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Filho de Yemanjá ou Oduá com Oxalá. Umas lendas contam que era filho de Tabuto com
Oranyian ou Ororinna.
Está ligado ao mistério das árvores, conseqüentemente a Oxalá.
De acordo com as lendas, no começo do mundo os Òrìsà tentaram atravessar uma selva sem
sucesso. Òòsàálá foi o primeiro a tentar abrir o caminho, mas sua espada se quebrou por falta
de resistência. Por fim, foi Ògún que conseguiu abrir passagem com seu facão.
É o mais aguerrido e poderoso dos Orixás.
Seu "assento" está ao pé de um Igí-uyeuè (cajazeira) no Brasil, onde um adàn, akòko ou Àràbà
na Nigéria e no Daomé, e rodeado por uma cerca de peregun. Podendo também ficar ao pé do
Igí-òpé cujo tronco simboliza a matéria individualizada dos funfun (orixás do branco,
particularmente Oxalá), e as folhas brotadas sobre os ramos ou troncos, simbolizam
descendentes e que o màrìwò é a representação mais simbólica de Ogun.
Ogún data de tempos proto-históricos, é pré-histórico, violento e pioneiro; suas armas são
primeiro de pedra, depois o ferro. Sua primogenitora converte-o em quase irmão gêmeo de Exu
(Bara).
Sua conta é sete, quatorze e vinte e um. Ogum é o dono das estradas de ferro e caminhos.
Protege também as portas de entrada das casas e templos.
Dono do trabalho porque possui todas as ferramentas como seus símbolos. Deus do fogo ou aço
em que são forjados os instrumentos como espada, a faca, a enxada, a ferradura, a lança, o
martelo, a bigorna, a pá, etc. É o dono do Obé (faca) por isso vem logo após o Bara porque sem
as facas que lhe pertencem não seriam possíveis os sacrifícios.
Ogum tem uma ligação muito grande com o orixá Exu, sendo, às vezes, confundido com ele. A
confusão existe porque os dois orixás dominam todos os caminhos e estão sempre na dianteira.
É Exu quem consegue aplacar a ira de Ogum.
É o senhor da guerra, que, por vezes, se enfurece, devastando tudo que atrapalhar seu
caminho. Ele derrota o inimigo em seu campo de batalha. Sua ira é incontrolável! A guerra que
Ogum trava nem sempre é destruidora. Ao contrário, se essa energia for bem canalizada,
poderá ser utilizada para alcançar objetivos nobres, traçar novas diretrizes e vencer os
obstáculos da vida.
Imagem arquetípica do soldado, Ogún é também o deus do ferro, da metalurgia, Qualquer coisa
feita desse metal lhe é atribuído, e todo ferreiro o cultua.
É detentor do metal ferroso, com o qual fabrica suas armas e ferramentas com muita habilidade.
Tornou-se especialista nessa arte, pois, a cada caminho que desbravava, ou a cada guerra que
empreendia, precisava inventar uma ferramenta apropriada. Isso provocou uma grande
revolução nesse meio, pois, com o advento do ferro, as antigas ferramentas de madeira e pedra
lascada ficaram obsoletas, sendo substituídas pela precisão desse metal. Isso despertou o
interesse dos outros orixás, que vieram aprender, com Ogum, essa técnica. Costuma-se
colocar, em seus assentamentos, uma bigorna para realçar essa habilidade. Ogum representa o
trabalhador manual, aquele que transforma a matéria-prima em produto acabado.
Ògún gostava de brigar e de caçar animais. Do ferreiro ao cirurgião, todos os que utilizam
instrumentos de ferro (e o aço por conseqüência) em seu trabalho: militares, soldados,
agricultores, caçadores, açougueiro, barbeiros, marceneiros, carpinteiros, escultores e outros
que se juntaram ao grupo desde o início do século: mecânicos e motoristas rendem homenagem
à Ogún. Nesse sentido ele é o arquétipo da conquista da civilização humana, consolidada na
idade do ferro. Ògún era um caçador de grande fama. Além de poderoso guerreiro, é também
um exímio caçador, assim como Odé, seu irmão. É protetor da agricultura, juntamente com o
orixá Oko, reinando nas profundezas da terra, aonde irá fertilizá-la com seu extremo poder.
Ogum, que conhece os caminhos como ninguém, sabe onde encontrar sua caça. Ele não fica
parado esperando, vai atrás dela, até conseguir capturá-la. Devido a seu gosto pela caça,
trocou a cidade de Ifé pela selva. Mais tarde retornou a Ifé, mas finalmente partiu para a cidade
de Ire, região de Ekiti, de onde surgiu sua designação de Ògún Onire. Lá recebeu comida e
vinho de palmeira e ajudou o povo em tempo de guerra. No santuário de Ògún em cada cidade,
sete cães são mortos como sacrifício ao Òrìsà por ocasião da sua festa, que dura sete dias. Ao
contrário do que se pensa, não existem sete diferentes Ògún. Na verdade, ele possui sete
apelidos, que lhe foram dados nos sete lugares por onde passou, que são:
Ògún Alara
Ògún Onire
Ògún Ikole
Ògún Elemona
Ògún Akirum
Ògún Gbenàgbenà
Ògún Makinde
As cidades onde se cultua Ògún são: Ilá, Ire, Ilesa, Ondo, Ifé, Ikirun e Akure.
Festeja-se Ògún entre os meses de julho e agosto, suas comidas são: Ajá (cachorro), Iiyan
(pirão de inhame), Àkùko (galo) e Obì. Sua bebida é o emu (vinho de palmeira). Sua roupa é o
màrìwò.
Orixá de personalidade violenta, obstinada, constante, viril, disciplinada, quando não rígida.
As folhas da palmeira, ou mariwo são muito apreciadas por ele, fazendo parte de sua
indumentária.
Na sua estreita relação, com a natureza humana, na qual é a regente dos "caminhos" no seu
sentido de trabalho, oportunidade profissional, e ao mesmo tempo "guardião" da casa, é
expressa em sua cantiga:
Ogún á jó (Ogún dançará) e màrìwò (fronde da palmeira, usada como sua roupa) Ogún Akòró
e màrìwò.
Iwó a gba 'lé bg'ònà (ele ocupará a casa e o caminho).
Ogun á jó e màrìwò màá tú yeye (fronte da palmeira cresça).
Akóro pa lónìí ó
Pa o jàre pa léle pa
Ogún pa o jàre.
Historicamente, Ogum é o filho mais velho de Okanbi, neto de Odùdùwa, fundador de Ifé.
Apossou-se da cidade de Irê, matou o rei e aí Instalou seu próprio filho. Usando o título de Onire
(Rei de Irê) que se intitulou, por se apossar da cidade de Irê, matando seu rei; usava um
diadema, chamado akòró (espécie de capacete feito de búzios encrostados no mariwo), pois
nunca teve direito de usar um adê (coroa) e isso lhe valeu ser saudado, até hoje, sob os nomes
de Ogún Onire e Ogún Aláàkòró, inclusive no Brasil, trazidos pelos descendentes dos yorubás.
Ogún é único, mas, em Irê, diz-se que ele é composto de sete partes. Ogún méjeje lóòde Iré,
frase que faz alusão às sete aldeias, hoje desaparecidas, que existiriam em volta de Irê. O
número sete é associado a Ogún e ele é representado nos lugares que lhe são consagrados,
por instrumentos de ferro, em número de sete, catorze ou vinte e um, pendurados numa haste
horizontal, também de ferro. Suas ferramentas são: lança, espada, enxada, torquês, facão, ponta
de flecha e enxó, Ponteiras, bigorna, machado, pá, martelo, marreta, cobra de bote, corrente de
aço, cravos de ferradura, búzios, moedas, tenaz; símbolos de suas atividades.
Os lugares consagrados a Ògún ficam ao ar livre na entrada dos palácios dos reis e nos
mercados. Estes lugares são geralmente pedras em forma de bigorna, colocadas perto de uma
grande árvore: Àràbà (cajazeira). São protegidos por uma cerca de plantas nativas, chamadas
peregun ou àkoró. Nestes locais periodicamente os sacerdotes realizam suas oferendas.
Sua cor é o azul escuro, é o primeiro a ser saudado depois que exu é "despachado" (ritual que
antecede os Xirés - ocasião festiva, que as casas de candomblé, cantam para todos os orixás -
que este tipo de exu, na sua forma negativa de maldoso, funcionando também como uma
espécie de guardião do ritual, contra outros tipos de espíritos "não iluminados", não perturbe e
não deixe, perturbarem o culto). É sempre Ogún que desfila na frente, "abrindo caminho" para
os outros orixás (mais uma vez, a indicação da sua função de abrir caminhos), quando eles
entram no Ilê nos dias de festa, manifestados e vestidos com suas roupas simbólicas.
Ogum é o único Orixá que fornece tudo para seus filhos como ajuda, por isso recebeu o apelido
de Alada-Meji (Ogum, senhor de duas espadas). Os filhos de Ogum além de serem chamados
Omo-Ogum são denominados Emi Ologum (Eu sou filho do Senhor Ogum). Ogum é o que vem
primeiro, o que está sempre à frente, um líder nato. Ele conhece e domina todos os caminhos,
por isso nunca se perde e está sempre ajudando, quando corretamente evocado.
A comida principal de Ogum é o Ajá (cachorro), não confundir com já (Ogum lutou). Cabrito,
galo. Inhame assado inteiro, chamado paliteiro de Ogum, sendo que os palitos colocados são
em número de 42, e representam o corpo físico de um boi, as 42 partes de um boi, chamado de
boi de Ogum. Inhame cortado ao meio, uma parte com dendê a outra com mel. Feijoada, em
algumas nações. Frutas como a manga espada. Bebe “emu” (cerveja de palma de dendezeiro).
Uma comida que sempre se dá para qualquer Ogum é carne crua, também cogumelos, e uma
bebida também apreciada por Ogum é água de coco, tanto faz em cima do assento ou dentro da
quartinha.
Por causa da violência desse orixá, não se deve evocá-lo para a destruição, pois, se ele não
encontrar o inimigo, irá voltar-se contra quem o chamou.
Dia: Terça-feira.
Data: 13 de junho
Metal: Ferro
Cor: azul, verde. azul escuro, verde e branco.
Partes do corpo: mãos e couro cabeludo.
Arquétipo: impetuosos, autoritários, cautelosos, trabalhadores, desconfiados e um pouco
egoístas.
Símbolos: espada, faca, maçã de ferro, facão.
Jêje: nesta nação denomina-se GU.
Angola: INKOSSI.
Domínios: caminhos, profundezas da terra, jazidas de ferro, praias, etc.
Oferendas: feijoada, vatapá, inhame com feijão preto, farofa de carne de frango desfiada, etc.
Ogum – deus da guerra ioruba, seu nome significa luta, batalha, sendo o deus ioruba mais
respeitado e temido. Pode ser impiedoso e cruel, mas também dócil e amável. É o grande
general no candomblé, pai rígido e severo, mas apaixonado e compreensível.
É o orixá do ferro, responsável pela metalurgia. Seu irmão preferido é Oxossi, que ensinou a
caçar. Nutre grande afeição por ele, zelando às vezes mais pelos filhos dele do que seus
próprios.
É filho de Iemanjá e irmão mais velho de Exu e Oxossi e o primeiro a ser saudado depois que
Exu é despachado.