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Partido Socialista Braga

PENSAR A CIDADE, DEBATER O FUTURO

MOBILIDADE

Dar Vida à Cidade

Baptista da Costa

ZET Gallery, Braga

29 de Novembro de 2019

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Introdução

Só se pode falar de mobilidade em Braga a partir de uma visão política da


cidade o que exige o conhecimento dos seus fatores diferenciadores, porque
não há duas cidades iguais.

Não sendo o transporte público um direito constitucional, é ele que dá acesso a


direitos constitucionais como a saúde ou o ensino, para além da coesão social
ou o acesso à cultura.

Um bom sistema de transportes promove o desenvolvimento económico,


melhora a qualidade de vida e devolve espaço aos cidadãos.

Alinhada com os objetivos da União Europeia, Braga fixou, em 2014, metas


para 2025.

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Metas que para um horizonte de dez anos foram fixadas em:

- Duplicar o número de utilizadores de Transportes Colectivos, ou seja, passar


de dez para vinte milhões o número de passageiros transportados pelos TUB –
Transportes Urbanos de Braga;

- Ter dez mil utilizadores de bicicleta na zona densa da cidade;

- Reduzir em 25% o número de carros a circular na cidade.

A Cidade de Braga

De uma forma simplificada, podemos dizer que Braga é uma cidade densa
onde habitam 100 mil pessoas.

A construção da “Rodovia” nos anos 60 do século XX, dividiu a cidade histórica


a norte, da cidade de serviços como o Tribunal ou a Segurança Social.

Mais recentemente a construção da Av. Padre Júlio Fragata dividiu a cidade


em quatro.

O desafio é ligar estas quatro cidades. Há que as ligar, em termos de


mobilidade.

Não só percurso para os carros mas também percursos legíveis para peões,
bicicletas e transportes públicos.

Há que dar vida à cidade.

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Da ideia à concretização - Projectos

Tão importante como a capacidade técnica de agir, é a liderança política para


operacionalizar a visão.

Para atingir as metas há todo um caminho a percorrer. O processo de decisão


integra não só o ambiente político e técnico, mas também o ambiente jurídico,
económico, social e cultural.

As alterações introduzidas no PDM – Plano Director Municipal, viabilizaram a


opção pelos modos suaves e o transporte público, assim como e a criação de
parques dissuasores à entrada da cidade, economicamente viáveis numa
abordagem TOD – Transit Oriented Development.

O Anel da Mobilidade em BRT – Bus Rapid Transit, constitui a base regrante


do sistema de transportes anunciado em 2014.

Quis a fortuna que o Governo formado em finais de 2015, inclui-se no seu


Programa de Governo o BRT como uma solução a adoptar nas cidades
portuguesas.

Em Janeiro de 2017 o Governo Central anunciou publicamente, em Braga, o


apoio ao projecto de BRT para Braga.

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Braga não tem BRT porque o Presidente Ricardo Rio não quis.

Este mesmo Governo Central também apoiou a aquisição de autocarros


elétricos abrindo os Avisos para financiar a sua aquisição de forma articulada
com os planos da cidade.

O Governo Central libertou os recursos para a aquisição dos 31 autocarros


elétricos que entretanto foram adjudicados pelos TUB.

Braga não tem 31 autocarros elétricos porque Ricardo Rio não quis.

Estes projectos de mobilidade integrada têm de ser amplamente divulgados e


discutidos, envolvendo a sociedade. Esta divulgação e discussão pública é um
pré-requisito para o sucesso na sua implantação.

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Em Janeiro de 2015 estive neste mesmo espaço, enquanto administrador dos
TUB, a convite do Partido Socialista, a discutir os planos para a cidade numa
tertúlia que está referida no Relatório e Contas de 2015 do TUB – Transportes
Urbanos de Braga.

Mobilidade a Este

Neste encontro de hoje, vou-me cingir à discussão do traçado norte do “Anel da


Mobilidade”, para Este a partir da Rua D. Pedro V.

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A ligação da Rua D. Pedro V com a Rua Nova de Santa Cruz deve ser feita de
nível com recurso a semaforização inteligente.

Após o estudo das cinco alternativas possíveis, esta solução, já projetada pela
Câmara Municipal de Braga, é a que melhor responde às necessidades da
cidade.

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A Rua Nova de Santa Cruz foi alvo de uma intervenção estúpida que levou o
Presidente da Câmara, Ricardo Rio, a eliminar a circulação de autocarros no
sentido nascente. Esta decisão politica, ao arrepio do contrato feito com a
cidade, só foi possível concretizar após a minha saída dos TUB.

Há que repintar a Rua Nova de Santa Cruz e retomar a circulação de


autocarros nessa via.

Para a Rotunda da Universidade está projetada uma perigosa via ciclável


bidirecional que ignora a Rua de Gualtar e as 10 mil pessoas que habitam
Gualtar.

Estas intervenções e ausências de decisão por parte do Presidente da Câmara


Ricardo Rio, são coerentes com a prioridade política dada ao automóvel.

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Mas também são o prenúncio de uma aparente e possível intenção de
privatizar a Rua de Gualtar o que colocaria Gualtar fora da cidade criando
novos problemas de mobilidade e a desvalorização do património lá construído.

A concretizar-se esta ideia / suspeita seriam eliminados os percursos pedonais


e cicláveis nesta rua, assim como os traçados lineares de transportes públicos
desde Gualtar à cidade, passando pela Universidade, para além de estar ao
arrepio do PDM.

Já a desafetação da Rua de Gualtar (Estrada Velha) ao trânsito automóvel é


viável e desejável.

Uma situação caricata

Já depois de ter esta apresentação concluída vivi uma situação que tem tanto
de anedótica como de caricata e que vou partilhar convosco.

Na passada quarta-feira, dia 27 de novembro, decorreu no Museu D. Diogo de


Sousa a apresentação pública do PMUS – Plano de Mobilidade Urbana
Sustentável, para recolher contributos da população, e que contou com a
presença do Presidente Ricardo Rio e do Vereador Miguel Bandeira.

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Questionei o Vereador Miguel Bandeira se havia qualquer intenção de impedir
a circulação de pessoas, bicicletas e transportes públicos na Rua de Gualtar.

A resposta do Vereador Miguel Bandeira foi taxativa: não sei, mas pode
perguntar ao Presidente da Junta de Freguesia de Gualtar que ele é que sabe.

Uma decisão estratégica desta importância não depende de um qualquer


presidente de junta, mas acontece que há menos de dois anos fui recebido
pelo Arq. João Vieira, Presidente da Junta da Freguesia de Gualtar que me
afirmou que nunca abriria mão da afetação da Rua de Gualtar quanto à
mobilidade.

Hoje sei que o Arq. João Vieira mudou de ideias e está disponível para dar o
aval à privatização da Rua de Gualtar a troco de 2 milhões de euros,
desvalorizando a o património construído na sua freguesia.

Braga na Sombra

Braga precisa de um presidente capaz de controlar as despesas operacionais e


que coloque o dinheiro onde realmente é importante.

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Braga está a viver na sombra de um património inesgotável.

Há que mudar os protagonistas da cidade.

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