Sei sulla pagina 1di 66

Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.

com

8 5
3ª TURMA EXTENSIVA
7-
53
3.
33
4.
12

CONSTITUCIONAL
TEORIA GERAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS.
DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE.
(item 4)

É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

Sumário

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ....................................................................................3


1. TEORIA GERAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS .......................................................5
2. LEGISLAÇÃO ..........................................................................................................46
3. JURISPRUDÊNCIA ...................................................................................................48
4. CADERNO DE QUESTÕES .......................................................................................57
4.1. COMENTÁRIOS ..............................................................................................61

8 5
7-
53
3.
33
4.
12

É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
(Conforme Edital Mege)

2 DIREITO CONSTITUCIONAL
TEORIA GERAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS.
DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE Camila Bessas
Delegada de Polícia - DF
8 5
7-
53

3
3.
33
4.
12

É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

Apresentação

Prezados alunos, con nuando o estudo de Cons tucional, trazemos esse ponto
importan ssimo para o estudo dos senhores. A Teoria geral dos direitos fundamentais é um
tema introdutório aos direitos e garan as individuais em espécie, portanto assunto importante
em direito cons tucional.

Quanto ao presente material, corresponde a 6,25% da cobrança nas provas de


Delegado de Polícia nos úl mos 5 anos. Portanto, tema muito importante a ser estudado!

Desejo aos senhores um ó mo estudo! 8 5


Camila Bessas.
7-
53

4
3.
33
4.
12

É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

1. TEORIA GERAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

1.1 ASPECTOS INTRODUTÓRIOS

 De acordo com o autor Ingo Salert, os direitos fundamentais são prerroga vas,
faculdades e ins tuições reconhecidos e posi vados no direito cons tucional de determinado
Estado, em geral atribuídos à pessoa humana.
a) Análise do art. 5º, § 1º, CF.

Art. 5º, § 1º - As normas definidoras dos direitos e garan as fundamentais têm


aplicação imediata.

Refere-se à aplicabilidade das normas de direitos e garan as fundamentais, ou seja, de


acordo com este disposi vo a aplicabilidade dos direitos fundamentais deve ser imediata. Isso
significa que eles não dependem de nenhuma condição para serem aplicados. 5
8
Segue abaixo os entendimentos a respeito da interpretação do art.5º, §1º, CF:
7-

1ª Corrente: O texto teria sido mais preciso se dissesse “eficácia” imediata (capacidade
53

para produzir efeitos desde já). Então, o que o texto na verdade quer dizer é que as normas que 5
3.

consagram direitos fundamentais têm eficácia imediata, ou seja, ap dão para produzir efeitos,
33

embora não necessariamente vão produzir esses efeitos. Nesse sen do: Virgílio Afonso da Silva.
4.

2ª Corrente: Todos os direitos fundamentais devem ser aplicados de forma imediata,


12

ou seja, são direitos subje vos que podem ser desfrutados. Essa corrente faz uma interpretação
pra camente literal desse disposi vo. Entende que os direitos fundamentais são subje vos e
exigíveis pelo seu tular. Neste sen do: Dirley da Cunha Jr.
Segundo alguns autores, a exemplo de Eros Grau, Dirley da Cunha Jr., sustentam que
este disposi vo deve ser interpretado à maneira de uma regra, ou seja, o disposi vo diz que tem
aplicação imediata, então devem ser aplicados de imediato (“tudo ou nada”), aplica-se na
medida exata de suas proporções.
3ª Corrente: Esse disposi vo não deve ser interpretado como uma regra, mas sim
como um princípio. Isso significa que os direitos fundamentais devem ser aplicados de forma
imediata na maior medida possível, de acordo com as possibilidades fá cas e jurídicas
existentes. Em outras palavras, esse disposi vo não pode ser interpretado como uma regra, mas
como um princípio, no sen do que Robert Alexy u liza. Só se aplica de forma imediata quando
for possível. Nesse sen do Ingo Sarlet. É a interpretação mais usual.
Ingo Sarlet defende que o § 1º, do art. 5º, da CF, deve ser interpretado como um
princípio e não como uma regra, sendo um mandamento de o mização. A interpretação deste
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

disposi vo ficaria da seguinte forma: as normas definidoras dos direitos e garan as


fundamentais devem ser interpretadas no sen do que lhes confira a maior efe vidade possível
para que cumpram a sua finalidade.
4ª Corrente: A regra geral é que os direitos fundamentais têm aplicação imediata. As
exceções são aqueles casos em que o próprio legislador cons tuinte exigiu expressamente uma
lei regulamentadora. Então, o §1º é uma regra geral que comporta exceções, quais sejam, os
casos em que o próprio legislador cons tuinte disse, expressamente, “nos termos da lei”, “nos
termos de lei complementar”, “na forma da lei”. Segundo Novelino, se todos os direitos
fundamentais pudessem ser aplicados imediatamente, não haveria necessidade de mandado
de injunção.
b) Análise do art. 5º, § 2º, CF

Art. 5º, § 2º, CF: Os direitos e garan as expressos (direitos fundamentais) nesta
Cons tuição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela
5
adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federa va do Brasil seja
8
parte.
7-
53

Refere-se a uma teoria material, eis que prevê outros direitos como fundamentais, a
6
exemplo do regime, tratados internacionais, não são apenas os previstos no tulo II.
3.
33

Os direitos e garan as fundamentais não se restringem ao tulo II, encontram-se


espalhados por todo o texto cons tucional.
4.
12

A Cons tuição consagra um extenso rol de direitos fundamentais. Mas esses direitos
não se restringem àqueles que estão ali expressos (art.5º ao art.17, CF), mas também a outros
consagrados pelo Estado Brasileiro. Então, a consagração sistemá ca dos direitos fundamentais
do Título II não significa a exclusão de outros direitos (decorrentes do regime cons tucional
brasileiro – princípios implícitos e os direitos decorrentes dos tratados de direitos humanos).
Exemplo. É com base neste disposi vo que alguns internacionalistas importantes
dizem que aqueles direitos consagrados nos Tratados Internacionais de Direitos Humanos (ex.
Pacto de São José da Costa Rica), independente do §3º, da CF teriam status de norma
cons tucional. Esse é o entendimento de Flávia Piovesan e Cansado Trindade.

OBSERVAÇÃO:

Os direitos e garan as fundamentais encontram-se espalhados ao longo do texto


cons tucional, apesar de sua consagração sistemá ca no Título II.

Ex. O direito ao meio ambiente equilibrado não está no Título II, da CF, mas é um direito
fundamental, que está em outro ponto da CF (desdobramento da teoria material dos direitos
fundamentais).
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

c) Análise do art. 5º, § 3º, CF

Art. 5º, § 3º, CF Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que
forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três
quintos dos votos dos respec vos membros, serão equivalentes às emendas
cons tucionais.

Tanto os direitos humanos quanto os direitos fundamentais estão ligados aos valores
liberdade e igualdade e visam à proteção da dignidade da pessoa humana. A diferença é que os
primeiros (direitos humanos) estão localizados no plano internacional, ao passo que os direitos
fundamentais estão consagrados no plano interno, em geral, nas cons tuições.
Os tratados internacionais de direitos humanos, aprovados em dois turnos, por três
quintos de votos, conforme art. 5º, § 3º, CF, à medida que passam a fazer parte do plano interno
transformam-se em direitos fundamentais e não existe hierarquia. Caso o tratado trate de
direitos humanos, mas não siga o rito do ar go, terá natureza supralegal.
Tratados internacionais, que não são de direitos humanos, possuem natureza de lei
8 5
7-

ordinária.
53

O STF não adotou o entendimento dos internacionalistas (no sen do de que aqueles 7
3.

direitos consagrados nos TIDH, independente do §3º, da CF, teriam status de norma
33

cons tucional). Então, quando da Emenda Cons tucional 45, foi inserido o §3º no art.5º, CF.
4.

O requisito material desses tratados são que eles versem sobre direitos humanos. O
12

requisito formal é que eles sejam aprovados em 2 turnos, por 3/5 em cada casa.
A par r da consagração do §3º, o STF passou a adotar um entendimento de que a
hierarquia cons tucional dos no Brasil passou a ter 3 níveis, quais sejam:
1º - Tratados Internacionais - Direitos Humanos + Aprovados por 3/5 + em 2 turnos –
Status de Emenda Cons tucional (No Brasil, hoje, o único caso é o da Convenção sobre os direitos
das pessoas portadoras de deficiência. Essa Convenção foi incorporada pelo Decreto 6.949/09).
2º - Tratados Internacionais - Direitos Humanos – Status Supralegal e infracons tucional
(são os tratados que não foram aprovados na forma do §3º, do art.5º, da CF; geralmente aqueles
anteriores à Emenda 45, da CF). Esse é o caso do Pacto de São José da Costa Rica.
3º - Demais Tratados Internacionais – Status de leis ordinárias.
Observação: Tese da supralegalidade dos TIDH: Leading Case RE 466.343:
(Caso da prisão do depositário infiel).

Súmula Vinculante nº 25 - É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja
a modalidade do depósito.

É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

RE 466.343 - EMENTA: PRISÃO CIVIL. Depósito. Depositário infiel. Alienação fiduciária.


Decretação da medida coerci va. Inadmissibilidade absoluta. Insubsistência da previsão
cons tucional e das normas subalternas. Interpretação do art. 5º, inc. LXVII e §§ 1º, 2º e 3º, da
CF, à luz do art. 7º, § 7, da Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de San José da
Costa Rica). Recurso improvido. Julgamento conjunto do RE nº 349.703 e dos HCs nº 87.585 e nº
92.566. É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de deposito.

IMPORTANTE

Valério Mazuoli chama de Controle de Convencionalidade aquele que tem como parâmetro
um Tratado Internacional de Direitos Humanos (com nível cons tucional ou supralegal).

Dis nção entre Direitos Fundamentais x Direitos Humanos: Essa dis nção não é pacífica na
doutrina. Existem autores, inclusive, que nem fazem dis nção entre esses termos. No
entanto, existe uma dis nção que é a mais adotada no direito brasileiro (inclusive pela CF), no
sen do de que ambos os direitos se assemelham por estarem relacionados aos direitos de 5
8
liberdade e igualdade, consagrados com o obje vo de proteger ou promover a dignidade da
7-

pessoa humana. A diferença é que os direitos humanos são aqueles consagrados no plano
53

internacional (ex. em tratados e convenções internacionais) e os direitos fundamentais são 8


3.

consagrados no plano interno, nos termos de cada Cons tuição. Então, em termos de
33

conteúdo, os dois direitos (humanos e fundamentais) são pra camente os mesmos, pois
4.

visam a proteger a dignidade da pessoa humana e estão relacionados à liberdade e igualdade,


12

com seus desdobramentos. Por isso a CF diz que os direitos e garan as expressos na CF não
excluem outros oriundos dos tratados internacionais de que o Brasil seja parte. A diferença é
que os direitos humanos são consagrados no plano externo e direitos fundamentais no plano
interno.

1.2. CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

a) classificação feita pela Cons tuição Federal: a CF/88, no seu tulo II, considera os
direitos e garan as fundamentais como gênero, dentro do qual estão como espécies: (vide
índice sistemá co da CF)
Título II – Direitos e Garan as Fundamentais:
Capítulo I – Direitos Individuais, Direitos Cole vos;
Capítulo II - Direitos Sociais;
Capítulo III – Direitos de Nacionalidade;
Capítulo IV – Direitos Polí cos;
Capítulo V – Par dos Polí cos;
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

Essa divisão é importante, pois a CF, quando se refere às cláusulas pétreas, fala em
direitos e garan as INDIVIDUAIS e não direitos fundamentais (embora alguns autores façam
uma interpretação mais ampla desse disposi vo).

Art.60, §4º, CF - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a


abolir:
(...)
IV - os direitos e garan as individuais.

b) classificação doutrinária dos Direitos Fundamentais:

· Classificação unitária: a profunda entre todos os direitos fundamentais impede


sua classificação em categorias estruturalmente dis ntas. Esta tese é sustentada
por Jairo Schäfer. É a minoritária.

· Classificação Dualista: Divide os direitos fundamentais em direitos de defesa do


indivíduo contra o Estado (incluindo os direitos polí cos) e em direitos a
8 5
7-

prestações do Estado. Nesse sen do: Ingo Sarlet.


53

· Classificação Trialista: Divide os direitos fundamentais em direitos de defesa em 9


3.

face do estado, direitos a prestações do Estado e direitos de par cipação. Dentre


33

os autores que adotam essa classificação, podem-se citar: Dimitri Dimoulis/


Leonardo Mar ns. (Essas dis nções podem ser relacionadas com a teoria dos
4.
12

status de Jellinek).
→ Direitos de Defesa (status nega vo): Esses direitos protegem o indivíduo em face da
intervenção do Estado. O Estado não pode intervir nesses direitos (ele deve se abster).
Ex. Estado não pode censurar a liberdade de informação.
→ Direitos a Prestações (ou direitos prestacionais – status posi vo): O indivíduo tem o
direito de exigir uma atuação posi va por parte do Estado.
Ex. de prestações materiais: saúde, educação, moradia, etc.
Basicamente, os direitos a prestações são os direitos sociais. Mas, nem todo direito
social é prestacional (ex. liberdade de associação sindical – exige uma não interferência) e nem
todo direito prestacional é social (assistência judiciária gratuita – é direito prestacional e não é
social).
→ Direitos de Par cipação (status a vo): O indivíduo possui competências para
influenciar na formação da vontade polí ca do Estado. Os direitos polí cos é que permitem essa
par cipação na formação da vontade do Estado.
c) classificação dos direitos fundamentais segundo Jellinek (Teoria dos quatro status):
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

George Jellinek desenvolveu uma teoria que se denomina Teoria dos Quatro Status. Essa teoria
levou os direitos fundamentais a cumprirem diferentes funções dentro do ordenamento
jurídico.
→ Status passivo (“status subjec ones”)
O status passivo é aquele em que o indivíduo encontra-se em posição de subordinação
com relação aos poderes públicos. Dessa forma, o Estado tem competência para vincular o
indivíduo, através de mandamentos e proibições.
Ex.: alistamento eleitoral e voto (presentes no art. 14, §1º). Não exige nada do Estado,
está em posição de subordinação perante Estado.
→ Status nega vo (“status nega vus” ou “status liberta s”)
Direitos de defesa do indivíduo em face do Estado. São os direitos fundamentais
clássicos de 1ª geração. São os direitos individuais ligados à liberdade.
Ex.: não censurar; não interceptação de correspondências; impedir a liberdade de 5
8
culto. Localizados, em maioria, no art. 5º da CF.
7-

→ Status posi vo (“status posi vus” ou “status civita s”)


53

10
O indivíduo tem o direito de exigir do Estado determinadas prestações materiais ou
3.

jurídicas. Para que os direitos sejam assegurados o Estado deve atuar posi vamente.
33

Ex.: direitos sociais.


4.
12

Os direitos com caráter posi vo são apenas os direitos sociais? Não, por exemplo, a
assistência judiciária gratuita - Estado deve estruturar as defensorias e isso não é direito social.
Existe direito social de abstenção do Estado? Sim. Liberdade de associação sindical ou
direito de greve. São direitos sociais com status nega vo.
Aqueles que não exigem do Estado uma simples abstenção, mas uma atuação posi va.
Exigem prestações materiais ou jurídicas do Estado. Tem um caráter posi vo, no sen do do
Estado libertar os indivíduos das suas necessidades básicas.
As prestações jurídicas referem-se à edição de atos norma vos que deem eficácia às
normas cons tucionais garan doras de direitos.
Já as prestações materiais referem-se à atuação do Estado no sen do de garan r os
direitos sociais previsto na CF, como direito à saúde, educação, através de polí cas públicas. O
objeto da prestação material consiste numa u lidade concreta (bem ou serviço).
Polí cas públicas: Diretrizes e princípios que dirigem as ações públicas.
Essas prestações têm um problema quanto ao custo, e sua efe vidade depende dos
recursos estatais. Além disso, estão consagrados em normas de eficácia limitada, por isso diz-se
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

que têm menos eficácia e menos efe vidade que os direitos de defesa, em sua maioria
consagrados em normas de eficácia plena ou con da.
No âmbito das polí cas públicas a reserva de consistência segundo Nagibe de Melo
Jorge, significa que a intervenção da jurisdição cons tucional depende da reunião de
argumentos e elementos suficientes para demonstrar o acerto do resultado que se pretende
alcançar. Assim sendo, para que seja possível a intervenção jurisdicional sobre dada polí ca
pública, exige-se, por exemplo, que o juiz apresente argumentos substanciais de que
determinada polí ca pública é incompa vel com a Cons tuição. A reserva de consistência é
assim mais um elemento de controle da intervenção do Judiciário sobre as polí cas públicas.
→ Status a vo (“status ac vus” ou “status de cidadania a va”)
São aqueles que vão permi r a par cipação do indivíduo na vida polí ca do Estado. São
os direitos ligados à cidadania.
Seriam os direitos de nacionalidade e direitos polí cos, sendo aqueles pressupostos destes.
5
8
São os direitos de primeira dimensão.
7-
53

1.3. CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS 11


3.

a) Universalidade: A universalidade é caracterizada pela disposição dos direitos


33

fundamentais a todo ser humano, com plena observância ao Princípio da Isonomia. A


4.

vinculação desses direitos à dignidade, liberdade e igualdade conduz à sua universalidade, no


12

sen do de que deve haver ao menos um núcleo mínimo de direitos a ser respeitado em
qualquer sociedade. Essa caracterís ca é muito polêmica, pois ela colide com aspectos
relacionados ao mul culturalismo e, até mesmo, com alguns aspectos intranacionais (às vezes,
dentro de um próprio Estado, há manifestações culturais diversas - ex. caso da Colômbia, em
que tribos indígenas possuem estatuto próprio). Então, há uma grande crí ca a essa
caracterís ca dos direitos fundamentais, na medida em que vários autores dizem que esses
direitos “universais” são, na realidade, direitos que nós, ocidentais, consideramos importantes.
E isso seria uma forma de imposição da cultura ocidental às demais culturas.
b) Historicidade: A historicidade dos direitos fundamentais diz respeito ao seu
nascimento, modificação e desaparecimento no tempo, mercê dos acontecimentos históricos.
Os direitos fundamentais são históricos por terem surgido em épocas diferentes e por se
modificarem com o passar dos tempos.
Ex. a caracterís ca dimensional ou geracional dos direitos fundamentais mostram que
eles não surgiram todos ao mesmo tempo, e que foram conquistados pela sociedade, aos
poucos, conforme a sua necessidade e com o passar do tempo.

É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

Ex. o direito ao meio ambiente surgiu recentemente, a par r do momento em que


houve a necessidade de se preservar o meio ambiente.
Além disso, a historicidade ensina que os direitos também podem ter seu conteúdo modificado.
Ex. direito à igualdade (antes era necessária apenas a igualdade formal, mas hoje deve
haver igualdade material), democracia (antes era só a vontade da maioria; hoje, envolve a
proteção dos direitos das minorias).
Esta caracterís ca afasta a fundamentação jusnaturalista dos direitos fundamentais
(segundo os jusnaturalistas, os direitos fundamentais seriam naturais, inatos ao ser humano.
Mas, se os direitos surgem e se desenvolvem ao longo dos tempos, eles não podem ser inatos).
c) Irrenunciabilidade, imprescri bilidade e inalienabilidade: Essas três caracterís cas
estão mais relacionadas com o jusnaturalismo. Os direitos fundamentais são irrenunciáveis,
imprescri veis e inalienáveis porque estão ligados a uma caracterís ca inata do indivíduo.
Não se admite renúncia, prescrição e negociação (total e perpétua) da sua tularidade,
5
8
embora sejam admissíveis em relação ao exercício (de forma parcial e temporária). Quando se
7-

fala, então, em irrenunciabilidade, imprescri bilidade e inalienabilidade, está se falando que a


53

pessoa não pode fazer isso de forma perpétua e total. 12


3.

Então, não há a perda da tularidade daqueles direitos. Mas a pessoa pode sim
33

renunciar, alienar ou ter prescrito parcial ou temporariamente o exercício dos seus direitos. E,
4.

mesmo, assim, a pessoa não perderá a tularidade dos seus direitos fundamentais (não existe
12

essa perda total e perpétua).


Ex. BBB; Direito de propriedade.
d) Rela vidade ou limitabilidade: Significa que não existem direitos fundamentais
absolutos, pois todos encontram limites em outros direitos também consagrados na CF. Para
que os direitos fundamentais possam conviver entre si não podem ser considerados absolutos.
Essa caracterís ca é polêmica. Os direitos fundamentais encontram limites em outros
direitos (direitos de terceiros ou interesses da comunidade) também consagrados na CF. Para
que os direitos fundamentais possam conviver, eles devem ser rela vos. Isto porque, se um
direito for absoluto, ele sempre prevalecerá em relação aos demais.
Ex. a CF fala em livre manifestação do pensamento e não faz qualquer ressalva de que
ela poderia ser regulada na forma da lei. Mas isso não significa que ela seja absoluta, pois a CF
também assegura outros direitos, como, p.ex., o direito a in midade, etc.
Alguns poucos direitos são considerados absolutos por alguns autores. Norberto
Bobbio, por exemplo, considera como direitos de valor absoluto o direito a não ser torturado e o
direito a não ser escravizado.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

1.4. EFICÁCIA HORIZONTAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

a) Introdução: Quando os direitos fundamentais surgiram, eles eram direitos criados


para proteger o indivíduo em face do Estado. Como essa relação Estado-indivíduo é uma relação
ver cal, de subordinação, a aplicação dos direitos fundamentais a esta relação é chamada de
eficácia ver cal. Então, a eficácia ver cal é a aplicação dos direitos fundamentais às relações
entre o indivíduo e o Estado.
Com o passar do tempo, começou a se ver que a violência e opressão contra o indivíduo
não vinha só do Estado, mas, também, de par culares. A par r houve a necessidade de que
esses direitos também protegessem os indivíduos uns contra os outros. A aplicação dos direitos
fundamentais às relações entre par culares é denominada de eficácia horizontal ou privada ou
perante terceiros ou, ainda, eficácia externa dos direitos fundamentais.
b) Teorias sobre a eficácia dos Direitos Fundamentais

Teoria da ineficácia horizontal


8 5
7-

Atualmente, é uma adotada pelos EUA. Segundo essa teoria, os direitos fundamentais
53

não se aplicam nas relações entre par culares. Existem três fundamentos básicos para não se
admi r a aplicação dos direitos fundamentais às relações entre par culares: Liberalismo,
13
3.

autonomia Privada, interpretação do texto.


33

Nos EUA, entende-se que não cabe eficácia horizontal dos direitos (os direitos
4.

fundamentais não podem ser invocados nas relações entre par culares), baseando-se na teoria
12

liberal clássica, na qual a autonomia da vontade do indivíduo possui um valor muito importante.
Se se admi sse a eficácia horizontal, a autonomia privada seria esvaziada. Além disso, o texto da
CF norte-americana diz que os direitos fundamentais são oponíveis ao Estado (A CF dos EUA é do
Séc.XVIII e é a mesma Cons tuição que está em vigor até hoje. Na época em que a Cons tuição
dos EUA foi criada, não havia eficácia horizontal. Logo, o texto da Cons tuição não permite a
eficácia horizontal).
Mesmo assim, lá existe uma doutrina que ques ona esse entendimento:
* Doutrina da “State Ac on”
Pressuposto: Os direitos fundamentais só podem ser violados por meio de uma ação estatal.
Finalidade: Tentar afastar a impossibilidade de aplicação dos direitos fundamentais às
relações entre par culares e definir, ainda que de forma casuís ca, as situações nas quais esses
direitos podem ser aplicados.
Ar cio: Equiparação de determinados atos privados a atos estatais. Para contornar a
proibição, eles usam esse ar cio: No caso específico, o ato estatal se equipara ao ato privado.

É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

Ex. Caso “Company Town” – Nesse caso, havia uma empresa nos EUA, que era
semelhante a uma cidade. Os funcionários dessa empresa moravam lá. Ocorre que a empresa
proibiu que seus empregados que eram testemunhas de Jeová realizassem cultos dentro da
empresa. E o problema é que os funcionários só realizavam o culto dentro da empresa porque
moravam lá. Neste caso, a Suprema Corte disse que, embora fosse uma relação entre
par culares, o ato da empresa poderia ser equiparado a um ato estatal (é como se um prefeito
de uma cidade es vesse proibindo a realização de cultos). Então, foi aplicado o direito
fundamental à liberdade religiosa a esta relação entre par culares.
A doutrina da State ac on tenta definir as hipóteses em que é necessária a aplicação
dos direitos fundamentais na relação entre par culares, pois um deles age com a força própria
do Estado. Esta doutrina é adotada pra camente só nos EUA e não conta com grande força nos
outros países.

Teoria da eficácia horizontal indireta (Günter Durig)


5
É a teoria adotada majoritariamente pelos alemães, e no Brasil por Gilmar Mendes.
8
7-

Expoente é Günter Durig.


53

Os Direitos Fundamentais não entrariam na relação entre par culares como direitos 14
3.

subje vos, para isso eles precisariam da intermediação legisla va.


33

A teoria da eficácia horizontal indireta tem como ponto de par da a existência de um


4.

direito geral de liberdade. De acordo com ela, os direitos fundamentais não ingressam no cenário
12

privado como direitos subje vos por haver uma necessidade de intermediação do legislador.
Se há uma ideia de direito geral de liberdade, seria possível, até mesmo, por exemplo,
se afastar um direito fundamental, sem maiores problemas. Isto porque, ainda conforme essa
teoria, os direitos fundamentais dependem, para serem aplicados nas relações privadas, de
uma atuação do legislador (no sen do de estabelecer uma lei explicando como e de que
maneira esses direitos fundamentais seriam aplicados nas relações privadas). Assim, a eficácia
horizontal é indireta, pois depende de uma lei para a sua aplicação.
Os alemães entendem a necessidade dessa intermediação do legislador, por três
razões (essas razões são as crí cas à eficácia horizontal direta):
1ª) A aplicação direta dos direitos fundamentais às relações privadas causaria uma
desfiguração do direito privado (as relações de direito privado deixariam de ser regidas
livremente pela autonomia da vontade) e uma perda de sua clareza conceitual;
2ª) Aniquilaria a autonomia da vontade (liberdade contratual), que é um dos princípios
basilares do direito privado.
3ª) Violaria os princípios da segurança jurídica, da separação dos poderes e o princípio
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

democrá co. Como os direitos fundamentais são muito amplos e indeterminados, isso daria
uma margem muito grande para o juiz decidir, dando, por conseguinte, margem para o juiz atuar
em áreas reservadas ao legislador, causando, por fim, insegurança jurídica.
Ex. no caso do direito brasileiro art.57, do CC:

Art. 57, CC - A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim


reconhecida em procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos
termos previstos no estatuto. (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005).

Antes de esse disposi vo exis r, não havendo a regulamentação legal nesse caso, se
fosse na Alemanha, entender-se-ia que não seria necessário aplicar a ampla defesa para a
exclusão de associado. Não se poderia aplicar diretamente o direito fundamental da ampla
defesa no caso da exclusão de um membro da associação.

Teoria da Eficácia Horizontal Direta


5
Hoje, adotam essa teoria Itália, Espanha, Portugal e Brasil. Essa teoria, apesar de não
8
mais ser muito adotada na Alemanha, surgiu neste país, na década de 50, sendo desenvolvida
7-

por Nipperdey. Após a 2ª guerra mundial, várias transformações ocorreram no


53

cons tucionalismo, sendo que uma delas foi a aplicação direta dos direitos fundamentais nas 15
3.

relações privadas.
33

Por ela, os direitos fundamentais podem ser aplicados diretamente às relações entre
4.

par culares, independentemente de ar cios interpreta vos. No entanto, esta aplicação não
12

deve ocorrer com a mesma intensidade que ocorre na eficácia ver cal, em razão da autonomia
da vontade.
Ex. princípio da isonomia. O Estado deve fazer licitação para contratar. Já o par cular
pode contratar com quem quiser, pois possui autonomia da vontade.
Ex. na jurisprudência do STF:
RE 161.243 – Esse caso foi o da empresa Air France, que possuía no Brasil dois estatutos
diferentes para os seus empregados – um para os empregados de nacionalidade francesa e outro
para os empregados de outras nacionalidades – conferindo melhores vantagens para o estatuto
dos franceses. O STF, ao analisar o caso, entendeu que a empresa, em razão do princípio da
isonomia estaria impedida de adotar estatutos diferentes para os empregados de uma mesma
empresa. Então, observa-se que embora a empresa privada não precise fazer concurso público
para contratar seus empregados, deve observar pelo menos um mínimo de igualdade entre seus
membros (sem que a autonomia da vontade possa prejudicar outros par culares).
EMENTA RE 161.243: CONSTITUCIONAL. TRABALHO. PRINCÍPIO DA IGUALDADE.
TRABALHADOR BRASILEIRO EMPREGADO DE EMPRESA ESTRANGEIRA: ESTATUTOS DO PESSOAL
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

DESTA: APLICABILIDADE AO TRABALHADOR ESTRANGEIRO E AO TRABALHADOR BRASILEIRO.


C.F., 1967, art. 153, § 1º; C.F., 1988, art. 5º, caput. I. - Ao recorrente, por não ser francês, não
obstante trabalhar para a empresa francesa, no Brasil, não foi aplicado o Estatuto do Pessoal da
Empresa, que concede vantagens aos empregados, cuja aplicabilidade seria restrita ao
empregado de nacionalidade francesa. Ofensa ao princípio da igualdade: C.F., 1967, art. 153, §
1º; C.F., 1988, art. 5º, caput). II. - A discriminação que se baseia em atributo, qualidade, nota
intrínseca ou extrínseca do indivíduo, como o sexo, a raça, a nacionalidade, o credo religioso,
etc., é incons tucional. III. - Fatores que autorizariam a desigualização não ocorrentes no caso.
IV. - R.E. conhecido e provido.
RE 158.215 – Quando essa decisão foi proferida, ainda não exis a o art.57, do CC.
Nesse caso, alguns membros da coopera va foram expulsos pelos dirigentes. Os associados
recorreram ao judiciário e o caso foi parar no STF. Para o caso poder ser analisado pelo STF, a
Corte entendeu que a ampla defesa deveria ser aplicada nas relações privadas, no âmbito de
associações. Se o STF não admi sse a eficácia horizontal direta dos direitos fundamentais, o
caso não poderia ter sido por ele analisado, já que se entenderia que a questão era
8 5
infracons tucional, ligada à análise do estatuto.
7-
53

EMENTA RE 158.215 - DEFESA - DEVIDO PROCESSO LEGAL - INCISO LV DO ROL DAS


16
GARANTIAS CONSTITUCIONAIS - EXAME - LEGISLAÇÃO COMUM. A intangibilidade do preceito
3.

cons tucional assegurador do devido processo legal direciona ao exame da legislação comum.
33

Daí a insubsistência da óp ca segundo a qual a violência à CF, suficiente a ensejar o


4.

conhecimento de extraordinário, há de ser direta e frontal. Entendimento diverso implica


12

relegar à inocuidade dois princípios básicos em um Estado Democrá co de Direito - o da


legalidade e do devido processo legal, com a garan a da ampla defesa, sempre a pressuporem a
consideração de normas estritamente legais. COOPERATIVA - EXCLUSÃO DE ASSOCIADO -
CARÁTER PUNITIVO- DEVIDO PROCESSO LEGAL. Na hipótese de exclusão de associado
decorrente de conduta contrária aos estatutos, impõe-se a observância ao devido processo
legal, viabilizado o exercício amplo da defesa. Simples desafio do associado à assembleia geral,
no que toca à exclusão, não é de molde a atrair adoção de processo sumário. Observância
obrigatória do próprio estatuto da coopera va.

Teoria Integradora dos Direitos Fundamentais


Essa teoria foi defendida por Robert Alexy e Ernst Wolfgang Böckenförde. Por essa
teoria, a aplicação dos direitos fundamentais às relações entre par culares deve ocorrer por
meio de lei (eficácia indireta). No entanto, se esta não exis r, é possível que ocorra a aplicação
direta (eficácia direta). Essa teoria se chama “integradora”, pois ela integra as teorias da eficácia
horizontal direta e indireta.
Ex. do art.57, do CC.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

1.5. RESTRIÇÕES AOS DIREITOS FUNDAMENTAIS


Existem duas estratégias para se definir as restrições a um direito fundamental. Ao fim,
o resultado ob do com a aplicação dessas teorias é quase o mesmo.

Teoria Interna
Segundo esta teoria, os limites imanentes aos direitos fundamentais devem ser fixados
a priori, em abstrato, nos quais a interpretação tem um caráter meramente declaratório.
Essa teoria, na realidade, não costuma u lizar a palavra “restrição” ao direito
fundamental. Ela fala em “limites” ao direito fundamental.
Dentro da teoria interna, uma das teorias mais conhecida é a chamada teoria dos
limites imanentes, que seriam limites internos ao próprio direito fundamental. Essa teoria
parte da ideia de que cada direito fundamental já contem em si os seus próprios limites, e que se
pode descobrir esses limites através da interpretação. É como se o intérprete fosse revelar o
conteúdo de um direito fundamental, pois o conteúdo e limite do direito já existem. Para essa
8 5
teoria, a interpretação tem um efeito meramente declaratório, pois nela o direito já tem seus
7-

próprios limites.
53

A teoria interna tem apenas um objeto, que é o direito fundamental e seus limites. Não 17
3.

se faz ponderação nem sopesamento com outros direitos. Analisa-se somente o direito
33

fundamental e descobre-se nele mesmo os limites que ele possui.


4.

Exemplos que demonstram essa estratégia de interpretação:


12

1º exemplo: Sigilo da Comunicação dos Dados (art.5º, XII, CF):


Alguns ministros do STF fazem uma interpretação restri va desse direito fundamental,
u lizando a interpretação da teoria interna. Eles interpretam do seguinte modo: dizem que
esses dados protegidos pelo art.5º, XII, CF não são quaisquer dados - são apenas os dados
informá cos. Os demais dados estão protegidos pelo art.5º, X, CF. Ademais, esses ministros
dizem que o que está protegido não são os dados em si, mas apenas a comunicação dos dados
(para esse entendimento, a CF considera inviolável apenas a saída do dado informá co de um
computador para outro. Mas, a par r do momento que o dado chega ao computador des no,
ele pode ser violado, pois não há mais comunicação). Por isso, adotando esse fundamento,
esses ministros não fazem ponderação.
2º Exemplo: ADI 3510, Voto do Ministro Ayres Brito:
Ayres Brito não adota sempre a teoria interna. Aliás, a teorias interna e externa não são
adotadas puramente por nenhum dos Ministros do STF. Eles misturam as teorias. Não há pureza
metodológica no raciocínio do STF.

É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

A ADI 3510 foi a da cons tucionalidade ou não da pesquisa com células-tronco


embrionárias. Nessa ADI, Ayres Brito faz uma interpretação do direito à vida analisando o
próprio direito. Ele diz que quando a CF fala em inviolabilidade do direito à vida, ela garante a
inviolabilidade aos brasileiros e estrangeiros residentes no país. Ele diz que a CF não consagra a
inviolabilidade do direito à vida para o feto, pois, para o estrangeiro ser residente no Brasil, ele
deve ter nascido e o brasileiro nato ou naturalizado é aquele que já nasceu. Então, para Ayres
Brito, a vida protegida pela CF é apenas a do indivíduo que já nasceu. O feto, muito menos o
embrião, está protegido cons tucionalmente. Ele não ponderou o direito à vida do embrião com
outros direitos (como, por exemplo, o direito à saúde de outras pessoas, etc). Ele apenas
fundamentou seu entendimento com o conteúdo do direito à vida.

OBSERVAÇÃO:

Na teoria interna, os direitos possuem sempre um caráter defini vo e, portanto, têm a


natureza/caráter de regras. Não se fala em colisão ou ponderação de direitos fundamentais,
5
pois, para essa teoria, os direitos fundamentais não têm estrutura de princípios. Interpreta-se
8
7-

o direito de forma tão restri va que se evita colisões. Por isso essa teoria tem só um objeto.
53

Por isso teoria interna: a definição desses limites é feita a par r do próprio direito, e não a
par r de da análise conjunta com outros direitos fundamentais.
18
3.
33

Teoria externa
4.

Por essa teoria, a definição de um direito fundamental e de suas restrições é feita em


12

duas etapas. Nessa teoria, não se fala em limites, mas em restrições aos direitos fundamentais.
As duas etapas de definição do direito fundamental são:
→ A iden ficação do conteúdo inicialmente protegido deve ser feita da forma mais
ampla possível. Deve-se definir que po de conteúdo aquele direito protege. Esse âmbito de
proteção deve ser estabelecido da forma mais ampla possível. Mas esse direito con do no
âmbito de proteção não terá um caráter defini vo. Será apenas um direito prima facie. Para se
chegar a um direito defini vo, é necessária uma segunda etapa.
→ É feita a definição dos limites externos decorrentes da necessidade de conciliar o
direito com outros direitos também consagrados na CF. Ou seja, nesta estratégia, num primeiro
momento, define-se o âmbito de proteção do direito de forma mais ampla possível (coloca-se
todas as hipóteses, condutas e situações que poderiam configurar aquele direito dentro do seu
âmbito de proteção), mas num segundo momento, para resolver a colisão desse direito com
outros direitos fundamentais, é necessário ponderar esses princípios.
Então só se chega ao direito defini vamente protegido diante do caso concreto. Não se
consegue chegar ao direito fundamental defini vamente em abstrato. E só é possível chegar, no
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

caso concreto, ao direito defini vo através da ponderação ou pela u lização do postulado da


proporcionalidade.
Nessa estratégia, o que mais importante não é a definição do âmbito de proteção, mas
sim a ponderação com outros princípios.
Exemplo dessa fundamentação: ADI 3510, Votos dos Ministros Celso de Melo e
Joaquim Barbosa.
Esses Ministros dizem que quando a CF fala em direito a vida, esse não é um direito da
pessoa que já nasceu. É um direito amplo, que protege pessoas ainda não nascidas. Mas, é
necessário confrontar esse princípio com outros, de modo a possibilitar a saúde e o direito à
vida de outras pessoas. Ademais, esses embriões que seriam descartados não poderiam ser
u lizados, pois estariam há mais de 3 anos em fer lização in vitro.
O resultado a que os ministros Ayres Brito, Joaquim Barbosa e Celso de Melo chegaram
é o mesmo, mas o caminho u lizado para se chegar a eles foi por teorias diferentes. 5
8
1.6. PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
7-
53

Art. 1º A República Federa va do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, cons tui-se em Estado Democrá co de Direito e tem
19
3.

como fundamentos:
33

I - a soberania;
4.

II - a cidadania;
12

III - a dignidade da pessoa humana;


IV - os valores sociais do trabalho e da livre inicia va;
V - o pluralismo polí co.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Cons tuição.

Alguns autores entendem que a dignidade é um atributo/qualidade intrínseca a todo


ser humano, independentemente de qualquer condição (origem, raça, nacionalidade, sexo,
etc). Outros dizem que a dignidade seria um valor cons tucional supremo. Muitos autores vão
dizer que não é algo rela vo, mas algo absoluto (significa que não comporta gradações – todos
os seres humanos possuem a mesma dignidade). Numa ponderação envolvendo dignidade, ela
terá peso maior que outros valores. A consagração da dignidade no texto cons tucional impõe
ao Estado e, em alguns casos, aos par culares, o dever de respeito, proteção e promoção de
condições dignas de existência.
A dignidade da pessoa humana é o núcleo em torno do qual gravitam os direitos
fundamentais, ou seja, esses direitos fundamentais, consagrados pelo ordenamento, têm como
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

finalidade proteger e promover condições de vida digna. Alguns Direitos Fundamentais


decorrem diretamente da dignidade da pessoa humana (derivações de 1º grau), como o direito
de liberdade. Há aqueles que são derivações de 2º grau, como férias para os trabalhadores
(direito social).
Ao ser um núcleo comum dos direitos fundamentais, a dignidade vai conferir o caráter
sistêmico e unitário aos direitos fundamentais.
Geralmente as decisões não são baseadas unicamente na dignidade humana, sendo
que esta irá somente reforçar o entendimento.
Dignidade da pessoa humana:
Respeito – Estado e par culares. Ex: art. 5º, III, CF/88
Proteção – direitos individuais – igualdade e liberdade
Promoção – direitos sociais (mínimo existencial)
Obs: “Fórmula do Objeto”: Essa fórmula do objeto está relacionada à concepção
8 5
filosófica de Kant, segundo a qual, a dignidade é violada quando o ser humano é tratado como
7-

um meio e não como um fim em si mesmo (há violação quando ocorre uma “coisificação do
53

indivíduo”). 20
3.

Ex. ADPF 54 - Um dos argumentos levantados por aqueles que eram contrários ao
33

aborto no caso da anencefalia era a possibilidade de doação de órgãos do feto. Marco Aurélio
4.

disse que isso era uma “coisificação” da mãe, que estaria sendo obrigada a gerar um feto só para
12

que, posteriormente, lhe fossem aproveitados os órgãos para doação.


No Tribunal Alemão, em algumas decisões, eles acrescentam a essa formula do objeto
uma outra expressão, chamada de “expressão de desprezo”, segundo a qual, a dignidade é
violada quando o ser humano é tratado como um objeto, como um meio, e este tratamento é
fruto de uma expressão de desprezo por aquele ser humano.

IMPORTANTE

É lícito ao Poder Judiciário impor à Administração Pública obrigação de fazer, consistente na


promoção de medidas ou na execução de obras emergenciais em estabelecimentos
prisionais para dar efe vidade ao postulado da dignidade da pessoa humana e assegurar aos
detentos o respeito à sua integridade sica e moral, nos termos do que preceitua o art. 5º,
XLIX, da CF, não sendo oponível à decisão o argumento da reserva do possível nem o princípio
da separação dos poderes. STF. Plenário. RE 592581/RS, rel. Min. Ricardo Lewandowski,
julgado em 13/8/2015 (Info 794).

É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

O Estado de Coisas Incons tucional ocorre quando verifica-se a existência de um


quadro de violação generalizada e sistêmica de direitos fundamentais, causado pela inércia ou
incapacidade reiterada e persistente das autoridades públicas em modificar a conjuntura, de
modo que apenas transformações estruturais da atuação do Poder Público e a atuação de uma
pluralidade de autoridades podem modificar a situação incons tucional. O STF reconheceu que
o sistema penitenciário brasileiro vive um "Estado de Coisas Incons tucional", com uma
violação generalizada de direitos fundamentais dos presos. As penas priva vas de liberdade
aplicadas nos presídios acabam sendo penas cruéis e desumanas. Vale ressaltar que a
responsabilidade por essa situação deve ser atribuída aos três Poderes (Legisla vo, Execu vo e
Judiciário), tanto da União como dos Estados-Membros e do Distrito Federal. A ausência de
medidas legisla vas, administra vas e orçamentárias eficazes representa uma verdadeira
"falha estrutural" que gera ofensa aos direitos dos presos, além da perpetuação e do
agravamento da situação. Assim, cabe ao STF o papel de re rar os demais poderes da inércia,
coordenar ações visando a resolver o problema e monitorar os resultados alcançados. Na ADPF
havia outros pedidos, mas estes foram indeferidos, pelo menos na análise da medida cautelar.
8 5
STF. Plenário. ADPF 347 MC/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 9/9/2015 (Info 798). Diante
7-

disso, o STF, em ADPF, concedeu parcialmente medida cautelar determinando que:


53

- juízes e Tribunais de todo o país implementem, no prazo máximo de 90 dias, a 21


3.

audiência de custódia;
33

- a União libere, sem qualquer po de limitação, o saldo acumulado do Fundo


4.

Penitenciário Nacional para u lização na finalidade para a qual foi criado, proibindo a realização
12

de novos con ngenciamentos.

1.7 DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS EM ESPÉCIE

1.7.1 DESTINATÁRIOS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS E DOS DEVERES

Art. 5º, CF - Todos são iguais perante a lei, sem dis nção de qualquer natureza,
garan ndo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:

Des natários dos Direitos: o ar go 5º garante aos brasileiros e estrangeiros residentes


no Brasil os amplos direitos fundamentais à vida, à igualdade, à segurança jurídica (pois a
segurança pública é um direito social) e ao direito de propriedade. Esses 5 direitos
fundamentais são concre zados nos 78 incisos do ar go 5º, CF.
Numa interpretação literal do art.5º, caput, CF, poder-se-ia entender que a CF diz que
os direitos fundamentais são garan dos aos brasileiros (art.12, CF – brasileiros natos e
naturalizados) e aos estrangeiros – desde que residentes no Brasil.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

Um estrangeiro não residente no Brasil pode invocar os direitos do art.5º?


Ex. Ele poderia ser processado sem contraditório e ampla defesa? Ele poderia ser preso
sem invocar HC?
Segundo a doutrina amplamente majoritária, deve ser feita uma interpretação
extensiva deste disposi vo, de forma que alguns direitos básicos sejam assegurados a todos
aqueles que se encontrem no território nacional. Inclusive a jurisprudência do STF entende
nesse sen do.
Defende-se que o legislador, nesse caso, disse menos do que ele gostaria de dizer.
Fundamenta-se essa interpretação extensiva na ideia de dignidade humana como vetor
interpreta vo. Se a dignidade humana é uma qualidade intrínseca a todo ser humano,
independentemente de qualquer condição, e se os direitos individuais são aqueles que a
protegem mais diretamente, não se pode deixar de assegurá-los a um indivíduo simplesmente
em razão da sua nacionalidade e local de residência (ex. o direito de impetrar habeas corpus não
pode ser negado para estrangeiros não residentes no Brasil).
8 5
7-

Fala-se nessa extensão para direitos básicos como, por exemplo, direito à vida,
53

contraditório, ampla defesa, devido processo legal, liberdade, vedação de penas cruéis, etc.
22
3.

Outros direitos, porém, podem ser restringidos, não sendo aplicados aos estrangeiros,
33

como, por exemplo, o direito de associação, ação popular (para cidadãos), etc.
4.

Uma pessoa jurídica pode invocar os direitos do art. 5º? Hoje não há, na doutrina,
12

qualquer dúvida em relação a isso, apesar de terem surgido originariamente só para pessoas
sicas. Não poderá invocar todos, mas apenas aqueles per nentes. Súmula 227, STJ.
E se for PJ de direito público? As pessoas jurídicas de Público podem invocar alguns
direitos fundamentais, notadamente os de caráter do po procedimental, como ampla defesa,
contraditório, impetração de MS. Servem como contenção do arbítrio.
Segundo a doutrina amplamente majoritária, deve ser feita uma interpretação
extensiva deste disposi vo, de forma que alguns direitos básicos sejam assegurados a todos
aqueles que se encontrem no território nacional. Inclusive a jurisprudência do STF entende
nesse sen do.
Isso, obviamente, nada tem a ver com dignidade da pessoa humana. O que vai permi r
que Pessoa Jurídica de Direito Público e Pessoa Jurídica de Direito Privado possam invocar esses
direitos fundamentais é o fato de eles servirem à contenção do arbítrio (do Estado – são direitos
fundamentais do Estado de Direito. O Estado não pode agir arbitrariamente em face de
ninguém, nem mesmo em face das pessoas jurídicas, de direito público ou privado).
Des natários dos Deveres: são aqueles que têm que respeitar os direitos do art.5º, CF.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

O principal des natário dos deveres decorrentes dos direitos individuais é o Estado (os poderes
públicos). É a chamada eficácia ver cal dos direitos fundamentais.
Os par culares também são des natários dos deveres. Neste par cular, é importante
lembrar que numa relação entre par culares (relação de coordenação – relação horizontal), a
intensidade com a qual esses direitos são aplicados não é a mesma em que eles são aplicados
nas relações com o poder público, pois nas relações privadas vige o princípio da autonomia da
vontade.
Ex. Par do Polí co – os critérios para a admissão de filiados não podem ser muito
rígidos, pois isso inviabilizaria a par cipação polí ca.

1.7.2 DIREITO À VIDA

a) Âmbito de Proteção: bem jurídico protegido pela inviolabilidade do direito à vida é a


vida. Em que sen do existe essa proteção cons tucional à vida? Quando se fala em
5
inviolabilidade do direito à vida, segundo a doutrina majoritária, o direito à vida deve ser
8
entendido segundo uma dupla acepção:
7-
53

Direito de Permanecer vivo (acepção nega va): Há um direito fundamental de


permanecer vivo. Ninguém pode, sem uma jus ficação fundamental, intervir nesse direito de
23
3.

permanecer vivo. Salvo exceção, no caso de guerra. Nem o Estado nem os par culares podem
33

intervir nesse direito. Confere ao indivíduo um status nega vo; uma posição jurídica em que o
4.

indivíduo impede a ingerência do Estado e par culares.


12

Direito a uma existência digna (acepção posi va): A vida deve ser com dignidade e essa
dignidade deve ser protegida e respeitada. É a interpretação conjunta do art. 1 III com o art. 170
CF. Consiste no direito a exigir do Estado prestações para proteção da vida e para possibilitar as
condições mínimas de uma existência digna.
Dimensões:
- Dimensões
Subje va: a proteção do direito deve ser pensada não apenas sobre a perspec va do
indivíduo que é o seu tular. Abrange um complexo de pretensões obje vas posi vas e
nega vas. Perspec va individual, tular do direito. Ex. ADI 3510 – direito à vida do embrião.
Obje va: a proteção do direito deve ser pensada também sobre o ponto de vista da
comunidade. Protegido como bem jurídico à sociedade. Aqui o direito da vida é tratado como
valor. Há consequências dessa dimensão: atuação do Estado no sen do de elaborar normas de
proteção, não só direta. Ex.: ADI 3510 – direito à vida como bem jurídico valorado posi vamente
pela comunidade. Pesquisa com células tronco a ngiria o direito à vida em sua dimensão
também obje va. A par r daí se analisa se essa ingerência é legí ma ou não.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

O direito à vida é, além de inviolável, irrenunciável.


Inviolabilidade: Proteção contra violação por parte de TERCEIROS.
Irrenunciabilidade: Protege a vida contra o PRÓPRIO TITULAR.
A doutrina costuma dizer que todos direitos fundamentais são irrenunciáveis. Isso quer
dizer que não se pode abrir mão de forma defini va do direito; pode ocorrer apenas o seu não
exercício temporário.
Quando a cons tuição diz que o direito à vida é inviolável, não significa que ele seja
absoluto.
Direito à vida de uma pessoa X Direito à vida de outra: um dos dois terá que ceder, como
ocorre no estado de necessidade, na legí ma defesa, no caso de a vida da gestante estar em
risco em razão da gravidez, em que o Código Penal permite o aborto (ABORTO TERAPÊUTICO).

CP Art. 128 - Não se pune o aborto pra cado por médico: 5


Aborto necessário
8
7-

I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante;


53

Direito à vida de uma pessoa X Outros direitos assegurados pela Cons tuição: uma 24
3.

prova de que o direito à vida não é absoluto está no próprio texto cons tucional, quando é
33

consagrada a pena de morte, no ar go 5º, XLVII.


4.
12

CF Art. 5º
XLVII - não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
Art. 84. Compete priva vamente ao Presidente da República:
XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso
Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões
legisla vas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização
nacional;

Exemplo feito pelo legislador é o do art. 128, II, CP, caso em que o legislador penal
permite o aborto em caso de ESTUPRO.

CP Art. 128 - Não se pune o aborto pra cado por médico:


II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consen mento da
gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.

Há alguns autores, no entanto, que sustentam que o direito à vida é inviolável e a


dignidade é um direito absoluto, portanto o art. 128, II não teria sido recepcionado pela
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

Cons tuição Federal. Crí ca: só pensa na dignidade do feto, não na da mãe.
Importante:
Testemunhas de Jeová e o direito à vida: Segundo o STJ, o direito à vida sempre deve
permanecer, uma vez que é um direito antecedente, por isso, sempre prevalece no caso do
direito à liberdade de religião.
b) Intervenções Violadoras: ainda não há jurisprudência sobre intervenção violadora
ao direito à vida.
c) Restrições Cons tucionais consideradas legí mas ao direito à vida: restrição é uma
intervenção cons tucionalmente fundamentada. Essa restrição cons tucional pode ser direta
ou indireta. Dentre as restrições diretas, elas podem estar escritas ou não escritas. As restrições
indiretas são aquelas estabelecidas por lei.
Restrições Cons tucionais Diretas:
→ Restrição cons tucional direta escrita (ou no texto cons tucional): É aquela que está
5
8
no art.5º, XLVII, que é a pena de morte. No caso de guerra declarada há a possibilidade de pena
7-

de morte, que é uma restrição legí ma do direito à vida. (Essa é a única hipótese de restrição
53

cons tucional direta escrita ao direito à vida). 25


3.

Art.5º, XLVII, CF - não haverá penas:


33

a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
4.
12

→ Restrição cons tucional direta não escrita: É aquela imposta por outros princípios
de hierarquia cons tucional que, diante das circunstâncias do caso concreto, tenham um peso
maior que o direito restringido. São aqueles casos em que existem outros princípios que
autorizam essa violação ao direito à vida.
Sobre essa restrição indireta, existem 2 exemplos:
1º Exemplo: ADI 3510 – Lei de Biossegurança e Pesquisa com células-tronco
embrionárias: ADI 3510, que discu u a cons tucionalidade da lei que permi u a pesquisa com
células-tronco embrionárias. Par ndo da premissa* de que o direito à vida protege a vida do
embrião, verifica-se no caso um conflito entre o direito à vida de um embrião (de um lado) e o
direito à vida de inúmeras pessoas que podem ser salvas com os resultados dessas pesquisas
(esse foi o entendimento de Joaquim Barbosa). Então, segundo esse entendimento, nessa
ponderação é melhor proteger o direito à vida de inúmeras pessoas do que o direito à vida de
um embrião que será posteriormente descartado. Então, o direito à vida dessas inúmeras
pessoas jus ficaria essa restrição (legí ma) à vida do embrião.
* Fala-se em premissa, pois alguns podem entender que o embrião não tem direito à
vida. Carlos Ayres Brito, por exemplo, no seu voto na ADI 3510, entendeu que quando a CF diz no
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

art.5º da inviolabilidade à vida, ela diz “brasileiros e estrangeiros residentes no país” e os


brasileiros são aqueles mencionados no art.12, CF, ou seja, brasileiros natos e naturalizados. E os
brasileiros natos e naturalizados são aqueles nascidos. Os não nascidos não são, portanto,
protegidos cons tucionalmente. Esse entendimento é problemá co e não é a maioria.
2º Exemplo: A ADPF 54 – Caso da Antecipação de Parto de Feto Anencéfalo:
Primeiramente, deve-se analisar os três argumentos suscitados pela Confederação Nacional dos
Trabalhadores na área da Saúde, que foi a autora da ADI. Nessa inicial, foram u lizados os
seguintes argumentos:
(1) Antecipação terapêu ca do parto não é aborto – a picidade da conduta. Entendeu-
se que, no caso da anencefalia, não haveria aborto. A legislação brasileira não diz quando a vida
humana se inicia ou a par r de quando ela deve ser protegida. Mas, a lei 9.434/97 trata da morte
encefálica para fins de doação de órgãos. E, segundo essa lei, a vida humana termina com a
morte encefálica, deixando, a par r desse momento, de ser juridicamente protegida. A
contrario sensu, segundo o STF, a proteção da vida só teria início com o desenvolvimento do
8 5
encéfalo, o que não ocorre nos casos de anencefalia. Por isso, não haveria que se falar em
7-

“aborto”.
53

(2) Ainda que seja considerado “aborto”, esta hipótese não seria punível (interpretação 26
3.

evolu va do CP). O CP não prevê essa hipótese como excludente de punibilidade do aborto (art.
33

128, do CP – aborto terapêu co ou necessário, quando a vida da gestante é colocada em risco


4.

em razão da gravidez; e o aborto sen mental, em caso de estupro). O CP foi feito em 1940, e o
12

procedimento de diagnos car a anencefalia foi descoberto após a publicação do CP. Então, falar-
se-ia em uma interpretação evolu va, para adaptar o CP às inovações tecnológicas. Então, o
anencéfalo é vida, mas pode haver aborto, em razão da proteção dos direitos da mulher.
(3) O terceiro argumento foi o da dignidade da pessoa humana, da analogia à tortura e
interpretação conforme. O STF u lizou uma interpretação conforme para excluir qualquer
entendimento que considerasse esta hipótese como crime. Ou seja, afastou-se qualquer
interpretação que afastasse a interpretação de aborto. Se a mulher ver um laudo médico
constatando a anencefalia, ela pode fazer “aborto” independentemente de autorização judicial,
pois isso não será considerado crime. Por esse argumento, o Estado obrigar a mulher a gerar,
durante nove meses uma gestação de um feto que não sobreviverá, viola a dignidade tanto na
dimensão sica quanto psíquica, configurando uma espécie de tortura.
A questão era dar à mulher um direito de escolha. O STF disse que cabe à mulher
escolher. Ela não é obrigada a abortar, mas se quiser, ela pode.
Restrições Cons tucionais Indiretas: Restrições indiretas são as restrições
estabelecidas por lei. Por que razão uma lei infracons tucional poderia restringir um direito
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

estabelecido em norma de hierarquia cons tucional? A lei, para que possa restringir um direito
fundamental, deve fomentar um determinado princípio de hierarquia cons tucional.
O direito à vida não possui nenhuma autorização cons tucional à reserva legal simples
ou qualificada. Mas outros princípios cons tucionais podem restringir o direito à vida. Logo, o
direito à vida sofre uma restrição cons tucional indireta (a restrição é indireta, pois é a lei quem
restringe, mas com base na Cons tuição).
Ex. Lei 11.105/05 - Lei de Biossegurança, que permite a pesquisa com células-tronco
embrionárias, restringindo o direito à vida do embrião.
Ex. Aborto necessário ou terapêu co (art.128, I, CP) e aborto sen mental (art. 128, II,
CP). Geralmente, a doutrina invoca dois princípios que jus ficariam essa exceção: a liberdade
sexual e a dignidade da pessoa da mãe.

Art. 128, CP - Não se pune o aborto pra cado por médico:


Aborto necessário 5
8
I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante;
7-

Aborto no caso de gravidez resultante de estupro


53

II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consen mento da 27


3.

gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.


33

Argumento Contrário à legalização do aborto: A inviolabilidade do direito à vida deve


4.

ser assegurada desde a concepção. Qualquer po de medida diferente da criminalização do


12

aborto seria insuficiente para conferir uma proteção cons tucionalmente adequada (princípio
da proibição da proteção deficiente). Os que defendem este entendimento dizem que existe na
Cons tuição um mandado cons tucional de criminalização.
Argumentos Favoráveis à legalização do aborto: Entendem que existem outros mecanismos
de proteção da vida do feto, que tornam desnecessária a criminalização do aborto. Argumentos:
1) Autodeterminação da mãe: A gestante tem direitos fundamentais que jus ficam a
legalização do aborto, como, por exemplo, autonomia reprodu va e liberdade de escolha. Por
esse argumento, a dignidade da mãe compreende a autodeterminação dela em relação ao
procedimento a ser adotado, sem interferência do Estado. A liberdade da autodeterminação da
mãe é ampla o suficiente para que ela possa decidir o que quer fazer com o seu próprio feto.
2) Princípio da Igualdade: Obrigar a gestante a manter a gestação viola a igualdade
entre homens e mulheres, pois causa um impacto desproporcional para as mulheres. Além
disso, viola a igualdade entre mulheres que têm condições financeiras para realizar o aborto e
mulheres que não têm condições financeiras para realizar o aborto. (Esse argumento foi
u lizado por feministas americanas).
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

Obs: Teoria do Impacto Desproporcional: Essa teoria surgiu nos EUA, na década de
1970, e permite o reconhecimento da incons tucionalidade de normas que, embora
aparentemente regulares, causem um ônus desproporcional para determinados grupos em
situação de inferioridade. Ex. de impacto desproporcional – salários menores para mulheres em
relação aos homens, pois as mulheres podem se afastar do trabalho em razão de gravidez.
3) Direito à privacidade: Esse foi o principal argumento u lizado pela Suprema Corte
nos EUA, quando proibiu a criminalização do aborto no caso Roe vs. Wade, em 1973. Por ela, o
direito à privacidade da gestante é amplo o suficiente para compreender o direito de
interromper ou não a gravidez, pelo menos no primeiro trimestre de gestação.

1.7.3 DIREITO À PRIVACIDADE

a) Âmbito de Proteção (art.5º, incisos X e XI, CF): direito à privacidade é um gênero, no


qual estão abrangidas as espécies do ar go 5º, X, CF, quais sejam vida privada, in midade, honra
e imagem das pessoas. 5
8
7-

Art.5º, X, CF - são invioláveis a in midade, a vida privada, a honra e a imagem das


pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente
53

de sua violação; 28
3.
33

O direito à privacidade (gênero) engloba quatro espécies fundamentais de direitos:


direito à in midade, direito à vida privada, direito à imagem e direito à honra, sendo assegurada
4.

a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação (art. 5º, X).
12

Restrições legí mas ao direito à imagem: Câmeras de segurança, radares eletrônicos,


acontecimentos de interesse público (passeata). Deve-se sempre analisar se há justa causa ou
não para a exibição da imagem (proporcionalidade). Se há justa causa (interesse público, por
exemplo), a restrição é legí ma, não havendo, assim, violação ao direito à imagem.
A divulgação de uma informação invasiva da privacidade deve ser admi da quando
concorrerem os seguintes fatores:
-Licitude da informação
-Forma adequada de transmissão
-Contribuição para o debate de interesse geral ou relevância para formação da opinião
pública, eixo em torno do qual gira o direito à informação.
b) Privacidade X Liberdade de informação
→ Gravação clandes na

Art. 5º, X - são invioláveis a in midade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

O direito à privacidade (art. 5º X) impede a u lização de gravações feitas sem o


conhecimento dos interlocutores ou sua divulgação sem o consen mento dos par cipantes.
Pode ser uma gravação ambiental (câmera escondida), pessoal (gravador de bolso) ou
telefônica, feita por um dos interlocutores sem o conhecimento dos demais.
Nem sempre a gravação é ilícita, podendo ser u lizada como prova se houver uma justa
causa para tal.
A definição de justa causa depende de uma ponderação. Mas que fique claro: qualquer
limitação de direito fundamental só é jus ficada quando para salvaguardar outro direito
cons tucional, que no caso concreto mereça ser sobreposto em relação aquele.
Exemplo: as gravações realizadas clandes namente não são admi das como prova no
processo (ilícitas) – art. 5º LVI -, salvo quando jus ficáveis com base em outros princípios
cons tucionalmente consagrados, como no caso de uma gravação clandes na u lizada pelo réu,
no processo penal, para provar sua inocência (direito de liberdade e garan a de ampla defesa).
5
8
Alguns casos que o STF entendeu haver “justa causa”:
7-

1- Gravação feita pelo réu no processo penal para sua defesa: Prevalece o direito à
53

liberdade e ampla defesa do réu sobre o direito à privacidade. 29


3.

2- Gravação feita em legí ma defesa: Gravação feita contra sequestrador, chantagista,


33

estelionatário etc.
4.

3- Gravação feita contra agente público: Fundamento nos princípios da Administração


12

(publicidade e moralidade).
4- Gravação feita para documentar conversas e serem u lizadas futuramente como
prova (direito de defesa): Para impedir de o sujeito negar o que nha afirmado.
A gravação clandes na sem justa causa é vedada pelo art. 5º, X (privacidade).
DICA FINAL: Diferenças:
Gravação clandes na: É a gravação feita por um dos interlocutores sem que o outro
saiba. Pode ser ambiental, pessoal ou telefônica. A gravação clandes na, quando não admi da,
viola o direito à privacidade (art.5º, X, CF).
Quebra de sigilo: Consiste em um acesso ao registro ou histórico de informações
bancárias, fiscais, de dados, ou telefônicas. Na quebra de sigilo telefônico, a pessoa não tem
acesso à conversa.
Interceptação das comunicações telefônicas: Interrupção ou na intromissão de uma
comunicação por um terceiro sem o conhecimento de um ou de ambos interlocutores. Essa é
uma intervenção na liberdade de comunicação do art.5º, XII, CF.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

→ Quebra de sigilos de dados


Consiste no acesso ao registro de determinadas informações, tais como: extratos
bancários, declarações de imposto de renda, registro de ligações telefônicas e dados constantes
de arquivos de computador.
Pode ocorrer a quebra de sigilo:
- Bancário
- Fiscal: acesso as informações declaradas ao fisco;
-Telefônico: acesso ao registro das ligações telefônicas, não há acesso às conversas da
pessoa. Apenas se sabe os números, o tempo de ligação. O conteúdo das conversas não fica gravado.
- Informá co: acesso a dados de computador, pendrive.
Atenção! Os dados (conteúdo dos dados) estão protegidos neste inciso! A comunicação
está protegida no inciso XII, do art.5º, CF. (Sigilo de dados é o sigilo sobre o registro dos dados.
5
Isso não tem a ver com a interceptação ou a gravação clandes na. Esses dados/ registros estão
8
protegidos no art.5º, X, CF). No entanto, existe uma divergência sobre o enquadramento destes
7-

direitos. Para alguns, estariam protegidos pelo direito à privacidade (art. 5º, X). No entanto, há
53

quem entenda, inclusive dentro do STF, que estariam protegidos pelo art. 5º, XII. 30
3.

Prima facie estes sigilos não podem ser quebrados, salvo se houver jus ficação para isso.
33

Sigilo bancário - Os órgãos poderão requerer informações bancárias diretamente das


4.
12

ins tuições financeiras?


POLÍCIA: NÃO. É necessária autorização judicial.
MP: NÃO. É necessária autorização judicial (STJ HC 160.646/SP, Dje 19/09/2011).
Exceção: É lícita a requisição pelo Ministério Público de informações bancárias de contas de
tularidade de órgãos e en dades públicas, com o fim de proteger o patrimônio público, não se
podendo falar em quebra ilegal de sigilo bancário (STJ. 5ª Turma. HC 308.493-CE, j. em
20/10/2015).
TCU: NÃO. É necessária autorização judicial (STF MS 22934/DF, DJe de 9/5/2012).
Exceção: O envio de informações ao TCU rela vas a operações de crédito originárias de recursos
públicos não é coberto pelo sigilo bancário (STF. MS 33340/DF, j. em 26/5/2015).
RECEITA FEDERAL: SIM, com base no art. 6º da LC 105/2001. O repasse das informações
dos bancos para o Fisco não pode ser definido como sendo "quebra de sigilo bancário".
FISCO ESTADUAL, DISTRITAL, MUNICIPAL: SIM, desde que regulamentem, no âmbito de
suas esferas de competência, o art. 6º da LC 105/2001, de forma análoga ao Decreto Federal
3.724/2001.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

CPI: SIM (seja ela federal ou estadual/distrital) (art. 4º, § 1º da LC 105/2001). Prevalece
que CPI municipal não pode.

IMPORTANTE

Quebra de sigilo bancário

Não são nulas as provas ob das por meio de requisição do Ministério Público de
informações bancárias de tularidade de Prefeitura para fins de apurar supostos crimes
pra cados por agentes públicos contra a Administração Pública. É lícita a requisição pelo
Ministério Público de informações bancárias de contas de tularidade da Prefeitura, com o fim
de proteger o patrimônio público, não se podendo falar em quebra ilegal de sigilo bancário. O
sigilo de informações necessário à preservação da in midade é rela vizado quando há interesse
da sociedade em conhecer o des no dos recursos públicos. Diante da existência de indícios da
prá ca de ilícitos penais envolvendo verbas públicas, cabe ao MP, no exercício de seus poderes
inves gatórios (art. 129, VIII, da CF/88), requisitar os registros de operações financeiras rela vos
5
aos recursos movimentados a par r de conta corrente de tularidade da Prefeitura. Essa
8
7-

requisição compreende, por extensão, o acesso aos registros das operações bancárias
53

sucessivas, ainda que realizadas por par culares, e obje va garan r o acesso ao real des no
31
3.

desses recursos públicos. STJ. 5ª Turma. HC 308.493-CE, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca,
33

julgado em 20/10/2015 (Info 572). STF. 2ª Turma. RHC 133118/CE, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado
em 26/9/2017 (Info 879).
4.
12

→ Quebra de sigilo de comunicações

Art. 5º, XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de


dados e das comunicações telefônicas, salvo, no úl mo caso, por ordem judicial, nas
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de inves gação criminal ou
instrução processual penal;

Trata este inciso da quebra do sigilo de correspondência, da quebra de sigilo de dados e


da interceptação de comunicações telefônicas.
Sigilo de correspondência (comunicações epistolares): Apesar de o sigilo ser um direito,
sabemos que nenhum direito é absoluto, podendo, no caso concreto ser limitado. Ou seja, se no
caso concreto, em um juízo de ponderação e proporcionalidade, for verificada a necessidade de
mi gar o direito à privacidade ou sigilo de correspondência em bene cio de outro direito, nada
impede que assim o seja feito.
É o caso onde o STF admi u que, excepcionalmente, poderia a direção de presídio
violar a correspondência de preso, tendo em vista o uso da correspondência para prá cas
ilícitas. O preso tem direito à inviolabilidade de correspondência, todavia, no caso de suspeita
deve ser violada.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

OBSERVAÇÃO:

Correios: Se houver suspeita de pra ca de crime ou perigo, também pode violar.


Vale lembrar que a CF prevê, expressamente, a possibilidade de violação de
correspondências quando da ocorrência de Estado de Defesa ou Estado de Sí o. Art. 136, §1º, I,
b – estados de legalidade extraordinária.
Sigilo de dados: A inviolabilidade dos dados constantes de arquivos pessoais ou
privados (“não transmi dos” ao contrário dos “transmi dos” – constantes no art. 5º XII), deverá
ser assegurada apenas quando es ver em jogo uma invasão indevida na privacidade - art. 5º X.
Consequência: dados que estão em um computador de uma empresa, por exemplo,
estão sujeitos a serem 'violados', isto porque não há direito à privacidade, não há in midade
aqui a ser protegida.
Interceptação de comunicações telefônica: Também é passível de violação em estados
de exceção, assim como correspondência e comunicação telegráfica.
É o único que recebeu tratamento especial da CF no art. 5º, o qual estabeleceu três
5
8
requisitos para ser violada em estados de normalidade:
7-

1-Ordem judicial
53

2-Na forma da lei (Lei 9.296/96)* 32


3.

3-Fim de inves gação criminal ou instrução processual penal.


33
4.

OBSERVAÇÃO:
12

antes da lei, não poderia haver interceptação telefônica.

Interceptação telefônica consiste na interrupção ou intromissão em uma conversa


telefônica por parte de um terceiro, sem consen mento de um ou de ambos interlocutores.

IMPORTANTE

A prova ob da com interceptação telefônica (para fins penais) pode ser usada em PAD contra
os mesmos acusados no processo penal ou até mesmo contra outros servidores (prova
emprestada) INQ (QO-QO) 2424/RJ.

STF: Interceptação é uma matéria que obedece à chamada cláusula de reserva de


jurisdição. Ou seja, cabe somente ao poder judiciário determinar a interceptação. Assim, é
defeso ao MP e às CPI's determinarem a interceptação em conversa telefônica.
A cláusula de reserva de jurisdição, segundo o STF, comporta as matérias de:
→ Inviolabilidade de domicílio (art. 5º, XI) a casa é asilo inviolável do indivíduo,
ninguém nela podendo penetrar sem consen mento do morador, salvo em caso de flagrante
delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

→ Interceptação das comunicações telefônicas (art. 5º, XII) - XII - é inviolável o sigilo da
correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas,
salvo, no úl mo caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins
de inves gação criminal ou instrução processual penal;
→ Prisão (art. 5º, LXI) - LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem
escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão
militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;
→ Sigilo legalmente imposto a processo judicial – a CPI não pode pedir para ter acesso
às informações quando o juiz determina que o processo esteja em sigilo;
a) Inviolabilidade do domicílio:
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem
consen mento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar
socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;
Domicílio é a projeção territorial da privacidade, abrangendo não só residência, como
5
também consultórios, escritórios, quartos de hotel habitados, estabelecimentos comerciais e
8
7-

industriais, entre outros aposentos. Exceção das partes abertas ao público. Vale dizer que violar
53

domicílio significa adentrar ou permanecer na casa sem o consen mento do dono.


33
3.

Não havendo consen mento, só poderá ocorrer a inviolabilidade em duas situações:


33

1ª Situação: Emergencial: São situações nas quais há um perigo e não tem como esperar
4.

ordem judicial para invadir a casa. São os casos de desastre, prestação de socorro e flagrante delito
12

(mesmo pra fugir). Nessas situações, a casa pode ser invadida em qualquer horário.
Atenção: A entrada forçada em domicílio sem mandado judicial só é lícita, mesmo em
período noturno, quando amparada em fundadas razoes, devidamente jus ficadas “a
posteriori”, que indiquem que dentro da casa ocorre situação de flagrante delito, sob pena de
responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade, e de nulidade dos atos
pra cados. STF. Plenário. RE 603616/RO, Rel. Gilmar Mendes, julgado em 4 e 5/11/2015
(repercussão geral).
2ª Situação: Por determinação judicial, somente durante o dia. Algumas considerações:
Resumo
Durante o dia:
→ em caso de flagrante delito
→ em caso de desastre
→ para prestar socorro
→ para cumprir determinação judicial (ex: busca e apreensão; cumprimento de prisão
preven va)
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

Durante a noite:
→ em caso de flagrante delito
→ em caso de desastre
→ para prestar socorro
Existem três critérios que definem o que seria dia:
Critério temporal (cronológico): Período entre as 06:00 e 18:00 (J. A. Silva).
Critério sico-astronômico: Período entre a aurora e o crepúsculo.
Critério misto (Alexandre Moraes): Seria a conjugação dos dois anteriores, sempre na
perspec va de dar mais efe vidade à inviolabilidade. Dessa forma, o início do dia pode ocorrer
tanto às 06:00 quanto no momento do crepúsculo, adotando-se o evento que ocorrer
posteriormente. No mesmo raciocínio, o dia terminaria às 18:00 ou quando da aurora, sendo
aplicada aquela que ocorrer primeiro.
5
Escritório vazio e busca e apreensão realizada à noite por ordem judicial, é possível?
8
7-

No Inquérito 2.424/RJ, o STF considerou válida a instalação de escuta ambiental por


53

policiais, no escritório de advocacia de um advogado suspeito da prá ca de crimes. A colocação


34
das escutas ocorreu no período da noite por determinação judicial.
3.
33

O STF afirmou que a CF/88, no seu art. 5º, X e XI, garante a inviolabilidade da in midade
e do domicílio dos cidadãos, sendo equiparados a domicílio, para fins dessa inviolabilidade, os
4.

escritórios de advocacia, locais não abertos ao público, e onde se exerce profissão (art. 150, § 4º,
12

III, do CP). No entanto, apesar disso, entendeu-se que tal inviolabilidade pode ser afastada
quando o próprio advogado seja suspeito da prá ca de crime concebido e consumado,
sobretudo no âmbito do seu escritório, sob pretexto de exercício da profissão. Neste caso, os
interesses e valores jurídicos, inviolabilidade do domicílio, que não tem caráter absoluto, deve
ser ponderada e conciliada com o direito de puir, à luz da proporcionalidade.
Assim, apesar de ser possível a equiparação legal da oficina de trabalho com o domicílio,
julgou-se ser possível a instalação da escuta, por ordem judicial, no período da noite,
principalmente porque durante esse período o escritório fica vazio, não sendo, portanto, possível
sua equiparação neste caso a domicílio, que pressupõe a presença de pessoas que o habitem.
Em suma, o STF decidiu que essa prova foi válida. STF. Plenário. Inq 2424, Rel. Min.
Cezar Peluso, julgado em 26/11/2008.
Veículo é considerado casa?
Em regra, não. Assim, o veículo, em regra, pode ser examinado mesmo sem mandado judicial.
Exceção: quando o veículo é u lizado para a habitação do indivíduo, como ocorre com
trailers, cabines de caminhão, barcos etc.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

1.7.4 PRINCÍPIO DA ISONOMIA OU IGUALDADE

a) Âmbito de proteção:

Art. 5º todos são iguais perante a lei, sem dis nção de qualquer natureza, garan ndo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

Existem duas dimensões da igualdade que são bem diferentes e que, muitas vezes,
acabam sendo conflitantes entre si:
Igualdade Formal, civil, jurídica ou “igualdade perante a lei”: consiste no tratamento
isonômico conferido a todos os seres de uma mesma categoria essencial. Igualdade não é tratar
a todos indis ntamente. Mesmo no seu aspecto formal a igualdade requer um tratamento
isonômico de todos que se encontrem numa mesma categoria essencial.
Ex. Trabalhadores: há um tratamento diferenciado entre servidores públicos e
trabalhadores da rede privada. Não há violação à isonomia nesse caso, pois tratam-se de
8 5
categorias dis ntas de trabalhadores, que necessitam de regras diferenciadas por estarem em
7-

situações diferentes.
53

35
O princípio da igualdade formal está consagrado no art.5º, caput, CF.
3.
33

Art. 5º. “Todos são iguais perante a lei, sem dis nção de qualquer natureza, (...)”.
4.

Igualdade Material, real, fá ca ou igualdade perante os bens da vida: é aquela que tem
12

por fim a igualização dos desiguais por meio da concessão de direitos sociais substanciais.
Previsão: conjugação do art. 5º c/c o art. 3º, III c/c ar gos dos direitos sociais.
A redução das desigualdades no plano fá co exige um tratamento jurídico desigual.
Igualdade perante a lei: está relacionada ao momento de aplicação da lei. Dirige-se ao
Execu vo e a Judiciário.
Igualdade na lei: refere-se ao momento de elaboração da lei. Dirige-se sobretudo ao
legislador.

OBSERVAÇÃO:

não obstante a CF/88 dizer que “todos são iguais perante a lei” não há dúvidas que este
princípio é dirigido a todos os Poder Públicos, especialmente ao legislador. STF AI 360461- Agr.

b) Igualdade X Princípio da eficiência da administração pública: A Cons tuição proíbe


que seja criado critério de admissão por mo vo de sexo, idade, estado civil, etc, conforme art.7º,
XXX, CF.

É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

Art.7º, XXX, CF - Proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério


de admissão por mo vo de sexo, idade, cor ou estado civil.

É importante notar, contudo, que em alguns casos, o STF admite que seja estabelecida
diferenciação de critérios de admissão em concursos públicos, critérios estes relacionados à
mo vo de idade, sexo, estado civil, etc, sem que isso seja incons tucional. Mas, atenção! Essa
diferenciação só poderá exis r quando ela for feita para promover o princípio da eficiência da
Administração Pública.
c) Igualdade X licença maternidade e licença paternidade:

Art.7º, XVIII, CF - Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a


duração de cento e vinte dias;
Art.10, §1º, ADCT - Até que a lei venha a disciplinar o disposto no art. 7º, XIX, da
Cons tuição, o prazo da licença paternidade a que se refere o inciso é de cinco dias.

d) Igualdade X requisitos de aposentadoria urbana e rural: Art.201, §7º, CF.


8 5
7-

Art.201 § 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos


53

termos da lei, obedecidas as seguintes condições: (Redação dada pela Emenda 36


3.

Cons tucional nº 20, de 1998)


33

I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se


mulher; (Incluído dada pela Emenda Cons tucional nº 20, de 1998)
4.

II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher,


12

reduzido em cinco anos o limite para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para
os que exerçam suas a vidades em regime de economia familiar, nestes incluídos o
produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal. (Incluído dada pela Emenda
Cons tucional nº 20, de 1998)

e) Ações afirma vas (discriminações posi vas): a igualdade material está ligada às
ações afirma vas. Sistema de cotas é apenas uma das espécies de ações afirma vas, não é
sinônimo. Programas de crédito, concessão de bolsas de estudo, cursinhos pré-ves bulares são
programas de ações afirma vas. Elas têm caracterís cas importantes:
- consistem em polí cas públicas ou programas privados.
- geralmente de caráter temporário: não são medidas defini vas, mas temporárias,
para resolver problemas momentâneos, salvo situações excepcionais: ações afirma vas no caso
dos índios não tem obje vo temporário, pois o obje vo não é igualar.
- com a finalidade de reduzir desigualdades fá cas exorbitantes
- decorrentes de uma hipossuficiência sica ou econômica
- ou de discriminações por meio da concessão de algum po de vantagem
compensatória.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

Informa vo 663 STF: O sistema de cotas em universidades públicas, com base em critério
étnico-racial, é CONSTITUCIONAL. No entanto, as polí cas de ação afirma va baseadas no
critério racial possuem natureza transitória.

Argumentos Contrários ao sistema de cotas:


1) O sistema de cotas viola o mérito, que é o critério republicano (argumento u lizado
pelos Democratas). A Cons tuição prevê, no seu ar go 208, V, um critério republicano de acesso
às universidades públicas, que é o critério do mérito. A “capacidade de cada um” é o mérito.

Art. 208, CF - O dever do Estado com a educação será efe vado mediante a garan a de:
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação ar s ca,
segundo a capacidade de cada um;

Nesse raciocínio, quando se cria um sistema de cotas, viola-se o critério do mérito, pois
uma pessoa que consegue uma nota maior fica afastada da vaga por uma outra que ingressa na
faculdade somente por se enquadrar em uma determinada categoria.
8 5
2) Viola a igualdade formal por criar uma “discriminação reversa”. As ações afirma vas,
7-

de uma forma geral, interferem na igualdade formal, pois se está estabelecendo uma
53

desigualdade de tratamento. E isso estaria discriminando a pessoas que não fazem parte de um 37
3.

determinado grupo. Os direitos devem ser garan dos ao indivíduo, e não a um grupo ao qual
33

este indivíduo pertence.


4.

3) Argumento Polí co: Trata-se de uma medida imedia sta e inapropriada. Isto porque
12

a polí ca de cotas não resolve o problema da desigualdade social e educacional em sua base. Ela
apenas encobre o problema, resolvendo-o de forma imedia sta, sem solucioná-lo de verdade.
Marcelo Novelino admite que esse argumento tem até uma certa razão. Mas, segundo ele, o
problema é que “resolver defini vamente o problema da desigualdade”, corrigindo a base do
sistema educacional, leva certo tempo, e, enquanto isso, o estado não pode deixar de lado as
pessoas que hoje estão numa situação inferior. Não se pode negar a essas pessoas uma
prestação posi va só porque elas nasceram nessa época em que o problema na base ainda não
foi resolvido. É preciso conferir uma proteção imediata a essas pessoas, para que, com relação a
elas, as distorções também sejam corrigidas.
4) Fomentaria o racismo e o ódio. Estabelecer um sistema de cotas para pessoas negras
acabaria servindo para fomentar o racismo, criando uma ideia, pela sociedade, de que aquelas
pessoas par cipantes das cotas não teriam condições de ingressar nas universidades por seus
próprios méritos.
5) Privilegiaria os negros de classe média alta. No Brasil, dever-se-ia adotar um sistema
que levasse em conta a condição social do indivíduo, e não a cor da pele. Inclusive, alguns
representantes dos negros adotaram também esse raciocínio.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

Argumentos Favoráveis ao sistema de cotas:


1) Argumento de Jus ça Compensatória. É um argumento baseado na re ficação de
injus ças e falhas come das no passado contra indivíduos ou grupos, seja pelo governo seja por
par culares. Compensa-se hoje uma injus ça pra cada no passado. O sistema seria uma
tenta va de corrigir uma distorção histórica. Esse argumento foi citado por Luiz Fux na ADPF
186. (O problema é que esse argumento leva à injus ça para as pessoas do presente).
2) Argumento de Jus ça distribu va. Tem por obje vo a promoção de oportunidades
para aqueles que não conseguem se fazer representar de maneira igualitária. Ou seja, esse
argumento é no sen do de concre zar o princípio da igualdade em sua dimensão material.
Dworkin cita que essa questão, quando foi deba da nos EUA, na década de 1970. Nessa época,
apenas 2,1% dos médicos norte-americanos eram negros. Dworkin argumentava, ques onando
como um negro poderia se imaginar como médico se não havia nenhum médico negro? Dentre
os ministros que u lizaram esse argumento na ADPF 186, estão os ministros Gilmar Mendes,
Carmen Lúcia, Marco Aurélio e Carlos Ayres Brito.
8 5
3) Promoção da Diversidade. O principal argumento foi o de que o sistema de cotas
7-

serve para promover a diversidade. A medida será cons tucional quando contribuir para o
53

surgimento de uma sociedade mais diversificada, aberta, tolerante, miscigenada e 38


3.

mul cultural. O acesso aos negros é bom para todos, inclusive, para que os brancos convivam
33

com outros pos de pessoas. Adotaram esse argumento Lewandowski, Cezar Peluso, Rosa
4.

Weber.
12

f) Dis nção entre homens e mulheres:

Art.5º, I, CF - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta
Cons tuição;

Pode a lei fazer alguma dis nção entre homens e mulheres que não esteja expressa no
texto cons tucional? Admite-se que a lei estabeleça uma diferença de tratamento desde que
seja para promover outros princípios de hierarquia cons tucional como, por exemplo, a
igualdade material (para reduzir desníveis existentes).
Ex. Lei Maria da Penha.

1.7.5. DIREITO DE LIBERDADE

a) Introdução: há uma diferença entre as ideias de liberdade, com relação à:


“Liberdade nega va/ liberdade civil/ liberdade de agir ou liberdade dos modernos”:
ausência de constrangimento/impedimento pelo Estado. Está dentro da esfera da liberdade de
agir do indivíduo.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

“Liberdade posi va/ liberdade polí ca/ liberdade de querer/ liberdade dos an gos”:
polí ca no sen do de fazer escolhas, é a liberdade de querer ou liberdade dos an gos. É a
situação na qual um sujeito tem a possibilidade de orientar o seu próprio querer no sen do de
uma finalidade sem ser determinado pelo querer dos outros. Autodeterminação, autonomia da
vontade.
b) Liberdade de manifestação do pensamento:
→ Âmbito de proteção:

Art.5º, IV, CF - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

O ser humano não se contenta apenas em ter suas próprias opiniões, em muitos casos
ele quer expressá-las e até mesmo fazer o proseli smo. Por isso a CF estabelece o direito à
liberdade de pensamento.
Teoria democrá ca: de acordo com esta teoria a finalidade desse direito é assegurar a
livre compe ção no “mercado de ideias” (Oliver Wendell Holmes – Ministro da Suprema Corte
8 5
norte americana). Muito u lizada pelo STF. “O melhor teste da verdade é capacidade do
7-

pensamento de se fazer aceito na compe ção do mercado.”


53

39
→ Liberdade de manifestação do pensamento X vedação do anonimato: A pessoa pode
3.

manifestar o seu pensamento, mas precisa se iden ficar. A finalidade da CF, ao vedar o anonimato,
33

é evitar manifestações abusivas do pensamento e iden ficar os responsáveis por elas.


4.
12

Art.5º, V, CF - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da


indenização por dano material, moral ou à imagem;

Ques onamentos em relação à vedação do anonimato:


Disque denúncia (denúncia anônima) serve como prova processual, uma vez que a
Cons tuição veda o anonimato?
Não é instrumento apto para ser u lizado como prova. A denúncia em si não pode ser
u lizada como prova, mas pode ser u lizada para levar a informação à autoridade competente,
que vai ter conhecimento de possível ato ilícito. A inves gação fica contaminada pela ilicitude da
denúncia? Segundo o STF, a inves gação é autônoma em relação à denúncia; não há
contaminação. STF MS 24.369
Bilhetes ou cartas apócrifos (sem assinatura) servem como prova?
Em regra não.
Exceções: O STF admite quando o bilhete cons tui o próprio corpo de delito do crime
(ex: carta injuriosa é o corpo de delito do crime contra a honra, logo é válida). Outra hipótese que
o STF admite, dá-se quando o bilhete sem assinatura é produzido pelo próprio acusado (ex:
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

bilhete que o sequestrador pede o resgate). Claro que a u lização do elemento como prova
dependerá de perícia etc.
a) Liberdade de informação:
→ Âmbito de proteção:

Art. 5º, XIV - é assegurado a todos o acesso à INFORMAÇÃO e resguardado o sigilo da


fonte, quando necessário ao exercício profissional;
Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob
qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o
disposto nesta Cons tuição.

→ Liberdade de informação jornalís ca: A CF não recepcionou o art. 4º do DL 972/69, o


qual exige diploma de curso superior de jornalismo para o exercício da profissão. O STF decidiu
não vincular o exercício do jornalismo ao diploma, para não impedir tais direitos.
b) Liberdade de consciência, crença e culto: 5
8
→ Âmbito de proteção: Art. 5º, incisos VI a VIII, CF:
7-

Art.5º VI, CF - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o


53

livre exercício dos cultos religiosos e garan da, na forma da lei, a proteção aos locais de 40
3.

culto e a suas liturgias;


33

Liberdade de culto: O culto é uma exteriorização da crença. Os locais de cultos


4.

religiosos/ templos são protegidos cons tucionalmente – imunidade fiscal (art.150, VI, b, CF).
12

Liberdade de crença: Liberdade de acreditar em uma determinada concepção religiosa.


Liberdade de consciência: É a mais ampla das três, englobando a de crença, que pode ser
crer ou não em algo (engloba outros aspectos como convicções filosóficas, polí cas, morais, etc).
→ Liberdade de consciência, crença e culto: Desde o advento da República, o Estado
brasileiro é considerado um Estado LAICO, não confessional ou secular.
Estado Laico é aquele que não tem religião oficial. Há uma separação entre Estado e Igreja.
→ Escusa de consciência:

Art.5º, VIII, CF - ninguém será privado de direitos por mo vo de crença religiosa ou de


convicção filosófica ou polí ca, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a
todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alterna va, fixada em lei;

Ela engloba não apenas a objeção de consciência em relação à religião, mas também
em relação a questões polí cas e filosóficas, como nos seguintes exemplos.
Ex. Nos países em que o aborto é legalizado, o médico pode alegar escusa de
consciência para se recusar a fazer o aborto.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

Qualquer um pode alegar amplamente a escusa de consciência. Quando se trata de


uma obrigação legal imposta a todos (ou a todos de um determinado grupo, como, por exemplo,
ex. voto; serviço militar obrigatório), a pessoa pode alegar a escusa de consciência para deixar de
cumprir a obrigação legal.
Mas, atenção! Para isso, ela tem que cumprir uma prestação alterna va. Por outro
lado, se não houver a lei estabelecendo a prestação alterna va, a pessoa pode alegar
amplamente o impera vo de consciência.
Se a pessoa se recusa a cumprir a obrigação legal imposta a todos, também, se recusa a
cumprir a prestação alterna va fixada em lei, a sanção será a suspensão dos seus direitos
polí cos, nos termos do art.5º, IV, CF:

Art. 15, CF - É vedada a cassação de direitos polí cos, cuja perda ou suspensão só se
dará nos casos de:
(...)
5
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alterna va, nos termos
8
do art. 5º, VIII;
7-
53

Impera vo de consciência é objeção de consciência ou escusa de consciência (art. 5º, 41


3.

VI). Se não houver obrigação legal pode ser alegada. A objeção deve ser algo que realmente seria
33

um tormento moral para a pessoa cumprir, de modo que seria inconcebível o Estado violar a
própria consciência da pessoa.
4.
12

1.7.6. DIREITO DE PROPRIEDADE

a) âmbito de proteção:
Art.5º, XXII, CF - é garan do o direito de propriedade;

Alguns cons tucionalistas e também José Afonso da Silva sustentam que o direito de
propriedade pertence ao direito público. Como possui sede cons tucional, o regime é de direito público.
b) intervenções ilegí mas ao direito de propriedade: há dois entendimentos do STF,
nos quais ele considera que há uma intervenção ilegí ma do direito de propriedade:
Invasões de terras pelo MST: São ilegí mas as invasões de terra promovidas por
movimentos sociais organizados, ainda que a pretexto de fomentar a reforma agrária (STF, ADI-
MC 2.213).
Re rada arbitrária – desapropriação – da propriedade sem o devido processo legal: O
não cumprimento da função social não autoriza a re rada arbitrária da propriedade, sem o
devido processo legal. Então, mesmo para fins de reforma agrária será necessário o devido
processo legal para a desapropriação (STF, MS 23.949).

É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

c) Restrições ao direito de propriedade:


→ Princípio da função social da propriedade:

Art.5º, XXIII, CF - a propriedade atenderá a sua função social;

A Cons tuição, quando fala de “função social”, dis ngue a função social da
propriedade urbana da função social da propriedade rural.
A Função social da propriedade se divide em urbana (art. 182, p. 2º) e rural (art. 186).
Requisitos para cumprimento da função social da propriedade da propriedade urbana: definido
pelo Plano Diretor.
A CF prevê os requisitos para o cumprimento da função social da propriedade rural,
mas é necessário lei regulamentadora. Penalidade: desapropriação-sanção. No caso de imóvel
o
urbano: art. 182, § 4 , III, CF. No caso de p. rural: art, 184, CF. MS 26.182.
Segundo José Afonso da Silva, o Estado só garante o direito de propriedade se ela 5
cumprir a função social.
8
7-

→ Desapropriação (art.5º, XXIV, CF) e Requisições Civil (art.5º, XXV) e Militar em


53

tempos de guerra (art.139, VII, CF): 42


3.

Desapropriação
33

ü Art.5º, XXIV, CF - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por


4.

necessidade ou u lidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia


12

indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Cons tuição (as


ressalvas são apenas duas: desapropriação-sanção da propriedade urbana e
rural – arts. 182, §4º e 184, CF).Trata-se de uma restrição indireta, pois é a lei que
estabelecerá a restrição.
ü Refere-se a bens.
ü Refere-se a aquisição da propriedade. O bem é re rado de uma pessoa e
transferido para outra. Há uma mudança do proprietário do bem.
ü Refere-se a necessidades permanentes.
ü Acordo ou Decisão Judicial
ü Sempre indenizável (indenização justa e prévia) e, em regra, paga em dinheiro.
Requisição civil e Requisição militar:
ü Art.5º, XXV, CF - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente
poderá usar de propriedade par cular, assegurada ao proprietário indenização
ulterior, se houver dano;

É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

ü Art. 139, CF - Na vigência do estado de sí o decretado com fundamento no art.


137, I, só poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas:
VII - requisição de bens.
Aplica-se aos dois pos de requisição:
ü Refere-se a bens e serviços.
Ex. Requisição de uma área. Requisição de serviço médico, por exemplo.
ü Uso ou ocupação temporária. Não há mudança de propriedade. O bem é apenas
u lizado por outrem.
Ex. há um sequestro em uma casa e as negociações da polícia com os bandidos
começam a demorar muito. O poder público pode requisitar a casa vizinha para que os policiais
nela se instalem temporariamente e, ali instalados, con nuem as negociações para a libertação
da ví ma.
ü Refere-se a necessidades temporárias ou transitórias. Aqui, há uma situação
8 5
momentânea emergencial, em que torna necessária a u lização de determinado
7-

bem ou serviço.
53

43
ü Autoexecutoriedade.
3.
33

ü Só é indenizável se houver dano.


4.

ü Indenização sempre posterior (na requisição a situação é emergencial, e só se


12

houver dano. Ademais, é necessário aferir a extensão do dano para que se possa
indenizar o proprietário do bem).
→ Confisco (art.243, CF) – desapropriação confiscatória:

Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem
localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo
na forma da lei serão expropriadas e des nadas à reforma agrária e a programas de
habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras
sanções previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5º. (Redação
dada pela Emenda Cons tucional nº 81, de 2014)
Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência
do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e da exploração de trabalho escravo
será confiscado e reverterá a fundo especial com des nação específica, na forma da lei.

O STF entendeu que expropriação de terras u lizadas para o cul vo de plantas


psicotrópicas, será de toda a gleba, mesmo que a parte u lizada seja pouca e o resto seja
u lizado para cul var outros alimentos.
Expropriação é o procedimento de re rada da propriedade.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

Exemplos de bens confiscados oriundos do tráfico: Abadia.


→ Usucapião: A CF/88 prevê duas formas da chamada usucapião especial ou
cons tucional.
Usucapião especial de Imóvel urbano (pró-moradia ou pro misero): Art. 183 CF

Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinquenta
metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, u lizando-a
para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja
proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
§ 1º O tulo de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher,
ou a ambos, independentemente do estado civil.
§ 2º Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
§ 3º Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.

Usucapião especial de Imóvel rural (pro labore): Art. 191. CF


5
Art. 191. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como
8
seu, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não
7-

superior a cinqüenta hectares, tornando-a produ va por seu trabalho ou de sua


53

família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade. 44


3.

Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.


33

Os prazos de posse do bem previstos na CF são menores (05 anos) que os do CC (05, 10,
4.

15...), por se tratar de modalidade especial de usucapião. Por isso, os requisitos são mais
12

profundos para que a pessoa adquira o imóvel.


Caracterís cas comuns:
Requisitos tradicionais: Posse por cinco anos mansa, pacífica, ininterrupta, precária
(não pode ser um comodato, por exemplo).
Requisitos especiais:
*Usar o imóvel para moradia;
*Necessidade de não ter outro imóvel (urbano ou rural).
* Metragem máxima: Urbano: 250m²; Rural: 50hec.
Por fim, no imóvel rural ainda é necessário que torne a propriedade produ va com seu
trabalho ou de sua família.
Imóveis públicos não podem ser adquiridos por usucapião (art. 183, §3º e 191,
parágrafo único).

É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

2. LEGISLAÇÃO
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 5º, CF - Todos são iguais perante a lei, sem dis nção de qualquer natureza, garan ndo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
Art. 5º, § 1º - As normas definidoras dos direitos e garan as fundamentais têm aplicação imediata.
Art. 5º, § 2º, CF: Os direitos e garan as expressos (direitos fundamentais) nesta Cons tuição não excluem
outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a
República Federa va do Brasil seja parte.
Art. 5º, § 3º, CF Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados,
em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respec vos
membros, serão equivalentes às emendas cons tucionais.
Art. 1º A República Federa va do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, cons tui-se em Estado Democrá co de Direito e tem como fundamentos: 5
8
I - a soberania;
7-

II - a cidadania;
53

III - a dignidade da pessoa humana;


45
3.
33

IV - os valores sociais do trabalho e da livre inicia va;


V - o pluralismo polí co.
4.
12

Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos desta Cons tuição.
CF Art. 5º
XLVII - não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
Art. 84. Compete priva vamente ao Presidente da República:
XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou
referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legisla vas, e, nas mesmas condições,
decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional;
Art.5º, X, CF - são invioláveis a in midade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o
direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
Art. 5º, XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das
comunicações telefônicas, salvo, no úl mo caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei
estabelecer para fins de inves gação criminal ou instrução processual penal;
Art.7º, XVIII, CF - Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e
vinte dias;
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

Art.10, §1º, ADCT - Até que a lei venha a disciplinar o disposto no art. 7º, XIX, da Cons tuição, o prazo da
licença paternidade a que se refere o inciso é de cinco dias.
Art.201 § 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei,
obedecidas as seguintes condições: (Redação dada pela Emenda Cons tucional nº 20, de 1998)
I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher; (Incluído dada
pela Emenda Cons tucional nº 20, de 1998)
II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, reduzido em cinco
anos o limite para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam suas a vidades em
regime de economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal.
(Incluído dada pela Emenda Cons tucional nº 20, de 1998)
Art. 208, CF - O dever do Estado com a educação será efe vado mediante a garan a de:
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação ar s ca, segundo a capacidade de
cada um;
Art.5º, IV, CF - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; 5
8
Art.5º, V, CF - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano
7-

material, moral ou à imagem;


53

Art. 5º, XIV - é assegurado a todos o acesso à INFORMAÇÃO e resguardado o sigilo da fonte, quando 46
3.

necessário ao exercício profissional;


33

Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma,
4.

processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Cons tuição.
12

Art.5º VI, CF - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos
cultos religiosos e garan da, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
Art.5º, VIII, CF - ninguém será privado de direitos por mo vo de crença religiosa ou de convicção filosófica
ou polí ca, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir
prestação alterna va, fixada em lei;
Art. 15, CF - É vedada a cassação de direitos polí cos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos
de:
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alterna va, nos termos do art. 5º, VIII;
Art.5º, XXII, CF - é garan do o direito de propriedade;
Art.5º, XXIII, CF - a propriedade atenderá a sua função social;
Art. 243, CF - As glebas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas
psicotrópicas serão imediatamente expropriadas (procedimento de re rada da propriedade) e
especificamente des nadas ao assentamento de colonos, para o cul vo de produtos alimen cios e
medicamentosos, sem qualquer indenização ao proprietário (por isso é confisco!) e sem prejuízo de
outras sanções previstas em lei.
Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados, por
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, u lizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-
lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
§ 1º O tulo de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos,
independentemente do estado civil.
§ 2º Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
§ 3º Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
Art. 191. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como seu, por cinco anos
ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não superior a cinqüenta hectares, tornando-a
produ va por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.

CÓDIGO CIVIL
Art. 57, CC - A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim reconhecida em
procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos termos previstos no estatuto. (Redação
5
dada pela Lei nº 11.127, de 2005).
8
7-

CÓDIGO PENAL
53

CP Art. 128 - Não se pune o aborto pra cado por médico: 47


3.

Aborto necessário
33

I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante;


4.

CP Art. 128 - Não se pune o aborto pra cado por médico:


12

II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consen mento da gestante ou, quando
incapaz, de seu representante legal.

É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

3. JURISPRUDÊNCIA

RE 466.343 - EMENTA: PRISÃO CIVIL. Depósito. Depositário infiel. Alienação fiduciária.


Decretação da medida coerci va. Inadmissibilidade absoluta. Insubsistência da previsão
cons tucional e das normas subalternas. Interpretação do art. 5º, inc. LXVII e §§ 1º, 2º e 3º, da
CF, à luz do art. 7º, § 7, da Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de San José da
Costa Rica). Recurso improvido. Julgamento conjunto do RE nº 349.703 e dos HCs nº 87.585 e nº
92.566. É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de deposito.
EMENTA RE 161.243: CONSTITUCIONAL. TRABALHO. PRINCÍPIO DA IGUALDADE. TRABALHADOR
BRASILEIRO EMPREGADO DE EMPRESA ESTRANGEIRA: ESTATUTOS DO PESSOAL DESTA:
APLICABILIDADE AO TRABALHADOR ESTRANGEIRO E AO TRABALHADOR BRASILEIRO. C.F., 1967,
art. 153, § 1º; C.F., 1988, art. 5º, caput. I. - Ao recorrente, por não ser francês, não obstante
trabalhar para a empresa francesa, no Brasil, não foi aplicado o Estatuto do Pessoal da Empresa,
que concede vantagens aos empregados, cuja aplicabilidade seria restrita ao empregado de 5
nacionalidade francesa. Ofensa ao princípio da igualdade: C.F., 1967, art. 153, § 1º; C.F., 1988,
8
7-

art. 5º, caput). II. - A discriminação que se baseia em atributo, qualidade, nota intrínseca ou
53

extrínseca do indivíduo, como o sexo, a raça, a nacionalidade, o credo religioso, etc., é


48
incons tucional. III. - Fatores que autorizariam a desigualização não ocorrentes no caso. IV. - R.E.
3.

conhecido e provido.
33

RE 158.215 – Quando essa decisão foi proferida, ainda não exis a o art.57, do CC. Nesse caso,
4.
12

alguns membros da coopera va foram expulsos pelos dirigentes. Os associados recorreram ao


judiciário e o caso foi parar no STF. Para o caso poder ser analisado pelo STF, a Corte entendeu
que a ampla defesa deveria ser aplicada nas relações privadas, no âmbito de associações. Se o
STF não admi sse a eficácia horizontal direta dos direitos fundamentais, o caso não poderia ter
sido por ele analisado, já que se entenderia que a questão era infracons tucional, ligada à
análise do estatuto.
EMENTA RE 158.215 - DEFESA - DEVIDO PROCESSO LEGAL - INCISO LV DO ROL DAS GARANTIAS
CONSTITUCIONAIS - EXAME - LEGISLAÇÃO COMUM. A intangibilidade do preceito cons tucional
assegurador do devido processo legal direciona ao exame da legislação comum. Daí a
insubsistência da óp ca segundo a qual a violência à CF, suficiente a ensejar o conhecimento de
extraordinário, há de ser direta e frontal. Entendimento diverso implica relegar à inocuidade
dois princípios básicos em um Estado Democrá co de Direito - o da legalidade e do devido
processo legal, com a garan a da ampla defesa, sempre a pressuporem a consideração de
normas estritamente legais. COOPERATIVA - EXCLUSÃO DE ASSOCIADO - CARÁTER PUNITIVO-
DEVIDO PROCESSO LEGAL. Na hipótese de exclusão de associado decorrente de conduta
contrária aos estatutos, impõe-se a observância ao devido processo legal, viabilizado o exercício
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

amplo da defesa. Simples desafio do associado à assembleia geral, no que toca à exclusão, não é
de molde a atrair adoção de processo sumário. Observância obrigatória do próprio estatuto da
coopera va.
É lícito ao Poder Judiciário impor à Administração Pública obrigação de fazer, consistente na
promoção de medidas ou na execução de obras emergenciais em estabelecimentos prisionais
para dar efe vidade ao postulado da dignidade da pessoa humana e assegurar aos detentos o
respeito à sua integridade sica e moral, nos termos do que preceitua o art. 5º, XLIX, da CF, não
sendo oponível à decisão o argumento da reserva do possível nem o princípio da separação dos
poderes. STF. Plenário. RE 592581/RS, rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 13/8/2015
(Info 794).
O Estado de Coisas Incons tucional ocorre quando verifica-se a existência de um quadro de
violação generalizada e sistêmica de direitos fundamentais, causado pela inércia ou
incapacidade reiterada e persistente das autoridades públicas em modificar a conjuntura, de
modo que apenas transformações estruturais da atuação do Poder Público e a atuação de uma
8 5
pluralidade de autoridades podem modificar a situação incons tucional. O STF reconheceu que
7-

o sistema penitenciário brasileiro vive um "Estado de Coisas Incons tucional", com uma
53

violação generalizada de direitos fundamentais dos presos. As penas priva vas de liberdade 49
3.

aplicadas nos presídios acabam sendo penas cruéis e desumanas. Vale ressaltar que a
33

responsabilidade por essa situação deve ser atribuída aos três Poderes (Legisla vo, Execu vo e
4.

Judiciário), tanto da União como dos Estados-Membros e do Distrito Federal. A ausência de


12

medidas legisla vas, administra vas e orçamentárias eficazes representa uma verdadeira "falha
estrutural" que gera ofensa aos direitos dos presos, além da perpetuação e do agravamento da
situação. Assim, cabe ao STF o papel de re rar os demais poderes da inércia, coordenar ações
visando a resolver o problema e monitorar os resultados alcançados. Na ADPF havia outros
pedidos, mas estes foram indeferidos, pelo menos na análise da medida cautelar. STF. Plenário.
ADPF 347 MC/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 9/9/2015 (Info 798). Diante disso, o STF,
em ADPF, concedeu parcialmente medida cautelar determinando que:
- juízes e Tribunais de todo o país implementem, no prazo máximo de 90 dias, a audiência de
custódia;
- a União libere, sem qualquer po de limitação, o saldo acumulado do Fundo Penitenciário
Nacional para u lização na finalidade para a qual foi criado, proibindo a realização de novos
con ngenciamentos.
STF. Plenário. RE 603616/RO, Rel. Gilmar Mendes, julgado em 4 e 5/11/2015 (repercussão
geral). A entrada forçada em domicílio sem mandado judicial só é lícita, mesmo em período
noturno, quando amparada em fundadas razoes, devidamente jus ficadas “a posteriori”, que

É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

indiquem que dentro da casa ocorre situação de flagrante delito, sob pena de responsabilidade
disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade, e de nulidade dos atos pra cados.
 Ementa AI 560.223- Ag.R: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO.
GRAVAÇÃO AMBIENTAL FEITA POR UM INTERLOCUTOR SEM CONHECIMENTO DOS OUTROS:
CONSTI-TUCIONALIDADE. AUSENTE CAUSA LEGAL DE SIGILO DO CONTEÚDO DO DIÁLOGO.
PRECEDENTES. 1. A gravação ambiental meramente clandes na, realizada por um dos
interlocutores, não se confunde com a interceptação, objeto cláusula cons tucional de reserva
de jurisdição. 2. É lícita a prova consistente em gravação de conversa telefônica realizada por um
dos interlocutores, sem conhecimento do outro, se não há causa legal específica de sigilo nem
de reserva da conversação. Precedentes. 3. Agravo regimental desprovido.
 EMENTA ADI 3.443: CONSTITUCIONAL. CONCURSO PÚBLICO. REGULAMENTO nº
7/2004, DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO, INCISOS I E II DO ART. 31.
PROVA DE TÍTULOS: EXERCÍCIO DE FUNÇÕES PÚBLICAS. I. - Viola o princípio cons tucional da
isonomia norma que estabelece como tulo o mero exercício de função pública. II. - ADI
8 5
julgada procedente, em parte.
7-

 EMENTA RE 161.243: CONSTITUCIONAL. TRABALHO. PRINCÍPIO DA IGUALDADE. TRABA-


53

LHADOR BRASILEIRO EMPREGADO DE EMPRESA ESTRANGEIRA: ESTATUTOS DO PESSOAL DESTA: 50


3.

APLICABILIDADE AO TRABALHADOR ESTRANGEIRO E AO TRABALHADOR BRASILEIRO. C.F., 1967,


33

art. 153, § 1º; C.F., 1988, art. 5º, caput. I. - Ao recorrente, por não ser francês, não obstante
4.

trabalhar para a empresa francesa, no Brasil, não foi aplicado o Estatuto do Pessoal da Empresa,
12

que concede vantagens aos empregados, cuja aplicabilidade seria restrita ao empregado de
nacionalidade francesa. Ofensa ao princípio da igualdade: C.F., 1967, art. 153, § 1º; C.F., 1988,
art. 5º, caput). II. - A discriminação que se baseia em atributo, qualidade, nota intrínseca ou
extrínseca do indivíduo, como o sexo, a raça, a nacionalidade, o credo religioso, etc., é
incons tucional. Precedente do STF: Ag 110.846(AgRg)-PR, Célio Borja, RTJ 119/465. III. -
Fatores que autorizariam a desigualização não ocorrentes no caso. IV. - R.E. conhecido e provido.
 EMENTA RE 307.112: 1. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Concurso público
para policial militar. Limitação de idade. Edital que fixa idade limite para o ingresso na
corporação, o que a Lei ordinária (L. 7.289/84), não restringiu. Jurisprudência assentada.
Ausência de razões novas. Decisão man da.
 EMENTA HC 106.212: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA – ARTIGO 41 DA LEI Nº 11.340/06 –
ALCANCE. O preceito do ar go 41 da Lei nº 11.340/06 alcança toda e qualquer prá ca delituosa
contra a mulher, até mesmo quando consubstancia contravenção penal, como é a rela va a vias
de fato. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA – ARTIGO 41 DA LEI Nº 11.340/06 – AFASTAMENTO DA LEI Nº
9.099/95 – CONSTITUCIONALIDADE. Ante a opção polí co-norma va prevista no ar go 98,

É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

inciso I, e a proteção versada no ar go 226, § 8º, ambos da Cons tuição Federal, surge
harmônico com esta úl ma o afastamento peremptório da Lei nº 9.099/95 – mediante o ar go
41 da Lei nº 11.340/06 – no processo-crime a revelar violência contra a mulher.
 EMENTA INQ 1.957: PENAL. PROCESSUAL PENAL. MINISTÉRIO PÚBLICO: INVESTIGAÇÃO:
INQÚERITO POLICIAL. CRIME DE DISPENSA IRREGULAR DE LICITAÇÃO. LEI 8.666/93, art. 24, XIII,
art. 89, art. 116. I. - A instauração de inquérito policial não é imprescindível à propositura da ação
penal pública, podendo o Ministério Público valer-se de outros elementos de prova para formar
sua convicção. II. - Não há impedimento para que o agente do Ministério Público efetue a
colheita de determinados depoimentos, quando, tendo conhecimento fá co do indício de
autoria e da materialidade do crime, ver no cia, diretamente, de algum fato que merecesse ser
elucidado. III. - Convênios firmados: licitação dispensável: Lei 8.666/93, art. 24, XIII. Conduta
a pica. IV. - Ação penal julgada improcedente rela vamente ao crime do art. 89 da Lei 8.666/93.
 EMENTA ADI-MC 2.213: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - A QUESTÃO DO
ABUSO PRESIDENCIAL NA EDIÇÃO DE MEDIDAS PROVISÓRIAS - POSSIBILIDADE DE CONTROLE
8 5
JURISDICIONAL DOS PRESSUPOSTOS CONSTITUCIONAIS DA URGÊNCIA E DA RELEVÂNCIA (CF,
7-

ART. 62, CAPUT) - REFORMA AGRÁRIA -NECESSIDADE DE SUA IMPLEMENTAÇÃO - INVASÃO DE


53

IMÓVEIS RURAIS PRIVADOS E DE PRÉDIOS PÚBLICOS - INADMISSIBILIDADE - ILICITUDE DO 51


3.

ESBULHO POSSESSÓRIO - LEGITIMIDADE DA REAÇÃO ESTATAL AOS ATOS DE VIOLAÇÃO


33

POSSESSÓRIA - RECONHECIMENTO, EM JUÍZO DE DELIBAÇÃO, DA VALIDADE CONSTITUCIONAL


4.

DA MP Nº 2.027-38/2000, REEDITADA, PELA ÚLTIMA VEZ, COMO MP Nº 2.183-56/2001 -


12

INOCORRÊNCIA DE NOVA HIPÓTESE DE INEXPROPRIABILIDADE DE IMÓVEIS RURAIS - MEDIDA


PROVISÓRIA QUE SE DESTINA, TÃO-SOMENTE, A INIBIR PRÁTICAS DE TRANSGRESSÃO À
AUTORIDADE DAS LEIS E À INTEGRIDADE DA CF -ARGÜIÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE
INSUFICIENTEMENTE FUNDAMENTADA QUANTO A UMA DAS NORMAS EM EXAME -
INVIABILIDADE DA IMPUGNAÇÃO GENÉRICA - CONSEQÜENTE INCOGNOSCIBILIDADE PARCIAL
DA AÇÃO DIRETA -PEDIDO DE MEDIDA CAUTELAR CONHECIDO EM PARTE E, NESSA PARTE,
INDEFERIDO. POSSIBILIDADE DE CONTROLE JURISDICIONAL DOS PRESSUPOSTOS
CONSTITUCIONAIS (URGÊNCIA E RELEVÂNCIA) QUE CONDICIONAM A EDIÇÃO DE MEDIDAS
PROVISÓRIAS. (...) RELEVÂNCIA DA QUESTÃO FUNDIÁRIA - O CARÁTER RELATIVO DO DIREITO DE
PROPRIEDADE - A FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE- IMPORTÂNCIA DO PROCESSO DE
REFORMA AGRÁRIA - NECESSIDADE DE NEUTRALIZAR O ESBULHO POSSESSÓRIO PRATICADO
CONTRA BENS PÚBLICOS E CONTRA A PROPRIEDADE PRIVADA - A PRIMAZIA DAS LEIS E DA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO.- O direito de
propriedade não se reveste de caráter absoluto, eis que, sobre ele, pesa grave hipoteca social, a
significar que, descumprida a função social que lhe é inerente (CF, art. 5º, XXIII), legi mar-se-á a
intervenção estatal na esfera dominial privada, observados, contudo, para esse efeito, os
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

limites, as formas e os procedimentos fixados na própria Cons tuição da República.- O acesso à


terra, a solução dos conflitos sociais, o aproveitamento racional e adequado do imóvel rural, a
u lização apropriada dos recursos naturais disponíveis e a preservação do meio ambiente
cons tuem elementos de realização da função social da propriedade. A desapropriação, nesse
contexto - enquanto sanção cons tucional imponível ao descumprimento da função social da
propriedade - reflete importante instrumento des nado a dar conseqüência aos compromissos
assumidos pelo Estado na ordem econômica e social.- Incumbe, ao proprietário da terra, o dever
jurídico- -social de cul vá-la e de explorá-la adequadamente, sob pena de incidir nas disposições
cons tucionais e legais que sancionam os senhores de imóveis ociosos, não cul vados e/ou
improdu vos, pois só se tem por atendida a função social que condiciona o exercício do direito
de propriedade, quando o tular do domínio cumprir a obrigação (1) de favorecer o bem-estar
dos que na terra labutam; (2) de manter níveis sa sfatórios de produ vidade; (3) de assegurar a
conservação dos recursos naturais; e (4) de observar as disposições legais que regulam as justas
relações de trabalho entre os que possuem o domínio e aqueles que cul vam a propriedade. O 5
ESBULHO POSSESSÓRIO - MESMO TRATANDO-SE DE PROPRIEDADES ALEGADAMENTE
8
7-

IMPRODUTIVAS - CONSTITUI ATO REVESTIDO DE ILICITUDE JURÍDICA.-Revela-se contrária ao


53

Direito, porque cons tui a vidade à margem da lei, sem qualquer vinculação ao sistema
52
3.

jurídico, a conduta daqueles que - par culares, movimentos ou organizações sociais -visam,
33

pelo emprego arbitrário da força e pela ocupação ilícita de prédios públicos e de imóveis rurais, a
constranger, de modo autoritário, o Poder Público a promover ações expropriatórias, para efeito
4.

de execução do programa de reforma agrária.- O processo de reforma agrária, em uma


12

sociedade estruturada em bases democrá cas, não pode ser implementado pelo uso arbitrário
da força e pela prá ca de atos ilícitos de violação possessória, ainda que se cuide de imóveis
alegadamente improdu vos, notadamente porque a Cons tuição da República - ao amparar o
proprietário com a cláusula de garan a do direito de propriedade (CF, art. 5º, XXII) -proclama
que "ninguém será privado (...) de seus bens, sem o devido processo legal" (art. 5º, LIV).- O
respeito à lei e à autoridade da Cons tuição da República representa condição indispensável e
necessária ao exercício da liberdade e à prá ca responsável da cidadania, nada podendo
legi mar a ruptura da ordem jurídica, quer por atuação de movimentos sociais (qualquer que
seja o perfil ideológico que ostentem), quer por inicia va do Estado, ainda que se trate da
efe vação da reforma agrária, pois, mesmo esta, depende, para viabilizar-se
cons tucionalmente, da necessária observância dos princípios e diretrizes que estruturam o
ordenamento posi vo nacional.- O esbulho possessório, além de qualificar-se como ilícito civil,
também pode configurar situação reves da de picidade penal, caracterizando-se, desse
modo, como ato criminoso (CP, art. 161, § 1º, II; Lei nº 4.947/66, art. 20).- Os atos configuradores
de violação possessória, além de instaurarem situações impregnadas de inegável ilicitude civil e

É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

penal, traduzem hipóteses caracterizadoras de força maior, aptas, quando concretamente


ocorrentes, a infirmar a própria eficácia da declaração expropriatória. Precedentes. O RESPEITO
À LEI E A POSSIBILIDADE DE ACESSO À JURISDIÇÃO DO ESTADO (ATÉ MESMO PARA CONTESTAR A
VALIDADE JURÍDICA DA PRÓPRIA LEI) CONSTITUEM VALORES ESSENCIAIS E NECESSÁRIOS À
PRESERVAÇÃO DA ORDEM DEMOCRÁTICA.- (...) RECONHECIMENTO, EM JUÍZO DE DELIBAÇÃO,
DA LEGITIMIDADE CONSTITUCIONAL DA MP Nº 2.027-38/2000, REEDITADA, PELA ÚLTIMA VEZ,
COMO MP Nº 2.183-56/2001.- Não é lícito ao Estado aceitar, passivamente, a imposição, por
qualquer en dade ou movimento social organizado, de uma agenda polí co-social, quando
caracterizada por prá cas ilegí mas de invasão de propriedades rurais, em desafio inaceitável à
integridade e à autoridade da ordem jurídica.- O Supremo Tribunal Federal não pode validar
comportamentos ilícitos. Não deve chancelar, jurisdicionalmente, agressões incons tucionais
ao direito de propriedade e à posse de terceiros. Não pode considerar, nem deve reconhecer,
por isso mesmo, invasões ilegais da propriedade alheia ou atos de esbulho possessório como
instrumentos de legi mação da expropriação estatal de bens par culares, cuja submissão, a 5
qualquer programa de reforma agrária, supõe, para regularmente efe var-se, o estrito
8
7-

cumprimento das formas e dos requisitos previstos nas leis e na Cons tuição da República.- (...)
53

O sistema cons tucional não tolera a prá ca de atos, que, concre zadores de invasões
53
3.

fundiárias, culminam por gerar - considerada a própria ilicitude dessa conduta - grave situação
33

de insegurança jurídica, de intranqüilidade social e de instabilidade da ordem pública. AÇÃO


DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE E DEVER PROCESSUAL DE FUNDAMENTAR A
4.

IMPUGNAÇÃO.- Precedentes (RTJ 179/35-37, v.g.).


12

 EMENTA MS 23.949: REFORMA AGRÁRIA - DESAPROPRIAÇÃO-SANÇÃO (CF, ART. 184) -


VISTORIA PELO INCRA - NECESSIDADE DE NOTIFICAÇÃO PESSOAL E PRÉVIA DO PROPRIETÁRIO
RURAL (LEI Nº 8.629/93, ART. 2º, § 2º) - NOTIFICAÇÃO EFETIVADA NO MESMO DIA EM QUE
REALIZADA A VISTORIA PELO INCRA - INADMISSIBILIDADE - OFENSA AO POSTULADO DO "DUE
PROCESS OF LAW" (CF, ART. 5º, LIV) - NULIDADE RADICAL DA DECLARAÇÃO EXPROPRIATÓRIA -
MANDADO DE SEGURANÇA CONCEDIDO. REFORMA AGRÁRIA E DEVIDO PROCESSO LEGAL.- O
postulado cons tucional do "due process of law", em sua des nação jurídica, também está
vocacionado à proteção da propriedade. Ninguém será privado de seus bens sem o devido
processo legal (CF, art. 5º, LIV). A União Federal - mesmo tratando-se de execução e
implementação do programa de reforma agrária - não está dispensada da obrigação de
respeitar, no desempenho de sua a vidade de expropriação, por interesse social, os princípios
cons tucionais que, em tema de propriedade, protegem as pessoas contra a eventual expansão
arbitrária do poder estatal. A cláusula de garan a dominial que emerge do sistema consagrado
pela Cons tuição da República tem por obje vo impedir o injusto sacri cio do direito de
propriedade. FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE E VISTORIA EFETUADA PELO INCRA.- A vistoria
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

efe vada com fundamento no art. 2º, § 2º, da Lei nº 8.629/93 tem por específica finalidade
viabilizar o levantamento técnico de dados e informações sobre o imóvel rural, permi ndo à
União Federal - que atua por intermédio do INCRA - constatar se a propriedade realiza, ou não, a
função social que lhe é inerente. O ordenamento posi vo determina que essa vistoria seja
precedida de no ficação regular ao proprietário, em face da possibilidade de o imóvel rural que
lhe pertence - quando este não es ver cumprindo a sua função social - vir a cons tuir objeto de
declaração expropriatória, para fins de reforma agrária. NOTIFICAÇÃO PRÉVIA E PESSOAL DA
VISTORIA - INADMISSIBILIDADE DESSE ATO, QUANDO PROMOVIDO NO MESMO DIA EM QUE
REALIZADA A VISTORIA PELO INCRA.- A no ficação a que se refere o art. 2º, § 2º, da Lei nº
8.629/93, para que se repute válida e possa, conseqüentemente, legi mar eventual declaração
expropriatória para fins de reforma agrária, há de ser efe vada em momento anterior ao da
realização da vistoria. Essa no ficação prévia somente considerar-se-á regular, quando
comprovadamente realizada na pessoa do proprietário do imóvel rural, ou quando efe vada
mediante carta com aviso de recepção firmado por seu des natário ou por aquele que disponha 5
de poderes para receber a comunicação postal em nome do proprietário rural, ou, ainda,
8
7-

quando procedida na pessoa de representante legal ou de procurador regularmente cons tuído


53

pelo "dominus".- A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal tem reputado inadmissível a


54
3.

no ficação, quando efe vada no próprio dia em que teve início a vistoria administra va
33

promovida pelo INCRA. Precedentes.- O descumprimento dessa formalidade essencial - ditada


pela necessidade de garan r, ao proprietário, a observância da cláusula cons tucional do
4.

devido processo legal - importa em vício radical que configura defeito insuperável, apto a
12

projetar-se sobre todas as fases subsequentes do procedimento de expropriação,


contaminando-as, de maneira irremissível, por efeito de repercussão causal, e gerando, em
consequência, por ausência de base jurídica idônea, a própria invalidação do decreto
presidencial consubstanciador de declaração expropriatória.
 EMENTA RE 543.974: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. EXPROPRIAÇÃO.
GLEBAS. CULTURAS ILEGAIS. PLANTAS PSICOTRÓPICAS. ARTIGO 243 DA CF. INTERPRETAÇÃO DO
DIREITO. LINGUAGEM DO DIREITO. LINGUAGEM JURÍDICA. ARTIGO 5º, LIV DA CF. O CHAMADO
PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE. 1. Gleba, no ar go 243 da Cons tuição do Brasil, só pode
ser entendida como a propriedade na qual sejam localizadas culturas ilegais de plantas
psicotrópicas. O preceito não refere áreas em que sejam cul vadas plantas psicotrópicas, mas as
glebas, no seu todo. 2. A gleba expropriada será des nada ao assentamento de colonos, para o
cul vo de produtos alimen cios e medicamentosos. 3. A linguagem jurídica corresponde à
linguagem natural, de modo que é nesta, linguagem natural, que se há de buscar o significado
das palavras e expressões que se compõem naquela. Cada vocábulo nela assume significado no
contexto no qual inserido. O sen do de cada palavra há de ser discernido em cada caso. No seu
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

contexto e em face das circunstâncias do caso. Não se pode atribuir à palavra qualquer sen do
dis nto do que ela tem em estado de dicionário, ainda que não baste a consulta aos dicionários,
ignorando-se o contexto no qual ela é usada, para que esse sen do seja em cada caso
discernido. A interpretação/aplicação do direito se faz não apenas a par r de elementos
colhidos do texto norma vo [mundo do dever-ser], mas também a par r de elementos do caso
ao qual será ela aplicada, isto é, a par r de dados da realidade [mundo do ser]. 4. (...). 6. Não
violação do preceito veiculado pelo ar go 5º, LIV da Cons tuição do Brasil e do chamado
"princípio" da proporcionalidade. Ausência de "desvio de poder legisla vo" Recurso
extraordinário a que se dá provimento.
A pequena propriedade rural é impenhorável (art. 5º, XXVI, da CF/88 e o art. 833, VIII, do CPC)
mesmo que a dívida executada não seja oriunda da a vidade produ va do imóvel. De igual
modo, a pequena propriedade rural é impenhorável mesmo que o imóvel não sirva de moradia
ao executado e à sua família. Desse modo, para que o imóvel rural seja impenhorável, nos
termos do art. 5º, XXVI, da CF/88 e do art. 833, VIII, do CPC, é necessário que cumpra apenas dois
5
8
requisitos cumula vos: 1) seja enquadrado como pequena propriedade rural, nos termos
7-

definidos pela lei; e 2) seja trabalhado pela família. STJ. 3ª Turma. REsp 1.591.298-RJ, Rel. Min.
53

Marco Aurélio Bellizze, julgado em 14/11/2017 (Info 616). 55


3.

LIBERDADE DE EXPRESSÃO - Reclamação: ADPF 130/DF e censura – 2. A Primeira Turma, em


33

conclusão de julgamento, julgou procedente reclamação ajuizada por conglomerado da área de


4.

comunicação em face de julgado proferido por tribunal de jus ça que havia determinado a
12

re rada de matéria jornalís ca de uma de suas revistas eletrônicas de publicação semanal.


Tornou, assim, defini va a medida liminar que autorizara a permanência da matéria no sí o
eletrônico do reclamante (Informa vo822).
O reclamante apontou violação à autoridade da decisão proferida na ADPF 130/DF (DJe
6.11.2009), que declarara a não recepção da chamada “Lei de Imprensa” (Lei 5.250/1967) pela
Cons tuição de 1988. Afirmou que a decisão reclamada consis ria “na ra ficação de odiosa
censura e na tenta va de restringir o direito de liberdade de imprensa, bem como a garan a da
sociedade de ter acesso a informações e a manifestar o seu pensamento”.
De início, o Colegiado considerou cabível a reclamação. Dessa forma, afastou o argumento de
que o pedido de re rada da matéria da página eletrônica da reclamante estaria fundado no art.
20 do Código Civil, e não na Lei de Imprensa.
No mérito, asseverou que se tratava de matéria que havia descrito certa personalidade e feito
comentários crí cos, porém não ofensivos. A re rada de matéria de circulação configura
censura em qualquer hipótese, o que se admite apenas em situações extremas. Via de regra, a
colisão da liberdade de expressão com os direitos da personalidade deve ser resolvida pela

É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

re ficação, pelo direito de resposta ou pela reparação civil. Concluiu pela existência de interesse
público presumido na livre circulação de ideias e opiniões. Ademais, a pessoa retratada se
apresentou como pessoa pública a atuar em espaço público, sujeita, portanto, a um grau de
crí ca maior.
QUEBRA DE SIGILO - Quebra de sigilo e divulgação em site oficial. Os dados ob dos por meio da
quebra dos sigilos bancário, telefônico e fiscal devem ser man dos sob reserva.
Com base nesse entendimento, o Plenário concedeu mandado de segurança para determinar ao
Senado Federal que re re de sua página na Internet os dados ob dos por meio da quebra de
sigilo determinada por comissão parlamentar de inquérito (CPI). MS 25940, rel. Min. Marco
Aurélio, julgamento em 26.4.2018 (MS-25940).
Rcl 22328/RJ, rel. Min. Roberto Barroso, julgamento em 6.3.2018. (Rcl - 22328)

SISTEMA DE COTAS - "É cons tucional a reserva de 20% das vagas oferecidas nos concursos
públicos para provimento de cargos efe vos e empregos públicos no âmbito da administração 5
pública direta e indireta. É legí ma a u lização, além da autodeclaração, de critérios subsidiários
8
7-

de heteroiden ficação, desde que respeitada a dignidade da pessoa humana e garan dos o
53

contraditório e a ampla defesa". STF - ADC 41 - Rel.: Min. Cármen Lúcia - D.J. 08.06.2017]
56
3.
33
4.
12

É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

4. CADERNO DE QUESTÕES
OBSERVAÇÕES: Ler os comentários somente após a tenta va de resolução das questões sem consulta.

1. (FAPEMS DPC MS 2017) Sobre a eficácia dos d) é livre a manifestação do pensamento, ainda
direitos fundamentais, analise as afirma vas que sob anonimato.
a seguir. e) é inviolável a liberdade de consciência e de
I - A eficácia ver cal dos direitos fundamentais crença, sendo assegurado o livre exercício dos
foi desenvolvida para proteger os par culares cultos religiosos e garan da, na forma da lei, a
contra o arbítrio do Estado, de modo a dedicar proteção aos locais de culto e a suas liturgias.
direitos em favor das pessoas privadas,
limitando os poderes estatais. 3. (FUNCAB DPC PA 2016) Acerca dos direitos e
deveres individuais e cole vos previstos na
II - A eficácia horizontal trata da aplicação dos
Cons tuição Federal de 1988, é correto
direitos fundamentais entre os par culares,
afirmar que:
tendo na cons tucionalização do direito
privado a sua gênese. a) é livre a locomoção no território nacional,
III - A eficácia diagonal trata da aplicação dos direitos podendo qualquer pessoa, nos termos da lei,
fundamentais entre os par culares nas hipóteses nele entrar, permanecer ou dele sair com seus
5
em que se configuram desigualdades fá cas. bens.
8
7-

b) a lei considerará crimes inafiançáveis e


Está correto o que se afirma em
53

insusce veis de graça ou indulto a prá ca da


tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e 57
a) III, apenas.
3.

drogas afins, o terrorismo e os definidos como


33

b) I e III, apenas.
crimes hediondos, por eles respondendo os
c) II e III, apenas.
4.

mandantes, os executores e os que, podendo


d) I e II, apenas. evitá-los, se omi rem.
12

e) I, lI e III. c) as en dades associa vas, independentemente


de autorização, têm legi midade para
2. (FUNCAB DPC PA 2016) Sobre os direitos e representar seus filiados judicial ou
deveres individuais e cole vos assegurados pela extrajudicialmente.
Cons tuição Federal, é correto afirmar que:
d) no caso de iminente perigo público, a
a) todos podem reunir-se pacificamente, sem autoridade competente poderá usar de
armas, em locais abertos ao público, desde propriedade par cular, assegurada ao
que com autorização e não frustrem outra proprietário, em qualquer caso, indenização
reunião anteriormente convocada para o ulterior.
mesmo local. e) todos podem reunir-se pacificamente, sem
b) é plena a liberdade de associação para fins armas, em locais abertos ao público,
lícitos, inclusive a de caráter paramilitar. independentemente de autorização, desde
c) ninguém será privado de direitos por mo vo de que não frustrem outra reunião
crença religiosa ou de convicção filosófica ou anteriormente convocada para o mesmo
polí ca, mesmo se as invocar para eximir-se de local, sendo apenas exigido prévio aviso à
obrigação legal a todos imposta e recusar-se a autoridade competente.
cumprir prestação alterna va, fixada em lei.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

4. (FUNIVERSA DPC DF 2015) No que diz respeito Segundo o STF, é incons tucional a definição
aos direitos e às garan as fundamentais, de critérios, além da autodeclaração, como
assinale a alterna va correta à luz da forma de iden ficação dos beneficiários da
polí ca de cotas nos concursos públicos.
interpretação dada pelo STF.

a) O advogado tem direito, no interesse de seu 7. (UEG DPC GO – 2018) A polícia pode entrar em
cliente, a ter acesso aos elementos de prova domicílio à noite sem o consen mento do
que, já documentados em procedimento morador, segundo a Cons tuição (CRFB), o
inves gatório realizado pela polícia, digam Supremo Tribunal Federal (STF) e o Superior
respeito ao exercício do direito de defesa. Tribunal de Jus ça (STJ), se
b) Não é incons tucional a exigência de depósito
ou arrolamento de bens para admissibilidade a) fundadas razões, formalmente jus ficadas a
de recurso administra vo. posteriori, indicarem a ocorrência de crime
permanente.
c) As associações podem ser dissolvidas, por meio
de ato administra vo, quando se verificar a b) houver determinação judicial de prisão do
prá ca de atos ilegais. morador.

d) Os sindicatos e as associações representam os c) passadas as 18 horas, o crepúsculo ainda não ver


5
8
seus filiados como subs tuto processual na acontecido, em virtude do horário de verão.
7-

defesa de interesses e direitos cole vos ou d) o morador não reivindicar verbalmente a


53

individuais homogêneos, desde que haja prévia inviolabilidade do domicílio ou es ver em um


autorização dos sindicalizados e associados.
58
quarto de hotel.
3.

e) As propriedades rurais não serão objeto de


33

e) a intuição da autoridade policial apontar para


penhora para pagamento de débitos possível ocorrência de tráfico de drogas no
4.

decorrentes de sua a vidade produ va. interior da residência, o que configura


12

flagrante delito.
5. (VUNESP DPC CE 2015) A Cons tuição da
República de 1988 (art. 5o , XLVII) veda 8. (UEG DPC GO - 2018) O racismo e os crimes
expressamente a existência de pena de
hediondos cons tuem, segundo a
morte (salvo em caso de guerra declarada),
Cons tuição (CRFB),
além de vedar as penas
a) ambos crimes inafiançáveis e insusce veis de
a) de caráter perpétuo; de trabalhos forçados;
graça ou anis a.
infamantes e cruéis.
b) crime inafiançável e insusce vel de graça ou
b) de caráter perpétuo; de trabalhos forçados; de
anis a, o primeiro, e crimes inafiançáveis e
banimento e cruéis.
imprescri veis, os segundos.
c) de banimento e cruéis.
c) ambos crimes inafiançáveis e imprescri veis.
d) de caráter perpétuo; de trabalhos forçados; de
d) crime inafiançável e imprescri vel, o primeiro,
banimento; infamantes e cruéis.
e crimes inafiançáveis e insusce veis de graça
e) de trabalhos forçados; infamantes e cruéis. ou anis a, os segundos.
6. (CESPE DPF – 2018) A respeito dos direitos e) ambos crimes inafiançáveis, mas prescri veis,
fundamentais e do controle de pois o ordenamento cons tucional não
cons tucionalidade, julgue o item que se admite a ideia de imprescri bilidade.
segue.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

9. (UEG DPC GO – 2018) A Cons tuição (CRFB) 11. (UEG DPC GO – 2018) O sigilo bancário pode
admite como possível a pena de ser levantado independentemente de
a u to r i za ç ã o j u d i c i a l , m a s d e fo r m a
a) interdição de direitos, ainda que de caráter devidamente regulamentada,
perpétuo.
b) prestação social alterna va, na modalidade de a) pela Receita Federal, pelo Fisco Estadual e pela
trabalho forçado. CPI federal, estadual ou distrital.

c) morte em caso de guerra declarada. b) pelo Delegado de Polícia, pelo membro do


Ministério Público e pela CPI municipal.
d) banimento, considerada suspensão ou
interdição de direitos. c) pelo Delegado de Polícia, pela Receita Federal e
pelo membro do Ministério Público.
e) privação da liberdade, independentemente de
assegurar-se ao preso o respeito à sua d) pelo Delegado de Polícia, pelo Fisco Estadual e
integridade sica e moral. pela CPI federal, estadual ou distrital.
e) pelo Tribunal de Contas da União, pela Receita
10. (VUNESP DPC SP – 2018) Ao dispor sobre os Federal e pela CPI federal, estadual, distrital
direitos e garan as fundamentais, a ou municipal.
5
Cons tuição Federal de 1988 dispõe que:
8
12. (Questão inédita) No que se refere aos
7-

a) após o registro dos filiados, as en dades princípios e aos direitos e garan as


53

associa vas têm legi midade automá ca para fundamentais, assinale a opção correta. 59
representá-los judicial ou extrajudicialmente.
3.

a) A imposição de limite de idade para a inscrição


33

b) a lei estabelecerá o procedimento para


desapropriação por necessidade ou u lidade de candidatos em determinado concurso
4.

pública, ou por interesse social, mediante público, é permi da, desde que prevista em
12

justa e prévia indenização em tulos da dívida lei ou no edital, considerada a natureza das
pública, ressalvados os casos previstos na atribuições do cargo.
Cons tuição. b) Direito fundamental pode sofrer limitações, e
c) as associações só poderão ser compulsoriamente é admissível que se a nja seu núcleo essencial
dissolvidas ou ter suas a vidades suspensas por de forma tal que se lhe desnature a essência.
decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o c ) É ga ra n d a a l i v re m a n i fe sta çã o d o
trânsito em julgado. pensamento, ainda que na forma anônima.
d) é livre o exercício de qualquer trabalho, o cio d) As associações só poderão ser compulsoriamente
ou profissão, atendidas as qualificações dissolvidas, ou ter suas a vidades suspensas por
profissionais que o respec vo órgão de classe decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o
estabelecer. trânsito em julgado.
e) os tratados internacionais sobre direitos e) Com base nos direitos fundamentais à
humanos que forem aprovados por maioria inviolabilidade da in midade, da vida privada,
absoluta em cada casa do Congresso Nacional, da honra e da imagem das pessoas, o STF
em dois turnos, serão equivalentes às recentemente adotou posicionamento, em
emendas cons tucionais. que entende ser necessária a autorização
prévia da pessoa biografada para a publicação
de obra sobre sua vida.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

13. (Questão inédita) Considerando a teoria dos progressão do regime de cumprimento de


direitos e das garan as fundamentais assinale pena para os crimes hediondos.
a alterna va correta a respeito das d) O direito à indenização decorrente de
determinações inscritas no texto desapropriação indireta tem o mesmo
cons tucional brasileiro. fundamento jurídico-norma vo da garan a
cons tucional da justa indenização nos casos
a) Acerca das denominadas ações afirma vas, o
de desapropriação regular.
Supremo Tribunal Federal deixou assentado,
no caso das universidades públicas, que a e) O exercício lícito da liberdade de reunião em
metodologia de seleção diferenciada pode locais abertos ao público pressupõe a
levar em consideração critérios étnico-raciais existência de autorização prévia por parte da
ou socioeconômicos, de modo a assegurar autoridade competente.
que a comunidade acadêmica e a própria
sociedade sejam beneficiadas pelo pluralismo 15. (Questão inédita) No que se refere aos
de ideias. Decidiu, ainda, o mesmo STF, que as princípios fundamentais da República e a
vantagens decorrentes das Ações Afirma vas Teoria dos direitos fundamentais, assinale a
são temporárias. alterna va correta.

b) A livre manifestação do pensamento deve ser a) Em relação à dignidade da pessoa humana,


5
ampla, sendo protegido o anonimato.
8
prevista pela Cons tuição Federal de 1988
7-

c) Em decorrência do princípio da máxima como fundamento da República Federa va do


53

efe vidade, as normas definidoras de direitos Brasil, é possível afirmar que por ser
e garan as fundamentais possuem, em fundamento e princípio cons tucional 60
3.

quaisquer hipóteses, eficácia plena e imediata. estruturante é densificada ao longo do texto


33

cons tucional.
d) É plena a liberdade de associação para fins
4.

lícitos, inclusive a de caráter paramilitar. b) São obje vos fundamentais da República


Federa va do Brasil previstos e assim
12

e) Conforme posicionamento do STF, não se


descritos no ar go 3o da Cons tuição Federal,
admite a denominada cláusula pétrea
construir uma sociedade livre, justa e
implícita, já que as limitações materiais ao
pluralista, garan r o desenvolvimento
poder de reforma enumeradas na CF devem
regional, erradicar a pobreza e a
ser interpretadas restri vamente.
marginalização e reduzir as desigualdades
14. (Questão inédita) Acerca dos direitos e sociais e locais, promover o bem de todos,
garan as fundamentais assegurados na CF, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor,
assinale a opção correta. idade e quaisquer outras formas de
discriminação.
a) Ao livre exercício dos cultos religiosos, a c) Os tratados de direitos humanos, ainda que
Cons tuição opõe restrições específicas e aprovados apenas no Senado Federal, em dois
expressas. As associações podem ser turnos e por maioria qualificada, equiparam-
compulsoriamente dissolvidas mediante ato se às emendas cons tucionais.
norma vo editado pelo Poder Legisla vo.
d) Apresenta-se como caracterís ca do Estado
b) As associações podem ser compulsoriamente nacional a soberania compar lhada.
dissolvidas mediante ato norma vo editado
pelo Poder Legisla vo. e) O princípio do pluralismo polí co refere-se à
ideologia unitária da preferência polí co-
c ) S e g u n d o j u r i s p r u d ê n c i a d o S T F, é
par dária, já que nesse terreno é impera va a
cons tucional norma legal que vede a
aplicação da reserva da cons tuição.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

4.1 COMENTÁRIOS a manifestação do pensamento, sendo vedado o


anonimato;
1. E
Alterna va E. Correta. CF 88, art. 5º, VI - é
I. Alterna va correta. A eficácia ver cal consiste inviolável a liberdade de consciência e de crença,
na relação de oposição entre os direitos dos sendo assegurado o livre exercício dos cultos
par culares e o Estado, na qual se busca a religiosos e garan da, na forma da lei, a proteção
limitação do poder do "soberano" de forma a se aos locais de culto e a suas liturgias;
consagrar direitos em favor dos "súditos". Nesta
3. E
relação de ver calidade entre indivíduo e Estado
ganha destaque a teoria do status, desenvolvida Alterna va A. Incorreta. CF 88, Art. 5°, XV - é livre
por Georg Jellinek no final do século XIX. a locomoção no território nacional em tempo de
II. Alterna va correta. A eficácia será horizontal paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei,
(Dri wirkung, em alemão) nas relações entre nele entrar, permanecer ou dele sair com seus
par culares, pois pressupõe que estes estão no bens;
mesmo plano de igualdade, sendo uma Alterna va B. Incorreta. CF 88, Art. 5°, XLIII - a lei
decorrência da Cons tucionalização do Direito considerará crimes inafiançáveis e insusce veis
5
Civil.
8
de graça ou anis a a prá ca da tortura , o tráfico
7-

III. Alterna va correta. Para situações de ilícito de entorpecentes e drogas afins, o


53

desequilíbrio na ordem privada desenvolve-se a terrorismo e os definidos como crimes


hediondos, por eles respondendo os mandantes,
61
eficácia diagonal dos direitos fundamentais, de
3.

forma a proteger os direitos fundamentais dos os executores e os que, podendo evitá-los, se


33

mais vulneráveis nas relações jurídicas. omi rem


4.

Alterna va C. Incorreta. CF 88, Art. 5°, XXI - as


2. E
12

en dades associa vas, quando expressamente


Alterna va A. Incorreta. CF 88, art. 5º, XVI - todos autorizadas, têm legi midade para representar
podem reunir-se pacificamente, sem armas, em seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
locais abertos ao público, independentemente Alterna va D. Incorreta. CF 88, Art. 5°, XXV - no
de autorização, desde que não frustrem outra caso de iminente perigo público, a autoridade
reunião anteriormente convocada para o mesmo competente poderá usar de propriedade
local, sendo apenas exigido prévio aviso à p a r c u l a r, a s s e g u ra d a a o p ro p r i e tá r i o
autoridade competente; indenização ulterior, se houver dano;
Alterna va B. Incorreta. CF 88, art. 5º, XVII - é Alterna va E. Correta. CF 88, Art. 5°, XVI - todos
plena a liberdade de associação para fins lícitos, podem reunir-se pacificamente, sem armas, em
vedada a de caráter paramilitar; locais abertos ao público, independentemente
Alterna va C. Incorreta. CF 88, art. 5º, VIII - de autorização, desde que não frustrem outra
ninguém será privado de direitos por mo vo de reunião anteriormente convocada para o mesmo
crença religiosa ou de convicção filosófica ou local, sendo apenas exigido prévio aviso à
polí ca, salvo se as invocar para eximir-se de autoridade competente.
obrigação legal a todos imposta e recusar-se a
4. A
cumprir prestação alterna va, fixada em lei;
Alterna va D. Incorreta. CF 88, art. 5º, IV - é livre Alterna va A. Correta. S.V 14 STF É direito do
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

defensor, no interesse do representado, ter Lewandowski, julgamento em 18-6-2015,


acesso amplo aos elementos de prova que, já Plenário, DJE de 26-6-2015, com repercussão
documentados em procedimento inves gatório geral.
realizado por órgão com competência de polícia Alterna va E. Incorreta. CF 88 - Art. 5º XXVI A
judiciária, digam respeito ao exercício do direito pequena propriedade rural, assim definida em
de defesa. lei, desde que trabalhada pela família, não será
A l t e r n a va B . I n c o r r e t a . S .V 2 1 S T F É objeto de penhora para pagamento de débitos
incons tucional a exigência de depósito ou decorrentes de sua a vidade produ va,
arrolamento prévios de dinheiro ou bens para dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu
admissibilidade de recurso administra vo. desenvolvimento.
Alterna va C. Incorreta. CF 88 - Art. 5º XIX As
5. B
associações podem ser dissolvidas, por meio de
decisão judicial transitada em julgado, quando se
Alterna va A. Incorreta.
verificar a prá ca de atos ilegais.
Alterna va B. Correta. CF 88, Art. 5º XLVII da CF –
Alterna va D. Incorreta. “Esta Corte firmou o
não haverá penas:
entendimento segundo o qual o sindicato tem 5
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada,
8
legi midade para atuar como subs tuto
7-

processual na defesa de direitos e interesses nos termos do art. 84, XIX;


53

cole vos ou individuais homogêneos da b) de caráter perpétuo;


categoria que representa. (...) Quanto à violação 62
c) de trabalhos forçados;
3.

ao art. 5º, LXX e XXI, da Carta Magna, esta Corte


33

d) de banimento;
firmou entendimento de que é desnecessária a
e) cruéis;
4.

expressa autorização dos sindicalizados para a


12

subs tuição processual.” (RE 555.720-AgR, voto Alterna va C. Incorreta.


do rel. min. Gilmar Mendes, julgamento em 30-9- Alterna va D. Incorreta.
2008, Segunda Turma, DJE de 21-11-2008.) No
Alterna va E. Incorreta.
mesmo sen do: RE 217.566-AgR, rel. min. Marco
Aurélio, julgamento em 8-2-2011, Primeira 6. E
Turma, DJE de 3-3-2011.
Alterna va errada. "É cons tucional a reserva de
"O art. 8º, III, da CF estabelece a legi midade
20% das vagas oferecidas nos concursos públicos
extraordinária dos sindicatos para defender em
para provimento de cargos efe vos e empregos
juízo os direitos e interesses cole vos ou
públicos no âmbito da administração pública
individuais dos integrantes da categoria que
direta e indireta. É legí ma a u lização, além da
representam. Essa legi midade extraordinária é
autodeclaração, de critérios subsidiários de
ampla, abrangendo a liquidação e a execução dos
heteroiden ficação, desde que respeitada a
créditos reconhecidos aos trabalhadores. Por se
dignidade da pessoa humana e garan dos o
tratar de pica hipótese de subs tuição
contraditório e a ampla defesa".[STF - ADC 41 -
processual, é desnecessária qualquer
Rel.: Min. Cármen Lúcia - D.J. 08.06.2017]
autorização dos subs tuídos." (RE 210.029, rel.
p/ o ac. min. Joaquim Barbosa, julgamento em
12-6-2006, Plenário, DJ de 17-8-2007.) No
mesmo sen do: RE 883.642-RG, rel. min. Ricardo
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

7. A hediondos, por eles respondendo os mandantes,


os executores e os que, podendo evitá-los , se
Alterna va A. Correta. A entrada forçada em omi rem.
domicílio sem mandado judicial só é lícita,
XLIV- Cons tui crime inafiançável e imprescri vel
mesmo em período noturno, quando amparada
a ação de grupos de armados civis ou militares,
em fundadas razoes, devidamente jus ficadas “a
contra a ordem cons tucional e o estado
posteriori”, que indiquem que dentro da casa
democrá co.
ocorre situação de flagrante delito, sob pena de
responsabilidade disciplinar, civil e penal do Alterna va E. Incorreta.
agente ou da autoridade, e de nulidade dos atos
9. C
pra cados. STF. Plenário. RE 603616/RO, Rel.
Gilmar Mendes, julgado em 4 e 5/11/2015 Alterna va A. Incorreta.
(repercussão geral).
Alterna va B. Incorreta.
Alterna va B. Incorreta. Deve ser cumprida
Alterna va C. Correta.
apenas durante o dia determinação judicial.
CF, Art 5°- XLVI- A lei regulará a individualização
Alterna va C. Incorreta. Existe posição
da pena e adotará entre outrs, as seguintes:
5
divergente na doutrina. José Afonso da Silva
8
defende que dia é o horário compreendido entre a) Privação ou restrição da liberdade
7-

as 06h (seis horas) e às 18h (dezoito horas). Já b) Perda de bens


53

Celso de Mello entende ser válido o critério sico- c) multa 63


3.

astronômico, compreende-se por dia o intervalo


d) Prestação social alterna va
de tempo entre a aurora e o crepúsculo.
33

e) Suspensão ou interdição de direitos


Alterna va D. Incorreta. Quarto de hotel é
4.

considerado "casa" também, além disso, não XLVII- Não haverá penas:
12

precisa reivindicar nada, é ilegal e pronto, salvo se a) de morte, salvo em caso de guerra declarada
o morador consen r. b) de caráter perpétuo
Alterna va E. Incorreta. É necessária a presença c) de trabalhos forçados
de fundadas razões que jus fiquem a medida.
d) de banimento
8. D e) cruéis
Alterna va D. Incorreta.
Alterna va A. Incorreta.
Alterna va E. Incorreta.
Alterna va B. Incorreta.
Alterna va C. Incorreta. 10. C
Alterna va D. Correta.
Alterna va A. Incorreta.
CF, Art 5°- XLII- A prá ca do racismo cons tui
CF, Art. 5º XXI - as en dades associa vas, quando
crime inafiançável e imprescri vel, sujeito à pena
expressamente autorizadas, têm legi midade
de reclusão, nos termos da lei.
para representar seus filiados judicial ou
XLII- A lei considerará crimes inafiançáveis e extrajudicialmente;
inscusce veis de graça ou anis a a prá ca da
Alterna va B. Incorreta.
tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
afins, o terrorismo e os definidos como crimes CF, Art. 5º XXIV - a lei estabelecerá o
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

procedimento para desapropriação por jus ficado pela natureza das atribuições do cargo
necessidade ou u lidade pública, ou por a ser preenchido.
interesse social, mediante justa e prévia Alterna va B. Incorreta. Os direitos
indenização em dinheiro, ressalvados os casos fundamentais estão passíveis a sofrerem
previstos nesta Cons tuição; limitações, desde que essas limitações não a nja
Alterna va C. Correta. o seu núcleo essencial.
CF, Art. 5º XIX - as associações só poderão ser Alterna va C. Incorreta. Art.5 IV - é livre a
compulsoriamente dissolvidas ou ter suas manifestação do pensamento, sendo vedado o
a vidades suspensas por decisão judicial, anonimato;
exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em Alterna va D. Correta. Art. 5º XIX: As associações
julgado; só poderão ser compulsoriamente dissolvidas, ou
Alterna va D. Incorreta. ter suas a vidades suspensas por decisão
judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito
CF, Art. 5º XIII - é livre o exercício de qualquer
em julgado.
trabalho, o cio ou profissão, atendidas as
qualificações profissionais que a lei estabelecer; Alterna va E. Incorreta. O STF, na ADI 4815,
passou a admi r as biografias não autorizadas.
5
Alterna va E. Incorreta.
8
Com isso, não se exige autorização prévia da
7-

CF, Art. 5º § 3º Os tratados e convenções pessoa biografada para a publicação de obra


internacionais sobre direitos humanos que forem
53

sobre sua vida.


aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, 64
3.

em dois turnos, por três quintos dos votos dos 13. A


33

respec vos membros, serão equivalentes às


Alterna va A. Correta.
emendas cons tucionais.
4.

Alterna va B. Incorreta.
12

11. A
Art5 ° IV - é livre a manifestação do pensamento,
sendo vedado o anonimato;
Alterna va A. Correta. RECEITA FEDERAL, FISCO
(Estadual, DF, Municipal,), CPI (Federal, DF, Alterna va C. Incorreta. As normas
Estadual) poderão requerer informações cons tucionais de direitos fundamentais não se
bancárias diretamente, não sendo necessário enquadram na definição das normas de eficácia
autorização judicial. plena. Daí por que só podem ser ou normas de
eficácia con da (ou restringível) ou normas de
Alterna va B. Incorreta.
eficácia limitada. BERNARDES, Juliano Taveira;
Alterna va C. Incorreta. FERREIRA, Olavo Augusto Vianna Alves. Direito
Alterna va D. Incorreta. Cons tucional, Tomo I - Teoria da Cons tuição. 7
Alterna va E. Incorreta. ed. Bahia. Editora JusPodivm, 2017.
Alterna va D. Incorreta. Art5 ° XVII - é plena a
12. D liberdade de associação para fins lícitos, vedada a
de caráter paramilitar;
Alterna va A. Incorreta. Deve ser prevista em lei.
É insuficiente previsão editalíssima. Alterna va E. Incorreta. A República não está
prevista no rol das cláusulas pétreas do ar go 60,
SÚMULA 683: O limite de idade para a inscrição
§4º, CF. Porém, o STF já decidiu que a República é
em concurso público só se legi ma em face do
uma cláusula pétrea implícita.
art. 7º, XXX, da Cons tuição, quando possa ser
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

14. D 15. A

Alterna va A. Incorreta. Alterna va A. Correta. Art. 1º CF A República


Art.5° VI, CF. É inviolável a liberdade de Federa va do Brasil, formada pela união
consciência e de crença, sendo assegurado o livre indissolúvel dos Estados e Municípios e do
exercício dos cultos religiosos e garan da, na Distrito Federal, cons tui-se em Estado
forma da lei, a proteção aos locais de culto e a Democrá co de Direito e tem como
suas liturgias. fundamentos: III - a dignidade da pessoa
Alterna va B. Incorreta. humana; A dignidade da pessoa humana,
enquanto vetor determinante da a vidade
Art.5º XIX, CF. As associações só podem ser
exé ca da CF/88, consigna um sobreprincípio,
compulsoriamente dissolvidas por decisão
ombreando os demais princípios cons tucionais.
judicial.
Quando o texto maior proclama a dignidade da
Alterna va C. Incorreta.
p e s s o a h u m a n a , e stá co n s a g ra n d o u m
O STF julgou incons tucional a Lei de crimes i m p e ra v o d e j u s ç a s o c i a l , u m va l o r
hediondos justamente na parte em que vedava a cons tucional supremo. A dignidade humana
progressão de regime de forma ampla. Agora o reflete um um conjunto de valores civilizatórios
5
condenado por crime hediondo apenas
incorporados ao patrimônio do homem. Seu
8
INICIALMENTE cumprirá a pena em regime
7-

conteúdo jurídico interliga-se às liberdades


fe c h a d o . É a ga ra n a d o p r i n c í p i o d a
53

públicas, em sen do amplo, abarcando aspectos


individualização da pena. 65
individuais, cole vos, polí cos, sociais do direito
3.

Alterna va D. Correta. à vida, dos direitos pessoais tradicionais, dos


33

O direito à indenização decorrente de direitos metaindividuais, dos direitos


d e s a p ro p r i a çã o i n d i reta te m o m e s m o
4.

econômicos, dos direitos educacionais etc.


fundamento jurídico-norma vo da garan a Direito Cons tucional - Uadi Lammêgo Bullos
12

cons tucional da justa indenização nos casos de


Alterna va B. Incorreta. São obje vos
desapropriação regular. A desapropriação
fundamentais da República Federa va do Brasil
indireta é “processada de maneira diversa”. A
ocupação do imóvel pela Administração dá-se previstos e assim descritos no ar go 3o da
sem existência do ato declaratório de u lidade Cons tuição Federal, construir uma sociedade
pública, e principalmente sem o pagamento da livre, justa e pluralista (solidária), garan r o
justa e prévia indenização (há pagamento desenvolvimento regional (nacional), erradicar a
posterior), sendo esta a diferença entre a pobreza e a marginalização e reduzir as
desapropriação direta e a indireta. O poder desigualdades sociais e locais(regionais),
público exerce supremacia sobre o direito promover o bem de todos, sem preconceitos de
individual, sendo conferido ao estado o domínio origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras
eminente sobre todos os bens existentes em seu formas de discriminação.
território, obje vando sempre o direito da
Alterna va C. Incorreta. Os tratados e
cole vidade. Mas em contrapar da, não pode o
poder público exercer esse direito de tal forma convenções internacionais sobre direitos
que o par cular fique totalmente prejudicado. humanos que forem aprovados, em cada Casa do
Congresso Nacional, em dois turnos, por três
Alterna va E. Incorreta.
quintos dos votos dos respec vos membros,
Não depende de autorização, mas apenas de serão equivalentes às emendas cons tucionais
aviso prévio. (CF, art. 5º, § 3º).
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200


Natasha lima | 27997499644 | natashaoglima@hotmail.com

Alterna va D. Incorreta. A soberania é una, é


somente da República Federa va do Brasil, e não
é compar lhada, pois os entes federa vos U, E,
DF, Municípios, são autônomos ao invés disso.
 A r t . 1 8 . A o r ga n i za ç ã o p o l í c o -
administra va da República Federa va do Brasil
compreende a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, todos autônomos, nos
termos desta Cons tuição.
Alterna va E. Incorreta. Pluralismo polí co
refere-se à divergência e não à ideologia unitária.

8 5
7-
53

66
3.
33
4.
12

É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200

Potrebbero piacerti anche