... não igual
a k.
10. Resposta: ERRADO. .... k.
Como foi visto na teoria, há uma faixa de valores no .... diferente
eixo x e não simplesmente um dado. ...exatamente k. de k.

...não k.
Referências
http://www.galileu.esalq.usp.br

43
MATEMÁTICA

Exemplo: Um fabricante de torneiras anuncia que o 58 2


índice médio de fluxo de água de certo tipo de torneira é
menor que 2,5 galões por minuto. 60 2
Total 20

Distribuição de frequência com intervalos de classe:


Quando o tamanho da amostra é elevado é mais racional
Referências efetuar o agrupamento dos valores em vários intervalos de
Larson, Ron. Estatística Aplicada. 4ed – São Paulo: Pear- classe.
son Prentice Hall, 2010.

Frequências Classes Frequências


A primeira fase de um estudo estatístico consiste em 41 |------- 45 7
recolher, contar e classificar os dados pesquisados sobre
uma população estatística ou sobre uma amostra dessa 45 |------- 49 3
população. 49 |------- 53 4

Frequência Absoluta 53 |------- 57 1


É o número de vezes que a variável estatística assume 57 |------- 61 5
um valor. Total 20
Frequência Relativa
Média aritmética
É o quociente entre a frequência absoluta e o número
Média aritmética de um conjunto de números é o valor
de elementos da amostra.
que se obtém dividindo a soma dos elementos pelo núme-
Na tabela a seguir, temos exemplo dos dois tipos:
ro de elementos do conjunto.
Representemos a média aritmética por .
A média pode ser calculada apenas se a variável envol-
vida na pesquisa for quantitativa. Não faz sentido calcular a
média aritmética para variáveis quantitativas.
Na realização de uma mesma pesquisa estatística entre
diferentes grupos, se for possível calcular a média, ficará
mais fácil estabelecer uma comparação entre esses grupos
e perceber tendências.
Considerando uma equipe de basquete, a soma das al-
turas dos jogadores é:
Distribuição de frequência sem intervalos de classe:
É a simples condensação dos dados conforme as repeti-
ções de seu valores. Para um ROL  de tamanho razoável
esta distribuição de frequência é inconveniente, já que exi- Se dividirmos esse valor pelo número total de jogado-
ge muito espaço. Veja exemplo abaixo: res, obteremos a média aritmética das alturas:

Dados Frequência
41 3
42 2 A média aritmética das alturas dos jogadores é 2,02m.

43 1 Média Ponderada
44 1 A média dos elementos do conjunto numérico A relati-
va à adição e na qual cada elemento tem um “determinado
45 1
peso” é chamada média aritmética ponderada.
46 2
50 2
51 1
52 1 Mediana (Md)
Sejam os valores escritos em rol:
54 1
57 1

44
MATEMÁTICA

1. Sendo n ímpar, chama-se mediana o termo tal Seja o conjunto de números , tal que é
que o número de termos da sequência que precedem é
igual ao número de termos que o sucedem, isto é, é termo sua média aritmética. Chama-se variância desse conjunto,
médio da sequência ( ) em rol.
e indica-se por , o número:
2. Sendo n par, chama-se mediana o valor obtido
pela média aritmética entre os termos e , tais que o
Isto é:
número de termos que precedem é igual ao número de
termos que sucedem , isto é, a mediana é a média arit-
mética entre os termos centrais da sequência ( ) em rol.
E para amostra
Exemplo 1:
Determinar a mediana do conjunto de dados:
{12, 3, 7, 10, 21, 18, 23}

Solução:
Exemplo 1:
Escrevendo os elementos do conjunto em rol, tem-se: (3,
Em oito jogos, o jogador A, de bola ao cesto, apresen-
7, 10, 12, 18, 21, 23). A mediana é o termo médio desse rol.
tou o seguinte desempenho, descrito na tabela abaixo:
Logo: Md=12
Resposta: Md=12.
Jogo Número de pontos
Exemplo 2: 1 22
Determinar a mediana do conjunto de dados:
{10, 12, 3, 7, 18, 23, 21, 25}. 2 18
3 13
Solução:
Escrevendo-se os elementos do conjunto em rol, tem-se: 4 24
(3, 7, 10, 12, 18, 21, 23, 25). A mediana é a média aritmé- 5 26
tica entre os dois termos centrais do rol.
6 20
Logo: 7 19
8 18
Resposta: Md=15
a) Qual a média de pontos por jogo?
Moda (Mo) b) Qual a variância do conjunto de pontos?
Num conjunto de números: , chama-se
moda aquele valor que ocorre com maior frequência.
Solução:
a) A média de pontos por jogo é:
Observação:
A moda pode não existir e, se existir, pode não ser única.

Exemplo 1:
O conjunto de dados 3, 3, 8, 8, 8, 6, 9, 31 tem moda igual
a 8, isto é, Mo=8.

Exemplo 2: b) A variância é:
O conjunto de dados 1, 2, 9, 6, 3, 5 não tem moda.

Medidas de dispersão
Duas distribuições de frequência com medidas de ten-
dência central semelhantes podem apresentar característi-
cas diversas. Necessita-se de outros índices numéricas que
informem sobre o grau de dispersão ou variação dos dados Desvio médio
em torno da média ou de qualquer outro valor de concen- Definição
tração. Esses índices são chamados medidas de dispersão. Medida da dispersão dos dados em relação à média de
uma sequência. Esta medida representa a média das dis-
Variância tâncias entre cada elemento da amostra e seu valor médio.
Há um índice que mede a “dispersão” dos elementos de
um conjunto de números em relação à sua média aritmética,
e que é chamado de variância. Esse índice é assim definido:

45
MATEMÁTICA

Desvio padrão Número de Número de candidatos


Definição acertos
Seja o conjunto de números , tal que é
sua média aritmética. Chama-se desvio padrão desse con- 5 204
junto, e indica-se por , o número: 4 132
3 96
2 78
1 66
Isto é: 0 24

A média de acertos por prova foi de


(A) 3,57.
(B) 3,43
(C) 3,32.
Exemplo: (D) 3,25.
As estaturas dos jogadores de uma equipe de basque- (E) 3,19.
tebol são: 2,00 m; 1,95 m; 2,10 m; 1,90 m e 2,05 m. Calcular:
a) A estatura média desses jogadores. 03. (PREF. GUARULHOS/SP – Assistente de Gestão
b) O desvio padrão desse conjunto de estaturas. Escolar – VUNESP/2016) Certa escola tem 15 classes no
período matutino e 10 classes no período vespertino. O
Solução: número médio de alunos por classe no período matutino
é 20, e, no período vespertino, é 25. Considerando os dois
Sendo a estatura média, temos: períodos citados, a média aritmética do número de alunos
por classe é
(A) 24,5.
(B) 23.
Sendo o desvio padrão, tem-se: (C) 22,5.
(D) 22.
(E) 21.

04. (SEGEP/MA – Técnico da Receita Estadual –


FCC/2016) Para responder à questão, considere as infor-
QUESTÕES mações abaixo.
Três funcionários do Serviço de Atendimento ao Clien-
01. (CRBIO – Auxiliar Administrativo – VU- te de uma loja foram avaliados pelos clientes que atribuí-
NESP/2017) Uma empresa tem 120 funcionários no total: ram uma nota (1; 2; 3; 4; 5) para o atendimento recebido. A
70 possuem curso superior e 50 não possuem curso supe- tabela mostra as notas recebidas por esses funcionários em
rior. Sabe-se que a média salarial de toda a empresa é de um determinado dia.
R$ 5.000,00, e que a média salarial somente dos funcioná-
rios que possuem curso superior é de R$ 6.000,00. Desse
modo, é correto afirmar que a média salarial dos funcioná-
rios dessa empresa que não possuem curso superior é de
(A) R$ 4.000,00.
(B) R$ 3.900,00.
(C) R$ 3.800,00.
(D) R$ 3.700,00. Considerando a avaliação média individual de cada
(E) R$ 3.600,00. funcionário nesse dia, a diferença entre as médias mais
próximas é igual a
02. (TJM/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VU- (A) 0,32.
NESP/2017) Leia o enunciado a seguir para responder a (B) 0,21.
questão. (C) 0,35.
A tabela apresenta o número de acertos dos 600 candi- (D) 0,18.
datos que realizaram a prova da segunda fase de um con- (E) 0,24.
curso, que continha 5 questões de múltipla escolha

46
MATEMÁTICA

05. (UFES – Assistente em Administração – 07. (COSANPA - Químico – FADESP/2017) Algumas


UFES/2017) Considere n números x1, x2, … , xn, em que x1 ≤ Determinações do teor de sódio em água (em mg L-1) fo-
x2 ≤ ⋯ ≤ xn . A mediana desses números é igual a x(n + 1)/2, ram executadas (em triplicata) paralelamente por quatro
se n for ímpar, e é igual à média aritmética de xn ⁄ 2 e x(n + laboratórios e os resultados são mostrados na tabela abai-
2)/2, se n for par. Uma prova composta por 5 questões foi xo.
aplicada a uma turma de 24 alunos. A tabela seguinte rela-
ciona o número de acertos obtidos na prova com o número Replicatas Laboratório
de alunos que obtiveram esse número de acertos.
1 2 3 4
Número de acertos Número de 1 30,3 30,9 30,3 30,5
alunos 2 30,4 30,8 30,7 30,4
0 4 3 30,0 30,6 30,4 30,7
1 5 Média 30,20 30,77 30,47 30,53
2 4 Desvio 0,20 0,15 0,21 0,15
3 3 Padrão
4 5
Utilize essa tabela para responder à questão.
5 3 O laboratório que apresenta o maior erro padrão é o
de número
A penúltima linha da tabela acima, por exemplo, indica (A) 1.
que 5 alunos tiveram, cada um, um total de 4 acertos na (B) 2.
prova. A mediana dos números de acertos é igual a (C) 3.
(D) 4.
(A) 1,5
(B) 2 08. (ANAC – Analista Administrativo- ESAF/2016)
(C) 2,5 Os valores a seguir representam uma amostra
(D) 3
(E) 3,5 331546248

06. (UFAL – Auxiliar de Biblioteca – COPEVE/2016) Então, a variância dessa amostra é igual a
A tabela apresenta o número de empréstimos de livros de (A) 4,0
uma biblioteca setorial de um Instituto Federal, no primeiro (B) 2,5.
semestre de 2016. (C) 4,5.
(D) 5,5
Mës Empréstimos (E) 3,0

Janeiro 15 09. (MPE/SP – Oficial de Promotoria I – VU-


Fevereiro 25 NESP/2016) A média de salários dos 13 funcionários de
uma empresa é de R$ 1.998,00. Dois novos funcionários
Março 22 foram contratados, um com o salário 10% maior que o do
Abril 30 outro, e a média salarial dos 15 funcionários passou a ser
Maio 28 R$ 2.013,00. O menor salário, dentre esses dois novos fun-
cionários, é igual a
Junho 15 (A)) R$ 2.002,00.
(B) R$ 2.006,00.
Dadas as afirmativas, (C) R$ 2.010,00.
I. A biblioteca emprestou, em média, 22,5 livros por (D) R$ 2.004,00.
mês. (E) R$ 2.008,00.
II. A mediana da série de valores é igual a 26.
III. A moda da série de valores é igual a 15. 10. (PREF. DE NITERÓI – Agente Fazendário –
FGV/2015) Os 12 funcionários de uma repartição da pre-
Verifica-se que está(ão) correta(s) feitura foram submetidos a um teste de avaliação de co-
(A) II, apenas. nhecimentos de computação e a pontuação deles, em uma
(B) III, apenas. escala de 0 a 100, está no quadro abaixo.
(C) I e II, apenas.
(D) I e III, apenas. 50 55 55 55 55 60
(E) I, II e III. 62 63 65 90 90 100

47
MATEMÁTICA

O número de funcionários com pontuação acima da 05.Resposta: B.


média é: Como 24 é um número par, devemos fazer a segunda
(A) 3; regra:
(B) 4;
(C) 5;
(D) 6;
(E) 7.

06. Resposta: D.
RESPOSTAS

01. Resposta: E. Mediana


S=cursam superior Vamos colocar os números em ordem crescente
M=não tem curso superior

15,15,22,25,28,30

S+M=600000 Moda é o número que mais aparece, no caso o 15.

07. Resposta: C.
Como o desvio padrão é maior no 3, o erro padrão é
S=420000 proporcional, portanto também é maior em 3.
M=600000-420000=180000
08. Resposta: C.

02. Resposta:B.

03. Resposta: D.

09. Resposta: C.
M=300 Vamos chamar de x a soma dos salários dos 13 funcio-
nários
x/13=1998
X=13.1998
V=250 X=25974
Vamos chamar de y o funcionário contratado com me-
nor valor e, portanto, 1,1y o com 10% de salário maior, pois
ele ganha y+10% de y
Y+0,1y=1,1y
04. Resposta: B. (x+y+1,1y)/15=2013
25974+2,1y=15∙2013
2,1y=30195-25974
2,1y=4221
Y=2010

10. Resposta: A.

3,36-3,15=0,21 M=66,67
Apenas 3 funcionários estão acima da média.

48
MATEMÁTICA

Ângulo Reto:

GEOMETRIA - É o ângulo cuja medida é 90º;


- É aquele cujos lados se apoiam em retas perpendi-
culares.

Ângulos

Denominamos ângulo a região do plano limitada por


duas semirretas de mesma origem. As semirretas recebem
o nome de lados do ângulo e a origem delas, de vértice do
ângulo.

Triângulo

Elementos

Mediana
Mediana de um triângulo é um segmento de reta que
liga um vértice ao ponto médio do lado oposto.
Na figura, é uma mediana do ABC.
Ângulo Agudo: É o ângulo, cuja medida é menor do Um triângulo tem três medianas.
que 90º.

A bissetriz de um ângulo interno de um triângulo in-


tercepta o lado oposto

Bissetriz interna de um triângulo é o segmento da


Ângulo Obtuso: É o ângulo cuja medida é maior do bissetriz de um ângulo do triângulo que liga um vértice a
que 90º. um ponto do lado oposto.
Na figura, é uma bissetriz interna do .
Um triângulo tem três bissetrizes internas.

Ângulo Raso:

- É o ângulo cuja medida é 180º;


- É aquele, cujos lados são semi-retas opostas.
Altura de um triângulo é o segmento que liga um vér-
tice a um ponto da reta suporte do lado oposto e é perpen-
dicular a esse lado.

Na figura, é uma altura do .

Um triângulo tem três alturas.

49
MATEMÁTICA

Triângulo isósceles: Pelo menos dois lados iguais.

Mediatriz de um segmento de reta é a reta perpen-


dicular a esse segmento pelo seu ponto médio.

Na figura, a reta m é a mediatriz de .

Triângulo equilátero: três lados iguais.

Quanto aos ângulos

Triângulo acutângulo:tem os três ângulos agudos


Mediatriz de um triângulo é uma reta do plano do
triângulo que é mediatriz de um dos lados desse triângulo.
Na figura, a reta m é a mediatriz do lado do .
Um triângulo tem três mediatrizes.

Triângulo retângulo:tem um ângulo reto

Classificação

Quanto aos lados

Triângulo escaleno:três lados desiguais.

Triângulo obtusângulo: tem um ângulo obtuso

50
MATEMÁTICA

Áreas

1- Trapézio: , onde B é a medida da base


maior, b é a medida da base menor e h é medida da altura.
2- Paralelogramo: A = b.h, onde b é a medida da
base e h é a medida da altura.
3- Retângulo: A = b.h

4- Losango: , onde D é a medida da diagonal


maior e d é a medida da diagonal menor.
Desigualdade entre Lados e ângulos dos triângulos 5- Quadrado: A = l2, onde l é a medida do lado.
Num triângulo o comprimento de qualquer lado é me-
nor que a soma dos outros dois. Em qualquer triângulo, ao Polígono
maior ângulo opõe-se o maior lado, e vice-versa. Chama-se polígono a união de segmentos que são
chamados lados do polígono, enquanto os pontos são cha-
QUADRILÁTEROS mados vértices do polígono.

Quadrilátero é todo polígono com as seguintes pro-


priedades:

- Tem 4 lados.
- Tem 2 diagonais.
- A soma dos ângulos internos Si = 360º
- A soma dos ângulos externos Se = 360º

Trapézio: É todo quadrilátero tem dois paralelos.

Diagonal de um polígono é um segmento cujas extre-


midades são vértices não-consecutivos desse polígono.

- é paralelo a

- Losango: 4 lados congruentes


- Retângulo: 4 ângulos retos (90 graus)
- Quadrado: 4 lados congruentes e 4 ângulos retos.

Número de Diagonais

- Observações:

- No retângulo e no quadrado as diagonais são


congruentes (iguais)
- No losango e no quadrado as diagonais são per-
pendiculares entre si (formam ângulo de 90°) e são bisse-
trizes dos ângulos internos (dividem os ângulos ao meio).

51
MATEMÁTICA

Ângulos Internos Semelhança de Triângulos


A soma das medidas dos ângulos internos de um polí- Dois triângulos são semelhantes se, e somente se, os
gono convexo de n lados é (n-2).180 seus ângulos internos tiverem, respectivamente, as mesmas
Unindo um dos vértices aos outros n-3, conveniente- medidas, e os lados correspondentes forem proporcionais.
mente escolhidos, obteremos n-2 triângulos. A soma das
medidas dos ângulos internos do polígono é igual à soma Casos de Semelhança
das medidas dos ângulos internos dos n-2 triângulos. 1º Caso:AA(ângulo-ângulo)
Se dois triângulos têm dois ângulos congruentes de vérti-
ces correspondentes, então esses triângulos são congruentes.

Ângulos Externos

2º Caso: LAL(lado-ângulo-lado)
Se dois triângulos têm dois lados correspondentes
proporcionais e os ângulos compreendidos entre eles con-
gruentes, então esses dois triângulos são semelhantes.

A soma dos ângulos externos=360°

Teorema de Tales
Se um feixe de retas paralelas tem duas transversais, en-
tão a razão de dois segmentos quaisquer de uma transversal
é igual à razão dos segmentos correspondentes da outra.
Dada a figura anterior, O Teorema de Tales afirma que
são válidas as seguintes proporções:

3º Caso: LLL(lado-lado-lado)
Se dois triângulos têm os três lado correspondentes pro-
porcionais, então esses dois triângulos são semelhantes.
Exemplo

52
MATEMÁTICA

Razões Trigonométricas no Triângulo Retângulo Neste triângulo, temos que: c²=a²+b²


Dividindo os membros por c²
Considerando o triângulo retângulo ABC.

Como

Todo triângulo que tem um ângulo reto é denominado


triangulo retângulo.
O triângulo ABC é retângulo em A e seus elementos são:
Temos:

a: hipotenusa
b e c: catetos
h:altura relativa à hipotenusa
m e n: projeções ortogonais dos catetos sobre a hipo-
tenusa

Relações Métricas no Triângulo Retângulo


Chamamos relações métricas as relações existentes en-
tre os diversos segmentos desse triângulo. Assim:

1. O quadrado de um cateto é igual ao produto da


Fórmulas Trigonométricas hipotenusa pela projeção desse cateto sobre a hipotenusa.

Relação Fundamental
Existe uma outra importante relação entre seno e cos-
seno de um ângulo. Considere o triângulo retângulo ABC.
2. O produto dos catetos é igual ao produto da hipo-
tenusa pela altura relativa à hipotenusa.

3. O quadrado da altura é igual ao produto das pro-


jeções dos catetos sobre a hipotenusa.

53
MATEMÁTICA

4. O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos QUESTÕES


quadrados dos catetos (Teorema de Pitágoras).
01. (IPRESB/SP - Analista de Processos Previdenciá-
rios- VUNESP/2017) Um terreno retangular ABCD, com 40
m de largura por 60 m de comprimento, foi dividido em
Posições Relativas de Duas Retas três lotes, conforme mostra a figura.
Duas retas no espaço podem pertencer a um mesmo
plano. Nesse caso são chamadas retas coplanares. Podem
também não estar no mesmo plano. Nesse caso, são deno-
minadas retas reversas.

Retas Coplanares
a) Concorrentes: r e s têm um único ponto comum

-Duas retas concorrentes podem ser: Sabendo-se que EF = 36 m e que a área do lote 1 é
864 m², o perímetro do lote 2 é
1. Perpendiculares: r e s formam ângulo reto.
(A) 100 m.
(B) 108 m.
2. Oblíquas:r e s não são perpendiculares. (C) 112 m.
(D) 116 m.
(E) 120 m.

02. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017)


Considere um triângulo retângulo de catetos medindo
3m e 5m. Um segundo triângulo retângulo, semelhante
ao primeiro, cuja área é o dobro da área do primeiro, terá
como medidas dos catetos, em metros:
b) Paralelas: r e s não têm ponto comum ou r e s são (A) 3 e 10.
coincidentes. (B) 3√2 e 5√2 .
(C) 3√2 e 10√2 .
(D) 5 e 6.
(E) 6 e 10.

03. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Na


figura abaixo, encontra-se representada uma cinta esticada
passando em torno de três discos de mesmo diâmetro e
tangentes entre si.

54
MATEMÁTICA

Considerando que o diâmetro de cada disco é 8, o 06. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária
comprimento da cinta acima representada é - MSCONCURSOS/2017) O triângulo retângulo em B, a
(A) 8/3 π + 8 . seguir, de vértices A, B e C, representa uma praça de uma
(B) 8/3 π + 24. cidade. Qual é a área dessa praça?
(C) 8π + 8 .
(D) 8π + 24.
(E) 16π + 24.

04. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Na


figura abaixo, ABCD é um quadrado de lado 10; E, F, G e H
são pontos médios dos lados do quadrado ABCD e são os
centros de quatro círculos tangentes entre si.
(A) 120 m²
(B) 90 m²
(C) 60 m²
(D) 30 m²

07. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU-


NESP/2017) A figura, com dimensões indicadas em centíme-
tros, mostra um painel informativo ABCD, de formato retan-
gular, no qual se destaca a região retangular R, onde x > y.

A área da região sombreada, da figura acima apresen-


tada, é
(A) 100 - 5π .
(B) 100 - 10π .
(C) 100 - 15π .
(D) 100 - 20π .
(E) 100 - 25π .
Sabendo-se que a razão entre as medidas dos lados
05. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) No correspondentes do retângulo ABCD e da região R é igual
cubo de aresta 10, da figura abaixo, encontra-se represen- a 5/2 , é correto afirmar que as medidas, em centímetros,
tado um plano passando pelos vértices B e C e pelos pon- dos lados da região R, indicadas por x e y na figura, são,
tos P e Q, pontos médios, respectivamente, das arestas EF respectivamente,
e HG, gerando o quadrilátero BCQP.
(A) 80 e 64.
(B) 80 e 62.
(C) 62 e 80.
(D) 60 e 80.
(E) 60 e 78.

08. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU-


NESP/2017) O piso de um salão retangular, de 6 m de
comprimento, foi totalmente coberto por 108 placas qua-
dradas de porcelanato, todas inteiras. Sabe-se que quatro
placas desse porcelanato cobrem exatamente 1 m2 de
A área do quadrilátero BCQP, da figura acima, é piso. Nessas condições, é correto afirmar que o perímetro
desse piso é, em metros, igual a
(A) 25√5. (A) 20.
(B) 50√2. (B) 21.
(C) 50√5. (C) 24.
(D) 100√2 . (D) 27.
(E) 100√5. (E) 30.

55
MATEMÁTICA

09. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Supervi- 12. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária –
sor – FGV/2017) O proprietário de um terreno retangular MSCONCURSOS/2017) Fábio precisa comprar arame para
resolveu cercá-lo e, para isso, comprou 26 estacas de ma- cercar um terreno no formato a seguir, retângulo em B e C.
deira. Colocou uma estaca em cada um dos quatro cantos Considerando que ele dará duas voltas com o arame no ter-
do terreno e as demais igualmente espaçadas, de 3 em 3 reno e que não terá perdas, quantos metros ele irá gastar?
metros, ao longo dos quatro lados do terreno. (considere √3 =1,7; sen30º=0,5; cos30º=0,85; tg30º=0,57).
O número de estacas em cada um dos lados maiores
do terreno, incluindo os dois dos cantos, é o dobro do nú-
mero de estacas em cada um dos lados menores, também
incluindo os dois dos cantos.
A área do terreno em metros quadrados é:
(A) 240;
(B) 256;
(C) 324; (A) 64,2 m
(D) 330; (B) 46,2 m
(E) 372. (C) 92,4 m
(D) 128,4 m
10. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário- VU-
NESP/2017) A figura seguinte, cujas dimensões estão in-
dicadas em metros, mostra as regiões R1 e R2 , ambas com
formato de triângulos retângulos, situadas em uma praça
e destinadas a atividades de recreação infantil para faixas
etárias distintas.

Respostas

01. Resposta: D.

Se a área de R1 é 54 m², então o perímetro de R2 é, em


metros, igual a

(A) 54.
(B) 48.
(C) 36.
(D) 40.
(E) 42.

11. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária –


MSCONCURSOS/2017)

Seja a expressão definida em


0< x < π/2 . Ao simplificá-la, obteremos:

(A) 1
(B) sen²x
(C) cos²x
(D) 0

96h=1728
H=18

56
MATEMÁTICA

Como I é um triângulo: O ladao AF e AE medem 5, cada um, pois F e E é o


60-36=24 ponto Médio
X²=24²+18² X²=5²+5²
X²=576+324 X²=25+25
X²=900 X²=50
X=30 X=5√2
Como h=18 e AD é 40, EG=22 X é o diâmetro do círculo, como temos 4 semi círculos,
temos 2 círculos inteiros.
Perímetro lote 2: 40+22+24+30=116
A área de um círculo é
02. Resposta: B.

A sombreada=100-25π

05. Resposta: C.
CQ é hipotenusa do triângulo GQC.
01. CQ²=10²+5²
CQ²=100+25
CQ²=125
CQ=5√5
A área do quadrilátero seria CQ⋅BC
A=5√5⋅10=50√5
Lado=3√2
Outro lado =5√2 06. Resposta: C
Para saber a área, primeiro precisamos descobrir o x.
03. Resposta: D.
17²=x²+8²
Observe o triângulo do meio, cada lado é exatamente 289=x²+64
a mesma medida da parte reta da cinta. X²=225
Que é igual a 2 raios, ou um diâmetro, portanto o lado X=15
esticado tem 8x3=24 m
A parte do círculo é igual a 120°, pois é 1/3 do círculo, 07. Resposta: A.
como são três partes, é a mesma medida de um círculo.
O comprimento do círculo é dado por: 2πr=8π
Portanto, a cinta tem 8π+24
5y=320
04. Resposta: E.
Y=64
Como o quadrado tem lado 10,a área é 100.

5x=400
X=80

08. Resposta: B.
108/4=27m²
6x=27
X=27/6

O perímetro seria

57
MATEMÁTICA

09. Resposta: C.
Número de estacas: x
X+x+2x+2x-4=26 obs: -4 é porque estamos contan-
do duas vezes o canto
6x=30
X=5 X=6
Temos 5 estacas no lado menor, como são espaçadas
a cada 3m
4 espaços de 3m=12m
Lado maior 10 estacas
9 espaços de 3 metros=27m
A=12⋅27=324 m²
Y=10,2
10. Resposta: B. 2 voltas=2(12+18+10,2+6+18)=128,4m

Cilindros
Considere dois planos, α e β, paralelos, um círculo de
centro O contido num deles, e uma reta s concorrente com
os dois.
Chamamos cilindro o sólido determinado pela reunião
9x=108 de todos os segmentos paralelos a s, com extremidades no
X=12 círculo e no outro plano.

Para encontrar o perímetro do triângulo R2:

Classificação
Y²=16²+12² Reto: Um cilindro se diz reto ou de revolução quando
Y²=256+144=400 as geratrizes são perpendiculares às bases.
Y=20 Quando a altura é igual a 2R(raio da base) o cilindro é
equilátero.
Perímetro: 16+12+20=48 Oblíquo: faces laterais oblíquas ao plano da base.

11. Resposta: C.

1-cos²x=sen²x

12. Resposta: D. Área


Área da base: Sb=πr²

58
MATEMÁTICA

Volume Pirâmides
As pirâmides são também classificadas quanto ao nú-
mero de lados da base.

Cones
Na figura, temos um plano α, um círculo contido em α,
um ponto V que não pertence ao plano.
A figura geométrica formada pela reunião de todos os
segmentos de reta que tem uma extremidade no ponto V
e a outra num ponto do círculo denomina-se cone circular.

Área e Volume
Área lateral:
Onde n= quantidade de lados

Classificação Prismas
-Reto:eixo VO perpendicular à base; Considere dois planos α e β paralelos, um polígono R
Pode ser obtido pela rotação de um triângulo retângu- contido em α e uma reta r concorrente aos dois.
lo em torno de um de seus catetos. Por isso o cone reto é
também chamado de cone de revolução.
Quando a geratriz de um cone reto é 2R, esse cone é
denominado cone equilátero.

Chamamos prisma o sólido determinado pela reunião


de todos os segmentos paralelos a r, com extremidades no
polígono R e no plano β.

-Oblíquo: eixo não é perpendicular

Área
Área lateral:
Área da base:
Área total:

Volume

59
MATEMÁTICA

Assim, um prisma é um poliedro com duas faces con-


gruentes e paralelas cujas outras faces são paralelogramos
obtidos ligando-se os vértices correspondentes das duas
faces paralelas.

Classificação

Reto: Quando as arestas laterais são perpendiculares


às bases
Oblíquo: quando as faces laterais são oblíquas à base.

Cubo é todo paralelepípedo retângulo com seis faces


quadradas.

Classificação pelo polígono da base Prisma Regular


Se o prisma for reto e as bases forem polígonos regu-
lares, o prisma é dito regular.
As faces laterais são retângulos congruentes e as bases
são congruentes (triângulo equilátero, hexágono regular,...)

Área
Área cubo:
Área paralelepípedo:
A área de um prisma:
-Triangular Onde: St=área total
Sb=área da base
Sl=área lateral, soma-se todas as áreas das faces late-
-Quadrangular rais.

Volume
Paralelepípedo:V=a.b.c
Cubo:V=a³
Demais:

QUESTÕES

01. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Um


cilindro reto de altura h tem volume V. Para que um cone
reto com base igual a desse cilindro tenha volume V, sua
E assim por diante... altura deve ser igual a
(A) 1/3h.
Paralelepípedos (B) 1/2h.
Os prismas cujas bases são paralelogramos denomi- (C) 2/3h.
nam-se paralelepípedos. (D) 2h.
(E) 3h.

60
MATEMÁTICA

02. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária – 05. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE-
MSCONCURSOS/2017) Qual é o volume de uma lata de GO/2017) Frederico comprou um aquário em formato de
óleo perfeitamente cilíndrica, cujo diâmetro é 8 cm e a al- paralelepípedo, contendo as seguintes dimensões:
tura é 20 cm? (use π=3)
(A) 3,84 l
(B) 96 ml
(C) 384 ml
(D) 960 ml

03. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU-


NESP/2017) Inicialmente, um reservatório com formato
de paralelepípedo reto retângulo deveria ter as medidas
indicadas na figura. Estando o referido aquário completamente cheio, a sua
capacidade em litros é de:
(A) 0,06 litros.
(B) 0,6 litros.
(C) 6 litros.
(D) 0,08 litros.
(E) 0,8 litros.

06. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VU-


NESP/2017) As figuras seguintes mostram os blocos de
madeira A, B e C, sendo A e B de formato cúbico e C com
formato de paralelepípedo reto retângulo, cujos respecti-
vos volumes, em cm³, são representados por VA, VB e VC.

Em uma revisão do projeto, foi necessário aumentar


em 1 m a medida da largura, indicada por x na figura, man-
tendo-se inalteradas as demais medidas. Desse modo, o
volume inicialmente previsto para esse reservatório foi au-
mentado em
(A) 1 m³ .
(B) 3 m³ .
(C) 4 m³ .
(D) 5 m³ .
(E) 6 m³ .
Se VA + VB = 1/2 VC , então a medida da altura do
04. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU- bloco C, indicada por h na figura, é, em centímetros, igual a
NESP/2017) A figura mostra cubinhos de madeira, todos (A) 15,5.
de mesmo volume, posicionados em uma caixa com a for- (B) 11.
ma de paralelepípedo reto retângulo. (C) 12,5.
(D) 14.
(E) 16

07. (MPE/GO – Secretário Auxiliar – MPEGO/2017)


Um recipiente na forma de um prisma reto de base quadra-
da, com dimensões internas de 10 cm de aresta da base e
25 cm de altura, está com 20% de seu volume total preen-
chido com água, conforme mostra a figura. (Figura fora de
escala)

Se cada cubinho tem aresta igual a 5 cm, então o volu-


me interno dessa caixa é, em cm³ , igual a
(A) 3000.
(B) 4500.
(C) 6000.
(D) 7500.
(E) 9000.

61
MATEMÁTICA

Para completar o volume total desse recipiente, serão 10. (PREF. DE ITAPEMA/SC – Técnico Contábil – MS-
despejados dentro dele vários copos de água, com 200 mL CONCURSOS/2016) O volume de um cone circular reto,
cada um. O número de copos totalmente cheios necessá- cuja altura é 39 cm, é 30% maior do que o volume de um
rios para completar o volume total do prisma será: cilindro circular reto. Sabendo que o raio da base do cone
(A) 8 copos é o triplo do raio da base do cilindro, a altura do cilindro é:
(B) 9 copos (A) 9 cm
(C) 10 copos (B) 30 cm
(D) 12 copos (C) 60 cm
(E) 15 copos (D) 90 cm

08. (CELG/GT/GO – Analista de Gestão – CSU- Respostas


FG/2017) figura a seguir representa um cubo de aresta a.
01. Resposta:

Volume cilindro=πr²h

Para que seja igual a V, a altura tem que ser igual a 3h

Considerando a pirâmide de base triangular cujos vér-


tices são os pontos B, C, D e G do cubo, o seu volume é
dado por
(A) a³/6 02. Resposta: D
(B) a³/3 V= πr²h
(C) a³/3√3 V=3⋅4²⋅20=960 cm³=960 ml
(D) a³/6√6
03. Resposta:E.
09. (CRBIO – Auxiliar Administrativo – VU- V=2⋅3⋅x=6x
NESP/2017) De um reservatório com formato de parale- Aumentando 1 na largura
lepípedo reto retângulo, totalmente cheio, foram retirados V=2⋅3⋅(x+1)=6x+6
3 m³ de água. Após a retirada, o nível da água restante no Portanto, o volume aumentou em 6.
reservatório ficou com altura igual a 1 m, conforme mostra
a figura. 04. Resposta:E.
São 6 cubos no comprimento: 6⋅5=30
São 4 cubos na largura: 4⋅5=20
3 cubos na altura: 3⋅5=15
V=30⋅20⋅15=9000

05. Resposta: C.
V=20⋅15⋅20=6000cm³=6000ml==6 litros

06. Resposta:C.
VA=125cm³

Desse modo, é correto afirmar que a medida da altura VB=1000cm³


total do reservatório, indicada por h na figura, é, em me-
tros, igual a
(A) 1,8.
(B) 1,75.
(C) 1,7.
(D) 1,65.
(E) 1,6.
180h=2250
H=12,5

62
MATEMÁTICA

07. Resposta: C. Representação da matriz


V=10⋅10⋅25=2500 cm³ Forma explicita (ou forma de tabela)
2500⋅0,2=500cm³ preenchidos. A matriz A é representada indicando-se cada um de seus
Para terminar de completar o volume: elementos por uma letra minúscula acompanhada de dois
2500-500=2000 cm³ índices: o primeiro indica a linha a que pertence o elemen-
2000/200=10 copos to: o segundo indica a coluna a que pertence o elemento,
isto é, o elemento da linha i e da coluna j é indicado por ij.
08. Resposta: A. Assim, a matriz A2 x 3 é representada por:
A base é um triângulo de base a e altura a

Forma abreviada
A matriz A é dada por (aij)m x n e por uma lei que fornece
aij em função de i e j.
A=(aij)2 x 2, onde aij=2i+j

09. Resposta: E.
V=2,5⋅2⋅1=5m³
Como foi retirado 3m³
5+3=2,5⋅2⋅h
8=5h
H=1,6m

10. Resposta: D. Portanto,


Cone
Tipos de Matriz

Matriz linha

Chama-se matriz linha a toda matriz que possui uma


Cilindro única linha.
V=Ab⋅h Assim, [2 3 7] é uma matriz do tipo 1 x 3.
V=πr²h
Como o volume do cone é 30% maior: Matriz coluna
117πr²=1,3 πr²h
H=117/1,3=90 Chama-se matriz coluna a toda matriz que possui uma
única coluna.

Assim, é uma matriz coluna do tipo 2 x 1.


MATRIZ, DETERMINANTES E SISTEMAS
LINEARES Matriz quadrada

Chama-se matriz quadrada a toda matriz que possui


número de linhas igual ao número de colunas. Uma matriz
Matriz quadrada A do tipo n x n é dita matriz quadrada de ordem
Chama-se matriz do tipo m x n, m ∈N* e n∈N*, a toda n e indica-se por An. Exemplo:
tabela de m.n elementos dispostos em m linhas e n colunas.
Indica-se a matriz por uma letra maiúscula e colocar seus
elementos entre parênteses ou entre colchetes como, por
exemplo, a matriz A de ordem 2x3.

Diagonais
Diagonal principal é a sequência tais que i=j, ou seja,
(a11, a22, a33,..)
Diagonal secundária é a sequência dos elementos tais
que i+j=n+1, ou seja, (a1n, a2 n-1,...)

63
MATEMÁTICA

portanto

Propriedades da adição
Comutativa: A + B = B + A
Matriz diagonal Associativa: (A + B) + C = A + (B + C)
Elemento neutro: A + O = O + A = A
Uma matriz quadrada de ordem n(n>1) é chamada de Elemento Oposto: A + (-A) = (-A) + A = O
matriz diagonal se, e somente se, todos os elementos que Transposta da soma: (A + B)t = At + Bt
não pertencem à diagonal principal são iguais a zero.
Subtração de matrizes

Sejam A=(aij), B=(bij) e C=(cij), matrizes do mesmo tipo


m x n. Diz-se que C é a diferença A-B, se, e somente se,
C=A+(-B).
Matriz identidade

Uma matriz quadrada de ordem n(n>1) é chamada de


matriz identidade se, e somente se, os elementos da diago-
nal principal são iguais a um e os demais são iguais a zero.

Multiplicação de um número por uma matriz


Matriz nula Considere:
É chamada matriz nula se, e somente se, todos os ele-
mentos são iguais a zero.
Multiplicação de matrizes

O produto (linha por coluna) de uma matriz A = (aij)


por uma matriz B = (bij)p x n é uma matriz C = (cij)m x n,
Matriz Transposta mxp
de modo que cada elemento cij é obtido multiplicando-se
ordenadamente os elementos da linha i de A pelos ele-
Dada a matriz A=(aij) do tipo m x n, chama-se matriz mentos da coluna j de B, e somando-se os produtos assim
transposta de A a matriz do tipo n x m. obtidos.
Dada as matrizes:

Adição de Matrizes

Sejam A= (aij), B=(bij) e C=(cij) matrizes do mesmo tipo


m x n. Diz-se que C é a soma de A com B, e indica-se por Matriz Inversa
A+B.
Seja A uma matriz quadrada de ordem n. Uma matriz B
é chamada inversa de A se, e somente se,
Dada as matrizes:

64
MATEMÁTICA

Exemplo: Regra 2
Determine a matriz inversa de A.

Solução

Seja

detA= a11 a22 a33 + a12 a23 a31 + a32 a21 a13 - a31 a22 a13 -a12
a21 a33 - a32 a23 a11

Sistema de equações lineares


Um sistema de equações lineares mxn é um conjunto
de m equações lineares, cada uma delas com n incógnitas.
Temos que x=3; y=2; z=1; t=1

Logo,

Determinante
Dada uma matriz quadrada, chama-se determinante o
número real a ela associado.

Cálculo do determinante Em que:


Determinante de ordem 1

Determinante de ordem 2 Sistema Linear 2 x 2


Dada a matriz
O determinante é dado por: Chamamos de sistema linear 2 x 2 o conjunto de equa-
ções lineares a duas incógnitas, consideradas simultanea-
Determinante de ordem 3 mente.
Regra 1: Todo sistema linear 2 x 2 admite a forma geral abaixo:

a1 x + b1 y = c1

a2 + b2 y = c2

Sistema Linear 3x3

Repete a primeira e a segunda coluna


Sistemas Lineares equivalentes

Dois sistemas lineares que admitem o mesmo conjunto


solução são ditos equivalentes. Por exemplo:

São equivalentes, pois ambos têm o mesmo conjunto


solução S={(1,2)}

65
MATEMÁTICA

Denominamos solução do sistema linear toda sequên- Sistema Escalonado


cia ordenada de números reais que verifica, simultanea- Sistema Linear Escalonado é todo sistema no qual as
mente, todas as equações do sistema. incógnitas das equações lineares estão escritas em uma
Dessa forma, resolver um sistema significa encontrar mesma ordem e o 1º coeficiente não-nulo de cada equa-
todas as sequências ordenadas de números reais que satis- ção está à direita do 1º coeficiente não-nulo da equação
façam as equações do sistema. anterior.

Matriz Associada a um Sistema Linear Exemplo


Sistema 2x2 escalonado.
Dado o seguinte sistema:

Sistema 3x3
Matriz incompleta A primeira equação tem três coeficientes não-nulos, a
segunda tem dois e a terceira, apenas um.

Sistema 2x3
Classificação

1. Sistema Possível e Determinado Resolução de um Sistema Linear por Escalonamento

Podemos transformar qualquer sistema linear em um


outro equivalente pelas seguintes transformações elemen-
tares, realizadas com suas equações:
O par ordenado (2, 1) é solução da equação, pois -trocas as posições de duas equações
-Multiplicar uma das equações por um número real di-
ferente de 0.
-Multiplicar uma equação por um número real e adi-
cionar o resultado a outra equação.
Como não existe outro par que satisfaça simultanea- Exemplo
mente as duas equações, dizemos que esse sistema é SP-
D(Sistema Possível e Determinado), pois possui uma única
solução.
2. Sistema Possível e Indeterminado
Inicialmente, trocamos a posição das equações, pois é
conveniente ter o coeficiente igual a 1 na primeira equação.

esse tipo de sistema possui infinitas soluções, os valo-


res de x e y assumem inúmeros valores. Observe o sistema
a seguir, x e y podem assumir mais de um valor, (0,4), (1,3), Depois eliminamos a incógnita x da segunda equação
(2,2), (3,1) e etc.  Multiplicando a equação por -2:

3. Sistema Impossível

Somando as duas equações:

Não existe um par real que satisfaça simultaneamente


as duas equações. Logo o sistema não tem solução, por-
tanto é impossível.

66
MATEMÁTICA

Sistemas com Número de Equações Igual ao Núme-


ro de Incógnitas Assim, .

Quando o sistema linear apresenta nº de equações Substituindo esse valor de y na 1ª equação de (*) e
igual ao nº de incógnitas, para discutirmos o sistema, ini-
cialmente calculamos o determinante D da matriz dos coe- considerando a matriz , cujo determinante é
ficientes (incompleta), e:
- Se D ≠ 0, o sistema é possível e determinado. indicado por Dx = ed – bf, obtemos , D ≠ 0.
- Se D = 0, o sistema é possível e indeterminado ou
impossível.
QUESTÕES
Para identificarmos se o sistema é possível, indetermi-
nado ou impossível, devemos conseguir um sistema esca- 01. (POLICIA CIENTÍFICA – Perito Criminal –
lonado equivalente pelo método de eliminação de Gauss. IBFC/2017)
Dadas a matriz e a
Exemplos
matriz , assinale a alternativa que apre-
- Discutir, em função de a, o sistema: senta a matriz C que representa a soma da matriz A e B, ou
seja, C = A + B:
x + 3 y = 5

2 x + ay = 1

Resolução

1 3
D= = a−6
2 a

D = 0⇒ a−6 = 0⇒ a = 6
02. (POLICIA CIENTÍFICA – Perito Criminal –
Assim, para a ≠ 6, o sistema é possível e determinado. IBFC/2017)
Para a ≠ 6, temos:
Dadas a matriz e a matriz ,
x + 3 y = 5
 assinale a alternativa que apresenta a matriz C que repre-
x + 3 y = 5 senta a subtração da matriz A e B, ou seja, C = A - B.
2 x + 6 y = 1 ~
 ← −2 0 x + 0 y = −9

Que é um sistema impossível.


Assim, temos:
a ≠ 6 → SPD (Sistema possível e determinado)
a = 6 → SI (Sistema impossível)

Regra de Cramer

Consideramos os sistema .
03. (POLICIA CIENTÍFICA – Perito Criminal –
Suponhamos que a ≠ 0. Observamos que a matriz in IBFC/2017)

completa desse sistema é , cujo determi- Dada a matriz e a matriz , assi-


nante é indicado por D = ad – bc. nale a alternativa que apresenta a matriz C que representa
o produto da matriz A e B, ou seja, C=A*B.
Se substituirmos em M a 2ª coluna (dos coeficientes de
y) pela coluna dos coeficientes independentes,

obteremos ,cujo determinante é indicado por


Dy = af – ce.

67
MATEMÁTICA

07. (PREF. DE BIGUAÇU/SC – Professor – UNI-


SUL/2016)
Considere

04. (PREF. DE PIRAÚBA/MG – Agente Fiscal de Pos-


turas – MSCONCURSOS/2017)
Sejam as matrizes Assinale a alternativa CORRETA:

(A) A + B = 20
. (B) A - 3B2 = -51
(C) √2A + 1- 5 = -2
A matriz A-B é igual a (D) A/B +1 =23
(E) 3A -2B + 9 = 25

08. (PREF. DE TAQUARITUBA/SP – Professor – INS-


TITUTO EXCELÊNCIA/2016)

Dada a matriz

, assinale a alternativa que te-


nha respectivamente os números dos elementos a12, a23,
a33 e a35.
05. (UNITINS – Assistente Administrativo – UNI- (A) 0, 0, 7, 5.
TINS/2016) (B) 0, 7, 7, 5.
Sejam os determinantes das matrizes (C) 6, 7, 0, 0.
(D) Nenhuma das alternativas.

09. (MGS – Serviços Técnicos Contábeis – IBFC/2015)


Sejam as matrizes quadradas de e então o valor ordem
e , então o valor do
O valor de x²-2xy+y² é igual a
(A) 8 determinante da matriz C = A + B é igual a:
(B) 6 (A) -2
(C) 4 (B) 2
(D) 2 (C) 6
(E) 0 (D) -6

06. (PREF. DE ITAPEMA/SC – Técnico Contábil – MS- 10. (PREF. DE SANTO ANDRÉ – Assistente Econômi-
CONCURSOS/2016) Sabendo que o determinante da co Financeiro – IBAM/2015) Considere as seguintes ma-
trizes:

matriz é 10, então o determinante


da

matriz é: Sendo “a” um número real, para que tenhamos A . B =


C, o valor da variável “a” deverá ser:
(A) um número inteiro, ímpar e primo.
(A) -20 (B) um número inteiro, par, maior que 1 e menor que 5
(B) -10 (C) um número racional, par, maior que 5 e menor que
(C) 3 10.
(D) 20 (D) um número natural, impar, maior que 1 e menor
que 5.

68
MATEMÁTICA

11. (BRDE – Analista de Sistemas – FUNDATE/2015) 05. Resposta:C.


A solução do seguinte sistema linear detA=15+10+4x+6+2x-50=-19
6x=0
X=0

é: detB=0+40-y-0-12y+6=72
-13y=26
(A) S={(0,2,-5)} Y=-2
(B) S={(1,4,1)}
(C) S={(4,0,6)} X²-2xy+y²=0²-0+4=4
(D) S={(3/2 ,6, -7/2)}
(E) Sistema sem solução. 06. Resposta: A.
Observe a primeira coluna: foi multiplicado por 2.
12. (BRDE – Assistente Administrativo – FUNDA- Observe a segunda coluna: foi multiplicada por -1
TEC/2015) A solução do sistema linear Portanto, fazemos as mesmas operações com o deter-
minante: 10.2.-1=-20

é: 07. Resposta: B.
Da primeira matriz, para fazer o determinante, basta
(A) S={(4, ¼)} multiplicar os números da diagonal principal:
(B) S={(3, 3/2 )} detA=-1⋅3⋅2⋅-4=24
(C) S={(3/2 ,3 )}
(D) S={(3,− 3/2 )} A matriz B, devemos multiplicar os números da dia-
(E) S={(1,3/2 )} gonal secundária e multiplicar ainda por -1(pois, quando
fazemos determinante, sempre colocamos o menos antes
13. (SEDUC/PI – Professor – Matemática – NUCE- de fazer a diagonal secundária)
PE/2015) O sistema linear detB=-(-1/2⋅1⋅10⋅-1)=-5
Fazendo por alternativa:
A-A+B=20
24-5=20
é possível e indeterminado se: 19=20(F)

(A) m ≠ 2 e n = 2 . (B) A-3B²=-51


(B) m ≠ 1/2 e n = 2 . 24-3⋅(-5)²=-51
(C) m = 2 e n = 2 . 24-75=-51
(D) m = 1/2 e n = 2 . -51=-51(V)
(E) m = 1/2 e n ≠ 2 .
08. Resposta: A.
A12=0
RESPOSTAS A23=0
A33=7
01. Resposta: E. A35=5

09. Resposta: D.

02. Resposta: E.

03. Resposta: E.

10. Resposta: A.

04. Resposta: A.

69
MATEMÁTICA

m=1/2

a+2=9
a=7
(n-4+9)-(-3+6+2n)=0
11. Resposta: D. n+5-2n-3=0
Da II equação tiramos: -n=-2
X=5+z n=2

Da III equação:
Y=13+2z
SEQUÊNCIAS, PROGRESSÃO
Substituindo na I ARITMÉTICA E GEOMÉTRICA
5+z+2(13+2z)+z=10
5+z+26+4z+z=10
6z=10-31
6z=-21 Sequências
Z=-21/6 Sempre que estabelecemos uma ordem para os ele-
Z=-7/2 mentos de um conjunto, de tal forma que cada elemento
seja associado a uma posição, temos uma sequência.
X=5+z O primeiro termo da sequência é indicado por a1,o se-
gundo por a2, e o n-ésimo por an.

Termo Geral de uma Sequência


Algumas sequências podem ser expressas mediante
uma lei de formação. Isso significa que podemos obter um
12. Resposta: A. termo qualquer da sequência a partir de uma expressão,
que relaciona o valor do termo com sua posição.
Para a posição n(n∈N*), podemos escrever an=f(n)

Progressão Aritmética
Denomina-se progressão aritmética(PA) a sequência
em que cada termo, a partir do segundo, é obtido adicio-
nando-se uma constante r ao termo anterior. Essa constan-
te r chama-se razão da PA.

Somando as duas equações:


Exemplo
144y=36 A sequência (2,7,12) é uma PA finita de razão 5:

-x+28y=3
-x+7=3
-x=3-7
X=4 Classificação
As progressões aritméticas podem ser classificadas de
13. Resposta: D. acordo com o valor da razão r.
Para ser possível e indeterminado, D=Dx=Dy=Dz=0 r<0, PA decrescente
r>0, PA crescente
r=0 PA constante

Propriedades das Progressões Aritméticas


-Qualquer termo de uma PA, a partir do segundo, é a
D=(3m+4m+3)-(3m+6m+2)=0 média aritmética entre o anterior e o posterior.
7m+3-9m-2=0
-2m=-1

70
MATEMÁTICA

-A soma de dois termos equidistantes dos extremos é Em notação matemática temos:


igual à soma dos extremos.

Termo Geral da PA
Podemos escrever os elementos da PA(a1, a2, a3, ..., an,...)
da seguinte forma:

Assim sendo:
Observe que cada termo é obtido adicionando-se ao O primeiro termo desta sucessão é igual a -14.
primeiro número de razões r igual à posição do termo me-
nos uma unidade. Progressão Geométrica
Denomina-se progressão geométrica(PG) a sequência
em que se obtém cada termo, a partir do segundo, multi-
Soma dos Termos de uma Progressão Aritmética plicando o anterior por uma constante q, chamada razão
Considerando a PA finita (6,10, 14, 18, 22, 26, 30, 34). da PG.
6 e 34 são extremos, cuja soma é 40 Exemplo
Dada a sequência: (4, 8, 16)

Numa PA finita, a soma de dois termos equidistantes


dos extremos é igual à soma dos extremos. q=2

Soma dos Termos Classificação


Usando essa propriedade, obtemos a fórmula que per- As classificações geométricas são classificadas assim:
mite calcular a soma dos n primeiros termos de uma pro-
gressão aritmética. - Crescente: Quando cada termo é maior que o ante-
rior. Isto ocorre quando a1 > 0 e q > 1 ou quando a1 < 0 e
0 < q < 1.
- Decrescente: Quando cada termo é menor que o an-
terior. Isto ocorre quando a1 > 0 e 0 < q < 1 ou quando a1
< 0 e q > 1.
- Alternante: Quando cada termo apresenta sinal con-
trário ao do anterior. Isto ocorre quando q < 0.
- Constante: Quando todos os termos são iguais. Isto
ocorre quando q = 1. Uma PG constante é também uma PA
Exemplo de razão r = 0. A PG constante é também chamada de PG
Uma progressão aritmética finita possui 39 termos. O estacionaria.
último é igual a 176 e o central e igual a 81. Qual é o pri- - Singular: Quando zero é um dos seus termos. Isto
meiro termo? ocorre quando a1 = 0 ou q = 0.
Solução
Como esta sucessão possui 39 termos, sabemos que o Termo Geral da PG
termo central é o a20, que possui 19 termos à sua esquerda Pelo exemplo anterior, podemos perceber que cada
e mais 19 à sua direita. Então temos os seguintes dados termo é obtido multiplicando-se o primeiro por uma po-
para solucionar a questão: tência cuja base é a razão. Note que o expoente da razão é
igual à posição do termo menos uma unidade.

Sabemos também que a soma de dois termos equidis- Portanto, o termo geral é:
tantes dos extremos de uma P.A. finita é igual à soma dos
seus extremos. Como esta P.A. tem um número ímpar de
termos, então o termo central tem exatamente o valor de
metade da soma dos extremos.

71
MATEMÁTICA

Soma dos Termos de uma Progressão Geométrica QUESTÕES


Finita
Seja a PG finita de razão q e de soma 01. (PETROBRAS - Técnico de Enfermagem do Tra-
dos termos Sn: balho Júnior -CESGRANRIO/2017) A soma dos n primei-
1º Caso: q=1 ros termos de uma progressão geométrica é dada por

2º Caso: q≠1 Quanto vale o quarto termo dessa progressão geomé-


trica?
Exemplo
Dada a progressão geométrica (1, 3, 9, 27,..) calcular: (A) 1
a) A soma dos 6 primeiros termos (B) 3
b) O valor de n para que a soma dos n primeiros ter- (C) 27
mos seja 29524 (D) 39
(E) 40
Solução
02. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017)  Para
que a sequência (4x-1 , x² -1, x - 4) forme uma progressão
aritmética, x pode assumir, dentre as possibilidades abaixo,
o valor de
(A) -0,5.
(B) 1,5.
(C) 2.
(D) 4.
(E) 6.

03. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Supervi-


sor – FGV/2017) O valor da expressão

2(1 - 2 + 3 - 4 + 5 - 6 + 7- ... + 2015 - 2016 + 2017) é:

(A)2014;
Soma dos Termos de uma Progressão Geométrica (B) 2016;
Infinita (C) 2018;
1º Caso:-1<q<1 (D) 2020;
(E) 2022.
Quando a PG infinita possui soma finita, dizemos que a
série é convergente. 04. (FCEP – Técnico Artístico – AMAUC/2017) Consi-
dere a equação do 1º grau: 2(x - 2) = 3(x/3 + 4) . A raiz da
2º Caso: equação é o segundo termo de uma Progressão Aritmética
A PG infinita não possui soma finita, dizemos que a sé- (P.A.). O primeiro termo da P.A. corresponde aos 3/4 da raiz
rie é divergente da equação. O valor do décimo termo da P.A. é:
(A) 48
3º Caso: (B) 36
Também não possui soma finita, portanto divergente (C) 32
(D) 28
Produto dos termos de uma PG finita (E) 24

05. (ARTESP – Agente de Fiscalização à Regulação


de Transporte – FCC/2017) Em um experimento, uma
planta recebe a cada dia 5 gotas a mais de água do que
havia recebido no dia anterior. Se no 65° dia ela recebeu
374 gotas de água, no 1° dia do experimento ela recebeu
(A) 64 gotas.
(B) 49 gotas.
(C) 59 gotas.
(D) 44 gotas.
(E) 54 gotas.

72
MATEMÁTICA

06. (ARTESP – Agente de Fiscalização à Regulação RESPOSTAS


de Transporte – FCC/2017) Mantido o mesmo padrão na
sequência infinita 5, 6, 7, 8, 9, 7, 8, 9, 10, 11, 9, 10, 11, 12, 01.Resposta: A.
13, 11, 12, 13, 14, 15, . . . , a soma do 19° e do 31° termos
é igual a
(A) 42.
(B) 31.
(C) 33.
(D) 39. Como S3 é a soma dos 3 primeiros e S4 é a soma dos 4
(E) 36. primeiros termos, se subtrairmos um do outro, obteremos
o 4º termo.
07. (POLICIA CIENTIFICA/PR – Auxiliar de Necropsia
– IBFC/2017) Considere a seguinte progressão aritmética: 02. Resposta: B.
(23, 29, 35, 41, 47, 53, ...) Para ser uma PA:
Desse modo, o 83.º termo dessa sequência é: X²-1-(4x-1)=x-4-(x²-1)
(A) 137 X²-1-4x+1=x-4-x²+1
(B) 455 X²+x²-4x-x-3=0
(C) 500 2x²-5x-3=0
(D) 515 ∆=25-24=1
(E) 680

08. (CEGAS – Assistente Técnico – IES/2017) Deter-


mine o valor do nono termo da seguinte progressão geo-
métrica (1, 2, 4, 8, ...):
(A) 438 03. Resposta: C.
(B) 512 Os termos ímpares formam uma PA de razão 2 e são os
(C) 256 números ímpares.
(D) 128 Os termos pares formam uma PA de razão -2
Vamos descobrir quantos termos há:
09. (CRF/MT – Agente Administrativo – QUA-
DRIX/2017) Maria criou uma conta no Instagram. No 2017=1+(n-1)⋅2
mesmo dia, quatro pessoas começaram a segui-la. Após 2017=1+2n-2
1 dia, ela já tinha 21 seguidores e após 2 dias, já eram 38 2017=-1+2n
seguidores. Maria percebeu que, a cada dia, ela ganhava 17 2n=2018
seguidores. Mantendo-se essa tendência, ela ultrapassará a n=1009
barreira de 1.000 seguidores após:
(A) 57 dias.
(B) 58 dias.
(C) 59 dias.
(D) 60 dias.
(E) 61 dias. Para a sequência par:
-2016=-2+(n-1)⋅(-2)
10.. (PREF. DE CHOPINZINHO – Procurador Munici- -2016=-2-2n+2
pal – FAU/2016) Com base na sequência numérica a seguir 2n=2016
determine o sexto termo da sequência: N=1008
196 ;169 ;144 ;121 ; ...
(A) 115.
(B) 100.
(C) 81.
(D) 69. 1018081-1017072=1009
(E) 49. 2⋅1009=2018

04. Resposta: A.
Raiz da equação:
2x-4=x+12
X=16 é 0 segundo termo da PA
Primeiro termo:

73
MATEMÁTICA

PA
(12,16,...) PORCENTAGEM
R=16-12=4

=48
Porcentagem é uma fração cujo denominador é 100,
05. Resposta: E.
seu símbolo é (%). Sua utilização está tão disseminada que
a encontramos nos meios de comunicação, nas estatísticas,
em máquinas de calcular, etc.
A1=374-320
Os acréscimos e os descontos é importante saber por-
A1=54
que ajuda muito na resolução do exercício.
06. Resposta: B.
Acréscimo
Observe os números em negrito:
Se, por exemplo, há um acréscimo de 10% a um deter-
9, 11, 13, 15,...
minado valor, podemos calcular o novo valor apenas multi-
São os números ímpares, a partir do 9 e a cada 5 nú-
plicando esse valor por 1,10, que é o fator de multiplicação.
meros.
Se o acréscimo for de 20%, multiplicamos por 1,20, e assim
Ou seja, o 9 está na posição 5
por diante. Veja a tabela abaixo:
O 11 está na posição 10 e assim por diante.
O 19º termo, já temos na sequência que é o 14
Seguindo os termos: Acréscimo ou Lucro Fator de
25º termo é o 17 Multiplicação
30º termo é 19 10% 1,10
Como o número seguinte a esses, abaixa duas unida-
des 15% 1,15
O 31º termo é o 17. 20% 1,20
14+17=31
47% 1,47
07. Resposta: D. 67% 1,67
Observe a razão: 29-23=6  
A83=a1+82r     Exemplo: Aumentando 10% no valor de R$10,00 te-
A83=23+82⋅6 mos: 
A83=23+492
A83=515

08. Resposta: C. Desconto


Q=2 No caso de haver um decréscimo, o fator de multipli-
cação será:
    Fator de Multiplicação =  1 - taxa de desconto (na
forma decimal)
    Veja a tabela abaixo:

09. Resposta: C. Desconto Fator de


1000=21+17(n-1) Multiplicação
1000=21+17n-17
1004=17n 10% 0,90
N=59 25% 0,75

10. Resposta: C. 34% 0,66


A sequência tem como base os quadrados perfeitos 60% 0,40
14, 13, 12, 11, 10, 9 90% 0,10
Portanto o 6º termo é o 9²=81
    Exemplo: Descontando 10% no valor de R$10,00 te-
mos: 

74
MATEMÁTICA

Chamamos de lucro em uma transação comercial de 02. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) A equipe de
compra e venda a diferença entre o preço de venda e o segurança de um Tribunal conseguia resolver mensalmen-
preço de custo. te cerca de 35% das ocorrências de dano ao patrimônio
Lucro=preço de venda -preço de custo nas cercanias desse prédio, identificando os criminosos e
os encaminhando às autoridades competentes. Após uma
Podemos expressar o lucro na forma de porcentagem reestruturação dos procedimentos de segurança, a mes-
de duas formas: ma equipe conseguiu aumentar o percentual de resolução
mensal de ocorrências desse tipo de crime para cerca de
63%. De acordo com esses dados, com tal reestruturação,
a equipe de segurança aumentou sua eficácia no combate
ao dano ao patrimônio em
(A) 35%.
(B) 28%.
(C) 63%.
(DPE/RR – Analista de Sistemas – FCC/2015) Em sala (D) 41%.
de aula com 25 alunos e 20 alunas, 60% desse total está (E) 80%.
com gripe. Se x% das meninas dessa sala estão com gripe,
o menor valor possível para x é igual a 03. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) Três ir-
(A) 8. mãos, André, Beatriz e Clarice, receberam de uma tia he-
(B) 15. rança constituída pelas seguintes joias: um bracelete de
(C) 10. ouro, um colar de pérolas e um par de brincos de diamante.
(D) 6. A tia especificou em testamento que as joias não deveriam
(E) 12. ser vendidas antes da partilha e que cada um deveria ficar
com uma delas, mas não especificou qual deveria ser dada
Resolução a quem. O justo, pensaram os irmãos, seria que cada um
45------100% recebesse cerca de 33,3% da herança, mas eles achavam
X-------60% que as joias tinham valores diferentes entre si e, além disso,
X=27 tinham diferentes opiniões sobre seus valores. Então, deci-
O menor número de meninas possíveis para ter gripe diram fazer a partilha do seguinte modo:
é se todos os meninos estiverem gripados, assim apenas 2 − Inicialmente, sem que os demais vissem, cada um
meninas estão. deveria escrever em um papel três porcentagens, indican-
do sua avaliação sobre o valor de cada joia com relação ao
valor total da herança.
− A seguir, todos deveriam mostrar aos demais suas
Resposta: C. avaliações.
− Uma partilha seria considerada boa se cada um deles
recebesse uma joia que avaliou como valendo 33,3% da
QUESTÕES herança toda ou mais.
As avaliações de cada um dos irmãos a respeito das
01. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária joias foi a seguinte:
- MSCONCURSOS/2017) Um aparelho de televisão que
custa R$1600,00 estava sendo vendido, numa liquidação,
com um desconto de 40%. Marta queria comprar essa te-
levisão, porém não tinha condições de pagar à vista, e o
vendedor propôs que ela desse um cheque para 15 dias,
pagando 10% de juros sobre o valor da venda na liquida-
ção. Ela aceitou e pagou pela televisão o valor de: Assim, uma partilha boa seria se André, Beatriz e Clari-
(A) R$1120,00 ce recebessem, respectivamente,
(B) R$1056,00 (A) o bracelete, os brincos e o colar.
(C) R$960,00 (B) os brincos, o colar e o bracelete.
(D) R$864,00 (C) o colar, o bracelete e os brincos.
(D) o bracelete, o colar e os brincos.
(E) o colar, os brincos e o bracelete.

75
MATEMÁTICA

04. (UTFPR – Técnico de Tecnologia da Informação 08. (CRM/MG – Técnico em Informática- FUN-
– UTFPR/2017) Um retângulo de medidas desconhecidas DEP/2017) Veja, a seguir, a oferta da loja Magazine Bom
foi alterado. Seu comprimento foi reduzido e passou a ser Preço:
2/ 3 do comprimento original e sua largura foi reduzida e
passou a ser 3/ 4 da largura original. Aproveite a Promoção!
Pode-se afirmar que, em relação à área do retângulo Forno Micro-ondas
original, a área do novo retângulo: De R$ 720,00
(A) foi aumentada em 50%. Por apenas R$ 504,00
(B) foi reduzida em 50%.
(C) aumentou em 25%. Nessa oferta, o desconto é de:
(D) diminuiu 25%. (A) 70%.
(E) foi reduzida a 15%. (B) 50%.
(C) 30%.
05. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE- (D) 10%.
GO/2017) Paulo, dono de uma livraria, adquiriu em uma
editora um lote de apostilas para concursos, cujo valor uni- 09 (CODAR – Recepcionista – EXATUS/2016) Consi-
tário original é de R$ 60,00. Por ter cadastro no referido dere que uma caixa de bombom custava, em novembro, R$
estabelecimento, ele recebeu 30% de desconto na compra. 8,60 e passou a custar, em dezembro, R$ 10,75. O aumento
Para revender os materiais, Paulo decidiu acrescentar 30% no preço dessa caixa de bombom foi de:
sobre o valor que pagou por cada apostila. Nestas condi- (A) 30%.
ções, qual será o lucro obtido por unidade? (B) 25%.
(A) R$ 4,20. (C) 20%.
(B) R$ 5,46. (D) 15%
(C) R$ 10,70.
(D) R$ 12,60. 10. (ANP – Técnico em Regulação de Petróleo e De-
(E) R$ 18,00. rivados – CESGRANRIO/2016) Um grande tanque estava
vazio e foi cheio de óleo após receber todo o conteúdo de
06. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE- 12 tanques menores, idênticos e cheios.
GO/2017) Joana foi fazer compras. Encontrou um vestido Se a capacidade de cada tanque menor fosse 50% maior
de R$ 150,00 reais. Descobriu que se pagasse à vista teria do que a sua capacidade original, o grande tanque seria
um desconto de 35%. Depois de muito pensar, Joana pa- cheio, sem excessos, após receber todo o conteúdo de
gou à vista o tal vestido. Quanto ela pagou? (A) 4 tanques menores
(A) R$ 120,00 reais (B) 6 tanques menores
(B) R$ 112,50 reais (C) 7 tanques menores
(C) R$ 127,50 reais (D) 8 tanques menores
(D) R$ 97,50 reais (E) 10 tanques menores
(E) R$ 90 reais

07. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VU- RESPOSTAS


NESP/2017) A empresa Alfa Sigma elaborou uma previsão
de receitas trimestrais para 2018. A receita prevista para o 01. Resposta:B.
primeiro trimestre é de 180 milhões de reais, valor que é Como teve um desconto de 40%, pagou 60% do pro-
10% inferior ao da receita prevista para o trimestre seguin- duto.
te. A receita prevista para o primeiro semestre é 5% inferior
à prevista para o segundo semestre. Nessas condições, é 1600⋅0,6=960
correto afirmar que a receita média trimestral prevista para Como vai pagar 10% a mais:
2018 é, em milhões de reais, igual a 960⋅1,1=1056
(A) 200.
(B) 203. 02. Resposta: E.
(C) 195. 63/35=1,80
(D) 190. Portanto teve um aumento de 80%.
(E) 198.
03. Resposta: D.
Clarice obviamente recebeu o brinco.
Beatriz recebeu o colar porque foi o único que ficou
acima de 30% e André recebeu o bracelete.

76
MATEMÁTICA

04. Resposta: B.
A=b⋅h JUROS SIMPLES E COMPOSTOS

Matemática Financeira
Portanto foi reduzida em 50%
A Matemática Financeira possui diversas aplicações
no atual sistema econômico. Algumas situações estão pre-
05. Resposta: D.
sentes no cotidiano das pessoas, como financiamentos
Como ele obteve um desconto de 30%, pagou 70% do
de casa e carros, realizações de empréstimos, compras a
valor:
crediário ou com cartão de crédito, aplicações financeiras,
60⋅0,7=42
investimentos em bolsas de valores, entre outras situações.
Ele revendeu por:
Todas as movimentações financeiras são baseadas na esti-
42⋅1,3=54,60
pulação prévia de taxas de juros. Ao realizarmos um em-
Teve um lucro de: 54,60-42=12,60
préstimo a forma de pagamento é feita através de presta-
ções mensais acrescidas de juros, isto é, o valor de quitação
06. Resposta: D.
do empréstimo é superior ao valor inicial do empréstimo. A
Como teve um desconto de 35%. Pagou 65%do vestido
essa diferença damos o nome de juros.
150⋅0,65=97,50
Capital
07. Resposta: C.
O Capital é o valor aplicado através de alguma opera-
Como a previsão para o primeiro trimestre é de 180
ção financeira. Também conhecido como: Principal, Valor
milhões e é 10% inferior, no segundo trimestre temos uma
Atual, Valor Presente ou Valor Aplicado. Em inglês usa-se
previsão de
Present Value (indicado pela tecla PV nas calculadoras fi-
180-----90%
nanceiras).
x---------100
x=200
Taxa de juros e Tempo
    A taxa de juros indica qual remuneração será paga
200+180=380 milhões para o primeiro semestre
ao dinheiro emprestado, para um determinado período.
380----95
Ela vem normalmente expressa da forma percentual, em
x----100
seguida da especificação do período de tempo a que se
x=400 milhões
refere:
8 % a.a. - (a.a. significa ao ano).
Somando os dois semestres: 380+400=780 milhões
10 % a.t. - (a.t. significa ao trimestre).
780/4trimestres=195 milhões
    Outra forma de apresentação da taxa de juros é a
unitária, que é igual a taxa percentual dividida por 100, sem
08. Resposta: C.
o símbolo %:
0,15 a.m. - (a.m. significa ao mês).
0,10 a.q. - (a.q. significa ao quadrimestre)

Montante
Ou seja, ele pagou 70% do produto, o desconto foi de 30%.
Também conhecido como valor acumulado é a soma
OBS: muito cuidado nesse tipo de questão, para não
do  Capital Inicial com o juro produzido em determina-
errar conforme a pergunta feita.
do tempo. 
Essa fórmula também será amplamente utilizada para
09. Resposta: B.
resolver questões.
8,6(1+x)=10,75
M=C+J
8,6+8,6x=10,75
M = montante
8,6x=10,75-8,6
C = capital inicial
8,6x=2,15
J = juros
X=0,25=25%
M=C+C.i.n
M=C(1+i.n)
10. Resposta: D.
50% maior quer dizer que ficou 1,5
Juros Simples
Quantidade de tanque: x
Chama-se juros simples a compensação em dinheiro
A quantidade que aumentaria deve ficar igual a 12 tan-
pelo empréstimo de um capital financeiro, a uma taxa com-
ques
binada, por um prazo determinado, produzida exclusiva-
1,5x=12
mente pelo capital inicial.
X=8

77
MATEMÁTICA

Em Juros Simples a remuneração pelo capital inicial  A maioria das operações envolvendo dinheiro uti-
aplicado é diretamente proporcional ao seu valor e ao tem- liza juros compostos. Estão incluídas: compras a médio e
po de aplicação. longo prazo, compras com cartão de crédito, empréstimos
A expressão matemática utilizada para o cálculo das bancários, as aplicações financeiras usuais como Caderneta
situações envolvendo juros simples é a seguinte: de Poupança e aplicações em fundos de renda fixa, etc. Ra-
J = C i n, onde: ramente encontramos uso para o regime de juros simples:
J = juros é o caso das operações de curtíssimo prazo, e do processo
C = capital inicial de desconto simples de duplicatas.
i = taxa de juros O cálculo do montante é dado por:
n = tempo de aplicação (mês, bimestre, trimestre, se-
mestre, ano...)
Observação importante: a taxa de juros e o tempo de Exemplo
aplicação devem ser referentes a um mesmo período. Ou Calcule o juro composto que será obtido na aplicação
seja, os dois devem estar em meses, bimestres, trimestres, de R$25000,00 a 25% ao ano, durante 72 meses
semestres, anos... O que não pode ocorrer é um estar em C=25000
meses e outro em anos, ou qualquer outra combinação de i=25%aa=0,25
períodos. i=72 meses=6 anos
Dica: Essa fórmula J = C i n, lembra as letras das pala-
vras “JUROS SIMPLES” e facilita a sua memorização.
Outro ponto importante é saber que essa fórmula
pode ser trabalhada de várias maneiras para se obter cada
um de seus valores, ou seja, se você souber três valores,
poderá conseguir o quarto, ou seja, como exemplo se você M=C+J
souber o Juros (J), o Capital Inicial (C) e a Taxa (i), poderá J=95367,50-25000=70367,50
obter o Tempo de aplicação (n). E isso vale para qualquer
combinação.
QUESTÕES
Exemplo
Maria quer comprar uma bolsa que custa R$ 85,00 à 01. (TRE/PR – Analista Judiciário – FCC/2017) Uma
vista. Como não tinha essa quantia no momento e não geladeira está sendo vendida nas seguintes condições:
queria perder a oportunidade, aceitou a oferta da loja de − Preço à vista = R$ 1.900,00;
pagar duas prestações de R$ 45,00, uma no ato da compra − Condições a prazo = entrada de R$ 500,00 e paga-
e outra um mês depois. A taxa de juros mensal que a loja mento de uma parcela de R$ 1.484,00 após 60 dias da data
estava cobrando nessa operação era de: da compra.
(A) 5,0% A taxa de juros simples mensal cobrada na venda a
(B) 5,9% prazo é de
(C) 7,5% (A) 1,06% a.m.
(D) 10,0% (B) 2,96% a.m.
(E) 12,5% (C) 0,53% a.m.
Resposta Letra “e”. (D) 3,00% a.m.
(E) 6,00% a.m.
O juros incidiu somente sobre a segunda parcela, pois
a primeira foi à vista. Sendo assim, o valor devido seria 02. (FUNAPEP - Analista em Gestão Previdenciária-
R$40 (85-45) e a parcela a ser paga de R$45. -FCC/2017) João emprestou a quantia de R$ 23.500,00 a
Aplicando a fórmula M = C + J: seu filho Roberto. Trataram que Roberto pagaria juros sim-
45 = 40 + J ples de 4% ao ano. Roberto pagou esse empréstimo para
J=5 seu pai após 3 anos. O valor total dos juros pagos por Ro-
Aplicando a outra fórmula J = C i n: berto foi
5 = 40 X i X 1 (A) 3.410,00.
i = 0,125 = 12,5% (B) R$ 2.820,00.
(C) R$ 2.640,00.
Juros Compostos (D) R$ 3.120,00.
o juro de cada intervalo de tempo é calculado a partir (E) R$ 1.880,00.
do saldo no início de correspondente intervalo. Ou seja: o
juro de cada intervalo de tempo é incorporado ao capital
inicial e passa a render juros também.

Quando usamos juros simples e juros compostos?

78
MATEMÁTICA

03. (IFBAIANO – Técnico em Contabilidade – 08. (PREF. DE NITERÓI/RJ – Agente Fazendário –


FCM/2017) O montante acumulado ao final de 6 meses FGV/2016) Para pagamento de boleto com atraso em pe-
e os juros recebidos a partir de um capital de 10 mil reais, ríodo inferior a um mês, certa instituição financeira cobra,
com uma taxa de juros de 1% ao mês, pelo regime de capi- sobre o valor do boleto, multa de 2% mais 0,4% de juros de
talização simples, é de mora por dia de atraso no regime de juros simples. Um bo-
(A) R$ 9.400,00 e R$ 600,00. leto com valor de R$ 500,00 foi pago com 18 dias de atraso.
(B) R$ 9.420,00 e R$ 615,20. O valor total do pagamento foi:
(C) R$ 10.000,00 e R$ 600,00. (A) R$ 542,00;
(D) R$ 10.600,00 e R$ 600,00. (B) R$ 546,00;
(E) R$ 10.615,20 e R$ 615,20. (C) R$ 548,00;
(D) R$ 552,00;
04. (CEGAS – Assistente Técnico – IESES/2017) O (E) R$ 554,00.
valor dos juros simples em uma aplicação financeira de $
3.000,00 feita por dois trimestres a taxa de 2% ao mês é 09. (CASAN – Assistente Administrativo – INSTITUTO
igual a: AOCP/2016) Para pagamento um mês após a data da com-
(A) $ 360,00 pra, certa loja cobrava juros de 25%. Se certa mercadoria tem
(B) $ 240,00 preço a prazo igual a R$ 1500,00, o preço à vista era igual a
(C) $ 120,00 (A) R$ 1200,00.
(D) $ 480,00 (B) R$ 1750,00.
(C) R$ 1000,00.
05. (IPRESB/SP - Analista de Processos Previdenciá- (D) R$ 1600,00.
rios- VUNESP/2017) Um capital foi aplicado a juros sim- (E) R$ 1250,00.
ples, com taxa de 9% ao ano, durante 4 meses. Após esse
período, o montante (capital + juros) resgatado foi de R$ 10. (CASAN – Técnico de Laboratório – INSTITUTO
2.018,80. O capital aplicado era de AOCP/2016) A fatura de um certo cartão de crédito cobra
(A) R$ 2.010,20. juros de 12% ao mês por atraso no pagamento. Se uma
(B) R$ 2.000,00. fatura de R$750,00 foi paga com um mês de atraso, o valor
(C) R$ 1.980,00. pago foi de
(D) R$ 1.970,40. (A) R$ 970,00.
(E) R$ 1.960,00. (B) R$ 777,00.
(C) R$ 762,00.
06. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE- (D) R$ 800,00.
GO/2017) Em um investimento no qual foi aplicado o va- (E) R$ 840,00.
lor de R$ 5.000,00, em um ano foi resgatado o valor total
de R$ 9.200,00. Considerando estes apontamentos e que 11. (DPE/PR – Contador – INAZ DO PARÁ/2017) Em
o rendimento se deu a juros simples, é verdadeiro afirmar 15 de junho de 20xx, Severino restituiu R$ 2.500,00 do seu
que a taxa mensal foi de: imposto de renda. Como estava tranquilo financeiramente,
(A) 1,5% resolveu realizar uma aplicação financeira para retirada em
(B) 2 % 15/12/20xx, período que vai realizar as compras de natal. A
(C) 5,5% uma taxa de juros de 3% a.m., qual é o montante do capital,
(D) 6% sabendo-se que a capitalização é mensal:
(E) 7% (A) R$ 2.985,13
(B) R$ 2.898,19
07. (UFES – Assistente em Administração – (C) R$ 3.074,68
UFES/2017) No regime de juros simples, os juros em cada (D) R$ 2.537,36
período de tempo são calculados sobre o capital inicial. Um (E) R$ 2.575,00
capital inicial C0 foi aplicado a juros simples de 3% ao mês.
Se Cn é o montante quando decorridos n meses, o menor 12. (TRE/PR – Analista Judiciário- FCC/2017) A Cia.
valor inteiro para n, tal que Cn seja maior que o dobro de Escocesa, não tendo recursos para pagar um empréstimo
C0, é de R$ 150.000,00 na data do vencimento, fez um acordo
(A) 30 com a instituição financeira credora para pagá-la 90 dias
(B) 32 após a data do vencimento. Sabendo que a taxa de juros
(C) 34 compostos cobrada pela instituição financeira foi 3% ao
(D) 36 mês, o valor pago pela empresa, desprezando-se os centa-
(E) 38 vos, foi, em reais,
(A) 163.909,00.
(B) 163.500,00.
(C) 154.500,00.
(D) 159.135,00.

79
MATEMÁTICA

13. (FUNAPE – Analista em Gestão Previdenciária – 05. Resposta: E.


FCC/2017) O montante de um empréstimo de 4 anos da 4meses=1/3ano
quantia de R$ 20.000,00, do qual se cobram juros compos- M=C(1+in)
tos de 10% ao ano, será igual a 2018,80=C(1+0,09⋅1/3)
(A) R$ 26.000,00. 2018,80=C+0,03C
(B) R$ 28.645,00. 1,03C=2018,80
(C) R$ 29.282,00. C=1960
(D) R$ 30.168,00.
(E) R$ 28.086,00. 06. Resposta: E.
M=C(1+in)
14. (IFBAIANO - Técnico em Contabilidade- 9200=5000(1+12i)
FCM/2017) A empresa Good Finance aplicou em uma 9200=5000+60000i
renda fixa um capital de 100 mil reais, com taxa de juros 4200=60000i
compostos de 1,5% ao mês, para resgate em 12 meses. O I=0,07=7%
valor recebido de juros ao final do período foi de
(A) R$ 10.016,00. 07. Resposta: C.
(B) R$ 15.254,24. M=C(1+in)
(C) R$ 16.361,26. Cn=Co(1+0,03n)
(D) R$ 18.000,00. 2Co=Co(1+0,03n)
(E) R$ 19.561,82. 2=1+0,03n
1=0,03n
15. (POLICIA CIENTIFICA – Perito Criminal – N=33,33
IBFC/2017) Assinale a alternativa correta. Uma empresa Ou seja, maior que 34
recebeu um empréstimo bancário de R$ 120.000,00 por 1
ano, pagando o montante de R$ 180.000,00. A taxa anual 08. Resposta: C.
de juros desse empréstimo foi de: M=C(1+in)
(A) 0,5% ao ano C=500+500x0,02=500+10=510
(B) 5 % ao ano M=510(1+0,004x18)
(C) 5,55 % ao ano M=510(1+0,072)=546,72
(D) 150% ao ano
(E) 50% ao ano 09. Resposta: A.
M=C(1+in)
1500=C(1+0,25x1)
RESPOSTAS 1500=C(1,25)
C=1500/1,25
01. Resposta: D. C=1200
J=500+1484-1900=84
C=1900-500=1400 10. Resposta: E.
J=Cin M=C(1+in)
84=1400.i.2 M=750(1+0,12)
I=0,03=3% M=750x1,12=840

02. Resposta: B. 11. Resposta: A.


J=Cin D junho a dezembro: 6 meses
J=23500⋅0,04⋅3 M=C(1+i)t
J= 2820 M=2500(1+0,03)6
M=2500⋅1,194=2985
03. Resposta: D.
J=Cin 12. Resposta: A.
J=10000⋅0,01⋅6=600 90 dias=3 meses
M=C+J M=C(1+i)t
M=10000+600=10600 M=150000(1+0,03)3
M=150000⋅1,092727=163909,05
04. Resposta: A. Desprezando os centavos: 163909
2 trimestres=6meses
J=Cin 13. Resposta: C.
J=3000⋅0,02⋅6 M=C(1+i)t
J=360 M=20000(1+0,1)4
M=20000⋅1,4641=29282

80
MATEMÁTICA

14. Resposta: E. Temos a chamada taxa de juros nominal, quando esta


J=Cin não é realmente a taxa utilizada para o cálculo dos juros (é
J=10000⋅0,015⋅12=18000 uma taxa “sem efeito”). A capitalização (o prazo de formação
e incorporação de juros ao capital inicial) será dada através de
Não, ninguém viu errado. outra  taxa,  numa unidade de tempo diferente, taxa efetiva.
Como ficaria muito difícil de fazer sem calculadora, a Como calcular a taxa que realmente vai ser utilizada;
tática é fazer o juro simples, e como sabemos que o com- isto é, a taxa efetiva?
posto vai dar maior que esse valor, só nos resta a alterna- Vamos acompanhar através do exemplo
tiva E. Você pode se perguntar, e se houver duas alternati-
vas com números maiores? Olha pessoal, não creio que a Taxa Efetiva
banca fará isso, e sim que eles fizeram mais para usar isso Calcular o montante de um capital de R$ 1.000,00 (mil
mesmo. reais), aplicados durante 18 (dezoito) meses, capitalizados
mensalmente, a uma taxa de 12% a.a. Explicando o que é
15. Resposta: E. taxa Nominal, efetiva mensal e equivalente mensal:
M=C(1+i)t Respostas e soluções:
180000=120000(1+i) 1) A taxa Nominal é 12% a.a; pois o capital não vai ser
180000=120000+120000i capitalizado com a taxa anual.
60000=120000i 2) A taxa efetiva mensal a ser utilizada depende de
i=0,5=50% duas convenções: taxa proporcional mensal ou taxa equi-
valente mensal.
a) Taxa proporcional mensal (divide-se a taxa anual por
12): 12%/12 = 1% a.m.
TAXAS DE JUROS, DESCONTO,
b) Taxa equivalente mensal (é aquela que aplicado aos
EQUIVALÊNCIA DE CAPITAIS, ANUIDADES E R$ 1.000,00, rende os mesmos juros que a taxa anual apli-
SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO cada nesse mesmo capital).
 
Cálculo da taxa equivalente mensal:

Podemos definir a taxa nominal como aquela em que


a unidade de referência do seu tempo não coincide com a  
unidade de tempo dos períodos de capitalização. É usada
no mercado financeiro, mas para cálculo deve-se encontrar onde:
a taxa efetiva. Por exemplo, a taxa nominal de 12% ao ano, iq : taxa equivalente para o prazo que eu quero
capitalizada mensalmente, resultará em uma taxa mensal it : taxa para o prazo que eu tenho
de 1% ao mês. Entretanto, quando esta taxa é capitalizada q : prazo que eu quero
pelo regime de juros compostos, teremos uma taxa efetiva t : prazo que eu tenho
de 12,68% ao ano.

Taxa Nominal  
A taxa nominal de juros relativa a uma operação finan- iq = 0,009489 a.m  ou  iq = 0,949 % a.m.
ceira pode ser calculada pela expressão:
Taxa nominal = Juros pagos / Valor nominal do emprés- 3) Cálculo do montante pedido, utilizando a taxa efe-
timo tiva mensal

Assim, por exemplo, se um empréstimo de $100.000,00, a) pela convenção da taxa proporcional:


deve ser quitado ao final de um ano, pelo valor monetário M = c (1 + i)n
de $150.000,00, a taxa de juros nominal será dada por: M = 1000 (1 + 0,01) 18 = 1.000 x  1,196147
Juros pagos = Jp = $150.000 – $100.000 = $50.000,00 M = 1.196,15
Taxa nominal = in = $50.000 / $100.000 = 0,50 = 50%  
b) pela convenção da taxa equivalente:
Sem dúvida, se tem um assunto que gera muita con- M = c (1 + i)n
fusão na Matemática Financeira são os conceitos de taxa M = 1000 (1 + 0,009489) 18 = 1.000 x  1,185296
nominal, taxa efetiva e taxa equivalente. Até na esfera judi- M = 1.185,29
cial esses assuntos geram muitas dúvidas nos cálculos de  
empréstimos, financiamentos, consórcios  e etc. NOTA: Para comprovar que a taxa de 0,948% a.m é
Vamos tentar esclarecer esses conceitos, que na maio- equivalente a taxa de 12% a.a, basta calcular o montante
ria das vezes nos livros e apostilas disponíveis no mercado, utilizando a taxa anual, neste caso  teremos que transfor-
não são apresentados de uma maneira clara. mar 18 (dezoito) meses em anos para fazer o cálculo, ou
seja : 18: 12 = 1,5 ano. Assim:

81
MATEMÁTICA

M = c (1 + i)n Vamos encontrar uma relação entre as taxas de juros


M = 1000 (1 + 0,12) 1,5 = 1.000 x  1,185297 nominal e real. Para isto, vamos supor que um determinado
M = 1.185,29 capital P é aplicado por um período de tempo unitário, a
  certa taxa nominal in
Conclusões: O montante S1 ao final do período será dado por S1 =
- A taxa nominal é 12% a.a, pois não foi aplicada no P(1 + in).
cálculo do montante. Normalmente a taxa nominal vem Consideremos agora que durante o mesmo período, a
sempre ao ano! taxa de inflação (desvalorização da moeda) foi igual a j. O
- A taxa efetiva mensal, como o próprio nome diz, é capital corrigido por esta taxa acarretaria um montante S2
aquela que foi utilizado para cálculo do montante. Pode = P (1 + j).
ser uma taxa proporcional mensal (1 % a.m.) ou uma taxa A taxa real de juros, indicada por r, será aquela aplicada
equivalente mensal (0,949 % a.m.). ao montante S2, produzirá o montante S1. Poderemos en-
- Qual a taxa efetiva mensal que devemos utilizar? Em tão escrever: S1 = S2 (1 + r)
se tratando de concursos públicos, a grande maioria das Substituindo S1 e S2 , vem:
bancas examinadoras utilizam a convenção da taxa propor- P(1 + in) = (1+r). P (1 + j)
cional. Em se tratando do mercado financeiro, utiliza-se a Daí então, vem que:
convenção de taxa equivalente. (1 + in) = (1+r). (1 + j), onde:
in = taxa de juros nominal
Taxa Equivalente j = taxa de inflação no período
Taxas Equivalentes são taxas que quando aplicadas ao r = taxa real de juros
mesmo capital, num mesmo intervalo de tempo, produzem Observe que se a taxa de inflação for nula no período,
montantes iguais. Essas taxas devem ser observadas com isto é, j = 0, teremos que as taxas nominal e real são coin-
muita atenção, em alguns financiamentos de longo prazo, cidentes.
somos apenas informados da taxa mensal de juros e não Exemplo
tomamos conhecimento da taxa anual ou dentro do pe- Numa operação financeira com taxas pré-fixadas, um
ríodo estabelecido, trimestre, semestre entre outros. Uma banco empresta $120.000,00 para ser pago em um ano
expressão matemática básica e de fácil manuseio que nos com $150.000,00. Sendo a inflação durante o período do
fornece a equivalência de duas taxas é:  empréstimo igual a 10%, pede-se calcular as taxas nominal
1 + ia = (1 + ip)n, onde:  e real deste empréstimo.
ia = taxa anual  Teremos que a taxa nominal será igual a:
ip = taxa período in = (150.000 – 120.000)/120.000 = 30.000/120.000 =
n: número de períodos  0,25 = 25%
Portanto in = 25%
Observe alguns cálculos:  Como a taxa de inflação no período é igual a j = 10% =
0,10, substituindo na fórmula anterior, vem:
Exemplo 1 (1 + in) = (1+r). (1 + j)
Qual a taxa anual de juros equivalente a 2% ao mês? (1 + 0,25) = (1 + r).(1 + 0,10)
Temos que: 2% = 2/100 = 0,02  1,25 = (1 + r).1,10
1 + ia = (1 + 0,02)12  1 + r = 1,25/1,10 = 1,1364
1 + ia = 1,0212 Portanto, r = 1,1364 – 1 = 0,1364 = 13,64%
1 + ia = 1,2682 
ia = 1,2682 – 1  Se a taxa de inflação no período fosse igual a 30%, te-
ia = 0,2682  ríamos para a taxa real de juros:
ia = 26,82%  (1 + 0,25) = (1 + r).(1 + 0,30)
A taxa anual de juros equivalente a 2% ao mês é de 1,25 = (1 + r).1,30
26,82%.  1 + r = 1,25/1,30 = 0,9615
Portanto, r = 0,9615 – 1 = -,0385 = -3,85% e, portanto
As pessoas desatentas poderiam pensar que a taxa teríamos uma taxa real de juros negativa.
anual nesse caso seria calculada da seguinte forma: 2% x
12 = 24% ao ano. Como vimos, esse tipo de cálculo não Exemplo
procede, pois a taxa anual foi calculada de forma correta e $100.000,00 foi emprestado para ser quitado por
corresponde a 26,82% ao ano, essa variação ocorre porque $150.000,00 ao final de um ano. Se a inflação no período
temos que levar em conta o andamento dos juros compos- foi de 20%, qual a taxa real do empréstimo?
tos ( juros sobre juros).  Resposta: 25%

Taxa Real Taxas Proporcionais


A taxa real expurga o efeito da inflação. Um aspecto Para se compreender mais claramente o significado
interessante sobre as taxas reais de juros, é que elas podem destas taxas deve-se reconhecer que toda operação envol-
ser inclusive, negativas. ve dois prazos:

82
MATEMÁTICA

- o prazo a que se refere à taxa de juros; e Nos juros compostos:


- o prazo de capitalização (ocorrência) dos juros. (AS-
SAF NETO, 2001). Amortiza- Saldo deve-
n Juros Prestação
ção dor
Taxas Proporcionais: duas (ou mais) taxas de juro
simples são ditas proporcionais quando seus valores e 0 - - - 100.000,00
seus respectivos períodos de tempo, reduzidos a uma
mesma unidade, forem uma proporção. (PARENTE, 1996). 1 - - 103.000,00
3.000,00
Exemplos
Prestação = amortização + juros 2 - - 106.090,00
Há diferentes formas de amortização, conforme des- 3.090,00
critas a seguir.
3 -
Para os exemplos numéricos descritos nas tabelas, em 3.182,70 100.000,00 109.272,70
todas as diferentes formas de amortização, utilizaremos
o mesmo exercício: uma dívida de valor inicial de R$ 100 Sistema Price (Sistema Francês)
mil, prazo de três meses e juros de 3% ao mês.
Foi elaborado para apresentar pagamentos iguais ao
Pagamento único longo do período do desembolso das prestações. A fórmu-
É a quitação de toda a dívida (amortização + juros) la para encontrarmos a prestação é dada a seguir:
em um único pagamento, ao final do período. Utilizamos
a mesma fórmula do montante: PMT = VP . _i.(1+i)n_
(1+i)n -1
Nos juros simples:
M = C (1 + i×n) PMT = valor da prestação
M = montante VP = valor inicial do empréstimo
C = capital inicial i = taxa de juros
i = taxa de juros n = período
n = período
A fórmula foi desenvolvida, considerando-se apenas a
Nos juros compostos: capitalização por juros compostos. O resultado é listado a
M = C (1+i)n seguir:
M = montante
C = capital inicial
Amortiza- Saldo
i = taxa de juros n Juros Prestação
ção devedor
n = período
0 - - -
Nos juros simples: 100.000,00

1
Amortiza- Saldo de- 3.000,00 32.353,04 35.353,04 67.646,96
n Juros Prestação
ção vedor
2
2.029,41 33.323,63 35.353,04 34.323,33
0 - - -
100.000,00
3 -
1.029,71 34.323,33 35.353,04
1 - -
3.000,00 103.000,00

2 - - Sistema de Amortização Misto (SAM)


3.000,00 106.000,00

3 - É a média aritmética das prestações calculadas nas


3.000,00 100.000,00 109.000,00 duas formas anteriores (SAC e Price). É encontrado pela
fórmula:

PMTSAM = (PTMSAC + PMTPRICE) / 2

83
MATEMÁTICA

Amortiza- Saldo deve-


n Juros Prestação
ção dor
0 - - - 100.000,00

1 67.156,81
3.000,00 32.843,19 35.843,19

2 33.828,32
2.014,70 33.328,49 35.343,19

3 -
1.014,87 33.828,32 34.843,19

Sistema de Amortização Crescente (SACRE)


Este sistema, criado pela Caixa Econômica Federal (CEF), é uma das formas utilizadas para o cálculo das prestações
dos financiamentos imobiliários. Usa-se, para o cálculo do valor das prestações, a metodologia do sistema de amortização
constante (SAC) anual, desconsiderando-se o valor da Taxa Referencial de Juros (TR). Esta é incluída posteriormente, resul-
tando em uma amortização variável. Chamar de “amortização crescente” parece-nos inadequado, pois pode resultar em
amortizações decrescentes, dependendo da ocorrência de TR com valor muito baixo.

Sistema Alemão
Neste caso, a dívida é liquidada também em prestações iguais, exceto a primeira, onde no ato do empréstimo (momen-
to “zero”) já é feita uma cobrança dos juros da operação. As prestações, a primeira amortização e as seguintes são definidas
pelas três seguintes fórmulas:

PMT = _ Vp.i _
1- (1+i)n
PMT = valor da prestação
VP = valor inicial do empréstimo
i = taxa de juros
n = período

A1 = PMT . (1- i)n-1


A1 = primeira amortização
PMT = valor da prestação
i = taxa de juros
n = período

An = An-1 _
(1- i)
An = amortizações posteriores (2º, 3º, 4º, ...)
An-1 = amortização anterior
i = taxa de juros
n = período

84
MATEMÁTICA

n Juros Amor- Pres- Saldo


tização tação devedor
0 -
3.000,00 3.000,00 100.000,00
1
2.030,30 32.323,34 34.353,64 67.676,66
2
1.030,61 33.323,03 34.353,64 34.353,63
3 -
34.353,64 34.353,64 (0,01)

OBS: os resíduos em centavos, como saldo devedor final na tabela anterior, são resultados de arredondamento do
cálculo e serão desconsiderados.

Sistema de Amortização Constante – SAC


Consiste em um sistema de amortização de uma dívida em prestações periódicas, sucessivas e decrescentes em pro-
gressão aritmética, em que o valor da prestação é composto por uma parcela de juros uniformemente decrescente e outra
de amortização que permanece constante.
Sistema de Amortização Constante (SAC) é uma forma de amortização de um empréstimo por prestações que incluem
os juros, amortizando assim partes iguais do valor total do empréstimo.
Neste sistema o saldo devedor é reembolsado em valores de amortização iguais. Desta forma, no sistema SAC o valor
das prestações é decrescente, já que os juros diminuem a cada prestação. O valor da amortização é calculado dividindo-se
o valor do principal pelo número de períodos de pagamento, ou seja, de parcelas.
O SAC é um dos tipos de sistema de amortização utilizados em financiamentos imobiliários. A principal característica
do SAC é que ele amortiza um percentual fixo do saldo devedor desde o início do financiamento. Esse percentual de amor-
tização é sempre o mesmo, o que faz com que a parcela de amortização da dívida seja maior no início do financiamento,
fazendo com que o saldo devedor caia mais rapidamente do que em outros mecanismos de amortização.

Exemplo:
Um empréstimo de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) a ser pago em 12 meses, a uma taxa de juros de 1% ao mês
(em juros simples). Aplicando a fórmula para obtenção do valor da amortização, iremos obter um valor igual a R$ 10.000,00
(dez mil reais). Essa fórmula é o valor do empréstimo solicitado divido pelo período, sendo nesse caso: R$ 120.000,00 / 12
meses = R$ 10.000,00. Logo, a tabela SAC fica:

Saldo
Nº Pres- Presta- Amortiza-
Juros Deve-
tação ção ção
dor
0 120000
1 11200 1200 10000 110000
2 11100 1100 10000 100000
3 11000 1000 10000 90000
4 10900 900 10000 80000
5 10800 800 10000 70000
6 10700 700 10000 60000
7 10600 600 10000 50000
8 10500 500 10000 40000
9 10400 400 10000 30000
10 10300 300 10000 20000
11 10200 200 10000 10000
12 10100 100 10000 0

85
MATEMÁTICA

Note que o juro é sempre 10% do saldo devedor do mês anterior, já a prestação é a soma da amortização e o juro.
Sendo assim, o juro é decrescente e diminui sempre na mesma quantidade, R$ 100,00. O mesmo comportamento tem as
prestações. A soma das prestações é de R$ 127.800,00, gerando juros de R$ 7.800,00.
Outra coisa a se observar é que as parcelas e juros diminuem em progressão aritmética (PA) de r=100.

Sistema Americano
O tomador do empréstimo paga os juros mensalmente e o principal, em um único pagamento final.

Considera-se apenas o regime de juros compostos:

n Juros Amortização Prestação Saldo devedor


0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 - 3.000,00 100.000,00
2 3.000,00 - 3.000,00 100.000,00
3 3.000,00 100.000,00 103.000,00 -

Sistema de Amortização Constante (SAC) ou Sistema Hamburguês


O tomador do empréstimo amortiza o saldo devedor em valores iguais e constantes ao longo do período.

Considera-se apenas o regime de juros compostos:

n Juros Amortização Prestação Saldo devedor


0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 33.333,33 36.333,33 66.666,67
2 2.000,00 33.333,33 35.333,33 33.333,34
3 1.000,00 33.333,34 34.333,34 -

Qual a melhor forma de amortização?


A tabela abaixo lista o fluxo de caixa nos diversos sistemas de amortização discutidos nos itens anteriores.

Pgto único (jrs Sistema Ameri-


N SAC PRICE SAM Alemão
comp.) cano
0 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 97.000,00
1 - (3.000,00) (36.333,33) (35.353,04) (35.843,19) (34.353,64)
2 - (3.000,00) (35.333,33) (35.353,04) (35.343,19) (34.353,64)
3 (109.272,70) (103.000,00) (34.333,34) (35.353,04) (34.843,19) (34.353,64)

As várias formas de amortização utilizadas pelo mercado brasileiro, em sua maioria, consideram o regime de capitali-
zação por juros compostos. A comparação entre estas, por meio do VPL (vide item 6.2), demonstra que o custo entre elas
se equivale. Vejam: no nosso exemplo, todos, exceto no sistema alemão, os juros efetivos cobrados foram de 3% ao mês
(regime de juros compostos) ou 9,27% no acumulado dos três meses.

86
MATEMÁTICA

Pgto único (jrs Sistema Ameri-


n SAC PRICE SAM Alemão
comp.) cano

0 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 97.000,00


100.000,00

1 - (2.912,62) (34.323,34) (34.799,21) (33.353,04)


(35.275,08)

2 - (2.827,79) (33.323,63) (33.314,35) (32.381,60)


(33.305,05)

3 (100.000,00) (94.259,59) (32.353,04) (31.886,45) (31.438,44)


(31.419,87)
VPL - - - - - (173,09)

OBS: tabela com as prestações dos sistemas anteriores, descontada da taxa ( juros compostos) de 3% ao mês.
Considerando o custo de oportunidade de 2% ao mês, isto é, abaixo do valor do empréstimo, teríamos a tabela abaixo.
Isso seria uma situação mais comum: juros do empréstimo mais caro que uma aplicação no mercado. Neste caso, quanto
menor (em módulo) o VPL, melhor para o tomador do empréstimo, ou seja, o sistema SAC seria o melhor sob o ponto de
vista financeiro.

Pgto único (jrs Sistema Ameri-


n SAC PRICE SAM Alemão
comp.) cano
0 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 97.000,00
1 - (2.941,18) (35.620,91) (34.659,84) (35.140,38) (33.680,04)
2 - (2.883,51) (33.961,29) (33.980,24) (33.970,77) (33.019,64)
3 (102.970,11) (97.059,20) (32.353,07) (33.313,96) (32.833,52) (32.372,20)
VPL (2.970,11) (2.883,88) (1.935,28) (1.954,04) (1.944,67) (2.071,88)

OBS: tabela com as prestações dos sistemas anteriores, descontada da taxa ( juros compostos) de 2% ao mês.
Outra situação seria considerarmos um empréstimo com taxa de juros abaixo do mercado. Neste exemplo a seguir,
teremos como custo de oportunidade a taxa de 4% ao mês. Isso, na vida real, não será comum: juros do empréstimo mais
barato do que uma aplicação no mercado. Assim, como no exemplo anterior, quanto maior o VPL, melhor para o tomador
do empréstimo, ou seja, o sistema de pagamento único, sob o ponto de vista financeiro, é o melhor, como no caso abaixo.

Pgto único (jrs Sistema Ameri-


n SAC PRICE SAM Alemão
comp.) cano
0 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 97.000,00
1 - (2.884,62) (34.935,89) (33.993,31) (34.464,61) (33.032,34)
2 - (2.773,67) (32.667,65) (32.685,87) (32.676,77) (31.761,87)
3 (97.143,03) (91.566,62) (30.522,21) (31.428,72) (30.975,47) (30.540,26)
VPL 2.856,97 2.775,09 1.874,24 1.892,10 1.883,16 1.665,53

OBS: tabela com as prestações dos sistemas anteriores, descontada da taxa ( juros compostos) de 4% ao mês.

Referências
Passei Direto. Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/1599335/exercicios_matematica_finaceiraexercicios_
matematica_finaceiraNos juros compostos:

M = C (1+i)n
M = montante
C = capital inicial
i = taxa de juros
n = período

87
MATEMÁTICA

Nos juros simples:

Saldo deve-
n Juros Amortização Prestação
dor
0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 - - 103.000,00
2 3.000,00 - - 106.000,00
3 3.000,00 100.000,00 109.000,00 -

Nos juros compostos:

n Juros Amortização Prestação Saldo devedor


0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 - - 103.000,00
2 3.090,00 - - 106.090,00
3 3.182,70 100.000,00 109.272,70 -

Sistema Price (Sistema Francês)

Foi elaborado para apresentar pagamentos iguais ao longo do período do desembolso das prestações. A fórmula para
encontrarmos a prestação é dada a seguir:

PMT = VP . _i.(1+i)n_
(1+i)n -1

PMT = valor da prestação


VP = valor inicial do empréstimo
i = taxa de juros
n = período

A fórmula foi desenvolvida, considerando-se apenas a capitalização por juros compostos. O resultado é listado a seguir:

n Juros Amortização Prestação Saldo devedor


0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 32.353,04 35.353,04 67.646,96
2 2.029,41 33.323,63 35.353,04 34.323,33
3 1.029,71 34.323,33 35.353,04 -

Sistema de Amortização Misto (SAM)

É a média aritmética das prestações calculadas nas duas formas anteriores (SAC e Price). É encontrado pela fórmula:

PMTSAM = (PTMSAC + PMTPRICE) / 2

n Juros Amortização Prestação Saldo devedor


0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 32.843,19 35.843,19 67.156,81
2 2.014,70 33.328,49 35.343,19 33.828,32
3 1.014,87 33.828,32 34.843,19 -

88
MATEMÁTICA

Sistema de Amortização Crescente (SACRE)


Este sistema, criado pela Caixa Econômica Federal (CEF), é uma das formas utilizadas para o cálculo das prestações
dos financiamentos imobiliários. Usa-se, para o cálculo do valor das prestações, a metodologia do sistema de amortização
constante (SAC) anual, desconsiderando-se o valor da Taxa Referencial de Juros (TR). Esta é incluída posteriormente, resul-
tando em uma amortização variável. Chamar de “amortização crescente” parece-nos inadequado, pois pode resultar em
amortizações decrescentes, dependendo da ocorrência de TR com valor muito baixo.

Sistema Alemão
Neste caso, a dívida é liquidada também em prestações iguais, exceto a primeira, onde no ato do empréstimo (momen-
to “zero”) já é feita uma cobrança dos juros da operação. As prestações, a primeira amortização e as seguintes são definidas
pelas três seguintes fórmulas:

PMT = _ Vp.i _
1- (1+i)n
PMT = valor da prestação
VP = valor inicial do empréstimo
i = taxa de juros
n = período

A1 = PMT . (1- i)n-1


A1 = primeira amortização
PMT = valor da prestação
i = taxa de juros
n = período

An = An-1 _
(1- i)
An = amortizações posteriores (2º, 3º, 4º, ...)
An-1 = amortização anterior
i = taxa de juros
n = período

n Juros Amortiza- Prestação Saldo devedor


ção
0 3.000,00 - 3.000,00 100.000,00
1 2.030,30 32.323,34 34.353,64 67.676,66
2 1.030,61 33.323,03 34.353,64 34.353,63
3 - 34.353,64 34.353,64 (0,01)

OBS: os resíduos em centavos, como saldo devedor final na tabela anterior, são resultados de arredondamento do
cálculo e serão desconsiderados.

Sistema de Amortização Constante – SAC


Consiste em um sistema de amortização de uma dívida em prestações periódicas, sucessivas e decrescentes em pro-
gressão aritmética, em que o valor da prestação é composto por uma parcela de juros uniformemente decrescente e outra
de amortização que permanece constante.
Sistema de Amortização Constante (SAC) é uma forma de amortização de um empréstimo por prestações que incluem
os juros, amortizando assim partes iguais do valor total do empréstimo.
Neste sistema o saldo devedor é reembolsado em valores de amortização iguais. Desta forma, no sistema SAC o valor
das prestações é decrescente, já que os juros diminuem a cada prestação. O valor da amortização é calculado dividindo-se
o valor do principal pelo número de períodos de pagamento, ou seja, de parcelas.
O SAC é um dos tipos de sistema de amortização utilizados em financiamentos imobiliários. A principal característica
do SAC é que ele amortiza um percentual fixo do saldo devedor desde o início do financiamento. Esse percentual de amor-
tização é sempre o mesmo, o que faz com que a parcela de amortização da dívida seja maior no início do financiamento,
fazendo com que o saldo devedor caia mais rapidamente do que em outros mecanismos de amortização.

89
MATEMÁTICA

Exemplo:
Um empréstimo de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) a ser pago em 12 meses, a uma taxa de juros de 1% ao mês
(em juros simples). Aplicando a fórmula para obtenção do valor da amortização, iremos obter um valor igual a R$ 10.000,00
(dez mil reais). Essa fórmula é o valor do empréstimo solicitado divido pelo período, sendo nesse caso: R$ 120.000,00 / 12
meses = R$ 10.000,00. Logo, a tabela SAC fica:

Saldo
Nº Prestação Prestação Juros Amortização
Devedor
0 120000
1 11200 1200 10000 110000
2 11100 1100 10000 100000
3 11000 1000 10000 90000
4 10900 900 10000 80000
5 10800 800 10000 70000
6 10700 700 10000 60000
7 10600 600 10000 50000
8 10500 500 10000 40000
9 10400 400 10000 30000
10 10300 300 10000 20000
11 10200 200 10000 10000
12 10100 100 10000 0

Note que o juro é sempre 10% do saldo devedor do mês anterior, já a prestação é a soma da amortização e o juro.
Sendo assim, o juro é decrescente e diminui sempre na mesma quantidade, R$ 100,00. O mesmo comportamento tem as
prestações. A soma das prestações é de R$ 127.800,00, gerando juros de R$ 7.800,00.
Outra coisa a se observar é que as parcelas e juros diminuem em progressão aritmética (PA) de r=100.

Sistema Americano
O tomador do empréstimo paga os juros mensalmente e o principal, em um único pagamento final.

Considera-se apenas o regime de juros compostos:

n Juros Amortização Prestação Saldo devedor


0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 - 3.000,00 100.000,00
2 3.000,00 - 3.000,00 100.000,00
3 3.000,00 100.000,00 103.000,00 -

Sistema de Amortização Constante (SAC) ou Sistema Hamburguês


O tomador do empréstimo amortiza o saldo devedor em valores iguais e constantes ao longo do período.

90
MATEMÁTICA

QUESTÕES 04. (TST – Analista Judiciário – FCC/2017) Um in-


vestidor aplicou R$ 10.000,00 em títulos que remuneram à
01. (TRE/PR – Analista Judiciário – FCC/2017) Para taxa de juros compostos de 10% ao ano e o prazo para res-
comprar um automóvel, Pedro realizou uma pesquisa em gate da aplicação foi de 2 anos. Sabendo-se que a inflação
3 concessionárias e obteve as seguintes propostas de fi- no prazo total da aplicação foi 15%, a taxa real de remune-
nanciamento: ração obtida pelo investidor no prazo total da aplicação foi
(A) 5,00%.
Concessionária 1: Entrada de R$ 12.000,00 + 1 presta- (B) 6,00%.
ção de R$ 29.120,00 para 30 dias após a entrada. (C) 5,22%.
Concessionária 2: Entrada de R$ 13.000,00 + 1 presta- (D) 5,00% (negativo).
ção de R$ 29.120,00 para 60 dias após a entrada. (E) 4,55%.
Concessionária 3: Entrada de R$ 13.000,00 + 2 presta-
ções R$ 14.560,00 para 30 e 60 dias após a entrada, respec- 05. (TST - Analista Judiciário - FCC/2017) Uma em-
tivamente. presa obteve um empréstimo no valor de R$ 100.000,00
para ser liquidado em uma única parcela no final do prazo
Sabendo que a taxa de juros compostos era 4% ao de 2 meses. A taxa de juros compostos negociada foi 3% ao
mês, para a aquisição do automóvel mês e a empresa deve pagar, adicionalmente, na data da
(A) a melhor proposta é a 1, apenas. obtenção do empréstimo, uma taxa de cadastro no valor
(B) a melhor proposta é a 2, apenas. de R$ 1.000,00. Na data do vencimento do empréstimo a
(C) a melhor proposta é a 3, apenas. empresa deve pagar, junto com o valor que pagará à ins-
(D) as melhores propostas são 2 e 3, por serem equi- tituição financeira, um imposto no valor de R$ 530,00. O
valentes. custo efetivo total para a empresa no prazo do emprésti-
(E) as melhores propostas são 1 e 2, por serem equi- mo, foi
valentes. (A) 7,70%.
(B) 6,09%.
02. (TST – Analista Judiciário – FCC/2017) Um emprés- (C) 7,62%.
timo foi obtido para ser liquidado em 10 parcelas mensais de (D) 6,00%.
R$ 2.000,00, vencendo-se a primeira parcela um mês após (E) 7,16%.
a data da obtenção. A taxa de juros negociada com a insti-
tuição financeira foi 2% ao mês no regime de capitalização 06. (TRE/PR - Analista Judiciário - FCC/2017) A Cia.
composta. Se, após o pagamento da oitava parcela, o deve- Ted está avaliando a alternativa de compra de um novo
dor decidir liquidar o saldo devedor do empréstimo nesta equipamento por R$ 480.000,00 à vista. Estima-se que a
mesma data, o valor que deverá ser pago, desprezando-se vida útil do equipamento seja de 3 anos, que o valor residual
os centavos, é, em reais, de revenda no final do terceiro ano seja R$ 70.000,00 e que
(A) 3.846,00. os fluxos líquidos de caixa gerados por este equipamento
(B) 3.883,00. ao final de cada ano sejam R$ 120.000,00, R$180.000,00 e
(C) 3.840,00. R$ 200.000,00, respectivamente. Sabendo que a taxa míni-
(D) 3.880,00. ma de atratividade é de 10% a.a., a alternativa
(E) 3.845,00. (A) apresenta valor presente líquido positivo.
(B) apresenta valor presente líquido negativo.
03. (POLICIA CIENTIFICA/PR – Perito Criminal – (C) apresenta taxa interna de retorno maior que 10%
IBFC/2017) Assinale a alternativa correta. Uma pessoa a.a.
comprou um vídeo game de última geração em uma loja, (D) é economicamente viável à taxa mínima de atrati-
parcelando em 12 prestações mensais de 140,00 cada uma, vidade de 10% a.a..
sem entrada. Sabendo-se que a taxa de juros compostos (E) é economicamente viável à taxa mínima de atrativi-
cobrada pela loja foi de 3% ao mês, sendo que os valores dade de 12% a.a..
estão arredondados e que: (1,03)12 = 1,4258
(1,03)12 x 0,03 = 0,0428 07. (FUNAPE – Analista em Gestão Previdenciária –
0,4258/0,0428 = 9,95 FCC/2017) Um empréstimo foi contratado com uma taxa
O valor do vídeo game era de: nominal de juros de 6% ao trimestre e com capitalização
(A) R$ 1.393 mensal. A taxa efetiva desse empréstimo é igual a
(B) R$ 1.820 (A) 6,2302%.
(C) R$ 1.680 (B) 6,3014%.
(D) R$ 1.178 (C) 6,1385%.
(E) R$ 1.423 (D) 6,2463%.
(E) 6,1208%.

91
MATEMÁTICA

08. (TRE/BA – Técnico Judiciário – CESPE/2017) Um Concessionária 3


banco emprestou a uma empresa R$ 100.000, entregues no
ato, sem prazo de carência, para serem pagos em quatro
prestações anuais consecutivas pelo sistema de amortiza-
ção constante (SAC). A taxa de juros compostos contratada 02. Resposta: B.
para o empréstimo foi de 10% ao ano, e a primeira presta-
ção será paga um ano após a tomada do empréstimo.
Nessa situação, o valor da segunda prestação a ser
paga pela empresa será
(A) superior a R$ 33.000.
(B) inferior a R$ 30.000. 03. Resposta: A.
(C) superior a R$ 30.000 e inferior a R$ 31.000. Sendo PMT o valor da parcela e PV o valor presente,
(D) superior a R$ 31.000 e inferior a R$ 32.000. usaremos o sistema de amortização PRICE, por ser parcelas
(E) superior a R$ 32.000 e inferior a R$ 33.000. fixas:

09. (EMBASA – Contador – IBFC/2017) Um clien-


te fez um empréstimo no valor de R$ 2.000,00 no Banco
ABC em 31/12/2013 para reaplicar em um investimento
em sua empresa. A taxa de juros cobrada pelo Banco era
de 10% ao ano. Após um ano, em 31/12/2014, o fluxo de
caixa da empresa foi de R$ 1.100,00. Após dois anos, em
31/12/2015, o fluxo de caixa da empresa foi de R$ 1.210,00
e em 31/12/2016, após três anos, o fluxo de caixa da em-
presa foi de R$ 1.331,00.
O valor presente líquido dos valores do fluxo de caixa,
trazidos a valor presente em 31/12/2013, era de: 04. Resposta: C.
(A) R$ 1.100,00 Sendo i a taxa de juros nominal
(B) R$ 1.000,00 R a taxa de juros real
(C) R$ 2.210,00 J a taxa de juros de inflação
(D) R$ 2.331,00 1+i=(1+r)(1+j)
(1+0,1)²=(1+r)⋅(1+0,15)
10.(DPE/PR – Contador – INAZ DO PARÁ/2017) Um 1,1²=(1+r) ⋅1,15
comerciante recebeu, no meio do mês, uma excelente ofer- 1,21=1,15+1,15r
ta de compra de material para sua empresa no valor de 0,06=1,15r
R$8.000,00. No entanto, por estar desprovido de recursos, R=0,05217≅0,0522=5,22%
precisou tomar um empréstimo junto ao seu banco, em
parcelas de 15 vezes a uma taxa de juros 2,5% a.m. Deter- 05. Resposta: A.
mine o valor da última prestação do empréstimo, lembran- M=C(1+i)t
do que o Sistema de financiamento usado é o SAC. M=100000(1+0,03)²=106090
(A) R$ 533,33 Como teve uma taxa de 1000, a empresa recebeu en-
(B) R$ 733,33 tão 99000
(C) R$ 653,33 A empresa teve eu pagar 106090+530=106620
(D) R$ 560,00 106620=99000(1+i)
(E) R$ 546,67 106620=99000+99000i
7620=99000i
Respostas I=0,0769=7,69%

01. Resposta: B. 06. Resposta: B.


VPL = valor presente das entradas – valor presente das
Concessionária 1 saídas

Concessionária 2

92
MATEMÁTICA

07. Resposta: E. Solução: o primeiro passo é identificar os eventos em


Temos que transformar os 6% ao trimestre em capita- questão.
lização mensal Evento A: sair uma bola vermelha
6/3=2%a.m Evento B: sair uma bola amarela
1,02³=1,061208=6,1208% Para resolução deste exercício é necessário determinar
a probabilidade de se retirar uma bola vermelha da urna
08. Resposta: E. sabendo que já foi retirada uma bola amarela. Observe que
SD=100000 a ocorrência do evento A está condicionada à ocorrência
A=100000/4=25000 do evento B. Esse é o caso mais simples de problemas en-
J=(100000-25000)⋅0,1 volvendo probabilidade condicional, não sendo necessária
J=7500 a aplicação da fórmula. Após a retirada da bola amarela,
P=A+J restaram na urna 9 das 10 bolas. Dessas 9 bolas, 4 são ver-
P=25000+7500=32500 melhas. Assim, temos que:

09. Resposta: B.

Dois eventos são independentes quando a probabili-


10. Resposta: E. dade de ocorrer um deles não depende do fato de outros
8000/15 = 533,33 terem ou não ocorrido.
Portanto, a última parcela será de 533,33⋅1,025=546,66 P(E1 e E2 e E3 e ...e En-1 e En) = P(E1).P(E2).p(E3)...P(En)
Ex. Uma urna tem 30 bolas, sendo 10 brancas e 20 pre-
tas. Se sortearmos 2 bolas, 1 de cada vez e repondo a sor-
PROBABILIDADE. DEFINIÇÕES BÁSICAS E teada na urna, qual será a probabilidade de a primeira ser
AXIOMAS. PROBABILIDADE CONDICIONAL E branca e a segunda ser preta?
INDEPENDÊNCIA.
Como os eventos são independentes, a probabilidade
de sair branca na primeira retirada e preta na segunda re-
A probabilidade é a possibilidade que existe entre vá- tirada é igual ao produto das probabilidades de cada con-
rias, na qual um fato ou condição pode acontecer, através dição, ou seja:
dela é que se mede a frequência com que se obtém um re- P(A e B) = P(A).P(B).
sultado em oportunidade da realização de um experimento
sobre o qual se conhecem todos os resultados possíveis Ora, a probabilidade de sair branca na primeira retirada
graças às condições de estabilidade que o contexto esta- é 10/30 e a de sair preta na segunda retirada 20/30. Daí,
belece com antecedência. usando a regra do produto, temos: 10/30.20/30=2/9.

Probabilidade condicional e independência. Variáveis aleatórias discretas e contínuas


Variáveis aleatórias: Podem ser explicadas como as
variáveis quantitativas, cujos resultados dependem de fato-
A probabilidade condicional é a probabilidade de
res aleatórios. Ex. número de coroas obtido no lançamento
ocorrência de um evento A, sabendo da ocorrência de ou-
de 2 moedas; número de defeitos em um carro que sai da
tro evento B, ambos sendo eventos de um espaço amostral
linha de produção, etc.
S finito. A ocorrência de A está condicionada ao fato de B
já ter ocorrido, ou seja, a ocorrência do evento B interfere
Variáveis discretas: Ocorre quando dois de seus valo-
na do evento A.
res inteiros não admitir valores intermediários.
a) Xi = Número de filhos de um casal.
P(A\B) =
𝑃 (𝐴 ∩𝐵) Xi = 1, 2, 3, 4, 5,...
𝑃 (𝐵) b) Yi = Número de livros de uma biblioteca
Yi = 2, 3, 4,...100,...1000,...
P(A∩B) = é a probabilidade da intersecção de A com B
P(B) = é a probabilidade de ocorrer o evento B Variáveis contínuas: Quando entre dois de seus valo-
res inteiros admitirem valores intermediários.
a) Xi = Temperaturas na cidade Alpha
Ex. Em uma urna há um total de 10 bolas, sendo 3 pre- Xi = 18º, 18,3º, 18,7º,...
tas, 4 vermelhas e 3 amarelas. É retirada uma bola dessa b) Yi = Capacidade em litros de uma máquina
urna, ao acaso, e verifica-se que ela é amarela Qual a pro- Yi = 6l, 6,41l, 6,81l, 7l, 7,41l...
babilidade de se retirar uma bola vermelha sabendo que a
bola amarela retirada inicialmente não foi reposta?

93
MATEMÁTICA

Distribuição de probabilidades.

Distribuição de Poisson é a curva matemática usada na simulação de resultados para representar a probabilidade de
que determinado evento ocorra, quando a probabilidade média é conhecida. Representa a distribuição de probabilidade de
uma variável aleatória que registra o número de ocorrências sobre um intervalo de tempo ou espaço específicos.

Função de Probabilidade de Poisson


Uma variável aleatória de Poisson não tem limites. x = 0,,1,2,3,…
P(x) = a probabilidade de x ocorrências em um intervalo
λ= valor esperado ou número médio de ocorrências em um intervalo
e = 2,71828
Média: E(X) = λ
Variância: Var(X)= λ
A distribuição binomial é aquela em que os termos da expansão do binômio (ou multinômio) correspondem às
probabilidades de todos os eventos possíveis do espaço amostral. O binômio (ou multinômio) é formado pelas probabi-
lidades de cada acontecimento elevado ao número total de ocorrências.

P(X=x)= [n!/x!(n-x)!].p^x.q^(n-x) para x = 0, 1, 2, . . ., n ou

n = nº de provas
x = nº de sucessos nas n provas
p = probabilidade de sucesso em cada prova
q = probabilidade de insucesso em cada prova (q = 1 – p)

Função de probabilidade.
As probabilidades são calculadas dividindo-se o número de resultados favoráveis pelo número de resultados possí-
veis, ou seja:

P = n(E)
      n(Ω)

Nesse caso, E é um evento que se quer conhecer a probabilidade, e Ω é o espaço amostral que o contém.


Por exemplo, no lançamento de um dado, qual a probabilidade de sair o número um?
Nesse exemplo, sair o número um é o evento E. Assim, n(E) = 1. O espaço amostral desse experimento contém seis
elementos: 1, 2, 3, 4, 5 e 6. Logo, n(Ω) = 6. Desse modo:
P = n(E)
      n(Ω)

P = 1
      6

P = 0,1666…
P = 16,6%

Função densidade de probabilidade, também conhecida como Distribuição De-Moivre-Laplace-Gauss, foiu desenvol-
vida entre os séculos XVIII e XIX para descrever erros de medidas físicas. Todo processo de mensuração pode estar sujeito a
erros, por características não identificadas. Esta função é a curva conhecida também como distribuição normal ou gaussina,
sua grande utilidade se dá ao fato de que aproxima ao máximo possível as curvas de freqüências das medidas físicas.

94
MATEMÁTICA

Figura 19: Curva Densidade de Probabilidade

Esperança e momentos.
O conceito de Esperança ou Valor Esperado de uma variável aleatória X, ou a média é tão antigo quanto o próprio
conceito de probabilidade. Na verdade, é até possível dedefinir probabilidade em termos de esperança, mas esta não é uma
maneira comum de se apresentar a teoria. Existem quatro tipos de interpretações da Esperança:
1. Parâmetro m de uma medida de probabilidade, função de distribuição, ou função probabilidade de massa, também
conhecido como média.
2. Um operador linear em um conjunto de variáveis aleatórias que retorna um valor típico da variável aleatória inter-
pretado como uma medida de localização da variável aleatória.
3. média do resultado de repetidos experimentos independentes no longo prazo.
4. preço justo de um jogo com pagamentos descritos por X.

Caso Discreto Vamos motivar definição de esperança considerando o cálculo do resultado médio de 1000 lançamentos
de um dado. Uma maneira de calcular este resultado médio seria somar todos os resultados e dividir por 1000. Uma ma-
neira alternativa seria calcular a fração p(k) de todos os lançamentos que tiveram resultado igual a k e calcular o resultado
médio através da soma ponderada:
1p(1) + 2p(2) + 3p(3) + 4p(4) + 5p(5) + 6p(6)

Quando o número de lançamentos se torna grande as frações de ocorrência dos resultados tendem a probabilidade de
cada resultado. Portanto, em geral dedefinimos a esperança de uma variável discreta como uma soma ponderada onde as
probabilidades são os pesos de ponderação.
Se X é uma variável aleatória discreta assumindo valores {x1, x2, x3, . . .} com probabilidade {p1, p2, p3, . . .}, respectiva-
mente, então sua esperança é dada pela fórmula:

EX = ∑ 𝑥𝑖𝑝 𝑖 + ∑ 𝑥𝑖𝑝 𝑖
𝑖:𝑥𝑖<𝑜 𝑖:𝑥𝑖 ≥𝑜

Desde que pelo menos um dos somatórios seja finito. Em caso os dois somatórios não sejam finitos, a esperança não
existe. Caso EX seja finita, diz-se que X é integrável.
Exemplo: Considere uma variável aleatória X tal que: P(X = −1) = 0.25, P(X = 0) = 0.5 e P(X = 2) = 0.25. Então, EX =
−1(0.25) + 0(0.5) + 2(0.25) = 0.25.

Definimos o momento centrado de ordem k como sendo:


E=E

O momento centrado de ordem 2 é a variância de x:


(x) = (x)

A chamada Função Geradora de Momentos é dada por:


x
(t) = E (etx) = etxfx(x).dx

Para todo t, com −∞ < - < +∞ em que a esperança seja finita.

95
MATEMÁTICA

Teorema Central do Limite


Uma razão para a distribuição Normal ser considerada tão importante é porque qualquer que seja a distribuição da
variável de interesse para grande amostras, a distribuição das médias amostrais serão aproximadamente normalmente
distribuídas, e tenderão a uma distribuição normal à medida que o tamanho de amostra crescer. Então podemos ter uma
variável original com uma distribuição muito diferente da Normal (pode até mesmo ser discreta), mas se tomarmos várias
amostras grandes desta distribuição, e então fizermos um histograma das médias amostrais, a forma se parecerá como
uma curva Normal.

Aqui e são a média e o desvio padrão populacionais das medidas individuais ,e é o tamanho amostral.
Denota-se

A aproximação para a normal melhora à medida que o tamanho amostral cresce. Este resultado é conhecido como
o Teorema Central do Limite e é notável porque permite-nos conduzir alguns procedimentos de inferência sem qualquer
conhecimento da distribuição da população.

Amostras aleatórias.

Distribuições amostrais.
O problema central da inferência estatística é como fazer afirmações sobre os parâmetros de uma população a partir de
estatísticas obtidas de amostras da população. Digamos, por exemplo, que queremos tem uma idéia sobre o valor médio
µ do preço de terrenos de 500 a 1000 m2. A população formada por esses terrenos é bastante grande. Como não temos
condições de medir todos os elementos da população, decidimos tomar amostras aleatórias da população. Vamos supor
que cada amostra é formada por n elementos (terrenos). Cada amostra i terá uma médiai.
Os valores da média e do desvio padrão dos preços de uma amostra de n terrenos, i e si, dificilmente serão iguais aos
valores da média µ e do desvio padrão σ dos preços de todos os terrenos (a população).
Entretanto, se selecionarmos aleatoriamente várias amostras de tamanho n da população de terrenos, os valores da
média e do desvio padrão calculados para elas estarão distribuídos em torno dos valores verdadeiros para a população.
Pode-se, portanto, construir distribuições de freqüências para elas.
Quando tomamos todas as amostras possíveis de mesmo tamanho de uma população e calculamos uma estatística
qualquer ( ou s) para as amostras, podemos construir a distribuição de probabilidades dessa estatística. Essa distribuição é
chamada de Distribuição Amostral da Estatística.

EXERCÍCIOS

1.(EBC - Analista – Estatística – Superior - CESPE - 2011 )Julgue o item seguinte, acerca de probabilidades.
Se, em um mesmo espaço amostral S, os eventos A e B forem independentes do evento C, então, necessariamente, o
evento A∩B será independente de C.

Gabarito: Errada
Se desenharmos três círculos enfileirados com elos de interseção não vazios, com o seguinte arranjo: evento A, evento
C e evento. Observe que A∩B é vazio, ou seja, não é independente de C.

2.(ABIN – OTI – Estatística – Superior - CESPE – 2010)Considerando a função , em que 0 ≤ x ≤ 1 e c , uma


constante de normalização, julgue os itens que se seguem.
Se f(x) > 1 para algum x 0 [0,1], então a função f(x) não é uma função de densidade

Gabarito: Errada
Se F(x) for maior que 1 não será função densidade.Parte superior do formulário

96
MATEMÁTICA

3.(ABIN – OTI – Estatística –Superior - CESPE – 2010) em cada grupo a variável estudada apresente comporta-
Sabendo que X é variável aleatória discreta que pode assu- mento diferenciado e ao mesmo tempo, dentro de cada
mir valores inteiros não negativos, julgue os próximos itens. grupo, esse procedimento seja relativamente igual. A es-
A média de X é não negativa. tratificação da amostra permitirá assim a obtenção de um
maior grau de certeza nos resultados sem necessidade de
Gabarito: Certa aumentar o número de elementos da mesma, pois garan-
Os elementos que compõem a média podem até ser tirá que todos os subgrupos estão devidamente represen-
negativos, porém, a medida da média é que não pode ser tados.
negativa.
Amostragem sistemática Neste caso, a população
4.(ABIN – OTI – Estatística – Superior - CESPE – 2010) deve ser ordenada de forma que os elementos sejam iden-
A respeito da distribuição binomial X com parâmetros n e tificados pela posição e a retirada dos elementos é feita
p, em que n $ 1 e 0 < p < 1, julgue os itens subsequentes. periodicamente.
Considere a seguinte situação hipotética.
De uma urna que contém 15 bolas brancas e 1 bola Amostragem por conglomerados é uma pratica
vermelha serão retiradas aleatoriamente 12 bolas. Em cada amostral utilizada quando há uma subdivisão da popula-
retirada, será observada a cor da bola selecionada. Se bran- ção em grupos que sejam bastante parecidos entre si, mas
ca, a bola não será devolvida à urna; se vermelha, a bola com fortes discrepâncias dentro dos grupos, de modo que
será devolvida à urna. Ao final do processo, será registrado cada um possa ser uma pequena representação da popu-
o número X de vezes que a bola vermelha foi observada lação de interesse específico; é realizada em cima dos con-
nessas doze retiradas. Em face dessa situação, é correto glomerados, e não mais sobre os indivíduos da população.
afirmar que X é uma variável aleatória com distribuição bi-
nomial com n = 12 Tamanho amostral.
O número de respostas concluídas recebidas pela sua
Gabarito: Errada pesquisa é o tamanho da sua amostra. A “amostra” repre-
A bola branca retirada não voltará mais para a urna, senta apenas parte do grupo de pessoas (ou população)
isso faz com que a probabilidade de eu retirar uma bola cujas opiniões ou comportamentos são de seu interesse.
vermelha seja alterada. Cada vez que é sorteada uma bola O tamanho da sua população é número total de pes-
branca, aumenta a probabilidade da retirada de uma bola soas no grupo que você está tentando alcançar com seu
vermelha. Sendo assim, a probabilidade do sorteio de uma questionário. Desta forma, caso esteja aplicando um ques-
bola vermelha não permanece constante, o que faz com tionário na sua empresa, o tamanho da população é o nú-
que em todas essas vezes, não haja uma distribuição bi- mero total de funcionários.
nomial. As margens de erros representam o percentual que
descrevem em que medida a resposta da sua amostra se
está mais próximo da realidade de sua população.
TÉCNICAS DE AMOSTRAGEM: AMOSTRAGEM Quanto menor for a margem de erro, mais próximo
ALEATÓRIA SIMPLES, ESTRATIFICADA, você está da resposta exata em um grau de confiança, os
SISTEMÁTICA E POR CONGLOMERADOS. padrões mais utilizados são 90%, 95% e 99%.

Amostragem aleatória simples É o processo mais


simples, pois baseia-seno princípio de que todos os mem-
bros de uma população têm a mesma probabilidade de se-
rem incluídos na amostra. Ex. Aplicar um questionário de Tamanho da amostra =
satisfação sobre os produtos vendidos por uma padaria em
10 clientes de um banco de dados de 100 pessoas.
Uma amostra estratificada é uma amostra probabi-
lística que se caracteriza por um processo em duas etapas:
a. Divisão da população em subgrupos (com compor-
tamento bem próximo à variável estudada) chamados es- N =Tamanho da população
tratos; E = Margem de erro
b. Escolha da amostra aleatória simples de forma inde- z = Escore
pendente em cada subgrupo ou estrato. e = percentual expresso em decimais

Assim, os resultados obtidos com a análise dos dados


da amostra poderão ser superados, com determinado grau
de certeza, para toda a população ou universo. A divisão
da população em estratos se confirma pelo objetivo de que

97
MATEMÁTICA

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES Um shopping recebeu nota 8 para “estacionamento” e


“preços” e nota 7 para os demais critérios. Logo, a média
3. (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁ- final atingida por esse shopping foi
RIA DE CLASSE I – VUNESP/2013) Em uma seção de uma A) 7,5.
empresa com 20 funcionários, a distribuição dos salários B) 7,6.
mensais, segundo os cargos que ocupam, é a seguinte: C) 7,7.
D) 7,8.
E) 7,9.

8∙3+8∙2+7∙3+7∙2
= 7,5
10
!
RESPOSTA: “A”.
Sabendo-se que o salário médio desses funcionários é
de R$ 1.490,00, pode-se concluir que o salário de cada um 5. (SEED/SP – ANALISTA ADMINISTRATIVO – VU-
dos dois gerentes é de NESP/2013) Em certo departamento, trabalham homens e
A) R$ 2.900,00. mulheres, sendo que nesse grupo há 10 homens a mais
B) R$ 4.200,00. que o número de mulheres. A média salarial desse depar-
C) R$ 2.100,00. tamento é de R$ 3.800,00. Entretanto, calculando separa-
D) R$ 1.900,00. damente, verifica-se que a média salarial dos homens é de
E) R$ 3.400,00. R$ 4.000,00, enquanto a média salarial das mulheres é de
R$ 3.500,00. O número de homens que trabalham nesse
2! + 8 ∙ 1700 + 10 ∙ 1200 departamento é igual a
!é!"# = A) 20.
20
B) 40.
2! + 8 ∙ 1700 + 10 ∙ 1200 C) 30.
1490 = D) 25.
20 E) 15.

2! + 13600 + 12000 = 29800 Salário homens: SH


2! = 4200 Salário mulher:SM
! = 2100 Homens: x+10
! Mulheres: x

Cada um dos gerentes recebem R$ 2100,00 !"


= 4000!!!!" = 4000! + 40000
!!!"
RESPOSTA: “C”.
!"
4. (CREFITO/SP – ALMOXARIFE – VUNESP/2012) Em ! ! = 3500!!!!!" = 3500!
época de Natal, uma pesquisadora colheu dados de opi-
nião dos clientes sobre shopping centers, seguindo os cri- !"!!"
térios da tabela seguinte: = 3800
!!!!!"

!"!!"
= 3800
!!!!"

7600! + 38000 = !" + !"


!
Substituindo SH e SM:
7600x+38000=4000x+40000+3500x
100x=2000
X=20
Homens:x+10=20+10=30

RESPOSTA: “C”.

98
LEGISLAÇÃO

Lei Federal nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990...................................................................................................................................... 01


Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993............................................................................................................................................... 35
LEGISLAÇÃO

tribuição é o deslocamento de um cargo para outro ór-


LEI FEDERAL Nº 8.112, DE 11 DE gão; substituição é a mudança de uma pessoa que está
DEZEMBRO DE 1990 ocupando cargo de chefia ou direção por outra.

Capítulo I
Do Provimento
REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS
CIVIS DA UNIÃO (LEI Nº 8.112/1990 E SUAS ALTERA-
Segundo Hely Lopes Meirelles, provimento “é o ato
ÇÕES)
pelo qual se efetua o preenchimento do cargo público,
com a designação de seu titular”, podendo ser originá-
Das Disposições Preliminares
rio ou inicial se o agente não possui vinculação anterior
com a Administração Pública; ou derivado, que pressu-
Título I
põe a existência de um vínculo com a Administração, o
Capítulo Único
qual pode ser horizontal, sem ascensão na carreira, ou
Das Disposições Preliminares
vertical, com ascensão na carreira.
Art. 1o  Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servido-
Seção I
res Públicos Civis da União, das autarquias, inclusive as em
Disposições Gerais
regime especial, e das fundações públicas federais.
Art. 5o  São requisitos básicos para investidura em
Art. 2o  Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa
cargo público:
legalmente investida em cargo público.
I - a nacionalidade brasileira;
Nacional é o que possui vínculo político-jurídico com
Art. 3o  Cargo público é o conjunto de atribuições e
um Estado, fazendo parte de seu povo na qualidade de ci-
responsabilidades previstas na estrutura organizacional
dadão.
que devem ser cometidas a um servidor.
Parágrafo único.  Os cargos públicos, acessíveis a todos
II - o gozo dos direitos políticos;
os brasileiros, são criados por lei, com denominação pró-
Direitos políticos são os direitos garantidos ao cida-
pria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provi-
dão que envolvem sua participação direta ou indireta nas
mento em caráter efetivo ou em comissão.
decisões políticas do Estado. No Brasil, se encontram nos
artigos 14 e 15 da Constituição Federal.
Art. 4o  É proibida a prestação de serviços gratuitos,
salvo os casos previstos em lei.
III - a quitação com as obrigações militares e eleito-
Por regime jurídico dos servidores deve-se entender o
rais;
conjunto de regras referentes a todos os aspectos da re-
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do
lação entre o servidor público e a Administração. Envolve
cargo;
tanto questões inerentes à ocupação do cargo quanto di-
Ensino fundamental, ensino médio ou ensino superior,
reitos e deveres, entre outras.
conforme a complexidade das funções do cargo.
Aplica-se na esfera federal, tanto para a Administração
direta quanto para a indireta.
V - a idade mínima de dezoito anos;
A lei criará o cargo público, que poderá ser efetivo,
VI - aptidão física e mental.
caso em que o ingresso se dará mediante concurso, ou em
§ 1o   As atribuições do cargo podem justificar a
comissão, quando por uma relação de confiança o superior
exigência de outros requisitos estabelecidos em lei.
puder nomear seus funcionários enquanto estiver ocupan-
P. ex., 3 anos de atividade jurídica para cargos de mem-
do aquela posição de chefia.
bros do Ministério Público ou da Magistratura.
Todo serviço público será remunerado pelos cofres pú-
blicos.
§ 2o  Às pessoas portadoras de deficiência é assegu-
rado o direito de se inscrever em concurso público para pro-
Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição
vimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com
e Substituição
a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão
reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas
Título II
no concurso.
Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição
Cotas para deficientes.
e Substituição
§ 3o  As universidades e instituições de pesquisa
Basicamente, provimento é a ocupação do cargo
científica e tecnológica federais poderão prover seus
por uma pessoa, transformando-a em servidora públi-
cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros,
ca; enquanto vacância é o que se dá quando um cargo
de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei.
fica livre; remoção é o deslocamento do servidor; redis-
Exceção ao inciso I do art. 5°.

1
LEGISLAÇÃO

Art. 6o  O provimento dos cargos públicos far-se-á valor fixado no edital, quando indispensável ao seu custeio,
mediante ato da autoridade competente de cada Poder. e ressalvadas as hipóteses de isenção nele expressamente
previstas.
Art. 7o  A investidura em cargo público ocorrerá com
a posse. Art. 12.  O concurso público terá validade de até 2
Por investidura entende-se a instalação formal em um (dois) anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por
cargo público, o que se dará quando a pessoa for empos- igual período.
sada. § 1o  O prazo de validade do concurso e as condições
de sua realização serão fixados em edital, que será publica-
Art. 8o  São formas de provimento de cargo público: do no Diário Oficial da União e em jornal diário de grande
I - nomeação; circulação.
II - promoção; § 2o  Não se abrirá novo concurso enquanto houver
III e IV - (Revogados) candidato aprovado em concurso anterior com prazo de va-
V - readaptação; lidade não expirado.
VI - reversão; No concurso de provas o candidato é avaliado ape-
VII - aproveitamento; nas pelo seu desempenho nas provas, ao passo que nos
VIII - reintegração;
concursos de provas e títulos o seu currículo em toda sua
IX - recondução.
atividade profissional também é considerado.
Detalhes adiante.
O edital delimita questões como valor da taxa de ins-
crição, casos de isenção, número de vagas e prazo de va-
Seção II
Da Nomeação lidade.

Art. 9o  A nomeação far-se-á: Seção IV


I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isola- Da Posse e do Exercício
do de provimento efetivo ou de carreira;
II - em comissão, inclusive na condição de interino, Art. 13.  A posse dar-se-á pela assinatura do respecti-
para cargos de confiança vagos.  vo termo, no qual deverão constar as atribuições, os deve-
Parágrafo único.  O servidor ocupante de cargo em co- res, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo
missão ou de natureza especial poderá ser nomeado para ter ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente,
exercício, interinamente, em outro cargo de confiança, sem por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício pre-
prejuízo das atribuições do que atualmente ocupa, hipótese vistos em lei.
em que deverá optar pela remuneração de um deles du- § 1o  A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados
rante o período da interinidade. da publicação do ato de provimento.
O cargo em comissão é temporário e não depende de § 2o  Em se tratando de servidor, que esteja na data de
concurso público. Se o servidor for nomeado para outro publicação do ato de provimento, em licença prevista nos
cargo em comissão poderá exercer ambos de maneira in- incisos I, III e V do art. 81, ou afastado nas hipóteses dos
terina (temporária), mas somente poderá receber remune- incisos I, IV, VI, VIII, alíneas «a», «b», «d», «e» e «f», IX e X do
ração por um deles, o que optar. art. 102, o prazo será contado do término do impedimento.
§ 3o  A posse poderá dar-se mediante procuração es-
Art. 10.  A nomeação para cargo de carreira ou cargo pecífica.
isolado de provimento efetivo depende de prévia habilita- § 4o   Só haverá posse nos casos de provimento de
ção em concurso público de provas ou de provas e títulos, cargo por nomeação.
obedecidos a ordem de classificação e o prazo de sua vali- § 5o  No ato da posse, o servidor apresentará declaração
dade.
de bens e valores que constituem seu patrimônio e
Parágrafo único.  Os demais requisitos para o ingresso
declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo,
e o desenvolvimento do servidor na carreira, mediante pro-
emprego ou função pública.
moção, serão estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do
§ 6o  Será tornado sem efeito o ato de provimento se
sistema de carreira na Administração Pública Federal e seus
regulamentos. a posse não ocorrer no prazo previsto no § 1o deste artigo.
O termo de posse é dotado de conteúdo específico. É
Seção III possível tomar posse mediante procuração específica. Não
Do Concurso Público há posse nos cargos em comissão. A declaração de bens e
valores visa permitir a verificação da situação financeira do
Art. 11.  O concurso será de provas ou de provas e títu- servidor, de forma a perceber se ele enriqueceu despropor-
los, podendo ser realizado em duas etapas, conforme dispu- cionalmente durante o exercício do cargo.
serem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira,
condicionada a inscrição do candidato ao pagamento do Art. 14.  A posse em cargo público dependerá de prévia
inspeção médica oficial.

2
LEGISLAÇÃO

Parágrafo único.  Só poderá ser empossado aquele que Art. 19.  Os servidores cumprirão jornada de trabalho
for julgado apto física e mentalmente para o exercício do fixada em razão das atribuições pertinentes aos respectivos
cargo. cargos, respeitada a duração máxima do trabalho semanal
de quarenta horas e observados os limites mínimo e má-
Art. 15.  Exercício é o efetivo desempenho das atribui- ximo de seis horas e oito horas diárias, respectivamente. 
ções do cargo público ou da função de confiança. § 1o  O ocupante de cargo em comissão ou função de
§ 1o  É de quinze dias o prazo para o servidor empossa- confiança submete-se a regime de integral dedicação ao
do em cargo público entrar em exercício, contados da data serviço, observado o disposto no art. 120, podendo ser con-
da posse.  vocado sempre que houver interesse da Administração.
§ 2o  O servidor será exonerado do cargo ou será tor- § 2o  O disposto neste artigo não se aplica a duração de
nado sem efeito o ato de sua designação para função de trabalho estabelecida em leis especiais.
confiança, se não entrar em exercício nos prazos previstos
Art. 20.  Ao entrar em exercício, o servidor nomeado
neste artigo, observado o disposto no art. 18. 
para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio
§ 3o  À autoridade competente do órgão ou entidade
probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses, duran-
para onde for nomeado ou designado o servidor compete te o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de ava-
dar-lhe exercício.  liação para o desempenho do cargo, observados os seguinte
§ 4o   O início do exercício de função de confiança fatores: 
coincidirá com a data de publicação do ato de designa- I - assiduidade;
ção, salvo quando o servidor estiver em licença ou afastado II - disciplina;
por qualquer outro motivo legal, hipótese em que recairá no III - capacidade de iniciativa;
primeiro dia útil após o término do impedimento, que não IV - produtividade;
poderá exceder a trinta dias da publicação.  V - responsabilidade.
Nota-se que para as funções em confiança não há pra- § 1o  4 (quatro) meses antes de findo o período do es-
zo de 15 dias da posse, até mesmo porque ela não existe tágio probatório, será submetida à homologação da autori-
nestas funções. Então, o prazo para exercício será o do dia dade competente a avaliação do desempenho do servidor,
da publicação do ato de designação. realizada por comissão constituída para essa finalidade, de
acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da res-
Art. 16.  O início, a suspensão, a interrupção e o rei- pectiva carreira ou cargo, sem prejuízo da continuidade de
nício do exercício serão registrados no assentamento indi- apuração dos fatores enumerados nos incisos I a V do caput
vidual do servidor. deste artigo.
§ 2o   O servidor não aprovado no estágio probatório
Parágrafo único.  Ao entrar em exercício, o servidor
será exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo an-
apresentará ao órgão competente os elementos necessários
teriormente ocupado, observado o disposto no parágra-
ao seu assentamento individual. fo único do art. 29.
§ 3o  O servidor em estágio probatório poderá exercer
Art. 17.  A promoção não interrompe o tempo de quaisquer cargos de provimento em comissão ou fun-
exercício, que é contado no novo posicionamento na ções de direção, chefia ou assessoramento no órgão ou
carreira a partir da data de publicação do ato que promover entidade de lotação, e somente poderá ser cedido a outro
o servidor. órgão ou entidade para ocupar cargos de Natureza Espe-
Na promoção não há nova posse. Então, o servidor não cial, cargos de provimento em comissão do Grupo-Direção
tem 15 dias para entrar em exercício, o fazendo no dia da e Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou
publicação do ato. equivalentes. 
§ 4o   Ao servidor em estágio probatório somente
Art. 18.  O servidor que deva ter exercício em outro poderão ser concedidas as licenças e os afastamentos
município em razão de ter sido removido, redistribuído, previstos nos arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim
requisitado, cedido ou posto em exercício provisório afastamento para participar de curso de formação decorren-
terá, no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de prazo, te de aprovação em concurso para outro cargo na Adminis-
contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo tração Pública Federal.
§ 5o  O estágio probatório ficará suspenso durante as
desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse prazo
licenças e os afastamentos previstos nos arts. 83, 84, § 1o, 86
o tempo necessário para o deslocamento para a nova sede.
e 96, bem assim na hipótese de participação em curso de
§ 1o  Na hipótese de o servidor encontrar-se em licença formação, e será retomado a partir do término do impedi-
ou afastado legalmente, o prazo a que se refere este artigo mento. 
será contado a partir do término do impedimento.
§ 2o  É facultado ao servidor declinar dos prazos esta- Desde a Emenda Constitucional nº 19 de 1998, a disci-
belecidos no caput. plina do estágio probatório mudou, notadamente aumen-
Se o servidor estava em exercício em outro município tando o prazo de 2 anos para 3 anos. Tendo em vista que a
e é convocado por publicação para retomar a posição su- norma constitucional prevalece sobre a lei federal, mesmo
perior tem um prazo entre 10 e 30 dias, dos quais pode que ela não tenha sido atualizada, deve-se seguir o dispos-
desistir, se quiser. to no artigo 41 da Constituição Federal:

3
LEGISLAÇÃO

Art. 41, CF. São estáveis após três anos de efetivo exer- Se o funcionário deixa de ter condições físicas ou psi-
cício os servidores nomeados para cargo de provimento cológicas para ocupar seu cargo, deverá ser readaptado
efetivo em virtude de concurso público. para cargo semelhante que não exija tais aptidões. Ex: fun-
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: cionário trabalhava como atendente numa repartição, se
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; movimentando o tempo todo e sofre um acidente, fican-
II - mediante processo administrativo em que lhe seja do paraplégico. Sua capacidade mental não ficou prejudi-
assegurada ampla defesa; cada, embora seja inconveniente ele ter que fazer tantos
III - mediante procedimento de avaliação periódica de movimentos no exercício das funções. Por isso, pode ser
desempenho, na forma de lei complementar, assegurada reconduzido para outro cargo técnico na repartição que
ampla defesa. seja mais burocrático e exija menos movimentação física,
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do como o de assistente de um superior.
servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante
da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem Seção VIII
direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou Da Reversão
posto em disponibilidade com remuneração proporcional
ao tempo de serviço. Art. 25.  Reversão é o retorno à atividade de servidor
aposentado: 
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade,
I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar
o servidor estável ficará em disponibilidade, com
insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou 
remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu
II - no interesse da administração, desde que: 
adequado aproveitamento em outro cargo. a) tenha solicitado a reversão; 
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, b) a aposentadoria tenha sido voluntária; 
é obrigatória a avaliação especial de desempenho por c) estável quando na atividade;
comissão instituída para essa finalidade. d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos ante-
riores à solicitação; 
Seção V e) haja cargo vago.
Da Estabilidade § 1o  A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo
resultante de sua transformação.
Art. 21.  O servidor habilitado em concurso público e § 2o  O tempo em que o servidor estiver em exercício
empossado em cargo de provimento efetivo adquirirá esta- será considerado para concessão da aposentadoria.
bilidade no serviço público ao completar 2 (dois) anos de § 3o  No caso do inciso I, encontrando-se provido o
efetivo exercício.  cargo, o servidor exercerá suas atribuições como exceden-
ATENÇÃO: Vale o prazo de 3 anos, conforme Constitui- te, até a ocorrência de vaga. 
ção Federal (artigo 41 retrocitado). § 4o  O servidor que retornar à atividade por interesse
da administração perceberá, em substituição aos proven-
Art. 22.  O servidor estável só perderá o cargo em tos da aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar
virtude de sentença judicial transitada em julgado ou a exercer, inclusive com as vantagens de natureza pessoal
de processo administrativo disciplinar no qual lhe seja que percebia anteriormente à aposentadoria. 
assegurada ampla defesa. § 5o  O servidor de que trata o inciso II somente terá
os proventos calculados com base nas regras atuais se
Seção VI permanecer pelo menos cinco anos no cargo. 
Da Transferência § 6o  O Poder Executivo regulamentará o disposto neste
artigo. 
Art. 23. (Execução suspensa)
Art. 26. (Revogado)
Seção VII
Art. 27.  Não poderá reverter o aposentado que já tiver
Da Readaptação
completado 70 (setenta) anos de idade.
Merece destaque a impossibilidade de cumulação da
Art. 24.  Readaptação é a investidura do servidor em aposentadoria com a remuneração caso o servidor retorne
cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis às funções.
com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade
física ou mental verificada em inspeção médica. Seção IX
§ 1o  Se julgado incapaz para o serviço público, o rea- Da Reintegração
daptando será aposentado.
§ 2o  A readaptação será efetivada em cargo de Art. 28.  A reintegração é a reinvestidura do servidor
atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, nível de estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo re-
escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese sultante de sua transformação, quando invalidada a sua
de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas atri- demissão por decisão administrativa ou judicial, com
buições como excedente, até a ocorrência de vaga. ressarcimento de todas as vantagens.

4
LEGISLAÇÃO

§ 1o  Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor Capítulo II


ficará em disponibilidade, observado o disposto nos arts. Da Vacância
30 e 31.
§ 2o  Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual Art. 33.  A vacância do cargo público decorrerá de:
ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à I - exoneração;
indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto II - demissão;
em disponibilidade. III - promoção;
Se um servidor for injustamente demitido e a sua de- IV e V - (Revogados)
missão for invalidada, será reinvestido no cargo, sendo to- VI - readaptação;
talmente ressarcido (por exemplo, recebendo os salários VII - aposentadoria;
do período em que foi afastado). Caso o cargo esteja ex- VIII - posse em outro cargo inacumulável;
tinto, será posto em disponibilidade; caso o cargo exista IX - falecimento.
e alguém o estiver ocupando, este será retirado do cargo,
devolvendo-o ao seu legítimo titular. Art. 34.  A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedi-
do do servidor, ou de ofício.
Seção X
Parágrafo único.  A exoneração de ofício dar-se-á:
Da Recondução
I - quando não satisfeitas as condições do estágio pro-
Art. 29.  Recondução é o retorno do servidor estável batório;
ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de: II - quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar
I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro em exercício no prazo estabelecido.
cargo; Sendo o cargo efetivo, somente será exonerado de ofí-
II - reintegração do anterior ocupante. cio se não for habilitado no estágio probatório e se não
Parágrafo único.  Encontrando-se provido o cargo de entrar em exercício no prazo legal.
origem, o servidor será aproveitado em outro, observado o
disposto no art. 30. Art. 35.  A exoneração de cargo em comissão e a dispen-
Como visto, quando um servidor é promovido ele se sa de função de confiança dar-se-á: 
sujeita a novo estágio probatório e, caso seja inabilitado, I - a juízo da autoridade competente;
voltará ao cargo que antes ocupava. Ainda, se alguém esti- II - a pedido do próprio servidor.
ver ocupando o cargo de um servidor que tenha sido injus- Como o cargo em comissão refere-se a uma relação de
tamente demitido, quando este voltar deverá desocupar o confiança para com a autoridade competente, esta poderá
cargo. Se a posição antes ocupada não estiver livre, deverá exonerar o servidor.
ser reaproveitado em outro cargo semelhante.
Capítulo III
Seção XI
Da Remoção e da Redistribuição
Da Disponibilidade e do Aproveitamento

Art. 30.  O retorno à atividade de servidor em disponibi- Seção I


lidade far-se-á mediante aproveitamento obrigatório em Da Remoção
cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o
anteriormente ocupado. Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a
pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com
Art. 31.  O órgão Central do Sistema de Pessoal Civil ou sem mudança de sede.
determinará o imediato aproveitamento de servidor em dis- Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, en-
ponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos órgãos ou enti- tende-se por modalidades de remoção:
dades da Administração Pública Federal. I - de ofício, no interesse da Administração;
Parágrafo único.  Na hipótese prevista no § 3o do art. 37, II - a pedido, a critério da Administração;
o servidor posto em disponibilidade poderá ser mantido III - a pedido, para outra localidade, independentemen-
sob responsabilidade do órgão central do Sistema de te do interesse da Administração:
Pessoal Civil da Administração Federal - SIPEC, até o seu a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também
adequado aproveitamento em outro órgão ou entidade. servidor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que
Art. 32.  Será tornado sem efeito o aproveitamento e
foi deslocado no interesse da Administração;
cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em
b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companhei-
exercício no prazo legal, salvo doença comprovada por
junta médica oficial. ro ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu
Servidor posto em disponibilidade não é servidor apo- assentamento funcional, condicionada à comprovação por
sentado. É apenas um servidor aguardando que surja um junta médica oficial;
posto adequado para que ocupe. Quando ele surgir, deve- c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipóte-
rá entrar em exercício, sob pena de ter revogada a disponi- se em que o número de interessados for superior ao número
bilidade, deixando de ser servidor público. de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo ór-
gão ou entidade em que aqueles estejam lotados.

5
LEGISLAÇÃO

Seção II Art. 39. O disposto no artigo anterior aplica-se aos ti-


Da Redistribuição tulares de unidades administrativas organizadas em nível de
assessoria.
Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo
de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do Dos Direitos e Vantagens
quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade
do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão cen- Título III
tral do SIPEC, observados os seguintes preceitos: Dos Direitos e Vantagens
I - interesse da administração;
II - equivalência de vencimentos; Em sete capítulos, o terceiro título da legislação em
III - manutenção da essência das atribuições do cargo; estudo estabelece os direitos e vantagens do servidor
IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e público, para em seguida trazer seus deveres e proibi-
complexidade das atividades; ções.
V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habi- Resume Carvalho Filho: “os direitos sociais consti-
litação profissional; tucionais são objeto da referência do art. 39, §3°, CF, o
VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as qual determina que dezesseis dos direitos sociais ou-
finalidades institucionais do órgão ou entidade. torgados aos empregados sejam estendidos aos servi-
§ 1º A redistribuição ocorrerá ex officio para ajustamento dores públicos. Dentre esses direitos estão o do salário
de lotação e da força de trabalho às necessidades dos mínimo (art. 7°, IV); o décimo terceiro salário (art. 7°,
serviços, inclusive nos casos de reorganização, extinção ou VIII); o repouso semanal remunerado (art. 7°, XV); o
criação de órgão ou entidade. salário-família (art. 7°, XII; o de férias anuais (art. 7°,
§ 2º A redistribuição de cargos efetivos vagos se dará XVII); o de licença à gestante (art. 7°, XVIII) e outros
mediante ato conjunto entre o órgão central do SIPEC e mencionados no dispositivo constitucional. [...] Além
os órgãos e entidades da Administração Pública Federal disso, há vários direitos de natureza social relacionados
envolvidos. nos diversos estatutos funcionais das pessoas federati-
§ 3º Nos casos de reorganização ou extinção de vas. É nas leis estatutárias que se encontram tais direi-
órgão ou entidade, extinto o cargo ou declarada sua tos, como o direito às licenças, à pensão, aos auxílios
desnecessidade no órgão ou entidade, o servidor estável pecuniários, como o auxílio-funeral e o auxílio-reclu-
que não for redistribuído será colocado em disponibilidade, são, à assistência, à saúde etc.”
até seu aproveitamento na forma dos arts. 30 e 31.
§ 4º O servidor que não for redistribuído ou Capítulo I
colocado em disponibilidade poderá ser mantido sob Do Vencimento e da Remuneração
responsabilidade do órgão central do SIPEC, e ter exercício
provisório, em outro órgão ou entidade, até seu adequado Art. 40.  Vencimento é a retribuição pecuniária pelo
aproveitamento. exercício de cargo público, com valor fixado em lei.

Capítulo IV Art. 41.  Remuneração é o vencimento do cargo efe-


Da Substituição tivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes es-
tabelecidas em lei.
Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou função de § 1o  A remuneração do servidor investido em função
direção ou chefia e os ocupantes de cargo de Natureza Es- ou cargo em comissão será paga na forma prevista no art.
pecial terão substitutos indicados no regimento interno 62.
ou, no caso de omissão, previamente designados pelo Cargo em comissão é o cargo de confiança, que não
dirigente máximo do órgão ou entidade. exige concurso público. Ver art. 62 adiante.
§ 1º O substituto assumirá automática e
cumulativamente, sem prejuízo do cargo que ocupa, o § 2o  O servidor investido em cargo em comissão de
exercício do cargo ou função de direção ou chefia e os órgão ou entidade diversa da de sua lotação receberá a
de Natureza Especial, nos afastamentos, impedimentos remuneração de acordo com o estabelecido no § 1o do art.
legais ou regulamentares do titular e na vacância do cargo, 93.
hipóteses em que deverá optar pela remuneração de um O funcionário é servidor público, mas foi concursado
deles durante o respectivo período. para cargo diverso, em outro órgão ou entidade, sendo no-
§ 2º O substituto fará jus à retribuição pelo exercício meado para outro cargo, que é de comissão.
do cargo ou função de direção ou chefia ou de cargo
de Natureza Especial, nos casos dos afastamentos ou § 3o  O vencimento do cargo efetivo, acrescido das
impedimentos legais do titular, superiores a trinta dias con- vantagens de caráter permanente, é irredutível.
secutivos, paga na proporção dos dias de efetiva substitui- Irredutibilidade de vencimentos: não podem ser dimi-
ção, que excederem o referido período. nuídos.

6
LEGISLAÇÃO

§ 4o  É assegurada a isonomia de vencimentos para Art. 45. Salvo por imposição legal, ou mandado judicial,
cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou provento.
Poder, ou entre servidores dos três Poderes, ressalvadas as § 1º Mediante autorização do servidor, poderá haver
vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou consignação em folha de pagamento em favor de terceiros,
ao local de trabalho. a critério da administração e com reposição de custos, na
Mesmo cargo ou semelhante = mesmo vencimento. forma definida em regulamento.
§ 2º O total de consignações facultativas de que trata
§ 5o  Nenhum servidor receberá remuneração inferior o § 1o não excederá a 35% (trinta e cinco por cento)
ao salário mínimo.  da remuneração mensal, sendo 5% (cinco por cento)
Direito ao salário mínimo. reservados exclusivamente para: I - a amortização de
despesas contraídas por meio de cartão de crédito; ou
Art. 42.  Nenhum servidor poderá perceber, mensalmen- II - a utilização com a finalidade de saque por meio do
te, a título de remuneração, importância superior à soma cartão de crédito.
dos valores percebidos como remuneração, em espécie, a Para descontos em folha, é preciso ordem judicial ou
qualquer título, no âmbito dos respectivos Poderes, pelos autorização do servidor.
Ministros de Estado, por membros do Congresso Nacional e
Ministros do Supremo Tribunal Federal. Art. 46.  As reposições e indenizações ao erário, atuali-
Parágrafo único.  Excluem-se do teto de remuneração as zadas até 30 de junho de 1994, serão previamente comuni-
vantagens previstas nos incisos II a VII do art. 61. cadas ao servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para
Estabelece o teto de remuneração, ou seja, o máximo pagamento, no prazo máximo de trinta dias, podendo ser
que um funcionário pode receber. Neste sentido, o art. 37, parceladas, a pedido do interessado. 
XI, CF: “XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de § 1o  O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao
cargos, funções e empregos públicos da administração di- correspondente a dez por cento da remuneração, provento
reta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer ou pensão. 
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e § 2o  Quando o pagamento indevido houver ocorrido
dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos no mês anterior ao do processamento da folha, a reposição
demais agentes políticos e os proventos, pensões ou ou- será feita imediatamente, em uma única parcela.
tra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou § 3o  Na hipótese de valores recebidos em decorrência
de cumprimento a decisão liminar, a tutela antecipada ou
não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra
a sentença que venha a ser revogada ou rescindida, serão
natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em es-
eles atualizados até a data da reposição. 
pécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplican-
do-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito,
Art. 47.  O servidor em débito com o erário, que for de-
e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do
mitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou dispo-
Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos
nibilidade cassada, terá o prazo de sessenta dias para quitar
Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Le-
o débito. 
gislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de
Parágrafo único.  A não quitação do débito no prazo
Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centé-
previsto implicará sua inscrição em dívida ativa. 
simos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Mi- Débito com o erário = dívida com o Estado.
nistros do Supremo Tri-bunal Federal, no âmbito do Poder
Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Art. 48.  O vencimento, a remuneração e o provento não
Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos”. serão objeto de arresto, sequestro ou penhora, exceto nos ca-
sos de prestação de alimentos resultante de decisão judicial.
Art. 44.  O servidor perderá:
I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem Capítulo II
motivo justificado;  Das Vantagens
II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos
atrasos, ausências justificadas, ressalvadas as concessões de Art. 49.  Além do vencimento, poderão ser pagas ao ser-
que trata o art. 97, e saídas antecipadas, salvo na hipótese vidor as seguintes vantagens:
de compensação de horário, até o mês subsequente ao da I - indenizações;
ocorrência, a ser estabelecida pela chefia imediata.  II - gratificações;
Parágrafo  único.   As faltas justificadas decorrentes de III - adicionais.
caso fortuito ou de força maior poderão ser compensadas a § 1o  As indenizações não se incorporam ao vencimento
critério da chefia imediata, sendo assim consideradas como ou provento para qualquer efeito.
efetivo exercício.  § 2o  As gratificações e os adicionais incorporam-se ao
Somente não geram perda de remuneração as faltas vencimento ou provento, nos casos e condições indicados
justificadas e devidamente compensadas. em lei.

7
LEGISLAÇÃO

Art. 50.  As vantagens pecuniárias não serão computa- Art. 56.  Será concedida ajuda de custo àquele que, não
das, nem acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer sendo servidor da União, for nomeado para cargo em comis-
outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título são, com mudança de domicílio.
ou idêntico fundamento. Parágrafo único.  No afastamento previsto no inciso I do
De acordo com Hely Lopes Meirelles, “o que ca- art. 93, a ajuda de custo será paga pelo órgão cessionário,
racteriza o adicional e o distingue da gratificação é ser quando cabível.
aquele que recompensa ao tempo de serviço do servi-
dor, ou uma retribuição pelo desempenho de funções Art. 57.  O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de
especiais que fogem da rotina burocrática, e esta, uma custo quando, injustificadamente, não se apresentar na nova
compensação por serviços comuns executados em con- sede no prazo de 30 (trinta) dias.
dições anormais para o servidor, ou uma ajuda pessoal
em face de certas situações que agravam o orçamento Subseção II
do servidor”. Das Diárias

Seção I Art. 58.  O servidor que, a serviço, afastar-se da sede


Das Indenizações em caráter eventual ou transitório para outro ponto do
território nacional ou para o exterior, fará jus a passagens
Art. 51.  Constituem indenizações ao servidor: e diárias destinadas a indenizar as parcelas de despesas ex-
I - ajuda de custo; traordinária com pousada, alimentação e locomoção urba-
II - diárias; na, conforme dispuser em regulamento. 
III - transporte. § 1o  A diária será concedida por dia de afastamento,
IV - auxílio-moradia. sendo devida pela metade quando o deslocamento não
A leitura da legislação seca permite conceituar e dife- exigir pernoite fora da sede, ou quando a União custear,
renciar cada modalidade de indenização. por meio diverso, as despesas extraordinárias cobertas por
diárias.
Art. 52.  Os valores das indenizações estabelecidas nos § 2o  Nos casos em que o deslocamento da sede
incisos I a III do art. 51, assim como as condições para a sua constituir exigência permanente do cargo, o servidor não
concessão, serão estabelecidos em regulamento. fará jus a diárias.
§ 3o  Também não fará jus a diárias o servidor que
Subseção I se deslocar dentro da mesma região metropolitana,
Da Ajuda de Custo aglomeração urbana ou microrregião, constituídas por
municípios limítrofes e regularmente instituídas, ou em
Art. 53.  A ajuda de custo destina-se a compensar as áreas de controle integrado mantidas com países limítrofes,
despesas de instalação do servidor que, no interesse do cuja jurisdição e competência dos órgãos, entidades e
serviço, passar a ter exercício em nova sede, com mudança servidores brasileiros considera-se estendida, salvo se
de domicílio em caráter permanente, vedado o duplo pa- houver pernoite fora da sede, hipóteses em que as diárias
gamento de indenização, a qualquer tempo, no caso de o pagas serão sempre as fixadas para os afastamentos dentro
cônjuge ou companheiro que detenha também a condição do território nacional. 
de servidor, vier a ter exercício na mesma sede. 
§ 1o  Correm por conta da administração as despesas Art. 59.  O servidor que receber diárias e não se afastar
de transporte do servidor e de sua família, compreendendo da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las in-
passagem, bagagem e bens pessoais. tegralmente, no prazo de 5 (cinco) dias.
§ 2o  À família do servidor que falecer na nova sede são Parágrafo único.  Na hipótese de o servidor retornar à
assegurados ajuda de custo e transporte para a localidade sede em prazo menor do que o previsto para o seu afasta-
de origem, dentro do prazo de 1 (um) ano, contado do mento, restituirá as diárias recebidas em excesso, no prazo
óbito. previsto no caput.
§ 3º Não será concedida ajuda de custo nas hipóteses
de remoção previstas nos incisos II e III do parágrafo único Subseção III
do art. 36. Da Indenização de Transporte

Art. 54.  A ajuda de custo é calculada sobre a remu- Art. 60.  Conceder-se-á indenização de transporte ao


neração do servidor, conforme se dispuser em regulamen- servidor que realizar despesas com a utilização de meio
to, não podendo exceder a importância correspondente a 3 próprio de locomoção para a execução de serviços exter-
(três) meses. nos, por força das atribuições próprias do cargo, conforme se
dispuser em regulamento.
Art. 55.  Não será concedida ajuda de custo ao servidor
que se afastar do cargo, ou reassumi-lo, em virtude de man-
dato eletivo.

8
LEGISLAÇÃO

Subseção IV Art. 60-E.  No caso de falecimento, exoneração, coloca-


Do Auxílio-Moradia ção de imóvel funcional à disposição do servidor ou aquisi-
ção de imóvel, o auxílio-moradia continuará sendo pago por
Art. 60-A.  O auxílio-moradia consiste no ressarcimen- um mês. 
to das despesas comprovadamente realizadas pelo ser-
vidor com aluguel de moradia ou com meio de hospe- A subseção IV trabalha com o auxílio-moradia, be-
dagem administrado por empresa hoteleira, no prazo de um nefício que é concedido a alguns servidores. Ele serve
mês após a comprovação da despesa pelo servidor.  para ajudar o servidor a arcar com despesas de mora-
dia, seja locando um imóvel, seja ficando em hotéis. O
Art. 60-B.  Conceder-se-á auxílio-moradia ao servidor se auxílio é pago 1 mês depois que o servidor comprovar
atendidos os seguintes requisitos:  a despesa que teve. No entanto, não é qualquer servi-
I - não exista imóvel funcional disponível para uso pelo dor e não é em qualquer situação que se tem o auxílio-
servidor;  -moradia.
II - o cônjuge ou companheiro do servidor não ocupe
Nos termos do artigo 60-B, são colacionadas res-
imóvel funcional; 
trições: não haver disponibilidade de imóvel funcional
III - o servidor ou seu cônjuge ou companheiro não seja
(algum imóvel do poder público com tal finalidade de
ou tenha sido proprietário, promitente comprador, cessioná-
moradia, dispensando gastos particulares), não se ter
rio ou promitente cessionário de imóvel no Município aonde
for exercer o cargo, incluída a hipótese de lote edificado sem tentado vender ou vendido um imóvel na cidade (evi-
averbação de construção, nos doze meses que antecederem tando que tente utilizar o auxílio-moradia como um
a sua nomeação; modo de se obter vantagem patrimonial), um cônju-
IV - nenhuma outra pessoa que resida com o servidor ge ou pessoa com quem more não receber auxílio da
receba auxílio-moradia;  mesma natureza (cumulando indevidamente), além do
V - o servidor tenha se mudado do local de residência exercício de cargos de determinada natureza (perceba-
para ocupar cargo em comissão ou função de confiança do -se, cargos de relevante direção).
Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, níveis 4, O auxílio-moradia é pago proporcionalmente aos
5 e 6, de Natureza Especial, de Ministro de Estado ou equi- vencimentos, não excedendo 25%. Destaca-se que o ar-
valentes;  tigo 60-C está revogado desde 2013.
VI - o Município no qual assuma o cargo em comissão
ou função de confiança não se enquadre nas hipóteses do Seção II
art. 58, § 3o, em relação ao local de residência ou domicílio Das Gratificações e Adicionais
do servidor; 
VII - o servidor não tenha sido domiciliado ou tenha Art. 61.  Além do vencimento e das vantagens previstas
residido no Município, nos últimos doze meses, aonde for nesta Lei, serão deferidos aos servidores as seguintes retri-
exercer o cargo em comissão ou função de confiança, des- buições, gratificações e adicionais: 
considerando-se prazo inferior a sessenta dias dentro desse I - retribuição pelo exercício de função de direção,
período; e  chefia e assessoramento; 
VIII - o deslocamento não tenha sido por força de altera- II - gratificação natalina;
ção de lotação ou nomeação para cargo efetivo.  IV - adicional pelo exercício de atividades insalu-
IX - o deslocamento tenha ocorrido após 30 de junho bres, perigosas ou penosas;
de 2006.  V - adicional pela prestação de serviço extraordi-
Parágrafo único.  Para fins do inciso VII, não será con- nário;
siderado o prazo no qual o servidor estava ocupando outro
VI - adicional noturno;
cargo em comissão relacionado no inciso V. 
VII - adicional de férias;
VIII - outros, relativos ao local ou à natureza do tra-
Art. 60-C.  (Revogado).
balho.
Art. 60-D.  O valor mensal do auxílio-moradia é limitado IX - gratificação por encargo de curso ou concurso. 
a 25% (vinte e cinco por cento) do valor do cargo em comis- Gratificações e adicionais descritos em detalhes na
são, função comissionada ou cargo de Ministro de Estado própria legislação, conforme se denota abaixo.
ocupado. 
§ 1o  O valor do auxílio-moradia não poderá superar Subseção I
25% (vinte e cinco por cento) da remuneração de Ministro Da Retribuição pelo Exercício de Função de Dire-
de Estado.  ção, Chefia e Assessoramento
§ 2o  Independentemente do valor do cargo em
comissão ou função comissionada, fica garantido a todos Art. 62.  Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido
os que preencherem os requisitos o ressarcimento até o em função de direção, chefia ou assessoramento, cargo de
valor de R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais).  provimento em comissão ou de Natureza Especial é devida
retribuição pelo seu exercício.

9
LEGISLAÇÃO

Parágrafo único. Lei específica estabelecerá a remunera- Art. 70.  Na concessão dos adicionais de atividades pe-
ção dos cargos em comissão de que trata o inciso II do art. 9o.  nosas, de insalubridade e de periculosidade, serão observa-
das as situações estabelecidas em legislação específica.
Art. 62-A. Fica transformada em Vantagem Pessoal No-
minalmente Identificada - VPNI a incorporação da retribui- Art. 71.  O adicional de atividade penosa será devido
ção pelo exercício de função de direção, chefia ou assesso- aos servidores em exercício em zonas de fronteira ou em lo-
ramento, cargo de provimento em comissão ou de Natureza calidades cujas condições de vida o justifiquem, nos termos,
Especial a que se referem os arts. 3º e 10 da Lei no 8.911, de condições e limites fixados em regulamento.
11 de julho de 1994, e o art. 3o da Lei no9.624, de 2 de abril
de 1998.  Art. 72.  Os locais de trabalho e os servidores que ope-
Parágrafo único.  A VPNI de que trata o caput deste arti- ram com Raios X ou substâncias radioativas serão mantidos
go somente estará sujeita às revisões gerais de remuneração sob controle permanente, de modo que as doses de radiação
dos servidores públicos federais.  ionizante não ultrapassem o nível máximo previsto na legis-
lação própria.
Subseção II Parágrafo único.  Os servidores a que se refere este arti-
Da Gratificação Natalina go serão submetidos a exames médicos a cada 6 (seis) meses.

Art. 63.  A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um Subseção V


doze avos) da remuneração a que o servidor fizer jus no mês Do Adicional por Serviço Extraordinário
de dezembro, por mês de exercício no respectivo ano.
Parágrafo único. A fração igual ou superior a 15 (quin- Art. 73.  O serviço extraordinário será remunerado com
ze) dias será considerada como mês integral. acréscimo de 50% (cinquenta por cento) em relação à hora
normal de trabalho.
Art. 64.  A gratificação será paga até o dia 20 (vinte) do
mês de dezembro de cada ano. Art. 74.  Somente será permitido serviço extraordinário
para atender a situações excepcionais e temporárias, respei-
Art. 65.  O servidor exonerado perceberá sua gratifica- tado o limite máximo de 2 (duas) horas por jornada.
ção natalina, proporcionalmente aos meses de exercício, cal-
culada sobre a remuneração do mês da exoneração. Subseção VI
Do Adicional Noturno
Art.  66.   A gratificação natalina não será considerada
para cálculo de qualquer vantagem pecuniária.
Art. 75.  O serviço noturno, prestado em horário com-
preendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco)
Subseção III
horas do dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de 25%
Do Adicional por Tempo de Serviço
(vinte e cinco por cento), computando-se cada hora como
cinquenta e dois minutos e trinta segundos.
Regulamentação na Medida Provisória nº 2.225-45/01.
Parágrafo único.  Em se tratando de serviço extraordi-
Subseção IV nário, o acréscimo de que trata este artigo incidirá sobre a
Dos Adicionais de Insalubridade, Periculosidade ou remuneração prevista no art. 73.
Atividades Penosas
Subseção VII
Art. 68.  Os servidores que trabalhem com habitualidade Do Adicional de Férias
em locais insalubres ou em contato permanente com subs-
tâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida, fazem jus a Art. 76.  Independentemente de solicitação, será pago ao
um adicional sobre o vencimento do cargo efetivo. servidor, por ocasião das férias, um adicional correspondente
§ 1o   O servidor que fizer jus aos adicionais de a 1/3 (um terço) da remuneração do período das férias.
insalubridade e de periculosidade deverá optar por um Parágrafo único.  No caso de o servidor exercer função
deles. de direção, chefia ou assessoramento, ou ocupar cargo em
§ 2o  O direito ao adicional de insalubridade ou comissão, a respectiva vantagem será considerada no cálcu-
periculosidade cessa com a eliminação das condições ou lo do adicional de que trata este artigo.
dos riscos que deram causa a sua concessão.
Subseção VIII
Art. 69.  Haverá permanente controle da atividade de Da Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso
servidores em operações ou locais considerados penosos, in-
salubres ou perigosos. Art. 76-A.  A Gratificação por Encargo de Curso ou Con-
Parágrafo único.  A servidora gestante ou lactante será curso é devida ao servidor que, em caráter eventual: 
afastada, enquanto durar a gestação e a lactação, das ope- I - atuar como instrutor em curso de formação, de de-
rações e locais previstos neste artigo, exercendo suas ativida- senvolvimento ou de treinamento regularmente instituído
des em local salubre e em serviço não penoso e não perigoso. no âmbito da administração pública federal; 

10
LEGISLAÇÃO

II - participar de banca examinadora ou de comissão É possível impedir que o servidor tire férias por até 2
para exames orais, para análise curricular, para correção de períodos se o seu serviço for altamente necessário.
provas discursivas, para elaboração de questões de provas
ou para julgamento de recursos intentados por candidatos;  Art. 78.  O pagamento da remuneração das férias será
III - participar da logística de preparação e de realização efetuado até 2 (dois) dias antes do início do respectivo perío-
de concurso público envolvendo atividades de planejamento, do, observando-se o disposto no § 1o deste artigo.
coordenação, supervisão, execução e avaliação de resultado, §1° e §2°. Revogados.
quando tais atividades não estiverem incluídas entre as suas § 3o  O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em
atribuições permanentes;  comissão, perceberá indenização relativa ao período das
IV - participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas férias a que tiver direito e ao incompleto, na proporção
de exame vestibular ou de concurso público ou supervisionar de um doze avos por mês de efetivo exercício, ou fração
essas atividades. superior a quatorze dias. 
§ 1o  Os critérios de concessão e os limites da gratificação § 4o  A indenização será calculada com base na
de que trata este artigo serão fixados em regulamento, remuneração do mês em que for publicado o ato
observados os seguintes parâmetros:  exoneratório. 
I - o valor da gratificação será calculado em horas, ob- § 5o  Em caso de parcelamento, o servidor receberá o
servadas a natureza e a complexidade da atividade exercida;  valor adicional previsto no inciso XVII do art. 7o da Cons-
II - a retribuição não poderá ser superior ao equivalente tituição Federal quando da utilização do primeiro período.
a 120 (cento e vinte) horas de trabalho anuais, ressalvada
situação de excepcionalidade, devidamente justificada e pre- Art. 79.  O servidor que opera direta e permanentemen-
viamente aprovada pela autoridade máxima do órgão ou te com Raios X ou substâncias radioativas gozará 20 (vinte)
entidade, que poderá autorizar o acréscimo de até 120 (cen- dias consecutivos de férias, por semestre de atividade profis-
to e vinte) horas de trabalho anuais;  sional, proibida em qualquer hipótese a acumulação.
III - o valor máximo da hora trabalhada corresponderá Manutenção da saúde do servidor.
aos seguintes percentuais, incidentes sobre o maior venci-
mento básico da administração pública federal:  Art. 80.  As férias somente poderão ser interrompidas por
a) 2,2% (dois inteiros e dois décimos por cento), em se motivo de calamidade pública, comoção interna, convoca-
tratando de atividades previstas nos incisos I e II do caput ção para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade
deste artigo;  do serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou
b) 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento), em se entidade.
tratando de atividade prevista nos incisos III e IV do caput Parágrafo único.  O restante do período interrompido
deste artigo.  será gozado de uma só vez, observado o disposto no art. 77. 
§ 2o  A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso O direito individual às férias pode ser mitigado pelo
somente será paga se as atividades referidas nos incisos direito da coletividade de manutenção da paz e da ordem
do caput deste artigo forem exercidas sem prejuízo das social.
atribuições do cargo de que o servidor for titular, devendo
ser objeto de compensação de carga horária quando Capítulo IV
desempenhadas durante a jornada de trabalho, na forma Das Licenças
do § 4odo art. 98 desta Lei.  Seção I
§ 3o  A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso Disposições Gerais
não se incorpora ao vencimento ou salário do servidor para
qualquer efeito e não poderá ser utilizada como base de Art. 81.  Conceder-se-á ao servidor licença:
cálculo para quaisquer outras vantagens, inclusive para fins I - por motivo de doença em pessoa da família;
de cálculo dos proventos da aposentadoria e das pensões.  II - por motivo de afastamento do cônjuge ou com-
panheiro;
Capítulo III III - para o serviço militar;
Das Férias IV - para atividade política;
V - para capacitação; 
Art. 77.  O servidor fará jus a trinta dias de férias, que VI - para tratar de interesses particulares;
podem ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, no VII - para desempenho de mandato classista.
caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em Atenção aos motivos que autorizam licença, detalha-
que haja legislação específica.  dos a seguir na legislação.
§ 1o  Para o primeiro período aquisitivo de férias serão § 1o  A licença prevista no inciso I do caput deste
exigidos 12 (doze) meses de exercício. artigo bem como cada uma de suas prorrogações serão
§ 2o  É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao precedidas de exame por perícia médica oficial, observado
serviço. o disposto no art. 204 desta Lei.
§ 3o  As férias poderão ser parceladas em até três § 3o  É vedado o exercício de atividade remunerada
etapas, desde que assim requeridas pelo servidor, e no durante o período da licença prevista no inciso I deste
interesse da administração pública.  artigo.

11
LEGISLAÇÃO

Art. 82.  A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias Seção V


do término de outra da mesma espécie será considerada Da Licença para Atividade Política
como prorrogação.
Art. 86.  O servidor terá direito a licença, sem remune-
Seção II ração, durante o período que mediar entre a sua escolha
Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo,
Família e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça
Eleitoral.
Art. 83.  Poderá ser concedida licença ao servidor por
§ 1o  O servidor candidato a cargo eletivo na localidade
motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos
onde desempenha suas funções e que exerça cargo
filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependen-
te que viva a suas expensas e conste do seu assentamento de direção, chefia, assessoramento, arrecadação ou
funcional, mediante comprovação por perícia médica oficial.  fiscalização, dele será afastado, a partir do dia imediato ao
§ 1o  A licença somente será deferida se a assistência do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral,
direta do servidor for indispensável e não puder ser até o décimo dia seguinte ao do pleito. 
prestada simultaneamente com o exercício do cargo ou § 2o  A partir do registro da candidatura e até o décimo
mediante compensação de horário, na forma do disposto dia seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença,
no inciso II do art. 44.  assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente
§ 2o  A licença de que trata o caput, incluídas as pelo período de três meses. 
prorrogações, poderá ser concedida a cada período de
doze meses nas seguintes condições:  Seção VI
I - por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, man- Da Licença para Capacitação
tida a remuneração do servidor; e 
II - por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, sem Art.  87.   Após cada quinquênio de efetivo exercício, o
remuneração.   servidor poderá, no interesse da Administração, afastar-se
§ 3o  O início do interstício de 12 (doze) meses será do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração,
contado a partir da data do deferimento da primeira licença por até três meses, para participar de curso de capacitação
concedida. 
profissional. 
§ 4o  A soma das licenças remuneradas e das licenças
Parágrafo único.  Os períodos de licença de que trata
não remuneradas, incluídas as respectivas prorrogações,
concedidas em um mesmo período de 12 (doze) meses, o caput não são acumuláveis.
observado o disposto no § 3o, não poderá ultrapassar os
limites estabelecidos nos incisos I e II do § 2o.  Art. 90. (Vetado)

Seção III Seção VII


Da Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge Da Licença para Tratar de Interesses Particulares

Art. 84.  Poderá ser concedida licença ao servidor para Art. 91.  A critério da Administração, poderão ser conce-
acompanhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado didas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não
para outro ponto do território nacional, para o exterior ou esteja em estágio probatório, licenças para o trato de as-
para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo suntos particulares pelo prazo de até três anos consecutivos,
e Legislativo. sem remuneração. 
§ 1o  A licença será por prazo indeterminado e sem Parágrafo único.  A licença poderá ser interrompida, a
remuneração. qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do ser-
§ 2o  No deslocamento de servidor cujo cônjuge ou viço. 
companheiro também seja servidor público, civil ou militar,
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Seção VIII
Federal e dos Municípios, poderá haver exercício provisório
Da Licença para o Desempenho de Mandato Clas-
em órgão ou entidade da Administração Federal direta,
autárquica ou fundacional, desde que para o exercício de sista
atividade compatível com o seu cargo. 
Art. 92. É assegurado ao servidor o direito à licença sem
Seção IV remuneração para o desempenho de mandato em confede-
Da Licença para o Serviço Militar ração, federação, associação de classe de âmbito nacional,
sindicato representativo da categoria ou entidade fiscali-
Art. 85.  Ao servidor convocado para o serviço militar zadora da profissão ou, ainda, para participar de gerência
será concedida licença, na forma e condições previstas na ou administração em sociedade cooperativa constituída por
legislação específica. servidores públicos para prestar serviços a seus membros,
Parágrafo único.  Concluído o serviço militar, o servidor observado o disposto na alínea c do inciso VIII do art. 102
terá até 30 (trinta) dias sem remuneração para reassumir o desta Lei, conforme disposto em regulamento e observados
exercício do cargo. os seguintes limites:

12
LEGISLAÇÃO

I - para entidades com até 5.000 (cinco mil) associados, contidas nos incisos I e II e §§ 1º e 2º deste artigo,
2 (dois) servidores; ficando o exercício do empregado cedido condicionado
II - para entidades com 5.001 (cinco mil e um) a 30.000 a autorização específica do Ministério do Planejamento,
(trinta mil) associados, 4 (quatro) servidores; Orçamento e Gestão, exceto nos casos de ocupação de
III - para entidades com mais de 30.000 (trinta mil) asso- cargo em comissão ou função gratificada. 
ciados, 8 (oito) servidores. § 7° O Ministério do Planejamento, Orçamento e
§ 1º Somente poderão ser licenciados os servidores Gestão, com a finalidade de promover a composição da
eleitos para cargos de direção ou de representação nas força de trabalho dos órgãos e entidades da Administração
referidas entidades, desde que cadastradas no órgão Pública Federal, poderá determinar a lotação ou o exercício
competente. de empregado ou servidor, independentemente da
§ 2º A licença terá duração igual à do mandato, observância do constante no inciso I e nos §§ 1° e 2° deste
podendo ser renovada, no caso de reeleição. artigo. 
Capítulo V Seção II
Dos Afastamentos
Do Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo
Seção I
Art. 94.  Ao servidor investido em mandato eletivo apli-
Do Afastamento para Servir a Outro Órgão ou En-
cam-se as seguintes disposições:
tidade
I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital,
Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercí- ficará afastado do cargo;
cio em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios ou em serviço cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
social autônomo instituído pela União que exerça atividades III - investido no mandato de vereador:
de cooperação com a administração pública federal, nas se- a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as
guintes hipóteses: vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do
I - para exercício de cargo em comissão, função de con- cargo eletivo;
fiança ou, no caso de serviço social autônomo, para o exercí- b) não havendo compatibilidade de horário, será afas-
cio de cargo de direção ou de gerência; tado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remune-
II - em casos previstos em leis específicas. ração.
§ 1º Na hipótese de que trata o inciso I do caput, § 1o  No caso de afastamento do cargo, o servidor
sendo a cessão para órgãos ou entidades dos Estados, contribuirá para a seguridade social como se em exercício
do Distrito Federal, dos Municípios ou para serviço social estivesse.
autônomo, o ônus da remuneração será do órgão ou da § 2o  O servidor investido em mandato eletivo ou
entidade cessionária, mantido o ônus para o cedente nos classista não poderá ser removido ou redistribuído de ofício
demais casos. para localidade diversa daquela onde exerce o mandato.
§ 2º Na hipótese de o servidor cedido a empresa
pública, sociedade de economia mista ou serviço social Seção III
autônomo, nos termos de suas respectivas normas, optar Do Afastamento para Estudo ou Missão no Exterior
pela remuneração do cargo efetivo ou pela remuneração
do cargo efetivo acrescida de percentual da retribuição do Art. 95.  O servidor não poderá ausentar-se do País para
cargo em comissão, de direção ou de gerência, a entidade estudo ou missão oficial, sem autorização do Presidente da
cessionária ou o serviço social autônomo efetuará o República, Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo e Pre-
reembolso das despesas realizadas pelo órgão ou pela
sidente do Supremo Tribunal Federal.
entidade de origem.
§ 1o  A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda
§ 3o  A cessão far-se-á mediante Portaria publicada no
a missão ou estudo, somente decorrido igual período, será
Diário Oficial da União. 
permitida nova ausência.
§ 4o  Mediante autorização expressa do Presidente
da República, o servidor do Poder Executivo poderá § 2o  Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo
ter exercício em outro órgão da Administração Federal não será concedida exoneração ou licença para tratar de
direta que não tenha quadro próprio de pessoal, para fim interesse particular antes de decorrido período igual ao do
determinado e a prazo certo.  afastamento, ressalvada a hipótese de ressarcimento da
§ 5° Aplica-se à União, em se tratando de empregado despesa havida com seu afastamento.
ou servidor por ela requisitado, as disposições dos §§ 1º e § 3o  O disposto neste artigo não se aplica aos servidores
2º deste artigo.  da carreira diplomática.
§ 6° As cessões de empregados de empresa pública ou § 4o   As hipóteses, condições e formas para a
de sociedade de economia mista, que receba recursos de autorização de que trata este artigo, inclusive no que se
Tesouro Nacional para o custeio total ou parcial da sua folha refere à remuneração do servidor, serão disciplinadas em
de pagamento de pessoal, independem das disposições regulamento. 

13
LEGISLAÇÃO

Art. 96.  O afastamento de servidor para servir em orga- Capítulo VI


nismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual Das Concessões
coopere dar-se-á com perda total da remuneração.
Art. 97.  Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor au-
Seção IV sentar-se do serviço:
Do Afastamento para Participação em Programa I - por 1 (um) dia, para doação de sangue;
de Pós-Graduação Stricto Sensu no País II - pelo período comprovadamente necessário para
alistamento ou recadastramento eleitoral, limitado, em
Art. 96-A.  O servidor poderá, no interesse da Adminis- qualquer caso, a dois dias; e (Redação dada pela Medida
tração, e desde que a participação não possa ocorrer simul- Provisória nº 632, de 2013)
taneamente com o exercício do cargo ou mediante compen- III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão de :
a) casamento;
sação de horário, afastar-se do exercício do cargo efetivo,
b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madras-
com a respectiva remuneração, para participar em pro-
ta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela
grama de pós-graduação stricto sensu em instituição de
e irmãos.
ensino superior no País. 
§ 1o  Ato do dirigente máximo do órgão ou entidade Art. 98.  Será concedido horário especial ao servidor
definirá, em conformidade com a legislação vigente, os estudante, quando comprovada a incompatibilidade entre
programas de capacitação e os critérios para participação o horário escolar e o da repartição, sem prejuízo do exercício
em programas de pós-graduação no País, com ou sem do cargo.
afastamento do servidor, que serão avaliados por um § 1o  Para efeito do disposto neste artigo, será exigida
comitê constituído para este fim.  a compensação de horário no órgão ou entidade que tiver
§ 2o Os afastamentos para realização de programas exercício, respeitada a duração semanal do trabalho.
de mestrado e doutorado somente serão concedidos aos § 2o  Também será concedido horário especial ao
servidores titulares de cargos efetivos no respectivo órgão servidor portador de deficiência, quando comprovada a
ou entidade há pelo menos 3 (três) anos para mestrado necessidade por junta médica oficial, independentemente
e 4 (quatro) anos para doutorado, incluído o período de de compensação de horário. 
estágio probatório, que não tenham se afastado por licença § 3º As disposições constantes do § 2o são extensivas
para tratar de assuntos particulares para gozo de licença ao servidor que tenha cônjuge, filho ou dependente com
capacitação ou com fundamento neste artigo nos 2 (dois) deficiência.
§ 4o  Será igualmente concedido horário especial,
anos anteriores à data da solicitação de afastamento.
vinculado à compensação de horário a ser efetivada no
§ 3o Os afastamentos para realização de programas de
prazo de até 1 (um) ano, ao servidor que desempenhe
pós-doutorado somente serão concedidos aos servidores
atividade prevista nos incisos I e II do caput do art. 76-A
titulares de cargos efetivo no respectivo órgão ou entidade desta Lei. 
há pelo menos quatro anos, incluído o período de estágio
probatório, e que não tenham se afastado por licença para Art. 99.  Ao servidor estudante que mudar de sede no
tratar de assuntos particulares ou com fundamento neste interesse da administração é assegurada, na localidade da
artigo, nos quatro anos anteriores à data da solicitação de nova residência ou na mais próxima, matrícula em institui-
afastamento.  ção de ensino congênere, em qualquer época, independen-
§ 4o  Os servidores beneficiados pelos afastamentos temente de vaga.
previstos nos §§ 1o, 2o e 3o deste artigo terão que permanecer Parágrafo único.  O disposto neste artigo estende-se ao
no exercício de suas funções após o seu retorno por um cônjuge ou companheiro, aos filhos, ou enteados do servidor
período igual ao do afastamento concedido.  que vivam na sua companhia, bem como aos menores sob
§ 5o Caso o servidor venha a solicitar exoneração do sua guarda, com autorização judicial.
cargo ou aposentadoria, antes de cumprido o período
de permanência previsto no § 4o deste artigo, deverá Capítulo VII
ressarcir o órgão ou entidade, na forma do art. 47 da Lei Do Tempo de Serviço
no 8.112, de 11 de dezembro de 1990, dos gastos com seu
Art. 100.  É contado para todos os efeitos o tempo de ser-
aperfeiçoamento. 
viço público federal, inclusive o prestado às Forças Armadas.
§ 6o Caso o servidor não obtenha o título ou grau que
justificou seu afastamento no período previsto, aplica-se o
Art. 101.  A apuração do tempo de serviço será feita
disposto no § 5o deste artigo, salvo na hipótese comprovada em dias, que serão convertidos em anos, considerado o
de força maior ou de caso fortuito, a critério do dirigente ano como de trezentos e sessenta e cinco dias.
máximo do órgão ou entidade. 
§ 7o  Aplica-se à participação em programa de pós- Art. 102.  Além das ausências ao serviço previstas no art.
graduação no Exterior, autorizado nos termos do art. 95 97, são considerados como de efetivo exercício os afasta-
desta Lei, o disposto nos §§ 1o a 6o deste artigo.  mentos em virtude de:
I - férias;

14
LEGISLAÇÃO

II - exercício de cargo em comissão ou equivalente, em § 3o  É vedada a contagem cumulativa de tempo de


órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, Muni- serviço prestado concomitantemente em mais de um cargo
cípios e Distrito Federal; ou função de órgão ou entidades dos Poderes da União,
III - exercício de cargo ou função de governo ou adminis- Estado, Distrito Federal e Município, autarquia, fundação
tração, em qualquer parte do território nacional, por nomea- pública, sociedade de economia mista e empresa pública.
ção do Presidente da República;
IV - participação em programa de treinamento regular- Capítulo VIII
mente instituído ou em programa de pós-graduação stricto Do Direito de Petição
sensu no País, conforme dispuser o regulamento;
V - desempenho de mandato eletivo federal, estadual, Art. 104.  É assegurado ao servidor o direito de reque-
municipal ou do Distrito Federal, exceto para promoção por rer aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou inte-
merecimento; resse legítimo.
VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei;
VII - missão ou estudo no exterior, quando autorizado o Art. 105.  O requerimento será dirigido à autoridade
afastamento, conforme dispuser o regulamento;  competente para decidi-lo e encaminhado por intermé-
VIII - licença: dio daquela a que estiver imediatamente subordinado o re-
a) à gestante, à adotante e à paternidade; querente.
b) para tratamento da própria saúde, até o limite de vin-
te e quatro meses, cumulativo ao longo do tempo de serviço Art. 106.  Cabe pedido de reconsideração à autoridade
público prestado à União, em cargo de provimento efetivo;  que houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão,
c) para o desempenho de mandato classista ou partici- não podendo ser renovado. 
pação de gerência ou administração em sociedade coopera- Parágrafo único.  O requerimento e o pedido de reconsi-
tiva constituída por servidores para prestar serviços a seus deração de que tratam os artigos anteriores deverão ser des-
membros, exceto para efeito de promoção por merecimento;  pachados no prazo de 5 (cinco) dias e decididos dentro
d) por motivo de acidente em serviço ou doença profis- de 30 (trinta) dias.
sional;
e) para capacitação, conforme dispuser o regulamento;  Art. 107.  Caberá recurso: 
f) por convocação para o serviço militar; I - do indeferimento do pedido de reconsideração;
IX - deslocamento para a nova sede de que trata o art. II - das decisões sobre os recursos sucessivamente in-
18; terpostos.
X - participação em competição desportiva nacional ou § 1o  O recurso será dirigido à autoridade imediatamente
convocação para integrar representação desportiva nacio- superior à que tiver expedido o ato ou proferido a decisão,
nal, no País ou no exterior, conforme disposto em lei espe- e, sucessivamente, em escala ascendente, às demais
cífica; autoridades.
XI - afastamento para servir em organismo internacio- § 2o  O recurso será encaminhado por intermédio da
nal de que o Brasil participe ou com o qual coopere.  autoridade a que estiver imediatamente subordinado o
requerente.
Art. 103.  Contar-se-á apenas para efeito de aposenta-
doria e disponibilidade: Art. 108.  O prazo para interposição de pedido de re-
I - o tempo de serviço público prestado aos Estados, Mu- consideração ou de recurso é de 30 (trinta) dias, a contar
nicípios e Distrito Federal; da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão
II - a licença para tratamento de saúde de pessoal da fa- recorrida. 
mília do servidor, com remuneração, que exceder a 30 (trin-
ta) dias em período de 12 (doze) meses.  Art. 109.  O recurso poderá ser recebido com efeito sus-
III - a licença para atividade política, no caso do art. 86, pensivo, a juízo da autoridade competente.
§ 2o; Parágrafo único.  Em caso de provimento do pedido de
IV - o tempo correspondente ao desempenho de man- reconsideração ou do recurso, os efeitos da decisão retroagi-
dato eletivo federal, estadual, municipal ou distrital, anterior rão à data do ato impugnado.
ao ingresso no serviço público federal;
V - o tempo de serviço em atividade privada, vinculada Art. 110.  O direito de requerer prescreve:
à Previdência Social; I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de
VI - o tempo de serviço relativo a tiro de guerra; cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afe-
VII - o tempo de licença para tratamento da própria saú- tem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações
de que exceder o prazo a que se refere a alínea “b” do inciso de trabalho;
VIII do art. 102.  II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo
§ 1o  O tempo em que o servidor esteve aposentado quando outro prazo for fixado em lei.
será contado apenas para nova aposentadoria. Parágrafo único.  O prazo de prescrição será contado da
§ 2o  Será contado em dobro o tempo de serviço data da publicação do ato impugnado ou da data da
prestado às Forças Armadas em operações de guerra. ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado.

15
LEGISLAÇÃO

Art. 111.  O pedido de reconsideração e o recurso, ensejam sua imediata apuração (art. 143) e uma vez com-
quando cabíveis, interrompem a prescrição. provadas importam na responsabilização administrativa,
a desafiar, então, a aplicação de uma das sanções admi-
Art. 112.  A prescrição é de ordem pública, não poden- nistrativas (art. 127). Não é por outra razão que o art. 124
do ser relevada pela administração. declara que a responsabilidade administrativa resulta da
prática de ato omissivo (quando o servidor deixa de cum-
Art. 113.  Para o exercício do direito de petição, é asse- prir os deveres a ele impostos) ou comissivo (quando viola
gurada vista do processo ou documento, na repartição, proibição) praticado no desempenho do cargo ou função”.
ao servidor ou a procurador por ele constituído.
Capítulo I
Art. 114.  A administração deverá rever seus atos, a Dos Deveres
qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade.
Art. 116.  São deveres do servidor:
Art. 115.  São fatais e improrrogáveis os prazos esta- Os deveres do servidor previstos na Lei n° 8.112/90 são
belecidos neste Capítulo, salvo motivo de força maior. em muito compatíveis com os previstos no Código de Éti-
Estabelece a CF, no art. 5°, XXIV, a) o direito de petição, ca profissional do Servidor Público Civil do Poder Executi-
assegurado a todos: “são a todos assegurados, indepen- vo Federal (Decreto n° 1.171/94). Descrevem algumas das
dentemente do pagamento de taxas: a) o direito de petição condutas esperadas do servidor público quando do de-
aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ile- sempenho de suas funções. Em resumo, o servidor público
galidade ou abuso de poder;”. Os artigos acima descrevem deve desempenhar suas funções com cuidado, rapidez e
o direito de petição específico dos servidores públicos. pontualidade, sendo leal à instituição que compõe, respei-
tando as ordens de seus superiores que sejam adequadas
Do Regime Disciplinar às funções que desempenhe e buscando conservar o patri-
mônio do Estado. No tratamento do público, deve ser pres-
Título IV tativo e não negar o acesso a informações que não sejam
Do Regime Disciplinar sigilosas. Caso presencie alguma ilegalidade ou abuso de
poder, deve denunciar. Tomam-se como base os ensina-
O regime disciplinar do servidor público civil federal mentos de Lima a respeito destes deveres:
está estabelecido basicamente de duas maneiras: deveres
e proibições. Ontologicamente, são a mesma coisa: ambos I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do car-
deveres e proibições são normas protetivas da boa Admi- go;
nistração. Nas duas hipóteses, violado o preceito, cabível é “O primeiro dos deveres insculpidos no regime estatu-
uma punição. Deve-se notar, porém, que os deveres cons- tário é o dever de zelo. O zelo diz respeito às atribuições
tam da lei como ações, como conduta positiva; as proibi- funcionais e também ao cuidado com a economia do ma-
ções, ao contrário, são descritas como condutas vedadas terial, os bens da repartição e o patrimônio público. Sob o
ao servidor, de modo que ele deve abster-se de praticá- prisma da disciplina e da conservação dos bens e materiais
-las. Os deveres estão inscritos no artigo 116, não de modo da repartição, o servidor deve sempre agir com dedicação
exaustivo, porque o servidor deve obediência a todas as no desempenho das funções do cargo que ocupa, e que
normas legais ou infralegais, e o próprio inciso III do refe- lhe foram atribuídas desde o termo de posse. O servidor
rido dispositivo é, de certa maneira, uma norma disciplinar não é o dono do cargo. Dono do cargo é o Estado que o
em branco. remunera. Se o referido cargo não lhe pertence, o servi-
“Estes dispositivos preveem, basicamente, um conjunto dor deve exercer suas funções com o máximo de zelo que
de normas de conduta e de proibições impostas pela lei estiver ao seu alcance. Sua eventual menor capacidade de
aos servidores por ela abrangidos, tendo em vista a pre- desempenho, para não configurar desídia ou insuficiência
venção, a apuração e a possível punição de atos e omissões de desempenho, deverá ser compensada com um maior
que possam por em risco o funcionamento adequado da esforço e dedicação de sua parte. Se um servidor altamen-
administração pública, do posto de vista ético, do ponto te preparado e capaz, vem a praticar atos que configurem
de vista da eficiência e do ponto de vista da legalidade. De- desídia ou mesmo falta mais grave, poderá vir a ser punido.
correm, estes dispositivos, do denominado Poder Discipli- Porque o que se julgará não é a pessoa do servidor, mas a
nar que é aquele conferido à Administração com o objetivo conduta a ele imputável. O zelo não deve se limitar apenas
de manter sua disciplina interna, na medida em que lhe às atribuições específicas de sua atividade. O servidor deve
atribui instrumentos para punir seus servidores (e também ter zelo não somente com os bens e interesses imateriais
àqueles que estejam a ela vinculados por um instrumento (a imagem, os símbolos, a moralidade, a pontualidade, o
jurídico determinado - particulares contratados pela Ad- sigilo, a hierarquia) como também para com os bens e in-
ministração). [...]“O disposto no Título IV da lei nº 8.112/90 teresses patrimoniais do Estado”.
prevê basicamente um conjunto de obrigações impostas
aos servidores por ela regidos. Tais obrigações, ora positi- II - ser leal às instituições a que servir;
vas (os denominados Deveres – art. 116), ora negativas (as “O servidor que cumprir todos os deveres e normas
denominadas Proibições – art. 117) uma vez inadimplidas administrativas já positivadas, consequentemente, é leal à

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LEGISLAÇÃO

instituição que lhe remunera. Sob o prisma constitucional é “Todo servidor público é obrigado a dar conhecimento
que devemos entender a norma hoje. Sendo assim, o dever ao chefe da repartição acerca das irregularidades de que
de lealdade está inserido no Estatuto como norma progra- toma conhecimento no exercício de suas atribuições. Deve
mática, orientadora da conduta dos servidores”. levar ao conhecimento da chefia imediata pelo sistema hie-
rárquico. Supõe-se que os titulares das chefias ou divisões
III - observar as normas legais e regulamentares; detêm um conhecimento maior de como corrigir o erro ou
“A função desta norma é de não deixar sem resposta comunicar aos órgãos de controle para a devida apuração.
qualquer que seja a irregularidade cometida. Daí a neces- De nada adiantaria o servidor, ciente de um ato irregular,
sária correlação nesses casos que temos de fazer do art. ir comunicar ao público ou a terceiros. Além do dever de
116, inciso III, com a norma violada, e já prevista em outra sigilo, há assuntos que exigem certas reservas, visando ao
lei, decreto, instrução, ordem de serviço ou portaria”. bem do serviço público, da segurança nacional e mesmo
da sociedade”.
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando ma-
nifestamente ilegais; VII - zelar pela economia do material e a conservação
“O servidor integra a estrutura organizacional do ór- do patrimônio público;
gão em que presta suas atribuições funcionais. O Estado “Esse deve é basilar. Se o agente não zelar pela econo-
se movimenta através dos seus diversos órgãos. Dentro mia e pela conservação dos bens públicos presta um des-
dos órgãos públicos, há um escalonamento de cargos e serviço à nação que lhe remunera. E como se verá adiante
funções que servem ao cumprimento da vontade do ente poderá ser causa inclusive de demissão, se não cumprir o
estatal. Este escalonamento, posto em movimento, é o presente dever, quando por descumprimento dele a gra-
que vimos até agora chamando de hierarquia. A hierarquia vidade do fato implicar a infração a normas mais graves”.
existe para que do alto escalão até a prática dos adminis-
trados as coisas funcionem. Disso decorre que quando é VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição;
emitida uma ordem para o servidor subordinado, este deve “O agente público deve guardar sigilo sobre o que se
dar cumprimento ao comando. Porém quando a ordem é passa na repartição, principalmente quanto aos assuntos
visivelmente ilegal, arbitrária, inconstitucional ou absurda, oficiais. Pela Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011,
o servidor não é obrigado a dar seguimento ao que lhe é hoje está regulamentado o acesso às informações. Porém,
ordenado. Quando a ordem é manifestamente ilegal? Há o servidor deve ter cuidado, pois até mesmo o fornecimen-
uma margem de interpretação, principalmente se o servi- to ou divulgação das informações exigem um procedimen-
dor subordinado não tiver nenhuma formação de ordem to. Maior cuidado há que se ter, quando a informação pos-
jurídica. Logo, é o bom senso que irá margear o que é fla- sa expor a intimidade da pessoa humana. As informações
grantemente inconstitucional”. pessoais dos administrados em geral devem ser tratadas
forma transparente e com respeito à intimidade, à vida
V - atender com presteza: privada, à honra e à imagem das pessoas, bem como às
a) ao público em geral, prestando as informações reque- liberdades e garantias individuais, segundo o artigo 31, da
ridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; Lei nº 21.527, 2011. A exceção para o sigilo existe, pois, não
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de devemos tratar a questão em termos de cláusula jurídica
direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal; de caráter absoluto, podendo ter autorizada a divulgação
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública. ou o acesso por terceiros quando haja previsão legal. Outra
“Este dever foi insculpido na lei para que o servidor exceção é quando há o consentimento expresso da pessoa
público trabalhe diuturnamente no sentido de desfazer a a que elas se referirem. No caso de cumprimento de or-
imagem desagradável que o mesmo possui perante a so- dem judicial, para a defesa de direitos humanos, e quando
ciedade. Exige-se que atue com presteza no atendimento a a proteção do interesse público e geral preponderante o
informações solicitadas pela Fazenda Pública. Esta engloba exigir, também devem ser fornecidas as informações. Por-
o fisco federal, estadual, municipal e distrital. O servidor tanto, o servidor há que ter reserva no seu comportamento
público tem que ser expedito, diligente, laborioso. Não há e fala, esquivando-se de revelar o conteúdo do que se pas-
mais lugar para o burocrata que se afasta do administra- sa no seu trabalho. Se o assunto pululante é uma irregula-
do, dificultando a vida de quem necessita de atendimen- ridade absurda, deve então reduzir a escrito e representar
to rápido e escorreito. Entretanto, há um longo caminho a para que se apure o caso. Deveriam diminuir as conversas
ser percorrido até que se atinja um mínimo ideal de aten- de corredor e se efetivar a apuração dos fatos através do
dimento e de funcionamento dos órgãos públicos, o que processo administrativo disciplinar. Os assuntos objeto do
deve necessariamente passar por critérios de valorização serviço merecem reserva. Devem ficar circunscritos aos ser-
dos servidores bons e de treinamento e qualificação per- vidores designados para o respectivo trabalho interno, não
manente dos quadros de pessoal”. devendo sair da seção ou setor de trabalho, sem o trâmite
hierárquico do chefe imediato. Se o assunto ou o trabalho,
VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em enfim, merecer divulgação mais ampla, deve ser contatado
razão do cargo ao conhecimento da autoridade superior ou, o órgão de assessoria de comunicação social, que saberá
quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conheci- proceder de forma oficial, obedecendo ao bom senso e às
mento de outra autoridade competente para apuração;  leis vigentes”.

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LEGISLAÇÃO

IX - manter conduta compatível com a moralidade ad- aos órgãos superiores. Assim é que o dever de informar
ministrativa; acerca de irregularidades anda de braço dado com o dever
“O ato administrativo não se satisfaz somente com o de representar. Não surtindo efeito a notícia da irregulari-
ser legal. Para ser válido o ato administrativo tem que ser dade, não corrigida esta, sobrevém o dever de representar.
compatível com a moralidade administrativa. O agente O dever de representação não deixa de ser uma prerro-
deve se comportar em seus atos de maneira proba, escor- gativa legal, investindo o servidor de um múnus público
reita, séria, não atuando com intenções escusas e desvir- importante, constituindo o servidor em um curador legal
tuadas. Seu poder-dever não pode ser utilizado, por exem- do ente público. O mais humilde servidor passa a ser um
plo, para satisfação de interesses menores, como realizar a agente promotor de legalidade. É claro o inciso XII do art.
prática de determinado ato para beneficiar uma amante ou 116 quando diz que é dever do servidor “representar con-
um parente. Se o agente viola o dever de agir com com- tra ilegalidade, omissão ou abuso de poder”. De modo que
portamento incompatível com a moralidade administrativa, também a omissão pode ensejar a representação. A omis-
poderá estar sujeito a sanção disciplinar. Seu ato ímprobo são do agente que ilegalmente não pratica ato a que se
ou imoral configura o chamado desvio de poder, que é to- acha vinculado pode até configurar o ilícito penal de pre-
talmente abominável no Direito Administrativo e poderá varicação. O dever de representação deve ser privilegiado,
ser anulado interna corporis ou judicialmente através da mas deve ser usado com o devido equilíbrio, não podendo
ação popular, ação de ressarcimento ao erário e ação civil servir a finalidades egoísticas, político-partidárias, induzido
pública se o ato violar direito coletivo ou transindividual”. por inimizades de cunho pessoal, o que de pronto trespas-
sará o representante de autor a réu por prática de abuso de
X - ser assíduo e pontual ao serviço; poder ou denunciação caluniosa”.
“Dois conceitos diferentes, porém parecidos. Ser assí-
duo significa ser presente dentro do horário do expedien- Capítulo II
te. O oposto do assíduo é o ausente, o faltoso. Pontual é Das Proibições
aquele servidor que não atrasa seus compromissos. É o que
comparece no horário para as reuniões de trabalho e de- Art. 117.  Ao servidor é proibido: 
mais atividades relacionadas com o exercício do cargo que
Em contraposição aos deveres do servidor público,
ocupa. Embora sejam conceitos diferentes, aqui o dever
existem diversas proibições, que também estão em boa
violado, seja por impontualidade, seja por inassiduidade
parte abrangidas pelo Decreto n° 1.171/94. A violação dos
(que ainda não aquela inassiduidade habitual de 60 dias
deveres ou a prática de alguma das violações abaixo des-
ensejadora de demissão), merece reprimenda de advertên-
critas caracterizam infração administrativa disciplinar.
cia, com fins educativos e de correção do servidor”.
“Nas Proibições – art. 117, constata-se, desde logo, sua
objetividade e taxatividade, o que veda sua ampliação e o
XI - tratar com urbanidade as pessoas;
uso de interpretações analógicas ou sistemáticas visto se-
“No mundo moderno, e máxime em nossa civilização
ocidental, o trato tem que ser o mais urbano possível. Ur- rem condutas restritivas de direitos, sujeitas, portanto, ao
bano, nessa acepção, não quer dizer citadino ou oriundo princípio da reserva legal. O descumprimento dessas proi-
da urbe (cidade), mas, sim, educado, civilizado, cordato e bições podem inclusive, ensejar o enquadramento penal
que não possa criar embaraços aos usuários dos serviços do servidor, pois muitas das condutas ali descritas, confi-
públicos”. guram prática de delito penal”.

XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem
de poder. prévia autorização do chefe imediato;
Parágrafo único.  A representação de que trata o inciso Violação do dever de assiduidade.
XII será encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela
autoridade superior àquela contra a qual é formulada, II - retirar, sem prévia anuência da autoridade compe-
assegurando-se ao representando ampla defesa. tente, qualquer documento ou objeto da repartição;
Caso o funcionário público denuncie outro servidor, Violação do dever de zelo com o patrimônio público.
esta representação será encaminhada a alguém que seja
superior hierarquicamente ao denunciado, que terá direito III - recusar fé a documentos públicos;
à ampla defesa. É dever do servidor público conferir fé aos documentos
“O servidor tem obrigação legal de dar conhecimen- públicos, revestindo-lhes da autoridade e confiança que
to às autoridades de qualquer irregularidade de que tiver seu cargo possui. Violação do dever de transparência.
ciência em razão do cargo, principalmente no processo
em que está atuando ou quando o fato aconteceu sob as IV - opor resistência injustificada ao andamento de
suas vistas. Não é concebível que o servidor se defronte documento e processo ou execução de serviço;
com uma irregularidade administrativa e fique inerte. Deve Não cabe impedir que o trâmite da administração seja
provocar quem de direito para que a irregularidade seja alterado por um capricho pessoal. Violação ao dever de ce-
sanada de imediato. Caso haja indiferença no seu círculo leridade e eficiência, bem como de impessoalidade.
de atuação, i.e., no seu setor ou seção, deverá representar

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LEGISLAÇÃO

V - promover manifestação de apreço ou desapreço no trador de empresa privada, exceto na qualidade de mero
recinto da repartição; cotista, acionário ou comanditário. Atualmente, a empresa
Violação do dever de discrição. pode até não estar personificada, por exemplo, não estar
devidamente constituída e registrada nos órgãos compe-
VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos tentes (Junta Comercial, fisco estadual, municipal, distrital
casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja e federal, e órgãos de controle: ambiental, trabalhista etc.).
de sua responsabilidade ou de seu subordinado; Comprovada detidamente a gerência ou administração da
Quem é designado para o desempenho de uma função sociedade particular em concomitância com a pretensa
pública deve desempenhá-la, não podendo designar outra carga horária da repartição pública, deve ser aplicada a pe-
pessoa para prestar seus serviços ou de seu subordinado. nalidade de demissão.

VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de fi- XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto
liarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios
político; previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo
O direito de associação é livre, não podendo um fun- grau, e de cônjuge ou companheiro;
cionário forçar o seu subordinado a associar-se sindical ou Não cabe atuar como procurador perante repartições
politicamente. públicas de forma profissional. Daí a limitação à atuação
como representante de parente até segundo grau (irmãos,
VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou fun- ascendentes e descendentes, cônjuges e companheiros).
ção de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o
segundo grau civil; XII - receber propina, comissão, presente ou vanta-
É a chamada prática de nepotismo. Do latim nepos, gem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;
neto ou descendente, é o termo utilizado para designar o A percepção de vantagem indevida gerando enrique-
favorecimento de parentes (ou amigos próximos) em detri- cimento ilícito também caracteriza ato de improbidade ad-
mento de pessoas mais qualificadas, especialmente no que ministrativa de maior gravidade, bem como crime de cor-
rupção passiva.
diz respeito à nomeação ou elevação de cargos. O Decreto
nº 7.203, de 4 de junho de 2010 dispõe sobre a vedação
XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado
do nepotismo no âmbito da administração pública federal.
estrangeiro;
Súmula Vinculante nº 13: “A nomeação de cônjuge,
Trata-se de indício da intenção de praticar atos contrá-
companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por
rios ao interesse do Estado ao qual esteja vinculado.
afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade no-
meante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investi-
XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas;
do em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o
Usura significa agiotagem, que é o empréstimo de di-
exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, nheiro a particulares obtendo juros abusivos em troca. As
de função gratificada na Administração Pública direta e in- atividades de empréstimo somente podem ser desempe-
direta, em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do nhadas com fim lucrativo por instituições credenciadas.
Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste
mediante designações recíprocas, viola a Constituição Fe- XV - proceder de forma desidiosa;
deral.” Obs.: se o concurso pedir pelo entendimento juris- Desídia é desleixo, descuido, preguiça, indolência.
prudencial, vá pela súmula, mas se não mencionar nada
se atenha ao texto da lei, visto que há pequenas variações XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição
entre o texto da súmula e o da lei. em serviços ou atividades particulares;
O aparato da administração pública pertence ao Esta-
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou do, não cabendo ao servidor utilizá-lo em atividades par-
de outrem, em detrimento da dignidade da função pública; ticulares.
O cargo público serve apenas aos interesses da admi-
nistração pública, ou seja, da coletividade, não aos interes- XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas
ses pessoais do servidor. ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e
transitórias;
X - participar de gerência ou administração de socie- Cada servidor público tem sua atribuição legal, não
dade privada, personificada ou não personificada, exercer o cabendo designá-lo para desempenhar funções diversas
comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou co- salvo em caso de extrema necessidade.
manditário;
Não cabe ao servidor público administrar sociedade XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incom-
privada, o que pode comprometer sua eficiência e impar- patíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário
cialidade no exercício da função pública. No princípio, ou de trabalho;
seja, na redação original do Estatuto era proibida apenas a O exercício de atividades incompatíveis propicia uma
participação do servidor como sócio gerente ou adminis- violação ao princípio da imparcialidade.

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LEGISLAÇÃO

XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais § 3o  Considera-se acumulação proibida a percepção


quando solicitado. de vencimento de cargo ou emprego público efetivo com
A atualização de dados cadastrais é necessária para proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que
manter a administração ciente da situação de seu servidor. decorram essas remunerações forem acumuláveis na
atividade.
Parágrafo único.  A vedação de que trata o inciso X do Exterioriza-se, por exemplo, a proibição de que o agen-
caput deste artigo não se aplica nos seguintes casos:  te se aposente do serviço público e continue o exercendo,
I - participação nos conselhos de administração e fiscal recebendo aposentadoria e salário.
de empresas ou entidades em que a União detenha, direta
ou indiretamente, participação no capital social ou em so- Art. 119.  O servidor não poderá exercer mais de um
ciedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus cargo em comissão, exceto no caso previsto no parágrafo
membros; e  único do art. 9o, nem ser remunerado pela participação em
II - gozo de licença para o trato de interesses particu- órgão de deliberação coletiva. 
lares, na forma do art. 91 desta Lei, observada a legislação Cargo em comissão é aquele que não exige aprovação
sobre conflito de interesses.  em concurso público, sendo designado para o exercício
Nestes casos, é possível participar diretamente da ad- por possuir um vínculo de confiança com o superior. So-
ministração de sociedade privada, pois o interesse estatal mente é possível exercer 1, salvo interinamente. Da mesma
não será comprometido. forma, não cabe remuneração por participar de órgão de
deliberação coletiva.
Capítulo III
Da Acumulação Parágrafo único.  O disposto neste artigo não se aplica
à remuneração devida pela participação em conselhos de
Art. 118.  Ressalvados os casos previstos na Constituição, administração e fiscal das empresas públicas e sociedades de
é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos. economia mista, suas subsidiárias e controladas, bem como
Estabelece o artigo 37, XVI da Constituição Federal: quaisquer empresas ou entidades em que a União, direta ou
indiretamente, detenha participação no capital social, obser-
É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, vado o que, a respeito, dispuser legislação específica. 
exceto, quando houver compatibilidade de horários,
O exercício de função em determinados conselhos de
observado em qualquer caso o disposto no inciso XI. 
administração e fiscais aceita remuneração. Trata-se de ex-
a) a de dois cargos de professor; 
ceção ao caput.
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou
científico;
Art. 120.  O servidor vinculado ao regime desta Lei, que
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profis-
acumular licitamente dois cargos efetivos, quando investido
sionais de saúde, com profissões regulamentadas;
em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de
Segundo Carvalho Filho, “o fundamento da proibição é ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em que houver
impedir que o cúmulo de funções públicas faça com que o compatibilidade de horário e local com o exercício de um
servidor não execute qualquer delas com a necessária efi- deles, declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou
ciência. Além disso, porém, pode-se observar que o Cons- entidades envolvidos.
tituinte quis também impedir a cumulação de ganhos em Se o servidor já cumular dois cargos efetivos e for in-
detrimento da boa execução de tarefas públicas. [...] Nota- vestido de um cargo em comissão, ficará afastado dos car-
-se que a vedação se refere à acumulação remunerada. Em gos efetivos a não ser que exista compatibilidade de ho-
consequência, se a acumulação só encerra a percepção de rários e local com um deles, caso em que se afastará de
vencimentos por uma das fontes, não incide a regra cons- somente um cargo efetivo.
titucional proibitiva”. “Os artigos 118 a 120 da lei nº 8.112/90 ao tratarem da
acumulação de cargos e funções públicas, regulamentam,
§ 1o  A proibição de acumular estende-se a cargos, no âmbito do serviço público federal a vedação genérica
empregos e funções em autarquias, fundações públicas, constante do art. 37, incisos VXI e XVII, da Constituição da
empresas públicas, sociedades de economia mista da República. De fato, a acumulação ilícita de cargos públicos
União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e constitui uma das infrações mais comuns praticadas por
dos Municípios. servidores públicos, o que se constata observando o eleva-
A proibição vale tanto para a administração direta do número de processos administrativos instaurados com
quanto para a indireta. esse objeto. O sistema adotado pela lei nº 8.112/90 é rela-
tivamente brando, quando cotejado com outros estatutos
§ 2o   A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica de alguns Estados, visto que propicia ao servidor incurso
condicionada à comprovação da compatibilidade de nessa ilicitude diversas oportunidades para regularizar sua
horários. situação e escapar da pena de demissão. Também prevê a
Se o Estado pretende que o desempenho de atividade lei em comentário, um processo administrativo simplifica-
cumulada não gere prejuízo à função pública, correto que do (processo disciplinar de rito sumário) para a apuração
exija a comprovação de compatibilidade de horários; dessa infração – art. 133” .

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LEGISLAÇÃO

Capítulo IV Prevê o artigo 37, §6° da Constituição Federal:


Das Responsabilidades
As pessoas jurídicas de direito público e as de direito pri-
Art. 121.  O servidor responde civil, penal e adminis- vado prestadoras de serviços públicos responderão pelos da-
trativamente pelo exercício irregular de suas atribuições. nos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
Segundo Carvalho Filho, “a responsabilidade se origina assegurado o direito de regresso contra o responsável nos
de uma conduta ilícita ou da ocorrência de determinada casos de dolo ou culpa.
situação fática prevista em lei e se caracteriza pela natureza
do campo jurídico em que se consuma. Desse modo, a res- Este artigo deixa clara a formação de uma relação jurí-
ponsabilidade pode ser civil, penal e administrativa. Cada dica autônoma entre o Estado e o agente público que cau-
responsabilidade é, em princípio, independente da outra”. sou o dano no desempenho de suas funções. Nesta rela-
É possível que o mesmo fato gere responsabilidade civil, ção, a responsabilidade civil será subjetiva, ou seja, caberá
penal e administrativa, mas também é possível que este ao Estado provar a culpa do agente pelo dano causado, ao
gere apenas uma ou outra espécie de responsabilidade. qual foi anteriormente condenado a reparar. Direito de re-
Daí o fato das responsabilidades serem independentes: o
gresso é justamente o direito de acionar o causador direto
mesmo fato pode gerar a aplicação de qualquer uma delas,
do dano para obter de volta aquilo que pagou à vítima,
cumulada ou isoladamente.
considerada a existência de uma relação obrigacional que
Art. 122.  A responsabilidade civil decorre de ato omis- se forma entre a vítima e a instituição que o agente com-
sivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em põe.
prejuízo ao erário ou a terceiros. Assim, o Estado responde pelos danos que seu agen-
§ 1o  A indenização de prejuízo dolosamente causado te causar aos membros da sociedade, mas se este agen-
ao erário somente será liquidada na forma prevista no art. te agiu com dolo ou culpa deverá ressarcir o Estado do
46, na falta de outros bens que assegurem a execução do que foi pago à vítima. O agente causará danos ao praticar
débito pela via judicial. condutas incompatíveis com o comportamento ético dele
§ 2o  Tratando-se de dano causado a terceiros, esperado.
responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação A responsabilidade civil do servidor exige prévio pro-
regressiva. cesso administrativo disciplinar no qual seja assegurado
§ 3o  A obrigação de reparar o dano estende-se aos contraditório e ampla defesa.
sucessores e contra eles será executada, até o limite do Trata-se de responsabilidade civil subjetiva ou com
valor da herança recebida. culpa. Havendo ação ou omissão com culpa do servidor
O instituto da responsabilidade civil é parte integran- que gere dano ao erário (Administração) ou a terceiro (ad-
te do direito obrigacional, uma vez que a principal conse- ministrado), o servidor terá o dever de indenizar.
quência da prática de um ato ilícito é a obrigação que gera
para o seu auto de reparar o dano, mediante o pagamen- Art. 123.  A responsabilidade penal abrange os crimes
to de indenização que se refere às perdas e danos. Afinal, e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade.
quem pratica um ato ou incorre em omissão que gere dano A responsabilidade penal do servidor decorre de uma
deve suportar as consequências jurídicas decorrentes, res- conduta que a lei penal tipifique como infração penal, ou
taurando-se o equilíbrio social. seja, como crime ou contravenção penal.
A responsabilidade civil, assim, difere-se da penal, po- O servidor poderá ser responsabilizado apenas penal-
dendo recair sobre os herdeiros do autor do ilícito até os mente, uma vez que somente caberá responsabilização civil
limites da herança, embora existam reflexos na ação que se o ato tiver causado prejuízo ao erário (elemento dano).
apure a responsabilidade civil conforme o resultado na es-
Os crimes contra a Administração Pública se encon-
fera penal (por exemplo, uma absolvição por negativa de
tram nos artigos 312 a 326 do Código Penal, mas existem
autoria impede a condenação na esfera cível, ao passo que
outros crimes espalhados pela legislação específica.
uma absolvição por falta de provas não o faz).
Genericamente, os elementos da responsabilidade civil
se encontram no art. 186 do Código Civil: “aquele que, por Art. 124.  A responsabilidade civil-administrativa re-
ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, sulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desem-
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusiva- penho do cargo ou função.
mente moral, comete ato ilícito”. Este é o artigo central do Quando o servidor pratica um ilícito administrativo, a
instituto da responsabilidade civil, que tem como elemen- ele é atribuída responsabilidade administrativa. O ilícito
tos: ação ou omissão voluntária (agir como não se deve pode verificar-se por conduta comissiva ou omissiva e os
ou deixar de agir como se deve), culpa ou dolo do agente fatos que o configuram são os previstos na legislação es-
(dolo é a vontade de cometer uma violação de direito e tatutária. Por exemplo, as sanções aplicadas pela Comissão
culpa é a falta de diligência), nexo causal (relação de causa de Ética por violação ao Decreto n° 1.171/94 são adminis-
e efeito entre a ação/omissão e o dano causado) e dano trativas.
(dano é o prejuízo sofrido pelo agente, que pode ser in-
dividual ou coletivo, moral ou material, econômico e não Art. 125.  As sanções civis, penais e administrativas po-
econômico). derão cumular-se, sendo independentes entre si.

21
LEGISLAÇÃO

Se as responsabilidades se cumularem, também as IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;


sanções serão cumuladas. Daí afirmar-se que tais respon- V - destituição de cargo em comissão;
sabilidades são independentes, ou seja, não dependem VI - destituição de função comissionada.
uma da outra. A advertência é a pena mais leve, um aviso de que o
funcionário se portou de forma inadequada e de que isso
Art. 126.  A responsabilidade administrativa do servidor não deve se repetir. A suspensão é uma sanção intermediá-
será afastada no caso de absolvição criminal que negue ria, fazendo com que o funcionário deixe de desempenhar
a existência do fato ou sua autoria. o cargo por certo período. Na demissão, o funcionário não
Determinadas decisões na esfera penal geram exclusão mais exercerá o cargo, sendo assim sanção mais grave. Ou-
da responsabilidade nas esferas civil e administrativa, quais tras sanções são cassação da aposentadoria ou disponibi-
sejam: absolvição por inexistência do fato ou negativa de lidade, destituição do cargo em comissão, destituição da
autoria. A absolvição criminal por falta de provas não gera função comissionada.
exclusão da responsabilidade civil e administrativa.
A absolvição proferida na ação penal, em regra, nada Art. 128.  Na aplicação das penalidades serão conside-
prejudica a pretensão de reparação civil do dano ex delicto, radas a natureza e a gravidade da infração cometida,
conforme artigos 65, 66 e 386, IV do CPP: “art. 65. Faz coisa os danos que dela provierem para o serviço público, as cir-
cunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes
julgada no cível a sentença penal que reconhecer ter sido o
funcionais.
ato praticado em estado de necessidade, em legítima defe-
Parágrafo único.  O ato de imposição da penalidade
sa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício
mencionará sempre o fundamento legal e a causa da san-
regular de direito” (excludentes de antijuridicidade); “art. ção disciplinar. 
66. não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, De forma fundamentada, justificada, se escolherá por
a ação civil poderá ser proposta quando não tiver sido, ca- uma ou outra sanção, conforme a gravidade do ato pra-
tegoricamente, reconhecida a inexistência material do ticado.
fato”; “art. 386, IV –  estar provado que o réu não concor-
reu para a infração penal”. Art. 129.  A advertência será aplicada por escrito, nos
Entendem Fuller, Junqueira e Machado: “a absolvição casos de violação de proibição constante do art. 117, inci-
dubitativa (motivada por juízo de dúvida), ou seja, por falta sos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcional
de provas, (art. 386, II, V e VII, na nova redação conferida ao previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não
CPP), não empresta qualquer certeza ao âmbito da jurisdi- justifique imposição de penalidade mais grave.
ção civil, restando intocada a possibilidade de, na ação civil Vide comentários aos incisos I a VII e XIX do art. 117.
de conhecimento, ser provada e reconhecida a existência A norma é genérica, envolvendo ainda qualquer outra vio-
do direito ao ressarcimento, de acordo com o grau de cog- lação de dever funcional que não exija sanção mais grave.
nição e convicção próprios da seara civil (na esfera penal,
a decisão de condenação somente pode ser lastreada em Art. 130.  A suspensão será aplicada em caso de reinci-
juízo de certeza, tendo em vista o princípio constitucional dência das faltas punidas com advertência e de violação
do estado de inocência)”. das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita
a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90
Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser responsabili- (noventa) dias.
zado civil, penal ou administrativamente por dar ciência à A suspensão é uma sanção administrativa intermediá-
autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvi- ria, aplicável se as práticas sujeitas a advertência se repe-
mento desta, a outra autoridade competente para apuração tirem ou em caso de infração grave que ainda assim não
de informação concernente à prática de crimes ou improbi- gere pena de demissão.
dade de que tenha conhecimento, ainda que em decorrência § 1o  Será punido com suspensão de até 15 (quin-
ze) dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser
do exercício de cargo, emprego ou função pública.
submetido a inspeção médica determinada pela autorida-
Este dispositivo visa garantir que os servidores públi-
de competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez
cos denunciem os servidores hierarquicamente superiores.
cumprida a determinação.
Afinal, todos teriam receio de denunciar se pudessem ser Trata-se de hipótese específica em que será aplicada
responsabilizados civil, penal ou administrativamente por suspensão.
tal denúncia caso no curso da apuração se verificasse que § 2o  Quando houver conveniência para o serviço,
ela não procedia. a penalidade de suspensão poderá ser convertida em
multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia de
Capítulo V vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado
Das Penalidades a permanecer em serviço.
Se for inconveniente para a administração pública abrir
Art. 127.  São penalidades disciplinares: mão do servidor, poderá multá-lo em 50% de seu venci-
I - advertência; mento/remuneração diário pelo número de dias de sus-
II - suspensão; pensão. O servidor não poderá se recusar a permanecer
III - demissão; em serviço.

22
LEGISLAÇÃO

Art.  131.   As penalidades de advertência e de suspen- I - instauração, com a publicação do ato que consti-
são terão seus registros cancelados, após o decurso de 3 tuir a comissão, a ser composta por dois servidores estáveis,
(três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, e simultaneamente indicar a autoria e a materialidade da
se o servidor não houver, nesse período, praticado nova in- transgressão objeto da apuração;
fração disciplinar. II - instrução sumária, que compreende indiciação, de-
Parágrafo único.  O cancelamento da penalidade não fesa e relatório; 
surtirá efeitos retroativos. III - julgamento.
O bom comportamento posterior do servidor faz com § 1o  A indicação da autoria de que trata o inciso I dar-
que o registro de advertência (após 3 anos) ou suspensão -se-á pelo nome e matrícula do servidor, e a materia-
(após 5 anos) seja apagado de seu registro, o que não sig- lidade pela descrição dos cargos, empregos ou funções
nifica que o servidor poderá requerer, por exemplo, o pa- públicas em situação de acumulação ilegal, dos órgãos
gamento referente aos dias que ficou suspenso. ou entidades de vinculação, das datas de ingresso, do
horário de trabalho e do correspondente regime jurídi-
Art. 132.  A demissão será aplicada nos seguintes casos: co.
I - crime contra a administração pública; § 2o  A comissão lavrará, até três dias após a publicação
Artigos 312 a 326 do Código Penal. do ato que a constituiu, termo de indiciação em que serão
transcritas as informações de que trata o parágrafo anterior,
II - abandono de cargo; bem como promoverá a citação pessoal do servidor indicia-
III - inassiduidade habitual; do, ou por intermédio de sua chefia imediata, para, no prazo
Deixar totalmente de exercer o cargo ou faltar em ex- de cinco dias, apresentar defesa escrita, assegurando-se-lhe
cesso. vista do processo na repartição, observado o disposto nos
arts. 163 e 164.
IV - improbidade administrativa; § 3o  Apresentada a defesa, a comissão elaborará relatório
Atos descritos na Lei n° 8.429/92. conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do
servidor, em que resumirá as peças principais dos autos,
V - incontinência pública e conduta escandalosa, na opinará sobre a licitude da acumulação em exame, indicará
repartição; o respectivo dispositivo legal e remeterá o processo à
Ausência de discrição no exercício das funções. autoridade instauradora, para julgamento.
§ 4o  No prazo de cinco dias, contados do recebimento
VI - insubordinação grave em serviço; do processo, a autoridade julgadora proferirá a sua decisão,
Violação grave do dever de obediência hierárquica. aplicando-se, quando for o caso, o disposto no § 3o do art.
167.
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, § 5o  A opção pelo servidor até o último dia de prazo
salvo em legítima defesa própria ou de outrem; para defesa configurará sua boa-fé, hipótese em que se con-
Ofensa física a servidor ou administrado que não para verterá automaticamente em pedido de exoneração do outro
se defender. cargo.
§ 6o  Caracterizada a acumulação ilegal e provada a
VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos; má-fé, aplicar-se-á a pena de demissão, destituição ou
IX - revelação de segredo do qual se apropriou em ra- cassação de aposentadoria ou disponibilidade em relação
zão do cargo; aos cargos, empregos ou funções públicas em regime de
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do acumulação ilegal, hipótese em que os órgãos ou entidades
patrimônio nacional; de vinculação serão comunicados. 
XI - corrupção; § 7o  O prazo para a conclusão do processo
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou fun- administrativo disciplinar submetido ao rito sumário não
ções públicas; excederá trinta dias, contados da data de publicação do
Na verdade, são atos de improbidade administrativa, ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação
então nem precisariam ser mencionados. por até quinze dias, quando as circunstâncias o exigirem.
§ 8o  O procedimento sumário rege-se pelas disposi-
XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117. ções deste artigo, observando-se, no que lhe for aplicável,
Vide comentários aos incisos IX a XVI do art. 117. subsidiariamente, as disposições dos Títulos IV e V desta Lei.
O artigo descreve o procedimento em caso de violação
Art. 133.  Detectada a qualquer tempo a acumulação do dever de não acumular cargos ilicitamente. No início,
ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, a auto- o servidor será notificado para se manifestar optando por
ridade a que se refere o art. 143 notificará o servidor, por um cargo. Se ficar omisso ou se recusar fazer a opção, será
intermédio de sua chefia imediata, para apresentar opção instaurado processo administrativo disciplinar. Nele, o ser-
no prazo improrrogável de dez dias, contados da data da vidor poderá apresentar defesa no sentido de ser lícita a
ciência e, na hipótese de omissão, adotará procedimento su- cumulação. Mas até o último dia do prazo para defesa o
mário para a sua apuração e regularização imediata, cujo servidor poderá optar por um caso, caso em que o proce-
processo administrativo disciplinar se desenvolverá nas dimento se converterá em pedido de exoneração do cargo
seguintes fases: não escolhido, presumindo-se a boa-fé do servidor.

23
LEGISLAÇÃO

Art. 134.  Será cassada a aposentadoria ou a dispo- Art. 140.  Na apuração de abandono de cargo ou inas-


nibilidade do inativo que houver praticado, na atividade, siduidade habitual, também será adotado o procedimento
falta punível com a demissão. sumário a que se refere o art. 133, observando-se especial-
Supondo que o servidor tenha praticado ato punível mente que: 
com demissão e, sabendo disso, se demita. Isso não evitará I - a indicação da materialidade dar-se-á: 
que sua aposentadoria seja cassada, assim como ele seria a) na hipótese de abandono de cargo, pela indicação
demitido se no exercício das funções. precisa do período de ausência intencional do servidor ao
serviço superior a trinta dias; 
Art. 135.  A destituição de cargo em comissão exer- b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos
cido por não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos dias de falta ao serviço sem causa justificada, por período
casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e igual ou superior a sessenta dias interpoladamente, durante
de demissão. o período de doze meses;
Parágrafo único.  Constatada a hipótese de que trata II - após a apresentação da defesa a comissão elaborará
este artigo, a exoneração efetuada nos termos do art. 35 será relatório conclusivo quanto à inocência ou à responsabili-
convertida em destituição de cargo em comissão. dade do servidor, em que resumirá as peças principais dos
Logo, a destituição do cargo em comissão por quem autos, indicará o respectivo dispositivo legal, opinará, na hi-
não ocupe um cargo efetivo é aplicável quando o comis- pótese de abandono de cargo, sobre a intencionalidade da
sionado aplicar não só os atos sujeitos à pena de demissão, ausência ao serviço superior a trinta dias e remeterá o pro-
mas também os sujeitos à pena de suspensão. cesso à autoridade instauradora para julgamento.
Por indicação de materialidade, entenda-se demons-
Art. 136.  A demissão ou a destituição de cargo em co- tração do fato. É preciso indicar especificamente os dias
missão, nos casos dos incisos IV, VIII, X e XI do art. 132, im- faltados.
plica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao Adota-se o procedimento do art. 133.
erário, sem prejuízo da ação penal cabível.
Nos casos de demissão e destituição do cargo em co- Art. 141.  As penalidades disciplinares serão aplicadas:
missão, os bens ficarão indisponíveis para o ressarcimento I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes das
do prejuízo sofrido pelo Estado, cabendo ainda ação penal Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo
própria. Procurador-Geral da República, quando se tratar de demis-
são e cassação de aposentadoria ou disponibilidade de servi-
Art. 137.  A demissão ou a destituição de cargo em dor vinculado ao respectivo Poder, órgão, ou entidade;
comissão, por infringência do art. 117, incisos IX e XI, incom- II - pelas autoridades administrativas de hierarquia
patibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo imediatamente inferior àquelas mencionadas no inciso an-
público federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos. terior  quando se tratar de suspensão superior a 30 (trin-
O ex-servidor que tenha se valido do cargo para lograr ta) dias;
proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignida- III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na for-
de da função pública ou que tenha  atuado como procura- ma dos respectivos regimentos ou regulamentos, nos casos
dor ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo em de advertência ou de suspensão de até 30 (trinta) dias;
hipóteses específicas, não poderá ser investido em cargo IV - pela autoridade que houver feito a nomeação,
público federal pelo prazo de 5 anos. quando se tratar de destituição de cargo em comissão.
Presidente da República/Presidentes da Câmara dos
Parágrafo único.  Não poderá retornar ao serviço públi- Deputados ou do Senado Federal/Presidentes dos Tribu-
co federal o servidor que for demitido ou destituído do cargo nais Federais - TRF, TRE, TRT, TSE, TST, STJ e STF/Procura-
em comissão por infringência do art. 132, incisos I, IV, VIII, dor-Geral da República - demissão ou cassação de apo-
X e XI. sentadoria/disponibilidade do servidor vinculado ao órgão
Vide incisos I, IV, VIII, X e XI do artigo 132. Nestes casos, (sanções mais graves).
não caberá jamais retorno ao serviço público federal, dian- Autoridade administrativa de hierarquia imediatamen-
te da gravidade dos atos praticados. te inferior às do inciso I - suspensão por mais de 30 dias
(sanção de suspensão, de gravidade intermediária, por
Art.  138.   Configura abandono de cargo a ausência maior período).
intencional do servidor ao serviço por mais de trinta Chefe da repartição e outras autoridades previstas no
dias consecutivos. regulamento - advertência e suspensão inferior a 30 dias
Conceito de abandono de cargo: ausência intencional (sanção de suspensão, de gravidade intermediária, por me-
por mais de 30 dias seguidos. Gera pena de demissão. nor período).
Autoridade que houver feito a nomeação, em qualquer
Art. 139.  Entende-se por inassiduidade habitual a fal- cargo de comissão, independente da pena.
ta ao serviço, sem causa justificada, por sessenta dias,
interpoladamente, durante o período de doze meses. Art. 142.  A ação disciplinar prescreverá:
Conceito de inassiduidade habitual, que também gera I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com
demissão: ausência por 60 dias num período de 12 meses demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e
de forma injustificada. destituição de cargo em comissão;

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LEGISLAÇÃO

II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão; Parágrafo único. Quando o fato narrado não configurar
III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto á advertência. evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será
§ 1o  O prazo de prescrição começa a correr da data em arquivada, por falta de objeto.
que o fato se tornou conhecido.
§ 2o  Os prazos de prescrição previstos na lei penal Art. 145. Da sindicância poderá resultar:
aplicam-se às infrações disciplinares capituladas também I - arquivamento do processo;
como crime. II - aplicação de penalidade de advertência ou suspen-
§ 3o  A abertura de sindicância ou a instauração de são de até 30 (trinta) dias;
processo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão III - instauração de processo disciplinar.
final proferida por autoridade competente. Parágrafo único. O prazo para conclusão da sindicân-
§ 4o  Interrompido o curso da prescrição, o prazo cia não excederá 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado
começará a correr a partir do dia em que cessar a por igual período, a critério da autoridade superior.
interrupção.
Prescrição é um instituto que visa regular a perda do Art. 146. Sempre que o ilícito praticado pelo servidor
ensejar a imposição de penalidade de suspensão por
direito de acionar judicialmente.
mais de 30 (trinta) dias, de demissão, cassação de apo-
No caso, o prazo é de 5 anos para as infrações mais
sentadoria ou disponibilidade, ou destituição de cargo
graves, 2 para as de gravidade intermediária (pena de sus-
em comissão, será obrigatória a instauração de proces-
pensão) e 180 dias para as menos graves (pena de adver- so disciplinar.
tência) - Contados da data em que o fato se tornou conhe- A sindicância é uma modalidade mais branda de apu-
cido pela administração pública. ração da infração administrativa porque ou gerará a apli-
Se a infração disciplinar for crime, valerão os prazos cação de uma sanção mais branda, ou apenas antecederá
prescricionais do direito penal, mais longos, logo, menos o processo administrativo disciplinar que aplique a sanção
favoráveis ao servidor. mais grave, entendendo-se por sanções mais graves qual-
Interrupção da prescrição significa parar a contagem quer uma pior do que suspensão por menos de 30 dias
do prazo para que, retornando, comece do zero. Da aber- (suspensão por mais de 30 dias, além de todas as outras
tura da sindicância ou processo administrativo disciplinar que geram perda do cargo ou da aposentadoria).
até a decisão final proferida por autoridade competente
não corre a prescrição. Proferida a decisão, o prazo começa Capítulo II
a contar do zero. Passado o prazo, não caberá mais propor Do Afastamento Preventivo
ação disciplinar.
Art. 147. Como medida cautelar e a fim de que o servi-
Processo administrativo disciplinar dor não venha a influir na apuração da irregularidade,
a autoridade instauradora do processo disciplinar poderá de-
Título V terminar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo
Do Processo Administrativo Disciplinar de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração.
Parágrafo único. O afastamento poderá ser prorrogado
Capítulo I por igual prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos, ainda
Disposições Gerais que não concluído o processo.
O afastamento preventivo é uma medida cautelar que
Art. 143. A autoridade que tiver ciência de irregularida- impede que o servidor tente influenciar na decisão da apu-
de no serviço público é obrigada a promover a sua apuração ração de sua infração, podendo ocorrer por no máximo 60
dias, prorrogáveis até 120 dias, sem perda de remuneração
imediata, mediante sindicância ou processo administrativo
(afinal, ainda não foi condenado).
disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa.
§§ 1º e 2º (Revogados)
Capítulo III
§ 3º A apuração de que trata o caput, por solicitação da Do Processo Disciplinar
autoridade a que se refere, poderá ser promovida por au-
toridade de órgão ou entidade diverso daquele em que Art. 148. O processo disciplinar é o instrumento des-
tenha ocorrido a irregularidade, mediante competência tinado a apurar responsabilidade de servidor por infra-
específica para tal finalidade, delegada em caráter perma- ção praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha
nente ou temporário pelo Presidente da República, pelos relação com as atribuições do cargo em que se encontre in-
presidentes das Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais vestido.
Federais e pelo Procurador-Geral da República, no âmbito do
respectivo Poder, órgão ou entidade, preservadas as compe- Art. 149. O processo disciplinar será conduzido por co-
tências para o julgamento que se seguir à apuração. missão composta de três servidores estáveis designados
pela autoridade competente, observado o disposto no § 3o
Art. 144. As denúncias sobre irregularidades serão ob- do art. 143, que indicará, dentre eles, o seu presidente, que
jeto de apuração, desde que contenham a identificação e o deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo
endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito, nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do
confirmada a autenticidade. indiciado.

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LEGISLAÇÃO

§ 1º A Comissão terá como secretário servidor desig- Art. 155. Na fase do inquérito, a comissão promoverá
nado pelo seu presidente, podendo a indicação recair em a tomada de depoimentos, acareações, investigações e
um de seus membros. diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recor-
§ 2º Não poderá participar de comissão de sindicância rendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a
ou de inquérito, cônjuge, companheiro ou parente do permitir a completa elucidação dos fatos.
acusado, consanguíneo ou afim, em linha reta ou cola-
teral, até o terceiro grau. Art. 156. É assegurado ao servidor o direito de acompa-
nhar o processo pessoalmente ou por intermédio de pro-
Art. 150. A Comissão exercerá suas atividades com in- curador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e
dependência e imparcialidade, assegurado o sigilo ne- contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de prova
cessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da pericial.
administração. § 1º O presidente da comissão poderá denegar pedidos
Parágrafo único. As reuniões e as audiências das comis- considerados impertinentes, meramente protelatórios, ou
sões terão caráter reservado. de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.
§ 2º Será indeferido o pedido de prova pericial, quando
Art. 151. O processo disciplinar se desenvolve nas se- a comprovação do fato independer de conhecimento
guintes fases: especial de perito.
I - instauração, com a publicação do ato que constituir
a comissão; Art. 157. As testemunhas serão intimadas a depor
II - inquérito administrativo, que compreende instru- mediante mandado expedido pelo presidente da comissão,
ção, defesa e relatório; devendo a segunda via, com o ciente do interessado, ser ane-
III - julgamento. xado aos autos.
Parágrafo único. Se a testemunha for servidor público,
Art. 152. O prazo para a conclusão do processo discipli- a expedição do mandado será imediatamente comunicada
nar não excederá 60 (sessenta) dias, contados da data de ao chefe da repartição onde serve, com a indicação do dia e
publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua hora marcados para inquirição.
prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o
exigirem. Art. 158. O depoimento será prestado oralmente e re-
§ 1º Sempre que necessário, a comissão dedicará tem- duzido a termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo por
po integral aos seus trabalhos, ficando seus membros dis- escrito.
pensados do ponto, até a entrega do relatório final. § 1º As testemunhas serão inquiridas separadamente.
§ 2º Na hipótese de depoimentos contraditórios
§ 2º As reuniões da comissão serão registradas em
ou que se infirmem, proceder-se-á à acareação entre os
atas que deverão detalhar as deliberações adotadas.
depoentes.
Este capítulo introduz aspectos sobre o processo admi-
nistrativo que serão aprofundados adiante e na própria lei
Art. 159. Concluída a inquirição das testemunhas, a co-
nº 9.784/99. Em suma, tem-se que o processo administra-
missão promoverá o interrogatório do acusado, observa-
tivo deve garantir a ampla defesa, será conduzido por uma
dos os procedimentos previstos nos arts. 157 e 158.
comissão de 3 membros funcionários estáveis que decidi-
§ 1º No caso de mais de um acusado, cada um deles
rão com independência e imparcialidade, divide-se em 3
será ouvido separadamente, e sempre que divergirem
fases e possui prazo limite de duração (60, eventualmente em suas declarações sobre fatos ou circunstâncias, será
+60). promovida a acareação entre eles.
§ 2º O procurador do acusado poderá assistir ao
Seção I interrogatório, bem como à inquirição das testemunhas,
Do Inquérito sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas,
facultando-se-lhe, porém, reinquiri-las, por intermédio do
Art. 153. O inquérito administrativo obedecerá ao prin- presidente da comissão.
cípio do contraditório, assegurada ao acusado ampla de-
fesa, com a utilização dos meios e recursos admitidos em Art. 160. Quando houver dúvida sobre a sanidade
direito. mental do acusado, a comissão proporá à autoridade com-
petente que ele seja submetido a exame por junta médica
Art. 154. Os autos da sindicância integrarão o pro- oficial, da qual participe pelo menos um médico psiquiatra.
cesso disciplinar, como peça informativa da instrução. Parágrafo único. O incidente de sanidade mental será
Parágrafo único. Na hipótese de o relatório da sindi- processado em auto apartado e apenso ao processo princi-
cância concluir que a infração está capitulada como ilícito pal, após a expedição do laudo pericial.
penal, a autoridade competente encaminhará cópia dos
autos ao Ministério Público, independentemente da ime- Art. 161. Tipificada a infração disciplinar, será for-
diata instauração do processo disciplinar. mulada a indiciação do servidor, com a especificação dos
fatos a ele imputados e das respectivas provas.

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LEGISLAÇÃO

§ 1º O indiciado será citado por mandado expedido § 1º Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada
pelo presidente da comissão para apresentar defesa da autoridade instauradora do processo, este será encami-
escrita, no prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se-lhe vista nhado à autoridade competente, que decidirá em igual
do processo na repartição. prazo.
§ 2º Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será § 2º Havendo mais de um indiciado e diversidade de
comum e de 20 (vinte) dias. sanções, o julgamento caberá à autoridade competente
§ 3º O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo para a imposição da pena mais grave.
dobro, para diligências reputadas indispensáveis. § 3º Se a penalidade prevista for a demissão ou cassação
§ 4º No caso de recusa do indiciado em apor o ciente de aposentadoria ou disponibilidade, o julgamento caberá
na cópia da citação, o prazo para defesa contar-se-á da
às autoridades de que trata o inciso I do art. 141.
data declarada, em termo próprio, pelo membro da
§ 4º Reconhecida pela comissão a inocência do ser-
comissão que fez a citação, com a assinatura de (2) duas
vidor, a autoridade instauradora do processo determinará
testemunhas.
o seu arquivamento, salvo se flagrantemente contrária à
Art. 162. O indiciado que mudar de residência fica obri- prova dos autos.
gado a comunicar à comissão o lugar onde poderá ser
encontrado. Art. 168. O julgamento acatará o relatório da comis-
são, salvo quando contrário às provas dos autos.
Art. 163. Achando-se o indiciado em lugar incerto e Parágrafo único. Quando o relatório da comissão con-
não sabido, será citado por edital, publicado no Diário Ofi- trariar as provas dos autos, a autoridade julgadora poderá,
cial da União e em jornal de grande circulação na localidade motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la
do último domicílio conhecido, para apresentar defesa. ou isentar o servidor de responsabilidade.
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o prazo para
defesa será de 15 (quinze) dias a partir da última publicação Art. 169. Verificada a ocorrência de vício insanável, a
do edital. autoridade que determinou a instauração do processo ou
outra de hierarquia superior declarará a sua nulidade, total
Art. 164. Considerar-se-á revel o indiciado que, regular- ou parcial, e ordenará, no mesmo ato, a constituição de ou-
mente citado, não apresentar defesa no prazo legal. tra comissão para instauração de novo processo.
§ 1º A revelia será declarada, por termo, nos autos do
§ 1º O julgamento fora do prazo legal não implica
processo e devolverá o prazo para a defesa.
nulidade do processo.
§ 2º Para defender o indiciado revel, a autoridade
§ 2º A autoridade julgadora que der causa à prescrição
instauradora do processo designará um servidor como
defensor dativo, que deverá ser ocupante de cargo efetivo de que trata o art. 142, § 2o, será responsabilizada na forma
superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade do Capítulo IV do Título IV.
igual ou superior ao do indiciado.
Art. 170. Extinta a punibilidade pela prescrição, a
Art. 165. Apreciada a defesa, a comissão elaborará autoridade julgadora determinará o registro do fato nos as-
relatório minucioso, onde resumirá as peças principais dos sentamentos individuais do servidor.
autos e mencionará as provas em que se baseou para formar
a sua convicção. Art. 171. Quando a infração estiver capitulada como
§ 1º O relatório será sempre conclusivo quanto à crime, o processo disciplinar será remetido ao Ministério Pú-
inocência ou à responsabilidade do servidor. blico para instauração da ação penal, ficando trasladado na
§ 2º Reconhecida a responsabilidade do servidor, a repartição.
comissão indicará o dispositivo legal ou regulamentar
transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou Art. 172. O servidor que responder a processo disciplinar
atenuantes. só poderá ser exonerado a pedido, ou aposentado volun-
tariamente, após a conclusão do processo e o cumpri-
Art. 166. O processo disciplinar, com o relatório da co-
mento da penalidade, acaso aplicada.
missão, será remetido à autoridade que determinou a
Parágrafo único. Ocorrida a exoneração de que trata o
sua instauração, para julgamento.
parágrafo único, inciso I do art. 34, o ato será convertido em
O inquérito é uma das fases do processo administrati-
vo disciplinar, obedecendo às regras descritas nesta seção, demissão, se for o caso.
destacando-se as que tratam da produção de provas.
Art. 173. Serão assegurados transporte e diárias:
Seção II I - ao servidor convocado para prestar depoimento fora
Do Julgamento da sede de sua repartição, na condição de testemunha, de-
nunciado ou indiciado;
Art. 167. No prazo de 20 (vinte) dias, contados do II - aos membros da comissão e ao secretário, quando
recebimento do processo, a autoridade julgadora profe- obrigados a se deslocarem da sede dos trabalhos para a rea-
rirá a sua decisão. lização de missão essencial ao esclarecimento dos fatos.

27
LEGISLAÇÃO

Nesta seção, trata-se do julgamento do processo ad- Art. 182. Julgada procedente a revisão, será declarada
ministrativo disciplinar, que não será feito pela comissão, sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se to-
mas pela autoridade competente para aplicar a sanção. dos os direitos do servidor, exceto em relação à destituição
Afinal, a comissão apenas indica qual o ato praticado pelo do cargo em comissão, que será convertida em exoneração.
indiciamento. Se houver mais de um indiciado e as sanções Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá
forem diversas, julga a autoridade de maior nível hierárqui- resultar agravamento de penalidade.
co. Ex: autoridade que pode aplicar suspensão não pode A revisão do processo consiste na possibilidade do ser-
aplicar demissão, de forma que se a um dos indiciados vidor condenado requerer que sua condenação seja revista
couber demissão será a autoridade que pode aplicar esta se surgirem novos fatos ou circunstâncias que justifiquem
pena que aplicará também a suspensão ao outro indiciado. sua absolvição ou a aplicação de uma pena mais leve. Po-
derá ser requerida ao ministro de Estado ou autoridade de
Seção III mesma hierarquia e será apensada ao processo adminis-
Da Revisão do Processo
trativo originário. O julgamento será feito pela mesma au-
toridade que aplicou a pena. Se apurado que na verdade
Art. 174. O processo disciplinar poderá ser revisto, a
qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzi- a pena deveria ser maior, não cabe agravar a situação do
rem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justifi- servidor.
car a inocência do punido ou a inadequação da penali-
dade aplicada. Seguridade social
§ 1º Em caso de falecimento, ausência ou
desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da família Título VI
poderá requerer a revisão do processo. Da Seguridade Social do Servidor
§ 2º No caso de incapacidade mental do servidor, a
revisão será requerida pelo respectivo curador. Capítulo I
Disposições Gerais
Art. 175. No processo revisional, o ônus da prova cabe
ao requerente. Art. 183.  A União manterá Plano de Seguridade Social
para o servidor e sua família.
Art. 176. A simples alegação de injustiça da penalida- § 1o O servidor ocupante de cargo em comissão
de não constitui fundamento para a revisão, que requer que não seja, simultaneamente, ocupante de cargo
elementos novos, ainda não apreciados no processo origi-
ou emprego efetivo na administração pública direta,
nário.
autárquica e fundacional não terá direito aos benefícios
Art. 177. O requerimento de revisão do processo será do Plano de Seguridade Social, com exceção da
dirigido ao Ministro de Estado ou autoridade equiva- assistência à saúde. 
lente, que, se autorizar a revisão, encaminhará o pedido ao § 2o O servidor afastado ou licenciado do cargo
dirigente do órgão ou entidade onde se originou o processo efetivo, sem direito à remuneração, inclusive para
disciplinar. servir em organismo oficial internacional do qual o
Parágrafo único. Deferida a petição, a autoridade com- Brasil seja membro efetivo ou com o qual coopere,
petente providenciará a constituição de comissão, na forma ainda que contribua para regime de previdência social
do art. 149. no exterior, terá suspenso o seu vínculo com o regime
do Plano de Seguridade Social do Servidor Público
Art. 178. A revisão correrá em apenso ao processo ori- enquanto durar o afastamento ou a licença, não lhes
ginário. assistindo, neste período, os benefícios do mencionado
Parágrafo único. Na petição inicial, o requerente pedirá regime de previdência. 
dia e hora para a produção de provas e inquirição das teste- § 3o Será assegurada ao servidor licenciado
munhas que arrolar. ou afastado sem remuneração a manutenção da
vinculação ao regime do Plano de Seguridade Social
Art. 179. A comissão revisora terá 60 (sessenta) dias do Servidor Público, mediante o recolhimento mensal
para a conclusão dos trabalhos.
da respectiva contribuição, no mesmo percentual
devido pelos servidores em atividade, incidente sobre
Art. 180. Aplicam-se aos trabalhos da comissão revisora,
no que couber, as normas e procedimentos próprios da a remuneração total do cargo a que faz jus no exercício
comissão do processo disciplinar. de suas atribuições, computando-se, para esse efeito,
inclusive, as vantagens pessoais.
Art. 181. O julgamento caberá à autoridade que § 4o O recolhimento de que trata o § 3o deve ser
aplicou a penalidade, nos termos do art. 141. efetuado até o segundo dia útil após a data do
Parágrafo único. O prazo para julgamento será de 20 pagamento das remunerações dos servidores públicos,
(vinte) dias, contados do recebimento do processo, no curso aplicando-se os procedimentos de cobrança e execução
do qual a autoridade julgadora poderá determinar diligên- dos tributos federais quando não recolhidas na data de
cias. vencimento.

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LEGISLAÇÃO

Art. 184.  O Plano de Seguridade Social visa a dar cober- c) aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25
tura aos riscos a que estão sujeitos o servidor e sua família, (vinte e cinco) se mulher, com proventos proporcionais a esse
e compreende um conjunto de benefícios e ações que aten- tempo;
dam às seguintes finalidades: d) aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e
I - garantir meios de subsistência nos eventos de doen- aos 60 (sessenta) se mulher, com proventos proporcionais ao
ça, invalidez, velhice, acidente em serviço, inatividade, fale- tempo de serviço.
cimento e reclusão; § 1o  Consideram-se doenças graves, contagiosas
II - proteção à maternidade, à adoção e à paternidade; ou incuráveis, a que se refere o inciso I deste artigo,
III - assistência à saúde. tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla,
Parágrafo único.  Os benefícios serão concedidos nos neoplasia maligna, cegueira posterior ao ingresso no
termos e condições definidos em regulamento, observadas serviço público, hanseníase, cardiopatia grave, doença
as disposições desta Lei. de Parkinson, paralisia irreversível e incapacitante,
espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave,
Art. 185.  Os benefícios do Plano de Seguridade Social do estados avançados do mal de Paget (osteíte
servidor compreendem: deformante), Síndrome de Imunodeficiência Adquirida
I - quanto ao servidor: - AIDS, e outras que a lei indicar, com base na medicina
a) aposentadoria; especializada.
b) auxílio-natalidade; § 2o  Nos casos de exercício de atividades
c) salário-família; consideradas insalubres ou perigosas, bem como nas
d) licença para tratamento de saúde; hipóteses previstas no art. 71, a aposentadoria de que
e) licença à gestante, à adotante e licença-paternidade; trata o inciso III, «a» e «c», observará o disposto em lei
f) licença por acidente em serviço; específica.
g) assistência à saúde; § 3o  Na hipótese do inciso I o servidor será submetido
h) garantia de condições individuais e ambientais de à junta médica oficial, que atestará a invalidez quando
trabalho satisfatórias; caracterizada a incapacidade para o desempenho das
II - quanto ao dependente: atribuições do cargo ou a impossibilidade de se aplicar
a) pensão vitalícia e temporária; o disposto no art. 24. 
b) auxílio-funeral;
c) auxílio-reclusão; Art. 187.  A aposentadoria compulsória será automática,
d) assistência à saúde. e declarada por ato, com vigência a partir do dia imediato
§ 1o  As aposentadorias e pensões serão concedidas àquele em que o servidor atingir a idade-limite de perma-
e mantidas pelos órgãos ou entidades aos quais se nência no serviço ativo.
encontram vinculados os servidores, observado o
disposto nos arts. 189 e 224. Art. 188.  A aposentadoria voluntária ou por invalidez
§ 2o  O recebimento indevido de benefícios havidos vigorará a partir da data da publicação do respectivo ato.
por fraude, dolo ou má-fé, implicará devolução ao § 1o  A aposentadoria por invalidez será precedida
erário do total auferido, sem prejuízo da ação penal de licença para tratamento de saúde, por período não
cabível. excedente a 24 (vinte e quatro) meses.
§ 2o  Expirado o período de licença e não estando em
Capítulo II condições de reassumir o cargo ou de ser readaptado, o
Dos Benefícios servidor será aposentado.
§ 3o  O lapso de tempo compreendido entre o término
Seção I da licença e a publicação do ato da aposentadoria será
Da Aposentadoria considerado como de prorrogação da licença.
§ 4o  Para os fins do disposto no § 1o deste artigo,
Art. 186.  O servidor será aposentado:   serão consideradas apenas as licenças motivadas pela
I - por invalidez permanente, sendo os proventos inte- enfermidade ensejadora da invalidez ou doenças
grais quando decorrente de acidente em serviço, moléstia correlacionadas.
profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, espe- § 5o  A critério da Administração, o servidor em
cificada em lei, e proporcionais nos demais casos; licença para tratamento de saúde ou aposentado por
II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com invalidez poderá ser convocado a qualquer momento,
proventos proporcionais ao tempo de serviço; para avaliação das condições que ensejaram o
III - voluntariamente: afastamento ou a aposentadoria. 
a) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e
aos 30 (trinta) se mulher, com proventos integrais; Art. 189.  O provento da aposentadoria será calculado
b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em funções com observância do disposto no § 3o do art. 41, e revisto
de magistério se professor, e 25 (vinte e cinco) se professora, na mesma data e proporção, sempre que se modificar a
com proventos integrais; remuneração dos servidores em atividade.

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LEGISLAÇÃO

Parágrafo único.  São estendidos aos inativos quaisquer III - a mãe e o pai sem economia própria.
benefícios ou vantagens posteriormente concedidas aos ser-
vidores em atividade, inclusive quando decorrentes de trans- Art.  198.   Não se configura a dependência econômica
formação ou reclassificação do cargo ou função em que se quando o beneficiário do salário-família perceber rendimen-
deu a aposentadoria. to do trabalho ou de qualquer outra fonte, inclusive pensão
ou provento da aposentadoria, em valor igual ou superior ao
Art. 190.  O servidor aposentado com provento pro- salário-mínimo.
porcional ao tempo de serviço se acometido de qualquer
das moléstias especificadas no § 1o do art. 186 desta Lei Art. 199.  Quando o pai e mãe forem servidores públi-
e, por esse motivo, for considerado inválido por junta cos e viverem em comum, o salário-família será pago a um
médica oficial passará a perceber provento integral, deles; quando separados, será pago a um e outro, de acordo
calculado com base no fundamento legal de concessão com a distribuição dos dependentes.
da aposentadoria. Parágrafo único.  Ao pai e à mãe equiparam-se o pa-
drasto, a madrasta e, na falta destes, os representantes le-
Art. 191.  Quando proporcional ao tempo de serviço, o gais dos incapazes.
provento não será inferior a 1/3 (um terço) da remuneração
da atividade. Art. 200.  O salário-família não está sujeito a qualquer
tributo, nem servirá de base para qualquer contribuição, in-
Art. 192. (Vetado). clusive para a Previdência Social.
Art. 193. (Revogado). Art. 201.  O afastamento do cargo efetivo, sem remune-
ração, não acarreta a suspensão do pagamento do salário-
Art. 194.  Ao servidor aposentado será paga a gratifica- -família.
ção natalina, até o dia vinte do mês de dezembro, em valor
equivalente ao respectivo provento, deduzido o adiantamen- Seção IV
to recebido. Da Licença para Tratamento de Saúde
Art. 195.  Ao ex-combatente que tenha efetivamente
Art. 202.  Será concedida ao servidor licença para trata-
participado de operações bélicas, durante a Segunda Guerra
mento de saúde, a pedido ou de ofício, com base em perícia
Mundial, nos termos da Lei nº 5.315, de 12 de setembro de
médica, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus.
1967, será concedida aposentadoria com provento integral,
aos 25 (vinte e cinco) anos de serviço efetivo.
Art. 203.  A licença de que trata o art. 202 desta Lei será
concedida com base em perícia oficial. 
Seção II
§ 1o  Sempre que necessário, a inspeção médica
Do Auxílio-Natalidade
será realizada na residência do servidor ou no
Art. 196.  O auxílio-natalidade é devido à servidora por estabelecimento hospitalar onde se encontrar
motivo de nascimento de filho, em quantia equivalente ao internado.
menor vencimento do serviço público, inclusive no caso de § 2o  Inexistindo médico no órgão ou entidade no
natimorto. local onde se encontra ou tenha exercício em caráter
§ 1o  Na hipótese de parto múltiplo, o valor será permanente o servidor, e não se configurando as
acrescido de 50% (cinquenta por cento), por nascituro. hipóteses previstas nos parágrafos do art. 230, será
§ 2o  O auxílio será pago ao cônjuge ou companheiro aceito atestado passado por médico particular.
servidor público, quando a parturiente não for § 3o  No caso do § 2o deste artigo, o atestado somente
servidora. produzirá efeitos depois de recepcionado pela unidade
de recursos humanos do órgão ou entidade. 
Seção III § 4o  A licença que exceder o prazo de 120 (cento e
Do Salário-Família vinte) dias no período de 12 (doze) meses a contar do
primeiro dia de afastamento será concedida mediante
Art. 197.  O salário-família é devido ao servidor ativo ou avaliação por junta médica oficial. 
ao inativo, por dependente econômico. § 5o  A perícia oficial para concessão da licença de que
Parágrafo único.  Consideram-se dependentes econômi- trata o caput deste artigo, bem como nos demais casos
cos para efeito de percepção do salário-família: de perícia oficial previstos nesta Lei, será efetuada por
I  -  o cônjuge ou companheiro e os filhos, inclusive os cirurgiões-dentistas, nas hipóteses em que abranger o
enteados até 21 (vinte e um) anos de idade ou, se estudan- campo de atuação da odontologia. 
te, até 24 (vinte e quatro) anos ou, se inválido, de qualquer
idade; Art. 204.  A licença para tratamento de saúde inferior a
II - o menor de 21 (vinte e um) anos que, mediante au- 15 (quinze) dias, dentro de 1 (um) ano, poderá ser dispen-
torização judicial, viver na companhia e às expensas do ser- sada de perícia oficial, na forma definida em regulamento. 
vidor, ou do inativo;

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LEGISLAÇÃO

Art. 205.  O atestado e o laudo da junta médica não se Parágrafo único.  No caso de adoção ou guarda judicial
referirão ao nome ou natureza da doença, salvo quando se de criança com mais de 1 (um) ano de idade, o prazo de que
tratar de lesões produzidas por acidente em serviço, doença trata este artigo será de 30 (trinta) dias.
profissional ou qualquer das doenças especificadas no art.
186, § 1o. Seção VI
Da Licença por Acidente em Serviço
Art. 206.  O servidor que apresentar indícios de lesões
orgânicas ou funcionais será submetido a inspeção médica. Art. 211.  Será licenciado, com remuneração integral, o
servidor acidentado em serviço.
Art. 206-A.  O servidor será submetido a exames médi-
cos periódicos, nos termos e condições definidos em regula- Art.  212.   Configura acidente em serviço o dano físico
mento.  ou mental sofrido pelo servidor, que se relacione, mediata ou
Parágrafo único. Para os fins do disposto no caput, a imediatamente, com as atribuições do cargo exercido.
União e suas entidades autárquicas e fundacionais poderão: Parágrafo único.  Equipara-se ao acidente em serviço o
I - prestar os exames médicos periódicos diretamente dano:
pelo órgão ou entidade à qual se encontra vinculado o ser- I - decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo
vidor; servidor no exercício do cargo;
II - celebrar convênio ou instrumento de cooperação ou II - sofrido no percurso da residência para o trabalho e
parceria com os órgãos e entidades da administração direta, vice-versa.
suas autarquias e fundações;
III - celebrar convênios com operadoras de plano de as- Art. 213.  O servidor acidentado em serviço que necessite
sistência à saúde, organizadas na modalidade de autoges- de tratamento especializado poderá ser tratado em institui-
tão, que possuam autorização de funcionamento do órgão ção privada, à conta de recursos públicos.
regulador, na forma do art. 230; ou Parágrafo único. O tratamento recomendado por junta
IV - prestar os exames médicos periódicos mediante con- médica oficial constitui medida de exceção e somente será
trato administrativo, observado o disposto na Lei no 8.666,
admissível quando inexistirem meios e recursos adequados
de 21 de junho de 1993, e demais normas pertinentes.
em instituição pública.
Seção V
Art. 214.  A prova do acidente será feita no prazo de 10
Da Licença à Gestante, à Adotante e da Licença-
(dez) dias, prorrogável quando as circunstâncias o exigirem.
-Paternidade
Seção VII
Art. 207.  Será concedida licença à servidora gestante
Da Pensão
por 120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem prejuízo da
remuneração.
§ 1o  A licença poderá ter início no primeiro dia do Art. 215. Por morte do servidor, os dependentes, nas hi-
nono mês de gestação, salvo antecipação por prescrição póteses legais, fazem jus à pensão a partir da data de óbito,
médica. observado o limite estabelecido no inciso XI do caput do art.
§ 2o  No caso de nascimento prematuro, a licença 37 da Constituição Federal e no art. 2º da Lei nº 10.887, de
terá início a partir do parto. 18 de junho de 2004.
§ 3o  No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta)
dias do evento, a servidora será submetida a exame Art. 216. (Revogado)
médico, e se julgada apta, reassumirá o exercício.
§ 4o  No caso de aborto atestado por médico oficial, Art. 217. São beneficiários das pensões:
a servidora terá direito a 30 (trinta) dias de repouso I - o cônjuge;
remunerado. II - o cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou
de fato, com percepção de pensão alimentícia estabelecida
Art. 208.  Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servi- judicialmente;
dor terá direito à licença-paternidade de 5 (cinco) dias con- III - o companheiro ou companheira que comprove
secutivos. união estável como entidade familiar;
IV - o filho de qualquer condição que atenda a um dos
Art. 209.  Para amamentar o próprio filho, até a idade seguintes requisitos:
de seis meses, a servidora lactante terá direito, durante a a) seja menor de 21 (vinte e um) anos;
jornada de trabalho, a uma hora de descanso, que poderá b) seja inválido;
ser parcelada em dois períodos de meia hora. c)
d) tenha deficiência intelectual ou mental, nos termos
Art. 210.  À servidora que adotar ou obtiver guarda judi- do regulamento;
cial de criança até 1 (um) ano de idade, serão concedidos 90 V - a mãe e o pai que comprovem dependência econô-
(noventa) dias de licença remunerada.  mica do servidor; e

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LEGISLAÇÃO

VI - o irmão de qualquer condição que comprove depen- interdição, em se tratando de beneficiário com deficiência
dência econômica do servidor e atenda a um dos requisitos intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamen-
previstos no inciso IV. te incapaz, respeitados os períodos mínimos decorrentes da
§ 1º A concessão de pensão aos beneficiários de que aplicação das alíneas “a” e “b” do inciso VII;
tratam os incisos I a IV do caput exclui os beneficiários IV - o implemento da idade de 21 (vinte e um) anos, pelo
referidos nos incisos V e VI. filho ou irmão;
§ 2º A concessão de pensão aos beneficiários de V - a acumulação de pensão na forma do art. 225;
que trata o inciso V do caput exclui o beneficiário VI - a renúncia expressa; e
referido no inciso VI. VII - em relação aos beneficiários de que tratam os inci-
§ 3º O enteado e o menor tutelado equiparam- sos I a III do caput do art. 217:
se a filho mediante declaração do servidor e desde a) o decurso de 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer sem
que comprovada dependência econômica, na forma que o servidor tenha vertido 18 (dezoito) contribuições men-
estabelecida em regulamento. sais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido ini-
ciados em menos de 2 (dois) anos antes do óbito do servidor;
Art. 218. Ocorrendo habilitação de vários titulares à b) o decurso dos seguintes períodos, estabelecidos de
pensão, o seu valor será distribuído em partes iguais entre os acordo com a idade do pensionista na data de óbito do ser-
beneficiários habilitados. vidor, depois de vertidas 18 (dezoito) contribuições mensais
e pelo menos 2 (dois) anos após o início do casamento ou da
Art. 219. A pensão poderá ser requerida a qualquer união estável:
tempo, prescrevendo tão-somente as prestações exigíveis há 1) 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de
mais de 5 (cinco) anos. idade;
Parágrafo único. Concedida a pensão, qualquer prova 2) 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis)
posterior ou habilitação tardia que implique exclusão de be- anos de idade;
neficiário ou redução de pensão só produzirá efeitos a partir 3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e
da data em que for oferecida. nove) anos de idade;
4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta)
anos de idade;
Art. 220. Perde o direito à pensão por morte:
5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (qua-
I - após o trânsito em julgado, o beneficiário condenado
renta e três) anos de idade;
pela prática de crime de que tenha dolosamente resultado a
6) vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos
morte do servidor;
de idade.
II - o cônjuge, o companheiro ou a companheira se com-
§ 1º A critério da administração, o beneficiário de
provada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no casa-
pensão cuja preservação seja motivada por invalidez,
mento ou na união estável, ou a formalização desses com o
por incapacidade ou por deficiência poderá ser
fim exclusivo de constituir benefício previdenciário, apuradas convocado a qualquer momento para avaliação das
em processo judicial no qual será assegurado o direito ao referidas condições.
contraditório e à ampla defesa. § 2º Serão aplicados, conforme o caso, a regra
contida no inciso III ou os prazos previstos na alínea “b”
Art. 221. Será concedida pensão provisória por morte do inciso VII, ambos do caput, se o óbito do servidor
presumida do servidor, nos seguintes casos: decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença
I - declaração de ausência, pela autoridade judiciária profissional ou do trabalho, independentemente do
competente; recolhimento de 18 (dezoito) contribuições mensais ou
II - desaparecimento em desabamento, inundação, in- da comprovação de 2 (dois) anos de casamento ou de
cêndio ou acidente não caracterizado como em serviço; união estável.
III - desaparecimento no desempenho das atribuições do § 3º Após o transcurso de pelo menos 3 (três) anos
cargo ou em missão de segurança. e desde que nesse período se verifique o incremento
Parágrafo único. A pensão provisória será transformada mínimo de um ano inteiro na média nacional única,
em vitalícia ou temporária, conforme o caso, decorridos 5 para ambos os sexos, correspondente à expectativa de
(cinco) anos de sua vigência, ressalvado o eventual reapare- sobrevida da população brasileira ao nascer, poderão
cimento do servidor, hipótese em que o benefício será auto- ser fixadas, em números inteiros, novas idades para os
maticamente cancelado. fins previstos na alínea “b” do inciso VII do caput, em
ato do Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento
Art. 222. Acarreta perda da qualidade de beneficiário: e Gestão, limitado o acréscimo na comparação com as
I - o seu falecimento; idades anteriores ao referido incremento.
II - a anulação do casamento, quando a decisão ocorrer § 4º O tempo de contribuição a Regime Próprio
após a concessão da pensão ao cônjuge; de Previdência Social (RPPS) ou ao Regime Geral
III - a cessação da invalidez, em se tratando de benefi- de Previdência Social (RGPS) será considerado na
ciário inválido, o afastamento da deficiência, em se tratan- contagem das 18 (dezoito) contribuições mensais
do de beneficiário com deficiência, ou o levantamento da referidas nas alíneas “a” e “b” do inciso VII do caput.

32
LEGISLAÇÃO

Art. 223. Por morte ou perda da qualidade de beneficiá- Capítulo III


rio, a respectiva cota reverterá para os cobeneficiários. Da Assistência à Saúde

Art. 224. As pensões serão automaticamente atualiza- Art. 230.  A assistência à saúde do servidor, ativo ou ina-
das na mesma data e na mesma proporção dos reajustes tivo, e de sua família compreende assistência médica, hos-
dos vencimentos dos servidores, aplicando-se o disposto no pitalar, odontológica, psicológica e farmacêutica, terá como
parágrafo único do art. 189. diretriz básica o implemento de ações preventivas voltadas
para a promoção da saúde e será prestada pelo Sistema Úni-
Art. 225. Ressalvado o direito de opção, é vedada a per- co de Saúde – SUS, diretamente pelo órgão ou entidade ao
cepção cumulativa de pensão deixada por mais de um côn- qual estiver vinculado o servidor, ou mediante convênio ou
juge ou companheiro ou companheira e de mais de 2 (duas) contrato, ou ainda na forma de auxílio, mediante ressarci-
pensões. mento parcial do valor despendido pelo servidor, ativo ou
inativo, e seus dependentes ou  pensionistas com planos ou
Seção VIII seguros privados de assistência à saúde, na forma estabele-
Do Auxílio-Funeral cida em regulamento. 
§ 1o  Nas hipóteses previstas nesta Lei em que
Art. 226. O auxílio-funeral é devido à família do servi- seja exigida perícia, avaliação ou inspeção médica,
dor falecido na atividade ou aposentado, em valor equiva- na ausência de médico ou junta médica oficial, para
lente a um mês da remuneração ou provento. a sua realização o órgão ou entidade celebrará,
§ 1º No caso de acumulação legal de cargos, o preferencialmente, convênio com unidades de
auxílio será pago somente em razão do cargo de maior atendimento do sistema público de saúde, entidades
remuneração. sem fins lucrativos declaradas de utilidade pública, ou
§ 2º (VETADO). com o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. 
§ 3º O auxílio será pago no prazo de 48 (quarenta e § 2o   Na impossibilidade, devidamente justificada,
oito) horas, por meio de procedimento sumaríssimo, à da aplicação do disposto no parágrafo anterior, o órgão
pessoa da família que houver custeado o funeral. ou entidade promoverá a contratação da prestação
de serviços por pessoa jurídica, que constituirá junta
Art. 227. Se o funeral for custeado por terceiro, este será médica especificamente para esses fins, indicando os
nomes e especialidades dos seus integrantes, com a
indenizado, observado o disposto no artigo anterior.
comprovação de suas habilitações e de que não estejam
respondendo a processo disciplinar junto à entidade
Art. 228. Em caso de falecimento de servidor em servi-
fiscalizadora da profissão. 
ço fora do local de trabalho, inclusive no exterior, as despe-
§ 3o  Para os fins do disposto no  caput  deste
sas de transporte do corpo correrão à conta de recursos da
artigo, ficam a União e suas entidades autárquicas e
União, autarquia ou fundação pública.
fundacionais autorizadas a: 
I - celebrar convênios exclusivamente para a  prestação
Seção IX
de serviços de assistência à saúde para os seus servidores
Do Auxílio-Reclusão
ou empregados ativos, aposentados, pensionistas, bem como
para seus respectivos grupos familiares definidos, com en-
Art. 229. À família do servidor ativo é devido o auxílio- tidades de autogestão por elas patrocinadas por meio de
-reclusão, nos seguintes valores: instrumentos jurídicos efetivamente celebrados e publicados
I - dois terços da remuneração, quando afastado por até 12 de fevereiro de 2006 e que possuam autorização de
motivo de prisão, em flagrante ou preventiva, determinada funcionamento do órgão regulador, sendo certo que os con-
pela autoridade competente, enquanto perdurar a prisão; vênios celebrados depois dessa data somente poderão sê-lo
II - metade da remuneração, durante o afastamento, em na forma da regulamentação específica sobre patrocínio de
virtude de condenação, por sentença definitiva, a pena que autogestões, a ser publicada pelo mesmo órgão regulador,
não determine a perda de cargo. no prazo de 180 (cento e oitenta) dias da vigência desta Lei,
§ 1º Nos casos previstos no inciso I deste artigo, o normas essas também aplicáveis aos convênios existentes
servidor terá direito à integralização da remuneração, até 12 de fevereiro de 2006; 
desde que absolvido. II - contratar, mediante licitação, na forma da Lei
§ 2º O pagamento do auxílio-reclusão cessará a no 8.666, de 21 de junho de 1993, operadoras de planos
partir do dia imediato àquele em que o servidor for e seguros privados de assistência à saúde que possuam
posto em liberdade, ainda que condicional. autorização de funcionamento do órgão regulador; 
§ 3º Ressalvado o disposto neste artigo, o auxílio- III -  (VETADO)  
reclusão será devido, nas mesmas condições da pensão § 4o  (VETADO) 
por morte, aos dependentes do segurado recolhido à § 5o  O valor do ressarcimento fica limitado ao total
prisão. despendido pelo servidor ou pensionista civil com
plano ou seguro privado de assistência à saúde. 

33
LEGISLAÇÃO

Capítulo IV Das Disposições Transitórias e Finais


Do Custeio
Título IX
Art. 231. (Revogado). Capítulo Único
Das Disposições Transitórias e Finais
Disposições gerais
Art. 243.  Ficam submetidos ao regime jurídico insti-
Título VIII tuído por esta Lei, na qualidade de servidores públicos, os
servidores dos Poderes da União, dos ex-Territórios, das au-
Capítulo Único tarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações
Das Disposições Gerais públicas, regidos pela Lei nº 1.711, de 28 de outubro de
1952 - Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União,
Art. 236.  O Dia do Servidor Público será comemorado a ou pela Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada
vinte e oito de outubro.
pelo  Decreto-Lei nº 5.452, de 1o de maio de 1943, exceto
os contratados por prazo determinado, cujos contratos não
Art. 237.  Poderão ser instituídos, no âmbito dos Pode-
poderão ser prorrogados após o vencimento do prazo de
res Executivo, Legislativo e Judiciário, os seguintes incentivos
prorrogação.
funcionais, além daqueles já previstos nos respectivos planos
de carreira: § 1o  Os empregos ocupados pelos servidores incluídos
I - prêmios pela apresentação de ideias, inventos ou tra- no regime instituído por esta Lei ficam transformados em
balhos que favoreçam o aumento de produtividade e a redu- cargos, na data de sua publicação.
ção dos custos operacionais; § 2o  As funções de confiança exercidas por pessoas não
II - concessão de medalhas, diplomas de honra ao méri- integrantes de tabela permanente do órgão ou entidade
to, condecoração e elogio. onde têm exercício ficam transformadas em cargos em
comissão, e mantidas enquanto não for implantado o
Art. 238.  Os prazos previstos nesta Lei serão contados plano de cargos dos órgãos ou entidades na forma da lei.
em dias corridos, excluindo-se o dia do começo e incluindo- § 3o  As Funções de Assessoramento Superior - FAS,
-se o do vencimento, ficando prorrogado, para o primeiro exercidas por servidor integrante de quadro ou tabela de
dia útil seguinte, o prazo vencido em dia em que não haja pessoal, ficam extintas na data da vigência desta Lei.
expediente. § 4o  (VETADO).
§ 5o  O regime jurídico desta Lei é extensivo aos
Art. 239.  Por motivo de crença religiosa ou de convicção serventuários da Justiça, remunerados com recursos da
filosófica ou política, o servidor não poderá ser privado de União, no que couber.
quaisquer dos seus direitos, sofrer discriminação em sua vida § 6o  Os empregos dos servidores estrangeiros com
funcional, nem eximir-se do cumprimento de seus deveres. estabilidade no serviço público, enquanto não adquirirem
a nacionalidade brasileira, passarão a integrar tabela em
Art. 240.  Ao servidor público civil é assegurado, nos ter- extinção, do respectivo órgão ou entidade, sem prejuízo
mos da Constituição Federal, o direito à livre associação sin- dos direitos inerentes aos planos de carreira aos quais se
dical e os seguintes direitos, entre outros, dela decorrentes: encontrem vinculados os empregos.
a) de ser representado pelo sindicato, inclusive como § 7o  Os servidores públicos de que trata o caput deste
substituto processual; artigo, não amparados pelo art. 19 do Ato das Disposições
b) de inamovibilidade do dirigente sindical, até um ano Constitucionais Transitórias, poderão, no interesse da Ad-
após o final do mandato, exceto se a pedido;
ministração e conforme critérios estabelecidos em regula-
c) de descontar em folha, sem ônus para a entidade sin-
mento, ser exonerados mediante indenização de um mês de
dical a que for filiado, o valor das mensalidades e contribui-
remuneração por ano de efetivo exercício no serviço público
ções definidas em assembleia geral da categoria.
federal.   (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
d) e e) (Revogados).
§ 8o  Para fins de incidência do imposto de renda na fonte
Art. 241.  Consideram-se da família do servidor, além do e na declaração de rendimentos, serão considerados como
cônjuge e filhos, quaisquer pessoas que vivam às suas expen- indenizações isentas os pagamentos efetuados a título de
sas e constem do seu assentamento individual. indenização prevista no parágrafo anterior.  (Incluído pela
Parágrafo único.  Equipara-se ao cônjuge a companhei- Lei nº 9.527, de 10.12.97)
ra ou companheiro, que comprove união estável como enti- § 9o  Os cargos vagos em decorrência da aplicação do
dade familiar. disposto no § 7o poderão ser extintos pelo Poder Executivo
quando considerados desnecessários.  (Incluído pela Lei nº
Art. 242.  Para os fins desta Lei, considera-se sede o mu- 9.527, de 10.12.97)
nicípio onde a repartição estiver instalada e onde o servidor Art. 244.  Os adicionais por tempo de serviço, já conce-
tiver exercício, em caráter permanente. didos aos servidores abrangidos por esta Lei, ficam transfor-
mados em anuênio.

34
LEGISLAÇÃO

Art. 245.  A licença especial disciplinada pelo art. 116 tos escusos entre alguns administradores públicos inescru-
da Lei nº 1.711, de 1952, ou por outro diploma legal, fica pulosos e particulares, com o que prejudicada, em última
transformada em licença-prêmio por assiduidade, na forma análise, seria a Administração Pública, gestora dos interes-
prevista nos arts. 87 a 90. ses públicos”.
Art. 246. (VETADO). Deste modo, Carvalho Filho2 conceitua licitação como
Art. 247.  Para efeito do disposto no Título VI desta Lei, “o procedimento administrativo vinculado por meio do
haverá ajuste de contas com a Previdência Social, correspon- qual os entes da Administração Pública e aqueles por ela
dente ao período de contribuição por parte dos servidores controlados selecionam a melhor proposta entre as ofe-
celetistas abrangidos pelo art. 243.   (Redação dada pela Lei recidas pelos vários interessados, com dois objetivos – a
nº 8.162, de 8.1.91)  celebração de contrato, ou a obtenção do melhor trabalho
 Art. 248.  As pensões estatutárias, concedidas até a vi- técnico, artístico ou científico”.
gência desta Lei, passam a ser mantidas pelo órgão ou enti- Logo, a licitação é um procedimento administrativo
que tem por finalidade evitar práticas fraudulentas na Ad-
dade de origem do servidor.
ministração Pública, garantindo a contratação do serviço
Art. 249.  Até a edição da lei prevista no § 1o do art.
ou produto que melhor atenda às expectativas de custo-
231, os servidores abrangidos por esta Lei contribuirão na
-benefício para o aparato público.
forma e nos percentuais atualmente estabelecidos para o
servidor civil da União conforme regulamento próprio. Objeto e finalidade
Art. 250. O servidor que já tiver satisfeito ou vier a sa- O objeto é a aquisição de bens e serviços pela Admi-
tisfazer, dentro de 1 (um) ano, as condições necessárias para nistração Pública. A finalidade da licitação deve ser sempre
a aposentadoria nos termos do inciso II do art. 184 do an- atender o interesse público, buscar a proposta mais vanta-
tigo Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União, Lei josa, existindo igualdade de condições, além dos demais
n° 1.711, de 28 de outubro de 1952, aposentar-se-á com a princípios resguardados pela constituição.
vantagem prevista naquele dispositivo.       (Mantido pelo
Congresso Nacional) Destinatários.
Art. 251.  (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 252.  Esta Lei entra em vigor na data de sua publica- Além do próprio Poder Público, também são destina-
ção, com efeitos financeiros a partir do primeiro dia do mês tários os licitantes interessados em contratar com o Poder
subsequente. Público e qualquer pessoa interessada em saber sobre os
Art. 253.  Ficam revogadas a Lei nº 1.711, de 28 de ou- procedimentos público de licitação.
tubro de 1952, e respectiva legislação complementar, bem
como as demais disposições em contrário. Princípios.

Brasília, 11 de dezembro de 1990; 169o da Independência Entre outros, os princípios que regem a licitação são:
e 102o da República. legalidade, impessoalidade, moralidade, igualdade, publi-
cidade, probidade administrativa, vinculação ao instrumen-
to convocatório e julgamento objetivo.
“- Legalidade: É aquele que prevê que só é possível
LEI FEDERAL Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO fazer o que está previsto na Lei;
DE 1993. - Impessoalidade: O interesse da Administração preva-
lece acima dos interesses pessoais;
- Moralidade: As regras morais vigentes devem ser
obedecidas em conjunto com as leis em vigor;
Licitações
- Igualdade: Todos são iguais perante a Lei. Não pode
haver discriminação nem beneficiamento entre os partici-
Objeto e finalidade.
pantes da licitação;
- Publicidade: A licitação não pode ser sigilosa. As de-
Conceito cisões tomadas durante a licitação devem ser públicas. É a
Licitação é o processo pelo qual a Administração Pú- transparência do processo licitatório.
blica contrata serviços e adquire bens dos particulares, evi- - Probidade administrativa: A licitação deve ser proces-
tando-se que a escolha dos contratados seja fraudulenta e sada por pessoas que tenham honestidade;
prejudicial ao Estado em favor dos interesses particulares - Vinculação ao instrumento convocatório: O Edital é a
do governante. lei entre quem promove e quem participa da licitação, não
Segundo Carvalho Filho1, “não poderia a lei deixar ao podendo ser descumprido;
exclusivo critério do administrador a escolha das pessoas - Julgamento objetivo: As propostas dos licitantes de-
a serem contratadas, porque, fácil é prever, essa liberdade vem ser julgadas de acordo com o que diz o Edital”3.
daria margem a escolhas impróprias, ou mesmo a concer- 2 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito ad-
1 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito ad- ministrativo. 23. ed. Rio de Janeiro: Lumen juris, 2010.
ministrativo. 23. ed. Rio de Janeiro: Lumen juris, 2010. 3 http://www.sebrae.com.br/

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LEGISLAÇÃO

Contratação direta: dispensa e inexigibilidade. A licitação é dispensável quando:


- Em situações de emergência: exemplos de Casos de
Em alguns casos, a licitação será obrigatória, em outros guerra; grave perturbação da ordem; calamidade pública,
poderá ser dispensada apesar de viável (dispensa), sendo obras para evitar desabamentos, quebras de barreiras, for-
possível ainda que se enquadre numa exceção em que nem necimento de energia.
ao menos é exigida (inexigibilidade). A atual regulamenta- - Por motivo de licitação frustrada por fraude ou abu-
ção da licitação traz hipóteses de obrigatoriedade, dispen- so de poder econômico: preços superfaturados, neste caso
sa e inexigibilidade. pode-se aplicar o artigo 48 parágrafo 3º da Lei nº 8666/93
A legislação anterior, qual seja, o Decreto-lei nº para conceder prazo para readaptação das propostas nos
2.300/1986, previa a vedação do procedimento de licita- termos do edital de licitação.
ção, estabelecendo-se contratação direta, nos casos em - Intervenção no Domínio Econômico: exemplos de
que houvesse comprometimento da segurança nacional, congelamento de preços ou tabelamento de preços.
mas a disciplina não se repetiu no atual estatuto. - Dispensa para contratar com Entidades da Adminis-
Obs.: Há posicionamento de que o artigo 7º, §5º da Lei tração Pública: Somente poderá ocorrer se não houver em-
nº 8.666/1993 traz um caso remanescente de vedação, mas presas privadas ou de economia mista que possam pres-
predomina o posicionamento de Carvalho Filho4, segundo tar ou oferecer os mesmos bens ou serviços. Exemplos de
o qual não se trata de vedação, mas sim de restrição. Prevê Imprensa Oficial, processamento de dados, recrutamento,
o dispositivo: seleção e treinamento de servidores civis da administração.
- Contratação de Pequeno Valor: Materiais, produtos,
Art. 7º, § 5º. É vedada a realização de licitação cujo ob- serviços, obras de pequeno valor, que não ultrapassem o
jeto inclua bens e serviços sem similaridade ou de marcas, valor estimado por lei para esta modalidade de licitação.
características e especificações exclusivas, salvo nos casos - Dispensa para complementação de contratos: Ma-
em que for tecnicamente justificável, ou ainda quando o for- teriais, produtos, serviços, obras no caso de rescisão con-
necimento de tais materiais e serviços for feito sob o regime tratual, desde que atendida a ordem de classificação da
de administração contratada, previsto e discriminado no ato licitação aceitas as mesmas condições oferecidas pelo li-
convocatório. citante vencedor, inclusive quanto ao preço, devidamente
corrigido.
Acompanha-se o entendimento dominante, eis que a - Ausência de Interessados: Quando não tiver interes-
expressão “salvo”, em destaque confere a ideia de restrição. sados pelo objeto da licitação, mantidas, neste caso, todas
Em regra, a licitação é obrigatória, tanto é que a dou- as condições preestabelecidas em edital.
trina afirma o princípio da obrigatoriedade da licitação, o - Comprometimento da Segurança Nacional: Quando
qual “[...] impõe que todos os destinatários do Estatuto fa- o Presidente da República, diante de um caso concreto, de-
çam realizar o procedimento antes de contratarem obras pois de ouvido o Conselho de Defesa Nacional, determine
e serviços”. No entanto, a lei não poderia deixar de lado a contratação com o descarte da licitação.
- Imóvel destinado a Administração: Para compra ou
possibilidades de dispensa e inexigibilidade deste proce-
locação de imóvel destinado ao atendimento, cujas ne-
dimento. Em verdade, tal princípio decorre do texto cons-
cessidades de instalação e localização condicionem a sua
titucional:
escolha, desde que o preço seja compatível com o valor
de mercado, segundo avaliação prévia. Deverá a Adminis-
Art. 37, XXI, CF - ressalvados os casos especificados na
tração formalizar a locação se for de ordem temporária ou
legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão
comprá-lo se for de ordem definitiva.
contratados mediante processo de licitação pública que as-
- Gêneros Perecíveis: Compras de hortifrutigranjeiros,
segure igualdade de condições a todos os concorrentes, com
pão e outros gêneros perecíveis durante o tempo neces-
cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, man-
sário para a realização do processo licitatório correspon-
tidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o
dente.
qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica - Ensino, pesquisa e recuperação social do preso: Na
e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das contratação de instituição brasileira dedicada a recupera-
obrigações. ção social do preso, desde que a contratada detenha in-
questionável reputação ético-profissional e não tenha fins
“A contratação por meio da dispensa de licitação deve lucrativos na aplicação de suas funções.
limitar-se a aquisição de bens e serviços indispensáveis ao - Acordo Internacional: Somente para aquisição de
atendimento da situação de emergência e não qualquer bens quando comprovado que as condições ofertadas são
bem ou qualquer prazo. Conheça os casos de Dispensa vantajosas para o poder público.
fundamentados no artigo 24 da Lei nº 8666/93. - Obras de Arte e Objetos Históricos: Somente se jus-
4 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de tifica a aplicação da dispensa de licitação se a finalidade
direito administrativo. 23. ed. Rio de Janeiro: Lumen juris, de resgatar a peça ou restaurar for de importância para a
2010. composição do acervo histórico e artístico nacional.

36
LEGISLAÇÃO

- Aquisição de Componentes em Garantia: Caso a aqui- Contratação de empresa ou pessoa física com notória
sição do componente ou material seja necessário para ma- experiência para execução de serviços técnicos. Este tipo
nutenção de equipamentos durante o período de garantia. de contratação se alimenta do passado, de desempenhos
Deverá a Administração comprá-lo do fornecedor original anteriores, estudos, experiências, publicações, nenhum cri-
deste equipamento, quando a condição de exclusividade tério é indicado para orientar ou informar como e de que
for indispensável para a vigência do prazo de garantia. modo a Administração pode concluir que o trabalho de um
- Abastecimento em Trânsito: Para abastecimento de profissional ou empresa é o mais adequado à plena satisfa-
embarcações, navios, tropas e seus meios de deslocamento ção do objeto do contrato.
quando em eventual curta duração, por motivo de movi- * Profissional Artista:
Contratação de profissional de qualquer setor artísti-
mentação operacional e for comprovado que compromete
co, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde
a normalidade os propósitos da operação, desde que o va- que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião
lor não exceda ao limite previsto para dispensa de licitação. pública”6.
- Compra de materiais de uso pelas forças armadas:
Sujeito à verificação conforme material, ressaltando que as Modalidades.
compras de material de uso pessoal e administrativo sujei-
tam-se ao regular certame licitatório. Prosseguindo o estudo, quanto às modalidades de li-
- Associação de portadores de deficiência física: A con- citação, podem ser apontadas as seguintes modalidades:
tratação desta associação deverá seguir as seguintes exi- Concorrência, tomada de preços, convite, concurso e leilão
gências: Não poderá ter fins lucrativos; comprovar idonei- (artigo 22, Lei nº 8.666/1993). Dos parágrafos 1º a 5º, o
dade, preço compatível com o mercado”5. artigo 22 conceitua cada uma das modalidades:
“Na inexigibilidade, a contratação se dá em razão da
inviabilidade da competição ou da desnecessidade do pro- § 1º Concorrência é a modalidade de licitação entre
quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação
cedimento licitatório. Na inexigibilidade, as hipóteses do
preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de
artigo 25 da Lei 8666 de 1993, autorizam o administrador qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.
público, após comprovada a inviabilidade ou desnecessi- § 2º Tomada de preços é a modalidade de licitação entre
dade de licitação, contratar diretamente o fornecimento do interessados devidamente cadastrados ou que atenderem
produto ou a execução dos serviços. É importante observar a todas as condições exigidas para cadastramento até o
que o rol descrito neste artigo, não abrange todas as hi- terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas,
póteses de inexigibilidade. A licitação poderá ser inexigível observada a necessária qualificação.
quando: § 3º Convite é a modalidade de licitação entre
* Fornecedor Exclusivo: interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados
- Exclusividade Comercial: somente um representan- ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de
te ou comerciante tem o bem a ser adquirido, um grande 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em
exemplo disto seria medicamentos. local apropriado, cópia do instrumento convocatório e
- Exclusividade Industrial: somente quando um produ- o estenderá aos demais cadastrados na correspondente
especialidade que manifestarem seu interesse com
tor ou indústria se acha em condições materiais e legais de
antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da
produzir o bem e fornecê-los a Administração apresentação das propostas.
Aplica-se a inexigibilidade quando comprovada por § 4º Concurso é a modalidade de licitação entre
meio de fornecimento de Atestado de Exclusividade de quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico,
venda ou fabricação emitido pelo órgão de registro do co- científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios
mércio para o local em que se realizará a licitação. ou remuneração aos vencedores, conforme critérios
* Singularidade para contratação de serviços técnicos: constantes de edital publicado na imprensa oficial com
Somente poderão ser contratados aqueles enumerados no antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.
artigo 13 da Lei 8666/93 § 5º Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer
- estudos Técnicos; interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a
- planejamentos e projetos básicos ou executivos; administração ou de produtos legalmente apreendidos ou
- pareceres, perícias e avaliação em geral; penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista
- acessórias ou consultorias técnicas e auditorias finan- no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior
ao valor da avaliação.
ceiras ou tributárias;
- fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras Por sua vez, a LEI Nº 10.520, DE 17 DE JULHO DE
e serviços; 2002, trabalha com uma modalidade adicional de lici-
- patrocínio ou defesa de causas judiciais ou adminis- tação, o pregão. É a modalidade de licitação voltada à
trativas; aquisição de bens e serviços comuns, assim considerados
- treinamento e aperfeiçoamento de pessoal; aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade
- restauração de obras de arte e bens de valor histórico. possam ser objetivamente definidos no edital por meio de
* Notória Especialização: especificações do mercado.

5 http://www.licitacao.net/ 6 http://www.licitacao.net/

37
LEGISLAÇÃO

Tipos. Anular é extinguir um ato ou um conjunto de atos em


razão de sua ilegalidade. Quando se fala, portanto, em
Em relação aos tipos de licitação, apontam-se no Esta- anulação de uma licitação, pressupõe-se a ilegalidade da
tuto: melhor preço, melhor técnica, técnica e preço, e me- mesma, pois anula-se o que é ilegítimo. A licitação poderá
lhor lance ou oferta. Os tipos licitatórios não passam de ser anulada pela via administrativa ou pela via judiciária. A
critérios de julgamento para a escolha da proposta mais anulação de uma licitação pode ser total (se o vício atingir
adequada aos interesses da Administração Pública. A disci- a origem dos atos licitatórios) ou parcial (se o vício atingir
plina encontra-se no caput e no §1º da Lei nº 8.666/1993: parte dos atos licitatórios).
Revogar uma licitação é extingui-la por ser inconve-
Art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, de- niente ou inoportuna. Desde o momento em que a lici-
vendo a Comissão de licitação ou o responsável pelo con- tação foi aberta até o final da mesma, pode-se falar em
vite realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, revogação. Após a assinatura do contrato, entretanto, não
os critérios previamente estabelecidos no ato convocatório e poderá haver a revogação da licitação. Somente se justifica
de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de a revogação quando houver um fato posterior à abertura
da licitação e quando o fato for pertinente, ou seja, quando
maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos
possuir uma relação lógica com a revogação da licitação.
órgãos de controle.
Ainda deve ser suficiente, quando a intensidade do fato
§ 1º Para os efeitos deste artigo, constituem tipos de
justificar a revogação. Deve ser respeitado o direito ao con-
licitação, exceto na modalidade concurso:
traditório e ampla defesa, e a revogação deverá ser feita
I - a de menor preço - quando o critério de seleção da mediante parecer escrito e devidamente fundamentado.
proposta mais vantajosa para a Administração determinar
que será vencedor o licitante que apresentar a proposta de Anulação e revogação.
acordo com as especificações do edital ou convite e ofertar
o menor preço; Os institutos estão previstos no artigo 49 da lei nº
II - a de melhor técnica; 8.666/93. Revogação da licitação por interesse público de-
III - a de técnica e preço; corrente de fato superveniente devidamente comprova-
IV - a de maior lance ou oferta - nos casos de alienação do, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, bem
de bens ou concessão de direito real de uso. como a obrigatoriedade de sua anulação por ilegalidade,
neste último caso podendo agir de ofício ou provocado
Procedimento. por terceiros, mediante parecer escrito e devidamente fun-
damentado.
Do artigo 38 ao 53 da Lei nº 8.666/93 está descrito o Revogação segundo Diógenes Gasparini “é o desfazi-
procedimento a ser adotado nas licitações em geral. A mo- mento da licitação acabada por motivos de conveniência
dalidade pregão tem procedimento próprio, previsto na lei e oportunidade (interesse público) superveniente – art. 49
especial. da lei nº 8.666/93”7. Trata-se de um ato administrativo vin-
No que tange à revogação e à anulação, ambas volta- culado, embora assentada em motivos de conveniência e
das às consequências dos vícios no processo de licitação, oportunidade; e ainda, a lei referida, prevê que no caso de
destaca-se a previsão do artigo 49: desfazimento da licitação ficam assegurados o contraditó-
rio e a ampla defesa, garantia essa que é dada somente ao
Art. 49. A autoridade competente para a aprovação do vencedor, o único com efeitos interesses na permanência
procedimento somente poderá revogar a licitação por razões desse ato, pois por meio dele pode chegar a contrato.
de interesse público decorrente de fato superveniente devi- Hely Lopes Meireles8 conceitua anulação como “é a
damente comprovado, pertinente e suficiente para justificar invalidação da licitação ou do julgamento por motivo de
ilegalidade, pode ser feita a qualquer fase e tempo antes da
tal conduta, devendo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou
assinatura do contrato, desde que a Administração ou o Ju-
por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devi-
diciário verifique e aponte a infringência à lei ou ao edital”.
damente fundamentado.
Cabe ainda ressaltar que a anulação da licitação acarreta
§ 1º A anulação do procedimento licitatório por motivo
a nulidade do contrato (art. 49, § 2º). No mesmo sentido
de ilegalidade não gera obrigação de indenizar, ressalvado “a anulação poderá ocorrer tanto pela Via Judicante como
o disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei. pela Via Administrativa”.
§ 2º A nulidade do procedimento licitatório induz à do
contrato, ressalvado o disposto no parágrafo único do art.
59 desta Lei.
§ 3º No caso de desfazimento do processo licitatório,
fica assegurado o contraditório e a ampla defesa.
§ 4º O disposto neste artigo e seus parágrafos aplica-se 7 GASPARINI, Diógenes. Direito Administrativo.
aos atos do procedimento de dispensa e de inexigibilidade 11. ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
de licitação. 8 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo
brasileiro. São Paulo: Malheiros, 1993.

38
LEGISLAÇÃO

Sanções administrativas. acordo de vontades para a formação de vínculo e a estipu-


lação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação
Em relação ao cumprimento as normas estabelecidas utilizada.
pela Lei de Licitações e Contratos Administrativos - Lei
8.666/1993, caso haja alguma irregularidade, comprovação Art. 3º A licitação destina-se a garantir a observância do
da prática de atos ilícitos pela parte que causou o dano, princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta
além das responsabilidades civis, caberá também aplicação mais vantajosa para a administração e a promoção do de-
das responsabilidades administrativas e judiciais. senvolvimento nacional sustentável e será processada e jul-
A recusa injustificada do adjudicatário em assinar o gada em estrita conformidade com os princípios básicos da
contrato, aceitar ou retirar o instrumento equivalente, den- legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade,
tro do prazo estabelecido pela Administração, caracteriza o da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação
descumprimento total da obrigação assumida, sujeitando- ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos
-o às penalidades legalmente estabelecidas. que lhes são correlatos.
Isto não se aplica aos licitantes convocados, que não
§ 1º É vedado aos agentes públicos:
aceitarem a contratação, nas mesmas condições propos-
I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convo-
tas pelo primeiro adjudicatário, inclusive quanto ao prazo
cação, cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam
e preço.
ou frustrem o seu caráter competitivo, inclusive nos casos de
Os agentes administrativos que praticarem atos em
desacordo com os preceitos definidos pela Lei de Licita- sociedades cooperativas, e estabeleçam preferências ou dis-
ções e Contratos Administrativos ou visando a frustrar os tinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos
objetivos da licitação sujeitam-se às sanções previstas na licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente
lei licitatória e nos regulamentos próprios, sem prejuízo das ou irrelevante para o específico objeto do contrato, ressalva-
responsabilidades civil e criminal que seu ato ensejar. do o disposto nos §§ 5º a 12 deste artigo e no art. 3º da Lei
nº 8.248, de 23 de outubro de 1991;
LEI Nº 8.666/1993 E SUAS ALTERAÇÕES II - estabelecer tratamento diferenciado de natureza co-
mercial, legal, trabalhista, previdenciária ou qualquer outra,
LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993 entre empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no que se
Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Fede- refere a moeda, modalidade e local de pagamentos, mesmo
ral, institui normas para licitações e contratos da Adminis- quando envolvidos financiamentos de agências internacio-
tração Pública e dá outras providências. nais, ressalvado o disposto no parágrafo seguinte e no art. 3º
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Con- da Lei nº 8.248, de 23 de outubro de 1991.
gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: § 2º Em igualdade de condições, como critério de
desempate, será assegurada preferência, sucessivamente,
Capítulo I aos bens e serviços:
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS I - (Revogado)
II - produzidos no País;
Seção I III - produzidos ou prestados por empresas brasileiras;
Dos Princípios IV - produzidos ou prestados por empresas que invistam
em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País;
Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações V - produzidos ou prestados por empresas que compro-
e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, in- vem cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para
clusive de publicidade, compras, alienações e locações no pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência
âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Fede-
Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas
ral e dos Municípios.
na legislação.
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei,
§ 3º A licitação não será sigilosa, sendo públicos e
além dos órgãos da administração direta, os fundos espe-
acessíveis ao público os atos de seu procedimento, salvo
ciais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas pú-
blicas, as sociedades de economia mista e demais entidades quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva
controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, abertura.
Distrito Federal e Municípios. § 4º (Vetado).
§ 5º Nos processos de licitação, poderá ser estabelecida
Art. 2º As obras, serviços, inclusive de publicidade, com- margem de preferência para:
pras, alienações, concessões, permissões e locações da Admi- I - produtos manufaturados e para serviços nacionais
nistração Pública, quando contratadas com terceiros, serão que atendam a normas técnicas brasileiras; e
necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hi- II - bens e serviços produzidos ou prestados por empre-
póteses previstas nesta Lei. sas que comprovem cumprimento de reserva de cargos pre-
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se vista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado
contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Previdência Social e que atendam às regras de acessibili-
da Administração Pública e particulares, em que haja um dade previstas na legislação.

39
LEGISLAÇÃO

§ 6º A margem de preferência de que trata o § 5º será § 15. As preferências dispostas neste artigo prevalecem
estabelecida com base em estudos revistos periodicamente, sobre as demais preferências previstas na legislação
em prazo não superior a 5 (cinco) anos, que levem em quando estas forem aplicadas sobre produtos ou serviços
consideração: estrangeiros.
I - geração de emprego e renda;
II - efeito na arrecadação de tributos federais, estaduais Art. 4º Todos quantos participem de licitação promovi-
e municipais; da pelos órgãos ou entidades a que se refere o art. 1º têm
III - desenvolvimento e inovação tecnológica realizados direito público subjetivo à fiel observância do pertinente pro-
no País; cedimento estabelecido nesta lei, podendo qualquer cidadão
IV - custo adicional dos produtos e serviços; e acompanhar o seu desenvolvimento, desde que não interfira
V - em suas revisões, análise retrospectiva de resultados. de modo a perturbar ou impedir a realização dos trabalhos.
Parágrafo único. O procedimento licitatório previsto
§ 7º Para os produtos manufaturados e serviços
nesta lei caracteriza ato administrativo formal, seja ele pra-
nacionais resultantes de desenvolvimento e inovação
ticado em qualquer esfera da Administração Pública.
tecnológica realizados no País, poderá ser estabelecido
margem de preferência adicional àquela prevista no § 5º. Art. 5º Todos os valores, preços e custos utilizados nas
§ 8º As margens de preferência por produto, serviço, licitações terão como expressão monetária a moeda corrente
grupo de produtos ou grupo de serviços, a que se referem nacional, ressalvado o disposto no art. 42 desta Lei, devendo
os §§ 5º e 7º, serão definidas pelo Poder Executivo federal, cada unidade da Administração, no pagamento das obriga-
não podendo a soma delas ultrapassar o montante de ções relativas ao fornecimento de bens, locações, realização
25% (vinte e cinco por cento) sobre o preço dos produtos de obras e prestação de serviços, obedecer, para cada fonte
manufaturados e serviços estrangeiros. diferenciada de recursos, a estrita ordem cronológica das da-
§ 9º As disposições contidas nos §§ 5º e 7º deste artigo tas de suas exigibilidades, salvo quando presentes relevantes
não se aplicam aos bens e aos serviços cuja capacidade de razões de interesse público e mediante prévia justificativa da
produção ou prestação no País seja inferior: autoridade competente, devidamente publicada.
I - à quantidade a ser adquirida ou contratada; ou § 1º Os créditos a que se refere este artigo terão
II - ao quantitativo fixado com fundamento no § 7º do seus valores corrigidos por critérios previstos no ato
art. 23 desta Lei, quando for o caso. convocatório e que lhes preservem o valor.
§ 10. A margem de preferência a que se refere o § § 2º A correção de que trata o parágrafo anterior cujo
5º poderá ser estendida, total ou parcialmente, aos bens pagamento será feito junto com o principal, correrá à conta
das mesmas dotações orçamentárias que atenderam aos
e serviços originários dos Estados Partes do Mercado
créditos a que se referem.
Comum do Sul - Mercosul.
§ 3º Observados o disposto no caput, os pagamentos
§ 11. Os editais de licitação para a contratação de bens,
decorrentes de despesas cujos valores não ultrapassem o
serviços e obras poderão, mediante prévia justificativa limite de que trata o inciso II do art. 24, sem prejuízo do
da autoridade competente, exigir que o contratado que dispõe seu parágrafo único, deverão ser efetuados no
promova, em favor de órgão ou entidade integrante da prazo de até 5 (cinco) dias úteis, contados da apresentação
administração pública ou daqueles por ela indicados a da fatura.
partir de processo isonômico, medidas de compensação
comercial, industrial, tecnológica ou acesso a condições Art. 5o-A.  As normas de licitações e contratos devem pri-
vantajosas de financiamento, cumulativamente ou não, na vilegiar o tratamento diferenciado e favorecido às microem-
forma estabelecida pelo Poder Executivo federal. presas e empresas de pequeno porte na forma da lei. 
§ 12. Nas contratações destinadas à implantação,
manutenção e ao aperfeiçoamento dos sistemas de Seção II
tecnologia de informação e comunicação, considerados Das Definições
estratégicos em ato do Poder Executivo federal, a licitação
poderá ser restrita a bens e serviços com tecnologia Art. 6º Para os fins desta Lei, considera-se:
desenvolvida no País e produzidos de acordo com o I - Obra - toda construção, reforma, fabricação, recupe-
processo produtivo básico de que trata a Lei nº 10.176, de ração ou ampliação, realizada por execução direta ou indi-
reta;
11 de janeiro de 2001.
II - Serviço - toda atividade destinada a obter determi-
§ 13. Será divulgada na internet, a cada exercício
nada utilidade de interesse para a Administração, tais como:
financeiro, a relação de empresas favorecidas em
demolição, conserto, instalação, montagem, operação, con-
decorrência do disposto nos §§ 5º, 7º, 10, 11 e 12 deste servação, reparação, adaptação, manutenção, transporte,
artigo, com indicação do volume de recursos destinados a locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico-
cada uma delas. -profissionais;
§ 14. As preferências definidas neste artigo e nas III - Compra - toda aquisição remunerada de bens para
demais normas de licitação e contratos devem privilegiar o fornecimento de uma só vez ou parceladamente;
tratamento diferenciado e favorecido às microempresas e IV - Alienação - toda transferência de domínio de bens
empresas de pequeno porte na forma da lei. a terceiros;

40
LEGISLAÇÃO

V - Obras, serviços e compras de grande vulto - aquelas f) orçamento detalhado do custo global da obra, funda-
cujo valor estimado seja superior a 25 (vinte e cinco) vezes o mentado em quantitativos de serviços e fornecimentos pro-
limite estabelecido na alínea “c” do inciso I do art. 23 desta priamente avaliados;
Lei; X - Projeto Executivo - o conjunto dos elementos neces-
VI - Seguro-Garantia - o seguro que garante o fiel cum- sários e suficientes à execução completa da obra, de acordo
primento das obrigações assumidas por empresas em licita- com as normas pertinentes da Associação Brasileira de Nor-
ções e contratos; mas Técnicas - ABNT;
VII - Execução direta - a que é feita pelos órgãos e enti- XI - Administração Pública - a administração direta e in-
dades da Administração, pelos próprios meios; direta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Muni-
VIII - Execução indireta - a que o órgão ou entidade con- cípios, abrangendo inclusive as entidades com personalidade
trata com terceiros sob qualquer dos seguintes regimes: jurídica de direito privado sob controle do poder público e
a) empreitada por preço global - quando se contrata a das fundações por ele instituídas ou mantidas;
execução da obra ou do serviço por preço certo e total; XII - Administração - órgão, entidade ou unidade admi-
b) empreitada por preço unitário - quando se contrata a nistrativa pela qual a Administração Pública opera e atua
execução da obra ou do serviço por preço certo de unidades concretamente;
determinadas; XIII - Imprensa Oficial - veículo oficial de divulgação da
c) (Vetado). Administração Pública, sendo para a União o Diário Oficial
d) tarefa - quando se ajusta mão-de-obra para peque- da União, e, para os Estados, o Distrito Federal e os Municí-
nos trabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento de pios, o que for definido nas respectivas leis; (Redação dada
materiais; pela Lei nº 8.883, de 1994)
e) empreitada integral - quando se contrata um em- XIV - Contratante - é o órgão ou entidade signatária do
preendimento em sua integralidade, compreendendo todas instrumento contratual;
as etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob XV - Contratado - a pessoa física ou jurídica signatária
inteira responsabilidade da contratada até a sua entrega ao de contrato com a Administração Pública;
contratante em condições de entrada em operação, atendi- XVI - Comissão - comissão, permanente ou especial,
criada pela Administração com a função de receber, exami-
dos os requisitos técnicos e legais para sua utilização em
nar e julgar todos os documentos e procedimentos relativos
condições de segurança estrutural e operacional e com as
às licitações e ao cadastramento de licitantes.
características adequadas às finalidades para que foi con-
XVII - produtos manufaturados nacionais - produtos
tratada;
manufaturados, produzidos no território nacional de acordo
IX - Projeto Básico - conjunto de elementos necessários
com o processo produtivo básico ou com as regras de origem
e suficientes, com nível de precisão adequado, para carac-
estabelecidas pelo Poder Executivo federal;
terizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços
XVIII - serviços nacionais - serviços prestados no País,
objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos
nas condições estabelecidas pelo Poder Executivo federal;
estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade XIX - sistemas de tecnologia de informação e comuni-
técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do cação estratégicos - bens e serviços de tecnologia da infor-
empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da mação e comunicação cuja descontinuidade provoque dano
obra e a definição dos métodos e do prazo de execução, de- significativo à administração pública e que envolvam pelo
vendo conter os seguintes elementos: menos um dos seguintes requisitos relacionados às infor-
a) desenvolvimento da solução escolhida de forma a mações críticas: disponibilidade, confiabilidade, segurança e
fornecer visão global da obra e identificar todos os seus ele- confidencialidade.
mentos constitutivos com clareza; XX - produtos para pesquisa e desenvolvimento - bens,
b) soluções técnicas globais e localizadas, suficiente- insumos, serviços e obras necessários para atividade de pes-
mente detalhadas, de forma a minimizar a necessidade de quisa científica e tecnológica, desenvolvimento de tecnolo-
reformulação ou de variantes durante as fases de elaboração gia ou inovação tecnológica, discriminados em projeto de
do projeto executivo e de realização das obras e montagem; pesquisa aprovado pela instituição contratante.
c) identificação dos tipos de serviços a executar e de ma-
teriais e equipamentos a incorporar à obra, bem como suas Seção III
especificações que assegurem os melhores resultados para o Das Obras e Serviços
empreendimento, sem frustrar o caráter competitivo para a
sua execução; Art. 7º As licitações para a execução de obras e para a
d) informações que possibilitem o estudo e a dedução prestação de serviços obedecerão ao disposto neste artigo e,
de métodos construtivos, instalações provisórias e condições em particular, à seguinte sequência:
organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter competi- I - projeto básico;
tivo para a sua execução; II - projeto executivo;
e) subsídios para montagem do plano de licitação e ges- III - execução das obras e serviços.
tão da obra, compreendendo a sua programação, a estraté- § 1º A execução de cada etapa será obrigatoriamente
gia de suprimentos, as normas de fiscalização e outros dados precedida da conclusão e aprovação, pela autoridade
necessários em cada caso; competente, dos trabalhos relativos às etapas anteriores,

41
LEGISLAÇÃO

à exceção do projeto executivo, o qual poderá ser Art. 9º Não poderá participar, direta ou indiretamente,
desenvolvido concomitantemente com a execução das da licitação ou da execução de obra ou serviço e do forneci-
obras e serviços, desde que também autorizado pela mento de bens a eles necessários:
Administração. I - o autor do projeto, básico ou executivo, pessoa física
§ 2º As obras e os serviços somente poderão ser ou jurídica;
licitados quando: II - empresa, isoladamente ou em consórcio, responsável
I - houver projeto básico aprovado pela autoridade com- pela elaboração do projeto básico ou executivo ou da qual o
petente e disponível para exame dos interessados em parti- autor do projeto seja dirigente, gerente, acionista ou detentor
cipar do processo licitatório; de mais de 5% (cinco por cento) do capital com direito a voto
II - existir orçamento detalhado em planilhas que ex- ou controlador, responsável técnico ou subcontratado;
pressem a composição de todos os seus custos unitários; III - servidor ou dirigente de órgão ou entidade contratan-
III - houver previsão de recursos orçamentários que as- te ou responsável pela licitação.
segurem o pagamento das obrigações decorrentes de obras § 1º É permitida a participação do autor do projeto
ou serviços a serem executadas no exercício financeiro em ou da empresa a que se refere o inciso II deste artigo, na
curso, de acordo com o respectivo cronograma; licitação de obra ou serviço, ou na execução, como consultor
IV - o produto dela esperado estiver contemplado nas ou técnico, nas funções de fiscalização, supervisão ou geren-
metas estabelecidas no Plano Plurianual de que trata o art. ciamento, exclusivamente a serviço da Administração interes-
165 da Constituição Federal, quando for o caso. sada.
§ 3º É vedado incluir no objeto da licitação a obtenção § 2º O disposto neste artigo não impede a licitação ou
de recursos financeiros para sua execução, qualquer que contratação de obra ou serviço que inclua a elaboração de
seja a sua origem, exceto nos casos de empreendimentos projeto executivo como encargo do contratado ou pelo
executados e explorados sob o regime de concessão, nos preço previamente fixado pela Administração.
termos da legislação específica. § 3º Considera-se participação indireta, para fins do
§ 4º É vedada, ainda, a inclusão, no objeto da licitação, disposto neste artigo, a existência de qualquer vínculo
de fornecimento de materiais e serviços sem previsão de
de natureza técnica, comercial, econômica, financeira ou
quantidades ou cujos quantitativos não correspondam às
trabalhista entre o autor do projeto, pessoa física ou jurídica,
previsões reais do projeto básico ou executivo.
e o licitante ou responsável pelos serviços, fornecimentos e
§ 5º É vedada a realização de licitação cujo objeto
obras, incluindo-se os fornecimentos de bens e serviços a
inclua bens e serviços sem similaridade ou de marcas,
estes necessários.
características e especificações exclusivas, salvo nos casos
§ 4º O disposto no parágrafo anterior aplica-se aos
em que for tecnicamente justificável, ou ainda quando
membros da comissão de licitação.
o fornecimento de tais materiais e serviços for feito
sob o regime de administração contratada, previsto e
discriminado no ato convocatório. Art. 10. As obras e serviços poderão ser executados nas
§ 6º A infringência do disposto neste artigo seguintes formas:
implica a nulidade dos atos ou contratos realizados e a I - execução direta;
responsabilidade de quem lhes tenha dado causa. II - execução indireta, nos seguintes regimes:
§ 7º Não será ainda computado como valor da obra ou a) empreitada por preço global;
serviço, para fins de julgamento das propostas de preços, a b) empreitada por preço unitário;
atualização monetária das obrigações de pagamento, desde c) (Vetado).
a data final de cada período de aferição até a do respectivo d) tarefa;
pagamento, que será calculada pelos mesmos critérios e) empreitada integral.
estabelecidos obrigatoriamente no ato convocatório. Parágrafo único. (Vetado).
§ 8º Qualquer cidadão poderá requerer à Administração
Pública os quantitativos das obras e preços unitários de Art. 11. As obras e serviços destinados aos mesmos fins
determinada obra executada. terão projetos padronizados por tipos, categorias ou classes,
§ 9º O disposto neste artigo aplica-se também, no exceto quando o projeto-padrão não atender às condições
que couber, aos casos de dispensa e de inexigibilidade de peculiares do local ou às exigências específicas do empreen-
licitação. dimento.

Art. 8º A execução das obras e dos serviços deve pro- Art. 12. Nos projetos básicos e projetos executivos de
gramar-se, sempre, em sua totalidade, previstos seus custos obras e serviços serão considerados principalmente os seguin-
atual e final e considerados os prazos de sua execução. tes requisitos:
Parágrafo único. É proibido o retardamento imotivado I - segurança;
da execução de obra ou serviço, ou de suas parcelas, se exis- II - funcionalidade e adequação ao interesse público;
tente previsão orçamentária para sua execução total, salvo III - economia na execução, conservação e operação;
insuficiência financeira ou comprovado motivo de ordem IV - possibilidade de emprego de mão-de-obra, materiais,
técnica, justificados em despacho circunstanciado da auto- tecnologia e matérias-primas existentes no local para execu-
ridade a que se refere o art. 26 desta Lei. ção, conservação e operação;

42
LEGISLAÇÃO

V - facilidade na execução, conservação e operação, sem V - balizar-se pelos preços praticados no âmbito dos ór-
prejuízo da durabilidade da obra ou do serviço; gãos e entidades da Administração Pública.
VI - adoção das normas técnicas, de saúde e de seguran- § 1º O registro de preços será precedido de ampla
ça do trabalho adequadas; pesquisa de mercado.
VII - impacto ambiental. § 2º Os preços registrados serão publicados
trimestralmente para orientação da Administração, na
Seção IV imprensa oficial.
Dos Serviços Técnicos Profissionais Especializados § 3º O sistema de registro de preços será regulamentado
por decreto, atendidas as peculiaridades regionais,
Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram-se serviços observadas as seguintes condições:
técnicos profissionais especializados os trabalhos relativos a: I - seleção feita mediante concorrência;
I - estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou II - estipulação prévia do sistema de controle e atualiza-
executivos; ção dos preços registrados;
II - pareceres, perícias e avaliações em geral; III - validade do registro não superior a um ano.
III - assessorias ou consultorias técnicas e auditorias fi- § 4º A existência de preços registrados não obriga a
nanceiras ou tributárias; Administração a firmar as contratações que deles poderão
IV - fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras advir, ficando-lhe facultada a utilização de outros meios,
ou serviços; respeitada a legislação relativa às licitações, sendo
V - patrocínio ou defesa de causas judiciais ou adminis- assegurado ao beneficiário do registro preferência em
trativas; igualdade de condições.
VI - treinamento e aperfeiçoamento de pessoal; § 5º O sistema de controle originado no quadro geral
VII - restauração de obras de arte e bens de valor his- de preços, quando possível, deverá ser informatizado.
tórico. § 6º Qualquer cidadão é parte legítima para
VIII - (Vetado). impugnar preço constante do quadro geral em razão de
§ 1º Ressalvados os casos de inexigibilidade de incompatibilidade desse com o preço vigente no mercado.
licitação, os contratos para a prestação de serviços técnicos § 7º Nas compras deverão ser observadas, ainda:
profissionais especializados deverão, preferencialmente, I - a especificação completa do bem a ser adquirido sem
ser celebrados mediante a realização de concurso, com
indicação de marca;
estipulação prévia de prêmio ou remuneração.
II - a definição das unidades e das quantidades a serem
§ 2º Aos serviços técnicos previstos neste artigo aplica-
adquiridas em função do consumo e utilização prováveis,
se, no que couber, o disposto no art. 111 desta Lei.
cuja estimativa será obtida, sempre que possível, mediante
§ 3º A empresa de prestação de serviços técnicos
adequadas técnicas quantitativas de estimação;
especializados que apresente relação de integrantes de
III - as condições de guarda e armazenamento que não
seu corpo técnico em procedimento licitatório ou como
permitam a deterioração do material.
elemento de justificação de dispensa ou inexigibilidade
§ 8º O recebimento de material de valor superior ao
de licitação, ficará obrigada a garantir que os referidos
integrantes realizem pessoal e diretamente os serviços limite estabelecido no art. 23 desta Lei, para a modalidade
objeto do contrato. de convite, deverá ser confiado a uma comissão de, no
mínimo, 3 (três) membros.
Seção V
Das Compras Art. 16. Será dada publicidade, mensalmente, em órgão
de divulgação oficial ou em quadro de avisos de amplo aces-
Art. 14. Nenhuma compra será feita sem a adequada so público, à relação de todas as compras feitas pela Admi-
caracterização de seu objeto e indicação dos recursos orça- nistração Direta ou Indireta, de maneira a clarificar a identi-
mentários para seu pagamento, sob pena de nulidade do ato ficação do bem comprado, seu preço unitário, a quantidade
e responsabilidade de quem lhe tiver dado causa. adquirida, o nome do vendedor e o valor total da operação,
podendo ser aglutinadas por itens as compras feitas com dis-
Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão: pensa e inexigibilidade de licitação.
I - atender ao princípio da padronização, que imponha Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica
compatibilidade de especificações técnicas e de desempe- aos casos de dispensa de licitação previstos no inciso IX do
nho, observadas, quando for o caso, as condições de manu- art. 24.
tenção, assistência técnica e garantia oferecidas;
II - ser processadas através de sistema de registro de pre- Seção VI
ços; Das Alienações
III - submeter-se às condições de aquisição e pagamento
semelhantes às do setor privado; Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública,
IV - ser subdivididas em tantas parcelas quantas neces- subordinada à existência de interesse público devidamente
sárias para aproveitar as peculiaridades do mercado, visan- justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às se-
do economicidade; guintes normas:

43
LEGISLAÇÃO

I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa § 2º A Administração também poderá conceder título
para órgãos da administração direta e entidades autárqui- de propriedade ou de direito real de uso de imóveis,
cas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades pa- dispensada licitação, quando o uso destinar-se:
raestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na I - a outro órgão ou entidade da Administração Pública,
modalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes qualquer que seja a localização do imóvel;
casos: II - a pessoa natural que, nos termos de lei, regulamento
a) dação em pagamento; ou ato normativo do órgão competente, haja implementado
b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão os requisitos mínimos de cultura, ocupação mansa e pacífica
ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de e exploração direta sobre área rural, observado o limite de
governo, ressalvado o disposto nas alíneas f, h e i; que trata o § 1º do art. 6º da Lei no 11.952, de 25 de junho
de 2009;
c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos
§ 2º-A. As hipóteses do inciso II do § 2º ficam
constantes do inciso X do art. 24 desta Lei;
dispensadas de autorização legislativa, porém submetem-
d) investidura; se aos seguintes condicionamentos:
e) venda a outro órgão ou entidade da administração I - aplicação exclusivamente às áreas em que a deten-
pública, de qualquer esfera de governo; ção por particular seja comprovadamente anterior a 1o de
f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão dezembro de 2004;
de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens II - submissão aos demais requisitos e impedimentos do
imóveis residenciais construídos, destinados ou efetivamente regime legal e administrativo da destinação e da regulariza-
utilizados no âmbito de programas habitacionais ou de re- ção fundiária de terras públicas;
gularização fundiária de interesse social desenvolvidos por III - vedação de concessões para hipóteses de exploração
órgãos ou entidades da administração pública; não-contempladas na lei agrária, nas leis de destinação de
g) procedimentos de legitimação de posse de que trata o terras públicas, ou nas normas legais ou administrativas de
art. 29 da Lei no 6.383, de 7 de dezembro de 1976, mediante zoneamento ecológico-econômico; e
iniciativa e deliberação dos órgãos da Administração Pública IV - previsão de rescisão automática da concessão, dis-
em cuja competência legal inclua-se tal atribuição; pensada notificação, em caso de declaração de utilidade, ou
h) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, conces- necessidade pública ou interesse social.
são de direito real de uso, locação ou permissão de uso de § 2º-B. A hipótese do inciso II do § 2o deste artigo:
bens imóveis de uso comercial de âmbito local com área de I - só se aplica a imóvel situado em zona rural, não su-
jeito a vedação, impedimento ou inconveniente a sua explo-
até 250 m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados) e in-
ração mediante atividades agropecuárias;
seridos no âmbito de programas de regularização fundiária
II – fica limitada a áreas de até quinze módulos fiscais,
de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da desde que não exceda mil e quinhentos hectares, vedada a
administração pública; dispensa de licitação para áreas superiores a esse limite;
i) alienação e concessão de direito real de uso, gratuita III - pode ser cumulada com o quantitativo de área de-
ou onerosa, de terras públicas rurais da União e do Incra, corrente da figura prevista na alínea g do inciso I do caput
onde incidam ocupações até o limite de que trata o § 1º do deste artigo, até o limite previsto no inciso II deste parágrafo.
art. 6º da Lei no 11.952, de 25 de junho de 2009, para fins IV – (VETADO)
de regularização fundiária, atendidos os requisitos legais; e § 3º Entende-se por investidura, para os fins desta lei:
II - quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de I - a alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de
licitação, dispensada esta nos seguintes casos: área remanescente ou resultante de obra pública, área esta
a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de que se tornar inaproveitável isoladamente, por preço nunca
interesse social, após avaliação de sua oportunidade e con- inferior ao da avaliação e desde que esse não ultrapasse a
veniência sócio-econômica, relativamente à escolha de outra 50% (cinquenta por cento) do valor constante da alínea “a”
forma de alienação; do inciso II do art. 23 desta lei;
b) permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou II - a alienação, aos legítimos possuidores diretos ou,
entidades da Administração Pública; na falta destes, ao Poder Público, de imóveis para fins re-
c) venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, sidenciais construídos em núcleos urbanos anexos a usinas
hidrelétricas, desde que considerados dispensáveis na fase
observada a legislação específica;
de operação dessas unidades e não integrem a categoria de
d) venda de títulos, na forma da legislação pertinente;
bens reversíveis ao final da concessão.
e) venda de bens produzidos ou comercializados por ór- § 4º A doação com encargo será licitada e de seu
gãos ou entidades da Administração Pública, em virtude de instrumento constarão, obrigatoriamente os encargos,
suas finalidades; o prazo de seu cumprimento e cláusula de reversão, sob
f) venda de materiais e equipamentos para outros ór- pena de nulidade do ato, sendo dispensada a licitação no
gãos ou entidades da Administração Pública, sem utilização caso de interesse público devidamente justificado;
previsível por quem deles dispõe. § 5º Na hipótese do parágrafo anterior, caso o
§ 1º Os imóveis doados com base na alínea «b» do donatário necessite oferecer o imóvel em garantia de
inciso I deste artigo, cessadas as razões que justificaram financiamento, a cláusula de reversão e demais obrigações
a sua doação, reverterão ao patrimônio da pessoa jurídica serão garantidas por hipoteca em segundo grau em favor
doadora, vedada a sua alienação pelo beneficiário. do doador.

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LEGISLAÇÃO

§ 6º Para a venda de bens móveis avaliados, isolada ou § 2º O prazo mínimo até o recebimento das propostas
globalmente, em quantia não superior ao limite previsto ou da realização do evento será:
no art. 23, inciso II, alínea «b» desta Lei, a Administração I - quarenta e cinco dias para:
poderá permitir o leilão. a) concurso;
§ 7º (VETADO). b) concorrência, quando o contrato a ser celebrado con-
templar o regime de empreitada integral ou quando a licita-
Art. 18. Na concorrência para a venda de bens imóveis, ção for do tipo “melhor técnica” ou “técnica e preço”;
a fase de habilitação limitar-se-á à comprovação do recolhi- II - trinta dias para:
mento de quantia correspondente a 5% (cinco por cento) da a) concorrência, nos casos não especificados na alínea
avaliação. “b” do inciso anterior;
Parágrafo único. (Revogado) b) tomada de preços, quando a licitação for do tipo “me-
lhor técnica” ou “técnica e preço”;
Art. 19. Os bens imóveis da Administração Pública, cuja III - quinze dias para a tomada de preços, nos casos não
aquisição haja derivado de procedimentos judiciais ou de especificados na alínea “b” do inciso anterior, ou leilão;
dação em pagamento, poderão ser alienados por ato da au- IV - cinco dias úteis para convite.
toridade competente, observadas as seguintes regras: § 3º Os prazos estabelecidos no parágrafo anterior
I - avaliação dos bens alienáveis; serão contados a partir da última publicação do edital
II - comprovação da necessidade ou utilidade da alie- resumido ou da expedição do convite, ou ainda da efetiva
nação; disponibilidade do edital ou do convite e respectivos
III - adoção do procedimento licitatório, sob a modalida- anexos, prevalecendo a data que ocorrer mais tarde.
de de concorrência ou leilão. § 4º Qualquer modificação no edital exige divulgação
pela mesma forma que se deu o texto original, reabrindo-
Capítulo II se o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando,
Da Licitação inquestionavelmente, a alteração não afetar a formulação
das propostas.
Seção I
Das Modalidades, Limites e Dispensa Art. 22. São modalidades de licitação:
I - concorrência;
II - tomada de preços;
Art. 20. As licitações serão efetuadas no local onde se
III - convite;
situar a repartição interessada, salvo por motivo de interesse
IV - concurso;
público, devidamente justificado.
V - leilão.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não impedirá a
§ 1º Concorrência é a modalidade de licitação entre
habilitação de interessados residentes ou sediados em outros
quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação
locais.
preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de
qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.
Art. 21. Os avisos contendo os resumos dos editais das § 2º Tomada de preços é a modalidade de licitação entre
concorrências, das tomadas de preços, dos concursos e dos interessados devidamente cadastrados ou que atenderem
leilões, embora realizados no local da repartição interessa- a todas as condições exigidas para cadastramento até o
da, deverão ser publicados com antecedência, no mínimo, terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas,
por uma vez: observada a necessária qualificação.
I - no Diário Oficial da União, quando se tratar de lici- § 3º Convite é a modalidade de licitação entre
tação feita por órgão ou entidade da Administração Pública interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados
Federal e, ainda, quando se tratar de obras financiadas par- ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de
cial ou totalmente com recursos federais ou garantidas por 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em
instituições federais; local apropriado, cópia do instrumento convocatório e
II - no Diário Oficial do Estado, ou do Distrito Federal o estenderá aos demais cadastrados na correspondente
quando se tratar, respectivamente, de licitação feita por ór- especialidade que manifestarem seu interesse com
gão ou entidade da Administração Pública Estadual ou Mu- antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da
nicipal, ou do Distrito Federal; apresentação das propostas.
III - em jornal diário de grande circulação no Estado e § 4º Concurso é a modalidade de licitação entre
também, se houver, em jornal de circulação no Município ou quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico,
na região onde será realizada a obra, prestado o serviço, for- científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios
necido, alienado ou alugado o bem, podendo ainda a Admi- ou remuneração aos vencedores, conforme critérios
nistração, conforme o vulto da licitação, utilizar-se de outros constantes de edital publicado na imprensa oficial com
meios de divulgação para ampliar a área de competição. antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.
§ 1º O aviso publicado conterá a indicação do local em § 5º Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer
que os interessados poderão ler e obter o texto integral do interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a
edital e todas as informações sobre a licitação. administração ou de produtos legalmente apreendidos ou

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LEGISLAÇÃO

penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista órgão ou entidade dispuser de cadastro internacional de
no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior fornecedores ou o convite, quando não houver fornecedor
ao valor da avaliação. do bem ou serviço no País.
§ 6º Na hipótese do § 3º deste artigo, existindo na § 4º Nos casos em que couber convite, a Administração
praça mais de 3 (três) possíveis interessados, a cada novo poderá utilizar a tomada de preços e, em qualquer caso, a
convite, realizado para objeto idêntico ou assemelhado, é concorrência.
obrigatório o convite a, no mínimo, mais um interessado, § 5º É vedada a utilização da modalidade «convite» ou
enquanto existirem cadastrados não convidados nas «tomada de preços», conforme o caso, para parcelas de
últimas licitações. uma mesma obra ou serviço, ou ainda para obras e serviços
§ 7º Quando, por limitações do mercado ou manifesto da mesma natureza e no mesmo local que possam ser
desinteresse dos convidados, for impossível a obtenção do realizadas conjunta e concomitantemente, sempre que o
número mínimo de licitantes exigidos no § 3o deste artigo, somatório de seus valores caracterizar o caso de «tomada
essas circunstâncias deverão ser devidamente justificadas de preços» ou «concorrência», respectivamente, nos
no processo, sob pena de repetição do convite. termos deste artigo, exceto para as parcelas de natureza
§ 8º É vedada a criação de outras modalidades de específica que possam ser executadas por pessoas ou
licitação ou a combinação das referidas neste artigo. empresas de especialidade diversa daquela do executor da
§ 9º Na hipótese do parágrafo 2º deste artigo, a obra ou serviço.
administração somente poderá exigir do licitante não § 6º As organizações industriais da Administração
cadastrado os documentos previstos nos arts. 27 a 31, Federal direta, em face de suas peculiaridades, obedecerão
que comprovem habilitação compatível com o objeto da aos limites estabelecidos no inciso I deste artigo também
licitação, nos termos do edital. para suas compras e serviços em geral, desde que para
a aquisição de materiais aplicados exclusivamente na
Art. 23. As modalidades de licitação a que se referem os manutenção, reparo ou fabricação de meios operacionais
incisos I a III do artigo anterior serão determinadas em fun- bélicos pertencentes à União.
ção dos seguintes limites, tendo em vista o valor estimado § 7º Na compra de bens de natureza divisível e desde
da contratação: que não haja prejuízo para o conjunto ou complexo, é
I - para obras e serviços de engenharia: permitida a cotação de quantidade inferior à demandada
a) convite - até R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil na licitação, com vistas a ampliação da competitividade,
reais); podendo o edital fixar quantitativo mínimo para preservar
b) tomada de preços - até R$ 1.500.000,00 (um milhão e a economia de escala.
quinhentos mil reais); § 8º No caso de consórcios públicos, aplicar-se-á o
c) concorrência: acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e dobro dos valores mencionados no caput deste artigo
quinhentos mil reais); quando formado por até 3 (três) entes da Federação, e o
II - para compras e serviços não referidos no inciso an- triplo, quando formado por maior número.
terior:
a) convite - até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais); Art. 24. É dispensável a licitação:
b) tomada de preços - até R$ 650.000,00 (seiscentos e I - para obras e serviços de engenharia de valor até 10%
cinquenta mil reais); (dez por cento) do limite previsto na alínea “a”, do inciso I do
c) concorrência - acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e artigo anterior, desde que não se refiram a parcelas de uma
cinquenta mil reais). mesma obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da
§ 1º As obras, serviços e compras efetuadas pela mesma natureza e no mesmo local que possam ser realiza-
Administração serão divididas em tantas parcelas das conjunta e concomitantemente;
quantas se comprovarem técnica e economicamente II - para outros serviços e compras de valor até 10% (dez
viáveis, procedendo-se à licitação com vistas ao melhor por cento) do limite previsto na alínea “a”, do inciso II do ar-
aproveitamento dos recursos disponíveis no mercado e à tigo anterior e para alienações, nos casos previstos nesta Lei,
ampliação da competitividade sem perda da economia de desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço,
escala. compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada
§ 2º Na execução de obras e serviços e nas compras de uma só vez;
de bens, parceladas nos termos do parágrafo anterior, III - nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem;
a cada etapa ou conjunto de etapas da obra, serviço ou IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública,
compra, há de corresponder licitação distinta, preservada quando caracterizada urgência de atendimento de situação
a modalidade pertinente para a execução do objeto em que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança
licitação. de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, pú-
§ 3º A concorrência é a modalidade de licitação cabível, blicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao
qualquer que seja o valor de seu objeto, tanto na compra ou atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para
alienação de bens imóveis, ressalvado o disposto no art. 19, as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no
como nas concessões de direito real de uso e nas licitações prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e
internacionais, admitindo-se neste último caso, observados ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou ca-
os limites deste artigo, a tomada de preços, quando o lamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos;

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LEGISLAÇÃO

V - quando não acudirem interessados à licitação an- XVII - para a aquisição de componentes ou peças de ori-
terior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem gem nacional ou estrangeira, necessários à manutenção de
prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas equipamentos durante o período de garantia técnica, jun-
as condições preestabelecidas; to ao fornecedor original desses equipamentos, quando tal
VI - quando a União tiver que intervir no domínio eco- condição de exclusividade for indispensável para a vigência
nômico para regular preços ou normalizar o abastecimento; da garantia;
VII - quando as propostas apresentadas consignarem XVIII - nas compras ou contratações de serviços para
o abastecimento de navios, embarcações, unidades aéreas
preços manifestamente superiores aos praticados no mer-
ou tropas e seus meios de deslocamento quando em estada
cado nacional, ou forem incompatíveis com os fixados pelos eventual de curta duração em portos, aeroportos ou locali-
órgãos oficiais competentes, casos em que, observado o pa- dades diferentes de suas sedes, por motivo de movimentação
rágrafo único do art. 48 desta Lei e, persistindo a situação, operacional ou de adestramento, quando a exiguidade dos
será admitida a adjudicação direta dos bens ou serviços, por prazos legais puder comprometer a normalidade e os pro-
valor não superior ao constante do registro de preços, ou dos pósitos das operações e desde que seu valor não exceda ao
serviços; limite previsto na alínea “a” do inciso II do art. 23 desta Lei:
VIII - para a aquisição, por pessoa jurídica de direito pú- XIX - para as compras de material de uso pelas Forças
blico interno, de bens produzidos ou serviços prestados por Armadas, com exceção de materiais de uso pessoal e admi-
órgão ou entidade que integre a Administração Pública e que nistrativo, quando houver necessidade de manter a padroni-
tenha sido criado para esse fim específico em data anterior à zação requerida pela estrutura de apoio logístico dos meios
vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja compa- navais, aéreos e terrestres, mediante parecer de comissão
tível com o praticado no mercado; instituída por decreto;
XX - na contratação de associação de portadores de
IX - quando houver possibilidade de comprometimento
deficiência física, sem fins lucrativos e de comprovada ido-
da segurança nacional, nos casos estabelecidos em decreto
neidade, por órgãos ou entidades da Administração Pública,
do Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa Na- para a prestação de serviços ou fornecimento de mão-de-
cional; -obra, desde que o preço contratado seja compatível com o
X - para a compra ou locação de imóvel destinado ao praticado no mercado.
atendimento das finalidades precípuas da administração, XXI - para a aquisição ou contratação de produto para
cujas necessidades de instalação e localização condicionem pesquisa e desenvolvimento, limitada, no caso de obras e
a sua escolha, desde que o preço seja compatível com o valor serviços de engenharia, a 20% (vinte por cento) do valor de
de mercado, segundo avaliação prévia; que trata a alínea “b” do inciso I do caput do art. 23;
XI - na contratação de remanescente de obra, serviço ou XXII - na contratação de fornecimento ou suprimento
fornecimento, em consequência de rescisão contratual, desde de energia elétrica e gás natural com concessionário, per-
que atendida a ordem de classificação da licitação anterior e missionário ou autorizado, segundo as normas da legislação
aceitas as mesmas condições oferecidas pelo licitante vence- específica;
XXIII - na contratação realizada por empresa pública ou
dor, inclusive quanto ao preço, devidamente corrigido;
sociedade de economia mista com suas subsidiárias e con-
XII - nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gê-
troladas, para a aquisição ou alienação de bens, prestação
neros perecíveis, no tempo necessário para a realização dos ou obtenção de serviços, desde que o preço contratado seja
processos licitatórios correspondentes, realizadas diretamen- compatível com o praticado no mercado.
te com base no preço do dia; XXIV - para a celebração de contratos de prestação de
XIII - na contratação de instituição brasileira incumbida serviços com as organizações sociais, qualificadas no âmbito
regimental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do das respectivas esferas de governo, para atividades contem-
desenvolvimento institucional, ou de instituição dedicada à pladas no contrato de gestão.
recuperação social do preso, desde que a contratada detenha XXV - na contratação realizada por Instituição Científica
inquestionável reputação ético-profissional e não tenha fins e Tecnológica - ICT ou por agência de fomento para a trans-
lucrativos; ferência de tecnologia e para o licenciamento de direito de
XIV - para a aquisição de bens ou serviços nos termos de uso ou de exploração de criação protegida.
acordo internacional específico aprovado pelo Congresso Na- XXVI - na celebração de contrato de programa com ente
cional, quando as condições ofertadas forem manifestamente da Federação ou com entidade de sua administração indire-
ta, para a prestação de serviços públicos de forma associada
vantajosas para o Poder Público;
nos termos do autorizado em contrato de consórcio público
XV - para a aquisição ou restauração de obras de arte ou em convênio de cooperação.
e objetos históricos, de autenticidade certificada, desde que XXVII - na contratação da coleta, processamento e co-
compatíveis ou inerentes às finalidades do órgão ou entidade. mercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou reu-
XVI - para a impressão dos diários oficiais, de formulários tilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo,
padronizados de uso da administração, e de edições técnicas efetuados por associações ou cooperativas formadas exclu-
oficiais, bem como para prestação de serviços de informática sivamente por pessoas físicas de baixa renda reconhecidas
a pessoa jurídica de direito público interno, por órgãos ou en- pelo poder público como catadores de materiais recicláveis,
tidades que integrem a Administração Pública, criados para com o uso de equipamentos compatíveis com as normas téc-
esse fim específico; nicas, ambientais e de saúde pública.

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LEGISLAÇÃO

XXVIII – para o fornecimento de bens e serviços, produ- entidades que produzem produtos estratégicos para o
zidos ou prestados no País, que envolvam, cumulativamente, SUS, no âmbito da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990,
alta complexidade tecnológica e defesa nacional, mediante conforme elencados em ato da direção nacional do SUS.
parecer de comissão especialmente designada pela autori- § 3º A hipótese de dispensa prevista no inciso
dade máxima do órgão. XXI do caput, quando aplicada a obras e serviços de
XXIX – na aquisição de bens e contratação de serviços engenharia, seguirá procedimentos especiais instituídos
para atender aos contingentes militares das Forças Singula- em regulamentação específica.
res brasileiras empregadas em operações de paz no exterior, § 4º Não se aplica a vedação prevista no inciso I do
necessariamente justificadas quanto ao preço e à escolha do caput do art. 9o à hipótese prevista no inciso XXI do caput.
fornecedor ou executante e ratificadas pelo Comandante da
Força. Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabili-
XXX - na contratação de instituição ou organização, pú- dade de competição, em especial:
blica ou privada, com ou sem fins lucrativos, para a presta- I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gê-
ção de serviços de assistência técnica e extensão rural no neros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa
âmbito do Programa Nacional de Assistência Técnica e Ex- ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência
tensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária, de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita
instituído por lei federal. através de atestado fornecido pelo órgão de registro do co-
XXXI - nas contratações visando ao cumprimento do mércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou
disposto nos arts. 3º, 4º, 5º e 20 da Lei nº 10.973, de 2 de o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patro-
dezembro de 2004, observados os princípios gerais de con- nal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;
tratação dela constantes. II - para a contratação de serviços técnicos enumerados
XXXII - na contratação em que houver transferência de no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais
tecnologia de produtos estratégicos para o Sistema Único de ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibili-
Saúde - SUS, no âmbito da Lei nº 8.080, de 19 de setembro dade para serviços de publicidade e divulgação;
de 1990, conforme elencados em ato da direção nacional III - para contratação de profissional de qualquer setor
do SUS, inclusive por ocasião da aquisição destes produtos artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo,
durante as etapas de absorção tecnológica. desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opi-
XXXIII - na contratação de entidades privadas sem fins nião pública.
lucrativos, para a implementação de cisternas ou outras tec- § 1º Considera-se de notória especialização o
nologias sociais de acesso à água para consumo humano e profissional ou empresa cujo conceito no campo de sua
produção de alimentos, para beneficiar as famílias rurais de especialidade, decorrente de desempenho anterior,
baixa renda atingidas pela seca ou falta regular de água. estudos, experiências, publicações, organização,
XXXIV - para a aquisição por pessoa jurídica de direi- aparelhamento, equipe técnica, ou de outros requisitos
to público interno de insumos estratégicos para a saúde relacionados com suas atividades, permita inferir que o seu
produzidos ou distribuídos por fundação que, regimental trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais adequado
ou estatutariamente, tenha por finalidade apoiar órgão da à plena satisfação do objeto do contrato.
administração pública direta, sua autarquia ou fundação § 2º Na hipótese deste artigo e em qualquer dos
em projetos de ensino, pesquisa, extensão, desenvolvimento casos de dispensa, se comprovado superfaturamento,
institucional, científico e tecnológico e estímulo à inovação, respondem solidariamente pelo dano causado à Fazenda
inclusive na gestão administrativa e financeira necessária Pública o fornecedor ou o prestador de serviços e o agente
à execução desses projetos, ou em parcerias que envolvam público responsável, sem prejuízo de outras sanções legais
transferência de tecnologia de produtos estratégicos para o cabíveis.
Sistema Único de Saúde – SUS, nos termos do inciso XXXII
deste artigo, e que tenha sido criada para esse fim específico Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2º e 4º do art. 17
em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço con- e no inciso III e seguintes do art. 24, as situações de inexi-
tratado seja compatível com o praticado no mercado. gibilidade referidas no art. 25, necessariamente justificadas,
XXXV - para a construção, a ampliação, a reforma e o e o retardamento previsto no final do parágrafo único do
aprimoramento de estabelecimentos penais, desde que con- art. 8º desta Lei deverão ser comunicados, dentro de 3 (três)
figurada situação de grave e iminente risco à segurança pú- dias, à autoridade superior, para ratificação e publicação na
blica. imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como condição
§ 1º Os percentuais referidos nos incisos I e II do caput para a eficácia dos atos.
deste artigo serão 20% (vinte por cento) para compras, Parágrafo único. O processo de dispensa, de inexigibili-
obras e serviços contratados por consórcios públicos, dade ou de retardamento, previsto neste artigo, será instruí-
sociedade de economia mista, empresa pública e por do, no que couber, com os seguintes elementos:
autarquia ou fundação qualificadas, na forma da lei, como I - caracterização da situação emergencial, calamitosa
Agências Executivas. ou de grave e iminente risco à segurança pública que justifi-
§ 2º O limite temporal de criação do órgão ou entidade que a dispensa, quando for o caso;
que integre a administração pública estabelecido no inciso II - razão da escolha do fornecedor ou executante;
VIII do caput deste artigo não se aplica aos órgãos ou III - justificativa do preço.

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LEGISLAÇÃO

IV - documento de aprovação dos projetos de pesquisa e disponíveis para a realização do objeto da licitação, bem
aos quais os bens serão alocados. como da qualificação de cada um dos membros da equipe
técnica que se responsabilizará pelos trabalhos;
Seção II III - comprovação, fornecida pelo órgão licitante, de que
Da Habilitação recebeu os documentos, e, quando exigido, de que tomou
conhecimento de todas as informações e das condições lo-
Art. 27. Para a habilitação nas licitações exigir-se-á dos cais para o cumprimento das obrigações objeto da licitação;
interessados, exclusivamente, documentação relativa a: IV - prova de atendimento de requisitos previstos em lei
I - habilitação jurídica; especial, quando for o caso.
II - qualificação técnica; § 1º A comprovação de aptidão referida no inciso II
III - qualificação econômico-financeira; do «caput» deste artigo, no caso das licitações pertinentes
IV – regularidade fiscal e trabalhista; a obras e serviços, será feita por atestados fornecidos
V – cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7º por pessoas jurídicas de direito público ou privado,
da Constituição Federal. devidamente registrados nas entidades profissionais
competentes, limitadas as exigências a:
Art. 28. A documentação relativa à habilitação jurídica, I - capacitação técnico-profissional: comprovação do li-
conforme o caso, consistirá em: citante de possuir em seu quadro permanente, na data pre-
I - cédula de identidade; vista para entrega da proposta, profissional de nível superior
II - registro comercial, no caso de empresa individual; ou outro devidamente reconhecido pela entidade compe-
III - ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, tente, detentor de atestado de responsabilidade técnica por
devidamente registrado, em se tratando de sociedades co- execução de obra ou serviço de características semelhantes,
merciais, e, no caso de sociedades por ações, acompanhado limitadas estas exclusivamente às parcelas de maior rele-
de documentos de eleição de seus administradores; vância e valor significativo do objeto da licitação, vedadas
IV - inscrição do ato constitutivo, no caso de sociedades as exigências de quantidades mínimas ou prazos máximos;
civis, acompanhada de prova de diretoria em exercício;
II - (Vetado).
V - decreto de autorização, em se tratando de empresa
a) (Vetado).
ou sociedade estrangeira em funcionamento no País, e ato
b) (Vetado).
de registro ou autorização para funcionamento expedido
§ 2º As parcelas de maior relevância técnica e de valor
pelo órgão competente, quando a atividade assim o exigir.
significativo, mencionadas no parágrafo anterior, serão
definidas no instrumento convocatório.
Art. 29. A documentação relativa à regularidade fiscal e
§ 3º Será sempre admitida a comprovação de aptidão
trabalhista, conforme o caso, consistirá em:
através de certidões ou atestados de obras ou serviços
I - prova de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas
(CPF) ou no Cadastro Geral de Contribuintes (CGC); similares de complexidade tecnológica e operacional
II - prova de inscrição no cadastro de contribuintes esta- equivalente ou superior.
dual ou municipal, se houver, relativo ao domicílio ou sede § 4º Nas licitações para fornecimento de bens, a
do licitante, pertinente ao seu ramo de atividade e compatí- comprovação de aptidão, quando for o caso, será feita
vel com o objeto contratual; através de atestados fornecidos por pessoa jurídica de
III - prova de regularidade para com a Fazenda Federal, direito público ou privado.
Estadual e Municipal do domicílio ou sede do licitante, ou § 5º É vedada a exigência de comprovação de atividade
outra equivalente, na forma da lei; ou de aptidão com limitações de tempo ou de época ou
IV - prova de regularidade relativa à Seguridade Social ainda em locais específicos, ou quaisquer outras não
e ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), de- previstas nesta Lei, que inibam a participação na licitação.
monstrando situação regular no cumprimento dos encargos § 6º As exigências mínimas relativas a instalações de
sociais instituídos por lei. canteiros, máquinas, equipamentos e pessoal técnico
V – prova de inexistência de débitos inadimplidos peran- especializado, considerados essenciais para o cumprimento
te a Justiça do Trabalho, mediante a apresentação de certi- do objeto da licitação, serão atendidas mediante a
dão negativa, nos termos do Título VII-A da Consolidação apresentação de relação explícita e da declaração formal
das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de da sua disponibilidade, sob as penas cabíveis, vedada as
1º de maio de 1943. exigências de propriedade e de localização prévia.
§ 7º (Vetado).
Art. 30. A documentação relativa à qualificação técnica I - (Vetado).
limitar-se-á a: II - (Vetado).
I - registro ou inscrição na entidade profissional com- § 8º No caso de obras, serviços e compras de grande
petente; vulto, de alta complexidade técnica, poderá a Administração
II - comprovação de aptidão para desempenho de ativi- exigir dos licitantes a metodologia de execução, cuja
dade pertinente e compatível em características, quantida- avaliação, para efeito de sua aceitação ou não, antecederá
des e prazos com o objeto da licitação, e indicação das insta- sempre à análise dos preços e será efetuada exclusivamente
lações e do aparelhamento e do pessoal técnico adequados por critérios objetivos.

49
LEGISLAÇÃO

§ 9º Entende-se por licitação de alta complexidade de índices e valores não usualmente adotados para correta
técnica aquela que envolva alta especialização, como fator avaliação de situação financeira suficiente ao cumprimento
de extrema relevância para garantir a execução do objeto a das obrigações decorrentes da licitação.
ser contratado, ou que possa comprometer a continuidade § 6º (Vetado).
da prestação de serviços públicos essenciais.
§ 10. Os profissionais indicados pelo licitante para fins Art. 32. Os documentos necessários à habilitação pode-
de comprovação da capacitação técnico-profissional de rão ser apresentados em original, por qualquer processo de
que trata o inciso I do § 1º deste artigo deverão participar cópia autenticada por cartório competente ou por servidor
da obra ou serviço objeto da licitação, admitindo-se a da administração ou publicação em órgão da imprensa ofi-
substituição por profissionais de experiência equivalente cial.
ou superior, desde que aprovada pela administração. § 1º A documentação de que tratam os arts. 28 a 31
§ 11. (Vetado). desta Lei poderá ser dispensada, no todo ou em parte, nos
§ 12. (Vetado). casos de convite, concurso, fornecimento de bens para
pronta entrega e leilão.
Art. 31. A documentação relativa à qualificação econô- § 2º O certificado de registro cadastral a que se refere
mico-financeira limitar-se-á a: o § 1o do art. 36 substitui os documentos enumerados
I - balanço patrimonial e demonstrações contábeis do nos arts. 28 a 31, quanto às informações disponibilizadas
último exercício social, já exigíveis e apresentados na forma em sistema informatizado de consulta direta indicado no
da lei, que comprovem a boa situação financeira da empresa, edital, obrigando-se a parte a declarar, sob as penalidades
vedada a sua substituição por balancetes ou balanços pro- legais, a superveniência de fato impeditivo da habilitação.
visórios, podendo ser atualizados por índices oficiais quando § 3º A documentação referida neste artigo poderá ser
encerrado há mais de 3 (três) meses da data de apresentação substituída por registro cadastral emitido por órgão ou
da proposta; entidade pública, desde que previsto no edital e o registro
II - certidão negativa de falência ou concordata expedi- tenha sido feito em obediência ao disposto nesta Lei.
da pelo distribuidor da sede da pessoa jurídica, ou de execu- § 4º As empresas estrangeiras que não funcionem
no País, tanto quanto possível, atenderão, nas licitações
ção patrimonial, expedida no domicílio da pessoa física;
internacionais, às exigências dos parágrafos anteriores
III - garantia, nas mesmas modalidades e critérios pre-
mediante documentos equivalentes, autenticados
vistos no “caput” e § 1o do art. 56 desta Lei, limitada a 1%
pelos respectivos consulados e traduzidos por tradutor
(um por cento) do valor estimado do objeto da contratação.
juramentado, devendo ter representação legal no Brasil
§ 1º A exigência de índices limitar-se-á à demonstração
com poderes expressos para receber citação e responder
da capacidade financeira do licitante com vistas aos
administrativa ou judicialmente.
compromissos que terá que assumir caso lhe seja
§ 5º Não se exigirá, para a habilitação de que trata este
adjudicado o contrato, vedada a exigência de valores artigo, prévio recolhimento de taxas ou emolumentos, salvo
mínimos de faturamento anterior, índices de rentabilidade os referentes a fornecimento do edital, quando solicitado,
ou lucratividade. com os seus elementos constitutivos, limitados ao valor
§ 2º A Administração, nas compras para entrega futura do custo efetivo de reprodução gráfica da documentação
e na execução de obras e serviços, poderá estabelecer, fornecida.
no instrumento convocatório da licitação, a exigência de § 6º O disposto no § 4o deste artigo, no § 1o do art. 33 e
capital mínimo ou de patrimônio líquido mínimo, ou ainda no § 2o do art. 55, não se aplica às licitações internacionais
as garantias previstas no § 1º do art. 56 desta Lei, como para a aquisição de bens e serviços cujo pagamento seja
dado objetivo de comprovação da qualificação econômico- feito com o produto de financiamento concedido por
financeira dos licitantes e para efeito de garantia ao organismo financeiro internacional de que o Brasil faça
adimplemento do contrato a ser ulteriormente celebrado. parte, ou por agência estrangeira de cooperação, nem
§ 3º O capital mínimo ou o valor do patrimônio líquido nos casos de contratação com empresa estrangeira, para
a que se refere o parágrafo anterior não poderá exceder a compra de equipamentos fabricados e entregues no
a 10% (dez por cento) do valor estimado da contratação, exterior, desde que para este caso tenha havido prévia
devendo a comprovação ser feita relativamente à data autorização do Chefe do Poder Executivo, nem nos casos
da apresentação da proposta, na forma da lei, admitida a de aquisição de bens e serviços realizada por unidades
atualização para esta data através de índices oficiais. administrativas com sede no exterior.
§ 4º Poderá ser exigida, ainda, a relação dos § 7o A documentação de que tratam os arts. 28 a
compromissos assumidos pelo licitante que importem 31 e este artigo poderá ser dispensada, nos termos de
diminuição da capacidade operativa ou absorção de regulamento, no todo ou em parte, para a contratação
disponibilidade financeira, calculada esta em função do de produto para pesquisa e desenvolvimento, desde que
patrimônio líquido atualizado e sua capacidade de rotação. para pronta entrega ou até o valor previsto na alínea “a” do
§ 5º A comprovação de boa situação financeira da inciso II do caput do art. 23. 
empresa será feita de forma objetiva, através do cálculo
de índices contábeis previstos no edital e devidamente Art. 33. Quando permitida na licitação a participação
justificados no processo administrativo da licitação que de empresas em consórcio, observar-se-ão as seguintes nor-
tenha dado início ao certame licitatório, vedada a exigência mas:

50
LEGISLAÇÃO

I - comprovação do compromisso público ou particular § 1º Aos inscritos será fornecido certificado, renovável
de constituição de consórcio, subscrito pelos consorciados; sempre que atualizarem o registro.
II - indicação da empresa responsável pelo consórcio que § 2º A atuação do licitante no cumprimento de
deverá atender às condições de liderança, obrigatoriamente obrigações assumidas será anotada no respectivo registro
fixadas no edital; cadastral.
III - apresentação dos documentos exigidos nos arts. 28
a 31 desta Lei por parte de cada consorciado, admitindo-se, Art. 37. A qualquer tempo poderá ser alterado, suspenso
para efeito de qualificação técnica, o somatório dos quan- ou cancelado o registro do inscrito que deixar de satisfazer
titativos de cada consorciado, e, para efeito de qualifica- as exigências do art. 27 desta Lei, ou as estabelecidas para
ção econômico-financeira, o somatório dos valores de cada classificação cadastral.
consorciado, na proporção de sua respectiva participação,
podendo a Administração estabelecer, para o consórcio, um Seção IV
acréscimo de até 30% (trinta por cento) dos valores exigidos Do Procedimento e Julgamento
para licitante individual, inexigível este acréscimo para os
consórcios compostos, em sua totalidade, por micro e peque- Art. 38. O procedimento da licitação será iniciado com a
nas empresas assim definidas em lei; abertura de processo administrativo, devidamente autuado,
IV - impedimento de participação de empresa consor- protocolado e numerado, contendo a autorização respectiva,
ciada, na mesma licitação, através de mais de um consórcio a indicação sucinta de seu objeto e do recurso próprio para a
ou isoladamente; despesa, e ao qual serão juntados oportunamente:
V - responsabilidade solidária dos integrantes pelos atos I - edital ou convite e respectivos anexos, quando for o
praticados em consórcio, tanto na fase de licitação quanto caso;
na de execução do contrato. II - comprovante das publicações do edital resumido, na
§ 1º No consórcio de empresas brasileiras e estrangeiras forma do art. 21 desta Lei, ou da entrega do convite;
a liderança caberá, obrigatoriamente, à empresa brasileira, III - ato de designação da comissão de licitação, do lei-
observado o disposto no inciso II deste artigo. loeiro administrativo ou oficial, ou do responsável pelo con-
§ 2º O licitante vencedor fica obrigado a promover, vite;
antes da celebração do contrato, a constituição e o registro IV - original das propostas e dos documentos que as ins-
do consórcio, nos termos do compromisso referido no truírem;
inciso I deste artigo. V - atas, relatórios e deliberações da Comissão Julga-
dora;
Seção III VI - pareceres técnicos ou jurídicos emitidos sobre a lici-
Dos Registros Cadastrais tação, dispensa ou inexigibilidade;
VII - atos de adjudicação do objeto da licitação e da sua
Art. 34. Para os fins desta Lei, os órgãos e entidades homologação;
da Administração Pública que realizem frequentemente li- VIII - recursos eventualmente apresentados pelos licitan-
citações manterão registros cadastrais para efeito de habili- tes e respectivas manifestações e decisões;
tação, na forma regulamentar, válidos por, no máximo, um IX - despacho de anulação ou de revogação da licitação,
ano. quando for o caso, fundamentado circunstanciadamente;
§ 1º O registro cadastral deverá ser amplamente X - termo de contrato ou instrumento equivalente, con-
divulgado e deverá estar permanentemente aberto aos forme o caso;
interessados, obrigando-se a unidade por ele responsável XI - outros comprovantes de publicações;
a proceder, no mínimo anualmente, através da imprensa XII - demais documentos relativos à licitação.
oficial e de jornal diário, a chamamento público para a Parágrafo único. As minutas de editais de licitação, bem
atualização dos registros existentes e para o ingresso de como as dos contratos, acordos, convênios ou ajustes devem
novos interessados. ser previamente examinadas e aprovadas por assessoria ju-
§ 2º É facultado às unidades administrativas utilizarem- rídica da Administração.
se de registros cadastrais de outros órgãos ou entidades da
Administração Pública. Art. 39. Sempre que o valor estimado para uma licitação
ou para um conjunto de licitações simultâneas ou sucessivas
Art. 35. Ao requerer inscrição no cadastro, ou atuali- for superior a 100 (cem) vezes o limite previsto no art. 23,
zação deste, a qualquer tempo, o interessado fornecerá os inciso I, alínea “c” desta Lei, o processo licitatório será inicia-
elementos necessários à satisfação das exigências do art. 27 do, obrigatoriamente, com uma audiência pública concedida
desta Lei. pela autoridade responsável com antecedência mínima de
15 (quinze) dias úteis da data prevista para a publicação do
Art. 36. Os inscritos serão classificados por categorias, edital, e divulgada, com a antecedência mínima de 10 (dez)
tendo-se em vista sua especialização, subdivididas em gru- dias úteis de sua realização, pelos mesmos meios previstos
pos, segundo a qualificação técnica e econômica avaliada para a publicidade da licitação, à qual terão acesso e direito
pelos elementos constantes da documentação relacionada a todas as informações pertinentes e a se manifestar todos
nos arts. 30 e 31 desta Lei. os interessados.

51
LEGISLAÇÃO

Parágrafo único. Para os fins deste artigo, consideram- b) cronograma de desembolso máximo por período, em
-se licitações simultâneas aquelas com objetos similares e conformidade com a disponibilidade de recursos financeiros;
com realização prevista para intervalos não superiores a c) critério de atualização financeira dos valores a serem
trinta dias e licitações sucessivas aquelas em que, também pagos, desde a data final do período de adimplemento de
com objetos similares, o edital subsequente tenha uma data cada parcela até a data do efetivo pagamento;
anterior a cento e vinte dias após o término do contrato re- d) compensações financeiras e penalizações, por even-
sultante da licitação antecedente. tuais atrasos, e descontos, por eventuais antecipações de pa-
gamentos;
Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de e) exigência de seguros, quando for o caso;
ordem em série anual, o nome da repartição interessada e XV - instruções e normas para os recursos previstos nes-
ta Lei;
de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo da
XVI - condições de recebimento do objeto da licitação;
licitação, a menção de que será regida por esta Lei, o local,
XVII - outras indicações específicas ou peculiares da li-
dia e hora para recebimento da documentação e proposta, citação.
bem como para início da abertura dos envelopes, e indicará, § 1º O original do edital deverá ser datado, rubricado em
obrigatoriamente, o seguinte: todas as folhas e assinado pela autoridade que o expedir,
I - objeto da licitação, em descrição sucinta e clara; permanecendo no processo de licitação, e dele extraindo-
II - prazo e condições para assinatura do contrato ou se cópias integrais ou resumidas, para sua divulgação e
retirada dos instrumentos, como previsto no art. 64 desta fornecimento aos interessados.
Lei, para execução do contrato e para entrega do objeto da § 2º Constituem anexos do edital, dele fazendo parte
licitação; integrante:
III - sanções para o caso de inadimplemento; I - o projeto básico e/ou executivo, com todas as suas
IV - local onde poderá ser examinado e adquirido o pro- partes, desenhos, especificações e outros complementos;
jeto básico; II - orçamento estimado em planilhas de quantitativos e
V - se há projeto executivo disponível na data da publi- preços unitários;
cação do edital de licitação e o local onde possa ser exami- III - a minuta do contrato a ser firmado entre a Adminis-
nado e adquirido; tração e o licitante vencedor;
VI - condições para participação na licitação, em confor- IV - as especificações complementares e as normas de
midade com os arts. 27 a 31 desta Lei, e forma de apresen- execução pertinentes à licitação.
§ 3º Para efeito do disposto nesta Lei, considera-se
tação das propostas;
como adimplemento da obrigação contratual a prestação
VII - critério para julgamento, com disposições claras e
do serviço, a realização da obra, a entrega do bem ou de
parâmetros objetivos; parcela destes, bem como qualquer outro evento contratual
VIII - locais, horários e códigos de acesso dos meios de a cuja ocorrência esteja vinculada a emissão de documento
comunicação à distância em que serão fornecidos elemen- de cobrança.
tos, informações e esclarecimentos relativos à licitação e às § 4º Nas compras para entrega imediata, assim
condições para atendimento das obrigações necessárias ao entendidas aquelas com prazo de entrega até trinta dias
cumprimento de seu objeto; da data prevista para apresentação da proposta, poderão
IX - condições equivalentes de pagamento entre empre- ser dispensadas:
sas brasileiras e estrangeiras, no caso de licitações interna- I - o disposto no inciso XI deste artigo;
cionais; II - a atualização financeira a que se refere a alínea “c”
X - o critério de aceitabilidade dos preços unitário e glo- do inciso XIV deste artigo, correspondente ao período com-
bal, conforme o caso, permitida a fixação de preços máximos preendido entre as datas do adimplemento e a prevista para
e vedados a fixação de preços mínimos, critérios estatísticos o pagamento, desde que não superior a quinze dias.
ou faixas de variação em relação a preços de referência, res- § 5º A Administração Pública poderá, nos editais de
salvado o disposto nos parágrafos 1º e 2º do art. 48; licitação para a contratação de serviços, exigir da contratada
XI - critério de reajuste, que deverá retratar a variação que um percentual mínimo de sua mão de obra seja
oriundo ou egresso do sistema prisional, com a finalidade
efetiva do custo de produção, admitida a adoção de índices
de ressocialização do reeducando, na forma estabelecida
específicos ou setoriais, desde a data prevista para apresen-
em regulamento.
tação da proposta, ou do orçamento a que essa proposta se
referir, até a data do adimplemento de cada parcela; Art. 41. A Administração não pode descumprir as nor-
XII - (Vetado). mas e condições do edital, ao qual se acha estritamente vin-
XIII - limites para pagamento de instalação e mobiliza- culada.
ção para execução de obras ou serviços que serão obrigato- § 1º Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar
riamente previstos em separado das demais parcelas, etapas edital de licitação por irregularidade na aplicação desta Lei,
ou tarefas; devendo protocolar o pedido até 5 (cinco) dias úteis antes
XIV - condições de pagamento, prevendo: da data fixada para a abertura dos envelopes de habilitação,
a) prazo de pagamento não superior a trinta dias, con- devendo a Administração julgar e responder à impugnação
tado a partir da data final do período de adimplemento de em até 3 (três) dias úteis, sem prejuízo da faculdade prevista
cada parcela; no § 1o do art. 113.

52
LEGISLAÇÃO

§ 2º Decairá do direito de impugnar os termos do II - devolução dos envelopes fechados aos concorrentes
edital de licitação perante a administração o licitante que inabilitados, contendo as respectivas propostas, desde que
não o fizer até o segundo dia útil que anteceder a abertura não tenha havido recurso ou após sua denegação;
dos envelopes de habilitação em concorrência, a abertura III - abertura dos envelopes contendo as propostas dos
dos envelopes com as propostas em convite, tomada de concorrentes habilitados, desde que transcorrido o prazo
preços ou concurso, ou a realização de leilão, as falhas ou sem interposição de recurso, ou tenha havido desistência ex-
irregularidades que viciariam esse edital, hipótese em que pressa, ou após o julgamento dos recursos interpostos;
tal comunicação não terá efeito de recurso. IV - verificação da conformidade de cada proposta com
§ 3º A impugnação feita tempestivamente pelo licitante os requisitos do edital e, conforme o caso, com os preços cor-
não o impedirá de participar do processo licitatório até o rentes no mercado ou fixados por órgão oficial competente,
trânsito em julgado da decisão a ela pertinente. ou ainda com os constantes do sistema de registro de preços,
§ 4º A inabilitação do licitante importa preclusão do os quais deverão ser devidamente registrados na ata de jul-
seu direito de participar das fases subsequentes. gamento, promovendo-se a desclassificação das propostas
desconformes ou incompatíveis;
Art. 42. Nas concorrências de âmbito internacional, o V - julgamento e classificação das propostas de acordo
edital deverá ajustar-se às diretrizes da política monetária com os critérios de avaliação constantes do edital;
e do comércio exterior e atender às exigências dos órgãos VI - deliberação da autoridade competente quanto à ho-
competentes. mologação e adjudicação do objeto da licitação.
§ 1º Quando for permitido ao licitante estrangeiro § 1º A abertura dos envelopes contendo a documentação
cotar preço em moeda estrangeira, igualmente o poderá para habilitação e as propostas será realizada sempre em
fazer o licitante brasileiro. ato público previamente designado, do qual se lavrará ata
§ 2º O pagamento feito ao licitante brasileiro circunstanciada, assinada pelos licitantes presentes e pela
eventualmente contratado em virtude da licitação de que Comissão.
trata o parágrafo anterior será efetuado em moeda brasileira, § 2º Todos os documentos e propostas serão rubricados
à taxa de câmbio vigente no dia útil imediatamente anterior pelos licitantes presentes e pela Comissão.
à data do efetivo pagamento. § 3º É facultada à Comissão ou autoridade superior,
§ 3º As garantias de pagamento ao licitante brasileiro em qualquer fase da licitação, a promoção de diligência
serão equivalentes àquelas oferecidas ao licitante destinada a esclarecer ou a complementar a instrução
do processo, vedada a inclusão posterior de documento
estrangeiro.
ou informação que deveria constar originariamente da
§ 4º Para fins de julgamento da licitação, as propostas
proposta.
apresentadas por licitantes estrangeiros serão acrescidas
§ 4º O disposto neste artigo aplica-se à concorrência e,
dos gravames conseqüentes dos mesmos tributos que
no que couber, ao concurso, ao leilão, à tomada de preços
oneram exclusivamente os licitantes brasileiros quanto à
e ao convite.
operação final de venda.
§ 5º Ultrapassada a fase de habilitação dos concorrentes
§ 5º Para a realização de obras, prestação de serviços
(incisos I e II) e abertas as propostas (inciso III), não cabe
ou aquisição de bens com recursos provenientes de
desclassificá-los por motivo relacionado com a habilitação,
financiamento ou doação oriundos de agência oficial salvo em razão de fatos supervenientes ou só conhecidos
de cooperação estrangeira ou organismo financeiro após o julgamento.
multilateral de que o Brasil seja parte, poderão ser § 6º Após a fase de habilitação, não cabe desistência
admitidas, na respectiva licitação, as condições decorrentes de proposta, salvo por motivo justo decorrente de fato
de acordos, protocolos, convenções ou tratados superveniente e aceito pela Comissão.
internacionais aprovados pelo Congresso Nacional, bem
como as normas e procedimentos daquelas entidades, Art. 44. No julgamento das propostas, a Comissão leva-
inclusive quanto ao critério de seleção da proposta mais rá em consideração os critérios objetivos definidos no edital
vantajosa para a administração, o qual poderá contemplar, ou convite, os quais não devem contrariar as normas e prin-
além do preço, outros fatores de avaliação, desde que por cípios estabelecidos por esta Lei.
elas exigidos para a obtenção do financiamento ou da § 1º É vedada a utilização de qualquer elemento,
doação, e que também não conflitem com o princípio do critério ou fator sigiloso, secreto, subjetivo ou reservado
julgamento objetivo e sejam objeto de despacho motivado que possa ainda que indiretamente elidir o princípio da
do órgão executor do contrato, despacho esse ratificado igualdade entre os licitantes.
pela autoridade imediatamente superior. § 2º Não se considerará qualquer oferta de vantagem
§ 6º As cotações de todos os licitantes serão para não prevista no edital ou no convite, inclusive financiamentos
entrega no mesmo local de destino. subsidiados ou a fundo perdido, nem preço ou vantagem
baseada nas ofertas dos demais licitantes.
Art. 43. A licitação será processada e julgada com ob- § 3º Não se admitirá proposta que apresente preços
servância dos seguintes procedimentos: global ou unitários simbólicos, irrisórios ou de valor zero,
I - abertura dos envelopes contendo a documentação re- incompatíveis com os preços dos insumos e salários de
lativa à habilitação dos concorrentes, e sua apreciação; mercado, acrescidos dos respectivos encargos, ainda que

53
LEGISLAÇÃO

o ato convocatório da licitação não tenha estabelecido § 1º Nas licitações do tipo «melhor técnica» será
limites mínimos, exceto quando se referirem a materiais adotado o seguinte procedimento claramente explicitado
e instalações de propriedade do próprio licitante, para os no instrumento convocatório, o qual fixará o preço máximo
quais ele renuncie a parcela ou à totalidade da remuneração. que a Administração se propõe a pagar:
§ 4º O disposto no parágrafo anterior aplica-se também I - serão abertos os envelopes contendo as propostas téc-
às propostas que incluam mão-de-obra estrangeira ou nicas exclusivamente dos licitantes previamente qualificados
importações de qualquer natureza. e feita então a avaliação e classificação destas propostas de
acordo com os critérios pertinentes e adequados ao objeto
Art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, de- licitado, definidos com clareza e objetividade no instrumento
vendo a Comissão de licitação ou o responsável pelo con- convocatório e que considerem a capacitação e a experiência
vite realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, do proponente, a qualidade técnica da proposta, compreen-
os critérios previamente estabelecidos no ato convocatório e dendo metodologia, organização, tecnologias e recursos ma-
de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de teriais a serem utilizados nos trabalhos, e a qualificação das
maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos equipes técnicas a serem mobilizadas para a sua execução;
II - uma vez classificadas as propostas técnicas, proce-
órgãos de controle.
der-se-á à abertura das propostas de preço dos licitantes
§ 1º Para os efeitos deste artigo, constituem tipos de
que tenham atingido a valorização mínima estabelecida no
licitação, exceto na modalidade concurso:
instrumento convocatório e à negociação das condições pro-
I - a de menor preço - quando o critério de seleção da
postas, com a proponente melhor classificada, com base nos
proposta mais vantajosa para a Administração determinar orçamentos detalhados apresentados e respectivos preços
que será vencedor o licitante que apresentar a proposta de unitários e tendo como referência o limite representado pela
acordo com as especificações do edital ou convite e ofertar proposta de menor preço entre os licitantes que obtiveram a
o menor preço; valorização mínima;
II - a de melhor técnica; III - no caso de impasse na negociação anterior, proce-
III - a de técnica e preço. dimento idêntico será adotado, sucessivamente, com os de-
IV - a de maior lance ou oferta - nos casos de alienação mais proponentes, pela ordem de classificação, até a conse-
de bens ou concessão de direito real de uso. cução de acordo para a contratação;
§ 2º No caso de empate entre duas ou mais propostas, IV - as propostas de preços serão devolvidas intactas
e após obedecido o disposto no § 2o do art. 3o desta Lei, a aos licitantes que não forem preliminarmente habilitados ou
classificação se fará, obrigatoriamente, por sorteio, em ato que não obtiverem a valorização mínima estabelecida para
público, para o qual todos os licitantes serão convocados, a proposta técnica.
vedado qualquer outro processo. § 2º Nas licitações do tipo «técnica e preço» será
§ 3º No caso da licitação do tipo «menor preço», entre os adotado, adicionalmente ao inciso I do parágrafo anterior,
licitantes considerados qualificados a classificação se dará o seguinte procedimento claramente explicitado no
pela ordem crescente dos preços propostos, prevalecendo, instrumento convocatório:
no caso de empate, exclusivamente o critério previsto no I - será feita a avaliação e a valorização das propostas
parágrafo anterior. de preços, de acordo com critérios objetivos preestabelecidos
§ 4º Para contratação de bens e serviços de informática, no instrumento convocatório;
a administração observará o disposto no art. 3o da Lei no II - a classificação dos proponentes far-se-á de acordo
8.248, de 23 de outubro de 1991, levando em conta os com a média ponderada das valorizações das propostas téc-
fatores especificados em seu parágrafo 2o e adotando obri- nicas e de preço, de acordo com os pesos preestabelecidos no
gatoriamente o tipo de licitação “técnica e preço”, permitido instrumento convocatório.
o emprego de outro tipo de licitação nos casos indicados em § 3º Excepcionalmente, os tipos de licitação previstos
neste artigo poderão ser adotados, por autorização
decreto do Poder Executivo.
expressa e mediante justificativa circunstanciada da maior
§ 5º É vedada a utilização de outros tipos de licitação
autoridade da Administração promotora constante do
não previstos neste artigo.
ato convocatório, para fornecimento de bens e execução
§ 6º Na hipótese prevista no art. 23, § 7º, serão
de obras ou prestação de serviços de grande vulto
selecionadas tantas propostas quantas necessárias até que majoritariamente dependentes de tecnologia nitidamente
se atinja a quantidade demandada na licitação. sofisticada e de domínio restrito, atestado por autoridades
técnicas de reconhecida qualificação, nos casos em que o
Art. 46. Os tipos de licitação “melhor técnica” ou “téc- objeto pretendido admitir soluções alternativas e variações
nica e preço” serão utilizados exclusivamente para serviços de execução, com repercussões significativas sobre sua
de natureza predominantemente intelectual, em especial na qualidade, produtividade, rendimento e durabilidade
elaboração de projetos, cálculos, fiscalização, supervisão e concretamente mensuráveis, e estas puderem ser adotadas
gerenciamento e de engenharia consultiva em geral e, em à livre escolha dos licitantes, na conformidade dos critérios
particular, para a elaboração de estudos técnicos prelimina- objetivamente fixados no ato convocatório.
res e projetos básicos e executivos, ressalvado o disposto no § 4º (Vetado).
§ 4o do artigo anterior.

54
LEGISLAÇÃO

Art. 47. Nas licitações para a execução de obras e servi- § 3º No caso de desfazimento do processo licitatório,
ços, quando for adotada a modalidade de execução de em- fica assegurado o contraditório e a ampla defesa.
preitada por preço global, a Administração deverá fornecer § 4º O disposto neste artigo e seus parágrafos aplica-se
obrigatoriamente, junto com o edital, todos os elementos e aos atos do procedimento de dispensa e de inexigibilidade
informações necessários para que os licitantes possam ela- de licitação.
borar suas propostas de preços com total e completo conhe-
cimento do objeto da licitação. Art. 50. A Administração não poderá celebrar o contra-
to com preterição da ordem de classificação das propostas
Art. 48. Serão desclassificadas: ou com terceiros estranhos ao procedimento licitatório, sob
I - as propostas que não atendam às exigências do ato pena de nulidade.
convocatório da licitação;
II - propostas com valor global superior ao limite esta- Art. 51. A habilitação preliminar, a inscrição em registro
belecido ou com preços manifestamente inexequíveis, assim cadastral, a sua alteração ou cancelamento, e as propostas
considerados aqueles que não venham a ter demonstrada serão processadas e julgadas por comissão permanente ou
sua viabilidade através de documentação que comprove que especial de, no mínimo, 3 (três) membros, sendo pelo menos
os custos dos insumos são coerentes com os de mercado e 2 (dois) deles servidores qualificados pertencentes aos qua-
que os coeficientes de produtividade são compatíveis com a dros permanentes dos órgãos da Administração responsá-
execução do objeto do contrato, condições estas necessaria- veis pela licitação.
mente especificadas no ato convocatório da licitação. (Reda- § 1º No caso de convite, a Comissão de licitação,
ção dada pela Lei nº 8.883, de 1994) excepcionalmente, nas pequenas unidades administrativas
§ 1º Para os efeitos do disposto no inciso II deste e em face da exigüidade de pessoal disponível, poderá
artigo consideram-se manifestamente inexequíveis, no ser substituída por servidor formalmente designado pela
caso de licitações de menor preço para obras e serviços de autoridade competente.
engenharia, as propostas cujos valores sejam inferiores a § 2º A Comissão para julgamento dos pedidos
70% (setenta por cento) do menor dos seguintes valores: de inscrição em registro cadastral, sua alteração ou
a) média aritmética dos valores das propostas superiores cancelamento, será integrada por profissionais legalmente
a 50% (cinqüenta por cento) do valor orçado pela adminis- habilitados no caso de obras, serviços ou aquisição de
tração, ou
equipamentos.
b) valor orçado pela administração.
§ 3º Os membros das Comissões de licitação
§ 2º Dos licitantes classificados na forma do parágrafo
responderão solidariamente por todos os atos praticados
anterior cujo valor global da proposta for inferior a 80%
pela Comissão, salvo se posição individual divergente
(oitenta por cento) do menor valor a que se referem as
estiver devidamente fundamentada e registrada em ata
alíneas «a» e «b», será exigida, para a assinatura do
lavrada na reunião em que tiver sido tomada a decisão.
contrato, prestação de garantia adicional, dentre as
§ 4º A investidura dos membros das Comissões
modalidades previstas no § 1º do art. 56, igual a diferença
permanentes não excederá a 1 (um) ano, vedada a
entre o valor resultante do parágrafo anterior e o valor da
recondução da totalidade de seus membros para a mesma
correspondente proposta.
§ 3º Quando todos os licitantes forem inabilitados ou comissão no período subsequente.
todas as propostas forem desclassificadas, a administração § 5º No caso de concurso, o julgamento será feito por
poderá fixar aos licitantes o prazo de oito dias úteis para uma comissão especial integrada por pessoas de reputação
a apresentação de nova documentação ou de outras ilibada e reconhecido conhecimento da matéria em exame,
propostas escoimadas das causas referidas neste artigo, servidores públicos ou não.
facultada, no caso de convite, a redução deste prazo para
três dias úteis. Art. 52. O concurso a que se refere o § 4o do art. 22
desta Lei deve ser precedido de regulamento próprio, a ser
Art. 49. A autoridade competente para a aprovação do obtido pelos interessados no local indicado no edital.
procedimento somente poderá revogar a licitação por razões § 1ºO regulamento deverá indicar:
de interesse público decorrente de fato superveniente devi- I - a qualificação exigida dos participantes;
damente comprovado, pertinente e suficiente para justificar II - as diretrizes e a forma de apresentação do trabalho;
tal conduta, devendo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou III - as condições de realização do concurso e os prêmios
por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devi- a serem concedidos.
damente fundamentado. § 2º Em se tratando de projeto, o vencedor deverá
§ 1º A anulação do procedimento licitatório por motivo autorizar a Administração a executá-lo quando julgar
de ilegalidade não gera obrigação de indenizar, ressalvado conveniente.
o disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei.
§ 2º A nulidade do procedimento licitatório induz à do Art. 53. O leilão pode ser cometido a leiloeiro oficial ou
contrato, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. a servidor designado pela Administração, procedendo-se na
59 desta Lei. forma da legislação pertinente.

55
LEGISLAÇÃO

§ 1º Todo bem a ser leiloado será previamente avaliado XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a
pela Administração para fixação do preço mínimo de dispensou ou a inexigiu, ao convite e à proposta do licitante
arrematação. vencedor;
§ 2º Os bens arrematados serão pagos à vista ou no XII - a legislação aplicável à execução do contrato e es-
percentual estabelecido no edital, não inferior a 5% (cinco pecialmente aos casos omissos;
por cento) e, após a assinatura da respectiva ata lavrada no XIII - a obrigação do contratado de manter, durante
local do leilão, imediatamente entregues ao arrematante, toda a execução do contrato, em compatibilidade com as
o qual se obrigará ao pagamento do restante no prazo obrigações por ele assumidas, todas as condições de habili-
estipulado no edital de convocação, sob pena de perder tação e qualificação exigidas na licitação.
em favor da Administração o valor já recolhido. § 1º (Vetado).
§ 3º Nos leilões internacionais, o pagamento da parcela § 2º Nos contratos celebrados pela Administração
à vista poderá ser feito em até vinte e quatro horas. Pública com pessoas físicas ou jurídicas, inclusive
§ 4º O edital de leilão deve ser amplamente divulgado, aquelas domiciliadas no estrangeiro, deverá constar
principalmente no município em que se realizará. necessariamente cláusula que declare competente o foro
da sede da Administração para dirimir qualquer questão
Capítulo III contratual, salvo o disposto no § 6o do art. 32 desta Lei.
DOS CONTRATOS § 3º No ato da liquidação da despesa, os serviços de
contabilidade comunicarão, aos órgãos incumbidos da
Seção I arrecadação e fiscalização de tributos da União, Estado ou
Disposições Preliminares Município, as características e os valores pagos, segundo
o disposto no art. 63 da Lei no 4.320, de 17 de março de
Art. 54. Os contratos administrativos de que trata esta 1964.
Lei regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de di-
reito público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os princí- Art. 56. A critério da autoridade competente, em cada
pios da teoria geral dos contratos e as disposições de direito caso, e desde que prevista no instrumento convocatório, po-
privado. derá ser exigida prestação de garantia nas contratações de
§ 1º Os contratos devem estabelecer com clareza obras, serviços e compras.
e precisão as condições para sua execução, expressas § 1º Caberá ao contratado optar por uma das seguintes
em cláusulas que definam os direitos, obrigações e modalidades de garantia:
responsabilidades das partes, em conformidade com os I - caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública,
termos da licitação e da proposta a que se vinculam. devendo estes ter sido emitidos sob a forma escritural, me-
§ 2º Os contratos decorrentes de dispensa ou de diante registro em sistema centralizado de liquidação e de
inexigibilidade de licitação devem atender aos termos do custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil e avalia-
ato que os autorizou e da respectiva proposta. dos pelos seus valores econômicos, conforme definido pelo
Ministério da Fazenda;
Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as II - seguro-garantia;
que estabeleçam: III - fiança bancária.
I - o objeto e seus elementos característicos; § 2º A garantia a que se refere o caput deste artigo
II - o regime de execução ou a forma de fornecimento; não excederá a cinco por cento do valor do contrato e
III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, terá seu valor atualizado nas mesmas condições daquele,
data-base e periodicidade do reajustamento de preços, os ressalvado o previsto no parágrafo 3o deste artigo.
critérios de atualização monetária entre a data do adimple- § 3º Para obras, serviços e fornecimentos de grande
mento das obrigações e a do efetivo pagamento; vulto envolvendo alta complexidade técnica e riscos
IV - os prazos de início de etapas de execução, de con- financeiros consideráveis, demonstrados através de parecer
clusão, de entrega, de observação e de recebimento definiti- tecnicamente aprovado pela autoridade competente, o
vo, conforme o caso; limite de garantia previsto no parágrafo anterior poderá
V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indica- ser elevado para até dez por cento do valor do contrato.
ção da classificação funcional programática e da categoria § 4º A garantia prestada pelo contratado será liberada
econômica; ou restituída após a execução do contrato e, quando em
VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena dinheiro, atualizada monetariamente.
execução, quando exigidas; § 5º Nos casos de contratos que importem na entrega
VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as pe- de bens pela Administração, dos quais o contratado ficará
nalidades cabíveis e os valores das multas; depositário, ao valor da garantia deverá ser acrescido o
VIII - os casos de rescisão; valor desses bens.
IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em
caso de rescisão administrativa prevista no art. 77 desta Lei; Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei
X - as condições de importação, a data e a taxa de câm- ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamen-
bio para conversão, quando for o caso; tários, exceto quanto aos relativos:

56
LEGISLAÇÃO

I - aos projetos cujos produtos estejam contemplados II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados
nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais pode- no inciso I do art. 79 desta Lei;
rão ser prorrogados se houver interesse da Administração e III - fiscalizar-lhes a execução;
desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório; IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou
II - à prestação de serviços a serem executados de for- parcial do ajuste;
ma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoria-
iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços mente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao
e condições mais vantajosas para a administração, limitada objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar
a sessenta meses; apuração administrativa de faltas contratuais pelo contra-
III - (Vetado). tado, bem como na hipótese de rescisão do contrato admi-
IV - ao aluguel de equipamentos e à utilização de pro- nistrativo.
gramas de informática, podendo a duração estender-se pelo § 1º As cláusulas econômico-financeiras e monetárias
prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o início da dos contratos administrativos não poderão ser alteradas
vigência do contrato. sem prévia concordância do contratado.
V - às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e § 2º Na hipótese do inciso I deste artigo, as cláusulas
XXXI do art. 24, cujos contratos poderão ter vigência por até econômico-financeiras do contrato deverão ser revistas
120 (cento e vinte) meses, caso haja interesse da adminis- para que se mantenha o equilíbrio contratual.
tração.
§ 1º Os prazos de início de etapas de execução, de Art. 59. A declaração de nulidade do contrato adminis-
conclusão e de entrega admitem prorrogação, mantidas as trativo opera retroativamente impedindo os efeitos jurídicos
demais cláusulas do contrato e assegurada a manutenção que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de descons-
de seu equilíbrio econômico-financeiro, desde que ocorra tituir os já produzidos.
algum dos seguintes motivos, devidamente autuados em
Parágrafo único. A nulidade não exonera a Administra-
processo:
ção do dever de indenizar o contratado pelo que este houver
I - alteração do projeto ou especificações, pela Adminis-
executado até a data em que ela for declarada e por outros
tração;
prejuízos regularmente comprovados, contanto que não lhe
II - superveniência de fato excepcional ou imprevisível,
seja imputável, promovendo-se a responsabilidade de quem
estranho à vontade das partes, que altere fundamentalmen-
lhe deu causa.
te as condições de execução do contrato;
III - interrupção da execução do contrato ou diminuição
Seção II
do ritmo de trabalho por ordem e no interesse da Adminis-
Da Formalização dos Contratos
tração;
IV - aumento das quantidades inicialmente previstas no
contrato, nos limites permitidos por esta Lei; Art. 60. Os contratos e seus aditamentos serão lavrados
V - impedimento de execução do contrato por fato ou nas repartições interessadas, as quais manterão arquivo cro-
ato de terceiro reconhecido pela Administração em docu- nológico dos seus autógrafos e registro sistemático do seu
mento contemporâneo à sua ocorrência; extrato, salvo os relativos a direitos reais sobre imóveis, que
VI - omissão ou atraso de providências a cargo da Ad- se formalizam por instrumento lavrado em cartório de notas,
ministração, inclusive quanto aos pagamentos previstos de de tudo juntando-se cópia no processo que lhe deu origem.
que resulte, diretamente, impedimento ou retardamento na Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato
execução do contrato, sem prejuízo das sanções legais apli- verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras
cáveis aos responsáveis. de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor
§ 2º Toda prorrogação de prazo deverá ser justificada não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido
por escrito e previamente autorizada pela autoridade no art. 23, inciso II, alínea “a” desta Lei, feitas em regime de
competente para celebrar o contrato. adiantamento.
§ 3º É vedado o contrato com prazo de vigência
indeterminado. Art. 61. Todo contrato deve mencionar os nomes das
§ 4º Em caráter excepcional, devidamente justificado partes e os de seus representantes, a finalidade, o ato que
e mediante autorização da autoridade superior, o prazo autorizou a sua lavratura, o número do processo da licitação,
de que trata o inciso II do caput deste artigo poderá ser da dispensa ou da inexigibilidade, a sujeição dos contratan-
prorrogado por até doze meses. tes às normas desta Lei e às cláusulas contratuais.
Parágrafo único. A publicação resumida do instrumento
Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos de contrato ou de seus aditamentos na imprensa oficial, que
instituído por esta Lei confere à Administração, em relação a é condição indispensável para sua eficácia, será providencia-
eles, a prerrogativa de: da pela Administração até o quinto dia útil do mês seguinte
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequa- ao de sua assinatura, para ocorrer no prazo de vinte dias
ção às finalidades de interesse público, respeitados os direi- daquela data, qualquer que seja o seu valor, ainda que sem
tos do contratado; ônus, ressalvado o disposto no art. 26 desta Lei.

57
LEGISLAÇÃO

Art. 62. O instrumento de contrato é obrigatório nos Seção III


casos de concorrência e de tomada de preços, bem como Da Alteração dos Contratos
nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam com-
preendidos nos limites destas duas modalidades de licita- Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser
ção, e facultativo nos demais em que a Administração pu- alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos:
der substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como I - unilateralmente pela Administração:
carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de a) quando houver modificação do projeto ou das especi-
compra ou ordem de execução de serviço. ficações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos;
§ 1º A minuta do futuro contrato integrará sempre o b) quando necessária a modificação do valor contratual
edital ou ato convocatório da licitação. em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de
§ 2º Em «carta contrato», «nota de empenho de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei;
despesa», «autorização de compra», «ordem de execução II - por acordo das partes:
de serviço» ou outros instrumentos hábeis aplica-se, no a) quando conveniente a substituição da garantia de
que couber, o disposto no art. 55 desta Lei. execução;
§ 3º Aplica-se o disposto nos arts. 55 e 58 a 61 desta Lei
b) quando necessária a modificação do regime de exe-
e demais normas gerais, no que couber:
cução da obra ou serviço, bem como do modo de forneci-
I - aos contratos de seguro, de financiamento, de locação
mento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade
em que o Poder Público seja locatário, e aos demais cujo
dos termos contratuais originários;
conteúdo seja regido, predominantemente, por norma de di-
reito privado; c) quando necessária a modificação da forma de pa-
II - aos contratos em que a Administração for parte gamento, por imposição de circunstâncias supervenientes,
como usuária de serviço público. mantido o valor inicial atualizado, vedada a antecipação do
§ 4º É dispensável o «termo de contrato» e facultada pagamento, com relação ao cronograma financeiro fixado,
a substituição prevista neste artigo, a critério da sem a correspondente contraprestação de fornecimento de
Administração e independentemente de seu valor, nos bens ou execução de obra ou serviço;
casos de compra com entrega imediata e integral dos bens d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram
adquiridos, dos quais não resultem obrigações futuras, inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição
inclusive assistência técnica. da administração para a justa remuneração da obra, ser-
viço ou fornecimento, objetivando a manutenção do equi-
Art. 63. É permitido a qualquer licitante o conhecimento líbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese
dos termos do contrato e do respectivo processo licitatório de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de
e, a qualquer interessado, a obtenção de cópia autenticada, consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da
mediante o pagamento dos emolumentos devidos. execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior,
caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea econô-
Art. 64. A Administração convocará regularmente o in- mica extraordinária e extracontratual.
teressado para assinar o termo de contrato, aceitar ou retirar § 1º O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas
o instrumento equivalente, dentro do prazo e condições es- condições contratuais, os acréscimos ou supressões
tabelecidos, sob pena de decair o direito à contratação, sem que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25%
prejuízo das sanções previstas no art. 81 desta Lei. (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do
§ 1º O prazo de convocação poderá ser prorrogado contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de
uma vez, por igual período, quando solicitado pela parte equipamento, até o limite de 50% (cinquenta por cento)
durante o seu transcurso e desde que ocorra motivo para os seus acréscimos.
justificado aceito pela Administração. § 2º Nenhum acréscimo ou supressão poderá exceder
§ 2º É facultado à Administração, quando o convocado
os limites estabelecidos no parágrafo anterior, salvo:
não assinar o termo de contrato ou não aceitar ou
I - (VETADO)
retirar o instrumento equivalente no prazo e condições
II - as supressões resultantes de acordo celebrado entre
estabelecidos, convocar os licitantes remanescentes, na
os contratantes.
ordem de classificação, para fazê-lo em igual prazo e nas
mesmas condições propostas pelo primeiro classificado, § 3º Se no contrato não houverem sido contemplados
inclusive quanto aos preços atualizados de conformidade preços unitários para obras ou serviços, esses serão fixados
com o ato convocatório, ou revogar a licitação mediante acordo entre as partes, respeitados os limites
independentemente da cominação prevista no art. 81 estabelecidos no § 1o deste artigo.
desta Lei. § 4º No caso de supressão de obras, bens ou serviços,
§ 3º Decorridos 60 (sessenta) dias da data da entrega se o contratado já houver adquirido os materiais e posto
das propostas, sem convocação para a contratação, ficam no local dos trabalhos, estes deverão ser pagos pela
os licitantes liberados dos compromissos assumidos. Administração pelos custos de aquisição regularmente
comprovados e monetariamente corrigidos, podendo caber
indenização por outros danos eventualmente decorrentes da
supressão, desde que regularmente comprovados.

58
LEGISLAÇÃO

§ 5º Quaisquer tributos ou encargos legais criados, Art. 69. O contratado é obrigado a reparar, corrigir, re-
alterados ou extintos, bem como a superveniência de mover, reconstruir ou substituir, às suas expensas, no total ou
disposições legais, quando ocorridas após a data da em parte, o objeto do contrato em que se verificarem vícios,
apresentação da proposta, de comprovada repercussão defeitos ou incorreções resultantes da execução ou de mate-
nos preços contratados, implicarão a revisão destes para riais empregados.
mais ou para menos, conforme o caso.
§ 6º Em havendo alteração unilateral do contrato que Art. 70. O contratado é responsável pelos danos causa-
aumente os encargos do contratado, a Administração dos diretamente à Administração ou a terceiros, decorrentes
deverá restabelecer, por aditamento, o equilíbrio de sua culpa ou dolo na execução do contrato, não excluin-
econômico-financeiro inicial. do ou reduzindo essa responsabilidade a fiscalização ou o
§ 7º (VETADO) acompanhamento pelo órgão interessado.
§ 8º A variação do valor contratual para fazer face
ao reajuste de preços previsto no próprio contrato, as Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos tra-
atualizações, compensações ou penalizações financeiras balhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da
decorrentes das condições de pagamento nele previstas, execução do contrato.
bem como o empenho de dotações orçamentárias § 1º A inadimplência do contratado, com referência
suplementares até o limite do seu valor corrigido, não aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere
caracterizam alteração do mesmo, podendo ser registrados à Administração Pública a responsabilidade por seu
por simples apostila, dispensando a celebração de pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou
aditamento. restringir a regularização e o uso das obras e edificações,
inclusive perante o Registro de Imóveis.
Seção IV § 2º A Administração Pública responde solidariamente
Da Execução dos Contratos com o contratado pelos encargos previdenciários resultantes
da execução do contrato, nos termos do art. 31 da Lei nº
Art. 66. O contrato deverá ser executado fielmente pelas 8.212, de 24 de julho de 1991.
partes, de acordo com as cláusulas avençadas e as normas § 3º (Vetado).
desta Lei, respondendo cada uma pelas consequências de
sua inexecução total ou parcial. Art. 72. O contratado, na execução do contrato, sem
prejuízo das responsabilidades contratuais e legais, poderá
Art. 66-A. As empresas enquadradas no inciso V do § 2o subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, até o
e no inciso II do § 5o do art. 3o desta Lei deverão cumprir, limite admitido, em cada caso, pela Administração.
durante todo o período de execução do contrato, a reserva
de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou Art. 73. Executado o contrato, o seu objeto será recebido:
para reabilitado da Previdência Social, bem como as regras I - em se tratando de obras e serviços:
de acessibilidade previstas na legislação. a) provisoriamente, pelo responsável por seu acompa-
Parágrafo único. Cabe à administração fiscalizar o nhamento e fiscalização, mediante termo circunstanciado,
cumprimento dos requisitos de acessibilidade nos serviços e assinado pelas partes em até 15 (quinze) dias da comunica-
nos ambientes de trabalho. ção escrita do contratado;
b) definitivamente, por servidor ou comissão designada
Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanha- pela autoridade competente, mediante termo circunstancia-
da e fiscalizada por um representante da Administração es- do, assinado pelas partes, após o decurso do prazo de obser-
pecialmente designado, permitida a contratação de terceiros vação, ou vistoria que comprove a adequação do objeto aos
para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a termos contratuais, observado o disposto no art. 69 desta Lei;
essa atribuição. II - em se tratando de compras ou de locação de equi-
§ 1º O representante da Administração anotará em pamentos:
registro próprio todas as ocorrências relacionadas com a a) provisoriamente, para efeito de posterior verificação
execução do contrato, determinando o que for necessário da conformidade do material com a especificação;
à regularização das faltas ou defeitos observados. b) definitivamente, após a verificação da qualidade e
§ 2º As decisões e providências que ultrapassarem a quantidade do material e consequente aceitação.
competência do representante deverão ser solicitadas a § 1º Nos casos de aquisição de equipamentos de
seus superiores em tempo hábil para a adoção das medidas grande vulto, o recebimento far-se-á mediante termo
convenientes. circunstanciado e, nos demais, mediante recibo.
§ 2º O recebimento provisório ou definitivo não exclui
Art. 68. O contratado deverá manter preposto, aceito a responsabilidade civil pela solidez e segurança da obra ou
pela Administração, no local da obra ou serviço, para repre- do serviço, nem ético-profissional pela perfeita execução
sentá-lo na execução do contrato. do contrato, dentro dos limites estabelecidos pela lei ou
pelo contrato.

59
LEGISLAÇÃO

§ 3º O prazo a que se refere a alínea «b» do inciso I VIII - o cometimento reiterado de faltas na sua execução,
deste artigo não poderá ser superior a 90 (noventa) dias, anotadas na forma do § 1o do art. 67 desta Lei;
salvo em casos excepcionais, devidamente justificados e IX - a decretação de falência ou a instauração de insol-
previstos no edital. vência civil;
§ 4º Na hipótese de o termo circunstanciado ou X - a dissolução da sociedade ou o falecimento do con-
a verificação a que se refere este artigo não serem, tratado;
respectivamente, lavrado ou procedida dentro dos XI - a alteração social ou a modificação da finalidade
prazos fixados, reputar-se-ão como realizados, desde ou da estrutura da empresa, que prejudique a execução do
que comunicados à Administração nos 15 (quinze) dias contrato;
anteriores à exaustão dos mesmos. XII - razões de interesse público, de alta relevância e am-
plo conhecimento, justificadas e determinadas pela máxima
Art. 74. Poderá ser dispensado o recebimento provisório autoridade da esfera administrativa a que está subordinado
nos seguintes casos: o contratante e exaradas no processo administrativo a que
I - gêneros perecíveis e alimentação preparada; se refere o contrato;
II - serviços profissionais; XIII - a supressão, por parte da Administração, de obras,
III - obras e serviços de valor até o previsto no art. 23, in- serviços ou compras, acarretando modificação do valor ini-
ciso II, alínea “a”, desta Lei, desde que não se componham de cial do contrato além do limite permitido no § 1o do art. 65
aparelhos, equipamentos e instalações sujeitos à verificação desta Lei;
de funcionamento e produtividade. XIV - a suspensão de sua execução, por ordem escrita da
Parágrafo único. Nos casos deste artigo, o recebimento Administração, por prazo superior a 120 (cento e vinte) dias,
será feito mediante recibo. salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da
ordem interna ou guerra, ou ainda por repetidas suspensões
Art. 75. Salvo disposições em contrário constantes do que totalizem o mesmo prazo, independentemente do paga-
edital, do convite ou de ato normativo, os ensaios, testes e
mento obrigatório de indenizações pelas sucessivas e con-
demais provas exigidos por normas técnicas oficiais para a
tratualmente imprevistas desmobilizações e mobilizações e
boa execução do objeto do contrato correm por conta do
outras previstas, assegurado ao contratado, nesses casos, o
contratado.
direito de optar pela suspensão do cumprimento das obriga-
ções assumidas até que seja normalizada a situação;
Art. 76. A Administração rejeitará, no todo ou em parte,
XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos paga-
obra, serviço ou fornecimento executado em desacordo com
mentos devidos pela Administração decorrentes de obras,
o contrato.
serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou
executados, salvo em caso de calamidade pública, grave per-
Seção V
Da Inexecução e da Rescisão dos Contratos turbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contra-
tado o direito de optar pela suspensão do cumprimento de
Art. 77. A inexecução total ou parcial do contrato enseja suas obrigações até que seja normalizada a situação;
a sua rescisão, com as consequências contratuais e as previs- XVI - a não liberação, por parte da Administração, de
tas em lei ou regulamento. área, local ou objeto para execução de obra, serviço ou for-
necimento, nos prazos contratuais, bem como das fontes de
Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato: materiais naturais especificadas no projeto;
I - o não cumprimento de cláusulas contratuais, especi- XVII - a ocorrência de caso fortuito ou de força maior,
ficações, projetos ou prazos; regularmente comprovada, impeditiva da execução do con-
II - o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, trato.
especificações, projetos e prazos; XVIII – descumprimento do disposto no inciso V do art.
III - a lentidão do seu cumprimento, levando a Adminis- 27, sem prejuízo das sanções penais cabíveis.
tração a comprovar a impossibilidade da conclusão da obra, Parágrafo único. Os casos de rescisão contratual serão
do serviço ou do fornecimento, nos prazos estipulados; formalmente motivados nos autos do processo, assegurado
IV - o atraso injustificado no início da obra, serviço ou o contraditório e a ampla defesa.
fornecimento;
V - a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimen- Art. 79. A rescisão do contrato poderá ser:
to, sem justa causa e prévia comunicação à Administração; I - determinada por ato unilateral e escrito da Adminis-
VI - a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a tração, nos casos enumerados nos incisos I a XII e XVII do
associação do contratado com outrem, a cessão ou transfe- artigo anterior;
rência, total ou parcial, bem como a fusão, cisão ou incorpo- II - amigável, por acordo entre as partes, reduzida a ter-
ração, não admitidas no edital e no contrato; mo no processo da licitação, desde que haja conveniência
VII - o desatendimento das determinações regulares da para a Administração;
autoridade designada para acompanhar e fiscalizar a sua III - judicial, nos termos da legislação;
execução, assim como as de seus superiores; IV - (Vetado).

60
LEGISLAÇÃO

§ 1º A rescisão administrativa ou amigável deverá Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica
ser precedida de autorização escrita e fundamentada da aos licitantes convocados nos termos do art. 64, § 2o desta
autoridade competente. Lei, que não aceitarem a contratação, nas mesmas condições
§ 2º Quando a rescisão ocorrer com base nos incisos propostas pelo primeiro adjudicatário, inclusive quanto ao
XII a XVII do artigo anterior, sem que haja culpa do prazo e preço.
contratado, será este ressarcido dos prejuízos regularmente
comprovados que houver sofrido, tendo ainda direito a: Art. 82. Os agentes administrativos que praticarem atos
I - devolução de garantia; em desacordo com os preceitos desta Lei ou visando a frus-
II - pagamentos devidos pela execução do contrato até trar os objetivos da licitação sujeitam-se às sanções previstas
a data da rescisão; nesta Lei e nos regulamentos próprios, sem prejuízo das res-
III - pagamento do custo da desmobilização. ponsabilidades civil e criminal que seu ato ensejar.
§ 3º (Vetado).
§ 4º (Vetado). Art. 83. Os crimes definidos nesta Lei, ainda que sim-
§ 5º Ocorrendo impedimento, paralisação ou sustação plesmente tentados, sujeitam os seus autores, quando servi-
do contrato, o cronograma de execução será prorrogado dores públicos, além das sanções penais, à perda do cargo,
automaticamente por igual tempo. emprego, função ou mandato eletivo.

Art. 80. A rescisão de que trata o inciso I do artigo an- Art. 84. Considera-se servidor público, para os fins desta
terior acarreta as seguintes consequências, sem prejuízo das Lei, aquele que exerce, mesmo que transitoriamente ou sem
sanções previstas nesta Lei: remuneração, cargo, função ou emprego público.
I - assunção imediata do objeto do contrato, no estado e § 1º Equipara-se a servidor público, para os fins desta
local em que se encontrar, por ato próprio da Administração; Lei, quem exerce cargo, emprego ou função em entidade
II - ocupação e utilização do local, instalações, equipa- paraestatal, assim consideradas, além das fundações,
mentos, material e pessoal empregados na execução do con- empresas públicas e sociedades de economia mista, as
trato, necessários à sua continuidade, na forma do inciso V demais entidades sob controle, direto ou indireto, do
do art. 58 desta Lei; Poder Público.
III - execução da garantia contratual, para ressarcimento § 2º A pena imposta será acrescida da terça parte,
da Administração, e dos valores das multas e indenizações quando os autores dos crimes previstos nesta Lei forem
a ela devidos; ocupantes de cargo em comissão ou de função de confiança
IV - retenção dos créditos decorrentes do contrato até o em órgão da Administração direta, autarquia, empresa
limite dos prejuízos causados à Administração. pública, sociedade de economia mista, fundação pública,
§ 1º A aplicação das medidas previstas nos incisos I e ou outra entidade controlada direta ou indiretamente pelo
II deste artigo fica a critério da Administração, que poderá Poder Público.
dar continuidade à obra ou ao serviço por execução direta
ou indireta. Art. 85. As infrações penais previstas nesta Lei pertinem
§ 2º É permitido à Administração, no caso de concordata às licitações e aos contratos celebrados pela União, Estados,
do contratado, manter o contrato, podendo assumir o Distrito Federal, Municípios, e respectivas autarquias, em-
controle de determinadas atividades de serviços essenciais. presas públicas, sociedades de economia mista, fundações
§ 3º Na hipótese do inciso II deste artigo, o ato deverá públicas, e quaisquer outras entidades sob seu controle di-
ser precedido de autorização expressa do Ministro de reto ou indireto.
Estado competente, ou Secretário Estadual ou Municipal,
conforme o caso. Seção II
§ 4º A rescisão de que trata o inciso IV do artigo Das Sanções Administrativas
anterior permite à Administração, a seu critério, aplicar a
medida prevista no inciso I deste artigo. Art. 86. O atraso injustificado na execução do contrato
sujeitará o contratado à multa de mora, na forma prevista
Capítulo IV no instrumento convocatório ou no contrato.
DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS E DA TUTELA § 1º A multa a que alude este artigo não impede que
JUDICIAL a Administração rescinda unilateralmente o contrato e
aplique as outras sanções previstas nesta Lei.
Seção I § 2º A multa, aplicada após regular processo
Disposições Gerais administrativo, será descontada da garantia do respectivo
contratado.
Art. 81. A recusa injustificada do adjudicatário em assi- § 3º Se a multa for de valor superior ao valor da
nar o contrato, aceitar ou retirar o instrumento equivalente, garantia prestada, além da perda desta, responderá o
dentro do prazo estabelecido pela Administração, caracteri- contratado pela sua diferença, a qual será descontada dos
za o descumprimento total da obrigação assumida, sujeitan- pagamentos eventualmente devidos pela Administração
do-o às penalidades legalmente estabelecidas. ou ainda, quando for o caso, cobrada judicialmente.

61
LEGISLAÇÃO

Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a Art. 90. Frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combina-
Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao ção ou qualquer outro expediente, o caráter competitivo do
contratado as seguintes sanções: procedimento licitatório, com o intuito de obter, para si ou
I - advertência; para outrem, vantagem decorrente da adjudicação do objeto
II - multa, na forma prevista no instrumento convocató- da licitação:
rio ou no contrato; Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
III - suspensão temporária de participação em licitação
e impedimento de contratar com a Administração, por prazo Art. 91. Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse
não superior a 2 (dois) anos; privado perante a Administração, dando causa à instaura-
IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contra- ção de licitação ou à celebração de contrato, cuja invalida-
tar com a Administração Pública enquanto perdurarem os ção vier a ser decretada pelo Poder Judiciário:
motivos determinantes da punição ou até que seja promovi- Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e mul-
da a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou ta.
a penalidade, que será concedida sempre que o contratado
ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após Art. 92. Admitir, possibilitar ou dar causa a qualquer
decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso modificação ou vantagem, inclusive prorrogação contratual,
anterior. em favor do adjudicatário, durante a execução dos contratos
§ 1º Se a multa aplicada for superior ao valor da garantia celebrados com o Poder Público, sem autorização em lei, no
prestada, além da perda desta, responderá o contratado ato convocatório da licitação ou nos respectivos instrumen-
pela sua diferença, que será descontada dos pagamentos tos contratuais, ou, ainda, pagar fatura com preterição da
eventualmente devidos pela Administração ou cobrada ordem cronológica de sua exigibilidade, observado o dispos-
judicialmente. to no art. 121 desta Lei:
§ 2º As sanções previstas nos incisos I, III e IV deste Pena - detenção, de dois a quatro anos, e multa.
artigo poderão ser aplicadas juntamente com a do inciso Parágrafo único. Incide na mesma pena o contratado
II, facultada a defesa prévia do interessado, no respectivo que, tendo comprovadamente concorrido para a consuma-
processo, no prazo de 5 (cinco) dias úteis. ção da ilegalidade, obtém vantagem indevida ou se bene-
§ 3º A sanção estabelecida no inciso IV deste artigo é de ficia, injustamente, das modificações ou prorrogações con-
competência exclusiva do Ministro de Estado, do Secretário tratuais.
Estadual ou Municipal, conforme o caso, facultada a defesa
Art. 93. Impedir, perturbar ou fraudar a realização de
do interessado no respectivo processo, no prazo de 10
qualquer ato de procedimento licitatório:
(dez) dias da abertura de vista, podendo a reabilitação ser
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e mul-
requerida após 2 (dois) anos de sua aplicação. (Vide art 109
ta.
inciso III)
Art. 94. Devassar o sigilo de proposta apresentada em
Art. 88. As sanções previstas nos incisos III e IV do artigo
procedimento licitatório, ou proporcionar a terceiro o ensejo
anterior poderão também ser aplicadas às empresas ou aos
de devassá-lo:
profissionais que, em razão dos contratos regidos por esta Pena - detenção, de 2 (dois) a 3 (três) anos, e multa.
Lei:
I - tenham sofrido condenação definitiva por praticarem, Art. 95. Afastar ou procura afastar licitante, por meio de
por meios dolosos, fraude fiscal no recolhimento de quais- violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de vanta-
quer tributos; gem de qualquer tipo:
II - tenham praticado atos ilícitos visando a frustrar os Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa,
objetivos da licitação; além da pena correspondente à violência.
III - demonstrem não possuir idoneidade para contratar Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem se abs-
com a Administração em virtude de atos ilícitos praticados. tém ou desiste de licitar, em razão da vantagem oferecida.

Seção III Art. 96. Fraudar, em prejuízo da Fazenda Pública, licita-


Dos Crimes e das Penas ção instaurada para aquisição ou venda de bens ou merca-
dorias, ou contrato dela decorrente:
Art. 89. Dispensar ou inexigir licitação fora das hipóte- I - elevando arbitrariamente os preços;
ses previstas em lei, ou deixar de observar as formalidades II - vendendo, como verdadeira ou perfeita, mercadoria
pertinentes à dispensa ou à inexigibilidade: falsificada ou deteriorada;
Pena - detenção, de 3 (três) a 5 (cinco) anos, e multa. III - entregando uma mercadoria por outra;
Parágrafo único. Na mesma pena incorre aquele que, IV - alterando substância, qualidade ou quantidade da
tendo comprovadamente concorrido para a consumação da mercadoria fornecida;
ilegalidade, beneficiou-se da dispensa ou inexigibilidade ile- V - tornando, por qualquer modo, injustamente, mais
gal, para celebrar contrato com o Poder Público. onerosa a proposta ou a execução do contrato:
Pena - detenção, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.

62
LEGISLAÇÃO

Art. 97. Admitir à licitação ou celebrar contrato com cumentos, arrolar as testemunhas que tiver, em número não
empresa ou profissional declarado inidôneo: superior a 5 (cinco), e indicar as demais provas que pretenda
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e mul- produzir.
ta.
Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que, de- Art. 105. Ouvidas as testemunhas da acusação e da
clarado inidôneo, venha a licitar ou a contratar com a Ad- defesa e praticadas as diligências instrutórias deferidas ou
ministração. ordenadas pelo juiz, abrir-se-á, sucessivamente, o prazo de 5
(cinco) dias a cada parte para alegações finais.
Art. 98. Obstar, impedir ou dificultar, injustamente, a
inscrição de qualquer interessado nos registros cadastrais ou Art. 106. Decorrido esse prazo, e conclusos os autos
promover indevidamente a alteração, suspensão ou cancela- dentro de 24 (vinte e quatro) horas, terá o juiz 10 (dez) dias
mento de registro do inscrito: para proferir a sentença.
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e mul-
ta. Art. 107. Da sentença cabe apelação, interponível no
prazo de 5 (cinco) dias.
Art. 99. A pena de multa cominada nos arts. 89 a 98
desta Lei consiste no pagamento de quantia fixada na sen- Art. 108. No processamento e julgamento das infrações
tença e calculada em índices percentuais, cuja base corres- penais definidas nesta Lei, assim como nos recursos e nas
ponderá ao valor da vantagem efetivamente obtida ou po- execuções que lhes digam respeito, aplicar-se-ão, subsidia-
tencialmente auferível pelo agente. riamente, o Código de Processo Penal e a Lei de Execução
§ 1º Os índices a que se refere este artigo não poderão Penal.
ser inferiores a 2% (dois por cento), nem superiores a 5%
(cinco por cento) do valor do contrato licitado ou celebrado Capítulo V
com dispensa ou inexigibilidade de licitação. DOS RECURSOS ADMINISTRATIVOS
§ 2º O produto da arrecadação da multa reverterá,
conforme o caso, à Fazenda Federal, Distrital, Estadual ou
Art. 109. Dos atos da Administração decorrentes da
Municipal.
aplicação desta Lei cabem:
I - recurso, no prazo de 5 (cinco) dias úteis a contar da
Seção IV
intimação do ato ou da lavratura da ata, nos casos de:
Do Processo e do Procedimento Judicial
a) habilitação ou inabilitação do licitante;
b) julgamento das propostas;
Art. 100. Os crimes definidos nesta Lei são de ação pe-
c) anulação ou revogação da licitação;
nal pública incondicionada, cabendo ao Ministério Público
d) indeferimento do pedido de inscrição em registro ca-
promovê-la.
dastral, sua alteração ou cancelamento;
Art. 101. Qualquer pessoa poderá provocar, para os efei- e) rescisão do contrato, a que se refere o inciso I do art.
tos desta Lei, a iniciativa do Ministério Público, fornecendo- 79 desta Lei;
-lhe, por escrito, informações sobre o fato e sua autoria, bem f) aplicação das penas de advertência, suspensão tem-
como as circunstâncias em que se deu a ocorrência. porária ou de multa;
Parágrafo único. Quando a comunicação for verbal, II - representação, no prazo de 5 (cinco) dias úteis da
mandará a autoridade reduzi-la a termo, assinado pelo intimação da decisão relacionada com o objeto da licitação
apresentante e por duas testemunhas. ou do contrato, de que não caiba recurso hierárquico;
III - pedido de reconsideração, de decisão de Ministro
Art. 102. Quando em autos ou documentos de que co- de Estado, ou Secretário Estadual ou Municipal, conforme o
nhecerem, os magistrados, os membros dos Tribunais ou caso, na hipótese do § 4o do art. 87 desta Lei, no prazo de 10
Conselhos de Contas ou os titulares dos órgãos integrantes (dez) dias úteis da intimação do ato.
do sistema de controle interno de qualquer dos Poderes ve- § 1º A intimação dos atos referidos no inciso I, alíneas
rificarem a existência dos crimes definidos nesta Lei, remete- «a», «b», «c» e «e», deste artigo, excluídos os relativos
rão ao Ministério Público as cópias e os documentos neces- a advertência e multa de mora, e no inciso III, será feita
sários ao oferecimento da denúncia. mediante publicação na imprensa oficial, salvo para os casos
previstos nas alíneas «a» e «b», se presentes os prepostos
Art. 103. Será admitida ação penal privada subsidiária dos licitantes no ato em que foi adotada a decisão, quando
da pública, se esta não for ajuizada no prazo legal, aplican- poderá ser feita por comunicação direta aos interessados
do-se, no que couber, o disposto nos arts. 29 e 30 do Código e lavrada em ata.
de Processo Penal. § 2º O recurso previsto nas alíneas «a» e «b» do inciso
I deste artigo terá efeito suspensivo, podendo a autoridade
Art. 104. Recebida a denúncia e citado o réu, terá este o competente, motivadamente e presentes razões de
prazo de 10 (dez) dias para apresentação de defesa escrita, interesse público, atribuir ao recurso interposto eficácia
contado da data do seu interrogatório, podendo juntar do- suspensiva aos demais recursos.

63
LEGISLAÇÃO

§ 3º Interposto, o recurso será comunicado aos demais § 1º Qualquer licitante, contratado ou pessoa física ou
licitantes, que poderão impugná-lo no prazo de 5 (cinco) jurídica poderá representar ao Tribunal de Contas ou aos
dias úteis. órgãos integrantes do sistema de controle interno contra
§ 4º O recurso será dirigido à autoridade superior, por irregularidades na aplicação desta Lei, para os fins do
intermédio da que praticou o ato recorrido, a qual poderá disposto neste artigo.
reconsiderar sua decisão, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, ou, § 2º Os Tribunais de Contas e os órgãos integrantes do
nesse mesmo prazo, fazê-lo subir, devidamente informado, sistema de controle interno poderão solicitar para exame,
devendo, neste caso, a decisão ser proferida dentro do até o dia útil imediatamente anterior à data de recebimento
prazo de 5 (cinco) dias úteis, contado do recebimento do
das propostas, cópia de edital de licitação já publicado,
recurso, sob pena de responsabilidade.
obrigando-se os órgãos ou entidades da Administração
§ 5º Nenhum prazo de recurso, representação ou
pedido de reconsideração se inicia ou corre sem que interessada à adoção de medidas corretivas pertinentes
os autos do processo estejam com vista franqueada ao que, em função desse exame, lhes forem determinadas.
interessado.
§ 6º Em se tratando de licitações efetuadas na Art. 114. O sistema instituído nesta Lei não impede a
modalidade de «carta convite» os prazos estabelecidos nos pré-qualificação de licitantes nas concorrências, a ser pro-
incisos I e II e no parágrafo 3o deste artigo serão de dois cedida sempre que o objeto da licitação recomende análise
dias úteis. mais detida da qualificação técnica dos interessados.
§ 1º A adoção do procedimento de pré-qualificação
Capítulo VI será feita mediante proposta da autoridade competente,
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS aprovada pela imediatamente superior.
§ 2º Na pré-qualificação serão observadas as
Art. 110. Na contagem dos prazos estabelecidos nesta exigências desta Lei relativas à concorrência, à convocação
Lei, excluir-se-á o dia do início e incluir-se-á o do vencimen-
dos interessados, ao procedimento e à análise da
to, e considerar-se-ão os dias consecutivos, exceto quando
for explicitamente disposto em contrário. documentação.
Parágrafo único. Só se iniciam e vencem os prazos re-
feridos neste artigo em dia de expediente no órgão ou na Art. 115. Os órgãos da Administração poderão expedir
entidade. normas relativas aos procedimentos operacionais a serem
observados na execução das licitações, no âmbito de sua
Art. 111. A Administração só poderá contratar, pagar, competência, observadas as disposições desta Lei.
premiar ou receber projeto ou serviço técnico especializado Parágrafo único. As normas a que se refere este artigo,
desde que o autor ceda os direitos patrimoniais a ele re- após aprovação da autoridade competente, deverão ser pu-
lativos e a Administração possa utilizá-lo de acordo com o blicadas na imprensa oficial.
previsto no regulamento de concurso ou no ajuste para sua
elaboração. Art. 116. Aplicam-se as disposições desta Lei, no que
Parágrafo único. Quando o projeto referir-se a obra couber, aos convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos
imaterial de caráter tecnológico, insuscetível de privilégio, a
congêneres celebrados por órgãos e entidades da Adminis-
cessão dos direitos incluirá o fornecimento de todos os da-
dos, documentos e elementos de informação pertinentes à tração.
tecnologia de concepção, desenvolvimento, fixação em su- § 1º A celebração de convênio, acordo ou ajuste pelos
porte físico de qualquer natureza e aplicação da obra. órgãos ou entidades da Administração Pública depende
de prévia aprovação de competente plano de trabalho
Art. 112. Quando o objeto do contrato interessar a mais proposto pela organização interessada, o qual deverá
de uma entidade pública, caberá ao órgão contratante, pe- conter, no mínimo, as seguintes informações:
rante a entidade interessada, responder pela sua boa execu- I - identificação do objeto a ser executado;
ção, fiscalização e pagamento. II - metas a serem atingidas;
§ 1º Os consórcios públicos poderão realizar licitação III - etapas ou fases de execução;
da qual, nos termos do edital, decorram contratos IV - plano de aplicação dos recursos financeiros;
administrativos celebrados por órgãos ou entidades dos V - cronograma de desembolso;
entes da Federação consorciados. VI - previsão de início e fim da execução do objeto, bem
§ 2º É facultado à entidade interessada o
assim da conclusão das etapas ou fases programadas;
acompanhamento da licitação e da execução do contrato.
VII - se o ajuste compreender obra ou serviço de enge-
Art. 113. O controle das despesas decorrentes dos con- nharia, comprovação de que os recursos próprios para com-
tratos e demais instrumentos regidos por esta Lei será feito plementar a execução do objeto estão devidamente assegu-
pelo Tribunal de Contas competente, na forma da legislação rados, salvo se o custo total do empreendimento recair sobre
pertinente, ficando os órgãos interessados da Administração a entidade ou órgão descentralizador.
responsáveis pela demonstração da legalidade e regularida- § 2º Assinado o convênio, a entidade ou órgão
de da despesa e execução, nos termos da Constituição e sem repassador dará ciência do mesmo à Assembleia Legislativa
prejuízo do sistema de controle interno nela previsto. ou à Câmara Municipal respectiva.

64
LEGISLAÇÃO

§ 3º As parcelas do convênio serão liberadas em estrita Parágrafo único. Os regulamentos a que se refere este
conformidade com o plano de aplicação aprovado, exceto artigo, no âmbito da Administração Pública, após aprovados
nos casos a seguir, em que as mesmas ficarão retidas até o pela autoridade de nível superior a que estiverem vinculados
saneamento das impropriedades ocorrentes: os respectivos órgãos, sociedades e entidades, deverão ser
I - quando não tiver havido comprovação da boa e regu- publicados na imprensa oficial.
lar aplicação da parcela anteriormente recebida, na forma
da legislação aplicável, inclusive mediante procedimentos de Art. 120. Os valores fixados por esta Lei poderão ser
fiscalização local, realizados periodicamente pela entidade anualmente revistos pelo Poder Executivo Federal, que os
ou órgão descentralizador dos recursos ou pelo órgão com- fará publicar no Diário Oficial da União, observando como
petente do sistema de controle interno da Administração limite superior a variação geral dos preços do mercado, no
Pública; período.
II - quando verificado desvio de finalidade na aplicação
dos recursos, atrasos não justificados no cumprimento das Art. 121. O disposto nesta Lei não se aplica às licitações
etapas ou fases programadas, práticas atentatórias aos prin- instauradas e aos contratos assinados anteriormente à sua
cípios fundamentais de Administração Pública nas contrata- vigência, ressalvado o disposto no art. 57, nos parágrafos
ções e demais atos praticados na execução do convênio, ou o 1o, 2o e 8o do art. 65, no inciso XV do art. 78, bem assim
inadimplemento do executor com relação a outras cláusulas o disposto no “caput” do art. 5o, com relação ao pagamen-
conveniais básicas; to das obrigações na ordem cronológica, podendo esta ser
III - quando o executor deixar de adotar as medidas sa- observada, no prazo de noventa dias contados da vigência
neadoras apontadas pelo partícipe repassador dos recursos desta Lei, separadamente para as obrigações relativas aos
ou por integrantes do respectivo sistema de controle interno. contratos regidos por legislação anterior à Lei no 8.666, de
§ 4º Os saldos de convênio, enquanto não utilizados, 21 de junho de 1993.
serão obrigatoriamente aplicados em cadernetas de Parágrafo único. Os contratos relativos a imóveis do pa-
poupança de instituição financeira oficial se a previsão trimônio da União continuam a reger-se pelas disposições
de seu uso for igual ou superior a um mês, ou em fundo do Decreto-lei no 9.760, de 5 de setembro de 1946, com suas
alterações, e os relativos a operações de crédito interno ou
de aplicação financeira de curto prazo ou operação de
externo celebrados pela União ou a concessão de garantia
mercado aberto lastreada em títulos da dívida pública,
do Tesouro Nacional continuam regidos pela legislação per-
quando a utilização dos mesmos verificar-se em prazos
tinente, aplicando-se esta Lei, no que couber.
menores que um mês.
§ 5º As receitas financeiras auferidas na forma do
Art. 122. Nas concessões de linhas aéreas, observar-se-
parágrafo anterior serão obrigatoriamente computadas a
-á procedimento licitatório específico, a ser estabelecido no
crédito do convênio e aplicadas, exclusivamente, no objeto
Código Brasileiro de Aeronáutica.
de sua finalidade, devendo constar de demonstrativo
específico que integrará as prestações de contas do ajuste. Art. 123. Em suas licitações e contratações administra-
§ 6º Quando da conclusão, denúncia, rescisão tivas, as repartições sediadas no exterior observarão as pe-
ou extinção do convênio, acordo ou ajuste, os saldos culiaridades locais e os princípios básicos desta Lei, na forma
financeiros remanescentes, inclusive os provenientes das de regulamentação específica.
receitas obtidas das aplicações financeiras realizadas, serão
devolvidos à entidade ou órgão repassador dos recursos, Art. 124. Aplicam-se às licitações e aos contratos para
no prazo improrrogável de 30 (trinta) dias do evento, permissão ou concessão de serviços públicos os dispositivos
sob pena da imediata instauração de tomada de contas desta Lei que não conflitem com a legislação específica sobre
especial do responsável, providenciada pela autoridade o assunto.
competente do órgão ou entidade titular dos recursos. Parágrafo único. As exigências contidas nos incisos II a
IV do § 2o do art. 7o serão dispensadas nas licitações para
Art. 117. As obras, serviços, compras e alienações reali- concessão de serviços com execução prévia de obras em que
zados pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do não foram previstos desembolso por parte da Administração
Tribunal de Contas regem-se pelas normas desta Lei, no que Pública concedente.
couber, nas três esferas administrativas.
Art. 125. Esta Lei entra em vigor na data de sua publi-
Art. 118. Os Estados, o Distrito Federal, os Municípios cação.
e as entidades da administração indireta deverão adaptar
suas normas sobre licitações e contratos ao disposto nesta Art. 126. Revogam-se as disposições em contrário, espe-
Lei. cialmente os Decretos-leis nos 2.300, de 21 de novembro de
1986, 2.348, de 24 de julho de 1987, 2.360, de 16 de setem-
Art. 119. As sociedades de economia mista, empresas bro de 1987, a Lei no 8.220, de 4 de setembro de 1991, e o
e fundações públicas e demais entidades controladas direta art. 83 da Lei no 5.194, de 24 de dezembro de 1966.
ou indiretamente pela União e pelas entidades referidas no
artigo anterior editarão regulamentos próprios devidamente Brasília, 21 de junho de 1993, 172o da Independência e
publicados, ficando sujeitas às disposições desta Lei. 105o da República.

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LEGISLAÇÃO

Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002 § 1º  A equipe de apoio deverá ser integrada em
sua maioria por servidores ocupantes de cargo efetivo
Institui, no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e ou emprego da administração, preferencialmente
Municípios, nos termos do art. 37, inciso XXI, da Constituição pertencentes ao quadro permanente do órgão ou entidade
Federal, modalidade de licitação denominada pregão, para promotora do evento.
aquisição de bens e serviços comuns, e dá outras providên- § 2º  No âmbito do Ministério da Defesa, as funções de
cias. pregoeiro e de membro da equipe de apoio poderão ser
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Con- desempenhadas por militares.
gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 4º  A fase externa do pregão será iniciada com a
Art. 1º  Para aquisição de bens e serviços comuns, po- convocação dos interessados e observará as seguintes regras:
derá ser adotada a licitação na modalidade de pregão, que I - a convocação dos interessados será efetuada por meio
será regida por esta Lei. de publicação de aviso em diário oficial do respectivo ente
Parágrafo único.  Consideram-se bens e serviços co- federado ou, não existindo, em jornal de circulação local, e
muns, para os fins e efeitos deste artigo, aqueles cujos pa- facultativamente, por meios eletrônicos e conforme o vulto
drões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente da licitação, em jornal de grande circulação, nos termos do
regulamento de que trata o art. 2º;
definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no
II - do aviso constarão a definição do objeto da licitação,
mercado.
a indicação do local, dias e horários em que poderá ser lida
ou obtida a íntegra do edital;
Art. 2º (VETADO)
III - do edital constarão todos os elementos definidos na
§ 1º  Poderá ser realizado o pregão por meio da forma do inciso I do art. 3º, as normas que disciplinarem o
utilização de recursos de tecnologia da informação, nos procedimento e a minuta do contrato, quando for o caso;
termos de regulamentação específica. IV - cópias do edital e do respectivo aviso serão coloca-
§ 2º  Será facultado, nos termos de regulamentos das à disposição de qualquer pessoa para consulta e divul-
próprios da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, gadas na forma da Lei nº 9.755, de 16 de dezembro de 1998;
a participação de bolsas de mercadorias no apoio técnico V - o prazo fixado para a apresentação das propostas,
e operacional aos órgãos e entidades promotores da contado a partir da publicação do aviso, não será inferior a
modalidade de pregão, utilizando-se de recursos de 8 (oito) dias úteis;
tecnologia da informação. VI - no dia, hora e local designados, será realizada ses-
§ 3º  As bolsas a que se referem o § 2o deverão estar são pública para recebimento das propostas, devendo o inte-
organizadas sob a forma de sociedades civis sem fins ressado, ou seu representante, identificar-se e, se for o caso,
lucrativos e com a participação plural de corretoras que comprovar a existência dos necessários poderes para formu-
operem sistemas eletrônicos unificados de pregões. lação de propostas e para a prática de todos os demais atos
inerentes ao certame;
Art. 3º  A fase preparatória do pregão observará o se- VII - aberta a sessão, os interessados ou seus represen-
guinte: tantes, apresentarão declaração dando ciência de que cum-
I - a autoridade competente justificará a necessidade de prem plenamente os requisitos de habilitação e entregarão
contratação e definirá o objeto do certame, as exigências de os envelopes contendo a indicação do objeto e do preço
habilitação, os critérios de aceitação das propostas, as san- oferecidos, procedendo-se à sua imediata abertura e à ve-
ções por inadimplemento e as cláusulas do contrato, inclusi- rificação da conformidade das propostas com os requisitos
ve com fixação dos prazos para fornecimento; estabelecidos no instrumento convocatório;
II - a definição do objeto deverá ser precisa, suficiente e VIII - no curso da sessão, o autor da oferta de valor mais
clara, vedadas especificações que, por excessivas, irrelevan- baixo e os das ofertas com preços até 10% (dez por cento)
tes ou desnecessárias, limitem a competição; superiores àquela poderão fazer novos lances verbais e su-
cessivos, até a proclamação do vencedor;
III - dos autos do procedimento constarão a justificativa
IX - não havendo pelo menos 3 (três) ofertas nas con-
das definições referidas no inciso I deste artigo e os indispen-
dições definidas no inciso anterior, poderão os autores das
sáveis elementos técnicos sobre os quais estiverem apoiados,
melhores propostas, até o máximo de 3 (três), oferecer novos
bem como o orçamento, elaborado pelo órgão ou entidade
lances verbais e sucessivos, quaisquer que sejam os preços
promotora da     licitação, dos bens ou serviços a serem li- oferecidos;
citados; e X - para julgamento e classificação das propostas, será
IV - a autoridade competente designará, dentre os ser- adotado o critério de menor preço, observados os prazos
vidores do órgão ou entidade promotora da licitação, o pre- máximos para fornecimento, as especificações técnicas e pa-
goeiro e respectiva equipe de apoio, cuja atribuição inclui, râmetros mínimos de desempenho e qualidade definidos no
dentre outras, o recebimento das propostas e lances, a aná- edital;
lise de sua aceitabilidade e sua classificação, bem como a XI - examinada a proposta classificada em primeiro lu-
habilitação e a adjudicação do objeto do certame ao licitante gar, quanto ao objeto e valor, caberá ao pregoeiro decidir
vencedor. motivadamente a respeito da sua aceitabilidade;

66
LEGISLAÇÃO

XII - encerrada a etapa competitiva e ordenadas as ofer- Art. 6º  O prazo de validade das propostas será de 60
tas, o pregoeiro procederá à abertura do invólucro contendo (sessenta) dias, se outro não estiver fixado no edital.
os documentos de habilitação do licitante que apresentou a
melhor proposta, para verificação do atendimento das con- Art. 7º  Quem, convocado dentro do prazo de validade
dições fixadas no edital; da sua proposta, não celebrar o contrato, deixar de entre-
XIII - a habilitação far-se-á com a verificação de que o gar ou apresentar documentação falsa exigida para o cer-
licitante está em situação regular perante a Fazenda Nacio- tame, ensejar o retardamento da execução de seu objeto,
nal, a Seguridade Social e o Fundo de Garantia do Tempo de
não mantiver a proposta, falhar ou fraudar na execução do
Serviço - FGTS, e as Fazendas Estaduais e Municipais, quan-
contrato, comportar-se de modo inidôneo ou cometer fraude
do for o caso, com a comprovação de que atende às exigên-
cias do edital quanto à habilitação jurídica e qualificações fiscal, ficará impedido de licitar e contratar com a União, Es-
técnica e econômico-financeira; tados, Distrito Federal ou Municípios e, será descredenciado
XIV - os licitantes poderão deixar de apresentar os do- no Sicaf, ou nos sistemas de cadastramento de fornecedores
cumentos de habilitação que já constem do Sistema de Ca- a que se refere o inciso XIV do art. 4o desta Lei, pelo prazo
dastramento Unificado de Fornecedores – Sicaf e sistemas de até 5 (cinco) anos, sem prejuízo das multas previstas em
semelhantes mantidos por Estados, Distrito Federal ou Mu- edital e no contrato e das demais cominações legais.
nicípios, assegurado aos demais licitantes o direito de acesso
aos dados nele constantes; Art. 8º  Os atos essenciais do pregão, inclusive os decor-
XV - verificado o atendimento das exigências fixadas no rentes de meios eletrônicos, serão documentados no proces-
edital, o licitante será declarado vencedor; so respectivo, com vistas à aferição de sua regularidade pelos
XVI - se a oferta não for aceitável ou se o licitante de- agentes de controle, nos termos do regulamento previsto no
satender às exigências habilitatórias, o pregoeiro examinará
art. 2º.
as ofertas subsequentes e a qualificação dos licitantes, na
ordem de classificação, e assim sucessivamente, até a apura-
ção de uma que atenda ao edital, sendo o respectivo licitante Art. 9º  Aplicam-se subsidiariamente, para a modalida-
declarado vencedor; de de pregão, as normas da Lei nº 8.666, de 21 de junho de
XVII - nas situações previstas nos incisos XI e XVI, o pre- 1993.
goeiro poderá negociar diretamente com o proponente para
que seja obtido preço melhor; Art. 10.  Ficam convalidados os atos praticados com base
XVIII - declarado o vencedor, qualquer licitante poderá na Medida Provisória nº 2.182-18, de 23 de agosto de 2001.
manifestar imediata e motivadamente a intenção de recor-
rer, quando lhe será concedido o prazo de 3 (três) dias para Art. 11.  As compras e contratações de bens e serviços
apresentação das razões do recurso, ficando os demais lici- comuns, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Fe-
tantes desde logo intimados para apresentar contra-razões deral e dos Municípios, quando efetuadas pelo sistema de
em igual número de dias, que começarão a correr do tér- registro de preços previsto no art. 15 da Lei nº 8.666, de 21
mino do prazo do recorrente, sendo-lhes assegurada vista de junho de 1993, poderão adotar a modalidade de pregão,
imediata dos autos;
conforme regulamento específico.
XIX - o acolhimento de recurso importará a invalidação
apenas dos atos insuscetíveis de aproveitamento;
XX - a falta de manifestação imediata e motivada do li- Art. 12.  A Lei nº 10.191, de 14 de fevereiro de 2001,
citante importará a decadência do direito de recurso e a ad- passa a vigorar acrescida do seguinte artigo:
judicação do objeto da licitação pelo pregoeiro ao vencedor;
XXI - decididos os recursos, a autoridade competente “Art. 2-A.  A União, os Estados, o Distrito Federal e os
fará a adjudicação do objeto da licitação ao licitante ven- Municípios poderão adotar, nas licitações de registro de pre-
cedor; ços destinadas à aquisição de bens e serviços comuns da
XXII - homologada a licitação pela autoridade compe- área da saúde, a modalidade do pregão, inclusive por meio
tente, o adjudicatário será convocado para assinar o contra- eletrônico, observando-se o seguinte:
to no prazo definido em edital; e I - são considerados bens e serviços comuns da área da
XXIII - se o licitante vencedor, convocado dentro do pra- saúde, aqueles necessários ao atendimento dos órgãos que
zo de validade da sua proposta, não celebrar o contrato, integram o Sistema Único de Saúde, cujos padrões de de-
aplicar-se-á o disposto no inciso XVI.
sempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos
no edital, por meio de especificações usuais do mercado.
Art. 5º  É vedada a exigência de:
I - garantia de proposta; II - quando o quantitativo total estimado para a contra-
II - aquisição do edital pelos licitantes, como condição tação ou fornecimento não puder ser atendido pelo licitan-
para participação no certame; e te vencedor, admitir-se-á a convocação de tantos licitantes
III - pagamento de taxas e emolumentos, salvo os refe- quantos forem necessários para o atingimento da totalidade
rentes a fornecimento do edital, que não serão superiores ao do quantitativo, respeitada a ordem de classificação, desde
custo de sua reprodução gráfica, e aos custos de utilização que os referidos licitantes aceitem praticar o mesmo preço
de recursos de tecnologia da informação, quando for o caso. da proposta vencedora.

67
LEGISLAÇÃO

III - na impossibilidade do atendimento ao disposto no RESPOSTAS


inciso II, excepcionalmente, poderão ser registrados outros 1–C
preços diferentes da proposta vencedora, desde que se trate 2–B
de objetos de qualidade ou desempenho superior, devida- 3–A
mente justificada e comprovada a vantagem, e que as ofer-
tas sejam em valor inferior ao limite máximo admitido.”
ANOTAÇÕES
Art. 13.  Esta Lei entra em vigor na data de sua publi-
cação.
___________________________________________________
Brasília, 17 de  julho  de 2002; 181º da Independência e
114º da República. ___________________________________________________

QUESTÕES ___________________________________________________

___________________________________________________
1) Em consonância com a legislação disciplinadora das
licitações, é CORRETO dizer que o contrato: ___________________________________________________
a) é todo e qualquer acordo de vontades entre órgãos
da administração pública e terceiros, desde que se refiram ___________________________________________________
apenas a obrigações de não fazer.
b) é proibido entre a Administração Pública e parti- ___________________________________________________
culares, devendo ocorrer licitação, a qual valerá como se ___________________________________________________
acordo fosse, embora seja imposição da vontade da admi-
nistração. ___________________________________________________
c) é todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades
da Administração Pública e particulares, em que haja um ___________________________________________________
acordo de vontade para a formação de vínculo e a estipula-
___________________________________________________
ção de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação
utilizada. ___________________________________________________
d) Nenhuma das alternativas anteriores.
___________________________________________________
2) Consta na Constituição Federal, há obrigatoriedade
da licitação para: ___________________________________________________
a) os contratos envolvendo grandes somas em dinhei-
___________________________________________________
ro, bem como obras públicas nas quais devam figurar mais
de uma empresa, necessariamente. ___________________________________________________
b) os contratos de obras, serviços, compras e aliena-
ções, bem como para a concessão e a permissão de servi- ___________________________________________________
ços públicos.
c) não consta da Constituição Federal a obrigatorieda- ___________________________________________________
de da licitação, sendo disposta por lei própria, qual seja: Lei ___________________________________________________
8.666 de 21 de Junho de 1993.
d) apenas para celebração de contratos relativos a ___________________________________________________
obras, serviços e alienações.
___________________________________________________
3) Subordinam-se ao regime da Lei n° 8.666/1993:
___________________________________________________
a) os fundos especiais, as autarquias, as fundações pú-
blicas, as empresas públicas, as sociedades de economia ___________________________________________________
mista e demais entidades controladas direta ou indireta-
mente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. ___________________________________________________
b) as autarquias, as fundações públicas, as empresas
de caráter público, e as entidades controladas diretamente ___________________________________________________
pela União, Estado, Distrito Federal e Municípios.
___________________________________________________
c) as fundações públicas, os fundos especiais, as so-
ciedades de economia mista e as demais entidades con- ___________________________________________________
troladas diretamente pela União, Estado, Distrito Federal e
Municípios. ___________________________________________________
d) os fundos especiais, as autarquias, as fundações pú-
blicas e as empresas públicas, apenas. ___________________________________________________

68
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Noções de sistema operacional (ambientes Linux e Windows 7, 8 e 10). ......................................................................................... 01


Edição de textos, planilhas e apresentações (ambientes Microsoft Office 2010, 2013 e LibreOffice 5 ou superior). ............... 11
Redes de computadores: Conceitos básicos, ferramentas, aplicativos e procedimentos de Internet e Intranet; ............. 39
Programas de navegação (Microsoft Internet Explorer, Mozilla Firefox e Google Chrome); ..................................................... 39
Programas de correio eletrônico (Microsoft Outlook e Mozilla Thunderbird); ............................................................................... 39
Sítios de busca e pesquisa na Internet; .......................................................................................................................................................... 39
Grupos de discussão; ............................................................................................................................................................................................. 39
Redes sociais;.............................................................................................................................................................................................................. 39
Computação na nuvem (cloud computing). ................................................................................................................................................. 39
Conceitos de organização e de gerenciamento de informações, arquivos, pastas e programas. ........................................... 47
Segurança da informação: Procedimentos de segurança; ...................................................................................................................... 47
Noções de vírus, worms e outras pragas virtuais; ...................................................................................................................................... 47
Aplicativos para segurança (antivírus, firewall, anti-spyware etc.); ...................................................................................................... 47
Procedimentos de backup; .................................................................................................................................................................................. 47
Armazenamento de dados na nuvem (cloud storage).............................................................................................................................. 47
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

/sbin - Como os comandos do /bin, só que não são


NOÇÕES DE SISTEMA OPERACIONAL utilizados pelos usuários comuns.
(AMBIENTES LINUX E WINDOWS 7, 8 E 10). Por esse motivo, o diretório sbin é chamado de superu-
suário, pois existem comandos que só podem ser utilizados
nesse diretório. É como se quem estivesse no diretório sbin
fosse o administrador do sistema, com permissões especiais
Linux de inclusões, exclusões e alterações.

O Linux é um sistema operacional inicialmente basea- Comandos básicos


do em comandos, mas que vem desenvolvendo ambientes Iniciaremos agora o estudo sobre vários comandos que
gráficos de estruturas e uso similares ao do Windows. Ape- podemos usar no Shell do Linux:
sar desses ambientes gráficos serem cada vez mais adota- -addgroup - adiciona grupos
dos, os comandos do Linux ainda são largamente emprega- -adduser - adiciona usuários
dos, sendo importante seu conhecimento e estudo. -apropos - realiza pesquisa por palavra ou string
Outro termo muito usado quando tratamos do Linux é -cat - mostra o conteúdo de um arquivo binário ou texto
o kernel, que é uma parte do sistema operacional que faz a -cd - entra num diretório (exemplo: cd docs) ou retorna
ligação entre software e máquina, é a camada de software para home
mais próxima do hardware, considerado o núcleo do sis- cd <pasta> – vai para a pasta especificada. exem-
tema. O Linux teve início com o desenvolvimento de um plo: cd /usr/bin/
pequeno kernel, desenvolvido por Linus Torvalds, em 1991, -chfn - altera informação relativa a um utilizador
quando era apenas um estudante finlandês. Ao kernel que -chmod - altera as permissões de arquivos ou diretórios.
Linus desenvolveu, deu o nome de Linux. Como o kernel é ca- É um comando para manipulação de arquivos e diretórios
paz de fazer gerenciamentos primários básicos e essenciais
que muda as permissões para acesso àqueles. por exemplo,
para o funcionamento da máquina, foi necessário desenvol-
um diretório que poderia ser de escrita e leitura, pode pas-
ver módulos específicos para atender várias necessidades,
sar a ser apenas leitura, impedindo que seu conteúdo seja
como por exemplo um módulo capaz de utilizar uma placa
alterado.
de rede ou de vídeo lançada no mercado ou até uma in-
-chown - altera a propriedade de arquivos e pastas
terface gráfica como a que usamos no Windows.
(dono)
Uma forma de atender a necessidade de comunicação
entre ker- nel e aplicativo é a chamada do sistema (System -clear – limpa a tela do terminal
Call), que é uma interface entre um aplicativo de espaço de -cmd>>txt - adiciona o resultado do comando (cmd) ao
usuário e um serviço que o kernel fornece. fim do arquivo (txt)
Como o serviço é fornecido no kernel, uma chamada di- -cp - copia diretórios ‘cp -r’ copia recursivamente
reta não pode ser executada; em vez disso, você deve utilizar -df - reporta o uso do espaço em disco do sistema de
um processo de cruzamento do limite de espaço do usuário/ arquivos
kernel. -dig - testa a configuração do servidor DNs
No Linux também existem diferentes run levels de ope- -dmesg - exibe as mensagens da inicialização (log)
ração. O run level de uma inicialização padrão é o de nú- -du - exibe estado de ocupação dos discos/partições
mero 2. -du -msh - mostra o tamanho do diretório em mega-
Como o Linux também é conhecido por ser um sistema bytes
operacional que ainda usa muitos comandos digitados, não -env - mostra variáveis do sistema
poderíamos deixar de falar sobre o Shell, que é justamente -exit – sair do terminal ou de uma sessão de root.
o programa que permite ao usuário digitar comandos que -/etc – É o diretório onde ficam os arquivos de configu-
sejam inteligíveis pelo sistema operacional e executem fun- ração do sistema
ções. -/etc/skel – É o diretório onde fica o padrão de arquivos
No MS DOS, por exemplo, o Shell era o command.com, para o diretório Home de novos usuários.
através do qual podíamos usar comandos como o dir, cd -fdisk -l – mostra a lista de partições.
e outros. No Linux, o Shell mais usado é o Bash, que, para -find - comando de busca ex: find ~/ -cmin -3
usuários comuns, aparece com o símbolo $, e para o root, -find – busca arquivos no disco rígido.
aparece como símbolo #. -halt -p – desligar o computador.
Temos também os termos usuário e superusuário. En- -head - mostra as primeiras 10 linhas de um arquivo
quanto ao usuário é dada a permissão de utilização de -history – mostra o histórico de comandos dados no
comandos simples, ao superusuário é permitido configurar terminal.
quais comandos os usuários po- dem usar, se eles podem -ifconfig - mostra as interfaces de redes ativas e as infor-
apenas ver ou também alterar e gravar dire- tórios, ou seja, mações relacionadas a cada uma delas
ele atua como o administrador do sistema. O diretório pa- -iptraf - analisador de tráfego da rede com interface
drão que contém os programas utilizados pelo superusuário gráfica baseada em diálogos
para o gerenciamento e a manutenção do sistema é o /sbin. -kill - manda um sinal para um processo. Os sinais sIG-
/bin - Comandos utilizados durante o boot e por usuá- TErm e sIGKILL encerram o processo.
rios comuns. -kill -9 xxx – mata o processo de número xxx.

1
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

-killall - manda um sinal para todos os processos. -smbpasswd - No sistema operacional Linux, na ver-
-less - mostra o conteúdo de um arquivo de texto com são samba, smbpasswd permite ao usuário alterar sua senha
controle criptografada smb que é armazenada no arquivo smbpasswd
-ls - listar o conteúdo do diretório (normalmente no diretório privado sob a hierarquia de dire-
-ls -alh - mostra o conteúdo detalhado do diretório tórios do samba). os usuários comuns só podem executar o
-ls –ltr - mostra os arquivos no formado longo (l) em or- comando sem opções. Ele os levará para que sua senha velha
dem inversa (r) de data (t) smb seja digitada e, em seguida, pedir-lhes sua nova senha
-man - mostra informações sobre um comando duas vezes, para garantir que a senha foi digitada correta-
-mkdir - cria um diretório. É um comando utilizado na raiz mente. Nenhuma senha será mostrada na tela enquanto está
do Linux para a criação de novos diretórios. sendo digitada.
-su - troca para o superusuário root (é exigida a senha)
Na imagem a seguir, no prompt ftp, foi criado o diretório -su user - troca para o usuário especificado em ‘user’ (é
chamado “myfolder”. exigida a senha)
-tac - semelhante ao cat, mas inverte a ordem
-tail - o comando tail mostra as últimas linhas de um ar-
quivo texto, tendo como padrão as 10 últimas linhas. Sua sin-
taxe é: tail nome_do_arquivo. Ele pode ser acrescentado de al-
guns parâmetros como o -n que mostra o [numero] de linhas
do final do arquivo; o – c [numero] que mostra o [numero] de
bytes do final do arquivo e o – f que exibe continuamente os
dados do final do arquivo à medida que são acrescentados.
-tcpdump sniffer - sniffer é uma ferramenta que “ouve”
os pacotes
-top – mostra os processos do sistema e dados do pro-
cessador.
-touch touch foo.txt - cria um arquivo foo.txt vazio; tam-
bém altera data e hora de modificação para agora
Figura 22: Prompt “ftp” -traceroute - traça uma rota do host local até o destino
mostrando os roteadores intermediários
-mount – montar partições em algum lugar do sistema. -umount – desmontar partições.
-mtr - mostra rota até determinado IP -uname -a – informações sobre o sistema operacional
-mv - move ou renomeia arquivos e diretórios -userdel - remove usuários
-nano – editor de textos básico. -vi - editor de ficheiros de texto
-nfs - sistema de arquivos nativo do sistema operacional -vim - versão melhorada do editor supracitado
Linux, para o compartilhamento de recursos pela rede -which - mostra qual arquivo binário está sendo chama-
-netstat - exibe as portas e protocolos abertos no sistema. do pelo shell quando chamado via linha de comando
-nmap - lista as portas de sistemas remotos/locais atrás -who - informa quem está logado no sistema
de portas abertas.
-nslookup - consultas a serviços DNs Não são só comandos digitados via teclado que pode-
-ntsysv - exibe e configura os processos de inicialização mos executar no Linux. Várias versões foram desenvolvidas
-passwd - modifica senha (password) de usuários e o kernel evoluiu muito. Sobre ele rodam as mais diversas
-ps - mostra os processos correntes interfaces gráficas, baseadas principalmente no servidor de
-ps –aux - mostra todos os processos correntes no siste- janelas XFree. Entre as mais de vinte interfaces gráficas criadas
ma para o Linux, vamos citar o KDE.
-ps -e – lista os processos abertos no sistema.
-pwd - exibe o local do diretório atual. o prompt padrão
do Linux exibe apenas o último nome do caminho do diretório
atual. para exibir o caminho completo do diretório atual digite
o comando pwd. Linux@fedora11 – é a versão do Linux que
está sendo usada. help pwd – é o comando que nos mostrará
o conteúdo da ajuda sobre o pwd. A informação do help nos
mostra-nos que pwd imprime o nome do diretório atual.
-reboot – reiniciar o computador.
-recode - recodifica um arquivo ex: recode iso-8859-15..
utf8 file_to_change.txt
-rm - remoção de arquivos (também remove diretórios)
-rm -rf - exclui um diretório e todo o seu conteúdo
-rmdir - exclui um diretório (se estiver vazio)
-route - mostra as informações referentes às rotas Figura 23: Menu K, na versão Suse – imagem obtida de
-shutdown -r now – reiniciar o computador http://pt.wikibooks. org/wiki/Linux_para_iniciantes/A_inter-
-split - divide um arquivo face_gr%C3%A1fica_KDE

2
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Um dos motivos que ainda desestimula várias pessoas a /opt – usado por desenvolvedores de programas.
adotarem o Linux como seu sistema operacional é a quanti- /proc – armazena informações sobre o estado atual do
dade de programas compatíveis com ele, o que vem sendo sistema.
solucionado com o passar do tempo. Sua interface familiar, /root – diretório do superusuário.
semelhante ao do Windows, tem ajudado a aumentar os
adeptos ao Linux. O gerenciamento de arquivos e diretórios, ou seja, co-
Distribuição Linux é um sistema operacional que utiliza piar, mover, recortar e colar pode ser feito, julgando que esta-
o núcleo (kernel) do Linux e outros softwares. Existem várias mos usando o Nautilus, da seguinte forma:
versões do Linux (comerciais ou não): Ubuntu, Debian, Fe- - Copiar: clique com o botão direito do mouse sobre o
dora, etc. Cada uma com suas vantagens e desvantagens. O arquivo ou diretório. O conteúdo será movido para a área de
que torna a escolha de uma distribuição bem pessoal. transferência, mas o original permanecerá no local.
Distribuições são criadas, normalmente, para atender - Recortar: clique com o botão direito do mouse sobre o
arquivo ou diretório. O conteúdo será movido para a área de
razões específicas. Por exemplo, existem distribuições para
transferência, sendo removido do seu local de origem.
rodar em servidores, redes - onde a segurança é prioridade
- Colar: clique com o botão direito do mouse no local de-
- e, também, computadores pessoais.
sejado e depois em colar. O conteúdo da área de transferência
Assim, não é possível dizer qual é a melhor distribuição. será colado.
Pois, depende da finalidade do seu computador. Outra forma é deixar a janela do local de origem do ar-
quivo aberta e abrir outra com o local de destino. Pressionar o
Sistema de arquivos: organização e gerenciamento botão esquerdo do mouse sobre o arquivo desejado e movê-lo
de arquivos, diretórios e permissões no Linux para o destino.

Dependendo da versão do Linux é possível encontrar Instalar, remover e atualizar programas


gerencia- dores de arquivos diferentes. Por exemplo, no Li-
nux Ubuntu, encontramos o Nautilus, que permite a cópia, Para instalar ou remover um programa, considerando o Li-
recorte, colagem, movimentação e organização dos arqui- nux Ubuntu, podemos utilizar a ferramenta Adicionar/Remover
vos e pastas. No Linux, vale lembrar que os dispositivos de Aplicações, que possibilita a busca de drives pela Internet. Esta fer-
armazenamento não são nomeados por letras. ramenta é encontrada no menu Aplicações, Adicionar/Remover.
Por exemplo, no Windows, se você possui um HD na Na parte superior da janela encontramos uma linha de
máquina, ele recebe o nome de C. Se possui dois HDs, um busca, na qual podemos digitar o termo do aplicativo desejado.
será o C e o outro o E. Já no Linux, tudo fará parte de um Ao lado da linha de pesquisa temos a configuração de mostrar
mesmo sistema da mesma estrutura de pastas. apenas os itens suportados pelo Ubuntu.
O lado esquerdo lista todas as categorias de programas.
Quando uma categoria é selecionada sua descrição é mostrada
na parte de baixo da janela. Como exemplos de categorias po-
demos citar: Acessórios, Educacionais, Jogos, Gráficos, Internet,
entre outros.

Manipulação de hardware e dispositivos

A manipulação de hardware e dispositivos pode ser feita


no menu Locais, Computador, através do qual acessamos a
lista de dispositivos em execução. A maioria dos dispositivos
de hardware instalados no Linux Ubuntu são simplesmente
instalados. Quando se trata de um pen drive, após sua co-
nexão física, aparecerá uma janela do gerenciador de arquivos
Figura 24: Linux – Fonte: O Livro Oficial do Ubuntu exibindo o conteúdo do dispositivo. É importante, porém, lem-
brar-se de desmontar corretamente os dispositivos de armaze-
As principais pastas do Linux são: namento e outros antes de encerrar seu uso. No caso do pen
/etc - possui os arquivos gerais de configuração do sis- drive, podemos clicar com o botão direito do mouse sobre o
tema e dos ícone localizado na área de trabalho e depois em Desmontar.
programas instalados.
/home – cada conta de usuário possui um diretório salvo Agendamento de tarefas
na pasta home.
/boot – arquivos de carregamento do sistema, incluin- O agendamento de tarefas no Linux Ubuntu é realizado
do configuração do gerenciador de boot e o kernel. pelo agendador de tarefas chamado cron, que permite estipu-
/dev – onde ficam as entradas das placas de dispositi- lar horários e intervalos para que tarefas sejam executadas. Ele
vos como rede, som, impressoras. permite detalhar comandos, data e hora que ficam em um
/lib – bibliotecas do sistema. arquivo chamado crontab, arquivo de texto que armazena
/media – possui a instalação de dispositivos como drive a lista de comandos a serem aciona- dos no horário e data
de CD, pen drives e outros. estipulados.

3
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Administração de usuários e grupos no Linux Backup

Antes de iniciarmos, entendamos dois termos: Comandos básicos para backups


- superusuário: é o administrador do sistema. Ele tem tar agrupa vários arquivos em somente um.
acesso e permissão para executar todos os comandos. compress faz a compressão de arquivos padrão do
- usuário comum: tem as permissões configuradas pelo Unix.
superusuário para o grupo em que se encontra. uncompress descomprime arquivos compactados
Um usuário pode fazer parte de vários grupos e um gru- pelo com- press.
po pode ter vários usuários. Dessa forma, podemos atribuir zcat permite visualizar arquivos compactados pelo
permissões aos grupos e colocar o usuário que desejamos compress.
que tenha determinada permissão no grupo corresponden-
te.

Comandos básicos para grupos

- Para criar grupos: sudo groupadd nomegrupo


- Para criar um usuário no grupo: sudo useradd –g no-
megrupo nomeusuario
- Definir senha para o usuário: sudo password nomeu-
suario
- Remover usuário do sistema: sudo userdel nomeusua-
rio

Permissões no Linux

Vale lembrar que apenas o superusuário (root) tem


acesso irrestrito aos conteúdos do sistema. Os outros de-
pendem de sua permissão para executar comandos. As Figura 25: Centro de controle do KDE imagem obtida
permissões podem ser sobre tipo do arquivo, permissões de http://
do proprietário, permissões do grupo e permissões para os pt.wikibooks.org/wiki/Linux_para_iniciantes/A_interfa-
outros usuários. ce_
Diretórios são designados com a letra ‘d’ e arquivos co- gr%C3%A1fica_KDE
muns com o ‘-‘.
Alguns dos comandos utilizados em permissões são: Como no Painel de controle do Windows, temos o cen-
ls – l Lista diretórios e suas permissões rw- permissões tro de controle do KDE, que nos permite personalizar toda
do proprietário do grupo a parte gráfica, fontes, temas, ícones, estilos, área de traba-
r- permissões do grupo ao qual o usuário pertence r- lho e ainda Internet, periféricos, acessibilidade, segurança
-permissão para os outros usuários e privacidade, som e configurações para o administrador
As permissões do Linux são: leitura, escrita e execução. do sistema.
- Leitura: (r, de Read) permite que o usuário apenas veja,
ou seja, leia o arquivo.
Windows
- Gravação, ou escrita: (w, de Write) o usuário pode criar
e alterar arquivos.
O Windows assim como tudo que envolve a informáti-
- Execução: (x, de eXecution) o usuário pode executar
ca passa por uma atualização constante, os concursos pú-
arquivos.
blicos em seus editais acabam variando em suas versões,
Quando a permissão é acompanhada com o ‘-‘, significa por isso vamos abordar de uma maneira geral tanto as ver-
que ela não é atribuída ao usuário. sões do Windows quanto do Linux.
O Windows é um Sistema Operacional, ou seja, é um
Compactação e descompactação de arquivos software, um programa de computador desenvolvido por
Comandos básicos para compactação e descompacta- programadores através de códigos de programação. Os
ção de arquivos: Sistemas Operacionais, assim como os demais softwares,
gunzip [opções] [arquivos] descompacta arquivos são considerados como a parte lógica do computador, uma
compacta- dos com gzip. parte não palpável, desenvolvida para ser utilizada apenas
gzexe [opções] [arquivos] compacta executáveis. quando o computador está em funcionamento. O Sistema
gunzip [opções] [arquivos] descompacta arquivos. zcat Operacional (SO) é um programa especial, pois é o primei-
[opções] [arquivos] descompacta arquivos. ro a ser instalado na máquina.

4
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Quando montamos um computador e o ligamos pela pri- - Reinicie o computador.


meira vez, em sua tela serão mostradas apenas algumas roti- - Pressione qualquer tecla, quando solicitado a fazer isso,
nas presentes nos chipsets da máquina. Para utilizarmos todos e siga as instruções exibidas.
os recursos do computador, com toda a qualidade das placas - Na página de Instalação Windows, insira seu idioma ou
de som, vídeo, rede, acessarmos a Internet e usufruirmos de outras preferências e clique em avançar.
toda a potencialidade do hardware, temos que instalar o SO. - Se a página de Instalação Windows não aparecer e o
Após sua instalação é possível configurar as placas para programa não solicitar que você pressione alguma tecla, tal-
que alcancem seu melhor desempenho e instalar os demais vez seja necessário alterar algumas configurações do sistema.
programas, como os softwares aplicativos e utilitários. Para obter mais informações sobre como fazer isso, consulte
O SO gerencia o uso do hardware pelo software e geren- Inicie o seu computador usando um disco de instalação do
cia os demais programas. Windows 7 ou um pen drive USB.
A diferença entre os Sistemas Operacionais de 32 bits e - Na página Leia os termos de licença, se você aceitar os
64 bits está na forma em que o processador do computa- termos de licença, clique em aceito os termos de licença e em
dor trabalha as informações. O Sistema Operacional de 32 avançar.
bits tem que ser instalado em um computador que tenha o - Na página que tipo de instalação você deseja? clique em
processador de 32 bits, assim como o de 64 bits tem que ser Personalizada.
instalado em um computador de 64 bits. - Na página onde deseja instalar Windows? clique em op-
Os Sistemas Operacionais de 64 bits do Windows, segun- ções da unidade (avançada).
do o site oficial da Microsoft, podem utilizar mais memória - Clique na partição que você quiser alterar, clique na op-
que as versões de 32 bits do Windows. “Isso ajuda a reduzir ção de formatação desejada e siga as instruções.
o tempo despendi- do na permuta de processos para dentro - Quando a formatação terminar, clique em avançar.
e para fora da memória, pelo armazenamento de um núme- - Siga as instruções para concluir a instalação do Windo-
ro maior desses processos na memória de acesso aleatório ws 7, inclusive a nomenclatura do computador e a configura-
(RAM) em vez de fazê-lo no disco rígido. Por outro lado, isso ção de uma conta do usuário inicial.
pode aumentar o desempenho geral do programa”.
Conceitos de pastas, arquivos e atalhos, manipulação
Para saber se o Windows é de 32 ou 64 bits, basta: de arquivos e pastas, uso dos menus
1. Clicar no botão Iniciar , clicar com o botão direito em Pastas – são estruturas digitais criadas para organizar ar-
computador e clique em Propriedades. quivos, ícones ou outras pastas.
2. Em sistema, é possível exibir o tipo de sistema. Arquivos– são registros digitais criados e salvos através
“Para instalar uma versão de 64 bits do Windows 7, você de programas aplicativos. Por exemplo, quando abrimos o
precisará de um processador capaz de executar uma versão Microsoft Word, digitamos uma carta e a salvamos no com-
de 64 bits do Windows. Os benefícios de um sistema ope- putador, estamos criando um arquivo.
racional de 64 bits ficam mais claros quando você tem uma Ícones– são imagens representativas associadas a pro-
grande quantidade de RAM (memória de acesso aleatório) no gramas, arquivos, pastas ou atalhos.
computador, normalmente 4 GB ou mais. Nesses casos, como Atalhos–são ícones que indicam um caminho mais curto
um sistema operacional de 64 bits pode processar grandes para abrir um programa ou até mesmo um arquivo.
quantidades de memória com mais eficácia do que um de 32
bits, o sistema de 64 bits poderá responder melhor ao execu- Criação de pastas (diretórios)
tar vários programas ao mesmo tempo e alternar entre eles
com frequência”.
Uma maneira prática de usar o Windows 7 (Win 7) é re-
instalá-lo sobre um SO já utilizado na máquina. Nesse caso, é
possível instalar:
- Sobre o Windows XP;
- Uma versão Win 7 32 bits, sobre Windows Vista (Win
Vista), também 32 bits;
- Win 7 de 64 bits, sobre Win Vista, 32 bits;
- Win 7 de 32 bits, sobre Win Vista, 64 bits;
- Win 7 de 64 bits, sobre Win Vista, 64 bits;
- Win 7 em um computador e formatar o HD durante a
insta- lação;
- Win 7 em um computador sem SO;
Antes de iniciar a instalação, devemos verificar qual tipo de
instalação será feita, encontrar e ter em mãos a chave do pro-
duto, que é um código que será solicitado durante a instalação.
Vamos adotar a opção de instalação com formatação de
disco rígido, segundo o site oficial da Microsoft Corporation:
- Ligue o seu computador, de forma que o Windows seja
inicia- lizado normalmente, insira do disco de instalação do Win- Figura 8: Criação de pastas
dows 7 ou a unidade flash USB e desligue o seu computador.

5
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Clicando com o botão direito do mouse em um espaço vazio da área de trabalho ou outro apropriado, podemos en-
contrar a opção pasta.
Clicando nesta opção com o botão esquerdo do mouse, temos então uma forma prática de criar uma pasta.

Figura 9: Criamos aqui uma pasta chamada “Trabalho”.

Figura 10: Tela da pasta criada

Clicamos duas vezes na pasta “Trabalho” para abrí-la e agora criaremos mais duas pastas dentro dela:
Para criarmos as outras duas pastas, basta repetir o procedimento botão direito, Novo, Pasta.

Área de trabalho:

Figura 11: Área de Trabalho

A figura acima mostra a primeira tela que vemos quando o Windows 7 é iniciado. A ela damos o nome de área de
trabalho, pois a ideia original é que ela sirva como uma prancheta, onde abriremos nossos livros e documentos para dar
início ou continuidade ao trabalho.
Em especial, na área de trabalho, encontramos a barra de tarefas, que traz uma série de particularidades, como:

Figura 12: Barra de tarefas

6
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

1) Botão Iniciar: é por ele que entramos em contato 2) Ícones de inicialização rápida: São ícones coloca-
com todos os outros programas instalados, programas dos como atalhos na barra de tarefas para serem acessa-
que fazem parte do sistema operacional e ambientes de dos com facilidade.
configuração e trabalho. Com um clique nesse botão, abri- 3) Barra de idiomas: Mostra qual a configuração de
mos uma lista, chamada Menu Iniciar, que contém opções idioma que está sendo usada pelo teclado.
que nos permitem ver os programas mais acessados, to- 4) Ícones de inicialização/execução: Esses ícones são
dos os outros programas instalados e os recursos do pró- configurados para entrar em ação quando o computador
prio Windows. Ele funciona como uma via de acesso para é iniciado. Muitos deles ficam em execução o tempo todo
todas as opções disponíveis no computador. no sistema, como é o caso de ícones de programas antivírus
Através do botão Iniciar, também podemos: que monitoram constante- mente o sistema para verificar se
-desligar o computador, procedimento que encerra o não há invasões ou vírus tentando ser executados.
Sistema Operacional corretamente, e desliga efetivamente 5) Propriedades de data e hora: Além de mostra o re-
a máquina; lógio constantemente na sua tela, clicando duas vezes, com
-colocar o computador em modo de espera, que re- o botão esquerdo do mouse nesse ícone, acessamos as Pro-
duz o consumo de energia enquanto a máquina estiver priedades de data e hora.
ociosa, ou seja, sem uso. Muito usado nos casos em que
vamos nos ausentar por um breve período de tempo da
frente do computador;
-reiniciar o computador, que desliga e liga automa-
ticamente o sistema. Usado após a instalação de alguns
programas que precisam da reinicialização do sistema para
efetivarem sua insta- lação, durante congelamento de telas
ou travamentos da máquina.
-realizar o logoff, acessando o mesmo sistema com
nome e senha de outro usuário, tendo assim um ambiente
com características diferentes para cada usuário do mesmo
computador.

Figura 14: Propriedades de data e hora

Nessa janela, é possível configurarmos a data e a hora,


deter- minarmos qual é o fuso horário da nossa região e
especificar se o relógio do computador está sincronizado
automaticamente com um servidor de horário na Internet.
Este relógio é atualizado pela bateria da placa mãe, que
vimos na figura 26. Quando ele começa a mostrar um horá-
rio diferente do que realmente deveria mostrar, na maioria
das vezes, indica que a bateria da placa mãe deve precisar
ser trocada. Esse horário também é sincronizado com o
mesmo horário do SETUP.

Lixeira: Contém os arquivos e pastas excluídos pelo


usuário. Para excluirmos arquivos, atalhos e pastas, pode-
mos clicar com o botão direito do mouse sobre eles e de-
pois usar a opção “Excluir”. Outra forma é clicar uma vez
sobre o objeto desejado e depois pressionar o botão dele-
te, no teclado. Esses dois procedimentos enviarão para li-
Figura 13: Menu Iniciar – Windows 7 xeira o que foi excluído, sendo possível a restauração, caso
haja necessidade. Para restaurar, por exemplo, um arquivo
Na figura a cima temos o menu Iniciar, acessado com enviado para a lixeira, podemos, após abri-la, restaurar o
um clique no botão Iniciar. que desejarmos.

7
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Propriedades da barra de tarefas e do menu iniciar:


Através do clique com o botão direito do mouse na bar-
ra de tarefas e do esquerdo em “Propriedades”, podemos
acessar a janela “Propriedades da barra de tarefas e do
menu iniciar”.

Figura 15: Restauração de arquivos enviados para a


lixeira

A restauração de objetos enviados para a lixeira pode


ser feita com um clique com o botão direito do mouse so-
bre o item desejado e depois, outro clique com o esquerdo
em “Restaurar”. Isso devolverá, automaticamente o arquivo
para seu local de origem.

Outra forma de restaurar é usar a opção “Restaurar este


item”, após selecionar o objeto.

Alguns arquivos e pastas, por terem um tamanho mui-


to grande, são excluídos sem irem antes para a Lixeira.
Sempre que algo for ser excluído, aparecerá uma mensa-
gem, ou perguntando se realmente deseja enviar aquele Figura 17: Propriedades da barra de tarefas e do
item para a Lixeira, ou avisando que o que foi selecionado menu iniciar
será permanentemente excluído. Outra forma de excluir
documentos ou pastas sem que eles fiquem armazenados Na guia “Barra de Tarefas”, temos, entre outros:
na Lixeira é usar as teclas de atalho Shift+Delete.
A barra de tarefas pode ser posicionada nos quatro -Bloquear a barra de tarefas – que impede que ela
cantos da tela para proporcionar melhor visualização de seja posicionada em outros cantos da tela que não seja o
outras janelas abertas. Para isso, basta pressionar o botão inferior, ou seja, impede que seja arrastada com o botão
esquerdo do mouse em um espaço vazio dessa barra e esquerdo do mouse pressionado.
com ele pressionado, arrastar a barra até o local desejado -Ocultar automaticamente a barra de tarefas – ocul-
(canto direito, superior, esquerdo ou inferior da tela). ta (esconde) a barra de tarefas para proporcionar maior
Para alterar o local da Barra de Tarefas na tela, temos aproveitamento da área da tela pelos programas abertos,
que verificar se a opção “Bloquear a barra de tarefas” não e a exibe quando o mouse é posicionado no canto inferior
está marcada. do monitor.

Figura 18: Guia Menu Iniciar e Personalizar Menu


Iniciar
Figura 16: Bloqueio da Barra de Tarefas

8
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Pela figura acima podemos notar que é possível a Computador


aparência e comportamento de links e menus do menu
Iniciar. Através do “Computador” podemos consultar e aces-
sar unidades de disco e outros dispositivos conectados ao
nosso computador.
Para acessá-lo, basta clicar no Botão Iniciar e em Com-
putador. A janela a seguir será aberta:

Figura 19: Barra de Ferramentas

Painel de controle

O Painel de Controle é o local onde podemos alte-


rar configurações do Windows, como aparência, idioma,
configurações de mouse e teclado, entre outras. Com ele
é possível personalizar o computador às necessidades do
usuário.
Para acessar o Painel de Controle, basta clicar no Bo-
tão Iniciar e depois em Painel de Controle. Nele encontra-
mos as seguintes opções: Figura 20: Computador
- Sistema e Segurança: “Exibe e altera o status do
sistema e da segurança”, permite a realização de backups Observe que é possível visualizarmos as unidades de
e restauração das configurações do sistema e de arquivos. disco, sua capacidade de armazenamento livre e usada.
Possui ferramentas que permitem a atualização do Sistema Vemos também informações como o nome do computador,
Operacional, que exibem a quantidade de memória RAM a quantidade de memória e o processador instalado na má-
instalada no computador e a velocidade do processador. quina.
Oferece ainda, possibilidades de configuração de Firewall
para tornar o computador mais protegido. 7.1. Windows 8
- Rede e Internet: mostra o status da rede e possibi- É o sistema operacional da Microsoft que substituiu o
lita configurações de rede e Internet. É possível também Windows 7 em tablets, computadores, notebooks, celulares,
definir preferências para compartilhamento de arquivos e etc. Ele trouxe diversas mudanças, principalmente no layout,
computadores. que acabou surpreendendo milhares de usuários acostuma-
- Hardware e Sons: é possível adicionar ou remover har- dos com o antigo visual desse sistema.
dwares como impressoras, por exemplo. Também permite A tela inicial completamente alterada foi a mudança
alterar sons do sistema, reproduzir CDs automaticamente, que mais impactou os usuários. Nela encontra-se todas as
configurar modo de economia de energia e atualizar dri- aplicações do computador que ficavam no Menu Iniciar e
também é possível visualizar previsão do tempo, cotação da
ves de dispositivos instalados.
bolsa, etc. O usuário tem que organizar as pequenas minia-
- Programas: através desta opção, podemos realizar a
turas que aparecem em sua tela inicial para ter acesso aos
desinstalação de programas ou recursos do Windows.
programas que mais utiliza.
- Contas de Usuários e Segurança Familiar: aqui alte-
Caso você fique perdido no novo sistema ou dentro de
ramos senhas, criamos contas de usuários, determinamos uma pasta, clique com o botão direito e irá aparecer um pai-
configurações de acesso. nel no rodapé da tela. Caso você esteja utilizando uma das
- Aparência: permite a configuração da aparência da pastas e não encontre algum comando, clique com o botão
área de trabalho, plano de fundo, proteção de tela, menu direito do mouse para que esse painel apareça.
iniciar e barra de tarefas. A organização de tela do Windows 8 funciona como o
- Relógio, Idioma e Região: usamos esta opção para antigo Menu Iniciar e consiste em um mosaico com imagens
alterar data, hora, fuso horário, idioma, formatação de nú- animadas. Cada mosaico representa um aplicativo que está
meros e moedas. instalado no computador. Os atalhos dessa área de trabalho,
- Facilidade de Acesso: permite adaptarmos o compu- que representam aplicativos de versões anteriores, ficam
tador às necessidades visuais, auditivas e motoras do usuá- com o nome na parte de cima e um pequeno ícone na parte
rio. inferior. Novos mosaicos possuem tamanhos diferentes, co-
res diferentes e são atualizados automaticamente.

9
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

A tela pode ser customizada conforme a conveniência que em More PC settings. Acesse a opção Usuários e depois
do usuário. Alguns utilitários não aparecem nessa tela, mas clique na opção “Criar uma senha com imagem”. Em seguida,
podem ser encontrados clicando com o botão direito do o computador pedirá para você colocar sua senha e redirecio-
mouse em um espaço vazio da tela. Se deseja que um des- nará para uma tela com um pequeno texto e dando a opção
ses aplicativos apareça na sua tela inicial, clique com o botão para escolher uma foto. Escolha uma imagem no seu compu-
direito sobre o ícone e vá para a opção Fixar na Tela Inicial. tador e verifique se a imagem está correta clicando em “Use
Charms Bar this Picture”. Você terá que desenhar três formas em touch ou
O objetivo do Windows 8 é ter uma tela mais limpa e com o mouse: uma linha reta, um círculo e um ponto. Depois,
esse recurso possibilita “esconder” algumas configurações finalize o processo e sua senha estará pronta. Na próxima vez,
e aplicações. É uma barra localizada na lateral que pode ser repita os movimentos para acessar seu computador.
acessada colocando o mouse no canto direito e inferior da Internet Explorer no Windows 8
tela ou clicando no atalho Tecla do Windows + C. Essa fun- Se você clicar no quadrinho Internet Explorer da página
ção substitui a barra de ferramentas presente no sistema e
inicial, você terá acesso ao software sem a barra de ferra-
configurada de acordo com a página em que você está.
mentas e menus.
Com a Charm Bar ativada, digite Personalizar na busca em
configurações. Depois escolha a opção tela inicial e em segui-
7.2. Windows 10
da escolha a cor da tela. O usuário também pode selecionar
desenhos durante a personalização do papel de parede. O Windows 10 é uma atualização do Windows 8 que
Redimensionar as tiles veio para tentar manter o monopólio da Microsoft no mun-
Na tela esses mosaicos ficam uns maiores que os ou- do dos Sistemas Operacionais, uma das suas missões é ficar
tros, mas isso pode ser alterado clicando com o botão direi- com um visual mais de smart e touch.
to na divisão entre eles e optando pela opção menor. Você
pode deixar maior os aplicativos que você quiser destacar
no computador.
Grupos de Aplicativos
Pode-se criar divisões e grupos para unir programas pa-
recidos. Isso pode ser feito várias vezes e os grupos podem
ser renomeados.
Visualizar as pastas
A interface do programas no computador podem ser
vistos de maneira horizontal com painéis dispostos lado a
lado. Para passar de um painel para outro é necessário usar
a barra de rolagem que fica no rodapé.
Compartilhar e Receber
Comando utilizado para compartilhar conteúdo, enviar Figura 21:Tela do Windows 10
uma foto, etc. Tecle Windows + C, clique na opção Compar-
tilhar e depois escolha qual meio vai usar. Há também a op- O Windows 10 é disponibilizado nas seguintes versões
ção Dispositivo que é usada para receber e enviar conteúdos (com destaque para as duas primeiras):
de aparelhos conectados ao computador. Windows 10 – É a versão de “entrada” do Windows 10,
Alternar Tarefas que possui a maioria dos recursos do sistema. É voltada para
Com o atalho Alt + Tab, é possível mudar entre os pro- Desktops e Laptops, incluindo o tablete Microsoft Surface 3.
gramas abertos no desktop e os aplicativos novos do SO.
Windows 10 Pro – Além dos recursos da versão de en-
Com o atalho Windows + Tab é possível abrir uma lista na
trada, fornece proteção de dados avançada e criptografa-
lateral esquerda que mostra os aplicativos modernos.
da com o BitLocker, permite a hospedagem de uma Cone-
Telas Lado a Lado
xão de Área de Trabalho Remota em um computador, tra-
Esse sistema operacional não trabalha com o concei-
to de janelas, mas o usuário pode usar dois programas ao balhar com máquinas virtuais, e permite o ingresso em um
mesmo tempo. É indicado para quem precisa acompanhar o domínio para realizar conexões a uma rede corporativa.
Facebook e o Twitter, pois ocupa ¼ da tela do computador. Windows 10 Enterprise – Baseada na versão 10 Pro, é
Visualizar Imagens disponibilizada por meio do Licenciamento por Volume, vol-
O sistema operacional agora faz com que cada vez que tado a empresas.
você clica em uma figura, um programa específico abre e Windows 10 Education – Baseada na versão Enterprise,
isso pode deixar seu sistema lento. Para alterar isso é preciso é destinada a atender as necessidades do meio educacional.
ir em Programas – Programas Default – Selecionar Windows Também tem seu método de distribuição baseado através
Photo Viewer e marcar a caixa Set this Program as Default. da versão acadêmica de licenciamento de volume.
Imagem e Senha Windows 10 Mobile – Embora o Windows 10 tente ven-
O usuário pode utilizar uma imagem como senha ao in- der seu nome fantasia como um sistema operacional único, os
vés de escolher uma senha digitada. Para fazer isso, acesse a smartphones com o Windows 10 possuem uma versão espe-
Charm Bar, selecione a opção Settings e logo em seguida cli- cífica do sistema operacional compatível com tais dispositivos.

10
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Windows 10 Mobile Enterprise – Projetado para smartphones e tablets do setor corporativo. Também estará disponível
através do Licenciamento por Volume, oferecendo as mesmas vantagens do Windows 10 Mobile com funcionalidades dire-
cionadas para o mercado corporativo.
Windows 10 IoT Core – IoT vem da expressão “Internet das Coisas” (Internet ofThings). A Microsoft anunciou que haverá
edições do Windows 10 baseadas no Enterprise e Mobile Enterprise destinados a dispositivos como caixas eletrônicos, ter-
minais de autoatendimento, máquinas de atendimento para o varejo e robôs industriais. Essa versão IoT Core será destinada
para dispositivos pequenos e de baixo custo.
Para as versões mais populares (10 e 10 Pro), a Microsoft indica como requisitos básicos dos computadores:
• Processador de 1 Ghz ou superior;
• 1 GB de RAM (para 32bits); 2GB de RAM (para 64bits);
• Até 20GB de espaço disponível em disco rígido;
• Placa de vídeo com resolução de tela de 800×600 ou maior.

EDIÇÃO DE TEXTOS, PLANILHAS E


APRESENTAÇÕES (AMBIENTES MICROSOFT
OFFICE 2010, 2013 E LIBREOFFICE 5 OU
SUPERIOR).

O Microsoft Word é um processador de texto que cria textos de diversos tipos e estilos, como por exemplo, ofícios,
relatórios, cartas, enfim, todo conteúdo de texto que atende às necessidades de um usuário doméstico ou de uma empresa.
O Microsoft Word é o processador de texto integrante dos programas Microsoft Office: um conjunto de softwares apli-
cativos destinados a uso de escritório e usuários domésticos, desenvolvidos pela empresa Microsoft.
Os softwares da Microsoft Office são proprietários e compatíveis com o sistema operacional Windows.

10.2. Word 2007


O Word 2007 certamente é um marco nas atualizações, pois ele trouxe a grande novidade das abas, e consequente-
mente o fim dos menus, e ao clicar em cada aba, abre uma barra de ferramenta pertinente a aquela aba, a figura 29 mostra
a guia início e suas respectivas ferramentas, diferente de antes que tínhamos uma barra de ferramentas fixa. Devido ao cos-
tume das outras versões no início a versão 2007 foi muito criticada, outra mudança significativa foi a mudança da extensão
do arquivo que passou de DOC para DOCX.

Figura 29: Guia Início do Microsoft Word 2007

Na guia início é onde se encontra a maioria das funções da antiga interface do Microsoft Word. Ou seja, aqui você pode
mudar a fonte, o tamanho dela, modificar o texto selecionado (com negrito, itálico, sublinhado, riscado, sobreposto etc.),
deixar com outra cor, criar tópicos, alterar o espaçamento, mudar o alinhamento e dar estilo. Tudo isso agora é dividido em
grandes painéis.
Definitivamente, a versão do Microsoft Word 2007 trouxe muito mais organização e padrões em relação as ver-
sões anteriores. Todas as ficaram categorizadas e mais fáceis de encontrar, bastando se acostumar com a interface. 
A melhor parte é que não fica tudo bagunçado, e que as ferramentas mudam conforme as escolhas das abas.

11
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

10.3. Word 2010, 2013 e detalhes gerais

Figura 30: Tela do Microsoft Word 2010

As guias foram criadas para serem orientadas por tarefas, já os grupos dentro de cada guia criam subtarefas para as
tarefas, e os botões de comando em cada grupo possui um comando.
As extensões são fundamentais, desde a versão 2007 passou a ser DOCX, mas vamos analisar outras extensões que
podem ser abordadas em questões de concursos na Figura 27.

Figura 31: Extensões de Arquivos ligados ao Word

As guias envolvem grupos e botões de comando, e são organizadas por tarefa. Os Grupos dentro de cada guia que-
bram uma tarefa em subtarefas. Os Botões de comando em cada grupo possuem um comando ou exibem um menu de
comandos.
Existem guias que vão aparecer apenas quando um determinado objeto aparecer para ser formatado. No exemplo da
imagem, foi selecionada uma figura que pode ser editada com as opções que estiverem nessa guia.

12
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Na janela também temos o botão “Mais”. Neste botão,


temos, entre outras, as opções:
- Diferenciar maiúscula e minúscula: procura a palavra
digitada na forma que foi digitada, ou seja, se foi digitada
em minúscula, será localizada apenas a palavra minúscula
e, se foi digitada em maiúscula, será localizada apenas e
palavra maiúscula.
Figura 32: Indicadores de caixa de diálogo
- Localizar palavras inteiras: localiza apenas a palavra
Indicadores de caixa de diálogo – aparecem em alguns exatamente como foi digitada. Por exemplo, se tentarmos
grupos para oferecer a abertura rápida da caixa de diálogo localizar a palavra casa e no texto tiver a palavra casaco, a
do grupo, contendo mais opções de formatação. parte “casa” da palavra casaco será localizada, se essa op-
ção não estiver marcada. Marcando essa opção, apenas a
As réguas orientam na criação de tabulações e no ajus- palavra casa, completa, será localizada.
te de parágrafos, por exemplo.
Determinam o recuo da primeira linha, o recuo de des- - Usar caracteres curinga: com esta opção marcada,
locamento, recuo à esquerda e permitem tabulações es- usamos caracteres especiais. Por exemplo, é possível usar o
querda, direita, centralizada, decimal e barra. caractere curinga asterisco (*) para procurar uma sequên-
Para ajustar o recuo da primeira linha, após posicionar cia de caracteres (por exemplo, “t*o” localiza “tristonho” e
o cursor do mouse no parágrafo desejado, basta pressionar “término”).
o botão esquerdo do mouse sobre o “Recuo da primeira
linha” e arrastá-lo pela régua . Veja a lista de caracteres que são considerados curinga,
Para ajustar o recuo à direita do documento, basta se- retirada do site do Microsoft Office:
lecionar o parágrafo ou posicionar o cursor após a linha
desejada, pressionar o botão esquerdo do mouse no “Re-
cuo à direita” e arrastá-lo na régua . Para localizar digite exemplo
Para ajustar o recuo, deslocando o parágrafo da es-
querda para a direita, basta selecioná-lo e mover, na régua,
como explicado anteriormente, o “Recuo deslocado” . Qualquer caractere ? s?o localiza salvo e
Podemos também usar o recurso “Recuo à esquerda”, único sonho.
que move para a esquerda, tanto a primeira linha quanto o
restante do parágrafo selecionado .
Com a régua, podemos criar tabulações, ou seja, deter- Qualquer sequência de * t*o localiza
minar onde o cursor do mouse vai parar quando pressio- caracteres tristonho e término.
narmos a tecla Tab. <(org) localiza
organizar e
O início de uma palavra < organização,
mas não localiza
desorganizado.
(do)> localiza
O final de uma palavra > medo e cedo,
mas não localiza
domínio.

Figura 33: Réguas


Grupo edição: Um dos caracteres [] v[ie]r localiza vir e
especificados ver
Permite localizar palavras em um documento, substi- [r-t]ã localiza rã e
tuir palavras localizadas por outras ou aplicar formatações Qualquer caractere [-] sã.
e selecionar textos e objetos no documento. único neste intervalo Os intervalos
Para localizar uma palavra no texto, basta clicar no íco- devem estar em
ne Localizar , digitar a palavra na linha do localizar e clicar
ordem crescente.
no botão Localizar Próxima.
A cada clique será localizada a próxima palavra digi- Qualquer caractere F[!a-m]rro localiza
tada no texto. Temos também como realçar a palavra que único, exceto os [!x-z] forro, mas não
desejamos localizar para facilitar a visualizar da palavra lo- caracteres no intervalo localiza ferro.
calizada. entre colchetes

13
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Exatamente n ca{2}tinga localiza


ocorrências do caractere {n} caatinga, mas não
ou expressão anterior catinga.
Pelo menos n
ocorrências do caractere {n,} ca{1,}tinga localiza
ou expressão anterior catinga e caatinga.
De n a m ocorrências do 10{1,3} localiza 10,
caractere ou expressão {n,m} 100 e 1000.
anterior
Uma ou mais ocorrências
do caractere ou @ ca@tinga localiza
expressão anterior catinga e caatinga.

O grupo tabela é muito utilizado em editores de texto, como por exemplo a definição de estilos da tabela.

Figura 34: Estilos de Tabela

Fornece estilos predefinidos de tabela, com formatações de cores de células, linhas, colunas, bordas, fontes e demais
itens presentes na mesma. Além de escolher um estilo predefinido, podemos alterar a formatação do sombreamento e
das bordas da tabela.
Com essa opção, podemos alterar o estilo da borda, a sua espessura, desenhar uma tabela ou apagar partes de uma ta-
bela criada e alterar a cor da caneta e ainda, clicando no “Escolher entre várias opções de borda”, para exibir a seguinte tela:

Figura 35: Bordas e sombreamento

Na janela Bordas e sombreamento, no campo “Definição”, escolhemos como será a borda da nossa tabela:
- Nenhuma: retira a borda;
- Caixa: contorna a tabela com uma borda tipo caixa;
- Todas: aplica bordas externas e internas na tabela iguais, conforme a seleção que fizermos nos demais campos de
opção;
- Grade: aplica a borda escolhida nas demais opções da janela (como estilo, por exemplo) ao redor da tabela e as bor-
das internas permanecem iguais.
- Estilo: permite escolher um estilo para as bordas da tabela, uma cor e uma largura.
- Visualização: através desse recurso, podemos definir bordas diferentes para uma mesma tabela. Por exemplo, pode-
mos escolher um estilo e, em visualização, clicar na borda superior; escolher outro estilo e clicar na borda inferior; e assim
colocar em cada borda um tipo diferente de estilo, com cores e espessuras diferentes, se assim desejarmos.

14
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

A guia “Borda da Página”, desta janela, nos traz recur- 1 – Caixa de texto: insere caixas de texto pré-formata-
sos semelhantes aos que vimos na Guia Bordas. A diferença das. As caixas de texto são espaços próprios para inserção
é que se trata de criar bordas na página de um documento de textos que podem ser direcionados exatamente onde
e não em uma tabela. precisamos. Por exemplo, na figura “Grupo Texto”, os nú-
Outra opção diferente nesta guia, é o item Arte. Com meros ao redor da figura, do 1 até o 7, foram adicionados
ele, podemos decorar nossa página com uma borda que através de caixas de texto.
envolve vários tipos de desenhos. 2 – Partes rápidas: insere trechos de conteúdos reu-
Alguns desses desenhos podem ser formatados tilizáveis, incluindo campos, propriedades de documentos
com cores de linhas diferentes, outros, porém não permi- como autor ou quaisquer fragmentos de texto pré-forma-
tem outras formatações a não ser o ajuste da largura. do.
Podemos aplicar as formatações de bordas da página 3 – Linha de assinatura: insere uma linha que serve
no documento todo ou apenas nas sessões que desejar- como base para a assinatura de um documento.
mos, tendo assim um mesmo documento com bordas em 4 – Data e hora: insere a data e a hora atuais no docu-
uma página, sem bordas em outras ou até mesmo bordas mento.
de página diferentes em um mesmo documento. 5 – Insere objeto: insere um objeto incorporado.
6 – Capitular: insere uma letra maiúscula grande no iní-
Grupo Ilustrações: cio de cada parágrafo. É uma opção de formatação decora-
tiva, muito usada principalmente, em livros e revistas. Para
inserir a letra capitular, basta clicar no parágrafo desejado e
depois na opção “Letra Capitular”. Veja o exemplo:

Neste parágrafo foi inserida a letra capitular

Guia revisão:
Grupo revisão de texto:

Figura 36: Grupo Ilustrações

1 – Inserir imagem do arquivo: permite inserir no teto


uma imagem que esteja salva no computador ou em outra
mídia, como pendrive ou CD.
2 – Clip-art: insere no arquivo imagens e figuras
que se encontram na galeria de imagens do Word.
3 – Formas: insere formas básicas como setas, cubos,
elipses e outras.
4 – SmartArt: insere elementos gráficos para comu-
nicar informações visualmente. Figura 38: Grupo revisão de texto
5 – Gráfico: insere gráficos para ilustrar e comparar dados.
1 – Pesquisar: abre o painel de tarefas viabilizando pes-
Grupo Links: quisas em materiais de referência como jornais, enciclopé-
Inserir hyperlink: cria um link para uma página da Web, dias e serviços de tradução.
uma imagem, um e – mail. Indicador: cria um indicador 2 – Dica de tela de tradução: pausando o cursor sobre
para atribuir um nome a um ponto do texto. Esse indicador algumas palavras é possível realizar sua tradução para ou-
pode se tornar um link dentro do próprio documento. tro idioma.
Referência cruzada: referência tabelas. 3 – Definir idioma: define o idioma usado para realizar
a correção de ortografia e gramática.
Grupo cabeçalho e rodapé: 4 – Contar palavras: possibilita contar as palavras, os
Insere cabeçalhos, rodapés e números de páginas. caracteres, parágrafos e linhas de um documento.
5 – Dicionário de sinônimos: oferece a opção de alte-
Grupo texto: rar a palavra selecionada por outra de significado igual ou
semelhante.
6 – Traduzir: faz a tradução do texto selecionado para
outro idioma.
7 – Ortografia e gramática: faz a correção ortográfica
e gramatical do documento. Assim que clicamos na opção
“Ortografia e gramática”, a seguinte tela será aberta:

Figura 37: Grupo Texto

15
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Grupo controle:

Figura 40: Grupo controle

1 – Controlar alterações: controla todas as alterações


feitas no documento como formatações, inclusões, exclu-
sões e alterações.
2 – Balões: permite escolher a forma de visualizar as
alterações feitas no documento com balões no próprio do-
cumento ou na margem.
3 – Exibir para revisão: permite escolher a forma de exi-
bir as alterações aplicadas no documento.
4 – Mostrar marcações: permite escolher o tipo de mar-
cação a ser exibido ou ocultado no documento.
5 – Painel de revisão: mostra as revisões em uma tela
Figura 39: Verificar ortografia e gramática separada.

Grupo alterações:
A verificação ortográfica e gramatical do Word, já bus-
ca trechos do texto ou palavras que não se enquadrem
no perfil de seus dicionários ou regras gramaticais e or-
tográficas. Na parte de cima da janela “Verificar ortografia
e gramática”, aparecerá o trecho do texto ou palavra con-
siderada inadequada. Em baixo, aparecerão as sugestões.
Caso esteja correto e a sugestão do Word não se aplique,
podemos clicar em “Ignorar uma vez”; caso a regra apre-
sentada esteja incorreta ou não se aplique ao trecho do
texto selecionado, podemos clicar em “Ignorar regra”; caso
a sugestão do Word seja adequada, clicamos em “Alterar” e Figura 41: Grupo alterações
podemos continuar a verificação de ortografia e gramática
clicando no botão “Próxima sentença”. 1 – Rejeitar: rejeita a alteração atual e passa para a pró-
xima alteração proposta.
Se tivermos uma palavra sublinhada em vermelho, indi- 2 – Anterior: navega até a revisão anterior para que seja
cando que o Word a considera incorreta, podemos apenas aceita ou rejeitada.
clicar com o botão direito do mouse sobre ela e verificar se 3 – Próximo: navega até a próxima revisão para que
uma das sugestões propostas se enquadra. possa ser rejeitada ou aceita.
4 – Aceitar: aceita a alteração atual e continua a nave-
Por exemplo, a palavra informática. Se clicarmos com gação para aceitação ou rejeição.
o botão direito do mouse sobre ela, um menu suspenso
nos será mostrado, nos dando a opção de escolher a pala- Para imprimir nosso documento, basta clicar no botão
vra informática. Clicando sobre ela, a palavra do texto será do Office e posicionar o mouse sobre o ícone “Imprimir”.
substituída e o texto ficará correto. Este procedimento nos dará as seguintes opções:
- Imprimir – onde podemos selecionar uma impresso-
Grupo comentário: ra, o número de cópias e outras opções de configuração
antes de imprimir.
Novo comentário: adiciona um pequeno texto que ser- - Impressão Rápida – envia o documento diretamente
ve como comentário do texto selecionado, onde é possível para a impressora configurada como padrão e não abre
realizar exclusão e navegação entre os comentários. opções de configuração.
- Visualização da Impressão – promove a exibição do
documento na forma como ficará impresso, para que pos-
samos realizar alterações, caso necessário.

16
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

ampliado, facilitando sua visualização. Como se não bastasse,


clicando com o botão direito do mouse sobre uma palavra
desconhecida, é possível ver sua definição através do dicioná-
rio integrado do Word.
Documentos em PDF: agora é possível editar um docu-
mento PDF no Word, sem necessitar recorrer ao Adobe Acro-
bat. Em seu novo formato, o Word é capaz de converter o
arquivo em uma extensão padrão e, depois de editado, sal-
vá-lo novamente no formato original. Esta façanha, contudo,
passou a ser de extensa utilização, pois o uso de arquivos PDF
está sendo cada vez mais corriqueiro no ambiente virtual.
Interação de maneira simplificada: o Word trata normal-
mente a colaboração de outras pessoas na criação de um do-
cumento, ou seja, os comentários realizados neste, como se
cada um fosse um novo tópico. Com o Word 2013 é possível
responder diretamente o comentário de outra pessoa clican-
do no ícone de uma folha, presente no campo de leitura do
mesmo. Esta interação de usuários, realizada através dos co-
mentários, aparece em forma de pequenos balões à margem
documento.
Compartilhamento Online: compartilhar seus documen-
tos com diversos usuários e até mesmo enviá-lo por e-mail
tornou-se um grande diferencial da nova plataforma Office
2013. O responsável por esta apresentação online é o Offi-
ce Presentation Service, porém, para isso, você precisa estar
logado em uma Conta Microsoft para acessá-lo. Ao terminar
o arquivo, basta clicar em Arquivo / Compartilhar / Apresen-
tar Online / Apresentar Online e o mesmo será enviado para
a nuvem e, com isso, você irá receber um link onde poderá
compartilhá-lo também por e-mail, permitindo aos demais
Figura 42: Imprimir usuários baixá-lo em formato PDF.
Ocultar títulos em um documento: apontado como uma
As opções que temos antes de imprimir um arquivo estão dificuldade por grande parte dos usuários, a rolagem e edição
exibidas na imagem acima. Podemos escolher a impressora, de determinadas partes de um arquivo muito extenso, com
caso haja mais de uma instalada no computador ou na rede, vários títulos, acabou de se tornar uma tarefa mais fácil e me-
configurar as propriedades da impressora, podendo estipular nos desconfortável. O Word 2013 permite ocultar as seções
se a impressão será em alta qualidade, econômica, tom de e/ou títulos do documento, bastando os mesmos estarem
cinza, preto e branca, entre outras opções. formatados no estilo  Títulos  (pré-definidos pelo Office). Ao
posicionar o mouse sobre o título, é exibida uma espécie de
Escolhemos também o intervalo de páginas, ou seja, se triângulo a sua esquerda, onde, ao ser clicado, o conteúdo
desejamos imprimir todo o documento, apenas a página atual referente a ele será ocultado, bastando repetir a ação para o
(página em que está o ponto de inserção), ou um intervalo de mesmo reaparecer.
páginas. Podemos determinar o número de cópias e a forma Enfim, além destas novidades apresentadas existem ou-
como as páginas sairão na impressão. Por exemplo, se forem tras tantas, como um layout totalmente modificado, focado
duas cópias, determinamos se sairão primeiro todas as pági- para a utilização do software em tablets e aparelhos com te-
nas de número 1, depois as de número 2, assim por diante, ou las sensíveis ao toque. Esta nova plataforma, também, abre
se desejamos que a segunda cópia só saia depois que todas um amplo leque para a adição de vídeos online e imagens
as páginas da primeira forem impressas. ao documento. Contudo, como forma de assegurar toda esta
Word 2013 relação online de compartilhamento e boas novidades, a Mi-
crosoft adotou novos mecanismos de segurança para seus
Vejamos abaixo alguns novos itens implementados na aplicativos, retornando mais tranquilidade para seus usuários.
plataforma Word 2013: O grande trunfo do Office 2013 é sua integração com a
Modo de leitura: o usuário que utiliza o software para a nuvem. Do armazenamento de arquivos a redes sociais, os
leitura de documentos perceberá rapidamente a diferença, softwares dessa versão são todos conectados. O ponto de en-
pois seu novo Modo de Leitura conta com um método que contro deles é o SkyDrive, o HD na internet da Microsoft. 
abre o arquivo automaticamente no formato de tela cheia, A tela de apresentação dos principais programas é li-
ocultando as barras de ferramentas, edição e formatação. gada ao serviço, oferecendo opções de login, upload e do-
Além de utilizar a setas do teclado (ou o toque do dedo wnload de arquivos. Isso permite que um arquivo do Word,
nas telas sensíveis ao toque) para a troca e rolagem da pá- por exemplo, seja acessado em vários dispositivos com seu
gina durante a leitura, basta o usuário dar um duplo cli- conteúdo sincronizado. Até a página em que o documento
que sobre uma imagem, tabela ou gráfico e o mesmo será foi fechado pode ser registrada. 

17
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Da mesma maneira, é possível realizar trabalhos em conjunto entre vários usuários. Quem não tem o Office instalado
pode fazer edições na versão online do sistema. Esses e outros contatos podem ser reunidos no Outlook.
As redes sociais também estão disponíveis nos outros programas. É possível fazer buscas de imagens no Bing ou baixar
fotografias do Flickr, por exemplo. Outro serviço de conectividade é o SharePoint, que indica arquivos a serem acessados e
contatos a seguir baseado na atividade do usuário no Office.
O Office 365 é um novo jeito de usar os tão conhecidos softwares do pacote Office da Microsoft. Em vez de comprar
programas como Word, Excel ou PowerPoint, você agora pode fazer uma assinatura e desfrutar desses aplicativos e de
muitos outros no seu computador ou smartphone.
A assinatura ainda traz diversas outras vantagens, como 1 TB de armazenamento na nuvem com o OneDrive, minutos
Skype para fazer ligações para telefones fixos e acesso ao suporte técnico especialista da Microsoft. Tudo isso pagando uma
taxa mensal, o que você já faz para serviços essenciais para o seu dia a dia, como Netflix e Spotify. Porém, aqui estamos
falando da suíte de escritório indispensável para qualquer computador.
Veja abaixo as versões do Office 365

Figura 43: Versões Office 365

10.4. LibreOffice Writer


O LibreOffice (que se chamava BrOffice) é um software livre e de código aberto que foi desenvolvido tendo como base
o OpenOffice. Pode ser instalado em vários sistemas operacionais (Windows, Linux, Solaris, Unix e Mac OS X), ou seja, é
multiplataforma. Os aplicativos dessa suíte são:
• Writer - editor de texto;
• Calc - planilha eletrônica;
• Impress - editor de apresentações;
• Draw - ferramenta de desenho vetorial;
• Base - gerenciador de banco de dados;
• Math - editor de equações matemáticas.

- O LibreOffice trabalha com um formato de padrão aberto chamado Open Document Format for Office Applications
(ODF), que é um formato de arquivo baseado na linguagem XML. Os formatos para Writer, Calc e Impress utilizam o mesmo
“prefixo”, que é “od” de “Open Document”. Dessa forma, o que os diferencia é a última letra. Writer → .odt (Open Docu-
ment Text); Calc → .ods (Open Document Spreadsheet); e Impress → .odp (Open Document Presentations).
 
Em relação a interface com o usuário, o LibreOffice utiliza o conceito de menus para agrupar as funcionalidades do
aplicativo. Além disso, todos os aplicativos utilizam uma interface semelhante. Veja no exemplo abaixo o aplicativo Writer.
 

Figura 44: Tela do Libreoffice Writer

18
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

O LibreOffice permite que o usuário crie tarefas automatizadas que são conhecidas como macros (utilizando a lingua-
gem LibreOffice Basic). 
 
O Writer é o editor de texto do LibreOffice e o seu formato de arquivo padrão é o .odt (Open Document Text). As prin-
cipais teclas de atalho do Writer são:
 

 Figura 45: Atalhos Word x Writer

11. Utilização dos editores de planilhas (Microsoft Excel e LibreOffice Calc)


O Excel é uma poderosa planilha eletrônica para gerir e avaliar dados, realizar cálculos simples ou complexos e rastrear
informações. Ao abri-lo, é possível escolher entre iniciar a partir de documento em branco ou permitir que um modelo faça
a maior parte do trabalho por você.
Na tela inicial do Excel, são listados os últimos documentos editados (à esquerda), opção para criar novo documento
em branco e ainda, são sugeridos modelos para criação de novos documentos (ao centro).
Ao selecionar a opção de Pasta de Trabalho em Branco você será direcionado para a tela principal, composta pelos
elementos básicos apontados na figura 106, e descritos nos tópicos a seguir.

11.2. Excel 2007


Poder utilizar um formato XML padrão para o Office Excel 2007 foi uma das principais mudanças do Excel 2007, além
das mudanças visuais em relações as abas e os grupos de trabalho já citados na versão 2003 do Word
Esse novo formato é o novo formato de arquivo padrão do Office Excel 2007. O Office Excel 2007 usa as seguintes extensões
de nome de arquivo: *.xlsx, *.xlsm *.xlsb, *.xltx, *.xltm e *.xlam. A extensão de nome de arquivo padrão do Office Excel 2007 é *.xlsx.
Essa alteração permite consideráveis melhoras em: interoperabilidade de dados, montagem de documentos, consulta
de documentos, acesso a dados em documentos, robustez, tamanho do arquivo, transparência e recursos de segurança.

19
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

O Excel 2007 permite que os usuários abram pastas de trabalho criadas em versões anteriores do Excel e trabalhem com
elas. Para converter essas pastas de trabalho para o novo formato XML, basta clicar no  Botão do Microsoft Office  e clique
em Converter Você pode também converter a pasta de trabalho clicando no Botão do Microsoft Office e em Salvar Como – Pasta
de Trabalho do Excel. Observe que o recurso Converter remove a versão anterior do arquivo, enquanto o recurso Salvar Como
deixa a versão anterior do arquivo e cria um arquivo separado para a nova versão.
As melhoras de interface que podem ser destacadas são:
• Economia de tempo, selecionando células, tabelas, gráficos e tabelas dinâmicas em galerias de estilos predefinidos.
• Visualização e alterações de formatação no documento antes de confirmar uma alteração ao usar as galerias de formatação.
• Uso da formatação condicional para anotar visualmente os dados para fins analíticos e de apresentação.
• Alteração da aparência de tabelas e gráficos em toda a pasta de trabalho para coincidir com o esquema de estilo ou a
cor preferencial usando novos Estilos Rápidos e Temas de Documento.
• Criação de um tema próprio para aplicar de forma consistente as fontes e cores que refletem a marca da empresa que atua.
• Novos recursos de gráfico que incluem formas tridimensionais, transparência, sombras projetadas e outros efeitos.

Em relação a usabilidade as fórmulas passaram a ser redimensionáveis, sendo possível escrever mais fórmulas com mais
níveis de aninhamento do que nas versões anteriores.
Passou a existir o preenchimento automático de fórmula, auxiliando muito com as sintaxes, as referências estruturadas: além
de referências de célula, como A1 e L1C1, o Office Excel 2007 fornece referências estruturadas que fazem referência a intervalos
nomeados e tabelas em uma fórmula.
Acesso fácil aos intervalos nomeados: usando o gerenciador de nomes do Office Excel 2007, podendo organizar, atualizar e
gerenciar vários intervalos nomeados em um local central, as tabelas dinâmicas são muito mais fáceis de usar do que nas versões
anteriores.
Além do modo de exibição normal e do modo de visualização de quebra de página, o Office Excel 2007 oferece uma exibição
de layout de página para uma melhor experiência de impressão.
A classificação e a filtragem aprimoradas que permitem filtrar dados por cores ou datas, exibir mais de 1.000 itens na lista
suspensa Filtro Automático, selecionar vários itens a filtrar e filtrar dados em tabelas dinâmicas.
O Excel 2007 tem um tamanho maior que permite mais de 16.000 colunas e 1 milhão de linhas por planilha, o número de
referências de célula aumentou de 8.000 para o que a memória suportar, isso ocorre porque o gerenciamento de memória foi
aumentado de 1 GB de memória no Microsoft Excel 2003 para 2 GB no Excel 2007, permitindo cálculos em planilhas grandes e
com muitas fórmulas, oferecendo inclusive o suporte a vários processadores e chipsets multithread.

11.3. Excel 2010, 2013 e detalhes gerais

 Figura 47: Tela Principal do Excel 2013

20
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Barra de Títulos:
A linha superior da tela é a barra de títulos, que mostra o nome da pasta de trabalho na janela. Ao iniciar o programa
aparece Pasta 1 porque você ainda não atribuiu um nome ao seu arquivo.

Faixa de Opções:
Desde a versão 2007 do Office, os menus e barras de ferramentas foram substituídos pela Faixa de Opções. Os coman-
dos são organizados em uma única caixa, reunidos em guias. Cada guia está relacionada a um tipo de atividade e, para
melhorar a organização, algumas são exibidas somente quando necessário.

 Figura 48: Faixa de Opções

Barra de Ferramentas de Acesso Rápido:


A Barra de Ferramentas de Acesso Rápido fica posicionada no topo da tela e pode ser configurada com os botões de
sua preferência, tornando o trabalho mais ágil.

 Figura 49: Barra de Ferramentas de Acesso Rápido

Adicionando e Removendo Componentes:


Para ocultar ou exibir um botão de comando na barra de ferramentas de acesso rápido podemos clicar com o botão
direito no componente que desejamos adicionar, em qualquer guia. Será exibida uma janela com a opção de Adicionar à
Barra de Ferramentas de Acesso Rápido.
mos ainda outra opção de adicionar ou remover componentes nesta barra, clicando na seta lateral. Na janela apre-
sentada temos várias opções para personalizar a barra, além da opção Mais Comandos..., onde temos acesso a todos os
comandos do Excel.

 Figura 50: Adicionando componentes à Barra de Ferramentas de Acesso Rápido

Para remoção do componente, selecione-o, clique com o botão direito do mouse e escolha Remover da Barra de Fer-
ramentas de Acesso Rápido.

21
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Barra de Status:
Localizada na parte inferior da tela, a barra de status exibe mensagens, fornece estatísticas e o status de algumas teclas.
Nela encontramos o recurso de Zoom e os botões de “Modos de Exibição”.

 Figura 51: Barra de Status

Clicando com o botão direito sobre a barra de status, será exibida a caixa Personalizar barra de status. Nela podemos
ativar ou desativar vários componentes de visualização.

 Figura 52: Personalizar Barra de Status

Barras de Rolagem: Nos lados direito e inferior da região de texto estão as barras de rolagem. Clique nas setas para
cima ou para baixo para mover a tela verticalmente, ou para a direita e para a esquerda para mover a tela horizontalmente,
e assim poder visualizar toda a sua planilha.
Planilha de Cálculo: A área quadriculada representa uma planilha de cálculos, onde você fará a inserção de dados e
fórmulas para colher os resultados desejados.
Uma planilha é formada por linhas, colunas e células. As linhas são numeradas (1, 2, 3, etc.) e as colunas nomeadas com
letras (A, B, C, etc.).

 Figura 53: Planilha de Cálculo

22
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Cabeçalho de Coluna: Cada coluna tem um cabeça-


lho, que contém a letra que a identifica. Ao clicar na letra,
toda a coluna é selecionada.

 Figura 55: Cabeçalho de linha

Célula: As células, são as combinações entre linha e


colunas. Por exemplo, na coluna A, linha 1, temos a célula
A1. Na Caixa de Nome, aparecerá a célula onde se encontra
o cursor.

Sendo assim, as células são representadas como mos-


tra a tabela:

 Figura 54: Seleção de Coluna

Ao dar um clique com o botão direito do mouse so-


bre o cabeçalho de uma coluna, aparecerá o menu pop-up,
onde as opções deste menu são as seguintes:

-Formatação rápida: a caixa de formatação rápida per-


mite escolher a formatação de fonte e formato de dados,
bem como mesclagem das células (será abordado mais de-
talhadamente adiante).  Figura 56: Representação das Células
-Recortar: copia toda a coluna para a área de transfe-
rência, para que possa ser colada em outro local determina- Caixa de Nome: Você pode visualizar a célula na qual
do e, após colada, essa coluna é excluída do local de origem. o cursor está posicionado através da Caixa de Nome, ou,
-Copiar: copia toda a coluna para a área de transferên- ao contrário, pode clicar com o mouse nesta caixa e digitar
cia, para que possa ser colada em outro local determinado. o endereço da célula em que deseja posicionar o cursor.
-Opções de Colagem: mostra as diversas opções de Após dar um “Enter”, o cursor será automaticamente posi-
itens que estão na área de transferência e que tenham sido cionado na célula desejada.
recortadas ou copiadas.
-Colar especial: permite definir formatos específicos na Guias de Planilhas: Em versões anteriores do Excel, ao
colagem de dados, sobretudo copiados de outros aplicativos. abrir uma nova pasta de trabalho no Excel, três planilhas já
-Inserir: insere uma coluna em branco, exatamente an- eram criadas: Plan1, Plan2 e Plan3. Nesta versão, somente
tes da coluna selecionada. uma planilha é criada, e você poderá criar outras, se neces-
-Excluir: exclui toda a coluna selecionada, inclusive os sitar. Para criar nova planilha dentro da pasta de trabalho,
dados nela contidos e sua formatação.
-Limpar conteúdo: apenas limpa os dados de toda a clique no sinal + ( ). Para alternar en-
coluna, mantendo a formatação das células.
-Formatar células: permite escolher entre diversas op- tre as planilhas, basta clicar sobre a guia, na planilha que
ções para fazer a formatar as células (será visto detalhada- deseja trabalhar.
mente adiante).
-Largura da coluna: permite definir o tamanho da co- Você verá, no decorrer desta lição, como podemos cru-
luna selecionada. zar dados entre planilhas e até mesmo entre pastas de tra-
-Ocultar: oculta a coluna selecionada. Muitas vezes balho diferentes, utilizando as guias de planilhas.
uma coluna é utilizada para fazer determinados cálculos,
necessários para a totalização geral, mas desnecessários na Ao posicionar o mouse sobre qualquer uma das plani-
visualização. Neste caso, utiliza-se esse recurso. lhas existentes e clicar com o botão direito aparecerá um
-Re-exibir: reexibe colunas ocultas. menu pop up.

Cabeçalho de Linha: Cada linha tem também um ca-


beçalho, que contém o número que a identifica. Clicando
no cabeçalho de uma linha, esta ficará selecionada.

23
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

 Figura 58: Caixa Selecionar Tudo

Barra de Fórmulas: Na barra de fórmulas são digita-


das as fórmulas que efetuarão os cálculos.
A principal função do Excel é facilitar os cálculos com o
uso de suas fórmulas. A partir de agora, estudaremos várias
de suas fórmulas. Para iniciar, vamos ter em mente que,
para qualquer fórmula que será inserida em uma célula, te-
mos que ter sinal de “=” no seu início. Esse sinal, oferece
uma entrada no Excel que o faz diferenciar textos ou núme-
ros comuns de uma fórmula.

 Figura 57: Menu Planilhas Somar: Se tivermos uma sequência de dados numé-
ricos e quisermos realizar a sua soma, temos as seguintes
As funções deste menu são as seguintes: formas de fazê-lo:
-Inserir: insere uma nova planilha exatamente antes da
planilha selecionada.
-Excluir: exclui a planilha selecionada e os dados que
ela contém.
-Renomear: renomeia a planilha selecionada.
-Mover ou copiar: você pode mover a planilha para
outra posição, ou mesmo criar uma cópia da planilha com
todos os dados nela contidos.  Figura 59: Soma simples
-Proteger Planilha: para impedir que, por acidente ou
deliberadamente, um usuário altere, mova ou exclua dados Usamos, nesse exemplo, a fórmula =B2+B3+B4.
importantes de planilhas ou pastas de trabalho, você pode Após o sinal de “=” (igual), clicar em uma das células,
proteger determinados elementos da planilha (planilha: o digitar o sinal de “+” (mais) e continuar essa sequência até
principal documento usado no Excel para armazenar e tra- o último valor.
balhar com dados, também chamado planilha eletrônica. Após a sequência de células a serem somadas, clicar no
Uma planilha consiste em células organizadas em colunas ícone soma, ou usar as teclas de atalho Alt+=.
e linhas; ela é sempre armazenada em uma pasta de tra- A última forma que veremos é a função soma digitada.
balho.)ou da pasta de trabalho, com ou sem senha (senha: Vale ressaltar que, para toda função, um início é fundamen-
uma forma de restringir o acesso a uma pasta de traba- tal:
lho, planilha ou parte de uma planilha. As senhas do Excel
podem ter até 255 letras, números, espaços e símbolos. É = nome da função (
necessário digitar as letras maiúsculas e minúsculas corre-
tamente ao definir e digitar senhas.). É possível remover a
proteção da planilha, quando necessário.
-Exibir código: pode-se criar códigos de programação
em VBA (Visual Basic for Aplications) e vincular às guias
de planilhas (trata-se de tópico de programação avançada, 1 - Sinal de igual.
que não é o objetivo desta lição, portanto, não será abor- 2 – Nome da função.
dado). 3 – Abrir parênteses.
-Cor da guia: muda a cor das guias de planilhas.
-Ocultar/Re-exibir: oculta/reexibe uma planilha. Após essa sequência, o Excel mostrará um pequeno
-Selecionar todas as planilhas: cria uma seleção em to- lembrete sobre a função que iremos usar, onde é possível
das as planilhas para que possam ser configuradas e im- clicar e obter ajuda, também. Usaremos, no exemplo a se-
pressas juntamente. guir, a função = soma(B2:B4).
Lembre-se, basta colocar o a célula que contém o pri-
Selecionar Tudo: Clicando-se na caixa Selecionar tudo, meiro valor, em seguida o dois pontos (:) e por último a
todas as células da planilha ativa serão selecionadas. célula que contém o último valor.

24
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Subtrair: A subtração será feita sempre entre dois va- Na célula C1 está sendo mostrado o resultado da fun-
lores, por isso não precisamos de uma função específica. ção =hoje(), que aparece na barra de fórmulas.
Tendo dois valores em células diferentes, podemos apenas
clicar na primeira, digitar o sinal de “-” (menos) e depois clicar na Inteiro: Com essa função podemos obter o valor intei-
segunda célula. Usamos na figura a seguir a fórmula = B2-B3. ro de uma fração. A função a ser digitada é =int(A2). Lem-
Multiplicar: Para realizarmos a multiplicação, procede- bramos que A2 é a célula escolhida e varia de acordo com
mos de forma semelhante à subtração. Clicamos no primeiro a célula a ser selecionada na planilha trabalhada.
número, digitamos o sinal de multiplicação que, para o Excel é
o “*” asterisco, e depois, clicamos no último valor. No próximo Arredondar para cima: Com essa função, é possível
exemplo, usaremos a fórmula =B2*B3. arredondar um número com casas decimais para o número
Outra forma de realizar a multiplicação é através da se- mais distante de zero.
guinte função: Sua sintaxe é: = ARREDONDAR.PARA.CIMA(núm;núm_
=mult(B2;c2) multiplica o valor da célula B2 pelo valor dígitos)
da célula C2.
Onde:
Núm: é qualquer número real que se deseja arredon-
Dividir: Para realizarmos a divisão, procedemos de forma
dar.
semelhante à subtração e multiplicação. Clicamos no primeiro
número, digitamos o sinal de divisão que, para o Excel é a “/” Núm_dígitos: é o número de dígitos para o qual se
barra, e depois, clicamos no último valor. No próximo exem- deseja arredondar núm.
plo, usaremos a fórmula =B3/B2.

Máximo: Mostra o maior valor em um intervalo de cé-


lulas selecionadas. Na figura a seguir, iremos calcular a maior
idade digitada no intervalo de células de A2 até A5. A função
digitada será = máximo(A2:A5). Figura 61: Início da função arredondar para cima
Onde: “= máximo” – é o início da função; (A2:A5) – refe-
re-se ao endereço dos valores onde você deseja ver qual é o Veja na figura, que quando digitamos a parte inicial
maior valor. No caso a resposta seria 10. da função, o Excel nos mostra que temos que selecionar o
num, ou seja, a célula que desejamos arredondar e, depois
Mínimo: Mostra o menor valor existente em um intervalo do “;” (ponto e vírgula), digitar a quantidade de dígitos para
de células selecionadas. a qual queremos arredondar.
Na figura a seguir, calcularemos o menor salário digitado Na próxima figura, para efeito de entendimento, dei-
no intervalo de A2 até A5. A função digitada será = mínimo xaremos as funções aparentes, e os resultados dispostos
(A2:A5). na coluna C:
Onde: “= mínimo” – é o início da função; (A2:A5) – refe- A função Arredondar.para.Baixo segue exatamente o
re-se ao endereço dos valores onde você deseja ver qual é o mesmo conceito.
maior valor. No caso a resposta seria R$ 622,00.
Resto: Com essa função podemos obter o resto de
Média: A função da média soma os valores de uma se- uma divisão. Sua sintaxe é a seguinte:
quência selecionada e divide pela quantidade de valores des- = mod (núm;divisor)
sa sequência.
Onde:
Na figura a seguir, foi calculada a média das alturas de
Núm: é o número para o qual desejamos encontrar o
quatro pessoas, usando a função = média (A2:A4)
resto.
Foi digitado “= média (”, depois, foram selecionados os
valores das células de A2 até A5. Quando a tecla Enter for divisor: é o número pelo qual desejamos dividir o
pressionada, o resultado será automaticamente colocado na número.
célula A6.
Todas as funções, quando um de seus itens for alte-
rado, recalculam o valor final.

Data: Esta fórmula insere a data automática em uma pla-


nilha.
Figura 62: Exemplo de digitação da função MOD

Os valores do exemplo a cima serão, respectivamente:


1,5 e 1.

Valor Absoluto: Com essa função podemos obter o


valor absoluto de um número. O valor absoluto, é o núme-
Figura 60: Exemplo função hoje ro sem o sinal. A sintaxe da função é a seguinte:

25
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

=abs(núm)
Onde: aBs(núm)
Núm: é o número real cujo valor absoluto você deseja obter.

Figura 63: Exemplo função abs

Dias 360: Retorna o número de dias entre duas datas com base em um ano de 360 dias (doze meses de 30 dias). Sua
sintaxe é:
= DIAS360(data_inicial;data_final)
Onde:
data_inicial = a data de início de contagem.
Data_final = a data a qual quer se chegar.
No exemplo a seguir, vamos ver quantos dias faltam para chegar até a data de 14/06/2018, tendo como data inicial o
dia 05/03/2018. A função utilizada será =dias360(A2;B2)

Figura 64: Exemplo função dias360

Vamos usar a Figura abaixo para explicar as próximas funções (Se, SomaSe, Cont.Se)

Figura 65: Exemplo (Se, SomaSe, Cont.se)

26
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Função SE: O SE é uma função condicional, ou seja, Exemplo: usando a planilha acima, queremos somar
verifica SE uma condição é verdadeira ou falsa. os salários de todos os funcionários HOMENS e mostrar
o resultado na célula D16. E também queremos somar os
A sintaxe desra função é a seguinte: salários das funcionárias mulheres e mostrar o resultado na
=SE(teste_lógico;“valor_se_verdadeiro”;“valor_se_falso”) célula D17. Para isso precisamos criar a seguinte condição:
=: Significa a chamada para uma fórmula/função
SE: função SE HOMENS:
teste_lógico: a pergunta a qual se deseja ter resposta SE SEXO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR MASCULI-
“valor_se_verdadeiro”: se a resposta da pergunta for NO, ENTÃO
verdadeira, define o resultado “valor_se_falso” se a respos- SOMA O VALOR DO SALÁRIO MOSTRADO NO
ta da pergunta for falsa, define o resultado INTERVALO D3 ATÉ D10
Usando a planilha acima como exemplo, na coluna ‘E’ MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D16
queremos colocar uma mensagem se o funcionário recebe
um salário igual ou acima do valor mínimo R$ 724,00 ou Traduzindo a condição em variáveis teremos:
abaixo do valor mínimo determinado em R$724,00.
Resultado: será mostrado na célula D16, portanto é
Assim, temos a condição: onde devemos digitar a fórmula
Intervalo para análise: C3:C10
SE VALOR DE C3 FOR MAIOR OU IGUAL a 724, então Critério: “MASCULINO”
ESCREVA “ACIMA”, senão ESCREVA “ABAIXO” MOSTRA O Intervalo para soma: D3:D10
RESULTADO NA CÉLULA E3 Assim, com o cursor na célula D16, digitamos:
=SOMASE(D3:D10;”masculino”;C3:C10)
Traduzindo a condição em variáveis teremos: MULHERES:
SE SEXO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR FEMINI-
Resultado: será mostrado na célula C3, portanto é NO, ENTÃO
onde devemos digitar a fórmula SOMA O VALOR DO SALÁRIO MOSTRADO NO IN-
TERVALO D3 ATÉ D10
Teste lógico: C3>=724
MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D17
Valor_se_verdadeiro: “Acima”
Valor_se_falso: “Abaixo”
Traduzindo a condição em variáveis teremos:
Assim, com o cursor na célula E3, digitamos:
Resultado: será mostrado na célula D17, portanto é
=SE(C3>=724;”Acima”;”Abaixo”)
onde devemos digitar a fórmula
Para cada uma das linhas, podemos copiar e colar as
Intervalo para análise: C3:C10
fórmulas, e o Excel, inteligentemente, acertará as linhas e Critério: “FEMININO”
colunas nas células. Nossas fórmulas ficarão assim: Intervalo para soma: D3:D10
E4  =SE(C4>=724;”Acima”;”Abaixo”)
E5  =SE(C5>=724;”Acima”;”Abaixo”) Assim, com o cursor na célula D17, digitamos:
E6  =SE(C6>=724;”Acima”;”Abaixo”)
E7  =SE(C7>=724;”Acima”;”Abaixo”) =SomaSE(D3:D10;”feminino”;C3:C10)
E8  =SE(C8>=724;”Acima”;”Abaixo”)
E9  =SE(C9>=724;”Acima”;”Abaixo”) Função CONT.SE: O CONT.SE é uma função de con-
E10  =SE(C10>=724;”Acima”;”Abaixo”) tagem condicionada, ou seja, CONTA a quantidade de re-
gistros, SE determinada condição for verdadeira. A sintaxe
Função SomaSE: A SomaSE é uma função de soma desta função é a seguinte:
condicionada, ou seja, SOMA os valores, SE determinada
condição for verdadeira. A sintaxe desta função é a seguin- =CONT.SE(intervalo;“critérios”)
te:
= : significa a chamada para uma fórmula/função
=SomaSe(intervalo;“critérios”;intervalo_soma) CONT.SE: chamada para a função CONT.SE
intervalo: intervalo de células onde será feita a análise
=Significa a chamada para uma fórmula/função dos dados
SomaSe: função SOMASE “critérios”: critérios a serem avaliados nas células do
intervalo: Intervalo de células onde será feita a análise “intervalo”
dos dados
“critérios”: critérios (sempre entre aspas) a serem ava- Usando a planilha acima como exemplo, queremos
liados a fim de chegar à condição verdadeira saber quantas pessoas ganham R$ 1200,00 ou mais, e
intervalo_soma: Intervalo de células onde será verifi- mostrar o resultado na célula D14, e quantas ganham
cada a condição para soma dos valores abaixo de R$1.200,00 e mostrar o resultado na célula D15.
Para isso precisamos criar a seguinte condição:

27
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

R$ 1200,00 ou MAIS:
SE SALÁRIO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR MAIOR OU IGUAL A 1200, ENTÃO
CONTA REGISTROS NO INTERVALO C3 ATÉ C10
MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D14

Traduzindo a condição em variáveis teremos:

Resultado: será mostrado na célula D14, portanto é onde devemos digitar a fórmula
Intervalo para análise: C3:C10
Critério: >=1200

Assim, com o cursor na célula D14, digitamos:

=CONT.SE(C3:C10;”>=1200”)

MENOS DE R$ 1200,00:
SE SALÁRIO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR MENOR QUE 1200, ENTÃO
CONTA REGISTROS NO INTERVALO C3 ATÉ C10
MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D15

Traduzindo a condição em variáveis teremos:

Resultado: será mostrado na célula D15, portanto é onde devemos digitar a fórmula
Intervalo para análise: C3:C10
Critério: <1200

Assim, com o cursor na célula D15, digitamos:

=CONT.SE(C3:C10;”<1200”)

Observações: fique atento com o > (maior) e < (menor), >= (maior ou igual) e <=(menor ou igual). Se tivéssemos
determinado a contagem de valores >1200 (maior que 1200) e <1200 (menor que 1200), o valor =1200 (igual a 1200) não
entraria na contagem.

Formatação de Células: Ao observar a planilha abaixo, fica claro que não é uma planilha bem formatada, vamos
deixar ela de uma maneira mais agradável.

Figura 66: Planilha sem Formatação

28
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Vamos utilizar os 3(três) passos apontados na Figura abaixo:

Figura 67: Formatando a planilha

O primeiro passo é mesclar e centralizar o título, para isso utilizamos o botão Mesclar e Centralizar , entre outras opções
de alinhamento, como centralizar, direção do texto, entre outras.

Figura 68: Formatando a planilha (Passo 1)

Em seguida, vamos colocar uma borda no texto digitado, vamos escolher a opção “Todas as bordas”, podemos mudar
o título para negrito, mudar a cor do fundo e/ou de uma fonte, basta selecionar a(s) célula(s) e escolher as formatações.

Figura 69: Formatando a planilha (Passo 2)

Para finalizar essa etapa vamos formatar a coluna C para moeda, que é o caso desse exemplo, porém pode ser realizado
vários outros tipos de formatação, como, porcentagem, data, hora, científico, basta clicar no dropbox onde está escrito geral
e escolher.

Figura 70: Formatando a planilha (Passo 3)

29
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

O resultado final nos traz uma planilha muito mais agradável e de fácil entendimento:

Figura 71: Planilha Formatada

Ordenando os dados: Você pode digitar os dados em qualquer ordem, pois o Excel possui uma ferramenta muito
útil para ordenar os dados.

Ao clicar neste botão, você tem as opções para classificar de A a Z (ordem crescente), de Z a A (ordem decrescente) ou
classificação personalizada.

Para ordenar seus dados, basta clicar em uma célula da coluna que deseja ordenar, e selecionar a classificação crescente
ou decrescente. Mas cuidado! Se você selecionar uma coluna inteira, nas versões mais antigas do Excel, você irá classificar
os dados dessa coluna, mas vai manter os dados das outras colunas onde estão. Ou seja, seus dados ficarão alterados. Nas
versões mais novas, ele fará a pergunta, se deseja expandir a seleção e dessa forma, fazer a classificação dos dados junto
com a coluna de origem, ou se deseja manter a seleção e classificar somente a coluna selecionada.

Filtrando os dados: Ainda no botão temos a opção FILTRO. Ao selecionar esse botão, cada uma das colunas da nos-
sa planilha irá abrir uma seta para fazer a seleção dos dados que desejamos visualizar. Assim, podemos filtrar e visualizar
somente os dados do mês de Janeiro ou então somente os gastos com contas de consumo, por exemplo.

Grupo ferramentas de dados:

- Texto para colunas: separa o conteúdo de uma célula do Excel em colunas separadas.
- Remover duplicatas: exclui linhas duplicadas de uma planilha - Validação de dados: permite especificar valores invá-
lidos para uma planilha. Por exemplo, podemos especificar que a planilha não aceitará receber valores menores que 10.
- Consolidar: combina valores de vários intervalos em um novo intervalo.
- Teste de hipóteses: testa diversos valores para a fórmula na planilha.

Gráficos: Outra forma interessante de analisar os dados é utilizando gráficos. O Excel monta os gráficos rapidamente
e é muito fácil. Na Guia Inserir da Faixa de Opções, temos diversas opções de gráficos que podem ser utilizados.

Figura 72: Gráficos

30
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Utilizando a planilha da Concessionária Grupo Nova, teremos o seguinte gráfico escolhido:

Figura 73: Gráfico de Colunas – 3D

Redimensione o gráfico clicando com o mouse nas bordas para aumentar de tamanho. Reposicione o gráfico na pági-
na, clicando nas linhas e arrastando até o local desejado.
Importante mencionar que o conceito do Excel 365 é o mesmo apontado no Word, ou seja, fazem parte do Office
365, que podem ser comprados conforme figura 39.

11.4. LibreOffice Calc


O Calc é o software de planilha eletrônica do LibreOffice e o seu formato de arquivo padrão é o .ods (Open Docu-
ment Spreadsheet). 
O Calc trabalha de modo semelhante ao Excel no que se refere ao uso de fórmulas. Ou seja, uma fórmula é iniciada
pelo sinal de igual (=) e seguido por uma sequência de valores, referências a células, operadores e funções.
Algumas diferenças entre o Calc e o Excel:
Para fazer referência a uma interseção no Calc, utiliza-se o sinal de exclamação (!). Por exemplo, “B2:C4!C3:C6” retor-
nará a C3 e C4 (interseção entre os dois intervalos). No Excel, isso é feito usando um espaço em branco (B2:C4 C3:C6).

Figura 74: Exemplo de Operação no Calc

31
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

 Para fazer referência a uma célula que esteja em outra planilha, na mesma pasta de trabalho, digite “nome_da_plani-
lha + . + célula. Por exemplo, “Plan2.A1” faz referência a célula A1 da planilha chamada Plan2. No Excel, isso é feito usan-
do o sinal de exclamação ! (Plan2!A1).
 Menus do Calc
Arquivo - contém comandos que se aplicam ao documento inteiro como Abrir, Salvar e Exportar como PDF.
Editar - contém comandos para editar o conteúdo documento como, por exemplo, Desfazer, Localizar e Substituir,
Cortar, Copiar e Colar.
Exibir - contém comandos para controlar a exibição de um documento tais como Zoom, Tela Inteira e Navegador.
Inserir - contém comandos para inserção de novos elementos no documento como células, linhas, colunas, planilhas,
gráficos.
Formatar - contém comandos para formatar células selecionadas, objetos e o conteúdo das células no documento.
Ferramentas - contém ferramentas como Ortografia, Atingir meta, Rastrear erro, etc.
Dados - contém comandos para editar os dados de uma planilha. É possível classificar, utilizar filtros, validar, etc.
Janela - contém comandos para manipular e exibir janelas no documento.
Ajuda - permite acessar o sistema de ajuda do LibreOffice.

12. Utilização do Microsoft PowerPoint.

12.2. PowerPoint 2007

A versão 2007 passa a ter o formato PPTX, diferente das anteriores que eram PPT, essa nova versão lida muito melhor
com vídeos e imagens. Um documento em branco do PowerPoint 2003 (formato PPT) apenas com uma imagem de 1 MB
chega a ocupar 5 MB, já no formato PPTX, este mesmo arquivo ocupa cerca de 1,1 MB.

O PowerPoint 2007 trouxe uma importante opção que se encarrega de compactar imagens automaticamente a fim de
reduzir o tamanho total do documento. Para tal, abra a aba Formatar do programa e clique na opção Compactar Imagens.

Neste momento o usuário escolhe se deseja compactar uma única imagem da apresentação ou se pretende aplicar o
efeito a todas as figuras. Clique em Opções para acessar escolher o nível de qualidade e compactação das imagens de seu
arquivo, além disso foi possível começar a tratar imagens.

O PowerPoint 2007 passou a oferecer mais gráficos tridimensionais, permitindo apresentações com melhor visual,
diferentemente do seu antecessor 2003, PowerPoint 2007 utiliza o Microsoft Office Fluent interface de usuário (UI). Esta
UI categoriza grupos e guias relacionados, tornando mais fácil para os usuários a encontrar os comandos e recursos do
PowerPoint . Além disso, a Fluent UI inclui uma função de visualização ao vivo , para rever alterações de formatação antes
de finalizá-los , bem como galerias de efeitos pré- definidos, layouts , temas e “Estilos Rápidos”. 

Os temas do PowerPoint 2007 possuem características de “Estilos Rápidos”, estilos esses que não existem no Power-
Point 2003, com o PowerPoint 2003, a formatação de um documento exige a escolha de estilo e opções de cores para
gráficos, textos, fundos e até mesmo tabelas.

A versão 2007 do PowerPoint 2007 possuem opções de compartilhamentos mais flexíveis do que as de seu antecessor
de 2003. Um exemplo claro disso é que na versão 2007 os usuários podem acessar o Microsoft Office SharePoint Server
2007 para integrar as apresentações com o Outlook 2007, bem como o compartilhamento de apresentações utilizando o
que chamamos de “Bibliotecas de Slides”.

Em relação as tabelas e gráficos, ao contrário do PowerPoint 2003, a versão 2007 armazena as informações dos gráficos
no Excel 2007, ao invés de armazenar esses dados em folhas de dados do gráfico.

12.3. PowerPoint 2010, 2013 e detalhes gerais

Na tela inicial do PowerPoint, são listadas as últimas apresentações editadas (à esquerda), opção para criar nova apre-
sentação em branco e ainda, são sugeridos modelos para criação de novas apresentações (ao centro).
Ao selecionar a opção de Apresentação em Branco você será direcionado para a tela principal, composta pelos elemen-
tos básicos apontados na figura abaixo, e descritos nos tópicos a seguir.

32
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Figura 76: Tela Principal do PowerPoint 2013

Barra de Títulos: A linha superior da tela é a barra de títulos, que mostra o nome da apresentação na janela. Ao iniciar
o programa aparece Apresentação 1 porque você ainda não atribuiu um nome ao seu arquivo.

Faixa de Opções:Desde a versão 2007 do Office, os menus e barras de ferramentas foram substituídos pela Faixa de
Opções. Os comandos são organizados em uma única caixa, reunidos em guias. Cada guia está relacionada a um tipo de
atividade e, para melhorar a organização, algumas são exibidas somente quando necessário.

Figura 77: Faixa de Opções

Barra de Ferramentas de Acesso Rápido: A Barra de Ferramentas de Acesso Rápido fica posicionada no topo da tela
e pode ser configurada com os botões de sua preferência, tornando o trabalho mais ágil.

Adicionando e Removendo Componentes: Para ocultar ou exibir um botão de comando na barra de ferramentas de
acesso rápido podemos clicar com o botão direito no componente que desejamos adicionar, em qualquer guia. Será exibida
uma janela com a opção de Adicionar à Barra de Ferramentas de Acesso Rápido.

33
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Figura 78: Adicionando itens à Barra de Ferramentas de Acesso Rápido

Temos ainda outra opção de adicionar ou remover componentes nesta barra, clicando na seta lateral. É aberto o menu
Personalizar Barra de Ferramentas de Acesso Rápido, que apresenta várias opções para personalizar a barra, além da opção
Mais Comandos..., onde temos acesso a todos os comandos do PowerPoint.
Para remoção do componente, no mesmo menu selecione-o. Se preferir, clique com o botão direito do mouse sobre o
ícone que deseja remover e escolha Remover da Barra de Ferramentas de Acesso Rápido.

Barra de Status: Localizada na parte inferior da tela, a barra de status permite incluir anotações e comentários na sua
apresentação, mensagens, fornece estatísticas e o status de algumas teclas. Nela encontramos o recurso de Zoom e os
botões de ‘Modos de Exibição’.

Figura 79: Barra de Status

Clicando com o botão direito sobre a barra de status, será exibida a caixa Personalizar barra de status. Nela podemos
ativar ou desativar vários componentes de visualização.
Durante uma apresentação, os slides do PowerPoint vão sendo projetados no monitor do computador, lembrando os
antigos slides fotográficos.
O apresentador pode inserir anotações, observações importantes, que deverão ser abordadas durante a apresentação.
Estas anotações serão visualizadas somente pelo apresentador quando, durante a apresentação, for selecionado o Modo
de Exibição do Apresentador (basta clicar com o botão direito do mouse e selecionar esta opção durante a apresentação).
Modelos e Temas Online: Algumas vezes parece impossível iniciar uma apresentação. Você nem mesmo sabe como
começar. Nestas situações pode-se usar os modelos prontos, que fornecem sugestões para que você possa iniciar a criação
de sua apresentação. A versão PowerPoint 2013 traz vários modelos disponíveis online divididos por temas (é necessário
estar conectado à internet).

Figura 80: Modelos e temas online

34
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Para utilizar um modelo pronto, selecione um tema. Em nosso exemplo, vamos selecionar ‘Negócios’. Aparecerão vários
modelos prontos que podem ser utilizados para a criação de sua apresentação, conforme mostra a figura abaixo.

Figura 81: Apresentações Modelo ‘Negócios’

Procure conhecer os modelos, clicando sobre eles. Utilize as barras de rolagem para rolar a tela, visualizar as possi-
bilidades, e possivelmente escolher um modelo, dentre as inúmeras possibilidades fornecidas, para criar apresentações
profissionais com muita agilidade.

Ao escolher um modelo, clique no botão ‘Criar’ e aguarde o download do arquivo. Será criado um novo arquivo em
seu computador, que você poderá salvar onde quiser. A partir daí, basta customizar os dados e utilizá-lo como SUA APRE-
SENTAÇÃO.

Tanto o layout como o padrão de formatação de fontes, poderão ser alterados em qualquer momento, para atender às
suas necessidades.

Apresentação de Slides:

Antes de começarmos a trabalhar em um novo slide, ou nova apresentação, vamos entender um pouco melhor como
funciona uma apresentação. Escolha um modelo pronto qualquer, faça o download, e inicie a apresentação, assim:

Na barra ‘Modos de exibição de slides’, localizada na barra de status, clique no botão ‘Modo de Apresentação de Slides’.
Dê cliques com o mouse para seguir ao próximo slide. Ao clicar na apresentação, são exibidos botões de navegação,
que permitem que você siga para o próximo slide ou volte ao anterior, conforme mostrado abaixo. Além dos botões de
navegação você também conta com outras ferramentas durante sua apresentação.

Figura 82: Botões de Navegação e Outras Ferramentas

Exibição de Slides:Vamos agora começar a personalizar nossa apresentação, tendo como base o modelo criado. Se
ainda estiver com uma apresentação aberta, termine a apresentação, retornando à estrutura. Clique, na faixa de opções, no
menu ‘EXIBIÇÃO’.

Alternando entre os Modos de Exibição

Modo Normal: No modo de exibição ‘Normal’, você trabalha em um slide de cada vez e pode organizar a estrutura
de todos os slides da apresentação.

35
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Figura 83: Modo de Exibição ‘Normal’.

Para mover de um slide para outro clique sobre o slide (do lado esquerdo) que deseja visualizar na tela, ou utilize as
teclas ‘PageUp’ e ‘PageDown’.

Modo de Exibição de Estrutura de Tópicos: Este modo de visualização é interessante principalmente durante a cons-
trução do texto da apresentação. Você pode ir digitando o texto do lado esquerdo e o PowerPoint monta os slides pra você.

Classificação de Slides: Este modo permite ver seus slides em miniatura, para auxiliar na organização e estruturação
de sua apresentação. No modo de classificação de slides, você pode reordenar slides, adicionar transições e efeitos de ani-
mação e definir intervalos de tempo para apresentações eletrônicas de slides.

Figura 84: Classificação de Slides

Para alterar a sequência de exibição de slides, clique no slide e arraste até a posição desejada. Você também pode ocul-
tar um slide dando um clique com o botão direito do mouse sobre ele e selecionando ‘Ocultar Slide’.

Alterando o Design:

O design de um slide é a apresentação visual do mesmo, ou seja, as cores nele utilizadas, tipos de fontes, etc. O Power-
Point disponibiliza vários temas prontos para aplicar ao design de sua apresentação.
Para inserir um Tema de design pronto nos slides acesse a guia ‘Design’ na Faixa de Opções. Clique na seta lateral para
visualizar todos os temas existentes.

36
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Clique no tema desejado, para aplicar ao slide selecio- Na guia ‘Início’ da Faixa de Opções, clique na seta la-
nado. O tema será aplicado em todos os slides. teral da caixa Layout. Será exibida uma janela com várias
Variantes->Cores e Variantes->Fontes: ainda na guia opções. Selecione o layout ‘Título e conteúdo’.
‘Design’ podemos aplicar variações dos temas, alterando Aparecerá a caixa de conteúdo no slide como mostra-
cores e fontes, criando novos temas de cores. Clique na do na figura a seguir. A caixa de conteúdos ao centro do
seta da caixa ‘Variantes’ para abrir as opções. Passe o mou- slide possui diversas opções de tipo de conteúdo que se
se sobre cada tema para visualizar o efeito na apresenta- pode utilizar.
ção. Após encontrar a variação desejada, dê um clique com As demais ferramentas da ‘Caixa de Conteúdo’ são:
o mouse para aplicá-la à apresentação.
• Escolher Elemento Gráfico SmartArt
• Inserir Imagem
• Inserir Imagens Online
• Inserir Vídeo

Explore as opções, utilize os recursos oferecidos para


enriquecer seus conhecimentos e, em consequência, criar
apresentações muito mais interessantes. O funcionamento
de cada item é semelhante aos já abordados.

Figura 85: Variantes de Temas de Design Agora é com você!


Exercite: crie diversos slides de conteúdo, procurando
Variantes->Efeitos: os efeitos de tema especificam utilizar todas as opções oferecidas para cada tipo de con-
como os efeitos são aplicados a gráficos SmartArt, formas teúdo. Desta forma, você estará aprendendo ainda mais
e imagens. Clique na seta do botão ‘Efeitos’ para acessar a
utilizar os recursos do PowerPoint e do Office.
galeria de Efeitos. Aplicando o efeito alteramos rapidamen-
te a aparência dos objetos.
Animação dos Slides: A animação dos slides é um
dos últimos passos da criação de uma apresentação. Essa é
Layout de Texto:
uma etapa importante, pois, apesar dos inúmeros recursos
oferecidos pelo programa, não é aconselhável exagerar na
O primeiro slide criado em nossa apresentação é um
utilização dos mesmos, pois além de tornar a apresentação
‘Slide de título’. Nele não deve ser inserido o conteúdo da
cansativa, tira a atenção das pessoas que estão assistindo,
palestra ou reunião, mas apenas o título e um subtítulo
pois trata-se do slide inicial. ao invés de dar foco ao conteúdo da apresentação, passam
Clique no quadro onde está indicado ‘Clique aqui para a dar fico para as animações.
adicionar um título’, e escreva o título de sua apresentação.
A apresentação que criaremos será sobre ‘Grupo Nova”. Transições: A transição dos slides nada mais é que a
No quadro onde está indicado ‘Clique aqui para adi- mudança entre um slide e outro. Você pode escolher en-
cionar um subtítulo’ coloque seu nome ou o nome da em- tre diversas transições prontas, através da faixa de opções
presa em que trabalha, ou mesmo um subtítulo ligado ao ‘TRANSIÇÕES’. Selecione o primeiro slide da nossa apre-
tema da apresentação. sentação e clique nesta opção.
Formate o texto da forma como desejar, selecionando
o tipo da fonte, tamanho, alinhamento, etc., clicando sobre Escolha uma das transições prontas e veja o que acon-
a ‘Caixa de Texto’ para fazer as formatações. tece. Explore os diversos tipos de transições, apenas clican-
Clique no botão novo slide da guia ‘PÁGINA INICIAL’. do sobre elas e assistindo os efeitos que elas produzem.
Será criado um novo slide com layout diferente do anterior. Isso pode ser bastante divertido, mas dependendo do in-
Isso acontece porque o programa entende que o próximo tuito da apresentação, o exagero pode tornar sua apresen-
slide não é mais de título, e sim de conteúdo, e assim su- tação pouco profissional.
cessivamente pra a criação da sua apresentação.
Ainda em ‘TRANSIÇÕES’ escolha como será feito o
Layouts de Conteúdo: avanço do slide, se após um tempo pré-definido ou ‘Ao
Utilizando os layouts de conteúdo é possível inserir fi- Clicar com o Mouse’, dentro da faixa ‘INTERVALO’. Você
gura ou cliparts, tabelas, gráficos, diagramas ou clipe de também pode aplicar som durante a transição.
mídia (que podem ser animações, imagens, sons, etc.).
A utilização destes recursos é muito simples, bastando Animações: As animações podem ser definidas para
clicar, no próprio slide, sobre o recurso que deseja utilizar. cada caixa de texto dos slides. Ou seja, durante sua apre-
Salve a apresentação atual como ‘Ensino a Distância’ sentação você pode optar em ir abrindo o texto conforme
e, sem fechá-la, abra uma nova apresentação. Vamos ver a trabalha os assuntos.
utilização dos recursos de Conteúdo.

37
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Neste exemplo, selecionaremos o Slide 3 de nossa apresentação para enriquecer as explicações. Clique um uma das
caixas de texto do slide, e na opção ‘ANIMAÇÕES’ abra o ‘PAINEL DE ANIMAÇÃO’.

Figura 86: Animações

Escolheremos a opção ‘Flutuar para Dentro’, mas você pode explorar as diversas opções e escolher a que mais te agra-
dar. Clique na opção escolhida. No Painel de Animação, abra todas as animações clicando na seta para baixo.

Figura 87: Abrindo a lista do Painel de Animações

Cada parágrafo de texto pode ser configurado, bastando que você clique no parágrafo desejado e faça a opção de
animação desejada. O parágrafo pode aparecer somente quando você clicar com o mouse, ou juntamente com o anterior.
Pode mantê-lo aberto na tela enquanto outros estão fechados, etc.

Em nosso exemplo, vamos animar da seguinte forma: os textos da caixa de texto do lado esquerdo vão aparecer juntos
após clicar. Os textos da caixa do lado direito permanecem fechados. Ao clicar novamente, os dois parágrafos aparecerão
ao mesmo tempo na tela.

Passo a passo:
Com a caixa de texto do lado esquerdo selecionada, clique em ‘Iniciar ao clicar’ no 1º parágrafo, mostrado no Painel
de Animações;
selecione o 2º parágrafo e selecione ‘Iniciar com anterior’;
selecione a caixa de texto do lado direito e aplique uma animação;
no Painel de Animações clique em ‘Iniciar ao clicar’ no 1º parágrafo da caixa de texto
selecione o 2º parágrafo da caixa de texto e selecione ‘Iniciar com anterior’.

12.4. Impress
É o editor de apresentações do LibreOffice e o seu formato de arquivo padrão é o .odp (Open Document Presentations).
 
- O usuário pode iniciar uma apresentação no Impress de duas formas:
• do primeiro slide (F5) - Menu Apresentação de Slides -> Iniciar do primeiro slide
• do slide atual (Shift + F5) - Menu Apresentação de Slides -> Iniciar do slide atual.
 
- Menu do Impress:
• Arquivo - contém comandos que se aplicam ao documento inteiro como Abrir, Salvar e Exportar como PDF;
• Editar - contém comandos para editar o conteúdo documento como, por exemplo, Desfazer, Localizar e Substituir,
Cortar, Copiar e Colar;
• Exibir - contém comandos para controlar a exibição de um documento tais como Zoom, Apresentação de Slides,
Estrutura de tópicos e Navegador;
• Inserir  - contém comandos para inserção de novos slides e elementos no documento como figuras, tabelas e
hiperlinks;
• Formatar - contém comandos para formatar o layout e o conteúdo dos slides, tais como Modelos de slides, Layout
de slide, Estilos e Formatação, Parágrafo e Caractere;
• Ferramentas - contém ferramentas como Ortografia, Compactar apresentação e Player de mídia;
• Apresentação de Slides - contém comandos para controlar a apresentação de slides e adicionar efeitos em objetos
e na transição de slides.

38
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Veja alguns tipos de redes:


Redes Pessoais (Personal Area Networks – PAN) – se
REDES DE COMPUTADORES: CONCEITOS comunicam a 1 metro de distância. Ex.: Redes Blue-
BÁSICOS, FERRAMENTAS, APLICATIVOS E tooth;
PROCEDIMENTOS DE INTERNET E INTRANET; Redes Locais (Local Area Networks – LAN) – redes em
PROGRAMAS DE NAVEGAÇÃO (MICROSOFT que a distância varia de 10m a 1km. Pode ser uma sala,
INTERNET EXPLORER, MOZILLA FIREFOX E um prédio ou um campus de universidade;
GOOGLE CHROME); Redes Metropolitanas (Metropolitan Area Network –
PROGRAMAS DE CORREIO ELETRÔNICO MAN) – quando a distância dos equipamentos conec-
(MICROSOFT OUTLOOK E MOZILLA tados à uma rede atinge áreas metropolitanas, cerca de
THUNDERBIRD); 10km. Ex.: TV à cabo;
Redes a Longas Distâncias (Wide Area Network – WAN)
SÍTIOS DE BUSCA E PESQUISA NA INTERNET;
– rede que faz a cobertura de uma grande área geográ-
GRUPOS DE DISCUSSÃO; fica, geralmente, um país, cerca de 100 km;
REDES SOCIAIS; Redes Interligadas (Interconexão de WANs) – são re-
COMPUTAÇÃO NA NUVEM (CLOUD des espalhadas pelo mundo podendo ser interconectadas
COMPUTING). a outras redes, capazes de atingirem distâncias bem maio-
res, como um continente ou o planeta. Ex.: Internet;
Rede sem Fio ou Internet sem Fio (Wireless Local Area
Network – WLAN) – rede capaz de conectar dispositivos
Redes de Computadores eletrônicos próximos, sem a utilização de cabeamento.
Redes de Computadores refere-se à interligação por meio Além dessa, existe também a WMAN, uma rede sem fio
de um sistema de comunicação baseado em transmissões e
para área metropolitana e WWAN, rede sem fio para
protocolos de vários computadores com o objetivo de trocar in-
grandes distâncias.
formações, entre outros recursos. Essa ligação é chamada de es-
tações de trabalho (nós, pontos ou dispositivos de rede).
Topologia de Redes
Atualmente, existe uma interligação entre computado-
Astopologias das redes de computadores são as estru-
res espalhados pelo mundo que permite a comunicação
turas físicas dos cabos, computadores e componentes.
entre os indivíduos, quer seja quando eles navegam pela
internet ou assiste televisão. Diariamente, é necessário utili- Existem as topologias físicas, que são mapas que mos-
zar recursos como impressoras para imprimir documentos, tram a localização de cada componente da rede que
reuniões através de videoconferência, trocar e-mails, aces- serão tratadas a seguir. e as lógicas, representada pelo
sar às redes sociais ou se entreter por meio de jogos, etc. modo que os dados trafegam na rede:
Hoje, não é preciso estar em casa para enviar e-mails, Topologia Ponto-a-ponto – quando as máquinas es-
basta ter um tablet ou smartphone com acesso à internet tão interconectadas por pares através de um roteamen-
nos dispositivos móveis. Apesar de tantas vantagens, o to de dados;
crescimento das redes de computadores também tem seu Topologia de Estrela – modelo em que existe um
lado negativo. A cada dia surgem problemas que preju- ponto central (concentrador) para a conexão, geral-
dicam as relações entre os indivíduos, como pirataria, es- mente um hub ou switch;
pionagem, phishing - roubos de identidade, assuntos polê- Topologia de Anel – modelo atualmente utilizado em
micos como racismo, sexo, pornografia, sendo destacados automação industrial e na década de 1980 pelas redes
com mais exaltação, entre outros problemas. Token Ring da IBM. Nesse caso, todos os computadores
Há muito tempo, o ser homem sentiu a necessidade são entreligados formando um anel e os dados são pro-
de compartilhar conhecimento e estabelecer relações com pagados de computador a computador até a máquina de
pessoas a distância. Na década de 1960, durante a Guerra origem;
Fria, as redes de computadores surgiram com objetivos mi- Topologia de Barramento – modelo utilizado nas pri-
litares: interconectar os centros de comando dos EUA para meiras conexões feitas pelas redes Ethernet.Refere- se a
com objetivo de proteger e enviar de dados. computadores conectados em formato linear, cujo cabea-
mento é feito em sequencialmente;
Alguns tipos de Redes de Computadores Redes de Difusão (Broadcast) – quando as máquinas
Antigamente, os computadores eram conectados em estão interligadas por um mesmo canal através de pacotes
distâncias curtas, sendo conhecidas como redes locais. endereçados (unicast, broadcast e multicast).
Mas, com a evolução das redes de computadores, foi ne-
cessário aumentar a distância da troca de informações en- Cabos
tre as pessoas. As redes podem ser classificadas de acor- Os cabos ou cabeamentos fazem parte da estrutura fí-
do com sua arquitetura (Arcnet, Ethernet, DSL, Token ring, sica utilizada para conectar computadores em rede, estan-
etc.), a  extensão geográfica (LAN, PAN, MAN, WLAN, do relacionados a largura de banda, a taxa de transmissão,
etc.), a topologia (anel, barramento, estrela, ponto-a- padrões internacionais, etc. Há vantagens e desvantagens
-ponto, etc.) e o meio de transmissão (redes por cabo de para a conexão feita por meio de cabeamento. Os mais uti-
fibra óptica, trançado, via rádio, etc.). lizados são:

39
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Cabos de Par Trançado – cabos caracterizados por Roteadores: Dispositivo utilizado para conectar redes
sua velocidade, pode ser feito sob medida, comprados e arquiteturas diferentes e de grande porte. Ele funciona
em lojas de informática ou produzidos pelo usuário; como um tipo de ponte na camada de rede do modelo
Cabos Coaxiais – cabos que permitem uma distância OSI (Open Systens Interconnection - protocolo de inter-
maior na transmissão de dados, apesar de serem flexí- conexão de sistemas abertos para conectar máquinas
veis, são caros e frágeis. Eles necessitam de barramento de diferentes fabricantes), identificando e determinando
ISA, suporte não encontrado em computadores mais um IP para cada computador que se conecta com a rede.
novos; Sua principal atribuição é ordenar o tráfego de da-
Cabos de Fibra Óptica – cabos complexos, caros e de dos na rede e selecionar o melhor caminho. Existem
difícil instalação. São velozes e imunes a interferências os roteadores estáticos, capaz de encontrar o menor ca-
eletromagnéticas. minho para tráfego de dados, mesmo se a rede estiver
Após montar o cabeamento de rede é necessário reali- congestionada; e os roteadores dinâmicos que encon-
zar um teste através dos testadores de cabos, adquirido em tram caminhos mais rápidos e menos congestionados
lojas especializadas. Apesar de testar o funcionamento, ele para o tráfego.
não detecta se existem ligações incorretas. É preciso que Modem: Dispositivo responsável por transformar a
um técnico veja se os fios dos cabos estão na posição certa. onda analógica que será transmitida por meio da linha
telefônica, transformando-a em sinal digital original.
Sistema de Cabeamento Estruturado Servidor: Sistema que oferece serviço para as redes
Para que essa conexão não prejudique o ambiente de de computadores, como por exemplo, envio de arquivos
trabalho, em uma grande empresa, são necessárias várias ou e-mail. Os computadores que acessam determinado
conexões e muitos cabos, sendo necessário o cabeamento servidor são conhecidos como clientes.
estruturado. Placa de Rede: Dispositivo que garante a comuni-
Através dele, um técnico irá poupar trabalho e tempo, cação entre os computadores da rede. Cada arquitetura
tanto para fazer a instalação, quanto para a remoção da de rede depende de um tipo de placa específica. As mais
rede. Ele é feito através das tomadas RJ-45 que possibili- utilizadas são as do tipo Ethernet e Token Ring (rede em
tam que vários conectores possam ser inseridos em um anel).
único local, sem a necessidade de serem conectados dire-
tamente no hub. Conceito de Internet
Além disso, o sistema de cabeamento estruturado pos-
sui um painel de conexões, o Patch Panel, onde os cabos O objetivo inicial da Internet era atender necessida-
das tomadas RJ-45 são conectados, sendo um concentrador des militares, facilitando a comunicação. A agência nor-
de tomadas, favorecendo a manutenção das redes. Eles são te-americana ARPA – ADVANCED RESEARCH AND PRO-
adaptados e construídos para serem inseridos em um rack. JECTS AGENCY e o Departamento de Defesa americano,
Todo esse planejamento deve fazer parte do projeto do na década de 60, criaram um projeto que pudesse conec-
cabeamento de rede, em que a conexão da rede é pensada tar os computadores de departamentos de pesquisas e
de forma a realizar a sua expansão. bases militares, para que, caso um desses pontos sofresse
Repetidores: Dispositivo capaz de expandir o cabea- algum tipo de ataque, as informações e comunicação não
mento de rede. Ele poderá transformar os sinais recebidos e seriam totalmente perdidas, pois estariam salvas em ou-
enviá-los para outros pontos da rede. Apesar de serem trans- tros pontos estratégicos.
missores de informações para outros pontos, eles também O projeto inicial, chamado ARPANET, usava uma co-
diminuem o desempenho da rede, podendo haver colisões nexão a longa distância e possibilitava que as mensagens
entre os dados à medida que são anexas outras máquinas. fossem fragmentadas e endereçadas ao seu computador
Esse equipamento, normalmente, encontra-se dentro do hub. de destino. O percurso entre o emissor e o receptor da
Hubs: Dispositivos capazes de receber e concentrar informação poderia ser realizado por várias rotas, assim,
todos os dados da rede e compartilhá-los entre as outras caso algum ponto no trajeto fosse destruído, os dados
estações (máquinas). Nesse momento nenhuma outra má- poderiam seguir por outro caminho garantindo a entre-
quina consegue enviar um determinado sinal até que os ga da informação, é importante mencionar que a maior
dados sejam distribuídos completamente. Eles são utiliza- distância entre um ponto e outro, era de 450 quilômetros.
dos em redes domésticas e podem ter 8, 16, 24 e 32 por- No começo dos anos 80, essa tecnologia rompeu as
tas, variando de acordo com o fabricante. Existem os Hubs barreiras de distância, passando a interligar e favorecer a
Passivos, Ativos, Inteligentes e Empilháveis. troca de informações de computadores de universidades
Bridges: É um repetidor inteligente que funciona dos EUA e de outros países, criando assim uma rede (NET)
como uma ponte. Ele lê e analisa os dados da rede, além internacional (INTER), consequentemente seu nome passa a ser,
de relacionar diferentes arquiteturas. INTERNET.
Switches: Tipo de aparelho semelhante a um hub, mas A evolução não parava, além de atingir fronteiras conti-
que funciona como uma ponte: ele envia os dados apenas nentais, os computadores pessoais evoluíam em forte esca-
para a máquina que o solicitou. Ele possui muitas portas de la alcançando forte potencial comercial, a Internet deixou de
entrada e melhor performance, podendo ser utilizado para conectar apenas computadores de universidades, passou a
redes maiores. conectar empresas e, enfim, usuários domésticos.

40
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Na década de 90, o Ministério das Comunicações e o Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil trouxeram a Internet para
os centros acadêmicos e comerciais. Essa tecnologia rapidamente foi tomando conta de todos os setores sociais até atingir a
amplitude de sua difusão nos tempos atuais.
Um marco que é importante frisar é o surgimento do WWW que foi a possibilidade da criação da interface gráfica deixando
a internet ainda mais interessante e vantajosa, pois até então, só era possível a existência de textos.
Para garantir a comunicação entre o remetente e o destinatário o americano Vinton Gray Cerf, conhecido como o pai da
internet criou os protocolos TCP/IP, que são protocolos de comunicação. O TCP – TRANSMISSION CONTROL PROTOCOL (Pro-
tocolo de Controle de Transmissão) e o IP – INTERNET PROTOCOL (Protocolo de Internet) são conjuntos de regras que tornam
possível tanto a conexão entre os computadores, quanto ao entendimento da informação trocada entre eles.
A internet funciona o tempo todo enviando e recebendo informações por isso o periférico que permite a conexão com
a internet chama MODEM, porque que ele MOdula e DEModula sinais, e essas informações só podem ser trocadas graças
aos protocolos TCP/IP.

Protocolos Web

Já que estamos falando em protocolos, citaremos outros que são largamente usados na Internet:

-HTTP (Hypertext Transfer Protocol): Protocolo de transferência de Hipertexto, desde 1999 é utilizado para trocar infor-
mações na Internet. Quando digitamos um site, automaticamente é colocado à frente dele o http://
Exemplo: http://www.novaconcursos.com.br
Onde:
http:// → Faz a solicitação de um arquivo de hipermídia para a Internet, ou seja, um arquivo que pode conter texto, som,
imagem, filmes e links.
-URL (Uniform Resource Locator): Localizador Padrão de recursos, serve para endereçar um recurso na web, é como se
fosse um apelido, uma maneira mais fácil de acessar um determinado site
Exemplo: http://www.novaconcursos.com.br, onde:

Faz a solicitação de um arquivo de


http:// hipermídiaparaaInternet.

Estipulaqueesse recursoestánarede mundialdecomputa


www dores(veremosmais sobre www emumpróximotópico).

Éo endereçodedomínio.Um endereçode
novaconcursos domíniorepresentarásua empresaou seu
espaçonaInternet.

Indicaqueo servidorondeesse siteestá


.com hospedado é de finalidadescomerciais.

.br Indicaqueo servidorestáno Brasil.

Encontramos, ainda, variações na URL de um site, que demonstram a finalidade a organização que o criou, como:
.gov - Organização governamental
.edu - Organização educacional
.org - Organização
.ind - Organização Industrial
.net - Organização telecomunicações
.mil - Organização militar
.pro - Organização de profissões
.eng – Organização de engenheiros

E também, do país de origem:


.it – Itália

41
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

.pt – Portugal Provedor


.ar – Argentina
.cl – Chile O provedor é uma empresa prestadora de serviços que
.gr – Grécia oferece acesso à Internet. Para acessar a Internet, é neces-
sário conectar-se com um computador que já esteja na In-
Quando vemos apenas a terminação .com, sabe- ternet (no caso, o provedor) e esse computador deve per-
mos que se trata de um site hospedado em um servi- mitir que seus usuários também tenham acesso a Internet.
dor dos Estados Unidos. No Brasil, a maioria dos provedores está conectada
-HTTPS (Hypertext transfer protocol secure): à Embratel, que por sua vez, está conectada com outros
Semelhante ao HTTP, porém permite que os dados se- computadores fora do Brasil. Esta conexão chama-se link,
jam transmitidos através de uma conexão criptografa- que é a conexão física que interliga o provedor de acesso
da e que se verifique a autenticidade do servidor e do com a Embratel. Neste caso, a Embratel é conhecida como
cliente através de certificados digitais. backbone, ou seja, é a “espinha dorsal” da Internet no Bra-
sil. Pode-se imaginar o backbone como se fosse uma ave-
-FTP (File Transfer Protocol): Protocolo de trans- nida de três pistas e os links como se fossem as ruas que
ferência de arquivo, é o protocolo utilizado para poder estão interligadas nesta avenida.
subir os arquivos para um servidor de internet, seus Tanto o link como o backbone possui uma velocidade
programas mais conhecidos são, o Cute FTP, FileZilla de transmissão, ou seja, com qual velocidade ele transmite
e LeechFTP, ao criar um site, o profissional utiliza um os dados.
desses programas FTP ou similares e executa a transfe- Esta velocidade é dada em bps (bits por segundo).
rência dos arquivos criados, o manuseio é semelhante Deve ser feito um contrato com o provedor de acesso,
à utilização de gerenciadores de arquivo, como o Win- que fornecerá um nome de usuário, uma senha de acesso
dows Explorer, por exemplo. e um endereço eletrônico na Internet.

-POP (Post Office Protocol): Protocolo de Pos- Home Page


to dos Correios permite, como o seu nome o indica,
recuperar o seu correio num servidor distante (o ser- Pela definição técnica temos que uma Home Page é um
vidor POP). É necessário para as pessoas não ligadas arquivo ASCII (no formato HTML) acessado de computado-
permanentemente à Internet, para poderem consultar res rodando um Navegador (Browser), que permite o acesso
os mails recebidos offline. Existem duas versões princi- às informações em um ambiente gráfico e multimídia. Todo
pais deste protocolo, o POP2 e o POP3, aos quais são em hipertexto, facilitando a busca de informações dentro
atribuídas respectivamente as  portas  109 e 110, fun- das Home Pages.
cionando com o auxílio de comandos textuais radical- O endereço de Home Pages tem o seguinte formato:
mente diferentes, na troca de e-mails ele é o protocolo http://www.endereço.com/página.html
de entrada. Por exemplo, a página principal do meu projeto de
mestrado:
IMAP (Internet Message Access Protocol): É um http://www.ovidio.eng.br/mestrado
protocolo alternativo ao protocolo POP3, que ofe-
rece muitas mais possibilidades, como, gerir vários PLUG-INS
acessos simultâneos e várias caixas de correio, além
de poder criar mais critérios de triagem. Os plug-ins são programas que expandem a capa-
cidade do Browser em recursos específicos - permitindo,
-SMTP (Simple Mail Transfer Protocol): É o pro- por exemplo, que você toque arquivos de som ou veja
tocolo padrão para envio de e-mails através da In- filmes em vídeo dentro de uma Home Page. As empresas
ternet. Faz a validação de destinatários de mensa- de software vêm desenvolvendo plug-ins a uma velocida-
gens. Ele que verifica se o endereço de e-mail do de impressionante. Maiores informações e endereços sobre
destinatário está corretamente digitado, se é um plug-ins são encontradas na página:
endereço existente, se a caixa de mensagens do http://www.yahoo.com/Computers_and_Internet/
destinatário está cheia ou se recebeu sua mensa- Software/ Internet/World_Wide_Web/Browsers/Plug_Ins/
gem, na troca de e-mails ele é o protocolo de saída. Indices/
Atualmente existem vários tipos de plug-ins. Abaixo
-UDP (User Datagram Protocol): Protocolo que temos uma relação de alguns deles:
atua na camada de transporte dos protocolos (TCP/IP). - 3D e Animação (Arquivos VRML, MPEG, QuickTime,
Permite que a apli- cação escreva um datagrama en- etc.).
capsulado num pacote IP e trans- portado ao destino. - Áudio/Vídeo (Arquivos WAV, MID, AVI, etc.).
É muito comum lermos que se trata de um protoco- - Visualizadores de Imagens (Arquivos JPG, GIF, BMP,
lo não confiável, isso porque ele não é implementado PCX, etc.).
com regras que garantam tratamento de erros ou en- - Negócios e Utilitários
trega. - Apresentações

42
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

INTRANET: A Intranet ou Internet Corporativa é a Aplicações da Intranet


implantação de uma Internet restrita apenas a utilização
interna de uma empresa. As intranets ou Webs corporati- Já é ponto pacífico que apoiarmos a estrutura de comu-
vas, são redes de comunicação internas baseadas na tecno- nicações corporativas em uma intranet dá para simplificar o
logia usada na Internet. Como um jornal editado interna- trabalho, pois estamos virtualmente todos na mesma sala.
mente, e que pode ser acessado apenas pelos funcionários De qualquer modo, é cedo para se afirmar onde a intranet
da empresa. vai ser mais efetiva para unir (no sentido operacional) os
A intranet cumpre o papel de conectar entre si filiais e diversos profissionais de uma empresa. Mas em algumas
departamentos, mesclando (com segurança) as suas infor- áreas já se vislumbram benefícios, por exemplo:
mações particulares dentro da estrutura de comunicações - Marketing e Vendas - Informações sobre produtos,
da empresa. listas de preços, promoções, planejamento de eventos;
O grande sucesso da Internet, é particularmente da - Desenvolvimento de Produtos - OT (Orientação de
World Wide Web (WWW) que influenciou muita coisa na Trabalho), planejamentos, listas de responsabilidades de
evolução da informática nos últimos anos. membros das equipes, situações de projetos;
Em primeiro lugar, o uso do hipertexto (documentos - Apoio ao Funcionário - Perguntas e respostas, siste-
interliga- dos através de vínculos, ou links) e a enorme fa- mas de melhoria contínua (Sistema de Sugestões), manuais
cilidade de se criar, interligar e disponibilizar documentos de qualidade;
multimídia (texto, gráficos, animações, etc.), democratiza- - Recursos Humanos - Treinamentos, cursos, apostilas,
ram o acesso à informação através de redes de computa- políticas da companhia, organograma, oportunidades de
dores. Em segundo lugar, criou-se uma gigantesca base de trabalho, programas de desenvolvimento pessoal, benefí-
usuários, já familiarizados com conhecimentos básicos de cios.
informática e de navegação na Internet. Finalmente, surgi- Para acessar as informações disponíveis na Web corpo-
ram muitas ferramentas de software de custo zero ou pe- rativa, o funcionário praticamente não precisa ser treinado.
queno, que permitem a qualquer organização ou empresa, Afinal, o esforço de operação desses programas se resume
sem muito esforço, “entrar na rede” e começar a acessar e quase somente em clicar nos links que remetem às novas
colocar informação. O resultado inevitável foi a impressio- páginas. No entanto, a simplicidade de uma intranet termi-
nante explosão na informação disponível na Internet, que na aí. Projetar e implantar uma rede desse tipo é uma tarefa
segundo consta, está dobrando de tamanho a cada mês. complexa e exige a presença de profissionais especializa-
Assim, não demorou muito a surgir um novo conceito, dos. Essa dificuldade aumenta com o tamanho da intranet,
que tem interessado um número cada vez maior de empre- sua diversidade de funções e a quantidade de informações
sas, hospitais, faculdades e outras organizações interes- nela armazenadas.
sadas em integrar informações e usuários: a intranet. Seu A intranet é baseada em quatro conceitos:
advento e disseminação promete operar uma revolução - Conectividade - A base de conexão dos computa-
tão profunda para a vida organizacional quanto o apare- dores ligados através de uma rede, e que podem transferir
cimento das primeiras redes locais de computadores, no qualquer tipo de informação digital entre si;
final da década de 80. - Heterogeneidade - Diferentes tipos de computado-
res e sistemas operacionais podem ser conectados de forma
O que é Intranet? transparente;
- Navegação - É possível passar de um documento a
O termo “intranet” começou a ser usado em meados outro através de referências ou vínculos de hipertexto, que
de 1995 por fornecedores de produtos de rede para se refe- facilitam o acesso não linear aos documentos;
rirem ao uso dentro das empresas privadas de tecnologias - Execução Distribuída - Determinadas tarefas de
projetadas para a comunicação por computador entre em- acesso ou manipulação na intranet só podem ocorrer gra-
presas. Em outras palavras, uma intranet consiste em uma ças à execução de programas aplicativos, que podem es-
rede privativa de computadores que se baseia nos padrões tar no servidor, ou nos microcomputadores que acessam a
de comunicação de dados da Internet pública, baseadas rede (também chamados de clientes, daí surgiu à expressão
na tecnologia usada na Internet (páginas HTML, e-mail, FTP, que caracteriza a arquitetura da intranet: cliente-servidor).
etc.) que vêm, atualmente fazendo muito sucesso. Entre as - A vantagem da intranet é que esses programas são
razões para este sucesso, estão o custo de implantação ativa- dos através da WWW, permitindo grande flexibilida-
relativamente baixo e a facilidade de uso propiciada pelos de. Determinadas linguagens, como Java, assumiram gran-
programas de navegação na Web, os browsers. de importância no desenvolvimento de softwares aplicati-
vos que obedeçam aos três conceitos anteriores.
Objetivo de construir uma Intranet
Mecanismos de Buscas
Organizações constroem uma intranet porque ela é
uma ferramenta ágil e competitiva. Poderosa o suficiente Pesquisar por algo no Google e não ter como retorno
para economizar tempo, diminuir as desvantagens da dis- exatamente o que você queria pode trazer algumas horas
tância e alavancar sobre o seu maior patrimônio de capital de trabalho a mais, não é mesmo? Por mais que os algorit-
com conhecimentos das operações e produtos da empresa. mos de busca sejam sempre revisados e busquem de certa

43
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

forma “adivinhar ” o que se passa em sua cabeça, lan- 15. Navegadores de internet: Internet Explorer,
çar mão de alguns artifícios para que sua busca seja Mozilla Firefox, Google Chrome.
otimizada poupará seu tempo e fará com que você
tenha acesso a resultados mais relevantes. Navegadores: Navegadores de internet ou browsers
Os mecanismos de buscas contam com opera- são programas de computador especializados em visualizar
dores para filtro de conteúdo. A maior parte desse e dar acesso às informações disponibilizadas na web, até
filtros, no entanto, pode não interessar e você, caso pouco tempo atrás tínhamos apenas o Internet Explorer e o
não seja um praticante de SEO. Contudo alguns são Netscape, hoje temos uma série de navegadores no merca-
realmente úteis e estão listados abaixo. Realize uma do, iremos fazer uma breve descrição de cada um deles, e
busca simples e depois aplique os filtros para poder depois faremos toda a exemplificação utilizando o Internet
ver o quanto os resultados podem sem mais especia- Explorer por ser o mais utilizado em todo o mundo, porém
lizados em relação ao que você procura. o conceito e usabilidade dos outros navegadores seguem os
-palavra_chave mesmos princípios lógicos.
Retorna um busca excluindo aquelas em que a
palavra chave aparece. Por exemplo, se eu fizer uma Chrome: O Chrome é o navegador do Google e con-
busca por computação, provavelmente encontrarei sequentemente um dos melhores navegadores existentes.
na relação dos resultados informaçõe sobre “Ciên- Outra vantagem devido ser o navegador da Google é o mais
cia da computação“. Contudo, se eu fizer uma busca utilizado no meio, tem uma interface simples muito fácil de
por  computação -ciência  , os resultados que tem a utilizar.
palavra chave ciência serão omitidos.
+palavra_chave
Retorna uma busca fazendo uma inclusão força-
da de uma palavra chave nos resultados. De maneira
análoga ao exemplo anterior, se eu fizer uma busca do
tipo computação, terei como retorna uma gama mista
de resultados. Caso eu queira filtrar somente os casos
em que ciências aparece, e também no estado de SP,
realizo uma busca do tipo computação + ciência SP. Figura 82: Símbolo do Google Chrome
“frase_chave”
Retorna uma busca em que existam as ocorrências Mozila Firefox: O Mozila Firefox é outro excelente nave-
dos termos que estão entre aspas, na ordem e grafia gador ele é gratuito e fácil de utilizar apesar de não ter uma
exatas ao que foi inserido. Assim, se você realizar uma interface tão amigável, porém é um dos navegadores mais
busca do tipo “como faser ” – sim, com a escrita incor- rápidas e com maior segurança contra hackers.
reta da palavra FAZER, verá resultados em que a frase
idêntica foi empregada.
palavras_chave_01 OR palavra_chave_02
Mostra resultado para pelo menos uma das pala-
vras chave citadas. Faça uma busca por facebook OR
msn, por exemplo, e terá como resultado de sua bus-
ca, páginas relevantes sobre pelo menos um dos dois
temas- nesse caso, como as duas palavras chaves são
populares, os dois resultados são apresentados em
posição de destaque. Figura 83: Símbolo do Mozilla Firefox
filetype:tipo
Retorna as buscas em que o resultado tem o tipo Opera: Usabilidade muito agradável, possui grande de-
de extensão especificada. Por exemplo, em uma bus- sempenho, porém especialistas em segurança o considera o
ca filetype:pdf jquery serão exibidos os conteúdos da navegador com menos segurança.
palavra chave jquery que tiverem como extensão .pdf.
Os tipos de extensão podem ser: PDF, HTML ou HTM,
XLS, PPT, DOC
palavra_chave_01 * palavra_chave_02
Retorna uma “busca combinada”, ou seja, sendo
o * um indicador de “qualquer conteúdo”, retorna re-
sultados em que os termos inicial e final aparecem,
independente do que “esteja entre eles”. Realize uma
busca do tipo facebook * msn e veja o resultado na
prática.
Figura 84: Símbolo do Opera

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Safari: O Safari é o navegador da Apple, é um ótimo ticação, e portanto, é indispensável que o usuário possua
navegador considerado pelos especialistas e possui uma in- um username e uma password que sejam reconhecidas pelo
terface bem bonita, apesar de ser um navegador da Apple sistema, quer dizer, ter uma conta nesse servidor. Neste caso,
existem versões para Windows. ao estabelecer uma conexão, o posicionamento é no diretório
criado para a conta do usuário – diretório home, e dali ele
poderá percorrer toda a árvore do sistema, mas só escrever e
ler arquivos nos quais ele possua.
Assim como muitas aplicações largamente utilizadas hoje
em dia, o FTP também teve a sua origem no sistema opera-
cional UNIX, que foi o grande percursor e responsável pelo
sucesso e desenvolvimento da Internet. 
Figura 85: Símbolo do Safari
Algumas dicas
Internet Explorer: O Internet Explorer ou IE é o nave- 1. Muitos sites que aceitam FTP anônimo limitam o nú-
gador padrão do Windows. Como o próprio nome diz, é um mero de conexões simultâneas para evitar uma sobrecarga
programa preparado para explorar a Internet dando acesso na máquina. Uma outra limitação possível é a faixa de horário
a suas informações. Representado pelo símbolo do “e” azul, de acesso, que muitas vezes é considerada nobre em horário
é possível acessá-lo apenas com um duplo clique em seu comercial, e portanto, o FTP anônimo é temporariamente de-
símbolo. sativado.
2. Uma saída para a situação acima é procurar “sites espe-
lhos” que tenham o mesmo conteúdo do site sendo acessado.
3. Antes de realizar a transferência de qualquer arquivo
verifique se você está usando o modo correto, isto é, no caso
de arquivos-texto, o modo é ASCII, e no caso de arquivos bi-
nários (.exe, .com, .zip, .wav, etc.), o modo é binário. Esta pre-
venção pode evitar perda de tempo.
Figura 86: Símbolo do Internet Explorer
4. Uma coisa interessante pode ser o uso de um servidor
de FTP em seu computador. Isto pode permitir que um ami-
16. Transferência de arquivos pela internet
go seu consiga acessar o seu computador como um servidor
remoto de FTP, bastando que ele tenha acesso ao número IP,
FTP (File Transfer Protocol – Protocolo de Transferência
que lhe é atribuído dinamicamente.
de Arquivos) é uma das mais antigas formas de interação
na Internet. Com ele, você pode enviar e receber arquivos Correio Eletrônico
para, ou de computadores que se caracterizam como ser-
vidores remotos. Voltaremos aqui ao conceito de arquivo Um e-mail hoje é um dos principais meios de comunica-
texto (ASCII – código 7 bits) e arquivos não texto (Binários ção, por exemplo:
– código 8 bits). Há uma diferença interessante entre en-
viar uma mensagem de correio eletrônico e realizar trans- canaldoovidio@gmail.com
ferência de um arquivo. A mensagem é sempre transferida
como uma informação textual, enquanto a transferência de Onde, canaldoovidio é o usuário o arroba quer dizer na, o
um arquivo pode ser caracterizada como textual (ASCII) ou gmail é o servidor e o .com é a tipagem.
não-textual (binário). Para editarmos e lermos nossas mensagens eletrônicas
Um servidor FTP é um computador que roda um pro- em um único computador, sem necessariamente estarmos
grama que chamamos de servidor de FTP e, portanto, é ca- conectados à Internet no momento da criação ou leitura do
paz de se comunicar com outro computador na Rede que e-mail, podemos usar um programa de correio eletrônico.
o esteja acessando através de um cliente FTP. Existem vários deles. Alguns gratuitos, como o Mozilla Thun-
  FTP anônimo versus FTP com autenticação existem derbird, outros proprietários como o Outlook Express. Os dois
dois tipos de conexão FTP, a primeira, e mais utilizada, é a programas, assim como vários outros que servem à mesma
conexão anônima, na qual não é preciso possuir um user- finalidade, têm recursos similares. Apresentaremos os recur-
name ou password (senha) no servidor de FTP, bastando sos dos programas de correio eletrônico através do Outlook
apenas identificar-se como anonymous (anônimo). Neste Express que também estão presentes no Mozilla Thunderbird.
caso, o que acontece é que, em geral, a árvore de diretório Um conhecimento básico que pode tornar o dia a dia com
que se enxerga é uma sub-árvore da árvore do sistema. Isto o Outlook muito mais simples é sobre os atalhos de teclado
é muito importante, porque garante um nível de segurança para a realização de diversas funções dentro do Outlook. Para
adequado, evitando que estranhos tenham acesso a todas você começar os seus estudos, anote alguns atalhos simples.
as informações da empresa. Quando se estabelece uma co- Para criar um novo e-mail, basta apertar Ctrl + Shift + M e
nexão de “FTP anônimo”, o que acontece em geral é que a para excluir uma determinada mensagem aposte no atalho
conexão é posicionada no diretório raiz da árvore de dire- Ctrl + D. Levando tudo isso em consideração inclua os ata-
tórios. Dentre os mais comuns estão: pub, etc, outgoing e lhos de teclado na sua rotina de estudos e vá preparado
incoming. O segundo tipo de conexão envolve uma auten- para o concurso com os principais na cabeça.

45
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Uma das funcionalidades mais úteis do Outlook para profissionais que compartilham uma mesma área é o comparti-
lhamento de calendário entre membros de uma mesma equipe.
Por isso mesmo é importante que você tenha o conhecimento da técnica na hora de fazer uma prova de concurso
que exige os conhecimentos básicos de informática, pois por ser uma função bastante utilizada tem maiores chances de
aparecer em uma ou mais questões.
O calendário é uma ferramenta bastante interessante do Outlook que permite que o usuário organize de forma com-
pleta a sua rotina, conseguindo encaixar tarefas, compromissos e reuniões de maneira organizada por dia, de forma a ter
um maior controle das atividades que devem ser realizadas durante o seu dia a dia.
Dessa forma, uma funcionalidade do Outlook permite que você compartilhe em detalhes o seu calendário ou parte dele
com quem você desejar, de forma a permitir que outra pessoa também tenha acesso a sua rotina, o que pode ser uma ótima
pedida para profissionais dentro de uma mesma equipe, principalmente quando um determinado membro entra de férias.
Para conseguir utilizar essa função basta que você entre em Calendário na aba indicada como Página Inicial. Feito isso,
basta que você clique em Enviar Calendário por E-mail, que vai fazer com que uma janela seja aberta no seu Outlook.
Nessa janela é que você vai poder escolher todas as informações que vão ser compartilhadas com quem você deseja,
de forma que o Outlook vai formular um calendário de forma simples e detalhada de fácil visualização para quem você
deseja enviar uma mensagem.
Nos dias de hoje, praticamente todo mundo que trabalha dentro de uma empresa tem uma assinatura própria para
deixar os comunicados enviados por e-mail com uma aparência mais profissional.
Dessa forma, é considerado um conhecimento básico saber como criar assinaturas no Outlook, de forma que este con-
teúdo pode ser cobrado em alguma questão dentro de um concurso público.
Por isso mesmo vale a pena inserir o tema dentro de seus estudos do conteúdo básico de informática para a sua pre-
paração para concurso. Ao contrário do que muita gente pensa, a verdade é que todo o processo de criar uma assinatura é
bastante simples, de forma que perder pontos por conta dessa questão em específico é perder pontos à toa.
Para conseguir criar uma assinatura no Outlook basta que você entre no menu Arquivo e busque pelo botão de Opções.
Lá você vai encontrar o botão para E-mail e logo em seguida o botão de Assinaturas, que é onde você deve clicar. Feito isso,
você vai conseguir adicionar as suas assinaturas de maneira rápida e prática sem maiores problemas.
No Outlook Express podemos preparar uma mensagem através do ícone Criar e-mail, demonstrado na figura acima, ao
clicar nessa imagem aparecerá a tela a seguir:

Figura 49: Tela de Envio de E-mail

Para: deve ser digitado o endereço eletrônico ou o contato registrado no Outlook do destinatário da mensagem. Cam-
po obrigatório.

Cc: deve ser digitado o endereço eletrônico ou o contato registrado no Outlook do destinatário que servirá para ter
ciência desse e-mail.

46
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Cco: Igual ao Cc, porém os destinatários ficam ocultos.


Assunto: campo onde será inserida uma breve descri- SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO:
ção, podendo reservar-se a uma palavra ou uma frase so- PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA;
bre o conteúdo da mensagem. É um campo opcional, mas
NOÇÕES DE VÍRUS, WORMS E OUTRAS
aconselhável, visto que a falta de seu preenchimento pode
levar o destinatário a não dar a devida importância à men-
PRAGAS VIRTUAIS;
sagem ou até mesmo desconsiderá-la. APLICATIVOS PARA SEGURANÇA
Corpo da mensagem: logo abaixo da linha assunto, é (ANTIVÍRUS, FIREWALL, ANTI-SPYWARE
equivalente à folha onde será digitada a mensagem. ETC.);
A mensagem, após digitada, pode passar pelas forma- PROCEDIMENTOS DE BACKUP;
tações existentes na barra de formatação do Outlook: ARMAZENAMENTO DE DADOS NA NUVEM
Mozilla Thunderbird é um cliente de email e notícias (CLOUD STORAGE).
open-source e gratuito criado pela Mozilla Foundation
(mesma criadora do Mozilla Firefox).
Webmail é o nome dado a um cliente de e-mail  que
não necessita de instalação no computador do usuário, já A Segurança da Informação refere-se às proteções exis-
que funciona como uma página de internet, bastando o tentes em relação às informações de uma determinada em-
usuário acessar a página do seu provedor de e-mail com presa, instituição governamental ou pessoa. Ou seja, aplica-
seu login e senha. Desta forma, o usuário ganha mobili- -se tanto às informações corporativas quanto as pessoais.
dade já que não necessita estar na máquina em que um Entende-se por informação todo e qualquer conteúdo
cliente de e-mail está instalado para acessar seu e-mail. ou dado que tenha valor para alguma corporação ou pes-
Para poder inserir anexos em um e-mail, é necessário soa. Ela pode estar guardada para uso restrito ou exposta
que a janela de edição esteja aberta, seja respondendo, en- ao público para consulta ou aquisição.
caminhando ou criando uma nova mensagem. Antes de proteger, devemos saber:
A possibilidade de se inserir anexos a uma mensagem - O que proteger;
de e-mail é muito comum, por exemplo, ao enviar um cur- - De quem proteger;
rículo, você fatalmente o irá enviar como um arquivo e não - Pontos frágeis;
no corpo do email. O símbolo mundial para se inserir um - Normas a serem seguidas.
anexo é um clips como pode-se visualizar na parte superior
da Figura 49. A Segurança da Informação se refere à proteção exis-
É importante saber que: Quanto maior for o tama- tente sobre as informações de uma determinada empresa
nho do arquivo a ser enviado como anexo a um e-mail, ou pessoa, isto é, aplica-se tanto às informações corporati-
mais demorado será o seu envio e a sua recepção por vas quanto aos pessoais. Entende-se por informação todo
parte do destinatário, por este motivo, caso necessite conteúdo ou dado que tenha valor para alguma organiza-
enviar um arquivo ou vários arquivos que ocupem uma ção ou pessoa. Ela pode estar guardada para uso restrito
grande quantidade de bytes, use uma ferramenta de ou exibida ao público para consulta ou aquisição.
compactação para comprimi-los. Podem ser estabelecidas métricas (com o uso ou não
Observe que: Entre o campo do Assunto e da área de de ferramentas) para definir o nível de segurança que há e,
edição do conteúdo da mensagem, será inserida a lista com isto, estabelecer as bases para análise de melhorias ou
com os arquivos anexados. pioras de situações reais de segurança. A segurança de cer-
Caso você tenha inserido um arquivo por engano, você ta informação pode ser influenciada por fatores comporta-
deverá selecioná-lo com as setas nesta lista e pressionar a mentais e de uso de quem se utiliza dela, pelo ambiente ou
tecla Delete para removê-lo dali. infraestrutura que a cerca ou por pessoas mal-intenciona-
Importante ressaltar que deve-se apenas salvar anexos das que têm o objetivo de furtar, destruir ou modificar tal
vindo de fontes conhecidas e confiáveis, pois pessoas mal informação.
intencionadas negativamente utilizam este interessantíssi- A tríade CIA (Confidentiality, Integrity and Availabi-
mo recurso para fazer a disseminação de vírus pela Inter- lity) — Confidencialidade, Integridade e Disponibilidade
net. — representa as principais características que, atualmen-
te, orientam a análise, o planejamento e a implementação
da segurança para um certo grupo de informações que se
almeja proteger. Outros fatores importantes são a irrevo-
CONCEITOS DE ORGANIZAÇÃO E DE gabilidade e a autenticidade. Com a evolução do comércio
GERENCIAMENTO DE INFORMAÇÕES, eletrônico e da sociedade da informação, a privacidade é
também uma grande preocupação.
ARQUIVOS, PASTAS E PROGRAMAS.
Portanto as características básicas, de acordo com os
padrões internacionais (ISO/IEC 17799:2005) são as seguintes:
- Confidencialidade – especificidade que limita o aces-
“Caro Candidato, o tópico acima foi abordado no so a informação somente às entidades autênticas, ou seja,
decorrer da matéria” àquelas autorizadas pelo proprietário da informação.

47
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

- Integridade – especificidade que assegura que a in- - Protocolos seguros: Uso de protocolos que ga-
formação manipulada mantenha todas as características rantem um grau de segurança e usam alguns dos
autênticas estabelecidas pelo proprietário da informação, mecanismos citados.
incluindo controle de mudanças e garantia do seu ciclo de
vida (nascimento, manutenção e destruição). Mecanismos de encriptação
- Disponibilidade – especificidade que assegura que a
informação esteja sempre disponível para o uso legítimo, A criptografia vem, originalmente, da fusão en-
ou seja, por aqueles usuários que têm autorização pelo tre duas palavras gregas:
proprietário da informação. • CRIPTO = ocultar, esconder.
- Autenticidade – especificidade que assegura que a • GRAFIA= escrever
informação é proveniente da fonte anunciada e que não foi Criptografia é a ciência de escrever em cifra ou
alvo de mutações ao longo de um processo. em códigos. Ou seja, é um conjunto de técnicas
- Irretratabilidade ou não repúdio – especificidade que que tornam uma mensagem ininteligível, e permi-
assegura a incapacidade de negar a autoria em relação a te apenas que o destinatário que saiba a chave de
uma transação feita anteriormente. encriptação possa decriptar e ler a mensagem com
clareza.
Mecanismos de segurança Permitema transformação reversível dainforma-
ção de forma a torná-la ininteligível a terceiros. Uti-
O suporte para as orientações de segurança pode ser liza-se para isso, algoritmos determinados e uma
encontrado em: chave secreta para,a partir de um conjunto de da-
Controles físicos: são barreiras que limitam o contato dos não encriptados,produzir uma continuação de
ou acesso direto a informação ou a infraestrutura (que as- dados encriptados. A operação inversa é a desen-
segura a existência da informação) que a suporta. criptação.
Controles lógicos: são bloqueios que impedem ou limi-
tam o acesso à informação, que está em ambiente contro- Existem dois tipos de chave: a chave pública e a
lado, geralmente eletrônico, e que, de outro modo, ficaria chave privada.
exibida a alteração não autorizada por elemento mal-in-  
tencionado. A chave pública é usada para codificar as infor-
Existem mecanismos de segurança que sustentam os mações, e a chave privada é usada para decodificar. 
controles lógicos: Dessa forma, na pública, todos têm acesso, mas
para ‘abrir ’ os dados da informação, que aparente-
- Mecanismos de cifração ou encriptação: Permitem a mente não tem sentido, é preciso da chave privada,
modificação da informação de forma a torná-la ininteligível que apenas o emissor e receptor original possui.
a terceiros. Utiliza-se para isso, algoritmos determinados e   Hoje, a criptografia pode ser considerada um
uma chave secreta para, a partir de um conjunto de dados método 100% seguro, pois, quem a utiliza para en-
não criptografados, produzir uma sequência de dados crip- viar e-mails e proteger seus arquivos, estará prote-
tografados. A operação contrária é a decifração. gido contra fraudes e tentativas de invasão.
- Assinatura digital: Um conjunto de dados criptogra- Os termos ‘chave de 64 bits’ e ‘chave de 128 bits’
fados, agregados a um documento do qual são função, são usados para expressar o tamanho da chave, ou
garantindo a integridade e autenticidade do documento seja, quanto mais bits forem utilizados, mais segura
associado, mas não ao resguardo das informações. será essa criptografia.
- Mecanismos de garantia da integridade da informa- Um exemplo disso é se um algoritmo usa um
ção: Usando funções de “Hashing” ou de checagem, é ga- chave de 8 bits, apenas 256 chaves poderão ser usa-
rantida a integridade através de comparação do resultado das para decodificar essa informação, pois 2 eleva-
do teste local com o divulgado pelo autor. do a 8 é igual a 256. Assim, um terceiro pode tentar
- Mecanismos de controle de acesso: Palavras-chave, gerar 256 tentativas de combinações e decodificar
sistemas biométricos, firewalls, cartões inteligentes. a mensagem, que mesmo sendo uma tarefa difícil,
- Mecanismos de certificação: Atesta a validade de um não é impossível. Portanto, quanto maior o número
documento. de bits, maior segurança terá a criptografia.
- Integridade: Medida em que um ser viço/infor- Existem dois tipos de chaves criptográficas, as chaves
mação é autêntico, ou seja, está protegido contra a simétricas e as chaves assimétricas
entrada por intrusos. Chave Simétrica é um tipo de chave simples, que é usa-
- Honeypot: É uma ferramenta que tem a função da para a codificação e decodificação. Entre os algoritmos
de proposital de simular falhas de segurança de um que usam essa chave, estão:
sistema e obter informações sobre o invasor enga- - DES (Data Encryption Standard): Faz uso de chaves de
nando-o, e fazendo-o pensar que esteja de fato ex- 56 bits, que corresponde à aproximadamente 72 quatrilhões
plorando uma fraqueza daquele sistema. É uma es- de combinações. Mesmo sendo um número extremamente
pécie de armadilha para invasores. O HoneyPot não elevado, em 1997, quebraram esse algoritmo através do mé-
oferece forma alguma de proteção. todo de ‘tentativa e erro’, em um desafio na internet.

48
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

- RC (Ron’sCode ou RivestCipher): É um algoritmo muito saber, um programa que envia dados sigilosos para a in-
utilizado em e-mails e usa chaves de 8 a 1024 bits. Além ternet, uma tentativa de acesso à rede a partir de compu-
disso, ele tem várias versões que diferenciam uma das ou- tadores externos não autorizados, entre outros.
tras pelo tamanho das chaves. Você já sabe que um firewall atua como uma espé-
- EAS (AdvancedEncryption Standard): Atualmente é um cie de barreira que verifica quais dados podem passar ou
dos melhores e mais populares algoritmos de criptogra- não. Esta tarefa só pode ser feita mediante o estabeleci-
fia. É possível definir o tamanho da chave como sendo de mento de políticas, isto é, de regras estabelecidas pelo
128bits, 192bits ou 256bits. usuário.
- IDEA (International Data EncryptionAlgorithm): É um Em um modo mais restritivo, um firewall pode ser
algoritmo que usa chaves de 128 bits, parecido com o DES. configurado para bloquear todo e qualquer tráfego no
Seu ponto forte é a fácil execução de software. computador ou na rede. O problema é que esta condi-
 As chaves simétricas não são absolutamente seguras ção isola este computador ou esta rede, então pode-se
quando referem-se às informações extremamente valiosas, criar uma regra para que, por exemplo, todo aplicativo
principalmente pelo emissor e o receptor precisarem ter o aguarde autorização do usuário ou administrador para
conhecimento da mesma chave. Dessa forma, a transmissão ter seu acesso liberado. Esta autorização poderá inclusive
pode não ser segura e o conteúdo pode chegar a terceiros. ser permanente: uma vez dada, os acessos seguintes se-
rão automaticamente permitidos.
Chave Assimétrica utiliza duas chaves: a privada e a pú- Em um modo mais versátil, um firewall pode ser con-
blica. Elas se sintetizam da seguinte forma: a chave pública figurado para permitir automaticamente o tráfego de de-
para codificar e a chave privada para decodificar, conside- terminados tipos de dados, como requisições HTTP (veja
rando-se que a chave privada é secreta. Entre os algoritmos mais sobre esse protocolo no ítem 7), e bloquear outras,
utilizados, estão: como conexões a serviços de e-mail.
- RSA (Rivest, ShmirandAdleman): É um dos algoritmos Perceba, como estes exemplos, que as políticas de
de chave assimétrica mais usados, em que dois números um firewall são baseadas, inicialmente, em dois princí-
primos (aqueles que só podem ser divididos por 1 e por pios: todo tráfego é bloqueado, exceto o que está expli-
eles mesmos) são multiplicados para a obter um terceiro citamente autorizado; todo tráfego é permitido, exceto o
valor. Assim, é preciso fazer fatoração, que significa desco- que está explicitamente bloqueado.
brir os dois primeiros números a partir do terceiro, sendo Firewalls mais avançados podem ir além, direcionan-
um cálculo difícil. Assim, se números grandes forem utili- do determinado tipo de tráfego para sistemas de segu-
zados, será praticamente impossível descobrir o código. A rança internos mais específicos ou oferecendo um refor-
chave privada do RSA são os números que são multiplica- ço extraem procedimentos de autenticação de usuários,
dos e a chave pública é o valor que será obtido. por exemplo.
- ElGamal: Utiliza-se do ‘logaritmo discreto’, que é um O trabalho de um firewall pode ser realizado de várias
problema matemático que o torna mais seguro. É muito formas. O que define uma metodologia ou outra são fa-
usado em assinaturas digitais. tores como critérios do desenvolvedor, necessidades es-
pecíficas do que será protegido, características do siste-
Segurança na internet; vírus de computadores; Spywa- ma operacional que o mantém, estrutura da rede e assim
re; Malware; Phishing; Worms e pragas virtuais e Aplica- por diante. É por isso que podemos encontrar mais de
tivos para segurança (antivírus, firewall e antispyware) um tipo de firewall. A seguir, os mais conhecidos.

Firewall é uma solução de segurança fundamentada Filtragem de pacotes (packetfiltering): As primeiras


em hardware ou software (mais comum) que, a partir de soluções de firewall surgiram na década de 1980 basean-
um conjunto de regras ou instruções, analisa o tráfego de do-se em filtragem de pacotes de dados (packetfilte-
rede para determinar quais operações de transmissão ou ring), uma metodologia mais simples e, por isso, mais
recepção de dados podem ser realizadas. “Parede de fogo”, limitada, embora ofereça um nível de segurança signi-
a tradução literal do nome, já deixa claro que o firewall se ficativo.
enquadra em uma espécie de barreira de defesa. A sua mis- Para compreender, é importante saber que cada pa-
são, consiste basicamente em bloquear tráfego de dados cote possui um cabeçalho com diversas informações a
indesejados e liberar acessos desejados. seu respeito, como endereço IP de origem, endereço IP
Para melhor compreensão, imagine um firewall como do destino, tipo de serviço, tamanho, entre outros. O Fi-
sendo a portaria de um condomínio: para entrar, é neces- rewall então analisa estas informações de acordo com as
sário obedecer a determinadas regras, como se identifi- regras estabelecidas para liberar ou não o pacote (seja
car, ser esperado por um morador e não portar qualquer para sair ou para entrar na máquina/rede), podendo tam-
objeto que possa trazer riscos à segurança; para sair, não bém executar alguma tarefa relacionada, como registrar
se pode levar nada que pertença aos condôminos sem a o acesso (ou tentativa de) em um arquivo de log.
devida autorização. O firewall de aplicação, também conhecido como
Neste sentido, um firewall pode impedir uma série proxy de serviços (proxy services) ou apenas proxy é uma
de ações maliciosas: um malware que utiliza determinada solução de segurança que atua como intermediário entre
porta para se instalar em um computador sem o usuário um computador ou uma rede interna e outra rede, externa

49
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

normalmente, a internet. Geralmente instalados em servidores potentes por precisarem lidar com um grande número de
solicitações, firewalls deste tipo são opções interessantes de segurança porque não permitem a comunicação direta entre
origem e destino.
A imagem a seguir ajuda na compreensão do conceito. Perceba que em vez de a rede interna se comunicar diretamente
com a internet, há um equipamento entre ambos que cria duas conexões: entre a rede e o proxy; e entre o proxy e a internet.
Observe:

Figura 87: Proxy

Perceba que todo o fluxo de dados necessita passar pelo proxy. Desta forma, é possível, por exemplo, estabelecer regras
que impeçam o acesso de determinados endereços externos, assim como que proíbam a comunicação entre computadores
internos e determinados serviços remotos.
Este controle amplo também possibilita o uso do proxy para tarefas complementares: o equipamento pode registrar
o tráfego de dados em um arquivo de log; conteúdo muito utilizado pode ser guardado em uma espécie de cache (uma
página Web muito acessada fica guardada temporariamente no proxy, fazendo com que não seja necessário requisitá-la no
endereço original a todo instante, por exemplo); determinados recursos podem ser liberados apenas mediante autentica-
ção do usuário; entre outros.
A implementação de um proxy não é tarefa fácil, haja visto a enorme quantidade de serviços e protocolos existentes
na internet, fazendo com que, dependendo das circunstâncias, este tipo de firewall não consiga ou exija muito trabalho de
configuração para bloquear ou autorizar determinados acessos.
Proxy transparente: No que diz respeito a limitações, é conveniente mencionar uma solução chamada de proxy trans-
parente. O proxy “tradicional”, não raramente, exige que determinadas configurações sejam feitas nas ferramentas que
utilizam a rede (por exemplo, um navegador de internet) para que a comunicação aconteça sem erros. O problema é, de-
pendendo da aplicação, este trabalho de ajuste pode ser inviável ou custoso.
O proxy transparente surge como uma alternativa para estes casos porque as máquinas que fazem parte da rede não
precisam saber de sua existência, dispensando qualquer configuração específica. Todo acesso é feito normalmente do clien-
te para a rede externa e vice-versa, mas o proxy transparente consegue interceptá-lo e responder adequadamente, como
se a comunicação, de fato, fosse direta.
É válido ressaltar que o proxy transparente também tem lá suas desvantagens, por exemplo: um proxy «normal» é capaz
de barrar uma atividade maliciosa, como um malware enviando dados de uma máquina para a internet; o proxy transpa-
rente, por sua vez, pode não bloquear este tráfego. Não é difícil entender: para conseguir se comunicar externamente, o
malware teria que ser configurado para usar o proxy «normal» e isso geralmente não acontece; no proxy transparente não
há esta limitação, portanto, o acesso aconteceria normalmente.
Limitações dos firewalls
Firewalls têm lá suas limitações, sendo que estas variam conforme o tipo de solução e a arquitetura utilizada. De fato,
firewalls são recursos de segurança bastante importantes, mas não são perfeitos em todos os sentidos, seguem abaixo
algumas dessas limitações:

- Um firewall pode oferecer a segurança desejada, mas comprometer o desempenho da rede (ou mesmo de um com-
putador). Esta situação pode gerar mais gastos para uma ampliação de infraestrutura capaz de superar o problema;

- A verificação de políticas tem que ser revista periodicamente para não prejudicar o funcionamento de novos serviços;
- Novos serviços ou protocolos podem não ser devidamente tratados por proxies já implementados;
- Um firewall pode não ser capaz de impedir uma atividade maliciosa que se origina e se destina à rede interna;
- Um firewall pode não ser capaz de identificar uma atividade maliciosa que acontece por descuido do usuário - quando
este acessa um site falso de um banco ao clicar em um link de uma mensagem de e-mail, por exemplo;

50
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

- Firewalls precisam ser “vigiados”. Malwares ou ata- Então, antivírus são os programas criados para manter
cantes experientes podem tentar descobrir ou explorar seu computador seguro, protegendo-o de programas ma-
brechas de segurança em soluções do tipo; liciosos, com o intuito de estragar, deletar ou roubar dados
- Um firewall não pode interceptar uma conexão que de seu computador.
não passa por ele. Se, por exemplo, um usuário acessar a Ao pesquisar sobre antivírus para baixar, sempre es-
internet em seu computador a partir de uma conexão 3G colha os mais famosos, ou conhecidos, pois hackers estão
( justamente para burlar as restrições da rede, talvez), o fi- usando este mercado para enganar pessoas com falsos
rewall não conseguirá interferir. softwares, assim, você instala um “antivírus” e deixa seu
computador vulnerável aos ataques.
SISTEMA ANTIVÍRUS. E esses falsos softwares estão por toda parte, cuidado
ao baixar programas de segurança em sites desconhecidos,
e divulgue, para que ninguém seja vítima por falta de in-
Qualquer usuário já foi, ou ainda é vítima dos vírus,
formação.
spywares, trojans, entre muitos outros. Quem que nunca
Os vírus que se anexam a arquivos infectam também
precisou formatar seu computador?
todos os arquivos que estão sendo ou e serão executados.
Os vírus representam um dos maiores problemas para Alguns às vezes recontaminam o mesmo arquivo tantas
usuários de computador. Para poder resolver esses proble- vezes e ele fica tão grande que passa a ocupar um espaço
mas, as principais desenvolvedoras de softwares criaram o considerável (que é sempre muito precioso) em seu disco.
principal utilitário para o computador, os antivírus, que são Outros, mais inteligentes, se escondem entre os espaços do
programas com o propósito de detectar e eliminar vírus e programa original, para não dar a menor pista de sua exis-
outros programas prejudiciais antes ou depois de ingressar tência.
no sistema. Cada vírus possui um critério para começar o ataque
Os vírus, worms, Trojans, spyware são tipos de progra- propriamente dito, onde os arquivos começam a ser apa-
mas de software que são implementados sem o consenti- gados, o micro começa a travar, documentos que não são
mento (e inclusive conhecimento) do usuário ou proprie- salvos e várias outras tragédias. Alguns apenas mostram
tário de um computador e que cumprem diversas funções mensagens chatas, outros mais elaborados fazem estragos
nocivas para o sistema. Entre elas, o roubo e perda de da- muitos grandes.
dos, alteração de funcionamento, interrupção do sistema e
propagação para outros computadores. Existe uma variedade enorme de softwares antivírus
Os antivírus são aplicações de software projetadas no mercado. Independente de qual você usa, mantenha-o
como medida de proteção e segurança para resguardar sempre atualizado. Isso porque surgem vírus novos todos
os dias e seu antivírus precisa saber da existência deles para
os dados e o funcionamento de sistemas informáticos ca-
proteger seu sistema operacional.
seiros e empresariais de outras aplicações conhecidas co-
A maioria dos softwares antivírus possuem serviços de
munmente como vírus ou malware que tem a função de atualização automática. Abaixo há uma lista com os anti-
alterar, perturbar ou destruir o correto desempenho dos vírus mais conhecidos:
computadores. Norton AntiVirus - Symantec - www.symantec.com.br -
Um programa de proteção de vírus tem um funciona- Possui versão de teste.
mento comum que com frequência compara o código de McAfee - McAfee - http://www.mcafee.com.br - Possui
cada arquivo que revisa com uma base de dados de códi- versão de teste.
gos de vírus já conhecidos e, desta maneira, pode deter- AVG - Grisoft - www.grisoft.com - Possui versão paga e
minar se trata de um elemento prejudicial para o sistema. outra gratuita para uso não comercial (com menos funcio-
Também pode reconhecer um comportamento ou padrão nalidades).
de conduta típica de um vírus. Os antivírus podem regis-
trar tanto os arquivos encontrados dentro do sistema como Panda Antivírus - Panda Software - www.pandasoftware.
aqueles que procuram ingressar ou interagir com o mesmo. com.br - Possui versão de teste.
Como novos vírus são criados de maneira quase cons-
tante, sempre é preciso manter atualizado o programa an- É importante frisar que a maioria destes desenvolvedo-
tivírus de maneira de que possa reconhecer as novas ver- res possuem ferramentas gratuitas destinadas a remover ví-
sões maliciosas. Assim, o antivírus pode permanecer em rus específicos. Geralmente, tais softwares são criados para
execução durante todo tempo que o sistema informático combater vírus perigosos ou com alto grau de propagação.
permaneça ligado, ou registrar um arquivo ou série de ar-
quivos cada vez que o usuário exija. Normalmente, o an-
tivírus também pode verificar e-mails e sites de entrada e
saída visitados.
Um antivírus pode ser complementado por outros apli-
cativos de segurança, como firewalls ou anti-spywares que
cumprem funções auxiliares para evitar a entrada de vírus.

51
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Figura 88: Principais antivírus do mercado atual

Tipos de Vírus

Cavalo-de-Tróia: A denominação “Cavalo de Tróia” (Trojan Horse) foi atribuída aos programas que permitem a
invasão de um computador alheio com espantosa facilidade. Nesse caso, o termo é análogo ao famoso artefato militar
fabricado pelos gregos espartanos. Um “amigo” virtual presenteia o outro com um “presente de grego”, que seria um
aplicativo qualquer. Quando o leigo o executa, o pro- grama atua de forma diferente do que era esperado.
Ao contrário do que é erroneamente informado na mídia, que classifica o Cavalo de Tróia como um vírus, ele não se
reproduz e não tem nenhuma comparação com vírus de computador, sendo que seu objetivo é totalmente diverso. Deve-se
levar em consideração, também, que a maioria dos antivírus faz a sua detecção e os classificam como tal. A expressão “Trojan”
deve ser usada, exclusivamente, como definição para programas que capturam dados sem o conhecimento do usuário.
O Cavalo de Tróia é um programa que se aloca como um ar- quivo no computador da vítima. Ele tem o intuito de roubar
informações como passwords, logins e quaisquer dados, sigilosos ou não, mantidos no micro da vítima. Quando a máquina
contaminada por um Trojan conectar-se à Internet, poderá ter todas as informações contidas no HD visualizadas e cap-
turadas por um intruso qualquer. Estas visitas são feitas imperceptivelmente. Só quem já esteve dentro de um computador
alheio sabe as possibilidades oferecidas.

Worms (vermes) podem ser interpretados como um tipo de vírus mais inteligente que os demais. A principal diferença
entre eles está na forma de propagação: os worms podem se propagar rapidamente para outros computadores, seja pela
Internet, seja por meio de uma rede local. Geralmente, a contaminação ocorre de maneira discreta e o usuário só nota o
problema quando o computador apresenta alguma anormalidade. O que faz destes vírus inteligentes é a gama de possibi-
lidades de propagação. O worm pode capturar endereços de e-mail em arquivos do usuário, usar serviços de SMTP (sistema
de envio de e-mails) próprios ou qualquer outro meio que permita a contaminação de computadores (normalmente milha-
res) em pouco tempo.

Spywares, keyloggers e hijackers: Apesar de não serem necessariamente vírus, estes três nomes também represen-
tam perigo. Spywares são programas que ficam«espionando» as atividades dos internautas ou capturam informações sobre
eles. Para contaminar um computador, os spywares podem vir embutidos em softwares desconhecidos ou serem baixa- dos
automaticamente quando o internauta visita sites de conteúdo duvidoso.
Os keyloggers são pequenos aplicativos que podem vir embutidos em vírus, spywares ou softwares suspeitos, destina-
dos a capturar tudo o que é digitado no teclado. O objetivo principal, nestes casos, é capturar senhas.
Hijackers são programas ou scripts que «sequestram» navegadores de Internet, principalmente o Internet Explorer.
Quando isso ocorre, o hijacker altera a página inicial do browser e impede o usuário de mudá-la, exibe propagandas em
pop-ups ou janelas novas, instala barras de ferramentas no navegador e podem impedir acesso a determinados sites (como
sites de software antivírus, por exemplo).
Os spywares e os keyloggers podem ser identificados por programas anti-spywares. Porém, algumas destas pragas são
tão peri- gosas que alguns antivírus podem ser preparados para identificá-las, como se fossem vírus. No caso de hijackers,
muitas vezes é necessário usar uma ferramenta desenvolvida especialmente para combater aquela praga. Isso porque os
hijackers podem se infiltrar no sistema operacional de uma forma que nem antivírus nem anti-spywares conseguem “pegar”.
Hoaxes, São boatos espalhados por mensagens de correio eletrônico, que servem para assustar o usuário de computa-
dor. Uma mensagem no e-mail alerta para um novo vírus totalmente destrutivo que está circulando na rede e que infectará
o micro do destinatário enquanto a mensagem estiver sendo lida ou quando o usuário clicar em determinada tecla ou link.

52
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Quem cria a mensagem hoax normalmente costuma dizer dos todas as noites quando talvez 10 gigabytes de dados
que a informação partiu de uma empresa confiável, como foram alterados não é uma boa prática; por este motivo os
IBM e Microsoft, e que tal vírus poderá danificar a máquina backups incrementais foram criados.
do usuário. Desconsidere a mensagem. Já os backups incrementais primeiro verificam se o ho-
rário de alteração de um arquivo é mais recente que o ho-
Backup de arquivos rário de seu último backup, por exemplo, já atuei em uma
Instituição, onde todos os backups eram programados para
O Backup ajuda a proteger os dados de exclusão aci- a quarta-feira.
dentais, ou até mesmo de falhas, por exemplo se os dados A vantagem principal em usar backups incrementais
originais do disco rígido forem apagados ou substituídos é que rodam mais rápido que os backups completos. A
acidentalmente ou se ficarem inacessíveis devido a um de- principal desvantagem dos backups incrementais é que
feito do disco rígido, você poderá restaurar facilmente os para restaurar um determinado arquivo, pode ser neces-
dados usando a cópia arquivada. sário procurar em um ou mais backups incrementais até
encontrar o arquivo. Para restaurar um sistema de arquivo
4.1. Tipos de Backup completo, é necessário restaurar o último backup completo
Fazer um backup é simples. Basta copiar os arquivos e todos os backups incrementais subsequentes. Numa ten-
que você usa para outro lugar e pronto, está feito o backup. tativa de diminuir a necessidade de procurar em todos os
Mas e se eu alterar um arquivo? E se eu excluir acidental- backups incrementais, foi implementada uma tática ligeira-
mente um arquivo? E se o arquivo atual corrompeu? Bem, mente diferente. Esta é conhecida como backup diferencial.
é aí que a coisa começa a ficar mais legal. É nessa hora que Os backups diferenciais, também só copia arquivos al-
entram as estratégias de backup. terados desde o último backup, mas existe uma diferen-
Se você perguntar a alguém que não é familiarizado ça, ele mapeia as alterações em relação ao último backup
com backups, a maioria pensará que um backup é somen- completo, importante mencionar que essa técnica ocasio-
te uma cópia idêntica de todos os dados do computador. na o aumento progressivo do tamanho do arquivo.
Em outras palavras, se um backup foi criado na noite de Os backups delta sempre armazena a diferença entre as
terça-feira, e nada mudou no computador durante o dia versões correntes e anteriores dos arquivos, começando a par-
todo na quarta-feira, o backup criado na noite de quarta tir de um backup completo e, a partir daí, a cada novo backup
seria idêntico àquele criado na terça. Apesar de ser possí-
são copiados somente os arquivos que foram alterados en-
vel configurar backups desta maneira, é mais provável que
quanto são criados hardlinks para os arquivos que não foram
você não o faça. Para entender mais sobre este assunto,
alterados desde o último backup. Esta é a técnica utilizada pela
devemos primeiro entender os tipos diferentes de backup
Time Machine da Apple e por ferramentas como o rsync.
que podem ser criados. Estes são:
• Backups completos;
4.2. Mídias
• Backups incrementais;
A fita foi o primeiro meio de armazenamento de dados
• Backups diferenciais;
removível amplamente utilizado. Tem os benefícios de custo
• Backups delta;
O backup completo é simplesmente fazer a cópia de baixo e uma capacidade razoavelmente boa de armazena-
todos os arquivos para o diretório de destino (ou para os mento. Entretanto, a fita tem algumas desvantagens. Ela está
dispositivos de backup correspondentes), independente sujeita ao desgaste e o acesso aos dados na fita é sequen-
de versões anteriores ou de alterações nos arquivos des- cial por natureza. Estes fatores significam que é necessário
de o último backup. Este tipo de backup é o tradicional manter o registro do uso das fitas (aposentá-las ao atingirem
e a primeira ideia que vêm à mente das pessoas quando o fim de suas vidas úteis) e também que a procura por um
pensam em backup: guardar TODAS as informações. Outra arquivo específico nas fitas pode ser uma tarefa longa.
característica do backup completo é que ele é o ponto de Ultimamente, os drives de disco nunca seriam usados
início dos outros métodos citados abaixo. Todos usam este como um meio de backup. No entanto, os preços de ar-
backup para assinalar as alterações que deverão ser salvas mazenamento caíram a um ponto que, em alguns casos,
em cada um dos métodos. usar drives de disco para armazenamento de backup faz
Este tipo consiste no backup de todos os arquivos sentido. A razão principal para usar drives de disco como
para a mídia de backup. Conforme mencionado anterior- um meio de backup é a velocidade. Não há um meio de
mente, se os dados sendo copiados nunca mudam, cada armazenamento em massa mais rápido. A velocidade pode
backup completo será igual aos outros. Esta similaridade ser um fator crítico quando a janela de backup do seu cen-
ocorre devido ao fato que um backup completo não veri- tro de dados é curta e a quantidade de dados a serem co-
fica se o arquivo foi alterado desde o último backup; copia piados é grande.
tudo indiscriminadamente para a mídia de backup, tendo O armazenamento deve ser sempre levado em con-
modificações ou não. Esta é a razão pela qual os backups sideração, onde o administrador desses backups deve se
completos não são feitos o tempo todo Todos os arquivos preocupar em encontrar um equilíbrio que atenda adequa-
seriam gravados na mídia de backup. Isto significa que uma damente às necessidades de todos, e também assegurar
grande parte da mídia de backup é usada mesmo que nada que os backups estejam disponíveis para a pior das situa-
tenha sido alterado. Fazer backup de 100 gigabytes de da- ções.

53
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Após todas as técnicas de backups estarem efetivadas pode contratar um produto aderente às suas necessidades
deve-se garantir os testes para que com o passar do tempo de utilização e, dependendo da evolução da massa de da-
não fiquem ilegíveis. dos da empresa, contratar um serviço com menor ou maior
capacidade conforme sua demanda. O usuário comum, por
4.3. Recomendações para proteger seus backups exemplo, pode não possuir capacidade de armazenamento
adequada em seu computador e utilizar armazenamento
Fazer backups é uma excelente prática de segurança de dados na nuvem de acordo com a sua conveniência,
básica. Agora lhe damos conselhos simples para que você baixando os dados quando necessário.
esteja a salvo no dia em que precisar deles: Acessibilidade: o acesso aos dados pode ser realiza-
1. Tenha seus backups fora do PC, em outro escritório, do em qualquer ambiente interno ou externo, em diversos
e, se for possível, em algum recipiente à prova de incên- tipos de equipamento, desde que atendidos os requisitos
dios, como os cofres onde você guarda seus documentos e de segurança. Em geral, no ambiente de empresa comum,
valores importantes. os dados podem ser acessados unicamente dentro da em-
2. Faça mais de uma cópia da sua informação e as man- presa. Para usuários comuns, normalmente os dados eram
tenha em lugares separados. armazenados em um único computador, sendo necessá-
3. Estabeleça uma idade máxima para seus backups, é rio utilizar pendrives e CDs para copiar dados. Atualmente,
melhor comprimir os arquivos que já sejam muito antigos com os serviços em nuvem, o usuário pode utilizar dados
(quase todos os programas de backup contam com essa no seu computador e posteriormente usar/modificar os
opção), assim você não desperdiça espaço útil. mesmos dados em um tablet ou smartphone. 
4. Proteja seus backups com uma senha, de maneira Segurança e recuperação de dados: os dados arma-
que sua informação fique criptografada o suficiente para zenados na nuvem, por estar em um ambiente em geral
que ninguém mais possa acessá-la. Se sua informação é mais seguro, são mais difíceis de serem acessados ou apa-
importante para seus entes queridos, implemente alguma gados por terceiros. Também possuem mais garantias con-
forma para que eles possam saber a senha se você não tra apagamento acidental. Desta forma, em caso de perda
estiver presente. de dados de um computador de uma empresa ou de uma
pessoa, é mais fácil recuperar os dados armazenados na
Cloud Storage (Armazenamento na Nuvem) nuvem.
Compartilhamento:  em geral, os serviços de arma-
Modelo de armazenamento de dados, baseado no mo- zenamento na nuvem possuem políticas de segurança
e acesso que permitem que o dono de um conjunto de
delo de computação em nuvem, no qual os dados (arqui-
dados possa compartilhar quais dados podem ser vistos e
vos, textos, imagens, vídeos, etc.) de uma pessoa ou de uma
quais dados podem ser alterados.  Este compartilhamento
empresa são armazenados em ambientes de terceiros (ge-
pode ser realizado de diferentes formas para diferentes ti-
ralmente empresas que possuem armazéns de dados ade-
pos de usuários. 
quados para armazenar e gerenciar grandes volumes de
dados). O usuário que utiliza este serviço  não depende
Desvantagens do armazenamento em nuvem
de possuir uma infraestrutura de hardware e software, de-
Disponibilidade da rede de computadores: nos ca-
legando a um terceiro esta responsabilidade mediante o sos em que a rede em questão não estiver em operação
pagamento do serviço. O acesso aos dados armazenados ou não puder ser acessada, os dados  podem não ser facil-
na nuvem (tanto para guardar como para obter os dados mente acessíveis.
posteriormente) é realizado através de aplicativos que uti-
lizam uma rede de computadores (comumente a Internet) Privacidade dos dados: comumente, empresas que
para acessar os armazéns de dados do provedor de serviço. fornecem serviços de armazenamento na nuvem possuem
A diferença básica entre o armazenamento em nuvem políticas rígidas de manipulação e acesso aos dados. Po-
para usuários comuns e usuários corporativos envolve não rém, nunca há garantia que eles não acessem e leiam os
apenas o espaço oferecido (em geral, usuários comuns seus dados. Desta forma, em geral, recomenda-se que da-
utilizarão menor capacidade de armazenamento do que dos sensíveis não sejam armazenados na nuvem.
usuários corporativos), mas também envolve os tipos de  
ferramentas integradas, políticas de segurança e outros re- Alguns serviços de armazenamento em nuvem
cursos. Usuários comuns
Amazon S3 
Vantagens do armazenamento em nuvem Google Drive
As principais vantagens do armazenamento em nuvem OneDrive
são: Usuários corporativos
A empresa ou pessoa não necessita possuir hardwa- Amazon Web Services
re ou software complexo para armazenar os dados den- Google Cloud Storage
tro da empresa: a criação e manutenção de recursos com- Windows Azure
putacionais de uma empresa podem ser elevados e passar,
boa parte do tempo, abaixo de sua capacidade de utiliza- Fonte: http://www.revistabw.com.br/revistabw/infor-
ção. Ao contratar o armazenamento em nuvem, a empresa matica-cloud-storage/

54
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

ACESSO À DISTÂNCIA Características importantes


• Alguns fatores importantes devem ser observados
Acesso à distância ou acesso remoto consiste em para a escolha de uma solução em acesso remoto, são al-
permitir que se controle um computador à distância des- guns deles:
de que o mesmo esteja conectado à INTERNET. Com isso – Facilidade de uso
pode-se visualizar a área de trabalho desse computador – Facilidade de configuração
e controlá-lo como se estivesse sentado nele. – Requisitos de Segurança
Com o surgimento da INTERNET e do crescimento
das redes de computadores, o conceito de longe e perto Facilidade de uso
é reduzido a quase um detalhe e não mais a uma difi- • Considere facilidade de uso, as características a res-
culdade. Conseguimos comunicar com qualquer parte do peito dos seguintes requisitos:
mundo. – interface do programa: intuitiva, suporte a vários
Mas e quando um problema acontece? Ainda temos idiomas, etc;
que nos deslocar até o local para resolver, ou seja, a dis- – Interoperabilidade: compatibilidade com várias plata-
tância volta a ser uma dificuldade. formas (Windows, Linux, Mac, iPhoneOS, etc)
E se pudéssemos controlar um computador à distân- – capacidade de adaptação do sistema aos vários tipos
cia como se estivéssemos sentado à frente dele, mas sem de ambientes de rede: rede locais ou NAT ( pc’s atrás de
a necessidade de sair do lugar ?. um firewall)
É exatamente isso que o acesso remoto nos permite
fazer. Mas para que isso funcione são necessários algu- Facilidade de Configuração
mas configurações e que o computador esteja acessível, • Considere facilidade de configuração, os aspectos re-
ou seja, o computador deve estar conectado à uma rede lativos a:
sendo essa rede a INTERNET ou uma REDE LOCAL. – Instalação do software cliente: necessidade ou não
O acesso remoto permite a resolução de vários pro- de instalação de softwares para acessar ou visualizar um
blemas do cotidiano na área de suporte em TI, desde que computador remoto
o problema não esteja relacionado com a conectividade – Configuração do software servidor: grau de comple-
do computador, uma vez que para controlar um compu- xidade de configuração do computador a ser acessado
tador remotamente deve-se garantir que ele esteja aces- – Necessidade de adaptação: funcionamento ‘plug-
sível. -n-play’ ou necessita de regras avanças em firewalls para
Por que utilizar Acesso Remoto acesso ou de redirecionamento de portas.
• Algumas situações onde o AR pode ajudar:
– Atualização de softwares e sistemas; Requisitos de Segurança
– Configurações de programas e sistemas; • Considere os requisitos de segurança, aspectos como:
– Correções de erros esporádicos ( aleatórios) – Criptografia dos dados: garante segurança sobre as
• Situações onde o AR não pode ajudar: informações trafegadas entre os computadores
– Problemas que impedem o acesso a INTERNET ou a – Autenticação: garante uma forma de segurança quan-
rede local, ou seja, sem conectividade to ao acesso ao computador remoto, exigindo por exemplo
É fato que a simplicidade de controle da área de tra- um código de acesso, usuário e senha local do computador
balho remota pode facilitar muito a sua vida. Você pode – Regras de prevenção de ataques: Mecanismos para
salvar arquivos que seriam muito grandes para enviar restringir o acesso ao computador remoto.
por email ou até mesmo acessar coisas importantes que Fonte: minicurso SENAC acesso a distância, por Marce-
ninguém pode enviar para você no computador de casa, lino g Macedo
além de ajudar a solucionar um problema de outro com-
putador. Transferência de Arquivos
Vale lembrar, porém, que a conexão entre os dois FTP - Protocolo de Transferência de Arquivos FTP (abre-
computadores depende da velocidade com a qual eles viação para File Transfer Protocol - Protocolo de Transfe-
estão conectados à rede. Você pode acessar rapidamente rência de Arquivos) é uma das mais antigas formas de in-
a área de trabalho do outro computador, mas quase to- teração na Internet. Com ele, você pode enviar e receber
dos os programas de acesso remoto possuem uma inter- arquivos para, ou de computadores que se caracterizam
face pesada, o que torna tarefas simples um pouco mais como servidores remotos.
lentas que o usual. Voltaremos aqui ao conceito de arquivo texto (ASCII
Acesso Remoto - código 7 bits) e arquivos não texto (Binários - código 8
Existe uma série de aplicativos voltados para o acesso bits). Há uma diferença interessante entre enviar uma men-
remoto de computadores, alguns para redes privadas e ou- sagem de correio eletrônico e realizar transferência de um
tros para redes públicas, ou seja, a Internet. Ao acessar a In- arquivo. A mensagem é sempre transferida como uma in-
ternet, como você já deve imaginar, você pode correr riscos formação textual, enquanto a transferência de um arquivo
de ter sua conexão interceptada por terceiros. Então reco- pode ser caracterizada como textual (ASCII) ou não-textual
mendamos o uso de softwares diferentes caso você queira (binário).
acessar computadores na Internet ou dentro da rede.

55
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

O que é um servidor remoto? Servidores remotos são midamente, podemos entendê-la como a migração da tec-
computadores que dedicam parcial ou integralmente a sua nologia Internet para dentro de uma empresa. Neste caso,
memória aos programas que chamamos de servidores. podemos imaginar que os funcionários desta empresa se-
Pelo fato destes computadores não serem o seu compu- rão, certamente, usuários freqüentes de FTP.
tador local - aquele que está em seu trabalho, seu quarto Nesta nova filosofia de trabalho, o conceito de mirror
ou em um laboratório de sua universidade, é que os cha- pode ser muito bem aplicado. Imagine que cada computa-
mamos de remoto, indicando que estão em algum outro dor da empresa precise dos clientes instalados, por exem-
ponto remoto da Rede. plo, browsers, e-mail, etc. Seria interessante que ao invés
Quem até hoje em sua vida só viu micros PCs Windows de cada funcionário acessar a Internet para buscá-los, fosse
ou Macs, não deve esqueçer que a Rede Mãe é uma gran- criado um local no servidor da rede local, no qual todos os
de coleção de computadores de todos os tipos. Cada qual softwares mais utilizados fossem espelhados. Com certeza
com suas particularidades e, portanto, com características a economia de tempo seria significativa.
diferentes. Logo, um servidor remoto pode ser qualquer
tipo de computador, basta que nele exista um programa FTP anônimo versus FTP com autenticação
que o caracterize como servidor de alguma coisa, por Existem dois tipos de conexão FTP. A primeira, e mais
exemplo, FTP. utilizada, é a conexão anônima, na qual não é preciso pos-
O que é um servidor de FTP? É um computador que suir um user name ou password (senha) no servidor de FTP,
roda um programa que chamamos de servidor de FTP e, bastando apenas identificar-se como anonymous (anôni-
portanto, é capaz de se comunicar com outro computador mo).
na Rede que o esteja acessando através de um cliente FTP. Neste caso, o que acontece é que, em geral, a árvore
de diretório que se enxerga é uma sub-árvore da árvore do
Mas afinal de contas: o que é um servidor? E um sistema. Isto é muito importante, porque garante um nível
cliente? de segurança adequado, evitando que estranhos tenham
Como tudo na Internet gira em torna do que chama- acesso a todas as informações da empresa. Quando se es-
mos de arquitetura cliente-servidor, quando você instala tabelece uma conexão de “FTP anônimo”, o que acontece
um programa que seja alguma aplicação para Internet, em geral é que a conexão é posicionada no diretório raiz
você obrigatoriamente estará instalando uma aplicação da árvore de diretórios. Dentre os mais comuns estão: pub,
etc, outgoing e incoming.
cliente ou uma aplicação servidor.
O segundo tipo de conexão envolve uma autenticação,
Chamamos de cliente porque a aplicação se comunica
e portanto, é indispensável que o usuário possua um user
através de solicitações de serviço. Por outro lado, podemos
name e uma password que sejam reconhecidas pelo siste-
entender uma aplicação servidora como quem atenderá a
ma, quer dizer, ter uma conta nesse servidor. Neste caso, ao
estas solicitações e prestará o serviço adequado. Por exem-
estabelecer uma conexão, o posicionamento é no diretório
plo: quando você instala o browser Mozilla Firefox em seu
criado para a conta do usuário - diretório home, e dali ele
computador, você está instalando o lado cliente da arquite-
poderá percorrer toda a árvore do sistema, mas só escrever
tura. Completando esta arquitetura, existe, em algum outro e ler arquivos nos quais ele possua permissão.
ponto da Rede, um computador que tem instalada e exe-
cutando a parte servidora. Alguns sites interessantes para FTP anônimo
Deste modo, ao se conectar à Internet, você pode es- ftp://ftp.sausage.com: arquivos sobre o editor HTML
perar que a parte servidora esteja sempre disponível e se HotDog
encontre em um endereço bem conhecido. Caso contrário, ftp://ftp.microsoft.com: arquivos sobre software, docu-
a parte cliente não saberá encontrar o servidor. mentação e outros
Mirrors, por que eles existem? A cada dia a Internet ga- ftp://ftp.shareware.com: arquivos variados sobre soft-
nha uma dimensão tão grande, que muitas vezes é interes- ware shareware
sante replicar as informações em diversos computadores ftp://ftp.qualcomm.com: arquivos sobre Eudora, e ou-
ao redor do mundo de modo que a performance do acesso tros software produzidos pela Qualcomm
a estas informações seja melhorada pela proximidade de ftp://ftp.uwp.edu: arquivos sobre games
um mirror (espelho), que é um computador que espelha o ftp://ftp.cica.indiana.edu: arquivos diversos sobre siste-
conteúdo de um outro. mas operacionais e software em geral
Um bom exemplo é o site http://www.tucows.com a
quantidade de acessos a esse site é tão grande que eles
espalharam “espelhos” por todo mundo. Mas o que se ga- EXERCÍCIOS
nha com isto? Velocidade ao realizar uma transferência de
arquivos, pois você tem a oportunidade de sempre optar 1) (LIQUIGÁS 2012 - CESGRANRIO - ASSISTENTE AD-
por um site mais próximo de você. MINISTRATIVO) Um computador é um equipamento capaz
de processar com rapidez e segurança grande quantidade
Intranet, um mirror em potencial de informações.
Uma palavra muito comum hoje em dia é Intranet. Assim, além dos componentes de hardware, os com-
Você inclusive já teve a oportunidade de conhecer um putadores necessitam de um conjunto de softwares deno-
pouco mais sobre isso em nossa edição número 2. Resu- minado:

56
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

a. arquivo de dados. a) para mostrar tipos diferentes de informações sobre


b. blocos de disco. cada arquivo de uma janela, basta clicar no botão Classifi-
c. navegador de internet. car na barra de ferramentas da janela e escolher o modo de
d. processador de dados. exibição desejado.
e. sistemaoperacional. b) quando você exclui um arquivo do disco rígido, ele é
apagado permanentemente e não pode ser posteriormen-
2) (TRT 10ª 2013 - CESPE - ANALISTA JUDICIÁRIO – AD- te recuperado caso tenha sido excluído por engano.
MINISTRATIVA) As características básicas da segurança da c) para excluir um arquivo de um pen drive, basta clicar
informação — confidencialidade, integridade e disponibi- com o botão direito do mouse sobre ele e selecionar a op-
lidade — não são atributos exclusivos dos sistemas com- ção Enviar para a lixeira.
putacionais. d) se um arquivo for arrastado entre duas pastas que
a. Certo estão no mesmo disco rígido, ele será compartilhado entre
b. Errado todos os usuários que possuem acesso a essas pastas.
e) se um arquivo for arrastado de uma pasta do disco
3) (TRE/CE 2012 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO – JURÍDI- rígido para uma mídia removível, como um pen drive, ele
CA) São ações para manter o computador protegido, EXCETO: será copiado.
a. Evitar o uso de versões de sistemas operacionais
ultrapassadas, como Windows 95 ou 98. 7) (SUDECO 2013 - FUNCAB - Contador) No sistema
b. Excluir spams recebidos e não comprar nada operacional Linux,o comando que NÃO está relacionado a
anunciado através desses spams. manipulação de arquivos é:
c. Não utilizar firewall. a) kill
d. Evitar utilizar perfil de administrador, preferindo b) cat
sempre utilizar um perfil mais restrito. c) rm
e. Não clicar em links não solicitados, pois links es- d) cp
tranhos muitas vezes são vírus. e) ftp

4) (Copergás 2016 - FCC – Técnico Operacional Segu- 8) (IBGE 2016 - FGV - Analista - Análise de Sistemas
rança do Trabalho) A ferramenta Outlook : - Desenvolvimento de Aplicações - Web Mobile) Um de-
a) é um serviço de e-mail gratuito para gerenciar todos senvolvedor Android deseja inserir a funcionalidade de
os e-mails, calendários e contatos de um usuário. backup em uma aplicação móvel para, de tempos em tem-
b) 2016 é a versão mais recente, sendo compatível com pos, armazenar dados automaticamente. A classe da API de
o Windows 10, o Windows 8.1 e o Windows 7. Backup (versão 6.0 ou superior) a ser utilizada é a:
c) permite que todas as pessoas possam ver o calendário a) BkpAgent;
de um usuário, mas somente aquelas com e-mail Outlook. b) BkpHelper;
com podem agendar reuniões e responder a convites. c) BackupManager;
d) funciona apenas em dispositivos com Windows, não d) BackupOutputData;
funcionando no iPad, no iPhone, em tablets e em telefones e) BackupDataStream.
com Android.
e) versão 2015 oferece acesso gratuito às ferramentas 9) (Prefeitura de Cristiano Otoni 2016 - INAZ do Pará
do pacote de webmail Office 356 da Microsoft. - Psicólogo) Realizar cópia de segurança é uma forma de
prevenir perda de informações. Qual é o Backup que só
5) (CRM-PI 2016 - Quadrix – Médico Fiscal) Em um efetua a cópia dos últimos arquivos que foram criados pelo
computador com o sistema operacional Windows insta- usuário ou sistema?
lado, um funcionário deseja enviar 50 arquivos, que jun- a) Backup incremental
tos totalizam 2 MB de tamanho, anexos em um  e-mail. b) Backup diferencial
Para facilitar o envio, resolveu compactar esse conjunto c) Backup completo
de arquivos em um único arquivo utilizando um softwa- d) Backup Normal
re compactador. Só não poderá ser utilizado nessa tarefa e) Backup diário
o software: 

a) 7-Zip. 10) (CRO-PR 2016 - Quadrix - Auxiliar de Departa-


b) WinZip. mento) Como é chamado o backup em que o sistema não
c) CuteFTP. é interrompido para sua realização?
d) jZip. a) Backup Incremental.
e) WinRAR. b) Cold backup.
c) Hot backup.
6) (MPE-CE 2013 - FCC - Analista Ministerial - Direito) d) Backup diferencial.
Sobre manipulação de arquivos no Windows 7 em portu- e) Backup normal
guês, é correto afirmar que,

57
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

11) (DEMAE/GO 2016 - UFG - Agente Administrativo) c)Monitor de memória do Windows e Diagnóstico de
Um funcionário precisa conectar um projetor multimídia a um desempenho de hardware.
computador. Qual é o padrão de conexão que ele deve usar? d)Mapeamento de Memória do Windows e Mapeamento
a) RJ11 de hardware do Windows.
b) RGB e)Diagnóstico de memória e desempenho e Diagnóstico
c) HDMI de hardware do Windows.
d) PS2
e) RJ45 17) (TRT 1ª 2013 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - EXECU-
ÇÃO DE MANDADOS) Beatriz trabalha em um escritório de
12) (SABESP 2014 - FCC - Analista de Gestão - Administração) advocacia e utiliza um computador com o Windows 7 Pro-
Correspondem, respectivamente, aos elementos placa de som, edi- fessional em português. Certo dia notou que o computador
tor de texto, modem, editor de planilha e navegador de internet: em que trabalha parou de se comunicar com a internet e com
a) software, software, hardware, software e hardware. outros computadores ligados na rede local. Após consultar
b) hardware, software, software, software e hardware. um técnico, por telefone, foi informada que sua placa de rede
c) hardware, software, hardware, hardware e software. poderia estar com problemas e foi orientada a checar o fun-
d) software, hardware, hardware, software e software. cionamento do adaptador de rede. Para isso, Beatriz entrou
e) hardware, software, hardware, software e software. no Painel de Controle, clicou na opção Hardware e Sons e, no
grupo Dispositivos e Impressoras, selecionou a opção:
13) (DEMAE/GO 2016 - UFG - Agente Administrativo) Um a) Central de redes e compartilhamento.
computador à venda em um sítio de comércio eletrônico possui b) Verificar status do computador.
3.2 GHz, 8 GB, 2 TB e 6 portas USB. Essa configuração indica que: c) Redes e conectividade.
a) a velocidade do processador é 3.2 GHz. d) Gerenciador de dispositivos.
b) a capacidade do disco rígido é 8 GB. e) Exibir o status e as tarefas de rede.
c) a capacidade da memória RAM é 2 TB.
d) a resolução do monitor de vídeo é composta de 6 por- 18) (FHEMIG 2013 - FCC - TÉCNICO EM INFORMÁTICA)
tas USB. No console do sistema operacional Linux, alguns comandos
permitem executar operações com arquivos e diretórios do
14) (IF-PA 2016 - FUNRIO - Técnico de Tecnologia da In- disco.
formação) São dispositivos ou periféricos de entrada de um Os comandos utilizados para criar, acessar e remover um
computador: diretório vazio são, respectivamente,
a) Câmera, Microfone, Projetor e Scanner. a) pwd, mv e rm.
b) Câmera, Mesa Digitalizadora, Microfone e Scanner. b) md, ls e rm.
c) Microfone, Modem, Projetor e Scanner. c) mkdir, cd e rmdir.
d) Mesa Digitalizadora, Monitor, Microfone e Projetor. d) cdir, lsdir e erase.
e) Câmera, Microfone, Modem e Scanner. e) md, cd e rd.

15) (CNJ 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - PROGRA- 19) (TRT 10ª 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ADMI-
MAÇÃO DE SISTEMAS) Acerca dos ambientes Linux e Windo- NISTRATIVA) Acerca dos conceitos de sistema operacional (am-
ws, julgue os itens seguintes.2No sistema operacional Windo- bientes Linux e Windows) e de redes de computadores, julgue
ws 8, há a possibilidade de integrar-se à denominada nuvem os itens.3Por ser um sistema operacional aberto, o Linux, com-
de computadores que fazem parte da Internet. parativamente aos demais sistemas operacionais, proporciona
a)Certo maior facilidade de armazenamento de dados em nuvem.
b)Errado a) certo
b) errado
16) (FHEMIG 2013 - FCC - TÉCNICO EM INFORMÁTICA)
Alguns programas do computador de Ana estão muito lentos 20) (TJ/RR 2012 - CESPE - AGENTE DE PROTEÇÃO) Acer-
e ela receia que haja um problema com o hardware ou com ca de organização e gerenciamento de informações, arqui-
a memória principal. Muitos de seus programas falham subi- vos, pastas e programas, de segurança da informação e de
tamente e o carregamento de arquivos grandes de imagens armazenamento de dados na nuvem, julgue os itens subse-
e vídeos está muito demorado. Além disso, aparece, com fre- quentes.1Um arquivo é organizado logicamente em uma se-
quência, mensagens indicando conflitos em drivers de dispo- quência de registros, que são mapeados em blocos de discos.
sitivos. Como ela utiliza o Windows 7, resolveu executar algu- Embora esses blocos tenham um tamanho fixo determinado
mas funções de diagnóstico, que poderão auxiliar a detectar pelas propriedades físicas do disco e pelo sistema opera-
as causas para os problemas e sugerir as soluções adequadas. cional, o tamanho do registro pode variar.
Para realizar a verificação da memória e, em se- a) certo
guida do hardware, Ana utilizou, respectivamente, as b) errado
ferramentas:
a)Diagnóstico de memória do Windows e Monitor 21) (SERGIPE GÁS S/A 2013 - FCC - ASSISTENTE TÉCNI-
de desempenho. CO ADMINISTRATIVO - RH) Paulo utiliza em seu trabalho o
b)Monitor de recursos de memória e Diagnóstico editor de texto Microsoft Word 2010 (em português) para
de conflitos do Windows. produzir os documentos da empresa. Certo dia Paulo digi-

58
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

tou um documento contendo 7 páginas de texto, porém, precisou imprimir apenas as páginas 1, 3, 5, 6 e 7. Para imprimir
apenas essas páginas, Paulo clicou no Menu Arquivo, na opção Imprimir e, na divisão Configurações, selecionou a opção
Imprimir Intervalo Personalizado. Em seguida, no campo Páginas, digitou
a) 1,3,5-7 e clicou no botão Imprimir.
b) 1;3-5;7 e clicou na opção enviar para a Impressora.
c) 1−3,5-7 e clicou no botão Imprimir.
d) 1+3,5;7 e clicou na opção enviar para a Impressora.
e) 1,3,5;7 e clicou no botão Imprimir.

22) (TRT 1ª 2013 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - EXECUÇÃO DE MANDADOS) João trabalha no departamento finan-
ceiro de uma grande empresa de vendas no varejo e, em certa ocasião, teve a necessidade de enviar a 768 clientes inadim-
plentes uma carta com um texto padrão, na qual deveria mudar apenas o nome do destinatário e a data em que deveria
comparecer à empresa para negociar suas dívidas. Por se tratar de um número expressivo de clientes, João pesquisou
recursos no Microsoft Office 2010, em português, para que pudesse cadastrar apenas os dados dos clientes e as datas em
que deveriam comparecer à empresa e automatizar o processo de impressão, sem ter que mudar os dados manualmente.
Após imprimir todas as correspondências, João desejava ainda imprimir, também de forma automática, um conjunto de
etiquetas para colar nos envelopes em que as correspondências seriam colocadas. Os recursos do Microsoft Office 2010
que permitem atender às necessidades de João são os recursos
a) para criação de mala direta e etiquetas disponíveis na guia Correspondências do Microsoft Word 2010.
b) de automatização de impressão de correspondências disponíveis na guia Mala Direta do Microsoft PowerPoint 2010.
c) de banco de dados disponíveis na guia Correspondências do Microsoft Word 2010.
d) de mala direta e etiquetas disponíveis na guia Inserir do Microsoft Word 2010.
e) de banco de dados e etiquetas disponíveis na guia Correspondências do Microsoft Excel 2010.

23) (TCE/SP 2012 - FCC - AUXILIAR DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA II) No editor de textos Writer do pacote BR Office, é
possível modificar e criar estilos para utilização no texto. Dentre as opções de Recuo e Espaçamento para um determinado
estilo, é INCORRETO afirmar que é possível alterar um valor para
a) recuo da primeira linha.
b) recuo antes do texto.
c) recuo antes do parágrafo.
d) espaçamento acima do parágrafo.
e) espaçamento abaixo do parágrafo.

24) (CNJ 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - PROGRAMAÇÃO DE SISTEMAS) A respeito do Excel, para ordenar, por
data, os registros inseridos na planilha, é suficiente selecionar a coluna data de entrada, clicar no menu Dados e, na lista
disponibilizada, clicar ordenar data.
a) certo
b) errado

25) (TRT 1ª 2013 - FCC - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA) A planilha abaixo foi criada utilizando-se o
Microsoft Excel 2010 (em português).

A linha 2 mostra uma dívida de R$ 1.000,00 (célula B2) com um Credor A (célula A2) que deve ser paga em 2 meses
(célula D2) com uma taxa de juros de 8% ao mês (célula C2) pelo regime de juros simples. A fórmula correta que deve ser
digitada na célula E2 para calcular o montante que será pago é

59
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

a) =(B2+B2)*C2*D2. 28) (SERGIPE GÁS S/A 2013 - FCC - ADMINISTRA-


b) =B2+B2*C2/D2. DOR) Em um slide em branco de uma apresentação
c) =B2*C2*D2. criada utilizando-se o Microsoft PowerPoint 2010
d) =B2*(1+(C2*D2)). (em português), uma das maneiras de acessar alguns
e) =D2*(1+(B2*C2)). dos comandos mais importantes é clicando-se com o
botão direito do mouse sobre a área vazia do slide.
26)(MINISTÉRIO DA FAZENDA 2012 - ESAF - ASSISTEN- Dentre as opções presentes nesse menu, estão as que
TE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) O BrOffice é uma suíte para permitem
escritório gratuita e de código aberto. Um dos aplicativos a) copiar o slide e salvar o slide.
da suíte é o Calc, que é um programa de planilha eletrônica b) salvar a apresentação e inserir um novo slide.
e assemelha-se ao Excel da Microsoft. O Calc é destinado c) salvar a apresentação e abrir uma apresentação
à criação de planilhas e tabelas, permitindo ao usuário a já existente.
inserção de equações matemáticas e auxiliando na elabo- d) apresentar o slide em tela cheia e animar obje-
ração de gráficos de acordo com os dados presentes na tos presentes no slide.
planilha. O Calc utiliza como padrão o formato: e) mudar o layout do slide e a formatação do pla-
a) XLS. no de fundo do slide.
b) ODF.
c) XLSX. 29) (TRT 11ª 2012 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO
d) PDF. - JUDICIÁRIA) Em um slide mestre do BrOffice.org
e) DOC. Apresentação (Impress), NÃO se trata de um espaço
reservado que se possa configurar a partir da janela
27) (TRT 1ª 2013 - FCC - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA Elementos mestres:
ADMINISTRATIVA) Após ministrar uma palestra sobre Se- a) Número da página.
gurança no Trabalho, Iracema comunicou aos funcionários b) Texto do título.
presentes que disponibilizaria os slides referentes à pales- c) Data/hora.
tra na intranet da empresa para que todos pudessem ter d) Rodapé.
acesso. Quando acessou a intranet e tentou fazer o upload e) Cabeçalho.
do arquivo de slides criado no Microsoft PowerPoint 2010
(em português), recebeu a mensagem do sistema dizendo 30) (SERGIPE GÁS S/A 2013 - FCC - ASSISTENTE
que o formato do arquivo era inválido e que deveria con- TÉCNICO ADMINISTRATIVO - RH) No Microsoft Inter-
verter/salvar o arquivo para o formato PDF e tentar realizar net Explorer 9 é possível acessar a lista de sites visi-
o procedimento novamente. Para realizar a tarefa sugerida tados nos últimos dias e até semanas, exceto aqueles
pelo sistema, Iracema visitados em modo de navegação privada. Para abrir
a) clicou no botão Iniciar do Windows, selecionou a a opção que permite ter acesso a essa lista, com o
opção Todos os programas, selecionou a opção Microsoft navegador aberto, clica-se na ferramenta cujo dese-
Office 2010 e abriu o software Microsoft Office Converter nho é
Professional 2010. Em seguida, clicou na guia Arquivo e na a) uma roda dentada, posicionada no canto supe-
opção Converter. Na caixa de diálogo que se abriu, selecio- rior direito da janela.
nou o arquivo de slides e clicou no botão Converter. b) uma casa, posicionada no canto superior direi-
b)abriu o arquivo utilizando o Microsoft PowerPoint to da janela.
2010, clicou na guia Ferramentas e, em seguida, clicou na c) uma estrela, posicionada no canto superior di-
opção Converter. Na caixa de diálogo que se abriu, clicou reito da janela.
na caixa de combinação que permite definir o tipo do ar- d) um cadeado, posicionado no canto inferior di-
quivo e selecionou a opção PDF. Em seguida, clicou no bo- reito da janela.
tão Converter. e) um globo, posicionado à esquerda da barra de
c)abriu a pasta onde o arquivo estava salvo, utilizando endereços.
os recursos do Microsoft Windows 7, clicou com o botão
direito do mouse sobre o nome do arquivo e selecionou a 31) (CNJ 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO -
opção Salvar como PDF. PROGRAMAÇÃO DE SISTEMAS) A respeito de redes
d)abriu o arquivo utilizando o Microsoft PowerPoint de computadores, julgue os itens subsequentes. Lista
2010, clicou na guia Arquivo e, em seguida, clicou na opção de discussão é uma ferramenta de comunicação limi-
Salvar Como. Na caixa de diálogo que se abriu, clicou na tada a uma intranet, ao passo que grupo de discussão
caixa de combinação que permite definir o tipo do arqui- é uma ferramenta gerenciável pela Internet que per-
vo e selecionou a opção PDF. Em seguida, clicou no botão mite a um grupo de pessoas a troca de mensagens via
Salvar. email entre todos os membros do grupo.
e)baixou da internet um software especializado em fa- a) certo
zer a conversão de arquivos do tipo PPTX para PDF, pois b) errado
verificou que o PowerPoint 2010 não possui opção para
fazer tal conversão.

60
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

32) (CEITEC 2012 - FUNRIO - ADMINISTRAÇÃO/ 36) (TRT 10ª 2013 - CESPE - ANALISTA JUDICIÁRIO -
CIÊNCIAS CONTÁBEIS/DIREITO/PREGOEIRO PÚBLICO) Na TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO) Com relação à certifica-
internet o protocolo_________ permite a transferência de ção digital, julgue os itens que se seguem.O certificado
mensagens eletrônicas dos servidores de _________para digital revogado deve constar da lista de certificados re-
caixa postais nos computadores dos usuários. As lacunas vogados, publicada na página de Internet da autoridade
se completam adequadamente com as seguintes expres- certificadora que o emitiu.
sões: a) certo
a) Ftp/ Ftp. b) errado
b) Pop3 / Correio Eletrônico.
c) Ping / Web. 37) (TRT 10ª 2013 - CESPE - ANALISTA JUDICIÁRIO -
d) navegador / Proxy. ADMINISTRATIVA) Acerca de segurança da informação,
e) Gif / de arquivos julgue os itens a seguir. O vírus de computador é assim
denominado em virtude de diversas analogias poderem ser
33) (CASA DA MOEDA 2012 - CESGRANRIO - ASSIS- feitas entre esse tipo de vírus e os vírus orgânicos.
TENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO - APOIO ADMINIS- a) certo
TRATIVO) Em uma rede local, cujas estações de trabalho b) errado
usam o sistema operacional Windows XP e endereços IP
fixos em suas configurações de conexão, um novo host 38) (MPE/PE 2012 - FCC - TÉCNICO MINISTERIAL - AD-
foi instalado e, embora esteja normalmente conectado MINISTRATIVO) Existem vários tipos de vírus de computa-
à rede, não consegue acesso à internet distribuída nessa dores, dentre eles um dos mais comuns são vírus de ma-
rede. cros, que:
Considerando que todas as outras estações da rede a) são programas binários executáveis que são baixa-
estão acessando a internet sem dificuldades, um dos mo- dos de sites infectados na Internet.
tivos que pode estar ocasionando esse problema no novo b) podem infectar qualquer programa executável do
host é computador, permitindo que eles possam apagar arquivos
a) a codificação incorreta do endereço de FTP para o e outras ações nocivas.
domínio registrado na internet. c) são programas interpretados embutidos em docu-
b) a falta de registro da assinatura digital do host nas mentos do MS Office que podem infectar outros documen-
opções da internet. tos, apagar arquivos e outras ações nocivas.
c) um erro no Gateway padrão, informado nas pro- d) são propagados apenas pela Internet, normalmente
priedades do Protocolo TCP/IP desse host. em sites com software pirata.
d) um erro no cadastramento da conta ou da senha e) podem ser evitados pelo uso exclusivo de software
do próprio host. legal, em um computador com acesso apenas a sites da
e) um defeito na porta do switch onde a placa de Internet com boa reputação.
rede desse host está conectada.
39) (SABESP 2012 - FCC - ANALISTA DE GESTÃO I - SIS-
34) (CASA DA MOEDA 2012 - CESGRANRIO - ASSIS- TEMAS)Sobre vírus, considere:
TENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO - APOIO ADMINIS-
TRATIVO) Para conectar sua estação de trabalho a uma I. Para que um computador seja infectado por um ví-
rede local de computadores controlada por um servidor rus é preciso que um programa previamente infectado seja
de domínios, o usuário dessa rede deve informar uma executado.
senha e um[a] II. Existem vírus que procuram permanecer ocultos,
a) endereço de FTP válido para esse domínio. infectando arquivos do disco e executando uma série de
b) endereço MAC de rede registrado na máquina atividades sem o conhecimento do usuário.
cliente. III. Um vírus propagado por e-mail (e-mail borne vírus)
c) porta válida para a intranet desse domínio. sempre é capaz de se propagar automaticamente, sem a
d) conta cadastrada e autorizada nesse domínio. ação do usuário.
e) certificação de navegação segura registrada na in- IV. Os vírus não embutem cópias de si mesmo em ou-
tranet. tros programas ou arquivos e não necessitam serem expli-
citamente executados para se propagarem.
35) (CÂMARA DOS DEPUTADOS 2012 - CESPE - ANA-
LISTA LEGISLATIVO - TÉCNICA LEGISLATIVA) Com relação Está correto o que se afirma em
a redes de computadores, julgue os próximos itens.5Uma a) II, apenas.
rede local (LAN — local area network) é caracterizada por b) I e II, apenas.
abranger uma área geográfica, em teoria, ilimitada. O al- c) II e III, apenas.
cance físico dessa rede permite que os dados trafeguem d) I, II e III, apenas.
com taxas acima de 100 Mbps. e) I, II, III e IV.
a) certo
b) errado

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

40) (MPE/PE 2012 - FCC - ANALISTA MINISTERIAL - IN-


FORMÁTICA) Sobre Cavalo de Tróia, é correto afirmar: ANOTAÇÕES
a) Consiste em um conjunto de arquivos .bat que não
necessitam ser explicitamente executados. ___________________________________________________
b) Contém um vírus, por isso, não é possível distinguir
as ações realizadas como consequência da execução do ___________________________________________________
Cavalo de Tróia propriamente dito, daquelas relacionadas
___________________________________________________
ao comportamento de um vírus.
c) Não é necessário que o Cavalo de Tróia seja executa- ___________________________________________________
do para que ele se instale em um computador. Cavalos de
Tróia vem anexados a arquivos executáveis enviados por ___________________________________________________
e-mail.
d) Não instala programas no computador, pois seu úni- ___________________________________________________
co objetivo não é obter o controle sobre o computador, ___________________________________________________
mas sim replicar arquivos de propaganda por e-mail.
e) Distingue-se de um vírus ou de um worm por não ___________________________________________________
infectar outros arquivos, nem propagar cópias de si mesmo
automaticamente. ___________________________________________________

___________________________________________________
GABARITO ___________________________________________________
1-E / 2-A / 3-C / 4-B / 5-C / 6-E / 7-A / 8-C / 9-A / ___________________________________________________
10-C / 11-C / 12-E / 13-A / 14-B / 15-A / 16-A / 17-D /
18-C / 19-B / 20-A / 21-A / 22-A / 23-C / 24-B / 25-D / ___________________________________________________
26-B / 27-D / 28-E / 29-B / 30-C / 31-B / 32-B / 33-C /
___________________________________________________
34-D / 35-B / 36-A / 37-A / 38-C / 39-B / 40-E
___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

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___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

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