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A GRANDE C EIA
A primeira coisa que vemos nessa parábola é que um cerro homem deu
uma grande festa. Os convires não foram vendidos. Na posse do presidenre
dos Estados Unidos, muitas festas aconrecem, mas apesar de ser convidado,
você precisa pagar caro para participar. Entretanto, não é assim .na festa
promovida pelo Senhor.
Hoje, é comum nos convidarem para uma festa num restaurante e você
paga a sua coma. Se você receber um convire assim, cerramenre a pessoa
não é sua amiga. Quando somos convidados para um jan rar, não esperamos
pagar por ele. Se somos convidados, não precisamos levar a nossa própria
comida e bebida. Se Deus nos convida, Ele providencia rodas as coisas.
Ü CONVITE
novo do deleite pode ser bebido e o óleo da alegria já está servido. Os ser-
vos dizem: "Todas as coisas já estão prontas! Venham para a grande Ceia!"
A ceia não ficará pronta no futuro, mas já está pronra hoje. A obra foi
terminada e consumada. Hoje, o Senhor nos convida, não nos força a
coisa alguma.
Talvez este seja o quadro mais bonito do evangelismo no Novo Testa-
mento. Não saímos para condenar ninguém, mas para convidar as pessoas
para uma festa. Nós estamos felizes e empolgados com a festa e saímos para
contar aos outros que eles também foram convidados.
Mas os convidados começaram a se escusar e rejeitar o convite. O pri-
meiro se desculpou dizendo que tinha comprado um campo e precisava
vê-lo. Quem compra uma fazenda e só depois vai vê-la? É mentira. Escava
apenas rejeitando a festa.
O segundo convidado disse que tinha comprado cinco juntas de boi e
precisava ir experimentá-las. Quem compra um carro e só faz o cesc-drive
depois? É uma desculpa esfarrapada.
O terceiro disse: ''Acabei de me casar e por isso não posso ir". Talvez
você pense que a lua de mel seja uma boa desculpa, mas não é. Tudo de-
pende de quem o está convidando. Dependendo de quem convida, você
até muda a data do casamento.
A IRA DO SENHOR
A CASA CHEIA
pobres sempre se empolgam quando são convidados para uma festa. Pode
ter certeza de que eles aceitam o convite.
Os aleijados, cegos e coxos nunca são lembrados, porque eles mesmos
nunca achariam o caminho na sua cegueira e nunca chegariam à festa, pois
são aleijados, mas eles têm um lugar na grande ceia. Quem são as pessoas
que o Senhor mandou que convidássemos? Tenha isso em mente quando
der o convite a alguém.
Em termos espirituais, todos nós éramos cegos ou aleijados e coxos, mas
enquanto comemos do pão da festa, somos sarados. Aquele, porém, que se
acha rico não quer ir à festa. Aquele que pensa que seu andar é perfeito e
sem pecado não aceita o convire. Aquele que prestune que pode ver rodas
as coisas na sua sabedoria humana está perdendo a maior de todas as festas.
Os servos dizem ao senhor que a casa estava cheia, mas ainda havia
lugar. Claro que havia lugar, pois sempre há um lugar para aquele que
aceita o convire e deseja participar da festa.
O senhor, então, manda que os servos saiam pelos caminhos e atalhos
e obriguem rodos a entrar para que a casa fique cheia. Para aqueles que
não têm visão de uma grande igreja saiba que a vontade do Senhor é que
a casa esteja cheia. A vinda do reino depende da casa se encher.
A palavra "obrigar" parece forte, mas, na verdade, a graça do Senhor
nos constrange. Somos tão ricamente abençoados que não temos outra
opção senão aceitar o seu convire. Seja lá como for que Ele nos obriga, isso
é feito por meio do seu amor e graça.
É um faro que alguns vêm pela dor, enquanto outros vêm pelo amor.
Mas, no fim, não é o Sen hor que produz a dor, todavia Ele sempre envia
os seus servos para curar a dor que outros causaram. Somenre o amor é
irresistível, não a dor.
O prazer do pecado pode satisfazer por um momento, mas a ceia do
Rei satisfaz para sempre. Aquele que vem a mim nunca terá fome e aquele
que crê ein mim nunca terá sede, disse Jesus.
A MESA oo R.Er
Um quadro maravilhoso da festa do Rei está descrito em 2 Samuel 9.
Ali lemos da história de Davi e Mefibosere.
A GRANDE CEtA 75
Mas Deus não fez uma aliança com o homem? Sim, porém Ele fez
com o homem perfeito, Cristo. Todos nós estamos em al iança com Deus
apenas em Cristo.
Assim, Davi, representando o Pai, e Jônaras, o dom de Deus, represen-
tando a casa de Saul, ou seja, o homem caído, estão aliançados . Jônatas
76 O PÃO DOS FI LHOS - 2 1 DIAS PARTI NDO O l'ÁO
Jônaras, filho de Sau1, rinha um filho aleijado dos pés. Era da idade
de cinco anos quando de Jeueel chegaram as norícias da morre
de Saul e de Jônaras; cnráo, sua ama o romou c fugiu; sucedeu
que, apressando-se ela a fugir, ele caiu c ficou ma nco. Seu nome
era Mefibosere. (25m 4.4)
U D eus Oo l.J-3, 14), mas Ele veio à terra como ho mem. Ele é Filho
de D eus e filho d o ho mem. A Bíblia diz que "to rnando-se em
semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se
humilho u, tornando-se obedienre até à morte e morre de cruz" (Fp 2.7-
8). Ele deixou a sua glória e os poderes divinos e tornou-se homem. Isso
significa que, como qualquer o utro ser humano, Ele tinha sentimentos,
dores e tenrações, mas nunca pecou.
Se o Senho r Jesus tivesse vindo ao mundo como D eus, então Ele não
teria sido capaz de morrer na cruz po r nossos pecados, po rque D eus não
pode morrer. Mas, fazendo-se homem, Ele se fez mortal. Ele veio como
homem e sofreu como ho mem. O sangue, o suor e as lágrimas eram reais.
A do r era real. A morre foi reaL
A SEPARAÇÃO DO pAI
Então, a Jesus foi dada uma escolha: beber o cálice de nossos pecados ou
voltar para casa, para a glória. Se Ele rejeitasse o cálice, o Pai lhe traria para
casa, e rodos nós iríamos para o inferno por causa do nosso pecado. Mas
Jesus nos amou canto que ficou. Ele bebeu o cálice de nossos pecados até
o fim. Ele percorreu rodo o caminho por nós, rodo o cam inho até a cruz.
te dê a paz" (Nm 6.25). Jesus pagou o preço para que Deus possa sempre
sorrir para você.
o PAI CHOROU
Deus virou as costas para o seu Filho porque Ele teve de puni-lo por
nossos pecados. Ele é o juiz do universo. Mas, como Pai, eu creio que Ele
chorou. É por isso que no filme A Paixão de Cristo há nesta parte uma
lágrima que cai do céu.
Paulo diz que o sacrifício de Jesus foi de aroma suave ao Pai (Ef 5.2).
Sim, como Deus e juiz, D eus teve de virar as costas para o seu Filho, por-
que seus olhos são muito puros para conremplar o mal e o pecado (Hc
1.13). Mas, como Pai, seu coração estava quebrado, porque Cristo nunca
foi mais agradável a Ele do que naquele momenro. O Senhor Jesus sabia
que o Pai o amava porque Ele dava a sua vida.
Por isso, o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassu-
mir. N inguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente
a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la.
Este mandatO recebi de meu Pai. Oo 10.17-1 8)
Não sei quantas vezes o Senhor Jesus foi chicoteado, mas foi o sufi-
cienre para expor os ossos em suas costas. O Salmo 129.3 diz: ".S obre o
meu dorso lavraran1 os a radores; nele abriram longos sulcos". O Salmo
22. 17 diz: "Posso contar rodos os meus ossos; eles me estão olhando e
encarando em mim".
A Bíblia diz que, "pelas suas pisaduras, nós fomos sarados" (Is 53.5).
Jesus romou cada um desses açoites terríveis porque Ele teve de pagar o
preço rotal para a nossa saúde. Por essas pisadu ras, o câncer morreu. Por
essas pisaduras, a asma do seu filho foi derrotada. Por essas chagas, somos
saudáveis e forres!
UM SINAL DE AMOR
H á uma imagem muito bonita do que Jesus fez por nós escondida na lei
do escravo hebreu. D epois que D eus deu a Moisés os D ez Mandamentos
em Êxodo 20, Ele deu uma lei sobre os escravos em Israel.
Um escravo hebreu só podia servir a seu senhor por seis anos, no sétimo
anos ele saia livre. Se tivesse se casado e rido filhos nesses seis anos, ele não
poderia levar a sua esposa e filhos jumo quando saísse. Sua esposa e filhos
perrenciam ao seu senhor. Esta era a lei.
Mas se o servo dissesse: "Eu não quero sair livre, mesmo que esse seja
o meu d ireito, porque eu amo meu senhor, minha esposa e meus filhos" .
Então, o seu senhor o levava diame dos juízes de Israel e aquele escravo
tinha a sua orelha furada na porra da casa. Ao fazer isso, seu sangue seria
derramado na porra.
Sua orelha furada serviria como um sinal para os outros de que Ele era
agora um escravo por opção. Ele poderia ter saído livre, mas preferiu ficar
porque am ava o seu senhor, sua esposa e seus filhos. Assim, ele deveria
ficar na casa e servir ao seu senho r para sempre.
Você acha que um servo hebreu iria desistir de sua chance de ser livre
depois de seis anos de escravidão? Talvez. Mas eu não creio que um servo
diria: "Eu amo meu senhor", em primeiro lugar, ames de expressar seu
an1or por sua esposa e filhos. Obviamente, o Espírito Santo tinha alguém
em mente quando Ele menciono u essa lei em Êxodo 21 . Quem você pensa
que é essa pessoa? É claro que se refere a Cristo. Normalmente, aplicamos
esse texto a nós mesmos, mas, na verdade, ele aponta para Cristo. A lei se
torna muito bonita quando conseguimos enxergar o Senhor Jesus nela.
Dessa forma, no Jardim do Getsêmani, Jesus, o Servo (escravo) perfei-
to, optou por não sair livre, mas permanecer na terra, porque Ele amava
84 O PÃO DOS FILHOS - 2 1 DIAS PARTINDO O PÃO
o seu Pai e a sua noiva, a igreja. Por causa disso, Ele foi açoitado e depois
perfurado por uma coroa de espinhos, pregos e a lan ça de um soldado ro-
mano. O escravo hebreu guardava o buraco na orelha como sinal da sua
escolha, mas o Senhor traz. nas m ãos os cravos da cruz. As únicas coisas
feiras pelo homem no céu são as cicatrizes nas mãos, nos pés c no lado de
Cristo. Elas permanecerão para sempre como um sinal de seu aJ110r por
nós. E, quando as virmos, seremos lembrados do quanro Ele nos ama. Ele
não precisava, mas Ele escolheu.
Jesus, o perfeiro Servo, disse: "Eu amo meu Senhor e também amo
minha esposa. Eu não vou sair livre". Isso é o que Ele decidiu no Jardim
do Gersêmani. Sua decisão significava que Ele precisava pagar o preço.
E o preço total foi pago. Por isso, é um erro você pensar que ai nda possui
algum pecado que não foi perdoado. Se você acred ita russo, está dizendo:
"Jesus sofreu, sim, mas não é o suficiente. Eu sei que Ele clamou: "Está
consumado", mas no meu caso é diferente".
O maior insulto a Cristo é crer que seus pecados ainda não foram per-
doados. Ele tomou a plenitude da punição para que você possa desfrutar
da plenitude do perdão. Você está completamente perdoado de roda uma
vida de pecados!
Quando Jesus optou por não ir embora livre, mas permanecer e ser
trespassado na cruz, Ele estava, na verdade, escolhendo permanecer um
homem e um servo para sempre. Essa afirmação pode chocar algumas pes-
soas religiosas; contudo, no céu hoje, Jesus é sempre um homem e sempre
o um Servo. Foi sua escolha. Ele disse: "Eu não vim para ser servido, mas
para servir" (Mt 20.28).
Mas Ele não é o Senhor? Sim, Ele é Senhor e Deus, mas Ele também é
nosso servo. Quando Pedro se recusou a permitir que Jesus lhe lavasse os
pés, o Senhor lhe disse: "Se eu não te lavar, não tens parte comigo" Oo 13.8).
É preciso humildade para permitir que Jesus nos ministre. Queremos
ministrar ao Senhor. Queremos dar ao Senhor. Queremos fazer as coisas
S ENHOR E SERVO 8)
para o Senhor. Queremos real izar grandes coisas para o Senhor. Queremos
contribuir generosamente para o Senhor. Queremos edificar uma grande
obra. Mas nós somos completamente impotentes em nossos recursos. Só
podemos dar aquilo que temos recebido. Porranro, a melhor coisa que
você pode fazer é receber d'Ele.
Um dos criminosos que foi crucificado com Jesus disse de si mesmo e
do ourro ladrão: "Nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o casti-
go que os nossos atos merecem; mas este nenhwn mal fez. E acrescentou:
Jesus, lembra-re de mim quando vieres no teu reino" (Lc 23.40-42).
Mesmo no meio de rodo o seu sofrimento, alguém lhe trouxe alegria ao
coração. Alguém ainda lhe pediu algo ali na cruz, ao que Ele respondeu:
"Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso" (Lc 23.43). O
que alegra o Senhor é quando Ele encontra um pecador disposto a receber
d'Ele. Sua alegria é nos servir. Servir é a natureza do seu coração de amor.
E nós somos o objeto do seu amor.
Eu não sei se houve algum escravo hebreu que optou por não sair li-
vre nos tempos bíblicos. Mas vamos supor que tenha havido um. Agora,
imagine sua esposa acordando no meio da noite. Ela olha para o marido e
se lembra de que, anos atrás, ele poderia ter saído livre, deixando ela e os
filhos para trás, mas ele não quis. E, enquanto ele dorme ao seu lado, ela
vê sua orelha perfurada como símbolo de seu amor por ela para sempre.
Essa mulher deveria se senrir muito amada.
No céu, um dia, nós vamos ver as feridas de Jesus. E vamos nos lem-
brar de que Ele não precisava ter permanecido aqui e ser ferido por nossos
pecados, mas Ele escolheu ficar porque nos ama.
10° DIA
P
rimeiro, nós vimos que um crente pode se separar do favor de D eus,
depois aprendemos o que nos leva a decair desse favor imerecido.
Aprofundando ainda mais, aprendemos que um crente, além de
perder o fc'lvor, pode ainda viver debaixo de maldição. Agora, porém, quero
mostrar que não apenas podemos viver continuamente debaixo do favor
como também podemos ter esse favor multiplicado em nossa vida.
Ü FAVOR MULTIPLICADO
Lembre-se de que o favor é sempre favor imerecido, caso contrário,
não é graça de D eus. Esta é a presente verdade na qual precisamos estar
firmados. O problema acontece quando somos distraídos por verdades
bíblicas, mas que não são a verdade arual, a presente verdade. Pedro diz
que ele está sempre promo para lembrar os irmãos da verdade atual para
que nela sejan1 confirmados .
do Éden, havia uma verdade atual para aquele momento. O Senhor lhes
tinha ordenado: "De roda árvore do jardim comerás livremente, mas da
árvore do conhecimento do bem e do maJ não comerás; porque, no dia
em que dela comeres, certamente morrerás (Gn 2.16-17).
Nós sabemos que Adão caiu e, por causa da queda, a doença veio, a
miséria e a destruição vieram, o envelhecimento e a morre vieram. Todas
essas coisas são inimigas de Deus. Então, Deus liberou a profecia de que
da semente da mulher viria aquele que iria esmagar a cabeça da serpente
(Gn 3.15). Nós sabemos que a mulher não tem a sememe, e sim o homem.
Isso nos mosrra, portanto, que o Messias nasceria da virgem.
Os sécuJos passaram e chegamos a Moisés com o povo de Israel dian-
te do monte Sinai. O povo diz a Moisés: 'Tudo o que o Senhor falou e
nos ordenou nós faremos" (Êx 19.8). Eles nem tinham ouvido os Dez
Mandamentos ainda. A partir desse momento, Deus diz a Moisés que
ninguém deveria se aproximar do monte, e até o animaJ que tocasse no
monte seria morro.
D eus mudou o com do tratamento com o povo. O Senhor não estava
longe do povo em rodo aquele tempo que os conduziu para fora do Egito;
durante o dia, Ele era a nuvem, e à noite, a coluna de fogo guiando a nação.
Em nenhum momento, o Senhor lhes tinha dito para não se aproximar.
Agora, porém, aconteceu aJgo no monte Sinai.
Diante da soberba do povo de pensar que poderia cumprir o man-
damento do Senhor na própria força, diante da justiça própria que eles
demonstravam, Deus resolveu dar a lei com o objetivo de mostrar-lhes a
sua condição pecaminosa. No momento em que a lei é dada, ela se torna
a verdade atuaJ. Era a verdade presente naqueles dias. A verdade de não
comer da árvore do conhecimento já era uma verdade antiga, a verdade
acu;ll agora era a lei.
A lei foi dada por meio de Moisés; mas, mil e quinhentos anos depois,
a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. Hoje, a presente ver-
dade é a Nova Aliança.
não segundo a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os
romei pela mão, para os conduzir aré fora da cerra do Egiro; pois
eles não continuaram na minha aliança, e eu não atentei para eles,
diz o Senhor. Porque esca é a aliança que firmarei com a casa de
Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: na sua mente imprimirei
as minhas leis, também sobre o seu coração as inscrcvc r~i; e cu
serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. E não ensinará jamais
cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo:
Conhece ao Senhor; porque rodos me conhecerão, desde o menor
deles acé ao maior. Pois, para com as suas iniqüidades, usarei de
misericórdia e dos seus pecados jamais me lembrarei. (Hb 8.7-12)
O próprio Deus diz que a Velha Aliança tinha defeito. Deus achou de-
feito num sistema perfeito porque o seu povo é imperfeito. Agora Deus faz
uma nova aliança e Ele mesmo diz que cumprirá rodas as cláusulas dessa
aliança, e não há menção de condições impostas ao seu povo.
Ele diz que vai escrever suas leis em nosso coração. Eu gostaria de poder
colocar dentro do meu filho o desejo de comer brócolis, mas não tenho
esse poder. Deus, porém, pode e é exatamente isso o que Ele fez, colocou
a sua lei dentro de nós. Hoje, nós remos no nosso coração o desejo de
fàzer a sua vontade.
"Eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo." Esta é uma afirmação
poderosa, pois se estivermos doentes, Ele será o nosso Deus e nós teremos
cura. Se estivermos necessitados, Ele será o nosso Deus e nós teremos
plena provisão.
"Todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior", diz o Senhor.
O conhecimento de Deus hoje é intuitivo dentro de nós. Nós podemos
ter comunhão com Ele em nosso espírito. Não importa se somos crianças
ou velhos, cultos ou iletrados, rodos podemos conhecer a Deus.
Por fim,. o Senhor diz: "[ ... ] para com as suas iniqüidades, usarei de
misericórdia e dos seus pecados jamais me lembrarei". Esta é a cláusula que
torna possível rodas as outras. Debaixo da lei, o Senhor disse que visitaria
a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e a quarta geração, mas agora
Ele não se lembra mais de nossos pecados. Enquanto Deus se lembra, Ele
julga, mas agora não h á mais lembrança de nenhum dos nossos pecados.
Ü FAVOR PODE SER M U LTII'LICADO 91
Isso significa que não há mais condenação sobre nós e nem sobre os nossos
filhos e netos.
Qual é a parte do homem na Nova Aliança? Ele não rem de fazer coisa
alguma, apenas crer. O justo viverá pela fé.
Por que muitos não conseguem crer que a lei foi escrita em nossos co-
rações? Por que não conseguem crer que Deus é o seu Deus no meio da
necessidade? Por que pensam que não podem conhecer o Senhor? Tudo
isso é porque não creem que o Senhor se esqueceu do seu pecado. Infeliz-
mente, muitos crentes ainda vivem debaixo de condenação acreditando
que o seu pecado está sempre diante de Deus. Por causa disso, vivem na
expectativa do juízo, e não na expectativa da bênção.
A PORÇÃO DOBRADA
Pedro diz que, uma vez que estamos firmados nessa presente verdade,
a graça pode ser multiplicada sobre nós. Creio que um grande exemplo
de graça multiplicada é a experiência de Eliseu, que recebeu uma porção
dobrada da unção de Elias.
El ias lembra João Batista, e Eliseu rip ifica o Senhor Jesus. Na verdade,
o nome Eliseu em hebraico é Eliysha, que significa "Deus é salvação", um
sentido semeU1ante ao do nome Jesus, que significa "Jeovah é salvação".
Todos os milagres de Eliseu, exceto um, são milagres de graça. Também
rodos os milagres do Senhor são de graça, exceto a maldição da figueira.
Por outro lado, rodos os milagres de Elias são de juízo. Na primeira vez
que ele aparece, já decreta três anos de seca em Israel por causa do pecado do
povo. Elias tipifica o juízo, enquanto Eliseu tipifica a graça do Senhor. As-
sim como João Batista precedeu o Senhor, assim Elias veio antes de Eliseu.
·Elias viveu uma vida de ascetismo, isolado no deserto, vestido de pelos
de can1clo e com os cabelos longos. Eliseu, ao contrário, era um profeta
acessível. Ele ministrou entre leprosos, viúvas, reis e soldados.
A Palavra de Deus declara que Eliseu teve a unção de Elias dobrada.
Como Eliseu pôde experimentar essa bênção? Já ouvi rodo tipo de inter-
pretação sobre isso, mas hoje quero mostrar que esses dois profetas repre-
semam duas alianças, e como Eliseu ceve a porção dobrada, hoje, na Nova
Aliança, podemos ter a bênção, o favor e a unçáo dobrada.
92 O PÃO DOS FILHOS- 21 DIAS PARTINDO O PÃO
A primeira condição de Elias foi que Eliseu o visse: "Se me vires quando
for tomado de ti, assim se te fará". Tudo é uma questão de ver a Cristo. Se
os nossos olhos se abrem, então podemos receber a sua bênção. Ver Cristo
glorificado e receber a unção são coisas que caminham juntas.
a separação do Pai. Esse foi o seu clamor na cruz para que hoje possamos
clamar: "Aba, Pai!"
Quando você clan1a "Pai", você está assumi ndo a posição de herdeiro.
Somente como herdeiro podemos enuar na posse da promessa. Foi isso
o que o Senhor disse em Jeremias 3. Perdemos a mais formosa herança
quando não o reconhecemos como Pai.
A VERDADE ÚLTIMA
eus reaLnente nos ama. Ele ama nos curar, restaurar e salvar. Ele
Deus não pôde achar em lugar algum um ho mem que pudesse fazer
a redenção, pois em rodo o homem há pecado. Mas, por fim, a virgem
engravidou. A semente de D eus foi colocada na mulher.
O Senhor Jesus não tinha a natureza do pecado. Não houve san-
gue humano na geração de Cristo. A placenta no útero alimenta o
bebê e elimina os dejetos, mas não participa do sang ue do bebê.
Nem Maria nem José tiveram qualquer participação na natureza de
Cristo. Ele nasceu para ser o Cordeiro perfe ito para o sacrifício pelos
nossos pecados.
Na cruz, sua justiça foi satisfeita de tal maneira que, se hoje Deus rejei-
tasse um pecador, Ele estaria d izendo que o sacrifício de Cristo foi in útil.
Ele teria de se desculpar com Cristo, mas Deus nunca pede desculpas pela
simples razão de que Ele nunca comete erros. Dessa form a, pela cruz, a
justiça de D~us é g randemence realçada. Como ju iz, Deus nunca poderia
deixar o pecado impLme, mas, em Cristo, Ele mesmo pagou pelo pecado
em nosso lugar.
Agora, está angustiada a minha aJma, e que direi eu? Pai, salva-
-me desra hora? Mas precisamente com este propósito vim para
esta hora. Qo 12.27)
Em João 12, o Senhor diz que a sua alma está angustiada, mas, em
momento algum, Ele pede ao Pai para livrá-lo da cruz. Na verdade, Ele diz
que foi precisamente para isso que veio. No entanto, em Mateus 26,39,
lemos que, no Gersêmani, novamente o Senhor se angustiou e orou para
que o Pai passasse d'Eie aquele cálice.
98 O PÃO DOS FILHOS - 21 DlAS PARTINDO O PÃO
Ele, Jesus, nos dias da sua carne, rendo oferecido, com forte clamor
e lágrimas, orações e süplicas a quem o podia livrar da morre c
rendo sido ouvido por causa da sua piedade. (Hb 5.7)
Esse clamor certamente não foi para ser livrado da morte na cruz,
pois, nesse caso, não teria sido ouvido. Foi, então, numa outra ocasião.
A única outra ocasião foi no Getsêmani. Podemos co ncluir que, naquele
momento em que suava sangue, o Senhor estava morrendo. Ele, então,
clamou ao Pai para livrá-lo da morte naquele instante, pois deveria mor-
rer na cruz. Nesse caso, faz sentido concluir que Ele foi livrado daquela
morre no Getsêmani para que pudesse cumprir sua missão morrendo
por nós na cruz.
Isso nos dá um quadro maravilhoso do nosso salvador. Ele não esta-
va pedindo para ser poupado da cruz. Ele estava, na verdade, pedindo o
contrário. Ele não queria morrer antes de chegar ao Calvário. É como se
Ele dissesse: "Eu vim para morrer na cruz. Não posso morrer aqui antes
de cumprir minha missão. Livra-me dessa morre para que eu entregue na
cruz a minha vida".
É importante também entendermos que, quando o Senhor perguntou
se era possível passar d'Ele o cálice, na verdade, estava perguntando se havia
alguma outra possibilidade, alguma outra maneira de salvar o homem. A
resposta do céu foi definitiva: o homem não pode ser salvo por suas boas
UM SALVADOR FELIZ DE NOS SALVAR 99
Pois, ranro o que santifica como os que são santificados, rodos vêm
de um só. Por isso, é que ele não se envergonha de lhes chamar
irmãos (Hb 2. 11 )
Veja que esse que se vendeu escava debaixo da maldição da lei. Em Deu-
teronômio 28, lemos que, quando eles não guardavam a lei, o resultado era
pobreza e escravidão ao estrangeiro. Veja que ele não era bom e nem justo,
não merecia ser resgatado, no entanro um irmão que se compadecesse dele
poderia resgatá-lo, ou seja, pagar o preço pela sua liberdade.
Nenhum de nós escolheu ser parente de ninguém, mas o Senhor esco-
lheu ser o nosso parente próximo.
UM BOM PASTOR
O Senhor não é apenas o salvador, mas um salvador que nos salva com
amor. Se o pasror da centésima ovelha fosse um salvador mal-humorado,
o resgate da ovelha teria um sentido completamente diferente.
No fim do dia, o pastor percebe que uma ovelha se perdeu. Muiro con-
trariado, sai para procurá-la. Quando a encomra, qual a primeira palavra
que ele diz? "Olha o trabalhão que você me deu! Na hora de entrar para
jantar, tive de sair de casa no meio da escuridão para encontrá-la. Que
vergonha!" Ele a pega nos ombros, mas muito contrariado, lamenta como
ela está pesada. No caminho, vai lembrando a ovelha de como está sendo
difícil salvá-la. Quando chega à sua casa, ele faz como diz um cerro livro,
UM SALVADOR FEI.IZ D E NOS SALVAR 1Ü 1
quebra a perna da ovelha e diz: "Isso vai doer mais em mim do que em
você, mas vou quebrar a sua perna para o seu bem". O difícil é a ovelha
acreditar nisso. Ela vai declarar o Salmo 23 dizendo: "O Senhor é o meu
pastor e Ele vai quebrar a minha perna".
O Senhor não é um salvador assim. Ele está feliz de encontrar a ovelha.
Quando chega à sua casa, Ele dá uma festa por tê-la achado. Ele não fica
todo o tempo lembrando de como você é uma ovelha problemática, mas
Ele é um salvador fel iz por salvá-lo.
Nunca pense que Deus desistiu de você porque você caiu tantas vezes
que Ele perdeu a paciência. Não deixe que o maligno lance nenhuma
dúvida sobre o quanto Ele pacientemente o ama e o traz de volta para os
seus braços.
Foi mais trabalhoso salvar o homem do que criar o universo. Para criar
todas as coisas, bastou que Deus dissesse, liberasse a ordem, e todas as coi-
sas se fizeram. Mas, para salvar o homem, fo i preciso derran1ar o sangue
sem pecado.
Obter tal sangue foi muitíssimo mais difícil do que criar o universo.
Para criar o universo, bastou Ele dizer: "Haja luz!" E rudo veio a existir.
Mas, para realizar a redenção, foram necessárias as riquezas da graça de
Deus. Não seria possível apenas dizer: "Haja a redenção!" O cam inho da
redenção foi muito mais difícil.
Foi necessário que o Espírito Samo gerasse o redentor. Mas, antes, Ele
teve de encontrar a virgem apropriada para concebê-lo. Quanta graça foi
necessária para que o Deus infinito ficasse nove meses no venere de uma
mulher! Quanta graça foi necessária para o próprio Deus, que é santo, vir
habjtar no meio de pecadores e se chamar Deus conosco, Emanuel!
Ele se entregou aos que vieram prendê-lo. Poderia ter pedido ao Pai
que enviasse doze legiões de anjos para resgará-lo, mas absteve-se de fazê-
-lo (Mt 26.53) . Quanta graça fo i necessária para esse Deus ir para a cruz
sofrer tanta humilhação e vergonha! Quanta graça precisou ao ouvir o
povo dizendo que escolhia a Barrabás! Depois de preso, foi julgado diante
do sumo sacerdote, de Pilaras e de Herodes. Foi, então, prega4o na cruz e
permaneceu dependurado lá por seis horas, das nove da manhã às três da
tarde. Que grande graça foi necessária para tudo isso!
Quanta graça foi necessária para entrar na morre, ser condenado no
lugar do homem, ser levado ao inferno e depois ressuscitar! A redenção foi
um trabalho mais pénoso e mais difícil que a criaç.1.o de rodo o universo.
Por causa das riquezas da graça de Deus, nós somos hoje feiras filhos de
Deus pela redenção do seu sangue.
A ostra é um animal impuro para um judeu, por isso eles não usam
pérolas, porque procedem da impureza. Mas o Senhor Jesus se fez essa
ostra enviada do céu. Nesse sentido, Ele se fez semelhante ao pecado, mas
sem nunca pecar.
Ele se fez essa ostra enviada do céu para o mar de morte deste mundo.
Deus, então, pegou você, wn simples grão de areia, e o inseriu na ostra. A
ostra foi ferida e você foi enxertado nela como grão de areia. A vida da ostra
começou a segregar uma substância de vida ao redor desse grão e, depois
de algum tempo, ele é transformado numa pérola. Nós estamos nesse pro-
cesso de transformação. Aquele que começou a boa obra vai completá-la.
Nunca duvide do seu amor paciente que nunca desiste.
A VIDA PELA FÉ ou PELA
A
OBEDIENCIA
O
Novo Testamento declara que o justo viverá pela fé. O nosso
problema é que, em vez de vivermos pela fé, nós nos esforçamos
para viver pela obediência. Em outras palavras, em vez de nos
relacionarmos com Deus com base na fé, nos relacionamos com base em
nossa obediência.
Você não foi chamado para viver pela obediência, mas pela fé. Eviden-
temente, a obediência é muito importante, mas é preciso esclarecer que
ela não é a raiz, mas o fruto da vida cristã. A fé é a raiz. Aquele q ue vive
pela fé pode manifestar obediência, mas aquele que vive com base em sua
obediência nunca consegue ter fé, pelo simples motivo de que ele nunca
pensa ter obedecido o suficiente, ou então, hipocritamente, presume que
cumpre toda a lei c por isso merece a bênção de Deus.
Muitos irmãos, quando acordam pela manhã, olham para si mesmos
buscando ver as áreas em que precisam melhorar ou questionando se Deus
está com eles mesmo depois de terem falhado. Em vez disso, deveriam
acordar rodos os dias e se pergun tar: "Qual a minha fé para esse dia?" A
J04 O PÃO DOS FILHOS - 2 1 DiAS PARTINDO O J>ÃO
pergunta fundamental a cada dia é: "Em que tenho crido?", e não: "Em
que tenho obedecido?"
Quando um irmão está enfermo, qual é o seu questionamento? Ele se
pergunta onde tem errado ou se há pecado não confessado em sua vida. Ao
fazer esses questionamentos, ele está procurando descobrir se tem algum
merecimento. E todas as vezes que procuramos algum merecimenro, nós
caimos na justiça própria, que procede da .lei. O fato de questionarmos
sobre a nossa obediência em vez de declararmos a nossa fé mostra que
ainda estamos debaixo da lei.
Não esrou dizendo que a obediência não é importante. O que esrou
dizendo é que o justo vive pela fé. No momento em que o jusro baseia
sua vida na obediência que rem ou deixa de ter, ele se apoia num terreno
movediço, e o resultado é a queda.
A obediência não é lei quando provém de fé, mas quando confiamos
em nossa obediência para nos relacionar com Deus, então ela se torna lei.
Viver pela lei é viver pelo princípio da justiça própria e do merecimento.
Sempre que nos relacionamos com Deus com base em nosso merecimen-
to, estamos tentando nos aproximar confiados na lei. Paulo diz que isso
é muito grave, porque a lei traz duas terríveis consequências: a maldição
e a incredulidade.
Em primeiro lugar, viver pela lei nos coloca debaixo de maldição. Paulo
diz claramente em Gálatas 3 .1 Oque "rodos quantos, po is, são d as obras da
lei estão debaixo de maldição".
Pare com a introspecção, pare de remar encontrar em si mesmo alguma
virtude ou mérito para se apresentar diante de Deus e receber a bênção.
A VIDA l'lll.A FÉ OU PELA OllF.Oif!NCIA 105
Apenas creia que você é justiça de Deus em Cristo. Você não é justo porque
obedece, mas porque crê na obra consumada do Senhor Jesus.
Aqueles que vivem pela lei precisam entender que somente serão aceitos
por Deus se cumprirem rodos os mandamentos. Se quebra·r apenas um,
será culpado de rodos. Como nenhum homem consegue cumprir a lei, o
resultado é a maldição da desobediência descrita em Deuteronômio 28.
Se você vive pela obediência da lei, lembre-se de que somente poderá
ser abençoado se cumprir rodos os mandamentos. Não adianta se esforçar
para cumprir alguns ou se desculpar pela sua boa intenção. Se quebrar um
único mandamento, será amaldiçoado.
Em Gálatas 3.1 O, Paulo diz claramente que aquele que não permanece
em rodas as coisas escritas no Livro da lei para praticá-las será amaldiçoado.
O resultado de quem rema viver pela lei é sempre maldição. É triste, mas
esta é a razão por que muitos crentes ainda padecem debaixo de maldição.
Todavia, quando emendemos que o justo vive pela fé, já não olhamos
para nós mesmos remando achar mérito, mas confiamos que C risto já
cumpriu as justas exigências de Deus, então nós descansamos, porque já
somos jusros pela fé em Cristo.
Você é quem escolhe a forma como quer se relacionar com Deus. Você
pode se relacionar baseado na lei, na qual terá de esforçar-se rodo o tempo
para merecer a bênção pela obediência, ou você escolhe se relacionar pela
fé. Pela fé, nós declaramos que Cristo se tornou a nossa justiça e hoje nos
achegamos ao Pai confiados unicamente na justiça d'Eie, e não na nossa.
No início do seu ministério, o Senhor foi a Nazaré. Ali Ele entrou numa
sinagoga e leu Isaías 61. Ao terminar o texro, Ele disse: "Hoje, se cumpriu
a Escritura que acabais de ouvir". Todos ficaram surpresos perguntando
se não era Ele o fi lho de José. Mas eles ficaram furiosos quando o Senhor
lhes disse:
Por que eles ficaram tão irados? Aquela viúva não era judia, era fenícia.
Naamã também não era de Israel, mas da Síria. Eles não tinham participa-
ção nas promessas de Israel, mas mesmo assim foram os únicos abençoados.
Eles não mereciam, mas mesmo assim receberam.
O Senhor deu um exemplo de provisão e cura para duas pessoas que não
eram de Israel. O que o Senhor queria dizer com isso? Ele estava dizendo
ao povo: "Não pensem que vocês merecem. Quando você reconhece que
não merece, mas mesmo assim vem a Deus para receber, como Naamã e
a viúva fizeram, então você obtém o que está pedindo. Nunca confie no
quão bom ou obediente você é para merecer a bênção de D eus.
Mas se estamos livres da lei , será que podemos agora fazer o que qui-
sermos? C laro que não! Fazer o que quer é também um tipo de escravidão.
Fomos libertos da lei porque agora temos o Espírito habitando em nós
para nos guiar. Quem vive pela lei se guia pelo cerro e o errado, mas quem
é gu iado pelo Espírito segue a vida de Deus.
O problema daqueles que vivem pela lei é a hipocrisia de pensarem que
cumprem a lei. Eles podem, na verdade, cumprir alguns mandamentos,
mas não cumprem rodos. Veja o mandamento de amar o próximo como
a si mesmo. Será que há entre nós alguma mãe que cuida dos filhos do
vizinho como cuida dos seus próprios? É evidente que não. Todo pensa-
mento de merecimento é hipocrisia e engano.
Todo crente deveria estar debaixo da bênção, mas quando escoU1e viver
pela lei, o resultado é maldição. O livro de Gálatas foi escrito para crentes,
portanto os crentes podem ainda padecer debaixo de maldição. Mas veja
bem que o problema não é o pecado, e sim a justiça própria, o desejo de
se justificar diante de Deus para merecer a bênção.
João diz que Abel era justo e Caim era maligno. Mas o que Abel fez
para ser chamado de justo? Ele apenas confiou no sangue para se apresen-
tar diante de Deus. Se confiamos no sangue, Deus nos vê como justos.
Caim não ofereceu o sangue, mas o fruto da cerra. Na Palavra de Deus,
a lavoma simboLiza o trabalho e o esforço humano (Gn 4.2). O fruto da
cerra é o fruto daquilo que está debaixo de maldição. Ao oferecer a Deus
do melhor de sua lavoura, Caim estava oferecendo a Deus as suas boas
obras e a sua justiça própria. Sabemos que isso é inaceitável diante de Deus.
Ao oferecer do fruto da cerra, Caim escava oferecendo algo a Deus sem
derran1amento de sangue, de acordo com o seu entendimento próprio.
Isso significa que ele rejeitou o caminho da redenção de Deus que tinha
aprendido de seus pais.
Caim inventou a sua própria religião com sua própria maneira de agra-
dar a Deus. Ele seguiu o seu próprio conceito do que deve ser cerco ou
errado. Oferecendo algo sem derramamento de sangue, escava se assumindo
justo diante de Deus. Se a nossa justiça não é procedente da fé, então não
somos aceitáveis diante de Deus.
E ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei,
senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de
Deus, baseada na fé. (Fl 3.9)
Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte
de Deus, sabedoria, e justiÇ<'l, e santificação, e redenção. (1 Co 1.30)
João diz que Caim matou o seu irmão porque as suas obras já eram
más. O que é ter obras malignas? É confiar na justiça própria. Quando
confiamos na justiça própria, inevitavelmente todas as obras da carne aca-
barão se manifestando.
Mas será que isso significa que basta assum ir que sou pecador para
receber a bênção de Deus? Reconhecer-se pecador é o primeiro passo; de-
pois disso, precisamos reconhecer que Cristo se fez pecado por nós para
que agora possamos ser feitos justos diante de D eus. Dessa forma, nos
108 O PÃO DOS FILHOS- 21 DIAS PARTINDO O PÃO
achegamos confiados que fomos feitos justos pelo sangue da cruz. Con-
fiamos no merecimento de C risto, e nunca em nosso próprio.
Por que D eus está feliz? Porque Ele está satisfeito com a obra do seu
Filho Jesus Cristo na cruz do Calvário. Ele é feliz quando assumimos que
somos pecadores e nos achegamos unicamente confiados na obra de Cristo.
Quando o Senhor estava na terra, muitas pessoas vieram a Ele. Alguns
vieram para ouvi-lo como mestre. Eles o viam como superstar e talvez qui-
sessem saber o seu segredo para fazer tantas curas e atrair ramas multidões.
Se fosse hoje, muitos viriam para pedir autógrafos ou tirar uma selfie ao
seu lado. Eles o viam como mestre, mas não como salvador.
Se você está se afogando no mar e vê alguém na praia, você espera que
ele seja o seu salvador, o salva-vidas. Mas talvez ele lhe diga: "Você já leu
meu livro Como aprender a nad4r em dez lições?' Isso obviamente não faz
11 Ü O PÃO DOS FI LI lOS- 2 I DIAS PARTINDO O PÃO
nenhum sentido. O Senhor não é resposca para aqueles que o buscam como
um mestre o u como modelo. Evidentemente, Cristo é o maior mestre e o
mais perfeito modelo, mas vê-lo assim não irá salvá-lo.
Para rodos aqueles que vieram a Ele como m estre, o Senhor deu ensinos
que eles jamais seriam capazes de cumprir; porém, para aqueles pecadores
que vieram não para aprender, mas para ser salvos, Ele revelou o seu·amor
e profunda compaixão.
Se você d iz que não rem pecado, o Senhor não pode fazer coisa alguma
em sua vida, pois Ele é o salvador dos pecadores. Somente pecadores são
recebidos pelo salvador. Se você diz que é completamente pecador, Ele lhe
diz que é completamente salvador, mas se você diz que é apenas parcial-
mente pecador, Ele será apenas parcialmente salvador. Tudo depende de
como você se apresenta.
O que faz D eus feliz é quando os pecadores vêm a Ele. Quando Ele
pode perdoar os pecados pela obra da cruz, pelo sangue de Jesus, en rão Ele
é fel iz. Q uando nos julgamos justos e merecedores, nós entristecemos a
Deus, mas quando nos achegamos confiados apenas nos méritos de C risto,
nós podemos contem plar a glória do Deus feliz.
MALDI ÇÕES EM CRENTES
E como Abraão foi abençoado? Ele foi chamado amigo de Deus, era
rico e próspero, viveu quase 150 anos e ainda teve mais filhos no segundo
casamento com Quetura. Ter a bênção e o favor de Deus é a coisa mais
importante na vida. Quando você é abençoado, ninguém pode pará-lo ou
resistir-lhe. Talvez você não seja o mais esperto, inteligente e nem o mais
bonito ou habilidoso, mas se a bênção está sobre você, tudo ao seu der-
redor vai convergir para promovê-lo e colocá-lo numa posição de honra.
Lembre-se d~ que a mão de nenhum homem é grande o suficienre para
parar a mão de Deus.
Assim, a vonrade de Deus é que sejamos abençoados, mas se delibera-
damente resolvemos ainda viver segundo o padrão da lei, então a maldição
vem sobre nós. Não é que Deus nos amaldiçoa, mas se decidimos viver pela
lei, devemos cumprir todos os mandamentos, caso contrário, a maldição
MAJ.OIÇÓES EM CRENTES 113
virá. Tiago diz que aquele que quebrar um único mandamento da lei é
culpado de todos eles (Tg 2.10).
Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debai~o de maldição;
porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em
rodas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las. (Gl 3.1 O)
Assim, os que são da fé são abençoados, mas os que são das obras da
lei esrão debaixo de maldição. Se você vive pelo favor imerecido, você é
abençoado, mas se decide viver pelas obras da lei, pelo favor merecido, pela
justiça própria, você mesmo se coloca debaixo de maldição. No momento
em que você rema viver a santificação ou obter justiça baseado nas obras
da lei, você se coloca debaixo da maldição.
Escolher viver pela graça ou pela lei é escolher viver debaixo da bênção
ou debaixo de maldição. Se vivemos pela graça do evangelho, já não so-
fremos maldição, pois Cristo se fez maldição em nosso lugar.
Isso significa que a bênção está sobre nós, e não sobre o lugar onde
estamos.
As maldições incluem áreas como sua saúde, sua família, sua provisão
e sua paz.
Esta é a descrição de doenças crônicas que duram toda uma vida. Mas
Cristo nos resgatou de todas essas maldições. Não estamos mais debaixo de
nenhuma dessas maldições da lei. Aquele, porém, que escol he viver pelas
obras da lei está ainda sujeito a elas.
Ser levado cativo é estar preso por drogas, álcool e coisas afins. Tudo
isso é maldição, mas nós fomos liberros delas.
Todas as vexes que resolvemos nos relacionar com Deus com base em
nossa performance, em nosso mérito ou em nossas obras, nós decaímos
para a lei e nos separamos da graça de D eus. E, uma vez que nos separamos
da graça, sujeitamo-nos novamente às maldições da lei.
Só existe duas possibilidades: ou vivemos pela graça ou confiamos na
lei. Se não dependemos do favor imerecido, nós caímos para a lei. Não
podemos viver pela fé e pelas obras ao mesmo tempo. Esses dois princípios
de vida são como água e óleo, não podem se misturar.
Esta é a razão por que mu itos crentes não são abençoados, eles ainda
vivem confiados no mérito da lei. Não dependem de fé, mas de obras de
justiça. E, pelo contexto de Gálatas, nós sabemos que a fé aqui é a justi-
ficação por fé, é a confiança absoluta na obra de Cristo realizada na cruz.
Minha justiça é apenas um dom que eu recebi, e não uma virtude que eu
conquistei pela minha obediência aos mandamentos.
O Senhor lhes perguntou: "Vocês creem que eu posso fazer isso?" Ele
não os exortou, dizendo: "O que vocês têm olhado?" A graça depende de
fé, mas a lei é a confiança nas próprias obras e méritos.
Em Mateus 15, o Senhor disse a mesma coisa à mulher siro-fenícia.
Para que ela recebesse o milagre, apenas a fé foi necessária.
Enrão, lhe disse Jesus: 6 mulher, grande é a rua fé! Faça-se con-
tigo como queres. E, desde aquele momento, sua filha ficou sã.
(Mt 15.28)
Essas pessoas não eram perfeitas. Certamente tinham pecados. Elas não
receberam o milagre com base em quão santas eram. É claro que a santi-
dade glorifica o Senhor, mas não é a razão para a bênção. Na verdade, a
bênção é que produz santidade, pois é a bondade de Deus que nos conduz
ao arrependimenro (Rm 2.4).
O Senhor nunca diz: "Grande é o meu poder!" Mas Ele disse à mulher
que a fé dela era grande.
Em Lucas, falando do leproso curado que voltou para agradecer, mais
uma vez o Senhor mostra que a única condição é fé.
Enráo, lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai-te em paz. (Lc 8.48)
fé conseguem ter. Mas quando entendemos que a nossa justiça é pela fé,
espontaneamente nos colocamos na posição de receber a bênção.
Diante da importância da fé, os discípulos pediram a Jesus que lhes
aumentasse a fé.
O Senhor torna as coisas ainda mais fáceis para nós. Não precisamos
de uma grande fé. Se rivermos fé como um grão de mostarda, que é a
menor das sementes, isso será suficieme para recebermos o milagre de
D eus. Precisamos apenas usar a fé que temos.
Que tipo de vida você deseja? Uma vida de performance ou uma
vida de fé? Não precisamos mais viver debaixo de maldição. No entanto,
existe uma condição para a bênção: crer na justiça que procede da fé.
Quanto mais confiamos em nossa obediência aos mandamentos, mais
maldição nós vemos.
Não escolha viver um tipo d e vida que foi amaldiçoado pelo Se-
nhor Jesus.
figueira não rem esses primeiros figos remporãos, isso demonstrava que,
seis semanas depois, não haveria figo nenhum.
O que representam as folhas de figueira? Para compreendermos
isso, precisamos recorrer ao princípio da primeira menção. As folhas
da figueira foram mencionadas pela primeira vez quando Adão e Eva
remaram fazer cimas para si (Gn 3.7). Elas simbolizam a obra humana
procurando ter justiça própria diante de Deus. É um esforço humano
para remar cobrir o pecado sem o sangue. A figueira com folhas sem
fruros foi amaldiçoada por Jesus.
O Senhor fez muitos milagres, mas rodos eles foram obras de graça e
misericórdia, apenas um foi milagre de maldição: o da figueira com folhas
sem fruros. Isso certamenre tem uma grande importância para nós. Quan-
do o Senhor amaldiçoou a figueira, na verdade, Ele estava amaldiçoando
a justiça própria, o tentar se justificar pelas obras da lei.
Nós estamos debaixo da bênção, mas se decidirmos confiar em nossos
méritos e obras da lei, estaremos nos posicionando segundo um estilo
de vida que foi amaldiçoado por Jesus. Não faça isso. Permaneça na
posição da bênção.
A bênção e a maldição estão relacionadas ao nosso emendimenro da
lei c da graça. Depois que somos justificados pela fé, podemos viver como
vencedores ou derrotados. Se pensamos que agora a vida cristã deve ser
vivida no esforço e no merecimento da lei, então viveremos como derro-
tados, mas se cremos que a santificação também é graça mediante a fé,
seremos vencedores.
Apenas lembre-se disso: aqueles que querem viver pela justiça da lei
precisam cumprir rodos os mandamentos; se quebrarem apenas um, serão
amaldiçoados. Mas aquele que vive pela justiça de Crista não pode mais
viver debaixo de maldição, pois ele é abençoado por causa da obed iência
de C risto, e não por causa da sua justiça própria.
NÃo HÁ MAIS MALDIÇÃO
F
ico triste quando vejo crentes colocando ferradura atrás da porta ou
trazendo para casa plantas como aquela chamada comigo-ninguém-
-pode. Vivem assustados com medo de maldições, mal olhados e
pragas de todo o tipo que possam vir sobre eles. Há aqueles que vivem
quebrando maldições passadas, mas parece que a maldição nunca os dei-
xa. Não vivem com a expectativa da bênção, mas com o temor do juizo.
Certamente, não essa a vida que o Senhor tem para nós.
A primeira coisa que precisamos dizer a respeiro de Balaão é que ele era
um profeta profissional, ou seja, profetizava por dinheiro. Certamente, ele
também não tinha um coração para Deus, pois Pedro diz que ele amou o
prêmio da injustiça.
As afirmações feitas por Balaão são maravilhosas. Primeiro, ele diz que
Deus já abençoou a Israel e isso não pode ser revogado, pois D eus não é
homem para que minta e nem filho de homem para que se arrependa. Se
isso era verdade na Velha Aliança, muito agora. Uma vez q'ue D eus disse
que somos perdoados e justificados em Cristo, isso não pode mais ser re-
vogado. Alguns acreditam que suas muitas quedas e pecados podem fazer
Deus mudar a sua aliança, mas isso é mentira do maligno. O Pai pode
discipliná-lo, mas jamais irá mudar a aliança feita na cruz (Hb 6.13-20).
Essa afirmação de que Deus não é homem para que minta é frequen-
temente usada de forma negativa referindo-se ao julgamento de Deus. Há
aqueles que gostam de dizer isso em relação ao nosso pecado, afirmando
que, se Deus não julgar esta geração, terá de se desculpar com os morado-
res de Sodoma e Gomorra. Mas o contexto desse versículo é justamente o
plano de Deus de nos abençoar.
Depois, no verso 20, Balaão diz que ninguém pode revogar a bênção
que Deus liberou. A bênção de Deus sobre a sua vida não pode mais ser
revertida. Ele decidiu nos abençoar, por isso toda língua que se levantar
contra nós em juizo, nós a condenaremos. Já somos abençoados, e isso
não pode ser revogado (Tr 1.2).
Por fim, o verso 21 diz que o Senhor não viu iniquidade em Israel. Esra
é uma afirmação realmente espantosa. Esta é a bênção de Deus sobre nós,
pois Ele disse: "Das suas iniquidades jamais me lembrarei". Deus não diz
que não há pecado em nós, Ele apenas diz que não vê. Não devemos nunca
pensar que não há pecado em nós, mas devemos declarar ousadamenrc
que o Senhor não vê iniquidade em lsrael. Quando Ele nos olha, J;lãO vê
pecado em nós. Se Ele não vê o pecado, nunca poderá nos amaldiçoar.
Esta é a maneira como devemos também amar o nosso irmão. Devemos
vê-lo como Deus o vê. Veja o seu irmão sem culpa e sem condenação. Pre-
cisamos ser elevados como o nosso Pai se queremos caminhar nos lugares
altos em Cristo. ·
Em Números 24.2, Balaão tenra, pela terceira vez, amaldiçoar Israel.
A Escritura diz que ele novamente subiu a um monte e viu Israel acampa-
do segundo as suas tribos. Quando viu o acampamento, o Espírito veio
sobre ele.
Balaão não recebeu o EspíritO de Deus, o Espírito veio sobre ele apenas
naquele momento para colocar as palavras de bênção em sua boca.
A MALDIÇÃO HEREDITÁRIA
que ainda estão debaixo de maldição, por isso vivem sob uma constame
expectativa de castigo e tribulação, porque nunca sabem quando o peca-
do de seus avós e pais irá alc.'lnçá-los. Eles sempre estão aguardando uma
colheita de pecados que ourros e eles mesmos cometeram no passado.
Este era um ditado popular entre os judeus nos dias de Jeremias: "Os
pais comem uvas verdes e os dentes dos filhos é que se embotam". Na
verdade, está baseado em algo que Deus havia dito no monte Sinai: "Vi-
sitarei a iniqüidade dos pais nos fiU1os e nos filhos dos fi lhos até à terceira
e quarta geração" (Êx 34.7). Esta era a condição na Velha Aliança, mas
louvamos a Deus porque agora estamos sob a Nova Aliança. Mas alguns
crentes ainda estão se baseando na Vellia Aliança e por isso sofrem perda
espirirual. Hoje, nossos pecados, os pecados de nossos pais e os pecados dos
pais de nossos pais foram rodos cravados na cruz, e por isso não sofremos
mais nenhuma maldição.
A principal cláusula da Nova Aliança é que Deus não se lembra mais
de nossos pecados. Isso significa que Deus nãos nos trata mais com base
em nossos pecados. Ele nos trata consoante a perfeição de C risto e a sua
obra na cruz.
dias em que a maldição foi quebrada. H á dois mil anos, o Senhor quebrou
a maldição na cruz.
A MALDIÇÃO DA LEI
Todas as vezes que resolvemos nos relacionar com Deus com base em
nossa performance, em nosso mérito ou em nossas obras, nós decaímos
para a lei e nos separamos da graça de Deus. E, uma ve:t. que nos separamos
da graça, sujeitamo-nos novamente às maldições da lei.
Não podemos viver pela fé e pelas obras ao mesmo tempo. Esses dois
princípios de vida são como água e óleo, não podem se misturar.
Esta é a razão por que muitos cremes não são abençoados, eles ainda
vivem confiados no mérito da lei. Não dependem de fé, mas de obras de
justiça. E, pelo contexto de Gálatas, nós sabemos que a fé aqui é a justifi-
cação por fé, é a confiança absoluta na obra de Cristo realizada na cruz. A
minha justiça é apenas um dom que eu recebi, e não uma virtude que eu
conqlústei pela minha obediência aos mandamentos.
128 O P-\0 DOS FILHOS -'1.1 DIAS PARTINDO O PÃO
Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê.
(Rm 10.4)
S tam de mencionar o texto de Hebreus 12, que diz que sem santidade
ninguém verá o Senhor. Mas essas pessoas não leem rodo o texto,
que, na verdade, exorta os irmãos a não se apartarem da graça de Deus.
da lei, é a fé que Cristo já pagou por todas as nossas iniquidades que nos
salva. A nossa santificação é apenas o resultado da nossa fé na obra da cruz.
Quando, pela fé, nós contemplamos o Senhor, o resultado é que an-
damos em santidade. Você precisa ter clareza de que santidade não é o
tamanho do seu cabelo, o comprimento da sua saia e nem a maquiagem
no seu rosto. A santidade é C risto. Algumas pessoas fazem tudo isso e, no
entanto, possuem o coração cheio de amargura e ressentimento, como diz
o texto de H ebreus. Tais pessoas não andam em santidade.
H ebreus 12 nos mostra que, sem a graça de Deus, não podemos ter paz
com os homens e nem seguir a santidade. Sem a graça de D eus, inevita-
velmente cairemos no ressentimento e na amargura. Qual a relação entre
separar-se da graça e cair no ressentimento? Essa relação nem sempre é fácil
de entender. Toda pessoa ressentida é cheia de justiça própria. Ela se julga
merecedora de coisas boas e, quando alguém erra com ela, pensa que rem o
direito de cobrar justiça. Ressentimento é o maior sinal de justiça própria.
A única coisa que nos separa da graça de D eus é a justiça própria. Quan-
do nós confiamos em nossa justiça própria, nós estamos dizendo que não
precisamos da graça de D eus. Somente pode desfrutar da graça aquele que
reconhece que não tem merecimento algum. E aquele que reconhece que
não possui mereci mento nenhum também não cobra justiça e perfeição
dos outros. Uma vez que foi tão generosamente perdoado, ele está pronto
Ü S Q UE D ECAEM DA GRAÇA 131
Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai , e lhe direi: Pai, pequei
contra o céu e dianre de ci; já não sou digno de ser chamado teu
filho; trata-me como um dos teus trabalhadores. E, levantando-se,
foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou,
c, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou. E o filho lhe
disse: Pai, pequei conrra o céu e diante de ri; já não sou digno de
ser chamado teu filho. O pai, porém, disse aos seus servos: Trazei
depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e
sandálias nos pés; trazei também e matai o novilho cevado. Co-
mamos e regozijemo-nos, porque este meu filho estava morro e
reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a regozijar-se.
(Lc 15.18-24)
Vamos ser francos, as razões do filho mais velho parecem bem lógicas.
Se ele fosse conversar com você e lhe contasse a história, você cerramcnre
ficaria do lado dele. Tudo parece uma grande injustiça. E le sempre foi um
bom filho, fez tudo para agradar ao pai e nunca ganhou dele nenhum
cabritinho para fazer um churrasco com os amigos.
Ele disse: "Eu nunca desobedeci às suas ordens". O que talvez você não
perceba é que ele era cheio de justiça própria. Eu fico pensando o quanto
seria difícil para o irmão mais velho fazer o mesmo que fez o filho pródigo
-cair de joelhos c d izer: "Pai, pequei contra o céu e contra ri. Já não sou
digno de ser chamado teu filho".
Imagine esse homem que se achava tão responsável caindo de joelhos,
encerrando a cabeça no peiro de seu pai e dizendo que ele era indigno de
ser chamado de filho. É quase impensável. Ele não tinha feiro nada de
errado. Não tinha pecado contra o céu ou contra o seu pai. Cerramenre
não podia ver que não era digno ele ser chamado filho de seu pai. Mas
isso é exatamente o que ele precisava fazer, porque o seu coração não era
um com o seu pai.
O irmão do filho pródigo remou ganhar o amor do Pai sem saber que
já era amado. Ele remou ganhar o amor do pa,i sendo um fi lho obediente,
e por isso achava que merecia pelo menos um cabrito assado. Mas, em vez
de ele receber, o seu irmão pecador é que tinha recebido o novilho cevado
e uma festa. Por não se semir amado, ele caiu na amargura e ressentimen-
tO, pois, do seu ponro de vista, o pai era injusto. Esta é a maneira como
surge a justiça própria, é quando tentamos conquistar o amor e o elogio
do Pai. Do seu pomo ele vista, o pai não o amava ou pelo menos amava
mais o irmão do que a ele. Isso o enchia de revolta e ressentimento. Tudo
isso porque ele se achava bom e justo. Se ele se visse tão pecador quanto o
irmão, não haveria espaço para a amargura e ele estaria também festejando.
Toda pessoa cheia de justiça própria vive cheia de amargura, pois ela
pensa que tem praticado rodos os mandan1entos e mesmo assim não con-
segue rer a bênção ou o favor de Deus. A justiça própria é o resultado do
134 O PÃO DOS FILHOS- 21 DIAS PARTINDO O PÃO
Creio que agora ficou fácil perceber como a amargura está relacionada
com a justiça própria. Sempre que procuramos conquistar o amor de Deus
em Vf:Z de crer que já somos amados, caímos na justiça própria.
O rexto de Hebreus 12 diz que a amargu ra é contagiosa. Uma vez
que ela surge, vai contaminar a muitos. Toda pessoa amargurada gosta de
compartilhar com os outros as razões do seu ressentimento. A amargura
simplesmente destrói a vida da igreja.
O texto de H ebreus diz que, uma Vf:Z que há amargura, a próxima con-
sequência é a impureza. Mas há alguma relação enue amargura e impureza?
Em minha experiência, tenho visto, por exemplo, que normalmente uma
mulher só cai em adultério se estiver ressenrida com o seu marido. Ela
pensa que não é amada e por isso se permite pecar. Um crente está pro-
penso ao pecado quando sente que não é amado por Deus. É triste, mas
quando caem em pecado, muitos presumem que D eus não os ama mais.
Mal sabem que isso fará com que caiam ainda mais no pecado.
A impureza sexual não é a raiz, ela é o fruto. Tudo começa quando a
pessoa se separa da graça de Deus. Uma vf:Z que sai da graça, ela cai no
ressentimento, e do ressentimento vem a impureza sexual. O resultado
final é que a pessoa pode se tornar como Esaú, que não atribuiu valor às
co isas espirituais, pois vendeu a bênção da primogenitura por um prato de
comida. Quanto mais nos separamos da graça, mais nos tornamos naturais
e indiferentes às bênçãos de Deus.
No passado, eu pensei que Esaú não po~ia se arrepender ou não teve
um arrependimento genuíno. Mas, lendo outras traduções, percebi que
isso é um erro. A tradução na Linguagem de Hoje diz que Esaú vendeu os
seus direitos de filho mais velho por um prato de comida. E depois ele quis
receber a bênção do seu pai. Mas foi rejeitado porque não encontrou um
modo de mudar a mente de !saque para receber a bênção, embora procu-
rasse fazer isso até mesmo com lágrimas. Na verdade, foi lsaque que não se
arrependeu, ou mudou de mente, em relação à bênção da primogenimra.
Isso está claro na versão da Bíblia na Linguagem de Hoje.
!saque amava Esaú por causa de suas boas obras, mas Rebeca amava
Jacó, ponto final. Evidentemenre, Esaú percebia que o amor do seu pai
era condicionaL Esaú é o bom filho, Jacó é que era o problemático. Esaú
tentou agradar ao seu pai, mas no fim seu irmão é que recebeu a bênção.
Isso o deixou furioso, mas o problema é que seu pai não quis lhe dar a
mesma bênção. Ele deve ter pensado: "De que adiantou eu ser um bom
filho?" Certamente veio o ressemimento e a amargura. Todas as vezes que
temamos conquistar o amor de Deus por meio de nossas obras, nós caímos
na justiça própria c consequcntemente decaímos da graça.
Os pais devem ser cuidadosos para não condicionar o seu amor aos
filhos à performance deles. Isso faz com que os filhos fiquem toda a vida
buscando conquistar o amor dos pais. O garoto procurou ser um bom es-
tudante, um filho obediente roda a sua vida, mas um dia seu pai elogia seu
primo falando o quanto ele é motivo de o rgulho. Ao ouvir isso, o menino
se enche de amargura, pois ele está cheio de méritos. Ele fez o melho r,
comportou-se bem e não adiantou nada. D epois disso, ele pode vir a se
tornar um filho muito problemático, cheio de todo tipo de comportamento
ruim. Esta é a origem de rodos os distúrbios familiares.
A Palavra ~e Deus diz que Esaú se casou com mulheres fora da vontade
de seus pais, e isso se tornou motivo de angústia para Rebeca e !saque. Obe-
decer para ser amado é justiça própria; obedecer porque sabe que é amado
é graça de Deus. Esta é a diferença entre o Novo e o Velho Testamento.
É importante frisar que todas essas consequências, como am argura, im-
pureza e desprew pelas coisas espirituais, acontecem por uma única razão:
ÜS QUll DECAEM DA C RAÇA 137
Paulo diz aos gálatas que nos desligamos de Cristo, nos separamos d'Eie,
quando procuramos nos justificar pelas obras da lei. Estar desligado de
Crisro é algo terrível. Há uma tradução que ruz que Crisro não tem efeito
em nossas vidas. Ele está em nossa vida, mas sem efeiro prático. Desligar-
-se de Crisro significa que Crisro não tem efeiro em nosso casamento, em
nossas finanças, em nossos relacionamentos ou nosso trabalho. Quando
você esrá doente, você quer que Crisro tenha efeiro, faça diferença em você.
Se precisa de djreção, você quer que Cristo tenha efeito em você.
O que faz com que Cristo, que já faz parte de sua vida, não tenha efeito
algum em seu corpo, em sua alma, em sua vida ou seu casamento? Muitos
dirão que o problema é o pecado, mas o pecado nunca foi imperumenro
para que as pessoas recebessem o milagre do Senhor Jesus. A mruor acusa-
ção que os fariseus fizeram ao Senhor foi chamá-lo de amigo de pecadores.
As prosúruras, os colerores de impostos e rodos os pecadores receberam
o Senhor com alegria. Todos eles, quando rocaram no Senhor, receberam
o milagre. Para eles, Crisro tinha um efeito poderoso. Quando receberam
do Senhor, eles não eram perfeitos, mas a imperfeição deles não foi impe-
djmenro para o milagre.
Paulo diz que aquilo que nos separa de Crisw e nos faz decrur da graça
é a justiça própria. Em suas palavras, é remar nos justificar na lei. Sempre
que procuramos ser aceiros por Deus pela nossa performance, pela nossa
obediência aos mandamentos, nós decaímos da graça.
J38 O I'ÁO DOS I'ILHOS - 21 DIAS I'ARTINOO O PÃO
a Bíblia. Todas essas coisas são boas, mas podemos fazer todas elas e ainda
estar separados de Cristo. Como, então, permanecer n'Ele?
Creio que Paulo nos dá a resposta. Nós permanecemos em Cristo quan-
do permanecemos na graça. Quando decai mos da graça, nós r1os separamos
de Cristo. Isso evidentemente não significa perder a salvação, como pensam
alguns, mas significa que não desfrutamos do seu favor em nossas vidas.
Se permanecer em Cristo é permanecer na graça, então fica fácil en-
tendermos a promessa do verso 7, que diz: "Pedireis o que quiserdes, e
vos será feito". Eu penso que esta é a maior promessa de roda a Palavra de
D eus. Não há limites de bênçãos para quem permanece na graça. Debaixo
do favor de Deus, podemos pedir tudo o que quisermos.
A justiça própria é a maior expressão da carne e do ego. Todas as vezes
que confiamos em nossa própria justiça, em nosso próprio mérito ou em
nossa força, nós decaimos da graça. Muitos pensam que ser fiel implica
prometer que farão o máximo para obedecer e não entendem que dar o
máximo tem a confiança na carne envolvida. Isso significa que não pode-
mos prometer fazer o melhor ou dar o máximo? Sim, mas devemos fazer
isso segundo a graça de D eus. Devemos sempre dizer: "Pela graça de Deus,
vou fazer isso ou aquilo".
Rejeite hoje toda tentação de merecimento próprio. Viva sua vida
como quem não tem mérito. Isso vai afetar todos os seus relacionamentos
e o livrará da amargura. O favor de D eus afeta todas as áreas de sua vida
e, quando você está debaixo do favor, a glória do céu invade a terra. Não
aceite viver nenhum dia sem a bênção do favor.
DESFRUTANDO DE CRISTO
COMO o MANÁ
A
pessoas são aquilo que comem. Os nurricionistas nos dizem que
omos o que comemos, porque a comida que ingerimos passa a
azer parte de nós mesmos.
Ao dar ao seu povo maná para comer, Deus indicava que sua inrenção
era mudar-lhes a natureza. O povo já havia mudado de lugar. Antes, esta-
va no Egito; agora, estava com o Senhor, no deserto. Mas não basm uma
mudança de lugar, deve haver também uma mudança inrerior.
A maneira de D eus produzir tal mudança em seu povo é mudando a
sua dieta. Por comer comida egípcia, o povo de D eus era constituído por
elementos egípcios. A dieta egípcia torna as pessoas egípcias, alimenta a
carne c, no fim, causa morte. Mas a dieta celestial torna as pessoas celestiais
e as capaci ta para cumprir o propósito de Deus.
Por que Deus deu o maná ao seu povo? Ele o deu com uma intenção
específica: queria alimentá-los com a comida do céu, a fim de enchê-los com
o elemento celestial. O seu desejo era preenchê-los, nutri-los e fortalecê-
-los por meio da comida espirituaL E, através desse comer, transformá-los
num povo celestial.
J4 2 O I'ÁO D OS FI LHOS - 2 J O IAS PART I NDO 0 PÃO
Como verdadeiro maná, Cristo foi enviado ao seu povo para que este
vivesse por meio d'Eic. Precisamos comer para viver. A única maneira
de não ficarmos subnutridos espirirualmenre é comermos sempre do
Senhor Jesus.
O nosso espírito foi regenerado, mas a nossa alma está sendo transforma-
da. A maneira de sermos transformados é pela nossa di eta. Se comermos da
comida egípcia, tornamo-nos pessoas egípcias, mas se comermos do maná
celestial, que é o Senhor Jesus, tornamo-nos cada vcr mais semelhantes a
Ele e nos enchemos de vida.
A maneira de Deus nos transformar é mudando a nossa djeta. Nós nos
tornamos semelhantes àquilo que comemos. Quando comemos, estamos
sendo fortificados e também transformados. O Senhor tinha isso também
em mente quando institu iu a Ceia como memória da aliança. Ao comer
da Ceia, estamos comendo d'Ele próprio: Ele é o maná que desceu do céu
para a nossa satisfação.
3. As CARACTERÍSTICAS DO MANÁ
A. Do cÉu (r6.4)
A palavra "manâ' no hebraico significa "o que é isso?" Eles não foram
capazes de definir o que comiam e os supria, assim como não podemos
definir Cristo, mas sabemos que Ele é o nosso suprimento de vida.
A cada dia, o inimigo tem preparado planos e ardis contra você. O
Senhor, porém, tem preparado roda provisão, rodo suprimento e toda
graça no maná diário. Tudo o que você precisa diariamente é do maná e
você deve recebê-lo pela manhã. Embora seja aparentemente pequeno, ele
carrega toda a provisão de D eus para você naquele dia.
A primeira característica do maná é que ele é celestial (16.4). Não
podemos explicar o maná, apenas desfrutar dele. Embora não possamos
explicar Cristo em sua essência e composição, Ele é muito real. Apesar de
ser invisível e intangível, é substancial e sustenta o seu povo.
144 O PÃO DOS FILHOS- 2 I Dlt\ S PARTINDO O I'ÁO
B. DE MANHÃ (1 6.12)
O faro de o maná vir a cada manhã nos mostra que devemos ter
re novada a nossa fome por Ele a cada novo d ia. Cada dia é um novo
começo para com Deus. Precisamos lembrar ai nda que ninguém poderia
guardar o maná para o dia seguinte, po is ele se perdia. A experiência
de ontem não serve para hoje. O mantimento de ontem não pode nos
sustenta r hoje.
Não podemos guardar o maná para o dia seguinte. Quando era guar-
dado, ele cheirava mal e dava bichos. Deus não quer que seu povo seja
independente d'Ele. Esta é a razão por que Ele nos ensinou a orar dizendo:
"O pão nosso de cada dia, dá-nos hoje". Não é o pão para a semana ou
para o mês, mas é o su primento para cada d ia.
Um pai sábio nunca dá tudo ao filho, senão ele não volta. Um pai sábio
sempre dirá: "Cada ve:z. que você precisar de alguma coisa, venha até mim".
D essa forma, há comunhão e tempo junros. Minhas filhas sabem que eu as
amo incondicionalmente, mas às ve:z.es, quando pequenas, era bom dizer:
"Se você precisa disso, emão venha aqui dar um beijo no papai!"
o. PEQUENO (16.14)
Em Êxodo 16.14, percebemos que o maná era algo pequeno. Ser pe-
queno significa que ele pode ser ingerido com facilidade por qualquer
um de nós. O Senhor é tão grande que o universo inteiro não o pode
conter, mas é tão pequeno que pode ser assimilado por mim c habitar
no meu espírito.
O que colheu pouco rem o mesmo poder, provisão c graça daquele que
colheu muiro. Não se preocupe sobre o que você não entende na Palavra,
mas deguste o que você já entende.
O maná não podia ser guardado para o dia segu inte, isso significa que
precisamos de uma revelação fresca da Palavra a cada dia. Não importa se
é ouvindo a pregação num CD, lendo a Palavra ou meditando num livro
cheio de C risro, o imporranre é que seja diário.
Muitos buscam grandes revelações de Cristo, mas o Senhor quer nos
suprir a cada dia com pequenas revelações. O maná era pequeno e fino,
embora não haja nada realmente pequeno quando se refere a Cristo.
Muiros maridos acreditam que precisam fazer grandes coisas para sua
esposa a fim de fortalecer o seu casamento. Ficam meses esperando um
grande evento para alimentar o casamento. Mas a verdade é que não são
as grandes coisas, grandes demonstrações, que fazem o casamento, e sim
as pequenas atitudes no dia a dia.
Deixe-me dar alguns exemplos de maná que tenho recebido dia após
dia. Pode parecer algo pequeno, mas é o maná do Senhor para me suprir.
Eu estava em casa e me veio um desejo de comer doce de pêssego. Saí
para comprar e, quando estava pegando a lata no supermercado, alguém
disse no microfone: "Somente agora superpromoção de doces enlatados!
Duas latas pelo preço de uma!" Eu fiquei medicando no que é a graça e a
provisão do Senhor. Parece algo pequeno, mas quando o povo colhia uma
porção de maná, aquilo era uma grande provisão. Todavia, perdemos isso
quando procuramos pelas grandes revelações.
Quando Jesus veio, ninguém celebrou o nascimento do Rei dos reis,
apenas os anj os e alguns pastores estavam lá. Ele nasceu numa das me-
nores vilas de Israel, chamada "Casa do pão", Belém. Ele veio como um
pequeno bebê. Quem imaginaria que esse bebê cresceria e purificaria
leprosos, abriria os olhos dos cegos, ressuscitaria os morros e andaria
146 0 PÃO DOS FI LHOS - 2. 1 DlAS PARTINDO O p,\o
sobre o mar! Quem diria que abriria os braços e nos livraria de roda con-
denação e da escravidão do pecado! Naq uele momento, ter a revelação
de que C risto seria o salvador talvez parecesse pequeno. Não despreze
as pequenas revelações.
Por que Jesus se curvou para escrever no chão em João 8? Foi assim
porque, se Ele nunca tivesse se curvado, abaixado-se até nós, nunca pode-
ríamos ser salvos. É interessante que Ele se curvou duas vezes para escrever.
Jsso certamente denota que Ele é o que escreveu as leis em pedras por duas
vezes. Na primeira vez, as pedras fo ram q uebradas, e o povo, condenado;
mas, na segunda vez, Deus mandou que elas fossem colocadas dentro da
Arca, debaixo do sangue aplicado. Isso foi para mostrar que a lei não pode
mais nos condenar quando somos perdoados pelo sangue.
A Palavra de Jesus para a mulher foi: "Vai e não peques majs". Esse "não
peques mais" é uma promessa, e não um mandamento. A graça transfor-
mou os mandamentos em promessas. Ames era: "Não matarás" . Agora é:
"N...ao mataras,
, eu te prometo".
A primeira coisa que o Senhor disse q uando se levantou foi: "Eu sou
a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário,
terá a luz da vida Qo 8. 12). A luz foi condenação para rodos os acusados
na consciência, mas, para nós, ela é a graça que nos permite ver que a sua
graça é maio r que o nosso pecado. Onde não há mais condenação, há
verdadeira libertação do pecado.
E. FINO (r6.r4)
O maná era muito fino e uniforme. Por narureza, somos ásperos e
desequilibrados, mas o Senhor é fino e suave. Qualquer um que tenha ex-
periência com o Espírito há d e notar o quanto Ele é educado, cavalheiro e
gentil. Quando comemos do Senhor, também nos tornamos finos e sóbrios.
F. REDONDO (r6.14)
O faro de o maná ser redondo (16.14) indica a etern idade de Cristo. O
círculo é o símbolo da eternidade, sem começo e sem fim. Cristo é a comida
eterna, com uma natureza eterna e para eterno suprimento do seu povo. Ao
comermos d'Eie, também nos tornamos participante de sua vida eterna.
H . BRANCO (r6.31)
Ser branco significa ser limpo, puro, sem qualquer tipo de mistura.
Nossa pureza também está em nos alimentarmos d 'Eie, comendo de sua
Palavra. Sua Palavra é água que nos lava c santifica. Se comemos do Senhor
diariamente, seremos cada vez mais puros e limpos. Ser branco significa ser
sem mancha. Quando comemos do Senhor, as manchas dentro de nosso
caráter vão sendo eliminadas.
de Cristo vindo a você. Precisamos ter muito cuidado para não perder essa
sensação de prazer e alegria.
]. 0 MANÁ E AS RlQUEZAS
Deuteronômio 8.16-1 8 diz que o Senhor deu o maná para que tivésse-
mos forças para adquirir riquezas. Ele nos susrenra com o maná para. que
não pensemos que é o nosso braço que nos dá riquezas. O maná direra-
meme não dá a riqueza, mas dá força para adquiri-las.
[... ] que no deserro re sustentou com maná, que teus pais não
conheciam ; par? rc humilhar, e para te provar, e, aflnal, te fazer
bem. Não digas, pois, no teu coração: A minha força c o poder do
meu braço me adquiriram estas riquezas. Antes, te lembrarás do
SENHOR, teu Deus, porque é ele o que te dá força para adqui-
rires riquezas; para conflrmar a sua aliança, que, sob juramento,
prometeu a teus pais, como hoje se vê. (Dr 8.16-18)
Deus deu o maná para ser aJimenco, mas eles diziam que a sua alma
estava seca. Não tinham prazer em Cristo. O rexco diz que eles renrávam
produzir coisas com o maná. Moíam, cozinhavam em panelas, faziam
bolos, mas não tinham satisfação. Isso simboliza aqueles que espremem a
Palavra buscando novas revelações porque não estão satisfeitos com C risto.
Há muitos que desejam·aprender sobre coisas como milagres, prospe-
ridade ou teologia. Eles moem a Palavra e fazem bolos, mas, no fim , essa
comida perde a doçura do mel.
M. 0 MANÁ ESCONDIDO
Êxodo 13.4 registra: " Hoje, mês de Abibe, estais saindo". A palavra
"Abibe" significa "desabrochante, florescente, tenro e verde". D esabrochar
e florescer significam o início da vida. No dja em que cremos no Senhor e
fomos salvos, a vida começou a desabrochar dentro de nós. D e faro,. esse
mês era agora o primeiro mês, pois é o começo de nossa vida.
2. O CoRDEIRo PASCAL
Êxodo 12.5 declara que o cordeiro deveria ser perfeito. Isso ripifica
Cristo, que é perfeito, sem falra Oo 8.46).
Aquele que não conhceu pecado, Deus o fez pecado por mim,
para que nele cu fosse feico justiça de Deus. (2Co 5.21 ).
•!• Três nas mãos dos sacerdotes, que o examinaram de acordo com
a lei de D eus (Me 11.27; 12.37; 14.53-65; Jo 18.13,19-24),
A PÁSCOA 15 3
•!• Pilaras repetiu três vezes que não achava n'Ele fa lta alguma Uo
18.38; 19.4).
Ele passou por rodos os resres e foi achado sem culpa. Por isso, no dia
exaw da Páscoa, Ele foi conduzido à morre como Cordeiro pascal. Assim,
a morte de Jesus foi o exaro cumprimento do tipo.
Observe que o sangue que não fosse aplicado não poderia livrar o is-
raelita da condenação. O aro de aplicar nos fala de fé. Quando creio no
sangue, eu o estou aplicando, e o sangue assim apl icado rem poder para
nos livrar da morre.
O sa ngue era aplicado na porra pelo lado de fora, mostrando-nos
q ue o sangue não é para nós, mas para Deus e o diabo. Deus, quando
vê o sangue, fica satisfeito na sua justiça, e s aranás deve se calar de
roda acusação.
O faro de o sangue do cordeiro pascal ser posto na verga c nas ombreiras
da ·porra implica que ele abre caminho para entrarmos em C risto, que é
tipificado pela casa. Os redimidos entram na casa, que é C risto, pela porra
borrifada com sangue.
O mesmo sangue que abriu as porras para que os redimidos entras-
sem em Crisro, ou seja, na casa, também fechou as porras ao destruidor,
guardando-os, assim, do julgamcnro. Todo aquele que for redimido pelo
cordeiro será preservado c guardado pela casa. Tudo o que C risto redime
é por Ele guardado.
154 O PÃO DOS FILHOS - 2 1 DIAS I'ARTINDO 0 PÃO
A carne do cordeiro pascal deveria ser comida para que servisse de su-
primento, força e vida. O mesmo é verdade em relação ao Senhor Jesus.
Em João 6, Jesus afirma que precisamos comer da sua carne e beber do
seu sangue para viver a sua vida. A carne, aqui, significa a vida de Cristo.
Não apenas somos salvos pelo Cordeiro, mas vivemos ca.da dia por meio
d'Elc. "Quem de mim se alimenta, viverá por mim" Ooáo 6.57). Em re-
lação à maneira de comer o cordeiro, remos de ressaltar como ele deveria
ser comido pelos filhos de Israel.
Em primeiro lugar, o cordeiro era com ido assado no fogo. O fogo, aqui,
aponta para a ira do ju lgamento de Deus sobre o pecado. Quando C risto
escava na cruz, Ele suportou o fogo da ira de D eus.
É por isso que Ele exclamou: "Tenho sede!" Uo 19.28), porque escava
sendo queimado pelo fogo do julgamento de D eus.
A P ÁSCOA 155
vida. A igreja, a Eva verdadeira, também foi feita dos ossos de Jesus, ou seja,
de sua vida. Essa vida que está no Cordeiro foi transmitida para dentro de
nós quando nós comemos d'Eie.
que podemos dizer hoje que estamos n' Ele, dentro d'Ele. É por estarmos
n' Ele que o Senhor vê o sangue.
Por sere dias, não se ache nenhum fermento nas vossas casas,
porque qualquer que comer pão levedado será eliminado da
congregação de Israel [... ] (Êx 12.19)
D
eus projerou criar na Terra alguém que fosse uma expressão de si
mesmo. Ele disse: "Façamos o homem conforme a nossa imagem
e semelhança'' (Gn 1.26). Deus, então, coloca o homem na Terra
para expressar sua auroridade e reAerir sua narureza e glória.
O homem, porém, comere alra rraiçáo contra D eus e vende-se à escra-
vidão do pecado, rornando-se escravo de saranás. Mas Deus, por causa do
seu grande amor, não desisre do homem e declara o seu plano ao inimigo:
"Você fez uma aliança com o homem usando a mulher e, pelo engano,
enrrou na Terra. Pois eu usarei a mulher e colocarei dentro dela a minha
semente. Eu rrarei à Terra outro Filho. Esse Filho será gerado da minha
semente, não da semenre do homem, que foi corrompida, mas eu colocarei
a minha semenre denrro da mulher, e essa semenre virá, será um homem ,
porque eu dei a Terra aos filhos dos homens, e essa semente desrruirá o
seu poder" (Gn 3. l 5).
Dois mil anos se passam, e Deus começa a pôr em operação o seu plano.
É um plano que virá através de uma aliança de sangue.
O primeiro sangue derramado na Bíblia foi no próprio Jardim do Éden.
Foi Deus mesmo quem imolou o primeiro cordeiro e fez cair o seu sangue
160 O PÃO DOS FILHOS- 21 Du\S PARTINDO O PÃO
sobre a cerra. Por quê? Existia uma aliança entre Deus e Adão. Como o
homem quebrou a aliança, ele deveria morrer, mas o cordeiro morreu no
seu lugar.
Muitas pessoas pensam que aliança é o mesmo que um contrato.
Num conrraro, existem cláusulas de rescisão, mas uma aliança não pode
ser quebrada. A pena para aquele que quebra a aliança é a morre. Adão,
porém, não morreu, mas Deus matou o cordeiro em seu lugar e, com a
sua pele, fez roupas para o ele e sua mulher. A marca daquele sangue no
Éden percorre roda a Bíblia até Apocalipse, onde, por vime e oito vezes,
Jesus Cristo é chamado de p Cordeiro de Deus.
A vida está no sangue. Onde há derramamento de sangue, significa
que houve derran1amenro de vida. A aliança de sangue que existia entre
os povos amigos nasceu no coração de D eus.
Sai da rua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a
terra que te mostrarei; de ri fà rei uma gra nde nação, c te abenço-
arei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei
os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te an1aldiçoarcm; em
ti serão benditas rodas as famíli as da terra.
Irmãos, fàlo como homem. Ainda que uma aliança seja meramente
humana, uma vez ratificada, ninguém a revoga ou lhe acrescenra
alguma coisa. Ora, as promessas foram feiras a Abraão e ao seu
descendente. Não diz: E aos descendenres, como se falando de
muitos, porém como de um só: E ao reu descendenre, que é
C risro. (Gl 3.15-16)
Quando Deus olha para Abrão , Ele está vendo a sua semente, que será
homem e esmagará a cabeça da serpente. Então, Ele fàz uma aliança com
Abrão e segue todos os rituais mencionados anteriormente. Primeiro, Deus
chega aAbrão e, em vez de dar-lhe a túnica, diz: "Eu sou o teu escudo;
quem luta contra ti, luta contra mim" (Gn 15.1).
A ALIANÇA DE SANGUE 163
Depois, Ele manda que Abra áo sacrifique os animais. Manda que ele
pegue três animais da terra e duas aves. A aliança é com o Pai, com o Filho
e com o Espírito. Abraão parte os animais ao meio e coloca as metades,
uma defronte à outra (Gn 15.9,10,17).
Abraão espera que Deus comece a vir para caminhar por entre as par-
tes. Enquanto espera, aves de rapina começam a vir para comer as carnes.
Este é o símbolo de satanás, que quer destruir a aliança ames mesmo que
ela aconteça. Mas D eus diz: "Abrão, você vai dormir, porque essa aliança
não rem nada a ver com você".
Enquanto Abrão dorme, Deus estabelece uma aliança. Quando acorda,
ele vê que há duas pessoas caminhando por entre as partes. Mas o que ele
vê? Um fogareiro fumegante e uma tocha de fogo. O fogareiro fumegante
é D eus Pai, é assim que Ele se apresenta no Sinai, e a rocha é Jesus. Jesus
toma o lugar de Abrão , para fazer uma aliança com Deus. Por que Deus
não poderia caminhar por entre as partes, com Abrão ? Porque, numa
aliança, rudo que é de um se torna do outro. Abrão era pecador, e Deus
não pode se misturar com o pecado. Mas o Senhor Jesus toma o lugar do
homem e é assim que é feira a aliança entre Deus e o homem, mas, ao
mesmo tempo, emre Deus e D eus.
Deus também ordena que Abrão se circLmcide na carne do seu prepúcio,
como um sinal de aliança perpétua entre ele e suas gerações. E alguém pode
perguntar: "Por que a cicatriz da aliança não foi na palma da mão, mas no
órgão reprodutor?" Porque a aliança era com Abrão e a sua descendência,
até chegar à semente, a quem as promessas foram feitas e em quem todas
as nações da terra seriam abençoadas.
Deus também muda o nome de Abrã o como sinal da aliança. Ele retira
parte do seu próprio nome e acrescenta ao nome de Abrão. No hebraico, o
nome de Deus rem quatro consoantes - YHWH, é impronunciável. En-
tre essas quarro 1erras do nome de D eus, o "H" , que correspon de ao "H"
do nosso alfabeto, aparece duas vezes. É exatamente aquela letra aspirada
"Ah". E, agora, no meio de Abrão, D eus coloca o "Ah". E Abrão passa a
ser Abrah áo.
Tudo isso foi feito para que a bênção de Abral1 ão chegasse até os gentios
e recebêssemos o '~" pela fé. Esse "Ah" é o sopro de Deus, o Espírito
de D eus, a vida de Deus. Este é o plano! Deus também acrescenta ao seu
164 O PÃO DOS FILHOS - 21 DIAS J>ARTINDO O J>ÁO
nome o nome de Abraão. Deus passa a assinar "D eus de Abraão", este é o
seu sobrenome, e significa que tudo o que é de Abraão é meu; e Abrah ão
significa: tudo o que é de D eus é meu. Esta é a aliança de sangue.
É por isso que, q uando D eus avisa a Abraão que vai destruir Sodo ma e
Gomorra, quem estabeleceu limites foi Abraão, e não Deus. Abraão disse:
"O Senhor vai destru ir o justo com o ímpio se houver cinquenta justos?"
D eus disse: "Tudo bem. Não destruirei"."Mas pode ser que faltem cinco,
que tenha quarenta e cinco", disse Abraão. "Não desrruirei.""Sim, Senho r.
Mas e se houver quarenta? E se houver trinta? O h! Só mais uma vez,se
ho uver dez?" Deus disse: "Tudo bem. D ez''. Quem limitou? Foi Abraão
(Gn 18.25-33). Quando você entender isso, não haverá li mites para a in-
tercessão. Quando D eus subverteu as cidades de Sodo ma e Gomorra, d iz
a Palavra que "lembrou-se de Abraão e salvou a Ló". Deus salvou Ló por
causa da sua aliança com Abraão (Gn 19.29) .
Está claro que Abraão terá tudo de Deus na Terra, mas perante o tri-
bunal eterno, perante as cortes celestiais, perante satanás e seus príncipes,
poderia surgir uma dúvida para questionar a validade da aliança: será que
Deus teria tudo de Abraão? Se D eus não pudesse ter tudo de Abraão, a
aliança não seria válida.
Está provado diante dos tribunais eternos que haverá na Terra homens
que darão tudo a Deus, apesar de rodas as coisas. Creio que cada um de
nós hoje deve se sentir feliz. Adão estava no Éden, com a glória de D eus,
e obedeceu a satanás. Nós nascemos da maldade, mas quando a voz do
Todo-Poderoso chegou aos nossos ouvidos, nós, nascidos da escravidão do
pecado, dissemos não a satanás, renunciamos o mundo e corremos para
o Senhor Jesus.
Abraão o lha e vê um carneiro (Gn 22. 13). O carneiro foi o substitu-
to para o filho de Abraão, mas Deus não teria um substituco para o seu.
Bradou segunda vez a voz do Senhor e disse: "Jurei por mim m esmo, diz
o Senhor". O que é isso? O juramento da aliança. Numa aliança solene,
havia um juran1ento, e os escritos aos hebreus declaram que, quando Deus
quis confirmar a promessa com juramento, não havendo alguém maio r
do que Ele por quem j urar, juro u por si mesmo (Hb 6.13,14). O que isso
significa? Cumpro a aliança ou morrerei. E como Deus não pode morrer,
a aliança não pode ser quebrada.
"Porquanto ouviste a minha voz e não me negaste o teu fi lho, Abraão,
teu único filho, o que significa? Isso que acabas de fitzer me coloca numa
posição: eu vou te abençoar, multiplicarei a rua descendência como as es-
trelas dos céus e como a areia na praia do mar." Quem é esse descendente
de quem Deus fala no monte Moriá? Cristo Jesus. "E o teu descendente
possuirá a porca do seu adversário" (Gn 22. 16, 17). Esta é uma expressão
idiomática. É a mesma bênção que Labão impetra sobre Raquel quando
a despede: "Que a rua descendência possua a porra dos seus adversários".
Significa que luto contra os meus adversários e os venço e me coloco à sua
porta, como Senhor.
Deus rem em vista Crisro. Ele está vendo Cristo sendo gerado através
da descendência de Abraão. E diz, em outras palavras: "Abraão, porquanto
não me negaste teu filho, o ceu único filho, a quem amas, ru me colocas na
posição de trazer à Terra o meu Filho amado, gerado das tuas entranhas,
através de uma virgem, que sairá dos teus lombos, e esse meu filh o esmagará
satanás, lutará contra ele e se colocará na porca d o inferno como o Senhor
da vida c da morre. E n'Ele todas as fam ílias da Terra serão abençoadas,
porquanto ouviste a minha voz". Está selada a aliança. Está estabelecida
no céu e na terra. Agora, D eus vai agir até o cumprimento dessa aliança.
168 O PÃO DOS FILHOS- 21 DIAS PARTINDO O Pi\0
O anjo, porém, lhes disse: Não ternais; eis aqui vos trago boa-nova
de grande alegria, que o será para rodo o povo: é que hoje vos
nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Crisro, o Senhor.
(Lc2. 10, 11 )
jamais pecou. A mone não tinha poder sobre Ele. Ele morreria, quando
decidisse que ia morrer Oo 10.17-18).
Hcrodes manda matar as crianças de Belém, mas Deus fala com José
em sonho (Mt 2.13), e ele foge com a semente para o Egito. Satanás acha
que matou a semente. Ele não é oniscienrc e nem onipresente. Ele não viu
o que Deus fez e nem sabia que a semente foi gerada de Deus.
Anos depois, uma voz se levanta no deserto, dizendo: ':Arrependei-vos,
porque está próximo o reino dos céus" (Mt 3.2). "Está no meio de vós
um que é antes de mim. Eu não sou digno nem de desatar as correias das
suas sandál ias. Eu esrou batizando aqui com água, para arrependimento,
mas esse que está vindo é maior do que cu, e Ele batizará com o Espírito
Santo e com fogo". Todo o inferno se colocou de prontidão às margens
do Jordão. Quem é Ele?
Um dia, um homem de Nazaré vem, no meio da multidão, misturado
entre as pessoas, homem pacato, que crescera em Nazaré, manifestando a
vida de Deus, mas ninguém sabia quem Ele era.
Quando João olha para Ele, diz: "Eu é quem devo ser batizado por ti, e
m vens a mim?" (Mt 3. 14) . Por que João disse isso? Ele era primo de Jesus
e certamente conhecia sua vida santa. Naruralmenrc, João admirava seu
primo Jesus e via n' Ele uma vida linda. E, quando Jesus chega, João diz:
"Estou pregando o batismo para arrependimento, me sinto nada diante de
ti. Eu te conheço, primo. Eu não vou te batizar. Durante todos esses anos,
nunca vi nenhuma mancha em ti. Tu és alguém muito especial. Não vou
te batizar, eu é que preciso de arrepender-me, mas em ti não vejo mancha
alguma". Jesus disse: "Deixa por enquanto, porque a nós convém cumprir
a justiça de Deus" (Me 3.1 5).
João imerge Jesus e, no momento em que ele o levanta das águas, os
céus se abrem e, se um dia um anjo que assiste no trono de D eus chegou a
Maria para anunciar que o Filho vinha, se o coral de anjos veio para anun-
ciar aos pastores que Ele tinha chegado, Deus-Paj coma para si a missão
sublime de anunciar à Terra o início da sua m issão. Sua voz ecoa do trono
da graça, enche os céus, a cerra e as regiões celestes: "Este é o meu Filho
amado, em quem tenho prazer. É Ele o meu Filho" (Mt 3.17). E João vai
à freme e grita: "É Ele o Cordeiro de Deus, que eira o pecado do mundo!
Oo 1.29,36). É Ele! Eu vi o Espírito Santo descendo sobre Ele!"
A ALIANÇA O E SANC UI:. 171
Ü CUMPRIMENTO DA ALIANÇA
Todos os anos, os judeus se reúnem para comemorar a Páscoa. Dentro
de wn saqlúnho com três compartimentos, são colocados três pães, cada um
num dos compartimentos: um, no meio; outro; e um terceiro. Se alguém
perguntar: "O que isso signi fica?" Eles dirão que é o pão de Abraão, o pão
de Isaque e o pão de Jacó. Mas, na hora de partir o pão, eles pegam o pão
172 O PÃO DOS FILHOS - 21 DIAS PARTINDO O PÃO
Na hora em que Ele comeu o pão e bebeu o cálice, tudo o que era do
homem (morre, pecado, doença, maldição) foi transferido para Jesus. Este
é o Cordeiro de Deus. É o bode expiatório sobre quem os pecados da hu-
manidade caem. Nessa hora, Jesus se torna o que o homem é. Ele agora
deve comparecer perante o sumo sacerdote. Quem vai ali? Não é o Filho
de Deus, é o homem pecador. Agora, Ele pode morrer porque se fez peca-
do (2Co 5.21 ). A comida do homem entrou em suas veias. Enráo, chega
diante do sumo sacerdote -Ele é o cordeiro- e este diz: "Réu de morte!"
Em outras palavras: "O cordeiro é próprio para o sacrifício. Pode morrer".
Mas esse Cordeiro de Deus não será imolado apenas pela casa de Israel,
seu sangue será verrido pela humanidade inteira, por todas as nações da
terra. Ponanto, é necessário que Ele compareça perante o representante
das nações genrílicas. Então, vai até Pilatos, autoridade romana, que olha
para Ele e diz: "Não vejo nele crime algum (Lc 23.4). Em outras palavras:
"C cordeiro é limpo. Pode morrer".
Mas esse Cordeiro de Deus será oferecido pelos seus inimigos tam-
bém, será oferecido pelos traidores e por todos os pecadores. Emão, vem
Judas, que o trairá, edeclara: "É sangue inocente" (Mt 27.4). Em outras
palavras: " O cordeiro é limpo, é próprio para o sacrifício. Eu o conheço,
ele pode morrer".
A ALIANÇA DE SANGUE 173
Quem vai ali? Não é outro, senão eu e você. É o nosso pecado. Mas foi
o Pai mesmo quem o entregou. E, assim como !saque, Ele carrega sobre
os seus ombros o lenho do sacrifício. Eis o Filho de Deus carregando sobre
os seus próprios ombros o lenho (a cruz), sobre o qual será sacrificado.
Quando Ele é suspenso entre os céus e a terra, e Deus oll1a para o
Calvário, quem vê lá? Não é o seu Filho, é o homem pecador. Aquela é a
oferta queimada no altar. Aquela é a oferta do pecado morrendo fora da
porta (Êx 29.14). É o pecado da humanidade inteira, por isso Deus volra
as cosras e Jesus morre a nossa morte. Morre espiritualmente, é separado
de Deus e brada: "Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?" (Mt
27.46). É aí que as minhas doenças e maldiçóessão queimadas sobre Ele
no Calvário.
Isaías viu o que ninguém mais viu. No capítulo 53, Ele estava desfi-
gurado; nem parecia mais um homem, porque as dores se contorciam, as
dores, as enfermidades, tudo o que era do homem caiu sobre Ele na cruz.
Ele se agoniza com horrores do inferno, como é descrito no Salmo 22.
O Sol recusa-se a brilhar sobre o Calvário. Há trevas sobre a Terra. O
pecado da humanidade inteira cai sobre aquele homem. Seis horas se pas-
san1. Deus deu a Terra aos filhos dos homens por seis dias. Seu sacrifício
cobre todos os homens por seis dias. São seis períodos durante os quais
Ele se agoniza naquela cruz.
Mas vai chegando a hora do sacrifício no templo. Seis horas da tarde!
E o ritual no templo é o mesmo do Calvário. O sumo sacerdote primeiro
oferece a o ferra queimada, e depois, porque é dia de expiação anual, ele leva
o sangue da aliança até ao santo dos santos. Dmante esse trajeto, ninguém
pode tocar n'Eie, senão ficará imundo.
Uma vez por ano, ele faz a mesma coisa, entra no santo dos santos le-
vando.o sangue do cordeiro. Dessa vez, porém, rudo é diferente no templo.
Trevas cobrem a Terra. E, após oferecer a oferta queimada, há silêncio no
templo. Todos os adoradores esperam lá fora silenciosos para saber se D eus
vai aceitar o sacrifício. Quando começa a marchar para o santo dos san-
tos, brada a voz do Cordeiro no Calvário: "Está consumado!" Oo 19.30).
Em outras palavras: "Term inou!" Terminou o quê? A Velha Aliança. O
último sacrifício de Deus está sobre o altar, o Fillio de Deus mesmo está
sobre o altar. E, na hora exata em que o sumo sacerdote vai marchando,
174 O PÃO DOS FILHOS- 21 DIAS PARTINDO O l'i\0
brada a sua voz: "Pai, em ruas mãos entrego o meu espírito" (Lc 23.46).
Nessa hora, a mão invisível do Todo-Poderoso pega o véu que separa o
santo dos santos do lugar santo e o rasga de alto a baixo. O caminho para
o céu está aberto. O caminho do santuário está escancarado. Há um grito
no remp Io: "V:amos morrer.'" M as mnguem
. ' morreu, to dos vtram
. o l ugar
santÍssimo. Todos viram a Arca da Aliança, mas ninguém morreu. Por·quê?
Deus acabava de sair do santuário feito pelas mãos humanas para mudar
de residência; passaria a morar no coração de todo aquele que fosse lavado
pelo sangue do Cordeiro.
Deus tinha dito a Abraão: "Circundarás a carne do seu prepúcio" (Gn
17.11). Abraão derramou o sangue da aliança, mas Deus não havia derra-
mado o seu. Todavia, esse sangue agora está sendo derramado, e é por isso
que Atos 20.28 fala do sangue de Deus, com o qual Ele comprou a igreja.
O sangue que estava em Jesus era o sangue de Deus, porque a semence
que o gerou na Terra era a semente de Deus.
Naquela hora, Jesus vai à região dos mortos (Is 53.9). Ele rem o seu
lugar na região dos ímpios. Satanás não conseguiu entender o faro de Deus
ter virado as costas quando a morre veio sobre Jesus. Certamente pensou
que, de alguma maneira, Ele havia pecado. O Salmo 22 é a descrição de
Jesus no hades. Mas quem estava ali era o nosso pecado sendo julgado.
Satanás se regozija. Os demônios festejam. Eles pensam que destruíram
o Filho de Deus. A verdade, porém, é que o pecado é que foi destruído.
O fi lho de Abraão teve a sentença de morre por três dias. Ao fim do
terceiro dia, disse Deus do seu trono de graça: "A divida está paga, o pecado
está destruído". E o Espírito de Deus - o autor da vida - vem descendo
do trono para penetrar nos portões do hades. A luz de Deus penetra no
inferno e ouve-se o grito de Deus: "Meu Filho está aí ilegaJmeme. Bas-
ta!" E o espírito de vida se move em Jesus. O pecado esrá vencido. Jesus
ressurge. Ele venceu! Ele morreu, seu calcanhar foi ferido, mas eis que
vive - o calcanhar está sarado - e agora Ele chega no trono de satanás e
esmaga a cabeça da serpente (Gn 3.15). Ele arranca de suas mãos as chaves
A ALIANÇA DE SANGUE 17 5
Mas ainda é necessário que Ele leve o sangue ao santo dos sanros no
céu. O santuário da Terra era apenas a figura do verdadeiro, que está nos
céus. Ele foi o Cordeiro oferecido em holocausto, mas agora é a figura do
sumo sacerdote que comparecerá perante Deus.
Quando Jesus vai entrando pelos portais da glória, todos os anjos se
levantam. Um homem está entrando no céu, um homem, pela primeira
vez. Quando Jesus veio a este mw1do, era apenas o espíriro para tomar um
corpo, mas quem enrra agora na glória é um homem. Plenamente Deus
e plenan1ente homem.
Quem estava ali diante de Deus? Era eu e você! Quem estava na cruz?
Eu e você! Quem foi ao hades? Eu e você! Quem está entrando no céu?
Você e eu n'Ele. E quando Ele chega, o Pai lhe diz: "Tu és meu Filho; eu
hoje te gerei" . Gerou a quem? O homem que estava em Jesus. Ele existe
desde a eternidade, porque Ele é Deus. Mas se tornou o que eu era.
Depois de o Pai dizer: "Tu és meu Filho, eu hoje te gerei", vira-se para
os anjQs e d iz: "Adorem-no: é Deus! Jesus é Deus! Vocês estão vendo um
homem, mas é Deus. Ele tomou sobre si um corpo e uma natureza de
homem, mas é Deus. Então, volta-se para Jesus e diz: "Deus, o teu trono
subsiste para sempre" (Hb 1.8).
Agora o unigênito não é mais o unigênito, mas o primogênito. Ele já
pagou a divida do homem. O que era do homem eram só as dividas. Eu não
tinha bens, Ele não tinha dividas, mas Ele levou minhas dívidas para me
dar a sua riqueza. Eu não tinha do que viver,Ele não tinha do que morrer,
176 0 PÃO DOS FILHOS - 2 I DIAS PARTINDO O PÃO
mas morreu a minha morre, para me dar a sua vida. Eu era todo pecado,
ele era todo justiça, mas romou o meu pecado para me dar a sua justiça.
No cenáculo, Ele sopra sobre os discípulos e diz: "Recebei o Espírito
Santo" Oo 20.22) . Quem está ali? O Filho de Deus. Nessa hora, o homem
nasce de novo. O Pai olha e diz: "Eis os filhos que Ele me gerou". Satanás
fica surpreso. "Como!? Eu matei um, quantos são agora?" Ele é a sernente
que desceu do céu. "Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele
só; mas se morrer, dá muito fruto" Oo 12.24). Jesus é a semente de Deus
que desceu do céu e morreu, e, ao ressurgir dentre os mortos, não ficou
só, começou a produzir milhares de outros filhos de Deus.
Esta é a realidade do Calvário: a vidá de Jesus agora se rorna a vida do
homem. Hoje, a minha vida entrou na d'Ele. Ele é o cabeça de uma nova
raça Oo 6.54-57).
Aliança é isto: tudo o que é meu se tornou d'Ele; tudo o que é d'Ele
se tornou meu. Se alguém se une ao Senhor, é um só espírito com Ele
(1 Co 6.17).
Quando você estiver à mesa do Senhor, cada vez que pegar o pão, diga:
"Meu pecado, minha maldição, minha morte, minhas fraquezas, minha
derrota, minha condenação, Jesus levou há dois mil anos no Calvário. Es-
sas coisas não têm o direito legal de existir em minha vida. Quando você
comer o pão, veja a vida de Jesus em você. Apenas declare: "Eu morri. A
minha vida está escondida com Cristo, em Deus (Cl3.3). E vivo a vida do
Filho de Deus em m im". Isso vai levá-lo a viver com dign idade na terra,
rejeitando o pecado, a carne, o mundo e o diabo.
Você está doente hoje?Jesus levou sua doença dois mil anos atrás. Paulo
diz: "Entre vós, há muitos fracos e doentes, e não poucos os que dormem,
porque não sabem discernir o corpo" (1 Co 11.29,30). O corpo foi partido
em benefício físico. É pelas suas chagas que somos sarados (2Pe 2.24). O
sangue foi d.erramado para nos purificar do pecado, mas o pão aponta para
as chagas pelas quais somos sarados. E quando você estiver participando
da Ceia, receba cura, receba libertação, receba perdão; tudo é seu. Tudo
que é d'Eie é seu.
necer com ela no decorrer das gerações. Deus queria, com isso, impedir o
empobrecimento e a excessiva concentração de riquezas e terras por uma
pessoa ou por um grupo pequeno de pessoas.
Todavia, quando alguém empobrecia em Israel e não tinha condições de
se manter, ele poderia vender a sua terra, mas aquele que comprava sabia
que não estava comprando wna posse definitiva. Estava como que arren-
dando a terra. A qualquer momento, wn membro daquela família poderia
se levantar e teria o direito de comprar de volta aquela propriedade. Mas,
se no espaço de cinquenta anos ninguém naquela família tivesse recursos
para reaver o que os seus antepassados perderam, no quinquagésimo ano,
seria o ano do jubileu. Naquele ano, rodas as propriedades que haviam
sido compradas voltavam automaticamente aos seus donos de origem.
Quando alguém iria vender a sua propriedade, tomava-se um livro e
nele eram escritas rodas as características, as dimensões, as divisas, tudo
o que havia naquela propriedade e as condições nas quais aquele negócio
havia sido feito. Ele era rodo selado na presença dos juízes. E, se um dia
um membro daquela família quisesse reaver a terra, ele pagaria o valor e
tomaria do juiz o livro selado.
O que temos em Apocalipse é exatamente isso. Nas mãos de Deus, o
juiz de roda a terra, está o livro da posse da terra, que foi perdida pelo ho-
mem. Será que existe um herdeiro legítimo ou um parente próximo que
pode pagar o .preço e tomar posse novamente da terra que fora perdida,
cativa e dominada pelo diabo?
Aquele Livro contém toda a herança do povo de Deus e também tudo o
que deve acontecer até que essa herança nos seja entregue definitivamen-
te. É por isso que, à medida que os selos são retirados, eventos políticos,
sociais, espirituais e cósmicos vão se dando de acordo com o propósito de
EI.E É DIGNO 179
Deus até aquele ápice, quando o vitorioso Jesus vem dos céus e domina
definitivamente sobre toda a terra.
Este é o livro da redenção, da herança e da vitória final do Reino de
Deus (vv. 2 c 3). Mas o ambiente em que tudo isso acontece é de imensa
tristeza. No verso 3 e 4, João ouve o anjo dizendo: "Quem é digno de
abrir o livro e lhe desatar os selos?" É dito, porém, que nem no céu, nem
na terra e nem debaixo da terra, ninguém era digno de abrir o livro e nem
de olhar para ele.
João, então, chora copiosamente. Van1os avaliar a dor e a angústia moral,
existencial e espiritual de João. Ele entrou num desespero total. Ninguém
era digno de abrir o livro. Ninguém tinha a dignidade de tomar o livro da
herança, tampouco de pagar o preço do resgate da terra.
Isso nos mostra a indignidade de todo ser vivo. Não foi achado ninguém
digno, nem no céu: os querubins, os serafins, os arcanjos e as miríades de
anjos; nem na terra: Moisés ou Elias, Davi ou Enoque, Maomé, Gandi,
Kardec, Confúcio, Buda; nem embaixo da terra: morto algllln, nem de-
mônios, nem Lúcifer. Ninguém é digno. Mas um ancião diz: "Não chores;
eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro
e os seus sete selos" (Ap 5.5).
Nós vemos que o ponto central aqui é saber quem é d igno. Jesus é
digno. Porque Ele é digno?
Ele é o Leão da tribo de Judá. Em l Pedro 5.8, diz que satanás é como
um leão procurando alguém para devorar, mas aqui lemos que Jesus é o
verdadeiro Leão. Ele é o mais valente mencionado em Lucas 11.
João o descreve como o cordeiro que havia sido morto. Na sua morte,
Ele pagou o preço. Ele comprou para D eus os que procedem de roda tribo,
língua povo e nação.
Observe que, por um lado, Ele é o Leão, mas por outro, Ele é o Cor-
deiro. Ele é o Leão-Cordeiro. Mas Ele é um Cordeiro poderoso, com sete
chifres e sete olhos.
O s chifres simbolizam o poder, e os olhos são os sete Espíritos de D eus.
O seu sacrifício tem o poder completo e os sete Espíritos fazem a aplicação
desse poder por roda a terra sobre rodo homem que o invocar (CI 2.13- 15).
ELE É DIGNO 181
Sem a perspectiva de que Jesus rem a lustória em suas mãos, à vida e este
mundo se tornam algo sem sentido e absurdo. Quando o homem tema
explicar a história e o mundo sem considerar a necessidade da redenção, o
mundo é sem esperança e sem saída, sem ápice, sem condusão, sem sentido.
Então, ouvi que toda criatura que há no céu e sobre a terra, debai-
xo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há, estava dizendo:
Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor,
e a honra, c a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos. E os
quatro seres viventes respondiam: Amém! Também os anciãos
prostraram-se e adoraram. (Ap 5.1 3-14)
eus sempre usa coisas simples e comuns para revelar o seu poder.
com ó leo, mas parece claro que não é o ó leo que opera o milagre, mas a
oração da fé. A unção com ó leo é algo feiro em fé. O óleo é o meio pelo
qual a fé a liberada.
A. 0 ÓLEO É ALIMENTO
Esses dois cordeiros apontam para o Senhor Jesus, que foi colocado na
cruz de manhã, às 9 horas, e morreu à tarde, às 15 horas. Impressionante
é que os cordeiros eram imolados exatamente nessas horas.
A segunda utilidade do azeite nos dias antigos era para fazer sabão. As-
sim, a unção do azeite tem também a função de limpar e purificar a nossa
vida. Quando digo purificar, não me refiro propriamente à purificação do
pecado, mas à libertação do jugo. O pecado é como um jugo que precisa
ser quebrado na vida de mu.itos, e é a unção que destrói esse jugo.
C. 0 ÓLEO É COMBUSTÍVEL
O azeite também era usado pelo sacerdote para ungir e consagrar pessoas
c coisas a D eus. O óleo é usado sempre que consagramos pastores para o
ministério. O propósito de Deus somente pode ser cumprido por meio
da unção, e o óleo derramado sela esse momento.
Mas podernos também ungir objetos e coisas. H á um irmão entre nós
que estava com a sua casa para vender há quase um ano e não conseguia.
Muitas pessoas vinham ver a casa, mas nenhuma fazi a uma proposta. Por
fim, ele resolveu orar no imóvel e ungir a sua porra com óleo. De maneira
miraculosa, alguns dias depois, ele vendeu a sua propriedade.
Eu sei que há muita coisa estranha sendo feita entre os evangélicos. Al-
guns dizem que é o próprio óleo que cura e até dizem que o óleo de Israel
rem mais poder. Isso, de faro, é errado, o óleo não possui nenhum poder
em si mesmo, assi m como o pão e o vinho não têm nenhum poder. Não
devemos atribuir a esses elementos algum poder mágico. Mas isso não
muda o faro de que eles foram instituídos por Deus para o nosso benefício.
E. 0 ÓLEO CURA
Há cura disponível para o povo de Deus pela unção com óleo e a ora-
ção da fé. Lembre-se sempre de que o óleo não tem nenhum poder em
si mesmo, mas quando ele é separado e ministrado numa oração de fé, o
enfermo é curado e até os seus pecados são perdoados.
Nguns irmãos rejeitam a unção com ó leo pensando que se trata de mera
superstição e dizem que não precisam do símbolo, uma vez que já pos-
suem a realidade do Espírito Santo dentro si. Mas o próprio Senhor Jesus
enviou seus discípulos para orar com os enfermos ungindo-os com óleo.
Ela, pois, não soube que eu é que lhe dei o trigo, e o vinho, e o
óleo, e lhe multipliquei a prata e o ouro, que eles usaram para
Baal. (Os 2.8)
Nem todos estão aptos para entregar o dízimo, mas somente aqueles
que têm experimentado a bondade de Deus e têm entendido que o Deus
Altíssimo possui os céus e a terra. Os dez por cento são apenas a declaração
de que D eus é a nossa fonte.
Abraão teve a revelação de que ele não precisava seguir o rei de Sodoma
para ficar rico. Ele sabia que servia a um Deus que possui todas as coisas.
A mentalidade natural pensa que Deus tira de uns para dar a outros, mas
a verdade é que Deus é tão rico que Ele tem mais que o suficiente para
abençoar a todos que o buscam. Infelizmente, Ló não teve essa revelação
e seguiu o rei de Sodoma. Por um mo mento, teve riqueza e posição, mas
no fim perdeu tudo.
Abraão sabia que seria muiro rico, por isso não queria que ninguém
pensasse que sua riqueza procedia do rei de Sodoma. Ele queria que todos
soubessem que sua riqueza procedia do Deus Altíssimo que possui os céus
e a terra.
Aquele que possui a fé do tipo de Abraão pode dizer confiantemente:
"Bondade e misericórdia certamente me seguirão rodos os dias da mlnha
vida; e habitarei na Casa do Senhor para rodo o sempre" (SI 23.6).
Mais tarde, Deus mesmo vem para destruir a cidade de Sodoma. Ló
tinha escolhido o rei errado. Depois disso, ele não é mais mencionado na
Bíblia. Sua memória cessou e ele e sua esposa se tornaram apenas uma
advertência para que não caiamos no mesmo erro (Lc 17.32).
A ORDEM DE MELQUISEDEQUE
Alguns acreditam que esse Melquisedeque era uma teofania, uma ma-
nifestação de Crisro em forma humana no Velho Testamento. Outros,
porém, acreditam que era um homem comum escolhido para ser um tipo
de Crisro. Para mim, isso não faz muita d iferença, o pomo central é saber
qual o significado desse homem.
Jesus. Esta é uma pane imporrame da nossa adoração. Nós sabemos que
Melquisedeque é Cristo, e a maneira como demonstramos a grandeza do
Senhor é lhe entregando o dízimo.
Se o sacerdócio de Melquisedeque é eterno, então o pão, o vinho e o
dízimo também são perpétuos. H ebreus 7 .8 diz que "aqu i são homens
mortais os que recebem dízimos, porém ali, aquele de quem se testifica
que vive". O pão e o vinho são para testemunhar da morre do Senhor,
mas o dízimo é para testificar que Ele vive eternan1eme. Quem recebe o
dízimo de Abraão é o próprio Senhor Jesus, aquele que vive eternamente.
Você sabe o que significa ter Jesus vivo em sua vida? Isso significa que
Ele virá em sua circunstância negativa e .irá transformá-la em algo bom.
Isso sign ifica que haverá sinais e maravilhas porque Ele está vivo em sua
vida. As pessoas olharão para você e dirão: "Como ele consegue ser tão
abençoado, apesar da crise econômica?"
Muitos pastores jamais dirão isso, mas Deus abençoa nossas finanças,
mesmo quando não damos o dizimo. O dízimo, porém, é um princípio
que faz com que as bênçãos financeiras sejam ainda mais abundantes sobre
nós. É o mesmo que ocorre quando uma pessoa aceita a Crisw em seu co-
ração, porém nunca estuda a Bíblia. Essa pessoa é salva e tem as bênçãos de
Deus? Sim. Mas ela está perdendo muito de Jesus por não estudar a Bíblia.
Abraão estava sob a graça de Deus, e não sob a lei. Sua fé lhe foi im-
putada como justiça porque ele estava debaixo da graça. Hoje, estamos
debaixo da graça como ele estava, por isso o dízimo ainda se aplica a nós.
Para rodo aquele que tem o mesmo tipo de fé de Abraão para ser justo, o
dízimo ainda é aplicável.
Quando você tem a revelação de que o Senhor é a fonte de rodas as suas
bênçãos, então você dá o dízimo com um coração cheio de gratidão por
sua provisão. A gratidão é o resultado espoanrâneo daquele que emendeu
o significado do pão e do vinho. Mas quanto mais emendemos o amor de
Deus manifesto na cruz, mais nos dispomos a entregar o nosso dízimo.
Melquisedeque é eterno porque é o próprio Cristo. O pão e o Vinho
são eternos porque são o corpo e o sangue do Senhor. Se rodas essas coi-
sas permanecem, então o dízimo permanece também, pois rodos eles são
mencionados juncos.
Nesse último dia de nosso jejum partindo o pão dos filhos, separe o seu
dizimo e uma oferta especial de gratidão para aquele que possui os céus e
a terra e que vai fazê-lo prosperar abundamem.ente.
COLEÇAO
-
21DIAS
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ALUÍZIO A. SILVA
21 DIAS PARA CURANDO A FÉ
EDIFICAR SUA EM 21 DIAS
VIDA FINANCEIRA
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Aluizio A. Sth-a
VENCENDO A
CONDENAÇÃO EM
21 DIAS NO VENCENDO A
TEMPO DO FIM CONDENAÇÃO EM
21 DIAS