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05/11/2019 – Aula de Filosofia do Direito

Ética
 Retomada (axiologia; questões; ética e moral; ética e direito).
 Zigmunt Bauman: a era da ética e a era da moral.
a) Era ética (Idade Moderna)
 Ética: prescrição de condutas certas, elimina a necessidade de escolhas.
 Por que tem lugar?
 Idade Média: o certo é definido por Deus.
 Idade Moderna: condição de indivíduos = o homem é empurrado para o vazio; a razão assume o lugar; a vontade
livre se expressa em coisas erradas; quem diz o certo? Especialistas: filósofos e legisladores; regulação interna
e externa; modos conexos com propósitos cruzados = a harmonia será alcançada?
 Ainda hoje: a ética é “privatizada” pelo mercado.
b) Era da Moral (pós-modernidade)
 Há uma descrença quanto a ética da modernidade.
 Críticas:
 O homem não é bom ou mal é ambivalente; nunca será perfeito.
 Imprevisibilidade da conduta humana; não se adequam a princípios, regras....
 Não há escolhas simples; o caminho é tortuoso (angústia; incerteza).
 A imposição destrói o “eu moral” (ceticismo; relativismo).
 Como se tornar moral?
 É descoberto na relação com o “outro”; não há uma justificativa racional; é a descoberta de nossa humanidade.
 Significa saber que existem coisas boas e ruins, mas não saber, com certeza, quais são boas/ruins.
 Significa lidar com as consequências dos atos = responsabilidade.
 Significa passar pela angústia....
 Um iluminismo sem ilusões.
Explicação da Professora
 A Ética tem a ver com a ideia de determinar o certo/errado.
 Pertence a axiologia.
 Questões: o que é certo? Qual o fundamento do correto? Quem determina isso?
 Bauman: sociólogo e filosofo; não trabalha especificamente com o direito, mas sim com a ética que rege os
princípios do direito.
 Moral: conjunto de atos considerados por uma determinada sociedade pois elas acreditam ser correto. A Ética
vem refletir essa moral fundante da sociedade. Valores = costumes dentro de uma comunidade. Quem aponta o
certo/errado dentro de uma sociedade. A ética guia as pessoas para aquilo que é considerado correto.
 Códigos de ética/deontológicos: as ações éticas não deviam ser objeto de coação, entretanto, temos, hoje,
normas que nos obrigam a agir de determinada forma. Código de ética = leis.
 Na pós-modernidade: questionamento do conceito de ética elaborado pelos modernos. De uma maneira geral,
na pós-modernidade, o conteúdo ético se expressa nas leis (sejam em Códigos de ética ou não).
 Hannah Arendt, Foucault e Bauman tinham uma visão mais pós-moderna do conceito de ética. Questionamento
das ideias da modernidade, essa ideia de ética moderna tornou as pessoas mais éticas? Se não, precisa-se
pensar em outras formas de pensa-la.
 A ética é um filtro da moral, a modernidade é a era da moral.
 Inverte-se, agora a moral filtra a ética. A ética descreveria as condutas corretas e as incorretas, para que nos
afastemos destas. Tenta livrar o homem de realizar escolhas (paradoxal), o homem aponta o certo e o errado,
fazendo que seja desnecessário que os indivíduos escolham entre o certo e o errado pois já existem prescrições.
 A modernidade é a era da razão, entretanto, ela cai na ideia de que caímos nessa concepção de que
 Na Idade Média não existia escolha/opinião para a construção do certo, pois isto já era feito pela Igreja.
 A modernidade vem com o intuito de se libertar da ideia de Deus e da natureza = o homem passa a ser capaz de
dominar a natureza, utiliza de acordo com a utilidade.
 Vazio: quem dirá o que é certo/errado? Paradoxal, pois, primeiramente, a Idade Moderna trata os homens como
indivíduo, capaz de escolher o bem para si. Reconhecimento enquanto ser, possuidor de autonomia. Todavia,
existe um movimento contrário, pois o homem não é naturalmente moral, logo, deixar ele livre é loucura, por isso,
a necessidade de preencher esse vazio. Enquanto a emancipação não se realiza, surgem os Códigos de Ética
para incentivar o homem a alcançar a autonomia (exemplo: imperativo categórico kantiano – “fórmula”). A filosofia
vem preencher esse vazio.
 A modernidade é a era das leis, pois elas tentam nos guiar de forma a agirmos eticamente.
 Modernidade: somos livres pois conseguimos nos libertar das amaras da Igreja e da natureza antiga, entretanto,
o homem ainda não evoluiu o suficiente dessa forma, necessita-se de pessoas que tentam mostrar o caminho
ético, além das leis (orientações que precisamos seguir sob pena de coação).
 A Idade Moderna é a idade dos Códigos de Ética.
 A vontade livre sempre se expressa em coisas erradas: o homem não é naturalmente moral.
 Os saberes/filósofos tentam levar a uma emancipação (relação interna) e as leis agem de forma externa,
aplicando coação.
 Legislador apresenta racionalmente aquilo que é certo e errado, a razão assumiu o lugar da Igreja.
 Na medida em que o indivíduo se torna mais emancipado mais críticas ele irá realizar aos Códigos de Ética, pois
o indivíduo quer menos controle. Cada vez temos mais leis que limitam nossa liberdade e autonomia e, ao mesmo
tempo, tem-se incentivo pela emancipação.
 Privatização da ética no mercado – exemplo: Sandel e o limite do mercado (tudo pode ser vendido e comprado).
Na medida em que o mercado possibilita a compra de uma gestação em relação a outra mulher assumimos que
isto é correto na sociedade, basta ter dinheiro. Não existe o certo/errado, redesenho em relação aos valores =
libertação. Apesar de sentirmos mais livres continuamos sendo controlados, existem leis, saberes, mercados e
nós vamos sendo engolidos por isso (ilusão de que a modernidade veio para nos libertar).
 Moral na pós-modernidade: questionamento da modernidade e da razão construída por ela. O que Bauman nos
diz é que esse é o momento para fazer reflexões em relação às ideias impostas pela modernidade. Exemplo: se
utilizarmos os imperativos kantianos chegaremos à ética.
 As leis e os códigos de ética. Devemos tentar suspendê-los e as ideias apresentadas pelos filósofos que
imponham aquilo que é certo, só que isso tudo não foi suficiente, pois nos conduziu a conflitos extremos, como a
II Guerra Mundial. A racionalidade não nos conduziu a uma moral perfeita.
 Críticas: devemos deixar de lado a visão maniqueísta que temos, todos esses conflitos que tivemos mostra que
não existe essa ideia de pessoas boas e pessoas más. Temos que entender que o ser humano é ambivalente,
pois temos sentimentos bons e ruins em relação às coisas.
 Não existe um homem perfeito = ilusão. Nunca alcançaremos, pois não é de sua natureza o bem e o mal.
 Regras que nos conduzam a um “bem” não existem.
 Imprevisibilidade: as fórmulas apresentadas pelos filósofos modernos e passadas a nós nunca conseguem
rebater todos os argumentos e todas as ideias, não conseguem cobrir todas as ideias humanas possíveis.
Precisamos mudar de perspectiva, a regra abstratas não consegue lidar com todas as possíveis contingências,
dentro de um contexto.
 Modernidade e pós-modernidade: liquidez dos novos tempos (valores, relações), antes as coisas eram
certo/errado, absolutas, hoje, as coisas mudam a todo momento e apesar de existirem diversas concepções
acerca dos conceitos (relatividade) não existem respostas fáceis e rápidas, acreditamos que podemos tomar
respostas simples que nos conduzam à felicidade (pressão para ser feliz o tempo todo), ilusão de que nunca
termos angustias, por isso, é muito fácil aceitar os códigos e leis, pois são outras pessoas que apontam o “caminho
certo”. Se buscamos a autonomia isso implica em dor e sofrimento, pois podemos errar e, por isso, passamos
pelas consequências das nossas escolhas.
 Na medida em que compreendamos que podemos errar estaremos mais próximos de uma emancipação.
 Destruição de um sujeito que quer se tornar virtuoso não é a intenção de Bauman.
 Ceticismo/relativismo: ele não quer dizer que devemos ser individualistas que não se importam com os demais.
Quando aceitamos aquilo que os outros falam/acreditam nos tornamos reféns das ideias/vontades deles.
 Devemos questionar o que é ser ético/moral?
 Como se tornar moral? A razão humana não foi suficiente para agirmos de forma certa/errada. Se tornar alguém
moral acontece no dia a dia, não existem princípios que nos orientem, mas sempre considerando a figura do
outro. Esta é a premissa dentro de uma ação moral/ética. Na medida em que você se relaciona com alguém e
sente que se sente bem com isso, esta é uma ação moral. Não devem ser consideradas premissas inicias.
 Não existe legislação, pensador/filósofo que possa apontar aquilo que é certo/errado.
 Sentimentos: abertura de se relacionar com o outro e tentar desenvolver uma relação com o outro, afastando as
determinações racionais.
 O que é o certo/errado: o homem não vai conseguir apontar, temos que entender que podemos agir de uma forma
boa/ruim preciso entender que precisamos lidar com as consequências dessas ações (ética da responsabilidade),
mudar quando a ação gerar consequências ruins para as demais pessoas.
 Você agiu de forma que acreditava ser bom, porém, gerou desconforto para o outro deve-se pedir “perdão”,
assumir as consequências.
 Precisamos assumir que sempre passaremos pela angústia e sofrimento, não devemos achar que tudo na vida é
alegria.
 Iluminismo sem ilusões: não utilizar somente da razão, devemos pensar em outras alternativas de nos tornar
morais e éticos na sociedade.
 Incapacidade das pessoas resolverem seus conflitos, cada vez mais aceitamos a concepção do outro. Apesar de
nos sentirmos mais livres estaremos na verdade cada vez mais submetidos.

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