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AMANDA VÉDOVA
ARTHUR GOMES RIBEIRO
DANIELLE DELBONI
GLEIDISON FRAGA
JOSÉ BERNARDES JÚNIOR
MAYARA DANTAS DA SILVA PANTALEÃO
MELINA BERREDO DE MENEZES
NATÁLIA LUCCHINI
VILA VELHA
2010
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AMANDA VÉDOVA
ARTHUR GOMES RIBEIRO
DANIELLE DELBONI
GLEIDISON FRAGA
JOSÉ BERNARDES JÚNIOR
MAYARA DANTAS DA SILVA PANTALEÃO
MELINA BERREDO DE MENEZES
NATÁLIA LUCCHINI
VILA VELHA
2010
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.......................................................................................................................07
1. SOLUÇÃO PACÍFICA DE CONTROVÉRSIAS............................................................09
2. SOLUÇÕES COERCITIVAS DE CONTROVÉRSIAS.................................................13
3. USO DA FORÇA E GUERRA NO DIREITO INTERNACIONAL..............................16
3.1 INÍCIO DA GUERRA
3.5 NEUTRALIDADE
CONCLUSÃO.........................................................................................................................33
REFERÊNCIAS......................................................................................................................35
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INTRODUÇÃO
Os Estados estão sempre buscando uma forma de conseguir ser mais poderoso e
com isso fazer valer suas regras utilizando-se de seus interesses. Sempre buscam o poder,
resguardar sua soberania e proteger seu território.
É de interesse dos Estados tentar impedir que surjam conflitos entre eles e,
quando isto não seja possível, procurar resolver tais conflitos por meios
amistosos. Seja como for, é, pelo menos, dever moral de todo Estado não
recorrer à luta armada, antes de tentar qualquer meio pacífico para a solução
da controvérsia que surja entre o mesmo e qualquer outro membro da
comunidade internacional.
Entre os meios de solução de disputas entre os Estados, existem o meio legal
e o meio não legal. Desde que os Estados têm exercido um papel
fundamental para a criação da sociedade internacional, e esta está formada
com base na igualdade soberana entre os Estados, a solução das disputas
entre estes via meios legais tem sido entendida como exceção. Ou seja,
durante os últimos 400 anos, a sociedade internacional tem-se mantido, na
maior parte do tempo, sob influência da soberania absoluta, do estatismo e
do voluntarismo, que não permitam sequer a possibilidade de criação de um
mecanismo de solução superior ao Estado e contra a vontade do Estado. De
fato, a Corte Permanente Internacional de Justiça foi criada somente em
1922, após a Primeira Guerra Mundial, o que resultou no enfraquecimento
do juspositivismo no Direito Internacional. Por isso, os meios não legais têm
sido os mais desenvolvidos no Direito Internacional.
força dos Estados. Como acentuam Seitenfus e Ventura trata-se de posição de clássico
voluntarismo, pois não há obrigatoriedade de abstenção do recurso à força, tampouco
obrigação de buscar uma solução negociada para o litígio:
1– Meios Diplomáticos
a) Negociações Diretas
b) Sistemas consultivos
c) Mediações
d) Bons ofícios
e) Congressos e conferências
2 - Meios Jurídicos
a) Comissões de inquérito
b) Conciliação
c) Soluções arbitrais
d) Soluções judiciárias
manifestação da vontade dos Estados é essencial para que se já invocada a jurisdição da CIJ.
Em tese, a solução de litígio por intermédio da CIJ tem a vantagem sobre a simples
arbitragem, segundo Accioly, de envolver o Conselho de Segurança na implementação da
sentença.
A Carta da ONU determina, em seu art. 33, que nas controvérsias “de ameaça à
manutenção de paz e da segurança internacional”, as partes litigantes deverão chegar à
solução pacífica por qualquer um dos modos existentes no DI, (supramencionados) ou por
qualquer outro meio. Se a lide não for resolvida, as partes deverão submetê-la ao Conselho de
Segurança, que, nos casos de ameaça à paz, pode fazer recomendações e também decidir
sobre as medidas a serem tomadas. A Assembléia Geral tem a competência de fazer
recomendações, criar comissões de bons ofícios e indicar mediadores, geralmente o Secretário
Geral da ONU. As organizações internacionais podem exercer suas funções para solucionar os
conflitos internacionais. Os meios de solução por que elas optam podem se pacíficos ou
coercitivos, visando eliminar a ameaça à paz ou para recuperar esta.
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A Carta das Nações Unidas faculta [...] o acesso tanto dos litigantes quanto
de terceiros a qualquer de seus dois órgãos políticos na tentativa de dar
solução – eventualmente definitiva, mas em geral provisória – a conflitos
internacionais graves. [...]
Inicialmente, insta pontuar que, até um primeiro momento do século XX, a guerra
era considerada juridicamente lícita, ou seja, o recurso da força como meio de ação e relação
política era regulado por costumes internacionais que consideravam a guerra como uma
questão natural das relações internacionais (REZEK, 2008).
f) Bens públicos: são considerados confiscáveis quando seu uso for relacionado
estritamente com a guerra (ACCIOLY e NASCIMENTO E SILVA, 2000).
As forças armadas são constituídas tanto pelos combatentes como pelos não-
combatentes, e apenas os primeiros devem ser atacados. Os civis também podem ser
considerados como beligerantes quando se armam contra os invasores, uma vez respeitadas as
leis e costumes de guerra.
A Convenção de Haia expõe ações que ilícitas: matar ou ferir inimigo que não
possa se defender; não conceder quartel ao inimigo; destruir ou se apoderar de propriedades,
exceto por razões de guerra; forçar os nacionais a participar de operações contra o próprio
país; entregar ao saque qualquer localidade; atacar locais não defendidos.
Há normas que citam os meios ilícitos da guerra marítima. Dentre eles podemos
citar o afundamento do navio rendido com sua tripulação, destruição de navio mercante sem
salvaguarda das pessoas, uso indevido de minas automáticas, bombardeio naval de cidades ou
locais exceto em condições especiais, saques, pilhagem etc. (ACCIOLY e NASCIMENTO E
SILVA, 2000).
Com relação aos bens privados, a prática corrente difere da guerra terrestre, sendo
comuns a captura e o confisco.
A guerra aérea é admitida pela doutrina e prática internacionais desde que não
apresentem para as pessoas ou para a propriedade da população não-beligerante maiores
perigos do que a guerra terrestre ou marítima. Na prática, é um dos tipos de guerra mais
difíceis de se controlar, especialmente por falta de legislação específica (ACCIOLY e
NASCIMENTO E SILVA, 2000).
3.5 NEUTRALIDADE
Por definição, são considerados neutros todos os estados que não participam da
guerra. Assim sendo, podemos considerar a neutralidade como completa abstenção do estado
em relação ao conflito. Entretanto, com o advento da Sociedade das Nações, tal neutralidade
não era mais exatamente independente para cada membro. Hoje, sob a égide do art. 43 da
Carta das Nações Unidas, os estados-membros não podem ser neutros quando de ação
coletiva decidida pelo Conselho de Segurança da organização (ACCIOLY e NASCIMENTO
E SILVA, 2000).
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Os deveres dos neutros são: abstenção total de participação (direta ou indireta) nas
operações de guerra e o dever da imparcialidade.
A ideia da criação de uma instância judiciária que tivesse competência para julgar
os autores de crimes de guerra e crimes contra a humanidade surgiu ainda no fim da Primeira
Guerra Mundial. No entanto, tal proposta foi rejeitada pela Assembleia Geral da Sociedade
das Nações. Com a Segunda Guerra Mundial e, posteriormente, a Guerra Fria, o tema só
voltou a ser debatido pela Assembleia Geral da ONU em 1989 (COMPARATO, 2003).
Seja como for, a guerra civil sai da alçada exclusiva do direito interno,
ingressando na do direito internacional em decorrência do reconhecimento
expresso ou tácito da beligerância e que pode resultar de uma manifestação
do próprio estado onde a revolta se verifica ou de pronunciamento de
terceiro ou terceiros estados desejosos de assumir uma atitude de
neutralidade em face das duas partes em luta. (op. cit., p. 875)
CONCLUSÃO
Por fim, é mister ressaltar que é necessário insistir na positivação desse direito e
na solução pacífica dos conflitos internacionais, uma vez que, conforme pontuou o
doutrinador Francisco Rezek (2008, p. 379):
REFERÊNCIAS
BALDI, César Augusto (Org.). Direitos Humanos na Sociedade Cosmopolita. São Paulo:
Renovar, 2004.
COMPARATO, Fábio Konder. A Afirmação Histórica dos Direitos Humanos. 3 ed. São
Paulo: Saraiva, 2003.
GUERRA, Sidney Cesar da Silva. Direito Público Internacional. 3 ed. São Paulo: Freitas
Bastos, 2007.
REZEK, José Francisco. Direito Internacional Público: curso elementar. 11 ed. São Paulo:
Saraiva, 2008.
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APÊNDICE I – PERGUNTAS
1.
2.
3.
4.
5.
APÊNDICE II – RESPOSTAS
1.
2.
3.
4.
5.
7. No art. 2 §7, o preceito que impede a ONU de intervir em assuntos que dependam
essencialmente da jurisdição interna de cada Estado. Esta norma é abrangente e tem
sido usada como justificativa para rebeldias perante as recomendações do Conselho.