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RECITAL

A UM POVO

V. M. Lakhsmi

Instituto Gnosis Brasil


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Este livro foi traduzido e revisado do original em espanhol.
Título original: Recital a un Pueblo
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Capa Recriada do original em espanhol:

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DEDICATÓRIA AO V. M. SAMAEL AUN WEOR

Tuas semeaduras de Paz e de Harmonia cumprindo teu divino apostolado;


teu nome como um símbolo sagrado, há de esculpir a humanidade um dia.
Para esta terra inóspita e baldia onde triunfa o crime e o pecado, tu trarás,
com teu verbo imaculado, o fulgor de uma nova Epifania.
Mensageiro de Deus por teu idealismo, a pobre humanidade que vai ao
abismo, arrastada por seu ódio fratricida, ao fim compreenderá que neste mundo
só o Amor, por nobre e fecundo, pode adoçar o cálice de amargura.

V. M. LAKHSMI

FRASES

“O Guia que quer ensinar, exige”. “O Guia que quer viver do povo, lhe tolera”.

“Uma coisa é ser discípulo do Mestre, e outra coisa é ser seguidor do Mestre”.

“Quem não é capaz de compreender que o caminho está cheio de triunfos e


derrotas, não sabe quem o poliu até chegar a Deus”.

“Prefiro ter um inimigo do que um discípulo indisciplinado”.

“Tudo o que se pergunta se responde, porém nem tudo o que se responde se tem
que fazer”.

2
“Ante o olhar de um arrependido treme o demônio, porque está frente a uma
batalha que perdeu”.

“O homem sensato sempre diz a verdade, com isso demonstra que anda com
Deus”.

“O homem forte prosterna-se ante Deus pedindo-lhe perdão, e se põe firme para
lutar contra Satã”.

V. M. LAKHSMI

AS SETE REGRAS DE UM PAI

1 - Ensina teu filho a dizer a verdade.

2 - Ensina-lhe que das más companhias tem que fugir, porque são seus inimigos.

3 - Ensina-lhe que da segurança que tenha em si mesmo, depende o triunfo de sua


vida.

4 - Ensina-lhe que aquele que mente, retira-se do Pai, que é a verdade.

5 - Que aquele que fornica, retira-se do Espírito que é pureza.

6 - Que aquele que odeia, retira-se do Cristo que é amor.

7 - E sobretudo, que aquele que não perdoa nunca será perdoado.

V. M. LAKHSMI

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AS DEZ REGRAS DE OURO PARA UMA COMUNIDADE

1 - Que haja afinidade doutrinal.


2 - Que não se use a palavra para denegrir a ninguém, nem causar dano físico,
moral ou espiritual a nenhum de seus membros.
3 - Que haja um esforço mútuo para a superação e melhoramento da mesma.
4 - Que cada um de seus membros guarde o devido e mútuo respeito a seus
companheiros.
5 - Que cada um de seus membros procure sua superação espiritual, física e moral.
Que não se conforme com o que foi, senão que busque sua superação.
6 - Que toda a comunidade respeite e faça respeitar a vida em todas as suas formas.
7 - Que qualquer fraqueza ou debilidade de alguns dos membros, vejamos como
um problema que, entre todos, devemos ajudar a resolver mediante o diálogo e
uma orientação justa e apropriada.
8 - Não deve existir na comunidade a mentira, a fofoca, o murmúrio contra nenhum
de seus membros.
9 - Deve-se ter sumo respeito com os bens alheios e objetos que pertençam a
qualquer de seus afiliados.
10 - Todos os membros de uma comunidade estão obrigados a ensinar com seu
exemplo, com seu trabalho e com seu comportamento, a todos os membros da
mesma.

NOTA: Qualquer pessoa que não possa preencher estes requisitos, deve
abster-se de ser membro de uma Comunidade Gnóstica que busca sua própria
superação.

V. M. LAKHSMI

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PLEGÁRIA PELA PAZ

Meu Deus! Ilumina meu coração, minha mente e minha consciência para que
o amor e a paz sejam meus conciliadores e de todas as pessoas que confiamos em
Deus.
Permiti que nossas almas sejam unidas por laços de amor e de compreensão.
Que o Espírito do Senhor more em nós como o Cordeiro Imolado, Amo e
Senhor dos Cristãos e da Paz.
Permiti-nos, Senhor, que nossos Espíritos possam advogar ante o Todo-
Poderoso pela paz deste aflito mundo, pela harmonia da humanidade, pela
conciliação dos homens.
Que a pomba mensageira do Espírito Santo, sobrevoe sobre a aura de nosso
Universo trazendo-nos boas novas; enchendo nossos corações de seu amor
profundo e retirando de nossas mentes o ódio, para que possa reinar no Povo de
Deus a Harmonia, a Fé e a Compreensão; estabelecendo o poder e a graça do Todo-
Poderoso, batizando a este povo com a Paz, com a Sabedoria, com a Compreensão
e com o Amor.

V. M. LAKHSMI

AS CINCO REGRAS

Primeira Regra: O Otimismo.

Segunda Regra: Não pensar no fracasso.

Cristo: Um Triunfador.

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O Otimismo objetivo é daquele indivíduo que submete seus fracassos a
reflexões e questionamentos.
Quando a um indivíduo perguntam como está, e se queixa dizendo “Irmão,
muito mal”, ele está cultivando sua própria desgraça.

Terceira Regra: Aceitar a cada quem como é.

Se tratas de viver a vida de acordo com ela, a vida fugirá de ti.


Não trates de cantar essa canção, deixa que ela mesma se cante.
Quando há frustrações, as coisas saem mal.

Quarta Regra: Não falar mal de teu inimigo, porque teu amigo torna-se inimigo.

Quinta Regra: Servir sem esperar recompensa.

Não deixes que tua mão esquerda se dê conta do que a direita dá.
Do serviço desprendem-se partículas que depositam-se no Servidor; essas
são as virtudes acumuladas no Servidor.

V. M. LAKHSMI

MONASTÉRIO LUMEN DE LUMINE, 03 de Maio de 1981.

Data memorável, na qual inaugurava-se o TEMPLO LUMEN DE LUMINE!


Passaram-se muitos dias e noites e eu esperava ansioso a cristalização do
Templo.

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Por fim, em um dia ensolarado, em companhia de uns poucos Iniciados e
Iniciadas - iniciados nestes estudos crísticos - vimos nascer este Templo que
começou a abrigar dentro de si todos aqueles peregrinos, buscadores da Luz, que
até aqui chegaram.
Víamos os redemoinhos que formavam os elementos da Natureza; noites de
cuidado e reflexão em que nos perguntávamos se havia um objetivo ou se seríamos
capazes de dar a este sagrado lugar todo o apoio que fosse necessário para que,
com o passar do tempo, esta criança intrépida, chegasse a ser Homem e cumprisse,
por completo, sua missão.
Incertezas e temores passaram por nossos pensamentos, porém testemunhos
haviam, por certo suficientes, para compreender que o TEMPLO LUMEN DE
LUMINE iria se elevando pouco a pouco às esferas mais altas do SER e do
SABER; encarnando em suas entranhas a Doutrina pura do REDENTOR DO
MUNDO e da SÍNTESE SAMAELIANA; para desarmonias doutrinais de um
passado obscuro, de um presente sombrio e de um futuro luminoso que iluminará
as consciências e os corações de homens e mulheres de linhagem e valor que, com
a Bandeira Gnóstica para cima, marcham em direção a um triunfo e a uma batalha
ganha.

V. M. LAKHSMI

TEMPLO LUMEN DE LUMINE - ANEDOTA

Havia, em certa ocasião, uma família que tinha três filhos e, devido à situação
econômica tão crítica, os três filhos decidiram um dia ir embora desta casa e lançar-
se à sorte.
Andaram até que um senhor lhes disse: “Lhes dou trabalho porém lhes pago
dentro de vinte anos...”. Eles, vendo que lhes dava comida e abrigo, aceitaram.

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Passados os vinte anos, o senhor chamou o primeiro e lhe perguntou: “Quer
que te pague os vinte anos de trabalho com dinheiro, ou quer que te dê três
conselhos?”.
O rapaz respondeu: “Prefiro que me pagues com dinheiro”.
Chamou o segundo e lhe fez a mesma pergunta e o rapaz preferiu também o
dinheiro.
Por último chamou o terceiro e lhe disse: “Quer que te pague os 20 anos de
trabalho com dinheiro ou prefere que te dê três conselhos?”. “Dê-me os três
conselhos”. O senhor lhe disse:
O primeiro conselho é: “Que não te metas por desvios, vá sempre pelo
caminho reto, sem buscar atalhos”.
O segundo conselho é: “Que não te metas no que não lhe importa”.
O terceiro conselho é: “Que não acredite em tudo o que te dizem”.
Marcharam os três rapazes, com planos de encontrarem com seus pais e
depois de um tempo regressar a sua casa.
Iam pelo caminho, quando os dois primeiros rapazes tomaram um desvio,
foram pegos por ladrões que lhes roubaram todo o dinheiro que haviam ganhado e
os mataram.
O outro rapaz seguiu adiante pelo caminho reto.
Mais adiante chegou a noite e o rapaz pediu pousada a um senhor que estava
na porta de sua casa. O senhor lhe disse: “Como não, porém primeiro ajuda-me a
levar para dentro da casa minha mulher que está nesta maca”.
O rapaz sem acrescentar mais nada ajudou ao pobre homem, o qual todos os
dias tinha que entrar e tirar a senhora que estava prostrada em uma maca devido a
uma enfermidade que padecia.
No dia seguinte, depois que tomaram o café da manhã, o rapaz agradeceu a
hospitalidade que tiveram para com ele, e o senhor lhe disse: “Mas eu é que te
agradeço porque me ajudou a colocar e tirar minha esposa sem perguntar-me que
enfermidade sofre; agora ela poderá morrer em paz e tu herdarás todo seu dinheiro.
És rico!”.

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O rapaz seguiu seu caminho e chegando quase em sua casa foi agarrado pela
noite e teve que pedir pousada em uma casa que estava a quilômetros da sua.
A senhora da pousada lhe brindou comida e se colocaram a falar por um bom
tempo.
O rapaz lhe perguntou: “Quem vive nessa casa que está a uns quilômetros
daqui?”. E a senhora lhe respondeu: “Nessa casa vive uma senhora que é adúltera,
já que convive com o padre do povoado; todos os cidadãos do povoado tem essa
imagem deles”.
O rapaz ficou pensando por um bom tempo, e no outro dia seguiu seu
caminho depois de ter agradecido à senhora sua hospitalidade.
Chegou à casa que havia falado na noite anterior, onde foi atendido por uma
doce anciã.
A senhora colocou-se a contar-lhe que fazia mais de vinte anos que seus três
filhos tinham ido buscar melhor sorte. Na época em que seus três filhos foram, ela
ficou grávida e teve outro filho, logo morreu o esposo e ficou viúva; depois o filho
menor seguiu estudando e se consagrou no Sacerdócio, ele era seu filho.
O rapaz emocionado de ver sua mãe, lhe confessou que era seu filho, um dos
três que haviam saído fazia vinte anos.

V. M. LAKHSMI

EL PARAÍSO, COLON - O CAMINHO

Viajando pelo caminho da vida conheci milhares de pessoas, cada qual com
seu destino, com seu ensinamento, com sua doutrina, com sua política e, portanto,
com sua história; e é apenas natural que eu também fazia parte deste grupo de
pessoas, querendo-nos colocar de acordo, porém com uma grande dificuldade
porque o meu caminho é diferente ao dos demais, e portanto, minha história a
ninguém interessava, nem a história dos demais interessava a mim, coisa que me

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fazia pensar que seria difícil ou impossível que houvessem duas pessoas que entre
si se compreendessem.
Um dia qualquer tive que viajar de um lugar a outro; por um caminho iam
pessoas comigo e outras vinham em sentido contrário, nos saudávamos e cada
quem seguia seu caminho.
Eu ia fazendo uma análise de minha vida e me dizia: “Estas pessoas que me
acompanham não têm nenhum problema comigo, nem eu com elas; nem as que
vêm em sentido contrário tampouco têm problema comigo, nem eu com elas, e
sem dúvida todos vamos pelo mesmo caminho... Que fenômeno é este?”.
“Por que no lar, o esposo e a esposa brigam por pequenos ideais?”. “Por que
os políticos brigam por seus ideais?”. “Por que as pessoas reagem umas contra as
outras se no final todos vamos pelo mesmo caminho? A VIDA!”.
Minha conclusão nesse momento foi: “Vou colocar-me de um lado do
caminho e olho melhor aos que passam”.
Nesse momento vinham pessoas de extremo a extremo do caminho, todos me
diziam: “Adeus senhor”, eu os via... Quem ia para que lado?...
Porém nenhum deles, nem os que subiam nem os que baixavam sabiam para
onde eu ia, porque estava parado vendo aos demais passarem, ou seja, podiam
dizer: “Aí tem um homem”, porém ninguém podia dizer: “Esse homem vai ou esse
homem vem”; sem dúvida era um fenômeno para mim enigmático.
Decidi me sentar e meditar...
Em minha reflexão vi três caminhos:
- O caminho dos muitos que sobem e que descem,
- O caminho que eu tomei até uma direção da terra e,
- Meu próprio caminho interno.
E compreendi que eu posso ir pelo caminho de todos para fazer compras,
vender e passear, ou seja, como um a mais, porém que ninguém saiba que sou um
Caminhante de meu próprio sendeiro interior; que tenho uma meta, um objetivo, e
sobretudo, um fim... “CHEGAR A DEUS!”.

V. M. LAKHSMI

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COMUNIDADE LA CUMBRE, TEMPLO ADONAI -
FALANDO COM MEUS SENTIMENTOS

Meditando nestas coisas da vida, quis decifrar meus sentimentos e descobrir


o que busco, o que quero e, sobretudo, o que me serve, porque acredito que todos
os meus semelhantes também buscam no enigmático da vida algo que lhes
responda a isso que nem os pensamentos, nem os sentimentos lhes deram.
Subi as montanhas e andei nas planícies; li na história as façanhas dos
Próceres; conheci a amargura dos mais desventurados e, por fim, me convenci que
ninguém me daria a resposta que minha consciência necessita.
Foi assim que resolvi sentar-me às margens de um riacho cristalino e puro
para vê-lo deslizar, produzindo seu natural arrulho.
Dentro dessas águas moviam-se centenas de peixinhos que, sem raciocinar
em nada, ali se alimentavam e eu me disse: “Por que serei eu assim como sou, tão
racional, tão pessimista e sobretudo com tão pouca fé?”.
Resolvi lançar-me às águas e nadar como os peixes.
Tomei e tomei tanto delas que saciei minha sede. Logo saí dali e empreendi
minha viagem à montanha por um caminho rochoso e difícil, tentando chegar até
o cume e dali divisar as planícies e também elevar-me até o espaço como as aves
voadoras, e contar a todos os que encontrava que se tomassem das águas puras
desse rio, acalmariam a sede para sempre e poderiam empreender a viagem à
conquista das alturas; compartilhar com as aves voadoras; extasiar-se com o
perfume dos campos e presenciar o amanhecer de um novo dia.
Nessa viagem longa e sem regresso, conversar de frente com a terra, com as
águas, com o ar e com o fogo e dizer-lhes que deles sou parte, mas que, por vontade
divina, me elevarei às esferas e tocarei a harpa cantante que me dará as notas de
minha orquestrada voz e com este arrulho elevarei minha alma até os pés do
Arquiteto dos dias... DEUS!

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V.M.LAKHSMI
O HOMEM EM SEU CAMINHO

Como vês, querido leitor, cada um de nós fomos gerados de uma forma muito
peculiar, se é certo que a nível genético arrastamos algumas heranças de nossos
antepassados; também sabemos que é dever de cada um de nós, de forma
individual, enriquecer nossa Consciência, nosso intelecto, nossa mente com
ensinamentos e costumes que nos enriqueçam no saber e, portanto, nos permitam
poder eleger com mais claridade e segurança o que, no nosso juízo, nos convêm,
sem que nada nem ninguém possa exercer pressões sobre nossa mente e sobre
nossa Consciência para extraviar-nos do Caminho e do propósito que traçamos
para chegar a nossa própria liberação.
Toda pessoa inteligente e sensata deve compreender que hoje em dia as
grandes massas humanas estão sendo invadidas por forças negativas que levarão,
inevitavelmente, esta humanidade ao fracasso, se não tomarmos a resolução de nos
interpormos às pressões que exercem as demais pessoas sobre nós.
Contam-se com os dedos das mãos, e sobram dedos para contar, os homens
e as mulheres que foram capazes de atuar livres em sua vida, ou seja, donos de si
mesmos, o resto da humanidade se deixa impulsionar por massas, ou seja, por uma
conduta gregária que, se me pegam, pego; se embebedam-se, me embebedo; se
roubam, roubo; se ouço gritar, grito; se vejo brincar, brinco. Pobres pessoas! Não
são donas das circunstâncias, senão vítimas das mesmas.
Com justa razão há um conto por aí que diz: “Conte-me com quem andas que
te direi quem és”.
Querido leitor: “Gostarias de ser livre? Lança-te a lutar contra ti mesmo.
Deixa que cada quem viva a vida como queira. Aprende a filosofia autêntica e pura
de DEUS”.
Ri quando os outro choram.
Deves ter paz em teu coração quando tudo o que te rodeia são guerras.
Anda desperto quando teus inimigos dormem.
Trata de elevar-te até as nuvens quando as massas se revolvem no lodo da
perversidade.
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Aprende a amar a quem te odeia.
Serve com o que tens, não com o que te sobra.
Diga a verdade ainda que te dêem cicuta.
Ama a liberdade ainda que todo mundo viva na escravidão de sua ignorância.
Cante glória a DEUS ainda que as massas cantem louvores ao demônio.
Ama a vida em todas as suas expressões ainda que outros a matem.
Trate de iluminar o caminho de outros ainda que, no momento, no teu vás a
escuras.
Nunca diga “não posso” sem ter tentado.
Não temas a DEUS porque ele te ama e não é teu verdugo; respeita-o e
cumpre tuas Leis.
Não te entregues a ninguém incondicionalmente, compreende que a religião
mais elevada é o AMOR.
Anda teu caminho, anda-o livre que não estás só.
Fuja do delito, pensa em ser útil à vida e a alguém.
Eleva teus pensamentos ao altruísmo, ao êxodo, à alegria...
Faça-se de fonte cristalina de água, deixa que dela beba todo aquele que tenha
sede.
Trata de passar inadvertido por entre as multidões.
Aprende a dar respostas justas.
Não vivas para ser servido, VIVAS PARA SERVIR!
Trata de amar o sol pela luz e calor; ama a lua pela frescura nas noites
estreladas.
Dá a razão àquele que a pede, ceda o caminho ao que vai mais entusiasmado,
não dê passos em falso.
Não digas “eu sei” no que não compreendeu, deixa que todo mundo diga o
que sabe; fala apenas para ensinar o que conheces.
Aprende a olhar onde vais pisar.
Levanta o rosto para adorar a Deus, baixa os olhos para ver o perigo.

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Antes de dizer “isto é assim”, compreenda-o com tua consciência; não
censures o que não sabes, não dês crédito ao que desconheces...
Ao despertar, olha o que foi teu sonho; ao dormir, olha o que foi tua vigília.
Quando andares com um néscio, cala-te. Quando andares com um sábio,
escuta-lhe.
Quando andares com um ignorante, ensina-lhe. Quando alguém cometer um
erro diante de ti, observa teus erros.
Quando tomares banho, faça-o para limpar teu corpo.
Quando caminhares, faça-o para expressar tua vida.
Quando falares, não esqueças que tuas palavras te seguirão por toda tua vida.
Quando estiveres em silêncio, escuta tua linguagem interna. Quando
estiveres falando, observa teu silêncio interno.
Trata de ser como a luz na noite, não deixes sombra ao teu redor para que
não te sigam os que amam a escuridão...
Que a luz esteja contigo!

V. M. LAKHSMI

A CIDADE DA PAZ

Depois de haver passado muitos anos andando pelo mundo, conhecendo


pessoas, cidades e povos sem ter encontrado uma sociedade tranquila, uma cidade
em paz, resolvi estudar os códices mais antigos da sabedoria oculta para saber se
ali encontraria alguma orientação para buscar um mundo novo, uma sociedade em
paz e, sobretudo, uma cidade tranquila.
Encontrei algumas chaves porém, em todas diziam-me que o mundo se
encontrava descomposto porque assim andava eu; que a sociedade andava mal
porque assim andava eu; que não havia nenhuma cidade tranquila porque em
minha mente não havia paz.

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Entrei em uma grande confusão e disse-me: “Quando transformarei o
mundo? Quando se transformará a humanidade? Quando se transformará a cidade
para eu viver em paz?”. Minha resposta foi: “IMPOSSÍVEL!”.
Empreendi um caminho que uns diziam que me levaria ao mar; outros diziam
que este caminho me levaria a uma grande cidade; outros diziam não saber onde
ia e eu me disse: “Seguirei este caminho até ver onde termina”.
Muito adiante, encontrei-me com uma anciã e disse-lhe: “De onde vens?”. E
ela me disse: “Busco a um filho que a muito tempo anda viajando e quero encontrá-
lo para levá-lo a viver comigo”.
Eu disse: “Esse filho estará por estes lados?”. E ela disse: “É possível, porque
este é o único caminho que vem do mar, de onde um dia ele veio”.
Disse-lhe: “Que distância existem daqui ao mar?”. E ela me disse: “Está aqui
mesmo, atrás desta montanha”. Eu disse-lhe: “Continuarei meu caminho”, e ela
respondeu-me: “Iremos os dois porque intuo que esse filho és tu que já não me
conhece”.
Fomos os dois até o mar e me disse: “Aqui vivíamos os dois, mas você saiu
e empreendeu sua viagem. Eu lhe esperei muito tempo até quando resolvi ir buscá-
lo. Eu ia e tu vinhas porque essa era a vontade dos dois. Quero que bebas destas
águas até que sacies tua sede”.
Eu lhe disse: “O que tenho que fazer?”, e ela me disse: “Necessitas um
ATANOR para que te ajudes a beber as águas, logo empreenderás este caminho
até subir essa montanha. Dali divisarás o caminho que hás de seguir para conseguir
a paz”.
Eu lhe disse: “Estranha mulher, quem és tu?”, e ela me disse: “Sou a Mãe do
oceano”. Eu lhe repliquei: “Como é isso que antes me disse que era minha mãe e
agora me diz que és a Mãe do oceano?”, e ela me disse: “Acaso ignoras que tu e o
oceano são irmãos, e que ele foi primeiro que tu e tu emergistes dele?”.
Eu, sem entender tão enigmáticas palavras, disse-lhe: “Mulher, por que não
me acompanhas pelo caminho que me assinalou?”, e ela me disse: “Já havendo
tomado desta água, podes percorrê-lo só, porque não vais ter fome nem sede e não
esqueças que, ao subir a montanha, encontrarás a cidade da paz. Lá está meu
esposo que, ao chegar, te reconhecerá”.

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Eu, um pouco confundido porque não entendia, empreendi esta estranha
viagem. Ao começar a subir, fui ficando encantado porque encontrei pedras
preciosas de variadas cores e dizia-me: “Que estranho! Sendo este um caminho
onde passam muitas pessoas não as levaram”, e neste momento escutei uma
estranha voz que dizia-me: “Por este caminho ninguém mais que tu passou. És teu
caminho, não o de outros, e essas gemas representam tua Alma”.
Continuei minha viagem. Ao chegar em cima da montanha, divisei aquela
grande cidade e disse: “Quero chegar rápido lá”. Avancei até que cheguei a um
lugar onde haviam uns poucos cães raivosos que guardavam a entrada da cidade.
Ao sair o guardião que guardava a entrada, disse-me: “Não te aproximes
porque estes cachorros te podem destruir”. E eu lhe disse: “É que vou à Cidade da
Paz”, e ele respondeu-me: “Para passar daqui tens que mudar tuas roupas”. E eu
lhe disse: “Não tenho mais que a que levo posta”, e ele respondeu-me: “Fazem
muitos séculos passaste por aqui e deixaste guardadas tuas roupas com as quais
vivias na Cidade da Paz. Te as trarei”.
Que surpresa a minha quando vi que a anciã, Mãe dos mares, que havia ficado
no mar, me passava uma estranha veste! E eu lhe disse: “Mãe! Como fizeste para
chegar aqui?”, e ela me disse: “Não te espante, é que meu caminho é mais curto.
Tira essa roupa que tens, te banhas neste regador, coloca este traje e segue teu
caminho”.
Eu assim o fiz e logo disse-lhe: “O que faço com a roupa que trazia?”, e ela
respondeu-me: “Lance-a aos cães para que a devorem e segue teu caminho”.
Passei o umbral da cidade. Logo comecei a transitar por suas ruas. Vi umas
quantas pessoas, mas que estranho! Tinham o mesmo rosto, a mesma estatura, a
mesma idade.
Aproximei-me de uma delas e disse-lhe: “Como está senhor?”, e ele
respondeu-me: “Aqui vivemos bem e em paz”.
Avencei até o outro, lhe saudei e ele me respondeu: “Aqui vivemos bem e
em paz”. Meu assombro era espantoso. Avancei mais ao centro da cidade e quis
interrogar a outro personagem e ele respondeu-me igualmente: “Aqui vivemos
bem e em paz”. Disse-lhe: “Porque nessa cidade todas as pessoas tinham o mesmo
rosto?”, e ele levantando-se assinalou-me o púlpito do Templo que ali havia e
disse-me: “Pergunta àquele ancião que está lá qual é a razão deste fenômeno”.

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Fui ao Templo e encontrei um ancião venerável, mas que tinha o mesmo rosto
dos outros e disse-lhe: “Ancião, como o senhor está?”, e ele disse-me: “Aqui
vivemos em paz”. Disse-lhe: “Por que nesta cidade todas as pessoas têm a mesma
semelhança, o mesmo rosto?”. E ele respondeu-me: “Não percebes que até tu és
igual?”.
Nesse momento frente a mim havia um espelho e observei-me com o mesmo
rosto e idade dos demais e exclamei com grande voz: “Meu Deus! Por que este
fenômeno?”, e o ancião se aproximou dizendo-me: “Meu Filho, esta é a cidade da
Paz, do Amor. É a cidade onde habita a Unidade Múltipla Perfeita”. DEUS!

V. M. LAKHSMI

MONASTÉRIO LUMEN DE LUMINE – ANEDOTA

Viajando por um caminho muito acidentado, minhas forças se esgotavam e


meu corpo desmaiava...
Vi que em sentido contrário vinha um ancião, nos encontramos e lhe disse:
“De onde vem o senhor?”, e ele me disse: “Do lugar onde tu queres chegar”, e lhe
perguntei: “Falta muito caminho?”, ao que respondeu: “Sim,... muitíssimo”. E eu
lhe disse: “Como você faz para resistir a essa viagem?”. O Venerável me
respondeu: “Tu não sabes que para pensar sou um menino, para viajar sou um
jovem e para ensinar sou um ancião”.
Eu lhe disse: “Olhe senhor, você crê que eu assim cansado como estou,
lograrei chegar lá?”, e ele me respondeu: “Sim, porém tens que deixar todas as
malas que trazes”; lhe disse: “É que aí carrego os abrigos, a comida, o dinheiro e
muitas outras coisas que necessito”.
O ancião me disse: “Muitas pessoas regressam deste caminho; qualquer delas
te levarão onde tu não saibas e continuas teu caminho”. E eu lhe disse: “Porém,
meu Deus! O que faço sem abrigo, sem o que comer nem beber?”, ao que o ancião

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acrescentou: “Bebe da fonte da inspiração, come do pão da oração e abriga-te com
a fé”.
Eu lhe respondi: “Senhor, por que não me acompanhas?”, o ancião me disse:
“Sim, porém se deixas o que traz, assim nós dois transitaremos este caminho sem
tanto peso”.
Seguimos o caminho, em pouco instante se deteve e me disse: “Tem cuidado
em não recolher nada que em teu caminho encontres, porque pode ser a mala de
alguém que continuou seu caminho, e se tu a recolhes, te pesaria mais que a que
trazias”.

V. M. LAKHSMI

REFLEXÃO - Abril de 1991

Querido leitor, você se deteve alguma vez para pensar por que está aqui neste
planeta Terra? Quem lhe sustenta aqui? Por acaso... não é a Vida?
E se perguntou: “Que recompensa recebe a Vida pelo tratamento que
consciente ou inconscientemente lhe dá? Que relação há entre você e a vida? Por
acaso não é a mesma ou você e a vida são dois seres diferentes? Você viu alguma
vez na beira de seu caminho um pobre infeliz que se debate entre a dor, entre a
miséria pedindo a todo aquele que passa uma ajuda?”.
“Você que vai em seu flamejante carro, transbordante de saúde, com dinheiro
e talvez falando de seus negócios, viu a importância da necessidade de deter-se um
pouco e pensar na dor dessa pessoa?”.
Querido leitor: “Você não crê que esse é aquele CRISTO que disse na Quinta
Palavra: “TENHO SEDE”, e seus verdugos em lugar de dar-lhe um copo de água
lhe deram vinagre?”.
“Você se deteve para analisar o que é a ingratidão humana? Será que você
neste momento, pela indiferença com esse pobre pária da vida, está lhe dando um
gole de vinagre para que esse pobre Cristão acalme sua sede?”.

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“Você se deteve, talvez alguma vez, para pensar nas torturas que fizeram a
JESUS? Talvez até protestou contra os que o fizeram, tratando-os de assassinos,
de imbecis porque maltrataram esse homem Santo. Não percebe que é o mesmo?
Não leu que JESUS disse: “EU SOU O CAMINHO E A VIDA?”.
Querido leitor, para você: “O que é o Caminho? Por acaso não é por onde
vai? O que é a Vida? Por acaso não é essa que se debate na dor?”.
É verdade que vale a pena refletir nisto? Para que queremos saber como foi
a vida de JESUS ou do CRISTO, se cada um de nós o segue torturando,
maltratando?
Ao passar pelo mesmo caminho ou talvez pela mesma rua de seu povo ou de
sua cidade, viu alguma vez um pobre animal arriscar sua vida por uma migalha de
pão, e os seres humanos, justos, lançar-lhe o carro sem piedade, uma pedra ou
talvez um tiro, cegando assim uma vida que nesses momentos se debate igual ao
outro que encontrou umas quadras atrás?
No mesmo caminho por acaso não encontrou alguma vez um homem ou
talvez muitos, aproximando-se de uma indefesa árvore para destrui-la, picá-la em
pedaços até entregá-la reduzida a cinzas, simplesmente a um montão de lixo. Uma
indefesa criatura que teve que durar muitíssimos anos talvez esperando ter
frondosos ramos para nos dar sombra e frescura?
Querido leitor, você sabe o que é a Vida? Essa que talvez você ama muito,
porque aspira viver muitos anos, porque aspira ver crescer seus filhos, porque
aspira ser alguém na sociedade, porque a vida é muito amável... Por que a mata?
Como dissemos anteriormente, se o CRISTO disse: “EU SOU O CAMINHO
E A VIDA”, não percebe que qualquer maltrato que você dá à Vida, o está fazendo
contra o CRISTO?
Em resumidas palavras poderíamos dizer que o drama que apresentou JESUS
não se relaciona só com sua Obra, senão com o drama da vida, e nos ilustra até a
saciedade que todos os seres humanos a matamos em qualquer de suas
expressões... A VIDA!

V. M. LAKHSMI

19
MONASTÉRIO LUMEN DE LUMINE, Setembro de 1991 -
CRENÇAS E FANATISMOS

Neste momento analisaremos, à luz da experiência, o que foi, é e seguirá


sendo a crua realidade da evolução deste mundo e da humanidade.
Como em palestras anteriores esclarecemos que o mundo não é a Terra, o
mundo são os sistemas de vida; estes sistemas, de acordo com a humanidade que
os habitam e seu comportamento, variam em oitavas superiores e inferiores.
O seres humanos, talvez por um instinto natural, tem tendência a depender
de alguém ou de algo. Nos tempos antigos, aquelas grandes culturas que existiam,
viviam da agricultura para seu sustento, dos artesanatos para intercambiar seus
produtos; eram assíduos praticantes da Religião e da Ciência. Nessa época, a
nenhum homem ou mulher ocorria estar inconforme com o que DEUS lhe dava.
Foi nascendo, pela mesma evolução, o anelo lógico de cada quem ter mais
coisas e, logicamente, isso impedia ter mais dedicação e tempo para suas práticas
religiosas e científicas; essas pessoas já começavam a depender de seus próprios
inventos e, como já dissemos, nasciam aspirações demasiado grandes para com as
coisas terrenais. Esta é uma breve visão do que o homem foi, do que é e do que
seguirá sendo.
Hoje em dia vemos como o ser humano está dividido em tantos grupos que
alguns chamam níveis sociais. Tudo isto está relacionado ao mundo com seu
dinheiro e com seu intelecto. Aquele que tem muito dinheiro depende do mesmo
dinheiro, dos bancos e de seus negócios; aquele que tem menos dinheiro depende
do que tem mais, também com seus negócios, com suas preocupações e,
logicamente, com as aspirações de chegar a ser como aquele que tem mais; aquele
que tem menos que este outro, depende do emprego que este lhe dá, das condições
que este lhe impõe.
A nenhum destes pode-se crer que são simples escravos, que nenhum deles
conhece a liberdade nem podem ter paz pela dependência que possuem.
Igualmente ocorre com o político. O Presidente da República depende do
Congresso, do Senado, dos Tratados Internacionais. Não pode fazer o que quer

20
nem o que pensa; o Ministro depende do que lhe ordena o Presidente e dos
compromissos adquiridos com seus compadres e suas promessas.
Assim em sua ordem, estão os Presidentes, Senadores, Ministros, Deputados,
Governadores, Prefeitos. Tudo isto é uma dependência um do outro. Quem é livre?
Qual destas pessoas pode dizer: “Vou fazer o que quero”, sem que seja impedido
por seus compromissos, seus códigos, seus superiores? São pobres escravos
acreditando-se livres, acreditando-se ser os mandões e, logicamente, sempre
encontrarão uma pobre vítima para demonstrarem sua força, seu poder e sua
autoridade, algum pobre paroquiano tem que pagar; e o que diremos dos religiosos,
igual!
Vimos o caso triste e lamentável de como através da história temos herdado
a mesma ignorância, os mesmos dogmas e fanatismos, e o pior de tudo, o mesmo
conformismo.
Somos demasiadamente conservadores de tradições; quando se fala para
alguém do despertar da Consciência, da revolução da Consciência, a primeira coisa
que se lembra é do que herdou do avô, do pai e da mãe, e prontamente diz: “Eu
não posso mudar minha religião”. Esta pobre pessoa não quer admitir que seu avô,
seu pai e seus antepassados descendentes foram tão pobres e ignorantes que
nasceram, cresceram, reproduziram-se como animais, uns em colchões de penas,
outros nas melhores clínicas, outros como cachorros à beira do caminho, porém
com a morte acabou tudo.
Alguns são enterrados em luxuosas abóbadas, outros talvez, sem um caixão,
na terra pura, porém uns como os outros foram comida predileta para os vermes.
E a Consciência? A religião a que pertenciam, o que fez por eles? Que triste
realidade! Não é verdade, amigo leitor? Porém assim somos, os humanos.
É preferível que uma pessoa diga não crer em nada nem em ninguém e que
cumpra com a Lei de DEUS do que fazer como os falantes que acreditam que já
estão salvos e que se dão ao luxo de estarem perdoando os pecados dos demais;
pobres criaturas, não querem saber e reconhecer que a salvação é algo individual,
algo muito pessoal, que não depende dos perdões de pessoas.
O CRISTO foi muito claro quando disse: “Nega-te a ti mesmo, toma tua Cruz
e siga-me”. A BÍBLIA diz: “Há que ser perfeitos como vosso PAI que está nos
Céus”.

21
Essas pessoas que dizem que não saem de onde estão porque essa foi a
religião que lhes foi ensinada por seus avós, não querem buscar sua própria
perfeição, não querem liberar-se de todos esses preconceitos que possuem, de
todos esses códigos de ética moral escritos pelos homens, no qual a maior parte
servem para um livreto de teatro.
Essas pobres pessoas crêem nisso que nos fizeram praticar essas escolas que
se chamam religiosas, estas pessoas não quiseram compreender que religião não
há senão uma no mundo, a que viveu e praticou nosso Senhor, o CRISTO; essa
religião se chama AMOR - AMOR - AMOR.
Ele o confirmou quando orou por todos os que o torturavam e disse: “PAI,
perdoa-os porque não sabem o que fazem”.
Quem não busca sua regeneração porque não quer mudar suas crenças e a
religião que lhe foi legada por seus avós é uma pobre sombra habitante deste
mundo soterrado, disposto a seguir colaborando com o império das trevas e com a
economia da natureza, deixando-se tragar todas as vezes.
Amigo leitor, busca tua liberdade; busca teu próprio ser; busca voar até as
esferas mais altas; busca ser como o condor que voa pelas alturas do espaço em
que vive e se reproduz nos picos mais altos onde nenhuma outra ave nem animal
algum lhe causa dano.
Por amor a DEUS e pela conquista do SER, rompamos todas essas correntes
e grilhões que nos mantêm atados a este mundo e seus sistemas.
Que a Paz mais profunda reine em vossos corações.

V. M. LAKHSMI

MONASTÉRIO LUMEN DE LUMINE, Fevereiro de 1992 -


BUSCA EM SILÊNCIO

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Faremos neste momento uma análise à Luz da lógica e do entendimento
superior para que vejamos a realidade que viveram os autênticos Iniciados através
da história da humanidade.
Observando as culturas serpentinas que existiram, podemos constatar que a
busca do homem à DEUS se conjugou com a busca de DEUS ao homem.
O homem, talvez desesperado, busca DEUS; o busca dentro das multidões,
grita aos quatro ventos, como se DEUS andasse na Terra confundido com as
multidões, porém isso não é assim.
DEUS está no próprio homem.
Há que tirar as multidões que estão dentro do homem (quero me referir ao eu
psicológico), para que esse DEUS tenha o encontro com o homem.
Querido leitor, creio que isto é compreensível; para buscar teu DEUS Interno,
teu CRISTO Íntimo, busca-o com a meditação profunda; quando sintas que vem,
aprofunda-te na contemplação e adoração, e quando, através de teus sentimentos,
te encontres com ele, fala-lhe, conversa com ele, ele é teu amigo, ele é teu Pai.
A oração na meditação nos aproxima dele; não esqueças que DEUS é
simples, sincero e humilde; não te desesperes para encontrar-lhe.
Se o queres ver com os olhos físicos, o encontrarás em teus irmãos, nos
humanos, em tudo o que tem vida.
Se o queres ver com a imaginação, trata de internar-te dentro do espaço
infinito.
Se o queres ver com teu coração, una-te aos sentimentos nobres, ao altruísmo,
ao dinamismo, à alegria, e como já dissemos, fala-lhe em teu coração.
Não comentes com ninguém o que tu fazes, simplesmente faça-o; dá a teus
irmãos o que há em abundância em teu coração, para que eles, em seu coração, o
recebam.
Não dês o que tens em tua mente, porque sempre encontrarás alguém que
queira saber mais que tu, que te refutará, que te convidará para que tu leias mais,
para que te prepares mais e tu já estás preparado, já estás maduro.

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Deixa que teu DEUS te guie, deixa que teu DEUS te ensine, faz nada mais
que sua Santa Vontade e desintegre da mente todos esses programas e complexos
que tens, de que eu tenho inimigos, que eu tenho amigos.
Nós, unicamente temos ao nosso redor os Mestres que nos ensinam o que
devemos fazer.
Se tu vês um assassino, um homossexual, um bêbado, não o critiques,
observa-o, aprende dele, porém, tu me dirás: “O que vou aprender de um
degenerado?”. E eu te digo: “Esse homem ou essa pessoa degenerada está
ensinando nada menos que as coisas que tu não deves fazer, para que não te
coloques no mesmo lugar dessa pessoa”.
Se vês um sábio ou um santo que ensina com sua palavra e com seu exemplo,
recebe o ensinamento e pratica-o, porém não sigas a essa pessoa porque estás
cometendo dois erros que ante DEUS são imperdoáveis.
Primeiro: Estás colocando homens em substituição a teu PAI Interno e,
Segundo: Já entras em um novo programa, que fulano é mais sábio que
sutano; que ensina melhor; que eu vibro melhor com ele, ou seja, não queres fazer
teu reino no Céu, segues dependendo dos reinados da Terra.
Sê silencioso na busca; constante em teu propósito e sábio em tua apreciação.
As Sagradas Escrituras nos dizem:
“Tu quando oras, entra-te em tua câmara, e fechada a porta, ora a teu Pai que
está em segredo e aquele que te escuta em segredo, te recompensará em público”.
O problema da salvação humana é algo que temos que ver de três formas:
Primeiro: O que é a salvação?
Segundo: O que é a Auto-realização?
Terceiro: O que é a liberação?
Nesta ordem é como devemos realizar nossa obra.
Primeiro temos que nos salvar. As religiões nos dizem que temos que nos
salvar do inferno e nós sabemos que temos que nos salvar é de nós mesmos, ou
seja, de nossos próprios eus, de nossa própria legião de eus-diabos que em nosso
interior levamos e que simbolizam as multidões que açoitaram CRISTO em sua
Via-crúcis, e que ele, para vencer esses inimigos, o fez com a morte.

24
Não há conjuros, nem orações, nem nenhum poder que nos salve de nossos
próprios inimigos; só existe a morte, porém, a morte de quem? Pois, a morte do eu
de cada um desses personagens.
Se desintegramos o orgulho, quem em nós segue sendo-o? Se desintegramos a
luxúria, quem dentro de nós segue incitando à fornicação?
Este trabalho é realizado por três forças:
- A VONTADE em nós;
- A DIVINA MÃE DEVI KUNDALINI individual com a lança da força
Fohática;
- O CRISTO ÍNTIMO como nosso Salvador.
Por isso, quando Ele morria na Cruz, disse: “MÃE, EIS AQUI TEU FILHO;
FILHO, EIS AQUI TUA MÃE”.
Como vês, querido leitor, o trabalho da Salvação tem que ser feito pela pessoa
por sua própria decisão, por sua própria vontade.
Não pense que todas essas salvações que os predicadores estão vendendo por
aí vai resolver seu problema, você pode pertencer à seita que for ou à religião que
for, porém se não resolve morrer em si mesmo, seguirá sendo o mesmo morto
vivente.
Não compre a salvação de ninguém; cumpra a DEUS, a suas leis; faça a
vontade de seu PAI, trace a si mesmo o caminho de ser um homem ou uma mulher
correta em seus pensamentos, em suas palavras e em suas obras, ou seja, busca a
perfeição de seu DEUS Interno e não siga a imperfeição dos humanos.
Meu amigo, no mais profundo de teu coração tens o céu, a paz que DEUS te
dá; extasia-te dela, vive nela, vive para ela, porque em teus instintos, em tuas
emoções e pensamentos tens um verdadeiro inferno do qual só te livrarás sendo
casto em pensamentos, palavras e obras, desintegrando teus defeitos e servindo
desinteressadamente à humanidade.
É o conselho do Mestre que escreve a presente obra.

V. M. LAKHSMI

25
MONASTÉRIO LUMEN DE LUMINE, Março de 1992 - A
VIDA NO HUMANÓIDE

Estudando as Sagradas Escrituras, sabemos que, no começo, a Terra era


desforme, coberta de águas e trevas. Você dirá, querido leitor, que estamos nos
referindo ao planeta Terra, pois diríamos que é a relação que existe entre o ser
humano e o planeta.
Se a Terra estava coberta de águas e trevas em seu começo, o mesmo
fenômeno acontece no homem. No seu começo aparece no ventre de sua mãe,
coberto de águas e trevas; transcorrem nove meses e essa criança nasce.
No momento de nascer essa criança começa a receber programas, ou seja, a
desadaptá-lo do que para ele deveria ser natural.
Umas pessoas opinam que o devem amamentar, outras opinam que não, que
devem dar o alimento tal que é, completo; outras opinam que a criança deve dormir
com a mãe; alguns opinam que deve dormir separado da mãe. O que você acha,
querido leitor, de tudo isto?
A lógica nos está ensinando que a criança deve receber o alimento que sua
mãe produz; deve estar ao pé de sua mãe para que ela com sua aura a proteja.
Não estamos contra os médicos, porém, nascendo a criança, começam a
aplicar-lhe uma série de vacinas, ou seja, bactérias, para preveni-lo de algumas
enfermidades.
Aí sim, como dissera um grande escritor: “Estamos disparando contra um
inimigo que ainda não existe”. E o pior de tudo, acostumando essa criatura a
depender diretamente das medicinas sintéticas, alopáticas e químicas.
Se alguém tenta fazer um remédio natural, algumas pessoas riem porque
deixamos de acreditar na Mãe Natureza e caímos, cem por cento, em mãos de uma
ciência que descartou o natural.
Esta criança segue crescendo, como já dissemos, submetido a todo um
programa. O programa da mãe de acordo com sua forma de pensar; o programa do
pai de acordo com seu ponto de vista; o programa de seus irmãos; o programa da
sociedade, e para cúmulo dos males chega ao colégio e à universidade somente

26
para receber programas, que vão ficando gravados na memória e na mente. E o
coração?
Como se isso não importasse, não é verdade? Isso passa a ocupar um
segundo, terceiro ou quarto lugar; todo mundo lhe ensina para que grave em seu
computador, a Mente.
Como essa criança já está programada, não pode eleger, nem pode pensar
livremente; então, por uma conveniência ou imposição tem que aceitar a religião
do pai, da mãe ou do avô, e inclusive em muitos casos vimos que se não pertencem
a determinada religião, tampouco lhe permitem estudar em um plano educativo,
ou seja, que essa pobre criança é uma marionete manejada por programas.
Chega o momento de escolher uma carreira ou profissão e tem por imposição,
que aceitar o que o pai, a mãe ou o avô quer que seja; não o que ele quer ser; ali se
vai formando um verdadeiro títere das circunstâncias da vida.
Querido leitor, o que seria de um toureiro que não tivesse essa vocação? Na
primeira corrida se deixaria matar, não é verdade?
Isso acontece em todos os ramos do saber. Quando uma pessoa exerce uma
profissão que não é a que corresponde a sua vocação, é um verdadeiro fracassado.
Como dizíamos no princípio, esse mundo no começo estava envolvido em
águas e trevas.
Nós, os esoteristas, sabemos que, de acordo com a ordem dos pontos
cardeais, o elemento água está no ocidente.
Quando essa criança emerge das águas que são o ventre de sua mãe, começa
uma viagem através da horizontal da vida, e lógico, sua meta é chegar ao oriente,
porém... desgraçadamente não consegue.
Essa criatura, cujos primeiros anos correspondem à infância, sua segunda
etapa corresponde à adolescência até chegar ao estado de adulto ou maior de idade.
Ao chegar a este ponto, se encontra com algo inesperado, imprevisto e,
sobretudo, com uma terrível imaturidade.
Quero me referir à atividade sexual. Eu pergunto a você, querido leitor, qual
você crê que foi a preparação que esta criança recebeu da parte de seus pais, irmãos
e familiares, da parte de uma religião, para que uma pessoa enfrente com retidão e

27
vontade esta situação? Pois, creio que, pelo visto, em milhares de anos, isto não
ocorreu.
Este homem ou mulher chega a esta etapa de sua vida crente e até convencido
de que sua meta é conseguir uma mulher para satisfazer seus prazeres, reproduzir-
se e entrar em uma descendente onde só vai deixar como recordação uns quantos
filhos, um diploma colocado na parede e uma alma perdida.
Você dirá que não é assim, porém a vida de todos nós determinam dois
caminhos: “UM QUE VIAJA ATÉ A MORTE E OUTRO QUE VIAJA ATÉ O
CÉU”.
Como é apenas natural, todos acreditamos que vamos para o Céu porque
DEUS não nos mostra coros de Anjos levando-nos ao inferno; em troca vemos aos
homens modificando as leis de DEUS, escrevendo muitos códigos de ética moral
e o pior de tudo milhares de predicadores religiosos vendendo salvações
convencidos de toda essa farsa e mentira.
Quando o homem chega à máxima expressão de sua atividade sexual,
qualquer pessoa entende que essa semente é sua semente e ela tem duas funções
definidas em nós: UMA DELAS SE RELACIONA COM O MUNDO EM QUE
VIVEMOS E A OUTRA FUNÇÃO SE RELACIONA COM DEUS.
Com a primeira função de sua semente reproduz a espécie, com a segunda
função de sua semente se regenera e se eleva a estados superiores de Consciência.
A viagem do ocidente até o oriente, como já dissemos, o faz pela horizontal.
Ao chegar no cruzamento da Cruz, onde está o cravo de ferro que une as duas
madeiras, esse cravo não é outra coisa que a Alma do Esperma Sagrado.
O ferro simbolizando a Frágua Acesa de Vulcano, simbolizando a EROS,
simbolizando as forças que se unem através dessas duas madeiras, esse nascimento
interno que se vai fazendo com essa semente que regenera.
Quando o homem neste processo do trabalho na Cruz, derrama o sêmen, lhe
acontece o mesmo da fruta que amadurece deteriorada na árvore, apodrece e cai
no chão.
Lástima que os Religiosos não compreendam os grandes significados da Cruz
e que no lugar de mandar esses casais fazerem filhos para o céu, melhor se lhes
ensinassem o que o Catecismo Católico Apostólico Romano ensina: SER

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CASTOS EM PENSAMENTO, PALAVRA E OBRA, e desta forma esses casais,
no lugar de crer que estão fazendo filhos para DEUS, se fariam FILHOS DE
DEUS.
Querido leitor, os Mistérios Crísticos foram entregues à humanidade pelo
maior homem que existiu, JESUS, e ELE não escreveu em nenhum pergaminho,
nem em nenhum livro, os entregou em uma Cruz.
Ainda que parece inacreditável, essa fruta que amadureceu e caiu podre no
chão, pode ser você, pode ser eu, somos todos os seres humanos que fornicamos,
que gastamos nossa semente e está claro, alguns dirão: “Isto eu não fiz”, pois, se
não o fez nesta vida, em outras vidas sim.
E esse pecado original, esse Karma vai com você, e você não poderá se elevar
se não se regenera e a regeneração, como seu nome diz, vem dessa energia genética
sabiamente processada através da Alquimia.
Se esta fruta amadureceu e caiu no chão porque não conseguiu sua meta
Espiritual ou porque não lhe interessou, isto é o que determina em nós que sejamos
uns pobres humanóides dominados pela matéria e dirigidos por uma mente
mecânica e diabólica.

V. M. LAKHSMI

COMUNIDADE EL PARAÍSO, COLON, 20 de Março de


1992 - ORFANATO SAMAEL AUN WEOR

Eu ia pela rua e ouvia uma criança chorar, não prestava atenção até que um
dia me disse: “Quem será essa criança? Por que chorará? Será por acaso meu filho?
Será por acaso meu irmão? Será por acaso o filho de meu irmão? Será por acaso o
filho de meu amigo? Terá fome? Terá sede? Estará enfermo?
Entrei em sua humilde casa e o encontrei estendido no chão, porém não era
só uma criança, era o eco de todas as crianças desaventuradas e abandonadas que
choram por suas múltiplas necessidades!

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Aí compreendi que essas crianças abandonadas podem ser nossos filhos, se
lhes damos amor.
Podem ser nossos irmãos, se lhes alimentamos e lhes curamos.
Serão nossos amigos se lhes ensinamos e educamos.
Neste ORFANATO há muitos deles, ajudem-nos!

V. M. LAKHSMI

TERRA DO FOGO, 27 de Novembro de 1992

Cheguei a estes lindos locais limítrofes do SANTO GRAAL...


Contemplei as montanhas, os riachos e os lagos que circundam este sagrado
lugar...
Parecia que todos estes fenômenos naturais se aproximavam de nós,
visitantes, para nos dizer que neste lugar emergiu do interior da terra, uma
CRIANÇA ADORÁVEL, um TEMPLO que se inclina até as alturas para dizer ao
CRISTO SOL que aqui, na Terra, há homens e mulheres que se reúnem para adorá-
lo, para amá-lo e para servi-lo.
As montanhas rugem de alegria, os riachos trinam suas melodiosas sinfonias
e os lagos refletem a alegria do Sol e da Lua ao ver este Templo majestoso e ao
ver os Filhos de Deus reunirem-se nele.
Várias vezes me perguntei: “De quem se valeu o Criador para a construção
deste Templo?”. E minha resposta foi: “Um grupo de homens de valor e mulheres
que, negando-se a si mesmos, legaram parte de sua vida dando forma e estética a
este majestoso Templo, o qual cumprirá, aqui na terra, essa missão de sensibilizar
os sentimentos dos congregados; servindo de canalizador das energias crísticas que
chegam até o coração, a alma e a consciência dos homens e mulheres puros que,
reverentemente, chegam até seu Altar para dizer a Deus: “Meu Deus, perdoa-me e
ajuda-me a encarnar a VERDADE”.

30
V. M. LAKHSMI

LOS DEVAS, PAIVA, 3 De Janeiro de 1993 - O CAMINHO


DA CONTEMPLAÇÃO

Irmão,... és um caminhante da vida?


Te perguntaste alguma vez o que buscas nesta longa viagem?
Crês que o que buscas é dinheiro, posições ou honras?
Se consegues isto, estás conformado?
Crês que o que buscas nesta viagem é seres amado ou amar?
Se consegues quem te ame ou a quem amar, estás conformado?
No caminho que andas encontraste muitas coisas as quais talvez pensaste que
te fariam feliz, mas com o passar dos dias percebeste que não era assim e tu te dirás
afanosamente: “No que se transformaram?”, “Onde estão?”. E melhor, segues
encontrando outras e por lógica pensarás que agora sim vão fazer-te feliz. Não seja
que, com o passar dos dias, outra decepção saia a teu encontro e tu, caminhante, te
dirás: “Que dor, que decepção, mais um desengano!”, ou talvez não te digas ou
não te aproveites disso porque vais a conformar-te e dizer: “Essa é a Vontade de
Deus, isto eu tenho que pagar, isto é inevitável”, ou seja, te resignaste a sofrer.
Mas não por isto estás deixando de sentir dor; és um viajante por este longo
caminho da vida, porém volto e te pergunto: “Para onde vais?”, “O que é que
buscas?”.
Não percebeste que tudo que encontras em teu caminho te acompanha por
um tempo e desaparece?
Se passas pela frente de um jardim observarás as flores lindas e belas, mas
vai ser por um momento, porque como tu segues o caminho, mais adiante pode ser
que o que encontres seja terra árida, cheia de espinhos e secura.

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Esse fenômeno também te acompanhará por um instante, porque você segue
seu caminho e mais adiante encontrarás muitos frutos para comer, acalmar a fome
e a sede.
Como vais em teu caminho, assim não permanecerá senão por um instante e
por lógica entrarás no oposto disto, onde não há com que acalmar a fome nem a
sede.
Tu, caminhante, não podes deter-te ainda que o queiras fazer, porque a
própria vida te impede; ainda que sentes, ainda que deites, sempre vais viajando.
Que fenômeno! Não é verdade? Tu havias compreendido isto?
Se não contemplas os fenômenos de tua vida, eles sim te contemplam e todas
aquelas criaturas que te rodeiam e que são filhos da mesma Natureza, e quando te
virem desesperado dirão: “ALI VAI UM VIAJANTE QUERENDO GANHAR O
MUNDO COM SEU REINO E PERDENDO A ALMA”. Que dor! São teus irmãos
menores, a quem você ignora, mas que sem eles não viverias.
Irmão viajante, aprende a contemplar o que te rodeia, a essa imensa árvore
que durante centenas de anos está em um mesmo lugar, formando-se, acreditando
que você dirá que está quieta, mas não é assim; também é uma viajante como tu,
também aspira chegar a uma meta. A única diferença é que tua viagem vai do
Oriente ao Ocidente, de Norte a Sul e a árvore viaja da Terra ao Sol, o que muda é
a direção de seu caminho.
Esse pobre animal que você encontra em seu caminho é um viajante que não
tem razão nem consciência, mas que, instintivamente, viaja até esse reino em que
hoje estás e, tu viajante, talvez por teus desenfreios ou por teus múltiplos erros não
percebeste que cada dia mais apressadamente, avança mais por um caminho
equivocado que te colocará, inevitavelmente, na escala daqueles que afanosamente
viajam aspirando chegar aonde hoje tu estás.
Contempla a vida para que a conheças; não olhes uma planta como um
arbusto a mais; olhe-a como corpo físico de uma criatura que, cheia de amor,
resignação e compreensão, também é um viajante pelo longo caminho da vida. É
TUA IRMÃ. É filha de tua própria Mãe; não a mates, AME-A!
Esse homem que se desloca também por seu caminho, que busca ser amado,
que busca ser feliz nos prazeres, com as riquezas e com o poder que o mundo dá,
ao ver-se frustrado em muitas vidas, reage violentamente contra ti, contempla-o e

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perceba que, como você também esteve equivocado, que nunca encontrou uma
resposta justa, que a única diferença que tem contigo é o caminho que ele leva e
que tu levas.
Se tu o observas e critica sua atitude, inevitavelmente caiu no caminho desse
outro.
Contempla a vida; ame-a; aprende dela e perceba que a essência da vida é teu
CRISTO; que a forma da vida é o que tu és; que o que a vida te ensina é o que
necessitas; que o que aprendes dela é o que tu queres.
A missão da vida não é mais que dar-te abrigo e ensinar-te grande coisas sem
exigir-te nada.
Se queres ser bom, aprende da vida. Se queres ser mau, aprende da vida. Ela
se molda à tua condição. Ela é muito amorosa. Ela só quer que tu sejas como
queiras ser.
A VIDA!

V. M. LAKHSMI

MENSAGEM DE ANO NOVO

Hoje, quatro de fevereiro de mil novecentos e noventa e três, ano novo


Gnóstico, apresentamos a todos vocês um cumprimento cheio de amor, irmandade
e fraternidade, com os sentimentos mais puros de nosso coração e aspirando que
todos vocês elevem sua Consciência e Compreensão até as esferas mais sublimes
do Espírito e evocando, por sua vez, a presença do Ser Supremo para que nos dê
seu auxílio e ajuda e receba este Povo Santo, cheio de amor e sedento de sabedoria.
Queridos irmãos Gnósticos, os dias, os meses e os anos passam afanosamente
aproximando-se cada dia mais esse momento de tanta transcendência para a
humanidade em que todos teremos que prestar conta do que fizemos em nossas
vidas e do que fizemos com nosso aflito Planeta.

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Seja este o momento mais oportuno que em minha vida encontrei para dizer-
lhes a todos, meus queridos irmãos e irmãs da Senda, que compreendendo o
momento e a necessidade, demos cada um de nós parte do Pão de cada dia à
humanidade que marcha pela Horizontal celebrando o triunfo da besta; dando as
costas ao REDENTOR do Mundo; talvez muitos, porque assim o querem, mas
talvez alguns por serem sinceros equivocados.
No coração das pessoas, aqui reunidas, estou seguro que nestes momentos
palpita o Amor do Pai, a Redenção do Cristo e a Força de Samael para convidar-
nos a que nos lancemos, decidida e definitivamente, a resgatar desta pobre
humanidade o que possamos; a dizer a essas Almas que gemem e choram que
somos seus irmãos e que, portanto, sentimos também sua dor e que, como
emissários da Era da Luz e como Discípulos do Cristo, O SALVADOR DO
MUNDO, assim como ELE, estamos dispostos a derramar nosso sangue pela
salvação da humanidade.

V. M. LAKHSMI

COMUNIDADE LA CUMBRE, YARACUY, 19 de Março de


1993 - TEMPLO ADONAI

Hoje estamos entregando este Templo, primeiro à Venerável LOJA


BRANCA e depois à irmandade Gnóstica, como testemunho de um grupo de
homens e mulheres que sentiram a presença viva dessa MÃE que todos nos
servimos dela, porém que não conhecemos; que só penetrando em suas entranhas
podemos vivenciar o mistério, talvez difícil de compreender para alguns, porém
muito simples de visualizar para outros.
Essa MÃE que, valendo-se de muitos fenômenos, nos chama à reflexão,
fazendo-nos ver que todas as suas criações estão ao serviço do homem sempre e
quando sejamos capazes de amá-la, respeitá-la e sobretudo não destruí-la.
Querido irmão, as selvas são a casa de todas aquelas criaturas que nelas
vivem, que são os animais. Tu que entras às selvas, não destruas seus habitantes,
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não destruas essas vidas, lembra que essa é sua casa, esse é o lar que a Natureza
lhes deu.
Ninguém os respeita nem os faz respeitar, qualquer homem verdugo os
destrói e ninguém o censura, nem muito menos o castiga.
As árvores são filhas da mesma MÃE, sem dúvida, também as massacram
em massa.
Lembra irmão, são teus irmãos menores, são os filhos de tua própria MÃE.
Tu, como Filho de DEUS, não tem permissão de matar a vida.

V. M. LAKHSMI

COMUNIDADE LA CUMBRE, YARACUY, Maio de 1993 -


RECONHECIMENTO

Aos irmãos e irmãs que me acompanharam na construção deste TEMPLO,


que renunciaram a todas as suas comodidades para internar-se nesta selva
empunhando em sua destra a arma mais poderosa que os Filhos de DEUS têm, A
VONTADE; colocando sua fé no ALTÍSSIMO e sua vida na Obra do PAI para
construir este TEMPLO que há de servir para que este povo santo se prepare para
o encontro com a Mãe Natureza e deste lugar elevar suas súplicas, pedindo ajuda
e perdão por todas as violações que, através dos séculos, se fizeram dos princípios
mais puros e ternos da expressão de DEUS que é o respeito à Vida.
Queridos irmãos, neste lugar germinará e se fará fecunda a semente que todos
vós tens para sair e semeá-la em uma sociedade que se debate na angústia e na dor
e que, por ignorância, destrói esse princípio e esse direito que toda criatura tem: a
Vida!
Sejam vocês, meus queridos irmãos, homens e mulheres, os que,
empunhando a espada da vontade para romper obstáculos e com o bálsamo do
Amor, empreguem esta Obra e todas as que na posteridade me acompanham a
fazer.

35
Para todos vós, os que de uma e outra forma fizeram possível esta Obra, vão
minhas benções e meus votos para que o Amor, a Luz e a Sabedoria do CRISTO
vos acompanhem.

V. M. LAKHSMI

MONASTÉRIO LUMEN DE LUMINE, Dezembro de 1993 -


MENSAGEM AO POVO GNÓSTICO

Povo Gnóstico, estamos nos dias da celebração de NATAL, acontecimento


Cósmico que nos deve chamar à reflexão e à compreensão sobre a Obra que todos
nos propomos realizar.
O CRISTO é uma força que devemos encarnar através dos diferentes
processos de nossa Iniciação.
O CRISTO é filho de nossa IMACULADA CONCEPÇÃO, MÃE DIVINA
KUNDALINI, a qual se encontra nestes momentos em cada um de nós realizando
grandes esforços para poder nos resgatar de um mundo descomposto no qual
vivemos.
É necessário, queridos irmãos Gnósticos, que vocês compreendam que a
grande Obra se realiza graças à imensa ajuda que recebemos do PAI Interno e da
DIVINA MÃE DEVI KUNDALINI, e que somente quando nós assumimos a séria
responsabilidade de colaborar com eles é que conseguimos que esse Cósmico
acontecimento do NATAL se realize em nossos corações.
Vos convido a unir esforços para conseguir o triunfo do CRISTO em nós.
Em nome do PAI MUITO AMADO, do FILHO MUITO ADORADO e do
ESPÍRITO SANTO MUITO SÁBIO.
Em nome da Humanidade vos convido, Povo Gnóstico, a que nos lancemos
a converter o coração humano para que nesse Altar se realize esse acontecimento:
O NATAL!

36
V. M. LAKHSMI
.

LOS DEVAS, PAIVA, 3 de Janeiro de 1994 - ORIGEM DE


NOSSO CAMINHO

Nascemos em um lar humilde, de um pai e uma mãe que até onde puderam
nos deram abrigo, alimento e algo que, para nós, teve muito valor, AMOR! Porém
isso não durou muito tempo. Qualquer dia, por efeitos da vida e por circunstâncias
do destino, fomos lançados ao mundo onde tivemos que conhecer muitas pessoas
de diferentes condições, as quais, de certa forma, fizeram parte de nossa formação
já que, por uma conduta gregária, imitávamos seus costumes, seus dizeres e seus
feitos.
Nesses tempos, considerávamos que dentro de uma sociedade isso era
normal, assim passaram-se os anos, até que um dia alguém, em nosso caminho,
nos falou da consciência, nos falou de uma mudança, nos falou do indivíduo e nós
começamos a compreender que tudo isso que havíamos aprendido da sociedade,
das pessoas que nos rodeavam, não era mais que o resultado de um mundo e de
uma sociedade descomposta, cheia de erros, cheia de preconceitos. Que dor! Já era
tarde, demasiadamente tarde para corrigir coisas já feitas e não carregar em nossa
consciência a dor de tantos equívocos.
Perguntávamos às pessoas que considerávamos que tinham consciência e nos
diziam que isso não era mal, que era apenas normal, nos levando a conclusão de
que se o indivíduo não muda, a sociedade não o faz.
Começamos nossa Via-crúcis deixando em cada uma das estações toda uma
quantidade de erros, vícios e costumes, recebendo como recompensa por este feito
látegos, atropelos, torturas porque o mundo não permite que um Iniciado deixe em
seu caminho toda essa gama de elementos, de vícios que traz durante sua vida e as
pessoas que os ensinaram a nós não suportam o fato de que nós mudemos seus
ensinamentos pela doutrina de meu Senhor o Cristo.

37
Assim foi que em nosso caminho foram-se multiplicando as pessoas que nos
açoitavam até o ponto que se sucedeu o esgotamento físico, anímico e, como é
apenas natural, veio a Primeira Queda recordando-nos este fato a Primeira Baixada
que o Iniciado tem que fazer à Nona Esfera, para dali levantar-se vitorioso
estabelecendo-se em seus corpos superiores e com sua consciência em todos os
planos de consciência cósmica.
Não soltamos a Cruz porque, como símbolo de redenção, em nenhum
momento a baixamos de nossos ombros graças a esses Cirineus que aparecem por
uma Lei de Deus.
Continuando nosso Caminho, veio a Segunda Queda onde recebemos toda
classe de vitupérios, látegos e se pôde comprovar que, no Caminho dos Iniciados,
se diferencia o Neófito, o Discípulo e o Mestre.
“O Neófito não compreende o drama, o Discípulo o mal interpreta para que
o Mestre possa ser coroado Rei de seu próprio mundo”, demonstrando com isto
que conhece, compreende e aceita a Via-crúcis, único meio que existe para
qualificar seu processo.
Continua nosso Caminho, vem a Terceira Queda, onde os poucos
Companheiros, Discípulos e Iniciados se sentiram desfalecer ao não
compreenderem o que acontecia; acreditaram que se tratava de um julgamento sem
justiça, porém com a permissão de Deus.
Querido leitor, talvez o que aqui estás lendo seja algo insólito e
incompreensível porque só se conhece o Drama Cósmico apresentado por nosso
adorável JESUS CRISTO.
O Drama dos Iniciados sérios, são pequenas réplicas de um Drama Cósmico.
Neste Caminho percebemos que se não retomamos a Consciência, a Vontade e a
Inteligência, não poderíamos deixar o mundo e retirar-nos sem toda esta gama de
situações para retomar o caminho de Deus.
Quem não seja capaz de acabar com o sentimentalismo, os apegos, as paixões
e romper com as imposições que lhe faz uma sociedade, não poderia suportar as
torturas, os atropelos que o mundo lhe faz só pelo fato dele haver tomado a Cruz e
seguir ao Cristo em seu Caminho; porém queremos esclarecer que a Felicidade, a
Paz e o Amor que nos é dado pela Divina Graça no Caminho é o único que nos
pode curar as feridas que nos restam no corpo, na mente e na psique quando

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arrancamos de nós aquelas inumanas criações que, através daqueles tantos séculos,
formamos.
É necessário Amar a Deus sobre todas as coisas, conhecer, compreender e
viver a Doutrina do Salvador do Mundo, O CRISTO.
Amar, perdoar e purificar-se para que a Doutrina do Espírito, o Deus dos
Deuses e o Doador de Vida nos conceda a graça de morrer para o mundo e nascer
para Deus.

V. M. LAKHSMI

LOS DEVAS, PAIVA, Janeiro de 1994 - REFLETINDO A


SÓS

Quiséramos neste capítulo chegar até tua consciência, querido leitor,


contando-te nossas enigmáticas histórias como se fossem personagens saídos do
interior da terra e que, desfilando ao redor de nossa imaginação, cada quem foi
dizendo o que em sua ordem corresponde.
Aparece um personagem e diz:
“Quanto tempo andei contigo e nem você nem eu nos conhecíamos? Sem
dúvida tu obedecias a todas as minhas pitorescas atitudes das quais me deleitava,
mas hoje em dia já nos conhecemos, mas nem tu, nem eu nos compreendemos;
portanto, me retiro de teu mundo e me interno no mundo de outros”.
Como desfile de amigos aparece outro e diz:
“Eu tampouco te conhecia, sem dúvida que momentos felizes vivemos os
dois porque eu me expressava através de teu sentir e nos deleitávamos de paixões
e instintos que satisfaziam minhas necessidades, porém hoje em dia vejo que você
morreu para mim, portanto, continuarei vivendo no mundo de outros”.
Aparece o seguinte personagem e diz:

39
“Que incompreensível é isto! Tu me servias e eu te servia, vivíamos tão
próximos e não nos conhecíamos. Vivemos momentos felizes vestindo bonito,
ostentando a todos sem revolver-nos com os mais desventurados, porém hoje não
suporto tua atitude, prefiro marchar ao mundo de outros e te detesto por covarde,
por medroso e, sobretudo, pela atitude que tomaste”.
Assim foram desfilando, um a um, muitíssimos elementos e eu me dizia ao
vê-los retirarem-se: “Estes companheiros voltarão?”, porém minha consciência e
compreensão, cristalizadas em mim, me diziam: “Se tu mudas tua atitude e voltas
a olhar para traz, eles regressarão e serão teus piores inimigos. Se tu continuas
dirigido por tua Luz interna, eles se internarão na obscuridade do mundo e
formarão na sociedade grandes redemoinhos e confusões para conseguir que
muitas pessoas façam o que vocês antes faziam”.
E eu me dizia: “Que dor! Só com o Amor do Cristo poderei recompensar
tanta ajuda que recebi desta humanidade, só lutando por minha querida irmã - A
Humanidade - poderei fazer com que algum deles também consigam o momento
de ver desfilar estes enigmáticos personagens que conviveram em nosso mundo
tantos séculos, porém que devido a suas incompreensíveis presenças, não pudemos
conhecê-los, compreendê-los e arrancá-los de nossas entranhas”.
Querido leitor:
“Tu que andas por este sendeiro, cuidado com as adulações do mundo,
compreende que isso é passageiro. Respeita as idéias de todos”.
“Respeita as idéias de todos porque, se tu as censuras, pode ser que
compartilhes com outros uma doutrina falsa que não é de teu Ser”.
“Caminha devagar para medir a distância de teu passo”.
“Olha tudo com serenidade para conhecer a vida que ali existe”.
“Pede a Deus por todos os que te rodeiam, porém não te faças fiador”.
“Respeita o direito de todos para que não te identifiquem que és um
Caminhante do Sendeiro da Vida e da Vida Crística”.
“Trata de ensinar com palavras simples, com olhar sereno e sobretudo com
passo firme”.
“Detenha-te a olhar os rios e os riachos para que percebas que a vida sempre
avança e nem por isso deixa de ter milhões de criações que se estancam porque

40
não avançam com ela, morrem e nascem em um mesmo lugar e, o pior de tudo,
sem avançar em condições espirituais”.
“Detenha-te a olhar as estrelas que, ainda muito distantes, deixam ver sua
luz”.
“Diga aos homens que encontres no Caminho, que tu os ama muito porque
são a imagem de teu Deus”.
“Diga às aves do campo que assim como elas também foste tu que voaste
pelas alturas, que comias um fruto, que vivias feliz, que cantavas ao amanhecer,
que oravas ao anoitecer, que fostes livre e digas a ti mesmo, hoje, que a Natureza
me elegeu Rei”.
“Não me preparei para elevar-me até a liberdade do infinito, senão que o
mundo me apanhou e me fez seu Rei, convertendo-me em um escravo sem
Liberdade, sem Paz e, o mais triste e doloroso, sem AMOR”.

V. M. LAKHSMI

EL PARAÍSO, COLON, 14 de Março de 1994 - A ERA DA


LUZ

Olhando estas coisas da vida em que todo mundo viaja à conquista de uma
felicidade que cada quem a imagina de acordo com sua forma de pensar, de sentir
e de ser; talvez uma felicidade fictícia, algo que preencha um espaço de nossa
mente e que satisfaça alguns dos tantos desejos que temos; talvez algumas pessoas
consigam ter dinheiro, boas posições sociais, ser aclamado pelas pessoas que o
rodeiam porém, por acaso, isto é tudo?
Nos detivemos a pensar que a morte nivela a todos; que nesse passo
transcendental de nossa existência fica consumado tudo aquilo que foi, muitos
triunfos, muitas frustrações, ali terminam; só resta uma pobre essência submetida
a responder ante a Lei Cósmica por aquelas coisas más que fez e as boas que deixou

41
de fazer, onde nenhuma pessoa pode advogar por elas nem muito menos aquelas
que em nossa vida se opuseram ao nosso triunfo espiritual.
É o momento de uma grande exaltação ou de uma grande humilhação;
exaltado pelas boas obras que fez e humilhado pelo peso da Lei, por ter sido um
mal cidadão, um mal pai, um mal filho, um mal amigo e sobretudo, por ser um mal
cristão.
Na ERA da LUZ poderão existir as trevas como equilíbrio para o planeta, já
que na Natureza terão que existir essas duas lei mecânicas: o branco e o negro, as
trevas e a luz, etc.; porém não poderão existir as trevas na Consciência da
Humanidade, é por isso que nestes momentos temos que nos definir, porque
chegou o momento de que um grupo de homens e mulheres se preparam para
seguir acompanhando o nosso planeta em sua longa viagem.
Não se pode ingressar à ERA da LUZ se em nossa mente, em nossa psique e
em nossa Consciência não se faz LUZ para encarnar a Sabedoria.
Só esses homens e essas mulheres de tal condição humana e espiritual
poderão continuar na ERA de AQUÁRIO; os demais, sem exceção, terão que rodar
indiscutivelmente ao inferno do interior da Terra em uma terrível involução para
que se cumpram as Sagradas Escrituras: “Figueira que não dá fruto será cortada e
lançada a queimar”.
É a sentença que pesa sobre nós, a Humanidade, que nos fazemos de surdos
aos chamados feitos pelos Mensageiros de DEUS para o resgate de um Povo, de
uma Humanidade e a semeadura de uma nova semente humana com condições
melhoradas que servirão de base raiz a um Povo cheio de Luz, de Consciência e
de Amor que habitará em um futuro, neste mesmo planeta como prêmio à GRAÇA
DE DEUS, ao AMOR de DEUS e a esse terrível sacrifício que a natureza tem feito
por nós.
Queridos irmãos Gnósticos, o triunfo é nosso; ajuda-nos para que em um
futuro não distante, brilhe no Povo escolhido e neste afligido planeta a Luz do PAI
BEM-AMADO, o Amor do FILHO MUITO ADORADO e a Força do ESPÍRITO
SANTO MUITO SÁBIO.
Estes atributos acompanham essa nova humanidade para premiar esses
valorosos homens e mulheres que viveram pela graça, que triunfaram pela força e
que serão resgatados pelo AMOR.

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Assim será, assim está dito e assim se cumprirá as Leis que regerão uma
Humanidade que continuará semeando este planeta de novas esperanças e que sua
meta será uma nova EPIFANIA, testemunhando que a LUZ se imporá sobre as
trevas.

V. M. LAKHSMI

COMUNIDADE EL PARAÍSO, COLON, 14 de Março de


1994 - OS LARES GNÓSTICOS

Estes também, como os Santuários, devem manter-se dentro de uma


completa ordem. Os lares, onde se esteja trabalhando pela regeneração, devem
permanecer limpos de toda classe de lixo. Não deve haver desordens. Nestes
lugares não devem haver coisas que não estejam em completa ordem.
O quarto dos Gnósticos deve ser limpo, asseado, ordenado. Não devem haver
roupas em desordem ou coisas que não correspondam ao que é um lugar de
descanso, de repouso. O Gnóstico deve desfazer-se de tudo que não lhe serve; não
deve estar guardando coisas velhas com a dita de que ainda servem. Estas coisas
não devem existir nas casas dos gnósticos, muito menos no dormitório.
O lugar que nós, Gnósticos, temos dedicado para nosso descanso, deve ser
um lugar cheio de harmonia já que as polêmicas, discussões, nesse lugar,
impregnam a aura de desarmonia e isto afeta às pessoas que ali dormem. No quarto
do Gnóstico, não deve haver televisor, porque esses programas desarmonizam; não
deve haver aparelhos de música sendo usados com música que não seja clássica,
devido a que isto também traz desarmonia e discórdia com o que nestes lugares se
vive, se pratica.
Os lares gnósticos devem marcar uma pauta na formação de uma nova
geração humana; nestes lugares devem reinar as relações humanas, a urbanidade;
deve-se falar da sabedoria, do amor e da compreensão.

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Nos lares gnósticos deve-se eliminar o látego de castigar; deve-se eliminar
as palavras sujas, ofensivas, desarmônicas, substituindo-as pelo diálogo, pela
compreensão. Nos lares gnósticos devem haver jardins com flores e pinturas
alegóricas à sabedoria. Devem erradicar-se destes lugares a fofoca, a calúnia, a
murmuração, substituindo-as pela caridade, pela alegria, pelo altruísmo.
Devem erradicar-se por completo os programas de televisão que se
relacionam com a violência, com a prostituição, ou seja, é preferível não ver
televisão já que isto danifica a psique. Deve-se dedicar mais tempo à oração, à
meditação, à leitura dos Evangelhos Crísticos, às Obras do Quinto Evangelho.
Queremos que os irmãos gnósticos compreendam que uma coisa é ser estudante
da Gnosis e outra é ser Gnóstico! Quem não se decida em viver a Gnosis, a
Sabedoria e o Amor, não poderá ser resgatado porque, podendo fazê-lo, não o fez.
O que aqui estou dizendo não é uma ameaça, é o que me dizem.
Queridos irmãos Gnósticos, vamos fazer de nossos lares lugares dignos de
pessoas que amam à Deus, que amam à Sabedoria e que amam à Humanidade.

EL PARAÍSO, COLON, 16 de Abril de 1994

Trataremos com vocês alguns aspectos do que nestes momentos têm a ver
com este povo, com a Doutrina e com a Humanidade.
Nestes escritos deixaremos testemunhos de nosso afã e preocupação que
temos tido, com o propósito de chegar até as consciências das pessoas, para que
todos compreendamos que nestes momentos necessita-se do esforço de todos, para
que nossa consciência seja fecundada pela LUZ do SER.
Não me move outro interesse que o de um dever que tenho com a
Humanidade.
Em nome de meu SENHOR, o CRISTO, eu invoco a compreensão de vocês
para que nestes momentos me ajudem a cristalizar esta Obra que servirá de base
para o resgate de um povo, que servirá de testemunho ante DEUS e ante o mundo,
da obra fecunda da Obra do Mestre SAMAEL AUN WEOR.

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Meus irmãos, é o momento de fazer vibrar nossa consciência e nossos
corações ao uníssono com as notas dos ELOHIMS que mantêm em equilíbrio o
Universo e assim manter o nosso, vibrando e harmonizando a Vida.
Lembrem irmãos, que todo mundo vive pela Vida e muitos poucos vivem
para a Vida, somos nós precisamente os homens e mulheres que estamos chamados
para cumprir essa missão: “Viver para a Vida”.
Queridos irmãos, espero que me compreendam; meu coração sangrou tanto
que já não emana sangue senão água; dessa água se nutrirão todos os sedentos de
sabedoria que necessitam elevar-se às esferas mais sublimes do Ser, onde se respira
um hálito de Paz, um aroma de Amor que nos permite dizer a DEUS: “Sou teu
Filho, estou disposto a legar minha vida por teu nome para morrer em tua Graça”.
Este testemunho deixo ante vocês, queridos irmãos, o faço escrito porque às
palavras as desvanecem o vento e o tempo; quero testemunhar ante vocês que
nunca fui um impostor que pesco um povo para meu proveito; quis compartilhar
minha vida com a do povo Gnóstico porque com ele meu coração se nutre para
elevar ao ALTÍSSIMO minhas súplicas em meu nome e em nome de todos, para
dizer: “Quero minha salvação e a deste povo”. Porque mais além de todas estas
formas quero estar com eles dizendo ao CRIADOR: “Bendito sejas Tu por ter me
criado, por ter me acompanhado, por ter perdoado todas as minhas fraquezas e
debilidades, e sobretudo por ter permitido compartilhar com meus irmãos e com
DEUS para estarmos unidos nesta MAGNA OBRA”.

V. M. LAKHSMI

COMUNIDADE EL PARAÍSO, COLON, 22 de Maio de


1994

Hoje, 22 de Maio de 1994, quisemos nos reunir com a Comunidade, com a


finalidade de compartilhar um momento e dar a conhecer alguns de nossos
pensamentos relacionados com este lugar e com as pessoas que constituímos a
Comunidade.
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É para mim motivo de alegria poder ir cristalizando até agora alguns aspectos
dos que outrora foram sonhos porém, que ao passar o tempo, se foram convertendo
em um novo amanhecer e em uma realidade.
Quero dizer a vocês, irmãos, que chegou o momento de que damos a este
sagrado lugar uma solenidade ante nós e ante as pessoas que nos visitam em busca
de uma informação, de uma ajuda e sobretudo de uma realidade.
Quero que todos nós logremos nos constituir como homens e mulheres que
levemos ao alto o nome da GNOSIS, o nome do ORFANATO SAMAEL AUN
WEOR, o nome do TEMPLO PARACELSO, o nome do HOSPITAL
PARACELSO e o nome desta COMUNIDADE, a qual servirá de Atalaia para
todas as pessoas que cheguem a este lugar.
Todos nós devemos constituir, por nossa retitude, por nosso amor e por nossa
compreensão em defensores e em exemplo de um povo que ama a Luz, que ama a
Deus e que vive uma Doutrina, a GNOSIS.

V. M. LAKHSMI

MONASTÉRIO LUMEN DE LUMINE, 20 de Junho de 1994


- O PORQUÊ DE NOSSO TRABALHO ESPIRITUAL

1. Por que entrei na Gnosis?


Por desígnio de Deus.

2. Para que entrei na Gnosis?


Para regenerar-me.

3. Quem dirige a Gnosis?


O Cristo, é Ele.

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4. Que finalidade tem a Gnosis para conosco?
Livrar-nos do abismo em que estamos.

5. O que podemos fazer pela Gnosis?


Encarná-la.

6. Quem são os Gnósticos?


São os Deuses.

7. Onde vive a Gnosis?


No coração dos homens justos.

8. Quem peca contra a Gnosis?


Os que não cumprem com o juramento, os Mandamentos da Lei de Deus.

9. Por que a Gnosis veio nesta época?


Porque é a matriz de todos os conhecimentos.
Porque o final é igual ao começo.
O Cristo se crucificou em uma Cruz; se crucificou nos elementos e se crucificou
em cada um de nós.

10. O que vou fazer de hoje em diante para servir à Gnosis, à humanidade e ao meu
Senhor, o Cristo?
Praticar a Doutrina.

V. M. LAKHSMI

47
LOS DEVAS, PAIVA, 19 de Julho de 1994 - PRIMEIRA
CARTA DO ENVIADO AO POVO SAMAELIANO

Irmãos em Cristo,
Andei por muitos países, cidades e povoados, buscando quem ajudar e quem
me ajude.
Em minhas análises e reflexões, desde minha juventude, vi a CRUZ como
um símbolo Sagrado, através do qual poderia encontrar um refúgio e sobretudo,
uma proteção contra meus inimigos mortais.
Todas as escolas as quais pertenci, me indicavam um caminho muito incerto,
devido a que não me aclaravam de forma precisa como devia comportar-me frente
ao mundo, frente a DEUS e frente a minha pessoa.
Estas perguntas se acrescentavam em minha mente até que conheci a
Mensagem Crística, a qual todos nós devemos começar a viver.
Aqui compreendi que me encontrava em um mundo inferior, nos abismos da
Natureza. Enigmático momento! Insólitas respostas! Encontrei.
Quis realizar minha Obra com muita responsabilidade e respeito, e em parte
o consegui; porém, de todos os modos, segui fazendo meu mundo, no qual
encontrava as respostas a milhares de minhas dúvidas, como por exemplo: “Por
que este mundo em que vivemos é assim? Por que impera a injustiça, a crueldade
e a barbárie?”. Resposta: “Porque no abismo estão os elementos que manejam à
mente humana”.
Queridos irmãos, muitas vezes quis fugir desse mundo, porém, que terrível!
Não o podia fazer porque meu SENHOR, o CRISTO, está formando aqui na Terra
um “POVO PARA DEUS”, e esse povo são vocês e ainda que não acreditem, ainda
que duvidem e ainda que o refutem, enquanto não podemos dominar a mente e
romper com os sistemas e os impérios que os príncipes do abismo têm na Terra,
seguiremos sendo habitantes do abismo.

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Para o Mensageiro sair do abismo em que vive e encontrar-se aqui na sexta
Ordem de mundos com o Povo de DEUS, em cada saída que faça, tem que tirar
ainda que seja uma alma desse abismo.
É necessário vir do abismo trazendo pelo menos uma alma que tenha podido
resgatar; essa alma para o Mensageiro é uma Cruz que deve tirar do abismo até a
Gólgota da vida, onde essa Cruz resgatada do abismo, receberá um CRISTO e esse
CRISTO levará essa Cruz até a Gólgota de seu próprio Calvário, e assim se
cumprirá a Palavra e as Escrituras que afirmam que esse Mensageiro está no
abismo resgatando almas para que o CRISTO CÓSMICO realize a Grande OBRA,
daqui para cima.
A MENSAGEM dos DEUSES entregue no QUINTO EVANGELHO, nos
ensina a encontrar nossa própria Redenção.
Depois de ter sido resgatado do abismo da Natureza, é necessário começar
nosso próprio resgate dentro de nossos próprios infernos ou abismo interiores.
Queridos irmãos em CRISTO, se vocês querem sua liberação, ajudem-se para
que o Mensageiro possa resgatá-los com maior facilidade do abismo em que estão;
assim vocês fazem possível que sua OBRA e a OBRA do Mensageiro se faça
fecunda com o Evangelho CRÍSTICO SAMAELIANO, e o SACRATÍSSIMO
ESPÍRITO SANTO poderá fecundar a DIVINA MÃE de cada um de vocês para
que o CRISTO CÓSMICO e o CRISTO ÍNTIMO logrem unirem-se em um novo
Êxodo, glorificando a Graça e o Poder do PAI.
Não esqueçam, meus queridos irmãos em CRISTO, que se querem ser
resgatados do abismo em que estão, terão que renunciar a si mesmos, desintegrar
a falsa personalidade, desintegrar os falsos sentimentos, desintegrar o amor próprio
e começar a formar uma rica vida interior que vos permita ir integrando as
diferentes partes autônomas do SER, que se encontram desagregadas pelo nosso
próprio fracionamento psicológico.
Meus irmãos, eu espero que comeceis a viver uma autêntica vida de irmãos,
amando-se entre si, respeitando-se entre si, compreendendo-se entre si e vivendo
a autêntica Doutrina de nosso REDENTOR para que nestas condições, possamos
cristalizar aqui na Terra a LUZ do SER, a CONSCIÊNCIA do SER, a VONTADE
do SER, como Templos que somos do SER.

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O Mensageiro transmitirá a todos vocês uma Mensagem de LUZ, uma
Mensagem de REDENÇÃO, uma Mensagem de AMOR que vocês todos
interpretarão à luz da Consciência para formar um Povo Santo, um Povo obediente,
um Povo cumpridor dos desígnios de DEUS.
Recomendo-vos, apartai-vos do pecado, apartai-vos das más companhias,
para que possais compreender, a cada dia, qual é a razão pela qual vivemos, porque
vivemos e para quem vivemos.
Meus irmãos, ajude-nos, que DEUS vos ajudará.

O MENSAGEIRO

V. M. LAKHSMI

EL PARAÍSO, COLON, Julho de 1994 - UMA MENSAGEM


PARA VOCÊ

Querido leitor, quisemos chegar até você com esta pequena mensagem do
CRISTO SOCIAL.
É o momento mais indicado para que os homens e as mulheres que
reconhecemos o CRISTO como nosso REDENTOR, escutemos e analisemos sua
Mensagem.
Recorda, todas as religiões são pérolas engastadas no fio de ouro da
DIVINDADE. Todas cumprem sua missão evangelizadora em procura do resgate
dos valores mais nobres que se encontram no ser humano.
Toda criatura que mora sobre a Terra e que busca alguém que a ajude, merece
uma resposta que todos nós devemos dar.
Aquele que busca um remédio para curar uma dor, temos que dá-lo; aquele
que busca uma solução para seus inumeráveis problemas, temos que ajudá-lo;
aquele que busca um prato de alimento para acalmar a fome, temos que dá-lo;
aquele que busca um abrigo para cobrir seu corpo, temos que dá-lo; aquele que

50
busca uma orientação para salvar sua alma, temos que dá-la; ou seja, para isso está
a Mensagem de CRISTO: “AMAI-VOS UNS AOS OUTROS COMO EU VOS
AMEI”.
O CRISTO pertence à humanidade, a todos, porque somos seus filhos;
ninguém tem maior parte dele; se todos nos unimos para servir aos necessitados,
respeitando mutuamente nossas idéias, nossos pensamentos e nosso livre arbítrio,
formaríamos um mundo melhor, cantando louvores ao SENHOR para encher
nossos corações de amor, de esperança e de fé; compartilhar com a humanidade e
com os necessitados esse pão, esse refúgio e esse amor que o CRISTO dá a todos
nós.
Amigo, esta Comunidade do El Paraíso te convida a que compartilhemos
idéias com a finalidade de servir a toda pessoa que se aproxime; você do seu lar,
de sua cidade, pode colaborar sem compromisso, sendo um membro ativo deste
Programa Cultural e Humanitário por um mundo melhor, por uma Pátria melhor e
pelo melhoramento do indivíduo, À BATALHA!

V. M. LAKHSMI

MONASTÉRIO LUMEN DE LUMINE, 23 de Agosto de


1994.

Irmãos em Cristo,
É motivo para mim de regozijo e alegria encontrar-me aqui reunido com
vocês para compartilhar uns momentos de exaltação espiritual no que todos iremos
poder - cada quem o que possa e o que lhe corresponda - para que este Corpo
Místico de nossa Santa Igreja Gnóstica, que são os Sacerdotes e as Ísis, possamos
levar, até o mais profundo de nossas consciências e compreensão, este sentido de
responsabilidade que todos temos frente a Deus e à Humanidade.
Irmãos, contemplei muitos momentos de alegria e de paz em meu coração
pela Obra que todos nós estamos forjando, porém não posso negar ante vocês que
também tive momentos de dor e de angústia ao ver e ao saber que no Corpo

51
Esotérico de nossa Sagrada Instituição também se forjam situações que levam à
frustração espiritual do Povo Gnóstico.
É o momento de que os Sacerdotes e as Ísis retomem a responsabilidade que
pesa sobre nossos ombros e dêem um passo sério e definitivo até o resgate dos
valores esotéricos e científicos da Cultura Gnóstica.
É o momento de que nós sejamos capazes de defender a pureza de nossa
Doutrina a custa dos esforços que forem necessários; a nossa vontade deve rugir
como leões frente às trevas e aos inimigos do CRISTO.
A Consciência deve expressar-se através de nossa vida para ensinar com o
exemplo, e assim a Luz do SER conjugando-se com a Era de Aquário levará este
Povo até uma oitava superior, onde vitoriosos, com a cabeça para o alto e com
nossa consciência tranquila, poderemos chegar ante a presença de nosso
Comandante e Chefe, V. M. SAMAEL AUN WEOR, para dizer-lhe: “Querido
Mestre, Bendito Mestre, aqui está teu Povo como resultado de tua ajuda, de teu
esforço e de teu amor”.

V. M. LAKHSMI

TENERIFE, ILHAS CANÁRIAS (ESPANHA), Setembro de


1994 - AO TEMPLO HILARION

Fazem muitos anos, encontrando-me na presença do AVATARA de


AQUÁRIO, V. M. SAMAEL AUN WEOR, ele nos dizia que havia que construir
um Templo de Mistérios nas Ilhas Canárias.
Naquela época, pensei que ao redor do Mestre deveriam haver homens e
mulheres dotados de forças, de entusiasmo e de Amor, que fossem capazes de
realizar esta magna obra.
Passaram-se os anos e fui percebendo que não era assim.
Por desígnios do céu, fui levado àquele continente, propriamente a nossa Mãe
Pátria Espanha.

52
Ali encontrei um grupo de homens e mulheres que imploravam em suas
súplicas ao ALTÍSSIMO, buscando uma resposta que lhes orientasse sobre o
caminho a seguir; dispostos a dar tudo pela cristalização, em cada um deles, por
essa obra magna e majestosa de seu CRISTO ÍNTIMO.
Conferências e conferências tivemos onde nosso coração se enchia de alegria
ao ver e ao saber que essas almas buscadoras da Luz estavam dispostas a nos
acompanharem na cristalização do TEMPLO HILARION.
Momentos de alegria e de emoção tive em meu coração ao encontrar
respostas positivas, porém muito grande foi o momento em que, por um convite
dos irmãos e por uma permissão de Deus, pude chegar à consagração do TEMPLO.
Elevavam-se as montanhas e rugiam os oceanos ao contemplar a aura do
TEMPLO HILARION, que se elevava ao céu como se dissesse ao Teide: “Tu
vomitas fogo do interior da Terra, eu lanço meus raios de Luz ao infinito para
ajudar à elevação do Espírito do Povo que está comigo”.

V. M. LAKHSMI

URUGUAI, Novembro de 1994 - AO TEMPLO


QUETZALCOATL

Em uma de minhas viagens pela geografia de nossa América do Sul, tive a


oportunidade de encontrar-me com umas mentes jovens, impulsivas e
revolucionárias de nossa gloriosa organização gnóstica mundial.
Falei com eles e compreendi que eram Águias Rebeldes que aspiravam voar
até o infinito, levando como símbolo a palavra LIBERDADE.
Compreendi, nesse momento que, com aqueles homens e mulheres, lograria
a cristalização desse lugar sacro e sagrado que canalizará as forças crísticas e
divinais que servirão para a santificação de um Povo.
Não sabia com que palavras fazer-me entender.

53
Olhei ao meu redor e compreendi que a Natureza se alegrava; olhei ao infinito
e compreendi que o olhar sereno e silencioso do Criador me exigia e lhes disse:
“Irmãos, é necessário a cristalização do TEMPLO QUETZALCOATL, lugar
sagrado o qual todos nós devemos render um merecido culto, respeito e acato como
símbolo sagrado da presença, em seu nome, do CRISTO, que veio até nós para
ensinar-nos, para redimir-nos com sua Doutrina, com sua Sabedoria e com seu
Amor”.
TEMPLO QUETZALCOATL! Ao pronunciar teu nome, limpe a aura deste
afligido mundo para que as almas dos arrependidos encontrem teu caminho, teus
ensinamentos e os sigam”.

V. M. LAKHSMI

MONASTÉRIO LUMEN DE LUMINE, 25 de Dezembro de


1994 - MENSAGEM DE NATAL 1994

Hoje, 25 de Dezembro de 1994, estando todos reunidos no MONASTÉRIO


LUMEN DE LUMINE, convivendo com os irmãos de diferentes lugares que
chegamos até este sagrado lugar, com a finalidade de integrar-nos com a Doutrina
de meu senhor, o CRISTO, para elevar nosso nível de SER e desta forma poder
encontrar a paz do coração e a tranquilidade da Alma.
Irmãos, chegou o momento de todos nós nos definirmos, de uma vez e para
sempre, fazer carne e sangue os ensinamentos deixados pelo CRISTO, do
momento de seu nascimento até o dia em que, cheio de glória, de luz e de amor,
coroara sua missão na Cruz.
O CRISTO é uma força que se encontra em nosso coração, em nossos
sentimentos, em nossa vida.
É a razão de ser; é o inconfundível; é o sobressalente entre todas as coisas; é
o infinito; é o que foi, o que é e o que será; é a luz que nos ilumina; com justa razão
o definimos como O REDENTOR DO MUNDO.

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Ele quis viver entre nós como pessoa, para assim nos ensinar que está entre
nós como Divino.
O Natal é uma festa do CRISTO para o homem e do homem para o CRISTO.
Temos que viver o Natal; temos que sentir o Natal; temos que fazer o Natal
entre nós; temos que fazer-nos Apóstolos do CRISTO para ser guias da
Humanidade.
Temos que fazer-nos Filhos de DEUS para nos fazermos irmãos com
CRISTO.
Temos que fazer de nossos corações um trono para o PAI, um pedestal para
o FILHO e um altar para a MÃE.
Temos que fazer de nossa mente uma inspiração contínua, uma imaginação
criadora e uma devoção perpétua.
Irmãos, nascemos pela Graça, vivemos pelo Amor de um PAI que nos ama,
de um CRISTO que hoje nasce em nossos corações e de uma MÃE que nos
resgatou.
Façamos deste dia uma profunda reflexão, uma mística e um momento de
contemplação para dizer ao nosso CRISTO Íntimo: “ESTOU DISPOSTO A
DEIXAR TUDO E SEGUIR EM PÓS DE TI”.

V. M. LAKHSMI

MONASTÉRIO LUMEN DE LUMINE, 31 de Dezembro de


1994

Vi nascer um ano com muita alegria nas pessoas, com a esperança que trazem
boas novas, é normal que um cristão pense assim.
Fui avançando e vi o que nos esperava, um mundo descomposto, uma
humanidade desenfreada, cada quem devorando o ódio, a ira, o orgulho que o resto
da humanidade lhe envia, e eu me dizia: “Que tristeza saber que a humanidade
espera formar um mundo melhor, ter uma vida feliz sem fazer nenhuma mudança

55
em si mesmos!”. E o mais triste de tudo isto é que culpam a DEUS de toda esta
miséria humana, não querem aceitar que os Mandamentos da LEI de DEUS não
foram derrogados, estão vigentes e que temos que cumpri-los para que nossa vida
mude e o mundo melhore.
Hoje estamos celebrando o advento de um Ano Novo; ouvimos deste sagrado
lugar a confusão da cidade, a alegria das pessoas que brindam uns com os outros
o licor que os leva a seus próprios mundos infernos, e ali compartilham com
aqueles demônios que os fazem sentir-se bem enquanto estão sob o efeito do álcool
e dos prazeres, porém quando este efeito passa, começam a sentir-se mal porque
regressam a este plano.
Também isto é normal para uma pobre alma desgraçada que vive em um
corpo desordenado e corrompido, que só se estimula quando está sob o efeito de
seus próprios defeitos e demônios.
Queridos irmãos Gnósticos, que seja este o momento de refletir no instante
em que vivemos para poder elevar nossos sentimentos puros para o ALTÍSSIMO
e dizer a DEUS: “Sou teu filho, meu PAI, não me abandone, quero minha
regeneração, quero superar-me até chegar a tua Divina morada”.
Queira DEUS e o Divino CRIADOR que neste ano que está começando,
tenhamos todos a ajuda, a proteção e a vontade para fazer uma mudança definitiva
em nossos sentimentos, em nossa mente e em nossa forma de atuar.
Queridos irmãos, do mais profundo de meu coração arranco estas palavras
que vêm de meu SER, para convidá-los a lutar, a trabalhar para o bem da
humanidade, para o bem da Obra do PAI como verdadeiros soldados da Era de
AQUÁRIO.
Não esqueçam, queridos irmãos, que:
- O PAI Interno nos ama muito.
- A DIVINA MÃE KUNDALINI, em todo instante e momento, busca resgatar-
nos.
- O CRISTO necessita de nós para resgatar à humanidade.
- Nosso SANTO GURU nos ajuda a interpretar a Mensagem.
- O SACRATÍSSIMO ESPÍRITO SANTO nos dá a Vontade e a Força para seguir
o Caminho.

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- O SENHOR JEHOVÁ dos Exércitos nos ajuda com a integração de todas as
partes autônomas de nosso DEUS Interno.
- Os Veneráveis Mestres da BENDITA LOJA BRANCA velam, dia e noite, por
nós e nos afastam dos lugares e momentos onde podemos cair.
- Os Deuses da Terra, com seus exércitos de elementais, nos ajudam a superar
nossa má vontade e nos curam.
- Os Deuses da Água, com seus elementais, limpam os centros que necessitamos
para praticar a Divina Alquimia.
- Os Deuses do Ar, com seus elementais, limpam os nossos centros e sentidos
permitindo-nos o despertar de nossa Consciência.
- Os Deuses do Fogo, com seus elementais, trabalham intensamente ajudando-nos
em nossas próprias purificações.
- Os Deuses do Éter, com seus elementais, nos ajudam a conquistar nosso quinto
elemento, fundamento da Obra que todos estamos fazendo na Era de Aquário.

Queridos irmãos Gnósticos, é o momento de enaltecer nosso Espírito para


poder romper as barreiras do inimigo secreto e voar como as aves do espaço aos
cumes mais altos do Universo e dali olhar, contemplar a grandeza de nosso
Universo interior e físico, e talvez com o coração partido de ver a pobre
humanidade andando em busca de algo impossível, por não compreender que só
há um caminho, o caminho do CRISTO.
Destas alturas da cúspide do Saber e do Ser, da Sabedoria e da Inteligência,
do Amor e da Compreensão, da Vontade e da Força, da Consciência e da Luz,
gritaremos todos: QUE VIVA O CRISTO! QUE VIVA O CRISTO! QUE VIVA
O CRISTO!

V. M. LAKHSMI

EL PARAÍSO, COLON, 11 de Maio de 1995 - ÀS MÃES

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Viajei por meu mundo querendo encontrar palavras com as quais pudesse
expressar um sentir para as Mães.
Há muitas expressões dignas delas, porém que não alcançam preencher as
exigências que se devem ter para com as Mães.
Fui pelo mundo da imaginação e as vi rodeadas de seus filhos, de seus
esposos, de seus seres queridos, porém que nenhum deles dava o estímulo
espiritual e humano que elas merecem. Muitos presentes, muitas festas, porém
pouco Amor!
Eu me disse: “Se a mente não tem uma resposta para isto; se a imaginação
não encontra um lugar adequado para elas, onde busco algo que congratule a essas
mulheres que, com tanta dedicação, deram suas vidas à humanidade?”.
Enigma indecifrável! No qual não me restou senão um caminho para
encontrar essa resposta que afanosamente eu buscava; foi então quando recorri ao
meu mundo intuicional, buscando naquele imenso mundo de paradisíacas belezas,
de seres inefáveis, de ternura indecifrável, e perguntei: “Que palavras tenho para
as Mães neste dia?”. Que estranho fenômeno! Não tive nenhuma resposta.
Quis regressar com uma frustração no olhar, porém, ao sair daquelas mansões
de meu espaço intuicional, me encontrei com uma Anciã que me disse: “Por que
vais?”. E eu com minha voz entrecortada lhe respondi: “Estive no mundo da mente
buscando umas frases para as Mães em seu dia; encontrei muitas e belíssimas,
porém não preenchiam minhas aspirações”.
“Fui ao mundo de minha imaginação e ocorreu igual; quis vir ao meu mundo
intuicional e levar um presente para as Mães e não encontrei”.
E a Venerável Anciã me disse: “Tens razão, meu filho, não queiras satisfazer
todas as Mães com uma mesma frase porque elas, entre si, não são iguais e as
palavras para elas não podem ser iguais”.
“Eu represento a todas elas, portanto, dai-me essas palavras que eu, do meu
coração, as compartilharei neste dia com as Mães”.
Eu, nesse momento, integrando-me em meu sentir, exclamei com grande voz:
“Tu és minha Mãe, aquela mulher que me viu nascer, não nesta vida senão
em todas”.
“Essa mulher que me legou o SER”.

58
“Essa mulher que em meu coração fez que o CRISTO se gerasse”.
“Essa mulher que, vendo-me caído, sempre me reconhecia como seu filho”.
“Essa mulher que acompanhou todas as minhas mãezinhas nas dores do
parto; que deu fortaleza para que me amamentassem; que as inspirou amor para
ensinar-me e educar-me; que lhes deu uma ternura para cobrir-me com seus afetos
e carícias; que lhes inspirou, em sua Consciência, valor e resignação para aceitar-
me como tenho sido”.
“Essa mulher que vendo-me prostituído, semeou em meu coração uma
esperança de conseguir minha Redenção”.
“Essa mulher que se parece com todas as mãezinhas que tive neste mundo e
que só sua esbelta beleza, ternura e amor pode preencher todos os vazios que tenho
em minha mente, em meus sentimentos e em meu coração”.
“Esta insigne criatura que é capaz de renunciar à ternura, ao amor e à paz de
seu Divino Esposo para estar aqui comigo, esperando que, no mais profundo de
meu coração, nasça um verdadeiro arrependimento, que seja capaz de fazer-me
renunciar a todas as ociosidades deste mundo”.
“Essa é minha MÃE, a MÃE de todos vós, DEVI KUNDALINI!”.

V. M. LAKHSMI

MONASTÉRIO LUMEN DE LUMINE, 14 de Maio de 1995

Estando em silêncio, contemplando a vida, o campo e o espaço, senti em mim


uma voz que me dizia: “Quem és tu para que tentes penetrar em meu silêncio
profundo?”.
Fiquei desconcertado, não tive nem palavra, nem muito menos o que pensar
ao escutar tão enigmáticas palavras; porém quis seguir refletindo sobre o que

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anteriormente contemplava e me disse: “Este momento que vivo é parte de minha
vida, portanto, devo compreendê-lo, analisá-lo e estudá-lo, porque considero
injusto deixar passar um momento sem fazer uma análise de que estou frente à vida
e por sua vez também é justo perguntar-me: “Que relação existe em mim e este
campo?”.
Quis penetrar um pouco mais em minha reflexão e disse: “Este espaço tão
profundo e infinito que contemplo o que é para mim?”.
Neste instante voltei para escutar a voz que me dizia: “É demasiadamente
atrevido querer conhecer o que te propões”.
Eu me disse: “Estudar a vida em toda sua expansão é próprio de pessoas que
amamos”.
Olhando o espaço, vi muitas aves que voavam; olhando o campo vi árvores
imensas e me disse: “Algo temos entre nós e estas aves que voam, este campo e
bosque que me rodeiam, porém não entendo como fazer para compenetrar-me com
todos estes fenômenos”.
Resolvi sentar-me e entrar em um relaxamento um pouco mais profundo.
Quis sentir meu coração com seu palpitar, sentir o sangue que corria por minhas
veias e sentir o silêncio que estava mais além de minha reflexão...
Fui penetrando em meus vastos campos interiores; fui escutando o silêncio
do campo, onde se extasiavam os gênios da selva, instruíam suas criaturas
elementais; ouvi o rugir das nuvens no espaço, senti o êxtase pela liberdade; vi as
aves deslocarem-se livres sem o peso de uma razão e de uma vida mecânica cheia
de obstáculos que se vive neste convulsionado mundo.
Nesse momento compreendi que a vida, o campo e o espaço se uniam com
minha vida convidando-me a ser livre pela fé, pelo amor, pela contemplação.
Senti meu coração encher-se da Graça de meu SER Interno e deslocar-se por
um espaço sem complicações.
Senti a necessidade de ser fixo em meu Caminho, como a árvore que nasce,
cresce, envelhece e morre em um mesmo lugar, ou seja, sem mudar sua posição.
Senti que devia ser como essa árvore em minha decisão de permanecer com
minha vista fixa ao Sol, na espera de minha própria Redenção.

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Senti que devia ser como o campo que dá abrigo a todas as criaturas que ali
nascem, crescem e evoluem e que o campo não interfere em seu próprio destino...
Compreendi que devia ser como o espaço, sereno, tranquilo e profundo;
como a viva expressão de um DEUS que palpita em meu coração, símbolo da PAZ,
do AMOR e da COMPREENSÃO. A VIDA!

V. M. LAKHSMI

MONASTÉRIO LUMEN DE LUMINE, 19 de Maio de 1995

Queridos irmãos e irmãs que nos dispomos a percorrer este caminho de nossa
Redenção, vocês todos são testemunhos de um acontecimento Cósmico de muita
transcendência, apresentado pelo Adorável REDENTOR do Mundo, fato que,
naquela época, comoveu às consciências de todas as pessoas que o presenciaram.
Nele está representada a nobreza, o amor e a compreensão de um SER com
uma estrutura de DEUS e com um corpo de homem; o fez com a solenidade, a
compreensão e o amor próprios do FILHO de DEUS.
Naquela época todos recebíamos o primeiro choque consciente para que, com
base nisto, continuássemos o percurso pela vida perguntando-nos o que seria de
nós se DEUS-HOMEM não nos acompanhasse neste mundo onde as
circunstâncias quase nos obrigam a infringir a Lei.
Posteriormente, com o passar de muitos séculos, aparece em nosso caminho
um homem e DEUS com sua Mensagem, chamando-nos a refletir, convidando-nos
a deter a desordem moral e psicológica em que andamos e buscar um refúgio que
nos brinde uma segurança.
Este refúgio não é outro que o EVANGELHO CRÍSTICO e a Verdade
encarnada em nosso QUINTO SOL, para chamar-nos à reflexão e buscar dentro
de nossos próprios recônditos ao SOL que nos ilumina espiritualmente, que nos
mostra um passado tormentoso, um amanhã obscuro e um presente glorioso.

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Hoje é um dia em que se levantam as cortinas de uma obscuridade, que nos
deixam ver mais além do tempo e do espaço a possibilidade que temos de chegar
e conviver com aqueles homens e mulheres que, em um passado, também
conheceram épocas negras, tormentosas e que, graças ao valor, à compreensão e
ao amor, puderam elevar-se até mais além dos limites do mal e hoje convivem
conosco iluminando nosso caminho, acompanhando-nos em nossa Via-crúcis para
estabelecer-nos em condições melhores.
Espero que todos os aqui presentes digamos com o coração e com a Alma
um presente à este SOL que hoje nos ilumina, acompanhado de um eterno feminino
como símbolo de um triunfo, de uma força e de uma Luz que nos levará todos a
uma sobrevivência eterna.

V. M. LAKHSMI

MONASTÉRIO LUMEN DE LUMINE, Maio de 1995

Irmão... lembra-te que és um caminhante que avança sem Caminho; porque


és tu mesmo que fazes o Caminho.
Caminha direito, em linha reta; em cada passo que dês, despoja-te do que te
faz peso.
Tudo o que vejas em tua passagem, observa-o muito bem para que o
conheças, o compreendas.
Recorda que neste Caminho não deve haver regresso, portanto, não deixes
nada esquecido.
Procura pagar a cada um o que lhe deves, para que não te busquem em teu
Caminho, para cobrar-te.
Leva só o que necessitas, o que te sobra, presenteia-o aos necessitados.
Não digas a ninguém que teu Caminho é sem regresso, porque talvez os que
te amam muito, não queiram que os deixes, tentarão impedir-te o passo.

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Dá a todo mundo, na tua passagem, um sorriso para que eles digam que este
viajante vai feliz, não importa que teu coração esteja sangrando.
Bebe a cada dia da fonte da Sabedoria para que em teu Caminho não te dê
sede.
Nas noites estreladas, trata de descansar em paz, à aurora de cada dia continua
tua viagem.
Nunca digas: “Hoje descanso”, porque ainda não chegastes ao teu lugar.
Em teu Caminho, não observes o pecado de ninguém, olha a virtude de todos.
Se alguém se atravessa em teu Caminho, dá-lhe razão e segue.
A todos os que tu encontres em sentido contrário, não trate de convencer-lhes
de que regressem, para não perderes teu tempo inutilmente.
Dê-lhes de beber da fonte de Sabedoria e deixe-os que sigam seu caminho.
Observa teus sonhos cuidadosamente, a cada instante, para que compreendas
teus erros.
A ninguém digas que conheces a Verdade, ensina-lhe para que a conheçam.
Quando compartilhares com teus seres queridos e com teus achegados, não
digas que tu és sábio, fala da Sabedoria dos Sábios.
Quando fores por um caminho, faça-o só e se alguém vai contigo, observa
muito o que falas, observa muito onde pisas.
Quando tiveres uma dor, trata de ocultá-la, para que todos os que te vejam
não saibam que tu sofres.
Quando todos falarem, escuta; nunca censures, aprende.
Quando ensinares, cite sempre aos Sábios Deuses, para que teu ensinamento
sempre esteja atualizado com o que tivestes em outras épocas.
Quando orares, faça-o em silêncio.
Quando olhares a alguém, demonstra-lhe teu afeto.
Quando corrigires a alguém, demonstra-lhe teu amor e assim tua vida será
uma cátedra para aprender e um exemplo para todos os que tu ensinas.

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V. M. LAKHSMI

LOS DEVAS, PAIVA, 16 de Junho de 1995 - O


MATRIMÔNIO

É o encontro e a união de um homem e uma mulher que se compreendem,


que anteriormente se viram, se conheceram, começaram algumas relações
compartilhando suas idéias, seus pensamentos e sentimentos, com a esperança de
fazer uma vida feliz, de preparar na Terra o lar, ou seja, o coração dos dois, para
ali presenciar o nascimento do CRISTO SOL que virá como enviado de DEUS
para redimir um casal e mostrar o esplendor da aurora do amanhecer a uma família,
a uma comunidade e a uma sociedade.
Esse nascimento do MENINO DE OURO da Alquimia terá que acontecer em
meio do crepitar do pensamento humano; em meio das desavenças da vida; em
meio das investidas que o mundo faz para impedi-lo.
Homens e mulheres que aspiram formar um lar ou que talvez já o têm
formado, não desestimem esta oportunidade que tens, onde uma mulher pura e
santa se dispõe representar no lar esse ETERNO FEMININO com a dignidade, a
pureza e o respeito que DEUS exige para esta magistral Obra que tem que realizar
na Terra para dar amor, abrigo e proteção a esse filho alquímico e a esse esposo
que, talvez em meio dessas turbulentas águas da vida, se dispõe a representar esse
carpinteiro JOSÉ, Pai de nosso SALVADOR interior; assim, unidos em amor e
harmonia, se converterão naquela SAGRADA FAMÍLIA que fugirá em segredo
do Egito celestial, buscando segurança para esse filho amado.
Homens e mulheres Gnósticos que constituem o núcleo mais reduzido da
sociedade, o lar, em nome da verdade, em nome de nosso Salvador, em nome desta
Doutrina pura de meu Senhor, o CRISTO, vos convido, com os eflúvios de meu
coração, a empunhar o Cetro de Poder do PAI, a espada flamígera da Vontade e
manter no alto a Bandeira de nossa Liberação e não deixá-la macular pelas víboras
asquerosas da paixão, que desenfreadamente se lançam no caminho escabroso,
cheio de espinhos e de dificuldades dos Iniciados, para tentá-los e macular aquelas

64
vestiduras da Alma que com tanta dor e sofrimento a MÃE DIVINA e o PAI BEM-
AMADO nos ajudaram a elaborar.
Queridos irmãos em CRISTO, nestes precisos momentos, os Instrutores da
Humanidade, estamos ajudando a conduzir o povo pelo caminho ensinado pelo
SALVADOR do Mundo.
É nosso profundo anelo que neguem a si mesmos, tomem sua Cruz, tomem
seu caminho colérico e complacente, com a cabeça para cima, cheios de fé e de
amor, dispostos a dizer ao mundo e à multidão que vos perseguem: “Aqui vou em
minha Via-crúcis, cheio de esperança e de fé, em meu coração está o CRISTO,
porque em minha Vontade está minha Alma e porque em minha Consciência mora
o Espírito”.
“A meta que levo é a de chegar ao Céu para compartilhar a dita imutável de
meu ETERNO CRIADOR”.
Fora de nossos lares o ódio; fora de nossos lares a infidelidade; fora de nossos
lares as disputas; fora de nossos lares o látego; fora de nossos lares a traição; fora
de nossos lares a maledicência e a mentira.
Pedimos que em nossos lares reine a paz, o amor; reine a cordialidade; reine
a fidelidade, para que em nossos corações sempre esteja a compreensão; para que
em nossas mentes reine a sabedoria, porque sabemos que a Sabedoria e a
Compreensão nos dotarão de Amor.

O MATRIMÔNIO!

REPÚBLICA DOMINICANA, 7 de Julho de 1995 - À


HÉRCULES SANTUÁRIO

Um glorioso Templo emergiu das entranhas da terra como testemunho do


surgimento de uma graça de Amor e de uma Obra que, como uma pomba, nasce,
se empluma e voa.

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É a expressão da Luz, do Amor do Cristo e da Vontade de um povo, que
unidos os dois, se lançam à conquista dos valores conscientivos de seu Ser, para
fazer com que, neste afligido mundo a Obra de meu Senhor, o Cristo, se faça
fecunda no coração de homens e mulheres, que resignados e obedientes a uma
orientação e a uma Mensagem souberam perdurar.
Hércules Santuário, fazendo glória a seu nome, abriga em seu interior essas Águias
Rebeldes que empreenderam um vôo até os cumes mais altos do saber, com a firme
e sagrada resolução de encontrar aquela palavra perdida e falá-la com o verbo
criador dos Iniciados, fazendo estremecer as muralhas que oprimem um povo que,
por falta de coragem e de valor, deixa que o guardião do mundo, monstro diabólico
e perverso, destrua todos os valores conscientivos que nos servem para criar a
Alma.
Por isso, nós, estudantes gnósticos, destes degraus do Altar Sacro deste Templo,
elevamos aos Deuses Santos nossas preces em busca de ajuda e proteção para nos
mantermos fiéis e firmes na Obra Magna de nosso Hércules Interno; limpando
todos os nossos estábulos interiores dessas forças negativas e brutais que, como
bestas selvagens, tentam retirar-nos do Real Caminho.
Pelo triunfo da Obra de meu Senhor, o Cristo, na Terra, pelo triunfo da Obra
de meu Cristo Interno, pelo triunfo da Obra de todos vós, elevamos nossa prece ao
Altíssimo para que sejamos levados em conta nos planos divinos e poder
consolidar nossa Obra com o Resgate de um povo em um novo Êxodo, selando
assim um difícil trabalho, uma difícil Obra que em boa hora começamos, para o
bem da evolução do Planeta e da integração da Obra de todos nós com o Ser
Supremo.
Meu coração, preenchido de alegria, de amor e de fé, deixa este testemunho
ante vós e ante o Altar deste Templo para que, na posteridade, cada um de vós, em
proporção de sua compreensão e amor à Grande Obra, também como nós, dêem
testemunho da expressão viva de uma força divinal que, pousando na consciência
e no coração dos justos, revolucione a consciência, fazendo que seja capaz de fazer
possível o impossível:

De dar, para receber.


De amar, para ser amado.

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De perdoar, para ser perdoado.
De iluminar o caminho de outros, para que se ilumine seu próprio caminho.
De pedir àquele que tudo pode para ser ajudado.
De compreender antes de ser compreendido.
De dar a vida física para ganhar a vida espiritual.
De perder tudo para ganhar tudo.
De inspirar-se em Deus para que outros se inspirem na vida.
De dar bençãos a quem nos maltrata.
De perdoar a quem nos ofende.

... Quando todas estas coisas tenham sido feitas, nas noites escuras e estreladas,
decidido a Deus com todas as forças da alma, pedindo por todos os que executam
a maldade: “MEU DEUS! PERDOA-OS PORQUE NÃO SABEM O QUE
FAZEM”.

V. M. LAKHSMI

O DÉCIMO MISTÉRIO DA CRUZ

Meu filho, devereis recordar que o Criador te colocou em um paraíso para


gozar dele e te esqueceste de sua recomendação, pela qual foste lançado dali.
Te entregamos uma Mãe, a maltrataste.
Te entregamos um Pai, o desobedeceste.
Te entregamos um Filho, o abandonaste.
Te demos um amigo, o atraiçoaste.
Te demos uma esposa, não a compreendeste.
Te demos um Altar, o manchaste.

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Te demos Leis e não as cumpriste.
Te demos poderes, fizeste mal uso deles.
Te demos subordinados, os humilhaste.
Te demos um sentido da visão, viste o que não devias ver.
Te demos um sentido da audição, escutaste o que não devias escutar.
Te demos um sentido do olfato, sentiste os aromas sedutores.
Te demos um sentido do paladar, desgustate o que te fez perdição.
Te demos um sentido do tato, tocaste o que não devias tocar.
Te demos a palavra, maldisseste aos Santos, disseste mentiras e juraste em
falso.
Te demos amor, com ele te perverteste.
Te demos uma verdade, a tornaste mentira. Falaste o que devias calar.
Buscaste ao que te matava.
Te demos água, a sujaste.
Te demos ar, o contaminaste.
Te demos fogo, te queimaste.
Te demos terra, a semeaste mal.
Te demos leis, as violaste.
Te demos poder, humilhaste o débil.
Te colocamos no meio da humanidade, te desequilibraste.
Te demos dimensões para que nelas vivesse, e em todas fizeste um reinado.
Te colocamos no caminho de tua própria redenção, saíste dele e marchaste
ao abismo.
Te demos uma cruz para tua redenção, nela morreste porém não ressuscitaste.
Te nomeamos rei da natureza, destruíste a todas as criaturas menores e
maltrataste a essa Mãe.

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Vendo-te assim, mando teu Filho, o CRISTO, para redimir-te e tu, meu filho,
no lugar de ouvir-lhe, aprender dele e arrepender-te, te uniste com os traidores que
lhe maltrataram e fizeste igual.
Te fizemos rei da natureza, fizeste um império da vida.

V. M. LAKHSMI

MONASTÉRIO LUMEN DE LUMINE, Novembro de 1995

Neste lugar Sagrado onde se cristaliza a luz que se desprendeu da luz, para dar-nos
uma claridade em nosso Caminho e compartilhar com as sedentas almas que
buscam DEUS nos recônditos de seu coração compartilhando uma Doutrina, uma
Mensagem como fiel testemunho do desejo que temos de nossa própria Redenção.
Seja este momento para dirigir-me a vocês, deixando esculpido em suas
consciências meus agradecimentos e sinceros sentimentos de gratidão e apreço, e
exortá-los ao trabalho unido, disciplinado e responsável para poder integrar em
uma unidade, uma Instituição, um povo, unidos por uma DOUTRINA, pelo Amor
e pela Compreensão; afastando todos os falsos impostores que, de uma forma
egoísta e personalista, podem aparecer manchando nossa Magna Obra e dando
possível oportunidade a que se repitam eventos negativos e desastrosos que outrora
nos tocara viver.
Do mais profundo de meu coração elevo minhas preces ao Altíssimo pedindo a
consolidação deste povo, para que, de uma forma sólida, assumamos nossas
próprias responsabilidades, frente a DEUS, frente à Humanidade, frente ao Povo
Gnóstico e frente a nós mesmos.
“Que o Poder e a Graça de nosso SENHOR, o CRISTO, vos bendiga e encha de
eterna paz!”.

V. M. LAKHSMI

69
MENSAGEM DE NATAL 1995

Ao Povo Gnóstico aqui reunido dirijo-me, pois celebrar-se-á neste dia a


memória de um acontecimento Cósmico que, nas diferentes idades ou épocas, vem
acompanhando o ser humano como um eterno agora; o drama que se processa no
coração de toda pessoa que toma o caminho de sua própria redenção e nós o
presenciamos com um imenso júbilo em nossos corações.
Aspiramos que um dia, não muito distante, este nascimento do REDENTOR
do Mundo se faça no coração dos homens e das mulheres que, com compreensão,
tenacidade e amor tenham sido capazes de levar essa CRUZ que o CRISTO nos
deixou como o troféu da Vitória e como testemunho que nela está nossa Redenção.

“Eu vi uma estrela no céu..., com uma deslumbrante Luz que cegava meus
olhos; deslocava-me a distintos lugares deste Planeta, olhava o Céu e sempre a via
frente a mim...”.
“Perguntava-me... se era eu quem a olhava ou era ela que me seguia em meu
caminho, e compreendi que nos dois havia um interesse de comunicar-nos entre
si...”.
“Vi que eu era a sombra dela; senti-me envergonhado e pesaroso de tão
negativa expressão que eu fazia ante ela”.
“Quis fugir para algum lugar, esconder-me, porém logo que olhava ao céu, a
via. Escondia-me nas cavernas da vida mecânica e miserável que levava e ali
refletia-se mais minha própria sombra”.
“Era terrível meu desespero querendo ocultar o que não podia; espantosos
momentos. Dormia com minha própria sombra; andava pelos campos e ruas e a
única coisa que projetava meus olhares, pensamentos e palavras era essa sombra
mal cheirosa, suja e desordenada de minha própria maldade interior...”.
“Entretanto, essa estrela seguia meus passos; haviam momentos em que eu
não podia deter a inquietude de olhar o firmamento e, ao vê-la com sua fulgurante
beleza, quase sentia-me atormentado em saber que não podia despojar-me de
minha própria nulidade para que ela brilhasse em mim também”.
70
“Que momentos de desânimo, desconcerto e de tristeza, ao saber que o que
não me permitia fazê-lo era justamente o impedimento psicológico, meus apegos
ao mundo, meus extrovertidos defeitos e meus introvertidos instintos de barbárie,
lascívia e maldade que eram para mim o reconhecimento de meus próprios infernos
submersos!”.
“Fui compreendendo que aquela estrela que sempre me iluminava, em seu
palpitar me dizia que não fugisse, porque onde eu fosse ela me seguiria. Não vi
outro caminho para seguir, senão resolver buscar o caminho que meu REDENTOR
me assinalava. Esse caminho rochoso, inóspito e solitário onde se encontram os
espinhos que mais adiante utilizarão os inimigos do Senhor para coroá-lo e declará-
lo REI DO MUNDO”.
“Aqueles espinhos que feriram as têmporas do REDENTOR, que aos
pecadores feriram as carnes e que os impossibilitam de continuar o caminho... Fui
compreendendo que, neste caminho, algum dia, encontraria com meu próprio
NASCIMENTO”.
“Avançando nas noites obscuras, com os redemoinhos dos elementos e das
tormentas da mente, vi nascer aquele MELCHIOR alquímico que em sua direita
levava um pequeno cofre guardando alguns grãos de Incenso da Oração; seu rosto
era negro; seu sorriso muito sereno, de um olhar profundo que olhava para o
desconhecido”.
“Momentos de exaltação espiritual e de cenas comovedoras se expressavam
em meu caminho de Anacoreta e Faquir; inexplicáveis perguntas me fazia
querendo ter respostas do que não me era permitido saber, porém confiava que, em
meu caminho, nunca desfaleceria”.
“Uma manhã ensolarada, senti um viajante desconhecido que saia de mim e
empreendia um caminho como se ele se afastasse de mim ou eu dele, deixando em
meus sentimentos uma terrível solidão. Foi um dia de nostalgias e tristezas em
minha alma; eu esperava com ansiedade e nostalgias o anoitecer. Minhas perguntas
seguiam sem respostas, porém resignado ante o veredicto que me dera”.
“Foi assim entrando a noite e não pude deter minhas lágrimas e resolvi olhar
o firmamento estrelado e vi novamente aquela estrela que cintilava alegremente
ante meus olhos. Detive-me a contemplá-la, a pedir-lhe que iluminasse mais meu

71
caminho. Ali foi quando vi que aquele estranho viajante que de mim se havia
desprendido, ia até ela...”.
“Um homem branco, loiro, de olhos azuis penetrantes, afanosamente
caminhava. Quis saber de quem se tratava,... impossível ter resposta. Apesar da
distância, mostrou-me um estranho braseirinho no qual lançava uns grãos de mirra
que adocicavam o ambiente, convidando-me à reflexão, à contemplação e à
mística...”.
“Não tive mais respostas e fiquei aquela noite contemplando meus espaços
interiores, querendo ver, dentro de mim, minha própria estrela interior, porém
IMPOSSÍVEL! Meus esforços não surtiam nenhum efeito. Assim foi que, já
esgotado e cansado, encostei minha cabeça no duro travesseiro com a finalidade
de recuperar as energias para as atividades de um novo amanhecer. Ali foi onde
compreendi que em meu caminho havia aparecido um novo personagem com seu
cofre, carregando as mirras da alquimia, do mercúrio da mente,... era GASPAR
alquímico, o qual se dispunha a aproximar-se daquele Cósmico acontecimento que,
passo a passo, se aproximava”.
“Não terminaram em meu coração as nostalgias de uma solidão pertinaz e
não era possível ter respostas sobre aqueles estranhos episódios, eu guardava um
profundo silêncio; só me dizia: MEU DEUS, FAÇA-SE EM MIM SUA SANTA
VONTADE!”.
“Os dias passavam, muitos amigos se distanciavam, muitas pessoas
apareciam em meu caminho; tanto para elas como para mim só existiam enigmas
indecifráveis, apreciações ambíguas que não tinham nenhum valor na realidade do
que estava acontecendo”.
“Qualquer dia de nostalgia e de dor, quis retirar-me ao Templo para estar
mais seguro. Dali ouvia às pessoas falando, conjeturando sobre diferentes tópicos
da vida. Dizia-me: «Estes estão felizes e contentes, eu estou aqui no Templo
afligido e dolorido, querendo falar do que não devo, calando o que não
compreendi, despedindo de um passado tenebroso e esperando um futuro
desconhecido»“.
“O que será de minha vida? O que será de tantos ensinamentos que dei, sem
tê-los compreendido? O que será das pessoas que me acompanham e que não
sabem nem entendem o que eu estou sentindo? Este enigma permanecerá em mim

72
por toda minha existência? Poderei explicar-lhes algum dia com respostas justas e
claras?”.
“Foi assim como veio a meu corpo uma pequena brisa que acalmou meu
agitado coração e vi pousar no Altar do Templo uma estranha Luz e de meu
coração saía outro estranho personagem dirigindo-se à Luz que suavemente
pousava na Ara Sacra. Este estranho personagem de cabelo ruivo, de cor de ouro,
levava um estranho cofre com uns grãos de ouro, tão brilhantes como o luzeiro da
manhã. Nesse momento minha Alma se extasiou e compreendi que havia aparecido
o BALTAZAR alquímico, símbolo vivente da pérola seminal”.
“Momentos de exaltação espiritual de indescritível beleza para a Alma de um
arrependido,... Foi ali quando pude ver a estrela que cintilava no firmamento.
Havia sido visitado por meu MELCHIOR, meu GASPAR e meu BALTAZAR
alquímicos; que minha MÃE DIVINA, DEVI KUNDALINI, junto com meu
Protótipo Espiritual do PAI, se faziam presentes em meu coração com o MENINO
ALQUÍMICO de minha OBRA, ou seja, o NATAL expressava em um
acontecimento transcendental, individual e humano”.
“É ali onde começa minha viagem por meus espaços internos, fugindo dos
elementos que, avivados por meu Caifás interior (Má Vontade), meu Pilatos
interior (A Mente), meu Judas interior (A Paixão), incitavam minhas multidões
egóicas a causar qualquer dano à indefesa criatura que, no meu coração, levava”.
“Momentos difíceis, momentos de reflexão, momentos de dor e de suma
responsabilidade para responder ao TODO-PODEROSO pela Missão
encomendada de ajudar a que o CRISTO se fizesse HOMEM”.
Para todos vós que assistis a este NATAL no Templo, meus mais sinceros
votos para que a ESTRELA DE BELÉM também ilumine vossos caminhos para
conseguir vosso próprio NATAL.

V. M. LAKHSMI

TEMPLO LUMEN DE LUMINE, 31 de Dezembro de 1995

73
Assim é a vida, um ano que se vai, um dia que chega...
A vida continua com boas ou com más respostas para nosso difuso porvir...
Qual foi minha atitude no ano que passou?
Qual será minha compreensão para tantas esperanças que tenho no ano que
se avizinha?
Tive uma atitude séria frente a mim, frente a DEUS e frente à humanidade?
Será certo que algo novo se avizinha? Ou simplesmente serão dias e noites
que não me darão respostas explicáveis?
Não será que estou pensando igual a outros, esperando que me paguem o que
já foi ganho?
Não será que o que se vai seguir processando em minha vida não são mais
que minutos, horas, dias, meses e anos, repetindo em meu destino um
obscurantismo cheio de nostalgias e ambíguas esperanças, levando-me a pensar
que neste ano não houve nada bom, porém que no entrante sim, sem compreender
que isto não é outra coisa que esperanças que escapam de meu próprio sepulcro
onde se passa a vida sonhando que estou vivo?
É a nostalgia que se apodera da mente daqueles que crêem que o amanhã nos
resolverá o problema do que hoje não fizemos, e não é mais que o encontro de nós
com um tempo perdido...
É o momento de levantar-nos e compreender que para andar é necessário
despertar.
Para continuar a vida é necessário encontrarmos com a morte.
Para ser amados, temos que amar.
Para receber, temos que dar.
Para ser compreendidos, temos que compreender.
Para ser perdoados, temos que perdoar...
É o momento que em nossas vidas se processe o elemento de mudança que
nos permita encontrar o caminho que cada um de nós deve seguir.
É o caminho secreto; é o caminho individual.
É o caminho da Vida; é o caminho da Morte.

74
É o caminho da mansidão da pomba; é o caminho da malícia da serpente.
É o caminho da águia que se eleva às alturas; é o caminho da inteligência do
Espírito.
É o caminho da liberdade que nos eleva às alturas mostrando-nos a
segurança.
Este trabalho temos que evocá-lo, temos que fazê-lo, temos que criá-lo para
poder estarmos mais próximos, a cada dia, da verdade, DEUS!

V. M. LAKHSMI

75
CARTA AO POVO GNÓSTICO DO PERU, 19 de Janeiro
de 1996

Queridos irmãos gnósticos, recebam todos minhas saudações gnósticas e


meus votos para que os eflúvios do Pai muito amado estejam chegando a seus
corações.
Irmãos, chegou o momento de fazer profundas reflexões sobre a Obra que
cada um deve realizar em si mesmo.
É necessário compreender que se não realizamos uma mudança radical em
nossas vidas, estaríamos totalmente perdidos. Nós, os estudantes Gnósticos,
devemos fazer verdadeiros super-esforços em nosso diário viver para sairmos de
todos os padrões que o mundo e a sociedade nos impõe.
Não esqueçam, irmãos, que quem não é capaz de desligar-se de uma vida
ilícita, desordenada, não pode ingressar à Luz de Aquário. Os bêbados, os
homossexuais, os ladrões, os caluniadores, os que odeiam, os que abusam da
justiça, os avarentos, os idólatras, os que maltratam o débil, os que não têm
caridade, os que corrompem às crianças, os que não amam a DEUS sobre todas as
coisas, os que juram em vão ou seja os mentirosos, os que não santificam as festas
do coração, os que não honram seu Pai e sua Mãe, os que matam a vida, os que
fornicam, os que roubam, os que levantam falsos testemunhos, os que desejam a
mulher e o homem alheio, os que cobiçam, em uma palavra, os VIOLADORES
DA LEI, estes serão arrojados, não poderão ingressar nos planos Divinos até a
LUZ DE AQUÁRIO, onde terá que brilhar o acontecimento Cósmico do
nascimento de uma nova progênie humana com o olhar em um futuro, ter uma
Idade de Ouro como testemunho do TRIUNFO DO CRISTO NA TERRA.
Vos convido, irmãos, a integrar-nos com a grande realidade e abrirmos
caminho por meio das turbulentas águas da vida que arrastam nestes momentos
uma humanidade que sucumbiu dentro de seu próprio caos e que não deixou senão
um mundo cheio de dor, de perversidade, de maldade e que nós, como
conhecedores do Real Caminho, não podemos seguir compartilhando com a tirania
que tem destruído na Terra a Obra dos Deuses.

76
É a vocês que me dirijo para que neste 4 de Fevereiro, ANO NOVO
GNÓSTICO, reflitam sobre o lugar que aspiramos ocupar diante de DEUS, diante
da Sociedade e diante do Cosmos.
A Obra de meu senhor, o CRISTO, terá que brilhar vitoriosa no coração dos
arrependidos, dos homens e das mulheres que, com os olhos da alma, puderam ver
e com a Consciência, compreender a terrível nulidade que fervilha nestes sistemas
decadentes e degenerados de uma sociedade que, por sua perversidade e maldade,
terá, dentre em pouco, que rodar ao abismo.
Que vosso Pai e vossa Divina Mãe vos bendigam e que a Luz do Cristo
ilumine vosso coração.

PAZ INVERENCIAL

V. M. LAKHSMI

MONASTÉRIO LUMEN DE LUMINE, 19 de Fevereiro de


1996

Neste dia de augúrios espirituais, nos dispomos a apresentar diante de um


grupo de homens e mulheres conscientes do momento que a humanidade se
encontra, e com a esperança de que um dia não muito longe o CRISTO SOL
fecunde nossa natureza, a qual permitirá o nascimento de um processo Espiritual
em cada um de nós.
O CRISTO SOL, cheio de esperança, de luz e de Amor, nos convida a um
recolhimento onde cada um de nós possamos apresentar ao eterno Pai esta
magistral Obra como testemunho de um povo amante da Luz, da Sabedoria e de
DEUS que foi capaz de romper todos os esquemas que envolvem esta sociedade.
É a reflexão de um homem, é a inspiração de DEUS e é o fruto de uma Mãe
os que se irmanam em um eterno agora para fecundar nossos corações para dizer-
nos a todos: “Irmãos, SIM PODEMOS!”.

77
Portanto, avancemos todos até aquele ponto onde converge a necessidade de
empreender uma viagem que não terá regresso, porque conseguimos nos situar
frente a um mandato de DEUS e a uma necessidade do homem.
A Natureza nos espera para lutar com ela na supervivência, nos tempos do
fim.
A MÃE KUNDALINI nos espera para empreender com ela a sublimação do
Amor que, convertido em Valores Eternos e méritos do Coração, nos converterá
em autênticos Filhos de DEUS.
CRISTO nos espera para que, juntos a Ele, marchemos pelo rochoso caminho de
nosso deserto interior até o Calvário de nossa própria Redenção.
O ESPÍRITO SANTO nos espera para que, com nosso Verbo Sagrado, rompamos
as barreiras que o mundo nos coloca e convertamos a Morte em Vida.
O PAI nos espera para que, com seu Filho amado, o CRISTO, lhe digamos:
“Faça-se Tua Vontade, assim na Terra como no Céu”.
E assim este conúbio de vivências, de amor e de fé, nos converte todos em
obreiros conhecedores de todos os ramos do saber e impregna nossos corações,
nossos lares e nossas comunidades em uma GNOSIS de Escola, de Igreja e de
Colégio para beneplácito dos Deuses Santos que vivem na Terra a ensinar-nos,
orientar-nos, dirigir-nos e amar-nos.

O OBREIRO DE DEUS!

V. M. LAKHSMI

EL PARAÍSO, COLON, 8 de Março de 1996 - ÀS DAMAS


NO DIA INTERNACIONAL DA MULHER

78
Queridas Irmãs, a vocês me dirijo em nome de minha DIVINA MÃE
KUNDALINI, para agradecer-lhes tudo o que fazem por mim, pela OBRA do PAI
e pela humanidade.
Encontrando-me no estado de VARUT-SUNYATA, contemplando o
centelhar das estrelas, sentindo a brisa que cobre as montanhas e vendo a
profundidade do Universo, como a vida em seu livre movimento, eu perguntei a
minha MÃE: “Haverá algo no mundo que eu posso comparar com este momento
e com o que sinto?”.
Vi minha MÃE que se passava por um vergel florido, contemplando também
meu embelecido coração, cheio de agradável paz e de exaltados sentimentos.
A vi como se se afastasse de mim, porém não foi assim; simplesmente o fazia
para posteriormente regressar, trazendo uma companhia que igualasse meu
momento de contemplação, de êxtase e adoração, era algo singular, era uma
mulher, que em seu coração e em sua beleza encarnava os encantos de minha MÃE,
de minha filha, de minha amiga.
Era uma ÍSIS! Uma Vestal que escapava, por sua ternura e sua beleza, de
todas as apreciações que nós, míseros humanos, podemos fazer de uma criatura
que reúna em seu físico, em seu coração e em sua Alma, para nós podermos lhe
dizer: “É o maior, o mais sublime que fez o CRIADOR, para que nós suportemos
esta curta vida com DEUS, com a MÃE, com a Natureza e sentir-nos tomados
desse hálito de vida que nos leva da Terra ao Céu, alentados pelo amor, pelo
carinho, pela Paz”.

ESSA É A MULHER!

V. M. LAKHSMI

LA GRITA, 3 de Abril de 1996 - ASSEMBLÉIA


NACIONAL DE DAMAS GNÓSTICAS

79
A vocês me dirijo para saudá-las em nome de minha Divina Mãe Devi
Kundalini e exortá-las para que façam desta Assembléia um acontecimento
memorável, que guardem nos arquivos de nossa Instituição e na Consciência de
todos vocês uma memória de algo que foi de vital importância para nossa Sagrada
Instituição e para o Povo Gnóstico, que nestes momentos nos propomos valorar o
ensinamento Crístico dado pelo CRISTO e pelo Avatara de Aquário.
Irmãs, eu sei que é muito difícil poder encontrar pensamentos ou frases para
expressá-las a uma mulher que soube tomar o caminho de sua própria Redenção.
Mulheres assim são rainhas que expressam em seu rosto, em seus olhares e
em seus sentimentos a ternura de uma mãe que tem em seu interior a Sapiência e
uma fonte de amor inesgotável para impregnar com ele, o coração do homem, de
seus filhos e da humanidade que não encontrou em seu caminho uma alma que a
faça sentir em seu interior a razão de viver.
São vocês, queridas irmãs, a IGREJA GNÓSTICA são vocês, queridas irmãs,
as que terão que levantar ao alto a BANDEIRA GNÓSTICA e com seu amor, com
sua compreensão e destreza, assinalar aos homens o Caminho que, por certo, é
muito difícil de percorrer.
Indicando que esse Caminho, através das diferentes idades, o tiveram que
percorrer os ARHATS que se lançaram à Via-crúcis, que ajudaram sua própria
Redenção.
São vocês, queridas irmãs, as que hoje em dia farão honra à Era de Aquário,
exaltando o amor para o homem, seus filhos. Exaltem a Sabedoria!
O Amor e a Sabedoria são a expressão viva de um Pai Bendito que nos ama,
de uma Mãe Adorável que nos guia no Caminho para que no coração de uma nova
progênie humana se elabore o altar onde oficiarão os Sacerdotes da nova Era,
expressando seu valor de homens solares e a mulher expressando a ternura, a
compreensão, o Amor, símbolo de uma Obra que se veio realizando em meio às
convulsionadas águas de um mundo descomposto sem Amor e sem Fé; em meio
aos turbilhões de uma mente sediciosa, cheia de lascívia e de maldade que reduziu
a capacidade dos homens de outrora que brilharam no mundo e que foram os
habitantes de um Olimpo vitorioso, que foram os discípulos de Apolo, que foram
os imitadores de Hércules, que encarnaram em seu interior a Sabedoria de Atenas,
a Sapiência da Pérsia, a galhardia da Grécia, os Mistérios Kabalísticos do Egito e

80
que, por uma decadência moral, mental e espiritual, hoje em dia, só contemplamos
nossas ruínas e cheios de covardia, de infâmia e de dor nos lançamos uns contra os
outros a nos destruir, já que os muros que representam nossas Culturas Serpentinas
foram corroídos pelo tempo mal aproveitado, e não surgiu até hoje outra Cultura
Solar que implante neste afligido mundo as fortalezas que necessitamos para, daí,
dirigir os destinos de uma humanidade que terá que servir de base para a formação
de uma nova progênie humana solvente de moral, solvente de força, solvente de
poder, para lutar contra o império tenebroso, decadente e miserável que formou as
hostes tenebrosas com uma obscuridade que não permite que o ser humano veja
em si sua própria nulidade, suas roupas cheias de podridão e de miséria pela
lascívia, suas carnes desgarradas pelo pecado espantoso que cometemos contra a
vida.
Nossa mente invadida por uns vermes de imperfeitos eus horripilantes e
imundos; por uma psique destruída, cheia de um esnobismo fantasioso incapaz,
como já se disse, de deixar-nos ver por qual caminho andamos, com quem andamos
e até que lugar vamos.
Aproveito esta oportunidade para dizer a todas vós: “Que viva a revolução
da Consciência! Que viva e palpite em cada um de nós a inconformidade que
sentimos ao compartilhar com um mundo corrompido que de uma forma vil e
covarde cegou a consciência de nossos pais, de nossos filhos, de nossos irmãos e,
algo pior e demasiadamente triste, nossa própria Consciência!”.
Portanto, nesta Grande Assembléia de Damas Gnósticas dizemos: “Pela
conquista de nosso Ser, lancemo-nos à Batalha! À Batalha! À Batalha!”.

PAZ INVERENCIAL!

V. M. LAKHSMI
MONASTÉRIO LUMEN DE LUMINE, 4 de Abril de 1996

Queridos irmãos em CRISTO, seja este o momento de expressar, através


destas linhas, meus mais nobres sentimentos de gratidão e de amor por este povo
que, dia a dia, nos segue acompanhando como testemunho do amor que sentimos

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por uma Doutrina que, por emanação Divina, nos é entregue e que este povo, como
fiel intérprete da mesma, hoje se reúne conosco para dizer um presente a meu
SENHOR, o CRISTO, que neste dia e nesta semana nos convida a refletir sobre
este magno acontecimento que apresentou um Homem galhardo, sábio, nobre e
puro que com seu exemplo e com sua vida derrotou as envilecidas multidões
satânicas que se encontraram naquele lugar para destruir-lhe, humilhar-lhe e matar-
lhe; daí, este Homem, feito DEUS, lançava nesse momento as confianças mais
extraordinárias que hoje palpitam em nosso próprio drama.
Como: “Ai de ti Jerusalém por não ter recebido meus ensinamentos e não ter
me recebido, não ficará pedra sobre pedra”.
A seus Discípulos: “Orai a vosso Pai para que não caias em tentação”.
Como: “Amai-vos uns aos outros”.
Como: “Perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”.
Como: “Hoje estarás comigo no Paraíso”.
Como: “Mãe eis aqui teu Filho, Filho eis aqui tua Mãe”.
Como: “Pai, por que me abandonaste?”.
Como: “Tenho sede”.
E dali selou sua vitória dizendo: “Tudo está consumado”.
Entregou-se ao ESPÍRITO e retirou-se do mundo descomposto, de um
mundo injusto, de uma sociedade sem alma, sem fé, cheia de orgulho, de soberba
e de miséria.
Baixou ao sepulcro e dali saiu para estar mais próximo dos Homens e
Mulheres que aceitaram sua Doutrina, que aceitaram a quem o enviou.
Hoje em dia, nós os Gnósticos, nos propomos a encarnar sua Doutrina, seus
Ensinamentos, porém é necessário que dentro de nosso próprio interior morram os
sistemas que foram criados pelos tenebrosos que dilaceram e destroem a pouca
consciência que ainda resta em alguns homens e mulheres que puderam sobreviver
nos duros combates a que somos submetidos de momento a momento por uma
mente sensual, instintiva e brutal; pelas componendas ou códigos de ética moral
que os reis do mundo impõem aos pobres infelizes homens que caem como vítimas
em suas garras.

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Hoje dizemos neste Monastério Gnóstico, Lumen de Lumine, cheios de Fé,
cheios de Amor e Força: “Que viva o Cristo! Que viva Samael Aun Weor! Que
viva a Era de Aquário e portanto, que vivam os Homens e as Mulheres que
compreenderam a necessidade de uma mudança radical em nossas vidas como
testemunho de nossa adesão a Deus e rechaço total aos impérios tenebrosos deste
mundo”.

PAZ INVERENCIAL!

V. M. LAKHSMI

REPÚBLICA DOMINICANA, 30 de Abril de 1996 -


HÉRCULES SANTUÁRIO - RECITAL

No amanhecer de um dia primaveril, contemplando o colorido das flores e o


orvalho aderido às folhas; as flores esperando o sol com seu aumentado vigor, o
orvalho em espera de sua evaporação; as flores brindando um espetáculo ao campo
e as pequenas gotas esperando elevar-se para converter-se em gotas de uma
posterior chuva, eu me dizia:
“Estas gotinhas de água evaporam com a saída do sol, estas flores aumentam
sua cor. Meu organismo aviva para começar minha tarefa, porém, que dor! Passa
o dia e chega a noite e não vejo que a Obra do Sol gere criaturas para elevar e
engrandecer este mundo, talvez o contrário, cada dia se murcham mais as ilusões
ao ver retroceder a esperança humana”.
Noites de lua, noites estreladas nos chamam à reflexão; dias ensolarados que
passam por nossa mente sem deixar uma pegada que incentive o coração humano.
Parece natural que as pessoas repitam cada dia as mesmas tarefas de que suas
funções vitais cessem algum dia para descansar; funções biológicas que nada
enaltecem ao Espírito, senão o contrário, envelhecem até convertê-lo em um

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organismo inerte, morto e descomposto digno de dizer ao mundo: “Aí te deixo o
que fiz, aí te deixo o que fui, nada levo”.
O mais triste é que, para apresentar-se diante do Ser Supremo, não tem Obras
dignificantes que através dos esforços e trabalhos conscientivos tenha feito, para
poder dizer: “Meu Deus! Cessaram minhas funções vitais, ao mundo deixei o que
lhe correspondia e a ti trago teus frutos: Um Homem Solar!”.
Os dias passam, as noites passam, o Homem Real não passa, ele fica,
testemunhando que ao Filho do Homem a morte não o arrasa, porque sempre se
manterá ativo e arrogante, umas vezes com funções orgânicas vigentes, outras
vezes com funções Espirituais inorgânicas.
Assim, querido leitor, é necessário cantar às estrelas súplicas de Amor em
recompensa pelo colorido que nos dão; é necessário fincar-nos diante do Sol
dando-nos graças pela luz e calor que nos brinda.
É necessário rimar nossas estrofes de melodiosas canções aos campos,
demonstrando-lhes que somos parte deles.
É necessário que de nosso inspirado coração saiam os mais nobres sentimentos de
gratidão e Amor para aqueles Deuses inefáveis que chegaram até nós para ensinar-
nos.
É necessário que lancemos ao espaço suspiros cheios de harmonia e de graça para
que pousem nos doloridos corações de uma pobre humanidade, que arrastados por
um ódio fratricida sem DEUS e sem Graça se lançam a sua própria destruição.
Momentos houveram que dos cumes majestosos do Olimpo, chegaram aromas
puros daquelas donzelas que presenciaram o amanhecer em nosso universo.
Elas contudo, e apesar de tudo, guardam em seus corações a esperança de que aqui
em nosso afligido mundo hajam almas revestidas de valor e de coragem dispostos
a levantar-se e empreender aquela simbólica viagem, levando em suas consciências
as recordações de momentos difíceis e de histórias que passaram deixando um
coração ensanguentado de um amor que não teve resposta, de uma humanidade
que sucumbiu, que não teve o valor de interpor-se diante das arremetidas do mundo
corrompido que destrói todas as possibilidades de uma Redenção humana.

84
SUMÁRIO
FRASES ...................................................................................................................... 2
AS SETE REGRAS DE UM PAI ............................................................................. 3
AS DEZ REGRAS DE OURO PARA UMA COMUNIDADE ............................. 4
PLEGÁRIA PELA PAZ ........................................................................................... 5
AS CINCO REGRAS ................................................................................................ 5
MONASTÉRIO LUMEN DE LUMINE, 03 de Maio de 1981. ............................. 6
TEMPLO LUMEN DE LUMINE - ANEDOTA .................................................... 7
EL PARAÍSO, COLON - O CAMINHO ................................................................ 9
COMUNIDADE LA CUMBRE, TEMPLO ADONAI - FALANDO COM MEUS
SENTIMENTOS...................................................................................................... 11
O HOMEM EM SEU CAMINHO ......................................................................... 12
A CIDADE DA PAZ................................................................................................ 14
MONASTÉRIO LUMEN DE LUMINE – ANEDOTA ....................................... 17
REFLEXÃO - Abril de 1991 .................................................................................. 18
MONASTÉRIO LUMEN DE LUMINE, Setembro de 1991 - CRENÇAS E
FANATISMOS ........................................................................................................ 20
MONASTÉRIO LUMEN DE LUMINE, Fevereiro de 1992 - BUSCA EM
SILÊNCIO ............................................................................................................... 22
MONASTÉRIO LUMEN DE LUMINE, Março de 1992 - A VIDA NO
HUMANÓIDE ......................................................................................................... 26
COMUNIDADE EL PARAÍSO, COLON, 20 de Março de 1992 - ORFANATO
SAMAEL AUN WEOR .......................................................................................... 29
TERRA DO FOGO, 27 de Novembro de 1992 ..................................................... 30
LOS DEVAS, PAIVA, 3 De Janeiro de 1993 - O CAMINHO DA
CONTEMPLAÇÃO ................................................................................................ 31
MENSAGEM DE ANO NOVO ............................................................................. 33
COMUNIDADE LA CUMBRE, YARACUY, 19 de Março de 1993 - TEMPLO
ADONAI ................................................................................................................... 34

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COMUNIDADE LA CUMBRE, YARACUY, Maio de 1993 -
RECONHECIMENTO ........................................................................................... 35
MONASTÉRIO LUMEN DE LUMINE, Dezembro de 1993 - MENSAGEM AO
POVO GNÓSTICO ................................................................................................. 36
LOS DEVAS, PAIVA, 3 de Janeiro de 1994 - ORIGEM DE NOSSO CAMINHO
................................................................................................................................... 37
LOS DEVAS, PAIVA, Janeiro de 1994 - REFLETINDO A SÓS ...................... 39
EL PARAÍSO, COLON, 14 de Março de 1994 - A ERA DA LUZ .................... 41
COMUNIDADE EL PARAÍSO, COLON, 14 de Março de 1994 - OS LARES
GNÓSTICOS ........................................................................................................... 43
EL PARAÍSO, COLON, 16 de Abril de 1994 ...................................................... 44
COMUNIDADE EL PARAÍSO, COLON, 22 de Maio de 1994 ......................... 45
MONASTÉRIO LUMEN DE LUMINE, 20 de Junho de 1994 - O PORQUÊ DE
NOSSO TRABALHO ESPIRITUAL .................................................................... 46
LOS DEVAS, PAIVA, 19 de Julho de 1994 - PRIMEIRA CARTA DO
ENVIADO AO POVO SAMAELIANO................................................................ 48
EL PARAÍSO, COLON, Julho de 1994 - UMA MENSAGEM PARA VOCÊ . 50
MONASTÉRIO LUMEN DE LUMINE, 23 de Agosto de 1994. ........................ 51
TENERIFE, ILHAS CANÁRIAS (ESPANHA), Setembro de 1994 - AO
TEMPLO HILARION ............................................................................................ 52
URUGUAI, Novembro de 1994 - AO TEMPLO QUETZALCOATL ............... 53
MONASTÉRIO LUMEN DE LUMINE, 25 de Dezembro de 1994 -
MENSAGEM DE NATAL 1994 ............................................................................ 54
MONASTÉRIO LUMEN DE LUMINE, 31 de Dezembro de 1994 ................... 55
EL PARAÍSO, COLON, 11 de Maio de 1995 - ÀS MÃES ................................. 57
MONASTÉRIO LUMEN DE LUMINE, 14 de Maio de 1995 ............................ 59
MONASTÉRIO LUMEN DE LUMINE, 19 de Maio de 1995 ............................ 61
MONASTÉRIO LUMEN DE LUMINE, Maio de 1995 ...................................... 62
LOS DEVAS, PAIVA, 16 de Junho de 1995 - O MATRIMÔNIO ..................... 64
REPÚBLICA DOMINICANA, 7 de Julho de 1995 - À HÉRCULES
SANTUÁRIO ........................................................................................................... 65

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O DÉCIMO MISTÉRIO DA CRUZ ..................................................................... 67
MONASTÉRIO LUMEN DE LUMINE, Novembro de 1995 ............................. 69
MENSAGEM DE NATAL 1995 ............................................................................ 70
TEMPLO LUMEN DE LUMINE, 31 de Dezembro de 1995.............................. 73
CARTA AO POVO GNÓSTICO DO PERU, 19 de Janeiro de 1996 ................ 76
MONASTÉRIO LUMEN DE LUMINE, 19 de Fevereiro de 1996 .................... 77
EL PARAÍSO, COLON, 8 de Março de 1996 - ÀS DAMAS NO DIA
INTERNACIONAL DA MULHER ...................................................................... 78
LA GRITA, 3 de Abril de 1996 - ASSEMBLÉIA NACIONAL DE DAMAS
GNÓSTICAS ........................................................................................................... 79
MONASTÉRIO LUMEN DE LUMINE, 4 de Abril de 1996.............................. 81
REPÚBLICA DOMINICANA, 30 de Abril de 1996 - HÉRCULES SANTUÁRIO
- RECITAL .............................................................................................................. 83

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