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01/04/2019

Professor Leandro Signori

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Leandro Signori

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Atualidades – Retrospectiva Março 2019


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01/04/2019

ATUALIDADES
RETROSPECTIVA
Março 2019 Prof.Leandro Signori.

FATOS INTERNACIONAIS

Atualidades – Retrospectiva Março 2019


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Parlamento britânico rejeita acordo do Brexit pela


terceira vez

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O Parlamento britânico recusou nesta sexta-feira (29), pela terceira vez, o acordo de Theresa May para o Brexit. A
reprovação do documento, que já foi aceito pela União Europeia, deixa o Reino Unido cada vez mais próximo de
abandonar o bloco em 12 de abril sem estabelecer os parâmetros para o período de transição ou para sua futura
relação com os antigos parceiros.
Nesta manhã, 344 deputados votaram contra e 286 a favor do acordo – uma margem mais apertada que nas duas
votações anteriores, quando a premiê sofreu derrotas mais contudentes. Uma vez revelados os votos, Theresa May
disse que o resultado tem "graves" consequências e admitiu que teme que o Parlamento tenha chegado ao limite do
processo.
Com esta rejeição, o governo não poderá prorrogar o Brexit para 22 de maio, como esperava, e a nova data para a
saída fica, em princípio, fixada em 12 de abril, quando o Reino Unido terá que deixar o bloco europeu sem acordo
nenhum, caso até lá não apresente novas propostas e solicite uma prorrogação mais longa.
"A União Europeia tem sido clara no sentido de que qualquer nova prorrogação terá de ter um propósito claro e terá
de ser aprovada por unanimidade pelos chefes dos outros 27 estados-Membros antes de 12 de abril. É também quase
certo que o Reino Unido seja obrigado a participar das eleições parlamentares europeias", completou a premiê.
A participação nessas eleições é considerada um problema porque representa um processo desgastante e divisivo na
política britânica, já que, com o Brexit, não há sentido em escolher representantes do Reino Unido para a instância
legislativa da UE.

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01/04/2019

Neste momento, o cenário do Brexit é o seguinte:


• A proposta de acordo de Theresa May foi rejeitada três vezes, mesmo sendo "fatiada" e deixando de fora a declaração política
sobre o futuro das relações Reino Unido - UE.
• O Brexit, que ocorreria nesta sexta-feira (29), fica adiado para 12 abril, data aceita tanto pelos parlamentares britânicos como pela
União Europeia. Se nenhuma outra solução for aprovada na próxima semana, ele pode ocorrer sem acordo, ou seja sem uma
definição clara de como ficam as relações entre britânicos e europeus, o que pode ser muito ruim para a economia britânica.
• A semana que vem, em que o Parlamento volta a discutir alternativas (esta semana já rejeitou 8, mas elas podem voltar a ser
votadas, bem como o acordo de May também pode), parece pouco promissora. De um lado, os líderes da União Europeia não
querem rever os termos do acordo. De outro, o mesmo Parlamento que rejeitou a proposta três vezes também se posicionou contra
um Brexit sem acordo algum.
Manobras frustradas
Nessa última tentativa de aprovar o documento, May lançou mão – em vão – de duas manobras: prometeu deixar o cargo caso o
documento fosse aceito e retirou da votação a declaração política – parte que enfrenta maior resistência.
A declaração política é um documento à parte, com 36 páginas, que delineia como seria a relação entre Reino Unido e União Europeia
após o Brexit. O acordo de retirada, por sua vez, tem 585 páginas e trata da saída propriamente dita, como detalhes sobre o período de
transição e garantias para os direitos dos cidadãos.
A promessa de renúncia de May pode ter um efeito inverso do pretendido. Segundo a imprensa britânica, parlamentares da oposição
temem que um próximo primeiro-ministro conservador seja até mais radical do que ela e torne a negociação da declaração política
ainda mais dura.

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Rejeições anteriores
O acordo de May foi rejeitado pela primeira vez em 15 de janeiro, quando teve 432 votos contra e 202 a
favor, a maior derrota do governo na história moderna (o recorde anterior era de 1924, com diferença de
166 votos). Em 12 de março, ele foi reapresentado, e teve 391 votos contra e 242 votos a favor.
UE pronta para saída sem acordo
Em nota, a Comissão Europeia lamentou o resultado da votação. "Um cenário de saída 'sem acordo' é
provável. A UE está agora totalmente preparada para o cenário 'sem acordo' à meia-noite de 12 de abril",
afirmou.
Logo depois da divulgação do resultado da votação, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk,
convocou para o dia 10 de abril uma reunião de cúpula com líderes da UE.
Na véspera da votação, o negociador-chefe europeu, Michel Barnier, já afirmava que um Brexit sem
acordo em 12 de abril era considerado "o resultado mais plausível".
Face ao persistente impasse no parlamento britânico, a União Europeia se preparou para um cenário de
divórcio não amigável. Representantes dos 27 países membros se reuniram na quinta-feira em Bruxelas e
decidiram que "a UE vai intensificar seus preparativos para a 'crise total'", de acordo com uma nota.

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01/04/2019

No encontro, eles concordaram ainda com três pré-condições que devem ser apresentadas ao Reino
Unido em caso de não acordo:
• Que o Reino Unido concorde em sinalizar até 18 de abril que pagará a conta de 39 bilhões de libras do
Brexit, mesmo se o Parlamento não ratificar o acordo de retirada;
• Que sejam mantidos os termos do "backstop" irlandês, mantendo na Irlanda do Norte grande parte da
legislação do mercado único e do território aduaneiro da UE, a fim de proteger o acordo da Sexta-feira
Santa. Eles permaneceriam como a solução do bloco para evitar uma fronteira “dura” entre as
Irlandas;
• Que os direitos de residência dos cidadãos e a coordenação de segurança social prevista no acordo de
retirada sejam respeitados.

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Parlamento britânico aumenta seus próprios poderes e irá votar


opções ao acordo de May sobre Brexit

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01/04/2019

O Parlamento britânico aprovou nesta segunda-feira (25) uma emenda que amplia seus próprios poderes
na discussão sobre o Brexit, diminuindo ainda mais a força da primeira-ministra Theresa May. Na votação
da próxima quarta, o próprio Parlamento definirá os pontos a serem avaliados.
Em vez de apenas colocar em votação novamente a proposta de acordo apresentada por May, os
parlamentares decidiram que poderão votar na mesma data outras alternativas. Segundo a BBC, elas
podem incluir os seguintes itens:
• Revogar o Artigo 50 e cancelar o Brexit
• Outro referendo
• O acordo da premiê mais uma união aduaneira
• O acordo da premiê mais uma união aduaneira e acesso ao mercado único
• Um acordo de livre comércio no estilo do Canadá
• Deixar a União Europeia sem um acordo

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A emenda, proposta por Sir Oliver Letwin, foi aprovada por 329 votos a favor e 302 contra. O
governo havia instruído os membros do Partido Conservador a votar contra, mas 30 não
seguiram essa orientação.
Entre eles estão três ministros – também parlamentares – que pediram demissão de seus
cargos para poderem votar a favor da emenda: Richard Harrington, Alistair Burt e Steve
Brine.
Após a aprovação da emenda, o governo divulgou um comunicado, onde chamou o
resultado de "decepcionante".
"É decepcionante ver essa emenda passar, já que o governo assumiu um claro compromisso
de firmar uma maioria no Parlamento para encontrar um caminho a ser seguido esta
semana. Esta alteração, em vez disso, altera o equilíbrio entre as nossas instituições
democráticas e estabelece um precedente perigoso e imprevisível para o futuro", diz o texto.

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01/04/2019

Regime de Nicolás Maduro diz que energia elétrica voltou


completamente à Venezuela

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O regime de Nicolás Maduro anunciou nesta quarta-feira (13) que a energia elétrica retornou a todo o território da Venezuela. Assim,
o governo chavista retomou as atividades profissionais interrompidas pelo apagão – que começou há seis dias. Os estudantes, porém,
só devem voltar às aulas na sexta-feira.
O apagão na Venezuela começou na quinta-feira passada e atingiu todos os estados do país. Além da interrupção dos serviços como
transporte público, a falta de energia elétrica afetou os hospitais e a distribuição de água aos venezuelanos. A oposição a Maduro
fala em mais de 15 mortos por causa do blecaute.
Houve também saques ao comércio, que ficou com as portas fechadas durante o apagão. De acordo com o jornal "El Nacional", a
Câmara de Comércio de Maracaibo estima que o setor perdeu até US$ 50 milhões – mais de R$ 190 mil – somente nessa cidade do
noroeste venezuelano.
Imagens da Nasa obtidas pela rede de televisão BBC mostram como o país ficou às escuras durante o blecaute.
Incêndio causou apagão, dizem engenheiros
Engenheiros da Universidade Central da Venezuela (UCV) ouvidos pelo "El Nacional" disseram que um incêndio perto de uma
subestação de energia no estado de Bolívar deu início ao apagão. Segundo eles, o fogo aumentou a temperatura das linhas de
transmissão do sistema ligados à usina de Guri – a mais importante do país.
Segundo relatório do engenheiro Julio Molina Guzmán, diretor da Escola de Engenharia Elétrica da UCV, o superaquecimento das linhas
de transmissão obrigou os funcionários da usina de Guri a desligar todos os geradores.
Com o desligamento, as outras usinas e sistemas termoelétricos da Venezuela também ficaram desconectadas. Isso porque elas
funcionam em sincronia de frequência com Guri – que serve de referência para as demais.
As causas desse incêndio apontado pela universidade continuam desconhecidas.

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01/04/2019

Maduro e Guaidó trocam acusações


As agências do setor elétrico da Venezuela, do governo de Nicolás Maduro, falam em
"sabotagem criminosa e brutal contra o sistema de geração elétrica" na usina de Guri, no
estado de Bolívar, a mais importante do país e uma das principais da América Latina.
A Justiça da Venezuela – que é subordinada a Nicolás Maduro – chegou a abrir
investigação contra o autoproclamado presidente interino, Juan Guaidó, pela suposta
sabotagem.
Guaidó contesta a acusação. Ele afirmou que o apagão é decorrente de corrupção e falta de
manutenção. "A única sabotagem é a do usurpador a todo o povo da Venezuela", publicou
no Twitter.
O líder oposicionista convocou manifestações na terça-feira contra a falta de luz e água. Em
discurso na capital Caracas, ele pediu que os manifestantes não deixassem as ruas.
Na segunda-feira, a Assembleia Nacional da Venezuela – de maioria opositora a Nicolás
Maduro – aprovou o estado de emergência declarado por Guaidó por causa do blecaute.

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Governo venezuelano suspende dia de trabalho e aulas


por novo apagão

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01/04/2019

O governo venezuelano suspendeu o dia de trabalho e as aulas nas escolas por 24 horas, anunciou o
ministro da Comunicação Jorge Rodríguez, em consequência de um novo apagão que afeta a maior parte
do país desde segunda-feira.
Uma falha elétrica foi registrada na segunda-feira às 13h22min locais (14h22min de Brasília), 18 dias
depois do maior apagão na história da Venezuela. Na ocasião, o governo também suspendeu a jornada
de trabalho e as aulas durante uma semana.
Rodríguez afirmou na segunda-feira que o corte foi provocado mais uma vez por um "ataque" contra a
central hidrelétrica de Guri (estado de Bolívar, sul do país), que gera 80% da energia consumida no país de
30 milhões de habitantes.
De acordo com o governo, o apagão de 7 de março foi provocado por ciberataques dos Estados Unidos
em cumplicidade com a oposição. "Vamos derrotar esta guerra elétrica com a força imensa que, como
povo, acumulamos em nossa luta contra impérios grosseiros e seus lacaios locais", afirmou o ministro
nesta terça-feira.
A oposição e especialistas do setor atribuem as falhas - algo comum no interior há uma década - à falta de
investimento em infraestrutura e aos casos milionários de corrupção.

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Governo Maduro proíbe Guaidó de assumir cargos na


Venezuela por 15 anos

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01/04/2019

O líder da Assembleia Nacional da Venezuela e autoproclamado presidente interino do país, Juan Guaidó, foi impedido de
ocupar cargos públicos durante 15 anos por suposta corrupção, anunciou nesta quinta-feira a Controladoria da Venezuela,
fortemente vinculada ao governo de Nicolás Maduro.
O organismo decidiu "desativar o exercício de qualquer cargo público do cidadão (Juan Guaidó) pelo prazo máximo
estabelecido na lei", porque Guaidó teria viajado sem autorização da Assembleia Nacional Constituinte, órgão legislativo
vinculado ao chavismo, e por gastos incompatíveis com seu patrimônio pessoal.
— Guaidó realizou 91 viagens ao exterior sem autorização da Assembleia Nacional [Constituinte], pelo montante de 570
milhões de bolívares (US$ 82.541), valor que não pode justificar com o seu salário de servidor público — disse Elvis
Amoroso, controlador geral do governo, na televisão. — Presume-se que Guaidó recebeu dinheiro de instâncias
internacionais e não declarou impostos. O deputado Guaidó violou as leis da República.
Amoroso, designado controlador geral pela Assembleia Nacional Constituinte (ANC), solicitou ainda que a investigações
sobre os bens do líder opositor sigam em frente.
Não se sabe quais são os efeitos práticos da condenação, porque a Assembleia Nacional presidida por Guaidó tem relações
rompidas com os demais poderes da Venezuela, e os dois lados não se reconhecem mutuamente. O líder opositor
desconsiderou a decisão em um discurso proferido em Caracas.
— Não existe uma Assembleia Nacional Constituinte, não existe um controlador. Eles não são reais. O único órgão que pode
designar cargos é a Assembleia Nacional — afirmou. — Se viajei, ao menos sou recebido em outros lugares. E também a
primeira-dama. Ninguém deseja recebê-los.

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Guaidó acrescentou que os cidadãos da Venezuela "não vão se confundir com uma falsa inabilitação" e que o governo tomou a medida
para desviar a atenção do recente grande apagão que atingiu o país.
— O povo sabe que nada disso resolve a crise elétrica. O que soluciona a crise elétrica é o empréstimo que estamos negociando com o
BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) quando acabar a usurpação.
Grupo de Contato condena
O Grupo de Contato Internacional (GCI) sobre Venezuela condenou a medida contra Guaidó. A decisão "mina ainda mais os esforços
para obter uma solução pacífica e democrática para a crise", diz a declaração do grupo, reunido em Quito. O documento do GCI
acrescenta que a "decisão política (da Controladoria), que não considera o devido processo, é mais uma demonstração da natureza
arbitrária dos processos judiciais" na Venezuela. O GCI é formado por oito países europeus — Portugal, Espanha, Itália, França,
Alemanha, Reino Unido, Holanda e Suécia — e cinco latino-americanos — Bolívia, Costa Rica, o Equador, México e Uruguai.
Em Washington, o porta-voz do Departamento de Estado, Robert Palladino, classificou a medida do governo venezuelano como um
"absurdo". Os Estados Unidos estão entre os 50 países que reconhecem Guaidó como presidente interino.
A Controladoria Geral havia anunciado no dia 11 de fevereiro a abertura de uma investigação contra o opositor por receber
financiamento internacional, o que caracterizaria um ato de corrupção.
A Controladoria solicitou ao Ministério Público que "conduza as ações correspondentes" e a autoridade fiscal para inspecione os hotéis
onde o oponente se hospedou na Venezuela.
Líderes da oposição, como o ex-candidato presidencial Henrique Capriles, foram submetidos a inabilitações semelhantes, que os
impediu de concorrer a cargos eletivos.

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01/04/2019

Equador anuncia saída da Unasul e pede devolução do


edifício sede em Quito

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O presidente do Equador, Lenín Moreno, anunciou nesta quarta-feira que vai retirar o país da União das Nações Sul-
Americanas (Unasul). Ele também pediu ao bloco que devolva o edifício sede da organização, sediada em Quito, a capital
equatoriana.
Moreno declarou, em rede nacional, que a Unasul, criada em 2008, se transformou em uma "plataforma política" que
"destruiu o sonho de integração" e "entrou em um final sem retorno".
Assim, o Equador segue a tendência iniciada por outros seis países integrantes do bloco em abril de 2018. Argentina, Brasil,
Colômbia, Chile, Paraguai e Peru suspenderam sua participação na organização por tempo indeterminado e de forma
indefinida devido à discordância sobre o funcionamento.
Moreno, porém, foi mais longe e fez como o presidente colombiano, Iván Duque. Em agosto, dias depois de tomar
posse no cargo, ele anunciou o pedido de retirada completa do país – e não apenas uma suspensão.
A iniciativa foi tomada por um impasse com o governo de Nicolás Maduro na Venezuela em relação a escolha do secretário-
geral da Unasul – medida considerada, pelo grupo de seis países, uma retaliação ao regime chavista.
Presidente pede retirada de estátua de Kirchner
Segundo o jornal equatoriano "El Universo", Moreno também pediu a retirada de uma estátua do ex-presidente da
Argentina, Néstor Kirchner – morto em 2010 e marido da também ex-presidente Cristina Kirchner. "Ele não representa os
valores e a ética de nossos povos", disse.

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01/04/2019

Líderes de 12 países latinos assinam criação do


Prosul:"Fórum sem ideologia"

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Líderes de 12 países latino-americanos assinaram, no início da tarde desta sexta-feira (22) a criação do Prosul, nova comunidade que deverá
substituir a União das Nações Sul-Americanas (Unasul). O encontro aconteceu no Chile. Leia também: Bolsonaro participa de cúpula com outros seis
líderes sul-americanos no Chile
O Prosul será formado por 12 países: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai, Costa Rica, Nicarágua, Panamá e
República Dominicana.
“Queremos criar um fórum de diálogo”, disse o presidente chileno Sebastián Piñera, após a reunião entre os representantes. “Um fórum sem
ideologias, sem burocracias, franco e direto com democracia e [preservação dos] direitos humanos”, acrescentou o presidente, informando que
esses são “valores e princípios” do grupo.
Ainda de acordo com o líder chileno, o maior objetivo dos membros do grupo é "avançar juntos, melhorar a qualidade de vida e criar mais
oportunidades para que todos os habitantes possam seguir com seus projetos de liberdade"
No encontro, Piñera destacou que a primeira ação do grupo deve ser uma análise sobre o que foi realizado e precisa ser aperfeiçoado. “[Temos de
pensar] no desenvolvimento do nosso povo.” Ele lembrou que há cinco anos, os líderes da região não se reúnem em um fórum como o que ocorre
hoje.
O presidente do Chile ressaltou que os objetivos do Prosul são o diálogo contínuo e a coordenação de ações conjuntas a para o desenvolvimento da
região. Segundo Piñera, o segundo passo será a instituição de grupos de trabalho para elaborar as bases para a criação da comunidade comum.
O presidente Jair Bolsonaro viajou ontem (21) para Santiago e deve ficar lá até sábado (23). Integram a comitiva brasileira os ministros Augusto
Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União), Ernesto Araújo (Relações Exteriores), além dos
deputados federais Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e Hélio Lopes (PSL-RJ). Já no sábado (23), Bolsonaro participa de um café da manhã com cerca de 20
empresários, a convite da Sociedade de Fomento Fabril do Chile (Sofofa), uma das principais associações empresariais do país. Na sequência, ele se
reúne, em encontro bilateral, com o líder chileno Sebástian Piñera, no Palácio La Moneda. Antes do encontro, deposita ores no monumento em
homenagem ao libertador chileno, o general Bernardo O'Higgins. Após almoço da comitiva brasileira com o presidente Piñera, Bolsonaro e comitiva
embarcam de volta ao Brasil.

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01/04/2019

Forças Democráticas Sírias anunciam o fim do 'califado' do


Estado Islâmico

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O autoproclamado "califado" do grupo Estado Islâmico foi totalmente eliminado após a conquista do último
reduto no leste da Síria, anunciaram neste sábado (23) as Forças Democráticas Sírias (FDS), uma aliança curdo-
árabe apoiada pelos Estados Unidos. O combate na região durou quatro anos.
Mesmo sem território sob seu domínio, o grupo extremista ainda tem milhares de combatentes na região.
As Forças Democráticas Sírias levaram vários meses para conquistar todas as áreas jihadistas em Baghuz, uma
localidade do leste da Síria, próxima da fronteira com o Iraque.
Pela primeira vez o comandante das FDS, Mazloum Kobani, confirmou quantas mortes ocorreram no combate ao
EI: 11 mil militares. Além disso, 21 mil combatentes foram feridos, segundo a agência EFE. "Foi extremamente
caro. Temos que lembrar os heróis e fazer um tributo aos mártires", disse o comandante no Campo de Al-Omar.
Os confrontos foram muito violentos contra os últimos e irredutíveis militantes do EI, que usavam civis como
escudos humanos e se escondiam em túneis subterrânes. Mas a bandeira das FDS pôde ser hasteada em Baghuz
neste sábado, afirmou o porta-voz da FDS.
Mazloum Kobani informou que foram recuperados, desde o início do combate, 52 mil quilômetros quadrados.
O anúncio das FSD aconteceu horas depois que a Casa Branca proclamasse a vitória contra o EI, embora ainda
continuassem os combates em Baghuz.

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01/04/2019

Auge do domínio jihadista


Em seu momento de maior influência, em 2014, o Estado Islâmico chegou a controlar no Iraque e na Síria uma
território equivalente ao do Reino Unido. O regime foi imposto a 12 milhões de pessoas e era financiado pela
comercialização de petróleo ilegal.
A organização é liderada pelo iraquiano Abu Bakr Al Bagdadi, que proclamou o califado em julho de 2014 na
mesquita Al Nuri de Mossul, uma grande cidade do norte do Iraque, recuperada pelo exército iraquiano em julho
de 2017.
O grupo extremista, o mais brutal da história contemporânea, espalhou o terror com decapitações, execuções em
massa, sequestros e estupros. Também raptou estrangeiros e reivindicou atentados na Síria, assim como em
outros países árabes ou asiáticos e inclusive no Ocidente, além de ter destruído tesouros arqueológicos.
Saída de civis e terroristas
De acordo com a RFI, desde janeiro, mais de 67 mil pessoas deixaram a região de Baghuz, entre elas 5 mil
terroristas, que se renderam.
Os civis, sobretudo parentes de extremistas, foram levados para acampamentos, principalmente em Al-Hol
(nordeste), onde vivem em condições difíceis. A repatriação de jihadistas e de suas famílias é motivo de debate
em países ocidentais.

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Militantes
Embora o EI já não controle territórios, os Estados Unidos calculam que o grupo extremista ainda tenha até 20 mil
combatentes na Síria e no Iraque.
"Cremos que existem entre 15 mil e 20 mil seguidores do EI, apoiadores armados ativos, embora muitos integrem células
adormecidas na Síria e no Iraque", indicou na semana passada o enviado especial dos Estados Unidos para a Síria, James
Jeffrey.
As FDS dizem que vão continuar combatendo o que resta do grupo extremista até que ele seja completamente erradicado.
Especialistas avaliam que, mesmo após a eliminação de territórios sob seu controle, a influência do grupo jihadista pela
internet ainda deve perdurar e pode estimular ataques contra o Ocidente. Ao longo dos últimos anos, o grupo se
especializou em promover na internet a propaganda do terror, com vídeos de execuções e atentados.
Horas antes do anúncio da derrota na Síria, o EI divulgou um vídeo para convocar seus partidários a resistir e a atacar os
"inimigos" no Ocidente.
A queda do "califado" do EI representa o início de uma nova etapa operacional, que terá como objetivo acabar com as
células adormecidas dos jihadistas, afirmou o comandante da FDS Mazlum Kobane.
O enviado especial adjunto dos Estados Unidos para a coalizão internacional, William Roebuck, afirmou neste sábado, em
discurso ao lado do comandante da FDS, Mazlum Kobane, que a cruzada contra o grupo jihadista ainda não foi concluída.

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01/04/2019

Trump reconhece soberania de Israel sobre Colinas de Golã

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu formalmente nesta segunda-feira (25/03) a
soberania de Israel sobre as Colinas de Golã, um território disputado com a Síria e que Israel anexou em
1981.
O governo do presidente sírio, Basahr al-Assad, respondeu de imediato e afirmou que a decisão é um
ataque à soberania e à integridade territorial da Síria.
O decreto de reconhecimento foi assinado no início de um encontro com o primeiro-ministro de Israel,
Benjamin Netanyahu, em Washington. Trump justificou a medida com as “ações agressivas” do Irã e de
grupos “terroristas” contra Israel.
Netanyahu disse que se trata de um dia histórico e que Trump é o melhor amigo que Israel já teve.
A decisão certamente será mal recebida no mundo árabe, no Irã e também na Turquia, que já haviam
alertado Trump para não dar esse passo depois de o presidente americano tuitar a respeito, na semana
passada.
Em Israel, o reconhecimento pode significar um forte impulso para a campanha eleitoral de Netanyahu,
que tenta a reeleição numa eleição antecipada, em 9 de abril, e que está sendo duramente disputada.
Jamais renunciaremos a elas, afirmou Netanyahu, ao lado de Trump.

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01/04/2019

A decisão de Trump contradiz décadas de política diplomática dos Estados Unidos e também
a posição internacional, expressa em resoluções do Conselho de Segurança, apoiadas
também pelos Estados Unidos.
Israel conquistou as Colinas de Golã em 1967, durante a guerra árabe-israelense. O primeiro-
ministro do país, Benjamin Netanyahu, acusa o Irã de tentar estabelecer uma rede terrorista
nessa região para lançar ataques contra seu país a partir de lá e utiliza esse argumento para
tentar obter reconhecimento internacional sobre o território.
As Colinas de Golã foram formalmente anexadas por Israel em 1981. A comunidade
internacional considera a região um território ocupado, e a Síria exige sua devolução como
precondição para um futuro acordo de paz.

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Não houve conspiração russa durante eleições norte -americanas,


diz relatório

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01/04/2019

Carta enviada pelo procurador especial Robert Mueller ao Congresso norte-americano divulgada neste domingo (24.mar.2019)
aponta que não houve interferência russa nas eleições dos EUA em 2016. Mueller também escreve que não houve conluio do
presidente Donald Trump com o país de Putin. Não são citadas, no entanto, as supostas obstruções à Justiça do republicano.
De acordo com o procurador-geral, William Barr, “apesar de o relatório não concluir que o presidente tenha cometido 1 crime,
também não o exime”.
Ele destacou que o documento mostra é que a investigação não “descobriu que a campanha de Trump ou qualquer pessoa a ela
associada tenha conspirado ou coordenado com a Rússia esforços para influenciar as eleições presidenciais americanas de
2016″.
Ainda de acordo com Barr, há dúvidas sobre “questões difíceis” em relação à possibilidade da “conduta e intenções de
Trump” serem vistas como “obstrução”. Disse que faltam “provas suficientes” para sustentar a acusação.
O relatório completo não foi entregue e, por esse motivo, democratas já iniciaram a pressão. Segundo o jornal New York Times,
trata-se de uma “longa batalha constitucional“. Para o democrata e presidente do Comitê Judiciário da Câmara, Jerrold Nadler, a
parte da carta que cita “discrepâncias muito preocupantes”precisa ser esclarecida por Mueller.
Trump comemora
A reação do presidente foi imediata. Pela sua conta do Twitter, Donald Trump postou uma mensagem em que afirma que
“nenhum conluio, nenhuma obstrução, completa e total absolvição“.
A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, afirmou em comunicado que a divulgação do documento representa uma “total e
completa exoneração do presidente dos Estados Unidos”.

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Senado dos EUA derruba declaração de emergência


nacional de Trump

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01/04/2019

O Senado dos Estados Unidos se uniu à Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (14) ao aprovar uma
legislação que desafia o presidente norte-americano, Donald Trump, derrubando a declaração de
emergência nacional na fronteira sul feita por ele em 15 de fevereiro.
A emergência dexterada por Trump visava arrecadar fundos para a construção de um muro na fronteira
com o México. O muro é uma promessa de campanha do presidente.
Trump prometeu um veto à medida, instrumento que ainda não usou como presidente. Avalia-se que haja
republicanos suficientes no Congresso para bloquear qualquer tentativa de derrubada do veto.
Dois terços da Câmara e do Senado são necessários para reverter um veto presidencial.
Se Trump fizer uso da medida, ele ainda poderá construir o muro com a verba de emergência.
O Senado votou por 59 a 41 votos para derrubar a emergência, contando inclusive com votos dos
republicanos.

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Ataques a duas mesquitas deixam 50 mortos na Nova


Zelândia

Atualidades – Retrospectiva Março 2019


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18
01/04/2019

Ataques a tiros simultâneos contra duas mesquitas na cidade de Christchurch, na ilha sul da Nova
Zelândia, deixaram 50 mortos e 48 feridos nesta sexta-feira (15). As autoridades ainda não divulgaram as
identidades das vítimas e dos assassinos.
Resumo
• Ataques a duas mesquitas na Nova Zelândia deixaram 50 mortos
• 48 pessoas ficaram feridas, sendo 20 em estado grave
• 3 pessoas estão presas; uma quarta chegou a ser detida, mas foi liberada por não ter ligação com o
caso
• A polícia não informou a identidade dos suspeitos e das vítimas
• Numa das mesquitas, um homem armado com um rifle automático disparou contra a multidão
• Usando uma câmera no capacete, o assassino filmou e transmitiu ao vivo o massacre
• O Facebook eliminou as contas do criminoso e trabalha para remover cópias do vídeo
• Na rede, o homem se identificou como um australiano de 28 anos, defensor da extrema-direita e
contrário à imigração

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Nova Zelândia proíbe armas semiautomáticas de estilo militar

Atualidades – Retrospectiva Março 2019


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19
01/04/2019

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, anunciou nesta quinta-feira (21/03), em


pronunciamento em rede nacional, que fuzis de assalto e armas semiautomáticas de estilo militar como
as usadas no ataque da última sexta-feira em duas mesquitas de Christchurch serão proibidas no país.
Também serão banidos os carregadores de alta capacidade e peças utilizadas para transformarem alguns
fuzis em semiautomáticos, como supostamente ocorreu no ataque. Embora a polícia não tenha divulgado
detalhes, evidências sugerem que pelo menos uma das armas utilizadas era um fuzil semiautomático
similar a um AR-15, amplamente disponível no país.
A expectativa é que a lei entre em vigor até 11 de abril. A iniciativa ganhou amplo apoio popular. A
proposta contém “exceções rigidamente monitoradas”, segundo a governante. Fazendeiros que abatem o
próprio gado, competições internacionais de tiro da polícia e Forças de Defesa e o controle de pragas são
algumas delas.
“Para todos os outros, a venda dessas armas termina agora. Eu espero que elas sejam devolvidas aos
fabricantes e que nunca mais voltem para a Nova Zelândia”, afirmou a primeira-ministra. Ardern destacou
que o atirador adquiriu legalmente as armas que usou, cuja capacidade foi aumentada “com uma simples
compra online”.

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O governo, que já havia convocado a população a se desfazer de armamentos


desnecessários, vai anistiar quem entregar suas armas. Além disso, será lançado um
programa de recompra das armas que passam a ser proibidas, o que pode custar até 200
milhões de dólares neozelandeses (cerca de R$ 520 milhões) aos cofres públicos.
A polícia divulgou que todas as vítimas do ataque foram identificadas. Dos 50 feridos, 29
estão hospitalizados, dos quais nove permanecem em estado grave.
Na próxima sexta-feira, quando o ataque completa uma semana, haverá uma cerimônia
religiosa em homenagem às vítimas, conduzida pelo imã Gamal Fouda, de uma das
mesquitas que foi alvo do massacre. Ele espera que entre 3 mil e 4 mil pessoas compareçam
ao ato, que será realizado num parque em frente à mesquita Al Noor, onde 42 fiéis foram
mortos.

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20
01/04/2019

Após passagem do ciclone Idai, Moçambique registra


casos de cólera

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Moçambique confirmou nesta quarta-feira a temida aparição da cólera na região de Beira (centro), devastada há duas
semanas pelo ciclone Idai, que matou cerca de 500 pessoas e deixou centenas de milhares de desabrigados no país.
“Temos cinco casos confirmados de cólera em Beira e seus arredores”, declarou à AFP o diretor nacional da saúde, Ussein
Isse. “Haverá mais casos porque a cólera é uma epidemia”, advertiu.
“Estamos colocando em prática medidas para limitar o impacto”, ressaltou.
De acordo com Isse, um milhão de doses de vacinas contra a cólera devem chegar no fim de semana na região.
No domingo, o ministro do Meio Ambiente, Celso Correia, havia alertado que uma epidemia era “inevitável”, dada a
estagnação da água e a falta de higiene nos abrigos de sobreviventes.
Acompanhado por ventos violentos e fortes chuvas, o ciclone Idai atingiu Beira, a segunda maior cidade de Moçambique de
meio milhão de habitantes, no dia 14 de março, prosseguindo depois para o vizinho Zimbabué.
As autoridades de Maputo documentaram pelo menos 468 mortes no seu território, enquanto a Organização Internacional
para as Migrações (OIM) relatou 259 mortes no Zimbabué.
Mas centenas de pessoas ainda estão desaparecidas e o número de mortos deve subir.
A ONU registrou quase 3 milhões de vítimas em ambos os países, assim como no Malauí, atingido por inundações no início
de março antes da passagem do Idai. Só em Moçambique, o mau tempo fez 1,85 milhão de vítimas.

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21
01/04/2019

Situação estável
Duas semanas após a passagem do ciclone, a situação continua muito precária, apesar da mobilização das autoridades e da ajuda humanitária
internacional.
De acordo com o Programa Mundial de Alimentos (PMA), no auge da tempestade, cerca de 3.125 km2 foram inundados, incluindo vastas terras
agrícolas cujas plantações foram destruídas.
Muitas pessoas perderam suas casas e falta comida, remédios e água potável.
A reabertura nos últimos dias de várias estradas no centro de Moçambique permitiu o início do transporte de ajuda de emergência para a
população.
“Estabilizamos a situação em alguns distritos”, assegurou nesta quarta-feira o ministro do Meio Ambiente, Celso Correia.
“Atualmente, estamos fornecendo alimentos, abrigos e remédios para mais de 300 mil pessoas na região (…) e mais de 170 mil pessoas já estão
instaladas em nossos campos”, acrescentou o ministro.
“A maioria tem acesso a um médico e água limpa, a situação está melhorando”, disse ele.
As vítimas, no entanto, estão longe de estarem fora de perigo.
“Não saímos da estação chuvosa, ainda há risco de chuvas fortes, o que complicaria a situação”, alertou Emma Batey, coordenadora do consórcio de
ONGs Oxfam, Care e Save the Children.
Além da cólera e da diarreia, a água estagnada, más condições de higiene e as dificuldades no abastecimento de água potável aumentam o risco de
febre tifoide e malária.
O subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Mark Lowcock, estimou em pelo menos 250 milhões de euros o montante da ajuda
necessária em Moçambique para os próximos três meses.

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Battisti admite envolvimento em quatro assassinatos, diz


procurador italiano

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22
01/04/2019

Cesare Battisti admitiu envolvimento em quatro assassinatos durante interrogatório feito na prisão pelo procurador Alberto Nobili,
responsável pelo grupo antiterrorista da cidade italiana de Milão, segundo informou a imprensa italiana nesta segunda-feira (25).
Até então, o italiano de 64 anos, que integrou o grupo Proletários Armados pelo Comunismo nos anos 70, negava envolvimento nos
homicídios e se dizia vítima de perseguição política.
O procurador-geral de Milão, Francesco Greco, afirmou que ele admitiu "suas responsabilidades" em quatro assassinatos, nos ferimentos
causados a outras três pessoas e em muitos roubos feitos pela grupo, de acordo com o jornal “Corriere della Sera”.
Battisti declarou ter matado duas pessoas e ser o mandante de outros dois homicídios, informou o jornal “La Repubblica”.
'Guerra justa'
Battisti, que cumpre prisão perpétua na prisão de Oristano, foi condenado em 1993 por quatro assassinatos: o de um guarda carcerário, um
agente de polícia, um militante neofascista e um joalheiro de Milão (o filho do joalheiro ficou paraplégico, depois de também ser atingido).
"Falo das minhas responsabilidades, não vou nomear ninguém. Quando matei foi uma guerra justa para mim", teria afirmado Battisti a Nobili.
Para Greco, a confissão faz justiça com relação "às muitas controvérsias que ocorreram nos últimos anos e homenageia a polícia e o judiciário
que o condenou”.
Por quase 40 anos, Battisti ficou foragido e morou na França e no Brasil. Ele chegou a conseguir refúgio no Brasil em 2009. Mas o status,
concedido a ele pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi revisto em dezembro do ano passado, por Michel Temer, que autorizou sua
extradição.
Então ele deixou o Brasil, mas foi capturado em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, em janeiro. Como a sua entrada no país foi ilegal, a
expulsão dele foi requerida pela Itália e acatada pelo governo boliviano.

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Bolsonaro
O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, comentou a declaração de envolvimento de Battisti nos assassinaos nesta manhã.
"Por anos denunciei a proteção dada ao terrorista, aqui tratado como exilado político. Nas eleições, firmei o compromisso de mandá-lo de volta à Itália para que
pagasse por seus crimes. A nova posição do Brasil é um recado ao mundo: não seremos mais o paraíso de bandidos!", declarou.
Ao ser eleito, Bolsonaro afirmou que faria "tudo o que fosse legal" para extraditar Battisti. Após a sua extradição, o ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini,
agradeceu o “empenho do Brasil em solucionar o caso”.
Entenda o caso
Tanto os governos italianos de esquerda como os de direita queriam que Battisti voltasse à Itália para cumprir a sua pena, e o assunto está ocupando grande parte
dos jornais italianos.
Battisti chegou ao Brasil em 2004. Foi preso no Rio de Janeiro em março de 2007 por uma ação conjunta a Polícia Federal brasileira e agentes italianos e franceses.
Dois anos depois, o então ministro da Justiça, Tarso Genro, concedeu refúgio.
Em 2007, a Itália pediu a extradição dele e, no fim de 2009, o STF julgou o pedido procedente, mas deixou a palavra final ao presidente da República. Na época, o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou a extradição.
Em setembro de 2017, o governo italiano pediu ao presidente Michel Temer que o Brasil revisasse a decisão sobre Battisti.
No fim do ano passado, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao STF que desse prioridade ao julgamento que poderia resultar na extradição.
Um mês depois do pedido da PGR, o ministro Luiz Fux mandou prender o italiano e abriu caminho para a extradição, no início de dezembro.
Na decisão, o ministro autorizou a prisão, mas disse que caberia ao presidente extraditar ou não o italiano porque as decisões políticas não competem ao Judiciário.
No dia seguinte, o então presidente Michel Temer autorizou a extradição de Battisti.
Desde então, a PF deflagrou uma série de operações para prender o italiano. No final de dezembro, a PF já havia feito mais de 30 ações.
Battisti negava o envolvimento com os homicídios e se dizia vítima de perseguição política. Em entrevista em 2014 ao programa Diálogos, de Mario Sergio Conti, na
GloboNews, ele afirmou que nunca matou ninguém.

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23
01/04/2019

Estados Unidos suspendem voos com Boeing 737 MAX

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou nesta 4ª (13.mar.2019) a suspensão imediata de todos
os voos do país com aviões Boeing 737 MAX 8 e 9, após o acidente que matou mais de 150 pessoas na Etiópia no
fim de semana envolvendo uma aeronave dessa série.
Dezenas de países já suspenderam o uso desses aviões, mas até então a Agência Federal de Aviação dos Estados
Unidos (FAA, na sigla em inglês) vinha alegando não ter indícios para provar que as aeronaves não são seguras
para voar.
Pouco após o anúncio de Trump, a FAA emitiu uma ordem de emergência determinando que os aviões desse
modelo permaneçam em solo. Segundo a agência, a decisão foi tomada com base em “novas provas” e dados de
satélite.
O presidente afirmou que as companhias aéreas foram notificadas antes do anúncio oficial para que pudessem
realocar seus passageiros em outros voos. Empresas do país operam dezenas de aeronaves desse modelo. A maior
frota é da Southwest Airlines, que possui 34 jatos Boeing da série MAX.
Segundo o republicano, aviões que já estiverem no ar seguirão até seu destino final e depois serão retirados de
serviço. A partir de então estarão proibidos decolagens e pousos do modelo no país.
A segurança do povo americano é a “preocupação primordial”, disse Trump a jornalistas na Casa Branca. “Espero
que eles apresentem uma resposta [sobre o acidente], mas até que eles façam isso os aviões ficam em solo.”

Atualidades – Retrospectiva Março 2019


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24
01/04/2019

A decisão foi anunciada após 2 acidentes recentes com aviões do modelo 737 MAX 8. No último domingo (10.mar), a queda de uma
aeronave da Ethiopian Airlines matou todos os 157 ocupantes. O desastre aconteceu menos de 6 meses depois de 1 acidente com o
mesmo modelo da companhia indonésia Lion Air, que deixou 189 mortos.
Tanto o voo da Ethiopian, que havia decolado da capital da Etiópia, Addis Abeba, quanto o da Lion Air, que havia partido de Jacarta,
caíram minutos após deixarem o aeroporto.
Os desastres levaram mais de 50 países a interditarem seus espaços aéreos para aeronaves desse modelo ou verem suas companhias
nacionais suspenderem o uso dos aviões. É o caso do Brasil: a empresa aérea Gol, a única no país que possui aviões desse modelo,
anunciou que manterá temporariamente em solo suas 7 aeronaves 737 MAX 8.
China, Indonésia e Etiópia foram os primeiros países a ordenarem que suas companhias suspendam o uso do avião. A decisão foi
seguida pela União Europeia (UE), que na 3ª (12.mar) fechou seu espaço aéreo para o novo Boeing alegando medida de precaução.
O Canadá se uniu a essa lista nesta 4ª (13.mar), pouco antes de Trump anunciar a decisão americana. Três companhias aéreas
canadenses, Air Canada, WestJet e Sunwing, operam 1 total de 40 Boeing 737 MAX 8, que agora estão proibidos de usar o espaço
aéreo do país.
O 737 é o avião de passageiros moderno mais vendido do mundo e é considerado 1 dos mais confiáveis. A série MAX, lançada em
2017, é a versão mais recente do bimotor de corredor único da Boeing e já recebeu mais de 5 mil pedidos de cerca de 100 clientes.
A série é mais eficiente em termos de combustível em comparação com seus antecessores e há 4 variantes: MAX 7, MAX 8, MAX 9 e
MAX 10, que podem transportar entre 138 e 204 passageiros e foram projetadas para voos de curta e média distância.
Desde a década de 1970, quando ocorreram sucessivos acidentes fatais com o McDonnell Douglas DC-10, 1 modelo recém-lançado não
era envolvido em duas quedas num período tão curto.

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Justiça da Austrália determina 6 anos de prisão ao cardeal


George Pell, condenado por pedofilia

Atualidades – Retrospectiva Março 2019


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25
01/04/2019

A Justiça da Austrália fixou nesta terça-feira (12) a pena de seis anos de prisão ao
cardeal George Pell. O religioso, ex-chefe das finanças do Vaticano, foi preso no fim de
fevereiro por pedofilia. Além disso, na sentença, o juiz Peter Kidd disse que o clérigo será
registrado como "criminoso sexual" pelo resto da vida.
Pell, antigo número 3 da hierarquia do Vaticano, é acusado de abusar de dois garotos na
década de 1990 em Melbourne. As vítimas participavam do coral da Catedral St. Patrick, em
Melbourne, sul da Austrália.
O religioso havia sido condenado em 27 de fevereiro e foi preso no mesmo dia. Ele alega
inocente e entrou com recursos, que, de acordo com a Reuters, devem ser analisados em
junho.
O cardeal foi prefeito da secretaria de Assuntos Econômicos e o eclesiástico de maior
graduação já acusado de abuso sexual. Ele foi arcebispo de Melbourne entre 1996 e 2001 e
depois se tornou arcebispo de Sidney até 2014, quando foi para o Vaticano, convocado pelo
Papa Francisco para administrar as finanças da Igreja Católica.

Atualidades – Retrospectiva Março 2019


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'Descarada ofensa'
No fim de fevereiro, o cardeal saiu da sala em silêncio após ouvir do juiz Peter Kidd que sua
atitude foi "insensível e de uma descarada ofensa". Na ocasião, o magistrado retirou a
liberação condicional ao cardeal.
Pell foi considerado culpado por um júri do tribunal estadual de Victoria, em 11 de
dezembro do ano passado. A decisão, porém, só foi tornada pública nos mês passado.
Durante a audiência, o advogado do cardeal, Robert Richter, apresentou dez referências de
"caráter" de personalidades australianas que falam a favor de Pell, incluindo a do ex-
primeiro-ministro conservador John Howard.
Também foram apresentadas duas declarações escritas sobre o impacto que os abusos
causaram nas duas vítimas de Pell, a que a imprensa solicitou acesso, o que foi negado pelo
juiz. Uma delas foi apresentada pelo único sobrevivente dos abusos, enquanto a outra foi
feita pelo pai da segunda vítima, que morreu de uma overdose de heroína em 2014, e que
planeja processar Pell pelos danos causados ao seu filho.

Atualidades – Retrospectiva Março 2019


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26
01/04/2019

Academia Sueca vai entregar Prêmio Nobel de Literatura de


2018 e 2019

Atualidades – Retrospectiva Março 2019


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A Academia Sueca terá permissão para conceder o Prêmio Nobel de Literatura de 2018, juntamente com o prêmio
deste ano, informou o jornal sueco Dagens Nyheter nesta terça-feira (5).
A Fundação Nobel impediu a entrega do prêmio no ano passado depois que foram revelados casos de escândalo
sexual envolvendo o dramaturgo Jean-Claude Arnault.
Arnault, casado com uma integrante da Academia Sueca, é uma conhecida personalidade da cultura francesa e
tinha vínculos estreitos com a academia.
O Nobel de Literatura já deixou de ser entregue em várias ocasiões, da mesma forma que os outros, durante as
guerras mundiais do século passado, mas nunca por outros motivos. Em 2018, foi a primeira vez que o Nobel não
foi concedido desde 1949.
Acusações
Em 2017, 18 mulheres revelaram de forma anônima ao jornal Dagens Nyheter "as supostas humilhações e abusos
cometidos por uma personalidade cultural vinculada à instituição, em alguns casos na suas dependências".
A revelação de que se tratava de Jean-Claude Arnault só foi feita mais tarde. O francês de 72 anos foi condenado
a dois anos de prisão por um estupro cometido em 2011 e que só veio à público no contexto do movimento
#MeToo.

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27
01/04/2019

Paciente em Londres pode ser segundo caso de cura do HIV

Atualidades – Retrospectiva Março 2019


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Um homem que apresentou remissão sustentada do vírus HIV-1 (a fase da doença em que não há sinais
de atividade dela) pode ser a segunda pessoa a ser curada da infecção pelo vírus da aids, segundo um
artigo publicado na revista científica Nature nesta segunda-feira (05/03).
O caso ocorre mais de dez anos após a primeira confirmação de um paciente que teria se curado da
infecção depois de um transplante de células-tronco na Alemanha. O americano Timothy Ray Brown,
conhecido como o "paciente de Berlim", passou pelo procedimento há 12 anos e ainda está livre do vírus.
Até agora, o caso de Brown era o único que aparentemente resultou na cura da doença. Os transplantes
de células-tronco, considerados de alto risco, não apresentaram resultados em outros pacientes. No caso
mais recente - o homem foi identificado apenas como o "paciente de Londres" - já se passaram 19 meses
sem que a presença do vírus tenha sido constatada.
Os dois pacientes que apresentaram remissão do vírus HIV receberam transplantes de medula óssea para
o tratamento de câncer no sangue com células-tronco de doadores com uma rara mutação genética que
impede a disseminação da infecção no organismo.
"Ao conseguirmos a remissão em um segundo paciente utilizando a mesma técnica, demonstramos que o
paciente de Berlim não foi uma anomalia", afirmou o pesquisador-chefe do estudo Ravindra Gupta, da
Universidade de Cambridge.

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28
01/04/2019

Os cientistas, porém, alertaram que o transplante de medula óssea não é uma opção viável para o tratamento da aids. Ainda assim,
afirmam que o segundo caso de remissão e provável cura poderá ajudar nas pesquisas para futuras estratégias de tratamento.
O "paciente de Londres" foi diagnosticado como portador de HIV em 2003 e iniciou o tratamento com medicamentos em 2012.
Naquele ano, ele acabaria desenvolvendo um linfoma de Hodgkin. Em 2016, aceitou realizar um transplante com células-tronco.
A equipe médica optou por buscar um doador com a rara mutação genética que confere resistência natural ao vírus HIV. Essa mutação
ocorre em 1% de descendentes de pessoas do norte da Europa que a herdaram de ambos os pais e são praticamente imunes ao HIV.
O transplante transmitiu ao "paciente de Londres" a mutação genética do doador e modificou seu sistema imunológico, o que Gupta
disse se tratar de um "evento improvável". Após a cirurgia, o paciente suspendeu o tratamento com medicamentos e aguardou para
ver se o vírus reapareceria.
Normalmente, os pacientes infectados com o vírus HIV ingerem diariamente uma quantidade medicamentos antirretrovirais (ARV) para
suprimir o vírus. Se esse tratamento é interrompido, a infecção volta a avançar num período de duas a três semanas, o que não
ocorreu com o "paciente de Londres" após 18 meses sem tomar os medicamentos.
A Sociedade Internacional para a Aids (IAS) afirmou que o caso do "paciente de Londres" significa uma validação do conceito de que a
aids tem cura. "A esperança é que isso possa levar a uma estratégia segura, econômica e fácil para atingir esses resultados através da
tecnologia genética e ou de técnicas relacionadas aos anticorpos".
Cerca de 37 milhões de pessoas em todo o mundo estão infectadas com o vírus da aids, mas apenas 59% estão em dia com os
tratamentos com os ARVs. Estima-se que quase um milhão de pessoas morram todos os anos de doenças relacionadas à infecção por
HIV.

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29
01/04/2019

FATOS NACIONAIS

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Bolsonaro atende Trump e vai 'abrir mão' de tratamento especial do


Brasil na OMC, diz Itamaraty

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30
01/04/2019

O Ministério das Relações Exteriores divulgou um comunicado nesta terça-feira (19) no qual informou que
o presidente Jair Bolsonaro"começará a abrir mão" do tratamento especial que o Brasil recebe na
Organização Mundial do Comércio (OMC).
A decisão, informou o ministério, está "em linha" com a proposta apresentada pelo presidente dos
Estados Unidos, Donald Trump, para que o país apoie a entrada do Brasil na Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o "clube dos países ricos".
"O presidente Trump saudou os atuais esforços do Brasil no campo das reformas econômicas, melhores
práticas e marcos regulatórios em linha com os padrões da Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE). O presidente Trump manifestou seu apoio para que o Brasil inicie o
processo de acessão com vistas a tornar-se membro pleno da OCDE", diz a nota do Itamaraty.
"De maneira proporcional ao seu status de líder global, o presidente Bolsonaro concordou que o Brasil
começará a abrir mão do tratamento especial e diferenciado nas negociações da Organização Mundial do
Comércio, em linha com a proposta dos Estados Unidos. O presidente Bolsonaro agradeceu o presidente
Trump e o povo norte-americano por sua hospitalidade", acrescentou o ministério.
O comunicado do Ministério das Relações Exteriores foi divulgado em conjunto com a Casa Branca, após
a reunião entre Bolsonaro e Donald Trump, em Washington.

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Entenda o caso
A OMC surgiu em 1995 para regulamentar o comércio mundial e é um órgão considerado
importante para países que dependem de um sistema de normas para defender os
interesses no comércio internacional.
A organização conta atualmente com 164 países membros e media conflitos comerciais. Para
isso, define regras sobre tarifas, por exemplo. Se algum país entende que os produtos
nacionais enfrentam barreiras que desrespeitam as normas da OMC, pode recorrer à
organização para solucionar o conflito.
O Brasil é membro da OMC desde janeiro de 1995 e faz parte da lista de países com
tratamento especial e diferenciado. A lista inclui países que dizem estar em desenvolvimento
e, por isso, têm vantagens em relação aos outros, como mais prazo para cumprir acordos e
outras flexibilidades.
Os Estados Unidos, contudo, são contra a existência da lista nos moldes atuais e defendem a
mudança das regras na OMC.

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31
01/04/2019

Bolsonaro libera turistas de EUA, Austrália, Canadá e Japão a entrar


no Brasil sem visto

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O presidente Jair Bolsonaro assinou um decreto para dispensar o visto de visita para turistas de Estados Unidos, Canadá,
Austrália e Japão que viajarem ao Brasil.
O decreto foi publicado nesta segunda-feira (18), em uma edição extra do "Diário Oficial da União" (leia a íntegra mais
abaixo). De acordo com a Embratur, a medida é inédita.
A publicação acontece em meio à viagem de Bolsonaro a Washington(EUA), onde o presidente se reunirá, nesta terça (19),
com Donald Trump.
O decreto editado por Bolsonaro entrará em vigor em 17 de junho deste ano e é "unilateral", ou seja, não vale para
brasileiros que viajarem aos quatro países.

Argumentos do governo
De acordo com o Ministério do Turismo, a decisão não prejudica o "princípio da reciprocidade", pois, ainda segundo a
pasta, a dispensa do visto foi adotada a fim de incentivar a geração de emprego e renda no Brasil.
"A isenção do visto de forma unilateral é um aceno que fazemos para países estratégicos no sentido de estreitar as nossas
relações. Nada impede que essas nações isentem os brasileiros dessa burocracia num segundo momento", informou o
ministério.
A pasta informou, ainda, que os cidadãos dos quatro países beneficiados pela medida já utilizam, atualmente, o visto
eletrônico, que acelera a permissão de entrada no Brasil.
"Com essa iniciativa [do visto eletrônico], houve o aumento de cerca de 35% no pedido de visto desses países para o Brasil,
em relação a 2017, o que, caso seja convertido em viagem efetivamente, poderá resultar em um impacto de US$ 1 bilhão",
afirma o governo.

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32
01/04/2019

Discussões sobre isenção


Em 2015, no governo Dilma Rousseff, o Brasil já havia autorizado cidadãos de Estados
Unidos, Canadá, Austrália e Japão a ficarem dispensados do visto, desde que viessem ao país
assistir à Olimpíada de 2016.
Dois anos depois, o Ministério do Turismo chegou a propor o fim da exigência de visto de
maneira definitiva, mas o Ministério das Relações Exteriores foi contra por entender que
deveria prevalecer o princípio da reciprocidade, ou seja, os brasileiros deveriam ter os
mesmos benefícios.
Isso porque, em janeiro de 2017, o presidente Donald Trump editou um decreto com o
objetivo de dificultar a concessão de visto a cidadãos de diversos países, entre os quais do
Brasil.

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Brasil assina acordo que permite aos EUA lançar satélites da base de
Alcântara

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33
01/04/2019

O Brasil e os Estados Unidos assinaram nesta segunda-feira (18) o acordo de Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST),
que permite o uso comercial da base de Alcântara, no Maranhão.
O acordo foi assinado em Washington sob os olhos do presidente Jair Bolsonaro, que estava no palco da Câmara de
Comércio Americana no momento da assinatura, feita pelos ministros Ernesto Araújo, das Relações Exteriores, Marcos
Ponte, de Ciência e Tecnologia, e pelo secretário assistente do Escritório de Segurança Internacional e Não-proliferação dos
EUA, Christopher Ford.
O acordo de salvaguardas tecnológicas prevê a proteção de conteúdo com tecnologia americana usado no lançamento de
foguetes e mísseis a partir da base de Alcântara.
Atualmente, 80% do mercado espacial usa tecnologia americana e, portanto, a ausência de um acordo de proteção limita o
uso da base brasileira. O texto também é um acordo de não proliferação de tecnologias de uso dual - quando as tecnologias
podem ser usadas tanto para fins civis como militares, caso do lançamento de mísseis.
Um acordo de salvaguarda chegou a ser assinado em 2000, pelo governo Fernando Henrique Cardoso, mas sofreu
resistência no Congresso. Na época, Bolsonaro, então deputado, votou contra os termos do acordo, que acabou rejeitado
na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A versão atualizada do documento deverá ser novamente submetida ao
Congresso.
Depois de 2002, quando o AST fracassou no Congresso, o Brasil ensaiou outras vezes uma nova negociação com os EUA,
mas as rodadas de conversa sobre o tema deslancharam em maio do ano passado. Os parlamentares brasileiros alegaram
nos anos 2000 que o AST fere a soberania nacional.

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Após cogitar transferir embaixada, Bolsonaro anuncia


escritório comercial em Jerusalém

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34
01/04/2019

No primeiro dia da visita oficial a Israel, o presidente Jair Bolsonaro anunciou neste domingo (31), após se reunir com o
premiê Benjamin Netanyahu, a abertura de um escritório comercial do governo brasileiro em Jerusalém, cidade
considerada sagrada por cristãos, judeus e muçulmanos e que não é reconhecida internacionalmente como capital
israelense.
A abertura do escritório em Jerusalém é uma saída diplomática para o embaraço gerado com países árabes após o
presidente ter manifestado publicamente logo após ser eleito a intenção de transferir a embaixada brasileira de Tel Aviv
para Jerusalém, a exemplo do que fez o presidente norte-americano Donald Trump.
Israel considera Jerusalém a "capital eterna e indivisível" do país, mas os palestinos não aceitam e reivindicam Jerusalém
Oriental como capital de um futuro Estado palestino.
O eventual reconhecimento por parte do governo brasileiro de Jerusalém como capital de Israel, e também a eventual
mudança da embaixada, suscitou o receio de retaliações comerciais de países árabes, grandes compradores de carne
bovina e de frango do Brasil.
O recuo de Bolsonaro em relação à transferência da embaixada se deu após ponderações da ala militar do governo e de
ruralistas de que a medida poderia gerar um prejuízo bilionário para a economia brasileira.
Na última quinta-feira (28), ao ser perguntado sobre a mudança da embaixada brasileira, Bolsonaro disse que o presidente
norte-americano Donald Trump demorou nove meses para tomar a decisão. “O Trump levou nove meses para decidir,
para dar a palavra final para que a embaixada fosse", declarou na ocasião.

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Às vésperas das eleições gerais em Israel, Bolsonaro desembarcou no país do Oriente Médio na madrugada
deste domingo para retribuir a presença do premiê israelense Benjamin Netanyahu na cerimônia de posse dele
em 1º de janeiro. Neste domingo, a imprensa de Israel tratava como uma das principais pautas da visita do
presidente brasileiro a possível definição de mudar a embaixada para Jerusalém.
Um dos principais aliados externos de Bolsonaro, o primeiro-ministro de Israel foi recepcionar o colega brasileiro
no aeroporto de Tel Aviv, distinção que ele reservou a poucos chefes de Estado ao longo dos quatro mandatos em
que está à frente do governo israelense. Do aeroporto, a comitiva brasileira se deslocou diretamente para
Jerusalém.
Mais tarde, Bolsonaro e Netanyahu tiveram uma reunião de trabalho no gabinete do primeiro-ministro, na qual
assinaram acordos bilaterais.
Ao final do encontro, chamando o premiê israelense de "irmão e amigo", o presidente anunciou, em Jerusalém, a
instalação do escritório que, segundo ele, será encarregado da promoção de comércio, investimentos, tecnologia
e inovação entre os dois países, subordinado à embaixada do Brasil em Tel Aviv.
"Nosso casamento no dia de hoje trará muitos benefícios aos nossos povos. Estou muito feliz. Peço a Deus que
continue nos iluminando para tomar muitas decisões", complementou o presidente, concluindo a declaração
dizendo, em hebraico, "eu amo Israel".
Durante o encontro, do lado de fora, um grupo de brasileiros fez um protesto contra Bolsonaro em Jerusalém.

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01/04/2019

Denúncias de corrupção
Alvo de denúncias de corrupção, Benjamin Netanyahu vive um dos momentos mais delicados desde que assumiu o governo israelense. Ele é
acusado, entre outras coisas, de ter usado de sua influência no ministério das Comunicações para obter cobertura favorável de veículos da
imprensa, de ter recebido favorecimento ilícito na compra de submarinos da Alemanha e ainda de ter recebido presentes caros de
empresários.
Nas eleições convocadas para 9 de abril, é possível que Netanyahu, líder do partido de direita Likud, deixe o poder após uma década como
primeiro-ministro.
O parlamento de Israel aprovou a própria dissolução em dezembro, antecipando a votação que deveria ocorrer até novembro de 2019. A
convocação de eleições foi interpretada como uma manobra do premiê contra desdobramentos das denúncias de corrupção. Se for reeleito
pela quinta vez, Netanyahu vai superar o recorde de permanência no cargo do fundador do Estado de Israel, David Ben-Gurion.
A imprensa local aponta que a visita do líder brasileiro tem sido usada para "impulsionar" a campanha de Netanyahu, destacando que o
premiê faz da agenda oportunidade para mostrar seu poder de influência junto ao Brasil que, até então, era visto como pró-Palestina e às
vezes até mesmo pró-Irã, de acordo com veículos de mídia israelense.
Em uma declaração à imprensa logo após a reunião de trabalho com Bolsonaro, Netanyahu elogiou o colega brasileiro – a quem também
chamou de amigo –, disse que considera o Brasil "uma das grande potências mundiais" e lembrou o papel do governo brasileiro na criação do
Estado de Israel.
Mais tarde, em outro pronunciamento à imprensa em Jerusalém, Benjamin Netanyahu agradeceu a decisão de Bolsonaro de abrir o escritório
comercial na cidade sagrada e disse que esse pode ser o primeiro passo para, no futuro, o Brasil transferir a embaixada.
"Abençoo essa sua decisão de abrir um escritório de comércio, tecnologia e inovação, de representação em Jerusalém", disse o premiê sob
os olhares de Bolsonaro.

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Acordos bilaterais
Além da abertura do escritório comercial em Jerusalém, o presidente Bolsonaro também anunciou neste domingo a assinatura de seis
acordos com o governo israelense.
O primeiro trata de entendimentos para cooperação em Ciência e Tecnologia, com o objetivo, de acordo com o Itamaraty, de "desenvolver,
facilitar e maximizar a cooperação entre instituições científicas e tecnológicas de ambos os países com base nas prioridades nacionais no
campo de C&T e nos princípios de igualdade, reciprocidade e benefício mútuo, e de acordo com as leis nacionais".
Também foi assinado um acordo sobre segurança pública. Outro ato trata de entendimentos sobre cooperação em questões relacionadas à
defesa para "promover a cooperação entre as partes".
Um acordo sobre serviços aéreos, para estabelecer e "explorar serviços aéreos" também foi firmado, além de um memorando de
entendimentos, entre o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e o governo israelense na área de cibersegurança.
O último ato assinado neste domingo por Bolsonaro e Netanyahu é um plano de cooperação na área de saúde e medicina até 2022. O
governo informou, até o momento, que o objetivo é permitir a cooperação entre os ministério da Saúde de Brasil e Israel.
Reuniões com países árabes
O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Marcos Montes, informou que a titular da pasta, Teresa Cristina, vai oferecer um jantar a
embaixadores de países árabes. O objetivo é estreitar relações e afastar a possibilidade de retaliações comerciais dessas nações - que são
grandes compradoras de carne bovina e de frango do Brasil.
A ideia inicial é que ocorram reuniões com grupos pequenos de países árabes, e não todos mundo de uma única vez. Segundo interlocutores
do Ministério da Agricultura, representantes da liga árabe têm participado de reuniões na pasta desde o início do governo.

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01/04/2019

Mangueira é campeã do Carnaval 2019 do RJ

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A Estação Primeira de Mangueira foi eleita a campeã do Grupo Especial do Carnaval 2019 no Rio de
Janeiro nesta quarta-feira (6).
A tradicional escola “verde e rosa” desfilou na segunda-feira (4) sob o enredo "História para ninar gente
grande" e homenageou a vereadora Marielle Franco, morta em março de 2018.
O enredo é assinado por Leandro Vieira e contou com 24 alas, cinco alegoria e 3.500 componentes na
avenida. A agremiação desconstruiu a imagem de figuras históricas como a Princesa Isabel, Dom Pedro
I e Pedro Álvares Cabral.
Mangueira é a segunda maior campeã entre as escolas de samba do Rio de Janeiro, com 19 títulos. O
último título foi em 2016.
A Viradouro ficou o com segundo lugar no Carnaval do Rio, enquanto que Imperatriz
Leopoldinense eImpério Serrano foram rebaixadas e desfilarão no Grupo de Acesso Série A em 2020. As
seis primeiras colocadas desfilam novamente no próximo sábado (9).
As escolas foram avaliadas quanto a bateria, samba-enredo, harmonia, evolução, enredo, mestre-sala e
porta-bandeira, alegorias e adereços, fantasias e comissão de frente.

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37
01/04/2019

Enredo
“Um enredo completamente emocionante. A Mangueira tem essa responsabilidade”, disse a cantora Alcione ao analisar o enredo
“História para ninar gente grande”, criado pelo carnavalesco Leandro Vieira. No enredo, Alcione representou Dandara, a mulher de
Zumbi dos Palmares. “Foi uma honra representar Dandara, uma líder das pessoas escravizadas”, afirmou.
A intenção do enredo foi mostrar a participação de líderes populares que influenciaram a história do Brasil e não têm suas realizações
contadas nos livros. Neles, personagens negros, índios, com destaque também para mulheres como a vereadora Marielle Franco
(PSOL-RJ), Maria Felipe Oliveira, que liderou a resistência aos portugueses na Bahia e Luiza Mahin, líder do levante dos Malês, de
pessoas escravizadas.
A cantora Leci Brandão, que é mangueirense, disse ter sido tomada por um misto de sentimentos durante o desfile, pois foi
homenageada e citada na letra do samba-enredo. “A gente entra para a ala dos compositores nos anos de 1970 e, em 2018, ter o
nome no samba é pra gente chorar, uma emoção muito grande mesmo, principalmente porque vim representando Luiza Mahin”,
afirmou a artista.
Mônica Benício, viúva da vereadora Marielle Franco, morta em março do ano passado, participou do desfile e disse que foi um enredo
urgente e atual. “Fala de representatividade, de resistência, e a Marielle sendo homenageada, ter ela hoje como símbolo de esperança
é, sobretudo, uma emoção muito grande”, disse.
Para a jornalista Hildegard Angel, que passou na avenida no alto da alegoria a História que a História não conta, o desfile também foi
uma emoção forte. O irmão dela Stuart Angel desapareceu em 1971, quando atuava na militância política. “Enorme, enorme. Além da
expectativa”, reagiu a jornalista.
Ao fim do desfile, o carnavalesco Leandro Vieira afirmou estar com sentimento de dever cumprido. “Com certeza, não sei se bem, mas
cumprido. Mexeu com o público e eu me diverti pra caramba”, disse.

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Mancha Verde é campeã do Carnaval de São Paulo 2019

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38
01/04/2019

A escola de samba Mancha Verde é a grande campeã do Carnaval de São Paulo 2019. A agremiação
conquistou 270 pontos na avaliação de seu desempenho. Com o enredo “Oxalá, Salve a Princesa! A saga
de uma negra guerreira”, sobre a princesa africana Aqualtune, a escola levou para a avenida uma reflexão
sobre escravidão, direitos dos negros e intolerância religiosa.
É a primeira vez que a Mancha conquista o primeiro lugar no Grupo Especial paulista. A vitória veio de
virada, no quesito alegoria, o último a ser julgado.
Ao todo, os jurados avaliaram nove quesitos de cada escola: bateria, samba-enredo, evolução, fantasia,
harmonia, comissão de frente, mestre-sala e porta-bandeira, enredo e alegoria. Cada categoria teve
quatro jurados, com notas de nove a 10 fracionadas em décimos.
Em segundo lugar, ficou a Dragões da Real, com 269,9 pontos. O enredo “A Invenção do Tempo – Uma
odisseia em 65 minutos” tratou sobre diversos aspectos do tempo: presente, passado e futuro.
As outras três escolas mais bem colocadas foram Rosas de Ouro (269,9), Vila Maria (269,7) e Império
(269,7). Agora, as cinco vão participar do Desfile das Campeãs deste ano, marcado para sexta-feira (8) no
Sambódromo do Anhembi.

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Após postar vídeo com pornografia, Jair Bolsonaro pergunta o


que é “golden shower”

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01/04/2019

O presidente Jair Bolsonaro aumentou ainda mais a polêmica sobre pornografia e carnaval nas redes sociais ontem. Ele havia compartilhado, na
véspera, um vídeo de um bloco de carnaval em São Paulo em que dois homens dançam sobre um ponto de táxi. Em determinado momento, um
deles coloca o dedo no ânus e se abaixa para que o outro urine nele.
Nesta quarta-feira (6), o presidente tuitou: “O que é golden shower?”.
“Golden shower” significa “ducha dourada” (em tradução literal). É um termo em inglês usado para definir relações sexuais envolvendo o ato de
urinar no(a) parceiro(a).
Bolsonaro tem quase 3,5 milhões de seguidores no Twitter e usa a plataforma para anunciar iniciativas do governo e se comunicar com a população.
O post do presidente com o vídeo teve mais de 8 mil retuítes, mais de 46 mil curtidas e 39 mil comentários até as 12h de quarta. Já a pergunta sobre
golden shower teve 28 mil retuítes, mais de 54 mil curtidas e 18 mil comentários até o mesmo horário.
O assunto está entre os mais comentados na rede social internacionalmente. Entre as principais hashtags dos Trending Topics estão
#ImpeachmentBolsonaro, #BolsonaroTemRazão, #goldenshowerpresidente, #VergonhaDessePresidente.
Ambas as postagens estão disponíveis a qualquer pessoa que acesse a conta dele, e causaram críticas tanto de opositores como de apoiadores do
presidente.
Usuários críticos às postagens destacaram que práticas como a que foi divulgada pelo presidente da República não ocorreram na absoluta maioria
dos blocos de carnaval. Além disso, ao postar o vídeo em sua conta no Twitter, Bolsonaro levou a milhões de internautas temas que ele próprio
sempre considerou impróprios para circulação em massa.
Em novembro de 2017, quando ainda era deputado federal, Bolsonaro criticou a liberação do acesso de menores a uma exposição sobre
sexualidade no Museu de Arte de São Paulo (Masp). “Os canalhas não querem deixar as crianças em paz!”, escreveu sobre o assunto, também no
Twitter. Dois meses antes, ao encampar uma campanha contra uma exposição que contava com um homem nu, o presidente havia colocado uma
tarja no vídeo que divulgou na mesma rede social – algo que ele não fez com o vídeo divulgado nesta terça.

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Democracia e liberdade só existem quando as Forças


Armadas querem, diz Bolsonaro a militares no RJ

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40
01/04/2019

O presidente Jair Bolsonaro participou na manhã desta quinta-feira (7) da cerimônia de


aniversário do Corpo de Fuzileiros Navais no Rio de Janeiro e fez um discurso de pouco
menos de 4 minutos. Nele, falou sobre a participação dos militares na democracia e na
Previdência Social. Bolsonaro abriu o discurso falando sobre a missão de governar o Brasil.
O presidente também disse que quer fazer do Brasil um país de primeiro mundo e que
reconhecerá os militares neste contexto. Prometeu ainda debater uma nova "retaguarda
jurídica" para os militares.
“Temos uma missão de mudar o Brasil. Esse foi nosso propósito, essa foi nossa bandeira ao
longo de quatro anos andando por todo Brasil. [...] O que eu quero para o senhores, meus
irmãos militares. Sou do Exército brasileiro, mas tenho uma formação muito semelhante à
de vocês. A minha última unidade foi a Brigada de Infantaria Paraquedista. Eu quero a vocês
conversando, ouvindo, debatendo uma retaguarda jurídica para que vocês possam exercer
seus trabalhos, em especial nas missões extraordinárias da tropa”, afirmou o presidente.

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Polícia prende PM reformado e ex-PM suspeitos de matar


Marielle Franco

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01/04/2019

Uma operação conjunta do Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado
(Gaeco), e da Polícia Civil do Rio de Janeiro, prendeu, na madrugada desta terça-feira (12/3), dois suspeitos de matar a
vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes no dia 14 de março de 2018. Ronie Lessa, policial militar
reformado, e Elcio Vieira de Queiroz, expulso da Polícia Militar, foram denunciados por homicídio qualificado e por tentativa
de homicídio de Fernanda Chaves - que também estava no veículo atacado.
Segundo o Ministério Público, as prisões ocorreram por volta das 4h durante a Operação Lume, realizada na residência dos
suspeitos. Ronnie mora no mesmo condomínio que o presidente Jair Bolsonaro tem residência, na Barra da Tijuca, na Zona
Oeste do Rio. Já Élcio foi detido numa casa no Engenho de Dentro, na Zona Norte.
Os dois foram denunciados depois de análises de diversas provas. Lessa teria sido o autor dos disparos de arma de fogo e
Elcio, o condutor do veículo Cobalt utilizado na execução. O MP informou que o crime foi planejado de forma meticulosa
durante os três meses que antecederam os assassinatos.
Além dos mandados de prisão, a Operação Lume cumpre mandados de busca e apreensão em endereços dos dois acusados
para apreender documentos, celulares, computadores, armas, munições e outros objetos.
Na denúncia apresentada à Justiça, o Gaeco/MP-RJ também pediu a suspensão da remuneração e do porte de arma de fogo
de Lessa, a indenização por danos morais aos parentes das vítimas e a fixação de pensão em favor do filho menor de
Anderson até completar 24 anos de idade.
Segundo o MP, o nome da operação é uma referência a uma praça no centro do Rio, conhecida como Buraco do Lume, onde
Marielle desenvolvia um projeto chamado Lume Feminista. No local, ela também costumava se reunir com outros
defensores dos direitos humanos e integrantes do seu partido, o PSOL.

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Presos
Apesar de outros suspeitos terem sido apresentados anteriormente, Ronnie Lessa e Élcio Queiroz são os
primeiros a serem formalmente denunciados e presos pelo crime.
Ronnie Lessa foi aposentado depois de um atentado a bomba contra ele, que resultou na amputação de
uma de suas pernas e que teria sido provocado por uma briga entre facções criminosas.
Já Élcio Queiroz chegou a ser preso em 2011 na Operação Guilhotina, da Polícia Federal, que apurou o
envolvimento de policiais militares com traficantes de drogas e com grupos milicianos. Na época, Queiroz
era lotado no Batalhão de Olaria (16º BPM).
Antes de apresentar os primeiros denunciados pelo crime, a polícia suspeitava que o crime havia sido
planejado por Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica, que teria envolvimento com milícias e que
está preso desde outubro de 2017.
No entanto, o próprio Curicica denunciou à Procuradoria-Geral da República que ele estava sendo coagido
pela Polícia Civil a assumir a autoria do crime. Por isso, em outubro, a Polícia Federal entrou no caso, para
apurar a atuação da Polícia Civil.

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42
01/04/2019

Foto com Bolsonaro


Usuários do Twitter compartilham nas redes sociais uma foto postada por um perfil
atribuído ao ex-PM Elcio de Vieira Queiroz abraçado ao presidente Jair Bolsonaro. Queiroz,
de 46 anos, teria postado a imagem em que aparece lado a lado com o Bolsonaro no último
dia 4 de outubro, às vésperas do primeiro turno da eleição presidencial.
Dias antes, em 25 de setembro, o mesmo perfil postou uma gravação de um show de Paulo
Ricardo com a legenda "Homenagem de Paulo Ricardo (RPM) ao Capitão Bolsonaro!"
Na foto que serve de mural ao perfil atribuído a Queiroz no Facebook está um texto que
critica a atuação de "especialistas em segurança pública". "Devemos desmascarar a
impropriedade desses comentaristas autodeclarados" especialistas em segurança pública",
sempre à espreita de escândalos e crises, como urubus a procura de coisa pútrida", diz um
trecho do comentário inscrito na foto.

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Bolsonaro determina que militares celebrem golpe de 64

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01/04/2019

O presidente Jair Bolsonaro determinou que as Forças Armadas comemorem o golpe militar de 1964, que completa 55
anos no próximo domingo, dia 31 de março. A informação foi confirmada na tarde desta segunda-feira pelo porta-voz
da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, em declaração à imprensa.
Não há a previsão de que haverá alguma celebração do Palácio do Planalto, nem de que o presidente participará de
algum ato. No aniversário da data, que iniciou um período de 21 anos de ditadura no país, Bolsonaro estará em Israel.
Ele embarca para visita oficial ao país do Oriente Médio no próximo sábado.
Os anos de ditadura militar foram marcados pelo fechamento do Congresso Nacional, cassação de direitos políticos,
perseguição e tortura de adversários políticos, além de censura à imprensa.
— O presidente não considera o 31 de março de 1964 golpe militar. Ele considera que a sociedade, reunida e
percebendo o perigo que o país estava vivenciando naquele momento, juntaram-se civis e militares, e nós
conseguimos recuperar e recolocar o nosso país num rumo que, salvo melhor juízo, se tudo isso não tivesse ocorrido
hoje nós estaríamos tendo algum tipo de governo aqui que não seria bom para ninguém — disse o porta-voz, que
também é general.
De acordo com Rêgo Barros, Bolsonaro determinou que o Ministério da Defesa faça "as comemorações devidas",
incluindo a ordem do dia, que é uma mensagem comemorativa das Forças Armadas. O texto já foi aprovado pelo
presidente.
Segundo o porta-voz, a celebração deverá seguir aquilo que "os comandantes acharem dentro do contexto de suas
respectivas guarnições".

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Na última quinta-feira, no Chile, Bolsonaro falou sobre sua visão acerca da ditadura de 1964.
Na ocasião, ele reverenciou o ditador chileno Augusto Pinochet, que comandou o país de
1973 a 1990, em anos marcados por violência com a morte de mais de 3 mil pessoas.
— Falo sobre um regime militar que foi muito parecido no Brasil, inclusive dizendo que
quem cassou João Goulart não foram os militares, foi o Congresso — disse o presidente. Nós
(militares) chegamos a uma conclusão e pacificamos. Não podemos dar voz à esquerda que
sempre tem um lado para dizer que aquele lado estava certo e não o outro.
Os militares ficaram 21 anos no poder. Deixaram o Palácio do Planalto em em 1985, com a
posse do ex-presidente José Sarney, vice de Tancredo Neves — que foi eleito ainda pelo
voto indireto, mas morreu antes de receber a faixa.
O golpe militar de 64 sempre foi comemorado pelas Forças Armadas. Apenas durante os
governos da ex-presidente Dilma Rousseff houve orientação para que os comandantes não
celebrassem a data.

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44
01/04/2019

Justiça manda soltar ex-presidente Michel Temer

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O desembargador federal Ivan Athié, do TRF2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região), mandou soltar
nesta segunda-feira (25) ex-presidente Michel Temer, preso pela Lava Jato do Rio de Janeiro na manhã da
última quinta-feira (21).
Athié, que concedeu o habeas corpus a Temer, diz em sua decisão que está mantendo as garantias
constitucionais do ex-presidente.
"Ressalto que não sou contra a Lava Jato, ao contrário, também quero ver nosso país livre da corrupção
que o assola. Todavia, sem observância das garantias constitucionais, asseguradas a todos, inclusive aos
que a renegam aos outros, com violação de regras não há legitimidade no combate a essa praga",
escreveu.
A decisão também inclui a liberdade do ex-ministro Moreira Franco, de João Batista Lima Filho, o
Coronel Lima, apontado como operador financeiro do suposto esquema criminoso e de mais cinco
investigados Operação Descontaminação, que estavam detidos desde a última quinta, por decisão do juiz
Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro.
Os outros cinco que também foram soltos pela Justiça nesta segunda são: Maria Rita Fratezi, Carlos
Alberto Costa, Carlos Alberto Costa Filho, Vanderlei Di Natalie e Carlos Alberto Montenegro Gallo.

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45
01/04/2019

Ainda de acordo com Athié, "mesmo que se admita existirem indícios que podem incriminar os envolvidos", não
existem argumentos para "justicar" a prisão preventiva - pelo menos no momento - dos acusados. "Além de
serem antigos, não está demonstrado que os pacientes atentam contra a ordem pública, que estariam ocultando
provas, que estariam embaraçando, ou tentando embaraçar eventual, e até agora inexistente instrução criminal.“
O desembargador ainda diz que aproveitou o m de semana para ler todos os documentos e, assim, "decidir com
segurança". Com o julgamento do mérito, o habeas corpus de Temer foi retirado da pauta de quarta-feira (27).
Temer foi detido em São Paulo por agentes da PF (Polícia Federal). Segundo o MPF (Ministério Público Federal),
o ex-presidente e outras nove pessoas são alvos da operação Radioatividade, que é desdobramento da Lava Jato.
As investigações apontam que Michel Temer é líder de uma organização que recebeu propina na construção da
usina nuclear de Angra 3 por meio de contratos com empreiteiras.
Os suspeitos são investigados pelos crimes de cartel, corrupção ativa e passiva, lavagem de capitais e fraudes à
licitação.
Por meio de comunicado enviado à imprensa na tarde desta segunda, a defesa de Moreira Franco se pronunciou
sobre o habeas corpus. "A defesa de Wellington Moreira Franco aguardava, de modo sereno, a liminar do
Tribunal. É importante ao desenvolvimento da sociedade que se preservem os direitos individuais e se respeite a
lei."

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STF decide que casos ligados a caixa 2 devem ir para Justiça


Eleitoral

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46
01/04/2019

O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta 5ª feira (14.mar.2019), por 6 votos a 5, que processos de crimes comuns, como corrupção e
lavagem de dinheiro, ligados a crimes eleitorais, como caixa 2, devem ser enviados para a Justiça Eleitoral.
Na Lava Jato, a maioria dos políticos responde pelos 3 delitos. Agora, os processos devem deixar de ser julgados pela Justiça Federal e serem
julgados pela Justiça Eleitoral.
A medida vai contra o posicionamento do MPF (Ministério Público Federal), incluindo a força-tarefa da Lava Jato.
Para o MPF, os tribunais eleitorais não são estruturados para julgar crimes complexos como os de corrupção e lavagem de dinheiro,
considerando ainda que os processos no âmbito eleitoral tendem a aplicar penas mais brandas do que na esfera criminal.
O Ministério Público argumentou que o cenário de análise dos casos pela Justiça Eleitoral é de grande possibilidade de prescrição dos crimes,
e consequente impunidade.
“Observando que a investigação desenvolvida pela Lava Jato atinge poderosos agentes públicos e políticos envolvidos em graves crimes, o
envio dos casos para a Justiça Eleitoral tornará ainda mais difícil a sua responsabilização dentro da lei”, defendeu.
O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa Lava Jato do MPF-PR, havia afirmado antes do julgamento
que “para os envolvidos nestes crimes seria realmente um prêmio”.
“A defesa dessas pessoas afirma que o crime é de caixa 2 justamente para tirar o foco da corrupção, deslocar o caso para a Justiça Eleitoral e,
assim, diminuir as chances de êxito da investigação ou de condenação a uma pena séria”, afirmou.
Votaram pela competência da Justiça Eleitoral: o relator, ministro Marco Aurélio; e os ministros Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski,
Gilmar Mendes e Celso de Mello.
Votaram pela competência da Justiça Federal: Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux e Cármen Lúcia.

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STF decide que sacrifício de animais em cultos religiosos


é constitucional

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (28), por unanimidade, que é
constitucional o sacrifício de animais em cultos religiosos.
O caso chegou ao Supremo em um recurso do Ministério Público do Rio Grande do Sul
contra uma decisão do Tribunal de Justiça gaúcho que autorizou a prática em relação a
religiões de matriz africana, desde que sem excessos e crueldade.
O julgamento do caso começou em agosto do ano passado. O relator, ministro Marco
Aurélio Mello votou a favor do sacrifício dos animais nos rituais de todas as religiões, não
apenas as de matriz africana. Todos os ministros seguiram o mesmo entendimento.
Na ocasião, entretanto, Marco Aurélio condicionou o abate ao consumo da carne do
animal, enquanto os demais não. O ministro Alexandre de Moraes pediu vista na
oportunidade e o julgamento foi retomado nesta quinta-feira.

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47
01/04/2019

Voto-vista
Em seu voto, Moraes disse que a questão foi colocada de maneira “preconceituosa” pelo Ministério Público estadual, autor da ação, e pelos amigos da
Corte, instituições que participaram das discussões no Supremo.
Moraes afirmou que houve confusão de rituais religiosos de sacrifício com práticas de magia negra, nos quais os animais seriam maltratados.
“O ritual não pratica crueldade. Não pratica maus tratos. Várias fotos, argumentos citados por alguns amici curie (amigos da Corte), com fotos de animais
mortos e jogados em estradas e viadutos, não têm nenhuma relação com o Candomblé e demais religiões de matriz africana. Houve uma confusão,
comparando eventos que se denomina popularmente de magia negra com religiões tradicionais no Brasil de matriz africana”, afirmou o ministro.
De acordo com Moraes, essa interpretação “preconceituosa” da prática estava levando à interdição de terreiros de Candomblé por autoridades
administrativas e sanitárias. O ministro afirmou ainda que impedir a prática seria “manifestar claramente a interferência na liberdade religiosa".
"A oferenda dos alimentos, inclusive com a sacralização dos animais, faz parte indispensável da ritualística das religiões de matriz africana”, afirmou Moraes.
O ministro também votou para estender a permissão a rituais de todas as religiões, mas não condicionou a prática ao consumo da carne do animal.
Os ministros Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski, Luiz Fux, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia e o presidente Dias Toffoli também votaram
para autorizar a prática e reconhecer o direito de todas as religiões em sacrificar animais em cultos. Celso de Mello não estava presente à sessão.
Para o ministro Luís Roberto Barroso, há desconhecimento sobre como são conduzidos os rituais nas religiões de matriz africana.
“Não se trata de sacrifício ou de sacralização para fins de entretenimento, mas sim para fins exercício de um direito fundamental que é a liberdade religiosa.
Não existe tratamento cruel desses animais. Pelo contrário. A sacralização deve ser conduzida sem o sofrimento inútil do animal”, disse Barroso.
“Me parece evidente que quando se trata do sacrifício de animais nesses cultos afros isso faz parte da liturgia e está constitucionalmente protegido”,
afirmou Lewandowski.
A decisão foi tomada em um recurso com repercussão geral e deverá ser aplicada por todos os tribunais e juízes do país em casos semelhantes.

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Rumo vence trecho de 1,5 mil quilômetros da Ferrovia


Norte-Sul

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01/04/2019

A Rumo venceu nesta quinta-feira (28) o leilão do trecho de 1,5 mil quilômetros da Ferrovia Norte-Sul. O lance foi de R$ 2,719
bilhões - o que representa um ágio de 100,92%.
O trecho que foi leiloado tem 1.537 km e vai de Porto Nacional, no Tocantins, a Estrela d'Oeste, em São Paulo. A ferrovia é tida
como um dos principais projetos para escoamento da produção agrícola do país. Os investimentos devem chegar a R$ 2,7 bilhões.
O prazo de contrato é de 30 anos. O lance mínimo previsto no edital era de R$ 1,35 bilhão.
“O resultado foi excelente e superou a expectativa do governo. É a terceira semana seguida de leilão e a terceira vez que temos a
nossa expectativa superada”, disse o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas. “É um marco, é um dia histórico é um dia de
retomada do setor ferroviário no Brasil.”
Parte do grupo Cosan, a Rumo é a empresa resultante da fusão, em 2016, da Rumo Logística e da América Latina Logística (ALL). A
empresa opera quatro concessões com cerca de 12 mil quilômetros de linhas férreas, principalmente nos estados de São Paulo e
Mato Grosso e na Região Sul do país.
Leilões e próximas concessões
Nas últimas semanas, o governo promoveu leilões de aeroportos e de terminais portuários. “São 23 ativos concedidos nos 100
primeiros dias de governo, o que marca a confiança (dos agentes) no governo Bolsonaro e na condução econômica”, afirmou
Freitas.
O ministro da Infraestrutura afirmou que mais duas concessões de ferrovia devem ocorrer nos próximos meses. Na lista, estão a
Ferrogrão e a Fiol (Ferrovia de Integração Oeste-Leste). "Ambas estão em estágio avançado e já passaram por consulta pública",
disse Freitas.

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Primeiro leilão desde 2007


Este é o primeiro leilão de ferrovias do governo em mais de dez anos. A última concessão ferroviária aconteceu em 2007,
quando a VLI venceu a concessão do trecho da ferrovia que liga Porto Nacional a Açailândia (MA).
O leilão da ferrovia foi anunciado no fim do governo de Michel Temer. Segundo o governo, à época, 95% da ferrovia estava
concluída.
Apenas duas empresas – VLI e Rumo – apresentaram propostas pelo trecho. A estatal russa RZD, que várias vezes afirmou
que tinha interesse na ferrovia, decidiu não participar da disputa. A proposta apresentada pela VLI foi de R$ 2,065 bilhões.
Operação
A Rumo tem dois anos para fazer a ferrovia operar. "Queremos fazer com que a ferrovia opera o mais rápido possível, para
gerar caixa”, afirmou o presidente da Rumo, Julio Fontana. "É um bom negócio para nossa companhia e tem sinergia com a
nossa operação", afirmou .
A demanda esperada para ferrovia - tanto na malha própria como na de terceiros - em 2020 é de 1,7 milhão de toneladas.
Em 2055, deve chegar a 22,7 milhões.
A Rumo disputou a concessão da Ferrovia Norte-Sul com o grupo VLI, que tem Vale, Mitsui e Brookfield entre os acionistas.

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01/04/2019

Governo arrecada R$ 2,377 bilhões à vista com leilão de


12 aeroportos

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O leilão de privatização de 12 aeroportos superou a outorga estipulada pelo governo de R$ 2,1 bilhões. No total, os lances
pelos três blocos somaram R$ 2,377 bilhões. Os terminais estão localizados nas regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste,
e, juntos, recebem 19,6 milhões de passageiros por ano, o que equivale a 9,5% do mercado nacional de aviação. O
investimento previsto para os três blocos é de R$ 3,5 bilhões, no período de 30 anos.
O ágio médio, diferença entre o mínimo fixado pelo governo para pagamento inicial, e a soma dos lances vitoriosos, foi de
986%.
Em um certame marcado por muitas ofertas, a disputa maior se concentrou no bloco do Nordeste entre o grupo espanhol
Aena Desarrollo Internacional e o grupo suíço Zurich Aiport. O grupo espanhol saiu na frente com oferta de R$ 1,850 bilhão.
Próximo ao final do leilão, o grupo suíço ofereceu R$ 1,851 bilhão pelo bloco. O lance foi coberto logo em seguida pela
Aena, que ofereceu R$ 1,900 bilhão, e levou o bloco.
O leilão desta sexta-feira (15), realizado na B3, em São Paulo, foi o primeiro no modelo de blocos. Até então, os terminais
vinham sendo leiloados individualmente. Segundo o governo, a organização dos terminais em três blocos está relacionada a
uma maior vocação de uso dos terminais: os do Nordeste para o turismo, os do Centro-Oeste, para o agronegócio, e os do
Sudeste, para atividades empresariais ligadas ao setor de energia, como petróleo e gás.
Pelas regras do edital, vence o leilão quem apresenta o maior ágio sobre o valor mínimo de contribuição inicial mínimo do
bloco. Para o Nordeste, o lance mínimo inicial foi de R$ 171 milhões. Para o bloco Sudeste foi de R$ 47 milhões, enquanto
para o bloco do Centro-Oeste, R$ 800 mil, totalizando R$ 219 milhões. Esses valores deverão ser pagos à vista junto com o
ágio ofertado na data de assinatura do contrato.

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01/04/2019

Após a apresentação dos envelopes com as propostas, os grupos passaram a ofertar lances de viva voz
pelos blocos. O primeiro bloco arrematado foi o do Nordeste, que teve o maior número de ofertas.
Formado pelos aeroportos de João Pessoa e Campina Grande, ambos na Paraíba; do Recife, de Maceió,
Aracaju e Juazeiro do Norte, no Ceará, o bloco recebeu seis propostas.
O maior lance foi do grupo espanhol Aena Desarrollo Internacional, que ofereceu R$ 1,900 bilhão para
pagamento à vista, um ágio de 1.010,69%. Em segundo lugar ficou o grupo suíço Zurich Aiport, com oferta
de R$ 1,851 bilhão, um ágio de 982,05%. O grupo também arrematou o bloco Sudeste. Em terceiro lugar,
o Consórcio Região Nordeste ofertou R$ 1,785 bilhão, ágio de 949,31%.
O bloco Centro-Oeste, formado pelos aeroportos de Cuiabá, Rondonópolis, Sinop e Alta Floresta, em
Mato Grosso, recebeu 2 propostas: a do vencedor, Consórcio Aeroeste, de R$ 40 milhões, um ágio de
4.739% e o Consórcio Construcap-Agunsa, que ofereceu R$ 31,5 milhões, ágio de 3.711,01%.
Já para o bloco Sudeste, formado pelos terminais de Macaé, no Rio de Janeiro, e de Vitória, no Espírito
Santo, foram apresentadas quatro propostas. A Zurich Aiport venceu com oferta de R$ 437 milhões, ágio
de 830,15%; a ADP do Brasil, R$ 304 milhões, ágio de 547%; a CPC (Companhia de Participações em
Concessões), R$ 167 milhões, ágio de 255,47%, e a Fraport, com oferta de R$ 125,002 milhões, ágio de
166,07%.

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Outorga
As regras do edital preveem a adoção do chamado risco compartilhado entre o governo e as
concessionárias vencedoras do leilão. Por esse dispositivo, o pagamento do valor da outorga, de R$ 2,1
bilhões, vai depender da receita bruta da futura concessionária. O edital fixou que essa outorga variável, a
ser paga ao longo do período de concessão, será calculada em cima da receita bruta da futura
concessionária, sendo o percentual de 8,2% para o bloco Nordeste; 8,8% para o bloco Sudeste; e 0,2%
para o Centro-Oeste.
Inicialmente, o novo concessionário não pagará nada pelo período de cinco anos. Após esse período, têm
início os pagamentos do percentual da receita até o final do contrato.
Os vencedores terão que, em um primeiro momento, realizar melhorias em banheiros; sinalizações de
informação; internet wi-fi gratuita; sistemas de climatização; escadas e esteiras rolantes; elevadores,
entre outras intervenções.
Essa é a quinta rodada de concessões de aeroportos, iniciadas em 2011, com o leilão do aeroporto de São
Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte. A aposta do governo é que as concessões podem trazer
melhorias na qualidade do serviço com novos investimentos.

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01/04/2019

Reforma da Previdência de Bolsonaro alivia para os militares

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O presidente Jair Bolsonaro e a equipe econômica cederam aos apelos dos militares de reestruturação da
carreira para conseguir enviar uma proposta de reforma do sistema de aposentadorias das Forças
Armadas nessa quarta-feira (20), no último dia do prazo prometido ao Congresso.
O projeto de lei complementar à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Previdência prevê uma
economia líquida de R$ 10,45 bilhões nos primeiros 10 anos de vigência da proposta, ou seja, 1% dos R$
1,1 trilhão de impacto fiscal previsto na reforma dos demais trabalhadores dos setores privado e público.
Quando a PEC da Previdência foi apresentada, em 20 de fevereiro, era esperada uma folga de R$ 28
bilhões somente na área militar até o fim do governo Bolsonaro. Agora, a expectativa de economia caiu
para R$ 2,29 bilhões.
A reestruturação de carreiras dos militares vai gerar uma despesa de R$ 86,85 bilhões em 10 anos.
Enquanto isso, as mudanças no sistema – que elevará as alíquotas de contribuição previdenciária de 7,5%
para 10,5% até 2022, incluindo para pensionistas que não tinham desconto algum, mas não impôs a idade
mínima de aposentadorias para os oficiais – devem implicar em uma redução de despesa de R$ 97,3
bilhões em uma década.

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01/04/2019

A diferença dessas duas medidas resultará no saldo líquido de R$ 10,45 bilhões até 2029. Essa economia
líquida equivale a apenas 11,3% do estimado antes.
Ao apresentar o projeto dos militares ontem, o secretário especial adjunto de Previdência e Trabalho,
Bruno Bianco, tentou minimizar a redução na economia e disse que a proposta não está desidratada pelo
aumento de despesa da União com militares. “Não é gordura, não é deficit, não é desidratação e não
diminui a proposta da reforma. Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa”, disse.
No entanto, a maior parte desse custo adicional de R$ 86,85 bilhões aos cofres públicos com a
reestruturação das carreiras será com três gratificações: “uma nova e duas aperfeiçoadas que devem
responder por mais da metade desse custo”, segundo o assessor especial do Ministério da Defesa, general
Eduardo Garrido.
A mudança incluirá reajustes nos valores do soldo e nas ajudas de custo dos oficiais. Para justificar essa
medida, os militares alegaram que não recebem reajustes desde 2001, quando ocorreu a última
reestruturação da carreira.
No entanto, evitaram comentar que, durante o governo Michel Temer, o soldo dos oficiais teve um
aumento de 27,5%. De acordo com os oficiais, o governo gasta, em média, R$ 81 bilhões por ano com a
folha de pagamento dos militares e, com a proposta, esse custo teria implemento de cerca de 5%.

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Salário mínimo
No projeto de lei enviado ao Congresso, o soldo de militares mais rasos, como aprendiz de marinheiro e de fuzileiro naval,
terá um reajuste de 12,6%, passando de R$ 981 para R$ 1.105. Isso evitará que o valor líquido fique abaixo do salário
mínimo, devido à cobrança dos 10,5% da contribuição previdenciária, que não existia antes.
No entanto, esse reajuste será maior do que o percentual que o soldado pagará para a Previdência. Já no caso de general,
brigadeiro ou almirante, o soldo foi mantido em R$ 13.471 mil. Mas se forem consideradas apenas as três gratificações
incluídas no projeto, que são maiores quando a patente é mais alta, o reajuste será de 124%, chegando a R$ 30,2 mil, valor
próximo ao novo teto do funcionalismo, de R$ 39,3 mil. Nessa conta não estão incluídos as ajudas de custo, que em alguns
casos, dobra de valor.
Ao serem questionados sobre o fato de os militares estarem cedendo muito menos que os servidores e os trabalhadores do
setor privado na reforma da Previdência, as autoridades desconversaram. Garrido tentou justificar a reestruturação como
uma espécie de compensação para a categoria, que não pode fazer greve e não tem direitos trabalhistas, como hora extra.
Ele justificou que se as regras se igualassem, a União teria um gasto de, pelo menos, R$ 20,7 bilhões por ano com os
militares. “A União já economiza muito conosco”, disse o general.
O general acredita ainda que a reestruturação será aceita pela sociedade. “Nós não queremos receber isso, porque
perderíamos a nossa essência de ser das Forças Armadas. Mas podemos identificar uma série de direitos que não são
aplicados para nós. Há uma espécie de contrato entre a sociedade e os militares, em que nós nos colocamos à disposição do
Estado 24 horas por dia e fazemos o juramento de sacrifício da própria vida pela pátria”, afirmou.

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01/04/2019

Reação do mercado
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), recuou, pela segunda vez consecutiva,
ontem, em meios à divulgação do texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Previdência dos
militares, o que colaborou para a realização de lucros, por parte dos investidores, após o índice alcançar,
na segunda-feira, 18, a marca intradiária dos 100 mil pontos.
Também teve destaque, no dia, as falas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em torno do
conflito comercial do país com a China. Com isso, o índice, encerrou o pregão em queda de 1,55%, aos
98.041 pontos. Nem mesmo a decisão do Federal Reserve (Fed, na sigla em inglês), que optou por manter
os juros básicos da economia norte-americana entre 2,25% e 2,50%, aumentou o ímpeto ao risco por
parte dos agentes econômicos.

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Forte chuva isola cidades, provoca alagamentos e


desabamentos e deixa 12 mortos na Grande SP

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01/04/2019

A forte chuva que começou na noite de domingo (10) e se estende por esta segunda-feira (11) provocou alagamentos em
diversas regiões da Grande São Paulo e bloqueou vias de acesso à capital paulista. A previsão é de mais chuva durante a
semana, mas com menos intensidade. Houve ao menos 12 mortes e seis feridos.
Os óbitos aconteceram em cidades da Grande SP e na capital paulista:
• Quatro em deslizamento de terra em Ribeirão Pires;
• Uma criança soterrada após deslizamento de terra em Embu das Artes;
• Três pessoas afogadas em São Caetano do Sul, duas na Avenida dos Estados e uma no bairro Taboão;
• Duas pessoas afogadas em Santo André;
• Uma afogada em São Bernardo do Campo;
• Uma afogada no Ipiranga, na capital.
Também há registros de feridos:
• Dois no desabamento em Ribeirão Pires;
• Na Zona Leste, um deslizamento de terra atingiu uma casa – a mãe e duas crianças ficaram feridas (uma delas em estado
grave).
• Dois feridos sem especificação do local

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Os lugares mais afetados foram os bairros de Vila Prudente e do Ipiranga, ambos na capital, e as cidades do ABC. Os
bombeiros contabilizam, entre 0h e 16h20, 740 chamados para ocorrências de enchentes e alagamentos, 123 para quedas
de árvore e 44 ocorrências de desabamento/desmoronamento.
Em Ribeirão Pires, no ABC, o desabamento de uma casa deixou quatro mortos e dois feridos, segundo a Prefeitura da
cidade.
Outras duas pessoas morreram na Avenida dos Estados, em São Caetano do Sul, também no ABC. Na mesma cidade, uma
vítima morreu afogada.
Uma pessoa morreu no bairro Taboão, em São Bernardo do Campo, segundo o porta-voz dos bombeiros, capitão Marcos
Palumbo. Em Santo André, foram registradas duas mortes, entre elas a de um homem de 45 anos que estava em carri que
caiu no Rio Tamanduateí.
Na capital, uma pessoa morreu no Ipiranga, Zona Sul.
Em Embu das Artes, na Grande São Paulo, o deslizamento de terra sobre uma casa deixou três pessoas soterradas. Uma das
vítimas, uma criança, morreu no Hospital Geral de Itapecerica da Serra, segundo a Defesa Civil estadual.
De acordo com a Prefeitura da cidade, o desmoronamento ocorreu na Rua Caqui, no Jardim Pinheirinho. Os pais, Mike
Lopes Alves e Karina Santos Oliveira Lopes, saíram com escoriações, mas o filho deles, Bernardo Oliveira Lopes, de 1 ano e 2
meses, morreu.
No Jardim Zaíra, em Mauá, três casas desabaram após um deslizamento de terra. Ninguém se feriu. O mesmo bairro havia
registrado a morte de quatro crianças em fevereiro, após deslizamento.

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01/04/2019

No Parque São Rafael, Zona Leste da capital, um deslizamento de terra atingiu uma casa. A mãe e duas
crianças ficaram feridas – uma delas em estado grave.
No Rio Pequeno, na Zona Oeste de São Paulo, uma casa desabou. Segundo a vizinha que fez a gravação,
Gelma Pereira, não houve feridos, porque os moradores ouviram o barulho de movimento de terra antes
da casa desabar e saíram do imóvel, que fica na Rua Gertrudes Cunha.
No bairro do Sacomã, sudeste da capital, carros foram levados pela água. Outros veículos ficaram ilhados
pela enchente, forçando seus ocupantes a subir no teto desses automóveis.
A circulação de trens na Linha 10-Turquesa da CPTM foi interrompida por 17 horas.
A região do Ipiranga também seguia em estado de alerta às 8h por conta do transbordamento do Rio
Tamanduateí, na região do piscinão Guamiranga. O piscinão foi inaugurado em fevereiro de 2017.
A Prefeitura de São Paulo anunciou a suspensão do rodízio e da Zona Máxima de Restrição de Circulação,
e liberação da circulação de fretados e da Zona Azul.

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Físico e astrônomo brasileiro Marcelo Gleiser é o vencedor do


Prêmio Templeton 2019

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01/04/2019

O físico e astrônomo brasileiro Marcelo Gleiser é o vencedor do Prêmio Templeton 2019, anunciou a fundação responsável
pela premiação nesta terça-feira (19).
Ele é o primeiro latino-americano a ganhar o prêmio, criado em 1972, e vai receber 1,1 milhão de libras esterlinas, o
equivalente a R$ 5,5 milhões. A cerimônia de premiação será em 29 de maio, em Nova York.
"[Ele é] Um dos principais proponentes da visão que ciência, filosofia e espiritualidade são expressões complementares que
a humanidade precisa para abraçar o mistério e explorar o desconhecido", diz Heather Templeton Dill, presidente da
fundação John Templeton, no vídeo que anuncia o premiado.
Gleiser tem 60 anos e vive atualmente nos Estados Unidos, onde ensina física e astronomia no Dartmouth College, em
Hanover, New Hampshire.
Ele já teve mais de 100 artigos revisados e publicados até o momento e pesquisas sobre o comportamento de campos
quânticos e partículas elementares e a formação inicial do universo, a dinâmica das transições de fase, a astrobiologia e as
novas medidas fundamentais de entropia e complexidade baseadas em teoria da informação. Agnóstico, seu trabalho se
destaca por demonstrar que ciência e religião não são inimigas.
"A compreensão e a exploração científica não é apenas sobre a parte material do mundo. Minha missão é trazer para a
ciência e para os interessados na ciência esse apego ao mistério. Fazer o público entender que ciência é apenas mais uma
maneira de entendermos quem somos", disse Gleiser no vídeo que anuncia o prêmio.

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'A ciência não mata Deus'


"O ateísmo é inconsistente com o método científico", afirmou Gleiser à AFP na segunda-feira no
Dartmouth College da Universidade de New Hampshire, onde é professor desde 1991. "Devemos ter a
humildade para aceitar que estamos cercados de mistério".
Sobre a teoria religiosa de criação da Terra em sete dias, Gleiser diz que não há inimigos. "Eles consideram
a ciência como o inimigo, porque têm um modo muito antiquado de pensar sobre ciência e religião, no
qual todos os cientistas tentam matar Deus", disse.
"A ciência não mata Deus", completa.
Gleiser fundou em 2016 o ICE (Instituto de Engajamento à Interdisciplinariedade) em Dartmouth, com a
ideia de promover o diálogo construtivo entre as ciências naturais e humanas, seja na esfera pública ou
acadêmicas. O instituto tem apoio da fundação John Templeton.
Em 2006, ele apresentou a série de 12 episódios 'Poeira das Estrelas', no Fantástico.

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01/04/2019

Prêmio Templeton
O prêmio Templeton foi criado para "servir como um catalisador filantrópico para descobertas
relacionadas às questões mais profundas que a humanidade enfrenta", de acordo com a instituição. A
Fundação apoia pesquisas que vão desde a complexidade, evolução e emergência até a criatividade,
perdão e livre-arbítrio.
De acordo com a fundação responsável pelo prêmio, Gleiser foi o escolhido pelo conjunto do seu trabalho
que, ao longo dos anos, evoluiu para a quebra de simetria, transições de fase e estabilidade de sistemas
físicos, conceitos que influenciariam sua crítica às "teorias de tudo".
"O prêmio celebra o trabalho de muitos indivíduos maravilhosos, incluindo alguns dos grandes físicos e
cientistas de nosso tempo, cujas pesquisas exploraram questões de significado e valor além dos limites
tradicionais de suas disciplinas. Pensar que um dia eu seria incluído em um grupo distinto, sendo um
imigrante do Brasil, é inacreditável ", disse Gleiser no site do Dartmouth College.
Além de Gleiser, a fundação já premiou 48 pessoas desde que foi criada em 1972. Entre eles estão Madre
Teresa (1973), Dalai Lama (2012) e o Arcebispo Desmond Tutu (2013).

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01/04/2019

Gratidão.
Prof. Leandro Signori.

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