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WILLIAM MACDONALD

PERMITA-ME
APRESENTAR
A BÍBLIA
1a Edição
2012

(oixo Postal 1688


90001 970 • Poito Alogn/RS • BRASH
Font ( S I ) 3241 S0S0• Fax: ($1)3749 738S
www (hamada tom bi * padidowtiKomoda tom bi
Traduzido do original em inglês:
LetMeJnbmduceYouTo TheBible
Gospel Folio Press
Grand Rapids-MI, USA.
- ISBN 978 0937396 22 3 -

Tradução: Rebeca Inke Lima


Revisão: Sérgio Homeni, Ione Haake, Célia Korzanowski,
Camila Z. C. Reinke.
Edição: Arthur Reinke
Capa e Layout: Tobias Steiger

Passagens da Escritura segundo a versão Almeida Revisada e


Atualizada SBB (ARA), exceto quando indicado em contrário: Nova Versão
Internacional (NVI), Almeida Corrigida e Revisada Fiel (ACF), ou Almeida
Revista e Corrigida (ARC).

Actual Edições
R. Erechim, 978 - B. Nonoai 90830-000 - PORTO ALEGRE - RS/Brasil
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Composto e impresso em oficinas próprias
DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO DA
PUBLICAÇÃO (CIP)

M135p MacDonald, William

Permita-me apresentar a bíblia / William MacDonald; tradução,


Rebeca Inke Lima. - Porto Alegre : Actual Edições, c2012.
56 p.; 13,5 x 19,5 cm.

Tradução de: Let me introduce you to the bible.


ISBN 978-85-7720-078-8

1. Bíblia. 2. Antigo testamento. 3. Novo testamento. I. Lima, Rebeca


Inke. II. Título.

CDU 22
CDD 220

(Bibliotecária responsável: Nádia Tanaka - CRB 10/855)


E-book digitalizado e enviado com exclusividade para o
site:

www.ebooksgospel.com.br

Digitalização e Revisão: Levita Digital


13/06/2013

Por gentileza e por consideração não alterem esta página.

Aviso:
Os e-books disponíveis, são distribuídos
gratuitamente, não havendo custo algum.

Caso você tenha condições financeiras para comprar,


pedimos que abençoe o autor adquirindo a versão
___________________ impressa.___________________
ÍNDICE
1. A BÍBLIA COMO UM TODO

O valor da Bíblia

Entendendo a Bíblia

Expressões bíblicas

2. O ANTIGO TESTAMENTO
O conteúdo do Antigo Testamento

Os livros históricos (Volume 1)

Os livros de sabedoria e poesia (Volume 2)

Os livros proféticos (Volume 3)

3. O NOVO TESTAMENTO
Os Evangelhos

O livro de Atos
As Epístolas

O livro do Apocalipse
A BÍBLIA c o m o u m t o d o

Vamos começar assumindo que você leu muito


pouco da Bíblia. Você não conhece a Bíblia muito bem, mas
quer aprender sobre ela. Este livro foi escrito para ajudá-lo
a entender a Bíblia com descrições legíveis e
compreensíveis que vão direto ao ponto. Que Deus o
abençoe à medida em que você aprende a desfrutar da
Bíblia do modo que Ele queria que fosse entendida.

O VALOR DA BÍBLIA
Você precisa saber, em primeiro lugar, que a Bíblia é
a singular Palavra de Deus. Ela contém tudo o que
precisamos saber sobre fé e princípios morais nesta vida e
tudo o que precisamos saber sobre a vida eterna no futuro.
Um autor anônimo a descreveu maravilhosamente: "Este
livro contém a mente de Deus, a condição do homem, o
caminho para a salvação, a condenação dos pecadores e a
felicidade dos crentes. Suas doutrinas são santas, seus
preceitos são imperativos, suas histórias são verdadeiras e
suas decisões são imutáveis. Leia-o para ser sábio, creia
nele para ser salvo, pratique-o para ser santo. Ele contém
luz para guiá-lo, alimento para sustentá-lo e conforto para
animá-lo. E o mapa do viajante, a bússola do piloto, a
espada do soldado e o manual do cristão. Aqui, o paraíso é
restaurado, o céu é aberto e os portões do inferno são
expostos. Cristo é o grande tema, seu propósito é o nosso
bem e seu alvo é a glória de Deus. Leia-o devagar, com
frequência, com devoção. E uma mina de riquezas, um
paraíso de glória e um rio de prazer. Ele recompensará o
maior esforço e condenará todos que menosprezarem seu
conteúdo sagrado. E o Livro dos livros - o Livro de Deus - a
revelação de Deus ao homem".
A Bíblia está dividida em duas partes, o Antigo
Testamento e o Novo Testamento. O Antigo Testamento
contém 39 livros e o Novo Testamento contém 27 livros.
Estes 66 livros foram escritos por cerca de 36 homens
inspirados por Deus em um período de aproximadamente
1600 anos. Já que estes homens foram guiados pelo Espírito
Santo, todos os seus livros se encaixam contando uma
história consistente.
A Bíblia, por ser a Palavra inspirada de Deus, é
inesgotável. Enquanto as verdades básicas da fé cristã são
facilmente compreendidas, algumas coisas na Bíblia não
serão completamente compreendidas até chegarmos ao
céu. Quando se trata da Bíblia, precisamos dar crédito a
Deus por saber coisas que ainda não conseguimos
entender. No entanto, precisamos crer em tudo o que Deus
diz, mesmo se ainda não pudermos entender totalmente.
Não podemos deixar nossas mentes julgarem a Bíblia; ao
contrário, devemos deixar a Bíblia julgar nossas mentes!
Em Deuteronômio 29.29, lemos: "As coisas encobertas
pertencem ao SENHOR, nosso Deus, porém as reveladas nos perten­
cem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as
palavras desta lei". Provérbios 25.2 nos fala: "A glória de Deus é
encobrir as coisas, mas a glória dos reis é esquadrinha-las". Devemos
considerar uma honra poder procurar os tesouros da
verdade escondidos na Palavra de Deus!

ENTENDENDO A BÍBLIA
Uma das maiores chaves para se entender a Bíblia é a
obediência. Alguém disse que "obediência é o órgão de
entendimento espiritual". Isto significa que, se
obedecermos à luz que Deus nos dá, Ele nos dará mais luz.
As pessoas que mais progridem ao estudar a Bíblia são
aquelas que têm um desejo puro e sincero de fazer tudo o
que Deus diz.
Há outras regras que nos ajudarão conforme
começamos a ler a Bíblia. A regra básica de interpretação é
essa: se o sentido óbvio faz sentido, não procure outros
sentidos. Em outras palavras, entenda a Bíblia literalmente
sempre que possível.
Também é importante entender a passagem em seu
contexto imediato. 1 Coríntios 8.5 afirma "...há muitos deuses e
muitos senhores ". Sozinhas, estas palavras poderiam sugerir
que há mais do que um verdadeiro Deus, mas o contexto
maior afirma que, embora haja muitos ídolos e deuses
pagãos, para nós "não há senão um só Deus" (versículo 4) e
"para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem
existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas e
nós também, por ele" (versículo 6).
Também é importante entender cada passagem à luz
do resto da Bíblia. Nenhuma passagem das Escrituras pode
contradizer outra passagem das Escrituras. Cada verdade
em particular precisa estar em harmonia com a verdade
toda. Lido isoladamente, Tiago 2.24 pode parecer ensinar
salvação por obras, mas o testemunho consistente das
Escrituras é que a salvação é pela graça através da fé e que
obras são fruto da salvação, não o meio. (Tiago 2.24 na ver­
dade ensina a importância das obras como uma evidência
externa da fé).

EXPRESSÕES BÍBLICAS
Ao ler a Bíblia, você logo perceberá que ela usa
figuras de linguagem em vários lugares. Por exemplo,
quando Jesus acusou os fariseus de engolirem um camelo
(Mateus 23.24), Ele estava usando uma figura de
linguagem em que um exagero proposital apresenta a
verdade de uma forma inesquecível. As vezes, um objeto é
usado como representação ou símbolo de alguma outra
coisa. Quando Jesus falou sobre rios de água viva em João
7.38, Ele se referia ao Espírito Santo (versículo 39). Como
nós usamos figuras de linguagem nas conversas do
dia-a-dia, normalmente não temos muita dificuldade para
reconhecê-las na Bíblia.
Outras vezes, há afirmações gerais na Bíblia que
precisam ser entendidas como abertas a exceções. Por
exemplo, aqueles que honram seu pai e sua mãe têm a
promessa de uma longa vida na Terra (Efésios 6.2-3).
Conhecemos pessoas, no entanto, que honraram seus pais,
mas morreram ainda jovens. Isso, porém, ainda é verdade
como uma regra geral de que filhos obedientes vivem mais
do que jovens rebeldes e desregrados.
Em certas passagens, a Bíblia fala sobre Deus
"fazendo" coisas que, na verdade, Ele apenas permite que
aconteçam. Sabemos, por exemplo, que Deus não pode
fazer nada que seja cruel ou errado. Entretanto, lemos que
"o espírito maligno, da parte do SENHOR, tornou sobre Saul" (1
Samuel 19.9). Deus permitiu que isto acontecesse, mas Ele
não fez com que acontecesse.
As vezes, Deus fala de coisas que certamente
ocorrerão como se já houvessem ocorrido. Romanos 8.30
afirma que os crentes foram glorificados. Na verdade, não
seremos glorificados até que Cristo venha e nos leve para a
casa do Pai, mas a verdade desta glorificação futura é tão
certa que Deus fala sobre ela como algo já cumprido. Que
coisa maravilhosa - que o pecador mais pagão pode não
somente ser salvo do inferno através da fé em Cristo, mas
também ter tanta certeza da glória futura quanto se já a
tivesse!
A Bíblia também usa o que chamamos de linguagem
da perspectiva humana. Josué 10.12, por exemplo, diz que
o sol parou diante da ordem de Josué. Sabemos que é o
movimento da Terra e não o do sol que causa dia e noite.
No entanto, o sol pareceu ter parado porque as horas do
dia foram prolongadas. Esta é a linguagem da perspectiva
humana.
A palavra "filho", na Bíblia, pode significar também
neto, bisneto ou outros descendentes. Da mesma forma,
"filha", "irmão" e "irmã" podem ter significados mais
amplos.
Quanto a indicações geográficas na Bíblia, estas são
dadas quase sempre em relação à nação de Israel ou à
cidade de Jerusalém. Portanto, "norte" geralmente significa
norte de Israel ou de Jerusalém.
Referências bíblicas normalmente aparecem da
seguinte forma: João 3.16 significa o Evangelho de João,
capítulo 3, versículo 16.

*Omissão 1
Há um equilíbrio de prioridades na Palavra de Deus.
Algumas verdades são levemente mencionadas, enquanto
a outros assuntos é dada grande ênfase. Precisamos tentar
ter uma visão equilibrada das Escrituras, não enfatizando
um mesmo tema como se fosse o único, mas mantendo-o
em sua devida importância relativa.
Quando os autores do Novo testamento - inspirados
pelo Espírito - citam o Antigo Testamento, eles, às vezes,
usam a citação de forma diferente, mas totalmente
legítima, dando um significado maior e mais rico à
passagem do Antigo Testamento.
À medida que você ler e estudar a Bíblia
diariamente, você vai desfrutar de um entendimento cada
vez maior do seu magnífico Deus e de Seu maravilhoso
plano de vida para todos que recebem a Jesus Cristo como
Salvador e Senhor. Torne este o seu desejo eterno!
2
O ANTIGO TESTAMENTO

Imagine o Antigo Testamento como se este estivesse


dividido em três volumes distintos:
Volume 1 - História - Gênesis a Ester
Volume 2 - Sabedoria e Poesia - Jó a Cantares
Volume 3 - Profecias - Isaías a Malaquias
Nós vamos examinar cada uma destas seções mais
detalhadamente, mas, primeiro, consideremos algumas
informações gerais sobre o Antigo Testamento.

O CONTEÚDO DO ANTIGO TESTAMENTO


O Antigo Testamento foi originalmente escrito na
língua hebraica, com exceção de algumas partes do livro de
Daniel que foram escritas em aramaico ou caldeu. O
Antigo Testamento cobre o período histórico desde a
criação até cerca de 400 anos antes de Cristo.
Os primeiros 11 capítulos de Gênesis lidam com a
humanidade em geral. No capítulo 12, Deus escolhe Abrão
para encabeçar a nação hebraica, seu povo escolhido na
Terra. A maior parte do restante do Antigo Testamento é
sobre a nação - Israel. Outros povos são apresentados por
quaisquer conexões que tenham com Israel.
Cristo é o tema central do Antigo Testamento e com
isso queremos dizer que O encontramos tanto
representado quanto prometido ao longo do Antigo
Testamento. Por exemplo, encontramos Cristo
representado na vida de José (Gênesis 37-50), no Cordeiro
Pascal (Êxodo 12.3-10; compare com 1 Coríntios 5.7) e na
serpente de bronze (Números 21.8-9; compare com João
3.14-15). Encontramos promessas sobre Seu local de
nascimento, nascimento virginal, ministério, rejeição,
traição, morte, sepultamento, ressurreição e retorno.
Embora os livros do Antigo Testamento tratem
principalmente de Israel e não da Igreja Cristã, eles estão
cheios de lições práticas para nós ainda hoje. Os exemplos e
"símbolos" do Antigo Testamento são especialmente
importantes. Muitos destes símbolos são explicados no
Novo Testamento.

OS LIVROS HISTÓRICOS (VOLUME 1)


Vamos agora analisar os livros históricos do Antigo
Testamento - os livros de Gênesis a Ester.
A maioria destes livros segue uma ordem
cronológica. No entanto, há algumas exceções, como
veremos.
Os primeiros cinco livros são chamados de
Pentateuco ou os cinco livros de Moisés.

GÊNESIS
A Bíblia começa com a história da criação, um
assunto de interesse universal. Ela passa rapidamente à
queda do homem, o que explica o lado sombrio da vida por
completo. A crescente crueldade trouxe o Dilúvio ao qual
sobreviveram somente Noé e sua família. A Torre de Babel
foi um monumento ao orgulho do homem e à sua rebelião
contra Deus. Em Gênesis capítulo 12, Deus chamou Abrão
a deixar Ur, viajar a um lugar que depois se tornou a
Palestina e a se tornar o pai do povo hebreu. Abraão e Sara
tiveram Isaque em sua velhice. Então a linhagem do povo
escolhido de Deus passou a Jacó, um homem de trapaças,
mas cheio de fé. Jacó se tornou o pai de 12 filhos, os cabeças
das 12 tribos de Israel. Um destes filhos, chamado José,
então, entra em foco. Amado por seu pai, odiado por seus
irmãos e vendido ao Egito, ele alcançou destaque no
governo. Quando sua família foi ameaçada pela fome em
Canaã, ele os trouxe para o Egito e cuidou de suas
necessidades. Gênesis termina com a morte de José no
Egito. Há mais de 100 formas em que José é uma ilustração
ou "representação" do Senhor Jesus Cristo.

0 Exodo e a Peregrinação
do Povo de Israel.
JERICO

P U n ld M da M o a t» , onda
la ra a l acam po« anta« da
a n tra r am CanaA.

Mar Mediterrâneo
■. da onda
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da f io d o 19 a Nomaroa 10

Mar Vermelho
ÊXODO
Conforme o tempo passou e os israelitas se
m ultiplicaram no Egito, um novo Faraó chegou ao poder
e os rebaixou a escravos.
Deus chamou Moisés para entregar um ultimato ao
Faraó: "Deixe meu povo ir!" O Faraó, no entanto, não
deixou. Nove duras pragas não mudaram sua decisão, mas
a décima o fez. Os israelitas celebraram a Páscoa
apressadamente, uma cerimônia religiosa em que o sangue
de um cordeiro, espargido sobre as portas das casas, salvou
os primogênitos de serem destruídos. Isto representa dra­
maticamente a salvação pela fé em Cristo, o Cordeiro de
Deus, cujo sangue foi derramado para remissão de nossos
pecados.
Depois da Páscoa, os israelitas deixaram o Egito.
Através de um poderoso milagre, Deus fez com que
pudessem cruzar o Mar Vermelho, mas o exército
perseguidor egípcio se afogou. Sua jornada os levou ao
intimidante Monte Sinai onde Deus lhes deu os Dez
Mandamentos. Também nesta época, Deus deu instruções
elaboradas quanto a um Tabernáculo (uma tenda usada
para a adoração de Yahweh), um sacerdócio e um sistema de
sacrifícios. No final de Êxodo, o Tabernáculo foi erguido e
o povo ainda estava acampado aos pés do Monte Sinai.

LEVÍTICO
Este é um manual de instruções para o sacerdócio
levítico dado a Moisés enquanto o povo judeu estava aos
pés do Monte Sinai. Levítico enfatiza a necessidade de
santidade na vida do povo de Deus. Ele lista as cinco
ofertas principais - ofertas queimadas, de alimentos, de
paz, por pecados e por transgressões - todas indicando a
Pessoa e a obra sacrificial de Cristo que morreu como um
Substituto para os pecadores. Levítico contém leis a
respeito da vestimenta de sacerdotes, das comidas que
eram "kosher" (do hebraico "limpas") e não "kosher"
("imundas"), da higiene pessoal e da pureza moral e do
diagnóstico e tratamento de lepra. Por fim, Levítico dá
instruções sobre os principais dias santos no calendário
religioso de Israel: o Sábado, a Páscoa, a Festa dos Pães
Asmos, a Festa das Primícias, a Festa das Semanas ou
Pentecostes, a Festa das Trombetas, o Dia do Perdão e a
Festa dos Tabernáculos ou Cabanas. Estas festas
representam eventos importantes na relação de Deus com
Israel, algumas no passado, algumas no futuro. A Páscoa,
por exemplo, representa a morte de Cristo, Festa das
Primícias simboliza Sua ressurreição e a Festa das Semanas
indica a descida do Espírito Santo em Pentecostes.

NÚMEROS
Até Números 10.11, o povo judeu ainda estava
acampado aos pés do Sinai, preparando-se para a marcha
até a Terra Prometida. Um censo foi feito durante esta
época e outro no final do livro - daí o nome Números. Após
cerca de um ano no Sinai, o povo desmontou o
acampamento e começou sua caminhada através do
deserto, cheio de reclamações, rebelião e descrença. Em
Cades- Barneia, eles enviaram 12 espias para Canaã. Com
exceção de dois espias, Josué e Calebe, todos os outros
advertiram que entrar naquela terra seria impossível
(apesar do fato de que a promessa de Deus garantia
sucesso). Como resultado, Deus aplicou dois castigos
severos sobre o povo. Primeiro, eles vagaram pelo deserto
por 40 anos - um ano para cada dia que os espias passaram
em Canaã. A rota exata da peregrinação é desconhecida.
Segundo, todos os soldados saídos do Egito que tinham
mais de 20 anos de idade (com exceção de Josué e Calebe,
que creram em Deus) morreram no deserto. Até mesmo
Moisés foi proibido de entrar na Terra, porque ele havia
desobedecido a Deus em um acesso de raiva. Quando os
israelitas murmuraram contra o Senhor e foram mordidos
por serpentes abrasadoras, eles foram salvos ao olhar para
uma serpente de bronze que Moisés levantou em uma
haste (veja João 3.14-15 para a interpretação do Evangelho).
Depois de anos de peregrinação a esmo, o povo finalmente
chegou às planícies de Moabe, do lado leste do rio Jordão,
de frente para Jericó.

DEUTERONÔMIO
A palavra significa "segunda lei". Porque uma nova
geração havia nascido desde que os israelitas haviam
deixado o Egito, foi necessário que o povo fosse instruído
na lei de Deus antes de entrar na Terra Prometida. Em
Deuteronômio, então, encontramos Moisés lembrando o
povo de que eles só teriam a benção de Deus nesta terra se
fossem obedientes à Sua Palavra. Ele repetiu Sua história
para que eles aprendessem lições com ela. Ele revisou a lei,
especialmente alertando o povo contra a idolatria e
casamentos mistos. Ele lhes deu leis adicionais quanto à
vida em Canaã e predisse os resultados de sua obediência e
desobediência. Ao final do livro, Moisés morreu e foi
sucedido por Josué. Todos os eventos em Deuteronômio se
passaram nas planícies de Moabe, onde o povo havia
acampado no final do livro de Números.

JOSUÉ
Os israelitas estavam, agora, posicionados para a
invasão de Canaã. Josué lhes deu suas ordens de marcha e
então enviou espias a Jericó, que encontrou em Raabe, a
prostituta, uma aliada. A estratégia básica era dividir e
conquistar. Primeiro, foi a campanha central, quando o
exército cruzou o rio Jordão e dominou Jericó e então
(depois de um fracasso inicial) conquistou Ai. A campanha
do sul veio a seguir: Josué e suas tropas derrotaram uma
aliança de cinco reis em Gibeão. Finalmente, houve o ata­
que ao norte chegando até às Águas do Merom.
Então, o país foi dividido entre as tribos, com nove
tribos e meia a oeste do rio Jordão e duas tribos e meia
(Rubem, Gade e metade da tribo de Manassés) a leste do
Jordão. Seis cidades de refugio foram estabelecidas como
asilo para aqueles culpados de assassinato acidental e 42
cidades foram construídas para os levitas.
A mensagem de despedida de Josué revelou seu
medo oculto de que o povo caísse em idolatria. Assim
como Josué os desafiou com as palavras: "...escolhei, hoje, a
quem sirvais" (Josué 24.15), nós também somos desafiados a
escolher Cristo ou o mundo, salvação ou pecado, céu ou
inferno.

JUÍZES
Após a morte de Josué, Israel entrou em um período
em que, sem um governo central forte, o povo fazia o que
queria. Como punição, Deus os entregou a opressores
pagãos. Quando os israelitas clamaram ao Senhor, Ele
levantou líderes militares (chamados aqui de juízes) para
libertá-los e levá-los a um período de paz. Este padrão
cíclico pode ser descrito como pecado, servidão, súplica e
salvação; ou como rebelião, retribuição, arrependimento e
descanso. Os juízes mais conhecidos são Otoniel, Eúde,
Sangar, Débora, Gideão, Jefté e Sansão. Os últimos cinco
capítulos de Juízes dão exemplos das baixas condições
religiosas, morais e políticas que prevaleceram durante este
período.

RUTE
Durante o período de Juízes, uma família judia fugiu
de Belém para o país gentio de Moabe para escapar da
fome. Os dois filhos casaram-se com moabitas, uma das
quais era Rute. Então, a tragédia caiu sobre eles! O pai
judeu e seus dois filhos morreram. Rute decidiu ir para
Belém com sua sogra, Noemi. Lá, Boaz, um parente do
falecido marido de Rute, casou-se com ela, preservando
assim o nome da família e mantendo as propriedades sob a
posse da família. Seu filho, Obede, se tornou o avô de Davi
e, portanto, um antecessor de Cristo. Boaz representa o
Senhor Jesus Cristo como Aquele que dá redenção e
descanso àqueles que se entregam a Ele.

PRIMEIRA SAMUEL
Os três personagens principais deste livro são
Samuel, Saul e Davi. Samuel, o profeta, subiu ao poder no
período em que o sacerdócio havia falhado em sua missão
e o povo estava exigindo um rei como as outras nações
possuíam. Esta exigência representava uma rejeição do
governo de Deus sobre eles. O primeiro rei foi Saul que, a
princípio, parecia promissor, mas desobedeceu a Deus
repetidas vezes. Ele invejava Davi loucamente, a quem a
vitória sobre Golias havia tornado tremendamente
popular. Davi foi secretamente ungido como rei para
substituir Saul, mas foi impedido de assumir o trono
devido aos repetidos ataques de Saul à sua vida. Por fim,
Saul foi derrotado em batalha e suicidou-se.

SEGUNDA SAMUEL
Por mais de sete anos, Davi reinou apenas sobre a
parte sul do reino, conhecida como Judá. Então, foi ungido
rei sobre todas as 12 tribos. Vitórias militares brilhantes, o
estabelecimento de Jerusalém como capital política e
religiosa de Israel e a preparação para a construção do
Templo destacaram o reinado de Davi. Deus prometeu a
ele um trono para todo o sempre e uma descendência que
se assentasse neste trono, uma promessa que foi finalmente
cumprida em Jesus, o Messias. O pecado de Davi com
Bate-Seba iniciou uma série de calamidades, incluindo a
morte de três de seus filhos e terminou com o exílio
temporário de Davi imposto por seu filho Absalão. Depois
que Absalão foi morto, Davi orgulhosamente contou o
povo provocando uma praga - enviada por Deus - que
matou 70 mil pessoas.

PRIMEIRA E SEGUNDA REIS


Depois que Salomão sucedeu como rei seu pai Davi,
começou um projeto de construções ambicioso, cuja parte
mais ilustre era o Templo. Porém, Salomão desobedeceu ao
Senhor ao casar-se com esposas pagãs (que o levaram à
idolatria) e ao acumular um grande número de cavalos
para seu poderio militar, ao invés de confiar no Senhor.
Embora seu reinado tenha sido de paz e prosperidade, ele
resultou em impostos opressivos sobre o povo. Assim,
quando Salomão morreu e seu filho Roboão o sucedeu, o
povo implorou por um alívio. Rejeitando o conselho dos
anciãos de seu pai, Roboão deu atenção a seus jovens
conselheiros ameaçando o povo com impostos ainda mais
altos. Isto resultou em uma divisão no reino, com Jeroboão
como líder das 10 tribos do norte, conhecidas como Israel
ou Efraim. Roboão ficou com o reino do sul, conhecido
como Judá, formado por Judá, Benjamim e a maioria dos
levitas.
A seguir, houve uma sucessão de reis em cada reino.
Israel teve 19 reis, todos perversos, e nove dinastias ou
famílias. Israel continuou até 721 a.C., quando foi levado
cativo pelos Assírios. Judá teve 20 reis, todos da mesma
dinastia ou linhagem. Os bons reis de Judá foram Asa,
Josafá, Jeoás, Azarias, Jotão, Ezequias e Josias. Judá foi
levado cativo pelos babilônios em 586 a.C.
O ministério do profeta Elias se destaca na última
parte de 1 Reis e o profeta Eliseu ganha destaque no
começo de 2 Reis.
PRIMEIRA E SEGUNDA CRÓNICAS
Primeira Crônicas cobre, em grande parte, a mesma
história que lemos em 1 e 2 Samuel e 2 Crônicas lida
principalmente com o mesmo período de 1 e 2 Reis. Há, no
entanto, algumas distinções importantes. Enquanto os
livros de Samuel e Reis são registros históricos, 1 e 2
Crônicas funcionam mais como uma interpretação es­
piritual. Por exemplo, os livros de Crônicas enfatizam
Davi, ao invés de Saul; Judá, ao invés de Israel; os bons reis,
ao invés dos maus; a ordem sacerdotal, ao invés da política.
Há outras duas diferenças que devem ser mencionadas. 1
Crônicas começa com nove capítulos de genealogias não
encontrados em Samuel e 2 Crônicas termina com o
decreto de Ciro, não encontrado em 2 Reis. Este decreto
permitiu que os judeus retomassem à sua terra para
reconstruir o Templo.

ESDRAS
Quando Ciro decretou que os judeus poderiam sair
da Babilônia para ir para casa, Zorobabel liderou a
primeira expedição de aproximadamente 50 mil fiéis
patriotas. Apesar da insistente oposição, estas pessoas
conseguiram reconstruir o Templo.
Sessenta anos depois, Esdras levou outro grupo de
exilados de volta à sua terra natal. Esdras conduziu uma
campanha bem sucedida de afastar as esposas estrangeiras
com quem os homens haviam se casado.

NEENIAS
Durante o reinado do governador persa Artaxerxes,
Neemias foi autorizado a voltar a Jerusalém com um grupo
para reconstruir os muros. Depois que a obra foi terminada
em 52 dias, houve um reavivamento espiritual como
resultado da leitura pública da Palavra de Deus.
Quando Neemias voltou à Pérsia, o povo em
Jerusalém caiu em pecado. Eles permitiram que o Templo
fosse profanado, não sustentaram os levitas, não
guardaram as ordenanças quanto ao sábado e se casaram
com mulheres gentias. Neemias voltou para Jerusalém,
corrigiu estes abusos e instruiu o povo na Palavra do
Senhor.
A história do Antigo Testamento termina neste
ponto, em aproximadamente 400 a.C. Embora o livro de
Ester seja o seguinte ao de Neemias, na seção de livros
históricos da Bíblia, os eventos ali, na verdade,
aconteceram antes dos eventos em Neemias. O Antigo
Testamento não menciona nada sobre o período de 400
anos entre o último livro do Antigo Testamento e o
primeiro do Novo Testamento. Alguns livros foram
escritos durante este período e contém informações úteis
(embora imperfeitas) sobre os "400 anos de silêncio" do
período intertestamentário.

ESTER
Os eventos em Ester aconteceram na Pérsia entre o
sexto e o sétimo capítulos de Esdras. Quando o rei persa
depôs sua esposa e procurou uma nova rainha, uma
menina judia chamada Ester foi escolhida. Um inimigo,
Hamã, persuadiu o rei a emitir um decreto irrevogável
declarando que todos os judeus do reino deveriam ser
mortos em certa data. Seguindo o conselho de seu primo,
Mardoqueu, Ester foi até o rei e expôs Hamã. Seu plano
teve o efeito contrário e ele foi executado. Ester, então,
conseguiu com que outro decreto fosse emitido permitindo
que os judeus pudessem se defender. Isto resultou em uma
libertação gloriosa para os judeus, ainda hoje comemorada
no Festival do Purim.
OS LIVROS DE SABEDORIA E POESIA (VOLUME 2)
Os livros de Jó até Cantares de Salomão são
classificados como livros de Sabedoria e Poesia. Pense
neles como um conjunto de hinos inserido no meio do
Antigo Testamento. Estes livros foram escritos em
diferentes épocas durante o período histórico que
acabamos de estudar. Os eventos em Jó, por exemplo,
voltam no tempo até Gênesis, a um período anterior a
Abraão. Já que muitos dos Salmos foram escritos por Davi,
os associamos ao período de 1 e 2 Samuel. Salomão
escreveu Provérbios, Eclesiastes e Cantares de Salomão;
então, estes livros pertencem à primeira parte de 1 Reis.


Provavelmente não há homem na história que tenha
sofrido tantas perdas familiares e materiais em um único
dia quanto Jó. Três amigos que vieram confortá-lo
concluíram erroneamente que ele estava sofrendo como
resultado de pecados em sua vida. Um jovem chamado
Eliú tentou resolver o problema do sofrimento de Jó, mas
só depois de ter um vislumbre da grandeza, da justiça, do
poder e da sabedoria de Deus foi que Jó pôde confessar seu
próprio pecado e orar por seus amigos. Então, ele recebeu
duas vezes mais riquezas do que tinha no início.

SALMOS
Pelo menos metade dos salmos neste compêndio de
hinos do antigo Israel foi escrita por Davi, mas alguns são
atribuídos a Asafe, aos filhos de Corá, a Salomão, a Moisés
e a Etã. A autoria de cerca de 50 salmos é desconhecida.
Os salmos estão divididos em cinco livros da
seguinte forma: 1-41; 42-72; 73-89; 90-106; 107-150.
Alguns dos salmos são históricos, recapitulando
eventos importantes na história da nação de Israel ou do
próprio salmista. Muitos dos salmos são Messiânicos,
predizendo a morte, ressurreição, ascensão, segunda vinda
e o reino milenar do Senhor Jesus. Os salmos de
arrependimento são aqueles em que o autor confessa seu
pecado e clama por perdão. Os salmos imprecató- rios
chamam a ira de Deus sobre Seus inimigos. A maioria dos
salmos, no entanto, é de puro louvor, devoção e adoração.
Muitos dos salmos têm títulos, incluindo palavras
que parecem ser instruções musicais. Os estudiosos estão
divididos quanto aos títulos fazerem parte do texto original
ou não.
A poesia hebraica não exige rima ou métrica, porque
é baseada em estruturas como paralelismos e acrósticos.
No paralelismo, há uma declaração que é repetida em uma
linguagem idêntica ou parecida. Nos acrósticos, os
versículos podem começar com letras sucessivas do
alfabeto hebraico ou se organizar em outras sequências.

PROVÉRBIOS
Os Provérbios são uma importante coleção de
dizeres sábios escritos por Salomão e por outros sábios em
um estilo curto, expressivo e fácil de lembrar. Eles foram
escritos especialmente para jovens. A maioria dos
provérbios é uma simples afirmação, comparação,
contraste ou paralelismo. Eles falam de uma grande
variedade de assuntos, todos de valor extremamente
prático.

ECLESIASTES
Este é um registro da busca de Salomão por
satisfação "debaixo do sol". Ele tentou se satisfazer com
educação, prazer, materialismo, riquezas, música, filosofia
e sexo, mas concluiu que a vida é sem sentido e fútil. A
frase chave "debaixo do sol" aparece 29 vezes. O livro
descreve a sabedoria do homem em seu ápice, sem levar
em conta a revelação divina, tentando resolver o enigma da
vida. Eclesiastes foi incluído na Palavra inspirada de Deus
para nos ensinar a olhar para além do sol, para encontrar
uma vida de significado. Séculos depois, Jesus disse que
aqueles que beberem da água deste mundo sentirão sede
novamente, mas aqueles que beberem da água que Ele dá,
nunca mais terão sede (João 4.13,14). Estamos procurando
satisfação no lugar certo?

CANTARES DE SALOMÃO
Normalmente, este livro é interpretado como uma
descrição do amor de Salomão por uma moça sulamita e
como uma representação do amor de Cristo por Israel ou
pela Igreja.
Outra abordagem vê três personagens principais -
Salomão, a sulamita e seu pastor apaixonado. Salomão
quer que a sulamita faça parte de seu harém, mas ela é fiel
ao seu amado e, no último capítulo, ela volta à sua vila de
origem para casar-se com ele. De acordo com esta
perspectiva, o livro é um protesto contra a infidelidade no
casamento, assim como a infidelidade de Israel com Yahweh.
O idioma original do Antigo Testamento indica se o
locutor é homem ou mulher e se há apenas um locutor ou
um grupo. Algumas versões mais modernas da Bíblia
procuram mostrar estas diferenças.
Jô. umpMrltrci conugndo
qu« provivflmtnli vivtu
antei deAbriáo.
Contexto Histórico dos
Livros Poéticos e de Sabedoria
Davi, autor d *
wlanta i trè» dos
SALM OS.

Salomio, autor da
PROVÉRBIOS, EC LES ISTESs
CANTARES D ES A LO M À O

NEEMIAS

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I C R Ô N IC A S
OS LIVROS PROFÉTICOS (VOLUME 3)
Os 16 profetas autores do Antigo Testamento (de
Isaías a Malaquias) ministraram durante três períodos
distintos da história judaica. A maioria deles apresentou a
mensagem de Deus durante o Reino Dividido. Dois destes
profetas (Ezequiel e Daniel) atuaram durante o exílio
babilónico e três deles (Ageu, Zacarias e Malaquias)
ministraram depois que o povo voltou do exílio. Portanto,
eles se encaixam nos livros históricos de 1 Reis até
Neemias.
Os profetas, basicamente eram porta-vozes de Deus,
chamados em um período de declínio espiritual para pedir
que o povo voltasse ao Senhor e para alertá-lo quanto ao
julgamento caso ele não obedecesse.
Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel são conhecidos
como os Profetas Maiores, principalmente porque seus
livros são maiores que os outros. Os livros restantes são
chamados de Profetas Menores, porque seus livros, embora
também sejam importantes, são menores.
Os assuntos a seguir surgem com frequência nos
escritos proféticos:
1. A santidade de Deus;
2 .0 pecado e fracasso do povo escolhido de Deus;
3. Um chamado ao arrependimento;
4 .0 juízo de Deus, caso o povo não se arrependa;
5. O julgamento de Deus sobre as nações vizinhas;
6. O retorno de parte do povo do cativeiro;
7. A vinda do Messias e Sua rejeição;
8. A Segunda Vinda do Messias em poder e grande
glória;
9. A restauração do povo escolhido de Deus;
10. O reinado universal de Cristo.
Reis e Profetas de Israel e Juda

SAUL

IS-60SETE CU DAVI
(Tribo» do Sol) (Tribo» do Norte)

DAVI (Todo Isreel)

REINO 0 0 NORTE SALOMÀO REINO DO SUL

ISRAEL REINO DIVIDIDO JUDA


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OBADIAS
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AZARIAS
ZACARIAS JONAS

AMOS
MENAEM JOTÀO
RECAIAS
ACAZ
PECA

OSEIAS
EZEQUIAS

SAIAS
MIOUEIAS
Israel é levado cativo
pela Assíria MANASSES

AMOM
JfOACAZ J051A5
JEOAQUIM
JOAQUIM
s\
Judá: durante 70 anos no HA8ACUQUE
SOfONtAS
cativeiro da Babilônia

EZEQUIEL
PROFETA C iro decretou o fim do
MENOR cativeiro. Zorobebel liderou
"• -
o retom o dos prim eiros

libertos p a ri Jerusalém.

Segundo re to m o de libertos
AOEU
para Jerusalém sob
PROFETA
a liderança de Esdras Z AC AR IA S
MAIOR

R etom o fin a l dos bbertos


sob a liderança de Neemias

APROXIMADAMENTE ANO 400 a C FIM DA HISTORIA 0 0 ANTIGO TESTAMENTO


Aqui estão algumas chaves úteis para se estudar
livros proféticos:
- As vezes, o profeta salta do passado ou do presente
para o futuro, pulando centenas de anos sem uma transição
explícita. Preste atenção nessas transições rápidas!
- Algumas profecias têm, primeiramente, um
cumprimento parcial e, mais tarde, um cumprimento
completo. Isto é conhecido como a Lei da Referência Dupla.
- Os nomes Israel, Efraim, José e Samaria
normalmente estão associados ao Reino do Norte, embora,
às vezes, Israel represente todas as 12 tribos. Judá e
Jerusalém se referem ao Reino do Sul.
- Nínive era a capital da Assíria; Damasco, a capital
da Síria e Babilônia da Babilônia ou Caldeia.
- Palavras como bosques, altos, carvalhos e jardins
estão associadas à idolatria.
- Os profetas podem ser classificados de acordo com
o povo a quem eles ministraram, embora, muitas vezes,
tenha havido sobreposições.

ISRAEL JUDÁ AS NAÇÕES


Oséias Isaías Naum
Amós Jeremias Obadias
Jonas Joel
Miqueias
Habacuque
Sofonias
Ezequiel
Daniel
Ageu
Zacarias
Malaquias
ISAÍAS
Conhecido como o Profeta Evangélico, Isaías viveu
durante os reinados de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias (reis
de Judá). Durante este período, o Reino do Norte foi levado
para o cativeiro pela Assíria e Judá também foi ameaçada
pelos assírios. Isaías tranquilizou o rei Ezequias de que o
Senhor destruiria o exército assírio antes que este
dominasse Jerusalém. Porém, ele também alertou que Judá,
por causa de sua idolatria, seria levada cativa pelos
babilônios.
Se os primeiros 39 capítulos de Isaías correspondem
aos 39 livros do Antigo Testamento, então os últimos 27
capítulos de Isaías certamente formam um paralelo com os
27 livros do Novo Testamento, com sua mensagem
consoladora sobre o Messias - Sua chegada, Seu ministério
público, Sua rejeição, morte e ressurreição, Sua exaltação e
Segunda Vinda e Seu reinado glorioso. Isaías 53, em
particular, nos dá uma descrição gráfica da morte de
Cristo, embora as palavras tenham sido escritas cerca de
700 anos antes do evento.

JEREMIAS
O Profeta "Chorão" ministrou durante o período em
que Judá foi ameaçada e levada para o cativeiro pelos
babilônios. Guiado por Deus, Jeremias aconselhou o povo a
se submeter aos babilônios, mas ele o acusou de traição e
tentou matá-lo. Depois que Jerusalém caiu, Jeremias foi
autorizado a permanecer ali com mais alguns. Ele
aconselhou os outros a não fügirem para o Egito, porém
eles não apenas foram, mas o forçaram a ir junto. Jeremias
morreu no Egito.
Além de predizer o cativeiro babilónico, Jeremias
também previu a destruição do império ao final de 70 anos
e o retomo dos judeus à sua terra.

LAMENTAÇÕES
Este é o livro do eloquente choro de Jeremias pela
destruição de Jerusalém. O profeta verbaliza as emoções
dos judeus quando estes vivenciaram os babilônios atacar e
dominar sua amada cidade.

EZEQUIEL
Ezequiel foi deportado para a Babilônia 11 anos
antes da queda de Jerusalém. Através de diversas visões e
simbolismos, ele lembra Judá de seus pecados, alerta sobre
o exílio iminente e desconsidera a possibilidade de um
retorno mais cedo. A seguir, ele condena as nações gentias
vizinhas por sua idolatria e crueldade. Por fim, ele
profetiza o arrependimento e restauração da nação inteira
(Israel e Judá) sob o domínio pacífico do Messias.
Note o movimento da nuvem de glória ou Shekhinah
no livro de Ezequiel! A nuvem deixou o Santo dos Santos e
foi para a entrada do Templo (9.3), pairou sobre a entrada
(10.4), então foi para a porta oriental (10.19) e para o monte
a leste da cidade (11.23). Isto representa o Senhor deixando
Seu Templo e Cidade por causa dos pecados do povo. Ele
voltará ao templo (43.2) em um dia que ainda há de vir.

DANIEL
Assim como Ezequiel, Daniel profetizou durante o
exílio. Ele falou especialmente sobre "a era dos gentios",
quando quatro poderes mundiais dominariam o povo
judeu. Estes poderes eram a Babilônia, a Medo Pérsia, a
Grécia e Roma, representados por uma imagem feita de
quatro metais e também simbolizados por quatro bestas
selvagens. Estes quatro poderes mundiais serão seguidos
por um quinto império, o reino do Senhor Jesus Cristo,
representado por uma grande pedra esmagadora.
O livro de Daniel também contém o relato
emocionante de três jovens judeus que alcançaram grande
influência política, apesar de recusarem comprometer seus
princípios (capítulo 1); a forma miraculosa com que foram
preservados na fornalha ardente (capítulo 3); e a
experiência inesquecível de Daniel na cova dos leões
(capítulo 6).
As visões do profeta Daniel das 70 "semanas" (490
anos) de supremacia gentia (capítulo 9) cobre a primeira
vinda de Cristo, pula a era da Igreja atual e então fala sobre
o período de Tribulação (logo antes da Segunda Vinda de
Cristo).
Os capítulos finais de Daniel (11 e 12) predizem o
domínio grego sobre a Medo Pérsia, o declínio do império
grego, o surgimento do futuro Anticristo e a vinda da
Grande Tribulação.

OSÉIAS
Oséias profetizou a Israel durante seus últimos anos.
O casamento de Oséias com uma prostituta que foi infiel,
mas que foi finalmente restaurada, representa o
relacionamento de Israel com Yahweh: abandonando
continuamente a fé, mas, por fim, sendo trazida de volta ao
Senhor em bênção.

JOEL
Joel foi um profeta de Judá, provavelmente, durante
os reinados de Joás a Acaz. Sua frase chave é "o Dia do Senhor
um dia de condenação severa representado, a princípio,
por uma praga de gafanhotos. Ele é conhecido como "o
profeta de Pentecostes", porque prediz o derramamento
universal do Espírito Santo, o qual foi cumprido no Dia de
Pentecostes (30 d.C.). Joel também prediz o julgamento das
nações gentias e a bênção de Israel no futuro Milênio. Sua
promessa de que "todo aquele que invocar o nome do SENHOR
será salvo" (2.32) é citada por Paulo em Romanos 10.13 para
mostrar que a salvação é para qualquer um que confiar no
Senhor Jesus Cristo como seu Salvador pessoal.

AMÓS
Este criador de ovelhas foi chamado a deixar sua
casa perto de Belém e a viajar rumo ao norte até o santuário
do bezerro de ouro, em Betei, para profetizar contra os
pecados de Israel. Conhecido como o profeta da justiça
social, ele colocou Israel junto aos gentios e à Judá como
madura para a condenação de Deus. Através de uma série
de visões, ele viu a iminência e certeza da punição. No
entanto, o livro termina com a promessa da conversão e
restauração de Israel.

OBADIAS
Obadias prediz a destruição total de Edom por causa
de seu orgulho e porque se alegrava com a destruição de
Jerusalém.

JONAS
Jonas é diferente de todos os outros profetas no
sentido de que suas experiências, não suas palavras,
formam a profecia. Enviado por Deus para pregar à cidade
gentia de Nínive, Jonas foi desobediente, lançado ao mar,
engolido - mas não digerido - por um grande peixe,
lançado de volta à terra, recebeu uma segunda chance e foi
o meio usado para começar um grande reavivamento.
Semelhantemente, Israel foi enviado como missionário
para os gentios, foi desobediente, espalhado entre as
nações, mas não aculturado. Quando Israel for restaurado
na Segunda Vinda de Cristo, ele será canal de bênção para
todo o mundo.
A experiência de Jonas, conectada com a baleia, tam­
bém é típica da morte, sepultamento e ressurreição de
Cristo (Mateus 12.40).
Jonas profetizou a Israel provavelmente durante os
reinados de Joacaz, Joás e Jeroboão II.

MIQUEIAS
Contemporâneo de Isaías, a profecia de Miqueias é a
história de três cidades: 1) Samaria, a capital de Israel,
condenada a ser capturada pelos assírios; 2) Jerusalém, a
capital de Judá, destinada a ser destruída pela Babilônia (e
ambas, Samaria e Jerusalém, são culpadas de pecados de
idolatria, injustiça e avareza); 3)
Belém, o lugar do nascimento do Messias prometido
que destruiria o inimigo e traria paz a Israel.

NAUN
Na época em que Judá esteve sitiada pela Assíria,
Naum trouxe a promessa consoladora da destruição de
Nínive. Ele descreve a queda da cidade detalhadamente - o
rio transbordante e o grande incêndio. A cidade havia sido
poupada no tempo de Jonas, mas caiu 200 anos depois.

HABACUQUE
Quando viu a perversidade de Judá, Habacuque
perguntou a Deus como Ele conseguia tolerá-la. O Senhor
respondeu que Ele puniria Judá através dos babilônios. Isto
deixou o profeta ainda mais perplexo. Como Deus podia
usar um povo que era ainda mais perverso que Judá para
disciplinar Seu próprio povo? A resposta foi que o justo
viverá pela fé, não importando quem seja e que o homem
perverso será destruído. Isto satisfez a Habacuque, então
ele termina sua profecia com uma canção de alegria.

SOFONIAS
Os pensamentos-chave na profecia de Sofonias são
condenação e alegria. Deus condenará Judá por causa de
sua grosseira idolatria. O Dia do Senhor será um tempo de
guerra, aflição e morte. Nações gentias (como os filisteus,
os moabitas, os amoni- tas, os etíopes e os assírios) não
escaparão.
Eventualmente, o povo de Deus será restaurado e
Deus se alegrará com ele.

AGEU
Ageu, Zacarias e Malaquias profetizaram aos judeus
que haviam retomado da Babilônia. Quando Zorobabel e
seus companheiros tentaram reconstruir o Templo, eles
foram fortemente rechaçados pelos samaritanos. Ageu
repreendeu os judeus por sua apatia e por viverem em
casas confortáveis enquanto o Templo estava em ruínas.
Ele os lembrou do preço pago por terem desobedecido no
passado e insistiu para que eles continuassem com o
projeto da construção. Ele ansiava pelo tempo em que Deus
destruiria os reinos deste mundo para salvar Seu povo
escolhido.

ZACARIAS
Assim como Ageu, Zacarias profetizou durante o
período descrito no livro de Esdras encorajando os exilados
que haviam voltado a reconstruir o Templo. Em oito visões
altamente simbólicas, ele predisse a punição dos
opressores gentios, a condenação do judaísmo apóstata, a
purificação e restauração do remanescente de judeus e o
reino glorioso do Messias. Zacarias é lembrado
especialmente por suas profecias a respeito do Senhor
Jesus - Sua entrada triunfal, Sua traição por 30 peças de
prata, Sua morte como o Pastor ferido, Sua aparição
gloriosa no Monte das Oliveiras e Seu reino milenar como
Rei Sacerdote.

MALAQUIAS
Os eventos em Malaquias são paralelos àqueles em
Neemias no final da história do Antigo Testamento. O
Templo e o muro de Jerusalém já foram reconstruídos, mas
abusos sérios haviam se infiltrado.
Malaquias tentou corrigir tais abusos, como falta de
amor, ofertas impuras, divórcios, casamentos mistos e
negligência do dízimo. Ele predisse a primeira vinda de
Cristo, precedido por Seu mensageiro que sabemos ser
João Batista. Ele também previu o dia em que Cristo virá
como o Sol da Justiça, precedido por Elias, o profeta (Mt
17.10-12). Então Cristo condenará os pagãos, mas trará
bênçãos àqueles que temem ao Senhor.
3
O NOVO TESTAMENTO
OS EVANGELHOS
Os Evangelhos, provavelmente, são a parte mais
conhecida da Bíblia. Porém, embora muitas pessoas
conheçam pedaços deles, poucos entendem a abrangência e
o propósito destes quatro livros. A maioria das pessoas
pensa neles meramente como quatro biografias de Cristo.
É importante ressaltar que os Evangelhos não tentam
fazer um relato completo do começo da vida de Cristo. O
Espírito Santo selecionou alguns incidentes e os entrelaçou
para enfatizar certos aspectos da vida de Cristo. Os
seguintes fatos ilustram esta seleção. Com a exceção de
cinco capítulos, todo o conteúdo dos Evangelhos trata dos
últimos três anos da vida do Salvador na Terra. Vinte e oito
capítulos falam dos dez dias entre Sua última chegada em
Betânia e Sua ressurreição. Os Evangelhos não alegam
relatar inteiramente nem mesmo os anos finais do
ministério do Salvador. João nos lembra de que, se tudo o
que Ele fez estivesse escrito em livros, o próprio mundo
não conseguiria contê-los (João 21.25).
Os autores dos Evangelhos selecionaram incidentes
que dariam sua própria apresentação única do nosso
Senhor. Por isso, alguns incidentes se encontram em
apenas um Evangelho, outros em dois ou três e outros,
ainda, em todos os quatro.
Os eventos da vida de Cristo não são relatados
sempre em ordem cronológica. Para nós, a ordem
cronológica parece ser a única correta. Entretanto, às vezes
é mais importante relatar eventos de forma a acentuar
lições espirituais ou morais. Cada um dos Evangelhos foi
escrito para apresentar Cristo de um aspecto diferente.
Mateus O apresenta principalmente como Rei; Marcos,
como Servo; Lucas, como homem; e João, como Deus
(embora haja alguma repetição). Esta apresentação
quadruplicada parece ser encontrada em diversas porções
do Antigo e do Novo Testamentos como vemos na tabela a
seguir:_____________________ ________________________
M ateus M arcos Lucas João

Rei Servo Homem Deus


Leão Boi ou Bezerro Homem Águia
(Ez 1.10; Ap 4.7) (Ez 1.10; Ap 4.7) (Ez 1.10; Ap 4.7) (Ez 1.10; Ap
4.7)
O Renovo (ou Meu Servo, o 0 homem... 0 Renovo do
Filho) de Davi Renovo Renovo Senhor
(Jr 23.5,6) (Zc 3.8) (Zc 6.12) (Is 4.2)

Eis aí te vem o teu Eis aqui o meu Eis aqui o Aí está o vosso
Rei Servo Homem Deus
(Zc 9.9) (Is 42.1; 52.13) (Zc 6.12) (Is 40.9)

Púrpura Escarlate Linho finíssimo Azul


(branco)

As quatro cores exigem certa explicação. Estas cores


foram encontradas no Tabernáculo e em algumas das
roupas dos sacerdotes. Púrpura é a cor da nobreza; os reis
de Midiã, por exemplo, usavam púrpura (Juízes 8.26).
Escarlate era extraída da cochonilha-do-carmim (parente
do pulgão). Lembrando-nos do Servo que sofreu, sangrou e
disse "sou verme e não homem..." (Salmo 22.6). O linho
finíssimo branco fala de justiça (Apocalipse 19.8), a vida
perfeita de nosso Senhor enquanto homem. Azul é a cor do
céu, lembrando-nos dAquele que desceu dos céus.
Os autores dos Evangelhos selecionaram seu
conteúdo de forma que se encaixasse com os aspectos
particulares do Senhor que eles queriam apresentar.
Portanto, Mateus nos dá a genealogia de Jesus para provar
Seu direito legal ao trono. Lucas nos dá uma genealogia
para provar que nosso Senhor era realmente humano.
Marcos não fala de genealogia alguma, porque isso não é
importante para um servo e João não o faz porque, como
Filho de Deus, o Senhor Jesus jamais teve um começo.
As vezes, o que parece ser o mesmo evento registra­
do em diferentes Evangelhos são, na verdade, dois eventos
diferentes. A purificação do Templo em João 2.13-15
aconteceu no começo do ministério público de Cristo,
enquanto a purificação de Mateus 21.12-17, Marcos
11.15- 19 e Lucas 19.45,46 aconteceu perto do fim de Seu
ministério.
Registros diferentes do mesmo evento nunca são
contraditórios. Às vezes, são suplementares. Cada
Evangelho mostra um relato diferente das palavras sobre a
cruz: Mateus 27.37: "Este é Jesus, o Rei dos judeus". Marcos
15.26: "O Rei dos judeus". Lucas 23.38: "Este é o Rei dos
judeus". João 19.19: "Jesus Nazareno, o Rei dos judeus". Junte
todas elas e você terá esta frase sobre a cruz: "Este é Jesus
Nazareno, o Rei dos judeus".
Porém, quer as diferenças sejam suplementares, quer
não, sempre há um motivo por trás delas e este motivo
destaca verdades espirituais significativas.
O ministério público de Cristo pode ser dividido em
três fases:
• Ministério judaico - cerca de um ano. João
1.15- 4.54
• Ministério galileu - cerca de um ano e nove meses.
Mateus 4.12-18.35
Marcos 1.14-9.50 Lucas 3.19-9.50 João 5.1 -10.21
• Ministério na Judeia - cerca de quatro a cinco
meses. Mateus 19.1-20.28 Marcos 10.1 - 10.45 Lucas 9.51 -
18.34 João 10.22-11.57
Os primeiros três Evangelhos são chamados de
sinóticos (Sin = com; óptico = ver), significando que, em
um sentido geral, eles falam sobre as mesmas partes, ou
têm a mesma perspectiva do ministério do nosso Senhor. O
Evangelho de João é chamado de autóptico (auto = próprio;
óptico = ver), porque João vê o Senhor de uma forma
diferente dos outros. Mais de 90% do conteúdo relatado
por João é particular do seu Evangelho. Os Evangelhos não
são, primeiramente, uma apresentação do plano de
salvação, embora o incluam. Ao invés disso, eles são um
registro histórico dos eventos através dos quais a salvação
se tomou possível - a morte, o sepultamento, a ressurreição
e a glorificação do Senhor Jesus Cristo.

MATEUS
O Evangelho de Mateus fala sobre o Rei - Sua
genealogia, nascimento e infância; a constituição do Seu
Reino (o Sermão do Monte); e Suas credenciais, rejeição,
crescente oposição, prisão, julgamento, morte,
sepultamento e ressurreição. O discurso no Monte das
Oliveiras (Mateus 24 e 25) é uma das grandes passagens
proféticas da Palavra.

MARCOS
Cristo, como o Servo perfeito, mergulha direto em
Seu ministério. Você notará a repetição frequente de
palavras como imediatamente ou logo. Este é um livro de
ação. Como é de se esperar, as obras do Senhor são
enfatizadas aqui, ao invés de Suas palavras. Um versículo
chave é 10.45: "Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser
servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos
LUCAS
Lucas retrata Cristo como o Filho do Homem
perfeito. A ênfase que Lucas dá às orações de Cristo,
portanto, não é surpreendente. Também notamos
claramente a compaixão e o perdão do Senhor. Lucas tem
muito a dizer sobre mulheres e crianças, sobre músicas,
discipulado e questões médicas.

JOÃO
O propósito deste Evangelho aparece em João 20.31:
"... para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e para que,
crendo, tenhais vida em seu nome". Há sete milagres ou sinais
confirmando a afirmação de Jesus de ser o Filho único de
Deus. O Senhor Jesus usa o nome divino "Eu Sou" para si
sete vezes. João tem nove sermões do nosso Senhor que não
aparecem em nenhum outro lugar. Talvez o versículo mais
conhecido da Bíblia seja João 3.16: "Porque Deus amou ao
mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigénito, para que todo o
que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna ". João é chamado
de "o Evangelho em poucas palavras", porque ele mostra
de forma concisa que somos salvos através da fé no Filho
de Deus que morreu como nosso Substituto, pagando o
preço por nossos pecados.

O LIVRO DE ATOS
J. B. Phillips chamou sua paráfrase de Atos d4 "The
Young Church in Action " [A Igreja Jovem em Ação]. É um
nome conveniente, porque, neste livro, Lucas descreve o
nascimento e a infância da nova sociedade de Deus.
A narrativa de Atos fala do ano 34 d.C. - da ascensão
de Cristo - até à primeira prisão de Paulo em Roma (60-63
d.C.).
O apóstolo Pedro ocupa o papel central nos capítulos
1-12. Depois disso, Paulo é o apóstolo em destaque.
O texto de Atos não afirma contar a história inteira
da Igreja primitiva, apenas eventos isolados escolhidos
pelo Espírito Santo para traçar o desenvolvimento
espiritual da Igreja.
Atos 1.8 forma um esboço aproximado do livro:
"...serei minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a
Judéia e Samaria e até aos confins da terra Podemos dividir o livro
destajorma:

• Jerusalém (1.1 — 8.1a)


• Judeia (8.1b)
• Samaria (8.1b, 4-25)
• Os confins da terra (9.1 - 28.31)
Atos descreve o cumprimento histórico da ordem de
Cristo de que o Evangelho deveria ser pregado, primeiro,
aos judeus e então aos gentios.
Talvez, uma das coisas mais importantes para ser
entendida no livro de Atos seja perceber que ele trata de
uma transição - isto é, ele funciona como uma ponte do
período do início da Igreja (quando ela era composta quase
unicamente de judeus convertidos) até o momento em que
ela se despiu da roupagem solene do judaísmo e se
levantou como uma nova sociedade, composta por judeus
e gentios, sendo que todos são um em Cristo Jesus. No co­
meço de Atos, os cristãos se reuniam no Templo e na
Sinagoga, mas conforme o tempo foi passandá,6 eles
passaram a se encontrar principalmente nas casas.
Aqui estão alguns dos destaques do livro:
• A ascensão de Cristo (capítulo 1);
• O nascimento da Igreja, quando o Espírito Santo
desceu no dia de Pentecostes (capítulo 2);
• O ministério de Pedro e de João, acompanhado da
crescente oposição (capítulos 3-5);
• O ministério, prisão, defesa e martírio de Estevão
(capítulos 6 e 7);
• Filipe leva o Evangelho a Samaria (capítulo 8);
• A conversão de Saulo de Tarso (capítulo 9);
• Pedro leva o Evangelho a Comélio, um gentio (capítulo10);
• O Evangelho chega até a Antioquia (capítulo 11);
• O martírio de Tiago (capítulo 12);
• A primeira viagemmissionária de Paulo (capítulos 13 e 14);
• O Concílio de Jerusalém (capítulo 15);
• A segunda viagem missionária de Paulo (capítulos 16- 18);
• A terceira viagemmissionária de Paulo (capítulos 19-21);
• A prisão de Paulo na Cesareia (capítulos 22 - 26);
• A viagem de Paulo a Roma e seu encarceramento tá
(capítulos 27 e 28).

AS EPÍSTOLAS
Treze das cartas do Novo Testamento ("Epístolas")
foram escritas por Paulo, três por João, duas por Pedro,
uma por Tiago e uma por Judas. Quanto à carta de
Hebreus, temos que classificá- -la como "Escritor
desconhecido".
Quatro das cartas de Paulo são chamadas de
Epístolas da Prisão - Efésios, Filipenses, Colossenses e
Filemon. Elas foram escritas durante seu primeiro
encarceramento em Roma.
Tito e as 2 cartas de Timóteo são conhecidas como
Epístolas Pastorais, porque lidam com o cuidado pastoral
das Igrejas.
As cartas escritas por João, Pedro, Tiago e Judas são,
normalmente, chamadas de Epístolas Gerais.
Ao estudar as epístolas, é útil tentar perceber se o
autor está falando sobre a posição ou a prática dos crentes.
Posição se refere à nossa posição espiritual em Cristo.
Quando alguém é salvo, Deus não o vê mais como um
pecador em seus pecados; ao contrário, Deus o vê revestido
de toda a perfeição de Cristo e o aceita baseado nisto. A
posição do crente é tão perfeita quanto a de Cristo porque ele
estáemCrsto.
Prática, por outro lado, se refere ao que somos ou
devemos ser em nossa vida diária. Infelizmente, nossa
prática está longe da perfeição. Quando lemos que somos
santificados em Cristo, isto se refere à nossa posição. Quando
lemos que devemossersantificados, se trata da prática.
As palavras "em Cristo" normalmente se referem à
posição, enquanto as palavras "no Senhor" geralmente
falam da nossa prática. Os primeiros três capítulos de
Efésios são posicionais, descrevendo o que a graça de Deus
fez por nós. Os últimos três são práticos, nos dizendo como
devemos responder a esta graça« Os primeiros dois
capítulos de Colossenses falam da nossa posição, os
últimos dois, da nossa prática. Eu considero a diferença
entre posição e prática o maior ponto chave para se
entender as epístolas.
Também é importante distinguir quando o autor está
falando de fundamentos e quando ele trata de coisas que
não são essenciais. A inspiração das Escrituras, a divindade
de Cristo e salvação pela graça através da fé são todos
fundamentos e nenhuma diferença de opinião deve ser
tolerada entre verdadeiros cristãos. Porém, diferentes
princípios são aplicados a outras áreas como comer carnes
ou praticar cerimônias religiosas, etc. Para tais coisas,
lemos em Romanos 14.5, "Cada um tenha opinião bem definida
em sua própria mente Em 1 Coríntios 6.12, Paulo diz: "Todas
as coisas me são lícitas " e, em Tito 1.15: "Todas as coisas são
puras para os puros Precisamos perceber, a partir destas três
afirmações, que elas tratam somente de questões se­
cundárias que não são certas ou erradas em si.
Embora o crente não esteja sob a lei, mas sob a graça,
as epístolas do Novo Testamento estão cheias de
mandamentos a serem obedecidos. Entretanto, estes
mandamentos não são passados como lei, com punições,
mas como exemplos práticos de como devemos responder
à graça de Deus.
Ao ler as epístolas, devemos prestar atenção especial
aos pronomes. Em Efésios 2.13, "vos" e "vós" se referem
àqueles que eram gentios antes de serem salvos, enquanto
"nós" se refere àqueles que eram judeus antes da salvação.
Em 1 João 2.28 o "vós" (oculto) — "permanecei nele" - se
refere aos leitores de João, enquanto "nós" (oculto) e "nos"
se referem a João e aos outros apóstolos. Em outras pala­
vras, permanecei nele para que nós, seus pais espirituais,
não nos envergonhemos.
Outro ponto chave - lembrar que quando o Espírito
Santo usa palavras diferentes, geralmente o objetivo é
mostrar uma diferença de significado. Por exemplo, há
uma diferença entre crianças e filhos. Todos os crentes são
tanto crianças quanto filhos de Deus. Como crianças, eles
são membros da família de Deus. Como filhos, são tratados
como filhos adultos e maduros com todos os privilégios e
responsabilidade da filiação.
Podemos melhorar o estudo de algumas das
epístolas quando estudamos seu contexto histórico nos
Evangelhos ou no livro de Atos. Encontramos mais
informações sobre o concílio que Paulo descreve em
Gálatas 2.1-10 em Atos 15.1-29. Ao estudar as cartas de
Pedro, encontraremos muitas alusões a eventos da vida de
Pedro, conforme lemos nos Evangelhos e em Atos.

ROMANOS
Nesta carta, Paulo explica claramente o Evangelho.
Primeiro, ele mostra que todos os homens pecaram e estão
sob a condenação de Deus. Deus é justo e precisa punir os
pecadores, mas Ele também é bondoso e quer salvá-los.
Quando o Senhor Jesus morreu, Ele o fez como Substituto
para os pecadores, pagando totalmente a dívida. Isto deu a
Deus uma base correta para justificar os pecadores. Tudo o
que um pecador precisa fazer é aceitar a Jesus Cristo como
Salvador e Senhor através de um claro ato de fé. Depois
que Deus o justifica, ele passa a santificá- -lo - isto é,
capacitá-lo para viver uma vida santa. O último passo no
plano de Deus é glorificar o pecador salvo - levá-lo para
casa no Céu, para sempre livre de pecados, doença e morte.
Em Romanos 9-11, Paulo explica que a nação de Israel tem
sido, temporariamente, colocada de lado, por ter rejeitado
o Messias e que os gentios foram trazidos para uma
posição privilegiada. O Israel que crê, porém, será
restaurado quando o Messias voltar. Os últimos cinco
capítulos enfatizam as obrigações práticas daqueles que
foram justificados pela fé.

PRIMEIRA CORÍNTIOS
Alguém, em Corinto, havia escrito a Paulo a respeito
de problemas e perguntas que haviam surgido em sua
assembleia. Em sua resposta, Paulo responde questões
como:
• Como os santos devem lidar com divisões e
conflitos na Igreja?
• O que deve ser feito com um membro que for
culpado imoralidade?
• É certo para um cristão mover uma ação judicial
contra outro cristão?
• Qual é a atitude cristã adequada acerca da
imoralidade sexual?
• É melhor para um crente casar-se ou continuar
solteiro?
• Cristãos devem comer comidas que foram
sacrificadas a ídolos?
• Qual o papel das mulheres na adoração pública?
• O que é a Ceia do Senhor e como ela deve ser
realizada?
• O que devemos saber sobre os dons do Espírito
Santo, seu uso e abuso?
• Quão importante é a doutrina da ressurreição?
• Qual é nossa responsabilidade para com os
pobres?

SEGUNDA CORÍNTIOS
Devido ao fato da genuinidade de seu apostolado ter
sido questionada, aqui Paulo começa uma extensa defesa
de seu ministério, enfatizando especialmente os
sofrimentos pelos quais ele passou por causa do
Evangelho. Durante o processo, ele suplica aos santos que
deem generosamente aos necessitados, seguindo o
exemplo do Senhor Jesus Cristo.
GÁLATAS
Falsos mestres haviam chegado às igrejas da Galácia
insistindo que a obediência à lei era necessária para a
salvação e santificação. Paulo ataca esta profunda heresia,
tão comum ainda hoje em dia, mostrando que a salvação
acontece somente pela graça através da fé. Ele explica o
papel da lei no plano de Deus e a libertação dos cristãos de
sua escravidão.

EFÉSIOS
Nos primeiros três capítulos, Paulo enfatiza a grande
verdade da Igreja, isto é, o fato de que crentes judeus e
gentios formam "um novo homem" em Cristo Jesus. A
antiga inimizade entre os dois grupos foi abolida, já que
Cristo trouxe a paz através do sangue de Sua Cruz. Agora,
crentes gentios são coerdeiros, membros e coparticipantes.
Os últimos três capítulos trazem instruções práticas acerca
de como crentes podem caminhar de forma digna de seu
chamado celestial. Os versículos 8 - 10 do capítulo 2 são
importantes, porque mostram que somos salvos pela graça,
mediante a fé, para boas obras. Boas obras são a evidência
ou o resultado da nossa salvação - não o meio para
alcançá-la.

FILIPENSES
As palavras-chave aqui são "alegria" e "regozijo".
Paulo podia regozijar-se durante seu encarceramento
porque sua alegria não dependia de circunstâncias
terrenas. Ao contrário, sua alegria estava em Cristo e,
portanto, é imutável. Pelo mesmo motivo, ele estimula os
fi- lipenses a alegrarem-se sempre. Ele os ensina a imitar a
mente altruísta de Jesus, alerta contra falsos mestres e cita
seu próprio exemplo de considerar todas as coisas como
perda quando comparadas a Cristo.

COLOSSENSES
Enquanto em Efésios a igreja em si é o tema, a ênfase
está em Cristo como o Cabeça da Igreja em Colossenses. Os
santos daquela igreja estavam sendo expostos a falsos
ensinos que os ocupavam com filosofias, tradições e
ordenanças falsas, com le- galismo e ascetismo. Paulo lhes
diz para focarem em Cristo, em Quem habita a plenitude
de Deus e eles serão completos nEle. O apóstolo dá
também instruções, semelhantes àquelas em Efésios, a
respeito de vários relacionamentos na vida — marido e
esposa, pais e filhos, patrões e empregados.

PRIMEIRA TESSALONICENSES
A primeira carta de Paulo trata principalmente da
vinda de Cristo. G. Harding Wood captou a essência do
livro quando disse que o cristão que espera a volta do
Senhor não tem lugar para ídolos em seu coração (capítulo
1), para negligência em seu serviço (capítulo 2), divisões
em sua comunidade (capítulo 3), depressão em sua mente
(capítulo 4) ou para pecado em sua vida (capítulo 5).

SEGUNDA TESSALONICENSES
Alguns dos santos pensavam já estar no período de
Tribulação conhecido como o Dia do Senhor. Portanto,
Paulo os ensina que, antes que este dia chegue, haverá uma
grande apostasia ou abandono da fé e que o homem do
pecado (o Anticristo) aparecerá.
Paulo avisa que a esperança da vinda de Cristo não é
desculpa para preguiça. Cristãos devem trabalhar para
suprir suas necessidades e nunca cansar de fazer o bem.
O versículo 8 do capítulo 1 alerta sobre o terrível
julgamento que virá sobre os não-crentes quando Cristo
voltar para reinar. Ele virá "em chama defogo, tomando vingança
contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao
evangelho de nosso Senhor Jesus As pessoas dizem que ser
cristão custa caro demais. Porém, pense no perigo de não
ser cristão!

PRIMEIRA TIMÓTEO
O apóstolo Paulo instrui Timóteo aqui a respeito da
ordem na igreja - a necessidade de se manter a doutrina sã,
o local público de oração, o lugar das mulheres na
assembleia, as qualificações para presbíteros e diáconos e
as diretrizes para o ministério de Timóteo como um servo
do Senhor.

SEGUNDA TIMÓTEO
Escrita durante seu último encarceramento,
conforme sua execução se aproxima, Paulo exorta e
encoraja o jovem Timóteo. Ele o alerta sobre as condições
que se deteriorarão nos últimos dias e o estimula a cumprir
seu ministério de ensino e pregação da Palavra e a viver
uma vida de perseverança, pureza e coragem.

TITO
Paulo instrui Tito acerca do cuidado das assembleias
em Creta, especialmente ao escolher presbíteros, silenciar
falsos mestres e combinar a sã doutrina com as boas obras.
Grande parte da epístola enfatiza a importância de praticar
o que ensinamos. É assim que ornamos a doutrina (2.10).

FILEMON
Um escravo chamado Onésimo havia fugido de seu
mestre cristão, Filemon e ido para Roma onde, na prisão,
conheceu a Paulo - e a Cristo. Agora, o apóstolo o está
enviando de volta a Filemon em Colossos, não como um
escravo, mas como irmão em Cristo.

HEBREUS
Nos primeiros anos da Igreja, muitos judeus foram
atraídos à fé cristã sem terem realmente nascido de novo.
Alguns foram até mesmo batizados e se juntaram à
assembleia local sem jamais terem assumido um real
compromisso com o Senhor Jesus Cristo. No entanto, assim
que eles professaram abertamente serem cristãos, eles
foram deserdados por suas famílias, despedidos de seus
empregos, perseguidos por aqueles que costumavam ser
seus amigos e submetidos a uma enorme pressão para que
voltassem ao judaísmo. Aqueles que se curvaram diante
desta pressão e voltaram ao judaísmo realmente deram
suas costas a Cristo. Eles se tomaram apóstatas. O autor
desta carta alerta que é impossível para um apóstata ser
renovado em arrependimento. Tal pecado é final. Não há
esperança para a pessoa que professa seguir a Cristo e
então propositalmente e cruelmente O repudia.
O autor mostra que Cristo é o cumprimento dos
tipos e símbolos do judaísmo e que abandonar a Cristo é
abandonar a substância em troca do simbolismo. Ele
enfatiza que a vida de fé é a vida que agrada a Deus e
incentiva os verdadeiros crentes a perseverarem, apesar do
sofrimento envolvido no tomarem-se cristãos.
O apelo deste livro é tão atual hoje quanto quando
ele foi escrito: "Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso
coração..." (3.15).

TIAGO
Tiago não está interessado em religião ou em meras
palavras; ele quer ver as coisas sendo vividas de forma
prática. Ele ataca a discriminação por classe, o linguajar
depravado, a inveja, as discussões e a opressão aos pobres.
Ele concorda com Paulo de que a justificação é pela fé, mas
apenas pelo tipo de fé que resulta em boas obras.

PRIMEIRA PEDRO
Pedro escreve aos cristãos que estão passando pelas
chamas violentas da perseguição. Ele os lembra de que
Deus se agrada quando eles sofrem pela justiça, mas não
quando sofrem como resultado de seus próprios pecados.
A glória eterna está além do sofrimento momentâneo.
Enquanto isso, a graça de Deus é suficiente.

SEGUNDA PEDRO
O recurso do cristão em meio à maldade dos últimos
dias é o desenvolvimento de um caráter cristão. Falsos
cultos desviarão muitas pessoas, mas sua destruição é
certa. Cristo virá, os perversos serão julgados, os céus e a
terra serão destruídos e a eternidade será instalada.

PRIMEIRA JOÃO
Os gnósticos eram uma seita que tinha visões
erradas da divindade e da humanidade de Cristo. Alguns
afirmavam, por exemplo, que Jesus era meramente um
homem e que "o Cristo" era uma influência divina que veio
sobre Ele em Seu batismo, mas O deixou no jardim do
Getsêmani. Eles separaram Jesus e o Cristo, dizendo que
Jesus havia morrido, mas Cristo não. João combate este
erro, insistindo que Jesus é o Cristo encarnado. João
também fala das marcas daqueles que são
verdadeiramente crentes - eles caminham na luz,
reconhecem seus pecados, praticam a justiça, amam seus
irmãos, guardam os mandamentos de Deus, confessam a
Jesus Cristo e vencem o mundo.
SEGUNDA JOAO
Esta carta apresenta a política da porta fechada.
Nossa porta deve estar fechada para qualquer
propagandista religioso que fizer afirmações falsas sobre o
Senhor Jesus Cristo.

TERCEIRA JOAO
Agora, a política da porta aberta! Nossa porta deve
estar aberta àqueles que são realmente crentes. Gaio foi um
exemplo de verdadeira hospitalidade. Diótrefes foi um
tirano que arbitrariamente rejeitou alguns dos queridos
filhos de Deus.

JUDAS
Assim como 2 Pedro, Judas nos dá uma imagem
vívida dos infiéis dos últimos dias. Ilustrações do Antigo
Testamento mostram que sua condenação é inescapável.
Cristãos devem se edificar na fé, na oração e no amor,
esperando a volta do Senhor.

O LIVRO DO APOCALIPSE
Poucas partes da Bíblia são tão intrigantes quanto o
livro do Apocalipse e poucas são tão difíceis de entender.
Podemos ficar felizes que uma bênção é prometida àqueles
que o leem e nao apenas para aqueles que o entendem
(Apocalipse 1.3).
Uma das primeiras coisas que precisamos perceber é
que o livro do Apocalipse é principalmente um livro de
juízo. Nele e mos sobre guerras, fome, pestes, trovões e raios
e muitas outras representações da ira divina.
Nos capítulos de 1 a 3, o juízo começa na casa de
Deus (1 Pedro 4.17). Aqui, encontramos Cristo como o Juiz,
avaliando as sete igrejas da Ásia. Estas sete igrejas podem
ser vistas de pelo menos três formas:
• Estas certamente foram sete igrejas reais no
tempo de João, localizadas onde hoje é a Turquia.
• Elas podem representar sete estágios ou eras da
história da Igreja, do dia do Pentecostes até o
Arrebatamento.
• Elas incluem características que podem ser
encontradas em igrejas por todo o mundo em qualquer
ponto da história.
A partir do capítulo três, a Igreja não é mais
mencionada como estando na Terra.
A parte principal do livro (4.1 - 19.5) fala sobre o
juízo de Deus sobre a Terra durante a Tribulação, um
período de sete anos entre a vinda de Cristo para buscar
Seus santos (o Arrebatamento) e Sua vinda com Seus
santos (o Retorno). Durante este período, Deus derrama
Sua ira sobre o mundo que rejeitou Seu Filho. O
julgamento é apresentado simbolizado por sete selos, sete
trombetas e sete taças. O sétimo selo inclui as trombetas e a
sétima trombeta inclui as sete taças. Quando se chega ao
sétimo selo, à sétima trombeta e à sétima taça, se está no
fim da Tribulação.
Espalhados entre os julgamentos estão diversos
personagens e eventos, apresentados aqui em uma ordem
não necessariamente cronológica.
• Os 144 mil santos judeus selados (7.1 -8);
• Os crentes gentios durante este período (7.9-17);
• O poderoso anjo com o livrinho (capítulo 10);
• As duas testemunhas (11.3-12);
• Israel e o dragão (capítulo 12);
• As duas bestas (capítulo 13);
• Os 144 mil santos com Cristo no Monte Sião
(14.1-5);
• O anjo com o Evangelho eterno (14.6,7);
• Advertência aos adoradores da besta (14.9-12); A
colheita e a safra (14.14-20);
• A destruição da Babilônia (17.1 -19.6);
• Os últimos capítulos do livro (19.6-22.21) falam
sobre os eventos após a Tribulação:
- A Segunda Vinda de Cristo;
- O reinado de mil anos de Cristo;
- O julgamento do Grande Trono Branco;
- Os novos Céus e a nova Terra.
Um dos desafios ao interpretar Apocalipse é saber se
devemos interpretar uma passagem literalmente ou
figurativamente. Em geral, é melhor fazê-lo de forma
literal, a não ser que a passagem seja diretamente
interpretada como simbólica no contexto imediato ou em
outras partes da Bíblia.
Às vezes, o significado é explicado diretamente no
contexto. Por exemplo, as sete estrelas são anjos das sete
igrejas (1.20). Os sete candeeiros representam as sete igrejas
(1.20). O grande dragão é o Diabo ou Satanás (12.9).
Em outras partes, o significado fica claro a partir do
contexto. O cavaleiro sobre o cavalo vermelho representa a
guerra (6.3,4). O terceiro selo simboliza a fome (6.5,6).
As vezes, o significado é dado em outras partes da
Bíblia. O leopardo, o urso e o leão (13.2) são identificados
em Daniel 2 e 7 como os reinos da Grécia, Pérsia e
Babilônia.
Uma última dica! Quando não houver um auxílio
bíblico que possamos usar para entender uma passagem, é
melhor deixá-la sem explicação até que os eventos
aconteçam. Há certos elementos em profecias que não
entendemos até que eles sejam cumpridos.
E significativo que o livro de revelação do Senhor
Jesus Cristo termine com um convite: "Aquele que tem sede
venha e quem quiser receba de graça a água da vida99 (Ap 22.17). Se
você ainda não o fez, aceite este bondoso convite agora
mesmo, recebendo Jesus Cristo como seu Salvador do
pecado e como Senhor da sua vida.

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