0 valutazioniIl 0% ha trovato utile questo documento (0 voti)
13 visualizzazioni16 pagine
1) O modelo IS-LM analisa a determinação simultânea da taxa de juros e da renda que equilibram os mercados de bens e ativos.
2) A curva IS representa os pontos de equilíbrio no mercado de bens e a curva LM os pontos de equilíbrio no mercado monetário.
3) O equilíbrio geral ocorre no ponto de interseção das curvas IS e LM, onde ambos os mercados estão em equilíbrio.
1) O modelo IS-LM analisa a determinação simultânea da taxa de juros e da renda que equilibram os mercados de bens e ativos.
2) A curva IS representa os pontos de equilíbrio no mercado de bens e a curva LM os pontos de equilíbrio no mercado monetário.
3) O equilíbrio geral ocorre no ponto de interseção das curvas IS e LM, onde ambos os mercados estão em equilíbrio.
1) O modelo IS-LM analisa a determinação simultânea da taxa de juros e da renda que equilibram os mercados de bens e ativos.
2) A curva IS representa os pontos de equilíbrio no mercado de bens e a curva LM os pontos de equilíbrio no mercado monetário.
3) O equilíbrio geral ocorre no ponto de interseção das curvas IS e LM, onde ambos os mercados estão em equilíbrio.
No modelo IS-LM (também conhecido como Análise Hicks-
Hansen), incorporamos o mercado de ativos e a determinação da taxa de juros à análise, com esta passando a influir na determinação da renda através do investimento. Nesse modelo, temos a determinação simultânea da taxa de juros e da renda que equilibram o mercado de bens e de ativos. Constitui-se, portanto, num modelo de equações simultâneas. A estrutura lógica do modelo pode ser visualizada pelo diagrama da Figura 5.1.
Figura 5.1Estrutura do modelo IS-LM.
De acordo com essa estrutura, o mercado de ativos representado pela oferta e demanda de moeda determina a taxa de juros. O investimento agregado, é afetado pela taxa de juros. Assim, a taxa de juros, determinada no mercado de ativos, afeta a demanda agregada por meio dos investimentos e, portanto, o nível do produto da economia. A renda, por sua vez, também influi no mercado de ativos, por meio da demanda de moeda que afeta a determinação da taxa de juros. Percebemos que se trata de um sistema de determinação simultânea, tomando-se como variáveis exógenas no modelo a política monetária (oferta de moeda), a política fiscal (impostos e gastos públicos) e o nível de preços, que é considerado constante. A interligação entre o lado real e o lado monetário é feita basicamente através da taxa de juros. 5.1CURVA IS: EQUILÍBRIO NO MERCADO DE BENS A curva IS (do inglês Investment-Saving) mostra as condições de equilíbrio no mercado de bens, isto é, os pontos em que a oferta agregada iguala-se à demanda agregada de bens e serviços. Mantemos a mesma estrutura do modelo keynesiano, apenas acrescentando a taxa de juros como variável para explicar o investimento. Vimos no modelo keynesiano que alterações no investimento levam à ampliação da renda. Naquele caso, considerava-se o investimento como exogenamente determinado. Agora, ao introduzirmos a taxa de juros, passamos a definir endogenamente o investimento conforme oscila a taxa de juros. Assim, reduções na taxa de juros levam a elevações no investimento e, consequentemente, na renda. Isso pode ser visto na Figura 5.2.
Figura 5.2 Demanda de investimentos, em função da taxa de
juros. Figura 5.3 Equilíbrio entre oferta agregada e demanda agregada, no modelo keynesiano. Combinando-se os gráficos das Figuras 5.2 e 5.3, obtemos a curva IS (Figura 5.4), que é o locus dos pares de renda e taxa de juros que equilibram o mercado de bens.
Figura 5.4Curva IS.1
Para deduzir a curva IS, podemos recorrer também à igualdade entre poupança e investimento. A poupança como resíduo do consumo é, no modelo keynesiano, função da renda disponível. Assim, reduções nas taxas de juros que levem à ampliação do investimento devem ser acompanhadas por um crescimento da renda que provoque o aumento necessário na poupança para manter o equilíbrio. Isso pode ser visto recorrendo-se ao gráfico da Figura 5.5. No gráfico da Figura 5.5, são dadas a função poupança no 2o quadrante, a condição de equilíbrio no mercado de bens e serviços no 3o quadrante e a função investimento no 4o quadrante. A curva IS é obtida ao se rebaterem as demais curvas no 1o quadrante. Qualquer ponto sobre a curva IS representa o equilíbrio no mercado do produto: oferta agregada igual à demanda agregada de bens e serviços. A inclinação da curva IS depende essencialmente de dois fatores: •a sensibilidade do investimento em relação à taxa de juros; •a propensão marginal a consumir (ou o multiplicador de gastos Figura 5.5Dedução gráfica da curva IS, a partir de vazamentos e injunções de renda. Quanto ao primeiro, temos que quanto maior a elasticidade do investimento em relação à taxa de juros, mais horizontal será a curva IS, isto é, menor sua inclinação. Uma pequena variação na taxa de juros induzirá uma grande variação no investimento e, portanto, na demanda agregada e na renda. O oposto ocorrerá quando o investimento for pouco sensível à renda: variações no investimento irão requerer maiores variações na taxa de juros, levando a uma IS próxima da vertical. Quanto ao multiplicador de gastos tem-se o seguinte: se a propensão marginal a consumir for elevada e, portanto, o multiplicador também for elevado, variações no investimento gerarão grandes expansões induzidas no consumo, ampliando a demanda e a renda. Dessa forma, quanto maior o multiplicador, maior será o impacto sobre a renda de variações nas taxas de juros, ou seja, menor será a inclinação da IS (mais horizontal). Já os fatores de deslocamento da IS, ou seja, a posição da curva IS, dependem do volume de gastos autônomos, nos quais incluem-se o consumo e o investimento autônomos, e os elementos da política fiscal, com destaque para os gastos públicos. Quanto maior a despesa autônoma, mais para a direita se localizará a curva IS. Assim, mudanças nessas despesas deslocam a curva, alterando sua posição. Uma expansão nos gastos autônomos desloca a IS para a direita (para cima) e uma contração a desloca para esquerda (para baixo). O montante do deslocamento será dado pelo multiplicador vezes a variação na despesa. Ou seja, dado o nível da taxa de juros, o deslocamento da demanda (renda) será determinado como no modelo keynesiano simples.
5.2CURVA LM: EQUILÍBRIO NO MERCADO MONETÁRIO
A curva LM (do inglês Liquidity Money) representa o equilíbrio no mercado de ativos. Tomando, o mercado monetário consideraremos a oferta da moeda como uma variável determinada exogenamente, por decisão da autoridade monetária. Quanto à demanda de moeda, como vimos, as teorias que buscam explicá-la apresentam dois tipos de razões para a coletividade demandar (reter) moeda: motivo transação e motivo portfólio. Quanto ao primeiro motivo, a demanda de moeda é diretamente relacionada ao nível de renda da economia. Quanto maior o nível de produto, maior será o volume de transações e, portanto, maior será a quantidade de moeda requerida (demandada) para realizá-las. Dessa forma, a demanda de moeda aumenta conforme aumenta a renda. Quanto ao motivo portfólio, o indivíduo, ao tomar a decisão de como alocar sua riqueza, compara o diferencial de rentabilidade entre os diferentes ativos. Desconsiderando a existência de inflação, o retorno real da moeda é zero, enquanto o dos títulos é a taxa de juros que estes rendem. Dessa forma, a taxa de juros corresponde ao custo de oportunidade de reter moeda; assim, a demanda de moeda diminui conforme aumenta a taxa de juros. Percebemos que a demanda de moeda é como a de um bem normal qualquer: varia inversamente com o preço e diretamente com a renda. Assim, para dado nível de renda, podemos representar a demanda de moeda como no gráfico da Figura 5.6, em que a demanda de moeda varia inversamente com a taxa de juros. Ao considerarmos variações da renda, percebemos que estas provocam deslocamentos da demanda de moeda. Assim, se a renda se amplia de Y1 para Y2, a demanda de moeda se desloca de Md(Y1) para Md(Y2), ou seja, para qualquer nível de taxa de juros que se considere, haverá maior demanda por moeda. O equilíbrio no mercado monetário ocorre quando a demanda de moeda iguala-se à oferta de moeda. como a demanda de moeda responde positivamente à renda e negativamente à taxa de juros, elevações na renda devem ser acompanhadas por aumentos nas taxas de juros, de modo a compensar o impacto expansivo sobre a demanda de moeda decorrente do maior nível de renda, o que pode ser visto no gráfico da Figura 5.7. Plotando os pares (Y, r) que equilibram o mercado monetário, obtemos a curva LM, como pode ser visto no gráfico da Figura 5.8.
Figura 5.8 Curva LM.
Os fatores que afetam a inclinação da curva LM são as elasticidades da demanda de moeda em relação à renda e à taxa de juros. Quanto maior a elasticidade da demanda de moeda em relação à renda, maior será a inclinação da curva LM, uma vez que uma pequena variação na renda levará a uma grande expansão na demanda de moeda, exigindo maior elevação na taxa de juros para compensá-la. Por outro lado, quanto maior a elasticidade de demanda de moeda em relação à taxa de juros, menor será a inclinação. Se a demanda de moeda for muito sensível à taxa de juros, qualquer variação nesta exigirá uma mudança significativa na renda, para compensá-la; ou, inversamente, qualquer alteração no nível de renda exigirá uma pequena mudança na taxa de juros, para manter o mercado monetário em equilíbrio. Observe a Figura 5.9. A posição da curva LM é dada pela oferta real de moeda. Como estamos considerando o nível de preços constante, essa oferta é afetada basicamente pela política monetária. Assim, expansões na oferta de moeda deslocam a LM para a direita (para baixo) e contrações, para a esquerda (para cima).
Figura 5.10Deslocamento da curva LM em função de
diminuição da oferta de moeda. 5.3EQUILÍBRIO SIMULTÂNEO NO MERCADO DE BENS E DE ATIVOS Para determinarmos o nível de renda e de taxa de juros que equilibram simultaneamente os mercados de bens e de ativos, basta juntarmos a IS e a LM, conforme o gráfico da Figura 5.11.
Figura 5.11Equilíbrio simultâneo no mercado de bens e
de ativos. No ponto E a economia estará em estado de repouso, pois ambos os mercados estarão em equilíbrio, aos níveis de taxa de juros r1 e renda Y1. Para vermos como o ponto E constitui-se em uma situação de repouso, vamos analisar o significado de pontos de fora das respectivas curvas, e como se dá o ajustamento da economia. No caso da curva IS, como vimos, pontos sobre a curva correspondem aos pares (renda, taxa de juros) que garantem o equilíbrio no mercado de bens. Pontos à direita da curva IS correspondem a situações de excesso de oferta e pontos à esquerda, excesso de demanda. Consideremos o ponto A no gráfico da Figura 5.12. Com este nível de taxa de juros, o investimento é relativamente baixo, com o que a demanda é insuficiente para esgotar o nível de oferta correspondente. Podemos raciocinar também da seguinte forma: como a propensão marginal a consumir é menor que um, com níveis elevados de renda, a diferença entre o produto e o consumo que deve ser coberta pelo investimento será maior. Com taxas elevadas de juros, não haverá investimento suficiente para tal, gerando excesso de oferta de bens. No ponto B ocorre o inverso: a taxa de juros está muito baixa para aquele nível de produto, induzindo um elevado volume de investimento e provocando excesso de demanda por bens. Seguindo a lógica keynesiana, com preços constantes, havendo excesso de oferta, ocorrerá acúmulo de estoques, fazendo com que as empresas diminuam a produção. Havendo excesso de demanda os estoques diminuirão, forçando o aumento da produção. Essa é a primeira regra de ajustamento: sempre que houver desequilíbrios no mercado de bens, o ajuste se dará via quantidades, alterando o nível de produto (renda), como descrito no gráfico da Figura 5.12. No caso do mercado monetário, seu equilíbrio é representado pelos pontos sobre a curva LM. Observando o gráfico da Figura 5.13 no caso de pontos à direita (abaixo), haverá excesso de demanda por moeda, e para pontos à esquerda (acima) haverá excesso de oferta de moeda. O excesso de demanda, como no ponto A do gráfico, pode ser explicado da seguinte forma: dada a oferta de moeda, àquele nível de renda, as pessoas demandam grande parte para transações, mas por outro lado, como a taxa de juros está muito baixa, não há estímulo para os agentes se desfazerem da moeda em carteira e adquirirem títulos, gerando-se, com isso, o excesso de demanda.
Figura 5.13Posições fora da curva LM.
O inverso ocorre no ponto B, em que tanto o nível de renda é muito baixo como a taxa de juros é muito elevada, desestimulando a retenção de moeda e gerando um excesso de oferta. O ajustamento neste mercado se faz por meio de taxas de juros. Quando há excesso de demanda por moeda, como vimos, há excesso de oferta de títulos, ou seja, os bancos (por exemplo) não conseguem captar recursos, com o que passam a elevar a rentabilidade dos papéis, para estimular os agentes a se desfazerem da liquidez. O inverso ocorre quando há excesso de oferta de moeda, pois as pessoas querem direcionar todos os recursos para os títulos, gerando um excesso de demanda por estes, provocando uma queda nas taxas de juros e levando o mercado monetário ao equilíbrio. Essa é a segunda regra de ajustamento: desequilíbrios no mercado monetário são corrigidos com variações nas taxas de juros. Quando há excesso de oferta a taxa de juros diminui e quando há excesso de demanda a taxa de juros se eleva. Com base no exposto até o momento, podemos delimitar quatro áreas de desequilíbrio no arcabouço IS-LM (Figura 5.14).
A região I caracteriza-se por excesso de oferta de bens (EOB) e moeda
(EOM), pressionando-se tanto a redução de renda como da taxa de juros. Na região II, o excesso de oferta de moeda pressiona a queda da taxa de juros e o excesso de demanda por bens (EDB), a ampliação do produto. Na região III, temos excesso de demanda de bens e de moeda e na região IV excesso de oferta de bens e excesso de demanda de moeda (EDM). Pelas regras colocadas para o ajustamento, percebemos que, em qualquer ponto que a economia se encontre, ela tenderá ao equilíbrio. Se estivermos, por exemplo, em um ponto de equilíbrio no mercado de bens, mas não no mercado monetário, como no ponto A do gráfico da Figura 5.15 (excesso de oferta de moeda), esse desequilíbrio leva a reduções na taxa de juros, o que amplia o investimento e a demanda, fazendo com que o mercado de bens se desequilibre, aparecendo um excesso de demanda por bens. Nesse processo, tanto a taxa de juros vai se reduzindo como a renda se ampliando, até atingir-se o equilíbrio em E. Figura 5.15 Tendência ao equilíbrio, a partir de uma situação de equilíbrio no mercado de bens e desequilíbrio no mercado monetário. Esse processo e a convergência para a situação de equilíbrio se verificará para qualquer ponto de desequilíbrio. Podemos considerar, como regra de ajustamento, correções instantâneas no mercado monetário e lentas no mercado de bens. Dessa forma, para qualquer situação de desequilíbrio, teríamos o gráfico da Figura 5.17.
Figura 5.17Convergência para o equilíbrio: velocidade
de ajuste dos mercados de bens e monetário. No ponto A, temos um excesso de demanda por bens e um excesso de oferta de moeda. Com a hipótese de ajustamento automático no mercado monetário, a taxa de juros se reduz instantaneamente para eliminar o excesso de oferta, equilibrando o mercado monetário, atingindo o ponto B, no qual permanece o excesso de demanda por bens. Conforme vai se ampliando o produto, o excesso de demanda por bens vai diminuindo. A elevação da renda vai ampliando a demanda de moeda para transação, com o que a taxa de juros deve ir se elevando, para diminuir a demanda de moeda pelo motivo portfólio. Este processo persiste até que os dois mercados estejam equilibrados (ponto E).
5.4IMPACTO DE POLÍTICAS ECONÔMICAS NO
MODELO IS-LM Conforme destacado anteriormente, a curva IS é traçada considerando uma dada política fiscal (nível de gastos públicos e tributação) e a curva LM para uma dada oferta de moeda. Alterações no ponto de equilíbrio da economia (taxas de juros e níveis de renda) decorrem de deslocamentos quer da curva IS que da LM ou de ambas, sendo que estas mudanças são provocadas principalmente por medidas de política econômica. No caso da curva IS, outros fatores, além de políticas econômicas, podem levar a deslocamentos, como, por exemplo, mudanças no investimento autônomo em decorrência de modificações na eficiência marginal do capital, ou ainda modificações no consumo autônomo: se, por exemplo, considerarmos a variável riqueza como um fator explicativo do consumo, alterações do nível de preços podem afetar a IS ao modificar o estoque de riqueza real (este é o chamado efeito Pigou, que discutiremos mais adiante). No caso da LM, seus deslocamentos decorrem de modificações na oferta real de moeda, que pode se dar por alterações ou no estoque nominal de moeda ou no nível de preços. Consideraremos, a seguir, apenas as modificações decorrentes da política econômica, mantendo ainda o nível de preços constantes. 5.4.1Política monetária Vamos considerar, inicialmente, o efeito de uma expansão monetária, que deslocará a curva LM para a direita. De acordo com o exposto até o momento, concluímos que o resultado final será uma queda na taxa de juros e uma expansão na renda, conforme o gráfico da Figura 5.18.
Figura 5.18Efeito de uma expansão monetária.
Vamos ver como se dá a transição de E1 para E2: com o aumento na oferta de saldos monetários reais, geramos um desequilíbrio no portfólio dos agentes, que tentarão se desfazer da moeda excedente ampliando a demanda por títulos. Com a elevação no preço dos títulos, reduzimos a taxa de juros2 de modo a equilibrar o mercado de ativos: moeda e títulos. Notemos que, para acomodar a maior oferta de moeda no portfólio dos agentes, a rentabilidade dos títulos deve cair para tornar mais atraente a retenção de moeda. A queda na taxa de juros estimula o investimento, ampliando a demanda agregada. Ao nível inicial de produto, gera-se um excesso de demanda por bens, que as firmas atendem com redução dos estoques. Com isso, as firmas passam a ampliar a produção para atender à maior demanda. Conforme a renda vai se elevando, a demanda de moeda para transação aumenta, forçando elevações na taxa de juros para diminuir a demanda pelo motivo portfólio, de modo a manter equilibrado o mercado monetário. Notemos que, apesar de haver uma elevação na taxa de juros no segundo momento, ela não volta ao patamar inicial, mantendo-se abaixo deste, com o que existe uma elevação de renda. Caso a taxa de juros voltasse ao nível inicial, não haveria qualquer impacto sobre a renda. Assim, o mecanismo de transmissão da política monetária é o seguinte: 1.a mudança na oferta de moeda deve gerar um desequilíbrio de portfólio de modo a alterar taxa de juros; e 2.a mudança na taxa de juros deve impactar no investimento e com isso na demanda agregada.3 Dado esse mecanismo de transmissão, é fácil analisar quais são as condições que revelam a eficácia da política monetária nesse modelo. O primeiro fator a afetar é a elasticidade da demanda de moeda em relação à taxa de juros. Se a demanda de moeda for muito sensível à taxa de juros, uma pequena variação na taxa de juros será suficiente para ajustar o mercado de ativos. Assim, com esta pequena mudança na taxa de juros, a maior parte da expansão monetária será retida pelo público, com o que induzir-se-á uma pequena alteração no investimento e, portanto, na renda. Ou seja, quanto maior a elasticidade da demanda de moeda em relação à taxa de juros, menor será a eficácia da política monetária. O segundo condicionante da eficácia da política monetária é a elasticidade do investimento em relação à taxa de juros. Se esta elasticidade for baixa, mesmo que a ampliação da oferta de moeda gere uma grande mudança na taxa de juros, isso poderá resultar em uma pequena variação no investimento. Concluímos, portanto, que a eficácia da política monetária será tanto maior quanto maior a inclinação da LM e menor a inclinação da IS. Podemos considerar dois casos especiais. O primeiro, no qual a demanda de moeda é infinitamente elástica em relação à taxa de juros. É uma situação em que a taxa de juros encontra-se em um nível tão baixo que qualquer ampliação na oferta de moeda será retida pelo público, mesmo sem alteração na taxa de juros. Nesse caso, a LM será totalmente horizontal e a política monetária não terá efeito algum sobre a renda. Esta é a chamada armadilha da liquidez, na qual a política monetária é totalmente ineficaz, e está ilustrada no gráfico da Figura 5.19.
Figura 5.19 Armadilha da liquidez.
O segundo caso ocorre quando a demanda de moeda independe da taxa de juros, isto é, a elasticidade da demanda de moeda em relação à taxa de juros é zero. É o chamado caso clássico (Figura 5.20), o mundo da Teoria Quantitativa de Moeda em que a LM é vertical. Nesse caso, amplia-se a eficácia da política monetária. Figura 5.20Demanda de moeda totalmente inelástica em relação à taxa de juros (caso clássico).