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ESQUEMA OEB Pfª Izaura Kaizer

Política e administração da educação no Brasil: momentos de uma história em construção

Benno Sander, 2005 (Texto 3)

 Texto foca em: experiência brasileira em matéria de políticas públicas e de gestão da educação no contexto internacional.
 Colonização: significou conquista econômica, conquista política, conquista cultura - conquista cultura, que engloba a educação,
mediante a transplantação sistemática dos valores e das práticas religiosas do cristianismo e das expressões artísticas e tradições
educacionais dos países dominados pela cultura latina da Europa continental no Novo Mundo/ globatinização
 Política de educação publica confessional: missionários da Companhia de Jesus, transmissores naturais da cultura latina./o nativo
deu lugar ao latino/ escolaticismo católico (período colonial e República)
 Nos tempos coloniais somente uma minoria da elite política e do clero tinha acesso à escola e não havia vontade política por parte
da Família Real de Portugal no sentido de ampliar as oportunidades educacionais para o povo/ monarquia européias: política
exclusivista, que atendia primordialmente à classe dominante/ política publica confessional que utilizava os sacerdotes e religiosos
para formar os alunos para a obediência, a submissão e o respeito a Deus e à autoridade constituída monarquicamente.
 Imigrantes alemães, italianos, suíços e poloneses que se estabeleceram no sul do Brasil no século XIX, trouxeram novas práticas
educacionais baseadas nas tradições pedagógicas de seus países de origem e cuja influência se reflete até hoje na educação da
população
 Durante o Segundo Império houve alguns desenvolvimentos promissores no campo do ensino, graças a sensibilidade política e
cultural do Imperador Dom Pedro II e ao seu interesse pessoal pela educação. É nesse contexto que, no final do Império, Rui Barbosa
liderou um importante movimento de reação à falta de uma tradição pedagógica autenticamente brasileira e à ausência de uma
política de educação popular comprometida com a formação para a cidadania e a defesa dos interesses nacionais.
 Na organização do sistema educacional da Primeira República, a influência do positivismo revelou-se na adoção de poderosos
instrumentos de controle central e de uniformização do ensino, apesar do federalismo formal e da descentralização proclamada da
administração pública. O positivismo se manifestou na concepção de um conteúdo universalista transmitido por um currículo
enciclopédico, na adoção da metodologia empírica e quantitativa e nas práticas prescritivas de organização e funcionamento das
instituições de ensino.
 Ordem, disciplina, controle centralizado e uniformização de comportamentos e práticas eram os requisitos fundamentais das escolas
e dos sistemas de ensino e da própria administração pública daquela época.
 Ordem e manutenção do status quo são muitas vezes mais valorizados que a educação para a liberdade, a criatividade, a consciência
crítica e a cidadania responsável.
 Estado Novo e Segunda Guerra Mundial/ conflito entre setores conservadores, tanto no mundo da educação como na sociedade em
geral/ Anísio Teixeira e Alceu Amoroso Lima
 Lógica econômica: governo militar/ Plano Marshall na Europa e Aliança para o Progresso nas Américas/
 Em conseqüência, as políticas públicas daquela época em matéria de organização e administração educacional sustentavam-se nos
poderosos movimentos internacionais da administração para o desenvolvimento, da economia da educação, das teorias do capital
humano e do investimento econômico no ser humano e suas taxas de retorno individual e social.
 À luz da lógica econômica que caracterizou esses movimentos, surgiu o planejamento governamental e, dentro dele, o planejamento
educacional, ambos fortemente impulsionados pelas agências de assistência técnica e financeira dos países desenvolvidos, pelos
organismos intergovernamentais de cooperação internacional e pelas organizações multilaterais de crédito. / Brasil: Acordo
MEC/Usaid
 Fase desenvolvimentista: convicção otimista de que a educação era fator determinante de crescimento econômico, o principal
instrumento de progresso técnico e o mais poderoso meio de seleção e ascensão social./ significativo crescimento quantitativo dos
sistemas de ensino em termos de escolas, colégios, universidades, matrículas e formandos.
 Organização e consolidação de uma série de sociedades científicas e associações de educadores, como a Associação Nacional de
Pesquisa e Pós-Graduação em Educação (Anped), a Associação Nacional de Dirigentes de Ensino Superior (Andes), o Centro de
Educação e Sociedade (Cedes), a União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação (Undime), o Conselho de Secretários
Estaduais de Educação (Consed) e a Associação Nacional de Política e Administração da Educação (Anpae)
 Aldeia globlal: sociedade global da informação, sustentada numa nova economia, a economia concentradora da globalização, cuja
base é o acesso e a utilização eficiente do conhecimento
 O novo movimento internacional no campo das ciências sociais e administrativas preconiza conceitos e praticas que muitas vezes
valorizam a eficiência e a produtividade acima do próprio processo educativo que se realiza na escola e na sala de aula.
 Conceitos e praticas que dão mais importância ao domínio de táticas competitivas do que à formação para a solidariedade e a
convivência humana coletiva; Conceitos e praticas que enfatizam comportamentos clientelistas e consumistas em prejuízo da
formação para a cidadania e a responsabilidade social; conceitos e praticas que priorizam instrumentos de controle de gestão que
alimentam e realimentam processos decisórios preocupados com resultados imediatos e utilitários. Conceitos e praticas de avaliação
educacional baseados na lógica econômica que recompensa os que menos necessitam e castiga os que mais precisam, tornando-se
assim, muitas vezes, fator de aprofundamento da desigualdade e de aumento da exclusão social.
 Propostas educacionais concebidas internacionalmente são: eficiência, produtividade, competitividade, descentralização,
privatização, qualidade total, estândares e avaliação de desempenho. O seu objetivo declarado é alcançar elevados níveis de
desenvolvimento humano para poder competir eficientemente na nova sociedade do conhecimento
 Os fatos nos conclamam a acentuar a dimensão social da globalização, que deve começar pelo direito de todos as trabalho, à
educação e ao desenvolvimento humano sustentável. Trata-se de globalizar os direitos humanos, a justiça social, a qualidade de vida,
a democracia e o pleno exercício da cidadania.
 A superação desses desafios dependerá, em grande parte, da capacidade dos educadores para facilitar a aquisição, por parte dos
educandos, dos valores próprios de uma nova globalização, socialmente mais justa e politicamente sustentável, desenvolvendo
práticas pedagógicas e formas de organização e administração que sejam significativas para os educandos e eticamente válidas para
toda a comunidade escolar e seu entorno social, valorizando o espírito público, a solidariedade, a justiça social, a convivência
construtiva e a participação democrática.
 O país necessita de educadores com capacidade criativa e compromisso social para formular políticas educativas e conceber práticas
de administração em função das sempre novas necessidades e aspirações educacionais. Ou seja, a educação dos educadores deve
continuar na ordem do dia. Sua formação inicial e educação continuada constituem fatores fundamentais para alcançar uma
educação de qualidade para todos

Nova Ordem Global – Novos desafios para a educação

Maria Inez Salgado de Souza, 1997 (Texto 1)

 A Educação tem múltiplos aspectos e componentes que a determinam, além de ser algo que não se pode prever, quantificar e
ajustar do mesmo modo que metas e prioridades materiais.
 Souza descreve educação não apenas como qualificação e preparação dos indivíduos para exercerem uma atividade qualquer, nem
como o momento em que o mestre “dispensa” aos discípulos o seu saber. A Educação no texto, será entendida como um processo
social dos mais complexos, que se inicia na família e se prolonga pela vida afora, mas que, para ser garantido e se permitir que
possua uma ação efetiva, é necessário que seja normatizado, teorizado e desenvolvido experimentalmente.
 Países ricos: preocupação centrada nos aspectos da eficiência e da qualidade da Educação e nas questões relativas à formação
continuada dos trabalhadores/ educação voltada a integração à economia global, objetivo inicial voltado ao sucesso
econômico./testes padronizados
 A globalização da economia levou à unificação dos sistemas de mercado e a uma nova era de influência cultural dos países
hegemônicos. Isso explica, estão, a emulação a que estão sujeitos os países da periferia, que devem adequar-se aos parâmetros
mundiais, não apenas no aspecto mercadológico, mas também na esfera cultural.
 Qual tipo de educação é ideal para formação da nação/povo no país.1- Visão capitalista tout-court: busca eficiência econômica e a
competitividade nos mercados internacionais e que, por isso, necessita de uma formação altamente qualificada e de acordo com
padrões globais de produtividade, adaptabilidade e universalidade. Ex: EUA, Coréia do Sul, Japão e Inglaterra pós-Margareth
Thatcher
 2- Terceiro-mundista: rejeita amplamente os parâmetros econométricos como critérios educacionais e quer, sobretudo, que o
Estado assuma o ônus educacional nos países pobres, para tornar a escola aceitável e mais eficiente do que ela é nas atuais
circunstâncias
 3- Vizualiza possibilidade de se proporem novos objetivos e novos fins educacionais que possam abandonar o protagonismo
economicista, substituindo-o pelo da cultura ou por um novo humanismo.
 Os problemas sociais, provenientes da exclusão de grandes contigentes, indicam a necessidade urgente do atendimento no nível
básico.
 Juan Carlos Tedesco diz que é desenvolvendo a base da Educação que se promove o caráter democrático do desenvolvimento social
e, ao mesmo tempo, que é preciso forjar a capacidade científica e tecnológica para o desenvolvimento de conhecimentos
necessários ao crescimento econômico e redistribuição mais ajustada da renda. Aí reconhece que, nos países pobres, o papel do
Estado ainda é fundamental, pois é a ele que destinar aos recursos públicos aos setores mais necessitados.
 Desemprego dos educandos (universitários): reflexo dos efeitos da recessão econômica que aponta para um esgotamento de
perspectivas em determinadas carreiras profissionais, relacionadas com setores econômicos em crise.
 Para que a democratização dessa sociedade se amplie e possa contribuir, assim, para atenuar alguns efeitos alguns dos efeitos
inevitáveis da globalização, como a queda do nível de emprego e, consequentemente, de renda das populações, temos diante de nós
um outro desafio para a Educação: é preciso dar um certo treinamento profissional de qualidade àqueles contingentes que poderão
ser absorvidos por setores mais especializados da economia e ainda ampliar o acesso das camadas marginalizadas ao ensino básico,
para a aquisição de elementos culturais que os capacitem para um papel mais positivo na sociedade futura.
 Agenda educacional obtenha êxito: reformular os conteúdos educacionais, que se reestruturem as ideias pedagógicas e que se
qualifiquem e valorizem profissionalmente aqueles que serão responsáveis por ela.
 A vivência dos problemas educacionais propõe a revisão das posturas políticas, técnicas e teóricas que envolvem a sua mediação,
sem perder de vista as novas condições a que os países estão sujeitos dentro da reordenação global. Diante disso, é necessária a
reafirmação constante da obrigação do Estado de provimento de uma educação de qualidade para todos, que atinja toda a
população em idade escolar, do ensino básico ao médio e profissional.

O papel do professor na CONSTITUIÇÃO do Projeto Político-Pedagógico

Jailson Alves dos Santos, 2002 (Texto 4)

 Reflexão acerca da importância da participação ativa dos professores da rede pública de ensino, em suas respectivas escolas, na
construção do Projeto Político-Pedagógico
 Três partes: primeira (aspectos legais): reforma educacional brasileira, sintetizada na LBD 9.394/96, em alguns de seus aspectos que
estão relacionados com a construção do Projeto Político-Pedagógico
 Segunda (aspecto conceitual): conceito do Projeto Político-Pedagógico, a partir da concepção de alguns autores, procurando fazer
uma síntese dos princípios e condicionantes que devem nortear o projeto em questão, fundamentado na literatura aqui apresentada
a respeito do tema
 Terceira (aspecto prático): enfatizaremos a importância do papel a ser desempenhado pelos profissionais da educação, que em vez
de exercerem uma resistência passiva à participação, tanto na construção, quanto na execução do Projeto Político-Pedagógico em
suas escolas, devem assumir a responsabilidade de fazer avançar as propostas pedagógicas, no sentido de tornar a escola um espaço
real de formação do cidadão e de contribuição para a transformação social.
 ASPECTOS LEGAIS: conquista do espaço de participação (1988-1996), através de embates, articulações e disputas, na tramitação da
LDB no Congresso Nacional.
 Duas tendências: 1- histótico-crítica: que se funda nas relações entre educação e os condicionantes sociais, faz crítica à educação no
âmbito do capitalismo, tendo em vista o caráter contraditório que preside as relações sociais que se processam segundo uma
dinâmica própria, inerente aos diferentes contextos históricos das sociedades capitalistas. Nessa perspectiva, a educação pode
interferir na sociedade no sentido de contribuir para a sua transformação.
 Ideias de tendência liberal-tecnicista: LDB de caratês generalista/ procura transferir responsabilidades./ introduzida na política oficial
brasileira no final dos anos 60, se fundamenta segundo Libâneo (1985), no pressuposto de que a educação deve subordinar-se à
sociedade. Nesse sentido, a educação, ao contrário do que postula a tendência histórico-critica, tem a função instrumental de
preparar mão-de-obra para o mercado de trabalho. Visa a consolidação do status quo que caracteriza as sociedades capitalistas.
 Cury (1997) – extremamente flexível/ incentiva o repasse de atribuições do poder federal para outros x libera as amarras
burocráticas. / parte da política de descentralização (processo construção PPP/ sistema de avaliação dos resultados do ME)
 Sacristán (1990) – efetivar normas de ensino quando se quer estabelecer iniciativas e programas (mudança para
descentralização/acomodar ensino ao mercado de trabalho/ incorporar novas tecnologias...) / reforma educacional articulada as
transformações/ adequada à nova ordem econômica, política social (conceitos de autonomia, descentralização e eficiência – como
solução para o problema da centralização burocrática da educação brasileira)
 Bruno (1997) – necessidade de descentralização administrativa e financeira (autonomia aas escolas/participação maior dos
envolvidos/responsabilidades maiores)/ escola toma algumas decisões (controladas por acompanhamento, avaliações, critérios para
distribuição de recursos/ definições de princípios gerais projeto educativo de cada sistema gerados pelos órgãos centrais)
 Aspectos conceituais: Veiga (1995) – não burocrático / ser construído e vivenciado sempre e por todos os envolvidos
(RUMO/DIREÇÃO)/ compromisso com a formação do cidadão para um tipo de sociedade (POLÍTICO)/ define ações educativas e
cumprimento de propósitos pela escola (PEDAGÓGICO)
 Gadotti (1997) – a questão política implícita no ato pedagógico (Político-Pedagógico)/não apenas objetivos, metas, procedimentos
estabelecidos, mas confrontados por uma gestão democrática
 Gadin;Gadin (1999) – indicar os resultados: o tipo de sociedade, valores, princípios (POLÍTICO)/ indicar a intermediação: a forma de
contribuir com os resultados (PEDAGÓGICO)
 Aspectos praticos e de participação na vida publica: a resistência dos profissionais nos espaços de decisão (herança de processos
ditatoriais – governo forte – no Brasil)
- Oliveira (1999) – estado novo Vargas (15 a) governo militar (20 a)/ sociedade vem sendo tolhida/ a participação na década de 90
nos processos democráticos/ criar mecanismos de participação além da simples escolha de representantes
- Santos (1999) – articulação entre democracia representativa e a democracia participativa “além do voto”/ a democratização das
relações do cotidiano escolar, seja direção eleita ou indicada/ o papel do profissional de educação na escola/ acompanhar trajetória
do representante e participar das esferas de decisão
- Braverman (1987) – a ideia concebida por uma pessoa pode ser executada por outra/ momento NÃO de RESISTIR mas de
PARTICIPAR ativamente da construção do PPP da escola/ impasse dos profissionais em relação aos objetivos das concepções
educacionais
- Frigotto (1989) – a luta pelo saber elaborado no controle da escola/ a preparação para o trabalho (processo de exclusão de mão-de-
obra formada pela escola)
 Os profissionais devem assumir a responsabilidade política de:

1 – Construir um PPP que venha “medir os interesses dos trabalhadores e, em decorrência, fazer com que a escola possa transmitir
os saberes necessários à inserção do indivíduo no processo de transformação” (SANTOS, 2002, P.36)
2- Aproveitar o flanco no art. 32, inciso II e III – desenvolver na escola a autonomia pedagógica e os princípios de gestão
democrática/ ocupar os espaços abertos pela LEI e não resistir à participação da concepção, execução e avaliação do PROJETO
POLÍTICO-PEDAGÓGICO

 Em resumo... o papel do professor na construção do PPP:


 As tendências de concepções educacionais que podem nortear a organização do sistema escolar e seus objetivos: histórico-
crítica, voltada para o processo de construção das pessoas, e liberal-tecnicista, preocupada com o desenvolvimento
econômico e com a preparação para o mercado de trabalho
 Aspectos legais a respeito do PPP: a questão do comprometimento POLÍTICO dentro de propósitos PEDAGÓGICOS,
passando pelos conceitos de autoria coletiva, gestão democrática e autonomia escolar
 Aspectos práticos e de participação dos professores na concepção, execução e avaliação do PPP: a questão da não
resistência à participação, e o impasse dos profissionais em relação aos objetivos das concepções educacionais, isto é, a
contradição entre e o que a escola propõe e a demanda do mercado de trabalho.

Descentralização político – Administrativa da educação no Brasil

Wilson Alves de Paiva, 2002 (Texto 2)

 A situação atual da educação municipal no Brasil, em termos de políticas públicas e gestão representa, por um lado, o fortalecimento
dos movimentos democráticos e das ideias de descentralização e maior participação popular, cujas raízes vão desde as revoltas dos
colonos contra a Coroa Portuguesa até as últimas lutas contra um regime militar extremamente centralizador e repressor. Por outro
lado, a descentralização político-educacional consagrada na atual Constituição e LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação – pode
estar inserida nas políticas neoliberais que imprimem uma flexibilização social e preconizam a diminuição da ação do Estado na vida
pública.
 A ação popular tem sido âncora de resistência e deve ser o vetor primordial da gestão educacional diante dos limites e possibilidades
que o conjunto de leis oferece
 Regime político de centralização permaneceu por todo o período colonial/ a independência (1822), resultou em uma centralização
no poder pessoal do Imperador, abafando assim as ideias liberais e a influencia da burguesia urbana que só posteriormente
conseguiu forçar a criação das Câmaras Municipais em 1824 e a figura de um prefeito, no estilo francês, em 1835.
 Os portugueses ignoravam a necessidade de fornecer as primeiras letras a toda a população infantil. Coube, portanto, à Companhia
de Jesus, órgão da Contra-Reforma, a tarefa de promover a educação dos povos d’além mar. / aulas-régias inauguraram a educação
pública estatal no Brasil
 Século XIX/ Não havia um sistema nacional de educação centralizado, existente nos países europeus desse período: dessa forma, as
províncias promoveram a instituição de sistemas provinciais, sob influência do ideário civilizatório iluminista, tendo como objetivo
maior instruir as ‘classes inferiores’. Com falta de professores, o método utilizado, entre outros, foi o lancosteriano ou mútuo, que
atingia um grande número sem muitos gastos.
 A população, por sua vez, mobilizou-se com aberturas de escolas domésticas, como resultado do grande debate sobre o problema da
instrução, iniciada logo após a proclamação da República pelos militares e intelectuais liberais. / início do século com ideias
iluministas e positivistas
 A tendência dos municípios tem sido a da assinatura do convênio de municipalização com os estados no sentido de receber dos
mesmo as escolas de educação infantil e nível fundamental.
 A criação do Fundef (Fundo Nacional de Desenvolvimento do Ensino Fundamental) contribuiu nesse processo tendo em vista o
caráter redistributivo do valor referencial por aluno, ou seja, quanto maior o número de alunos, maior a quantidade recebida.
 O processo de descentralização tem duas vertentes básicas: por um lado, o desejo de participação e autonomia por parte da
população como resultado do movimento pela democracia na política brasileira; por outro, uma clara influência das tendências
neoliberais das sociedades capitalistas que preconizam a política do Estado Mínimo, cuja implantação pode ocorrer via privatização
dos setores produtivos administrados pelo Estado e, por conseguinte, a ‘mercadologização’ dos aspectos sociais.
 As vertentes neoliberais, por sua vez, forçam uma flexibilização social, fugindo das velhas formas de organização fordista/taylorista
da produção e imprimem, cada vez mais, uma dinamicidade nos meios econômico, cultural e educacional a ponto de provocar
qualidade, acessibilidade e democratização.
 As vertentes populares, representadas pela força sindical, organizações não governamentais – ONGs, igrejas e associações diversas,
por sua vez, reclamam mais espaço nas decisões político-administrativas e reivindicam melhores condições de trabalho, salários mais
dignos, gratificações e outros direitos que têm culminado no cumprimento, por parte dos gestores, do espírito das novas leis.
 A implantação do plano de carreira, do projeto pedagógico, dos conselhos, da eleição para diretores de escolas, do pagamento de
hora-atividade e abonos e da qualificação do profissional da educação são alguns resultados positivos desse processo.
 No campo das decisões políticas verifica-se atualmente uma tendência à ‘prefeiturização’ do processo educacional e, por
conseguinte, uma transferência de poder centralizador da União ou do Estado para a Prefeitura, pura e simplesmente.
 Outro agravante pode ser a ocorrência de uma política clientelista em nível macro, culminando com os objetivos sócio-econômicos
privatizadores da política neoliberal.
 Importância da capacidade de participação e reivindicação por parte dos diversos setores e segmentos sociais.
 Eis o desafio atual: possibilitar, pelo trabalho de gestão, uma descentralização da educação pública, a participação popular e a
promoção da qualidade despontando numa realização pessoal e coletiva que venha a promover verdadeiramente a cidadania.

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