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D.O.I: 10.6020/1679-9844/3011
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Doutora em Sociologia e Direito pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e Pós-doutoranda em
Políticas Sociais - Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (LEEL/PPGPS/UENF),
Campos dos Goytacazes, RJ, Brasil, shirlenacsa@gmail.com
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Professor Associado e Chefe do Laboratório de Estudos de Educação e Linguagem (LEEL) e
Professor do Programa de Pós-Graduação em Políticas Sociais (PPGPS) - Universidade Estadual do
Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), Campos dos Goytacazes, RJ, Brasil,
leandrogarciapinho@gmail.com
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Professor Associado do Laboratório de Estudos de Educação e Linguagem (LEEL) e professor dos
Programas de Pós-Graduação em Políticas Sociais e Cognição e Linguagem - Universidade Estadual
do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), Campos dos Goytacazes, RJ, Brasil,
giovanedonascimento@gmail.com
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No cenário das reivindicações minoritárias, nos anos de 1980 e de 1990, o debate sobre a causa da
população negra ressurgiu com uma nova roupagem, como parte dos movimentos sociais que se
fortaleceram a partir da década de 70, quanto à demanda da identidade negra e da cidadania, seja
pela politização em torno de uma consciência negra ou de uma cultura negra como meio de marcar
uma cidadania diferenciada. Temos, de fato, como resultado de experiências a oposição entre a
identidade étnico-racial negra e a identidade mestiça, identidade esta unificadora proposta pela
ideologia dominante, que além de buscar a unidade nacional visa à legitimação da chamada
democracia racial brasileira e a conservação do status quo.
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Sob a liderança de Martin Luther King Jr, dentre os pequenos movimentos sem uso da força (por
meio de estratégias não-violentas), significativos na década, esse fez com que durante treze meses,
nenhum negro utilizasse ônibus.
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Conforme Pedro Demo, sob o prisma do bem-estar social, “pobreza” traduz a desigualdade, mas não
se restringe ao problema da carência material. Muitas vezes ignoramos o seu fundamento, o “fundo
político da marginalização opressiva”. Pobreza consiste no “processo de repressão do acesso às
vantagens sociais”, e à medida que a pobreza social emerge no contexto desvantagens
desigualmente distribuídas, o seu sentido é de injustiça, o que leva a assinalar, também, a
“necessidade da consciência política da pobreza” (DEMO, 2008, p.19). Nesse sentido, não se
enfrenta pobreza sem o pobre. São essenciais, em termos emancipatórios, de estratégia de confronto
com a pobreza: “inclusão adequada no mercado de trabalho e cidadania” (p.10).
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Lembramos aqui da passeata de Ralph Abernethy, de 1968, que trazia por objetivo manter viva a
mobilização integracionista e que os direitos civis estão associados aos econômicos e sociais,
conforme os últimos postulados de Martin Luther King. Essa experiência foi uma tentativa de
aproximação com a Marcha pelo Trabalho e Liberdade em Washington, em 1963.
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Importante o registro de que “as desigualdades sociais perfazem a própria dinâmica histórica em
termos de resistência e necessidade de mudança” (DEMO, 2008, p.9).
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O rock foi uma busca da fusão do som e a palavra num movimento negro de contestação. Elvis
Presley foi o elemento branco que incorporou o movimento; houve adaptações e variações: hard rock,
rock blues, country rock. Assim, diversos nomes deram uma dimensão mundial ao movimento, à título
de exemplo: Jimi Hendrix, Janis Joplin, além de Bob Dylon (que inaugura o movimento de
contracultura, de protesto) e Beatles (fenômeno musical dos anos 60), divulgando o comportamento
rebelde e pacifista, o uso de drogas, além do orientalismo.
Referências
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