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DE REVISÃO
DPE/PE
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CICLOS DE REVISÃO
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DE REVISÃO DPE/PE @CICLOSR3 @CICLOSR3
CPF: 021.806.644-94 ALUNO: Karyn Mourato Almeida e Silva
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reservados.
FICA A DICA1
Galeraaaaa,
Um dos assuntos mais importantes de ECA é a apuração de ato infracional. Vamos, agora, mergulhar
nesse assunto! Lembrem-se que ECA é uma das matérias que representa excelente custo-benefício na
prova. Nosso objetivo é fechar as 10 questões da disciplina!!!
Vamos lá?!
É a conduta descrita como crime ou contravenção penal, praticado por criança ou adolescente.
Deve ser considerada a idade à data do fato. Se o ato infracional é praticado por criança, não há
possibilidade de aplicação das medidas socioeducativas, mas, apenas, das medidas de proteção previstas
no art. 101 do Estatuto.
#NÃOVALEERRAR: CRIANÇA PRATICA ATO INFRACIONAL! Apenas não são aplicadas as medidas
socioeducativas. #DEOLHONAPEGADINHA
DIREITOS INDIVIDUAIS
- Internação provisória, antes da sentença, pelo prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias,
fundamentada em indícios suficientes de autoria e materialidade, demonstrada a necessidade imperiosa
da medida.
ser cumprida em unidade provisória específica para adolescentes, que cumpra os requisitos do
art. 123 do ECA (Corre lá no Estatuto!).
Aí o adolescente deverá ser transferido imediatamente para a localidade mais próxima! Em caso de
impossibilidade dessa remoção imediata o adolescente poderá permanecer por, no máximo 5 dias
na repartição policial, sob pena de responsabilidade.
GARANTIAS PROCESSUAIS
- Pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, mediante citação ou meio equivalente;
MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS
ESPÉCIES:
- ADVERTÊNCIA: tão somente uma admoestação verbal por parte do juiz, que será reduzida a
termo e assinada.
Não se exige que a autoria esteja plenamente comprovada para aplicação dessa medida. Aqui,
bastam indícios. #NÃOESQUEÇA!
#ATENÇÃO: Quem sofre a execução da medida é o ADOLESCENTE. Os pais NÃO podem ser
responsabilizados, pois não se trata de responsabilidade civil. Aqui não se aplica o art. 942, parágrafo
único do Código Civil.
• Poderá consistir na restituição da coisa, no ressarcimento do dano, ou outra forma que compense o
prejuízo da vítima.
• Havendo manifesta impossibilidade, a medida poderá ser substituída por outra adequada.
• A medida socioeducativa de obrigação de reparar o dano só pode ser utilizada nas hipóteses de ato
infracional com reflexo patrimonial. Na hipótese de o adolescente não possuir condições financeiras
para cumprimento da medida (É o adolescente quem deve cumprir, lembram?), deverá o juiz substituir
essa medida por outra (compatível com a gravidade da conduta), mas não poderá aplicar a internação-
sanção. Essa medida de reparação do dano é de execução instantânea, em regra, motivo pelo qual
o descumprimento não pode ser considerado reiterado.
§ 1o O prazo de internação na hipótese do inciso III deste artigo não poderá ser superior a 3 (três)
meses, devendo ser decretada judicialmente após o devido processo legal.
§ 2º. Em nenhuma hipótese será aplicada a internação, havendo outra medida adequada.
#OLHAOGANCHO
• Realização de tarefas gratuitas de interesse geral, junto a entidades assistenciais, hospitais, escolas
e outros estabelecimentos congêneres, bem como em programas comunitários ou governamentais,
atribuídas conforme as aptidões do adolescente.
• A medida poderá ser cumprida em jornada máxima de oito horas semanais, aos sábados, domingos
e feriados ou em dias úteis, por período não superior a seis meses.
- LIBERDADE ASSISTIDA:
• Será adotada sempre que se afigurar a medida mais adequada para o fim de acompanhar, auxiliar e
orientar o adolescente.
• A autoridade designará pessoa capacitada para acompanhar o caso, a qual poderá ser recomendada
por entidade ou programa de atendimento.
• Será fixada pelo prazo mínimo de seis meses, podendo, a qualquer tempo, ser prorrogada, revogada
ou substituída por outra medida, ouvido o orientador, o Ministério Público e o defensor.
- SEMILIBERDADE:
• O regime de semiliberdade pode ser determinado desde o início, ou como forma de transição para o
meio aberto.
• São obrigatórias a escolarização e a profissionalização, devendo, sempre que possível, ser utilizados os
recursos existentes na comunidade.
• A medida não comporta prazo determinado, aplicando-se, no que couber, as disposições relativas à
internação.
- INTERNAÇÃO:
• Será permitida a realização de atividades externas, a critério da equipe técnica da entidade, salvo
expressa determinação judicial em contrário.
• A medida não comporta prazo determinado, devendo sua manutenção ser reavaliada, mediante
decisão fundamentada, no máximo de seis meses.
• A internação definitiva terá duração de até três anos, ou até que o adolescente complete 21 anos. (Isso
mesmo, você não leu errado, o adolescente pode se manter cumprindo a medida socioeducativa de
internação até os 21 anos!).
#ATENÇÃO!
Súmula 492 – STJ: “O ato infracional análogo ao tráfico de drogas, por si só, não conduz
obrigatoriamente à imposição de medida socioeducativa de internação do adolescente.”
Tráfico de drogas não é considerado ato cometido mediante grave ameaça ou violência!
• A internação-sanção deve ser decretada judicialmente, após o devido processo legal. É necessária a
designação de uma audiência de justificação.
#DEOLHONAJURIS:
O ECA não estipulou um número mínimo de atos infracionais graves para justificar a internação do
menor infrator com fulcro no art. 122, II, do ECA (reiteração no cometimento de outras infrações
graves). Logo, cabe ao magistrado analisar as peculiaridades de cada caso e as condições específicas
do adolescente a fim de aplicar ou não a internação. Está superado o entendimento de que a
internação com base nesse dispositivo somente seria permitida com a prática de no mínimo
3 infrações. STJ. 5ª Turma. HC 332.440/SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em
24/11/2015.
IMPORTANTE:
REMISSÃO
MODALIDADES DE REMISSÃO
1) REMISSÃO PRÉ-PROCESSUAL:
• Uma vez concedida a remissão pré-processual, os autos serão conclusos à autoridade judiciária para
homologação.
• Discordando, o juiz fará remessa dos autos ao Procurador-Geral de Justiça, mediante despacho
fundamentado, e este oferecerá representação, designará outro membro do Ministério Público para
apresentá-la, ou ratificará o arquivamento ou a remissão, que só estará a autoridade judiciária obrigada
a homologar.
2) REMISSÃO PROCESSUAL:
#CUIDADO: Não é possível a aplicação de remissão imprópria pelo MP sem que haja homologação
judicial, em face da Súmula 108-STJ: “a aplicação de medidas socioeducativas ao adolescente, pela prática
de ato infracional, é da competência exclusiva do juiz.”
#DEOLHONAJURIS #FOCANOGRIFO
NÃO É POSSÍVEL.
Sim. A remissão de ato infracional é prevista no item 11 das Regras Mínimas das Nações Unidas para a
Administração da Justiça, da Infância e da Juventude (Regras de Beijing).
Vejamos:
11.1 Examinar-se-á a possibilidade, quando apropriada, de atender os jovens infratores sem recorrer às
autoridades competentes, mencionadas na regra 14.1 adiante, para que os julguem oficialmente.
11. 2 A polícia, o Ministério Público e outros organismos que se ocupem de jovens infratores terão a
faculdade de arrolar tais casos sob sua jurisdição, sem necessidade de procedimentos formais, de acordo
com critérios estabelecidos com esse propósito nos respectivos sistemas jurídicos e também em harmonia
com os princípios contidos nas presentes regras.
11.3 Toda remissão que signifique encaminhar o jovem a instituições da comunidade ou de outro tipo
dependerá do consentimento dele, de seus pais ou tutores; entretanto, a decisão relativa à remissão
do caso será submetida ao exame de uma autoridade competente, se assim for solicitado.
11.4 Para facilitar a tramitação jurisdicional dos casos de jovens, procurar-se-á proporcionar à comunidade
programas tais como orientação e supervisão temporária, restituição e compensação das vítimas.
PRESCRIÇÃO
Sim. Inclusive, a Súmula STJ 338 expressamente prevê essa possibilidade. O ECA não possui dispositivos
tratando da prescrição, mas, em seu art. 152 prevê que se aplicam, subsidiariamente, as normas gerais previstas
na legislação processual pertinente.
- Na medida socioeducativa aplicada sem termo, deve-se ter como parâmetro a duração máxima da
medida de internação (3 anos). Havendo termo, o prazo prescricional terá como parâmetro a duração da
medida socioeducativa aplicada. A partir disso, deverão ser utilizadas as regras do Código Penal.
Por exemplo:
1) Aplicação de medida socioeducativa de internação pela prática de ato infracional análogo ao homicídio,
com fixação de 3 anos de duração: aplica-se o art. 109, IV, do CP (prescrição da pretensão punitiva em
oito anos, quando o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a quatro), com a redução
prevista no art. 115 (são reduzidos de metade os prazos de prescrição quando a pessoa era, ao tempo
do crime, menor de 21 anos). Logo, nesse caso específico, a prescrição ocorrerá em 4 anos.
#FOCANATABELA
Esse foi apenas o começo das nossas dicas! Espero que vocês tenham gostado e se divertido! Vamos
juntos!
Abraços
Gabi