Rede de Distribuiçao

REDES DE DISTRIBUIÇÃO REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
Curso de Especialização lato sensu em M.

Engenharia Sanitária e Ambiental
Sistemas de Abastecimento de
Água
Prof. Dr. Pedro Heller

pedrogheller@gmail.com
Sistemas de Abastecimento de Água- Prof. Pedro Heller PUC MINAS Sistemas de Abastecimento de Água- Prof. Pedro Heller PUC MINAS
REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
Definição Importância
unidade do sistema de abastecimento de água constituída por derradeira unidade do sistema de abastecimento de água:
tubulações e órgãos acessórios; garantia de qualidade, quantidade, pressão e continuidade;
instaladas em logradouros públicos; unidade mais extensa do sistema de abastecimento de água,
fornecimento de água em regime contínuo; mais de 50% do custo total de implantação.
água potável em quantidade, qualidade e pressões adequadas.
NBR 12.211 / 1992 (Concepção do Sistema de Abastecimento de Água) e Definição das etapas de implantação;
NBR 12.218 / 2017 (Projeto de rede de distribuição de água para

Projetos de outras partes do sistema de abastecimento de água já
abastecimento público)
elaborados de acordo com o estudo de concepção;
Definição das etapas de implantação;
Levantamento planialtimétrico e semicadastral da área do projeto,
Projetos de outras partes do sistema de abastecimento de água já
incluindo o cadastro da rede existente e detalhes do arruamento, dos
elaborados de acordo com o estudo de concepção;
tipos de pavimento, de obras especiais e de interferências;
Levantamento planialtimétrico e semicadastral da área do projeto, incluindo
o cadastro da rede existente e detalhes do arruamento, dos tipos de Plano de urbanização e legislação relativa ao uso e ocupação do solo,
pavimento, de obras especiais e de interferências; quando houver.
Plano de urbanização e legislação relativa ao uso e ocupação do solo,

quando houver.
Elementos necessários para projeto Vazões de projeto
estudo de concepção do sistema de abastecimento de água; Brasil: prédios possuem reservatórios próprios evitam picos nas
redes que oneram o sistema de distribuição (k2=1,5)
projetos de outras partes do sistema já elaborados
Vazão de distribuição: Qd (L/s) = (k1 x k2 x QPC x P) / 86.400
levantamento planialtimétrico e semicadastral da área de projeto,
Vazão de distribuição por área : qa (L/s. ha) = (k1 x k2 x QPC x P) / 86.400x A
incluindo cadastro de rede existente;
Vazão de marcha: qm (L/s.m) = (k1 x k2 x QPC x P) / 86.400 x L
Plano de urbanização e legislação relativa ao uso do solo.
Exemplo 1
Zonas de pressão e localização reservatórios de distribuição Zonas de pressão e localização reservatórios de distribuição
O aparelho usado para medir pressão em tubulações é o manômetro.
A pressão estática, em um tubo é dada pela altura da coluna

medida em metros, que existe sobre o tubo considerado
quando a água não está escoando.
Pressão dinâmica é a pressão exercida pela água em movimento

A pressão dinâmica é sempre menor que a pressão estática, pois ela é
obtida subtraindo da pressão estática as perdas de carga do sistema.
RECESA, 2008
REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA

REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA Pressão estática máxima: 40 mca Calculada em condição de
Zonas de pressão e localização reservatórios de distribuição vazão nula e NA máximo de reservatório ou pressão máxima nas
estações elevatórias presentes no sistema.
Pressão máxima
Garantir integridade da tubulação, conexões e válvulas;
Reduzir perdas de água na rede de distribuição, como ocorrida em furos Pressão dinâmica mínima: 10 mca Calculada com demanda
devido à corrosão; de pico da hora e dia de maior consumo e reservatórios nos níveis
mínimos.
Zonas de pressão;
NBR 12.218/2017:
Reservatórios apoiados e elevados em diferentes cotas;
Pmáx: 40 mca
Boosters e válvulas redutoras de pressão.
O valor máximo poderá chegar a (50 mca em regiões com topografia acidentada
Sempre que possível, adotar as pressões estáticas entre 25 mca e 30 mca, com
o objetivo de diminuir perdas reais.
Pmín: 10 mca
Setorização - divisão em setores de manobra e setores de medição.
Estabelecimento zonas de pressão
Zonas de pressão
Áreas de correntes da subdivisão feita na área de projeto para que
as pressões estática e dinâmica estejam dentro dos limites;
Se a diferença entre a maior e a menor cota altimétrica for superior
a 40m, necessidade de mais de uma zona de pressão.
As zonas podem ser divididas em áreas menores, com a finalidade
de se garantir que as pressões estejam dentro dos limites
prefixados, considerando tanto o traçado urbano, as barreiras
naturais, as condições topográficas quanto os operacionais da
rede.

Setor de manobra Setor de medição
menor subdivisão da rede adotada para possibilitar seu isolamento parte da rede de distribuição delimitada para permitir a avaliação da
quando é necessária a realização de obras e serviços de manutenção. evolução do consumo de água e das perdas de carga e perdas de
O isolamento do setor de manobra deve ser feito pelo acionamento do água. .
menor número de válvulas, para facilitar a manutenção e diminuir a
região atingida por interrupção do serviço, no caso da manutenção O isolamento do setor de manobra deve ser feito pelo acionamento do
menor número de válvulas, para facilitar a manutenção e diminuir a
região atingida por interrupção do serviço, no caso da manutenção
Setor de medição
Volume e níveis de água nos reservatórios de
distribuição
Nível água máximo:
Verificação da pressão estática nos pontos da rede;
calculada em relação ao ponto mais baixo da área de
distribuição da água;
Nível água mínimo:

Verificação da pressão dinâmica mínimas nos pontos da rede;

Diâmetro das tubulações Velocidade (NBR 12218/2017)
Devem ser compatíveis com os diâmetros comerciais no mercado; Velocidade mínima: 0,40 m/s
Diâmetro mínimo (NBR 12.218/2017) 50mm, com exceções: Evitar corrosão interna e deposição de materiais em suspensão
Áreas de densidade populacional e consumo de água abaixo;
Comunidades rurais e áreas periféricas; Velocidade máxima: corresponder a uma perda de carga de até 10 m/km
Linhas de distribuição localizadas Sobrepressões (golpe de aríete);
Desgaste das tubulações e acessórios por erosão.
Velocidade e vazão Tipo de condutos
.
Condutos principais:
Tubulações de maior diâmetro;
Responsáveis pela alimentação dos condutos secundários;
Tubulações tronco ou mestres;
Abastecimento de extensas áreas da cidade;
Devem ser localizados em vias públicas, formando,

preferencialmente circuitos fechados.

Tipo de condutos Tipo de traçados para as redes
Condutos secundários:
Tubulações de menor diâmetro; Áreas que apresentem desenvolvimento linear pronunciado;
Contato diretor com as ligações prediais; Ruas que não se conectem entre si por impedimentos
Preferencialmente devem formar rede malhada; topográficos ou de traçado urbano;
Redes simples ou dupla (ruas de tráfego intenso, estudos que Condutos principais são dispostos segundo a direção
demonstrem economia) predominante da área.
Sistemas de Abastecimento de Água- Prof. Pedro Heller PUC MINAS
Tipo de traçados para as redes Tipo de traçados para as redes
Rede malhada:
Típica de áreas com ruas formando malhas viárias;
Reservatório Tubulações se ligam entre si pelas suas extremidades;
Vantagem para o escoamento hidráulico e para a qualidade da

água:
Permite o permanente fluxo da água nos dois sentidos das
Reservatório
tubulações;
Evita-se as pontas mortas.

Tipo de traçados para as redes Fornecimento de água para rede
Rede malhada: Diferentes alternativas podem e são utilizadas para o
fornecimento de água.
.
através de um único reservatório de montante;
com elevatória a montante ou em linha atendendo parte
da rede (booster);
com reservatório de sobras (a jusante);
Sistemas complexos com múltiplos reservatórios.
REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA Fornecimento de água para rede
Fornecimento de água para rede Fornecimento de água para rede

Fornecimento de água para rede Fornecimento de água para rede
Atendimento e zonas de pressão Atendimento e zonas de pressão

Atendimento e zonas de pressão Vazão de dimensionamento da rede
Exemplo 2 Sistemas de Abastecimento de Água- Prof. Pedro Heller PUC MINAS Sistemas de Abastecimento de Água- Prof. Pedro Heller PUC MINAS
Densidade demográfica de saturação / arruamento
Densidade demográfica
Dimensionamento: redes ramificadas Dimensionamento: redes malhadas
Calcular as vazões em cada trecho (de jusante para montante);

Calcular as pressões estáticas em cada nó (NA máx);
Estimar os diâmetros em cada trecho (v máx);
Calcular velocidade, perda de carga unitária e perda de carga de
cada trecho;
Calcular as cargas e pressões dinâmicas em cada nó (de
montante para jusante, reservatório com Na mín;
Verificar ao atendimento às pressões mínimas;
Corrigir diâmetros se necessário e retornar ao passo 4.
Traçado dos condutos Tipos de tubulações
Ferro Fundido
O traçado dos condutos deve considerar:
Ferro fundido dúctil (100 1.200 mm);
Ruas sem pavimentação;
Junta elástica;
Ruas com pavimentação menos onerosa; Revestido internamente com cimento de alto forno
e externamente com esmalte betuminoso.
Ruas de menor intensidade de trânsito;
Ferro fundido cinzento (100- 600 mm)
Junta elástica;
Comumente utilizado no passado para diâmetro de
até 600 mm.
Tem sido substituído por ferro fundido dúctil.
Tipos de tubulações Tipos de tubulações

Tubulação de aço Tubulação de PVC
Custo comparativo com ferro fundido para grandes diâmetros.
Vantagens:
Alta resistência mecânica às pressões internas e externas.
Os materiais plásticos sintéticos são o grupo de materiais mais
Vazamentos quase inexistentes, quando utilizam juntas soldadas.
importante utilizado em tubulações;
Possibilidade de realizar travessia de grandes vãos sem blocos de
Pouco peso;
ancoragens.
Alta resistência à corrosão;
Variedade de diâmetros e tipos de juntas.
Coeficiente de atrito baixo;
Desvantagem: pouca resistência à corrosão externa, necessitando de
Facilidade de fabricação e de manuseio;
revestimentos especiais e proteção catódica e sua instalação requer
Baixa condutividade térmica e elétrica.
cuidados com dilatação e dimensionamento.
Diâmetros acima de 600 mm
Tubulação de PVC Tubulação de polietileno
Desvantagens: PEAD, PEMD, PEBD

Baixa resistência ao calor. Baixa rugosidade
Baixa resistência mecânica. Leveza
Pouca estabilidade dimensional, estando sujeito a deformação. Elevada resistência a agentes químicos e processos corrosivos
Alto coeficiente de dilatação (15 vezes o do aço carbono) Diâmetros: 16 mm a 1.600mm
São combustíveis. Custo mais elevado

Tabela resumo
RECESA, 2008 RECESA, 2008

Órgãos e Equipamentos Acessórios Órgãos e Equipamentos Acessórios
Registro de manobra
São colocadas nas tubulações para restrição total ou parcial da passagem

Válvula de manobra da água. Permite que em casos de acidentes ou demandas de emergência,
seja minimizada a área de desabastecimento.
Válvula de descarga
Ventosas
Válvula redutora de pressão
Válvula sustentadora de Válvula de descarga
pressão São colocadas nos pontos baixos
da rede, para esvaziar totalmente
a tubulação.
Arantes, 2019 / UTFPR

Arantes, 2019 / UTFPR
Órgãos e Equipamentos Acessórios Órgãos e Equipamentos Acessórios

Ventosas
Válvula redutora de pressão
Peças de funcionamento automático que permitem a entrada e a saída de
a das tubulações A válvula redutora de pressão é uma válvula
de controle automática projetada para
reduzir a pressão de montante a uma
pressão constante a jusante
Arantes, 2019 / UTFPR Arantes, 2019 / UTFPR


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REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA

instaladas em logradouros públicos; unidade mais extensa do sistema de abastecimento de água,

fornecimento de água em regime contínuo; mais de 50% do custo total de implantação.

água potável em quantidade, qualidade e pressões adequadas.

NBR 12.218 / 2017 (Projeto de rede de distribuição de água para

pavimento, de obras especiais e de interferências; quando houver.

Plano de urbanização e legislação relativa ao uso e ocupação do solo,

REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA

Elementos necessários para projeto Vazões de projeto

O aparelho usado para medir pressão em tubulações é o manômetro.

A pressão estática, em um tubo é dada pela altura da coluna

Pressão dinâmica é a pressão exercida pela água em movimento

REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA

REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA

Nível água mínimo:

REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA

Áreas de densidade populacional e consumo de água abaixo;

Desgaste das tubulações e acessórios por erosão.

Responsáveis pela alimentação dos condutos secundários;

Tubulações tronco ou mestres;

Abastecimento de extensas áreas da cidade;

Devem ser localizados em vias públicas, formando,

REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA

Preferencialmente devem formar rede malhada; topográficos ou de traçado urbano;

demonstrem economia) predominante da área.

Vantagem para o escoamento hidráulico e para a qualidade da

Evita-se as pontas mortas.

REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA

REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA

REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA

Dimensionamento: redes ramificadas Dimensionamento: redes malhadas

Calcular as vazões em cada trecho (de jusante para montante);

Tipos de tubulações Tipos de tubulações

Desvantagens: PEAD, PEMD, PEBD

Tipos de tubulações Tipos de tubulações

RECESA, 2008 RECESA, 2008

São colocadas nas tubulações para restrição total ou parcial da passagem

Arantes, 2019 / UTFPR

Órgãos e Equipamentos Acessórios Órgãos e Equipamentos Acessórios

Arantes, 2019 / UTFPR Arantes, 2019 / UTFPR

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