HISTÓRIA - 7º ano

O CONTEXTO EUROPEU DOS SÉCULOS XII A XIV

1. Como evoluiu a população europeia nos séculos XII e XII?
 Melhoria das condições de vida
 Melhor alimentação
 Diminuição da taxa de mortalidade
 Diminuição das guerras
 Maior resistência às doenças
 Aumento da produção agrícola

2. Que progressos agrícolas se verificaram?

 desenvolvimento do movimento de arroteias, através do qual
aumentaram as áreas cultivadas;
 utilização do sistema de afolhamento trienal, que permitiu um
maior aproveitamento anual da terra, deixando apenas uma
terça parte em pousio;
 utilização mais generalizada dos instrumentos agrícolas em
ferro, em especial da grade e da charrua, que permitiam
revolver melhor a terra, tornando-a mais fértil;
 introdução do moinho de vento e divulgação do moinho de água
como forças motrizes;
 divulgação de técnicas de irrigação, em especial a nora e a
construção de canais, tornando possível a utilização agrícola de
solos pobres;
 adubação mais regular das terras com estrume animal;
 drenagem de pântanos, tornando possível o seu aproveitamento agrícola.

3. Que progressos se verificaram ao nível dos transportes?

 utilização da coelheira — coleira colocada no pescoço dos animais e assente nas omoplatas — que possibilitou
o aproveitamento da força do animal sem lhe prejudicar a respiração;
 aperfeiçoamento do sistema de atrelagem, através da atrelagem em fila de vários animais;
 generalização do uso da ferradura, que protegia o casco dos animais tornando-os mais resistentes a grandes
viagens;
 utilização do leme fixo à popa e da vela triangular, que permitem às embarcações fazer manobras mais
facilmente;
 aperfeiçoamento e uso de instrumentos de orientação para melhor navegar em alto mar: bússola, astrolábio
e cartas de marear (como os portulanos).

4. Como surgiram as feiras e os mercados?

As feiras e os mercados surgiram como locais privilegiados de troca de mercadorias e constituíram um importante
fator do desenvolvimento económico europeu. As feiras realizavam-se anualmente e proporcionavam o contacto com
novos produtos e técnicas, pois atraíam um grande número de mercadores de diversas regiões e tinham quase sempre
um âmbito internacional.

5. Como se procedia á criação de uma feira?

No nosso país, a criação de uma feira era feita através de um documento régio chamado Carta de Feira onde estavam
discriminados os impostos a pagar ao rei. Contudo, para atrair os mercadores a determinadas regiões, os reis
decidiram criar as feiras francas, ou seja, feiras isentas de impostos.
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6. Como explicas o crescimento das cidades?

Os mercados tinham um âmbito local e/ou regional e realizavam-se quinzenal ou mensalmente. Com o ressurgimento
do comércio, a população das cidades aumentou. As muralhas das velhas cidades já não comportavam o número
crescente de habitantes que aí afluíam, o que levou à construção de novos bairros. Estes novos bairros, que ficavam
fora das muralhas e eram habitados por comerciantes e artesãos, constituíam o burgo novo: daí a designação de
burgueses aos seus habitantes.

7. Como se desenvolveu o comércio europeu entre os séculos XII e XIV?

O comércio europeu teve um grande impulso, um a rede de rotas comerciais terrestres, marítimas e fluviais ligava a
Europa, o Norte de África e a Ásia. Destacam-se os seguintes centros de comércio:

 Itália (Florença, Veneza, Génova)

 Norte da Europa - Liga Hanseática (Hamburgo, Bruges, Gand, Lubeque)
 Feiras de Champagne (França)

8. Quais foram os novos meios de pagamento que surgiram?

Cambistas – Avaliavam as diversas moedas e faziam as trocas

Letra de Câmbio – Espécie de cheque que permitia levantar numa outra cidade e numa outra moeda, a importância
que constava do documento.

Banqueiros – Cambistas que emprestavam dinheiro a troco do pagamento de juros.

9. Como eram organizados os senhorios?

 os senhorios da nobreza (laicos) eram chamados honras;
 os senhorios do clero (eclesiásticos) eram chamados coutos.
 As terras que pertenciam ao rei designavam-se reguengos.

10. Em que consistiam os senhorios?

Os senhorios, tanto laicos como eclesiásticos, gozavam de imunidade, isto é, não pagavam impostos ao rei e os
próprios funcionários régios estavam impedidos de lá entrar. A nobreza e o clero exerciam a justiça e cobravam
impostos aos camponeses — os colonos ou vilãos.

11. Como se desenvolveram os concelhos?

Os concelhos estavam diretamente subordinados ao poder do rei. A necessidade de fixar as populações às terras que
iam sendo conquistadas, sobretudo a sul do rio Douro, levou os primeiros reis a criar estas comunidades de homens
livres que beneficiavam de autonomia administrativa.

12. O que estabelecia a carta de foral?

 os limites do território que constituía o concelho;
 os direitos e os deveres dos habitantes do concelho — os vizinhos;
 as rendas e os serviços a prestar.

13. Como era administrado o concelho?

Os concelhos eram administrados por uma assembleia constituída pelos homens – bons do concelho, que reunia
periodicamente para tomar as decisões mais importantes e eleger os magistrados, os juízes, que exerciam a justiça.
O símbolo da justiça concelhia era o pelourinho, junto do qual eram aplicadas as penas públicas. O representante do
rei no concelho era o alcaide, que vivia normalmente no castelo da povoação.
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14. Como se desenvolveu o comércio externo português?

No reinado de D. Dinis, foi criada Bolsa dos Mercadores (criada em 1293), que o comércio externo português conheceu
um período de maior desenvolvimento. Lisboa tornou-se uma cidade comercial muito importante, onde se instalaram
muitos mercadores estrangeiros. O rei D. Fernando promoveu a criação de uma organização destinada a proteger os
mercadores em caso de naufrágio, a Companhia das Naus.

15. Como se fortaleceu o poder régio em Portugal?

 realização de Inquirições, através das quais procuravam conhecer exatamente as terras que pertenciam aos
grandes senhores;
 publicação das Leis de Desamortização, com o objetivo de impedir o aumento das terras por parte do clero.

16. Em que contexto surgiram as ordens mendicantes?

Para combater a corrupção dos costumes na sociedade, surgiram as ordens mendicantes: a Ordem Franciscana,
fundada por S. Francisco de Assis e a Ordem Dominicana, fundada por S. Domingos de Gusmão.

17. Em que contexto surgiram as universidades?

Como resposta às novas exigências decorrentes da reanimação das cidades e aos interesses da burguesia, em algumas
cidades começaram a surgir associações de estudantes e professores, com regras próprias, que promoviam os estudos
laicos, especialmente o Direito e a Medicina — os Estudos Gerais ou Universidades, pois recebiam estudantes de
qualquer grupo social e de todas as nações.

18. Como surgiu a 1ª universidade em Portugal?

Com o objetivo de desenvolver a cultura nacional, o rei D. Dinis fundou em Lisboa a primeira Universidade portuguesa,
em 1290. Esta Universidade viria a ser transferida por D. Dinis, em 1308, para Coimbra.

19. Quais eram as principais manifestações da cultura monástica?

 Foi desenvolvida pelo clero.
 É uma cultura erudita e religiosa.
 É constituída por obras ligadas à religião, ao ensino e à cópia e tradução de livros da Antiguidade.
 É uma cultura desenvolvida nos mosteiros, nas igrejas e nas catedrais.
 O veículo de transmissão desta cultura foi a língua latina.
 Os principais centros de difusão da cultura monástica em Portugal foram os mosteiros de Alcobaça e de Santa
Cruz de Coimbra.

20. Que tipo de cultura se associa ao rei e á nobreza e quais as suas características?

Cultura cortesã:

 É uma cultura profana.

 As principais manifestações desta cultura são a poesia, a música, os romances de cavalaria e as representações
teatrais, que se realizavam nas festas palacianas, nas bodas e nos torneios, onde atuavam bobos, trovadores
e jograis.
 É uma cultura que se desenvolveu na corte e nos castelos senhoriais.

21. Que tipo de cultura se associa ao povo?

Cultura popular:

 É uma cultura destinada à diversão, às feiras e às romarias, onde atuavam saltimbancos e momos.
 Desenvolveu-se nos campos e nas cidades.
 Transmitiu-se oralmente.
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22. Que tipo de cultura se associa ao rei e à nobreza?

Cultura cortesã:

• É uma cultura profana.

• As principais manifestações são a poesia, a música, os romances de cavalaria e as representações teatrais, que
se realizavam nas festas palacianas, nas bodas e nos torneios, onde atuavam bobos, trovadores e jograis.

• É uma cultura que se desenvolveu na corte e nos castelos senhoriais.

23. Quais são as características da arte românica?

 surgiu entre os séculos XI e XII;
 é aplicado a igrejas, abadias e mosteiros, espalhados pelos campos e ao longo dos locais de peregrinação;
 são construções simples e robustas, com aspeto defensivo (paredes grossas, janelas em forma de seteiras);
 o interior dos monumentos românicos tem pouca luminosidade, o que favorecia a meditação;
 nas fachadas e no interior das igrejas românicas estavam explicadas passagens da Bíblia;
 os elementos mais importantes da arquitetura românica são o arco de volta perfeita, a abóbada de berço e os
contrafortes exteriores.

Os principais monumentos românicos no nosso país são a Sé Velha de Coimbra e a Sé de Lisboa.

24. Quais são as características da arte gótica?

 surgiu entre finais do século XII e meados do século XV;
 é uma arte urbana e de catedrais;
 as catedrais góticas são impressionantes pela sua altura e pelas suas abóbadas em ogiva, cujo peso se distribui
por finas colunas, arcobotantes e contrafortes;
 grandes superfícies de parede são rasgadas por janelas e rosáceas com vitrais, que dão luminosidade ao
interior;
 a verticalidade das linhas termina em pináculos;
 os arcos quebrados dos portais e janelas e o rendilhado da pedra dão aos edifícios um aspeto de leveza.

Os principais monumentos góticos no nosso país são o Mosteiro da Batalha e o interior da igreja do Mosteiro de
Alcobaça.