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VERBOS
NÚMERO
PESSOAS:
MODOS
1
TEMPOS
VERBO PRINCIPAL
VERBO AUXILIAR
RADICAL
2
OBSERVAÇÃO:
Des-permit-ir
Re-vend-er
TERMINAÇÃO
1. Vogal temática:
2. Desinência modo-temporal:
1
Pasquale & Ulisses, p. 128.
2
O verbo pôr e seus derivados (supor, depor, repor, compor etc.) pertencem à segunda
conjugação, pois sua vogal temática é -e-, obtida da forma portuguesa arcaica poer, do latim
ponere.
3
-a: desinência modo-temporal do pretérito imperfeito do indicativo da 2ª e da 3ª
conjugações. (bebia e partia)
-ria: desinência modo-temporal do futuro do pretérito (cantaria, beberia, partiria.)
3. Desinência número-pessoal
falá-: tema;3
-sse-: desinência modo-temporal;4
-mos: desinência número pessoal.5
3
Lembrando que o tema é formado pelo radical + vogal temática.
4
Indica o modo – subjuntivo – e o tempo – pretérito imperfeito – em que o verbo está.
5
Informa que o verbo se refere à primeira pessoa do plural.
4
Fortes são aqueles cujo radical do infinitivo se modifica no pretérito perfeito:
caber –coube; fazer – fiz.
Não entram no rol dos verbos irregulares aqueles que, para conservar a
pronúncia, têm de sofrer variação de grafia:
DEFECTIVOS são os verbos que não têm todos os tempos, todos os modos
ou certas formas (precaver-se, reaver, colorir, falir etc.). É imperativo não confundi-
los com os verbos impessoais e unipessoais, que só se usam na terceira pessoa.
Segundo Bechara, quase sempre faltam as formas rizotônicas dos verbos
5
defectivos. Suprimos, quando necessário, as lacunas de um defectivo empregando
um sinônimo (derivado ou não do defectivo).
Banir, brandir, carpir, colorir, delir, explodir, fremer (ou fremir), haurir, ruir, exaurir,
abolir, demolir, puir, delinquir, fulgir, feder, aturdir, bramir, jungir, esculpir,
extorquir, impingir, puir, retorquir, soer, espargir.
Adir, aguerrir, emolir, empedernir, esbaforir, espavorir, exinanir, falir, fornir, remir,
ressequir, revelir, vagir, florir, renhir, garrir, inanir, ressarcir, transir, combalir.7
VERBO Pret. perf. ind. M.-q-perf. ind. Imper. do subj. Fut. Subj.
Comprazer Comprazi, Comprazera, Comprazesse, Comprazer,
/descompra comprazeste, comprazerás, comprazesses, comprazeres,
zer comprazeu / comprazera cmprazesse / comprazer/
comprouve, /comprouvera, comprouvesse, comprouver,
comprouveste, comprouveras, comprouvesses, comprouveres,
comprouve comprouvera comprouvesse corromper etc.
etc. etc. etc.
8
Evanildo Bechara.
7
(constrói), construímos, construís,
construem (constroem)
Assim se conjugam os verbos desconstruir, destruir, estruir, reconstruir.
Entupir / Entupo, entupes (entopes), entupimos, Entupe (entope), entupi
desentupir entupis, entupem (entopem)
Haver Hei, hás, há, havemos (hemos), haveis Há, havei
(heis) hão
Ir Vou, vais, vai, vamos (imos), ides (is é
forma antiga), vão
Querer / Quero, queres, quer (ou quere) queremos,
requerer queremos, quereis, querem / requeiro,
requeres, requer (requere), requeremos,
requereis, requerem
Valer Valho, vales, vale (val forma antiga),
valemos, valeis, valem
-zer, -zir Podem perder o -e na 2.ª
pess. sing.: faze tu (ou
faz); traduze tu (ou
traduz). Frequente os
exemplos literários com os
verbos dizer, fazer, trazer
e traduzir.
O particípio de alguns verbos: existe grande número de verbos que admitem dois (e
uns poucos até três) particípios: um regular, terminado em -ado (1.ª conjugação)
ou -ido (2.ª e 3.ª conjugações), e outro irregular, proveniente do latim ou de nome
que passou a ter aplicação como verbo, terminado em -to, -so ou criado por
analogia com modelo preexistente. Eis uma relação dessas formas duplas de
particípio, indicando-se entre parênteses se ocorrem com a voz ativa ou passiva, ou
com ambas. Alguns exemplos:
INFINITIVO PARTICÍPIO REGULAR PARTICÍPIO IRREGULAR
aceitar aceitado (a., p.) aceito (p.), aceite (p.)
assentar assentado (a., p.) assento (p.), assente (p.)
entregar entregado (a., p.) entregue (p.)
enxugar enxugado (a., p.) enxuto (p.)
expressar expressado (a., p.) expresso (p.)
expulsar expulsado (a., p.) expulso (p.)
fartar fartado (a., p.) farto (p.)
findar findado (a., p.) findo (p.)
ganhar ganhado (a., p.) ganho (a., p.)
gastar gastado (a.) gasto (a., p.)
isentar isentado (a.) isento (p.)
juntar juntado (a., p.) junto (a., p.)
8
limpar limpado (a., p.) limpo (a., p.)
matar matado (a.) morto (a., p.)
pagar pagado (a.) pago (a., p.)
pasmar pasmado (a., p.) pasmo (a.)
pegar pegado (a., p.) pego (é ou ê)
salvar salvado (a., p) salvo (a., p.)
acender acendido (a., p.) aceso (p.)
arrepender arrependido (a., p.) repeso por arrepeso (a., p.)
desenvolver desenvolvido (a., p.) desenvolto (a., p.)
eleger elegido (a.) eleito (a., p.)
envolver envolvido (a., p.) envolto (a., p.)
prender prendido (a., p.) preso (p.)
revolver revolvido (a., p.) revolto (a.)
suspender suspendido (a., p.) suspenso (p.)
desabrir desabrido desaberto
erigir erigido (a., p.) erecto (p.)
exprimir exprimido ( a., p.) expresso (a., p.)
extinguir extinguido (a., p.) extinto (p.)
frigir frigido (a.) frito (a., p.)
imprimir imprimido (a., p.) impresso (a., p.)
inserir inserido (a., p.) inserto (a., p.)
tingir tingido (a., p.) tinto (p.)
OBSERVAÇÕES:
1.ª) Em geral emprega-se a forma regular, que fica invariável com os auxiliares ter
e haver, na voz ativa, e a forma irregular, que se flexiona em gênero e número,
com os auxiliares ser, estar e ficar, na voz passiva.
9
FORMAS RIZOTÔNICAS E ARRIZOTÔNICAS
As pessoas que fazem a forma rizotônica são eu, tu, ele/ela, eles/elas. Já as
pessoas que fazem a forma arrizotônica são nós e vós.
9
Evanildo Bechara, p. 199.
10
Evanildo Bechara.
11
Segundo o dicionário on-line Michaelis: sm (gálici+ismo) 1 Palavra importada diretamente
do francês; francesismo. 2 Expressão à moda francesa. 3 Palavra ou construção francesa
empregada em detrimento do vernáculo.
10
As formas nominais do verbo, com exceção do infinitivo, não definem as
pessoas do discurso e, por isso, são ainda conhecidas por formas infinitas.
Possuem, quando possíveis, desinências nominais idênticas às que caracterizam a
flexão dos nomes (gênero e número).
11
A 1ª conjugação compreende os verbos terminados em –ar: amar, baixar, carregar,
dar, falar etc.
A 2ª conjugação concentra os verbos terminados em –er: berber, ceder, escrever, ler,
mexer, vender etc.
A 3ª conjugação abrange os verbos terminados em –ir: cair, dormir, mentir, partir,
reunir, sentir etc.
OBSERVAÇÃO: O verbo pôr e seus compostos (compor, propor, supor, transpor etc)
pertencem à 2ª conjugação, pois a forma antiga do verbo era poer, que se contraiu,
transformando-se mais tarde em pôr.
12
Evanildo Bechara, p. 234
12
Isto significa que o presente, a rigor, se caracteriza pelo traço “negativo” ou
“neutral” em relação ao pretérito (passado) e ao futuro, que são termos “positivos”,
isto é, aplicados ao ocorrido, o que lhe permite, ao presente, empregar-se, em
determinados contextos, “em lugar” do passado e do futuro [ECs.1, 234]. Não
ocorrendo a neutralização, tais substituições ficam impedidas: em agora estarei
muito cansado, se entendermos “agora mesmo”, e não “em seguida”, depois do
momento em que falo” (quando a construção será perfeitamente possível), não se
empregará o futuro pelo presente.13
“Ocorre-me uma reflexão imoral, que é ao mesmo tempo uma correção de estilo”.
Emprega-se o presente:
14
Marcela teve primeiro um silêncio indignado; depois fez um gesto magnífico: tentou atirar o
colar à rua. Eu retive-lhe o braço; pedi-lhe muito que não me fizesse tal desfeita, que
ficasse com a joia. Sorriu e ficou.
ONTEM (eu) saí; ONTEM (tu) saíste; ONTEM (ele) saiu; ONTEM (nós) saímos;
ONTEM (vós) saístes; ONTEM (eles) saíram.
ONTEM (eu) cri; ONTEM (tu) creste; ONTEM (ele) creu; ONTEM (nós) cremos;
ONTEM (vós) crestes; ONTEM (eles) creram.
2. fato habitual:
3. fato consumado
Rodrigo falava tão baixo que lhe perguntei se estivera com algum problema no
Tribunal.
Queria viver para o seu filho – é como ele explicava o desejo da vida.
15
Evanildo Bechara, p. 235.
16
Idem.
17
Idem.
18
Evanildo Bechara, p. 235.
16
Sr. Manoel, eu desejava telefonar.
OBSERVAÇÕES:
1ª) Emprega-se o pretérito imperfeito do verbo dever (fazer uma coisa) em lugar do
pretérito perfeito:
Ele devia (e não deveu) ser (ou ter sido) ontem mais atencioso para contigo.
2ª) Aparece em lugar do futuro do pretérito para denotar um fato certo como
consequência de outro que não se deu:
Então [neste jogo que vamos começar a jogar] eu era o rei e tu eras a rainha.
Agora eu era o herói e o meu cavalo só falava inglês
OBS.: Fogem à regra acima os verbos ser, ter, vir e pôr, que fazem no imperfeito a
seguinte conjugação: era, tinha, vinha e punha, respectivamente.
Recapitulando: o pretérito imperfeito é o tempo da ação prolongada ou
repetida com limites imprecisos; ou não nos esclarece sobre a ocasião em que a
ação terminaria ou nada nos informa quanto ao momento do início.
20
A expressão “simples e compostos” encontra-se na obra de Evanildo Bechara.
18
No dia seguinte, antes de me recitar nada, explicou-me o capitão que só por motivos
graves abraçara a profissão marítima...
Exemplo: (eu) cantaRA; (tu) cantaRAS; (ele) cantaRA; (nós) cantáRAMOS; (vós)
cantáREIS; (eles) cantaram.
2ª pessoa do singular: canta (ste); fize (ste); vie (ste); puse (ste).
1ª pessoa do plural: canta (mos); fize (mos); vie (mos); puse (mos).
Diz-se hoje com intenção futura. Ou, segundo Bechara,21 pode exprimir:
21
P. 236.
19
2. Em lugar do imperativo, uma ordem ou recomendação, principalmente nas
prescrições e recomendações morais.
OBSERVAÇÃO:
3. Incerteza:24
PÓS ESCRITO:
Cabe ressaltar que infinitivo impessoal nada mais é do que o verbo em seu
estado primitivo, isto é, o verbo terminado em r. Exemplo: cantar, andar, pular,
cair, subir, instruir, descer, correr, chover etc.
24
Emprega-se o auxiliar tivera (ou houvera) na oração condicional, em lugar do mais-que-
perfeito, em relação a um futuro do pretérito posto na oração principal:
Estudaria (ou teria estudado), se tivera (= tivesse) sabido da prova.
21
8.9.8. PRESENTE DO SUBJUNTIVO
1ª conjugação, nadar: QUE (eu) nade; QUE (tu) nades; QUE (ele) nade; QUE (nós)
nademos; QUE (vós) nadeis; QUE (eles) nadem.
2ª conjugação, tecer: QUE (eu) teça; QUE (tu) teças; QUE (ele) teça; QUE (nós)
teçamos; QUE (vós) teçais; QUE (eles) teçam.
3ª conjugação, infringir: QUE (eu) infrinja; QUE (tu) infrinjas; QUE (ele) infrinja;
QUE (nós) infrinjamos; QUE (vós) infrinjais; QUE (eles) infrinjam.
23
8.9.11. O SUBJUNTIVO NA ÓPTICA DE EVANILDO BECHARA:25
OBSERVAÇÃO:
Prouvera a Deus, venerável Crimilde – tornou o quingentário – que nos fosse lícito
desamparar estes muros.
Proibi-te que o revelasses.
Espero que estudes e que sejas feliz.
25
P. 237-239.
24
2. Depois de expressões (verbos ou locuções formadas por ser, estar, ficar +
substantivo ou adjetivo) que denotam desejo, probabilidade, vulgaridade,
justiça, necessidade, utilidade:
“... me vinham à mente suspeitas de que ela fosse um anjo transviado do céu...”
“A luz... que suspeitávamos procedesse de lâmpada esquecida por sonolento moço
de reposte...”
Suspeitava-se que era a alma da velha Brites que andava ali penada”.
1. Fim:
26
Cognatos são palavras de uma mesma origem, com significado e/ou grafia igual ou
parecida em idiomas diferentes. O falso cognato aparece quando a grafia é igual ou
semelhante, mas o significado muda de um idioma para o outro.
25
3. Uma conjectura e não uma realidade:
Compare-se:
1. Nas causais de não porque, não (ou nem), quando se quer dizer que a razão
aludida não é verdadeira.
Deitei-me ontem mais cedo, não porque tivesse sono, mas porque precisava de me
levantar hoje de madrugada.
2. Nas concessivas de ainda que, embora, conquanto, posto que, se bem que,
por muito que, por pouco que (e semelhantes), não havendo, entretanto,
completo rigor a respeito do tem:
Ainda que perdoemos aos maus, a ordem moral não lhes perdoa, e castiga a nossa
indulgência.
Por mais sagaz que seja o nosso amor próprio, a lisonja quase sempre o engana.
OBSERVAÇÃO:
Entram neste rol as alternativas de sentido concessivo (ou... ou, quer... quer) e as
concessivas justapostas do tipo de fosse ele o culpado, ainda assim lhe perdoaria.
3. Nas condições de se, conquanto que, sem que, a não ser que, suposto que,
caso, dado que, para exprimir hipótese, e não uma realidade. Entra ainda
neste grupo a comparativa hipotética como se:
26
Se as viagens simplesmente instruíssem os homens, os marinheiros seriam os mais
instruídos.
E moviam os lábios, como se tentassem falar.
OBSERVAÇÃO:
Devemos regular a nossa vida de modo que possamos esperar e não recear depois
de nossa morte.
Não subais tão alto que a queda seja mortal.
5. Nas finais:
Os maus são exaltados para serem felizes, para que caiam do mais alto e sejam
esmagados.
6. Nas temporais de antes que, assim que, até que, enquanto, depois que,
logo que, quando ocorrem nas negações ou nas indicações de simples
concepção, e não uma realidade (caso em que aparece o indicativo).
OBSERVAÇÃO 1:
OBSERVAÇÃO 2:
OBSERVAÇÃO 3:
Esquematicamente:
OBSERVAÇÃO 1:
Excetua-se o verbo ser, que faz sê (tu) e sede (vós).
OBSERVAÇÃO 2:
28
Costumam perder o -e na 2ª pessoa do singular do imperativo afirmativo os verbos
dizer, fazer, trazer e os terminados em -uzir. Dize (ou diz) tu; faze (ou faz) tu; traze
(ou traz) tu; aduze (ou aduz) tu, traduze (ou traduz) tu.
OBSERVAÇÃO 3:
NÃO andes (tu); NÃO ande (ele); NÃO andemos (nós); NÃO andeis (vós); NÃO andem
(eles).
27
Bechara só cita que a “ação verbal está concluída”.
29
Tenho feito exercícios.
Havíamos de comprar livros.
ESTAR emprega-se
OBSERVAÇÕES:
1. O único verbo que SEMPRE será de ligação é o verbo ser. Todos os demais
deverão ser analisados no contexto da frase.
28
Segundo Evanildo Bechara, p. 239-241.
31
1. INFINITIVO HISTÓRICO: entende-se por infinitivo histórico ou de narração
aquele que, numa narração animada, considera a ação como já passada, e
não no seu desenvolvimento:
E o seu gesto era tão desgracioso, coitadinho, que todos, à exceção de Santa,
puseram-se a rir.
32
...dentro dos mesmos limites atuais podem as cristandades nascerem ou
anularem-se, crescerem ou diminuírem em certos pontos desses vastos
territórios.
Queres ser mau filho, deixares uma nódoa d’infância na tua linhagem.
Enconstando-se outra vez na sua dura jazida, Egas sentiu alongar-se a estrupiada
dos cavalheiros...
Por isso não cabe razão a Mário Barreto [MBa.4, 51] quando condena, nestes casos,
o aparecimento do pronome átono.
OBSERVAÇÃO 2:
O infinitivo sem flexão revela que a nossa atenção se volta com especial
atenção para a ação verbal; o flexionamento serve de insistir na pessoa do sujeito:
Estudamos para...
34
...vencer na vida. ...vencermos na vida.
Exemplos:
Beijo-vos as mãos, senhor rei, por vos lembrardes ainda de um velho homem de
armas que para nada presta hoje.
29
Evanildo Bechara, p. 206-207.
35
O gerúndio é igual ao particípio, porque neste desapareceu a vogal temática:
vindo (vindo) e vindo (vin-i-do).
Notem-se estes enganos comuns nos derivados de vir, no pret. perf. ind.:
E, incapazes de negar a beleza (...) assaltaram a ave de Juno (...) intervieram para
impor silêncio o leão e o tigre.
Rever é conjugado como ver; por isso está errada a flexão em:
36
O futuro do subjuntivo é vir:
Quando eu vier à cidade e vir oportunidade de comprá-lo, então o farei (e não ver!).
3. Precaver-se:
É verbo defectivo que nada tem com ver ou vir; por isso evite-se dizer
Eu me precavejo ou Eu me precavenho.
Precavejam-se ou Precavenham-se.
4. Reaver:
Por isso evitem-se empregos como: eu reavi, ele reaveu, etc. Cf. Verbos
defectivos e abundantes.
Deter, derivado de ter, conjuga-se como este. Logo está errada a frase:
8. Haver-se e avir-se:
proceder, portar-se:
ser chamado a ordem, entrar em disputa com alguém, conciliar, e aparece nas
ameaças:
Conciliar
38
Desavir-se é o contrário de avir-se:
8.12.1.VOZ ATIVA
Ocorre a voz ativa quando o sujeito é agente da ação, isto é, pratica a ação
verbal ou participa ativamente de um fato:
8.12.2.VOZ PASSIVA
2. Voz passiva pronominal (ou sindética): é formada com uma forma verbal na
terceira pessoa, singular ou plural, acompanhada do pronome obliquo se:
OBSERVAÇÃO 1:
OBSERVAÇÃO 2:
Em geral, só pode ser construído na voz passiva verbo que pede objeto
direto, acompanhado ou não de outro complemento. Daí a língua padrão lutar
contra linguagens do tipo:
32
Evanildo Bechara.
33
Complemento relativo é o complemento que, ligado ao verbo por uma preposição
determinada (a, com, de, em etc.), integra, com valor de objeto direto, a predicação de um
verbo de significação relativa. Distingue-se do objeto indireto pelas seguintes circunstâncias:
1ª) não representa a pessoa ou a coisa a que se destina a ação, ou em cujo proveito ou
prejuízo ela se realiza. Antes, denota como objeto direto, o ser sobre o qual recai a ação; 2ª)
não corresponde, na 3ª pessoa, às formas pronominais átonas lhe, lhes, mas às formas
tônicas ele (s), ela (s), precedidas de preposição (assistir a ele, reparar nelas, precisar
41
Todos assistiram à missa.
EXEMPLO 1
VOZ ATIVA VOZ PASSIVA
Eu li o livro O livro foi lido por mim
deles).
42
EXEMPLO 5: COM SUJEITO INDETERMINADO DE VER QUE APARECERÁ NA
PASSIVA PRONOMINAL
VOZ ATIVA VOZ PASSIVA
Vendem casas Vendem-se casas
Vendem esta casa Vende-se esta casa
PÓS ESCRITO:
1. Como regra, só verbos transitivos diretos passam da voz ativa para a voz
passiva.
2. Observe que o objeto na voz ativa será sempre o sujeito na voz passiva, e o
agente da passiva (sujeito da oração ativa) é introduzido pela preposição por.
Come-se ao ar livre.
Tomou-se d’ água.
As estrelas dirão: - “Ai! nada somos, pois ela se morreu, silente e fria...”
Foi-se embora e à passagem, mascando o charuto, mediu Maria Antônia de alto a
baixo.
Vão-se as situações, e eles com elas.
Foi-se o tempo que ter o que diz ser...
44
O se será sujeito da frase quando ligado aos verbos mandar, fazer, deixar,
ver, ouvir ou sentir; e, o outro verbo da frase, deverá estar no infinitivo e no
singular:
Ouviu-se cantar.
Sentiu-se ruir todos os seus esforços.
8.12.6. REFLEXIVA
É a forma verbal que indica que a ação verbal não passa a outro ser
(negação da transitividade), podendo reverter-se ao próprio agente (sentido reflexivo
propriamente dito), atuar reciprocamente entre mais de um agente (reflexivo
recíproco), sentido de “passividade com se” e sentido de impessoalidade, conforme
as interpretações favorecidas pelo contexto, formada de verbo seguido do pronome
oblíquo de pessoa igual à que o verbo se refere:34
34
Evanildo Bechara.
45
o pronome se, conhecido também por
“pronome apassivador”.
Pode haver expressão que denota o A expressão caraterizadora está
agente da passiva. dispensada.
Ex.: Eu fui visitado pelos parentes Ex.1: Aluga-se a casa (não se diz: aluga-
se a casa pelo proprietário).
OBSERVAÇÕES:35
47
8.13. VERBOS IMPESSOAIS, UNIPESSOAIS E DEFECTIVOS
8.13.1.VERBOS IMPESSOAIS
Alvorecer
Saraivar
orvalhar
Chover
Nevar
trovejar
48
2. O verbo haver no sentido de existir e o verbo fazer quando indicar
tempo decorrido:
Basta de provocações!
Chega de lamúrias.
Dói-me do lado esquerdo.
8.13.2.VERBOS UNIPESSOAIS
8.13.3.VERBOS DEFECTIVOS
OBSERVAÇÕES:
EU ELE
Aboli Aboliu
Adequei Adequou
Explodi Explodiu
Fali Faliu
Precavi Precaveu
36
Pasquale & Ulisses, p. 177.
37
Pasquale & Ulisses, p. 177.
2.1. Os verbos que indicam fenômenos naturais são considerados
impessoais e, por isso, não têm sujeito e são conjugados apenas
na 3ª pessoa do singular.
8.14.1.ORAÇÕES CONDICIONADAS
8.14.2.ORAÇÕES SUBSTANTIVAS