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QUI12SET
Quinta-feira
12 de Setembro de 2019
Ano 44 • N.º 15747

Kz 45,00
Director: VÍCTOR SILVA
Director-Adjunto: CAETANO JÚNIOR
www.jornaldeangola.co.ao

BALANÇO DO PRIMEIRO SEMESTRE DO ANO DA IGT

DANIEL BENJAMIM | EDIÇÕES NOVEMBRO

NESTA EDIÇÃO

MANUEL RUI
Angola e a defesa
da nossa Biodiversidade
OPINIÃO • 7

CONSULTAS POLÍTICAS

Noruega elogia iniciativas

para estabilidade regional
POLÍTICA • 3

COMÉRCIO
Governo nega escassez
de bens da cesta básica

Acidentes de trabalho
ECONOMIA • 13

AGRICULTURA
Moxico quer relançar
o cultivo de arroz
REGIÕES • 23

MUNDIAL

já mataram 13 pessoas
Treze trabalhadores morreram em acidentes laborais no primeiro
semestre deste ano, anunciou, ontem, a Inspecção Geral do Trabalho
(IGT). Ao todo, foram 764 acidentes de trabalho, dos quais 664
leves, 87 graves e 13 mortais. Houve uma redução de dois acidentes
em relação a igual período do ano passado, em que foram registados
766 casos. A inspectora-geral, Nzinga do Céu, apontou os transportes,
prestação de serviços e construção civil como os sectores com mais
acidentes de trabalho. SOCIEDADE • 26

KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO

MUNICÍPIOS DO MOXICO LÓVUA
França afasta Selecção
Terminou
de Basquetebol
dos Estados Unidos
DESPORTO • 30
Falta quase o regresso
EMBAIXADOR DA CHINA
Violência em Hong-Kong
tudo às vilas espontâneo
ultrapassa fronteira
de Cazombo dos refugiados
das manifestaçõs pacíficas
MUNDO • 11 As autoridades da Lunda-

BENGO
Recém-nascido resiste
e Camanongue Norte anunciaram, ontem,
no Dundo, que o processo
de repatriamento espon-
POLÍTICA • 2
após oito horas tâneo de refugiados da Re-
dentro de uma fossa pública Democrática do
SOCIEDADE • 26 Congo, que decidiram aban-
INÍCIO DO JULGAMENTO donar o centro de acolhi-
LIGA DOS CAMPEÕES mento do Lóvua, terminou
Defendida a absolvição na sexta-feira. Durante o
processo, iniciado a 20 de

do general José Maria Agosto, foram repatriados

14.724 refugiados.
POLÍTICA • 2
No primeiro dia de julga-
mento, Sérgio Raimun-
do, advogado do ex-chefe XENOFOBIA
do Serviço de Inteligên-
cia e de Segurança Mili- QUANTO CUSTA SER MÃE Violência afugenta
tar, general António José
moçambicanos
1º de Agosto prepara jogo
Maria, acusado dos cri-
mes de insubordinação
Pagar pelo parto ou suportar e zimbabweanos
de sábado em Lusaka
DESPORTO • 31
e extravio de documentos
militares, pediu a absol-
a dor em hospitais públicos da África do Sul
DESTAQUE • 4 | 5
vição do réu. POLÍTICA • 3 ÁFRICA • 10
2 POLÍTICA
ALTO ZAMBEZE A CAMANONGUE
Um ângulo da vila de Cazombo, que recebe hoje a visita do Presidente João Lourenço
Chefe de Estado visita
municípios do Moxico
Em Cazombo, João Lourenço reúne com autoridades
tradicionais e, amanhã, inaugura o Hospital de Camanongue
Garrido Fragoso| Luena
O Presidente da República
desloca-se hoje a Cazombo,
sede municipal do Alto Zam-
beze, como primeira etapa
de uma visita de dois dias à
província do Moxico.
De acordo com uma nota
de imprensa da Casa Civil do
Presidente da República, os
municípios de Camanongue
e Luena são as duas outras
etapas da missão do Presidente
João Lourenço, que serão
cumpridas amanhã.
No Alto Zambeze, João Lou-
renço vai reunir com o Governo
Provincial do Moxico, após o
que tomará contacto com o
funcionamento dos sectores
da Educação e Saúde, através
de visitas a uma escola e à
maternidade municipal.
Uma província com muitos desafios
Samuel António | Luena
A província do Moxico mostra
sinais de algum progresso, mas
tem muitos desafios pela frente,
para garantir as condições sociais
básicas para a população.
Numa região caracterizada
pelo mau estado das vias de
acesso, escolas, unidades sani-
tárias e do fornecimento débil
de água e energia eléctrica, o
Governo tem vindo a redobrar
esforços no sentido de ver resol-
vidos estes problemas, que apo-
quentam a maioria dos habitantes.
Foram construídos, nos últimos
anos, várias infra-estruturas, mas
apesar destes esforços, ainda
são insuficientes para assegurar,
de forma eficaz, o acesso aos
principais serviços.
O Moxico necessita de quase
tudo. As marcas da guerra que
Ainda hoje, na Vila de Ca-
zombo, o Presidente da Repú-
blica recebe em audiência
representantes das autorida-
des tradicionais, com destaque
para a rainha Nhakatolo e o
rei dos bundas, Mbando Muwe
Mbando Lifuti.
Amanhã, em Camanongue,
João Lourenço inaugura o Hos-
pital Municipal, devendo cum-
prir o resto do programa de
visita no mesmo dia na capital
da província, Luena, onde pro-
cede à inauguração de uma
escola primária. O Presidente
da República, que termina a
visita a meio da tarde de ama-
nhã, vai marcar presença na
cerimónia de inauguração,
pela ministra da Saúde, do
Centro de Hemodiálise no
Hospital Geral do Moxico. No
quadro da visita, realiza-se
fragilizaram o seu pleno desen-
volvimento ainda são notórias
em muitas localidades. A província
é habitada por gente trabalhadora,
maioritariamente jovem, que
precisa olhar pelas potenciali-
dades que tem, para se erguer
do fraco desenvolvimento que
a região regista.
Apesar do empenho na melho-
ria do fornecimento de energia
e água, e a melhoria do sanea-
mento básico, a rede rodoviária,
principal indicador para potenciar
as actividades agrícolas na região,
continua inacessível.
Por falta de financiamento,
muitas obras de estradas encon-
tram-se em estado de abandono,
tornando assim impraticável o
intercâmbio entre as zonas de
produção agrícola e os centros
comerciais. Para dar outra imagem
à cidade do Luena, o Governo Pro-
KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO
um Fórum da Agricultura que
junta várias sensibilidades e
técnicos ligados ao sector, para
definir métodos sobre a pro-
dução pecuária e apicultura.
Os promotores dizem acreditar
que do evento saiam medidas
para impulsionar a produção
de arroz na região. A província
do Moxico dispõe de solos e
condições climatéricas bastante
favoráveis ao cultivo do arroz.
O Moxico é a maior pro-
víncia do país em termos de
extensão territorial (mais de
200 mil quilómetros quadra-
dos), com uma população esti-
mada em 854.258 habitantes.
No passado foi o maior pro-
dutor do cereal no país, com
mais de 70 toneladas por ano,
o que corresponde a um terço
do que se produz actualmente
em todo o território nacional.
vincial está a recuperar todos os
jardins, passeios e lancis e a colocar
painéis solares para garantir a ilu-
minação pública na periferia.
Cerca de 10 troços nos bairros
Sinai Velho e Novo, num total de
nove quilómetros, já foram requa-
lificados e prevê-se, na segunda
fase, atingir as restantes zonas.
O troço que liga a Tipografia
à Escola Politécnica Superior,
numa distância de mais de dois
quilómetros, recebeu tapete
asfáltico, no trabalho que inclui
o melhoramento das valas de
drenagem. Devido ao surgimento
de ravinas na província, que há
décadas destroem residências
e infra-estruturas públicas, decor-
rem, desde Maio, obras para a
contenção daquelas que apre-
sentam maiores dimensões nos
bairros 4 de Fevereiro e Zorró,
arredores da cidade do Luena.
PRESIDENTE PEDE EMPENHO AOS JOVENS
Sonhos e aspirações
dependem de esforço
Fonseca Bengui
O Presidente da República,
João Lourenço, reconheceu
ontem que a concretização
dos sonhos e aspirações dos
jovens não depende apenas
da política do Executuvio,
mas também do esforço indi-
vidual de cada um.
“A juventude é aquela franja
da nossa sociedade que, jus-
tamente, tem muitos sonhos,
muitas aspirações, cuja con-
cretização depende não só das
políticas do Executivo, do pró-
prio apoio que a sociedade
em geral deve dar, bem como
do esforço, quer individual,
quer colectivo, de cada jovem”.
Em breves palavras, na
cerimónia de empossamento
do novo secretário de Estado
para a Juventude, Fernando
Francisco João, o Chefe de
Estado considerou “gratifi-
cante trabalhar com e para
essa franja da sociedade”.
João Lourenço disse con-
tar com o saber, inteligência
e experiência do novo secre-
tário de Estado para que tenha
sucessos na função.
Fernando Francisco João
foi nomeado na terça-feira,
em substituição de Guilher-
mina Fundanga Manuel
Mayer Alcaim. Depois do
juramento da praxe, Fer-
nando Francisco João assinou
o termo de posse, perante o
Chefe de Estado.
Em declarações à imprensa,
o secretário de Estado indicou
que vai estimular o diálogo
permanente com os vários
segmentos da sociedade civil,
nomeadamente as associações
juvenis, estudantis e religiosas,
PARA A RDC
Repatriamento espontâneo
de refugiados está encerrado
Armando Sapalo | Dundo
As autoridades da Lunda-
Norte anunciaram ontem,
no Dundo, que o processo
de repatriamento espontâneo
de refugiados da República
Democrática do Congo que
decidiram abandonar o cen-
tro de assentamento locali-
zado no município do Lóvua
terminou na sexta-feira.
Durante o processo, iniciado
Refugiados que queiram regressar têm de aguardar pelo dia 18
bem como reforçar a coope-
ração com os parceiros do
Estado que trabalham nesta
área. Referiu que vai auxiliar
a titular do sector na imple-
mentação das políticas do
Estado para a Juventude e
reforçar o apoio à ministra na
articulação com os demais
departamentos ministeriais
com políticas sectoriais que
têm impacto directo na vida
dos jovens.Questionado se
estava preparado para a tarefa,
o novo secretário de Estado
reconheceu que o desafio “é
enorme”. “É uma tarefa espi-
nhosa, mas temos que assumí-
la com sagacidade e com toda
a inteligência possível”, subli-
nhou, apontando o diálogo
permanente como uma das
maiores apostas.
A cerimónia foi testemu-
nhada pelo Vice-PR, Bornito
de Sousa, ministros de Estado,
ministros e pelos secretários
da Presidência da República.
SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO
Novo secretário de Estado
para a Juventude empossado
a 20 de Agosto, foram repa-
triados 14.724 refugiados, dos
quais 3.772 homens, 2.978
mulheres e 7.974 crianças de
ambos sexos, informou ontem,
em conferência de imprensa,
o director do Gabinete Pro-
vincial de Comunicação Social
da Lunda-Norte.
Segundo António Mussu-
mari, o repatriamento espon-
tâneo foi feito a partir das
fronteiras angolanas do Chis-
BENJAMIN CÂNDIDO | EDIÇÕES NOVEMBRO
Quinta-feira
12 de Setembro de 2019
CUNENE
Vítimas da seca
recebem bens
alimentares
Um total de 328,8 toneladas
compostas por bens alimen-
tares diversos foram entre-
gues terça-feira, em Ondjiva,
Cunene, pelo secretário de
Estado do Interior, Salvador
Rodrigues, ao Governo pro-
vincial, para apoiar as mais
de 857 mil pessoas vítimas
da seca.
Entre os bens constam
278,6 toneladas de produtos
alimentares, com realce para
arroz, fuba, feijão, conservas
diversas, açúcar, milho, sal,
massa alimentar, óleo, leite
condensado e 58,2 toneladas
de produtos não-alimentares
entre roupa usada, calçado,
cobertores e sabão.
Ao proceder à entrega dos
produtos, o secretário de
Estado do Interior disse que
os bens são resultado de um
gesto de solidariedade da Pre-
sidência da Republica para
com as vítimas da seca no Sul
do país, que tanto sofre com
a falta de alimentos e água.
Salvador Rodrigues escla-
receu que este é o novo modelo
de entrega de bens que o Exe-
cutivo adoptou para fazer che-
gar os produtos às vítimas da
seca no Sul de Angola, de forma
a conhecer as quantidades
entregues à província e aos
verdadeiros destinatários.
O dirigente disse ser pre-
tensão do Executivo que, à
medida em que chegam os
apoios à província, os mesmos
sejam registados, bem como
saber a quem se destinaram
os bens. A vice-governadora
para o Sector Político e Social,
Suraya de Jesus Kalongela,
prometeu que os bens vão ser
entregues aos destinatários.
sanda (município do Chitato)
e Tchikolondo (Cambulo) e
congolesas de Kamakó (Cas-
sai) e Kalamba Mbuji (Cassai
Central). Mussumari sublinhou
que no princípio da operação
tinham sido contabilizadas
18.800 pessoas que queriam
regressar, mas apenas 14.724
fizeram-no de forma espon-
tânea, enquanto outros opta-
ram por regressar no âmbito
do repatriamento organizado.
António Mussumari expli-
cou que, durante a operação
de repatriamento espontâ-
neo, o Governo angolano
disponibilizou 21 camiões
militares que, durante 16
dias, permitiram o transporte
dos refugiados até aos limites
fronteiriços entre Angola e
a RDC.
O director do Gabinete de
Comunicação Social e Imprensa
disse que nesse momento está
a ser feito o levantamento do
número de pessoas que ainda
se encontra no assentamento
do Lóvua, tendo em vista o
repatriamento organizado, ini-
cialmente agendado para
começar no dia 16 deste mês
e adiado para dois dias depois.
O chefe do escritório do
ACNUR no Dundo, Daniel
Roger, informou que o repa-
triamento organizado vai
começar com o registo das
pessoas a repatriar.
POLÍTICA Quinta-feira
12 de Setembro de 2019
CONSULTAS POLÍTICAS
Noruega elogia iniciativas
na estabilidade regional
Edna Dala
A Noruega elogiou ontem
as iniciativas diplomáticas
de Angola para manter a paz
e a estabilidade regional, pro-
mover a integração e o desen-
volvimento económico do
continente africano.
O elogio foi manifestado
pela secretária de Estado do
Ministério dos Negócios Es-
trangeiros do Reino da No-
ruega, Marianne Hagen, de-
pois da assinatura, em Luan-
da, do comunicado conjunto
com o Ministério das Rela-
ções Exteriores.
O documento foi rubri-
cado pelo secretário de Estado
das Relações Exteriores, Téte
António, e pela secretária de
Estado do Ministério dos
Negócios Estrangeiros do
Reino da Noruega, Marianne
Hagen, no final da terceira
reunião sobre consultas polí-
ticas entre os dois países.
Téte António manifestou
o interesse de ver as relações
entre os dois Estados cada
vez mais intensas.
A dirigente norueguesa
referiu que a Noruega apre-
cia, com satisfação, o trabalho
do Governo angolano, com
PROVEDORA DE JUSTIÇA ADJUNTA
Jurista apela à denúncia
da violação dos direitos
Gabriel Bunga
A provedorade Justiça adjunta,
Florbela Rocha Araújo, apelou,
ontem, em Luanda, a todos
os cidadãos que sentirem os
seus direitos lesados pelas ins-
tituições públicas a recorrerem
à Provedoria de Justiça.
Florbela Rocha Araújo fa-
lava na sessão de abertura de
uma palestra sobre “os ins-
trumentos regionais de pro-
moção e protecção dos direitos,
liberdades e garantias dos ci-
dadãos”, decorrida na Uni-
versidade Óscar Ribas.
A jurista apelou aos par-
ticipantes na palestra a denun-
ciarem as violações dos seus
direitos, seja por que insti-
tuição for. Florbela Rocha
Araújo disse que a Provedoria
de Justiça está aberta a receber
as queixas e reclamações dos
cidadãos contra as actuações
das instituições, quer públicas,
quer privadas.
No ano passado, revelou,
o número de processos au-
mentou em 300 por cento,
devido às elevadas queixas
e reclamações dos cidadãos
contra a actuação dos agentes
da administração pública e
privada. A Provedoria de Jus-
tiça recebe, diariamente, em
audiências, várias reclama-
ções dos cidadãos sobre os
seus direitos violados, disse.
Florbela Araújo lamen-
tou o facto de a Provedoria de
Justiça carecer de quadros su-
ficientes para atender à ele-
destaque para o combate à
corrupção, que está no topo
da agenda de trabalho.
Marianne Hagen elogiou
igualmente as reformas em
curso e outras iniciativas como
a liberdade de imprensa.
No fim da reunião, a repre-
sentante norueguesa defen-
deu ainda a necessidade de
se estreitarem as relações
entre os dois países no sector
das energias renováveis e
gestão de resíduos sólidos.
A secretária de Estado da
Noruega disse que o seu país
conta com grandes empresas
em Angola, com destaque
para o sector petrolífero
No comunicado, os dois
Governos reconheceram que
o mecanismo bilateral vai
permitir incrementar as rela-
ções político - diplomáticas
e de cooperação em sectores
como a Agricultura, Petróleo,
Turismo, Pescas, Ensino Su-
perior e Direitos Humanos,
entre outras áreas.
Os dois secretários de Esta-
do analisaram igualmente a
situação interna nos respec-
tivos países, as reformas em
curso, que visam melhorar o
ambiente de negócios e a
diversificação da economia.
vada demanda dos cidadãos
que se queixam da violação
dos seus direitos.
A palestra foi realizada
pela Provedoria de Justiça
em pareceria com o Programa
das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD).
A provedora de Justiça adjunta
referiu que a iniciativa serviu
para dar a conhecer o papel
do provedor de Justiça na
defesa de direitos, liberdades
e garantias dos cidadãos em
diferentes contextos e sectores
da vida pública e social.
“A iniciativa visa alargar
o conhecimento público e
em particular da comunidade
estudantil e académica sobre
a instituição provedor de Jus-
tiça, o seu mandato, funções
e serviços", disse.
VIGAS DA PURIFICAÇÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO
Florbela Rocha Araújo
Breves
MINISTRA DA ACÇÃO
SOCIAL DE VISITA AO
URUGUAI
Uma delegação do
Ministério da Acção Social,
Família e Promoção
da Mulher (MASFAMU),
chefiada pela ministra
Faustina Fernandes Inglês
de Almeida Alves, inicia
hoje uma visita oficial,
de oito dias, ao Uruguai,
no âmbito do reforço
da cooperação entre
os dois países.
De acordo com uma nota
daquele Ministério,
no Uruguai a delegação
angolana vai colher as
“boas práticas” que visam
melhorar as políticas
sociais em prol da
população em situação
de vulnerabilidade.
Um acordo rubricado
entre os dois países,
em Fevereiro deste ano,
estabelece a troca
de experiências e de
estratégias destinadas
à capacitação da mulher,
descentralização dos
serviços sociais,
transferências sociais
monetárias e capacitação
de recursos humanos que
lidam com as vítimas de
violência, pessoas
vulneráveis como crianças,
idosos e pessoas com
necessidades especiais,
no sentido de humanizar
estes serviços.O protocolo
de cooperação prevê,
também, a capacitação
da mulher em pequenos
negócios e geração de
renda e desenvolvimento
da criança.
MPLA EXORTA SOCIEDADE
A CONTINUAR APOIO ÀS
VÍTIMAS DA SECA
O Secretariado do Bureau
Político reconheceu ontem
os esforços envidados pelo
Executivo para minorar os
efeitos da seca que assola
o Sul do País, exortando
a sociedade a continuar
a apoiar as populações
afectadas por essa
calamidade natural.
De acordo com o
comunicado da sexta
reunião daquele órgão,
orientada pela vice-
presidente do MPLA, Luísa
Damião, o Secretariado do
Bureau Político analisou o
estado actual do processo
de implementação das
eleições autárquicas, tendo
recomendado o reforço da
campanha de educação
cívica eleitoral.
Saudou positivamente as
iniciativas do Presidente da
República, João Lourenço,
visando atrair apoios
externos e reconquistar a
confiança dos investidores
para a estabilização da
economia nacional. No
âmbito das comemorações
do Dia do Fundador da
Nação e do Herói Nacional,
o Secretariado do Bureau
Político do MPLA exortou
a todos os angolanos
a participarem
massivamente nas
actividades programadas,
“para honrarem os ideais
do saudoso Presidente
Agostinho Neto”.
JULGAMENTO PROSSEGUE HOJE
Advogado nega as acusações
contra o general “Zé” Maria
Ex-chefe do Serviço de Inteligência e Segurança Militar é
acusado dos crimes de insubordinação e extravio de
documentos que contêm informações de carácter militar
Adelina Inácio e Miguel Gomes
O advogado do general Antó-
nio José Maria, Sérgio Rai-
mundo, negou as acusações
que pesam sobre o seu cons-
tituinte, designadamente de
extravio de documentos que
contêm informações de
carácter militar e de insu-
bordinação por não ter aca-
tado supostas ordens de um
superior hierárquico.
No primeiro dia do jul-
gamento do ex-chefe do Ser-
viço de Inteligência e Segu-
rança Militar (SISM), Sérgio
Raimundo respondeu à acu-
sação com diversos argumen-
tos. Para o causídico, o militar
“não perdeu, nem extraviou
documentos” sobre os com-
bates no Cuito Cuanavale e
não se coloca a questão de se
saber se aquele material “con-
tém ou não informações de
carácter militar que se cons-
tituem segredo militar”, disse
Sérgio Raimundo.
Segundo o advogado, que
se tornou famoso por defen-
der figuras mediáticas a contas
com a Justiça, a própria “acu-
sação reconhece que os docu-
mentos não se perderam e
nem sequer foram extraviados,
já que só seriam assim con-
siderados se o arguido não pu-
desse apresentá-los”.
Sérgio Raimundo referiu
também que o arguido ape-
nas usou os documentos para
efeito de investigação cien-
tífica e não para extraviar ou
qualquer outro fim ilícito. O
réu tem utilizado a informa-
ção para a publicação de arti-
gos de investigação militar,
inicialmente no Jornal de
Angola e mais tarde no sema-
nário Novo Jornal.
O advogado disse que parte
TRIBUNAL SUPREMO
Defensor de Higino Carneiro
pede instrução contraditória
Adelina Inácio
A defesa do deputado Higino
Carneiro, acusado de gestão
danosa de bens públicos pra-
ticada enquanto governador
da província de Luanda, no
período entre 2016 e 2017, pe-
diu ao Tribunal Supremo a
abertura de uma instrução
contraditória do processo.
O deputado está, também,
a ser acusado pelo Ministério
Público da prática dos crimes
de peculato, violação de nor-
mas de execução do plano
e orçamento, abuso de poder,
associação criminosa, cor-
rupção passiva e branquea-
General começou a responder no Supremo Tribunal Militar
do material lhe foi entregue
pelo então Presidente da Repú-
blica e Comandante em Chefe
das FAA, José Eduardo dos
Santos, que também está arro-
lado como declarante, mas
não esteve presente na pri-
meira sessão do julgamento.
Quanto ao crime de insu-
bordinação, a Lei dos Crimes
Militares estabelece que o
militar que se negar a cum-
prir uma ordem de um supe-
rior hierárquico pode ser
punido entre dois e oito anos
de prisão.
Sérgio Raimundo adiantou
que a ordem não foi dada
directamente pelo Coman-
dante em Chefe das FAA, João
Lourenço, mas sim através
do general Fernando Miala,
chefe dos Serviços de Inte-
ligência e Segurança do Estado.
O advogado disse que não
existindo entre o general Fer-
nando Garcia Miala e o general
Zé Maria qualquer relação de
subordinação, teria que ser
exibida “uma ordem escrita
mento de capitais.
O advogado José Carlos disse
ontem, à imprensa, que exis-
tem no processo que envolve
o deputado aspectos que de-
vem ser melhor clarificados.
“Depois que fomos notificados
da acusação, entendemos que
havia aspectos que deviam
ser melhor clarificados. Para
este facto, requeremos a aber-
tura da introdução contradi-
tória”, informou.
O causídico disse que o
Ministério Público não prati-
cou todos os actos que devia
ter praticado em sede de ins-
trução. José Carlos afirmou
que está a aguardar a notifi-
cação do despacho que admite
3
JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO
ou no mínimo exibir um man-
dato de delegação de poderes".
Sem estes elementos, o arguido
“tem o direito de não acatar
tal orientação”, defendeu Sér-
gio Raimundo.
As leituras da acusação,
da pronúncia e a contestação
marcaram, ontem, o primeiro
dia do julgamento do general
ex-chefe do Serviço de Inte-
ligência e Segurança Militar.
O julgamento decorre nas
instalações do Comando do
Exército. Ontem, a sala estava
completamente cheia, entre
dezenas de militares, jornalistas
e familiares dos envolvidos.
Ao contrário do que seria de
esperar, foram audíveis as
reacções de acordo ou desa-
cordo do auditório ao longo
dos procedimentos. O ambi-
ente estava agitado com a
constante entrada e saída de
militares e jornalistas da sala
onde decorreu a audiência.
As próximas sessões estão
marcadas para hoje, amanhã
(13) e para o dia 23.
ou não a abertura da instrução
contraditória.
José Carlos disse que a
defesa pede a instrução con-
traditória para melhor escla-
recer determinados aspectos
e, se calhar, “esvaziar parte
do conteúdo da própria acu-
sação”. “O Ministério Público
não concluiu a acusação. O
pouco que fez nem sequer
foi bem feito”, criticou.
O advogado do deputado
do grupo parlamentar do
MPLA considerou que, se a
acusação fosse bem feita,
o própiro Ministério Público
não requereria, também, a
abertura da instrução con-
traditória.
4 DESTAQUE
Evitar a dor do parto em hospital
público e pagar uma fortuna
em clínica privada
Um parto normal ultrapassa um milhão de Kwanzas em algumas unidades
privadas. Mulheres que já tiveram passagem em maternidades públicas para dar
à luz falam em "atendimento desumano", razão que as faz recorrer a clínicas
privadas. Por causa dos altos custos, recorrem ao crédito para ter um parto que
adjectivam como “seguro”.
Rodrigues Cambala
Quando Edite desata a falar
da noite de 6 de Abril de 2013,
logo se percebe, pelo seu tom
melancólico, algum res-
sentimento. Não pelo nasci-
mento da primogénita, mas
“pela forma brutal” como
foi atendida numa materni-
dade pública.
A mulher de 39 anos tem
ainda gravado todos os ângulos
do que viu: uma mulher estava
a ter o bebé no corredor, sem
ajuda; outras gritavam amar-
gamente na recepção, algumas
com sangramento e em prantos.
Mesmo assim, "a maioria rece-
bia berros da equipa médica".
“Aquelas mulheres não
estavam a ter assistência mé-
dica”, recorda.
O que até agora faz con-
fusão na cabeça de Edite é a
insensibilidade de uma par-
teira diante da situação de
outra mulher em trabalho de
parto. Ela conta na primeira
pessoa a sua própria expe-
riência. Mal entrou na sala de
parto, uma parteira perguntou
que idade tinha. “Respondi
que tinha 31 anos. A enfermeira
olhou para mim e, num tom
PARTURIENTES TÊM ESCOLHA DIFÍCIL
Naquela noite, Edite
e a parturiente com
quem partilhou a
cama não pregaram
no sono, porque
o colchão era
exíguo e só cabiam
os recém-nascidos.
Ambas deitaram-se
sobre as
extremidades da
cama, com o risco
de a hemorragia
aumentar
sarcástico, disse-me onde
estava durante todo o tempo
para fazer filho”, lembrou.
Prossegue o relato, dizendo
que, no mesmo instante, a
enfermeira sorriu e acrescen-
tou, apontando para uma das
camas: “olha para aquela
criança de 11 anos, já deu à
luz e você até agora ... nada.
Por isso, é melhor se despa-
char, senão vamos embora e
vais ter de esperar um outro
turno”. Uma mulher já adulta,
que acabava de dar à luz, sus-
surrou para Edite e transmitiu
alguma experiência: “minha
filha, não grite mais, porque
quanto mais gritar, o bebé não
sai”. “Foi graças a esta mulher
que, depois de alguns minutos,
a minha filha nasceu”, admite
a mulher. As más recordações
de Edite aumentaram tão logo
a parteira gritou para que se
apressasse até à sala de parto.
“Enquanto caminhava, a
cabeça do bebé já estava visí-
vel e, ainda assim, não tive
apoio da enfermeira”, afirma,
para recordar as palavras da-
quela: “se o bebe cair, a culpa
não vai ser minha”.
Edite lamenta que lhe tenha
sido feito um rasgão, sem anes-
tesia, no órgão genital, para
dar passagem ao filho. “Chega-
se a uma altura em que a dor
parece não existir, de tanto
sofrimento”, avança. Depois
do parto, não foi possível rece-
ber soro, porque, de tanto ner-
vosismo, fruto do que chama
maus-tratos, as enfermeiras
não encontravam a veia.
“Elas deixaram-me com
pequenos hematomas. Na
sala, estavam mulheres nuas
e homens da limpeza a passar
de um lado para outro”.
Desde aquela data, Edite
jurou nunca mais voltar a
uma maternidade pública
EDIÇÕES NOVEMBRO
para dar à luz. Ela queixa-
se da falta de condições hu-
manas e materiais: “partilha
da cama com outras partu-
rientes e colchão castanho
de tanto sangue seco”, aponta
como exemplos.
“Não tomei banho”
No momento da sutura, Edite
lembra que ficou chocada
com a atitude de uma enfer-
meira, que abandonou paci-
entes por estarem a gemer
de dores. Enquanto estava a
ser suturada, diz que foi inti-
midada pela enfermeira, que
não mostrava qualquer sinal
de humanismo. “Ela disse-
me, em tom abusivo, que era
melhor calar a boca, porque,
se me cosesse mal, o meu
marido ia fugir-me”.
Naquela noite, Edite e a
parturiente com quem par-
tilhou a cama não pregaram
no sono, porque o colchão era
exíguo e só cabiam os recém-
nascidos. Ambas deitaram-
se sobre as extremidades da
cama, com o risco de a hemor-
ragia aumentar.
Já de manhã, explica, desis-
tiu do banho, porque o ralo
do banheiro parecia obstruído.
Duas parturientes, uma cama
Antes de ter o filho, Vilma,
38 anos, já ouvia histórias
de que as parteiras em hos-
pitais públicos maltratavam
as mulheres. Também ouvia
dizer que faltava carinho e
humanismo. Em 2009, Vilma
dirigiu-se a uma materni-
dade pública, para ter a sua
primogénita.
Conta que, pela manhã,
sentiu as primeiras dores,
que a forçaram a recorrer à
maternidade, mas, depois
de uma rápida avaliação, a
médica informou que ainda
não era a hora. “As dores do
parto prolongavam-se, daí
que sugeri ao médico que
fizesse uma ecografia”.
Pedido aceite. Já na sala
de ecografia de um estabe-
lecimento privado, o técnico
orientou que voltasse ime-
diatamente à maternidade,
porque estava a perder líqui-
dos. De regresso, a jovem
ficou mais de duas horas na
recepção, sem atendimento.
“Falei com a parteira. Não
me atendeu. Recorri à mé-
dica, que me atendeu. Em se-
guida, deu-me um compri-
mido para pôr debaixo da
língua”, explica. Porém, o
receio começou a apoderar-
se dela, quando viu três par-
turientes numa cama.
“Fui à casa de banho. Nem
as empregadas de limpeza
respeitavam as pacientes”,
salienta, acentuando que as
parteiras não ajudam. "O pior
é que elas, por incrível que
pareça, não acreditam que
aquelas mulheres estão com
dores e nem sequer se mostram
preocupadas, porque acham
que estamos a exagerar”.
Vilma diz que, depois do
parto, pediu a uma médica
que a ajudasse a destapar
ligeiramente o rosto do bebé,
deitada no berçário. “A médica
perguntou-me se eu era da
confiança dela”, recordou,
angustiada. “Fui suturada
sem anestesia… Foi um terror,
devido às dores”, afirma. Tal
como a Edite, Vilma admite
ter saído traumatizada do
hospital, depois da observação
feita antes da alta médica.
“Elas falam sem maneira.
E a enfermeira disse-me:
'abre as pernas, porque na
hora de…”, conta, numa voz
trémula. Segundo a mulher,
A água estagnada estava en-
sanguentada. “Estavam seis
ou sete mulheres a tomar
banho, ao mesmo tempo. O
chão estava com sangue e era
arriscado. Havia o perigo de
contrair doença, porque a
água que saltava de uma ia
para a outra parturiente”.
Antes da alta médica, todas
as parturientes são subme-
tidas a uma observação. Uma
parteira avalia o estado de cada.
“Com as dores, tentei gritar e
a enfermeira abandonou-me.
Ela destratou-me e se negou
a observar-me, porque pedi
que esperasse um pouco por
causa das dores. Em seguida,
pedi várias desculpas, mas,
ainda assim, foi-se embora”,
acentuou, para lembrar que,
sem a observação, a parturiente
não recebe alta.
Edite e outras mães supli-
caram para uma outra enfer-
Quinta-feira
12 de Setembro de 2019
a equipa médica exige que
todas as parturientes andem
depressa para chegar à sala
de observação.
“Fiquei traumatizada e
disse, para mim mesma, que
nunca voltaria a pôr os pés
naquela maternidade”.
A mulher avalia que as
parteiras nem parecem hu-
manas. "Às vezes parecem
seres de um outro planeta.
É difícil entender um pro-
fissional sem humanismo.
Elas esquecem que aquela
paciente poderia ser sua
filha ou irmã”.
Uma hora depois de dar
à luz, prossegue Vilma, deixou
a sala de parto com os pró-
prios pés. Com o bebé ao
colo, subiu as escadas até à
Sala de Internamento. “Sem
apoio, andei pelas escadas,
com dores da sutura”, subli-
nhou, com os punhos cerra-
dos. Esguia, de cabelo curto,
Vilma afirma que as mater-
nidades tratam as pessoas
como se fossem seres des-
prezíveis. Naquele dia, ela
quis sair daí o mais rápido
possível.
“Percebi as razões que
fazem com que muitas mu-
lheres se atirem para baixo.
Acredito que seja devido aos
maus-tratos, porque a minha
vontade era fugir daquele
lugar”.
Antes de deixar o hospital,
Vilma pensou que já tinha
visto tudo, mas não. “Vi uma
mulher a ser torturada psi-
cologicamente, porque,
quando chegou, estava com
imensas dores e sem atendi-
mento. Uma parteira disse-
lhe: 'estavas aí a gritar muito,
agora está ali, o teu bebé mor-
reu. Agora, chora mais…' A
parturiente ficou impávida e
s e m d e i ta r u m a l á g r i m a
sequer, a sofrer por dentro”.
Vilma afirma que muita gente
não tem ideia do que se passa
dentro das maternidades.
A mulher fez vincar o desejo
de jamais voltar à maternidade
pública. Para dar à luz o último
filho, optou por juntar o salário
e ir a uma clínica, apesar dos
preços altos.
“Tenho pena das outras mu-
lheres que não podem ir a uma
clínica”. Refere que se lhe faltar
dinheiro, vai preferir ter o bebé
em casa.
meira, que as observou sem
resmungar. Conta que a cama
de observação estava ensan-
guentada e que retirou guar-
danapos da pasta para limpar
o sangue de uma outra mulher.
“Mandam-te deitar numa
cama com sangue”, disse,
lembrando que, logo que
entrou ao hospital, percebeu
que o atendimento era defi-
ciente. "Tive medo de tudo…
de tudo mesmo. Nunca mais
volto a uma maternidade
pública, mesmo que tenha
de me endividar para ir a uma
clínica privada”.
Por isso, em 2016, Edite
juntou 600 mil kwanzas,
para dar à luz numa clínica.
O mesmo procedimento
repetiu no ano passado. “Não
volto nunca. Recuso-me a
voltar àquela maternidade,
para o meu bem e dos meus
filhos”, sustenta.
DESTAQUE Quinta-feira
12 de Setembro de 2019 5
EDIÇÕES NOVEMBRO

Ana pede para ser iden-

tificada pelo primeiro nome,
tal como as duas primeiras
entrevistadas. Aos 32 anos,
teve o primeiro parto no Bra-
sil, por cesariana. Um ano
depois, voltou a estar grávida.
Mais de dois
Tratava-se de uma gravidez
de risco. Com receio de ter o
parto no país, devido às con-
dições hospitalares defici-
milhões
de kwanzas
ente e à fraca atenção, Ana e
o esposo haviam, mais uma
vez, criado condições para
retornar ao Brasil. Mas viagem
não aconteceu.
“O meu marido sugeriu,
na altura, que fosse ter o parto
numa maternidade pública,
mas neguei, porque sei dos
riscos que poderia correr”,
por um parto
indica. A 14 de Junho deste
ano, a mulher sentiu os pri-
meiros sinais do parto, mas
procurou uma unidade pri-
vada para dar à luz. Inicialmen-
te, pagou 1.180.000 kwanzas
pela cesariana.
“É realmente caro”, disse,
sublinhando que ficou inter-
nada durante cinco dias e os
custos aumentaram de forma
assustadora. Ana conta que,
no dia da alta médica, o seu
esposo foi orientado a dirigir-
se ao caixa (área de pagamento)
para fazer mais um depósito
de 600 mil kwanzas.
“Tive pena do meu mari-
do, porque eram cobranças
que já não estavam no pro-
grama e, apesar das explica-
ções, achei-as excessivas”.
Lembrou que, mesmo com
os preços elevados, os serviços
ficam aquém dos prestados
em clínicas estrangeiras.

Porquê tão altos sublinhou que devem sempre

Na clínica Sagrada Esperan-
ça, também conhecida por
Endiama, o Jornal de An-
gola foi recebido pelo Pre-
sidente do Conselho de Ad-
ministração (PCA), Rui Pin-
to, acompanhado dos seus
vice-presidentes para Área
Clínica, Conceição Pitra, e
para Economia e Finanças,
João Martins.
Rui Pinto reconheceu
serem altos os preços pra-
ticados, se for guia o salário
mínimo em Angola. Justi-
ficou que a situação decorre
dos impostos, excessiva bu-
rocracia e demora nas im-
portações de medicamentos,
preços dos equipamentos
médicos e a sua manutenção
e o pagamento dos salários
dos especialistas envolvidos
no parto.
“Não beneficiamos do
Orçamento Geral de Estado,
como as outras clínicas e não
nos comparamos às outras
clínicas, que até têm outras
empresas por trás”, admite.
Afirma ainda que alguns par-
tos são pagos dois anos depois,
ou seja, são encaixados den-
tro da dívida pública". Ao
defender que a clínica tam-
bém faz investimento na for-
mação dos quadros, asse-
verou que o valor do parto
não é fixo e muitas vezes baixa
em função do tratamento
prestado.
Na conversa, o PCA chegou
a dizer que o parto, na unidade
que dirige, custa 700 mil Kwan-
zas e não 1.241.080 Kwanzas,
valor afixado na clínica e ao
qual o Jornal de Angola teve
acesso por uma cópia. A nossa
reportagem pediu a Rui Pinto
a tabela de 700 mil, mas este
negou-se a fornecer, sem jus-
tificar as razões das parturientes
Tabela de preços
Por várias razões, mulheres
procuram clínicas privadas
para dar à luz. “Não se trata
luxo”, segundo Edite, Vilma
e Ana. O Jornal de Angola
fez uma ronda por quatro
das principais clínicas pri-
vadas de Luanda, uma delas
orçamentada pelo Estado.
A Multiperfil estipula o parto
normal no valor de 450 mil,
que, com gastos em medi-
camentos e dias de interna-
mento, supera os 600 mil.
A cesariana custa 800 mil
Kwanzas e, até ao dia da alta,
pode atingir um milhão de
Kwanzas. Entretanto, no dia
em que a parturiente entra,
deposita 40 mil Kwanzas no
Banco de Urgência.
Na Meditex, o parto nor-
mal tem o preço inicial de
pagarem um valor e a direcção
anunciar outro.
Na clínica Meditex, a nossa
reportagem foi recebida pelos
directores geral e clínico, que,
sem se identificarem, recu-
saram-se a falar sobre o assun-
to. Já as clínicas Multiperfil e
Girassol não responderam às
cartas, há mais de um mês
endereçadas, às respectivas
direcções, para que justificas-
sem valores tão elevados.
Preços livres
Uma fonte do Ministério das
Finanças disse que as regras
para a atribuição de preços
está no Decreto Executivo
77/16, de 25 de Fevereiro. O
300 mil Kwanzas, que pode
atingir os 500 mil, após a
alta médica. A cesariana é
700 mil. A tipologia da sala
de internamento e outros
cuidados médicos contribui
para a alteração do preço,
que varia entre 800 mil e 950
mil Kwanzas.
Na clínica Sagrada Espe-
rança, o parto normal custa
1.241.080 Kwanzas. Gémeos
normais 2.171.890 Kwan-
zas, cesariana 2.016.755
e gémeos por cesariana
2.220.944 Kwanzas. A cure-
tagem 620.540 mil. Já a
incubadora paga-se, por
dia, 930.810 mil. Antes de
abandonar o hospital, a
parturiente observa subida
no preço, em função de exa-
mes e medicação inicial-
Ao admitir
que cada clínica
pode determinar
os preços dos
partos, a fonte
sublinhou que
devem sempre
obedecer às regras
de formação
do preço
anteriormente
mencionadas
documento define as regras
e procedimentos para a fixa-
ção e alteração dos preços
praticados nas diferentes
mente não previstas.
Já na clínica Girassol,
as parturientes fazem
um adiantamento no
valor de 735 mil Kwan-
zas, para parto nor-
mal, e 1.180.000
Kz, para cesaria-
na. A parturiente
desembolsa,
igualmente, o
valor de 100
mil Kwanzas
na sala de ob-
servação e pré
parto. Um par-
to normal atin-
ge um valor
acima de um
milhão de kwan-
zas, com a inclusão
de outros cuidados
médicos.
categorias do exercício da
actividade económica ou por
categoria de produtos e ser-
viços, bem como os meca-
nismos para o desempenho
da actividade de fiscalização
e controlo dos preços.
Avança a fonte que os pre-
ços praticados pelas clínicas
estão enquadrados no Regime
de Preços Livres, nos termos
do n.º 2 do artigo 12.º do Decreto
Presidencial 206/11, de 29 de
Julho. Na formação dos preços
pertencentes a este regime
(como o das clínicas), os agen-
tes económicos devem levar
em conta os seguintes custos,
conforme o artigo 6.º do
Decreto Executivo 77/16: custos
de produção, aduaneiros, por-
tuários, de transporte, dos
impostos, de armazém e des-
pesas administrativas.
Segundo o documento,
não devem incluir na for-
mação dos preços qualquer
despesa resultante de inob-
servância de qualquer regra
do exercício da actividade,
como multas, penalizações
e outros encargos.
“A margem a aplicar, após
a determinação do custo uni-
tário do serviço prestado, deve
variar em função da oferta e
procura de mercado”, afirma
a fonte. Ao admitir que cada
clínica pode determinar os
preços dos partos, a fonte
obedecer às regras de forma-
ção do preço anteriormente
mencionadas.
Acrescentou que os preços
praticados pelas clínicas
devem ser alvos de vigilância,
caso se verifique a necessi-
dade de se corrigir distorções
na formação de preços deste
serviço, em consequência
de alterações de preços não
justificados pelas condições
normais do mercado.
“A existência de especu-
lação só poderá ser confirmada
mediante uma investigação”,
assegura a fonte.
INADEC e Inspecção
O responsável para a área
de apoio ao cliente do INA-
DEC (Instituto Nacional de
Consumidor) disse que os
preços a nível das clínicas
deviam ser acompanhados
pela Inspecção Geral da Saúde.
Wassamba Neto defende
a uniformização dos preços
dos partos ou o estabeleci-
mento de um equilíbrio. O
técnico do INADEC admitiu
a existência de uma comissão
dos ministérios das Finanças
e da Saúde, que trabalha
num tarifário para estabe-
lecer equilíbrios nos preços,
salvaguardando os interesses
dos consumidores.
Por outro lado, o Jornal de
Angola tentou, por duas vezes,
falar, por telefone, com o Ins-
pector-Geral da Saúde, Oli-
veira Miguel, que, entretanto,
foi pedindo para ser contac-
tado no dia seguinte. No final,
deixou de atender o telefone
e de responder às mensagens.
Da inspecção de Saúde,
o Jornal de Angola pretendia
saber se a instituição faz vigi-
lância dos preços praticados
pelas clínicas privadas.
6 OPINIÃO Quinta-feira
12 de Setembro de 2019

EDITORIAL IMAGEM DO DIA

Rua da Guarda Passagem, em Viana e sem mais comentários

A situação na África do Sul AGOSTINHO NARCISO | EDIÇÕES NOVEMBRO

A situação delicada por que passa a África do Sul, relacionada com os ataques que
algumas comunidades estrangeiras sofreram, além de ser um mau precedente, deve
ser evitada a todo o custo pelas autoridades daquele país. As mortes são sempre la-
mentáveis, numa altura em que provavelmente, com alguma antecipação e prevenção,
as forças de segurança locais podiam ter evitado. Os países africanos em geral e da
SADC em particular acompanham os desenvolvimentos que levaram a perdas de vidas
humanas, a destruição de bens públicos e privados. E vale realçar a iniciativa do
Governo do Presidente Cyril Ramaphosa em enviar emissários a alguns países, tal
como Angola, para, no quadro das consultas permanentes, ajudar as autoridades an-
golanas a compreender o que realmente lá se passa. Na terça-feira, ao fim do dia, o
Presidente da República concedeu uma audiência ao assistente para as Relações Inter-
nacionais do Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, que se deslocou a Angola
para consultas e esclarecimentos.
Ao falar para a imprensa, o representante do Chefe de Estado da "nação arco-
íris" deu a entender que, independentemente de alguns excessos por parte das po-
pulações, na verdade, faltou alguma antecipação, prevenção e eventualmente
actos repressivos contra todos quantos se atiraram contra os estrangeiros. “A
imagem que se tem é que são ataques dirigidos apenas a cidadãos estrangeiros.
Mas a questão crucial é que as forças de segurança não foram totalmente capazes
de lidar com as causas basilares e as motivações das pessoas, levando o país à
situação em que está”, disse o assessor de Cyril Ramaphosa.
Mais do que condenar ou ponderar-se sanções contra a África do Sul, tal como
chegaram a advogar alguns sectores, é recomendável o engajamento com as autoridades
sul-africanas para a busca das melhores soluções.
Embora se trate de um problema interno, mas à medida que os seus efeitos
transcendem a África do Sul, afecta os estrangeiros e as relações com os outros países,
não há dúvidas de que faz todo o sentido que as atenções estejam viradas na necessidade
de ajuda e busca de soluções africanas.
Angola, pela voz do Presidente da República, João Lourenço, a julgar pelas declarações
feitas pelo enviado do Presidente sul-africano, está ao lado das autoridades sul-africanas,
predispondo-se a apoiar. O engajamento construtivo com as autoridades sul-africanas
deve ser o caminho a seguir, numa altura em que as forças de defesa e segurança
devem tudo fazer para que a segurança, ordem e tranquilidade nas comunidades
habitadas por estrangeiros permita o regresso à normalidade. Na verdade, a violência
contra os estrangeiros não vai contribuir para aumentar os postos de emprego, cujo
défice pode ser superado exactamente e também com a presença de estrangeiros no
país. Afinal, grande parte dos empregos que a África do Sul precisa para proporcionar
à larga maioria da população essencialmente jovem desempregada passa pelo inves-
timento estrangeiro, assegurado por numerosas comunidades africanas. Acreditamos
que disto as autoridades sul-africanas, a começar pelo Presidente da África do Sul, têm
plena consciência, razão pela qual apelou aos seus compatriotas no sentido de se pre-
disporem a discutir os problemas que têm sem recurso à violência. Esperemos que as
autoridades sejam capazes de evitar que os precedentes resultantes de ataques cíclicos
contra estrangeiros sejam uma página do passado, que as famílias das vítimas sejam
ressarcidas, que os danos materiais sejam compensados e que se mantenham as boas
relações entre todos os países africanos, afectados ou não pelos recentes ataques.

CARTAS DOS LEITORES

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PROPRIEDADE
Víctor Silva (presidente) Edições Novembro, E.P.
ADMINISTRADORES EXECUTIVOS
Caetano Pedro da Conceição Júnior
As nossas empresas contra todos os que "zungam", pululam pela cidade a vender
SEDE:
José Alberto Domingos
Rui André Marques Upalavela Rua Rainha Ginga, 12-26 Muito já se falou sobre os pro- o edil de Luanda defendeu a in- pomada, pós, pedaços de pau
Caixa Postal 1312 - Luanda
Luena Kassonde Ross Guinapo
Redacção: 222 020 174 jectos empresariais que não so- tegração e reorientação. Acho e líquidos de toda a espécie au-
ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS Telefone geral (PBX): 222 333 344
Filomeno Jorge Manaças Fax: 222 336 073 breviveram aos esforços para que esse deve ser o paradigma mentou em muitas artérias da
Mateus Francisco João dos Santos Júnior Telegramas: Proangola
a sua manutenção. Há nume- da governação, instruir e orientar cidade de Luanda.
rosos projectos empresariais, mais do que reprimir ou eliminar E segundo um levantamento
públicos e privados, que mor- o comércio informal. Termino feito por um grupo de estudan-
reram pouco depois de terem essa minha modesta carta, feli- tes, numerosas farmácias de
DIRECTOR: Ferraz Neto (subeditor) e Pereira Dinis nascido, facto que devia levar citando o governador e toda a Luanda têm conhecido uma
Víctor Silva
DIRECTOR-ADJUNTO:
EDIÇÕES ESPECIAIS: a muitas reflexões. Julgo que sua equipa. procura crescente de estimu-
Adalberto Ceita, André dos Anjos, Domingos dos Santos,
Caetano Júnior
Leonel Kassana e Yara Simão seria bom que se ponderasse a DEOLINDA BASTOS lantes sexuais e curiosamente
DIRECTOR EXECUTIVO:
Guilhermino Alberto criação de uma agência ou co- Marçal desacompanhadas de receitas
FOTOGRAFIA:
EDITOR EXECUTIVO:
Francisco Bernardo (editor-chefe), missão de acompanhamento médicas. Como recomendam
José Cola (editor),
Diogo Paixão Dombele Bernardo, Domingos Cadência, Eduardo Pedro, João Gomes, dos projectos para os mais va- todos os especialistas, os esti-
Maria Augusta, Miqueias Machangongo, Mota Ambrósio, Paulo Mulaza, Kindala
SUB-EDITOR EXECUTIVO:
Cândido Bessa Manuel, Santos Pedro, Agostinho Narciso, Vigas da Purificação, Contreira Pipas riados fins. Mais do que criar Estimulantes sexuais mulantes sexuais devem ser
novos projectos, precisamos de Escrevo pela primeira vez para usados somente sob orientação
CORRESPONDENTES PROVINCIAIS:
GRANDE REPÓRTER: Adão Diogo (Lunda Sul), avaliar correctamente as causas o Jornal de Angola para falar ou prescrição médica, facto
Luísa Rogério Alberto Coelho (Cabinda),
João Mavinga (Zaire), de desaparecimento dos que sobre estimulantes sexuais, apa- que muitos não fazem, acaban-
EDITORIAS:
POLÍTICA:
Vladimir Prata (Namibe),
Esídoro Natalício (Cuanza-Norte),
surgem, como se aguentam e rentemente uma conversa tabu, do por exagerar na dose. E como
Santos Vilola (editor-chefe),
Fonseca Bengui (sub-editor) e Bernardino Manje (subeditor)
Luís Pedro (Cuanza-Sul),
Noé Jamba (Bengo),
porque é que "morrem" em con- mas que cuja demanda nas far- se não bastasse a procura exa-
Adelina Inácio, João Dias, Edna Dala,
Garrido Fragoso e Gabriel Bunga
Francisco Curinhingana (Malanje)
Fernando Cunha (Huambo),
dições em que poderiam ter con- mácias aumenta a cada dia que gerada por estimulantes sexuais
OPINIÃO: João Constantino (Bié),
José Chaves (Andulo),
tinuidade. O acompanhamento passa. Como enfermeiro e fun- nas farmácias, segundo o re-
Ambrósio Clemente (editor-chefe), Faustino Henrique (subditor)
SOCIEDADE:
Jaime Azulay (Benguela),
Jesus Silva (Lobito),
serviria como uma espécie de cionário de uma instituição hos- ferido estudo, publicado no iní-
Nhuca Júnior (editor),
Alberto Pegado (editor),
Estanislau Costa (Huíla), base de dados inclusive para pitalar de pequena dimensão, cio deste ano nas redes sociais,
Joaquim Aguiar (Lunda-Norte),
José Meireles (editor),
Rodrigues Cambala, André da Costa, Kilssia Ferreira, Manuela Gomes,
Silvino Paulo (Uíge), reorientar todos quantos queiram noto e oiço falar com muita fre- o mais preocupante é que a
Lourenço Manuel (Cuando Cubango),
Augusto Cuteta, Alexa Sonhi, César André, César Esteves, Edivaldo Cristóvão,
Carla Bumba e Mazarino da Cunha
Quinito Kanhamei (Cunene), entrar para a vida empresarial, quência de casos que envolvem procura pelos estimulantes é
Samuel António (Moxico),
REGIÕES: no sentido de aprenderem as o recurso de estimulantes se- dominada por jovens. Os jovens,
Sérgio Chivaca (editor-chefe),
Béu Pombal (subeditor), PAGINAÇÃO E ARTE:
Salvador Escórcio (Editor), Soares Neto, Eugénia Victor, Augusta Lucéu, Tomás Cruz,
melhores lições. xuais por parte dos jovens. E, na sua maioria entre os 25 a
Filipe Eduardo
ECONOMIA:
Noé Pungue, Evaristo Sacupalica, João Augusto, Josefa Abreu, Maria Messele, Alberto
Bumba, Inês Quingando, Margarida Zilungo, Maria da Silva, António Saldanha,
FERNANDO RIBEIRO na verdade, correm muitas in- 45 anos, são os que mais pro-
Cristóvão Neto (editor-chefe), Henrique Faztudo, António Quipuna, Raúl Geremias, João Mundaka, Ana Paula Dias , Samba formações, algumas nem sem- curam os estimulantes sexuais,
Armando Estrela (subeditor), Isabel Fragão, Manuel Cassenda, Francisco da Silva, João Mundaka, Rui Jacinto,
Ana Paulo, Kátia Ramos, Madalena José, Natacha Roberto e Victorino Joaquim Bruno Bernardo, Luquemba Pedro pre verídicas, sobre a procura grande parte deles sem neces-
MUNDO:
Bernardino Fançony (editor-chefe), António Canepa CARTOON E ILUSTRAÇÃO: destes estimulantes. Basta ver sidade dos mesmos. Fazem-no
Armando Pululo e Casemiro Pedro
DESPORTO:
Venda na rua que o número de senhoras que apenas por necessidade de, ale-
Amândio Clemente (editor-chefe),
Anaximandro Magalhães (subeditor), António Cristóvão, COPY DESK:
Há dias gostei da posição assu- gadamente, "aumentar a pres-
Armindo Pereira, Teresa Luís, Vivaldo Eduardo, ESCREVA-NOS
António de Brito e Honorato Silva
Rui Ramos, Arlindo Soares e Esperança Vieira Dias mida pelo novo governador de são", facto que muitas vezes
CULTURA: Luanda, que defendeu a venda Cartas recebidas na acaba por ser fatal. Vale a pena
António Bequengue (editor-chefe), Adriano Melo (subeditor), O Jornal de Angola Rua Rainha Ginga, 12-26
Francisco Pedro (subeditor), utiliza os serviços da ANGOP, AFP, Reuters, EFE e Prensa Latina na "zunga", designação que pas- Caixa Postal 1312 - Luanda ir ao médico para evitar situa-
Amilda dos Santos, Manuel Albano, Mário Cohen e Roque Silva
GENTE E FIM-DE-SEMANA: PUBLICIDADE: sou a servir para a venda am- ou por e-mail: ções adversas evitáveis.
António Cruz (editor-chefe),
Isaquiel Cori (editor)
(+244) 937 550 262 bulante. Contrariando vozes que PEDRO MANTA
(+244) 949 770 006 e-mail: publicidade@jornaldeangola.com escrevaconnoscoJA@gmail.com Huambo
Edna Cauxeiro (subeditora), defendiam medidas repressivas
OPINIÃO Quinta-feira
12 de Setembro de 2019 7
O CÁGADO ESTÓRIAS
E AS PALAVRAS DO SILÊNCIO DE ONTEM E HOJE
Manuel Rui Luciano Rocha
CITAÇÕES

Angola e a defesa “Temos duas

formas de acabar
com a ocupação do
Recuperação de valores
da nossa Biodiversidade Afeganistão, a
guerra santa e o
combate ou as
e a indústria artesanal
Para além dos “tropismos” de Trump, do hoje vou falou para um entrevistador europeu: “todos os negociações. Se A pequena indústria artesanal, que já foi ganha-pão de
amanhã ameaço, rasgo este acordo e mais o outro, dias passam grandes camiões com os nossos troncos Trump quer parar tantos angolanos, caiu em desuso por várias circunstâncias,
o mundo tem sido, recentemente, abanado pela grossos de árvores, madeira para ir para o estran- com as discussões uma das quais, não a única, o surgimento do plástico, que
Amazónia, a maior floresta do planeta, património geiro… e nós não temos carteiras de madeira para nós vamos adoptar tomou conta das nossas vidas.
da humanidade que Bolsonaro, por lapso, gritou as nossas crianças.” Definiu o que ainda persiste a primeira opção Numa altura em que tanto se apregoa a urgência da re-
que foi conquistada pelos seus antepassados dando na relação norte-sul. Outro dia, liguei a euronews e eles vão cuperação de costumes e valores, muitas vezes sem que
um pontapé na história que chamou conquista à e vi e ouvi a nossa ministra do Ambiente que eu ad- arrepender-se quem o faz saiba o que diz, quanto mais contribuir para a
invasão e quase extermínio mesmo epistimicidio miro como cientista e defensora da nossa biodiver- rapidamente” materialização da intenção falada da boca para fora e que
(destruição existencial) dos índios, esquecendo sidade, falando simples e dando uma aula. Seria se conhecem, como nunca, os malefícios do plástico, a par
até o Padre António Vieira e seus sermões. E a te- bom que outros governantes soubessem como ela Zabihullah Mujahid da importância de diversificarmos a economia para nos tor-
Porta-voz dos talibãs
lenovela chegou ao ponto de se comparar, as figuras daquilo que governam. Temos dados passos em narmos menos dependentes do estrangeiro, estranha-se
da primeira-dama brasileira e a francesa num mau frente mesmo aqui perto na Quiçama. Não devemos que não se tente incrementar o fabrico artesanal de uma
gosto de comparar um Ferrari a um calhorda…só esquecer que fazemos parte da bacia do Congo série de utensílios de uso diário, aproveitando a matéria-
faltou aquela cantiga do Roberto Carlos… onde está a 2ª majestade verde do mundo, o Maiom- “A imagem que prima nacional.
Hoje, o homem comum aprende pela média, be, também património da humanidade, abran- se tem é que são A indústria artesanal não requer grandes investimentos,
nova semântica com palavras ligadas gendo sete países entre os quais An- ataques dirigidos dispensa importações de matérias-primas e formadores con-
às alterações climáticas causadas gola. Tem uma grande biodiversida- apenas a cidadãos tratados, com os custos e resultados que todos conhecemos,
pela constante e crescente vontade de com gorilas, leopardos, girafas, estrangeiros. Mas a
do ser humano em dominar a natu- Quanto mais elefantes, leões e mais de 400 outras questão crucial é
não raro “mulas” de divisas, detentores de diplomas e currí-
culos vazios de verdade, preenchi-
reza desenvolvendo alterações po- os países espécies e ainda mais de dez mil es- que as forças de dos à passagem do equador.
sitivas e negativas, principalmente
desenvolvidos
pécies de plantas. segurança não Muitas árvores Há por aí, ainda, velhos mestres
pela utilização da energia produzida Agora, numa corrida contra o tem-
por fósseis como o petróleo e o car- po, a luta pela descarbonização que
foram totalmente desapareceram, artesãos e artesãs, capazes de en-
vão mineral com as quais chegou diminuírem as pressupõe a substituição das ener-
capazes de lidar
também elas, por
sinar jovens sem profissão, desem-
com as causas pregados de longo tempo, a fazer,
aos automóveis, aos aviões ou barcos emissões de gias fósseis, chamadas sujas, pelas
basilares e as uma diversidade de por exemplo, cordas para vários
do tamanho do Titânica. Palavras limpas como as obtidas pelo vento
como biodiversidade e ecossistemas carbono mais e pelo sol, surgem os carros eléctricos motivações das fins, balaios, vassouras, abanos,
factores, entre eles, porta-moedas, carteiras de mão
estão na berra. Biodiversidade é “a e mesmo o pequeno Portugal já en- pessoas, levando
variabilidade entre os seres vivos de empresas virão trou no princípio da substituição. o país à situação a ignorância, para senhoras, cortinas, telhados,
pequenas mesas, cómodos, cadei-
todas as origens, a terrestre, a mari- para África No entanto, não será tão cedo que em que está” característica do rões de mateba, a folha da mate-
nha e outros ecossistemas aquáticos a humanidade se descarbonize. Po-
e os complexos ecológicos dos quais transferir fábricas rém, quanto mais os países desen- Khulo Mbtaha novo-riquismo que, beira, pau que havia em profusão
Assistente para as Relações em muitas das actuais províncias,
fazem parte.” Já agora, ecossistema
de veículos volvidos diminuírem as emissões de Internacionais do Presidente
da África do Sul, Cyril
como doença da qual se aproveitava, igualmente,
significa o sistema onde se vive, o carbono mais empresas virão para
conjunto de características físicas, a gasolina, gasóleo África transferir fábricas de veículos
Ramaphosa
peganhenta, invadiu a seiva para fazer maluvo.
Entre as matérias-primas que
químicas e biológicas que influen-
ou metanol
a gasolina, gasóleo ou metanol para a sociedade já foram utilizadas - e podem voltar
ciam a existência de uma espécie África. Seria bom que nos contratos
“Fiz tudo em angolana, a ser - em fabricos artesanais sem
animal ou vegetal.
A importância principal da Ama-
para África figurasse a reconversão para energias
limpas, de forma faseada e com for- orientação do
descaracterizou-a, necessidade de saída de divisas,
zónia para a humanidade é a do equi- mação de pessoal local. ex-governador que tanta falta nos fazem, nem de
líbrio ecológico para além de toda Como disse o filósofo Aristóteles, Álvaro Boavida derrubou árvores, importar “especialistas”, há outra
uma infinidade de espécies animais e vegetais. A o homem é um animal político. E nestas coisas de Neto, por via algumas seculares, variedade enorme de árvores, co-
mo a mafumeira, de que se faziam
Amazónia não escapou à intenção humana de des- clima manda a política que visa o lucro imediato, telefónica, com
truir para fazer, daí que a sua desmatação, opondo oculta da poluição a fórmula 1, o lixo espacial de realce na destruiu pequenas os dongos.
ruralistas (do agro ou garimpo) e os ambientalistas que poucas vezes se fala e a cadeia alimentar pois arrecadação de lavras, que Muitas destas árvores desapa-
que defendem a floresta tenha crescido de forma as fezes do gado das grandes fazendas, para além receitas do receram, também elas, por uma
surda mas assustadora, tendo levado países doa- dos combustíveis para as máquinas, são uma município,
abasteciam, diversidade de factores, entre os
dores para a conservação da floresta a ameaçarem fábrica de carbono pelas fezes dos animais. Daí
consubstanciadas diariamente, quais a ignorância, característica
do novo-riquismo, que, como doen-
suspender as doações. Não esquecer que a Ama- que alguns ambientalistas, para dar o exemplo,
zónia tem sete milhões de km2, abrange sete es- abandonaram a carne da sua dieta alimentar. Quer
na concessão de cidades com ça peganhenta, invadiu a sociedade
terra, licenças de
tados brasileiros e nove países da América Latina, dizer, adeus churrascos, será? Uma coisa é certa,
obras e vedação” produtos frescos. angolana, descaracterizou-a, der-
rubou árvores, algumas seculares,
30 mil espécies de plantas, trinta milhões de espécies não será possível voltar ao antes de. Foram milhões
de animais, inclui 20% dos recursos hídricos de todo de anos até o nosso córtex cerebral chegar a este Beatriz Napende destruiu pequenas lavras, que abas-
o planeta, contribuindo, directamente, para o equi- estado de inventar inteligência artificial, vendo- Diniz teciam, diariamente, as cidades
Antiga administradora
líbrio climático da terra. se ao espelho, sem saber o lado de lá do espelho municipal do Chinguar entre com produtos frescos. E passamos a ter de importar o que
Mas é tempo de pensarmos em nós, Angola, que que é o depois da vida que quando acabar não po- 2011 e 2018, está a ser julgada
no Tribunal Provincial do Bié,
já tínhamos tido. O que deu um jeito enorme a uma corja
ainda vamos sendo um paraíso de biodiversidade derá ser contada por já não haver história. O homem por peculato, associação que se promoveu a elite auto-avaliada pela fortuna de que
criminosa, branqueamento
com a vantagem de sermos poucos para tanta terra. para inventar foi atacando a mãe de todos nós que de capitais, falsificação de dispunha, sabemos todos como.
E é tempo porque poderá chegar um dia em que os é a natureza e parece que nunca conseguirá inventar documentos, participação
em negócios e tráfico
O que vinha de fora chegava e sobrava-lhe para o que
que saíram do ocidente para invadir a África, a Amé- outra. O Bloco de Esquerda, partido político por- de influência tinha à mesa e permitia-lhe, entre outras benesses, comissões
rica ou a Ásia, nos voltem a invadir para tirar a água. tuguês tem uma palavra de ordem interessante de importação. Jamais, os que compunham - compõem -
Uma cidadã moçambicana, de filho nas costas, no que concerne ao clima: “não há planeta B.” “Os reformados, esta súcia de “colarinho branco”, imaginaram que um dia
em muitas lhes fossem pedidas contas, mas começaram já a ser “cha-
DR ocasiões, deixaram mados à pedra”. Mesmo que haja os que consigam escapu-
o convívio familiar lir-se, usando os mais variados estratagemas, nem todos o
para o exercício conseguirão.
das suas O mal que fizeram - fazem ainda - a este país, a este povo, é
actividades, enorme. Somente daqui a muito tempo se há-de poder avaliar
o tamanho real. O que sabemos agora é que não é tempo de
passando por “chorar sobre o leite derramado”, mas de “arregaçar as mangas”
situações que os e tentar que as gerações vindouras tenham uma Angola com
impossibilitavam menos desigualdades, mais solidária, melhor para viver, o que,
ter uma noite de todo, não é difícil.
tranquila porque Para isso, porém, é indispensável que deixe de ser um
tinham de país de tantas intenções anunciadas, mas de mais trabalho,
enfrentar o fogo acções concretas. Também sem um único plástico que nos
e ameaça do mata diariamente, instante a instante, nem tanto cimento
inimigo, em defesa armado. Pelo contrário, com mais lavras e pomares a ro-
da garantia da dearem cidades e vilas, pequenos negócios estruturados,
ordem social” artesões que o esculpam nas obras que fazem. No fundo,
Eugénio Laborinho uma Nação com alma. E a angolana é enorme, com horizontes,
Ministro do Interior mas sem limites.
8 Quinta-feira
12 de Setembro de 2019

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(12.324)
Quinta-feira
12 de Setembro de 2019 9
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(500.810)

OFERTA DE EMPREGO N.º____ Setembro de 2019

GESTOR DO PROGRAMA DA BACIA DO OKAVANGO

AACADIR (Associação de Conservação de Ambiente e Desenvolvimento Integral Rural) foi

fundada em 2001 como organização não-governamental, sendo a maior parte das suas actividades
concentrada na Província do Cuando Cubango, onde opera há mais de 15 anos. O principal man-
dato da ACADIR é a protecção e conservação dos recursos ambientais e o desenvolvimento sus-
tentável das comunidades, nos termos dos seus Estatutos, da Lei Constitucional da República de
Angola e de qualquer outra legislação em vigor. A ACADIR está a colaborar com The Nature Con-
servancy (TNC) para desenvolver e levar à prática acções especificamente bem orientadas na Pro-
víncia do Cuando Cubango.

TNC é uma das maiores organizações de conservação do mundo, cuja missão é de proteger as
terras e as águas de que toda a vida depende. TNC tem programas em 72 países e tem ao seu ser-
viço alguns dos mais eminentes cientistas do mundo em matéria de conservação, e encarna algumas
das melhores capacidades de resolver questões de conservação na devida escala e criar parcerias
com vista ao alcance do desenvolvimento sustentável. No âmbito desta colaboração, a ACADIR está
a proceder ao recrutamento de um técnico para o posto de “Gestor do Programa da Bacia do Oka-
vango”, que vai estar em função a partir de Luanda. O referido técnico (ou a referida técnica) será o
chefe (ou a chefe) da equipa e o gestor (ou a gestora) do trabalho emergente de TNC no curso su-
perior da Bacia do Okavango em Angola, em parceria com a ACADIR.

A pessoa que será recrutada responsabilizar-se-á pela coordenação, planificação e implementação

da Estratégia de TNC no Okavango e pelo desenvolvimento de parcerias com o governo, a sociedade
civil e parceiros na comunidade local, com vista a uma implementação eficaz e harmoniosa da es-
tratégia de TNC de protecção das águas das nascentes na parte angolana da bacia. Guiar-se-á pelas
Estratégias de The Nature Conservancy ao nível da Região África e do Mundo. Os candidatos inte-
ressados devem fazer chegar uma carta de motivação e o seu currículo vitae ao endereço abaixo in-
dicado, bem como dirigir os seus pedidos para termos de referência mais detalhados:

Sr. António Chipita, através do correio electrónico antoniochipita2012@gmail.com ou pelo terminal

telefónico +244931379906

Associação de Conservação do Ambiente e Desenvolvimento Integrado Rural

Rua 1.º de Maio de Menongue, entre os edifícios do MAPESS e MINARS
C. P. 34 - Menongue, Cuando Cubango, Angola, Telefax: +244 -2492 -82021
e-mail: aacadir@yahoo.com.br

Data de encerramento das candidaturas: 23 de Setembro de 2019

(501.182) (12.311)
10 ÁFRICA
PRESIDENCIAIS NA GUINÉ-BISSAU
ONU exorta o Governo
a cumprir data da votação
O CS das Nações Unidas declarou que as eleições na Guiné-
Bissau deverão marcar o fim de um ciclo político instável
A secretária-geral assistente
para África do Departamento
de Operações de Paz das Na-
ções Unidas, Bintou Keita,
disse, durante a reunião do
Conselho de Segurança do
organismo, que terminou à
madrugada de ontem, que o
país tem de cumprir a data
estabelecida para o acto elei-
toral e deve aprimorar medi-
das de transparência e o de-
senvolvimento de uma estra-
tégia para as eleições, no sen-
tido de responder à "descon-
fiança generalizada" na polí-
tica guineense.
Bintou Keita considerou
que a comunidade interna-
cional deve dar apoio finan-
ceiro e “contribuição instru-
mental” para a realização das
eleições presidenciais de 24
de Novembro e, se necessário,
para a segunda ronda, em 29
de Dezembro, para pôr fim
ao “ciclo político de instabi-
lidade” que dura desde 2015.
A secretária-geral assis-
tente para África do Depar-
tamento de Operações de
Paz das Nações Unidas subli-
nhou que o processo eleitoral
tem desafios, entre os quais
o registo dos eleitores que não
tiveram oportunidade de votar
nas eleições legislativas, rea-
lizadas em Março, que rondou
os 25 mil.
O representante perma-
nente da Guiné-Bissau junto
da ONU, Fernando Delfim
da Silva, declarou que o Go-
verno está comprometido
com a realização de eleições
credíveis e transparentes, e
lembrou que o cenário polí-
tico actual está afectado pela
maior apreensão de droga
da história do país, em 2 de
Setembro, de 1,8 toneladas
de cocaína. Segundo o diplo-
mata, as eleições presiden-
As eleições presidenciais na Guiné-Bissau devem ocorrer no dia 24 de Novembro no país
ciais serão uma oportunidade
para o povo guineense “reno-
var a legitimidade” das ins-
tituições do país.
A quantidade de droga
apreendida no início do mês
demonstra a dimensão de
como o país é “atractivo”
para os traficantes, devido
à fragilidade das instituições
e “vulnerabilidade geográ-
fica”, afirmou Fernando Del-
fim da Silva, considerando
que os vizinhos africanos
lidam com os mesmos pro-
blemas do crime organizado
e tráfico de droga.
O representante plenipo-
tenciário junto da ONU ma-
nifestou a necessidade de
reforço da cooperação com as
Nações Unidas no combate
ao tráfico de droga, um dos
maiores problemas do país,
com uma parceria entre Gover-
no e o Gabinete das Nações
Unidas sobre Drogas e Crime.
Fernando Delfim da Silva
pediu ao Conselho de Segu-
rança que se encontrem for-
mas de aumentar a capacidade
das instituições nacionais,
que operam em condições
“extremamente precárias”.
O Conselho de Segurança
da Organização das Nações
Unidas declarou que as elei-
ções presidenciais na Guiné-
Bissau deverão ser o fim de
um ciclo político instável e
devem garantir segurança
e inclusão.
Segundo a Lusa, os mem-
bros do Conselho de Segu-
rança destacaram também
que a Guiné-Bissau é o pri-
meiro Governo “inclusivo” e
“equilibrado” da África Oci-
dental, devido às oito ministras
e três secretárias de Estado
que fazem 35 por cento dos
membros do Executivo. A
ONU indicou também que as
eleições presidenciais, em
Novembro, são mais uma
oportunidade para demonstrar
uma “liderança inclusiva”.
Período pós-eleições
O Conselho de Segurança
advertiu que a dificuldade
será gerir o período pós-elei-
toral, quando serão necessá-
rias reformas constitucionais,
e apelou para que as “tendên-
cias” dos actores políticos de
pôr em causa o resultado das
eleições sejam dissipadas.
Os Estados-membros com
assento no Conselho de Segu-
rança expressaram profunda
preocupação pelo elevado
número e grau de gravidade
de crimes relacionados com
as drogas, assim como pela
possibilidade de estas activi-
dades criminosas serem uti-
lizadas para financiamento
de actividades terroristas
Por fim, a ONU destacou
a determinação da Polícia
guineense e das forças de
segurança em neutralizar o
problema das drogas, e disse
que o controlo da segurança
e estabilidade deve ser asse-
gurado também pelo Grupo
P5, ONU, Comunidade dos
Países de Língua Portuguesa
(CPLP), União Africana, União
Europeia e Comunidade Eco-
nómica dos Estados da África
Ocidental (CEDEAO).
O Gabinete Integrado das
Nações Unidas para a Conso-
lidação da Paz na Guiné-Bissau
(UNIOGBIS) promete ter um
papel importante na realização
das eleições presidenciais.
O actual mandato da UNI-
OGBIS vai até 28 de Fevereiro
do próximo ano, mas requer-
se uma diminuição gradual
das actividades até ao encer-
ramento, previsto para 31 de
Dezembro de 2020.
DR
Burundi
ONU FALA EM “CLIMA
DE MEDO GENERALIZADO”
A UM ANO DAS ELEIÇÕES
Um “clima de medo” reina
no Burundi, a menos de um
ano das eleições gerais,
previstas para 2020,
constataram investigadores
das Nações Unidas, que
denunciaram assassinatos,
detenções arbitrárias e
torturas de opositores
políticos, informou ontem a
Pana. No terceiro relatório, a
Comissão de Inquérito sobre
o Burundi afirma que
violações graves dos direitos
humanos, “incluindo crimes
contra a Humanidade”
continuaram a acontecer
neste Estado dos Grandes
Lagos, desde Maio de 2018.
Falando em Genebra,
Françoise Hampson,
membro da Comissão,
insistiu no facto de que
jovens activistas
denominados
“Imbonerakure”, que se
aliaram ao partido do
Presidente Nkurunziza,
são responsáveis por estas
violências. “Estão presentes
por todos os lados e
intimidam e aterrorizam
todas as pessoas que não
manifestam o apoio ao
partido do Presidente”,
indicou.
As Nações Unidas, no seu
relatório, referem que
a Comissão aplicou
o “Quadro de Análise das
Atrocidades Criminosas”
elaborado em 2014 pelo
Gabinete do Conselho
Especial para a Prevenção
do Genocídio.
DR
INUNDAÇÕES DEIXAM
RASTO DE DESTRUIÇÃO
NA NIGÉRIA
Três mortos e dezenas
de desaparecidos é o
resultado das inundações
no estado nigeriano
de Nassarawa (centro),
provocadas por chuvas
torrenciais, segundo
referiu ontem a imprensa
local. A quantidade das
águas da chuva fizeram
transbordar o leito do rio
Amba, inundando as casas
construídas nas margens.
É a primeira vez que Amba
transborda, disse à AFP
Alhaji Saidu Iliya, um
residente da região.
As enchentes danificaram
casas em Doma e Daddere,
onde mais de 30
residências submergiram,
incluindo o gado e lavras,
declarou o governador
do estado, Abdullahi Sule.
Na Nigéria, as inundações
provocadas pelas chuvas
são constantes. Em
Setembro de 2018, mais de
200 pessoas morreram
no centro do país, depois
da inundação dos rios
Benue e Níger.
MOÇAMBICANOS E ZIMBABWEANOS
Vários veículos foram incendiados em actos de vandalismo
Voluntários começam
a deixar a África do Sul
O Governo moçambicano
prepara o repatriamento de
cerca de 400 cidadãos, que
manifestaram o desejo de
regressar voluntariamente
ao país, disse ontem o repre-
sentante do Ministério dos
Negócios Estrangeiros, Ge-
raldo Saranga.
Geraldo Saranga adiantou
que perto de 400 moçam-
bicanos manifestaram inte-
resse em regressar ao país,
num processo de repatria-
mento voluntário e as auto-
ridades moçambicanas estão
a criar condições para que
isto seja feito.
"O Governo prevê que até
amanhã haverá condições
para receber as vítimas de xe-
nofobia e um centro de trânsito
foi criado no distrito de Moam-
ba, província de Maputo, com
infra-estruturas, água e pro-
dutos de higiene.
Geraldo Saranga apelou
aos moçambicanos para não
retaliarem contra os ataques
a estrangeiros na África do
Sul, porque Moçambique
privilegia uma gestão pacífica
dos conflitos. “Acredito numa
plataforma de diálogo que
vai produzir uma solução
definitiva”, disse.
No Zimbabwe
O Governo do Zimbabwe
anunciou, igualmente ontem,
que vai repatriar 171 cidadãos
SITUAÇÃO NO SUDÃO DO SUL
Acordo para a formação
de um Governo interino
O líder opositor sul-sudanês
Riek Machar e o Presidente
Salva Kiir decidiram, ontem
em Juba, a criação de um Go-
verno interino, que deverá
entrar em funções até ao dia
12 de Novembro, referiu on-
em a Reuters.
Segundo o assessor de
segurança da Presidência sul-
sudanesa e chefe do Comité
do Período Transitório, Tut Ga-
luak, o acordo foi obtido no
final de uma reunião entre os
dois líderes, que decorreu no
Palácio Presidencial em Juba,
capital do país, para abordar
as questões pendentes do
acordo de paz assinado há um
ano na Etiópia.
“O objectivo desta visita é
tratar todos os casos pendentes
no acordo de paz. Estes encon-
tros servem para conseguir a
paz no Sudão do Sul”, destacou
o assessor, acrescentando que
o líder opositor foi acompa-
Quinta-feira
12 de Setembro de 2019
DR
residentes na África do Sul,
após a onda de violência contra
os seus negócios, o que causou
a morte a dois zimbabweanos.
Segundo a ministra da Infor-
mação, Publicidade e Servi-
ços de Rádio e Televisão, Mo-
nica Mutsvangwa, os ataques
contra empresas de migran-
tes foram detalhados pelo
ministro das Relações Exte-
riores e Comércio Exterior,
Sibusiso Moyo.
De acordo com o relatório
do diário oficial "The Herald",
Moyo anunciou que, devido
a esses ataques xenófobos,
171 zimbabweanos foram
afectados e dois morreram.
Neste momento, o Consulado
do Zimbabwe na África do
Sul procura o apoio de orga-
nizações internacionais para
ajudar essas pessoas.
O Congresso Nacional Afri-
cano pediu aos cidadãos coo-
peração para prevenir actos
de violência contra empresas
de migrantes africanos. As
autoridades admitiram que
não receberam dados de inte-
ligência sobre o que foi orga-
nizado contra essas instalações
em vários locais em Joanes-
burgo. O secretário-geral do
ANC, Ace Magashule, disse
que a sociedade precisa coo-
perar: “todo o cidadão deve
ser um oficial de inteligência,
nas comunidades sabem onde
residem os chefões do crime”.
nhado pelo general Moham-
med Hamdan Dagalo, conhe-
cido como "Hemedti", con-
siderado como o homem forte
do Exército do Sudão, país
que actuou como mediador
no processo sul-sudanês.
“A visita de Machar, que
actualmente reside no Sudão,
aconteceu após a suspensão
de um encontro que estava
previsto para Julho em Addis
Abeba, pela rejeição do Go-
verno sul-sudanês de realizar
reuniões fora de Juba”, expli-
cou o assessor.
Hemedti acompanhou
Machar porque o líder opo-
sitor tem que viajar para o
Sudão do Sul acompanhado
de alguém do alto escalão do
vizinho do Norte até que sejam
resolvidos os pontos discor-
dantes do pacto. Além disso,
o general irá reunir-se com
os rebeldes sudaneses exilados
no Sudão do Sul.
MUNDO Quinta-feira
12 de Setembro de 2019
Faustino Henrique
O embaixador chinês con-
siderou em conferência de
imprensa realizada na terça-
feira, em Luanda, que os actos
violentos que ocorrem em
Hong-Kong, com ataques às
forças policiais, à assembleia
legislativa local, à represen-
tação do Governo Central, pro-
fanação da bandeira nacio-
nal chinesa, ultrapassam a
fronteira das manifestações
pacíficas.
Gong Tao, disse que du-
rante os últimos 20 anos, a
China tem respeitado os com-
promissos assumidos com
a Grã-Bretanha, desde que
no dia um de Julho de 1997,
Hong-Kong passou para a
soberania chinesa baseada
no princípio "um país, dois
sistemas".
Gong Tao, que reagia aos
acontecimentos em Hong-
Kong, disse que na região
autónoma não ocorrem ma-
nifestações, mas actos que
atentam gravemente contra
a segurança das pessoas, que
violam o espírito do mencio-
nado princípio de "um país,
dois sistemas" e que ameaçam
a soberania do Governo Cen-
tral sobre Hong-Kong.
As manifestações pací-
ficas de Julho último trans-
formaram em actos de ata-
ques directos às instituições
policiais, ataque contra os
símbolos chineses, nomea-
damente a vandalização da
bandeira, violação da pro-
priedade privada, entre outros
actos. Para Gong Tao, o mais
importante nesta fase é asse-
gurar a ordem e tranquilidade
na região autónoma de Hong-
Kong. Para o diplomata chinês,
"os assuntos da região autó-
noma de Hong Kong dizem
respeito apenas à China e que
nenhum outro país ou insti-
tuição estrangeira deve intervir.
O representante da China em
Angola disse que o seu país
tem prova de interferências
externas, tendo apontado o
dedo a países ocidentais sem
citar nomes.
Não seria
a primeira vez que
a região autónoma
de Hong- Kong iria
implementar
acordo de
extradição. Desde
que retornou à
soberania chinesa
assinou acordos
com 20 países
sobre a
transferência
de fugitivos
“Projecto de lei”
O embaixador da China lem-
brou que o Governo de Hong-
Kong propôs emendas à lei
sobre os fugitivos em conflito
com a lei e sobre Assistência
Jurídica Mútua em Matéria
Penal para lidar com pro-
cessos penais comuns que
ocorrem fora da região autó-
noma e cujos implicados
fujam para Hong-Kong. Um
caso paradigmático, segundo
representante do Governo
chinês em Angola, aconte-
ceu em Fevereiro de 2018,
quando Chen Tongjia, um
“Os actos violentos em Hong-Kong
ultrapassam a fronteira
das manifestações pacíficas”
Embaixador da China em Angola, Gong Tao, em reacção aos acontecimentos que
ocorrem nos últimos meses na região autónoma de Hong Kong, acredita que forças
estranhas, patrocinadas por países estrangeiros estão por detrás destes actos
residente de Hong-Kong, foi
suspeito de assassinar a sua
namorada grávida em Taiwan
antes de fugir para Hong-
Kong. Hong-Kong não tinha
jurisdição sobre este caso.
Para transferir Chen Tongjia
para Taiwan para julgamento,
o governo local propôs as
emendas decretos que regu-
lam casos semelhantes. Até
o momento, Hong-Kong não
assinou nenhum acordo com
a China continental, Macau
ou Taiwan sobre a transfe-
rência de fugitivos e assis-
tência jurídica mútua em
questões criminais.
Ao alterar as leis, o gover-
no da região autónoma espe-
rava cooperar com a China
continental, Macau e Taiwan
na transferência de suspeitos
de crimes e fugitivos por
meio de acordos especiais,
o que ajudaria lidar com
casos individuais e a preen-
cher as brechas no sistema
legal, permitindo que Hong-
Kong trabalhe melhor com
outras partes da China para
combater conjuntamente
crimes e defender o estado
de direito e a justiça.
Não seria a primeira vez
que a região autónoma de
Hong-Kong iria implementar
acordo de extradição na
medida em que desde que
retornou à soberania chinesa,
no dia um de Julho de 1997,
Hong-Kong assinou acordos
com 20 países sobre a trans-
ferência de fugitivos e tratados
com 32 países sobre assis-
tência jurídica mútua em
SITUAÇÃO EM HONG-KONG
matéria penal. Se há meca-
nismos de cooperação seme-
lhantes implementados entre
Hong-Kong e países estran-
geiros, aparentemente não
fazia sentido que ocorressem
oposição quanto a eventual
passo neste sentido com a
China continental.
Reacções populares
Tao Gong disse que "um
grande número de cidadãos
de Hong-Kong não tem muita
compreensão do continente,
juntamente com seu sistema
legal e instituição judicial".
"Aproveitando-se disso",
adiantou o diplomata, "algu-
mas pessoas e meios de co-
municação com intenções
maliciosas iniciaram cam-
panhas de combate ao medo
para alimentar o pânico e
bloquear a aprovação do
projecto de lei no Conselho
Legislativo".
Desde Junho começaram
as manifestações, inicial-
mente pacíficas, que se trans-
formaram em actos violentos
protagonizados por indiví-
duos aos quais o embaixador
chinês chamou de "radicais
e marginais".
Segundo o embaixador,
como gesto de boa vontade,
no dia 15 de Junho o Governo
local decidiu suspender o
trabalho no projecto de lei
de emendas. Tao Gong acre-
dita que forças estranhas,
patrocinadas por países es-
trangeiros, sem mencionar
os nomes, estejam por detrás
dos actuais actos.
Oposição defende reabertura
do Parlamento no Reino Unido
Deputados da oposição
defenderam ontem a rea-
bertura do Parlamento bri-
tânico para controlar o que
o Governo está a preparar
relativamente ao "Brexit",
na sequência da decisão de
um tribunal que declarou
ilegal a suspensão.
"Esta é uma decisão unâ-
nime pelo tribunal mais
importante da Escócia, de
que a suspensão do Parla-
mento ordenada por Boris
Johnson é ilegal. Agora,
cada momento que o Par-
lamento continuar suspen-
so, o Governo está a infrin-
gir a lei", afirmou ontem a
deputada Joanna Cherry,
em Edimburgo.
Cherry, advogada e pri-
meira signatária do grupo
de 75 deputados e membros
da Câmara dos Lordes que
iniciou a acção contra a sus-
pensão do Parlamento no
sistema judicial da Escócia,
defende que o Parlamento
deve ser reaberto.
"Nós, os políticos, que-
remos que o Parlamento seja
aberto para que possa con-
tinuar a escrutinar o que
este Governo está a fazer
relativamente ao "Brexit",
ALBERTO PEDRO| EDIÇÕES NOVEMBRO
“BREXIT”
vincou a deputada do Partido
Nacionalista Escocês (SNP).
Também o deputado do
Partido Trabalhista Keir
Starmer considerou a sen-
tença "poderosa" e defendeu
a reabertura do Parlamento,
ainda hoje.
"Normalmente, os juízes
não entram nesse espaço,
que é a motivação dos polí-
ticos para as decisões que
eles tomaram. Portanto,
posso apenas supor que os
juízes sentiram que as pro-
vas contra Boris Johnson
eram esmagadoras", afir-
mou, em declarações à BBC.
O tribunal de última ins-
tância escocês considerou
ontem "ilegal" a decisão do
Primeiro-Ministro britânico,
de suspender o Parlamento
do Reino Unido por cinco
semanas, de 9 de Setembro
até 14 de Outubro.
Três juízes, presididos por
Colin Carloway, o mais alto
magistrado escocês, inver-
teram uma decisão anterior,
que considerou que os tri-
bunais não tinham o poder
de interferir na decisão polí-
tica do Primeiro-Ministro,
Boris Johnson, de suspender
o Parlamento.
11
SHINZO ABE
PM japonês
remodela
o Governo
O Primeiro-Ministro
japonês, Shinzo Abe,
anunciou ontem uma
nova remodelação
para a pasta de Defesa.
A sexta remodelação,
desde que o Primeiro-
Ministro tomou posse,
em Dezembro de 2012,
é vista como uma ten-
tativa de renovar a ima-
gem do Governo nipóni-
co de manter políticas
comerciais e de seguran-
ça voltadas para os Esta-
dos Unidos.
Com estas mudanças,
Abe integra no Gabinete
13 pessoas que nunca
tinham ocupado qual-
quer pasta. De um total
de 19 ministros, apenas
dois permanecem na
mesma posição.
O antigo chefe da di-
plomacia, Taro Kono,
passa para a pasta da De-
fesa, substituindo Take-
shi Iwaya, que assumiu
o Ministério na remo-
delação do ano passado
e agora está fora do Go-
verno.Quem assume a
pasta dos Negócios Es-
trangeiros é Toshimitsu
Motegi, o homem que es-
teve no centro das nego-
ciações comerciais com
os Estados Unidos. Pelo
menos 13 pessoas nunca
tinham ocupado qual-
quer pasta.
O tribunal não ordenou
o fim da suspensão, reme-
tendo uma decisão final para
o Tribunal Supremo, a últi-
ma instância do sistema de
Justiça britânico, que reser-
vou três dias, a partir de 17
de Setembro para casos rela-
cionados com a suspensão
do Parlamento.
O Governo britânico mos-
trou-se "desiludido" e já
confirmou que vai recorrer
contra a decisão, que vai
ser analisada em conjunto
com o recurso relativamente
à decisão num processo
semelhante do Tribunal
Supremo de Londres, que
indeferiu, na semana pas-
sada, um pedido de can-
celamento da suspensão
do Parlamento.
A Chanceler alemã, Ân-
gela Merkel, disse ontem,
que espera um acordo entre
o Reino Unido e a UE sobre
o "Brexit", apesar das incer-
tezas sobre a situação política
de Londres. Num discurso,
na Câmara Baixa do Parla-
mento alemão, Merkel disse-
se convencida" de que ainda
há oportunidades" da saída
do Reino Unido da UE de
forma ordeira.
12 ESPECIAL
FINANCIAMENTO AO DESENVOLVIMENTO
China emprega em África
acima de cem mil milhões
Fórum entre Pequim e o continente deixa revelações sobre os fluxos de capital do país asiático
e propõe compromissos institucionais chineses sobre elevação da qualidade dos investimentos
João Dias | Brazzaville
O volume de investimento
da China em África ao longo
dos últimos anos é de mais
de 100 mil milhões de dólares
voltados, sobretudo, para
impulsionar o crescimento
económico de vários países
no continente, com incidên-
cia na construção de infra-
e strutura s , proj e cto s
estruturantes de electrifi-
cação, caminhos-de-ferro
e eixos rodoviários, revelou
o vice-ministro das Finanças
daquele país, Xu Hongeai.
Ao intervir, em Brazzaville,
na abertura do 5º Fórum
Investir em África (FIA), que
termina hoje, Xu Hongeai
garantiu que, em matéria de
financiamento, a China vai
continuar a apoiar o desen-
volvimento dos países afri-
canos. “Partimos do zero e
estamos a crescer. Hoje, o
volume de investimento da
China em África é de mais
de 100 mil milhões de dólares
em grandes projectos e em
matéria de infra-estruturas”,
disse Xu Hongeai, para quem
a cooperação com África deve
continuar orientada para os
mercados e o comércio,
embora deixe nítido ser pre-
ciso reforçar a capacidade
para enfrentar novos desafios.
O número revelado pelo
vice-ministro foi, depois,
explicado pelo vice-presi-
dente executivo do Banco
de Desenvolvimento da
China, Liu Jin, que afirmou
no Fórum realizado entre os
governos da República do
Congo e da China e Banco
Mundial, que o seu pais con-
cedeu financiamento para
projectos estruturantes a 32
países africanos.
Liu Jin entende que o
investimento nestes países
foi possível, porque a China
está comprometida com o
crescimento de África. Para
o executivo do Banco chinês,
é preciso união para crescer,
mas há a necessidade de se
deixar de lado o proteccio-
nismo. “Há desafios, mas
há, igualmente, oportuni-
dades. Devemos explorar a
cooperação de alto nível que
temos e nos alinharmos à
agenda 2063”, disse.
Para apoiar as iniciativas
de crescimento de África,
prometeu a oferta de serviços
financeiros diversificados
com empréstimos de longo
prazo, numa altura em que
se pretende explorar a pos-
sibilidade de cooperar de
modo mais estreito com o
Banco Mundial.
Antes, o vice-ministro das
Finanças enumerou as políticas
Presidente João Lourenço (terceiro à esquerda) com outros Chefes de Estado e de Governo na abertura do 5º FIA
preconizadas pela China para
a cooperação com a África,
considerando ser este o
momento de se olhar para
investimentos de qualidade
superior, mas sem esquecer
o necessário alinhamento às
regras internacionais, as quais
exigem a melhoria do ambiente
de negócios.
Para o vice-ministro das
Finanças da China, a melho-
ria do ambiente de negócios
tem potencial para a salva-
guarda dos interesses do
investidor e a garantia de
investimentos mais seguros
a nível dos mercados. “É pre-
ciso avançar na melhoria do
ALINHADOS AO MULTILATERALISMO
Banco Mundial na cooperação sino-africana
Num fórum que visa o inves-
timento e na presença de
homens de negócios, cria-
tivos, detentores de capital
financeiro e de tecnologia e
inovação, o vice-presidente
do Banco Mundial para o
Médio Oriente e África, Hafez
Ghanem, começou a sua
intervenção de dez minutos
com a pergunta: “por quê
estamos aqui, no Fórum
Investir em Africa”?
Para Hafez Ghanem, a
ambiente de negócios e da
legislação. Devemos traba-
lhar de maneira sólida para
que isso seja possível. Pre-
cisamos fazer negócios de
forma justa e vantajosa”,
realçou Xu Hongeai, acres-
centando que a China está
determinada a partilhar o
seu desenvolvimento, tendo
em conta que ambas as par-
tes precisam um do outro
para crescer.
Num mundo em rápida e
permanente mutação, Xu
Hongeai garante querer que
o seu país e África mostrem
ao mundo que há um grande
dinamismo e parceria, assim
reunião realiza-se “porque
sabemos que África é um
destino para o desenvolvi-
mento, queremos a diver-
sificação da sua economia e
estamos aqui porque que-
remos oferecer parcerias
para apoiar a criação de
emprego e autonomia da
mulher e a juventude”.
Relativamente à diversi-
ficação económica de África,
Hafez Ghanem lembrou que
o continente não é obrigado
DOMBELE BERNARDO | BRAZZAVILLE | EDIÇÕES NOVEMBRO
como muitas oportunidades
por desbravar, deixando
expressa a preocupação com
os sinais de proteccionismo
que podem desestabilizar e
travar o desenvolvimento.
Assegurou que Pequim está
decidida a trabalhar com os
países africanos e a apoiar
a iniciativa para o desenvol-
vimento, mas também com
as organizações multilaterais
e internacionais como o
Banco Mundial. O objectivo
é alcançar uma Cooperação
Sul e Sul alinhada à estratégia
de desenvolvimento de cada
país com necessidades pró-
prias e realidades específicas.
a copiar o modelo de desen-
volvimento de outras regiões,
pois tem a sua realidade.
Estudos a nível do Banco
Mundial mostraram que a
era digital e das tecnologias
representa uma oportuni-
dade para o continente, numa
altura em que cerca de 11 mil
milhões de dólares serão
mobilizados para o efeito. A
juntar-se a isso, está o facto
de África ter recursos e uma
população de mais de mil
Ao reafirmar a importância
do FIA, Xu Hongeai lembrou
que aquela plataforma de
cooperação abre a possibi-
lidade de estreitar as relações
China-África, sublinhando
que o continente tem recursos
e é “terra de promessa”, o
que explica a participação de
600 delegados no fórum que
encerra hoje.
Os delegados ao 5º Fórum
Investir em África, previu o
responsável, vão discutir os
temas mais importantes para
o crescimento de África:
diversificação da economia
e criação de emprego, capital
humano, parcerias público-
milhões de habitantes, maio-
ritariamente jovem.
Além disso, realçou, o
mercado consumidor está
a crescer em contraponto a
uma pobreza cada vez mais
gritante. Por isso, para o
vice-presidente do BM para
o Médio Oriente e África, é
fundamental que o conti-
nente desenvolva o capital
humano, a digitalização,
inovação e melhore a gestão
da dívida, removendo assim
Quinta-feira
12 de Setembro de 2019
Líderes
do continente
com ideias
convergentes
O primeiro dia do 5º FIA
foi marcado por interven-
ções dos Chefes de Estado
presentes no evento, que
coincidiram em que a
África está cheia de desa-
fios, mas, sobretudo, de
oportunidades. Embora,
cada uma das intervenções
tivesse aspecto específico,
houve convergência em
muitas outras questões.
A electrificação do con-
tinente, a construção de
infra-estruturas, criação de
condições para o fomento
do emprego por via do
investimento estrangeiro
ou nacional e a necessidade
da melhoria do ambiente
de negócios foram as ques-
tões mais citadas nos diver-
sos discursos.
O Presidente da Repú-
blica, João Lourenço, e o
seu homólogo do Rwanda,
Paul Kagame, considera-
ram que África precisa de
mudanças urgentes e de
abandonar as velhas prá-
ticas, se quiser deixar para
a história os assustadores
índices de pobreza.
O Fórum Investir em
África foi instituído em
2015 como plataforma
internacional para pro-
mover a cooperação mul-
tilateral e as oportunidades
de investimento no con-
tinente africano.
privadas, cadeias de valor e
a geração de energia.
“Queremos trazer acções
concretas para gerar resul-
tados nos sectores da Saúde,
Educação e da Indústria.
Ainda mais importante, é
que precisamos fazer avançar
a agenda 2063, elevando a
cooperação e aproveitando
o crescimento demográfico”,
declarou o ministro chinês
das Finanças, para quem a
cooperação só fará sentido
se os resultados forem visí-
veis, traduzirem as reais
potencialidades, crescimento
real e capacidade real de cria-
ção de empregos.
os obstáculos ao desenvol-
vimento do continente.
Na sua visão, África deve
considerar como base do seu
desenvolvimento a electri-
cidade, apelando ao sector
privado a embarcar neste
propósito, pois nenhum país
pode avançar sozinho. “Par-
tilhamos a convicção de que
a África está no ponto de
ignição, pronta a arrancar
para um desenvolvimento
inclusivo”, concluiu.
ECONOMIA
BENGUELA
Fertiáfrica
arranca
em breve
A Fertiáfrica, uma uni-
dade misturadora de fer-
tilizantes de Benguela,
detida por capitais ango-
lanos, arranca dentro de
um mês e meio, trazendo
para o mercado 500
toneladas por dia, infor-
mou, ontem, em Luanda,
o presidente do Conselho
Executivo da companhia,
Malik Charaniya.
A empresa investiu
cerca de 21 milhões de
dólares de capitais pró-
prios, em maquinaria,
matéria-prima e estru-
tura física da unidade
fabril, construída ao
longo de um ano numa
área total de 86.927 me-
tros quadrados.
A unidade inclui uma
área social, adminis-
trativa e de produção,
onde está instalada uma
linha de mistura, gra-
nulação e ensacamento
de fertilizantes NPK,
além de um laboratório
de controlo da quali-
dade e uma área técnica.
A produção na Fer-
tiáfrica ocorre ao longo
de um ciclo que inclui a
mistura de matérias-pri-
mas, granulação, ensa-
camento,
armazenamento e
comercialização, resul-
tando no que o conselho
executivo da fábrica disse
ser “a primeira unidade
misturadora em Angola”,
fazendo-o, além do mais,
com tecnologia de ponta.
Numa segunda fase,
projectada para a expan-
são da produção de fer-
tilizantes, a companhia
eleva a oferta para 30 mil
toneladas por mês, dando
a oportunidade dos agri-
cultores localizados ao
longo do Corredor do
Lobito, adquirirem os
fertilizantes a preços mais
competitivos.
Impacto Ambiental
De acordo com um novo
estudo de impacto am-
biental solicitado pelos
ministérios da Indústria
e do Ambiente, para o
qual foi contratada a
consultora Resurb Am-
biente, não se prevê
alterações relevantes do
meio ambiente em
resultado da implanta-
ção da fábrica, disse
Malik Charaniya.
“A unidade está equi-
pada com tecnologia de
ponta, equipamentos
novos e com sistema de
controlo de emissões
mundialmente testados,
designado como Melho-
res Técnicas Disponíveis
(MTDs) para o sector de
actividade”, declarou
Malik Charaniya, asse-
gurando a prevenção de
eventuais riscos ambien-
tais no tratamento de
águas residuais (indus-
triais e domésticas).
Madalena José
Quinta-feira
12 de Setembro de 2019
COMÉRCIO
Ministro nega escassez
de bens da cesta básica
O ministro do Comércio,
Joffre Van-Dúnem Júnior,
garantiu ontem que “não há
escassez” de produtos da
cesta básica no país, atri-
buindo os ajustes de preços
de alguns bens ao “aprovei-
tamento de especuladores”.
“De momento não há
escassez de produtos da cesta
básica. Uma coisa chama-se
escassez e outra é a rotura.
Também temos de ter em
conta os prazos de abertura
das cartas de créditos para os
importadores, os prazos que
são necessários para que essas
mercadorias cheguem ao país
e depois são distribuídas até
aos respectivos pontos”, afir-
mou o ministro. O responsável
declarou que as três vias de
entrada de mercadorias no
país, pelos portos de Luanda,
Lobito e Namibe, também
concorrem, muitas vezes,
para a distribuição tardia dos
bens, referindo ser este tam-
bém um dos factores que leva
à entrada de especuladores.
“Todos esses factores con-
tribuem um pouco, e, como
sabem, os especuladores
Joffre Van-Dúnem ao revelar boas provisões de alimentos
LUNDA-SUL
Director anuncia acção
para refrear especulação
João Salvo | Saurimo
O Departamento de Comércio,
Indústria e Recursos Minerais
da Lunda-Sul desencadeou
acções de fiscalização para
refrear uma tendência de ajuste
dos preços dos alimentos
naquela província, sempre
que essa evolução se situe
acima dos 20 por cento per-
mitidos para os produtos de
preços vigiados, como são os
bens da cesta básica.
O facto foi declarado ao Jor-
nal de Angola pelo chefe do
Departamento do Comércio,
Indústria e Recursos Minerais
da Lunda-Sul, Job Kamuamba,
em reacção a uma escalada
dos preços que se observa
naquela província, prometendo
levar eventuais especuladores
à Justiça se detectados nas
acções de fiscalização que
envolvem funcionários do
Comércio, Serviço de Inves-
tigação Criminal (SIC) e Ins-
aproveitam todos esses passos
e mal haja qualquer acção
fora da previsibilidade, eles
aproveitam e especulam ime-
diatamente”, comentou.
O ministro falava à imprensa
na sede do Governo Provincial
de Luanda, no final de uma
conferência de lançamento
da 1ª Feira de Negócios dos
Municípios de Luanda (FE-
MUL), que decorre de 23 a 27
de Outubro próximo. Para
Joffre Van-Dúnem Júnior, a
especulação de alguns produtos
da cesta básica no país “é uma
realidade” que deve ser enca-
rada e “com foco tentar dimi-
nuir todas essas ocasiões que
os nossos adversários utilizam
para fazer subir o preço da
cesta básica, numa altura em
que de facto o poder de compra
dos cidadãos não é o melhor”.
Um programa de reforço
das inspecções às actividades
comerciais “está já em curso”,
pois, explicou o ministro, os
especuladores estão atentos e
caso haja uma escassez ou indí-
cio de alguma escassez, com
certeza “aproveitam e nessa
altura entram no mercado”.
MARIA AUGUSTA | EDIÇÕES NOVEMBRO
tituto Nacional de Defesa do
Consumidor (INADEC).
Job Kamuamba atribui par-
cialmente a tendência altista
ao mercado de aquisição, em
Luanda, o que, em parte, coin-
cide com operadores de Sau-
rimo que, contactados, dis-
seram que a evolução dos pre-
ços é determinada pelas con-
dições precárias em que tran-
sitam camiões de carga na
Estrada Nacional 230, com
realce para o troço de apro-
ximadamente 600 quilóme-
tros que separa as cidades de
Malanje e Saurimo.
O valor do frete para o trans-
porte de 35 toneladas passou
de um milhão de kwanzas, há
dois meses, para 1,5 milhões,
o que os comerciantes repas-
sam para o consumidor. O
preço do saco de 25 quilos de
arroz passou de sete para nove
mil kwanzas e a mesma quan-
tidade de farinha de milho de
sete para oito mil.
15
MILHÕES DE KWANZAS
EM DÍVIDAS À TELECOM
As dívidas de clientes à
Angola Telecom, uma
empresa pública de
telecomunicações em vias
de privatização,
ascebderam, desde 2010,
no Dundo, a 15 milhões de
kwanzas, revelou à Angop o
director da companhia na
Lunda-Norte, José
Santiago, anunciando
também uma negociação
com os devedores para a
liquidação faseada.
46,2
MIL TONELADAS EM
COLHEITAS NO MOXICO
A colheita de 46,2 mil
toneladas de produtos
no fim da campanha
agrícola 2018-2019, no
Moxico, representam uma
queda de 106,2 mil
toneladas em relação ao
período anterior, quando a
produção da província
atingiu 152,4 mil toneladas,
de acordo com dados do
director do Gabinete
Provincial da Agricultura,
Florestas e Pecuária,
António Silva.
COOPERAÇÃO
Embaixador
da Namíbia
quer reforçar
as trocas
O embaixador da Namíbia,
Patrick Nandago, concluiu
terça-feira uma visita ao
Huambo, para onde se des-
locou de automóvel para con-
tactar empresas agropecuárias
e industriais, no quadro de
planos para reforçar as trocas
comerciais.
O diplomata chegou sábado
à cidade do Huambo, dedi-
cando os dias de segunda e
terça-feira a contactos que o
levaram à fazenda Tuendi,
especializada na produção de
milho, e o aviário Vila Nova,
no município do Chicala Cho-
loanga, bem como o município
da Pólo Industrial e duas fa-
zendas de produção de citri-
nos, arroz, trigo, batata-rena,
tomate, cebola e repolho.
Patrick Nandago declarou,
num encontro com a gover-
nadora do Huambo, Joana
Lina, estar empenhado em
avaliar possíveis áreas de coo-
peração para a promoção do
comércio e investimentos
entre os dois países.
O embaixador instou os
empresários a estabelecerem
contactos na Namíbia, razão
pela qual se fez acompanhar
pelo cônsul-geral, de modo
a explicar as facilidades no
tratamento da documentação
para estabelecerem parcerias,
investimentos e definir meca-
nismos apropriados para as
trocas comerciais.
Juliana Domingos | Huambo
FÓRUM DE NEGÓCIOS
Vista do Fórum Empresarial e de Negócios Angola-África do Sul
Sul-africanos avaliam
o sector produtivo
Visitas levam a encontros em unidades
de produção e no Governo de Luanda
Victorino Joaquim
Os empresários sul-africanos
que participam, desde se-
gunda-feira, em Luanda, no
2º Fórum Empresarial e de
Negócios Angola-África do
Sul, visitam de ontem a hoje
empreendimentos agro-
pecuários, industriais e infra-
estruturas económicas, soube
o Jornal de Angola de fonte
ligada a organização.
A fonte disse que as visitas
estão inseridas na agenda de
trabalho do fórum, com o
objectivo de proporcionar opor-
tunidade aos visitantes de intei-
rarem-se sobre as actividades
que são desenvolvidas, bem
como o modo de funciona-
mento destes empreendimen-
tos. “São empreendimentos e
acções em curso no país, imple-
mentados no âmbito da diver-
sificação da economia”,
acrescenta a fonte.
O segundo Fórum Empre-
sarial e de Negócios Angola-
África do Sul conta com a
participação de 35 empresas
e três associações industriais
sul-africanas, algumas das
quais manifestaram interesses
em investir no país, nos sec-
tores da Construção, Agri-
cultura, Agro-negócios,
Energia, Indústria Alimentar,
Turismo, Recursos Minerais
e Indústria Militar, alguns dos
quais definidos na Estratégia
Industrial do Governo da
África do Sul.
Durante o encontro, algumas
empresas sul-africanas, de
forma separada, aproveitaram
a oportunidade para divulgarem
o seu potencial, entre as quais
se conta a Freshmark, que
apresentou um sistema elec-
trónico que serve como pla-
taforma para comercialização
de produtos agrícolas.
Trata-se de um projecto
testado com sucesso na África
do Sul e Tanzânia, de acordo
com o responsável de Desen-
volvimento de Negócio da
13
JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO
empresa Freshmark, Justy
Range, suportado por um sis-
tema electrónico que actua
como medidor na comercia-
lização dos produtos produ-
zidos pelos camponeses.
Actualmente, o sistema
facilita transacções de cerca
de 14 mil milhões de rands
por ano, tendo uma base de
1 400 utilizadores. Várias estru-
turas governamentais, órgãos
de inspecção e produtores
interagem através do sistema.
O consultor para a Área
Económica da Embaixada em
Luanda, Meshack Mathye,
considera o 2º Fórum Empre-
sarial e de Negócios Angola-
África do Sul como a “melhor”
oportunidade de concretiza-
ção de negócios.
No final
de uma visita
às instalações
do Governo
Provincial
de Luanda,
Meshack Mathye
anunciou, sem
adiantar o valor,
que Pretória deve
desbloquear, nos
próximos tempos,
verbas destinadas
aos investimentos
em Angola
“Angola está mais aberta
ao investimento estrangeiro
e, com as reformas económicas
implementadas pelo Executivo
angolano, o ambiente de negó-
cios está mais favorável ao
investimento. Há maior garan-
tia do retorno do capital inves-
tido”, afirmou.
No final de uma visita às
instalações do Governo Pro-
vincial de Luanda, Meshack
Mathye anunciou que Pretória
desbloqueia, nos próximos
tempos, verbas destinadas
aos investimentos em Angola.
14
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12 de Setembro de 2019
REPÚBLICA DE ANGOLA
TRIBUNAL PROVINCIAL DE LUANDA
5.ª SECÇÃO DA SALA DE FAMÍLIA
ANÚNCIO
2.ª PUBLICAÇÃO
Pelo Tribunal Provincial de Luanda, Quinta Secção da Sala de Fa-
mília, e nos autos de Reconhecimento de União de Facto Por
Morte, sob n.º 348/18-C2, que corre seus termos nesta Secção,
em que é Autora Julieta Francisco de Fátima Sangiambongo e
Réus, herdeiros incertos de: Adérito Jeremias Bindama (já fa-
lecido), residentes em partes incertas, são estes citados, para no
prazo de 30 (trinta) dias, com a dilação de 30 (trinta) dias, a contar
da segunda e última publicação deste anúncio, contestarem, que-
rendo, o pedido formulado pela Autora, e que a falta de contesta-
ção, não importa a confissão dos factos articulados na petição
inicial, cujo duplicado se encontra na Secretaria deste Tribunal,
sita no Distrito Urbano do Zango (3) três, 1.ª paragem, nas insta-
lações do Julgado de Menores, Município de Viana, em Luanda,
para lhe ser entregue.
Luanda, 22 de Agosto de 2019.
A Juíza de Direito
Dr.ª Idália Caetano Miguel Catimba
A Escrivã de Direito
Maria Teresa Sebastião
(12.359)
ABANDONO DE TRABALHO
Ao abrigo do n.º 2, alínea c) do art.º 229.º da LGT a HISPO-
RÁNGOLA – Comércio Geral, Indústria e Prestação de
Serviços, Lda., com sede em Luanda, no Bairro Kilamba
Kiaxi, Rua do Golfe II, casa s/n.º vem, pela presente, solicitar
a comparência do trabalhador abaixo mencionado, a fim de
tratar de assuntos relacionados com a sua ausência laboral,
há mais de 2 (duas) semanas, sem qualquer justificação
para o efeito.
- JOSÉ ANTÓNIO NDEMBA
Nesta conformidade, e ao abrigo dos n.ºs 3 e 4 do art.º 229.º
da LGT, deverá o trabalhador, no prazo de 5 dias úteis, após
a publicação deste anúncio, provar documentalmente a
razão da sua ausência e a impossibilidade de comunicar e
justificar a mesma, prevista nos termos do art.º 144.º da
mesma Lei. Caso não a justifique no prazo concedido, a em-
presa declinará responsabilidades laborais e extinguir-se-á
o vínculo laboral com o mesmo.
O Sócio Gerente
António Horta Mestre
(12348)
Empresa, do subsector diamantífero, pretende recrutar
um Chefe de Cozinha para trabalhar na Mina, localizada
na província da Lunda Norte. O candidato deverá preen-
cher os requisitos abaixo indicados:
• Formação académica ou profissional em culinária ou
hotelaria e turismo;
• Experiência profissional mínima de 3 anos em restau-
ração e/ou funções similares de cozinha comprovada;
• Domínio de Informática na óptica do utilizador;
• Conhecimento de Técnicas de Orçamento, controle
custo e gestão de stock;
• Boas competências de comunicação e de relaciona-
mento interpessoal;
• Conhecimento de Higiene e Segurança no trabalho
• Idade não superior a 45 Anos;
• Nacionalidade angolana:
Os interessados deverão enviar o Curriculum Vitae, até
ao dia 20 de Setembro de 2019, para o seguinte correio
electrónico: recrutamento.smt@gmail.com
Assistente do RH
Mário António Feliciano
(12354)
REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E DOS DIREITOS HUMANOS
10.ª CONSERVATÓRIA DO REGISTO CIVIL DE LUANDA
EDITAL
Aristides Ahmed Veiga Marques, Conservador desta Conserva-
tória do Registo Civil de Luanda.
FAZ SABER QUE, nesta Conservatória, corre seus termos um
Processo de Aquisição de Nacionalidade Angolana por Casa-
mento, em que é requerente, Hassan Moussa Srour, casada, de
32 anos de idade, natural de Ayta Chaab, cidade Ayta Chaab , de
nacionalidade libanesa, nascida aos 09 de Setembro de 1986, filha
de Moussa Shour e de Zahra Srour, titutar do Passaporte n.º
RL1698330, emitido aos 11 de Janeiro de 2016, pelo que nos ter-
mos do artigo 20.°/1 do Decreto 152/17 de 04 de Julho poderá de-
duzir no prazo de 15 dias, perante esta Conservatória à oposição
que julgarem existir, no prazo acima citado, a contar da data de
afixação deste edital.
E para constar se mandou passar o presente edital, que será afi-
xado por quinze dias nos lugares designados por lei.
10.ª Conservatória do Registo Civil de Luanda, aos 29 de
Agosto de 2019.
O CONSERVADOR
ARISTIDES AHMED VEIGA MARQUES
(12399)
ABANDONO DE TRABALHO
A Direcção da PROSEGUR SARL, com sede na
Rua Marien Ngouabi n.º 5.ª Maianga, em Luanda,
com o NIF n.º 5401116284, INSS n.º11977,vem, por
meio desta, comunicar que o trabalhador, GIKA
ANTÓNIO FRANCISCO GASPAR, Administrador
da Empresa Prosegur, se encontra em situação de
abandono de trabalho, pelo facto de estar ausente
do seu Centro de Trabalho, desde o dia 14 de Junho
do ano em curso.
Por não ter cumprido com a obrigatoriedade de in-
formar e justificar nos termos da alínea c) n.ºs 2 e 4
do artigo 229. º da Lei n.º 7/15, de 15 de Junho
(LGT), é considerado como Abandono efectivo do
Trabalho.
Luanda, 6 de Setembro de 2019.
Direcção de Recursos Humanos
(12417)
Local Training Center- LTC
CURSOS NEBOSH & IOSH
Certificações Internacionais em HSE
(Segurança e Saúde Ocupacional)
NEBOSH IGC, 100% em Português, em Luanda
De 14 a 25/10/2019
IOSH Managing Safely, em Inglês, em Luanda
(11674)
Inscrições abertas
Accredited Centre
1294
Rua da Missão n.º 123, (Prédio da TAAG) 3.º Andar à esquerda.
Contactos: 937063187 /997943636 / 928710193
Email: info@ltcangola.com Site: www.ltc-angola.com
(12.183)
15
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OG3S Mecânica Lda
OG3S MECÂNICA LDA., empresa sólida no mercado,
pretende recrutar 2 (dois) profissionais da seguinte
categoria:
- Engenheiro de Equipamentos Rotativos.
Requisitos Essenciais:
a) Nacionalidade angolana
b) Inglês fluente
c) Experiência mínima de 10 anos na função
d) Licenciatura em Engenharia Mecânica
Oferecemos:
- Salário competitivo
- Benefícios sociais em vigor na empresa
Os candidatos que preencham os requisitos necessários
deverão enviar até ao dia 15/10/19, o CV detalhado em
Português e Inglês, e comprovativo de experiência na fun-
ção, para o seguinte email: og3s@og3s-mecanica.com
(12332)
REPÚBLICA DE ANGOLA
Tribunal Provincial de Luanda
Palácio de Justiça de Viana
17.ª Secção da Sala dos Crimes Comuns
PEDIDO DE COMPARÊNCIA
A 17.ª Secção da Sala dos Crimes Comuns do Tribunal
Provincial de Luanda, Palácio da Justiça de Viana, sito na
Rua 11 de Novembro (Vila de Viana), solicita a compa-
rência neste Tribunal do senhor Igor Cláudio da Costa,
casado, de 31 anos de idade, Operador de Caixa, do Su-
permercado Shoprite, de profissão, filho de Artur Fran-
cisco Ribeiro e de Francisca Gomes Andrade, nascido
aos 4 de Novembro de 1986, natural e residente em
Luanda, no Município de Viana, no bairro Luanda Sul, rua
dos Quatro Campos, casa S/n.º, a fim de tratar de assun-
tos do seu interesse.
Palácio da Justiça de Viana, 6 de Setembro de 2019.
A JUÍZA DE DIREITO
Dra. Josefina Gomes
(700.086)
REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E HABITAÇÃO
INSTITUTO GEOGRÁFICO E CADASTRAL DE ANGOLA
SERVIÇOS PROVINCIAIS DO ZAIRE
EDITAL N.º 46/19
PROCESSO N.º 1631-ZA/19
Tendo, a Sociedade Digitech, Limitada, requerida a Concessão de uma
Parcela de Terreno rural, em direito de superfície, situada à margem es-
querda da foz do Rio Sembo, do lado esquerdo à Estrada de acesso à Mus-
sera, no troço Rio Loge Pequeno e o Rio Sembo, numa profundidade
aproximada de 3 Km, com uma área de 830 ha (oitocentos e trinta hectares),
localizada na Zona de Quissembo, localidade do Ximpi, Município do Nzeto,
Província do Zaire. Feita a Demarcação Provisória, a mesma ficou com as
seguintes confrontações:
A NORTE - Com o Rio Sembo e parcelas de Terrenos não cadastradas.
A SUL - Com as parcelas de Terrenos não cadastradas.
A ESTE - Com as parcelas de Terrenos não cadastradas.
A OESTE - Com Oceano Atlântico.
São, por este meio, chamadas todas as pessoas singulares ou colectivas
que se julgarem com direitos à parte ou totalidade sobre o mesmo terreno,
a virem comprová-lo nestes Serviços Provinciais do Instituto Geográfico e
Cadastral de Angola, no prazo de 30 dias a contar da data deste EDITAL.
SERVIÇOS PROVINCIAIS DO ZAIRE DO INSTITUTO GEOGRÁFICO E
CADASTRAL DE ANGOLA, EM MBANZA-KONGO, AOS 02 DE SETEM-
BRO DE 2019.
O CHEFE DOS SERVIÇOS
ISAAC JOSÉ PAZ DA CRUZ
(12.424)
16 Quinta-feira
12 de Setembro de 2019

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(12456)

(12.350)
Quinta-feira
12 de Setembro de 2019 17
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ANÚNCIO DE VAGAS
Director Financeiro (M/F)
Indústria Alimentar BD, SOLUPRAFIA, LDA., empresa de direito Angolano, com foco na produção
de sacos de Rafia, pretende recrutar candidatos de nacionalidade angolana, para
ocupar as seguintes vagas:
Número de vagas: 1 GERENTE DE FÁBRICA

FORMAÇÃO: Licenciatura em Gestão

Descrição da função: EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL: Mínima de 12 anos na fábrica de sacos de Rafia
- Assegurar a integridade de operações contabilísticas, fiscais REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS: A acertar na altura da contratação
e financeiras; DISPONIBILIDADE: Imediata
PRETENDE: Indivíduos com capacidade de gestão virada à vertente comercial
- Garantir o cumprimento das obrigações legais e fiscais; CONHECIMENTOS: Administração financeira, contabilidade de gestão, gestão
- Coordenação e controlo das operações contabilísticas e de pessoas, tecnologia de informação, domínio da Língua Inglesa (Preferencial).
assegurar a contabilidade analítica de modo a disponibilizar NÚMERO DE VAGAS: 1
a informação necessária à toma de decisão; RESPONSÁVEL DE PLANTA TIRA TEX 1600
- Gerir a actividade da tesouraria maximizando o cash-flow; FORMAÇÃO: Licenciatura em Gestão ou Gerenciamento de Produção
- Estabelecer forte ligação operacional com os diversos de- EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL: Mínima de 10 anos na fábrica de produção de
sacos de Rafia
partamentos no sentido de controlar e optimizar a actividade;
REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS: A acertar na altura da contratação
- Apoiar a Administração em todas as tarefas inerentes à fun- DISPONIBILIDADE: Imediata
ção de carácter financeiro; NÚMERO DE VAGAS: 3
- Gerir e optimizar os contactos com as instituições finan- MECÂNICO DE PLANTA FITA (TIRA TEX 1600)
ceiras;
FORMAÇÃO: Licenciatura em Engenharia Mecânica
- Gestão de clientes e fornecedores. EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL: Mínima de 8 anos como mecânico de planta
fita tira tex 1600
Requisitos: REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS: A acertar na altura da contratação
DISPONIBILIDADE Imediata
Titulação mínima: NÚMERO DE VAGAS: 3
Licenciatura MECÂNICO DO AD CONVERTEX E LOOMS
Experiência exigida:
FORMAÇÃO: Licenciatura em Engenharia Mecânica
5 Anos
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL: Mínima de 8 anos de trabalho como mecânico
Nacionalidade: em Looms e AD Convertex.
Angolana REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS: A acertar na altura da contratação
DISPONIBILIDADE: Imediata
Línguas:
NÚMERO DE VAGAS: 4
Português, Inglês
SUPERVISOR DE IMPRESSÃO
Área funcional:
Director financeiro FORMAÇÃO: Licenciatura em Artes Gráficas
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL: Mínima de 10 anos de trabalho em impressão
Competências: de sacos de Rafia
• Excel REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS: A acertar no momento da contratação
• Gestão de Equipas DISPONIBILIDADE: Imediata
NÚMERO DE VAGAS: 3

SUPERVISOR DE PRODUTOS DE ACABAMENTO

Aptidões necessárias:
– Formação superior em Gestão/Economia/Contabilidade;
– Experiência profissional mínima de 5 anos em funções de
Direcção Financeira em Angola;
– Capacidade de gestão de equipas e comunicação;
– Dinamismo, proatividade, espírito de iniciativa;
FORMAÇÃO: Licenciatura em Controlo da Qualidade
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL: Mínima de 8 anos de trabalho como supervisor
na produção de sacos de Rafia
REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS: A acertar no momento da contratação
DISPONIBILIDADE: Imediata
NÚMERO DE VAGAS: 3

– Forte sentido de responsabilidade, organização e resiliência; SUPERVISOR ELÉCTRICO

– Salvaguarda de valores como lealdade e confidencialidade; FORMAÇÃO: Licenciatura em Engenharia Eléctrica
– Bons conhecimentos de Excel EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL: Mínima de 8 anos de trabalho na produção de
sacos de Rafia
REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS: A acertar no momento da contratação
Endereço: DISPONIBILIDADE: Imediata
Avenida Fidel de Castro Ruz - Bairro Kikuxi, S/N NÚMERO DE VAGAS: 2
Município de Viana, Província de Luanda O seu Curriculum Vitae actualizado deverá ser remetido para o
E-mail: geral@soluprafia.com até ao dia 19 de Setembro,
Os CV`s devem ser enviados para: mencionando a vaga à qual se candidata.
ao.info@promasidor.com Luanda, 9 de Setembro de 2019.
(12323) (12.333)
18 NECROLOGIA Quinta-feira
12 de Setembro de 2019

FALECEU FALECEU FALECEU FALECEU RECORDAÇÃO

MATEUS TORRES PAULO CLÁUDIO CORREIA DE FIGUEIREDO JOÃO FIGUEIRA DALVA LAURETE CASSOMA ANA MARGARIDA CASIMIRO
BENTO ARAÚJO E SANTOS EFRAIM (Yeta) (Guida)

João Augusto (cunhado), Rosália Fonseca
(irmã), Lausanne Augusto, Ismaíla
Augusto, Joelson Augusto, Nayana Augusto,
Magda Augusto (sobrinhos), filhos, tios,
netos, demais familiares e amigos comu-
nicam o falecimento de MATEUS TORRES
PAULO BENTO, ocorrido dia 10/9/2019,
no Hospital Josina Machel, por doença.
O funeral realizar-se-á em data a anunciar
oportunamente. (12.420)
Kátia Santos (Maninha), Sílvia Santos,
Eunice Santos (Nicinha), Célia Santos
(Celinha) e Ana Maria (Aninhas) “irmãos”
comunicam o falecimento do seu querido
irmão CLÁUDIO CORREIA DE ARAÚJO
E SANTOS, ocorrido dia 8/9/2019,por
doença. O funeral realiza-se hoje, dia
12/9/2019, saindo da Igreja da Sagrada
Família para o cemitério do Alto das Cru-
zes, pelas 11h00. (12.403)
Nelma Figueira Isabel Francisco Major,
Helena João Salvador, Valdemar dos San-
tos, Tomásia dos Santos, Ericson dos
Santos, Tomás dos Santos, João dos Santos,
Massoxi dos Santos, Maria dos Santos e
demais familiares comunicam o faleci-
mento de FIGUEIREDO JOÃO FIGUEIRA.
O funeral realizou-se ontem, dia 11/9/2019,
no cemitério do Benfica. (12.390)
Emília Efraim (mãe), Amílcar, Artur
Minervina, Adalberta, Rosa, Carla,
Enoque, Alice, Marquito, René, Mário e
Kátia (irmãos), filhos, cunhados e demais
familiares comunicam o falecimento da
sua querida DALVA LAURETE CASSOMA
EFRAIM (Yeta), ocorrido no dia 6/9/2019,
por doença, em Havana. O funeral rea-
lizar-se-á em data a anunciar oportu-
namente. (12.328)
Minha Mãe! Nossa mãe, saudades de pro-
nunciar este nome lindo, mãe! Palavra
pequena de grande valor. Hoje 12 de Setembro
dia do teu Aniversário estaríamos reunidos
como gostavas para o apagar da vela. Agora
só nos resta depositar flores na tua sepultura.
Com saudades recordam Lena, Gê, Gabriel,
Lutério, Isaac, Casimiro, noras, genro, netos,
sobrinhos, bisnetos e irmãs. Estarás sempre
presente em nossas vida "mãe". (12.422)

AGRADECIMENTO FALECEU FALECEU FALECEU RECORDAÇÃO

ANTÓNIO GABRIEL VICENTE BRUNO LUÍS SANTOS E SILVA BRUNO LUÍS SANTOS E SILVA BRUNO LUÍS SANTOS E SILVA MARIA DE FÁTIMA COSTA

As famílias Vicente, Cruz e Pascoal do
Nascimento agradecem a todos que se
dignaram a acompanhar o seu ente que-
rido, ANTÓNIO GABRIEL VICENTE até
à sua última morada. Que a sua alma
descanse em paz. (12.266b)
Tios, primos, sobrinhos e demais fami-
liares cumprem o doloroso dever de
participar o falecimento do seu ente
querido BRUNO LUÍS SANTOS E SILVA,
ocorrido no dia 10/9/2019. O funeral
realiza-se sábado, dia 14/9/2019, às
11h00, no cemitério do Sant‘Ana.
(12.459b)
Álvaro Silva, Luísa Xavier (pais) e Hugo
Xavier (padrasto) cumprem o doloroso
dever de comunicar o passamento físico
do seu filho BRUNO LUÍS SANTOS E
SILVA, ocorrido no dia 10/9/2019.
O funeral realiza-se sábado, dia 14/9/2019,
às 11h00, no cemitério do Sant‘Ana.
(12.459)
Neyde Morais (esposa) e filhos cumprem
o doloroso dever de comunicar o pas-
samento físico do seu ente querido
BRUNO LUÍS SANTOS E SILVA, ocorrido
no dia 10/9/2019. O funeral realiza-se
sábado, dia 14/9/2019, às 11h00, no cemi-
tério do Sant‘Ana. (12.459a)
Há um ano celebramos o teu 80º Ani-
versário. Hoje, embora tenhas partido
para junto do Senhor, celebraremos o
teu 81º Aniversário. Os teus filhos, netos,
noras, sobrinhos e amigos juntar-se-
ão na Igreja de São Paulo, quinta-feira,
dia 12/9/2019, às 18h30, para celebração
de uma Missa. Tu estás sempre connosco.
(12.454)

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FALECEU RECORDAÇÃO

REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E DOS DIREITOS HUMANOS
1.ª CONSERVATÓRIA DO REGISTO CIVIL DE LUANDA

SERAFIM FORTUNATO NETO
(Madimba)
O Conselho de Administração da empresa
Consórcio Comandante Loy Projecto
Kassunguluka cumpre o doloroso dever
de comunicar o falecimento do seu Admi-
nistrador Adjunto para Segurança o
senhor SERAFIM FORTUNATO NETO
(Madimba), ocorrido no dia 8/09/2019,
em Luanda por doença. O funeral rea-
lizar-se-á em data a anunciar oportu-
namente. (12.465)
AUGUSTO LOTH
Maria Isabel Loth (esposa), Stella Loth,
Manuel Loth, Augusto Loth, Idalina Loth,
Bamba Loth, Osvaldo Loth, Málua Loth,
Iduino Loth, Luquene Loth, Nuno Loth,
André Loth, Hermengarda Loth, Grineu
Loth e Zozimo Loth (filhos) e demais fami-
liares comunicam o falecimento de AUGUSTO
LOTH, ocorrido no dia 11/09/2019, por
doença. O funeral realizar-se-á em data
a anunciar oportunamente. (12.463)
EDITAL
ESTER DA SILVA SEBASTIÃO DOS SANTOS, Conservadora da Primeira Conservatória do Registo Civil de Luanda
CERTIFICA QUE, corre seus termos nesta Conservatória do Registo Civil de Luanda, um processo de Aquisição de Nacionalidade Angolana
por Naturalização, e que é requerente o senhor Ivan Carlos Gomes da Conceição, solteiro, de quarenta e três anos de idade, nascido no
dia doze de Agosto de mil novecentos e setenta e seis, natural de Maputo-Moçambique, de nacionalidade portuguesa, filho de Carlos Her-
culano da Conceição Silva e de Maria Isabel Gomes da Silva, portador do Passaporte n.º P6361195, emitido pelo Consulado Geral de Portugal,
em Luanda, em treze de Fevereiro de dois mil e dezassete, do Cartão de Residência n.º 0014653A04, emitido pelo Serviço de Migração e
Estrangeiros, em catorze de Dezembro de dois mil e dezassete, residente em Luanda, na Rua Cónego Manuel das Neves, n.º 10, Distrito Ur-
bano da Ingombota.
Nos termos do disposto na Lei n.º 02/ 16, de 15 de Abril, e por força do regulamento da Lei da Nacionalidade, são convidadas todas as
pessoas incertas a deduzirem a oposição que julgarem existir contra o requerente no prazo de quinze dias a começar da data de afixação do
presente EDITAL.
E, para constar, lavrou-se o presente EDITAL, que será afixado nos lugares designados por Lei.
1.ª CONSERVATÓRIA DO REGISTO CIVIL DE LUANDA, 5 de Setembro de 2019.
A CONSERVADORA
ESTER DA SILVA SEBASTIÃO DOS SANTOS (12.340)

RECORDAÇÃO FALECEU SPINARQ - Engenharia, Energia e Ambiente, S.A.

Pólo de Desenvolvimento
Industrial de Viana
Rua A5, Lote 85
Município de Viana - Luanda
ANGOLA

MAURA BILONGO
BARROS DA ROSA
Hoje faz um mês desde que nos deixastes!
Maura, nem imaginas a falta que nos
fazes, aonde estás o tempo passa, mas
a dor continua e a saudade permanece.
Recordam-te os teus pais Maurício Barros
e Isabel Lopes, irmãos Divo, Aucídio,
Nelita, Bia, Mira e Betinha, teu sobrinho
Bráulio, primos e tios. (12.466)
SERVIÇO NECROLÓGICO: DIAS ÚTEIS DAS 9H ÀS 18H, SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS DAS 8H ÀS 14H
LUÍS GUNZA XIRIMBIMBI
Maria Quissupa (esposa), Fátima Xirim-
bimbi, Campos, Telmo, Manuel, Agostinho,
Celmira, Luís e Marisa Xirimbimbi (filhos),
netos, noras, bisnetos, genros e demais
familiares comunicam o falecimento de
seu ente querido LUÍS GUNZA XIRIM-
BIMBI, ocorrido dia 10/9/2019, por
doença. O funeral realiza-se sexta-feira,
dia 13/9/2019, às 11h00, no cemitério
de Sant'Ana. (12.467)
ABANDONO DE TRABALHO
A Direcção de Recursos Humanos da empresa Spinarq Engenharia Energia e Ambiente solicita
a comparência do funcionário abaixo indicado, que se encontra em situação de abandono de tra-
balho, pelo facto de estar ausente há mais de 10 (Dez) dias sem nenhuma justificação. Informa-
se que deve apresentar-se no prazo de 3 (três) dias úteis após esta publicação, sob pena de ser
considerado abandono de trabalho ao abrigo do artigo n.º 229.º, n.º 2, alínea c) e n.º 5 da Lei Geral
do Trabalho:
• Albino Francisco Armando Manuel
Luanda, 9 de Setembro 2019.
A DIRECÇÃO DE RECURSOS HUMANOS
(12.427)
Quinta-feira
12 de Setembro de 2019 19
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BANCO NACIONAL DE ANGOLA

AVISO
Considerando a entrada em vigor do IVA em Angola, a 1 de Ou-
tubro de 2019, em conformidade com o estabelecido pela Lei
N.º 7/19, de 24 de Abril, e as alterações introduzidas pela Lei
n.º 17/19, de 13 de Agosto, o Banco Nacional de Angola solicita
aos seus fornecedores que, até ao dia 20 de Setembro, procedam
à actualização dos seus dados de registo/cadastro junto do BNA,
em especial.

Regime de IVA em que se encontram, e

Número de Contribuinte actualizado.

Observações:
Contactos para o envio de informação através de e-mail:
DCG_ATA@bna.ao
DCG_DICF@bna.ao
ASSESSORIA_DPS@bna.ao
(501.179)

Luanda, aos 10 de Setembro de 2019.

Departamento de Comunicação e Museu (700.054a)

Avenida 4 de Fevereiro, n.º 151 - Luanda, Angola - Caixa Postal 1243

Tel: (+244) 222 679 200 Fax: (+244) 2222 339 125 www.bna.ao

REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DAS FINANÇAS
GABINETE DO MINISTRO

Custos e Preços de Referência do JET A1 (a partir de 6 de Setembro de 2019)

Atendendo ao ajustamento automático dos preços do JET A1, aos de mercado,

em vigor, ouvido o Instituto Regulador dos Derivados do Petróleo e as empresas
operadoras do sector; o Ministério das Finanças vem tornar público os Preços de
Referência do produto acima referido, como preços máximos, para as categorias
da produção ou importação, distribuição e comercialização, a vigorar a partir do
dia 6 de Setembro de 2019, nos termos do artigo 6.º do Decreto Executivo n.º
132/19, de 6 de Junho, combinado com o artigo 9.º do Decreto Presidencial n.º
206/11, de 29 de Julho, conforme as tabelas abaixo:
Preços de Referência do JET A1 Valor
(a partir de 6 de Setembro de 2019) (Akz/Litro)

Preço de Referência do Ajustamento - Platts (PRA) 173,97

Preço Base na Costa/ex-Refinaria (PBC) 193,11
Preço de Venda ex-Logística e Distribuição (PVD) 221,87
Preço da Aeroinstalação do JET - A1 (que inclui impostos e taxas) (PVA) 260,51

Indicadores (Ago/19) Actua (Set/19) Absoluta %

PRA 175,19 173,97 -1,22 -0,70

PBC 193,58 193,11 -0,47 -0,24
PVD 219,95 221,87 1,92 0,87
PVA 258 260,51 2,51 0,97

Publique-se.

GABINETE DO MINISTRO DAS FINANÇAS, Luanda, 4 de Setembro de 2019.

Na ausência do Ministro,
A Secretária de Estado para o Orçamento e Investimento Público
Aia-Eza da Silva (501.181)
(700.084)
20 Quinta-feira
12 de Setembro de 2019

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REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA SAÚDE
HOSPITAL SANATÓRIO DE LUANDA
GABINETE DO DIRECTOR GERAL

COMUNICADO

Para efeitos de tomada de posse, vimos comunicar aos Candidatos aprovados e admitidos no Concurso Público de Ingresso realizado em 2018, constantes da lista abaixo, que devem
estar presentes no Hospital Sanatório de Luanda, no dia 09 de Setembro de 2019, às 9 horas, para o referido acto.

Para os Candidatos aprovados e admitidos no referido Concurso Público, cujos nomes não constam na presente lista, devem aguardar, à medida que os processos forem concluídos,
serão anunciados pela mesma via.
Médicos
1. Adelma Ariane Francisco Cabral
2. Aida Alexandrina N. C. Escrivanes
3. Alda Paquete Mendes
4. Ana Karina Cortez T. Chapim
5. Ana Olga Mateus Cadi
6. Anatir da Conceição João Pedro
7. António José Pedro Maria
8. Desidéria Eugénia Luís José
9. Edna Patrícia de Freitas Hebo
10. Eliane Carmen Manuel Vicente
11. Elisabeth Manuel Holoca
12. Esmeraldo Zacarias Simba Dembe
13. Evanise Delfina Camuti
14. Feliciana Stella Manuel António
15. Fernando Cacoio Bundi
16. Foster José Alves
17. Francisco Simba Baptista
18. Ihandjika Tshining
19. Lúcia Caombo Manuel
20. Márcia Alinne Pires dos Santos
21. Marília Lassaleth de J. Domingos
22. Naira da Conceição B. Hamuyela
23. Noémia Dorcasse Simão Fuambi
24. Oliveira Luciano Siquito
25. Onassis Naiol Francisco e Silva
26. Paulo Januário Gambôa
27. Rafael Inácio Paulo
28. Rosalina da Graça Q. da Silva
Técnicos de Enfermagem
29. Silvano da Silva Cameia
30. Adão Mendes
31. Afonso Kimuangana
32. Ana Maria Dinis Dias André
33. Ângela Joana Tomás Samuel
34. Arleto Bartolomeu Jesse Ngunga
35. Betilson Elias de Abreu Anselmo
36. Clementina Dambi Alexandre Satito
37. Cláudia Delfina Jamba F. Antunes Cahali
38. Débora Francisco da Fonseca
39. Domingos Óscar
40. Doliana Chambula Dumbu
41. Dongala Garcia Afonso
42. Enoque Marcos Feira
43. Elizabeth António Domingos
44. Edson Francisco Domingos Manuel
45. Enia João Carlos Xavier
46. Esperança Vicente Carlos
47. Esperança Freitas José
48. Euclides João Manuel Pedro
49. Fátima Vunge Raimundo
50. Felícia Uimbu Adriano
51. Hélder Armindo Marques
52. Herdine Kiaku Makengo Luamba
53. Isabel Catarina Calembela João
54. Irina Solange Quissanga Imperial
55. Jéssica Jamba José Maurício
56. Joel Carlos Gaveta
57. José Bernardo Ernesto João
58. Kassia Cabaça Cuheia
59. Lúcia dos Santos Zeca
60. Luís Diogo Francisco Domingos
61. Lourenço João Jorge
62. Luzia do Nascimento Pedro
63. Luzia Manuel Moreira
64. Luzolo Flaviana Pedro Mvula
65. Madalena Clara João
66. Madalena Levo Máquina Kalemba
67. Margarida Figueira Baca
68. Maria Francisco Vunge
69. Mário Barros
70. Mauro Constantino Dinis Abrantes
71. Mateus Gomala Cambundo Cananga
72. Matilde da Conceição de Almeida Barbosa
73. Osvaldo Francisco Sassa
74. Odete Emiliana Justino da Silva
75. Pedro Edmilsom Clave Manico
76. Ronsar Miguel Manza
77. Suzete de Araújo Ferreira de Sousa
78. Teresa Chilimbo César
79. Tresor Luís Florindo
80. Virgínia Jorge Manuel
81. Vanilberta Taviana Paulo
Técnicos de Diagnósticos e Terapêutica
82. Maria Fernanda João Ribeiro Brandão
83. Luísa Xavier
HOSPITAL SANATÓRIO DE LUANDA, AOS 04
DE SETEMBRO DE 2019.
O DIRECTOR GERAL
/DR. RODRIGUES LEONARDO/
=MÉDICO CIRURGIÃO=
(11.240)

RECRUTAMENTO
A Weatherford Services Ltd. é uma Empresa multinacional vocacionada à prestação de
serviços e venda de produtos às Empresas do sector petrolífero, com filiais pelo mundo
afora, e oferece tecnologias e serviços inovadores projectados para atender às necessi-
dades energéticas actuais e futuras de forma segura e sustentável, pretende recrutar pro-
fissionais qualificados para as seguintes funções:

DIRECTOR DE OPERAÇÕES (Gaslift &CPS) - ref: WFT CPS09/2019

Requisitos:
- Conhecimento de Reservatórios, Perfuração, para interacção efectiva e suporte das ope-
rações actuais e revisão e avaliação de aquisições;
- Fortes conhecimentos de operações petrolíferas onshore e offshore;
- Excelente capacidade de comunicação oral e escrita em Inglês;
- Experiência em proporcionar liderança numa gestão adequada e rápida na resolução de
problemas operacionais;
- Excelente capacidade de relacionamento interpessoal e trabalho em equipa;
- Capacidade de demonstrar iniciativa, assertividade e habilidade de planear e gerir o tra-
balho de forma eficiente e sob pressão;
- Ter no mínimo 10 (dez) anos de experiência de trabalho comprovada na Indústria de Pe-
tróleo e Gás, essencialmente em operações em Campos;
- Licenciatura em Engenharia de Petróleos, ou equivalente.

COORDENADOR (A) DE MATERIAIS - ref: WFT I&A09/2019

Requisitos:
Possuir licenciatura ou certificações equivalente na área de I&A.
- Mínimo 4 anos de experiência na área de I&A (preferencialmente na indústria de petróleo
e gás);
- Excelente capacidade de comunicação oral e escrita em Inglês;
- Excelente conhecimento de sistemas de estoque (JDE/SAP etc);
- Conhecimentos de informática ao nível do utilizador - Microsoft Office;
- Candidatos de preferência, residentes em Cabinda;
- Metódico e organizado e capaz de trabalhar por iniciativa própria.

COMO CANDIDATAR-SE:
Os candidatos com os requisitos solicitados deverão enviar os seus (CV, Certificados de Ha-
bilitações Literárias, para o Departamento de Recursos Humanos da Weatherford Services
Ltd, através dos seguintes correios electrónicos: recruitment.angola@eu.weatherford.com
Até ao dia 06/10/2019 (12.344) (501.131)
Quinta-feira
12 de Setembro de 2019 21
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(FED/2017/389-710)

REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E DOS DIREITOS HUMANOS
CONSERVATÓRIA DO REGISTO CIVIL DA LOJA DOS REGISTOS DE BENGUELA
EDITAL
QUIRINO DE CARVALHO, Conservador da Conservatória do Registo Civil da Loja dos Registos
de Benguela.
FAZ SABER QUE, por esta Conservatória, correm termos de um Processo de Aquisicção de
Nacionalidade por Naturalização, em que é requerente o senhor PAULO JORGE AFONSO FER-
REIRA, divorciado, de 45 anos de idade, nascido aos 17 de Agosto de 1974, natural da Fregue-
sia de São Jorge de Arroios, Concelho de Lisboa, de nacionalidade portuguesa, portador do
Passaporte n.º C645979, emitido em Benguela, aos 13 de Dezembro de 2017, residente em
Angola há mais de dez anos, na Rua Manuel Cerveira Pereira, Benguela.
São, por isso, convidadas todas as pessoas que souberem de algum impedimento, que contrarie
os pressupostos constantes na Lei n.º 2/16, de 15 de Abril, publicada no Diário da República n.º
60, 1.ª Série, a deduzirem oposição até ao décimo quinto dia após a afixação deste Edital.
CONSERVATÓRIA DO REGISTO CIVIL DA LOJA DOS REGISTOS DE BENGUELA, 28 DE
AGOSTO DE 2019.
SUBVENÇÕES FRESAN
O Camões, I.P. convida as organizações da sociedade civil a candidatarem-se, no período
que decorre entre às 9h00 do dia 15 de Agosto de 2019 e às 24h00 do dia 14 de Outubro
de 2019, hora de Lisboa, ao co-financiamento dos seus projectos, através de contratos de
subvenção, para a execução de acções no âmbito do FRESAN - Fortalecimento da Resi-
liência e da Segurança Alimentar e Nutricional em Angola (Huíla, Namibe ou Cunene), nas
seguintes áreas:
1. Projectos com foco no acesso à água
2. Projetcos de promoção de segurança alimentar e nutricional
3. Pequenas iniciativas de transformação e comercialização
O montante total disponível para co-financiamento é 12.337.500,00 Euros.
Para mais informações, consultar: www.instituto-camoes.pt ou os seguintes e-mail (de
acordo com o convite a que se candidata): convite1fresan@camoes.mne.pt;
convite2fresan@camoes.mne.pt; convite3fresan@camoes.mne.pt
O Projecto FRESAN é uma Acção financiada pela União Europeia e gerida pelo Camões,
IP.

O CONSERVADOR
QUIRINO DE CARVALHO
(12.221) Acção financiada pela UE Acção gerida pelo Camões, IP (11.581)

REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DE RECURSOS MINERAIS E PETRÓLEOS
DIRECÇÃO NACIONAL DE RECURSOS MINERAIS

EDITAL N.º 103/DNRM/2019 PEDRA RUBRA, Sociedade privada de direito angolano existente no mercado desde 27
1.º AVISO de Março de 2012, com actividade voltada na produção de jóias e lapidação de diamantes,
pretende recrutar um Marcador e Avaliador de Diamantes.
Em conformidade com o estipulado no artigo 104.º do Código Mineiro e tendo em conta que a Em-
presa CIF (ANGOLA) CEMENT COMPANY (SU),LDA requereu os direitos mineiros para a explora- Descrição da função:
ção de Argila, numa superfície de 50ha, situada localidade do N´golome, Comuna do Bom Jesus, Preparação da pedra de diamante;
Município do Icolo e Bengo, Província de Luanda, com as coordenadas geográficas a seguir discri- Marcação da pedra de diamante antes do corte;
minadas, são notificadas todas as pessoas singulares ou colectivas para junto à Direcção Nacional Avaliação da qualidade da pedra de diamante antes do processo de lapidação.
dos Recursos Minerais fazerem valer os seus direitos, sob pena de preclusão do direito à reclamação,
no prazo de 15 (Quinze) dias, a contar da data da publicação deste Edital. Requisitos:
Idade 40 a 60 anos de idade
Vértice Latitude Longitude Habilitações literária: Licenciatura em Geologia e Minas;
A 08º 06´ 08´´S 13º 31´45´´E Experiência: Exige-se 15 anos de experiência como marcador de diamantes e avaliador;
B 08º 06´ 08´´S 13º 32´12´´E Gosto por trabalho em equipa;
C 08º 06´ 30´´S 13º 32´13´´E Boa relação interpessoal;
D 08º 06´ 28´´S 13º 31´49´´E Boa capacidade de comunicação.

Oferecemos: Remuneração compatível com a função e experiência demostrada.

DIRECÇÃO NACIONAL DE RECURSOS MINERAIS, em Luanda, aos 4 de Setembro de 2019.
As candidaturas devem ser endereçadas para o e-mail: drh.pedrarubra@gmail.com, num
O DIRECTOR NACIONAL
André Francisco Buta Neto período máximo de 10 dias após a publicação deste anúncio.
(12.343a) (12.331)

ANÚNCIO DE VAGAS
Empresa conceituada no Mercado Angolano necessita com ur-
gência para admissão imediata:
GESTOR DE PROJECTOS E CONTABILISTA (m/f)
Requisitos:
- Ter boa comunicação escrita e oral
- Execelentes conhecimentos em Office (Word e Excel são essen-
ciais)
- Conhecimento de Primavera
- Conhecimento de Contabilidade
- Elevado Sentido de Responsabilidade e Organização
- Assíduo e Pontual
- Pró-activo e bom Relacionamento Interpessoal
Responsabilidades
- Organizar Documentos referentes à Contabilidade da Empresa
- Elaboração em Excel de Mapas de Movimentação Bancárias
- Elaboração em Excel de Reconciliações Bancárias
- Verificar Impostos
- Reconciliações de Clientes e Fornecedores
Os candidatos deverão enviar para a Caixa Postal: 10013
RECRUTAMENTO
A SFT Angola, S.A. é uma empresa de direito angolano cuja sua principal actividade é
a pesca nacional, importação de pescado e exportação, pretende RECRUTAR candi-
dato para área de:
1. Técnico de frio Sénior
Formação: Ensino Superior completo, em Gestão Industrial Técnica.
Especialidade: Electrotecnia e Mecânica de materiais isotérmicos e equipamentos de
refrigeração
- Conhecimento das Línguas Russa e Inglesa
- Experiência mínima de 5 anos.
Os interessados devem remeter o seu CV, para o correio electrónico;
officeangola@sft.lt. até ao dia 12 de Setembro de 2019.
Luanda, aos 2 de Setembro de 2019.
Director-Geral
Roman Urusov
PROMOÇÕES LIMITADAS DE CASAS EM NOSSOS PROJECTOS
Casas T3 em condomínio Fechado 1.ª e 2.ª FASE-VIA CALEMBA 2
LUANDA- SUL, a 5 min do Nginga Shopping, PP: 2.000.000,00 KZ OU
2. 500.000,00 em pestações , Entrada 500.000,00 kzs
Casas T3 projecto habitacional – ZANGO 2 por trás do Nosso Super a
800m a partir de 1.750.000,00 a 2.500.000,00kz, entrada de 500.000,00 kzs
Casas T3 Suite Kikuxi Via Expressa, próximo ao Resort Bantú a
REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E DOS DIREITOS HUMANOS
CARTÓRIO NOTARIAL DA LOJA DOS REGISTOS SAGRADA ESPERANÇA
CERTIFICADO
Certifico para efeitos de Publicação que, por escritura de Quinze de Agosto
de Dois mil e Dezanove, lavrada com início à folha n.º 73 a 74 do livro de
Notas para escrituras diversas número Um-A, da Loja dos Registos e do
(11.989) Notariado Sagrada Esperança, foram declarados únicos e universais her-
deiros de seu pai, AFONSO NKOSI, falecido aos vinte e um de Outubro do
ano dois mil e catorze, a caminho do Hospital da Provincial do Zaire, pelas
20:00, (vinte horas), de Sessenta e cinco anos de idade, no estado de sol-
teiro natural de M'banza Congo, Província do Zaire, com última residência
em Luanda, Bairro Rocha Pinto, casa sem número, Zona Três, AMÉLIA
MECALANDUA NKOSI, GARCIA FORNEZA NKOSI, LANVU MANUEL
NKOSI, MARIA NZUZI NKOSI, MBIAVANGA HONORINA NKOSI e MARIA
DE FÁTIMA NKOSI, solteiros maiores, naturais de Luanda onde habitual-
mente residem, Bairro Rocha Pinto, casa s/n, zona 6,.===============
===================== Está Conforme =====================
Loja dos Registos e do Notariado Sagrada Esperança, em Luanda, aos
(12.184)

- Curriculum Vitae detalhado e actualizado 7.500.000,00kz, entrada 2.500.000,00kz.

15 de Agosto de 2019.
- Fotocópias de certificados ou diplomas 923724939,939275660,939542254,925354487,
912627682,923157381,923601219 A Notária,
- Cópia do Bilhete de Identidade em dia e 2 fotos (passe) Domingas Paulo
(12.396) COMPRA COM SEGURANÇA PORQUE DEVE APOSTAR NO TEU FUTURO (12.230)
22 Quinta-feira
12 de Setembro de 2019

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COMUNICADO DE IMPRENSA

PROPOSTA DE LEI QUE APROVA SUBSTITUIÇÃO DA TAXA DE CIRCULAÇÃO PARA IMPOSTO

SOBRE OS VEÍCULOS MOTORIZADOS SUBMETIDA À AUSCULTAÇÃO PÚBLICA

Sede da AGT, 09 de Setembro de 2019 - A Administração Geral Tributária informa que a Proposta de Lei que aprova a alteração da Taxa de Circulação
para Imposto sobre Veículos Motorizados (IVM) está em consulta pública até 15 de Setembro do corrente ano, cujo referido documento está disponível
no site da Administração Geral Tributária para recolha de contributos.

A proposta de Lei comporta 22 artigos e além de definir as taxas cobradas sobre as viaturas, motociclos, triciclos e quadriciclos, propõe também o alar-
gamento da base de incidência às embarcações de lazer e às aeronaves de uso particular.

Prevê-se que o IVM seja pago de Janeiro a Abril nas Repartições e Postos Fiscais, através do Portal do Contribuinte, Multicaixa (ATM), Call Center,
Agências Bancárias e Internet Banking sendo que o documento de cobrança, servirá de comprovativo, eliminando-se assim o tradicional uso de selos.

A medida insere-se no âmbito da Reforma Tributária que visa a modernização e simplificação do quadro legal dos impostos, uma distribuição mais
justa da carga fiscal e sobretudo, a potenciação da receita tributária não petrolífera, constituindo uma das prioridades do Executivo, plasmada no Plano
de Desenvolvimento Nacional – PDN 2018-2022.

Para Download da proposta de Lei aceda ao site www.agt.minfin.gov.ao

Envie contribuições para o endereço electrónico: ivm.consultapublica.agt@minfin.gov.ao
Gabinete de Comunicação Institucional
Juntos Somos Mais Fortes
Juntos Vamos Mais Longe
(12316)

TERCEIRA REGIÃO TRIBUTÁRIA

(Luanda e Bengo)

AVISO DE APREENSÃO N.º 73

A Terceira Região Tributária avisa aos importadores abaixo indicados que, nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 509º, conjugado com os artigos 481.º e 512.º
todos do Código Aduaneiro, procedeu à apreensão da mercadoria demorada abaixo indicada:
Lote N.º de Tipo Designação Importador B/L Data de DU TERMINAL
Contentor da Mercadoria Chegada
21/19 NIDU233501/0 20 FARINHA DE MILHO 25KLS EXP. 11/12/2019 GRUPO TRANS CONTINENTAL LTDA ECSA025258 24/04/2019 AGUARDA LIQUIDAÇÃO SOPORTOS

22/19 IPXU371846/0 20 FARINHA DE MILHO 25KLS EXP. 11/12/2019 GRUPO TRANS CONTINENTAL LTDA ECSA025258 24/04/2019 AGUARDA LIQUIDAÇÃO SOPORTOS

23/19 BSIU260752/0 20 FARINHA DE MILHO 25KLS EXP. 11/12/2019 GRUPO TRANS CONTINENTAL LTDA ECSA025258 24/04/2019 AGUARDA LIQUIDAÇÃO SOPORTOS

24/19 BSIU253185/2 20 FARINHA DE MILHO 25KLS EXP. 11/12/2019 GRUPO TRANS CONTINENTAL LTDA ECSA025258 24/04/2019 AGUARDA LIQUIDAÇÃO SOPORTOS

25/19 TRLU9093629 20 FARINHA DE MILHO 25KLS EXP. 11/12/2019 GRUPO TRANS CONTINENTAL LTDA ECSA025258 24/04/2019 AGUARDA LIQUIDAÇÃO SOPORTOS

26/19 IPXU372446/3 20 FARINHA DE MILHO 25KLS EXP. 11/12/2019 GRUPO TRANS CONTINENTAL LTDA ECSA025258 24/04/2019 AGUARDA LIQUIDAÇÃO SOPORTOS

27/19 CXDU175695/0 20 FARINHA DE MILHO 25KLS EXP. 11/12/2019 GRUPO TRANS CONTINENTAL LTDA ECSA025258 24/04/2019 AGUARDA LIQUIDAÇÃO SOPORTOS

28/19 BSIU279357/5 20 FARINHA DE MILHO 25KLS EXP. 11/12/2019 GRUPO TRANS CONTINENTAL LTDA ECSA025258 24/04/2019 AGUARDA LIQUIDAÇÃO SOPORTOS

29/19 GLDU319397/0 20 FARINHA DE MILHO 25KLS EXP. 11/12/2019 GRUPO TRANS CONTINENTAL LTDA ECSA025258 24/04/2019 AGUARDA LIQUIDAÇÃO SOPORTOS

30/19 NIDU227709/0 20 FARINHA DE MILHO 25KLS EXP. 11/12/2019 GRUPO TRANS CONTINENTAL LTDA ECSA025258 24/04/2019 AGUARDA LIQUIDAÇÃO SOPORTOS

O prazo para a interposição do recurso hierárquico com fundamento na não susceptibilidade do confisco das mercadorias apreendidas, é de dez dias úteis, contados
da data da publicação do presente aviso, conforme preceitua o artigo 514.º do Código Aduaneiro.

As mercadorias apreendidas estão sujeitas a confisco, no caso de não ser interposto, no prazo fixado o recurso a que se refere o parágrafo anterior.

Terceira Região Tributária, aos 30 de Agosto de 2019.

A DIRECTORA REGIONAL
Eurídice Cristina F. Bárber A. Alves
(12317)
REGIÕES Quinta-feira
12 de Setembro de 2019
FOMENTO DA AGRICULTURA
Província do Moxico tem solos e condições climatéricas propícias para o cultivo de arroz
Moxico pretende relançar
o cultivo e venda de arroz
Governo Provincial promove encontro que vai definir
estratégias para impulsionar o sector agrícola na região
Samuel António | Luena
O Governo Provincial do Mo-
xico promove amanhã um
encontro que vai definir estra-
tégias de implementação de
programas para relançar a
cultura do arroz.
O encontro visa também
implementar programas para
alavancar o sector agrícola,
aproveitando o potencial exis-
tente em solos aráveis e recur-
sos hídricos.
O director do Gabinete
Provincial da Agricultura e
Florestas, António da Silva,
afirmou que a província dis-
põe de solos e condições cli-
matéricas favoráveis para o
cultivo de arroz e defendeu
a utilização de tecnologias
para aumentar a qualidade
do produto.
António da Silva lembrou
que a província do Moxico
foi a maior produtora de arroz
no país, com mais de 70 tone-
ladas por ano, o que corres-
ponde a um terço do que se
produz actualmente em todo
o território angolano.
O encontro vai colher opi-
niões e mobilizar esforços para
a criação de condições para a
instalação de uma agro-indústria
forte, capaz de servir de pla-
taforma para outras províncias
da região e do país em geral.
Os participantes vão definir
métodos sobre a produção
pecuária e apicultura, para
que se possa contar, nos pró-
ximos anos, com um sector
bastante interventivo, com
níveis de crescimento de pro-
dutos que atendam as neces-
A província do
Moxico foi a maior
produtora de arroz
no país, com mais
de 70 toneladas
por ano, o que
corresponde a um
terço do que se
produz actualmente
em todo o território
angolano
sidades da população.
“Numa região onde o maior
empregador continua a ser o
Governo, a implementação de
programas de agricultura pode
concorrer na criação de postos
de trabalho”, lê-se no docu-
mento do Governo Provincial.
Crescimento sustentável
A província do Moxico mostra
NICOLAU VASCO | EDIÇÕES NOVEMBRO
sinais de progresso, mas tem
muitos desafios pela frente,
para garantir as condições essen-
ciais básicas para a população.
Numa região fragmentada
em termos de infra-estruturas
básicas, com destaque para o
mau estado das vias de acesso,
escolas, unidades sanitárias
e do fornecimento débil de
água e energia, o Governo tem
vindo a redobrar esforços no
sentido de ver resolvidos os
problemas que apoquentam
a maioria dos habitantes.
Foram construídas, nos
últimos anos, várias infra-
estruturas de impacto social,
mas ainda insuficientes para
assegurar o acesso da popu-
lação aos principais serviços
sociais básicos.
Moxico necessita de quase
tudo. As marcas da guerra
que fragilizaram o seu desen-
volvimento ainda são notórias
em muitas localidades.
A província é habitada por
gente trabalhadora, maiori-
tariamente jovens.
Por falta de financiamentos,
muitas obras de estradas
encontram-se em estado de
abandono, tornando impra-
ticável o intercâmbio entre
as zonas de produção agrícola
e os centros comerciais.
JORNADAS PEDAGÓGICAS NO NAMIBE
Governador incentiva
investigação científica
João Upale | Moçâmedes
O governador do Namibe
defende um ensino de quali-
dade, com a promoção e incen-
tivo da cultura de investigação
científica, de modo a propor-
cionar o crescimento e desen-
volvimento da sociedade.
Carlos da Rocha Cruz falava
na abertura da XII Edição das
jornadas técnico-científicas
e pedagógicas do Namibe,
que decorrem sob o lema
“conhecimentos solidificados,
aprendizagem garantida”.
O evento, que começou
segunda-feira e termina ama-
nhã, no município do Tômbwa,
visa divulgar os trabalhos rea-
lizados pelos professores e
Estudantes e docentes estão a divulgar trabalhos científicos
ACELERAÇÃO ESCOLAR
Alfabetização no Bengo
com bons resultados
Mário Clemente | Bengo
A província do Bengo conta
com 15 localidades que estão
em vias de serem declaradas
livres do analfabetismo, no
quadro da estratégia traçada
pelo Programa de Alfabeti-
zação e Aceleração Escolar.
Quem o diz é o coordena-
dor provincial do Programa
de Alfabetização e Aceleração
Escolar, Francisco Firmino,
acrescentando que as loca-
lidades a serem declaradas
livres do analfabetismo são
as do Kimbumbe, Kando,
Mangumbo, Cawango, Kis-
soba, Aldeia Dala, Kifulu,
Tari, Boa Entrada, Maria Antó-
nia, Benza, Kimukiamia,
Kissala, Tchimba e Bucula.
Segundo Francisco Firmino,
as referidas localidades ainda
não foram declaradas livres
do analfabetismo devido ao
absentismo, visto que as pes-
soas inscrevem-se para serem
alfabetizadas e depois desistem
com facilidade, após uma ou
duas semanas de aulas.
estudantes, na área de inves-
tigação científica. Atrair e
demonstrar à sociedade os
parâmetros para a cultura de
investigação científica, estimular
o espírito de pesquisa na comu-
nidade docente e discente, bem
como proporcionar momentos
de apresentação, divulgação e
reflexão científica, desenvolver
valores e qualidades académicas
e ajudar a reflectir sobre o de-
sempenho académico dos alu-
nos, fazem parte dos objectivos
do encontro.
As jornadas técnico-cien-
tíficas e pedagógicas do Namibe
são actividades de carácter ci-
entífico, organizadas anual-
mente pelo Gabinete Provincial
da Educação.
DR
No presente ano, acres-
centou, foram matriculados
na província do Bengo 12.882
adultos, dos quais 1.839 desis-
tiram, enquanto que em 2018
foram alfabetizados 10.463
cidadãos. Francisco Firmino
disse que uma das estratégias
para erradicar o analfabetismo
na província do Bengo é criar
parceria com a Escola Superior
Pedagógica, escolas do ensino
médio geral e magistérios,
bem como criar e revitalizar
os centros de alfabetização
em igrejas.
O coordenador provincial
do Programa de Alfabetização
e Aceleração Escolar referiu
que este ano trabalhou-se
apenas com 14 facilitadores,
com uma diferença de 78 em
relação ao ano passado.
O director interino do Gabi-
nete Provincial da Educação,
António Assureira, agradeceu
o empenho de todos que têm
dado o melhor de si, muitas
vezes sem recompensa, alfa-
betizando jovens e adultos.
“Os esforços empreendidos
23
CUNENE
Defendida
a construção
de furos de água
Domingos Calucipa |
Os membros do Conselho
Provincial de Auscultação
da Comunidade do Cunene
defendem a aplicação de
mais recursos do orça-
mento do próximo ano na
construção de furos de água
em vez de escolas e postos
de saúde, tendo em atenção
a gritante falta de água para
a população e para o gado.
João Jimbi, do Conselho
de Igrejas Cristãs de Angola,
considera ser necessária a
disponibilização de água e
comida para a população
e para o gado antes de se
pensar na edificação de
novas infra-estruturas esco-
lares ou de saúde.
Para o rei do Cuanhama,
Gerónimo Haleinge, pouco
valeria a construção de
mais escolas, pois, muitas
andam abandonadas por-
que os alunos levam o gado
para as zonas de transu-
mância, onde existem
melhores condições.
O governador Vigílio
Tyova disse que a província
vai procurar inverter alguns
projectos virados para os
sectores da Educação e da
Saúde, inscritos no Orça-
mento de 2020, construindo
mais sistemas de água para
as populações e para o gado.
O governador destacou
igualmente a necessidade
de se criar um banco ali-
mentar permanente para
acudir as populações que
vivem o flagelo da seca. O
governo da província prevê
abrir e recuperar 170 furos
de água por município.
no domínio da alfabetização
já produziram resultados satis-
fatórios, uma vez que mais
de um milhão de angolanos
já foram alfabetizados”, disse
António Assureira.
A alfabetizadora Ana Bela
Gaspar, que lecciona há mais
de dez anos, disse que o Estado
tem de arranjar mecanismos
no sentido de se ultrapassar
a questão dos atrasos no paga-
mento dos subsídios, visto
que muitos capacitadores
estão a desistir.
MARIA JOÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO |BENGO
Encontro serviu para fazer
o balanço da alfabetização
24 Quinta-feira
12 de Setembro de 2019

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REPÚBLICA DE ANGOLA REPÚBLICA DE ANGOLA

GOVERNO PROVINCIAL DE LUANDA GOVERNO PROVINCIAL DE LUANDA

SECÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS

GABINETE PROVINCIAL DA EDUCAÇÃO GABINETE PROVINCIAL DA EDUCAÇÃO

CONVOCATÓRIA
CONVOCATÓRIA
Pela presente, pedimos a comparência urgente dos funcionários abaixo indicados, no prazo de 72
Pela presente, pedimos a comparência urgente dos funcionários abaixo indicados, no prazo de 72 horas no GPEL, horas no GPEL, a fim de tratarem de assuntos de seu interesse.
a fim de tratarem de assuntos de seu interesse.

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1 Abel Kassola Cardoso Branão 88091476 100 25/01/2018 K. Sul PROFESSORES COM GUIAS DE MARCHA POR LEVANTAR
2 Acisse Quiaama Cabila Francisco 12446646 127 24/05/2019 Uíge N.º Agente Nome Completo Unidade Orgânica
3 Acisse Quiama G. Cabila Francisco 12446646 127 24/05/2019 Uíge
01 1033321 Abel Paulo Gamba Repartição da Educação do Distrito Urbano do Sambizanga
4 Adília Isabel António 88065438 739 18/12/2018 Huíla
02 07885697 Afonso Diwampovesa Garcia Escola Ens. Geral N.º 8054 / Cacuaco
5 Albertina Judite Cambongo Silla 11534271 33 13/02/2019 Namibe
03 88033786 Albano Figueira Pedro Liceu N.º 5135 - Viana
6 Alexandre Mbuengui Cazinga 967954 634 30/10/2018 C.Norte
7 Amândio Iluku Cláver Pitra 11314405 248 26/03/2018 Cabinda 04 01566985 Alberto Isidoro Pupulo Escola Primária, I e II N.º 1018 São José-Samba

8 Ana da Glória Miguel Gaspar 89292290 192 20/04/2018 Malanje 05 88765638 Alfredo Moisés Dala Complexo Escolar 21 de Janeiro/FAN
9 André Santana Dembe Ncumba 11637120 60 25/01/2018 Cabinda 06 10316253 Álvaro Pedro Instituto Médio de Economia de Luanda
10 Arsénia Anastácia Tula Yoba 889442446 71 13/02/2019 Cabinda
07 01411886 Américo Agostinho Delegação Provincial Luanda-E. Adultos
11 Augusta Nguenve Artur Ngunga 88144072 249 26/03/2018 Huambo
08 10343161 Ana Marisa Rosa Domingos Sermão Escola Primária E I Ciclo 1193-K. Kiaxi
12 Azeinada Sandalawa B. Cassule 88194325 237 28/06/2019 Huambo
09 11945040 António da Costa Pedro Escola 17 de Dezembro
13 Beatriz Culo Miguel Caetano 89330523 73 13/02/2019 Malanje
14 Beatriz Culo Miguel Caetano 88330523 73 13/02/2019 Malanje 10 98427210 António Domingos Diogo Complexo Escolar 21 de Janeiro/FAN

15 Catarina M. Matusimua Álvaro 88990810 57 13/02/2019 Benguela 11 10962705 António Mário Escola 17 de Dezembro
16 Cesaltina de Fátima Augusto António 11559213 674 19/11/2019 Moxico
12 88009428 Aristóteles Osmany G. Van-Dúnem Instituto Médio Politécnico do Sambizanga N.º 1155
17 Cláudia Celestina Isabel Rosa 00616354 252 29/03/2018 Cabinda
13 01417788 Bernardo Neto Francisco Escola do III Nível Ngola Kiluanje
18 Conceição Borges Marques de Carvalho 10399546 259 26/03/2018 Huambo
14 0055882 Boaventura Jacinto da Costa Escola 17 de Dezembro
19 Correia Hilário 88349006 492 27/09/2018 Uíge
20 Cristina Perpétua Maqueca 88952576 128 24/05/2019 Huambo 15 10998831 Cláudio Emanuel Revelas Escola do II Ciclo do Ensino Secundário N.º 1088 "22 de Novembro"

21 Débora Eurítice Vidal Webba 11360492 153 24/05/2019 Cuanza Sul 16 10988142 Constantino Francisco Escola do III Nível Ngola Kiluanje
22 Delfina Domingos Nguma 90738726 300 27/04/2018 Cabinda 17 98427173 Danilo de Lemos Correia Matias Instituto Médio Politécnico de Viana N.º 5103
23 Dina Esperança Alexandre 89344991 255 29/03/2018 Uíge
18 10366601 Domingos da Silva André Escola Primária E. I Ciclo N.º 2053 Belas
24 Domingas Helena Nascimento Salvador 11133158 280 30/05/2018 Cabinda
19 88766394 Domingos Agostinho Matias Campo Instituto Médio Politécnico do Sambizanga N.º 1155
25 Domingas Lídia Sequele Rafael 89360033 486 17/07/2017 Huambo
20 10971800 Domingos Comprido Magalhães Escola do III Nível Ngola Kiluanje
26 Domingos João Silvério 88151362 731 18/12/2017 Huambo
27 Domingos Miguel Chirima Cabuali 12422255 568 29/08/2017 L. Sul 21 86319640 Domingos da Silva A. Alexandre Escola do II Ciclo do Ensino Secundário N.º 5106 "Neve & Sousa"

28 Dulce de Sampaio Nunes Leitão 12096264 51 13/02/2019 Benguela 22 86319640 Ermenegildo Francisco M. Bandeira Escola do III Nível Ngola Kiluanje
29 Edna Jacinta da Costa 89065802 386 30/05/2017 L. Norte 23 11881096 Felismina Sebastiana M. José Jaime Escola do II Ciclo do Ensino Secundário N.º 4002-Cacuaco
30 Egna Marília da Conceição Chombé 89072044 265 26-03-2018 Huíla
24 10963142 Félix João Escola 17 de Dezembro
31 Elisa Teresa Sakelo Sebastião 90717799 479 27/09/2019 Namibe
25 98492272 Fernando Milando Panzo Escola do III Nível Ngola Kiluanje
32 Elisebeth Francisca C. S. Nangolo 89058707 60 13/02/2019 Huíla
33 Elsa Manuel Caquinha 12373479 215 06/03/2018 Cuanza Sul 26 11640659 Firmino Pena Capingano Escola do III Nível Ngola Kiluanje

34 Emília Maria Garcia Barros 11600803 306 27/04/2018 Huambo 27 10959318 Francisco Diogo Barro João Escola do II Ciclo do Ensino Secundário N.º 1088 (22 de Novembro)

35 Esmeraloda Bimbi Guhinguila 88383078 86 26/01/2018 Huíla 28 88013223 Gilson Cláudio Nicolau Delgado Instituto Médio de Economia de Luanda
36 Flávio Kamalanda Mateus José 90748475 10 13/02/2019 Uíge
29 10337663 Guido Francisco Chita Escola do Ciclo N.º 5124-Viana
37 Fontes Domingos Fragoso Gouveia 11100561 93 25/01/2018 C.Kubango
30 01415223 Isabel Maria Calembe Alberto Escola do III Nível Ngola Kiluanje
38 Hilário Chitumba Dongua Kssinda 12254409 212 06/03/2018 Huambo
31 11854786 Isaura Paciência Catumbela Chawaco Deleg. Provincial de Educação de Luanda
39 Irene da Conceição Pahula Alexandre 11542230 735 27/12/2018 Namibe
40 Isabel da Piedade Pires Delgado Caculo 12305044 1121 07/12/2016 Malanje 32 98426311 João Kiangala Nicodemos Instituto Médio Politécnico de Viana N.º 5103

41 João Cassinda Saviti 10999200 187 10/04/2018 Namibe 33 07885013 João Vaz Alfredo Escola do III Nível Ngola Kiluanje
42 Joaquim Miguel Cristóvão 90742640 17 13/02/2019 Bengo 34 07918511 Julião Narciso da Silva Escola do III Nível Ngola Kiluanje
43 Jordão José Adão 18101180 220 06/03/2018 Cuanza Sul
35 06669796 Manuel Miguel Simão Pascoal Escola do II Ciclo do Ensino Secundário N.º 5135
44 Juvenal António Bartolomeu 12206190 288 30/04/2018 Namibe
36 06686323 Maria Luciano C. de Sá L. Ernesto Escola do Ensino Primário N.º 5053-Morro da Areia Viana
45 Lorena Fernanda Felismina Samuel 88384132 105 13/02/2019 Huíla
37 89321518 Maria Marta António Nicolau Escola de Ensino Primário e do I Ciclo N.º 5071-Regedoria
46 Lúcia Zango José 88106893 715 18/12/2018 Moxico
47 Luís da Silva Martinho 88060949 490 27/09/2018 Cuanza Sul 38 88767407 Marinela Soares Caracol Escola do III Nível Ngola Kiluanje

48 Madalena Matoso K. dos Santos Mateus 88028408 38 25/01/2018 Huíla 39 01411159 Mateus Delgado Pedro Neto Escola do III Nível Ngola Kiluanje
49 Maria Teresa Agostinho Mudjanga 11145033 27 13/02/2019 Huíla 40 06666355 Mateus Filipe Escola do Ensino Primário e I Ciclo N.º 5018 Viana
50 Maria Adriana da Silva 06711191 188 10/04/2018 Cunene
41 10959241 Nelson Manuel José João Escola 17 de Dezembro
51 Maria Imaculada da Costa 11540644 285 30/05/2018 Namibe
42 85822554 Paulo Domingos Simão Escola do III Nível Ngola Kiluanje
52 Marlene de Carvalho Bernardo Sebastião 90825997 49 13/02/2019 Moxico
53 Paula Cristina Marcolino Sebastião 00611842 698 30/11/2018 Cuanza Sul 43 08614368 Pedro Clemente Brandão Escola do II Ciclo do Ensino Secundário N.º 5106 Neve e Sousa

54 Quidy Sara Pimentel Lourenço da Silva 11515345 498 03/10/2018 Huambo 44 10959382 Ricardo Carlos Escola 17 de Dezembro

55 Rosa Luís José Gomes 89268847 46 13/02/2019 L. Sul 45 01415861 Sebastião Francisco António Escola do III Nível Ngola Kiluanje
56 Salvador Mutambuleno Emília Manuel 87269937 244 26/03/2018 L. Sul
46 10962071 Sérgio Zeferino de Assis Calundungo Complexo Escolar 21 Janeiro/FAN
57 Solange Francisca Mateus Ajudante 89188634 22 13/02/2019 Cuanza.Norte
47 10334618 Sousa Santa Luzia Escola do Ensino Primário N.º 3061/Cazenga
58 Teresa Francisco Cassule Fula 89296192 656 15/09/2019 Bengo
48 10962770 Van Gompel Raph Escola 17 de Dezembro
59 Ukaka Miguel Pedro 11813665 481 27/09/2018 Zaire
60 Vizélia Vihemba Martins José 88247228 155 24/05/209 Benguela 49 10401094 Vicente Ant nio Manuel Escola do II Ciclo do Ensino Secundário N.º 3055/Cazenga

61 Yolanda Rosimeire André Macuta 98388202 47 13/02/2019 Moxico

O Director Provincial

(501.032) (501.032a)
O Director Provincial Narciso Damásio dos Santos Benedito (PhD)
Narciso Damásio dos Santos Benedito (PhD)
Quinta-feira
12 de Setembro de 2019 25
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(501.171a)

(501.172a)
(501.172)
26 SOCIEDADE
SECTORES DOS TRANPORTES E CONSTRUÇÃO CIVIL OS MAIS VISADOS
13 pessoas morreram de acidentes Detidos traficantes
de trabalho no primeiro semestre de armas de fogo
Comparativamente ao mesmo período do ano passado, este ano houve menos
dois casos de acidentes de trabalho, dos quais 664 leves, 87 graves e 13 mortos
Operários da construção civil têm sido as principais vítimas de acidentes de trabalho
Edivaldo Cristóvão
Pelo menos 13 pessoas mor-
reram em acidentes de tra-
balhos, durante o primeiro
semestre deste ano no país,
numa altura em que foram
registados 764 acidentes,
revelou ontem, em Luanda,
fonte da Inspecção Geral do
Trabalho (IGT).
Do número de casos regis-
tados, constam 664 acidentes
leves e 87 graves, disse a ins-
pectora geral, Nzina do Céu,
referindo que houve uma
diminuição de dois casos,
comparativamente a igual
período do ano passado em
que foram contabilizados
um total de 766 acidentes.
Com base nisso, as empre-
sas públicas e privadas estão
BENGO
Bebé sobrevive após oito horas numa fossa
Pedro Bica | Caxito
Um recém-nascido, do sexo
masculino, foi resgatado com
vida do interior de uma fossa
séptica de uma residência,
no bairro Kitonhi, Vila de
Caxito, província do Bengo,
onde permaneceu durante
oito horas, soube o Jornal de
Angola de fonte familiar.
O facto aconteceu após a
mãe, uma adolescente de 15
anos, ter feito o parto às escon-
didas, na casa de banho da
sua residência, e de seguida
escondeu o bebé na fossa que
se encontrava seca, o que
permitiu o resgate por parte
dos familiares.
A mãe da adolescente,
Maria João Domingos, disse
que o bebé goza de boa saúde,
após ter sido observado por
médicos do Hospital Pro-
a ser sensibilizadas pela Ins-
pecção Geral do Trabalho
(IGT), no sentido de garan-
tirem melhores condições
de segurança aos trabalha-
dores, visando atingir a “me-
ta zero” em termo de aci-
dentes laborais.
Os dados foram avança-
dos, durante o primeiro en-
contro sobre saúde e bem-estar
no trabalho, realizado ontem,
em Luanda, pelo Centro de
Segurança e Saúde no Trabalho
(CSST), que contou com a par-
ticipação de 40 empresas.
Nzinga do Céu disse na
ocasião, que as questões rela-
cionadas com a segurança,
saúde e higiene nos locais de
trabalho, devem ser encaradas
com muita importância e res-
ponsabilidade, razão pela qual
vincial de Caxito, e que, ape-
sar das circunstâncias, está
feliz com o nascimento do
neto, mas lamentou o com-
portamento da filha, de quem
apenas suspeitava estar grá-
vida e acredita que o medo
esteve na base da atitude to-
mada pela menor.
“Depois de ouvirmos cho-
ros de recém-nascido, ficá-
mos preocupados, pois em
casa não tínhamos um bebé.
Procuramos, demos conta
de que os choros vinham da
fossa de casa. Partimos e con-
seguimos libertar o menino”,
revelou a avó.
Após o parto caseiro, a
menor teve uma crise pós-
parto e neste momento en-
contra-se internada no Ban-
co de Urgência do Hospital
Provincial do Bengo, onde
recebe tratamento médico,
DR
a instituição vai continuar a
identificar os sectores que
mais incumprem com as exi-
gências preconizadas.
Com o objectivo de alcan-
çar a “meta zero em acidentes
de trabalho”, a inspectora-
geral referiu que só será pos-
sível atingir tal desiderato,
quando a IGT, em parceria com
as empresas, efectuar a má-
xima divulgação dos progra-
mas que previnem questões
ligadas à segurança e higiene
nos locais de trabalho.
“Todos os dias surgem
empresas no país e muitas
delas não estão ainda sen-
sibilizadas para estas ques-
tões, mas o nosso trabalho
tem sido divulgado, através
de seminários, palestras e
formações. Acreditamos que
Mãe da menor triste pelo acto, mas feliz pela vida do neto
na Unidade de Cuidados
Intensivos (UCI).
Maria João Domingos indi-
cou que um maior diálogo
com o ingresso de novos ins-
pectores, vamos alcançar
este objectivo”, afirmou.
Nzinga do Céu disse que
os números de acidentes de
trabalho podem ser muito
mais elevados, porque muitas
empresas não têm reportado
a incidência à IGT.
Transportes, prestação de
serviços e construção civil,
são os sectores que mais aci-
dentes de trabalho registaram
durante o primeiro semestre
deste ano a nível do país.
Saúde no Trabalho
A directora do Centro de Segu-
rança e Saúde no Trabalho
(CSST), Isabel Cardoso, con-
sidera que a saúde e bem-estar
estão englobados na segurança
do trabalhador a nível da sua
actividade laboral.
“É preciso que o traba-
lhador esteja bem. O empre-
gador deve criar estratégias
que o confortem no local de
trabalho, para que a sua pro-
dução seja mais e melhor,
porque se ele não estiver bem,
não produz o suficiente”,
considerou.
A formadora para áreas
comportamentais pediu às
empresas para estarem mais
preocupadas com a saúde
dos colaboradores, por estar
directamente ligada à pro-
dutividade.
“É importante que os tra-
balhadores reservam de duas
em duas horas alguns minu-
tos para apanhar sol. Este exer-
cício faz com que o organis-
mo fique reabastecido, dan-
do maior oxigénio ao cére-
bro e movimenta os múscu-
los”, aconselhou Alexandra
Sousa, especialista em Re-
cursos Humanos.
EDMUNDO EUCÍLIO | EDIÇÕES NOVEMBRO
com as filhas é importante
no sentido de se evitar tais
situações, porque constitui
risco para a vida humana.
CUANZA-NORTE
Dois cidadãos acusados de
posse ilegal e venda de armas
de fogo e de uniforme poli-
cial foram detidos nos últi-
mos 15 dias e apresentados
esta terça-feira, em Ndala-
tando, província do Cuanza-
Norte, pelo Serviço de Inves-
tigação Criminal (SIC).
O facto foi dado a conhe-
cer pelo porta-voz do SIC
no Cuanza-Norte, Adão Mo-
rais, no acto de apresentação
dos supostos marginais e
meios apreendidos durante
uma operação conjunta com
efectivos da Polícia Nacio-
nal, realizada no período
em referência.
Adão Morais informou
que a venda de uniforme
policial foi praticada pelo
filho de um efectivo da Polí-
cia Nacional, que comer-
cializou a farda a um suposto
agente da corporação.
Já o tráfico de armas de
fogo, do tipo AKM, foi pra-
ticado em Luanda por um
ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS
Poluição do ar acelera
doenças pulmonares
A poluição atmosférica,
especialmente pelo ozono,
que está a aumentar devido
às alterações climáticas, pode
acelerar doenças pulmonares
tanto quanto fumar um maço
de cigarros por dia, indica
um estudo feito nos EUA.
Segundo o jornal portu-
guês “Público”, o novo estu-
do, feito pelas universidades
norte-americanas de Was-
hington, Columbia e Buffalo,
foi publicado na revista cien-
tífica da Associação Médica
Americana (“The Journal of
the American Medical Asso-
ciation-JAMA”).
No artigo, os investiga-
dores advertem para o facto
de a poluição do ar acelerar
a progressão do enfisema
pulmonar.
Ainda que estudos ante-
riores já tenham mostrado
uma ligação clara entre os
poluentes no ar e algumas do-
enças pulmonares e cardíacas,
o novo estudo demonstra a
associação entre uma expo-
sição prolongada aos princi-
pais poluentes atmosféricos,
especialmente o ozono, e o
aumento do enfisema.
O enfisema pulmonar é a
destruição do tecido pulmo-
nar, que causa tosse e falta
de ar e leva à redução do oxi-
génio no sangue, o que difi-
culta a respiração e aumenta
o risco de morte.
“Ficámos surpreendidos
ao ver nos exames dos pul-
mões, como foi forte o impacto
da poluição atmosférica na
progressão do enfisema, ao
Quinta-feira
12 de Setembro de 2019
ex-militar das Forças Ar-
madas Angolanas (FAA),
residente em Ndalatando
(Cuanza-Norte), que ven-
deu a arma a uma empresa
de segurança privada, não
identificada.
Adão Morais disse tra-
tar-se de primeiros casos do
género registados este ano
na província e informou que,
durante a operação reali-
zada nos últimos 15 dias,
foram ainda detidos outros
dez cidadãos supostamente
implicados nos crimes de
furtos e violação, bem como
apreendidos 120 quilogra-
mas de liamba.
Durante o acto, foram,
igualmente, apresentadas
11 armas de fogo recolhidas
de meliantes, das quais oito
do tipo AKM e diversos bens
roubados em cantinas e
residências, nos municí-
pios de Cazengo, Lucala e
Golungo Alto, concluiu
Adão Morais.
DR
Exame de Raio X serve para
avaliar o estado do pulmão
mesmo nível dos efeitos do
tabagismo, o qual é de longe
a causa mais conhecida de
enfisema”, disse um dos prin-
cipais autores do estudo, Joel
Kaufman, professor de Ciên-
cias Ambientais e Saúde Ocu-
pacional da Universidade de
Washington.
A investigação concluiu
que se o nível do ozono no
ambiente aumentar muito
em relação ao que se veri-
ficava, há uma década, tal
terá efeitos no enfisema idên-
ticos a fumar um maço de
cigarros por dia.
Os resultados do estudo
são baseados numa extensa
investigação, de 18 anos,
envolvendo mais de 7.000
pessoas e um exame deta-
lhado da poluição do ar entre
2000 e 2018, em seis regiões
metropolitanas dos Estados
Unidos da América.
SOCIEDADE
12 de Setembro de 2019
ESCOLAS EM LUANDA
Professores
querem
cobrança de
emolumentos
A Associação Nacional dos
Professores Angolanos (APA)
apelou, ontem, em Luanda,
ao titular do Poder Execu-
tivo, no sentido de regula-
rizar e autorizar a cobranças
de taxas e emolumentos pelos
serviços prestados em escolas
de diversos níveis de ensino
do país.
Num encontro que reuniu
membros do secretariado
provincial de Luanda, muni-
cipais e distritais, a APA ana-
lisou as implicações da circular
sobre a proibição de cobrança
de emolumentos em escolas
públicas da capital e passou
em revista o estado actual da
Educação no país.
O presidente da APA, Ma-
nuel Gonga, disse que a mesma
circular chamou a atenção da
associação, que já realizou
auscultação junto do Gabinete
Provincial de Educação de
Luanda, para compreender
melhor a situação real da gestão
das escolas.
KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO
Professores de Luanda
estiveram reunidos ontem
Inácio Gonga adiantou que
proibir a cobrança de emo-
lumento cria uma regressão
a nível de evolução no ensino,
do ponto de vista de avaliação
do processo educativo..
"O orçamento distribuído
a nível das escolas não serve
para fazer cobertura aos ser-
viços adjacentes, como a
higiene, papel e outros. Por
isso, não estamos contra o
processo de reorganização e
reestruturação da economia,
mas sim a chamar a atenção
para a ausência e o risco das
escolas funcionarem com
uma baixa qualidade, prin-
cipalmente em relação aos
serviços básicos", defendeu.
As escolas do I Ciclo, frisou,
não recebem apoio financeiro,
razão pela qual é com base
nos emolumentos cobrados
que têm garantido a gestão
das instituições.
Inácio Gonga acrescentou
que o orçamento direccionado
para a gestão das escolas vem
das administrações munici-
pais, mas que é insuficiente
para dar cobertura às neces-
sidades das escolas.
A insuficiente verba dis-
ponibilizada pelas adminis-
trações municipais às escolas,
de acordo com o presidente
da APA, tem contribuído para
o actual estado de degradação
de muitas escolas.
Kátia Ramos |
Quinta-feira
27000 CASOS DE DOENÇA DAS VISTAS
Novos equipamentos para tratamento das vistas serão adquiridos
Executivo está a investir
muito na saúde ocular
Victória Ferreira
O secretário de Estado da
Saúde para a Área Hospitalar,
Leorando Europeu Inocêncio,
disse ontem, em Luanda,
que está em curso um pro-
cesso de aquisição de equi-
pamentos para as cirurgias
não só de cataratas, mas tam-
bém para outras intervenções
de foro oftalmológico.
Leonardo Europeu Ino-
cêncio falava durante o pri-
meiro encontro nacional de
oftalmologia, realizado sob
o lema: "Unidos pela saúde
ocular", promovido pela
Ordem dos Médicos de An-
gola. Referiu que o Ministério
da Saúde está preocupado
em responder às inquietações
de saúde ocular da população,
que têm vindo a aumentar
todos os dias.
O Instituto Nacional de
Oftalmologia, o centro de
Benguela e outras instituições
que realizam cirurgia de alta
complexidade em oftalmo-
logia, ainda precisam de
maior investimento em tec-
NÃO ERA DECLARANTE REGISTADO
Cidadão surge em Tribunal
e denuncia burla sofrida
Kilssia Ferreira
Um cidadão identificado por
Pedro Armando da Silva, que
não estava arrolado como
declarante no "caso de burla
por defraudação", em que são
julgadas três mulheres por
receber dinheiro em troca de
emprego no BPC, disse, ontem
no Tribunal Provincial de Lu-
anda, que entregou à ré Con-
ceição Pedro Mateus, a quantia
de um milhão de kwanzas,
para garantir vaga naquela
instituição bancária.
Pedro Armando da Silva
disse que tomou conheci-
mento do julgamento das rés
Conceição Pedro Mateus,
Mariana Adelino Mesquita
e Yolanda Mateus Joaquim,
através das matérias publi-
cadas no Jornal de Angola,
mas a ré Conceição Mateus
alegou ter recebido apenas
900 mil kwanzas.
Na sessão de ontem, que
decorre na 5ª Secção de Cri-
ALBERTO PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO
nologia e em recursos huma-
nos, para corresponderem
às distintas situações, decla-
rou na ocasião o governante.
Apontou a cirurgia por
favermultificação, um inves-
timento que deve ser esten-
dido a todas as instituições
e não apenas à habituais,
bem como a subvenção de
medicamentos para o trata-
mento do glaucoma.
O Instituto Oftalmológico
Nacional, em Luanda, recebe
mensalmente 4500 pacientes
para consultas de cataratas,
glaucomas e retina, cujos
casos têm vindo a aumentar
desde 2014, tendo este ano
sido já atendidos 27.000
doentes, numa estrutura
muito pequena.
Segundo a directora do
Instituto Oftalmológico
Nacional, Luísa Paiva, mui-
tos casos podiam ser evita-
dos, como as cataratas, que
chegam num estado avan-
çado. A ametropia é a prin-
cipal doença que leva as
pessoas a solicitarem os ser-
viços do instituto.
mes Comuns do Palácio Dona
Ana Joaquina, uma outra
declarante arrolada no pro-
cesso, apenas identificada
por Brígida, contou em Tri-
bunal que acertou com a ré
Mariana Adelino Mesquita
a quantia de um milhão e
quinhentos mil kwanzas para
uma vaga, mas entregou ini-
cialmente 500 mil.
Segundo a declarante, a
entrega de apenas 500 mil
do montante de um milhão
e 500 mil acordado inicial-
mente, foi uma condição
imposta, porque pretendia
primeiro ver empregada a
pessoa proposta.
No entanto, a co-ré Mari-
ana Adelino Mesquita, disse
que entregou à ré Conceição
Mateus os valores recebidos
da declarante Brígida, então
encarregue de resolver a si-
tuação do emprego, porque
tinha um comparsa junto
do Conselho de Adminis-
tração do BPC.
ERCA ORGANIZA O ENCONTRO PARA OUTUBRO
Código de Ética é levado
à assembleia de jornalistas
Evento vai aprovar o Código de Ética e Deontologia
Profissional e eleger os membros que vão integrar a comissão
Presidente da ERCA, Adelino de Almeida, anunciou as etapas a cumprir até ao conclave
Manuela Gomes
A Entidade Reguladora da
Comunicação Social Ango-
lana (ERCA) anunciou on-
tem, em Luanda, a realização
de uma assembleia-geral de
jornalistas para o próximo
dia 26 de Outubro, deu a co-
nhecer o presidente da agre-
miação, durante uma confe-
rência de imprensa.
Adelino de Almeida disse
que no evento será aprovado
o Código de Ética e Deontologia
Profissional e vão ser eleitos
os membros que vão integrar
a Comissão da Carteira e Ética,
actividades que serão ante-
cedidas de conferências pro-
vinciais, para garantir máxima
legitimação e democraticidade.
As conferências provinciais
O exercício de direito de resposta e rectificação
Reunido ontem, em Luanda,
em sessão plenária ordinária,
o Conselho Directivo da Enti-
dade Reguladora da Comuni-
cação Social Angolana (ERCA),
chamou a atenção para a impor-
tância do exercício do Direito
de Resposta e de Rectificação.
A ERCA diz que qualquer
pessoa singular ou colectiva,
organização, serviço ou orga-
nismo público ou privado pode
reagir imediatamente a algum
tratamento menos correcto
na imprensa, que em seu enten-
der viole os seus direitos de
personalidade, como o bom
nome, a reputação e outros.
Além de destacar a recente
polémica que envolveu o depu-
tado Miguel Nzau Puna e o Jor-
nal de Angola para promover
que terão início dia 14 do mês
em curso, visam proceder a
uma audição às associações
profissionais e ao Sindicato
de Jornalistas Angolanos
(SJA), no cumprimento do
pressuposto legal, plasmado
na Lei de Imprensa.
Numa primeira fase, serão
realizados encontros pro-
vinciais em Benguela, Huíla,
Cabinda e Huambo, esten-
dendo-se depois por todo
país, até em vésperas da rea-
lização da assembleia-geral.
Adelino de Almeida disse
esperar por uma ampla par-
ticipação dos jornalistas no
processo que vai enriquecer
o projecto de código adoptado
pelas associações profissio-
nais e eleger os delegados a
assembleia-geral, na qual
o recurso a este direito, a ERCA
recomenda às partes envolvi-
das para que tenham sempre
em devida conta o estrito res-
peito pelas normas mais espe-
cíficas que balizam este exer-
cício, o que, no caso em concreto,
não se verificou plenamente
pelas duas partes.
Na sua deliberação, a Enti-
dade Reguladora da Comuni-
cação Social manifesta grande
preocupação pela tendência,
que não é nova, dos meios de
comunicação social e alguns
dos seus principais rostos se
quererem substituir aos órgãos
competentes de justiça, fa-
zendo muitas vezes tábua rasa
do direito constitucional à pre-
sunção de inocência que assiste
a qualquer cidadão antes do
27
VIGAS DA PURIFICAÇÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO
ressalta que as províncias
com mais de 50 jornalistas
e l ege m t rê s d e l egad o s ,
enquanto as que tiverem
menos, elegerão apenas dois.
A recepção das listas das
candidaturas concorrentes,
para a eleição da Comissão
da Carteira e Ética, tem início
a 27 de Setembro, na sede
da ERCA, devendo ser com-
posta por dez membros,
sendo sete jornalistas efec-
tivos e três suplentes.
A Comissão da Carteira e
Ética compete atribuir, reno-
var, suspender ou cessar os
títulos de acreditação dos
profissionais da comunicação
social, bem como apreciar,
julgar e sancionar a violação
dos deveres ético-deonto-
lógicos dos jornalistas.
seu processo ter transitado
em julgado.
A ERCA considera que, no
caso angolano, a chamada “judi-
cialização da imprensa” tem-se
caracterizado, nomeadamente,
pela ausência do contraditório
em matérias gravemente lesivas
dos direitos da parte acusada,
o que fere profundamente os
fundamentos do próprio jorna-
lismo de referência.
Para o efeito, a ERCA reco-
mendou que o tratamento jor-
nalístico de casos que envolvam
acusações ou denúncias cri-
minais seja feito com o maior
espírito de responsabilidade
e equidistância, por mais evi-
dentes que às vezes os factos
em presença se apresentem
aos nossos olhos.
28 Quinta-feira
12 de Setembro de 2019

PUBLICIDADE

REPÚBLICA DE ANGOLA
GOVERNO PROVINCIAL DA HUÍLA
ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL DE CALUQUEMBE

Anúncio de Abertura de Procedimento de Concurso Público

Concurso Público n.º 01 /2019
A Administração Municipal de Caluquembe vem, tornar público, nos termos do disposto no n.° 1 do artigo 119.° e do Anexo VI, da Lei n.° 9/16, de 16 de Junho - Lei dos Contratos
Públicos, que está aberto o Concurso Público para os lotes de projectos do Programa Integrado de Intervenção Municipal (PIIM) 2019 para o Município de Caluquembe:
Lote 1. Construção de dez pontes no Município de Caluquembe;
Lote 1.1. Fiscalização da Construção de dez pontes no Município de Caluquembe.
Lote 2. Aquisição de um gerador, melhoria e extensão da rede de distribuição eléctrica;
Lote 2.1. Fiscalização da aquisição de um gerador, melhoria e extensão da rede de distribuição eléctrica.
Lote 3. Asfaltagem de 2,5 kms.
Lote 3.1. Fiscalização da asfaltagem de 2,5 kms.
Lote 4. Construção de uma escola de sete salas de aula na Comuna do Calepi.
Lote 4.1 Fiscalização da construção de uma escola de sete salas de aula na Comuna do Calepi.
Lote 5. Construção de uma escola de sete salas de aula na Comuna do Ngola.
Lote 5.1. Fiscalização da Construção de uma escola de sete salas de aula na Comuna do Ngola.
Lote 6. Construção de uma escola de sete salas de aula na Comuna de Caluquembe.
Lote 6.1. Fiscalização da construção de uma escola de sete salas de aula na Comuna de Caluquembe.
Lote 7. Construção de uma escola de sete salas de aula na Comuna de Caluquembe – Sede.
Lote 7.1. Fiscalização da Construção de uma escola de sete salas de aula na Comuna de Caluquembe – Sede.
Lote 8. Construção de uma escola de doze salas de aula na Comuna de Caluquembe – Sede.
Lote 8.1. Fiscalização da construção de uma escola de doze salas de aula na Comuna de Caluquembe –Sede.

1. Dados da Entidade Pública Contratante (EPC)

1.1. Designação (UO / OD): Administração Municipal de Caluquembe
1.2. Endereço: Município de Caluquembe, Bairro 25 de Abril
1.3. Localidade: Sandula 1.4. Província: Huíla
1.5. Telefone / Fax:
1.6. Correio electrónico / Endereço internet (URL):
1.8. A EPC está a contratar por conta de outras entidades? Sim x Não

2. Informações relativas ao contrato

2.1. Tipo de contrato: Empreitada de obras públicas, Aquisição de bens móveis e aquisição de serviços.
2.2. Local da realização das obras, da entrega dos bens ou da prestação dos serviços: Município de Caluquembe.
2.3. O concurso implica a celebração de um contrato público: x Sim Não
2.4. O concurso está aberto à participação de entidades estrangeiras: Sim x Não
2.5. Breve descrição das prestações objecto do contrato:Construção de dez pontes em várias localidades do Município de Caluquembe, Fiscalização da Construção de dez
pontes em várias localidades do Município de Caluquembe, Aquisição de um gerador, melhoria e extensão da rede de distribuição eléctrica, Fiscalização da aquisição de
um gerador, melhoria e extensão da rede de distribuição eléctrica, Asfaltagem de 2,5 kms e Fiscalização da asfaltagem de 2,5 kms, Lote 4. Construção de uma escola de
sete salas de aula na Comuna do Calepi, Fiscalização da construção de uma escola de sete salas de aula na Comuna do Calepi, Construção de uma escola de sete salas
de aula na Comuna do Ngola, Fiscalização da Construção de uma escola de sete salas de aula na Comuna do Ngola, Construção de uma escola de sete salas de aula na
Comuna de Caluquembe, Fiscalização da construção de uma escola de sete salas de aula na Comuna de Caluquembe, Construção de uma escola de sete salas de aula na
Comuna de Caluquembe – Sede, Fiscalização da Construção de uma escola de sete salas de aula na Comuna de Caluquembe – Sede, Construção de uma escola de doze
salas de aula na Comuna de Caluquembe – Sede, Fiscalização da construção de uma escola de doze salas de aula na Comuna de Caluquembe – Sede.
2.6. Prazo de execução do contrato: 5 a 12 meses

3. Informações relativas aos concorrentes e às propostas

3.1. Documentos de habilitação: Conforme previsto no Programa do Concurso Público
3.2. Admissão de propostas variantes: Sim x Não
3.3. Exigência de caução provisória: Não.

4. Critério de adjudicação
Proposta economicamente mais vantajosa, tendo em conta os factores enunciados nas peças do procedimento.

5. Processo
5.1. Condições para obtenção das peças do procedimento.
5.1.1. Prazo para recepção de pedidos das peças do procedimento ou para aceder aos documentos:
Data: Até 24/09/2019 Hora: 15h00
5.1.2. Preço e condições de obtenção das peças do procedimento:
Preço: AKzs 10.000,00 Condições: Das 8h00 às 15h00 de segunda a sexta-feira
5.2. Prazo para apresentação das propostas:
Data: 30/09/2019 Hora: 15h00

6. Informações Complementares
6.1. Endereço e ponto de contacto onde podem ser obtidas as informações adicionais, as peças do procedimento e enviadas as propostas.
6.1.1. Designação oficial: Unidade de Contratação Pública
6.1.2. Endereço: Secretaria Geral da Administração Municipal de Caluquembe
6.1.3. Localidade: Sandula 6.1.4. Província: Huíla
6.1.5. Telefone / Fax:
6.1.6. Correio electrónico / Endereço internet (URL):

Administração Municipal de Caluquembe, em Caluquembe, aos 5 de Setembro de 2019.

O ADMINISTRADOR MUNICIPAL
José Arão Nataniel Chissonde
(501.184)
CULTURA Quinta-feira
12 de Setembro de 2019
ESCULTURAS EM BRONZE
Artista tem procurado representar a cultura e a identidade nacional na maioria dos trabalhos realizados nos últimos anos
Mpambukidi Nlunfidi
expõe na África do Sul
Alexa Sonhi
O escultorMpambukidi Nlun-
fidi é um dos artistas convidados
para expor na Conferência de
Doadores Africanos, que acon-
tece no dia 26, na Cidade do
Cabo, África do Sul, onde pre-
tende mostrar o melhor da cul-
tura e da identidade nacional.
O artista angolano infor-
mou ontem, ao Jornal de
Angola, que o convite foi feito
pelo Presidente sul-africano,
Cyril Ramaphosa, o que repre-
senta um ganho para a classe
artística nacional e o reco-
nhecimento do trabalho feito
por si ao longo de anos.
“TUZEYELE”
Luanda acolhe festival de humor
Mário Cohen
A I edição do Festival Inter-
nacional de Humor, “Tuzeyele”,
abre as portas ao público no
dia 26 de Outubro, pelas 16h00,
no Centro de Conferências de
Belas (CCB), em Luanda, com
a participação de humoristas
angolanos, brasileiros, portu-
gueses e moçambicanos.
Entre os convidados estran-
geiros o destaque vai para os
humoristas Fábio Lins e Marcela
Tavares (Brasil), Rui Xará e João
Seabra (Portugal), assim como
Hélio Mayya Dzive e Borges
Makuakua (Moçambique).
De Angola, explicou Venân-
cio Vicente, um dos respon-
sáveis, participam Kotingo,
além de outros jovens talentos
a despontar no mercado nacio-
nal, como Agente Formiga.
A actividade, adiantou, é
uma iniciativa da Mídia Mais,
criada com o objectivo de
Para esta exposição, o escul-
tor tem preparadas 15 esculturas
novas, assentes fundamen-
talmente nas raízes e na tradição
angolanas. O artista adiantou
ainda que neste momento tem
patente, desde o passado dia
6, um total de 45 esculturas no
Hotel de Convenções de Tala-
tona, em Luanda.
A mostra, denominada
“Espírito de União”, fica patente
ao público por três meses, e foi
feita com o objectivo de ajudar
na recuperação do sentimento
de união, que norteava o povo
angolano, e hoje, aos poucos,
se perdeu, em parte, devido ao
fenómeno da globalização.
Apesar de não ser a primeira
promover as artes, através
do humor, com comediantes
de outros países. “O festival
surge de um sonho que durou
sete anos para se materiali-
zar”, contou.
O festival, acrescentou,
vai ser, doravante, realizado
anualmente com a partici-
pação de comediantes nacio-
nais e internacionais, com
maior enfoque para os da
Comunidade dos Países de
Língua Portuguesa (CPLP).
“Queremos incentivar os
artistas da comunidade, em
especial os jovens talentos,
muitas das vezes sem opor-
tunidade de mostrarem todo
o potencial”, aclarou.
Para Venâncio Vicente, o
festival é uma oportunidade
para impulsionar a carreira
de muitos comediantes, que
ainda não têm a devida noto-
riedade, apesar dos anos
dedicados a esta arte. “O fes-
vez a expor no espaço, o artista
disse estar satisfeito, porque
além de ser um sinal de reco-
nhecimento, mostra também
o interesse do público em
conhecer mais sobre a cultura
angolana.
“Em sete dias de exposição,
o hotel não pára de receber
visitantes e, inclusive, já recebi
muitas encomendas, quer de
cidadãos nacionais quer de
estrangeiros. É uma prova
clara de um renascer das artes,
que precisa de ser melhor
explorada pelos produtores
angolanos”, pediu.
Mpambukidi Nlunfidi infor-
mou, igualmente, que a maioria
das exposições a serem rea-
Kotingo é um dos comediantes convidados para esta edição
tival pode incluir também
alguns músicos. O programa
de actividades inclui ainda
um seminário sobre a ‘Manu-
tenção dos Espaços Verdes
da Cidade de Luanda’, pelo
facto de um dos focos ser o
combate ao lixo.
Em relação à próxima edi-
PAULINO DAMIÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO | ARQUIVO
lizadas por si, este ano, vão ter
a denominação de “ Espírito
de União”, a mesma das ante-
riores, como maneira de con-
tinuar a enaltecer a identidade
e a cultura angolana.
O tempo de exposição,
seleccionado pela gestão do
hotel, vai ajudar, tendo em
conta as efemérides como o
17 de Setembro, Dia do Herói
Nacional, ou o 27 de Setembro,
Dia Mundial do Turismo, e o
11 de Novembro, Dia da Inde-
pendência Nacional. Permite
dar mais espaço para que o
público conheça, através dos
traços característicos das escul-
turas, pormenores importantes
da cultura nacional.
DR
ção, o responsável informou
que Portugal e Moçambique
apresentaram propostas para
acolher a II edição do festival
o próximo ano. Com a par-
ticipação de 30 humoristas,
dos quais 25 já confirmaram
as suas presenças, o festival
tem a duração de cinco horas.
ÍCONE DA MÚSICA
Arte de Massano Júnior
reconhecida no Lobito
Jesus Silva | Lobito
Massano Júnior foi consi-
derado, no domingo, no
Lobito, um ícone da Música
Popular Angolana, durante
uma homenagem promovida
pela Casa Rosa Promoções
e Soba-Catumbela, em par-
ceria com a Administração
Municipal do Lobito, no
encerramento das activida-
des alusivas aos 106 anos
daquela cidade.
Segundo o administrador
municipal do Lobito, Nelson
da Conceição, quem viveu
nas décadas de 1980 e 1990
tem de se recordar “deste
ícone da música angolana”.
“É com muito orgulho que
venho aqui fazer-lhe esta
homenagem”, salientou.
Para Nelson da Conceição,
a Administração Municipal
do Lobito tem de agradecer
o que essa figura muito trans-
mitiu. “Este será o último
ano em que vamos come-
morar o aniversário da cidade
na condição de Administra-
ção Municipal, porque tere-
mos provavelmente em
2020, a primeira comemo-
ração já no quadro das autar-
quias. Nem sabemos quem
serão os autarcas, facto pelo
qual este ano decidimos fazer
os festejos dos 106 anos com
um rico programa cultural.”
A Banda Kamutangre
Show “KS”, à semelhança
de Massano Júnior, também
foi distinguida, no domingo,
com uma menção honrosa,
pelos feitos em prol da música
angolana, com particular
destaque na cidade do Lobito,
nas décadas de 1980 e 1990.
Em declarações ao Jornal
de Angola, Massano Júnior
considerou ser, praticamente,
do Lobito, onde chegou com
dois anos, estudou no Colégio
ESPECTÁCULO
Músicos estão prontos
para concertos na praia
Analtino Santos
A I edição do Festival de Praia
Tripalus Paradise começa este
sábado, dia 14, com um espec-
táculo, na Ilha de Luanda, a
partir das 16h00, onde vão
despontar, durante três dias,
nomes de referência da música
angolana e brasileira.
Entre as atracções do fes-
tival estão os cantores brasi-
leiros Emicida e Ludmila, tidos
como um dos maiores repre-
sentantes do rap e do funk no
Brasil. A nível interno foram
convidados artistas como Ary,
Yannick Afroman, Noite e Dia
e Nagrelha.
O festival começa sábado,
às 10h00, com diversas acti-
vidades lúdicas. Depois, às
16h00, começam os concertos,
que têm como principais des-
taques o rapper brasileiro
29
Nossa Senhora do Sameiro,
na Missão Evangélica e na
Escola Comercial, no bairro
do Compão, antes de ir para
Luanda. O músico deu início
à carreira artística no grupo
Os Malambas, no Lobito,
uma fundação do falecido
Correia Victor. Depois, inte-
grou os Negoleiros do Ritmo,
fundou o África Show, dirigiu
o instrumental 1º de Maio e
O Semba África.
Massano Júnior enalteceu
as autoridades do município
do Lobito por o terem brin-
dado com a homenagem.
“Uma homenagem que
penso ser digna e merecida.
Lembraram-se da passagem
pelo Lobito e é fruto do reco-
nhecimento em prol do que
fiz para o engrandecimento
da música”.
Massano Júnior exortou
os artistas da nova geração
a melhorarem as letras, por-
que muitas delas são absur-
das. “Enquanto estiver vivo
vou continuar a cantar, espe-
rando por melhores dias”
concluiu. Gerry, tecladista
e director da Banda KS, agra-
deceu, no acto, a homena-
gem e destacou as figuras de
Viriato dos Santos Pinto e
Joaquim Teixeira “Tchombé”
que os incentivaram e abri-
ram caminho para o êxito.
Para o músico Tiviné, do
Cuanza- Sul, que participou
no caldo, as homenagens
foram merecidas, pela alegria
proporcionada, quer por
Massano Júnior, quer pela
Banda KS, à população lobi-
tanga, nas décadas de 1980
e 1990.
Além de Tiviné, partilha-
ram o palco com Massano
Júnior o agrupamento musi-
cal Os Kiezos, Banda Ritmos
do Flamingo, do Lobito, e
Tony do Fumo (Filho).
Emicida, Nagrelha dos Lam-
bas, TRX Music, Rui Orlando,
Kid MC, OG Vuino, Edgar
Domingos, Noite e Dia, Os
Mokainos, Sarissar e TGO
Music. O segundo dia do fes-
tival tem como atracções Ary,
Titica, Halison Paixão, Eva
Rap Diva, Yannick Afroman,
Johnny Berry, Uami Ndon-
gadas, Filho do Zua e os DJ
Miss Dee, Helio Baiano, Bruno
AG e Kapiro.
Para o terceiro e último dia,
a organização preparou um
elenco composto pela brasi-
leira Ludmila, o grupo de rap
Força Suprema, os cantores
Preto Show, Biura, Mobbers,
Scro Que Kuia, Nerú Ameri-
cano, Gerilson Insrael, os DJ
Paulo Alves, Nelasta, Lutonda,
Pzeeboy, Patrícia Pires, Man
Remas, Black Spygo e Patricia
Guimarães.
30 DESPORTO
APÓS O MUNDIAL DE BASQUETEBOL
Federação deve antecipar
projecção do Pré-Olímpico
Experiências anteriores recomendam cautelas e prudência na
preparação do torneio qualificativo para os Jogos Olímpicos
de 2020, marcados para a cidade de Tóquio, no Japão
Anaximandro Magalhães | Beijing
Terminada a campanha Mun-
dial China'2019, urge a neces-
sidade de os dirigentes da
Federação Angolana de Bas-
quetebol (FAB) começarem
, o quanto antes, a preparar
as condições para a disputa
do próximo compromisso da
Selecção Nacional, o Torneio
Pré-Olímpico.
Ainda sem país designado
para albergar a prova, que
qualifica as quatro últimas
selecções para os Jogos Olím-
picos Tóquio'2020, no Japão,
ponto assente é que Angola
está obrigada a marcar pre-
sença. Não importa se com
uma equipa de Esperanças
ou Honras.
Portanto, definir objectivos,
traçar um plano estratégico
de forma atempada é funda-
mental, de modo a evita-
rem-se constrangimentos
semelhantes aos registados
aquando dos trabalhos,
visando a 18ª edição do Cam-
peonato do Mundo, cuja final
é disputada domingo, na
cidade de Beijing, no Pavilhão
Wukesong Center.
Má prestação do “cinco” nacional deve servir de lição para os próximos compromissos
Mesmo sabendo de ante-
mão ser difícil materializar
o objectivo, por ter de defron-
tar selecções muito mais for-
tes, e tendo como exemplo
percalços anteriores, nos pré-
olímpicos de 2012 na Vene-
zuela, e 2016,na Sérvia, a FAB
tem de zelar pelo bom nome
do país e o prestígio granjeado
durante anos, embora belis-
cados no presente Mundial.
A FAB dispõe de mais de
seis meses para trabalhar,
tempo suficiente para evitar
arrancar tarde e dar mais horas
à preparação. Encetar con-
tactos junto de patrocinadores
para permitir a realização de
estágios e jogos de controlo
fortes, aconselha-se.
Com as saídas anunciadas
do extremo-poste Reggie
Moore, 2,00 metros, e do poste
Eduardo Mingas, 1,98 metros,
abrem-se duas vagas. As saí-
das, embora não tão fáceis
de serem colmatadas, também
não se prevêem grandes difi-
culdades para o fazer, tendo
em conta sobretudo a pres-
tação de Moore, de 38 anos,
nesta última edição da prin-
cipal prova do calendário de
competições da FIBA, onde
ficou muito aquém do espe-
rado. Reggie disputou os cinco
jogos. Três no Grupo D da fase
preliminar e dois na Série N,
das classificativas do 17º ao
32º lugar. Em 112 minutos
marcou apenas 27 pontos.
Já Mingas, de 40 anos, o
único angolano com cinco
campeonatos do mundo no
currículo, nos Estados Unidos
(2002), Japão (2006), Turquia
(2010, Espanha (2014) e China
(2019), foi utilizado somente
em duas partidas, tendo exi-
bições discretas.
No primeiro teste frente à
Sérvia mereceu a confiança
do seleccionador nacional,
William Bryant Voigt, por
cinco minutos e 34 segundos,
dos 40 reservados para o
encontro, e marcou dois pon-
tos. Contra a Itália fez 15 minu-
tos e 38 segundos, e voltou a
marcar o mesmo número.
Com mais um ano de con-
trato, mas falhado o propósito
principal, regressar à alta roda
do desporto mundial, da qual
está afastada a duas edições,
a situação de Will Voigt tem
de ser definida o quanto antes,
assim como analisadas as inci-
dências em Foshan e Beijing.
FIBA
SURPRESA
Estados Unidos
caem com estrondo
diante da França
Surpresa no Campeonato
do Mundo! O que muitos
ansiavam aconteceu ontem.
Os Estados Unidos foram
afastados nos quartos-de-
final da prova, ao perderem
por 79-89, frente à França.
Em dia que se assinalou
mais um de triste memória,
o atentado às torres gémeas,
World Trade Center, os
norte-americanos, deten-
tores do título mundial,
ficaram por terra e termi-
naram o sonho de conquista
do sexto troféu mundial.
Sem nenhuma das “estre-
las” inicialmente convoca-
das, casos de James Harden,
Stephen Curry, Kyrie Irving,
Anthony Davis, os norte-
americanos, orientados por
Greg Popovich, foram uma
selecção vulgar, e o primeiro
sinal tinha sido dado diante
da Turquia, com quem teve
de sofrer a bom sofrer, con-
seguindo o triunfo somente
no prolongamento de cinco
minutos. Tal como se pre-
vira, os franceses, sem pres-
são, conseguiram a pouco
e pouco levar a água para
o seu moinho, e humilde-
mente vergaram os líderes
do “ranking” da FIBA.
Na pior parte da história
ficam Harrison Barnes, Joe
Harris, Kyle Kuzma, Brook
Lopez, Khris Midleton,
Donovan Mitchell, Mason
Plumlee, Marcus Smart,
Jayson Tatum, Myles Tur-
ner, Kemba Walker e Der-
rick White.
Agora, Popovich e pupi-
los estão relegados para a
disputa das classificativas
do quinto ao oitavo lugar,
tendo como adversário,
hoje às 12h00, a Sérvia.
A Austrália conquistou,
esta quarta-feira, a última
vaga nas meias-finais, ao
vencer a República Checa
por 82-70, num encontro
que desequilibrou na segunda
metade do terceiro período.
Patty Mills, com 24 pontos,
seis assistências e quatro
ressaltos, foi a grande figura
do ‘cinco’ australiano, secun-
dado por 14 de Chris Goul-
ding, 10 de Andrew Bogut e
nove de Matthew Dellave-
dova. Na formação checa,
os melhores foram Tomas
Satoransky, com 13 pontos,
13 assistências e nove res-
saltos, enquanto Patrick Auda
liderou os marcadores, com
21 pontos.
A Austrália defronta ama-
nhã nas meias-finais a Espa-
nha, que nesta terça-feira
bateu a Polónia por 90-78. A
outra meia-final vai opor a
Argentina, vencedora face à
Sérvia (97-87), à França, ‘car-
rasco’ dos Estados Unidos.
As meias-finais desta
18ª edição do Campeonato
do Mundo seniores mas-
culinos, que a China acolhe
até ao dia 15, prometem ser
bastante renhidas.
Os duelos entre Argentia
e França e Austrália e Espa-
nha colocam frente à frente
representantes de três con-
tinentes, América, Oceania
e Europa.
Anaximandro Magalhães | Beijing
Quinta-feira
12 de Setembro de 2019
O MUNDIAL
VISTO POR FORA
António Ferreira
Os basquetebolistas
mais altos da história
O Mundial FIBA 2019 está longe de superar o número de pre-
senças de jogadores altos, comparativamente aos dos últimos
dois, cujos números franquearam a casa dos cinquenta (50).
Dos trezentos e oitenta e quatro (384) jogadores inscritos, e
numa faixa dos 2,09 aos 2,22 metros, os números são sofríveis,
com apenas vinte e sete (27).
Na presente compita, o sérvio Boban Marjanovic, 2,22
metros, 31 anos, jogador dos Philadelphia 76 ers, adensa a
lista de “gigantes”, da qual sobressaem Ondrej Balvian (República
Checa), que completa 26 anos a 20 deste mês, e Salah Mejri
(Tunísia), ambos com 2,17 metros.
O angolano Valdelício Joaquim (2,09 metros), Mohamed
Kone (Costa do Marfim, 2,10), Domantas Sabonis (Lituânia,
2,11), Mohammad Hussein (Jordânia, 2,12), Nikola Vucevic
(Montenegro, 2,13) e Marc Gasol (Espanha, 2,15), constituem
também referências do Mundial da China, mas ainda assim
longe do retrospecto dos jogadores mais altos da história do
basquetebol mundial.
Recuando no tempo, as diferenças de altura de jogadores
das décadas de 60 a 90 mantêm-se, com excepção do sérvio
Boban Marjanovic, 2, 22 metros, que mesmo assim está longe
dos “colunáveis”, pelo que, recomenda-se um profundo trabalho
morfo -fisiológico no sentido de encurtar as actuais diferenças
de altura. De resto, uma pincelada aos jogadores mais altos
da história do basquetebol mundial, na primeira linha surge
o russo Alexander Sizonenko, 2,45 metros.
Registado no Guinness Book of Records como o homem
mais alto do mundo, o russo Alexander Sizonenko, 2,45 metros,
é o jogador mais alto da história do basquetebol, estatuto que
partilha com o líbio Suleiman Ali Nashnush, também de 2,45
metros. A estes junta-se o chinês Sun Ming Ming, como o
segundo mais alto da história com 2, 36 metros. Em 2005, Sun
tentou entrar no “draft” da NBA, mas sem sucesso, e nos
tempos que correm representa o Beijing Dax Chinese Club.
O russo Uvais Mazhidovich Akhtayev, com 2,36 metros, que
partilha o segundo lugar com Sun, teve a carreira marcada
por muitos incidentes. Segue-se-lhe Miong Hong Ri (Coreia
do Norte), o mais alto do seu país. Miong esteve prestes a in-
gressar na NBA, mas por causa de divergências políticas entre
a Coreia do Norte e os EUA, Washington bloqueou-lhe a can-
didatura, exigindo que Miong assinasse um acordo em que se
comprometesse a não transferir nem um centavo do salário
para a Coreia do Norte. Miong Hong Ri não assinou e acabou
por ficar em terra.
Sétima escolha do “draft” da NBA em 1981, e o sexto mais alto
da história, o japonês Okayama Yasutaka, 2,34 metros, acabou
por rejeitar a assinatura de um contrato profissional e nunca
jogou na NBA. Na mesma faixa encaixam-se Jon Harris (2,33),
George Bell (2,34), Kenny George (2,32) e Paul Sturgess (2,32).
Dos jogadores com mais de 2,30 metros, o melhor foi o su-
danês Manute Bol (2,31), que conseguiu fazer carreira na NBA.
Nascido em 1962, Manute Bol foi em 1985 a 31ª escolha do
"draft" da NBA pelos Washington Bullets, equipa que representou
entre 1985 a 1988; com passagens pelos Golden State Warriors
(1988 a 1990), Philadelphia 76ers (1990 a 1993), Miami Heat
(1993-94) e pelo Florida Beach Dogs, da Liga CBA. Manute Bol
jogou 653 partidas em 10 temporadas, com média de 18,6 mi-
nutos por jogo.
A lista é longa, mas registe-se os casos do romeno Gheorghe
“Ghita” Muresan, de 2,31 metros, do senegalês Mamadou
Ndiaye, de 2,29 metros e que actuou na NBA entre 2001 e 2005,
pelos Toronto Raptors, Dallas Mavericks, Atlanta Hawks e Los
Angeles Clippers. Slavko Vranes (Montenegro), Neil Fingleton
(Inglaterra), Mu Tiezhu (China), Jerry Sokoloski(Canadá), Saad
Kaiche (Argélia), Sergei Ilin (Rússia), Shawn Bradley (Alemanha),
Yao Ming (China), Pavel Podkolzin (Rússia), Peter John Ramos
(Porto Rico), entre outros, engrossam a lista de “gigantes”.
FIBA
Poste sérvio Boban Marjanovic é o “gigante “ da prova
DESPORTO
12 de Setembro de 2019
JOGO AMISTOSO
Sub-17 empatam
com o Interclube
no teste de aptidão
A Selecção Nacional Sub-17
de Futebol empatou, ontem,
sem golos, em jogo-treino
diante da equipa Sub-20 do
Interclube, disputado no Está-
dio da Cidadela, em Luanda,
no quadro da preparação para
a disputa do Campeonato do
Mundo, de 26 de Outubro a
17 de Novembro, no Brasil.
Ao contrário do desafio de
controlo com o Progresso
Sambizanga, disputado na
semana passada no mesmo
recinto, os Sub-17 apresen-
taram uma outra postura e
mais agressividade dos inte-
grantes, mas voltaram a paten-
tear dificuldades na finalização
e falta de criatividade.
Apesar da igualdade, o téc-
nico Silvestre "Pelé" mos-
trou - s e animado com a
atitude dos pupilos. "Há uma
satisfação muito grande, por-
que já houve um despertar
da mente dos atletas. É um
jogo que acabámos de fazer
da melhor forma", disse à
imprensa. Os atletas, que
retornam aos trabalhos na
segunda-feira, ontem foram
dispensados para os clubes,
para os jogos do Campeonato
Provincial de Luanda, que se
disputa no domingo.
No Mundial, Angola mede
forças frente à Nova Zelândia
no dia 26 de Outubro, no Está-
dio Bezerrão, na cidade de
Gama, Brasília, para a ronda
inaugural do Grupo A. Para
o mesmo grupo,o Brasil
defronta o Canadá.
Antes do Mundial, a Selec-
ção Nacional viaja na próxima
quinta-feira, dia 19, para a
capital turca, Istambul, onde
vai competir no torneio de
desenvolvimento da UEFA,
no Grupo 2, ao lado dos Cama-
rões, Escócia e Paraguai.
AGOSTINHO NARCISO | EDIÇÕES NOVEMBRO
Na estreia do torneio, jogam
contra a Escócia no dia 22 do
corrente, no Estádio de Istam-
bul. Depois seguem-se os desa-
fios com o Paraguai (24.09) e
Camarões (26.09).
Na Taça Cosafa, que se dis-
puta de 11 a 20 de Outubro na
cidade de Blantyre, Malawi, o
técnico Pedro Gonçalves quer
levar um grupo maioritaria-
mente constituído por jogadores
Sub-16, para preparar a pre-
liminar de apuramento à fase
final do Campeonato Africano
das Nações (CAN), no próximo
ano. Nesta prova, a Selecção
Nacional está no Grupo B, ao
lado de Moçambique, Lesotho
e Ilhas Comores.
António Cristóvão
Quinta-feira
ACESSO À FASE DE GRUPOS DA LIGA DOS CAMPEÕES DA CAF
1º de Agosto realiza hoje
primeiro treino na Zâmbia
Campeão angolano está desde ontem na cidade de Lusaka
onde pretende alcançar um bom resultado no jogo de sábado
Militares do Rio Seco ambicionam começar a eliminatória a ganhar no reduto do adversário
António de Brito |Lusaka
A equipado 1º de Agosto, tetra-
campeã nacional, realiza hoje
o primeiro treino, em Lusaka,
Zâmbia, tendo em vista a par-
tida de sábado diante do Green
Eagles FC, para a primeira
“mão” da última eliminatória
de acesso à fase de grupos da
Liga dos Clubes Campeões
Africanos de futebol.
Com os 18 jogadores bem
dispostos, depois do excelente
trabalho realizado em Luanda,
o técnico Dragan Jovic vai incidir
o treino na recuperação física
e a consolidação dos aspectos
técnicos, já que o bósnio es-
conde a táctica a utilizar frente
à formação zambiana.
A fechar a sessão, Dragan
Jovic divide o grupo para rea-
lizar uma partida de recreação,
culminando os trabalhos com
exercícios físicos. Neste treino,
o treinador não vai exigir muito
dos atletas, dado o trabalho
Toni Cosano projecta recepção ao Kampala City
António Cristóvão
O técnico do Petro de Luanda,
Toni Cosano, faz hoje, às 10h30,
durante a habitual conferência
de imprensa, no Complexo
Demóstenes de Almeida Cling-
ton, a antevisão do jogo com
o KCCA FC, neste sábado à tarde,
no Estádio Nacional 11 de
Novembro, referente à primeira
"mão" da segunda e última eli-
minatória de acesso à fase de
grupos da Liga dos Clubes Cam-
peões Africanos.
No encontro com os jorna-
listas, depois da última sessão
de treino, o espanhol vai abordar
a preparação para este jogo
efectuado na capital do país.
Às14h00 de amanhã, o con-
junto do Rio Seco faz o habitual
treino de adaptação à relva do
Estádio Nkolama, palco do
jogo com o Green Eagles,
quinta força da Liga zambiana,
depois do Nkana, Zanaco,
Mufulira Wanderes, Power
Dynamos e Zesco United.
Acomodação
De modo a evitar eventuais
percalços, a direcção do clube
criou todas as condições, de
alojamento, alimentação,
transporte e campo de treino.
A delegação angolana está bem
instalada, como refere o trei-
nador-adjunto do 1º de Agosto,
Ivo Raimundo Traça. “As con-
dições encontradas são exce-
lentes. Não temos razões para
queixas. A direcção fez deslocar
a Lusaka um emissário para
proporcionar aos jogadores e
equipa técnica as melhores
condições, com o intuito de
contra os ugandeses e o grau
de dificuldade, onde o objectivo
de apurar-se para a outra fase
da competição é uma das prio-
ridades da direcção do clube
e do corpo técnico.
Ontem, no campo Osvaldo
Saturnino de Oliveira "Jesus",
Toni Cosano contou já com a
integração ao grupo de Wilson
Gaspar, Herenilson, Yano, Eddie
Afonso e Além, que terça-feira
estiveram ao serviço dos Palan-
cas Negras.
Wilson e Herenilson, que
foram utilizados durante os 90
minutos no desafio com os
Escorpiões da Gâmbia, efec-
tuaram apenas exercícios de
recuperação. Yano, Eddie Afonso
CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO
obter um bom resultado”,
salientou ao Jornal de Angola.
Em Lusaka, o 1º de Agosto
é muito acarinhado e apre-
ciado, uma vez que Angola
tem uma comunidade nume-
rosa naquelas paragens. A
equipa vai contar também
com o calor de alguns adeptos
angolanos, em número não
especificado, que se deslocam
à Zâmbia e retornam logo após
o encontro. “Temos esta garan-
tia de apoio, e orgulha-nos.
Portanto, será bem-vindo”,
agradeceu o técnico-adjunto
de Dragan Jovic.
Para a “Operação Green
Eagles”, o técnico Dragan Jovic
escalou 18 jogadores, nomea-
damente Tony Cabaça e Neblú
(guarda-redes); Isaac, Paizo,
Massunguna, Bobô, Bonifácio
e Jó (defesas); Macaia, Mário,
Kila, Atouba, Ibukun, Zito
Luvumbo e Nelson da Luz
(médios); Ary Papel, Lionel
Yombi e Mabululu (avançados).
e Além trabalharam com o
grosso do plantel.
O adversário dos tricolores
desembarca hoje à tarde no
Aeroporto Internacional 4 de
Fevereiro, numa comitiva de 25
pessoas, entre atletas, técnicos,
dirigentes do clube e federativo.
Amanhã à tarde, realiza o reco-
nhecimento e adaptação à relva
do palco da partida, com as habi-
tuais correcções dos aspectos
tácticos. Esta tarde chega tam-
bém o quarteto de arbitragem
da Etiópia, chefiado por Belay
Tadesse Asserese.
O desafio da segunda mão
disputa-se dia 26 do corrente,
às 15h30, no Estádio Star Times
Uganda, em Kampala.
31
AQUI E AGORA
José de Mátis
Embalo para o Qatar
O que ficou quase desenhado, depois da magra vitó-
ria(1-0) de Bakau, acabou por se concretizar, para a
alegria ou alívio do nosso futebol. Os Palancas Negras
lograram passar pela congénere da Gâmbia e estão qua-
lificados para a fase de grupos de apuramento à próxima
edição do Campeonato do Mundo, no Qatar, em 2022.
É, realmente, motivo de regozijo, mas que nos convida
à reflexão sobre o que urge fazer, de modo a arrumar
uma selecção capaz e à altura do que poderão ser as
obrigações do torneio, em que o nosso país há-de fazer
parelha, certamente, com as principais referências do
futebol africano. Passar pela Gâmbia não constitui um
grande feito. É só o primeiro passo, daquilo que pode
vir a ser uma verdadeira “odisseia”.
Para que possamos continuar a sonhar haverá que
se rever um conjunto de factores que têm vindo, nos
últimos tempos, a penalizar, e de que maneira, o nosso
futebol, sobretudo a nível de selecções, em que os resul-
tados, regra comum, acabam por ser ruins, criando um
pomo de discórdia entre os homens do futebol e, acima
de tudo, um ambiente de mau estar.
Desde já, é imperioso que as acções da Selecção
Nacional sejam acompanhadas e encaradas com maior
sentido de responsabilidade, com maior espírito patriótico,
da parte daqueles que, nas vestes de dirigentes, se
acham comprometidos com o futebol nacional. Pois,
vezes há em que vinca a percepção de os Palancas serem
um projecto de meia dúzia de pessoas.
Desde logo, a Federação Angolana de Futebol precisa
acertar a equipa técnica. Ainda escapa à compreensão
a condição interina de Pedro Gonçalves, consumada
que ficou a rescisão com o sérvio Srdjan Vasiljevic. É
claro que, não estando a competência do técnico em
causa, existem alguns detalhes de foro contratual por
acertar entre as partes. Mas é preciso ultrapassá-los,
se é que existem.
O importante será passar pelos problemas vividos,
cujas consequências foram de todo prejudiciais no plano
competitivo. Urge agora levantar a cara e encarar os
próximos desafios num outro clima, numa outra pers-
pectiva. Pois, passando um mata-borrão pelo exercício
anterior e abrir um outro capítulo, mesmo que os
resultados não venham a ser aquilo que se pretende,
não haverá lugar para especulações do género, a culpa
resultou disto ou daquilo, senão da própria prestação
em campo.
ANDEBOL FEMININO
Militares e petrolíferas
decidem Taça de Angola
Teresa Luís aguarda-se por uma partida
renhida, cujo desfecho se antevê
O 1 º de Agosto está a um passo imprevisível.
de fazer o pleno, em termos Eneleidys LLoveras (guarda-
de conquistas a nível domés- redes), Albertina Kassoma
tico, caso vença hoje, às 16h30, (pivô), Janeth Santos (ponta
o Petro de Luanda, no Pavilhão esquerda), Juliana Machado
Principal da Cidadela, em (ponta direita), Isabel Guialo
partida referente à final da "Belinha" ( central), Cristiane
Taça de Angola em andebol Mwasessa (lateral esquerda) e
sénior feminino. Natália Bernardo (lateral direita)
Depois de vencerem a podem integrar o “sete” inicial
Supertaça “Francisco de Al-
meida”, Campeonato Pro-
do 1º de Agosto.
Teresa Almeida “Bá” (gua-
vincial de Luanda e o nacional, rda-redes), Edith Mbunga
as militares às ordens de Morten (pivô), Joana Costa (ponta
Soubak estão determinadas direita), Manuela Paulino (ponta
em conquistar o último título esquerda), Marília Quizelete
em disputa, ante ao nulo das “Inglesa” (central), Magda
petrolíferas de Vivaldo Eduardo. Cazanga (lateral esquerda) e
Apesar do desequilíbrio na Aznaide Carlos (lateral direita)
constituição dos plantéis, onde constituem provavelmente o
as rubro e negras contam com “sete” inicial do Petro de Luanda.
um conjunto mais homogé-
KINDALA MANUEL | RDIÇÕES NOVEMBRO
neo, diferente das tricolores,
ainda assim as rivais repartem
o favoritismo na luta pelo
segundo maior troféu da época.
Em dia de decisão, um momento
de inspiração de qualquer uma
das formações pode determinar
a vencedora. Por tratar-se de
um encontro entre as melhores
equipas do país e do continente,

QUI12SET
ALTO
CUNENE
Cozinhas comunitárias
O Projecto de Cozinhas Comu-
nitárias junto às escolas, co-
munas e outros locais de maior
concentração de pessoas, anun-
ciado no Cunene, pode ajudar
a diminuir o absentismo esco-
lar. Devido à fome, em conse-
quência da seca que se verifica
na região, muitas crianças aban-
donaram as aulas, prevendo-
se-lhes um futuro sombrio. O
Governo considera que as crian-
ças devem estar no centro das
prioridades e a educação é di-
reito que não lhes pode ser ne-
gado. Por isso, todas as inicia-
tivas destinadas a garantir a
permanência dos mais novos
nas escolas são bem vindas.
Mas é necessário que sejam
consistentes e sustentáveis.
BAIXO
MOTOCICLISTAS
Desrespeito às regras
O comportamento de muitos
motociclistas, em Luanda, dei-
xa-nos estupefactos. Raramen-
te obedecem aos sinais de trân-
sito. Os semáforos não signi-
ficam nada para eles, pondo
em causa a própria integrida-
de física e criando constrangi-
mentos aos demais utentes
da via. Muitas vezes, isso acon-
tece sob o olhar de agentes
da Polícia de Trânsito. O ele-
vado número de acidentes de
viação que envolvem motoci-
clistas devia obrigar a Polícia a
rever os métodos de actuação,
de modo a torná-los mais ope-
racionais e inibirem atitudes
como estas. As ruas e estradas
não podem ser lugares onde
cada um faz o que quer, mas
espaços urbanos onde as regras
são respeitadas.
CHINA
Processamento de dados emite tanto
carbono como 21 milhões de carros
Os centros de processa-
mento de dados da China
produziram, em 2018, um
volume de dióxido de car-
bono equivalente ao emitido
por 21 milhões de automó-
veis, segundo um relatório
da organização de protec-
ção ambiental Greenpeace
SAÚDE REPRODUTIVA
Angola tem elevada
taxa de fecundidade
A taxa de fecundidade na adolescência é das mais altas a nível da África sub-saariana
Edna Mussalo
Angola é um dos países com
taxas mais elevadas de gra-
videz na adolescência a nível
da região sub-saariana.
A informação foi dada,
ontem, em Luanda, pela re-
presentante do Fundo das Na-
ções Unidas para a População
(FNUAP), Florbela Fernan-
des, durante o 1º Seminário
Metodológico sobre Saúde
Sexual e Reprodutiva.
A funcionária das Nações
Unidas referiu que Angola
é um país onde a taxa de fe-
cundidade na adolescência
constitui "uma preocupa-
ção por se revelar alta", com
uma cifra de 123 por cada
mil meninas.
"Quando se trata de gra-
videz na adolescência deve
ter-se em conta que é uma
criança a gerar outra criança,
e a preocupação é com a
capacidade que esta mãe tem
divulgado ontem.
Os centros armazenam
conteúdos electrónicos,
incluindo emails, fotos e
vídeos, e consomem, glo-
balmente, entre 3 e 5 por
cento do total da electrici-
dade, rivalizando com o sec-
tor da aviação em emissões
de cuidar do filho", disse.
Florbela Fernandes subli-
nhou que quanto mais adulta
for a mãe e maior o nível de
escolaridade, mais capacida-
de tem de cuidar dos filhos.
"Quando isso não acontece po-
demos estar diante de um ciclo
de pobreza e não é isso que se
pretende.
Queremos jovens angola-
nos saudáveis e comprome-
tidos com o desenvolvimento
sustentável", enfatizou.
A representante do Fun-
do das Nações Unidas para a
População defendeu que a
informação deve chegar aos
jovens de forma apropria-
da, para que possam decidir
melhor sobre a vida sexual e
reprodutiva.
O secretário de Estado para
Saúde, José da Cunha, afir-
mou que o seminário pre-
tende instruir formadores
que, posteriormente, vão for-
mar outros, nas comunidades.
de carbono. A China tem
uma das maiores indústrias
do mundo de processamento
de dados, responsável pelo
consumo de mais de 2 por
cento do total da energia do
país, detalha o relatório da
Greenpeace.
O desenvolvimento do
"big data" (processamento
de grandes volumes de
dados) é uma das prioridades
da China, visando moder-
nizar as indústrias nacionais
CARLOS PAULINO | EDIÇÕES NOVEMBRO
“É importante que os ado-
lescentes e jovens utilizem
os métodos que existem para
a prevenção das doenças de
transmissão sexual e o VIH/-
Sida a nível das unidades sani-
tárias", alertou.
"Nas unidades hospita-
lares temos as consultas pré-
natais, onde as grávidas têm
acesso ao tratamento em
anti-retrovirais, e as crianças
ao nascer devem fazer tam-
bém o tratamento e, desta
maneira, poderemos ter
crianças livres da doença",
enfatizou.
O seminário, que decorre
sob o lema "Educar os ado-
lescentes e jovens para pro-
mover o desenvolvimento
sustentável do país", termina
amanhã. O encontro tem
como objectivo actualizar
os conhecimentos e refe-
rênciais conceptuais ligados
ao campo da sexualidade e
saúde reprodutiva.
e a administração pública,
mas que tem suscitado crí-
ticas, por possibilitar ao
regime chinês uma maior
vigilância sobre os cidadãos.
O país asiático é também
o maior emissor de gases
poluentes do mundo e pro-
meteu atingir o pico nas emis-
sões de dióxido de carbono
até 2030. Nos últimos anos,
tem sido de longe o maior
investidor global em energias
renováveis, sobretudo solar.
APÓS FURACÃO DORIAN
Jordan doa um milhão
de dólares às Bahamas
O lendário jogador de bas-
quetebol Michael Jordan doou
um milhão de dólares para
ajudar as Bahamas, país que
foi fortemente atingido pelo
furacão Dorian.
Em comunicado no Twit-
ter, Jordan, dono da equipa
da NBA Charlotte Hornets,
disse que está “devastado”
pela destruição causada pelo
furacão Dorian no arquipélago.
Pelo menos, 50 pessoas mor-
reram e milhares tiveram de
ser evacuadas das Bahamas.
"Estou devastado ao ver a
destruição que o furacão
Dorian trouxe às Bahamas,
onde tenho uma propriedade
e visito com frequência",
declarou Jordan ao anunciar
a doação."O meu coração
está com todos os que sofrem
e com os que perderam entes
queridos", acrescentou o
melhor jogador de basque-
tebol da história. Jordan disse
que o seu objectivo era dis-
tribuir recursos a agências
sem fins lucrativos na região
onde o dinheiro "terá o maior
impacto".
"O povo das Bahamas é
forte e resistente, e espero que
a minha doação ajude, en-
quanto trabalham para recu-
perarem dessa tempestade
catastrófica", acrescentou.
PAPA FRANCISCO
Corrupção está por detrás
da exploração ambiental
O Papa Francisco considera
que por detrás da exploração
do ambiente, da desflores-
tação e da destruição da bio-
diversidade está a corrupção.
O Papa argentino falava na
noite de terça-feira, durante
uma conferência de imprensa,
a bordo do avião, quando regres-
sava de uma viagem de dez
dias a Moçambique, Mada-
gáscar e Ilhas Maurícias.“A
maior exploração que ocorre
hoje, não apenas em África,mas
em todo o mundo, é no ambi-
ente, com a desflorestação e
a destruição da biodiversidade,
tão necessária para a huma-
nidade”, denunciou.
Perante a pergunta se os
governantes estão a fazer
o necessário para proteger
o ambiente de incêndios,
como os registados na Ama-
zónia, o chefe da Igreja Cató-
lica respondeu: “Alguns,
outros menos”.
“Há uma palavra que devo
dizer que está na base da
exploração ambiental ... E a
palavra feia é corrupção”,
PUBLICIDADE
Falando mais de uma se-
mana depois de o furacão
ter atingido o país insular,
onde permaneceu durante
dois dias, a directora da One
Eleuthera Foundation, Sadye
Francis, sublinhou que algu-
mas pessoas “não têm para
onde ir”. “A verdadeira di-
mensão da devastação nas
ilhas Ábaco e na Grande Ba-
hama ainda não é totalmente
conhecida.
As pessoas estão a ser
transferidas para a ilha de
Eleuthera por terra e por mar
a partir de Ábaco. Algumas
irão permanecer em Eleut-
hera ou viajar para a capital
Nassau ou outros lugares
para estarem com a família
e os amigos, mas há outros
que não têm para onde ir”,
disse, citada pelo jornal "The
Guardian".
As Nações Unidas esti-
mam que 76 mil pessoas fica-
ram desalojadas na Grande
Bahama e em Ábaco, neces-
sitando de ajuda.
A tempestade foi uma das
mais arrasadores de sempre
registadas nas Caraíbas, com
rajadas superiores a 320 qui-
lómetros por hora e uma maré
ciclónica de cerca de sete me-
tros, devastando casas e outras
infra-estruturas.
disse, referindo que isto acon-
tece em África, na América-
Latina, Europa e em qual-
quer lugar”.
O próximo Sínodo dos Bis-
pos, que decorre no Vaticano,
de 6 a 27 de Outubro, será sobre
a Amazónia, e deverá abordar,
entre outros temas, os pro-
blemas ambientais, nomea-
damente as consequências da
exploração das florestas e dos
recursos hídricos.
Ainda durante a viagem
de regresso da visita a Mo-
çambique, Madagáscar e
Maurícias, o Papa admitiu o
risco de um “cisma” na Igre-
ja Católica, lamentando o
comportamento de algumas
pessoas que “apunhalam
pelas costas”.
Segundo o Papa, sempre
houve cismas na Igreja, tanto
depois do Concílio Vaticano
I quanto do Concílio Vati-
cano II, uma vez que “sem-
pre existe a opção cismática
na Igreja. É uma escolha que
o Senhor deixa para a liber-
dade humana”.