Sei sulla pagina 1di 28

Homilética

e
Or atór ia
(Pr egação e a Ar te de Falar em Público)

Pr . Walter Almeida Jr .
(Abr il de 2014)
2

SUMÁRIO

Introdução
I. HOMILÉTICA
1. Definições
a. Aspectos técnico e prático
b. Finalidade
2. Origem
3. Porque estudar homilética
4. Ciência, arte e técnica
II. PREGAÇÃO
1. Definições
a. Métodos da pregação
b. Material da pregação
c. Meta da pregação
2. Origem
3. Necessidades e elementos
III. PREGADOR
1. Quem
2. Chamada
3. Requisitos e perigos na vida
IV. SERMÃO
1. Definição
2. Elementos
3. Esquema
4. Tipos
5. Exemplos
V. FALANDO EM PÚBLICO
1. Tipos de oradores
VI. DISCURSO
1. Definição
2. Esquema
3. Espécies
VII. PALESTRAS
1. Definição
2. Esquema
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
3

INTRODUÇÃO

Ao estudarmos as doutrinas cristãs, a Hermenêutica, a Exegese e todas as ciências que


compõem um curso teológico que se preze, não poderíamos deixar de estudar a
Homilética. É ela quem mostra como colocar em ordem o que se aprendeu e a
transmitir de maneira elegante, fluente, prática e lógica, bem como pela unção do
espírito Santo, a mensagem do Senhor Deus Todo-Poderoso a um mundo carente.

Em toda a Bíblia estão claros os métodos usados na transmissão da mensagem do


Senhor. Jesus, por sua vez, é o orador por excelência. É o maior pregador que o mundo
já conheceu.

Ele, por ser o pregador, deixou-nos a arefa da pregação, di endo: “Ide por odo o
mundo, e pregai o evangel o a oda a cria ura” (Mc 16.15). Já o Espíri o San o, a ravés
de um grande pregador, o após olo Paulo, disse: “ Procura apresentar-te diante de
Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a
palavra da verdade” (2 Tm 2.15).

Cabe, então, a todo o que se dedica ao ministério da pregação, ao seminarista, fazer a


vontade de Deus, se preparando para tão gloriosa missão.

“Por an o, meus amados irmãos, sede firmes e cons an es, sempre abundan es na
obra do Sen or, sabendo que o vosso rabal o não é vão no Sen or” (1 Co 15.58).
4

I. HOMILÉTICA

A homilética tem sido estudada sob vários aspectos, mas, muitas vezes, é mal
entendida por aqueles que a estudam, pois muitos não sabem a sua definição correta.
Por isso, começamos definindo este termo tão rico e necessário aos pregadores da
igreja hodierna.

Disse certo pregador: “Dedica os esforços da tua mente ao estudo dos meios e modos
da pregação para salvar os pecadores. Faze disso o grande e intensivo estudo da tua
vida”.

1. DEFINIÇÕES

A palavra homilética tem origem no termo grego homiletik que significa “o ensino em
tom familiar”. Também da mesma origem tem o termo homileo, que quer dizer
“conversar ou conversação”, que encon ramos no ex o original do livro de Atos 20.11,
onde significa conversação. Também a palavra homilia que significa “prá ica sobre
coisas de religião”.

Existem várias definições hodiernas sobre a homilética, tais como:


É a arte de pregar sermões religiosos;
É a arte de pregar o evangelho;
É a arte e a ciência que regem o preparo e a apresentação da mensagem da
Palavra de Deus;
É o estudo das maneiras de preparar e apresentar a mensagem cristã;1
É a ciência superior, da qual a retórica, a lógica e outras ciências humanas são
tributáveis.2

Todas estas definições são válidas, mas a que adotamos é a seguinte:


“Homilé ica é a ciência e a arte de preparar e pregar sermões corre amen e”.3

a. ASPECTOSTÉCNICO E PRÁTICO

Neste aspecto a homilética compreende três elementos importantes:


Talento ou aptidão que vem de Deus;
Conhecimento, que é o resultado do estudo sério das Escrituras Sagradas;
Habilidade, que é desenvolvida pela experiência.

Tendo em vista a urgente necessidade que se pregue e a importância do devido


preparo do assunto ou mensagem a ser transmitida, dediquemo-nos à presente
disciplina, enquanto é dia e temos tempo (Jo 9.4).

1
Preparação de Sermões, A. W. Brackwood
2
Manual de Homilética, Burt
3
Apostila de Homilética, Prof. Helenildo Alves, pg. 03
5

b. FINALIDADE

“Preparar o pregador física, intelectual, psicológica e espiritualmente para que a


mensagem que este transmitir faça com que o ouvinte concorde com ele e seja
persuadido às verdades que anuncia”.

2. ORIGEM

O cristianismo foi a primeira religião universal que a humanidade conheceu, pois antes
as religiões eram simplesmente nacionais, tribais ou familiares.

O próprio judaísmo, de onde nasceu o cristianismo, não foi diferente. Começou como
religião familiar, depois passou a tribal e chegou à religião universal.

As religiões na antiguidade faziam parte de forma natural da vida dos homens.


Naquela época o indivíduo se identificava com o grupo pela raça, religião ou política, .
Não havia o que há hoje: a divisão correta entre a vida social, civil, militar, religiosa,
polí ica, e c. “Tudo se confundia numa só iden idade”.4 As coisas eram feitas em
família e eles não se preocupavam em transmitir sua religião a outros. Por esta razão,
não havia lugar para a pregação naquelas religiões.

Por não haver a preocupação da pregação entre os povos da antiguidade, lendo


apenas os escritos nos cultos, coube ao cristianismo, religião universal, e por natureza
missionária, a sublime oportunidade de criar a Retórica Sacra, ou a Oratória Sacra, que
no século XVII veio a ser chamada de homilética.

Os cristãos, no início do cristianismo, começaram imitando as sinagogas, lendo apenas


os escritos no culto e exortando o povo, segundo as lições que extraíam dos textos
lidos. Pedro, Estêvão e Paulo, por exemplo, narravam os fatos bíblicos e aplicavam à
vida de Jesus, provando, assim, que ele era o Messias prometido. Nisso consistiam
seus sermões.

Quando os pregadores cristãos passaram a estruturar e a organizar suas mensagens,


tendo por base as regras da retórica grega e da oratória romana, teve início a
homilética. Assim, no século IV dC apareceu a homilética que foi utilizada pelos
pregadores gregos Basílio e Crisóstomo, bem como pelos latinos Ambrósio e
Agostinho.

Na Idade Média a homilética era conhecida como a arte de fazer sermões e era quase
a única forma de oratória conhecida. Na época, qualquer discurso que fosse
apresentado na igreja considerava-se um sermão.

A partir da Reforma, os sermões foram substituídos por verdadeiras mensagens


evangelísticas, deixando de ser apenas discursos éticos e litúrgicos, tornando-se a
Bíblia o centro da pregação e a homilética, a arte de pregar o evangelho.

4
Homilética, Plínio Moreira da Silva, ABECAR, 1985, pg. 15
6

Hoje, a homilética é usada por todos os pregadores que reconhecem que a mensagem
da Bíblia não volta vazia (Is 55. 10, 11).

3. PORQUE ESTUDAR HOMILÉTICA

O estudo da homilética ajuda os pregadores a conhecerem as regras essenciais à


pregação do evangel o na área umana des a. “As arefas per inen es ao pregador ele
as deve cumprir”.5 Deus não se preparará no lugar dele. Ele tem que fazê-lo. Então,
deve-se estudar homilética:
a. Porque contribui eficazmente para que o pregador desenvolva a habilidade de falar.
b. Porque contribui para o desenvolvimento sóbrio e fecundo da inteligência do
pregador.
c. Porque leva o orador ao caminho correto para o alcance do objetivo de sua
mensagem, a qual é:
Salvação das almas dos pecadores
Edificação da igreja do Senhor
d. Porque o mundo se prepara para a realização das suas tarefas. Então, por que não
deve o filho de Deus fazer o mesmo?
e. Porque a pregação do evangel o “baseia-se na conjunção de esforços e de
a ividades de Deus e do omem”.6
f. Porque as atividades cristãs devem e merecem ser feitas com esmero. Cada pessoa
que pretende trabal ar para Deus deve “con ecer com mais precisão o camin o de
Deus” (A 18.26).
g. Porque a homilética apresenta as regras técnicas e ensina ao pregador como tirar
proveito dos conhecimentos, ordenar os pensamentos e dosá-los com a graça divina.
h. Porque há uma grande e urgente necessidade de sermões bem preparados.

“Pregar qualquer pessoa prega, mas pregar corre amen e exige es udo e dedicação;
quem não o fa é mandrião”.7

O estudante da homilética nunca deverá pensar que o estudo e cult ura que possui
podem tomar o lugar da oração, do estudo sistemático e devocional da Bíblia nem,
muito menos, a operação singular do espírito em sua vida como pregador do
evangelho. Ao preparar um sermão, consequentemente, deve-e estar orando e
meditando na Palavra de Deus e sendo edificado.

4. CIÊNCIA, ARTE E TÉCNICA

“A omilé ica é uma ciência, quando considerada sob o ponto de vista de seus
fundamentos teóricos (históricos, psicológicos e sociais).
É uma arte, quando considerada em seus aspectos estéticos (a beleza do conteúdo e
da forma).
É uma écnica, quando considerada pelo modo específico de sua execução ou ensino”.8

5
Prega a Palavra, Geziel Gomes, CPAD, 1984, pg. 17
6
Prega a Palavra, Geziel Gomes, CPAD, 1984, pg. 14
7
Apostila de Homilética, Prof. Helenildo Alves, pg. 05
8
Homilética, Plínio Moreira da Silva, ABECAR, 1985, pg. 17
7

II. PREGAÇÃO

A pregação na igreja cristã tem sido um dos meios mais eficazes na proclamação do
evangelho de Jesus Cristo. Pregadores, hoje, temos muitos, mas nem todos sabem o
que é ou o que significa pregação. Estudemos, então, esta tão maravilhosa tarefa.

1. DEFINIÇÕES

Existem várias definições dadas à palavra pregação. Vejamos algumas delas:


Bispo P illips Brooks: “A pregação é a apresentação da verdade através da
personalidade”.
Bernardo Manning: “A pregação é a manifes ação do Verbo encarnado desde o verbo
escri o e por meio do verbo falado.”
A. E. Garvie: “A pregação é a verdade divina a ravés da personalidade umana para a
vida e erna”.
Porém, o au or ado ará a definição seguin e: “A pregação é a comunicação verbal da
verdade divina com o fim de persuadir”.9

a. MÉTODO DA PREGAÇÃO

De acordo com a definição adotada a pregação é a comunicação verbal. Duas vezes no


Novo Testamento a palavra pregar é a tradução do termo grego evaggelízw, que quer
dizer “trazer boas novas” , “anunciar alegres notícias” , ou “proclamar as boas novas”
(At 17.18; Gl 1.16)
O verbo kerýssw, que significa “proclamar publicamente como um arauto”, também é
traduzido por “pregar” e aparece no Novo Testamento sessenta e uma vezes. Uma vez,
traduzido por “ ivulgar”; rês ve es, por “ publicar”; e cinqüenta e cinco vezes, por
“pregar” .
Havia quatro tipos de pregação na igreja do primeiro século: a formal ou familiar (At
4.1, 31, e 14.25); a explicativa (At 17.1-4; Lc 24.32); a argumentativa (At 20.9 e 24.25);
e a declarativa (At 4.20).

b. MATERIAL DA PREGAÇÃO

Como na nossa definição, o ma erial da pregação é a verdade divina. “A verdade de


que legitimamente se ocupa a pregação cristã e nitidamente religiosa e
essencialmente bíblica. É religiosa porque tem a ver com as grandes realidades a cerca
de Deus e do homem, do pecado e da salvação, do tempo e da eternidade, do céu e do
inferno. É bíblica porque tira da fonte pura das Sagradas Escrituras os seus temas e os
con ornos gerais do seu desenvolvimen o”.10

c. META DA PREGAÇÃO

A meta da pregação não poderia deixar de ser outra a não ser a de persuadir. A
persuasão era a meta principal da pregação apostólica. Notamos isso na pregação de

9
The Marking of the Sermon, T. Harwood Pattison, ABPS, 1941, pg. 03
10
El Sermón Eficaz (O Sermão Eficaz), James D. Crane, JUERP, 89, pg. 18
8

Pedro (At 2.40), de Paulo (At 20.31; 26.29; 2Co 5.11, 14, 20). Suas mensagens eram em
om de urgência e os seus resul ados comprovam es a me a de persuadir. “A pregação
apostólica era uma combinação de todos estes procedimentos, com o acréscimo de
orações e lágrimas”.11
Textos para meditação: Jd 23; At 2.37, 41; 14.1; 17.6; 19.26.

2. ORIGEM

Entre o antigo povo hebreu, no tempo dos profetas, na época em que era lida a Lei e
havia discursos nas sinagogas, no judaísmo houve uma espécie de prédica pública, pois
a pregação não fazia totalmente parte da liturgia do tabernáculo, do templo ou das
sinagogas.

Em meio ao paganismo, tanto grego como romano, entre sua religião e filosofia,
tinham uma prédica fina e bem polida, mas, no entanto, não lhe davam a ênfase que o
verdadeiro cristianismo lhe dá.

Os profetas são considerados como o protótipo do pregador pelas seguintes razões:


Eles apresentaram a mensagem de Deus aos homens;
Eles condenaram os pecados da nação, bem como dos indivíduos em particular;
Eles, com a finalidade de levar o povo de volta à comunhão com Deus, falaram
do passado, do presente e do futuro da sua nação.

No início do Novo Testamento nos deparamos com o último e maior dos profetas e o
primeiro dos pregadores: João, o Batista. Jesus, por sua vez, foi o maior pregador que o
mundo já viu. Alguém, certa vez, disse: “Jesus, o prega or ivino”.
Os apóstolos, aqueles que continuaram com a pregação do evangelho, aprenderam a
pregar com o mestre durante o seu ministério terreno. Eles passaram, mais ou menos,
três anos no seminário de Jesus.

A pregação na igreja do século I ocupava o primeiro lugar no culto. Se qualquer outra


programação tomasse o lugar dela no púlpito da igreja a vida espiritual dos filhos de
Deus sofria uma queda.

Na época da Reforma serviram a Deus de várias maneiras, e de acordo com as suas


capacidades, grandes homens, dos quais se destacam Martinho Lutero, João Calvino,
João Knox, e vários líderes da igreja em reforma.

Hoje, no século XXI, a pregação da igreja do Sen or “ em sido marcada por uma
mis ura de pregadores poderosos e de pregadores exibicionis as e fracos”.12

3. NECESSIDADES E ELEMENTOS

11
Pattison, op. Cit., pg. 18
12
Helenildo, op. Cit., pg. 08
9

Disse cer o pregador que “a glória do serviço a Cris o consis e em servi-lo com o
melhor do melhor. Se o servimos com sermões, ele merece que preguemos o melhor
que a men e se a capa de elaborar, e a língua de proclamar”.13

Há a necessidade da pregação por que:


a. Pregação é o método dado por Deus para a difusão do seu evangelho;
b. A fé vem pela pregação e a pregação pela Palavra de Cristo (Rm 10.17 – ARA);
c. O mundo não se converterá a Cristo sem que haja a pregação evangelística (Rm
10.13, 14);
d. A igreja precisa ser edificada para que possa desempenhar o seu papel no mundo;
e. O evangelho foi dado para ser anunciado conforme a Palavra de Deus:
em todas as sinagogas (Mt 9.35; 4.23);
em todas as aldeias (Mt 9.35);
em todas as cidades (Mt 9.35);
a todas as gentes (Mc 13.10);
a todas as nações (Mt 28. 19; Lc 24.47);
a todo o mundo (Mc 16.15; Mt 24.14);
aos confins da terra (At 1.8b);
aos limites da terra (Lc 22.27);
às extremidades da terra (Is 49.6).

Que o Senhor nos dê esta gloriosa visão do gigantesco programa de evangelização


mundial, e a todos os pregadores hodiernos.

Podemos classificar os elementos da pregação da seguinte maneira:


a. A Bíblia, fonte inesgotável de onde o pregador tira a mensagem do Senhor para
transmitir aos seus ouvintes (Mt 19.4; At 13.26; Tt 1.3; 3.8);
b. O poder do Espírito Santo. Sem a autoridade concedida pelo Espírito do Senhor o
homem pode falar bonito, explicado e organizado, mas sem a unção que faz a
mensagem dar frutos eternos;
c. Fontes de consultas: bíblias, se possível, de todas as versões em português, Novo
Testamento grego, dicionário bíblico, concordância bíblica, chave bíblica, comentários
bíblicos, dicionário de português e gramática da língua portuguesa, apontamentos
individuais, etc.

III. PREGADOR

Todo aquele que se diz pregador, ou que deseja esta tão nobre missão, deve, pelo
menos saber, quem é um pregador, sua chamada, seus requisitos e os perigos que
enfrenta na vida.

1. QUEM

No sentido bíblico, o pregador é alguém que proclama a mensagem de Deus.

13
Sermons, New York, Funk & Wagnalls Company, C. H. Spurgeon, XVI, pg. 185 e 186
10

O pregador do evangelho é o homem designado por Deus para transmitir a palavra


certa, no tempo certo. Todo verdadeiro pregador é um edificador. É a pessoa chamada
para a mais nobre missão neste mundo. É a pessoa pequena com uma mensagem
grande vinda do céu.

Entre outras, o pregador é um escolhido (Jo 15.16), uma testemunha (At 1.8; Jo 3.11),
um soldado (2 Tm 2.3, 4), um obreiro (2 Tm 2.15), um pregador (2 Tm 2.7), um
despenseiro (1 Co 4.1), um embaixador (2 Co 5.20).

2. CHAMADA

A chamada divina para o pregador é absolutamente indispensável. Sem ser chamado


um pregador é como um texto fora do seu contexto: é um pretexto.

De acordo com a sacrossanta Palavra de Deus, há dois tipos de chamada: a coletiva e a


individual.
a. A chamada coletiva é para todos os verdadeiros cristãos, pois, segundo a Bíblia,
todos os crentes em Cristo são chamados para a obra do Senhor: a evangelização
mundial (Mt 28.19, 20; Mc 16.15; At 1.8).
b. A chamada individual, ou chamada especial, é aquela que o Senhor, através do
Espírito Santo, convoca determinada pessoa para que ela realize uma obra especial
para ele, o Senhor Todo-Poderoso.
Há uma variedade de trabalhos específicos como este na seara do Mestre. Um deles
é o ministério da Palavra ou da pregação (At 6.4; Cl 4.17; 2 Tm 4.5).
Exemplos: Antigo Testamento - Moisés, Ester, Gideão, etc.
Novo Testamento – Filipe, Paulo, Timóteo, etc.
Contemporâneos – Gunnar Vingren, Daniel Berg, Billy Grahan, etc.

3. REQUISITOS E PERIGOS NA VIDA

É um dever de todo aquele que se dedica à tarefa da pregação observar se possui os


requisitos indispensáveis para o trabalho. Feita a devida verificação, o pregador deverá
procurar alcançar aqueles que ainda não tem e continuar a aprimorar os que já possui.

Vejamos, então, alguns requisitos indispensáveis aos pregadores da Palavra de Deus:

a. Absoluta convicção de regeneração. Como a mensagem básica de todo pregador é a


boa nova de salvação em Cristo, é claro que a condição mais elementar para um
pregador do evangelho é ser salvo;
b. Fé. O pregador precisa crer que a Bíblia é a Palavra de Deus. Necessita confiar no
caráter de Deus. Precisa crer no que prega (Hb 11.1, 6);
c. Oração. É orando que se recebe a mensagem do Senhor, orientado pelo Espírito
Santo para a maneira correta de proferi-la. Jesus é o exemplo de uma vida de oração
(Lc 3.21; 5.16; 6.12; 9.18; 22.34-36);
d. Sinceridade. É indispensável também. Quem crerá na mensagem de um falso? Não
usará de ficções, não fingirá emoções, etc.
e. Boa reputação. O pregador que não tem bom testemunho expõe o evangelho ao
11

ridículo (Is 52.11; Tt 2.10);


f. Humildade e seriedade. Enquanto a honestidade e a modéstia cativam os ouvintes e
os predispõem a ouvir e considerar a mensagem, a seriedade impulsionará as
pessoas a confiarem no pregador e a prestarem atenção às suas palavras;
g. Fidelidade e coragem. O pregador deve ser fiel à mensagem que prega e ter a
devida coragem para colocá-la acima das superstições, do fanatismo e das heresias
que nos rodeiam;
h. Compostura. Tudo que atrair desmerecimento para a Bíblia precisa ser evitado;
i. Amar a Jesus e os perdidos (2 Co 5.14, 15; Jo 21.1-19; 1 Pe 1.7, 8);
j. Preparo adequado. Tanto intelectual como espiritual. O intelectual é adquirido
através das escolas seculares, das universidades, dos seminários. O espiritual,
através do estudo sistemático da Bíblia.

Todo pregador enfrenta dificuldades, as quais chamamos de “perigos na vi a o


prega or”. São:
O perigo de perder a espiritualidade pela auto-confiança (Cl 3.20);
O perigo de não viver o que prega (1 Tm 4.12; Tt 2.7);
O perigo de negligência em sua própria vida espiritual (1 Tm 4.16);
O perigo de perder a sensibilidade para com os outros (Mt 21.28; Lc 9.52-
56);
O perigo do profissionalismo;
O perigo de se envolver com o que não é honesto;
O perigo de agradar mais ao homem do que ao Senhor Deus.

“O momen o quando abrimos a Bíblia, lemos e a explicamos é soleníssimo. Ungidos


pelo Espírito Santo estamos transformados em arautos da revelação de Deus.
Saibamos colocar-nos, sob todos os aspectos, à altura de tão grande
responsabilidade”.14

IV. SERMÃO

Todos os pregadores desejam pregar sermões eficazes, que levem as pessoas a


amarem a Deus e a fazerem a sua vontade. Sermões que persuadam os pecadores
perdidos a crerem em Cristo Jesus como Senhor e Salvador. E este é o meu desejo para
com você após seu estudo deste tópico.

1. DEFINIÇÃO

Johnson definiu o sermão como “um discurso religioso formal, baseado na Palavra de
Deus, e que em por ob e ivo salvar os omens”.15
O professor Helenildo o definiu da seguin e maneira: “É o discurso cris ão pregado no
púlpito; prédica; admoestação, com o fim de moralizar, censurar, repreender”.16

14
Homem Batista, 1º trimestre, 1989, JUERP, pg. 09
15
El Ministério Ideal, Herrick Johnson, C. Pub. El Faro, México, 1940, pg. 23
16
Helenildo, op. Cit.,pg. 18
12

Analisando estas definições encontramos uma terceira que adotamos para a nossa
obra: “sermão é um discurso cris ão baseado na Palavra de Deus, com o fim de salvar
almas e edificar os cristãos, admoestar, moralizar e repreender o que for necessário”.

2. ELEMENTOS

Uma verdadeira mensagem bíblica é aquela que se baseia na reta interpretação de um


texto da Palavra de Deus, tirando assim, do texto, o título e o tema, desenvolvendo-os
de acordo com os ensinos gerais da Bíblia e concluindo com uma aplicação às
necessidades atuais dos ouvintes. Com isso em mente, analisemos os elementos de um
sermão:
a. Texto. Todo sermão deve partir de um texto. Porque o texto bíblico
Desperta interesse na Palavra de Deus;
Inspira confiança na Bíblia;
Confere autoridade ao pregador;
Orienta o público, baseado na Palavra do Senhor Deus.

Texto é a passagem da Bíblia, breve ou extensa, onde o pregador baseia seu sermão.
Homileticamente falando, é a passagem bíblica usada como base do sermão.

b. Título. É o nome dado ao sermão, ou seja, é o seu cabeçalho.


Um bom título deve ser breve. Em geral, não contém mais do que quatro ou cinco
termos importantes. Ele tem a finalidade de chamar a atenção, de interessar e atrair as
pessoas para ouvir o sermão.

c. Tema. É a matéria contida no sermão. A idéia central do sermão. O assunto


apresentado no sermão.
O tema é o nome do assunto do sermão, isto é, o nome daquilo que se vai falar.
O tema pode ser de duas maneiras:
Simples, quando se trata apenas de um assunto;
Composto, quando se trata de dois ou mais assuntos. Pode ser:
Composto por coordenação, quando são independentes do
assunto.
Composto por subordinação, quando os assuntos a serem
tratados são interdependentes.
Exemplos: Tema simples – Jesus, perdão, pecado.
Tema composto por coordenação – salvação ou
condenação, Deus e Jesus.
Tema composto por subordinação – sacrifício de Jesus,
perdão de pecado.

d. Introdução. É a parte do sermão em que o pregador entra em contato direto com o


público.
A introdução é importante porque nela o pregador prepara a mente dos seus ouvintes
para a tese da mensagem. Nela pode-se justificar o título e o tema do sermão. Pode-se
fazer uma análise do texto. Pode-se ilustrar, desfazer dúvidas e até definir termos. Ela
13

é o início da mensagem. Portanto, deve ser coerente, atraente, curta, variada e


apropriada.

e. Tese. Ela informa aos ouvintes o que se pensa a cerca do tema dado, o que vai ser
explicado, ou a pergunta que será respondida durante a mensagem.
Tese é uma síntese do sermão; é uma declaração que contém em si uma proposta de
discussão. É desenvolvida a partir de um tema.
Exemplo: Título – Orai sem Cessar.
Texto – At 4.23-31.
Tema – Orar é Mudar.
Introdução – breve comentário do texto.
Tese – “A oração da igre a é o meio pelo qual Deus quer mudar as
coisas nes e mundo!”

f. Corpo ou Assunto. Podemos dizer que é a parte central do sermão, pois é o


elemento de maior substância na mensagem. É chamado de miolo do sermão porque
fica no meio do esquema. É o conjunto de idéias, fatos ou argumentos que comprovam
o que foi dito na tese. É o desenvolvimento do sermão, ou seja, é a apresentação da
sequência das suas divisões. Em geral, contém de três a cinco divisões, ou pontos, mas
é comprovado que o ideal são três pontos fundamentais.
O corpo do sermão deve ser claro, uno, vital e progressivo.

Para uma boa divisão no corpo do sermão, devemos observar quatro regras principais:
Nenhuma divisão deve ser coextensiva com o assunto;
O conjunto das divisões deve cobrir todo o terreno da tese;
Cada divisão deve ser diferente da outra;
Todas as divisões devem ter a mesma classe de relação com o assunto.
g. Conclusão e Apelo.
Conclusão – é o mesmo que peroração. Ela é uma síntese de tudo o que o
pregador disse em seu sermão e deve ter uma recapitulação, uma
aplicação e uma demonstração. Deve ser breve, simples e direta. Ela é
um apelo à razão e à inteligência do ouvinte.
Convite – O sermão deve ser concluído com um convite, o qual também é
conhecido por apelo. É muito difícil que haja uma fé verdadeira em
Jesus como salvador pessoal sem que haja também uma corajosa
disposição para confessá-lo perante o mundo. E esta é uma das razões
porque se deve fazê-lo.

O convite não deve ser:


Insistente;
Feito diretamente a uma pessoa;
Demorado.

Ele deve ser:


Breve;
Honesto;
Objetivo e claro;
Positivo.
14

3. ESQUEMA

Há uma variedade de esquemas apresentados por diversos mestres em homilética,


mas o que consideramos mais completo, prático, moderno e bonito, é o que
apresentamos e usamos a seguir. Ele contém sete elementos indispensáveis, os quais
já foram definidos:
Título
Texto
Tema
Introdução
Tese
Corpo ou Assunto
Ex.: I.
1.
a.

II.
1.
a.

Conclusão e Convite

4. TIPOS DE SERMÕES

1. Sermão Textual
2. Sermão Tópico
3. Sermão Expositivo
4. Sermão Expositivo
5. Sermão Histórico
6. Sermão Testemunho Pessoal

Sermão Textual – É aquele que os seus pontos derivam do texto bíblico escolhido.
Pode ser uma passagem completa, um só versículo à luz do seu contexto ou parte de
um versículo. O seu tema é extraído do texto bíblico tomado para o sermão.
Este sermão pode ser: natural, sintético e analítico.
Natural, porque os seus pontos são extraídos do próprio texto bíblico,
isto é, dá ao pregador a oportunidade de usar as próprias palavras
textuais.
Sintético, porque permite ao pregador preparar o esquema do sermão
sem se preocupar com a ordem das partes do texto bíblico. Seus pontos
podem vir de expressões sintéticas do pregador, resumindo partes do
texto tomado.
Analítico, porque divide, analiticamente, ao máximo, o texto bíblico
tomado. O seu tema é tirado da idéia geral do texto.
15

Exemplos de sermões textuais natural, sintético e analítico:

Natural – Um Evangelho Diferente


Marcos 1.14, 15
O Evangelho que Jesus Pregava
Introdução
Tese
I. O Tempo Está Cumprido
II. O Reino de Deus Está Próximo
III. Arrependei-vos e Crede no evangelho
Conclusão e Convite

Sintético – Um Texto Cheio de Luz


João 12.36
A Tríplice Repetição da Palavra Luz
Introdução
Tese
I. Uma Oferta Gloriosa (para que vos torneis filhos da Luz)
II. Crede na Luz (uma condição simples)
III. Enquanto Tendes Luz (uma oportunidade fugaz)
Conclusão e Convite

Analítico – Pescadores Pescados


Mateus 4.12-25
Jesus, Sua Mensagem e Seus Efeitos
Introdução
Tese
I. O Lugar Onde Pregou – v. 12-16
II. A Mensagem que Pregou – v. 17-19
III. Os Efeitos da Mensagem – v. 20-25
Conclusão e Convite

Sermão Tópico – É aquele em que o pregador escolhe o assunto com o objetivo de


esclarecer e comunicar tudo o que a Bíblia diz sobre ela. É o que expõe a verdade
bíblica implícita num assunto utilizado pelo pregador.

O assunto do sermão tópico deve ter um texto bíblico no qual ele se enquadre
corretamente.

Exemplo: Arrependimento e Fé
Atos 17.30-34
O Arrependimento é um Ato Inseparável da Fé
Introdução
Tese
I. O Arrependimento é Importante
II. O Arrependimento Significa
III. O Arrependimento Vem com Fé em Cristo
IV. O Arrependimento com Fé é Fundamental
Conclusão e Convite
16

Sermão Expositivo – É aquele cujos pontos vêm da exegese do texto bíblico tomado e
pode ser apoiado por referências bíblicas.
É a interpretação minuciosa, a amplidão lógica e a aplicação prática de um texto
bíblico. Nele o pregador escolhe um texto da Bíblia com o objetivo de abrir, tratar e
aplicar todo o seu conteúdo.

Exemplo: Providência Divina


Efésios 2.1-10
O Remédio Divino para a Condição Humana
Introdução
Tese
I. A condição espiritual do homem natural está descrita no texto sob três
figuras – V. 1-3
II. Para esta terrível condição Deus providenciou um remédio adequado que
nosso texto descreve de três maneiras – v. 4-10
Conclusão e Convite

Sermão Biográfico – É aquele que estuda a vida de um personagem e as lições que


podem ser tiradas dela, mostrando as advertências pelos fracassos e ânimo pelos
processos vividos positivamente.
É, sem dúvida, o estudo do caráter de um indivíduo, ou seja, uma biografia.

Exemplo: A Vida de Paulo


Atos 22.1-16
Os três Tempos na Vida de Paulo
Introdução
Tese
I. Antes da Conversão – v. 1-5
II. Durante a Sua Conversão – v. 6-11
III. Depois da Conversão
Conclusão e Convite

Sermão Histórico – “Es e ipo de sermão é semel an e ao exposi ivo. A diferença é


que a história é o tema, e as verdades espirituais são descobertas e aplicadas até o fim
do sermão”. 17

Sermão Testemunho Pessoal – É aquele que contém o testemunho da salvação do


próprio pregador. Vem com uma descrição das circunstâncias ligadas à sua salvação,
“as experiências no aprovei amento da salvação e os efeitos que foram os resultados
dela”.18

Exemplo: A Vida de Walter Almeida


Romanos 5.20b
Uma Vida Transformada por Cristo

17
Helenildo Alves, op. cit., pg. 29
18
Ibip., pg. 29
17

Introdução
Tese
I. Antes da Transformação
II. A Transformação Aconteceu
III. A Minha Vida Transformada
Conclusão e Convite

5. EXEMPLOS

a. Sermão Textual Natural


O Evangelho de Jesus Cristo
Marcos 1.14, 15
O Evangelho que Jesus Pregava
Nobres ouvintes, esta linda passagem nos diz que o Senhor Jesus começou o seu
ministério terreno pregando o evangelho de Deus na Galiléia, isto é, na Palestina.
A mensagem do salvador era simples. E é sobre esse modesto sermão que ele
pregou que fundamento as minhas breves palavras neste dia.
“O evangel o de Deus, o que equivale di er o de Cris o, é o poder para salvar odo o
que crê!” ( ese)
Quero utilizar nesta oportunidade três tópicos extraídos do texto lido: o tempo está
cumprido; o reino de Deus está perto; arrependei-vos e crede no evangelho.

I. O Tempo Está Cumprido


1. Esta palavra tempo vem do grego e, literalmente, significa: tempo oportuno,
tempo certo para que as coisas aconteçam.
2. Jesus começou o seu ministério no tempo que Deus queria para as coisas
acontecerem.
a. O anseio pela presença de Deus era enorme, mas a Bíblia diz em Atos 3.19:
“Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam a pagados os vossos
pecados, e ven am assim os empos do refrigério pela presença do Sen or”.
b. A corrupção na vida social era reinante, mas a Palavra de Deus afirma que Jesus
veio buscar e salvar o que se havia perdido. Lc 19.10.
c. A religião fria e morta, a grande opressão política estava escravizando o povo,
mas Jesus é muito claro. Ele di : “E con ecereis a verdade, e a verdade vos
liber ará”. Jo 8.32.

II. O Reino de Deus Está Próximo


1. Este é um tópico muito importante na mensagem de Jesus:
a. Significa a soberania de Deus;
b. Significa que do Senhor é a terra e a sua plenitude. Sl 24.1
2. Este é um reino espiritual.
a. Mas o homem de sua época esperava um reino político.
b. Porém, a Bíblia nos diz: “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas
us iça, e pa ...”. Rm 14.17.
c. Jesus quer hoje fazer de você um sacerdote de seu reino.
18

III. Arrependei-vos e Crede no Evangelho


1. A palavra arrependimento na Bíblia vem de uma palavra grega que significa
“mudança de men e; er uma nova men e; uma disposição nova para com a vida e
o reino de Deus”.
a. O arrependimento sincero requer uma ação.
Ex.: A história de Arthur.
2. O arrependimento abre a porta para a manifestação da fé no coração do homem.
a. A fé é uma operação de Jesus pela Palavra. Rm 10.17.
b. A fé é indispensável. Hb 11.6.
c. Pela fé o arrependido tem um encontro com Deus.
3. O arrependimento e a fé levam o homem:
a. A um rompimento total com o pecado. 2 Co 5.17.
b. À alegria e comunhão com Deus. Rm 5.1.
c. A receber as bênçãos do Espírito Santo. At 2.38.
Meus amigos do evangelho, o tempo é este. Hoje é o seu dia, pois o reino de Deus
está próximo de você. Arrependa-se dos seus pecados e creia em Jesus como seu
salvador pessoal.
Jesus ainda está dizendo: “O tempo está cumprido e o reino de Deus está próximo;
arrependei-vos e crede no evangel o”. Mc 1.15

b. Sermão Tópico
A Volta de Jesus
Filipenses 4.5b
Jesus Vem
Filipenses – A mais doce carta de Paulo.
Tema da carta: A alegria da vida e do serviço cristão manifestados em todas as
circuns âncias”.
Escrita em, mais ou menos, 64 d.C.
O capítulo 4 contém exortações, tais como:
v. 1 – firmeza
v. 2 – unanimidade
v. 3 – cooperação
v. 4 – regozijo
v. 5 – moderação
v. 6 – ansiedade
v. 7 – mente santa
v. 8 – prática do cristianismo
E os acontecimentos finais.
Moderação: prudência, cautela, cuidado, paciência.
“Per o es á o Sen or” – o Senhor está por vir. E neste mesmo pensamento:
1 Ts 5.2 – “Que o dia do Sen or virá como vem o ladrão de noi e”. A recíproca é
verdadeira.
“Jesus vem e impor a que es e amos esperando como di a Palavra de Deus”. (Tese).
De acordo com a comparação feita da vinda de um ladrão e a volta de Jesus,
entendemos que ele vem quando não se espera; levará o melhor e deixará mais do
que levará.
19

I. Vem quando não se espera


1. As provas bíblicas estão escritas:
a. Na Lei de Moisés – Dt 32.2.
b. Nos profetas – Is 59.20.
c. Nos Salmos – Sl 102.16.
d. Nos evangelhos – Mt 25.13-33.
e. Nos Atos dos Apóstolos – At 1.11.
f. Nas epístolas – 1 Pe 1.7, 13.
g. No Apocalipse – Ap 1.7; 22.20.
2. O mundo não o está esperando
a. Pois estão atentos ao:
Materialismo.
Sexo.
Entorpecentes.
b. Pois a hora ninguém sabe.
Poderá ser na hora do trabalho.
Poderá ser na hora do bar.
Poderá ser na hora da universidade.
c. Por causa do diabo e religiões.
Ensinam o contrário da Bíblia.
d. Ex.: Arca de Noé – Gn 6.
Não creram na mensagem.
Poucos se salvaram.
A arca, um escape.
II. Levará o melhor
1. Os que estiverem preparados – Am 4.12.
A parábola das dez virgens – Mt 25.
2. O melhor são os:
a. Salvos – Mt 5.8.
b. Perseverantes – Mt 24.13.
c. Espirituais – Jo 3.5.
d. Fiéis – Mt 25.32.
III. Deixará mais do que levará
1. Porque muitos não querem ir.
a. Os que pedem o diabo.
Ex.: Homem da Kombi.
b. Os que não querem ouvir a Bíblia.
Ex.: No apartamento.
c. Os incrédulos, os abomináveis, os assassinos, os feiticeiros, os idólatras, os
mentirosos e quem ama a mentira.
Este arrependimento causará várias alegrias, tais como:
A alegria daquele que vem buscar;
A alegria daqueles que vão subir;
A alegria das lutas que findam;
A alegria do galardão eminente.
20

Jesus vem e você, meu amigo, precisa estar esperando-o, estar entre aqueles que
serão levados.
Aceite a Cristo hoje e receberá estas bênçãos!

c. Sermão Expositivo
A Igreja do Senhor
Capítulo 1 de 1 Tessalonicenses
Uma Igreja Fiel
Queridos ouvintes, o capítulo 1 desta carta é um elogio à igreja em forma de ação
de graças a Deus pelas fidelidade dos tessalonicenses.
“O exemplo de fidelidade da igre a em Tessalônica serve como ins rução e desafio
às nossas igre as o e”. (Tese).
I. Uma saudação fiel – 1.1, 2
1. A saudação de Paulo:
a. Em Deus Pai e no Senhor Jesus Cristo – v. 1a.
b. Graça e paz vos sejam dadas – v. 1b.
2. Ação de graças – v. 2a.
3. Oração pelos tessalonicenses – v. 2b.
II. Fiéis em virtudes cristãs – 1.3
1. Obra de fé – v. 3a.
2. Trabalho de amor – v. 3b.
3. Firmeza de esperança – v. 3c.
III. Fiel na aceitação do evangelho – 1.4-6
1. Como eleitos – v. 4.
2. Conhecendo o poder da Palavra – v. 5.
3. Com gozo do Espírito Santo – v. 6.
IV. Fiel no testemunho – 1.7-10
1. Como modelo para os outros – v. 7.
2. Como instrumento de divulgação da fé em Jesus – v. 8.
3. Como testemunha viva da conversão a Deus – v. 9.
4. Como testemunha da esperança da volta de Cristo – v. 10.
a. Que ressuscitou dentre os mortos.
b. Que nos livra da ira vindoura.
Para a igreja neotestamentária há um padrão de medida que é a fidelidade a
Cristo. A fidelidade a ele não depende do número de membros, nem do tamanho
do templo, nem do orçamento da igreja, nem do grau de instrução do seu pastor.
Por séculos Tessalônica permaneceu sendo a fortaleza do cristianismo e foi
conhecida como a cidade ortodoxa.
Façamos uma reflexão: a sua igreja, daqui a um século, ainda estará dando fiel
testemunho de Cristo? Se todos os membros da minha igreja fossem como eu,
como ela seria?

d. Sermão Biográfico
A Vida de Paulo
Atos 22.1-16
Os Três Tempos na Vida de Paulo
21

Queridos irmãos e amigos ouvintes, a conversão de Paulo é um acontecimento dos


mais importantes da história, desde o Pentecostes até o dia de hoje. Por isso,
costumo sempre dizer:
“A conversão de Paulo é um desafio à nossa fé, vis o er ele sido um perseguidor
que se ornou perseguido”. (Tese).
I. Antes da Conversão – At 22.1-5
1. De família de judeus ortodoxos.
2. Cidadão de Tarso da Cicília, onde nasceu.
a. Tarso era um centro cultural, na época.
b. Situava-se a uns quinze quilômetros do Mar Mediterrâneo.
3. Foi instruído por Gamaliel.
a. Mais ou menos, aos treze anos começou seus estudos.
b. Gamaliel, o mais famoso e respeitado mestre da época.
4. Sua religião era o judaísmo.
a. Era fiel à Lei e ao judaísmo.
b. Era irrepreensível nas tradições – Gl 1.14.
5. Perseguia os cristãos:
a. Até à morte;
b. Algemando-os e jogando-os em prisões.
II. Durante sua conversão – At 22.6-11
1. Ia perseguindo os cristãos até Damasco.
2. O processo da conversão de Saulo:
a. Um resplendor de luz o cercou no caminho – At 26.13;
b. Ele não identificou, de imediato, a voz de Jesus;
c. Na respos a de Jesus: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” ele compreende
que se tratava de Jesus vivo, o qual pregavam os cristãos – At 22.7.
d. Instruiu-se com Jesus sobre o que deveria fazer – At 22.10.
III. Depois da Conversão
1. Tornou-se um novo homem – Paulo.
2. Tornou-se um anunciador das boas novas.
3. Passou de perseguidor a perseguido.
4. Paulo foi o grande missionário que atravessou mares, anunciando a salvação de
Cristo Jesus.
5. Paulo foi um grande escritor.
a. Sob a inspiração do Espírito Santo, escreveu treze cartas indispensáveis ao
cânon das escrituras Sagradas.
Paulo, um homem instruído na Lei, um erudito, de boa família, de grande cultura,
de uma religião ortodoxa, precisou ter um encontro com a verdadeira religião que
liga o homem com Deus, isto é, Jesus Cristo.
Por mais terrível e pecador que seja o ser humano, ele sempre terá uma
oportunidade de se encontrar com Jesus, e ser salvo por ele.
Jesus transformou a vida de Paulo, um perseguidor terrível da igreja, e tem poder
de transformar a sua também hoje, tornando-o útil e ativo no reino de Deus.
Tenha agora um encontro co Jesus, aceitando-o como seu salvador pessoal.

V. FALANDO EM PÚBLICO
22

Aquele que é pregador do evangelho deve ter em sua mente que é um embaixador do
reino de Deus e tem a grande responsabilidade de transmitir a mensagem da Palavra
de Deus ao povo da terra.
O pregador que se pre a fa como fe o profe a Ageu”En ão, Ageu, o mensageiro do
sen or, falou ao povo, conforme a mensagem do Sen or...” (Ag 1.13).
Mas a mensagem do Senhor é entregue através das palavras. Por isso, o pregador deve
usar palavras claras para melhor compreensão dos seus ouvintes. Cabe aqui o que diz a
Palavra do Senhor no livro de Eclesiastes, ou o Pregador, capítulo doze e versículos
nove e de : “Além de ser sábio, o pregador também ensinou o povo o conhecimento,
meditando, e estudando, e pondo em ordem muitos provérbios. Procurou o pregador
ac ar palavras agradáveis, e escreveu com acer os discursos plenos de verdade”.

Damos a seguir algumas definições que são indispensáveis e que todo pregador deve
saber:
Oratória – Arte de falar em público de forma elegante, precisa, fluente e atrativa,
criada pelos romanos.
Retórica – estudo teórico e prático dos métodos que desenvolvem e aperfeiçoam o
talento natural da palavra, baseado na observação e no raciocínio.
Eloquência – é desenvolvida e aperfeiçoada na teoria e na prática da oratória. Nela se
desenvolve a aptidão natural de falar.
Voz – principal veículo da comunicação verbal. É o som ou o conjunto de sons
produzidos na laringe pela vibração das pregas vocais, sob a ação do ar vindo dos
pulmões, que sai pela boca e, em parte, pelas vias nasais.
Articulação – variação dos sons. Faz-se com a língua, os dentes, os lábios, o maxilar, a
mandíbula e o paladar.
Pronúncia – modo de dizer as palavras.
Expressão – o sentido das palavras usadas.
Modulação – os tons da voz, que são:
d. Tom alto – expressa raiva, surpresa, gozo, hesitação.
e.Tom médio – conversação normal.
f. Tom baixo – expressa tristeza, vergonha, compaixão.

Para melhorar a fala, deve-se:


Ler muito;
Estudar português;
Não ter vergonha de falar explicadamente;
Pedir a uma pessoa amiga para observar e anotar as palavras erradas que
pronuncia enquanto estiver falando, pois a crítica construtiva ajuda muito.

Cuidemos da nossa voz, pois Deus a usa para a transmissão da sua mensagem ao
mundo.

Pode-se cuidar da voz da seguinte maneira:


Não forçando demais as pregas vocais.
Mantendo a garganta sempre sadia.
23

1. Tipos de oradores
a. O resmungão;
b. O gritador;
c. O cantarolador;
d. O monótono;
e. O repetidor;
f. O pigarreador;
g. O cochichador;
h. O corredor;
i. O voz-baixador.

Se você tem algum (ou alguns) dos defeitos acima citados, procure corrigi-lo.
Pode-se usar a correção desses defeitos a ajuda de uma pessoa amiga, ensaios com
gravação ou até o tratamento médico, se for o caso.

“Se a sua fala mel or do que o silêncio, ou en ão fique calado”. (Dionísio).

VI. DISCURSO
O que temos observado é que estão se fazendo e proclamando discursos como nunca
se ouviu. Mas poucos têm visto, e quase ninguém tem notado, que o aumento dos que
falam em público é, aparentemente, claro, dramático e generalizado.
Homens e mulheres de negócios – falam em conferências, seminários, painéis e
mesas redondas.
Pais – solicitam às juntas de educação melhores professores e escolas.
Ecologistas – fazem discursos sobre a conservação do planeta.
Donas de casa – falam acerca dos problemas femininos.
Políticos – pedem votos em seus discursos.
Idosos – falam a cerca de seus problemas específicos em conferências.

Uma pessoa comum fala cerca de trinta e quatro mil e vinte palavras por dia. Isto é
igual a vários livros por semana, o que equivale a mais de doze milhões de palavras por
ano. Falar é indispensável.
Parece ser um trabalho enorme preparar-se para fazer um discurso, mas não é.
Se soubermos a definição correta de discurso e seus esquemas principais, veremos que
não é tão difícil assim.

1. DEFINIÇÃO

Discurso é uma exposição ordinariamente preparada de pensamentos e raciocínios,


segundo a lei da oratória, com o fim de convencer ou comover os ouvintes.
O discurso é uma arte, cujo objetivo último é a beleza. Portanto, é necessário que
tenha integridade, proporção e clareza, isto é, que seja perfeitamente íntegro e
homogêneo em todas as suas partes.

2. ESQUEMA

Damos, a seguir, os esquemas para todos os discursos comumente usados.


24

a. Discurso Normal.
I. Introdução
1. Captar a atenção.
2. Resumo do que se vai falar.
II. Apresentação
1. Pontos principais.
2. Ordenação lógica.
3. Sustentação.
III. Conclusão
1. Recapitulação.
2. Afirmação memorável.
b. Discurso de Apresentação.
I. Introdução
1. Captar a atenção.
2. Resumo do que se vai falar.
II. Apresentação
1. Por que este orador?
2. Por que este assunto?
3. Por que esta audiência?
4. Por que agora?
III. Conclusão
1. Recapitulação.
2. Afirmação memorável: apresentação formal do orador.
Obs.: Não exceder quarenta minutos neste tipo de discurso.
c. Discurso de Aviso
I. Introdução
1. Captar a atenção.
2. Resumo do que se vai falar.
II. Apresentação
1. Acontecimento.
2. Data e dia da semana.
3. Hora.
4. Local.
5. Custo.
6. Aspectos especiais.
7. Importância.
8. Outros pormenores necessários.
III. Conclusão
1. Recapitulação.
2. Afirmação memorável.
d. Discurso de Entrega
I. Introdução
1. Captar a atenção.
2. Resumo do que vai se falar.
II. Apresentação
25

1. Finalidade do prêmio.
2. Antecedentes da organização.
3. Retrospecto dos premiados anteriormente.
4. Resumo biográfico do atual premiado.
5. Descrição do prêmio.
III. Conclusão
1. Recapitulação.
2. Afirmação memorável: a entrega do prêmio.
e. Discurso de Recebimento
I. Introdução
1. Captar a atenção.
2. Resumo do que vai se falar.
II. Apresentação
1. Expressar sincero apreço.
2. Elogiar a ajuda e cooperação de outros, se for o caso.
3. Enunciar planos para uso, exibição, etc., do prêmio.
III. Conclusão
1. Afirmação memorável.
2. Conclusão.

3. ESPÉCIES

Além dos que já foram citados com os seus esquemas, há discursos de várias espécies
que utilizam o esquema do discurso normal. São eles:
a. Formatura.
b. Casamento.
c. Aniversário de quinze anos.
d. Bodas.
e. Inauguração de templos ou grupos musicais da igreja.
f. Homenagem e homenageado.
g. Aniversários diversos.
h. Etc.

Pense: “Falar mui o é uma coisa, falar bem é ou ra”. (Sófocles)

VII. PALESTRAS

Atualmente, em todos os setores da vida secular, religiosa e política, há uma grande


variedade de palestras sendo proferidas.

1. DEFINIÇÃO

Para a palestra não temos um esquema fixo, pelo fato dos diversos tipos de assuntos.
Porém, podemos sugerir o seguinte, com o fim de ajudar ao que pretende entrar neste
mister.

I. Introdução
26

1. Saudação ou contato com o público.


2. Nome do assunto que vai se falar.
3. Instrução quanto à maneira da exposição da palestra, se for o caso.
II. Corpo
1. Assunto propriamente dito
2. Exposição lógica.
III. Conclusão
1. Recapitulação.
2. Aplicação teórica e prática.
3. Perguntas e respostas.

A palestra deve ser natural e espontânea, isto é, deve ser de acordo com a maneira do
palestrante.
É sempre bom o palestrante, após a palestra e a sessão de perguntas e respostas, ficar
um pouco mais no local, caso haja alguém que queira esclarecimentos em particular.

Pense: “É algo sem grande dificuldade apresen ar ob eções à ora ória de ou ro


homem, não só isso, é tarefa muito fácil; mas produzir algo de melhor em lugar dele é
obra ex remamen e árdua”. (Plu arco).

CONCLUSÃO

Assim como a humanidade secular tem produzido obras para o desenvolvimento e


aperfeiçoamento dos homens nas mais diversas áreas da vida, espero que esta apostila
contribua, de alguma forma, para o desenvolvimento e aperfeiçoamento dos filhos de
Deus, que vocacionados para a mais sublime e árdua tarefa que o mundo já viu, a
pregação da Palavra de Deus, busquem nela o conhecimento que necessitam para tal.
Se isso vier a acon ecer, “ao único Deus, nosso salvador, por Jesus Cristo, nosso
Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, e agora, e para
odo o sempre. Amém”. (Jd 25).
27

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA, João Ferreira de; Bíblia Sagrada, IBB, ARR.


ALMEIDA, João Ferreira de; Bíblia Vida Nova, SREVN,e SBB, ARA.
ALMEIDA, João Ferreira de; Bíblia Sagrada, com anotações de Scofield, IBR e SBB, ARA.
Batista, Homem; JUERP, 1º trimestre de 1989, pgs. 8 e 9.
BRACKWOOD, A. W.; Preparações de Sermões.
BURT, G.; Manual de Homilética, pg. 51.
BUENO, Silveira; A Arte de Falar em Público, Ed. Saraiva, pg. 63.
CABRAL, Elienai; O Pregador Eficaz, JUERP, CPAD, pgs. 16 a 130.
CRANE, James D.; Manual para Pregadores Leigos, JUERP, 1986, pg. 54.
CRANE, James D.; O Sermão Eficaz, JUERP, 1989, pgs. 17 a 80.
FINNEY, Charles G.; Uma Vida Cheia do Espírito, Ed. Betânia, 1980, pgs. 60 a 65.
FLETCHER, Leon; Como Falar como um Profissional, RECORD, 1983, pgs. 11 a 194.
FLORÊNCIO, Helenildo Alves; Apostila de Homilética I, 1988, pgs. 1 a 29.
GOMES, Geziel Nunes; Prega a Palavra, CPAD, 1984, pgs. 14 a 33.
JOHNSON, Herrick; El Ministério Ideal, C. Pub. El Faro, México, 1940, pg. 23.
PATTISON, T. Harwood; The Making of the Sermon, ABPS, 1941, pgs. 03 a 18.
POLITO, Reinaldo; Como Falar Corretamente e Sem Inibições, Ed Saraiva, 17ª edição,
1988, pgs. 26 a 95.
SILVA, Plínio Moreira da; Homilética, ABECAR, 1985, pgs. 15 a 20.
SPURGEON, C. H.; Sermons, New York, Funk & Wagnalls Company, XVI, pgs. 185 e 186.
28

Potrebbero piacerti anche