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Montesquieu. O Espírito das leis. Ed Martins Fontes. São Paulo. 2000. Pagina 12
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Montesquieu. O Espírito das leis. Ed Martins Fontes. São Paulo. 2000. Pagina 16
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Montesquieu. O Espírito das leis. Ed Martins Fontes. São Paulo. 2000. Pagina 16
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Montesquieu. O Espírito das leis. Ed Martins Fontes. São Paulo. 2000. Pagina 16-17
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Montesquieu. O Espírito das leis. Ed Martins Fontes. São Paulo. 2000. Pagina 168
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Montesquieu. O Espírito das leis. Ed Martins Fontes. São Paulo. 2000. Pagina 124
como: “O livre juízo da razão”; como se a razão fosse causa da liberdade. 7 A liberdade
só pode consistir em poder fazer o que se deve querer e em não ser forçado a fazer o que
não se tem o direito de querer. Deve-se ter em mente o que é a independência e o que é a
liberdade. A liberdade é o direito de fazer tudo o que as leis permitem; e se um cidadão
pudesse fazer o que elas proíbem ele já não teria liberdade, porque os outros também
teriam este poder. 8 Já, na DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E DO
CIDADÃO DE 26 DE AGOSTO DE 1789 no artigo IV; A liberdade consiste em poder
fazer tudo o que não prejudica outrem: assim, o exercício dos direitos naturais de cada
homem tem limites apenas no que assegura aos outros membros da sociedade o gozo
desses mesmos direitos. Esses limites somente podem ser determinados pela Lei {quando
se refere a si
outro}. Temostudo
e a segunda dividas
que apor
liberdade e libertinagem,
seu arbítrio se interfere anaprimeira sendo
liberdade tudo que
do outro. Éo
triunfo da liberdade, quando as leis criminais tiram cada pena da natureza particular de
cada crime. Toda a arbitrariedade acaba; a pena não vem mais do capricho do legislador,
mas da natureza da coisa. 9
Bem universal (total) a integridade física que todas as razões particulares se
reduzem ao universal (total) de apreenderem como bem e se for infligido como mal, pois
produz a dor. A definição de lei na Suma Teológica: “a lei é certa regra e medida dos atos,
segundo a qual alguém é levado a agir, ou apartar- se da ação.” 10 As leis só se encarregam
de castigar as ações exteriores. 11 Pois as leis não foram inventadas para suprimir as ações
dos homens, e sim dirigi-las (Thomas Robbes). A lei é assunto da ciência da moral, que
12
éMoral
uma ciência prática
a Eudemo: (...) a moral
Moralidade, na se refere
minha aos atossóhumanos.
opinião, Aristóteles
pode ser parte em sua
da política. Grande
Na política
não é possível algo sem ser dotado de certas qualidades; Quer dizer, sem ser um bom
h M b h é i l t t it d t t j líti
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homem. Mas ser um bom homem é equivalente a ter virtudes; e, portanto, seja na política
que você quer fazer alguma coisa, ele deve ser moralmente virtuoso. Isso faz parecer que
o estudo da moralidade como uma parte e até mesmo como o princípio da política13.
O fim do governo do mundo é o bem por essência. 14 O bem da natureza pode
significar três coisas. Primeiro, os princípios constitutivos da natureza com as
propriedades que daí decorrem, como as potências da alma, e outras semelhantes.
Segundo, o homem tem, por natureza, a inclinação para a virtude (...); esta inclinação para
a virtude é um bem da natureza. Terceiro, pode-se chamar bem da natureza o dom da
justiça original
da natureza, que foio dado
a saber: ser, oà viver
humanidade toda no15primeiro
e o conhecer. O devidohomem. (...) doque
meio-termo primeiro bem
é o que as
virtudes (leis naturais) regulam, sendo elas a prudência(sabedoria prática), a
fortaleza(resistir), a justiça(quando se refere ao outro) e a temperança(moderação)
propriamente cardiais (cada uma dessas virtudes tem outras virtudes que são partes
integrantes, potenciais e adjacentes). Quando criado um debitum(dever moral) e quando
esse dever moral está fora da doutrina da moral, se torna vicioso, imoral e impraticável,
pois está fora da razão prática que requer experiência e doutrina (instrução). E na doutrina
da moral seja na Suma Teológica de São Tomás, seja na Grande Moral a Eudemo de
Aristóteles, está contido a temperança, sendo ela uma lei da natureza que é o mesmo que
moderação. E na moral de Kant não trata a moderação mas dá máximas tais quais: quando
através do direito se deve agir “exteriormente (socialmente) de ta l modo que o exercício
de teu livre-arbítrio possa coexistir com a liberdade dos outros” e que “Qualquer ação é
justa se for capaz de coexistir com a liberdade de todos de acordo com uma lei universal,
ou se na sua máxima a liberdade de escolha de cada um poder coexistir com a liberdade
de todos de acordo com uma lei universal.” Que no final de tudo se reduz a moderação
da liberdade para não se tornar libertinagem. A moderação constituí o meio-termo entre
o excesso e a deficiência.
Embora os homens quando entram em sociedade abandonem a igualdade,
liberdade e o poder executivo que tinham no estado de natureza, nas mãos da sociedade,
para que disponha
entretanto, deles
fazendo-o porum
cada meio do poder
apenas comlegislativo
a intenção conforme
de melhoroseexigir o bemada
preservar mesma,
si próprio,
à sua liberdade e propriedade – eis que criatura racional algum pode supor-se que troque
a sua condição para pior - o poder da sociedade ou o legislativo por ela constituído não
se pode nunca supor se estenda mais além do que o bem comum, mas fica na obrigação
de assegurar a propriedade de cada um, provendo contra os (...) inconvenientes acima
assinalados, que ternam o estado de natureza tão inseguro e arriscado. E assim sendo
quem tiver o poder legislativo ou o poder supremo de qualquer comunidade, obriga-se a
governá-la mediante leis estabelecidas, promulgadas e conhecidas do povo, e não por
meio de decretos extemporâneos; por juízes indiferentes e corretos, que terão de resolver
as controvérsias conforme essas leis; e a empregar a forca da comunidade no seu território
somente na execução de tais leis, e fora dele para prevenir ou remediar malefícios
estrangeiros e garantir a sociedade contra incursões ou invasões. E tudo isso tendo em
vista nenhum outro objetivo senão a paz, a segurança e o bem público do povo. 16
Sempre que portanto o legislativo transgredir esta regra fundamental da sociedade
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Sempre que, portanto o legislativo transgredir esta regra fundamental da sociedade
e por ambição, temor, loucura ou corrupção, procurar apoderar-se ou entregar às mãos de
terceiros, o poder absoluto sobre a vida, liberdade e propriedade do povo, perde, por esta
infração ao encargo, o poder que o povo lhe entregou para fins completamente diferentes,
fazendo-o voltar ao povo, que tem o direito de retomar a liberdade originária e, pela
instituição de novo legislativo, conforme achar conveniente, prover à própria segurança
e garantia, o que constitui o objetivo da sociedade. 17
Como exemplo, imaginemos um país democrático onde seu alicerce esteja calcado
na iniquidade. Que possua como princípio a determinação de que a mulher não tenha
escolha tal como ao homem a se casar, pois é o Estado que lhes impõe este ou aquele
companheiro ou companheira. Tolhe, o Estado, assim, sua liberdade de escolha. Neste
momento o Estado interfere em sua vida privada. Neste contexto haveria o consentimento
do povo naquele dado momento, mas para a geração subsequente pode haver um cidadão
que não concorda com o que foi constituído em data pretérita, pois entende que fere o seu
direito natural. Porém, este cidadão não faz parte da maioria. Como esse cidadão viverá?
Com certeza irá viver na infelicidade, pois se instruiu, ou seja, leu o que deve ser lido na
doutrina, sabe, no entanto, que o Estado é iníquo, tenta pleitear sua liberdade, mas os
juristas sempre recorrem ao que foi acordado. Assim, a vontade daqueles cidadãos que
constituíram aquela norma não faz mais parte deste presente. Contudo, aos olhos daquele
que observa a norma, ora ultrapassada, não é capaz de perceber que o tempo já passou e
que uma nova Constituição deve ser aplicada, pois a última existe, porém com vício.
Entrasse na canoa positivista, como sucedeu na Alemanha nacional-socialista em que as
16
LOCKE. John. Segundo tratado sobre o governo. Ed IBRASA. 1963 Pagina 79-80.
17
LOCKE. John. Segundo tratado sobre o governo. Ed IBRASA. 1963 Pagina 140-141.
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