Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
1. INTRODUÇÃO...............................................................................................3
1.1 Psicologia Social e as Representações Sociais........................................3
1.2 Vulnerabilidades Sociais.............................................................................7
1.3 Suicídio: Fatores e Índices..........................................................................9
1.4 Situações de Crise: O Surto Sociorreligioso do Catulé e fatores de
risco.............................................................................................................10
2. OBJETIVOS.................................................................................................13
2.1 Objetivo Geral.............................................................................................13
2.2 Objetivos Específicos................................................................................13
3. HIPÓTESE....................................................................................................14
4. JUSTIFICATIVA...........................................................................................14
5. MÉTODOS....................................................................................................14
5.1 Sujeitos.......................................................................................................15
5.2 Instrumentos..............................................................................................15
5.3 Procedimentos para coleta de dados.......................................................16
5.4 Procedimentos para análise de dados......................................................16
6. CRONOGRAMA...........................................................................................17
7. REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS.............................................................18
1. INTRODUÇÃO
1.1 Psicologia Social e as Representações Sociais
A origem da Psicologia Social sedeu há, aproximadamente, um século, sendo
inicialmente uma ramificação de uma ciência denominada sociologia e alguns traços da
filosofia e antropologia. Recebeu influências de alguns estudiosos e um deles seria o
Herbert Spencer, que deu origem ao termo “darwinismo social” – que seguia a ideia de
Charles Darwin de que o mais adaptado ao ambiente (neste caso o social) sobreviveria.
(SOARES, ATHAYDE, ARAÚJO, CAVALCANTI, NASCIMENTO, 2017).
A psicologia foi considerada ciência com o trabalho der Wundt na Alemanha com a
psicologia experimental, que consistia no trabalho de pesquisa dos processos
comportamentais a partir da introspecção – que logo após foi vista como insuficiente para
Wundt, acrescentando a Volkerpsychologie (antecedente da Psicologia Social) em seu
trabalho de observação, consistindo no embasamento histórico e social do indivíduo em
questão (SOARES et Al, 2017).
Posteriormente a esse movimento, Ross descreve a Psicologia Social com uma
parte da Sociologia que estudaria os processos e interações mentais, centrando suas
explicações comportamentais nas causas sociais, ou seja, no conjunto de indivíduos e
suas associações (SOARES e. Al,2017).
A Psicologia Social estuda os princípios básicos comportamentais do ser humano
na sociedade, contribuindo com um papel de intervenção nos sistemas e esquemas
sociais, na busca de melhores circunstâncias para os contextos em que as comunidades
de inserem (LANE,1994).
No geral, essa abordagem busca a compreensão dos comportamentos em uma
instância individual, o que leva a concluir que a Psicologia Social busca a compreensão
dos comportamentos de uma sociedade, instituição ou grupo. Proporcionando, aos
psicólogos, a extrapolação do meio clássico (clínico) de atuação – este que atendia
apenas as maiorias psicológicas – e os coloca no fronte das questões político-sociais,
voltadas a um grupo de convívio (LANE,1994).
O trabalho do psicólogo social, a partir desses pressupostos, integra o trabalho de
despertar a consciência social, a partir da promoção da reflexão, aumentando o aspecto
crítico dos indivíduos, criando uma autonomia valiosa para a atuação deste no sistema
sócio-histórico no qual está inserido (LANE,1994).
Compreende-se, então, que o trabalho do psicólogo social consiste no
entendimento do indivíduo e sua interrelação com a sociedade, compreendendo a
história da cultura, dos costumes, do sistema e, por fim, dos comportamentos de um
grupo (ou variados grupos), além de como o homem pode não só fazer parte desta
histo´ria – sempre em movimento, mas também agir sobre ela em uma “relação circular”
de interdependência. Demonstrando, por fim, as interferências – micro ou macro
repercutidas – que um indivíduo pode realizar no contexto de uma sociedade – que o
influencia mas pode ser influenciada por ele também (LANE, 1994).
O desenvolvimento humano e seus papeis sociais, a partir dessa perspectiva, se
dão no contexto cultural no qual o sujeito está inserido, pois o ambiente influencia
diretamente na formação do repertório comportamental dos grupos sociais, no sentido
de que a complexidade da estrutura humana provém da relação dialética entre a história
individual e social (LANE, 1994).
Pode-se notar que o ser humano possui influências de uma cultura, da estrutura
social e tradições grupais desde as relações primordiais – por exemplo, a forma em que
o sistema influencia a vida da mãe que gera esse indivíduo, o influencia tanto em
questões biológicas quanto psicológicas (LANE, 1994).
A concepção de mundo e realidade consistem em nossas expectativas, estas que
provém da linguagem – que tem a capacidade de ditar valores, como ideologias e
representações socias, demonstrando, mais uma vez, em como o sistema em que nos
inserimos nos guia em relação aos nossos aspectos emocionais, cognitivos e
comportamentais (MOSCOVICI, 1978; LANE, 1994).
Compreendendo que o problema específico da Psicologia Social é o problema das
ideias – a forma com que o ser humano se apropria de uma nova informação e a
compreende – em prática, pode-se observar que as representações sociais são
formadas a partir da influência da comunicação de um grupo da sociedade, servindo
como associação de um conceito ou senso comum. Ou seja, necessariamente, as
representações são resultado da interrelação de um conjunto de pessoas em um
determinado contexto, agindo de formas específicas (MOSCOVICI, 1978).
A relação entre a comunicação e as representações sociais é direta, no sentido de
que “essa organização e estrutura é tanto conformada pelas influências comunicativas
em ação na sociedade, como, ao mesmo tempo serve para tornar a comunicação
possível” (MOSCOVICI, 1978. p.22). Com a modernidade, novas formas de comunicação
emergiram, gerando, também novas formas de comunicação em massa e circulação de
ideias – estas que refletem no processo ontogenético do indivíduo, portanto, depende-
se da manutenção dos padrões de comunicação, mantenedores das representações
(MOSCOVICI, 1978).
Nenhum indivíduo é isento de influências sociais, por sermos seres que – devido
aos comportamentos mais complexos do ser humano – dependem da linguagem, cultura
e, consequentemente, das representações (MOSCOVICI, 1978).
Serge Moscovici, ao tratar sobre as representações como sociais, tem o objetivo de
ressaltar o seu caráter dinâmico, pois influencia o indivíduo e a coletividade na mudança
entre uma estrutura e outra, bem como a unicidade entre o social e o coletivo, dentro
deste conceito, voltando-se ao interesse de identificar os processos de influência sobre
os grupos minoritários observando as variações das ideias coletivas (MOSCOVICI,
1978).
Ao observar que todas as culturas e grupos na sociedade possuem pontos de
tensão e lacunas, desenvolve sua teoria afirmando que é a partir dos desequilíbrios que
as representações sociais surgem. Ou seja, quando existe um conceito não conhecido
por determinado grupo, gera-se uma necessidade de familiarizá-lo, a fim de tornar o
ambiente social equilibrado e seguro novamente, ou seja, legitimar hegemonicamente
uma questão em pauta (MOSCOVICI, 1978).
Seguindo o pensamento descrito acima, Moscovici também comenta que toda
representação é social, visto que esta se deve a uma produção coletiva que contribui
“para o processo de produção de condutas e orientação das comunicações sociais”
(JESUÍNO, 2011; OLIVEIRA, NASCIMENTO, SANTOS, FIGUEIREDO, 2017, p.63). Ou
seja, no sentido mais amplo, são “teorias sobre saberes populares e do senso comum,
elaboradas e partilhadas coletivamente, com a finalidade de construir e interpretar o real”
(OLIVEIRA, WERBA, 1998; OLIVEIRA, et. Al, 2017, p.63).
É de grande importância ressaltar que a representação tem o papel de tecer uma
realidade para um grupo de pessoas, balizando e orientando – muitas vezes – o campo
de visão deste, no sentido de que “nós vemos apenas o que as convenções subjacentes
nos permitem ver e nós permanecemos inconscientes dessas convenções”
(MOSCOVICI, 1978, p.35), não sendo de plena ciência de que se está inserido em uma
estrutura, pois ela modula e lapida os pensamentos, não podendo ser possível, então, a
consciência de que seu pensamento possa estar errado (EVANS-PRITCHARD, 1937, p.
194), porque possuem a capacidade de penetrar a mente – e não sofrer pensamentos
sobre elas mesmas (MOSCOVICI, 1978; EVANS-PRITCHARD, 1937).
A realidade, dada pelas representações sociais é prescritiva, ordena os
comportamentos dos indivíduos (sendo obrigatórias), pois é resultado de uma sequência
de elaborações e tradições, transmitidas por gerações, na memória coletiva
(MOSCOVICI, 1978).
“Através de sua autonomia e das pressões que eças exercem (mesmo que nós
estejamos perfeitamente conscientes que elas não são nada mais que ideias),
elas são, contudo, como se fossem realidades inquestionáveis que nós temos
que controntá-las. O peso de sua história, costumes e conteúdo cumulativo nos
confronta com toda a resistência de um objeto material. Talvez seja uma
resistência ainda maior, pois o que é invisível é inevitavelmente mais difícil de
superar do que o que é visível.” (MOSCOVICI, 1978, p.40).
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Identificar as representações sociais de adultos jovens, perante quais seriam as
vulnerabilidades sociais que colaboram para a existência de ideação suicida ou tentativa
de suicídio.
2.2 Objetivos Específicos
a) Realizar um levantamento bibliográfico sobre o Surto Sociorreligioso do Catulé,
elencando possíveis vulnerabilidades sociais vividas por essa população.
b) Verificar se há relações entre os fatores elencados perante as representações
sociais descritas no objetivo geral para com as encontradas no levantamento bibliográfico
observado no episódio do Surto Sociorreligioso do Catulé.
6 CRONOGRAMA
.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CANCIAN, Natália. Brasil registra 11 mil casos de suicídio por ano, diz
Ministério da Saúde. Disponível
em:<https://www.folhauol.com.br/cotidiano/2018/09/brasil-registra-11-mil-casos-de-
suicidio-por-ano-diz-ministerio-da-saude.shtm> Acesso em: 21 de fevereiro de 2010.