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VIII – A Linguagem
1. Correlação linguagem e mito nas culturas primitivas. A palavra possui uma função
criadora, de contato com a natureza espiritual própria da natureza, da divindade, do
próprio homem (p. 177).
2. Com o tempo, a correlação linguagem-mito foi desfeita, posto que o homem passou a
perceber a inexorabilidade dos fenômenos naturais, que já não poderiam mais ser
controlados pela magia. Nesse sentido, a função mística da linguagem deu lugar à
centralidade da função semântica. É o caso da filosofia pré-socrática grega, que
confere centralidade ao lógos (p. 177-178-179).
3. “A chamada linguagem animal permanece sempre inteiramente subjetiva; expressa
vários estados de sentimentos, mas não designa nem descreve objetos” (CASSIRER,
p. 185).
4. Qual é a função geral da linguagem?
5. Wilhelm Von Humboldt: a verdadeira diferença entre as línguas não é uma diferença
de sons ou de sinais, mas uma diferença de perspectivas universais (p. 192).
6. De fins do século XIX ao século XX: superação das abordagens científicas
particularizadas (em que todos os fenômenos seriam explicados a partir da sua redução
a elementos simples) a partir da reafirmação de visões holísticas, em que o todo
organicamente constituído seria a condição da particularidade (p. 194).
7. Não existe critério uniforme ou comum para se avaliar a riqueza ou a pobreza de
determinado idioma, que segue sendo sempre dependente de sua contextualização vital
(p. 215-216).
8. Por outro lado, parece tendência geral o fato de que cada linguagem, em seu
desenvolvimento, acaba construindo conceitos e categorias universais – essa parece
ser uma tendência basilar a todas as linguagens humanas, ainda que não apresente a
mesma forma e a mesma intensidade em cada uma delas (p. 217).
IX – A Arte
1. Na história do pensamento filosófico, a arte possui, quando muito, um valor
secundário, inferior ao pensamento científico, racional. Ela seria mais uma preparação
para um estágio mais elevado da ciência, do pensamento, da ação (p. 219-220).
2. Com Rousseau, a arte deixa de ser medida pela sua capacidade de representar-
conhecer-idealizar o mundo e se transforma em “explosão de paixões e de
sentimentos”, assumindo, depois com Herder e Goethe um papel basicamente
formativo (p. 223-224-225).
3. Arte: união entre os aspectos subjetivo e objetivo; ciência: essa separação é possível,
posto que o conceito científico é interpretação objetiva da realidade, que transcende a
figura do cientista (p. 229-230-231-232).
4. Arte: “poder construtivo no aperfeiçoamento do universo humano” (p. 264).