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ARTE CONTEMPORÂNEA

OBRA ABERTA – UMBERTO ECO

O texto reflete sobre a alienação provocada pelos objetos na sociedade moderna e suas
implicação para a autonomia do homem sujeito às regras do capitalismo pós-revolução
industrial. Eco inicia suas consideração a partir da definição de alienação para Hegel e Marx.

Alienação que existe na própria relação produtiva entre o operário e o objeto construido por
ele (contexto da Revolução Industrial)

“pois nao somente o produto, mas o próprio trabalho produtivo não lhe pertence: é de outros”

“a realidade industrial disfarça a opressão que exerce sobre nós e nos convida a esquecer, camuflando
nossas rendições, maquina que age sobre nós, fazendo-nos ar~ce~ agradavel
uma relagaoque na verdade nos dlmlllul e nos escraviza.”

Zolla tem razão quando diz que não cabe ao pensamento propor as soluções,competindo-Ihe apenas
procurar entender a situação. Contanto, porém, respondemos nós, que a compreensao tenha a riqueza de
uma definição dialética: porque é justamente ao iluminar os pólos opostos do problema que ela se torna
capaz de fornecer urn subsídio de clareza para as decisões subsequentes. (ECO, Obra Aberta, p. 243).

Isso seria evitar a Entfremdung graças à Verfremdung, esquivar-se à alienação através de uma técnica de
estranhamento, como Brecht, que, para subtrair o espectador à eventual hipnose dos acontecimentos
representados, exige que as luzes do teatro permaneçam acesas e que o público possa fumar. (p. 244)

A alienação constitui, para o homem moderno, uma condição semelhante à falta de gravidade para o
piloto espacial: uma condição na qual deve aprender a mover-se e a identificar as novas possibilidades
de autonomia, as direções de liberdade possivel. (p. 246)

Em que termos se prop6e uma problematica da alienação,no plano das formas da arte ou da pseudo-arte?
(p. 247)

Com a invenção da rima, estabelecem-se módulos e convenções estilísticas, não por automortificação,
mas porque se reconhece que somente a disciplina estimula a criação,e porque se discerne uma forma de
organização dos sons que parece mais agradável ao ouvido. A partir do momento em que a convenção é
elaborada, o poeta não é mais prisioneiro de sua própria extroversão perigosa e de sua emotividade: as
regras da rima, se par um lado o reprimem, por outro, libertam-no, tal como uma atadura elástica no
tornozelo livra o atleta do perigo de uma luxação. (p. 247-248).

A revolta contra 0 sistema tonal, porem, nao diz


respeito somente a uma dialetica de invengao e maneira;
nao se sai do sistema s6 pelo fate de que os
costumes se enrijeceram, isto e, desde que esgotada a
gama das possibilidades de invengao (no sentido puramente
formal), nao se recusa 0 sistema pela simples
razao de se ter chegado, tambem na musica, ao
ponto em que a dupla "amor" e "dor" nao somente
se tornou expressao necessaria mas ainda s6 pode ser
pronunciada de modo ironico, a tal ponto ficou estereotipada
e vazia de qualquer capacidade de sugestao.
o musico recusa 0 sistema tonal porque, agora, esse
sistema transporta para 0 plano das relagoesestruturais
toda uma maneira de encarar 0 mundo e uma maneira
de existir no mundo.
o musico nega-se a aceitar 0 sistema tonal nao somente
porque com ele se sente alienado numa estrutura
convencional, como tambem em toda uma moral,
uma etica social, uma visao te6rica da maneira expressa
por aquele sistema.

O artista e os momentos de ruptura (exemplo de tentativa de ruptura com o sistema tonal na música
ocidental).

“ [...] uma das tendências negativas da situação em que se encontra é justamente ignorar que a crise existe
e tentar continuamente redefini-la conforme aqueles modulos de ordem, de cujo desgaste nasceu a crise.”
(p. 253).

Sobre a lógica da existência de uma vanguarda artísitica ou o paradoxo da vanguarda artística:

“Assim, paradoxalmente, enquanto se acredita que a vanguarda artística não está relacionada
com a comunidade dos demais homens, em cujo seio vive, e com a qual se julga estar relacionada a arte
tradicional, na realidade acontece, justamente o contrario: entrincheirada no limite extremo da
comunicabilidade, a vanguarda artística é a unica a manter relações de real significado com o mundo em
que vive” (p. 254).

“[...] o crítico das poéticas contemporâneas pode suspeitar que, assim procedendo, deslocando sua
atenção para problemas de estrutura, a arte contemporanea renuncia a fazer um discurso
Sobre o hornern, perdendo-se então por trás de um discurso abstrato ao nível das formas.”

Exemplo de uma dramaticidade de má-fé:

“[...] é de má-fé a fórmula de cortesia e a pergunta "Senhorita, quer ser minha esposa?", que
somente pode ser dita ironicamente, pois jamais poderá expressar, hoje, uma verdadeira
paixão amorosa, desde que está irremediaveImente comprometida com um cerimonial e com
uma concepção de reIações afetivas estritamente ligados à sensibilidade romântica burguesa.”
(p. 257).

“[...] âmago do problema: não se pode julgar ou descrever uma situação qualquer, em termos de uma
linguagem que não seja expressão dessa mesma situação, pois a linguagem reflete um conjunto de
relações e coloca um sistema de implicações sucessivas.” (p. 257).

“No momento em que o artista percebe que o sistema comunicativo é estranho à situação histórica de
que quer falar, deve compenetrar-se de que é impossível expressar a situação através da exemplificação
de um assunto histórico, e de que somente podera expressá-la através da adoção e invenção de estruturas
formais capazes de estabelecer-se como modelo dessa situação.” (p. 258).

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