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A área atualmente definida como Centro Antigo de Salvador refere-se ao trecho mais
densamente urbanizado da cidade até a primeira metade do Século XX. Até esta época
estava localizada nesta zona da cidade, além dos seus principais bairros residenciais, a
maior parte dos edifícios destinados tanto às funções administrativas de Salvador,
quanto à sua vida comercial e portuária, atividades que sustentaram o crescimento da
cidade durante a maior parte da sua história.
No Centro Histórico, bairro de grande relevância do CAS, nestes quase cinco séculos de
existência, foi construído um rico patrimônio histórico e cultural, composto por um
acervo arquitetônico colonial de importância nacional e internacional, que se estende
para além do Pelourinho – núcleo mais conhecido deste Centro Histórico –, atingindo
uma área, ocupada até o final do século XIX, de aproximadamente mil hectares
(10km2), na qual se pode observar a justaposição de estilos de fora com aqueles
nascidos no lugar, conformando a construção desta cidade tão plural ao tempo que tão
singular.
Pode-se dizer que as características arquitetônicas das atuais edificações dessa área
foram influenciadas por uma série de contingências que datam, ao menos desde 1626,
quando é estabelecida a proibição de qualquer construção sem controle e aprovação da
Câmara. Mesmo com esta tentativa de controle do padrão das edificações que se
perpetua, muitas das velhas edificações coloniais passaram a ser ‘modernizadas’ com a
utilização de diferentes elementos nas fachadas que, em vários casos, por exemplo,
passam a ser coroadas por platibandas de diversos tipos, superpondo linguagens
estilísticas de variadas épocas e origens.
Ainda ostentando esse rico panorama, onde marca presença um variado conjunto de
testemunhos arquitetônicos e estilísticos de diversas épocas, a zona do Centro Histórico
de Salvador – CHS veio a ter o seu primeiro tombamento pelo Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, no ano de 1959. Sem dúvida, a adoção desta
medida de proteção contribuiu para que essa mesma paisagem urbana ainda possa ser
apreciada nos tempos atuais.
Formada por cerca de 80 mil habitantes no ano de 2000, a população do CAS sofreu
uma redução de cerca de 40% desde 1970, de acordo com dados do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE, 2000). Em termos populacionais, constata-se, na área,
uma alta incidência de pessoas da terceira idade – acima de 60 anos – ultrapassando o
número registrado na cidade como um todo (15,1%). Também se constatou que o
percentual de mulheres é maior no Centro Histórico (55,3%), e no seu entorno (56,7%)
– do que em Salvador (53,7%).
3. Tipologia da arquitetura
4.Cultura e patrimônio
Já o Centro Antigo de Salvador é uma área de 7 km², que inclui em sua extensão
territorial onze bairros da capital baiana como Centro, Barris, Tororó, Nazaré, Saúde,
Barbalho, Macaúbas, parte do espigão da Liberdade, Santo Antônio e Comércio, além
do Centro Histórico. De com acordo com a legislação, esta área de Salvador
corresponde à área contígua à de proteção rigorosa, sob o registro da Lei Municipal n°
3.289/83.
A área de atuação do Plano de Reabilitação foi ampliada para além dos limites do
perímetro tombado porque, assim como em outras capitais brasileiras, a área central de
Salvador passou a conviver, nas últimas décadas, com uma série de problemas
originados da perda de população e da subutilização dos imóveis, da inadequação e
insalubridade das moradias e da falta de manutenção dos imóveis patrimoniais, além da
insegurança pública, prostituição e tráfico de drogas. Todas essas questões configuram
um quadro de vulnerabilidade social em contraponto à existência de um rico patrimônio
edificado, oferta de empregos e de transporte público.