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Curso: Licenciatura em Pedagogia – EAD


Instituição: UNIFRAN – Polo Varginha
Nome: Hosana do Pilar Jaques
RGM: 1798584-6
Disciplina: Estágio Curricular Supervisionado em Gestão Educacional
Ano/Semestre de realização do Estágio: 2019/6º
Quantidade de horas realizadas: 100 horas

1 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA

Este estágio foi integralmente realizado no Centro de Educação Municipal


Cônego Francisco, localizado na Rua José Candido Souza Sobrinho, nº75 - Catumbi,
pertencente a rede pública da cidade de Três Pontas, no estado de Minas Gerais, e a
mesma esta vinculada a Diretoria de ensino de Minas Gerais.
Os horários de funcionamento da escola é das 07:00 horas da manhã ás 11:30
e do 12:30 ás 17:00 horas. A escola oferta atendimento na Educação Infantil, Séries
Iniciais e Ensino Fundamental, atendendo á um número total de 220 alunos. O estágio
foi realizado no período de 01 de agosto de 2019 á 25 de novembro de 2019, no período
integral, sendo observada a gestão escolar da escola.
Foi observado que a escola possui salas de aulas que atendem todos os alunos,
possui refeitório e banheiros, todos com rampas de acesso para cadeirantes, e para
auxiliar a prática docente oferece a quadra coberta, laboratório de informática, sala de
vídeo e a sala de leitura.

2 INTRODUÇÃO
O estágio curricular que é um dos componentes obrigatório do curso de
licenciatura em pedagogia, foi realizado no Centro de Educação Municipal Cônego
Francisco, localizado na Rua José Candido Souza Sobrinho, nº75 – Catumbi.
O presente relatório visa descrever as observações feitas no período de
estágio, que foi realizado no período de 01 de agosto de 2019 á 25 de novembro de
2019, no período integral, totalizando 100 horas de estágio, sendo observada a
gestão educacional da escola.

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Entende-se “que o estágio se constitui como um campo de conhecimento, o que


significa atribuir-lhe um estatuto epistemológico que supera sua tradicional redução à
atividade prática instrumental” (PIMENTA; LIMA, 2006, p. 6)
A direção da escola me acolheu muito bem, oferecendo livre acesso às
dependências da escola nos horários estipulados, bem como o acesso a toda a
documentação disponível como o seu Projeto Político Pedagógico e o Regimento
Escolar. A profissional responsável pelo meu estagiário foi a Diretora Ana Lúcia, que se
mostrou uma pessoa extremamente competente e conhecedora do funcionamento
pedagógico e gestor da escola.
Participei da definição de metas que a diretora fazia em conjunto com os outros
funcionários da escola, como regras de convivência, calendário escolar organizado etc.
Tardif e Lessard (2005) destacam alguns fatores que possibilitam o trabalho
coletivo na instituição escolar, são eles: espaço do ambiente, estabilidade da equipe
escolar, boas relações pessoais, existência de um projeto coletivo na escola, concepção
da equipe gestora ancorada na gestão participativa, processos de formação continuada
que promova a participação e bom relacionamento entre escola e comunidade escolar.
Compreende-se que esses fatores mencionados são indispensáveis à construção e a
efetivação do trabalho coletivo, e é isso que a diretora Ana Lúcia faz.
Pude observar que a gestão é desenvolvida através de diálogo com professores,
funcionários, pais e alunos para criar um espaço e condições para discussão e troca de
ideia, o que achei muito interessante e enriquecedor para o meu estágio, visto que
muitas pessoas abusam da autoridade e não pensam nos outros para tomar certas
decisões. A diretora Ana Lúcia é muito comprometida e flexível para atender as
demandas da escola.
Durante o período das observações, foi analisada a rotina diária da
coordenadora pedagógica e suas intervenções pedagógicas. Percebeu-se que o mesmo
preocupa-se com o bom andamento da Instituição, percorrendo e auxiliando todos os
espaços e profissionais, desde as serventes, os professores, até a direção, não de modo
impositivo, mas de forma a auxiliar no processo educacional. A coordenadora também
exerce inúmeras funções administrativas e burocráticas, como a assinatura de pareceres,
distribuição e compras de materiais e demais objetos de suprimentos da escola.
A Secretária que acompanhei me ensinou muito sobre seus afazeres, que se
resumiam na gestão de registros e documentos escolares auxiliando toda a gestão.

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Era ela quem fazia processos de matrícula e transferência de estudantes, da organização


de turmas e de registros do histórico escolar dos alunos, além de
controlar e organizar os arquivos com registros dos alunos e fazer processos de registro
de conclusão de cursos e colação de grau.
Os resultados positivos de uma escola só serão realmente garantidos através
do trabalho coletivo coordenado pela equipe diretiva e que envolve a todos da gestão
escolar que são professores, o conselho escolar, pais e o corpo administrativo da
instituição.

3 PERFIL DOS GESTORES

Em meu estágio realizei 120 horas na Gestão Educacional. Foram


acompanhados os três profissionais citados acima, sendo eles: a diretora, a
coordenadora pedagógica e a secretária.
Segue abaixo o perfil destes três profissionais:

DIRETORA: Se chama Ana Lúcia dos Santos, tem 49 anos e é formada em pedagogia
a vinte e dois anos, trabalhou dezoito anos com professora e está a quatro anos na
direção escolar, sendo nesta escola apenas dois anos.
Foi observado neste estágio a grande competência que a mesma possui, sempre muito
preocupada com a limpeza e conservação da escola, além de prezar pelo bom ensino dos
alunos. Faz sempre reuniões com todo o corpo de funcionários da escola, para que
alinhem problemas com os alunos e até mesmo entre os funcionários. Sem dúvidas se
demonstrou uma excelente diretora.

COORDENADORA PEDAGÓGICA: Se chama Patrícia Sousa Oliveira, tem 36 anos e


é formada em pedagogia a quinze anos, relatava sempre o seu prazer em estar dentro da
escola, mesmo com algumas dificuldades. Está no cargo de coordenadora a apenas oito
meses, mas mesmo com o pouco tempo se mostra bem conhecedora do andamento da
escola e cumpre muito bem suas funções junto a direção da escola.

SECRETÁRIA: Se chama Maria Laura Figueiredo, tem 27 anos e é formada em


administração de empresas, e no momento estudante do quinto período de pedagogia.
Trabalha a três anos na secretaria da escola e sempre atende os pais com muita
educação. É ela quem organiza todo o arquivo e fichas dos alunos, os diários de classe e

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também quem lança as notas nos boletins. Neste fim de estágio pude acompanhar a
preparação das novas matrículas para o próximo ano letivo, bem como os diplomas dos
formandos de 2019.

4 PRÁTICA PEDAGÓGICA/ADMINISTRATIVAS/FINANCEIRAS DOS


GESTORES

Estudando sobre a democratização da gestão escolar no contexto econômico


atual, a função social da escola, DOURADO coloca:
[...] a gestão democrática é entendida como processo de aprendizado e de luta
política que não se circunscreve aos limites da prática educativa, mas vislumbra,
nas especificidades dessa prática social e de sua relativa autonomia, a
possibilidade de criação de canais de efetiva participação e de aprendizado do
jogo democrático e, consequentemente, do repensar das estruturas de poder
autoritário que permeiam as relações sociais e, no seio dessas, as práticas
educativas. (DOURADO, 2003, p. 79).
Sendo assim o principal objetivo deste estágio foi conhecer os aspectos
administrativos, pedagógicos e financeiros, considerando os princípios da gestão escolar
de modo que pudesse enriquecer meus conhecimentos como estudante de pedagogia.
A partir das observações realizadas no estágio foi possível ver que a gestora
utiliza como prática no desenvolvimento de suas atividades, uma postura democrática e
participativa sempre colocando os outros funcionários em consideração, antes de tomar
as decisões. Sempre se mostrou muito ética com a qualidade do processo que se
desenvolve na escola e que diz respeito ao conjunto de profissionais, não só aos
gestores, mas todos os profissionais envolvidos no ambiente escolar.
Silva (2009) diz que o gestor educacional é o principal articulador na
construção desse ambiente de diálogo e de participação favorável para o melhor
desenvolvimento do trabalho dos profissionais e, consequentemente, para o sucesso do
processo educativo- pedagógico. Para isso é importante que seja um líder audacioso,
com visão de conjunto, unindo e integrando setores, vislumbrando resultados para a
instituição educacional que possam ser obtidos se embasados em um bom planejamento,
alinhado a um propósito bem definido, além de ter uma comunicação eficaz com sua
equipe.

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O trabalho do coordenador pedagógico conforme Domingues (2014) está


restrito ao âmbito escolar, logo, envolve toda a equipe pedagógica da instituição numa
relação de coletividade entre os pares, com a finalidade de mediar as relações de ensino-
aprendizagem dos alunos.
A respeito das funções e atuação da gestora, destaco a responsabilidade pela
distribuição dos recursos da escola, pois é necessário administrar a documentação
escolar, os materiais pedagógicos e mesmo a estrutura da escola o que inclui a
manutenção de equipamentos, espaços e objetos que pertencem ao patrimônio escolar, e
ela sempre se mostrou muito preocupada com o bom andamento e funcionamento de
tudo na escola.
Segundo Lacerda (2011), ter foco no pedagógico, saber trabalhar em equipe,
comunicar-se com eficiência, identificar a necessidade de transformações e estimular a
promoção da aprendizagem dos profissionais que trabalham com ele são algumas das
competências que um gestor deve ter. Esse perfil atual busca vincular sua atuação
efetiva ao trabalho pedagógico, muito mais do que na função burocrática que o cargo
exige. Ele deve favorecer um ambiente em que o professor seja eficiente e, sobretudo,
saiba ensinar e orientar seus estudantes, tendo ações permeadas de um profissionalismo
interativo, com uma visão de formação contínua ao longo de sua carreira, elaborando
“projetos de orientação e normas de trabalho que valorizem o trabalho em conjunto, o
oferecimento de ajuda e a discussão de dificuldades” (FULLAN; HARGREAVES, 2000
p. 28).

FOCO 1 - Formação Continuada de Professores (em serviço)

A formação continuada de professores em exercício na unidade escolar ocorre


juntamente com o acompanhamento da gestora e sob a orientação da coordenadora. A
formação continuada de professores permite analisar e discutir estratégias de ensino
aprendizagem para melhor suprir as necessidades dos alunos.
É possível elaborar estratégias para melhorar a disciplina dos alunos, verificar os
conteúdos trabalhados, projetos desenvolvidos, planejar o planejamento político
pedagógico da escola.
A coordenadora pedagógica tem formação para exercer as suas funções, entre elas
o compromisso ético com a humanização, com uma escola mais justa, tendo o

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compromisso na formação dos professores que devem refletir sobre o trabalho que está
sendo desenvolvido com os alunos. Tem que ter didática, ter passado por sala de aula,
conhecedora da legislação e conhecer estratégias de condução de grupo.
Sabemos que muitos são os desafios postos pela educação, e que grande é a
insatisfação e insegurança do professor frente a eles. Por este motivo, parafraseando
Nóvoa (1991), Freire (1991) e Mello (1994) é que acreditamos ser a formação contínua
do professor, a saída possível para a melhoria da qualidade do ensino. Diante deste
contexto, a formação continuada constitui-se em uma tentativa de resgatar a figura do
professor, que está carente de respeito, devido a sua profissão, tão desgastada
atualmente. Desta forma, “Ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. A
gente se faz educador, a gente se forma como educador, permanentemente, na prática e
na reflexão da prática” (FREIRE, 1991, p. 589).

5 FOCO 2 – Diretor e a Gestão Democrática

Este tema foi escolhido porque foi observado o quanto a diretora Ana Lúcia sempre
procurava ser democrática em suas decisões frente a direção da escola.
De acordo com Luck (2001), em algumas gestões escolares participativa, os
diretores dedicam uma grande parte do tempo na capacitação de profissionais, no
desenvolvimento de um sistema de acompanhamento escolar e em experiências
pedagógicas baseadas na reflexão-ação.
A diretora sempre pedia nas reuniões que os funcionários da escola levassem suas
idéias e problemas para que pudessem analisarem juntos o que seria melhor para a
escola. Nesta reunião é que eu pude ver a necessidade de se ter frente a escola uma
pessoa aberta ao diálogo, firme, calma, capaz de encorajar nas horas de desânimo e de
estimular nos momentos de entusiasmo. Eu via muito isso na diretora nas reuniões, e ela
conseguia fazer isso com prudência.
Segundo Libâneo (2001) para que uma escola adote um principio democrático deve
agir com participação e autonomia. Para isso os objetivos da escola devem estar bem
definidos e não apenas estar restrito ao processo de conhecimento e aprendizagem ela
precisa ter a capacidade de proporcionar autonomia e determinação no processo de
formação dos cidadãos, pois este é o fundamento para que haja a concepção
democrática participativa na gestão escolar.

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Libâneo cita que os instrumentos necessários para garantir a gestão democrática são:
o projeto político pedagógico da escola (PPP) e o conselho escolar e que pais, mestres e
estudantes devem estar envolvidos nesse processo para que haja qualidade na educação.
Segundo ele as ações pedagógicas estão relacionadas as políticas de educação e a escola
é o ponto de convergência entre diretrizes e o trabalho pedagógico (LIBÂNEO, 2005).
Paro (2001) também confirma a importância do PPP e do Conselho Escolar pelo fato de
abrirem espaços para definir ações voltadas à educação que será utilizada na escola, pois
esse processo envolve uma gestão democrática onde a elaboração, execução,
acompanhamento e avaliação e solicitará a participação de toda a comunidade escolar
com isso as relações sociais ficarão fortalecidas.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estágio proporcionou a compreensão sobre o funcionamento da Direção,


Coordenação Pedagógica e afazeres da secretária. Também fez com que a estagiária
fortalecesse a relação entre a teoria e a prática, o que acabou permitindo uma visão
ampla da parte organizacional e a compreensão da estrutura escolar.
Pude perceber que tudo é uma construção coletiva, que envolve questões
ideológicas e práticas. Se bem alinhadas, elas promovem o sucesso da escola e
a satisfação de todos os interessados, além de impactar positivamente na sociedade.
Acredito que a formação em serviço, apesar de não ser a única solução para
todos os desafios postos para a escola e para prática docente, constitui-se como uma
atividade fundamental na formação do professor.
A diretora sempre apontou caminhos para conscientizar a comunidade escolar
da necessidade de um bom estudo, procurava proporcionar um ambiente favorável para
que isso fosse possível, usava estratégias para que os alunos se envolvessem nos
estudos, procurava se interagir sempre com os pais, atendendo eles quando iam na
escola e até mesmo ligando solicitando a presença de algum pai quando necessário. Ela
sempre prezava por um ensino-aprendizado de qualidade, na formação de cidadãos
críticos e não mero recebedor de informações.

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Enfim realizar este estágio sem dúvidas foi um momento marcante, enquanto
acadêmica do Curso de Pedagogia e principalmente como profissional na área docente,
pois permitiu o entendimento de como ela é organizada.

REFERÊNCIAS

DOMINGUES, I. O coordenador pedagógico e a formação contínua do docente na


escola. 1ª ed. São Paulo: Cortez, 2014.
FREIRE, Madalena. A Formação Permanente. In: Freire, Paulo: Trabalho, Comentário,
Reflexão. Petrópolis, RJ: Vozes, 1991.
FULLAN, M.; HARGREAVES, A. A Escola como Organização Aprendente: buscando
uma educação de qualidade. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
LACERDA, Eliane. Padrões de competência do diretor. Belo Horizonte. 2011
LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática. Goiânia:
Editora Alternativa, 2001.

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LIBÂNEO, J. C. Democratização da escola pública - a pedagogia crítico-social dos


conteúdos. 20 ed. São Paulo: Loyola, 2005.
LÜCK, Heloísa. et.al. A escola participativa: o trabalho do gestor escolar. 5º Ed. São
Paulo, 2001.
MELLO, Guiomar Namo de. Cidadania e competividade – desafios educacionais do
terceiro milênio. São Paulo: Cortez, 1994.
NÓVOA, António. Concepções e práticas de formação contínua de professores, in
Formação Contínua de Professores: realidades e perspectivas. Portugal: Universidade de
Aveiro. 1991.
PARO, Vitor Henrique. Administração escolar: introdução crítica. São Paulo: Cortez,
2001.
PIMENTA, S. G. LIMA, M. S. L. Estágio e docência: diferentes concepções. Revista
Poíesis, v. 3, n. 3 e 4, p. 5-24, 2005/2006.
SILVA, Eliene Pereira da; A importância do gestor educacional na instituição escolar.
Revista Conteúdo Capivari v. 1 n. 2 São Paulo. p. 67- 83.jul./dez 2009.
TARDIF, M.; LESSARD, C. O trabalho docente: elementos para uma teoria da docência
como profissão de interações humanas. Petrópolis: Editora Vozes, 9. Ed., 2014.

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