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Modelo IS-LM

No modelo IS-LM (também conhecido como Análise Hicks-


Hansen), incorporamos o mercado de ativos e a determinação da taxa de
juros à análise, com esta passando a influir na determinação da renda
através do investimento. Nesse modelo, temos a determinação simultânea
da taxa de juros e da renda que equilibram o mercado de bens e de ativos.
Constitui-se, portanto, num modelo de equações simultâneas.
A estrutura lógica do modelo pode ser visualizada pelo diagrama
da Figura 5.1.

Figura 5.1Estrutura do modelo IS-LM.


De acordo com essa estrutura, o mercado de ativos representado pela
oferta e demanda de moeda determina a taxa de juros. O investimento
agregado, é afetado pela taxa de juros. Assim, a taxa de juros,
determinada no mercado de ativos, afeta a demanda agregada por meio
dos investimentos e, portanto, o nível do produto da economia. A renda,
por sua vez, também influi no mercado de ativos, por meio da demanda
de moeda que afeta a determinação da taxa de juros. Percebemos que se
trata de um sistema de determinação simultânea, tomando-se como
variáveis exógenas no modelo a política monetária (oferta de moeda), a
política fiscal (impostos e gastos públicos) e o nível de preços, que é
considerado constante. A interligação entre o lado real e o lado
monetário é feita basicamente através da taxa de juros.
5.1CURVA IS: EQUILÍBRIO NO MERCADO DE BENS
A curva IS (do inglês Investment-Saving) mostra as condições de
equilíbrio no mercado de bens, isto é, os pontos em que a oferta
agregada iguala-se à demanda agregada de bens e serviços. Mantemos
a mesma estrutura do modelo keynesiano, apenas acrescentando a taxa de
juros como variável para explicar o investimento.
Vimos no modelo keynesiano que alterações no investimento levam à
ampliação da renda. Naquele caso, considerava-se o investimento como
exogenamente determinado. Agora, ao introduzirmos a taxa de juros,
passamos a definir endogenamente o investimento conforme oscila a taxa
de juros. Assim, reduções na taxa de juros levam a elevações no
investimento e, consequentemente, na renda. Isso pode ser visto
na Figura 5.2.

Figura 5.2 Demanda de investimentos, em função da taxa de


juros.
Figura 5.3 Equilíbrio entre oferta agregada e demanda agregada,
no modelo keynesiano.
Combinando-se os gráficos das Figuras 5.2 e 5.3, obtemos a
curva IS (Figura 5.4), que é o locus dos pares de renda e taxa de juros
que equilibram o mercado de bens.

Figura 5.4Curva IS.1


Para deduzir a curva IS, podemos recorrer também à igualdade entre
poupança e investimento. A poupança como resíduo do consumo é, no
modelo keynesiano, função da renda disponível. Assim, reduções nas
taxas de juros que levem à ampliação do investimento devem ser
acompanhadas por um crescimento da renda que provoque o aumento
necessário na poupança para manter o equilíbrio. Isso pode ser visto
recorrendo-se ao gráfico da Figura 5.5.
No gráfico da Figura 5.5, são dadas a função poupança no
2o quadrante, a condição de equilíbrio no mercado de bens e serviços no
3o quadrante e a função investimento no 4o quadrante. A curva IS é obtida
ao se rebaterem as demais curvas no 1o quadrante.
Qualquer ponto sobre a curva IS representa o equilíbrio no mercado
do produto: oferta agregada igual à demanda agregada de bens e serviços.
A inclinação da curva IS depende essencialmente de dois fatores:
•a sensibilidade do investimento em relação à taxa de juros;
•a propensão marginal a consumir (ou o multiplicador de
gastos
Figura 5.5Dedução gráfica da curva IS, a partir de
vazamentos e injunções de renda.
Quanto ao primeiro, temos que quanto maior a elasticidade do
investimento em relação à taxa de juros, mais horizontal será a
curva IS, isto é, menor sua inclinação. Uma pequena variação na taxa de
juros induzirá uma grande variação no investimento e, portanto, na
demanda agregada e na renda. O oposto ocorrerá quando o investimento
for pouco sensível à renda: variações no investimento irão requerer
maiores variações na taxa de juros, levando a uma IS próxima da vertical.
Quanto ao multiplicador de gastos tem-se o seguinte: se a propensão
marginal a consumir for elevada e, portanto, o multiplicador também for
elevado, variações no investimento gerarão grandes expansões induzidas
no consumo, ampliando a demanda e a renda. Dessa forma, quanto maior
o multiplicador, maior será o impacto sobre a renda de variações nas taxas
de juros, ou seja, menor será a inclinação da IS (mais horizontal).
Já os fatores de deslocamento da IS, ou seja, a posição da curva IS,
dependem do volume de gastos autônomos, nos quais incluem-se o
consumo e o investimento autônomos, e os elementos da política fiscal,
com destaque para os gastos públicos. Quanto maior a despesa
autônoma, mais para a direita se localizará a curva IS. Assim,
mudanças nessas despesas deslocam a curva, alterando sua posição.
Uma expansão nos gastos autônomos desloca a IS para a direita
(para cima) e uma contração a desloca para esquerda (para baixo).
O montante do deslocamento será dado pelo multiplicador vezes a
variação na despesa. Ou seja, dado o nível da taxa de juros, o
deslocamento da demanda (renda) será determinado como no
modelo keynesiano simples.

5.2CURVA LM: EQUILÍBRIO NO MERCADO MONETÁRIO


A curva LM (do inglês Liquidity Money) representa o equilíbrio no
mercado de ativos.
Tomando, o mercado monetário consideraremos a oferta da moeda
como uma variável determinada exogenamente, por decisão da
autoridade monetária.
Quanto à demanda de moeda, como vimos, as teorias que buscam
explicá-la apresentam dois tipos de razões para a coletividade demandar
(reter) moeda: motivo transação e motivo portfólio. Quanto ao primeiro
motivo, a demanda de moeda é diretamente relacionada ao nível de
renda da economia. Quanto maior o nível de produto, maior será o
volume de transações e, portanto, maior será a quantidade de moeda
requerida (demandada) para realizá-las. Dessa forma, a demanda de
moeda aumenta conforme aumenta a renda.
Quanto ao motivo portfólio, o indivíduo, ao tomar a decisão de como
alocar sua riqueza, compara o diferencial de rentabilidade entre os
diferentes ativos. Desconsiderando a existência de inflação, o retorno real
da moeda é zero, enquanto o dos títulos é a taxa de juros que estes rendem.
Dessa forma, a taxa de juros corresponde ao custo de oportunidade de
reter moeda; assim, a demanda de moeda diminui conforme aumenta a
taxa de juros.
Percebemos que a demanda de moeda é como a de um bem normal
qualquer: varia inversamente com o preço e diretamente com a renda.
Assim, para dado nível de renda, podemos representar a demanda de
moeda como no gráfico da Figura 5.6, em que a demanda de moeda varia
inversamente com a taxa de juros.
Ao considerarmos variações da renda, percebemos que estas
provocam deslocamentos da demanda de moeda. Assim, se a renda se
amplia de Y1 para Y2, a demanda de moeda se desloca de Md(Y1)
para Md(Y2), ou seja, para qualquer nível de taxa de juros que se
considere, haverá maior demanda por moeda.
O equilíbrio no mercado monetário ocorre quando a demanda de
moeda iguala-se à oferta de moeda.
como a demanda de moeda responde positivamente à renda e
negativamente à taxa de juros, elevações na renda devem ser
acompanhadas por aumentos nas taxas de juros, de modo a
compensar o impacto expansivo sobre a demanda de moeda
decorrente do maior nível de renda, o que pode ser visto no gráfico
da Figura 5.7.
Plotando os pares (Y, r) que equilibram o mercado monetário,
obtemos a curva LM, como pode ser visto no gráfico da Figura 5.8.

Figura 5.8 Curva LM.


Os fatores que afetam a inclinação da curva LM são as elasticidades
da demanda de moeda em relação à renda e à taxa de juros.
Quanto maior a elasticidade da demanda de moeda em relação à
renda, maior será a inclinação da curva LM, uma vez que uma pequena
variação na renda levará a uma grande expansão na demanda de moeda,
exigindo maior elevação na taxa de juros para compensá-la. Por outro
lado, quanto maior a elasticidade de demanda de moeda em relação à
taxa de juros, menor será a inclinação. Se a demanda de moeda for muito
sensível à taxa de juros, qualquer variação nesta exigirá uma mudança
significativa na renda, para compensá-la; ou, inversamente, qualquer
alteração no nível de renda exigirá uma pequena mudança na taxa de
juros, para manter o mercado monetário em equilíbrio.
Observe a Figura 5.9.
A posição da curva LM é dada pela oferta real de moeda. Como
estamos considerando o nível de preços constante, essa oferta é afetada
basicamente pela política monetária. Assim, expansões na oferta de
moeda deslocam a LM para a direita (para baixo) e contrações, para a
esquerda (para cima).

Figura 5.10Deslocamento da curva LM em função de


diminuição da oferta de moeda.
5.3EQUILÍBRIO SIMULTÂNEO NO MERCADO DE BENS E
DE ATIVOS
Para determinarmos o nível de renda e de taxa de juros que equilibram
simultaneamente os mercados de bens e de ativos, basta juntarmos a IS e
a LM, conforme o gráfico da Figura 5.11.

Figura 5.11Equilíbrio simultâneo no mercado de bens e


de ativos.
No ponto E a economia estará em estado de repouso, pois ambos os
mercados estarão em equilíbrio, aos níveis de taxa de juros r1 e renda Y1.
Para vermos como o ponto E constitui-se em uma situação de repouso,
vamos analisar o significado de pontos de fora das respectivas curvas, e
como se dá o ajustamento da economia.
No caso da curva IS, como vimos, pontos sobre a curva correspondem
aos pares (renda, taxa de juros) que garantem o equilíbrio no mercado de
bens.
Pontos à direita da curva IS correspondem a situações de excesso de
oferta e pontos à esquerda, excesso de demanda. Consideremos o
ponto A no gráfico da Figura 5.12. Com este nível de taxa de juros, o
investimento é relativamente baixo, com o que a demanda é insuficiente
para esgotar o nível de oferta correspondente. Podemos raciocinar
também da seguinte forma: como a propensão marginal a consumir é
menor que um, com níveis elevados de renda, a diferença entre o produto
e o consumo que deve ser coberta pelo investimento será maior. Com
taxas elevadas de juros, não haverá investimento suficiente para tal,
gerando excesso de oferta de bens. No ponto B ocorre o inverso: a taxa
de juros está muito baixa para aquele nível de produto, induzindo um
elevado volume de investimento e provocando excesso de demanda por
bens.
Seguindo a lógica keynesiana, com preços constantes, havendo
excesso de oferta, ocorrerá acúmulo de estoques, fazendo com que as
empresas diminuam a produção. Havendo excesso de demanda os
estoques diminuirão, forçando o aumento da produção. Essa é a primeira
regra de ajustamento: sempre que houver desequilíbrios no mercado de
bens, o ajuste se dará via quantidades, alterando o nível de produto
(renda), como descrito no gráfico da Figura 5.12.
No caso do mercado monetário, seu equilíbrio é representado pelos
pontos sobre a curva LM. Observando o gráfico da Figura 5.13 no caso
de pontos à direita (abaixo), haverá excesso de demanda por moeda, e
para pontos à esquerda (acima) haverá excesso de oferta de moeda. O
excesso de demanda, como no ponto A do gráfico, pode ser explicado da
seguinte forma: dada a oferta de moeda, àquele nível de renda, as pessoas
demandam grande parte para transações, mas por outro lado, como a taxa
de juros está muito baixa, não há estímulo para os agentes se desfazerem
da moeda em carteira e adquirirem títulos, gerando-se, com isso, o
excesso de demanda.

Figura 5.13Posições fora da curva LM.


O inverso ocorre no ponto B, em que tanto o nível de renda é muito
baixo como a taxa de juros é muito elevada, desestimulando a retenção
de moeda e gerando um excesso de oferta. O ajustamento neste mercado
se faz por meio de taxas de juros. Quando há excesso de demanda por
moeda, como vimos, há excesso de oferta de títulos, ou seja, os bancos
(por exemplo) não conseguem captar recursos, com o que passam a elevar
a rentabilidade dos papéis, para estimular os agentes a se desfazerem da
liquidez. O inverso ocorre quando há excesso de oferta de moeda, pois as
pessoas querem direcionar todos os recursos para os títulos, gerando um
excesso de demanda por estes, provocando uma queda nas taxas de juros
e levando o mercado monetário ao equilíbrio.
Essa é a segunda regra de ajustamento: desequilíbrios no mercado
monetário são corrigidos com variações nas taxas de juros. Quando há
excesso de oferta a taxa de juros diminui e quando há excesso de demanda
a taxa de juros se eleva.
Com base no exposto até o momento, podemos delimitar quatro áreas
de desequilíbrio no arcabouço IS-LM (Figura 5.14).

A região I caracteriza-se por excesso de oferta de bens (EOB) e moeda


(EOM), pressionando-se tanto a redução de renda como da taxa de juros.
Na região II, o excesso de oferta de moeda pressiona a queda da taxa de
juros e o excesso de demanda por bens (EDB), a ampliação do produto.
Na região III, temos excesso de demanda de bens e de moeda e na região
IV excesso de oferta de bens e excesso de demanda de moeda (EDM).
Pelas regras colocadas para o ajustamento, percebemos que, em
qualquer ponto que a economia se encontre, ela tenderá ao equilíbrio. Se
estivermos, por exemplo, em um ponto de equilíbrio no mercado de bens,
mas não no mercado monetário, como no ponto A do gráfico da Figura
5.15 (excesso de oferta de moeda), esse desequilíbrio leva a reduções na
taxa de juros, o que amplia o investimento e a demanda, fazendo com que
o mercado de bens se desequilibre, aparecendo um excesso de demanda
por bens. Nesse processo, tanto a taxa de juros vai se reduzindo como a
renda se ampliando, até atingir-se o equilíbrio em E.
Figura 5.15 Tendência ao equilíbrio, a partir de uma
situação de equilíbrio no mercado de bens e
desequilíbrio no mercado monetário.
Esse processo e a convergência para a situação de equilíbrio se
verificará para qualquer ponto de desequilíbrio.
Podemos considerar, como regra de ajustamento, correções
instantâneas no mercado monetário e lentas no mercado de bens. Dessa
forma, para qualquer situação de desequilíbrio, teríamos o gráfico
da Figura 5.17.

Figura 5.17Convergência para o equilíbrio: velocidade


de ajuste dos mercados de bens e monetário.
No ponto A, temos um excesso de demanda por bens e um excesso de
oferta de moeda. Com a hipótese de ajustamento automático no mercado
monetário, a taxa de juros se reduz instantaneamente para eliminar o
excesso de oferta, equilibrando o mercado monetário, atingindo o
ponto B, no qual permanece o excesso de demanda por bens. Conforme
vai se ampliando o produto, o excesso de demanda por bens vai
diminuindo. A elevação da renda vai ampliando a demanda de moeda
para transação, com o que a taxa de juros deve ir se elevando, para
diminuir a demanda de moeda pelo motivo portfólio. Este processo
persiste até que os dois mercados estejam equilibrados (ponto E).

5.4IMPACTO DE POLÍTICAS ECONÔMICAS NO


MODELO IS-LM
Conforme destacado anteriormente, a curva IS é traçada
considerando uma dada política fiscal (nível de gastos públicos e
tributação) e a curva LM para uma dada oferta de moeda. Alterações
no ponto de equilíbrio da economia (taxas de juros e níveis de renda)
decorrem de deslocamentos quer da curva IS que da LM ou de ambas,
sendo que estas mudanças são provocadas principalmente por medidas de
política econômica.
No caso da curva IS, outros fatores, além de políticas econômicas,
podem levar a deslocamentos, como, por exemplo, mudanças no
investimento autônomo em decorrência de modificações na eficiência
marginal do capital, ou ainda modificações no consumo autônomo: se,
por exemplo, considerarmos a variável riqueza como um fator explicativo
do consumo, alterações do nível de preços podem afetar a IS ao
modificar o estoque de riqueza real (este é o chamado efeito Pigou, que
discutiremos mais adiante).
No caso da LM, seus deslocamentos decorrem de modificações na
oferta real de moeda, que pode se dar por alterações ou no estoque
nominal de moeda ou no nível de preços.
Consideraremos, a seguir, apenas as modificações decorrentes da
política econômica, mantendo ainda o nível de preços constantes.
5.4.1Política monetária
Vamos considerar, inicialmente, o efeito de uma expansão monetária,
que deslocará a curva LM para a direita. De acordo com o exposto até o
momento, concluímos que o resultado final será uma queda na taxa de
juros e uma expansão na renda, conforme o gráfico da Figura 5.18.

Figura 5.18Efeito de uma expansão monetária.


Vamos ver como se dá a transição de E1 para E2: com o aumento na
oferta de saldos monetários reais, geramos um desequilíbrio no portfólio
dos agentes, que tentarão se desfazer da moeda excedente ampliando a
demanda por títulos. Com a elevação no preço dos títulos, reduzimos a
taxa de juros2 de modo a equilibrar o mercado de ativos: moeda e títulos.
Notemos que, para acomodar a maior oferta de moeda no portfólio dos
agentes, a rentabilidade dos títulos deve cair para tornar mais atraente a
retenção de moeda.
A queda na taxa de juros estimula o investimento, ampliando a
demanda agregada. Ao nível inicial de produto, gera-se um excesso de
demanda por bens, que as firmas atendem com redução dos estoques.
Com isso, as firmas passam a ampliar a produção para atender à maior
demanda. Conforme a renda vai se elevando, a demanda de moeda para
transação aumenta, forçando elevações na taxa de juros para diminuir a
demanda pelo motivo portfólio, de modo a manter equilibrado o mercado
monetário. Notemos que, apesar de haver uma elevação na taxa de juros
no segundo momento, ela não volta ao patamar inicial, mantendo-se
abaixo deste, com o que existe uma elevação de renda. Caso a taxa de
juros voltasse ao nível inicial, não haveria qualquer impacto sobre a
renda.
Assim, o mecanismo de transmissão da política monetária é o
seguinte:
1.a mudança na oferta de moeda deve gerar um desequilíbrio de
portfólio de modo a alterar taxa de juros; e
2.a mudança na taxa de juros deve impactar no investimento e com
isso na demanda agregada.3
Dado esse mecanismo de transmissão, é fácil analisar quais são as
condições que revelam a eficácia da política monetária nesse modelo.
O primeiro fator a afetar é a elasticidade da demanda de moeda
em relação à taxa de juros. Se a demanda de moeda for muito sensível
à taxa de juros, uma pequena variação na taxa de juros será suficiente para
ajustar o mercado de ativos. Assim, com esta pequena mudança na taxa
de juros, a maior parte da expansão monetária será retida pelo público,
com o que induzir-se-á uma pequena alteração no investimento e,
portanto, na renda. Ou seja, quanto maior a elasticidade da demanda
de moeda em relação à taxa de juros, menor será a eficácia da política
monetária.
O segundo condicionante da eficácia da política monetária é
a elasticidade do investimento em relação à taxa de juros. Se esta
elasticidade for baixa, mesmo que a ampliação da oferta de moeda gere
uma grande mudança na taxa de juros, isso poderá resultar em uma
pequena variação no investimento.
Concluímos, portanto, que a eficácia da política monetária será
tanto maior quanto maior a inclinação da LM e menor a inclinação
da IS.
Podemos considerar dois casos especiais. O primeiro, no qual a
demanda de moeda é infinitamente elástica em relação à taxa de juros. É
uma situação em que a taxa de juros encontra-se em um nível tão baixo
que qualquer ampliação na oferta de moeda será retida pelo público,
mesmo sem alteração na taxa de juros. Nesse caso, a LM será totalmente
horizontal e a política monetária não terá efeito algum sobre a renda. Esta
é a chamada armadilha da liquidez, na qual a política monetária é
totalmente ineficaz, e está ilustrada no gráfico da Figura 5.19.

Figura 5.19 Armadilha da liquidez.


O segundo caso ocorre quando a demanda de moeda independe da
taxa de juros, isto é, a elasticidade da demanda de moeda em relação à
taxa de juros é zero. É o chamado caso clássico (Figura 5.20), o mundo
da Teoria Quantitativa de Moeda em que a LM é vertical. Nesse caso,
amplia-se a eficácia da política monetária.
Figura 5.20Demanda de moeda totalmente inelástica em
relação à taxa de juros (caso clássico).

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