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IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA (IRM)


- é uma técnica que utiliza a combinação de campos magnéticos (estáticos e dinâmicos) com ondas de rádio
(pulsos de radiofrequência) para a geração de imagens de tecidos biológicos com uso em diagnóstico clínico

- técnica baseada no fenômeno da RMN


● método que utiliza o sinal de RMN

- técnica de obtenção de imagens médicas baseada na interação de um campo magnético forte, produzido
pelo equipamento, com os prótons de H do tecido humano, criando condições para aplicação de onda de
rádio (pulso de radiofrequência), tendo como resultado a emissão de sinal de rádio modificado, captado
através de uma bobina ou antena receptora, que então é processado e convertido em imagem

- utilizado para avaliar tecidos biológicos/partes moles, principalmente o encéfalo

Resumo dos acontecimentos:


1) o paciente é submetido a um campo magnético intenso
2) uma onda de RF incide no paciente
3) a onda de RF é desligada
4) o paciente emite um sinal
5) o sinal é usado para a reconstrução da imagem

Vantagens
- Permite a observação e análise mais completa do que outras técnicas
● fornece informações anatômicas, fisiológicas, metabólicas e moleculares
- Maior segurança: não utiliza radiação ionizante
- Técnica não-invasiva
- Capacidade de gerar imagens de qualquer plano (sagital, coronal ou axial)

Desvantagens
- Técnica bastante cara/custosa/onerosa
● Envolve processos, cuidados e equipamentos muito complexos que exigem custos elevados
- A máquina faz muito barulho durante o exame, causando desconforto sonoro
- Os pacientes devem ficar completamente imóveis durante longos períodos de tempo
- Pode gerar crise claustrofóbica (medo mórbido de permanecer em ambientes fechados) em certos pacientes
- Espaço limitado: muitas vezes não é possível colocar o paciente dentro da máquina
- Por questões de segurança, nem todos os pacientes podem fazer esse exame
- Os pacientes devem ficar completamente imóveis, causando desconfortos

RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR (RMN)


- é um fenômeno físico que ocorre em nível nuclear
● fenômeno físico exibido por núcleos de determinados elementos que, quando submetidos a um campo
magnético forte e excitados por ondas de rádio (RF) em determinada frequência (frequência de
Larmor) emitem rádio sinal

- ​ressonância: ​fenômeno que ocorre quando um sistema físico recebe energia por meio de excitações de
frequência igual a uma de suas frequências naturais de vibração

- descoberto por Isidor I. Rabi


● submetidos a um forte campo magnético externo, os dipolos magnéticos nucleares se alinham às
linhas desse campo, realizam movimento de precessão e podem absorver energia rádio magnética
externa proporcional à intensidade do campo magnético
● quando cessado o campo magnético aplicado, os dipolos magnéticos nucleares retornam ao seu
movimento aleatório e durante esse relaxamento devolvem a energia absorvida na forma de ondas
eletromagnéticas (sinal de RMN) cuja frequência é específica para cada tipo de átomo

PRINCÍPIOS FÍSICOS DA RMN


Propriedades dos prótons
- possuem ​carga elétrica
- possuem ​spin​: representa o movimento de rotação sobre o próprio eixo de partículas subatômicas (não
ficam realmente girando)
- possuem ​massa

- massa juntamente com o spin dos prótons dão origem à propriedade ​momento angular ​(​J​) do núcleo
atômico

- carga elétrica juntamente com o spin do próton cria um loop de corrente elétrica, que por sua vez dá origem
à um campo magnético ao seu redor

- esse campo magnético faz com que o próton se comporte como um pequeno magneto (imã/dipolo
magnético)

- quando o núcleo possui número par de prótons, cada próton vai estar pareado, ou seja, para cada próton
com campo magnético apontando para cima haverá um próton com campo magnético apontando para baixo.
Com isso, os campos magnéticos desses prótons pareados vão se cancelar e o campo magnético resultante
no núcleo será igual 0
- quando o número de prótons é ímpar, existe um próton sem par. Esse próton, apontando para o norte ou
sul, dá origem a um campo magnético resultante no núcleo chamado de ​momento magnético ​(​μ​)
- portanto, o momento magnético é encontrado em qualquer núcleo com número ímpar de prótons ou de
nêutrons

- um núcleo pode ser observado por RMN se possuir momento angular e momento magnético

Núcleo de hidrogênio
- praticamente todas as técnicas de RMN estão medindo as propriedades do H
- o núcleo de hidrogênio é o mais apropriado e utilizado para a obtenção de imagens por RM pois:
● É o mais abundante no corpo humano
● É capaz de produzir o maior rádio sinal de todos os núcleos estáveis
● Possui o maior momento magnético e, portanto, possui a maior sensibilidade a RMN

- portanto, de agora em diante, falaremos apenas sobre os prótons do núcleo de hidrogênio

Vetor magnetização resultante (magnetização macroscópica)


- é a soma vetorial de todos os momentos magnéticos nucleares microscópicos
- representa o comportamento coletivo do sistema de spins (durante a IRM não estamos observando o sinal
de um núcleo individual, mas sim de um grande conjunto de milhões de núcleos)

Ausência de campo magnético externo (B​0​)


- na situação normal (temperatura média do corpo humano (36,5°C) e sob ação do fraco campo magnético
terrestre), os momentos magnéticos nucleares não possuem uma orientação definida, se distribuindo de
maneira aleatória, e se cancelando, fazendo com que o vetor ​magnetização resultante de um voxel (volume
de tecido) seja igual a zero
Presença de campo externo (B​0​)
- quando o paciente é posicionado no interior do magneto e fica sob ação de um campo magnético forte (B​0​),
os prótons se comportam como um magneto (bússola), orientando-se de acordo com a direção do campo
aplicado
- porém, eles não vão se alinhar todos no mesmo sentido, de maneira que alguns vão se orientar
paralelamente e outros, antiparalelamente
- estas duas orientações representam dois níveis de energia que o próton pode ocupar (prótons obedecem às
leis da física quântica):
● o nível de baixa energia (paralelo / spin up)
● o nível de maior energia (antiparalelo / spin down) [mais energia é necessária para movê-la e também
para mantê-la nessa posição)

- um número um pouco maior de prótons ocupam o estado de menor energia, orientando-se no mesmo
sentido do campo magnético externo B​0 (orientação paralela) e esse predomínio cria o vetor magnetização
resultante M​0
● a diferença entre a quantidade de prótons no estado de mais alta energia e no de mais baixa energia
dá origem ao vetor magnetização resultante M​0
- exemplo:

● 7 spins (prótons) alinhados paralelamente à B​0


● 4 spins (prótons) alinhados antiparalelamente à B​0
● realizando o cancelamento mútuo dos vetores momento magnético que estão para cima como os que
estão para baixo, um componente vetor magnetização resultante (M​0​) se originará alinhado ao eixo
longitudinal

Magnetização transversal
- considerando um sistema de muitas partículas em equilíbrio térmico, a magnetização transversal do sistema
é nula, pois, apesar de todos os spins estarem precessionando, não há coerência de fase entre eles (estão
distribuídos de forma aleatória, em posições diferentes) e por isso, as componentes dos momentos
magnéticos no plano XY se cancelam
- sendo assim, o vetor magnetização resultante M​0​ não realiza movimento de precessão

Movimento de precessão e equação de Larmor


- o alinhamento dos prótons com o campo magnético externo B​0​ não será exato
- na tentativa de alinhamento com o campo magnético B​0 e por possuir o movimento de giro (spin), surge um
segundo movimento nos prótons chamado de ​precessão
- ​precessão:​ movimento do eixo de rotação
● na presença de B​0​, o próton se comporta como um pião, que não apenas gira em torno do seu próprio
eixo, mas também oscila/rotaciona em torno do eixo vertical (eixo de B​0​) como resultado da gravidade

- sendo assim, sob a ação de um campo magnético externo, o vetor ​μ ​(o próton de H) descreve um
movimento de precessão em torno do campo magnético externo, com uma frequência angular determinada
pela Equação de Larmor:
ω0 = γ B 0
Onde:
● ω 0 : frequência de Larmor (frequência angular de precessão)[Hz]
● γ : constante giromagnética [Hz/T]: específica para cada elemento. Para o H: γ = 42, 6 M Hz/T
● B 0 : intensidade do campo magnético principal [T]

- a precessão dos núcleos em torno do campo magnético ocorre em uma frequência específica (frequência de
Larmor) dada pela equação de Larmor

O sinal de RMN
- o sinal observado na RM é a corrente elétrica induzida, em uma bobina receptora, pela variação do
momento magnético do próton
- porém, o momento magnético de um único próton é muito pequeno para induzir uma corrente detectável, por
isso, os prótons necessitam estar alinhados para produzirem um momento magnético grande e detectável
(vetor magnetização resultante)
- pela Lei da indução de Faraday, a variação do vetor magnetização resultante induz uma corrente
elétrica/força eletromotriz na bobina receptora (que é o sinal captado)
● um campo magnético variável dentro de uma bobina induz corrente elétrica

Aplicação do campo de Radiofrequência (B​1​)


- o vetor M​0​ (magnetização longitudinal) não é uma função oscilante e por isso ela não pode ser detectada
- logo, o vetor M​0 precisa “girar” para o plano transversal XY (onde pode oscilar ou precessionar sobre o eixo
Z)
- para que uma corrente elétrica/tensão/voltagem seja induzida em uma bobina posicionada de forma
perpendicular ao plano transversal é necessário que o vetor magnetização resultante como um todo, ou parte
dele esteja no plano transversal (componente transversal)

- para reorientar o vetor magnetização M​0​, transfere-se energia para ele, aplicando um segundo campo
magnético B​1 fraco (gerado por um pulso de RF: onda eletromagnética → possui 2 componentes: campo
elétrico e campo magnético)

- os prótons que estavam previamente alinhados com o campo magnético fixo B​0 na direção Z começam
também a precessionar ao longo do eixo X, ou seja, sobre o eixo do novo campo magnético B​1​, com uma
frequência de precessão igual à:
ω1 = γ B 1
- B​1 é um campo magnético oscilante (pois, ele é o componente magnético derivado de uma onda
eletromagnética oscilante)
- já que a intensidade do campo B​1 é menor do que a do campo B​0​, a frequência de precessão ω​1 dos spins
(prótons) em torno do eixo de B​1 é menor (mais lenta) do que a frequência de precessão ω​0 dos spins em
torno do eixo de B​0​ (ω​0​ > ω​1​)
- a precessão dos prótons tanto em torno de B​0 (eixo Z) quanto em torno de B​1 (eixo X) resulta em um
movimento espiral do vetor magnetização resultante do eixo Z até o plano XY

- este campo B​1 (pulso


​ de RF) deve ser perpendicular a B​0 e deve estar em fase com a frequência de
precessão dos prótons (deve possuir a mesma frequência da frequência de Larmor dos prótons)
- ou seja, a frequência ω​rf ​do pulso de RF (consequentemente, do campo B​1​) deve corresponder à frequência
ω​0 de precessão dos prótons para que ocorra ressonância do sistema (adição/transferência de energia aos
prótons)

- com a aplicação do pulso de RF, dois efeitos ocorrem:


1. alguns prótons absorvem energia e mudam-se do nível de menor energia (orientação paralela) para o
de maior energia (orientação antiparalela)
○ com isso, o número (população) de prótons nos dois estados de energia vão se igualando,
causando cancelamento entre os componentes longitudinais dos vetores momentos
magnéticos que apontam para cima e para baixo
○ resultado: redução do componente longitudinal (M​Z​) do vetor M​0

2. prótons começam a precessionar momentaneamente em coerência de fase (na mesma posição,


agrupados), promovendo uma combinação dos componentes transversais dos vetores momentos
magnéticos
○ resultado: crescimento do componente transversal (M​XY​) do vetor M​0
- o resultado final prático desses dois processo é o desvio do vetor M​0​ para o plano transversal
● o efeito no vetor M​0 é o de desviá-lo/afastá-lo do alinhamento como o B​0​, realizando movimento de
precessão sobre o eixo X no plano YZ, por um dado ângulo de desvio denominado ​ângulo de
excitação ou ângulo de ​Flip​:
θ = γB1τ
Onde:
τ : tempo de duração do pulso de RF
γ : constante giromagnética
B​1​: intensidade do campo magnético (pulso de RF)

● pulso de excitação: pulso de RF que resulta em desvio de 90°, transferindo todo o vetor M​0 para o
plano transversal
● pulso de inversão:​ pulso de RF que resulta em desvio de 180° do vetor M​0

- a amplitude do sinal gerado é proporcional à projeção do vetor magnetização no plano transversal XY

1. excitação do vetor M​0​ vista do REFERENCIAL DE LABORATÓRIO (referencial estático)


○ os prótons precessionam simultaneamente sobre o eixo Z do campo B​0 à frequência ω​0 e sobre
o eixo X do campo B​1​ à frequência ω​1
○ nesse referencial, visualiza-se um movimento de espiral descendente do vetor magnetização
como resultado dos 2 movimentos de precessão acontecendo simultaneamente
[FIGURA 3-6 (pág 35, Hashemi)]

2. excitação do vetor M​0​ vista do REFERENCIAL GIRANTE


○ em um referencial que se move com a mesma frequência de oscilação do sistema, visualiza-se
um simples movimento de arco descendente

- a emissão do pulso de RF é feito pela bobina de corpo


- a detecção do sinal é feita pela bobina local

Processos de relaxação
- ​relaxação: os spins (prótons) retornam ao estado de baixa energia (estado de equilíbrio) devido à liberação
de energia para o ambiente
● uma vez cessada a aplicação do pulso de RF, os prótons vão se realinhar ao eixo do campo
magnético B​0​, emitindo todo seu excesso de energia
● retorno do vetor M​XY à​ sua posição de equilíbrio

- ao fim da aplicação do pulso de RF (campo B​1​), o vetor M​0 retorna para o estado de equilíbrio devido a dois
processos distintos ocorrem com os prótons:
1. Relaxação longitudinal (Spin-Rede ou térmica)​: aumento da magnetização longitudinal M​Z
○ associado à interação dos spins (prótons) com a rede
○ prótons voltam do estado de maior energia para o estado de menor energia, tornando o
número (população) de prótons com orientação paralela à B​0 maior do que os de orientação
antiparalela
○ com isso, a componente longitudinal M​Z​ do vetor M​0​ se recupera gradualmente
○ T​1 - tempo de relaxação longitudinal: tempo necessário para que M​Z recupere
​ 63% do valor
seu valor inicial (valor original do vetor M​0​)

○ conforme a componente longitudinal M​Z se recupera, dando origem ao reaparecimento de M​0​, a


energia do sistema diminui
■ ocorre liberação de energia que é fornecida por transferência de calor (agitação
térmica) para o ambiente (​lattice​)/meio (rede) (núcleos vizinhos, átomos e moléculas)
■ mais spins começam a se orientar paralelamente ao campo B​0 (no estado de mínima
energia)
○ como IRM trata principalmente de líquidos e tecidos moles ao invés de sólidos, é mais comum
a utilização de termos como relaxação longitudinal ou relaxação por T​1

○ a experiência mostra que o T​1 da gordura é curto e o T​2 da água é longo, ou seja, o vetor M​0 de
um volume de gordura volta ao equilíbrio mais rápido que o vetor M​0 de um volume igual de
água (M​Z de um volume de gordura aumenta mais rápido que o M​Z ​de um volume igual de
água)
2. Relaxação transversal (Spin-Spin)​: diminuição da magnetização transversal M​XY

○ associado à interação entre os spins (prótons)


○ os prótons ficam sob a ação de campos magnéticos (com intensidades) ligeiramente diferentes
■ um próton em um ambiente molecular está sob a ação de um campo magnético local
B​loc​ provocado/gerado pelos prótons vizinhos
■ este B​loc pode se adicionar ao campo principal B​0 fazendo com que tais prótons
precessionem em frequências ligeiramente diferentes da frequência de Larmor
1. se B​loc estiver na mesma direção de B​0​, os dois campos se adicionam e um
próton dentro dessa região irá precessionar com frequência dada por:
ω ′0 = γ (B 0 + B loc )
2. ao mesmo tempo, prótons não afetados irão precessionar na frequência de
Larmor original ω0 = γ B 0
○ isso faz com que os prótons percam a coerência de fase (ficam defasados, precessionam em
posições diferentes)

○ com isso, a componente transversal M​XY do vetor M​0 diminui, pois, as componentes
transversais dos momentos magnéticos dos spins (prótons) vão se cancelando
○ T​2 - tempo de relaxação transversal: ​tempo necessário para que M​XY diminua
​ para 37% do
seu valor inicial (valor original do vetor M​0​) → 63% do sinal é perdido
○ a experiência mostra que o T​2 da gordura é curto e o T​2 da água é longo, ou seja, M​XY de um
volume de gordura diminui mais rápido que o M​XY de
​ um volume igual de água

Constante de tempo T​2​ vs T​2​*


- em um experimento real de RMN, a magnetização transversal M​XY decai/diminui muito mais rápido do que
T​2​, ou seja, do que o previsto naturalmente devido às interações atômicos ou moleculares
- esse tempo mais curto/rápido é denominado T​2​*​ (T2 estrela)

- a pequena diferença no campo magnético estático em cada próton (que provoca a perda da coerência de
fase) é ocasionado por dois fatores:
● presença de campos magnéticos B​loc ​ gerados pelos outros prótons
● presença de inomogeneidades (não homogeneidades) no campo magnético B​0

- T​2​: tempo que reflete a perda de coerência de fase devido apenas à presença de outros prótons
● é o T​2​ verdadeiro (natural)
● depende do meio em que o próton está inserido
● varia de acordo com o órgão e se o tecido é normal

- T​2​*​: tempo que reflete a perda de coerência de fase devido principalmente à presença de inomogeneidades
no campo principal B​0
1
T *2
= T1 + T 1
2 2 inomog.
● é o T​2 efetivo (observado): causado pela combinação do relaxamento Spin-Spin e a não
homogeneidade do campo B​0
● T​2 > T​2​*​: em um experimento real de RMN, a magnetização transversal M​XY decai muito mais rápido do
que o previsto por mecanismos atômicos ou moleculares
● as inomogeneidades podem ter origem:
○ nas próprias diferenças de composição dos tecidos do corpo que induzem distorções no campo
B​0
○ intrínseca ao magneto por imperfeições na sua fabricação

Tempos de relaxação para diversos tecidos do corpo humano à 1,5 T

Tecido T​1​ (ms) T​2​ (ms)

Lípidos (gordura) 240 - 250 60 - 80

Substância branca 780 - 790 90

Substância cinzenta 920 100

Líquor 4000 2000

Sangue (arterial) 1200 - 1350 50 - 250

Músculo 860 - 900 50

Miocárdio 870 60

Rins 650 70

CSF (similar a água pura) 4500 2200

- as diferenças nos tempos de relaxação são usadas para gerar contraste entre os tecidos nas imagens,
possibilitando diferenciá-los
- água e tecidos com alta concentração de líquidos possuem longos T​1​ e T​2
● geralmente, tecidos patológicos possuem uma alta concentração de água em relação aos tecidos
normais vizinhos e por isso, podem ser facilmente diferenciados por possuírem tempos de relaxação
T​1​ e T​2​ relativamente mais longos que os dos tecidos sadios
Detecção do sinal de RMN
- a variação do vetor M​XY no plano transversal passa a induzir uma tensão elétrica/corrente elétrica (sinal de
RMN) na bobina de detecção
● a magnetização transversal M​XY ​precessionando na frequência de Larmor induz na bobina receptora
um pequeno sinal de forma periódica (uma vez que o vetor M​XY está​ girando nas proximidades da
bobina)

- porém, essa curva será modulada pelo declínio exponencial do vetor M​XY
- quando a aplicação do pulso de RF (campo B​1​) é encerrado, o sinal (tensão/corrente elétrica induzida na
bobina) gradualmente decai devido ao processo de retorno do vetor M​0 para a condição/estado de equilíbrio,
ou seja, para o alinhamento com o campo B​0 (​relaxação ​do vetor M​0​) → componente transversal M​XY diminui
e componente longitudinal M​Z​ aumenta
- matematicamente, a combinação dos gráficos acima fornecem o gráfico de um sinal periódico sendo
“amortecido” por um declínio exponencial
● o sinal de indução livre (SIL ou FID: free induction decay) é o de uma onda sendo amortecida:

Spin Eco (Eco de Spins)


- se excitarmos os prótons com um pulso de RF inicial e, após um determinado tempo t enviarmos um
segundo pulso, além do surgimento de um sinal (FID) na bobina receptora após o primeiro pulso, observa-se
também o surgimento de um segundo sinal
- este segundo sinal é um eco do primeiro sinal e aparece na bobina num tempo igual a 2t
- portanto, o 2° pulso de RF aplicado atua como uma muralha onde os prótons batem e refletem, produzindo
um eco
- por isso o 2° sinal produzido é chamado de ​Eco de Spins ​ou ​Spin Eco

- o tempo t entre a aplicação dos dois pulsos vai determinar o surgimento do eco em 2t

Sequência de Pulso Spin Eco (Eco de Spins)


- constitui-se da aplicação de um pulso inicial de RF de 90°, seguido de um pulso de RF de 180°

- ​tempo de eco (TE): ​intervalo de tempo entre a aplicação do pulso inicial de RF de 90° e o pico do eco
● o TE determina o quanto de decaimento transversal (diminuição do vetor M​XY​) ocorreu, ou seja o TE
controla o decaimento T​2

- ​tempo de repetição (TR):​ intervalo de tempo entre dois pulsos de 90°


● o TR estabelece o quanto de relaxação longitudinal (recuperação do vetor M​Z​) pode ocorrer entre a
aplicação de dois pulsos de excitação

- o pulso de RF de 180° vai fazer com que os prótons entrem em concordância de fase, gerando novamente
um sinal na bobina (eco)

- etapas:
1. aplicação de um pulso de RF de 90° que vai deslocar o vetor magnetização (M​0​) para o plano
transversal, resultando no vetor magnetização transversal (M​XY​) e no surgimento de um sinal
2. após o fim da aplicação do pulso de 90°, o vetor magnetização longitudinal (M​Z​) começa a reaparecer
enquanto o vetor M​XY começa
​ a sumir devido à perda da coerência de fase dos prótons
3. após um intervalo de tempo igual a T E/2 será emitido um pulso de RF de 180° para regenerar o sinal.
Este pulso irá inverter/girar em 180° o ângulo de precessão dos prótons e assim, os prótons que no
início precessionavam rapidamente estarão agora atrás dos mais lentos, aproximando-se cada vez
mais. Após outro intervalo T E/2 , os prótons mais rápidos estão juntos com os mais lentos (prótons
entram em concordância de fase novamente) e o vetor M​XY voltará
​ a ser intenso, logo, teremos
novamente um sinal forte
4. com o passar do tempo, os prótons que precessionavam rapidamente passarão à frente, o que vai
causar a perda de coerência de fase e o desaparecimento do vetor M​XY

- o eco é interceptado pelas bobinas receptoras do sistema e é usado para construir uma imagem do paciente
- tanto o TR quanto o TE são variáveis técnicas, selecionadas pelo operador do sistema de RM para otimizar
a aparência de uma imagem
● o TE influencia na qualidade da imagem de RM e pode ser ajustado pelo operador do equipamento,
escolhendo o tempo em que será aplicado o pulso de inversão de 180°

- após o fim da aplicação de um pulso de 90°, a magnetização inicial (vetor M​0​) começa a retornar à condição
de equilíbrio. Devido aos efeitos de campo magnético locais, os prótons (spins) precessionam com
frequências ligeiramente diferentes
● observe na figura que o vetor R (que representa um próton) é mais rápido que o vetor L (que
representa outro próton)
● essa diferença de velocidade, causada pelas variações no campo local pela presença e interação de
prótons próximos faz com que os prótons percam coerência de fase e assim, o sinal vai
enfraquecendo

● a seta vermelha mais grossa representa a magnetização transversal M​XY que


​ vai diminuindo com a
defasagem dos prótons

- a perda de coerência de fase pode ser parcialmente recuperada pela aplicação de um pulso de inversão
(pulso de 180°), dando origem a um “eco” (​spin eco​) na coerência de fase dos prótons (spins)
● truque para intensificar o sinal
● fazendo os vetores girarem 180°, então os vetores se sobreporão (prótons entrarão/ficarão em fase) e
teremos novamente um sinal forte (aumento do vetor M​XY​)

Contraste em T​1
- gordura (vermelho); água (azul)
- analisando o gráfico, percebemos que existe um contraste maior (maior distância entre as curvas) entre a
gordura e a água para um TR curto
- como o T​1 da
​ gordura é menor do que o da água, o vetor M​Z da
​ gordura se recupera mais rápido que o da
água
- após um TR curto, um pulso de excitação é aplicado, transferindo o vetor M​Z para o plano transversal (vetor
M​XY​)
- como o vetor M​XY da gordura é maior que o da água, então, o sinal da gordura é maior (hipersinal) do que o
da água (hiposinal). Logo, na imagem, a gordura aparece mais brilhante/clara e a água aparece mais escura

Contraste em T​2

- gordura (vermelho); água (azul)


- analisando o gráfico, percebemos que existe um contraste maior (maior distância entre as curvas) entre a
gordura e a água para um TE longo
- então, a gordura aparece mais clara (menos clara que em T​1​ e a água aparece brilhante

Densidade de prótons (DP)


- se considerarmos volumes iguais de duas substâncias diferentes, aquela que tiver a maior DP possui o
maior vetor magnetização transversal e, portanto, induz um sinal maior e aparecem claras em uma imagem
por contraste por densidade de prótons
- tecidos com baixa DP apresentam-se escuros

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