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FILMES

CRÍTICA

Histórias Cruzadas | Crítica


Dramédia mostra com leveza e simplicidade o lado feminino na luta
dos negros pelos direitos civis

CARINA TOLEDO

02.02.2012

21H25

ATUALIZADA EM

21.09.2014

14H34

Histórias Cruzadas (The Help) mostra o drama das empregadas negras


nos Estados Unidos durante a conturbada luta pelos direitos civis em
meados do século passado. No entanto, o faz trilhando um caminho dos
mais intimistas, priorizando as questões pessoais das personagens em
detrimento de eventos históricos e políticos que poderiam tornar mais
épico - e menos próximo - o tom do filme (ou talvez essas duas
abordagens sejam, essencialmente, a mesma coisa, como defenderam as
feministas à época, com seu lema "Le personnel est politique").
THE HELP

THE HELP
THE HELP

Assim, é de forma extremamente íntima - como na necessidade de um


banheiro separado para as empregadas ou no carinho que essas
ajudantes sentiam pelas crianças brancas que criavam -, que somos
apresentados ao atrasado estado do Mississipi em 1962. Skeeter,
personagem vivida por Emma Stone, é a única de suas amigas de colégio
disposta a ver aquelas mulheres negras de forma igualitária. Seu sonho é
ser escritora e ela encontra seu primeiro emprego na coluna de conselhos
domésticos do jornal local, assunto sobre o qual nada sabe, aproximando-
se assim de Abileen (Viola Davis).
Não demora para que ela tenha a ideia de revelar ao mundo como aquelas
mulheres se sentem. Mas o único obstáculo para tanto são as próprias
empregadas e seu medo de punição caso alguém descubra. Afinal, é na
base da ameaça que os segredos das chefes brancas são mantidos. E quão
detestáveis são as chefes! Bryce Dallas Howard consegue transmitir
tanta maldade (inicialmente velada) com sua Hilly Holbrook que é
inevitável se pegar na plateia torcendo contra ela.
Os momentos mais sofridos do filme são de Viola Davis, cujos
depoimentos são contados em tom calmo e sofrido. Já Minny (Octavia
Spencer) dá os toques cômicos que às vezes são quase exagerados, mas
não falham em arrancar risadas da plateia. Este é um filme de mulheres e
cada atriz soube entregar seu papel muito bem, com a dose certa de
dramaticidade e humor (o espaço para os homens é tão limitado quanto a
parede de Abileen: só Jesus Cristo e John F. Kennedy merecem destaque
ao lado da foto do filho). O equilíbrio é tamanho que Histórias
Cruzadas acerta em cheio em seu objetivo de entregar um feel good
movie perfeito, fazendo chorar mas sem deprimir, relembrando um
passado sombrio, mas sem levar a qualquer reflexão mais profunda.
O diretor e roteirista Tate Taylor soube extrair o melhor de seu elenco e
também do best-seller de Kathryn Stockett. A trama se desenrola sem
tropeços, prende e diverte. Muitos se surpreenderam quando The
Help chegou ao primeiro lugar nas bilheterias dos EUA e lá ficou por três
semanas seguidas (o que não acontecia desde A Origem), superando
os blockbusters milionários do momento. No entanto, a verdadeira
surpresa é que ainda exista o choque dos executivos quando um ótimo
filme, com boas atrizes e orçamento adequado para seu roteiro e sem
excessos megalomaníacos, encontre seu público com honestidade.
Histórias Cruzadas | Cinemas e horários

NOTA DO CRÍTICO
Ótimo

EMPRESAS DA OMELETE COMPANY:

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