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f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Artigo 6.º
g) Certificar, sempre que lhe seja solicitado, que os [...]
técnicos oficiais de contas se encontram no pleno exer-
cício das suas funções, nos termos do presente Estatuto; 1— .....................................
h) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . a) Planificar, organizar e coordenar a execução da
i) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . contabilidade das entidades que possuam, ou que devam
j) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . possuir, contabilidade regularmente organizada segundo
l) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . os planos de contas oficialmente aplicáveis ou o sistema
m) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . de normalização contabilística, conforme o caso, res-
n) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . peitando as normas legais, os princípios contabilísticos
o) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . vigentes e as orientações das entidades com competên-
p) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . cias em matéria de normalização contabilística;
q) Promover e apoiar a criação de sistemas comple- b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
mentares de segurança social para os técnicos oficiais c) Assinar, conjuntamente com o representante legal
de contas; das entidades referidas na alínea a), as respectivas de-
r) Implementar, organizar e executar sistemas de monstrações financeiras e declarações fiscais, fazendo
verificação da qualidade dos serviços prestados por prova da sua qualidade, nos termos e condições defi-
técnicos oficiais de contas; nidos pela Ordem, sem prejuízo da competência e das
responsabilidades cometidas pela lei comercial e fiscal
s) Conceber, organizar e executar, para os seus mem-
aos respectivos órgãos;
bros, sistemas de formação obrigatória; d) Com base nos elementos disponibilizados pelos
t) Criar colégios de especialidade, organizar o seu contribuintes por cuja contabilidade sejam responsáveis,
funcionamento e regulamentar o acesso aos mesmos assumir a responsabilidade pela supervisão dos actos
pelos membros da Ordem; declarativos para a segurança social e para efeitos fiscais
u) Exercer as demais funções que resultem do pre- relacionados com o processamento de salários.
sente Estatuto ou de outras disposições legais.
2 — Compete ainda aos técnicos oficiais de contas:
2 — A Ordem pode intervir, como assistente, nos pro-
cessos judiciais em que seja parte um dos seus membros a) Exercer funções de consultoria nas áreas da con-
tabilidade, da fiscalidade e da segurança social;
e em que estejam em causa questões relacionadas com
b) Intervir, em representação dos sujeitos passivos
o exercício da profissão. por cujas contabilidades sejam responsáveis, na fase
3 — A Ordem tem direito a adoptar e a usar símbolo, graciosa do procedimento tributário, no âmbito de ques-
estandarte e selo próprios, conforme modelo aprovado tões relacionadas com as suas competências específicas;
pelo conselho directivo. c) Desempenhar quaisquer outras funções definidas
4 — A Ordem pode filiar-se em organismos da área por lei adequadas ao exercício das respectivas funções,
da sua especialidade e fazer-se representar ou partici- designadamente as de perito nomeado pelos tribunais
par em congressos, reuniões e outras manifestações de ou por outras entidades públicas ou privadas.
carácter técnico ou científico.
5 — A Ordem pode, no e para o exercício das suas 3 — Entende-se por regularidade técnica, nos termos
atribuições, solicitar a colaboração que se revelar ade- da alínea b) do n.º 1, a execução da contabilidade, nos
quada a entidades públicas, nomeadamente à Direcção- termos das disposições previstas nos normativos aplicá-
-Geral dos Impostos, bem como a entidades privadas. veis, tendo por suporte os documentos e as informações
fornecidos pelo órgão de gestão ou pelo empresário, e as
Artigo 4.º decisões do profissional no âmbito contabilístico, com
vista à obtenção de uma imagem fiel e verdadeira da
[...] realidade patrimonial da empresa, bem como o envio
Constituem receitas da Ordem: para as entidades públicas competentes, pelos meios
legalmente definidos, da informação contabilística e
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . fiscal definida na legislação em vigor.
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 — As funções de perito referidas na alínea c) do
c) As provenientes da tabela de taxas e emolumentos n.º 2 compreendem, para além do alcance definido pelo
a elaborar e aprovar pelo conselho directivo; tribunal no âmbito de peritagens judiciais, a avaliação
d) [Anterior alínea c).] da conformidade da execução contabilística com as
normas e directrizes legalmente aplicáveis, bem como
Artigo 5.º do nível de representação, pela informação contabilista,
da realidade patrimonial que lhe subjaz.
[...]
b) Como sócios, administradores ou gerentes de uma vontade contrária, ser utilizada por este em quaisquer
sociedade profissional de técnicos oficiais de contas ou outras situações.
de uma sociedade de contabilidade;
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Artigo 9.º
d) No âmbito de um contrato individual de trabalho [...]
celebrado com outro técnico oficial de contas, com uma
sociedade de profissionais, com outra pessoa colectiva 1— .....................................
ou com um empresário em nome individual. 2— .....................................
3 — As empresas inactivas ou cuja actividade esteja
2 — Com excepção das situações referidas no n.º 6 temporariamente suspensa não são consideradas para
do artigo 8.º e da prestação de serviços no âmbito de efeitos de pontuação, devendo essa situação ser com-
sociedades de contabilidade, os técnicos oficiais de provada perante a Ordem.
contas celebram, obrigatoriamente, por escrito, com as 4 — Sempre que, por efeito do volume de negócios,
entidades referidas na alínea a) do n.º 1 do artigo 6.º, o sejam ultrapassados os limites referidos neste artigo,
contrato de prestação de serviços referido no n.º 5 do verifica-se uma incompatibilidade superveniente, que
artigo 52.º, devendo assumir, nesse documento, pessoal deve ser sanada no prazo de um ano, sem prejuízo do
e directamente, a responsabilidade pela contabilidade referido no n.º 6 do artigo anterior.
a seu cargo. 5— .....................................
1 — Os técnicos oficiais de contas que exerçam as 1 — Até ao final do mês de Setembro de cada ano,
respectivas funções no âmbito de um contrato individual ou nos 30 dias subsequentes ao início ou à cessação
de trabalho só podem prestar serviços a um número de de funções, os técnicos oficiais de contas comunicam
entidades cuja pontuação acumulada não seja superior à Ordem que são, ou que foram, responsáveis pelas
a 22 pontos. contabilidades das entidades referidas na alínea a) do
2 — Não obstante o disposto no número anterior, em n.º 1 do artigo 6.º, através de documento igualmente
relação aos técnicos oficiais de contas que comprovem assinado por estas, mencionando ainda a respectiva
exercer as respectivas funções, a título principal, no identificação, número de identificação fiscal e volume
regime liberal ou ao abrigo de um contrato individual de negócios relativo ao último exercício encerrado, nos
termos e para os efeitos do disposto no artigo anterior.
de trabalho com outro técnico oficial de contas, com
2 — Para efeitos do disposto no número anterior,
uma sociedade de contabilidade ou com uma sociedade
considera-se volume de negócios o total dos rendimen-
profissional de técnicos oficiais de contas, o limite re-
tos considerados na demonstração de resultados, ou,
ferido no número anterior é de 30 pontos.
no caso de início de actividade, o montante inscrito na
3 — Caso os técnicos oficiais de contas não exerçam respectiva declaração.
as respectivas funções a título principal, a sua pontuação 3 — Os membros dos órgãos da Ordem, e respectivo
é reduzida a 11 pontos. pessoal, não devem revelar nem utilizar, salvo nos casos
4 — Os limites previstos nos números anteriores expressamente previstos na lei, a informação de que
só podem ser ultrapassados e mantidos quando o ex- tenham tomado conhecimento por força do disposto
cesso de pontos resulte, exclusivamente, do aumento no n.º 1.
do volume de negócios das entidades a quem o técnico
oficial de contas, no exercício anterior, já prestava os Artigo 11.º
seus serviços.
5 — Os limites de pontuação estabelecidos no ar- [...]
tigo 9.º podem ser derrogados, mediante requerimento 1 — Podem inscrever-se na Ordem pessoas singu-
dirigido ao conselho directivo, se se comprovar, através lares e sociedades profissionais de técnicos oficiais de
do controlo de qualidade, que o requerente reúne as contas.
condições necessárias à derrogação requerida. 2 — A Ordem tem membros estagiários, efectivos
6 — Caso o técnico oficial de contas exerça a sua e honorários.
actividade ao abrigo de um contrato individual de tra- 3 — Tem a qualidade de membro efectivo o técnico
balho com outro técnico oficial de contas, com uma oficial de contas e a sociedade profissional que se en-
sociedade profissional de técnicos oficiais de contas contre inscrita na Ordem na respectiva qualidade.
ou com uma sociedade de contabilidade cuja gerência 4 — Tem a qualidade de membro honorário a pessoa
seja constituída, exclusivamente, por técnicos oficiais singular ou colectiva que seja como tal distinguida pela
de contas, a pontuação que lhe é atribuída, nos termos Ordem em virtude de elevado mérito e de relevantes
do presente artigo, aproveita, desde que o técnico oficial contributos prestados à instituição ou no exercício da
de contas manifeste expressamente essa vontade, exclu- profissão.
sivamente àquelas entidades, nos termos e condições a
definir pela Ordem. Artigo 13.º
7 — Nos casos referidos no número anterior, a pon-
[...]
tuação fica cativa daquelas entidades, não podendo,
enquanto se mantiver o contrato de trabalho ou enquanto A qualidade de membro honorário é atribuída por
o técnico oficial de contas não manifestar expressamente deliberação da assembleia geral, sob proposta do con-
8002 Diário da República, 1.ª série — N.º 207 — 26 de Outubro de 2009
selho directivo, obedecendo a perda dessa qualidade ao 2 — No mesmo sítio, a Ordem publica, trimestral-
mesmo formalismo. mente, a relação dos membros que, no respectivo pe-
ríodo, vejam deferida a sua inscrição, suspensão ou
Artigo 14.º cancelamento.
[...]
Artigo 19.º
.........................................
[...]
a) Participar e beneficiar da actividade social, cultu-
1 — Os membros da Ordem podem requerer ao con-
ral, técnica e científica da Ordem;
selho directivo a suspensão ou o cancelamento volun-
b) Informar-se das actividades da Ordem;
tário da sua inscrição.
c) Assistir e intervir, sem direito de voto, nas assem-
bleias gerais. 2 — Os membros cuja inscrição tenha sido cancelada
nos termos do número anterior deixam de poder invocar
o título profissional e de exercer as correspondentes
Artigo 15.º
funções, devendo devolver à Ordem a respectiva cédula
Condições de inscrição das pessoas singulares e outros documentos identificativos.
1— ..................................... 3— .....................................
4 — A suspensão ou o cancelamento voluntário da
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . inscrição são comunicados pelo conselho directivo à
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Direcção-Geral dos Impostos e às entidades a quem os
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . técnicos oficiais de contas prestavam serviços.
d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Artigo 20.º
f) Efectuar estágio profissional ou curricular, nos
[...]
termos regulamentados pela Ordem;
g) Obter aprovação em exame profissional, em língua 1 — Sempre que os seus membros sejam impedidos
portuguesa ou noutra língua oficial da União Europeia a de exercer a sua profissão, por decisão transitada em
definir pela Ordem, a organizar e realizar no mínimo se- julgado, a Ordem, após o seu conhecimento, considera
mestralmente, nos termos regulamentados pela Ordem. oficiosamente suspensa a respectiva inscrição pelo pe-
ríodo do impedimento.
2 — (Revogado.) 2 — A Ordem cancela oficiosamente a inscrição dos
3 — É admitida a inscrição aos cidadãos não per- técnicos oficiais de contas quando tiver conhecimento
tencentes à União Europeia que estejam domiciliados do seu falecimento.
em Portugal e que satisfaçam as restantes condições 3— .....................................
exigidas no número anterior desde que haja tratamento
recíproco por parte do seu país de origem e que realizem Artigo 21.º
prova de conhecimentos de língua portuguesa.
[...]
4 — Aos candidatos mencionados no número ante-
rior pode ser exigida a realização de exame, em língua 1 — A Ordem suspende compulsivamente a inscrição
portuguesa, e, ou, estágio, nos termos regulamentados dos técnicos oficiais de contas a quem seja aplicada a
pela Ordem. pena de suspensão.
2 — A Ordem cancela compulsivamente a inscrição
Artigo 16.º dos técnicos oficiais de contas sempre que, relativa-
[...] mente a estes:
1 — Os candidatos a técnico oficial de contas devem a) Deixe de se verificar qualquer das condições re-
possuir a habilitação académica de licenciatura ou supe- feridas no n.º 1 do artigo 15.º;
rior, ministrada por estabelecimento de ensino superior b) Seja aplicada a pena de expulsão.
público, particular ou cooperativo, criado nos termos
da lei e reconhecido pela Ordem como adequado para 3— .....................................
o exercício da profissão. 4 — O disposto na alínea a) do n.º 2 não prejudica
2 — (Revogado.) os direitos adquiridos ao abrigo da legislação aplicável
3 — O reconhecimento referido no n.º 1 deve basear- na data da inscrição do membro em causa.
-se em critérios objectivos, fundamentados nos currí-
culos, nas unidades de crédito, nos meios de ensino e Artigo 22.º
nos métodos de avaliação. [...]
1— .....................................
2 — As deliberações da Ordem são tomadas por 2— .....................................
maioria.
3 — As deliberações dos órgãos da Ordem podem a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
ser objecto de impugnação contenciosa, nos termos da b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
lei, para os tribunais administrativos. c) Dar posse aos membros eleitos para os órgãos da
Ordem;
Artigo 25.º d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
e) Propor, à assembleia geral, alterações ao regula-
[...]
mento eleitoral.
1 — A duração do mandato dos titulares dos órgãos
da Ordem é de três anos. 3— .....................................
2 — Nenhum membro pode ser simultaneamente 4— .....................................
eleito para mais de um cargo nos órgãos da Ordem. 5 — Nas assembleias eleitorais, o presidente da mesa
3 — Os membros suplentes são chamados a exer- é coadjuvado pelos restantes elementos, competindo-lhe
cer funções na Ordem de acordo com a hierarquia que gerir todos os actos inerentes às eleições, nos termos do
ocupam na lista. regulamento eleitoral em vigor.
4 — O exercício de qualquer mandato é sempre re-
munerado, nos termos a definir pelo conselho directivo.
Artigo 30.º
Artigo 26.º [...]
[...] 1— .....................................
São causa de extinção do mandato dos titulares dos a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
órgãos da Ordem: b) Em Dezembro de cada ano, para discussão e apro-
a) A perda temporária ou definitiva da qualidade de vação do plano de actividades e do orçamento anual para
membro da Ordem; o ano seguinte, elaborado pelo conselho directivo;
8004 Diário da República, 1.ª série — N.º 207 — 26 de Outubro de 2009
[...] .........................................
1 — O conselho directivo é constituído por um pre- a) Fiscalizar o cumprimento do plano de actividades
sidente, que é o bastonário, por um vice-presidente e e do orçamento da Ordem;
por cinco vogais, eleitos em assembleia geral. b) Examinar, sempre que o julgue conveniente, os
2 — À data da eleição dos membros efectivos, são documentos e os registos da contabilidade da Ordem;
igualmente eleitos quatro suplentes. c) Emitir parecer sobre o relatório e contas do con-
selho directivo e, de um modo geral, fiscalizar a sua
Artigo 35.º actividade administrativa;
d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
[...] e) Emitir os pareceres que o conselho directivo lhe
Compete ao conselho directivo: solicite.
a) Elaborar, até 30 de Novembro de cada ano, o Artigo 41.º
plano de actividades e o orçamento para o ano civil
seguinte; [...]
b) Arrecadar as receitas e autorizar as despesas da .........................................
Ordem, nos termos do orçamento aprovado em assem-
bleia geral; a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
c) Apresentar anualmente à assembleia geral o rela- b) Emitir parecer quanto à existência de situações
tório e contas respeitantes ao ano civil anterior; passíveis de procedimento disciplinar no exercício da
d) Aprovar a estrutura organizativa da Ordem; profissão sempre que tal lhe seja solicitado por qualquer
e) Deliberar sobre a criação de comissões permanen- membro;
tes ou eventuais; c) Propor ao conselho directivo as medidas regula-
f) Executar as decisões em matéria disciplinar; mentares ou administrativas com vista a suprir lacunas
g) Deliberar sobre a lista dos membros inscritos na ou a interpretar as matérias da sua competência;
Ordem e respectivas alterações, a publicar nos termos d) Elaborar e propor à aprovação do conselho direc-
do artigo 18.º; tivo o regulamento do conselho disciplinar.
Diário da República, 1.ª série — N.º 207 — 26 de Outubro de 2009 8005
patrimonial expressa nas demonstrações financeiras das três meses para o fim do exercício a que as mesmas se
contabilidades pelas quais são responsáveis. reportem.
8 — Na execução de serviços que não sejam previa-
mente contratados ou que, pela sua natureza, revelem Artigo 55.º
carácter de eventualidade, os técnicos oficiais de contas [...]
dão indicações aos seus clientes ou potenciais clientes
dos honorários previsíveis, tendo em consideração os 1— .....................................
serviços a executar e identificando expressamente, além a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
do valor final previsível, o valor máximo e mínimo da b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
sua hora de trabalho, obedecendo às regras previstas no c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
n.º 6 do artigo seguinte. d) Assegurar, nos casos em que a lei o preveja, o
9 — No exercício das suas funções, pode o técnico envio por via electrónica das declarações fiscais dos
oficial de contas exigir, a título de provisão, quantias seus clientes ou entidades patronais.
por conta dos honorários, o que, não sendo satisfeito,
lhe confere o direito de não assumir a responsabilidade 2— .....................................
inerente ao exercício da profissão.
Artigo 56.º
Artigo 52.º
[...]
[...]
1— .....................................
1— ..................................... 2 — Os técnicos oficiais de contas, quando sejam
2— ..................................... contactados para assumir a responsabilidade por con-
3 — Os técnicos oficiais de contas apenas podem tabilidades que estivessem, anteriormente, a cargo de
subscrever as declarações fiscais, as demonstrações outro técnico oficial de contas, devem, previamente à
financeiras e os seus anexos que resultem do exercí- assunção da responsabilidade, contactar, por escrito,
cio directo das suas funções, devendo fazer prova da o técnico oficial de contas cessante e certificar-se de
sua qualidade, nos termos e condições definidos pela que os honorários, despesas e salários inerentes à sua
Ordem. execução se encontram pagos.
4 — Os técnicos oficiais de contas com inscrição em 3 — A inobservância dos deveres referidos no nú-
vigor, por si ou através da Ordem, devem subscrever mero anterior constitui o técnico oficial de contas, a
um contrato de seguro de responsabilidade civil e pro- sociedade profissional de técnicos oficiais de contas ou
fissional de valor nunca inferior a € 50 000. a sociedade de contabilidade na obrigação de pagamento
5 — Os técnicos oficiais de contas, sem prejuízo do dos valores em falta, desde que líquidos e exigíveis.
disposto na legislação laboral aplicável, devem celebrar, 4 — Sempre que um técnico oficial de contas tenha
por escrito, um contrato de prestação de serviços. conhecimento da existência de dívidas ao técnico oficial
6 — No exercício das suas funções, os técnicos ofi- de contas anterior, ou de situação de reiterado incum-
ciais de contas devem cobrar honorários adequados à primento, pela entidade que o contratou, das normas
complexidade, ao volume de trabalho, à amplitude da legais aplicáveis, não deve assumir a responsabilidade
informação a prestar e à responsabilidade assumida pelo pela contabilidade.
trabalho executado.
7 — A prática injustificada de honorários não ade- Artigo 57.º
quados aos serviços prestados é contrária ao princípio
da lealdade profissional. Deveres para com a Ordem
1 — Constituem deveres dos técnicos oficiais de
Artigo 53.º contas para com a Ordem:
[...]
a) Cumprir os regulamentos e deliberações da Or-
1— ..................................... dem;
2— ..................................... b) Colaborar na prossecução das atribuições e fins da
3 — O disposto no presente artigo aplica-se também Ordem, exercendo diligentemente os cargos para que
às sociedades profissionais de técnicos oficiais de contas tenham sido eleitos ou nomeados e desempenhando os
e às sociedades de contabilidade sempre que a matéria mandatos que lhes sejam confiados;
da publicidade verse sobre assuntos relacionados com c) Pagar pontualmente as quotas e outros encargos
as competências dos técnicos oficiais de contas. devidos à Ordem;
d) Comunicar à Ordem, no prazo de 30 dias, qualquer
Artigo 54.º mudança do seu domicílio profissional;
e) Colaborar nas iniciativas que concorram para a
[...]
dignificação e prestígio da Ordem;
1— ..................................... f) Abster-se da prática de quaisquer actos que ponham
2 — Os técnicos oficiais de contas não podem, sem em causa o bom nome e prestígio da Ordem.
motivo justificado e devidamente reconhecido pela
Ordem, recusar-se a assinar as declarações fiscais, as 2 — O dever de pagamento de quotas previsto na
demonstrações financeiras e seus anexos, das entida- alínea c) do número anterior é apenas aplicável aos
des a que prestem serviços, quando faltarem menos de membros da Ordem que sejam pessoas singulares.
Diário da República, 1.ª série — N.º 207 — 26 de Outubro de 2009 8007
1 — O produto das multas reverte para a Ordem. 2 — No acto de apresentação do pedido referido no
número anterior, o requerente exibe o respectivo docu-
2— .....................................
mento de identificação civil nacional ou estrangeiro e
3— ..................................... o cartão de contribuinte.
3 — Ao técnico oficial de contas inscrito como efec-
Artigo 73.º tivo, nos termos do presente Estatuto, é emitida a res-
[...]
pectiva cédula profissional.
1 — As entidades que possuam ou que devam possuir Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 10 de
contabilidade regularmente organizada, segundo os planos Setembro de 2009. — José Sócrates Carvalho Pinto de
de contas oficialmente aplicáveis ou o sistema de norma- Sousa — Fernando Teixeira dos Santos — Alberto Ber-
lização contabilística, conforme o caso, são obrigadas a nardes Costa.
dispor de técnico oficial de contas. Promulgado em 15 de Outubro de 2009.
2 — O membro do Governo responsável pela área das
finanças, ouvida a Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, Publique-se.
pode, através de portaria, dispensar determinadas entidades O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.
da obrigação referida no número anterior.
Referendado em 16 de Outubro de 2009.
Artigo 6.º O Primeiro-Ministro, José Sócrates Carvalho Pinto
Trabalhadores que exercem funções públicas de Sousa.
Os trabalhadores que exercem funções públicas podem
exercer funções na Ordem em regime de cedência de in- ANEXO I
teresse público.
ESTATUTO DA ORDEM DOS TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS
Artigo 7.º
Eleições
CAPÍTULO I
Por efeito da alteração orgânica da Ordem dos Técnicos
Oficiais de Contas, no prazo máximo de 180 dias após a Disposições gerais
publicação do presente decreto-lei, realizam-se eleições
para os órgãos da Ordem, iniciando-se a contagem do Artigo 1.º
mandato no ano seguinte à sua realização.
Denominação e natureza
Artigo 8.º A Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, adiante de-
Disposições transitórias signada por Ordem, é uma pessoa colectiva pública de
natureza associativa a quem compete representar, mediante
1 — As sociedades de contabilidade existentes à data da inscrição obrigatória, os interesses profissionais dos técni-
publicação do presente decreto-lei devem, no prazo de 120 cos oficiais de contas e superintender em todos os aspectos
dias após a respectiva data de entrada em vigor, comunicar relacionados com o exercício das suas funções.
à Ordem a identificação do seu responsável técnico.
2 — As sociedades profissionais de técnicos oficiais Artigo 2.º
de contas já existentes à data da publicação do presente
decreto-lei devem, no prazo de 180 dias após a respectiva Sede e secções regionais
data de entrada em vigor, adaptar o seu estatuto às presentes 1 — A Ordem tem a sua sede em Lisboa.
disposições. 2 — O conselho directivo pode deliberar a criação de
3 — Os técnicos oficiais de contas cuja pontuação, à secções regionais, às quais incumbem as funções definidas
data da publicação do presente decreto-lei, seja superior no regulamento a elaborar para o efeito.
ao limite estabelecido no artigo 9.º do Estatuto devem
proceder à regularização dessa situação no prazo máximo Artigo 3.º
de um ano a contar da respectiva entrada em vigor.
4 — As alterações ao Estatuto constantes do presente Atribuições
decreto-lei não prejudicam a manutenção da inscrição 1 — São atribuições da Ordem:
dos membros da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas,
como tal reconhecidos à data da sua entrada em vigor, a) Atribuir o título profissional de técnico oficial de
independentemente do normativo ou disposição legal ao contas, bem como conceder a respectiva cédula profis-
abrigo do qual se inscreveram. sional;
b) Defender a dignidade e o prestígio da profissão, ze-
Artigo 9.º lar pelo respeito dos princípios éticos e deontológicos e
defender os interesses, direitos e prerrogativas dos seus
Norma revogatória
membros;
São revogados os n.os 2 do artigo 15.º, 2 do artigo 16.º c) Promover e contribuir para o aperfeiçoamento e for-
e 4 do artigo 23.º e os artigos 38.º, 39.º, 43.º e 44.º do Esta- mação profissional dos seus membros, designadamente
tuto da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas, aprovado através da organização de acções e programas de formação
pelo Decreto-Lei n.º 452/99, de 5 de Novembro. profissional, cursos e colóquios;
8012 Diário da República, 1.ª série — N.º 207 — 26 de Outubro de 2009
designadamente as de perito nomeado pelos tribunais ou técnicos oficiais de contas, o limite referido no número
por outras entidades públicas ou privadas. anterior é de 30 pontos.
3 — Caso os técnicos oficiais de contas não exerçam
3 — Entende-se por regularidade técnica, nos termos as respectivas funções a título principal, a sua pontuação
da alínea b) do n.º 1, a execução da contabilidade, nos é reduzida a 11 pontos.
termos das disposições previstas nos normativos aplicá- 4 — Os limites previstos nos números anteriores só
veis, tendo por suporte os documentos e as informações podem ser ultrapassados e mantidos quando o excesso de
fornecidos pelo órgão de gestão ou pelo empresário, e as pontos resulte, exclusivamente, do aumento do volume de
decisões do profissional no âmbito contabilístico, com negócios das entidades a quem o técnico oficial de contas,
vista à obtenção de uma imagem fiel e verdadeira da rea- no exercício anterior, já prestava os seus serviços.
lidade patrimonial da empresa, bem como o envio para as 5 — Os limites de pontuação estabelecidos no artigo 9.º
entidades públicas competentes, pelos meios legalmente podem ser derrogados, mediante requerimento dirigido ao
definidos, da informação contabilística e fiscal definida conselho directivo, se se comprovar, através do controlo de
na legislação em vigor. qualidade, que o requerente reúne as condições necessárias
4 — As funções de perito referidas na alínea c) do n.º 2 à derrogação requerida.
compreendem, para além do alcance definido pelo tri- 6 — Caso o técnico oficial de contas exerça a sua ac-
bunal no âmbito de peritagens judiciais, a avaliação da tividade ao abrigo de um contrato individual de trabalho
conformidade da execução contabilística com as normas com outro técnico oficial de contas, com uma sociedade
e directrizes legalmente aplicáveis, bem como do nível de profissional de técnicos oficiais de contas ou com uma
representação, pela informação contabilista, da realidade sociedade de contabilidade cuja gerência seja constituída,
patrimonial que lhe subjaz. exclusivamente, por técnicos oficiais de contas, a pontu-
ação que lhe é atribuída, nos termos do presente artigo,
aproveita, desde que o técnico oficial de contas manifeste
Artigo 7.º
expressamente essa vontade, exclusivamente àquelas en-
Modos de exercício da actividade tidades, nos termos e condições a definir pela Ordem.
7 — Nos casos referidos no número anterior, a pontua-
1 — Os técnicos oficiais de contas podem exercer a
ção fica cativa daquelas entidades, não podendo, enquanto
sua actividade: se mantiver o contrato de trabalho ou enquanto o técnico
a) Por conta própria, como profissionais independentes oficial de contas não manifestar expressamente vontade
ou como empresários em nome individual; contrária, ser utilizada por este em quaisquer outras situ-
b) Como sócios, administradores ou gerentes de uma ações.
sociedade profissional de técnicos oficiais de contas ou de
uma sociedade de contabilidade; Artigo 9.º
c) Como funcionários públicos, desde que exerçam a Pontuação
profissão de técnico oficial de contas na Administração
Pública ou contratados pela administração central, regional 1 — Para efeitos do limite fixado no artigo anterior,
ou local; as entidades referidas na alínea a) do n.º 1 do artigo 6.º
d) No âmbito de um contrato individual de trabalho são pontuadas com referência ao total do seu volume de
celebrado com outro técnico oficial de contas, com uma negócios (PL = milhares de euros), de acordo com a tabela
sociedade de profissionais, com outra pessoa colectiva ou seguinte:
com um empresário em nome individual.
Volume de negócios
Pontos
(V — milhares de euros)
2 — Com excepção das situações referidas no n.º 6
do artigo 8.º e da prestação de serviços no âmbito de so-
ciedades de contabilidade, os técnicos oficiais de contas V ≤ 450. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,5
450 < V ≤ 950. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
celebram, obrigatoriamente, por escrito, com as entidades 950 < V ≤ 3000. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
referidas na alínea a) do n.º 1 do artigo 6.º, o contrato de 3000 < V ≤ 9250. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
prestação de serviços referido no n.º 5 do artigo 52.º, de- 9250 < V ≤ 18 500 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
vendo assumir, nesse documento, pessoal e directamente, 18 500 < V . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
a responsabilidade pela contabilidade a seu cargo.
2 — O volume de negócios referido no número ante-
Artigo 8.º
rior é sempre o correspondente ao do último exercício
Limites da actividade encerrado.
1 — Os técnicos oficiais de contas que exerçam as res- 3 — As empresas inactivas ou cuja actividade esteja
pectivas funções no âmbito de um contrato individual temporariamente suspensa não são consideradas para efei-
de trabalho só podem prestar serviços a um número de tos de pontuação, devendo essa situação ser comprovada
entidades cuja pontuação acumulada não seja superior a perante a Ordem.
22 pontos. 4 — Sempre que, por efeito do volume de negócios, se-
2 — Não obstante o disposto no número anterior, em jam ultrapassados os limites referidos neste artigo, verifica-
relação aos técnicos oficiais de contas que comprovem -se uma incompatibilidade superveniente, que deve ser
exercer as respectivas funções, a título principal, no regime sanada no prazo de um ano, sem prejuízo do referido no
liberal ou ao abrigo de um contrato individual de trabalho n.º 6 do artigo anterior.
com outro técnico oficial de contas, com uma sociedade 5 — Sempre que sejam ultrapassados, por alteração da
de contabilidade ou com uma sociedade profissional de pontuação ou qualquer outra causa, os limites referidos
8014 Diário da República, 1.ª série — N.º 207 — 26 de Outubro de 2009
neste artigo, verifica-se uma incompatibilidade superve- b) Informar-se das actividades da Ordem;
niente, que deve ser sanada no prazo de um ano. c) Assistir e intervir, sem direito de voto, nas assem-
bleias gerais.
Artigo 10.º
Identificação dos técnicos oficiais de contas
Artigo 14.º-A
Pedido de inscrição de pessoas singulares
1 — Até ao final do mês de Setembro de cada ano,
ou nos 30 dias subsequentes ao início ou à cessação de 1 — O pedido de inscrição como técnico oficial de con-
funções, os técnicos oficiais de contas comunicam à Or- tas é dirigido ao bastonário, em impresso próprio, sendo
dem que são, ou que foram, responsáveis pelas contabi- acompanhado dos seguintes documentos:
lidades das entidades referidas na alínea a) do n.º 1 do
artigo 6.º, através de documento igualmente assinado por a) Certificado do registo criminal;
estas, mencionando ainda a respectiva identificação, nú- b) Duas fotografias tipo passe;
mero de identificação fiscal e volume de negócios relativo c) Documentos comprovativos das habilitações aca-
ao último exercício encerrado, nos termos e para os efeitos démicas.
do disposto no artigo anterior.
2 — Para efeitos do disposto no número anterior, 2 — No acto de apresentação do pedido referido no nú-
considera-se volume de negócios o total dos rendimentos mero anterior, o requerente exibe o respectivo documento
considerados na demonstração de resultados, ou, no caso de identificação civil nacional ou estrangeiro e o cartão
de início de actividade, o montante inscrito na respectiva de contribuinte.
declaração. 3 — Ao técnico oficial de contas inscrito como efectivo,
3 — Os membros dos órgãos da Ordem, e respectivo nos termos do presente Estatuto, é emitida a respectiva
pessoal, não devem revelar nem utilizar, salvo nos casos ex- cédula profissional.
pressamente previstos na lei, a informação de que tenham
tomado conhecimento por força do disposto no n.º 1. Artigo 15.º
Condições de inscrição
CAPÍTULO III 1 — São condições gerais de inscrição como técnico
Membros oficial de contas:
a) Ter nacionalidade portuguesa ou de qualquer dos
Artigo 11.º Estados membros da União Europeia;
Categorias
b) Ter idoneidade para o exercício da profissão;
c) Não estar inibido ou interdito para o exercício da
1 — Podem inscrever-se na Ordem pessoas singulares profissão;
e sociedades profissionais de técnicos oficiais de contas. d) Não ter sido condenado pela prática de crime do-
2 — A Ordem tem membros estagiários, efectivos e loso, designadamente de natureza fiscal, económica ou
honorários. financeira, salvo se concedida a reabilitação, nem ter sido
3 — Tem a qualidade de membro efectivo o técnico declarado interdito ou inabilitado;
oficial de contas e a sociedade profissional que se encontre e) Possuir as habilitações exigidas no presente Estatuto;
inscrita na Ordem na respectiva qualidade. f) Efectuar estágio profissional ou curricular, nos termos
4 — Tem a qualidade de membro honorário a pessoa regulamentados pela Ordem;
singular ou colectiva que seja como tal distinguida pela g) Obter aprovação em exame profissional, em língua
Ordem, em virtude de elevado mérito e de relevantes con- portuguesa ou noutra língua oficial da União Europeia
tributos prestados à instituição ou no exercício da profissão. a definir pela Ordem, a organizar e realizar no mínimo
semestralmente, nos termos regulamentados pela Ordem.
Artigo 12.º
Membros estagiários 2 — (Revogado.)
3 — É admitida a inscrição aos cidadãos não perten-
O estatuto de membro estagiário rege-se pelo disposto centes à União Europeia que estejam domiciliados em
no regulamento de estágio. Portugal e que satisfaçam as restantes condições exigidas
no número anterior, desde que haja tratamento recíproco
Artigo 13.º por parte do seu país de origem e que realizem prova de
Aquisição e perda da qualidade de membro honorário conhecimentos de língua portuguesa.
4 — Aos candidatos mencionados no número anterior
A qualidade de membro honorário é atribuída por de- pode ser exigida a realização de exame, em língua por-
liberação da assembleia geral, sob proposta do conselho tuguesa, e, ou, estágio, nos termos regulamentados pela
directivo, obedecendo a perda dessa qualidade ao mesmo Ordem.
formalismo.
Artigo 16.º
Artigo 14.º
Habilitações académicas
Direitos dos membros honorários
1 — Os candidatos a técnico oficial de contas devem
São direitos dos membros honorários:
possuir a habilitação académica de licenciatura ou superior,
a) Participar e beneficiar da actividade social, cultural, ministrada por estabelecimento de ensino superior público,
técnica e científica da Ordem; particular ou cooperativo, criado nos termos da lei e re-
Diário da República, 1.ª série — N.º 207 — 26 de Outubro de 2009 8015
1 — As sociedades cujo objecto social seja a presta- 1 — Sempre que os seus membros sejam impedidos de
ção de serviços de contabilidade e que não preencham exercer a sua profissão, por decisão transitada em julgado,
as condições de inscrição como sociedades profissionais a Ordem, após o seu conhecimento, considera oficiosa-
de técnicos oficiais de contas devem proceder ao registo, mente suspensa a respectiva inscrição pelo período do
junto da Ordem, do técnico oficial de contas que constitua impedimento.
o respectivo responsável técnico. 2 — A Ordem cancela oficiosamente a inscrição dos
2 — A violação do dever de registo previsto no número técnicos oficiais de contas quando tiver conhecimento do
anterior impede a sociedade de prestar qualquer serviço seu falecimento.
conexo com as funções de técnico oficial de contas. 3 — À suspensão referida no n.º 1 é aplicável o disposto
no n.º 2 do artigo anterior.
Artigo 17.º-C
Artigo 21.º
Responsável técnico das sociedades de contabilidade
Suspensão ou cancelamento compulsivo da inscrição
1 — O técnico oficial de contas registado como res-
ponsável técnico das sociedades de contabilidade garante 1 — A Ordem suspende compulsivamente a inscrição
o cumprimento dos deveres estatutários e deontológicos dos técnicos oficiais de contas a quem seja aplicada a pena
previstos no presente Estatuto e no Código Deontológico, de suspensão.
bem como nos regulamentos e orientações emitidos pela 2 — A Ordem cancela compulsivamente a inscrição
Ordem. dos técnicos oficiais de contas sempre que, relativamente
2 — O técnico oficial de contas registado como respon- a estes:
sável técnico é tecnicamente independente no exercício a) Deixe de se verificar qualquer das condições referidas
das suas funções. no n.º 1 do artigo 15.º;
3 — A violação, pelas sociedades de contabilidade, do b) Seja aplicada a pena de expulsão.
disposto no artigo anterior é imputada disciplinarmente
ao técnico oficial de contas registado como responsável 3 — À suspensão e cancelamento referidos nos n.os 1
técnico, sem prejuízo, se for o caso, da responsabilidade e 2 é aplicável o disposto no n.º 2 do artigo 19.º
disciplinar individual que couber ao técnico oficial contas 4 — O disposto na alínea a) do n.º 2 não prejudica os
que elaborou e assinou as demonstrações financeiras e direitos adquiridos ao abrigo da legislação aplicável na
declarações fiscais do sujeito passivo. data da inscrição do membro em causa.
8016 Diário da República, 1.ª série — N.º 207 — 26 de Outubro de 2009
CAPÍTULO IV
SECÇÃO II
Organização
Assembleia geral
SECÇÃO I
Artigo 27.º
Disposições gerais
Constituição
Artigo 24.º 1 — A assembleia geral é constituída por todos os
Órgãos da Ordem membros individuais que estejam no pleno gozo dos seus
direitos.
1 — A Ordem realiza os seus fins e atribuições através 2 — Os membros da Ordem podem fazer-se representar,
dos seguintes órgãos: na assembleia geral, por outro membro.
a) Assembleia geral; 3 — Para efeitos do disposto no número anterior, é su-
b) Bastonário; ficiente, como instrumento de representação voluntária,
c) Conselho superior; uma carta dirigida ao presidente da mesa, assinada pelo
d) Conselho directivo; representado, sendo a sua qualidade certificada através dos
e) Conselho fiscal; meios em uso na Ordem.
f) Conselho disciplinar. 4 — As cartas a que se refere o número anterior devem
ficar arquivadas na Ordem durante cinco anos.
2 — As deliberações da Ordem são tomadas por maioria. 5 — O membro da Ordem nomeado como representante
3 — As deliberações dos órgãos da Ordem podem ser só pode representar um outro membro.
objecto de impugnação contenciosa, nos termos da lei, 6 — Nas assembleias eleitorais não é permitida a re-
para os tribunais administrativos. presentação voluntária.
Diário da República, 1.ª série — N.º 207 — 26 de Outubro de 2009 8017
1 — O presidente da mesa da assembleia geral deve 1 — A assembleia geral deve ser convocada pelo presi-
mandar organizar a lista dos membros da Ordem que es- dente da mesa, por comunicação directa aos membros da
tejam presentes ou representados no início da reunião. Ordem e por anúncios publicados em dois jornais diários de
2 — A lista de presenças deve indicar o nome e o do- circulação nacional, sendo sempre disponibilizado um aviso
micílio de cada um dos membros presentes e o nome e o convocatório na sede da Ordem e no seu sítio na Internet.
domicílio de cada um dos membros representados, bem 2 — A convocação da assembleia geral será feita com
como dos seus representantes. um mínimo de 15 dias de antecedência e nela constará a
3 — A lista de presenças deve ser rubricada, no lugar indicação do local, dia e hora da assembleia, assim como
respectivo, pelos membros presentes e pelos representantes a ordem dos trabalhos.
dos membros ausentes. 3 — Em caso excepcionais, devidamente justificados, a
convocação da assembleia geral poderá ser feita com um
Artigo 29.º mínimo de oito dias de antecedência.
Mesa da assembleia geral Artigo 32.º
1 — A mesa da assembleia geral é composta por um Quórum
presidente, um vice-presidente, dois secretários efectivos
e dois secretários suplentes, eleitos em assembleia geral. 1 — A assembleia geral pode deliberar, em primeira
2 — Incumbe ao presidente da mesa: convocação, quando esteja presente ou representada a
maioria dos membros.
a) Convocar as reuniões e dirigir os trabalhos; 2 — Em segunda convocação, a assembleia geral pode
b) Assinar as actas; deliberar seja qual for o número de membros presentes ou
c) Dar posse aos membros eleitos para os órgãos da representados.
Ordem; 3 — Na convocatória de uma assembleia geral pode ser
d) Despachar e assinar o expediente que diga respeito logo fixada uma segunda convocação, para uma hora de-
à mesa; pois, caso a assembleia geral não possa reunir na primeira
e) Propor, à assembleia geral, alterações ao regulamento hora marcada por falta do número de membros exigido.
eleitoral.
Artigo 33.º
3 — No impedimento do presidente da mesa, desempe-
Deliberações
nhará as respectivas funções o vice-presidente.
4 — Compete aos secretários desempenhar as funções 1 — As deliberações da assembleia geral serão tomadas
que lhes forem atribuídas pelo presidente da mesa. por maioria de votos dos membros presentes e represen-
5 — Nas assembleias eleitorais, o presidente da mesa tados nos termos do presente Estatuto.
é coadjuvado pelos restantes elementos, competindo-lhe 2 — A assembleia geral só pode deliberar sobre os as-
gerir todos os actos inerentes às eleições, nos termos do suntos constantes da respectiva ordem de trabalhos, sendo
regulamento eleitoral em vigor. nulas as deliberações sobre outros que não constem da
respectiva convocatória e, bem assim, as que contrariem
Artigo 30.º a lei, o presente Estatuto e os regulamentos internos da
Ordem.
Assembleias ordinárias e extraordinárias
Artigo 33.º-A
1 — A assembleia geral reúne em sessão ordinária:
Competências
a) No decurso do 1.º trimestre de cada ano, para dis-
cussão e votação do relatório e contas da direcção e do 1 — Compete ao bastonário:
relatório e parecer do conselho fiscal relativos ao ano a) Executar as deliberações do conselho directivo;
civil anterior; b) Representar a Ordem, em juízo ou fora dele, sem
b) Em Dezembro de cada ano, para discussão e aprova- prejuízo do disposto na alínea t) do artigo 35.º;
ção do plano de actividades e do orçamento anual para o c) Dirigir os serviços da Ordem;
ano seguinte, elaborado pelo conselho directivo; d) Dirigir as revistas da Ordem;
c) Trienalmente, no 2.º semestre, funcionando como e) Convocar as reuniões do conselho directivo e elaborar
assembleia eleitoral, para a eleição dos membros da as- a respectiva ordem de trabalhos;
sembleia geral, do bastonário, do conselho superior, do f) Dar posse às comissões permanentes ou eventuais;
conselho directivo, do conselho fiscal e do conselho dis- g) Despachar e assinar o expediente da Ordem;
ciplinar. h) Entregar mensalmente, ao conselho directivo e ao
conselho fiscal, os balancetes de exploração e de execução
2 — A assembleia geral reúne extraordinariamente, por orçamental;
iniciativa do presidente da mesa ou sempre que tal lhe seja i) Exercer as demais competências que a lei e os regu-
solicitado pelo bastonário, pelo conselho directivo, pelo lamentos lhe confiram.
conselho fiscal ou por um mínimo de 3 % dos membros
da Ordem no pleno gozo dos seus direitos, só podendo 2 — O bastonário pode delegar, total ou parcialmente, as
funcionar, neste último caso, se estiverem presentes, pelo suas competências noutros membros do conselho directivo
menos, três quartos dos requerentes. ou em serviços deste dependentes.
8018 Diário da República, 1.ª série — N.º 207 — 26 de Outubro de 2009
3 — As questões referentes a matérias da competência d) Eleger e serem eleitos para os órgãos da Ordem;
exclusiva de qualquer órgão da Ordem só podem ser sub- e) Requerer a convocação da assembleia geral da Ordem
metidas a referendo mediante solicitação desse órgão. nos termos previstos no n.º 2 do artigo 30.º;
f) Examinar, nos prazos fixados, as demonstrações fi-
Artigo 49.º nanceiras da Ordem e os documentos relacionados com a
Organização sua contabilidade;
g) Apresentar à Ordem propostas, sugestões ou recla-
1 — Compete ao conselho directivo fixar a data do mações sobre assuntos que julguem do interesse da classe
referendo interno e organizar o respectivo processo. ou do seu interesse profissional.
2 — O teor das questões a submeter a referendo interno
deve ser objecto de esclarecimento e debate junto de todos 3 — No âmbito das suas funções e sem prejuízo do
os membros da Ordem. exclusivo da representação forense, os técnicos oficiais de
3 — Sem prejuízo no disposto no número seguinte, contas têm o direito de proceder à entrega, nos serviços
as propostas de alteração das questões a submeter a refe- da administração fiscal, das declarações fiscais e outros
rendo interno devem ser dirigidas, por escrito, ao conselho documentos complementares ou conexos respeitantes às
directivo, durante o período de esclarecimento e debate, entidades a que prestem serviços, podendo consultar os
por membros singulares da Ordem devidamente identi- processos fiscais em que tenham tido intervenção e reque-
ficados. rer certidões dos mesmos.
4 — As propostas de referendo interno subscritas por 4 — No cumprimento das suas funções, os técnicos
um mínimo de 3 % dos membros singulares da Ordem no oficiais de contas gozam de atendimento preferencial em
pleno gozo dos seus direitos não podem ser objecto de todos os serviços da Direcção-Geral dos Impostos e da
alteração. Direcção-Geral das Alfandegas e Impostos Especiais sobre
o Consumo.
Artigo 50.º
5 — A execução de contabilidades sob a responsabili-
Efeitos dade de técnicos oficiais de contas apenas pode ser con-
1 — O efeito vinculativo do referendo interno depende tratada por estes, por sociedades profissionais de técnicos
de o número de votantes ser superior a metade dos mem- oficiais de contas e por sociedades de contabilidade, nos
bros efectivos inscritos nos cadernos eleitorais. termos do presente Estatuto.
2 — Os resultados dos referendos internos são divulga- 6 — No exercício de serviços previamente contratados,
dos pelo conselho directivo após o apuramento. os técnicos oficiais de contas ficam dispensados do cum-
primento do disposto no n.º 1 do artigo 10.º do Decreto-
-Lei n.º 138/90, de 6 de Abril, alterado pelo Decreto-Lei
CAPÍTULO VI n.º 162/99, de 13 de Maio.
7 — Quando o julguem necessário para a construção
Direitos e deveres da imagem fiel e verdadeira da contabilidade, os técnicos
oficiais de contas podem solicitar a entidades públicas ou
Artigo 51.º
privadas competentes as informações necessárias à veri-
Direitos ficação da sua conformidade com a realidade patrimonial
1 — Os técnicos oficiais de contas têm, relativamente expressa nas demonstrações financeiras das contabilidades
a quem prestam serviços, os seguintes direitos: pelas quais são responsáveis.
8 — Na execução de serviços que não sejam previa-
a) Obter todos os documentos, informações e demais mente contratados ou que, pela sua natureza, revelem
elementos de que necessitem para o exercício das suas carácter de eventualidade, os técnicos oficiais de contas
funções; dão indicações aos seus clientes ou potenciais clientes dos
b) Exigir a confirmação, por escrito, de qualquer ins- honorários previsíveis, tendo em consideração os serviços
trução, quando o considerem necessário; a executar e identificando expressamente, além do valor
c) Assegurar que todas as operações ocorridas estão final previsível, o valor máximo e mínimo da sua hora
devidamente suportadas e que foram integralmente trans- de trabalho, obedecendo às regras previstas no n.º 6 do
mitidas; artigo seguinte.
d) Receber pontualmente os salários ou honorários a 9 — No exercício das suas funções, pode o técnico
que, nos termos da legislação laboral ou contratual, te- oficial de contas exigir, a título de provisão, quantias por
nham direito. conta dos honorários, o que, não sendo satisfeito, lhe con-
fere o direito de não assumir a responsabilidade inerente
2 — Os técnicos oficiais de contas têm, relativamente ao exercício da profissão.
à Ordem, os seguintes direitos:
a) Solicitar a emissão da respectiva cédula profissional, Artigo 52.º
quando habilitados para tal, podendo esta, a pedido do Deveres gerais
técnico oficial de contas, conter suplementarmente uma
designação profissional; 1 — Os técnicos oficiais de contas têm o dever de con-
b) Recorrer à protecção da Ordem sempre que lhes sejam tribuir para o prestígio da profissão, desempenhando cons-
cerceados os seus direitos ou que sejam criados obstáculos ciente e diligentemente as suas funções e evitando qualquer
ao regular exercício das suas funções; actuação contrária à dignidade da mesma.
c) Beneficiar da assistência técnica e jurídica prestada 2 — Os técnicos oficiais de contas apenas podem aceitar
pelos gabinetes especializados da Ordem; a prestação de serviços para os quais tenham capacidade
Diário da República, 1.ª série — N.º 207 — 26 de Outubro de 2009 8021
profissional bastante, de modo a poderem executá-los de Inspecção-Geral de Finanças e outros organismos legal-
acordo com as normas legais e técnicas vigentes. mente competentes na matéria;
3 — Os técnicos oficiais de contas apenas podem subs- d) Não se servir, em proveito próprio ou de terceiros,
crever as declarações fiscais, as demonstrações financeiras de factos de que tomem conhecimento enquanto prestem
e os seus anexos que resultem do exercício directo das suas serviços a uma entidade;
funções, devendo fazer prova da sua qualidade, nos termos e) Não abandonar, sem justificação ponderosa, os tra-
e condições definidos pela Ordem. balhos que lhes estejam confiados.
4 — Os técnicos oficiais de contas com inscrição em
vigor, por si ou através da Ordem, devem subscrever um 2 — Os técnicos oficiais de contas não podem, sem
contrato de seguro de responsabilidade civil e profissional motivo justificado e devidamente reconhecido pela Ordem,
de valor nunca inferior a € 50 000. recusar-se a assinar as declarações fiscais, as demonstra-
5 — Os técnicos oficiais de contas, sem prejuízo do ções financeiras e seus anexos, das entidades a que prestem
disposto na legislação laboral aplicável, devem celebrar, serviços, quando faltarem menos de três meses para o fim
por escrito, um contrato de prestação de serviços. do exercício a que as mesmas se reportem.
6 — No exercício das suas funções, os técnicos oficiais
de contas devem cobrar honorários adequados à comple- Artigo 55.º
xidade, ao volume de trabalho, à amplitude da informa- Deveres para com a administração fiscal
ção a prestar e à responsabilidade assumida pelo trabalho
executado. 1 — Nas suas relações com a administração fiscal, cons-
7 — A prática injustificada de honorários não adequados tituem deveres dos técnicos oficiais de contas:
aos serviços prestados é contrária ao princípio da lealdade a) Assegurar que as declarações fiscais que assinam
profissional. estão de acordo com a lei e as normas técnicas em vigor;
b) Acompanhar, quando para tal forem solicitados, o
Artigo 53.º exame aos registos e documentação das entidades a que
Angariação de clientela prestem serviços, bem como os documentos e declarações
fiscais com elas relacionados;
1 — Na angariação de clientela através da publicidade, c) Abster-se da prática de quaisquer actos que, directa
os técnicos oficiais de contas devem limitar-se a utilizar ou indirectamente, conduzam a ocultação, destruição, inu-
o seu nome ou denominação social e a sua qualificação. tilização, falsificação ou viciação dos documentos e das
2 — Não constituem formas de publicidade, para efeitos declarações fiscais a seu cargo;
do disposto no número anterior: d) Assegurar, nos casos em que a lei o preveja, o envio
a) O uso de tabuletas afixadas no exterior dos escritórios por via electrónica das declarações fiscais dos seus clientes
e a utilização de cartões-de-visita, de cartas, relatórios ou entidades patronais.
ou outros documentos emitidos, desde que com simples
menção do nome do técnico ou da empresa, endereço do 2 — A violação dos deveres referidos no número ante-
escritório, horário de expediente e números de telefone ou rior é, além da responsabilidade disciplinar a que haja lugar,
qualquer outro meio de telecomunicação; punível de acordo com as normas do Regime Jurídico das
b) As descrições a enviar a clientes, em caso de consulta Infracções Fiscais não Aduaneiras, aprovado pelo Decreto-
destes, que incluam o currículo académico e profissional -Lei n.º 20-A/90, de 15 de Janeiro, ou de um regime que
dos técnicos oficiais de contas e dos seus colaboradores, o venha a substituir.
tipos de serviços que poderão prestar, lista dos clientes e
locais onde estão representados. Artigo 56.º
Deveres recíprocos dos técnicos oficiais de contas
3 — O disposto no presente artigo aplica-se também
às sociedades profissionais de técnicos oficiais de contas 1 — Nas suas relações recíprocas, constituem deveres
e às sociedades de contabilidade, sempre que a matéria dos técnicos oficiais de contas colaborar com o técnico
da publicidade verse sobre assuntos relacionados com as oficial de contas a quem sejam cometidas as funções an-
competências dos técnicos oficiais de contas. teriormente a seu cargo, facultando-lhe todos os elementos
inerentes e prestando-lhe todos os esclarecimentos por ele
Artigo 54.º solicitados.
2 — Os técnicos oficiais de contas, quando sejam con-
Deveres para com as entidades a que prestem serviços tactados para assumir a responsabilidade por contabilidades
1 — Nas suas relações com as entidades a que pres- que estivessem, anteriormente, a cargo de outro técnico
tem serviços, constituem deveres dos técnicos oficiais oficial de contas, devem, previamente à assunção da res-
de contas: ponsabilidade, contactar, por escrito, o técnico oficial de
contas cessante e certificar-se de que os honorários, des-
a) Desempenhar conscienciosa e diligentemente as suas pesas e salários inerentes à sua execução se encontram
funções; pagos.
b) Abster-se de qualquer procedimento que ponha em 3 — A inobservância dos deveres referidos no número
causa tais entidades; anterior constitui o técnico oficial de contas, a sociedade
c) Guardar segredo profissional sobre os factos e docu- profissional de técnicos oficiais de contas ou a sociedade
mentos de que tomem conhecimento no exercício das suas de contabilidade na obrigação de pagamento dos valores
funções, dele só podendo ser dispensados por tais entidades em falta, desde que líquidos e exigíveis.
ou por decisão judicial, sem prejuízo dos deveres legais 4 — Sempre que um técnico oficial de contas tenha
de informação perante a Direcção-Geral dos Impostos, a conhecimento da existência de dívidas ao técnico oficial de
8022 Diário da República, 1.ª série — N.º 207 — 26 de Outubro de 2009
contas anterior, ou de situação de reiterado incumprimento, 2 — Os tribunais e demais autoridades públicas devem
pela entidade que o contratou, das normas legais aplicáveis, dar conhecimento à Ordem da prática de actos, por técnicos
não deve assumir a responsabilidade pela contabilidade. oficiais de contas, susceptíveis de ser qualificados como
infracção disciplinar.
Artigo 57.º 3 — O Ministério Público e as demais entidades com
Deveres para com a Ordem poderes de investigação criminal devem dar conhecimento
à Ordem das participações apresentadas contra técnicos
1 — Constituem deveres dos técnicos oficiais de contas oficiais de contas por actos relacionados com o exercício
para com a Ordem: da profissão.
a) Cumprir os regulamentos e deliberações da Ordem; 4 — O processo disciplinar pode, ainda, ser instaurado
b) Colaborar na prossecução das atribuições e fins da Or- por denúncia efectuada perante a Ordem, por qualquer
dem, exercendo diligentemente os cargos para que tenham entidade pública ou privada, incluindo por um técnico
sido eleitos ou nomeados e desempenhando os mandatos oficial de contas.
que lhes sejam confiados;
c) Pagar pontualmente as quotas e outros encargos de- Artigo 62.º
vidos à Ordem;
Prescrição do procedimento disciplinar
d) Comunicar à Ordem, no prazo de 30 dias, qualquer
mudança do seu domicílio profissional; 1 — O direito de instaurar procedimento disciplinar
e) Colaborar nas iniciativas que concorram para a dig- prescreve passados três anos sobre a data em que o facto
nificação e prestígio da Ordem; tiver sido cometido ou se, conhecido o facto, a entidade
f) Abster-se da prática de quaisquer actos que ponham competente, nos três meses seguintes à data do conheci-
em causa o bom nome e prestígio da Ordem. mento, não instaurar o procedimento disciplinar.
2 — Se o facto qualificado de infracção disciplinar for
2 — O dever de pagamento de quotas previsto na alí- também considerado infracção criminal e os prazos de
nea c) do número anterior é apenas aplicável aos membros prescrição do procedimento criminal forem superiores a
da Ordem que sejam pessoas singulares. três anos, aplica-se ao procedimento disciplinar o prazo
estabelecido na lei penal.
Artigo 58.º
Participação de crimes públicos Artigo 63.º
Os técnicos oficiais de contas devem participar ao Mi- Penas disciplinares
nistério Público, através da Ordem, os factos detectados
no exercício das suas funções de interesse público que 1 — As penas disciplinares aplicáveis aos técnicos ofi-
constituam crimes públicos. ciais de contas pelas infracções que cometerem são as
seguintes:
5 — A pena de expulsão é aplicável aos casos em que 2 — A premeditação consiste no desígnio previamente
o técnico oficial de contas: formado da prática da infracção.
a) Incorra nas situações descritas nas alíneas d) e e) 3 — A reincidência dá-se quando a infracção é come-
do número anterior, se da sua conduta resultarem graves tida antes de decorrido um ano sobre o dia em que tiver
prejuízos para as entidades a que preste serviços; findado o cumprimento da pena imposta por virtude de
b) Pratique dolosamente quaisquer actos que, directa ou infracção anterior.
indirectamente, conduzam à ocultação, destruição, inutili- 4 — A acumulação dá-se quando duas ou mais infrac-
zação ou viciação dos documentos, das declarações fiscais ções são cometidas na mesma ocasião ou quando uma é
ou das demonstrações financeiras a seu cargo; cometida antes de ter sido punida a anterior.
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As penas disciplinares prescrevem nos prazos seguintes, 1 — Depois de deduzida a acusação, pode ser ordenada
a contar da data em que a decisão se tornar definitiva: a suspensão preventiva do arguido caso:
a) Seis meses, para as penas de advertência e de multa; a) Se verifique a possibilidade da prática de novas in-
b) Três anos, para a pena de suspensão; fracções disciplinares ou a tentativa de perturbar o anda-
c) Cinco anos, para a pena de expulsão. mento da instrução do processo;
b) O arguido tenha sido pronunciado por crime come-
tido no exercício da profissão ou por crime a que corres-
Artigo 72.º ponda pena de prisão superior a 3 anos ou multa superior
Destino e pagamento das multas a 700 dias.
1 — O produto das multas reverte para a Ordem. 2 — A suspensão preventiva não pode exceder 90 dias
2 — As multas devem ser pagas no prazo de 30 dias a e deve ser descontada na pena de suspensão.
contar da notificação da decisão condenatória. 3 — O julgamento dos processos disciplinares em que
3 — Na falta de pagamento voluntário, proceder-se-á o arguido se encontra suspenso preventivamente prefere
à cobrança coerciva nos tribunais comuns, constituindo a todos os demais.
título executivo bastante a decisão condenatória. 4 — A suspensão preventiva é comunicada, pelo con-
selho directivo da Ordem, à Direcção-Geral dos Impostos
Artigo 73.º e à entidade a quem o técnico oficial de contas em causa
preste serviços.
Instrução
por carta registada com aviso de recepção, sendo dos mes- CAPÍTULO VIII
mos enviada cópia ao conselho directivo.
Sociedades profissionais de técnicos
2 — O acórdão que aplica a pena de suspensão ou ex-
oficiais de contas
pulsão é também notificado à entidade empregadora do
infractor ou a quem este prestar serviços. Artigo 85.º
Artigo 81.º Objecto social
2 — Caso não individualize todos os sócios, nos termos ao seu serviço respondem pelos actos profissionais que
previstos na alínea a) do número anterior, imediatamente pratiquem e pelos colaboradores que deles dependem pro-
a seguir ao nome ou nomes dos sócios identificados, a fissionalmente.
firma deve conter a expressão «& Associado» ou «& As- 2 — A sociedade é solidariamente responsável pelas
sociados». infracções cometidas.
b) O princípio da idoneidade implica que o técnico dade, não afasta a responsabilidade individual do técnico
oficial de contas aceite apenas os trabalhos que se sinta oficial de contas.
apto a desempenhar;
c) O princípio da independência implica que os técnicos Artigo 6.º
oficiais de contas se mantenham equidistantes de qualquer
pressão resultante dos seus próprios interesses ou de in- Competência profissional
fluências exteriores, por forma a não comprometer a sua Para garantir a sua competência profissional e o exer-
independência técnica; cício adequado das suas funções, os técnicos oficiais de
d) O princípio da responsabilidade implica que os téc- contas devem, nomeadamente:
nicos oficiais de contas assumam a responsabilidade pelos
actos praticados no exercício das suas funções; a) Por forma continuada e actualizada desenvolver e
e) O princípio da competência implica que os técni- incrementar os seus conhecimentos e qualificações técnicas
cos oficiais de contas exerçam as suas funções de forma e as dos seus colaboradores;
diligente e responsável, utilizando os conhecimentos e b) Planear e supervisionar a execução de qualquer
as técnicas divulgados, respeitando a lei, os princípios serviço por que sejam responsáveis, bem como avaliar a
contabilísticos e os critérios éticos; qualidade do trabalho realizado;
f) O princípio da confidencialidade implica que os téc- c) Utilizar os meios técnicos adequados ao desempenho
nicos oficiais de contas e seus colaboradores guardem cabal das suas funções;
sigilo profissional sobre os factos e os documentos de d) Recorrer ou sugerir o recurso a assessoria técnica
que tomem conhecimento, directa ou indirectamente, no
adequada, sempre que tal se revele necessário.
exercício das suas funções;
g) O princípio da equidade implica que os técnicos
oficiais de contas garantam igualdade de tratamento e de Artigo 7.º
atenção a todas as entidades a quem prestam serviços, salvo Princípios e normas contabilísticas
o disposto em normas contratuais acordadas;
h) O princípio da lealdade implica que os técnicos ofi- 1 — Os técnicos oficiais de contas, no respeito pela lei,
ciais de contas, nas suas relações recíprocas, procedam devem aplicar os princípios e as normas contabilísticas de
com correcção e civilidade, abstendo-se de qualquer ataque modo a obter a verdade da situação financeira e patrimonial
pessoal ou alusão depreciativa, pautando a sua conduta pelo das entidades a quem prestam serviços.
respeito das regras da concorrência leal e pelas normas 2 — No âmbito das demonstrações financeiras, podem
legais vigentes, por forma a dignificar a profissão. ser adoptados procedimentos que não estejam expressa-
mente previstos na legislação portuguesa, desde que apoia-
2 — Os técnicos oficiais de contas devem eximir-se da dos em normas ou directrizes contabilísticas estabelecidas
prática de actos que, nos termos da lei, não sejam da sua por entidade competente e reconhecida na matéria.
competência profissional.
1 — O contrato de trabalho celebrado pelo técnico ofi- 1 — Os técnicos oficiais de contas devem colaborar
cial de contas não pode afectar a sua isenção nem a sua com a Ordem na promoção das normas estatutárias e deon-
independência técnica perante a entidade patronal, nem tológicas.
violar o Estatuto ou o presente Código Deontológico. 2 — Os técnicos oficiais de contas, nas suas relações
2 — Se a prevalência das regras deontológicas provocar com entidades públicas ou privadas e com a comunidade
um conflito que possa pôr em causa a subsistência da rela- em geral, devem proceder com a máxima correcção e
ção laboral, deve o técnico oficial de contas procurar uma diligência, contribuindo desse modo para a dignificação
solução concertada conforme às regras deontológicas e, se da profissão.
não for possível, solicitar um parecer ao conselho directivo
da Ordem sobre o procedimento a adoptar. Artigo 9.º
3 — No exercício das suas funções, os técnicos oficiais
de contas não devem subordinar a sua actuação a indica- Contrato escrito
ções de terceiros que possam comprometer a sua indepen- 1 — O contrato entre os técnicos oficiais de contas e
dência de apreciação, sem prejuízo de auscultarem outras as entidades a quem prestam serviços deve ser sempre
opiniões técnicas que possam contribuir para uma correcta reduzido a escrito.
interpretação e aplicação das normas legais aplicáveis.
2 — Quando os técnicos oficiais de contas exerçam
Artigo 5.º as suas funções em regime de trabalho independente, o
contrato referido no número anterior deve ter a duração
Responsabilidade mínima de um exercício económico, salvo rescisão por
1 — O técnico oficial de contas é responsável por to- justa causa ou mútuo acordo.
dos os actos que pratique no exercício das suas funções, 3 — Entre outras cláusulas, o contrato deve referir ex-
incluindo os dos seus colaboradores. plicitamente a sua duração, a data de entrada em vigor, a
2 — O recurso à colaboração de empregados ou de forma de prestação de serviços a desempenhar, o modo, o
terceiros, mesmo no âmbito de sociedades profissionais de local e o prazo de entrega da documentação, os honorários
técnicos oficiais de contas ou de sociedades de contabili- a cobrar e a sua forma de pagamento.
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4 — Os técnicos oficiais de contas em regime de traba- conciliação e só em última instância recorrer à arbitragem
lho independente não podem cobrar ou aceitar honorários do conselho directivo da Ordem.
cujo montante dependa directamente, no todo ou em parte,
dos lucros conexos com o serviço prestado. Artigo 18.º
5 — Não se consideram honorários as importâncias Infracção deontológica
recebidas pelos técnicos oficiais de contas a título de re-
posição de despesas. Qualquer conduta dos técnicos oficiais de contas contrá-
6 — Os salários a pagar aos técnicos oficiais de contas ria às regras deontológicas constitui infracção disciplinar,
que exerçam as suas funções em regime de trabalho depen- nos termos e para os efeitos do disposto no Estatuto dos
dente regem-se pelo disposto nas convenções colectivas técnicos oficiais de contas.
aplicáveis ao sector.
Artigo 19.º
Artigo 16.º Sociedades profissionais de técnicos oficiais
de contas e sociedades de contabilidade
Devolução de documentos
1 — No caso de rescisão do contrato, o técnico oficial O disposto no presente Código Deontológico relativa-
de contas entrega à entidade a quem prestou serviços, ou a mente aos técnicos oficiais de contas é aplicável, com as
quem aquela indicar por escrito, os livros e os documentos necessárias adaptações, aos profissionais integrados em
que tenha em seu poder, no prazo máximo de 60 dias, sociedades profissionais de técnicos oficiais de contas ou
em sociedades de contabilidade.
devendo ser emitido e assinado documento ou auto de
recepção, no qual se descriminem os livros e documentos
Artigo 20.º
entregues.
2 — Após o cumprimento do disposto no número ante- Interpretação e integração de lacunas
rior, o técnico oficial de contas fica desobrigado de prestar A interpretação das normas e a integração de lacunas
qualquer informação respeitante aos livros e documentos do presente Código Deontológico são da competência do
devolvidos, salvo se lhe for novamente facultada a sua conselho directivo da Ordem.
consulta.
1 — Nas suas relações recíprocas, os técnicos oficiais de De acordo com o n.º 1 do artigo 51.º do Regulamento
contas devem actuar com lealdade e integridade, abstendo- (CEE) n.º 2913/92, do Conselho, de 12 de Outubro, que
-se de actuações que prejudiquem os colegas e a classe. estabelece o Código Aduaneiro Comunitário, compete às
2 — Sempre que um técnico oficial de contas seja so- autoridades aduaneiras definir as condições e os requisi-
licitado a substituir outro técnico oficial de contas deve, tos a que deverão obedecer os locais por si autorizados
previamente à aceitação do serviço, solicitar-lhe esclare- para a armazenagem de mercadorias enquanto aguardam
cimentos sobre a existência de quantias em dívida, não que lhes seja atribuído um destino aduaneiro, designados
devendo aceitar as funções enquanto não estiverem pagos por armazéns de depósito temporário. Tais armazéns são,
os créditos a que aquele tenha direito, desde que líquidos ainda, objecto de regulamentação nos artigos 185.º a 187.º
e exigíveis. do Regulamento (CE) n.º 2454/93, da Comissão, de 2 de
3 — Sempre que o contacto a que alude o número an- Julho, que aprova as disposições de aplicação do Código
terior se revele impossível, o técnico oficial de contas Aduaneiro Comunitário, que, igualmente, carecem de re-
dá conhecimento desse facto ao conselho directivo da gulamentação administrativa interna.
Ordem. Foram ouvidos os órgãos de governo próprio das Re-
4 — São deveres do técnico oficial de contas antecessor: giões Autónomas.
Assim:
a) Informar o novo técnico oficial de contas, no prazo Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Cons-
máximo de 30 dias após a comunicação referenciada no tituição, o Governo decreta o seguinte:
n.º 2, se foi ou não ressarcido dos seus créditos;
b) Comunicar-lhe todas as circunstâncias que possam Artigo 1.º
influenciar a sua decisão de aceitar ou não a proposta
Objecto
contratual.
1 — O presente decreto-lei fixa as normas a que devem
5 — Os técnicos oficiais de contas não devem pronunciar- obedecer a autorização e o funcionamento dos armazéns
-se publicamente sobre os serviços prestados por colegas de depósito temporário (ADT), previstos no n.º 1 do ar-
de profissão, excepto quando disponham do seu consen- tigo 185.º do Regulamento (CE) n.º 2454/93, da Comissão,
timento prévio. de 2 de Julho, que aprovou as disposições de aplicação do
6 — Sempre que um técnico oficial de contas seja so- Código Aduaneiro Comunitário (DACAC), sem prejuízo
licitado a apreciar o trabalho de outro técnico oficial de do disposto no Decreto-Lei n.º 152/2008, de 5 de Agosto,
contas deve comunicar-lhe os seus pontos de divergência, em tudo o que não colida com a regulamentação comu-
sem prejuízo do respeito pela obrigação de sigilo profis- nitária aplicável.
sional. 2 — Em tudo o que não esteja previsto no presente
7 — Em caso de conflito entre técnicos oficiais de con- decreto-lei são subsidiariamente aplicáveis as disposições
tas, estes devem, antes de mais, procurar entre si formas de previstas na legislação aduaneira em vigor, nomeadamente