Sei sulla pagina 1di 3

Pré-Socráticos

Tales de Mileto (c. 625-545) é conhecido como o pai fundador da filosofia grega. Mas, além
dessas considerações, era também geômetra, astrônomo e meteorologista. Ele fez diversas
contribuições na matemática (geometria). Dizem que ele conseguiu prever eclipses, provar que
um ano tinha 365 dias e identificar os solstícios de verão e inverno. Infelizmente nos restam
apenas dois ditos desse filósofo. Esses ditos misturam ciência e religião, o que mostra quanto a
filosofia em sua gênese era, ainda, influenciada pelo misticismo. Os ditos são: ” Todas as coisas
estão cheias de deuses” e “A água é o princípio único de tudo”. De acordo com ele a terra
repousava sobre a água, tal como um pedaço de madeira flutuando na correnteza. Todavia,
podemos perguntar: sobre o que a água repousa? Tales vai além e afirma que tudo, de algum
modo, veio da água e, de alguma maneira, é feito de água.

Anaximandro de Mileto (c. ???-547 a.C.), também considerado um dos precursores da


filosofia. Credita-se a ele o primeiro mapa-múndi, a primeira carta celeste e até mesmo o
primeiro relógio de sol grego. Ele defendia que a terra tinha uma forma cilíndrica, como uma
coluna com altura três vezes maior que sua largura. Ao redor do mundo havia tubos gigantes
com fogo, e neles havia buracos por onde se enxergava o fogo a partir do exterior. Esses
buracos seriam o sol, a lua e as estrelas. As obstruções dos buracos eram os eclipses do sol e as
fases da lua. Sua teoria cosmológica, diferente de Tales, não procura por algo que sustente a
terra. Anaximandro, em sua teoria filosófica, julgava ser um erro entender que a realidade era
forjada, ou seja, que tinha uma causa material através de qualquer um dos elementos que
podemos ver ao nosso redor. Assim, afirmava ele, que o princípio fundamental das coisas
deveria ser algo ilimitado, indefinido, ou como o termo usado por ele no grego, deveria ser
apeíron. Além da matéria prima do universo – o Apeíron – que seria a causa material,
Anaximandro oferece uma abordagem sobre a causa eficiente. De acordo com sua teoria, o
universo era um campo de forças contrárias em competição tal que trouxeram o mundo à
existência.

Anaxímenes de Mileto, que teve seus trabalhos mais fluentes por volta de 546-525 a.C., era
mais novo que Anaximandro e, ainda assim, mais próximo do pensamento de Tales. Ele é o
terceiro e último grande cosmólogo de Mileto, e como Tales ele defendia que a terra deveria
repousar sobre algo. No entanto, diferente de Tales, o elemento primordial era o ar, e não a
água. E a terra e os corpos celestes tinham forma plana. Esses últimos circulavam
horizontalmente em volta da terra. O ar, em estado estável, seria invisível. Mas, de acordo
com Anaxímenes, quando há movimento ele se condensa e primeiro se torna vento, em
seguida nuvem, depois água e, por fim, a água condensada se torna lama e pedra. O ar
rarefeito, por sua vez, tornava-se fogo.

Xenófanes (c. 570-470 a.C.), um cara que viveu muito para época, também propôs uma
cosmologia, todavia, o elemento primordial do universo era a terra. De acordo com ele, a terra
vai dos nossos pés ao infinito. Uma famosa frase de Xenófanes é que “tudo vem a terra e na
terra tudo terminará”. Sua teoria cosmológica, por outro lado, deixa muito a desejar. Como a
terra se prolongava ao infinito, o Sol não poderia descer a terra para fazer o movimento de
nascer e pôr. Para solucionar esse problema, Xenófanes defendia que cada dia tínhamos um
novo Sol. Concluía com isso que existiam inúmeros sóis, e a impressão do movimento circular
se dava apenas pela longa distância que esses sóis passavam.

Heráclito de Éfeso, tal como Xenófanes, também acreditava que todo dia um novo Sol
aparecia no céu, e como Anaximandro ele afirmava que o Sol era constrangido por um
princípio cósmico. Essas teorias se desenvolveram com Heráclito para uma doutrina do fluxo
universal: Tudo, afirmava ele, está em movimento, nada permanece imóvel; o cosmos é como
uma correnteza. Como diz o famoso exemplo que visa representar a teoria heraclítica, se
entrarmos duas vezes em um mesmo rio, não poderemos pôr nossos pés duas vezes na mesma
água, dado que a água não será a mesma nesses dois momentos. Mas, além disso, não
poderíamos pisar duas vezes no mesmo rio. Qual seria então a causa material da realidade
para Heráclito? O fogo, que seria uma corrente fluida, um modelo de mudança constante,
consumindo-se e revigorando-se. O que governa esse mundo em constante mudança, ou seja,
a causa eficiente? O Logos, a razão e ordem necessária para manter o equilíbrio em um mundo
de mudanças.

O atomismo foi uma escola filosófica pré-socrática amplamente difundida por Demócrito de
Abdera (c. 460-370 a.C.) e seu mentor, Leucipo de Mileto, que viveu na primeira metade do
século V a.C. Sobre Leucipo soubemos pouco, podendo ser ele o verdadeiro criador do
atomismo. No entanto, é com as obras de Demócrito que conhecemos essa escola filosófica. A
última, e uma das mais impressionantes antecipações da ciência moderna na era pré-socrática
foi proposta pelo atomismo. A tese fundamental do atomismo, tal como apresentada por
Demócrito, é que a matéria não era infinitamente divisível. Não sabemos qual era o argumento
usado por Demócrito para defender tal tese, mas Aristóteles conjecturou que seria algo do
seguinte tipo. Se tomarmos uma quantidade de matéria, seja de qual tipo que for, e fizermos o
papel de ir dividindo-a em pequenos pedaços, o máximo possível, seremos obrigados a parar
em algum ponto, em minúsculos corpos de matéria que são indivisíveis. Ou seja, iremos parar
no que ele chamava de “átomos”. Outra tese defendida por Demócrito, era a existência de
uma pluralidade de mundos, de diversas formas e composições.

Epicurismo
O Epicurismo foi uma doutrina filosófica criada pelo filósofo grego Epicuro(341-271 a.C.). Na
física, a principal característica do Epicurismo é o atomismo, e na moral a identificação do bem
soberano como prazer, que concretamente, há de ser encontrado na prática da virtude e na
cultura do espírito. A doutrina de Epicuro substitui o bem pelo prazer e o mal pela dor, de
forma que a felicidade consiste em assegurar-se com o máximo de prazer e o mínimo de dores,
por meio da saúde do corpo e do espírito. Esse conceito difundido por Epicuro está enraizado
no Hedonismo, ou seja, uma doutrina filosófica e moral que tem como base o "prazer" como
bem supremo para a obtenção da felicidade humana. O papel da filosofia, para Epicuro, é bem
claro: cuidar da saúde da alma. Assim como a medicina precisa se ocupar dos males do corpo,
a filosofia só tem valor se cuidar dos da alma, longe de consistir num discurso vazio e abstrato.
O discípulo Diógenes de Oenoanda resumiu a sabedoria do mestre em quatro “remédios” de
cunho bem prático: 1) Os deuses não devem ser temidos; 2) A morte não deve amedrontar; 3)
O bem é fácil de ser obtido; 4) E o mal, fácil de suportar. Para os epicuristas, simplesmente
não faz sentido se preocupar com ela. Acompanhe o raciocínio: quando um ser humano existe,
a morte não existe para ele. Quando ela existe, ele é que não existe mais. Assim, nós nunca
nos encontramos com nossa morte – nossa existência nunca se dá ao mesmo tempo da
existência dela. Logo, ocupemos nossas mentes com a vida e desfrutemos dela.
Estoicismo
Mas em que consiste a filosofia estoica e por que ela conseguiu vigorar durante tanto tempo?
Em primeiro lugar, por que o estoicismo considerava que a ética e as questões morais, ou seja
"a arte de bem viver", eram mais importantes do que as questões teóricas. No entanto, esse
"bem viver" dos estoicos está longe de ser uma busca insaciável de prazer. Para o estoico,
enquanto o animal é guiado pelo instinto; o homem é guiado pela razão. O mundo que a razão
apresenta ao homem é a Natureza e não existe nada superior a ela. Deus, portanto, não está
fora do Natureza, mas impregnado nela.
Uma vez que a Natureza é governada pela razão divina, tudo tem um motivo para ser e nós
não podemos mudar isso. Por conseguinte, nossa atitude diante das adversidades e da própria
morte deve ser de serena resignação. Assim, o ideal do estoicismo é atingir a apatia, ou seja, a
indiferença em relação a todas as emoções, o que se alcança pela prática da virtude. Os
estoicos suportavam as adversidades com calma e dignidade, mas também acreditavam que a
circunstância da vida de um homem podia se degradar a tal ponto (seja devido a uma tragédia
pessoal, à ruína e a subsequente miséria, seja devido a uma doença dolorosa e terminal), que
um suicídio indolor se tornava a coisa mais racional a fazer.

Ceticismo
Na investigação sobre as condições de validade do nosso conhecimento um grupo de filósofos
merece destaque: os céticos. O termo cético vem da palavra gregaskepsis, que significa
"exame". Atualmente, dizemos que uma pessoa cética é alguém que não acredita em nada,
mas não é bem assim. Um filósofo cético é aquele que coloca suas crenças e as dos outros sob
exame, a fim de verificar se elas são realmente dignas de crédito ou não.

Pirro de Elis (360-275 a.C.) é considerado o fundador do ceticismo. Segundo ele, não podemos
ter posições definitivas sobre determinado assunto, pois mesmo pessoas muito sábias podem
ter posições absolutamente opostas sobre um mesmo tema e ótimos argumentos para
fundamentar suas posições. Nesse caso, Pirro nos aconselha a suspensão do juízo e a
mantermos nossa mente tranquila

Potrebbero piacerti anche