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) EM MÚSICOS DE
BANDAS DE POP-ROCK DE BARES E CASAS NOTURNAS – ESTUDO DE CASO
Equipe:
Luiz Carlos Baggio Silveira Junior
Alessandro Canova
BANCA EXAMINADORA:
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SUMÁRIO
RESUMO .............................................................................................................................. 4
ABSTRACT ........................................................................................................................... 4
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 6
2. DEFINIÇÕES ................................................................................................................... 9
3. REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................ 11
3.1 PROFISSÃO DE MÚSICO – Desemprego e Informalidade .................................................................11
3.2- O Ouvido Humano e a Audição ................................................................................... 12
3.2.1- O Ouvido Humano ...........................................................................................................................13
3.2.2 Formas da audição ..................................................................................................... 15
3.2.2.1 Audição Via Aérea ..........................................................................................................................15
3.2.2.2 Audição Via Óssea ..........................................................................................................................15
3.3 SOM E PERDA AUDITIVA ......................................................................................... 16
3.3.1- Ruído................................................................................................................................................16
3.3.2 Exposição à música ...........................................................................................................................18
3.3.3 Exposição a diferentes estilos musicais..............................................................................................19
3.3.4 Efeitos na audição devido à exposição à música ................................................................................20
3.3.5 Tipos de Perda Auditiva.....................................................................................................................21
3.3.6 PAIR(Perda Auditiva Induzida por Ruído) ........................................................................................22
3.3.7 Músicos com problemas de audição...................................................................................................23
4. PARÂMETROS DA NORMA ......................................................................................... 24
4.1 CLASSIFICAÇÃO DO RUÍDO............................................................................................................24
4.2 Conforme o espectro de freqüências .....................................................................................................24
4.3 Limites de Tolerância ...........................................................................................................................25
4.3 ANEXO N.º 2 (NR-15) ..........................................................................................................................27
5. MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................ 28
5.1 Aparelho Utilizado................................................................................................................................28
5.2 Metodologia..........................................................................................................................................29
5.2.1 Locais e Bandas analisadas .................................................................................. 29
5.2.2 Medição do Ruído ............................................................................................... 29
5.2.3 Audiometria Tonal............................................................................................... 29
5.2.4 Questionário ........................................................................................................ 30
6. RESULTADOS OBTIDOS.............................................................................................. 30
6.1 – Medição do Ruído..............................................................................................................................30
6.2 – Avaliação da Audiometria .................................................................................................................36
7. DISCUSSÕES ................................................................................................................. 39
8. CONCLUSÕES ............................................................................................................... 39
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 42
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RESUMO
Palavras-Chave: Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR), bandas, músicos, ruído, som,
música;
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ABSTRACT
Objective: The content presented here, has the purpose of evaluating the possible
hearing loss in amateur and professional musicians from pop/rock bands playing in pubs.
Methodology: measurements were taken in the clubs for evaluating the level of noise from
three rock/pop bands, besides a question form and a hearing test for all the members in one of
the bands. Results: From the results taken from the audiometry tests, we’ve observed that the
musicians already had NIHL, and the noise data collected certainly indicate great hearing loss
possibility. Conclusion: in this field of activities on which the musicians are found, the high
sound pressure level (SPL) produced by the band and by the environment contribute in a very
significant way for the beginning or degradation of hearing loss along the years.
Keywords: Noise Induced Hearing Loss (NIHL), music bands, musicians, noise, sound,
music;
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1. INTRODUÇÃO
A música sempre esteve presente nas atividades humanas e nas relações sociais
praticamente desde o início dos tempos. Aqueles incumbidos da arte da música tinham nos
tempos antigos posição de destaque perante os demais, pois detinham o conhecimento de uma
valiosa arte dominado por poucos e apreciada por muitos.
Desde as épocas mais remotas até os dias de hoje, muitas foram as mudanças e
inovações ocorridas na música principalmente após a revolução industrial em todos os seus
aspectos, como o surgimento de instrumentos variados e mais modernos como os eletrônicos
e a partir destes uma grandiosa gama de novos sons e técnicas foram introduzidas, diferentes
ritmos são criados até os dias atuais, novas e mais modernas formas de distribuição da
música, mudança no aprendizado, composição, divulgação e até mesmo na apresentação ao
público.
A Bíblia cita a determinação da tribo dos Levitas como a responsável pela execução
musical no Reino de Israel e para seu sustento as demais tribos deveriam dar 10% de sua
produção para eles.
"Ora, na dedicação dos muros de Jerusalém, buscaram os levitas de todos os lugares, para
os trazerem a Jerusalém, a fim de celebrarem a dedicação com alegria e com ações
de graças, e com canto, címbalos, alaúdes e harpas" (Ne 12:27).
“A música é considerada por diversos autores como uma prática cultural e humana.
Atualmente não se conhece nenhuma civilização ou agrupamento que não possua
manifestações musicais próprias.” [...] (MÚSICA..., Wikipedia)
Mas não somente como arte, está presente nas mais diversas
atividades como forma de entretenimento ou arte propriamente dita.
Está presente também nas manifestações culturais dos povos
(cânticos, cantigas, canções de ninar), presente nas marchas militares e
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nos diversos toques de reconhecimento pela tropa, está presente na
educação de todas as idades (alfabetização, aulas de vestibular e
ensino de línguas), apresenta-se como instrumento para o tratamento
terapêutico de pacientes (musicoterapia), tem presença central em
diversas atividades coletivas, como os rituais religiosos, festas e até
mesmo funerais.
“A música não é ruído. O ruído pode ser um componente da música, assim como
também é um componente do som. [...] O termo "ruído" também pode ser compreendido
como desordem. E a música é uma organização, uma composição ordenada de sons”. [...]
(MÚSICA..., Wikipedia)
Além da composição estrutural da música temos ainda vários outros fatores que são
integrantes indispensáveis na tradução do todo.
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A variedade de conjuntos existentes é imensa e as combinações
possíveis são ilimitadas. É comum classificar os grupos pelo número
de participantes: duos, trios, quartetos, quintetos, sextetos, heptetos e
octetos são os mais comuns. Grupos com mais de oito executantes são
classificados por sua função: coros, grupo de câmara, bandas,
orquestras. Certos grupos têm um nome específico, como o gamelão,
conjunto instrumental típico da música de Bali. Outros podem
partilhar o nome com outros conjuntos e neste caso são identificados
geralmente pelo gênero: Orquestra sinfônica, orquestra de baile, banda
de blues, banda de jazz.” (WIKIPEDIA, Música –
Atuação/Performance)
Como podemos perceber a música em si é composta por diversos componentes que fazem
surgir as ramificações de tudo que envolve e é envolvido pela atividade musical dando novos
significados e formas para esta arte de expressão.
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2. DEFINIÇÕES
2.1 - MÚSICA (do grego μουσική τέχνη - musiké téchne, a arte das musas) constitui-se
basicamente de uma sucessão de sons e silêncio organizada ao longo do tempo. (MÚSICA,
Wikipedia)
2.2 - SOM um fenômeno vibratório resultante de variações da pressão no ar. Essas variações
de pressão se dão em torno da pressão atmosférica e se propagam longitudinalmente, à
velocidade de 344 m/s para 20 º C; caracteriza-se por três variáveis físicas: freqüência,
intensidade e timbre.
2.6– RUÍDO
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2.9– GUITARRISTA: músico no qual seu instrumento é a guitarra ou violão, caracterizando-
se por ser um instrumento de seis cordas normalmente com captação magnética e posterior
amplificação do som;
2.10 - BAIXISTA: músico no qual seu instrumento é o contrabaixo, caracterizando-se por ser
um instrumento de 4 cordas normalmente com captação magnética e posterior amplificação
do som;
2.11– BATERISTA: músico percussionista que determina o ritmo musical pelo seu
instrumento chamado de bateria;
2.12– TECLADISTA: músico no qual seu instrumento pode ser tanto analógico por
percussão de cordas (piano), quanto digital representado pelos órgãos, sintetizadores ou
teclados musicais.
2.13- P.A. de som: do Inglês (Public Address System) é o sistema eletrônico de amplificação
usado como sistema de comunicação em áreas públicas.
2.14– INSALUBRIDADE
“Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza,
condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde,
acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do
tempo de exposição aos seus efeitos.” (CLT , art. 189)
2.15 – PERICULOSIDADE - “Art. 193. São consideradas atividades ou operações
perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego,
aquelas que sejam exercidas em contato permanente com inflamáveis e explosivos, ou
exercidas em condições de risco à integridade física do trabalhador em decorrência da
circulação em vias públicas, com os perigos a elas inerentes, para entrega de correspondência
ou encomenda, no exercício da profissão de carteiro, além do trabalho desenvolvido no setor
de energia elétrica (Lei n.º 7.369/85) e atividades desenvolvidas com radiações ionizastes ou
substâncias radioativas (MTE, Portaria 518/03).
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3. REVISÃO DE LITERATURA
Sabemos hoje que grande parte da economia brasileira está baseada no trabalho
informal e às vezes quase escravo ou em condições paupérrimas e insalubres visando a
subsistência própria sem ter o respaldo das leis que protegem e guardam o trabalho e o
trabalhador.
Grande parte do conceito de nosso país de ‘bons recicladores’, vem do fato que
grande parcela da população extremamente pobre trabalha em condições desumanas
coletando o lixo jogado a esmo pela massa consumidora e nos orgulhamos de ser o número
um ou dois do ranking mundial como se tivéssemos a consciência do resultado produzido e
não fosse um simples acaso da desgraça de muitos. Não muito longe podemos ver camelôs
fabricando seus artesanatos e trabalhando como nômades de cidade em cidade tentando
sobreviver, trabalhadores em todos os segmentos sem registro empregatício porque vivemos
uma política esmagadora para o empresariado, uma política ‘Robin Hood’ legalizada e
moderna onde as taxas e impostos sobrecarregam de tal forma os empreendedores que muitas
vezes para as pequenas e médias empresas a solução é ficar fora da legalidade para poder
manter o negócio funcionando.
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músico a exigência de um diploma superior na área embora existam faculdades de música que
formem profissionais qualificados para atuar com música como em composição, ensino, etc.
O músico profissional difere-se dos amadores no sentido que este primeiro vive
simplesmente da música e assim para conseguir seu sustento desejável obriga-se a
apresentarem-se várias vezes por semana e na maioria das vezes em locais diferentes porque a
sociedade e os proprietários muitas vezes querem diversidade e isto se faz necessário uma vez
que com o passar do tempo o repertório do músico passa a ser repetitivo após alguns meses.
O músico amador por sua vez é o músico que estuda ou trabalha, que tem a sua
profissão durante o dia e vê em seu conhecimento adquirido e na oportunidade ofertada, a
chance de aumentar seus ganhos fazendo uma coisa que acha prazeroso e gratificante.
Sendo assim o músico muitas vezes não ganha o suficiente para viver com dignidade e
como não há cobrança por parte de ninguém, ficam à mercê da insalubridade do trabalho
noturno, com alto nível de poluição sonora e de fumaça e ainda por se encontrar no período
noturno passa a fazer consumo de álcool como parte natural de seu trabalho sem contar os
riscos à sua audição e desenvolvimento de tendinites nas mãos e quando é o caso de cantores,
o aparecimento de ´calos´ nas pregas (cordas) vocais quando fazem mal uso da voz.
O austríaco André Gorz afirma que vivemos uma era de desemprego em massa, e que o
desenrolar dos acontecimentos alterará a estrutura do trabalho, de modo que teremos os
trabalhadores divididos em três categorias: uma aristocracia privilegiada de “trabalhadores
com estabilidade“, fortemente sindicalizados, com emprego integral; e duas outras categorias
abrangendo uma “não-classe de trabalhadores”, compreendendo os permanentemente
desempregados, condenados à pobreza e à ociosidade, e um número crescente de
trabalhadores “temporariamente empregados” , em ocupações de baixa-especialização, sem
nenhuma segurança no emprego e nenhuma identidade de classe definida. (MELO, 2008).
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3.2- Ouvido Humano e a Audição
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alavancas que transferem à energia as ondas sonoras vindas da orelha externa, através da
orelha média para a orelha interna.
O ouvido interno inicia-se pela janela oval, seguindo um canal semicircular que
conduz a cóclea e é dividido longitudinalmente em duas galerias, pela membrana basilar. A
cóclea tem aspecto de um caramujo de jardim. A janela oval fecha o compartimento superior
e transmite suas vibrações para a membrana basilar através da endolinfa, líquido viscoso que
preenche esse conduto.
Sobre a membrana basilar estão distribuídas as células acústicas em número de 18
mil (externas e internas), de onde saem os nervos que formam o nervo acústico e levam o
sinal elétrico até o cérebro.
A membrana basilar atua como um filtro seletivo ou analisador de freqüências, em que
a percepção de cada freqüência se realiza em um determinado ponto da membrana: as altas
freqüências excitam a parte próxima da membrana oval e, à medida que se caminha para
dentro da cóclea, a freqüência diminui.
O som sendo decomposto em sua freqüência fundamental e suas harmônicas, é
possível para nós distinguir o timbre dos sons, realizando uma verdadeira análise espectral.
Outra parte do ouvido interno é o labirinto, o qual é responsável pelo controle do
equilíbrio do corpo.
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3.2.2 Formas da audição
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menos eficiente que por via aérea. Se uma pessoa ouvir só por via óssea, haveria uma
atenuação de aproximadamente 60 dB, ou seja, uma redução de 1.000.000 de vezes no nível
sonoro percebido. (FERNANDES, 2002)
3.3.1- Ruído
O som é uma vibração que se propaga pelo ar em forma de ondas e que é percebida
pelo ouvido humano. Uma definição mais aprofundada é que o som é uma forma de energia
que é transmitida pela colisão de moléculas do meio, umas contra as outras, sucessivamente.
Na faixa de freqüências de 20 Hz até 20 kHz as ondas de pressão no
meio podem humanamente audíveis, mas com graus de sensibilidade
diferente ao longo dessa faixa, devendo ser levada em consideração,
também, a amplitude do som na determinação da audibilidade humana
(loudness). (CREPPE e PORTO, 2001)
20 Hz 20 kHz
Infra-sons Audição Humana Ultra-sons
A tabela 3.1 apresenta os valores do nível de pressão sonora para algumas fontes.
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Tabela 3.1- Exemplos de nível de pressão sonora
(fonte: sociedade Brasileira de Otologia)
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3.3.2 Exposição à música
Para se medir o nível de pressão sonora, o mais correto é através do dosímetro, para se
ter uma avaliação média de exposição em tempo real, em cada ambiente, nos mais diferentes
estilos de música.
18
3.3.3 Exposição a diferentes estilos musicais
Muitos estudos têm sido efetuados para avaliar o nível de pressão sonora da música, que pode
ser verificado na Tabela 1.
Tabela 3.2 – Nível de pressão sonora em vários estilos (fonte: MENDES, 2007)
Estilo Musical Nível pressão sonora
Frevo 117 dB(A)
Maracatu 119 dB(A)
Trios elétricos 109 dB(A)
Orquestra sinfônica De 90 a 100 dB(A)
Bandas instrumentais 105 dB(A)
Steelpan – Tambores de aço (Ilha de Trinidad/Índia) Acima de 100 dB(A)
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3.3.4 Efeitos na audição devido à exposição à música
20
3.3.5 Tipos de Perda Auditiva
21
Outro modelo desenvolvido pela Etymotic foi ER 20, de tamanho único, que tem por
objetivo o mesmo dos anteriores, porém, com baixo custo, cerca de U$12 o par.
Vários estudos sobre o uso de protetor auditivo têm sido feitos e os resultados
apresentados não foge muito da realidade encontrada na indústria. No estudo de Mendes
(2007), 56,2% dos músicos não gostaram de usar o protetor auditivo, e 43,7% responderam
que gostaram de usar.
As respostas para o não foram diversas, entre elas, não houve o instrumento tocado,
perda da percepção da voz, incomodo,impede de ouvir os outros músicos, dificulta a afinação
do instrumento, entre outros.
Já os que gostaram foi devido a diminuir a poluição sonora, o som não irrita tanto,
ideal para músicas intensas e não sentem o zumbido no final da apresentação.
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- tratando-se de uma patologia coclear, o portador da PAIR pode apresentar intolerância a
sons intensos e zumbidos, além de ter comprometimento da fala;
- a instalação da PAIR é, principalmente, influenciada pelas características físicas do ruído,
tempo de exposição e susceptibilidade individual;
- uma vez cessada a exposição ao ruído intenso, não deverá haver progresso da PAIR.
A PAIR apresenta diversos sinais e sintomas, entre eles auditivos que incluem a perda
auditiva, zumbido e dificuldade de discriminação do som e também transtornos auditivos,
como comportamentais, cardiovasculares, digestivos, neurológicos e de comunicação.
O diagnóstico da PAIR só pode ser estabelecido por meio de um conjunto de
procedimentos que envolva anamnese clínica (entrevista clínica), história ocupacional,
avaliação do exame físico e, se necessários, testes complementares. No caso de exames é
importante ter o descanso acústico antes do trabalho ou após a jornada de 14 a 16 horas.
O fato de o ouvido humano ser pouco sensível às freqüências muito baixas e às muito
altas faz com que o decibel não seja muito representativo da sensação auditiva humana. A fim
de reproduzir essa sensibilidade, o nível de pressão sonora expresso em dB deve ser
ponderado por um coeficiente dependente da freqüência. Obtém-se assim um nível de pressão
sonora expresso em dB (A) – Nível de Pressão Sonora Ponderado A, que descreve a sensação
com que o Ser Humano efetivamente percebe um determinado ruído.
Para a Organização Mundial de Saúde, até cerca de 50 dB(A) as pessoas não são
incomodadas com o ruído, e poucas pessoas são realmente incomodadas até 55 dB(A). Já no
período noturno os níveis sonoros devem situar-se 5 a 10 dB(A) abaixo dos valores diurnos
para garantir um ambiente sonoro equilibrado.
O guitarrista Pete Townshend da banda inglesa “The Who”, conhecida por tocar em
volume muito intenso, foi o primeiro grande astro do rock a admitir publicamente que tinha
problemas de audição, que começou com o zumbido (tinnitus). Em 1989, ele contribuiu para a
fundação da H.E.A.R. (sigla em inglês para Educação e Consciência Auditiva para
Roqueiros), organização sem fins lucrativos que atua na divulgação e prevenção de problemas
auditivos entre músicos. Em 2002, Pete Townshend informava que sua audição havia
desaparecido quase por completo. Ele já não conseguia ouvir o que as outras pessoas diziam.
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Outra vítima famosa do tinnitus é o guitarrista inglês Eric Clapton. Ele admitiu que
tinha um “assobio constante no ouvido” e que o problema estava relacionado à exposição
excessiva ao som alto dos shows do extinto Cream, grupo a que pertenceu nos anos 60.
(NASCIMENTO, 2007)
O vocalista Rogério Flausino, do Grupo Jota Quest, revela que perdeu 30% da audição
do ouvido direito. Após dez anos cantando, o músico descobriu que o uso do earfone, fone
que artistas usam para ouvir o que o público está recebendo como som, o chamado retorno,
provocou a perda irreversível de parte de sua audição. (FLEURY, 2008)
4. PARÂMETROS DA NORMA
É considerado um dos tipos de ruído mais nocivos à audição, com intensidades que variam de
100 dB para o ruído de impacto e acima de 140 dB para o ruído de impulso.
1) Ruído branco - Ruído branco ou gaussiano a uma onda sonora periódica que apresenta
igual energia em todas as freqüências de 100 a 10.000 Hz.
2) Ruído rosa - É uma filtragem do ruído branco, abrangendo uma área mais reduzida no
espectro audível, sendo sua energia distribuída na faixa de freqüências de 500 a 4.000 Hz.
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3) Ruído de fala – Também é uma filtragem do ruído branco. Sua energia está na faixa de
freqüências de 500 a 2.000Hz.
4) Ruído de banda estreita - É uma filtragem seletiva do ruído branco, com o uso de vários
filtros eletrônicos ativos, cada um dos quais deixando passar sua banda centrada na freqüência
do tom de teste. (VIEIRA, 1999)
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2. Os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis (dB) com
instrumento de nível de pressão sonora operando no circuito de compensação "A" e circuito
de resposta lenta (SLOW). As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador.
3. Os tempos de exposição aos níveis de ruído não devem exceder os limites de tolerância
fixados no Quadro deste anexo.
5. Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 dB(A) para indivíduos que não
estejam adequadamente protegidos.
C1 + C2 + C3 ____________________ + Cn
T1 T2 T3 Tn
Na equação acima, Cn indica o tempo total que o trabalhador fica exposto a um nível de ruído
específico, e Tn indica a máxima exposição diária permissível a este nível, segundo o Quadro
deste Anexo.
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4.4 ANEXO N.º 2 (NR-15)
1. Entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia acústica de duração
inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo.
2. Os níveis de impacto deverão ser avaliados em decibéis (dB), com medidor de nível de
pressão sonora operando no circuito linear e circuito de resposta para impacto. As leituras
devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador. O limite de tolerância para ruído de
impacto será de 130 dB (linear). Nos intervalos entre os picos, o ruído existente deverá ser
avaliado como ruído contínuo.
3. Em caso de não se dispor de medidor do nível de pressão sonora com circuito de resposta
para impacto, será válida a leitura feita no circuito de resposta rápida (FAST) e circuito de
compensação "C". Neste caso, o limite de tolerância será de 120 dB(C).
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5. MATERIAIS E MÉTODOS
FOTO DO ÁUDIO-DOSÍMETRO
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5.2 Metodologia
O estudo foi realizado em duas casas noturnas de Ponta Grossa que apresentam bandas
de rock/pop ao vivo sendo denominadas de casa A e casa B.
As medidas do nível de ruído foram feitas na parte exterior e parte interior das casas
noturnas. No caso da parte externa, mediu-se no passeio da rua (calçada), tendo como barreira
a parede da casa noturna. Foram feitas 10 medições para cada casa noturna.
Na parte interna das casas noturnas foram feitas as medidas nos seguintes locais:
- entrada, situada a 5 metros do palco, sendo efetuadas 10 medições;
- na frente do palco, a 2,5 metros do palco, sendo efetuadas 15 medições;
- em cada componente da banda, sendo colocado o microfone do decibelímetro no ouvido
direito e esquerdo, sendo efetuadas 15 medições;
A planilha utilizada para a coleta dos dados intitulada Tabela 01 segue no Anexo 1.
A audiometria tonal foi realizada com audiômetro da marca QUALITONE WRC, com
última aferição em 12/03/2009, tendo por objetivo determinar os limiares auditivos por via
aérea nas freqüências de 250, 500, 1000, 2000, 3000, 4000 e 6000 Hz. A audiometria foi
realizada antes de uma apresentação da Banda 1, estando os integrantes em repouso auditivo,
audiometria esta, realizada em três componentes da banda.
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5.2.4 Questionário
Os resultados das medições das bandas residentes são apresentados nas tabelas a seguir.
Os resultados das medições efetuadas nas casas A e B são apresentados nas Tabelas 02 a 07.
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Tabela 3 – Interior da Casa Noturna
Analisando os resultados da Tabela 3 (Pressão Sonora Interna – 5m) verificamos que a casa A
apresentou valor médio de 101,9 dB(A)contra 94,4 dB(A) da casa B. Comparando com o
Anexo 1 da NR 15, a máxima exposição permissível seria de 45 minutos para a casa A e 02
horas para a casa B no local medido, ou seja, a 5,00 metros de distância do palco. Os músicos
afirmaram tocar cerca de 4 horas com 02 intervalos pequenos. Estes altos valores de ‘ruído’
afetam também os espectadores podendo contribuir para uma deteriorização de sua acuidade
auditiva no futuro.
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Tabela 4 – Interior da Casa Noturna
Os resultados da Tabela 4 (Pressão Sonora Interna – 2,5m) demonstram que a média da Casa
A foi de 104,0 dB(A) e a da casa B foi de 103,2 dB(A). Ao compararmos com o Anexo 1 da
NR 15 o tempo máximo de exposição em ambas as casas seria de 35 minutos, a uma distância
de 2,5 m do palco.
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Tabela 5 – Interior da Casa Noturna
OD – Ouvido Direito
OE – Ouvido Esquerdo
A Tabela 5 apresenta os valores para o vocalista de cada banda em cada uma das casas
noturnas. Na casa A a média ficou entre 106,3 e 107,1 dB(A), enquanto que na casa B a
média ficou entre 104,5 e 105,1 dB(A). Consultando o Anexo 1 da NR 15 vemos que o tempo
máximo de exposição para o vocalista seria de 20 minutos para a casa A e 30 minutos para a
casa B.
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Tabela 6 – Interior da Casa Noturna
OD – Ouvido Direito
OE – Ouvido Esquerdo
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Tabela 7 – Interior da Casa Noturna
Casa Noturna: A
Data: 01/05/2009
Local Medido: Baixista
Valor em dB(A)
Nível
OD OE
1 104,8 102,8
2 106,0 104,3
3 105,2 102,7
4 106,3 102,8
5 105,8 102,3
6 101,5 103,9
7 104,5 104,2
8 106,7 101,8
9 105,8 104,5
10 103,9 107,6
11 107,1 103,4
12 108,8 107,1
13 103,5 105,0
14 109,8 104,7
15 109,1 103,6
Média 105,9 104,0
OD – Ouvido Direito
OE – Ouvido Esquerdo
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6.2 – Questionário e Avaliações das Audiometrias
Exame Audiométrico:
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Integrante avaliado: Contra-Baixista;
Idade: 36 anos;
Trabalha como músico: 06 a 08 anos;
Toca música por dia: de 01 a 05 horas com volume sonoro alto (incluindo ensaios);
Quantidade de dias por semana: de 01 a 04 dias (incluindo ensaios);
Outra atividade que exerce: Produtor Musical
Nível de ruído: Moderado
Quanto ao uso de proteção auditiva: Já experimentou/não usa
Motivo: Perda de referência musical (som abafado e sem clareza)
Quanto a dores e desconfortos auditivos, etc.: Zumbidos são comuns após ensaios e shows;
dores de cabeça menos freqüentes.
Exame Audiométrico:
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Integrante avaliado: Baterista;
Idade: 27 anos;
Trabalha como músico: 08 anos;
Toca música por dia: de 06 a 10 horas com volume sonoro alto (incluindo ensaios);
Quantidade de dias por semana: de 05 a 07 dias (incluindo ensaios);
Outra atividade que exerce: Aulas e estudos de Bateria;
Nível de ruído: não citado
Quanto ao uso de proteção auditiva: Utiliza apenas para aulas e estudo;
Motivo: não citado
Quanto a dores e desconfortos auditivos, etc: relatou possuir.
Exame Audiométrico:
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7. DISCUSSÕES
Revisando os níveis de pressão sonora, podemos afirmar estarem bem acima dos
valores limite recomendados pela NR 15 pois as bandas tocam de 3 a 4 horas e fazem 02
intervalos de aproximadamente 20 a 30 minutos e deveria ter para este período de exposição
valores de 90 a 92 dB(A) e temos valores próximos de 110dB(A) como é o caso do baterista
que devido aos N.P.S. mais elevados, este músico seria o mais afetado de todos, pelo Anexo 1
da NR 15, só poderia executar atividades por um período de 15 minutos, mas como segundo
alguns estudos Europeus que constataram que quando o ruído tratado é “música” tem-se um
aumento de 05 dB de tolerância fazendo diminuir a ´suscetibilidade´ ao desconforto por nível
de pressão sonora tanto dos integrantes das bandas quanto das pessoas envolvidas no local.
Sendo assim os 15 minutos da tabela do Anexo 1 da NR-15 dobrariam passando a ser de 30
minutos. Embora esta indicação não possa ser afirmada pois dependeriam de estudos ao longo
dos anos com indivíduos nestas condições e ainda haveria que se considerar outros fatores
como empatia pela música ou estilo musical e a suscetibilidade individual.
Lembrando que todas as medições realizadas acima foram sempre com a banda
executando alguma peça musical, vale ressaltar ainda a diferença entre os estilos musicais das
duas bandas e a presença de um instrumento a mais em uma delas. Ambas possuíam em seu
repertório músicas com maior ou menor intensidade sonora. As músicas pop/reagge e baladas
possuem N.P.S. bem mais baixo, enquanto as músicas do estilo Rock possuíam N.P.S. bem
mais elevado. Ressaltando ainda que são bandas tocando para entretenimento de público
variado, portanto outras versões de Rock como Heavy Metal, Trash Metal, Doom dentre
outras são muito mais agressivas e devem resultar em N.P.S. ainda mais elevados que estes.
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Aposentadoria Especial - Com base no Projeto de Lei Complementar PLC 133/04 os músicos
profissionais e professores de música segurados do regime geral da Previdência Social passam
a ter direito a aposentadoria especial com redução de 40% do tempo total de contribuição por
estarem exercendo atividades que envolvem riscos à saúde ou integridade física (art. 201 da
Constituição Brasileira).
40
8. CONCLUSÕES
Os profissionais envolvidos com música tendem a ter uma redução auditiva mais
acentuada devido a alguns fatores principais como a ambientes com ruído excessivo de
conversa e som, apresentação para público requerendo equipamentos potentes e o mais
importante que vai de frente com o ponto de vista da segurança e saúde, a necessidade e
satisfação de ouvir cada detalhe musical alto e claramente. Motivo pelo qual, os músicos
não utilizam equipamento de segurança auditiva, pois, os disponíveis no mercado
brasileiro não são específicos para esta finalidade alterando significativamente a
qualidade do som.
41
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MENDES, M.H.; MORATA, T.C. Exposição profissional a musica: uma revisão. Revista da
Sociedade Brasileira de Fonoaudilogia, São Paulo, v. 12, n. 1, jan./ mar. 2007.
MENDES, M.H.; MORATA, T.C.; MARQUES, J.M. Aceitação de protetores auditivos pelos
componentes de banda instrumental e vocal. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia,
São Paulo, v. 73, n. 6, nov./ dez. 2007.
BRASIL ESCOLA. Fonoaudiologia. Perda auditiva induzida por ruído. Disponível em:
<http://www.brasilescola.com/fonoaudiologia/perda-auditiva-induzida-por-ruido-pair.htm>. Acesso em: 19
maio 2009.
YAMADA, R.A.F. Pesquisa sobre a insalubridade relacionada aos ruídos no interior dos
ônibus do transporte público de Curitiba. 2005. (Trabalho de Conclusão do Curso de
Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho – Universidade Estadual de Ponta
Grossa, 2005.
42
MARCONATO, SILVIA et al. Fleury Medicina e Saúde. Poluição sonora: quanto podemos
suportar? Disponível em <http://www.fleury.com.br/Clientes/SaudeDia/Artigos/Pages/ poluicao_ sono-
ra.aspx> Acesso em: 24 de maio de 2009.
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ANEXOS
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Anexo 1
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Anexo 2
O Presidente da República:
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO 1
Da Ordem dos Músicos do Brasil
Art. 1 - Fica criada a Ordem dos Músicos do Brasil com a finalidade de exercer, em todo o país, a
seleção, a disciplina, a defesa da classe e a fiscalização do exercício da profissão do músico, mantidas
as atribuições específicas do Sindicato respectivo.
Art. 2 - A Ordem dos Músicos do Brasil com forma federativa, compõe-se do Conselho Federal dos
Músicos e de Conselhos Regionais dotados de personalidade jurídica de direito público e autonomia
administrativa e patrimonial.
Art. 3 - A Ordem dos Músicos do Brasil exercerá sua jurisdição em todo o país, através do Conselho
Federal, com sede na Capital da República.
§ 2 - Na capital dos Territórios onde haja pelo menos 25 (vinte e cinco) músicos, poderá instalar-se
um Conselho Regional.
Art. 4 - O Conselho Federal dos Músicos será composto de 9 (nove) membros e de igual número de
suplentes, brasileiros natos ou naturalizados.
§ único - Os membros do Conselho Federal serão eleitos por escrutínio secreto e maioria absoluta de
votos, em assembléia dos delegados dos Conselhos Regionais.
Art. 6 - O mandato dos membros do Conselho Federal dos Músicos será honorífico e durará 3 (três)
anos, renovando-se o terço anualmente, a partir do 4 ano da primeira gestão.
Art. 7 - Na primeira reunião ordinária de cada ano do Conselho Federal, será eleita a sua diretoria, que
é a mesma da Ordem dos Músicos do Brasil, composta de presidente, vice-presidente, secretário-
geral, primeiro e segundo secretários e tesoureiros, na forma do regimento.
Art. 8 - Ao presidente do Conselho Federal compete a direção do mesmo Conselho, representá-lo ativa
e passivamente em juízo ou fora dele e velar pela conservação do decoro e da independência dos
Conselhos Regionais dos Músicos e pelo livre exercício legal dos direitos de seus membros.
a) 20% (vinte por cento) pagos pelo Fundo Social Sindical, deduzidos da totalidade, da cota ao mesmo
atribuída , do imposto sindical pago pelos músicos, na forma do Art. 590 da Consolidação das Leis do
Trabalho;
b) 1/3 (um terço) da taxa de expedição das carteiras profissionais,
c) 1/3 (um terço) das multas aplicadas pelos Conselhos Regionais;
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d) doações e legados;
e) subvenções oficiais;
f) bens e valores adquiridos;
g) 1/3 (um terço) das anuidades percebidas pelos Conselhos Regionais.
Art. 11 - Os Conselhos Regionais serão compostos de 6 (seis) membros, quando o Conselho tiver até
50 (cinqüenta) músicos inscritos; de 9 (nove) até l50 (cento e cinqüenta) músicos inscritos; de 15
(quinze) , até 300 (trezentos) músicos inscritos ; e 21 (vinte e um ), quando exceder deste número.
Art. 12- Os membros dos Conselhos Regionais dos músicos serão eleitos em escrutínio secreto, em
assembléia dos escritos de cada região que estejam em pleno gozo dos seus direitos.
§ 1 - As eleições para os Conselhos Regionais serão feitas sem discriminação de cargos que serão
providos na primeira reunião ordinária, de cada ano , dos referidos órgãos.
§ 2 - O mandato dos membros dos Conselhos Regionais será honorífico, privativo, de brasileiro nato
ou naturalizado e durará 3 (três) anos, renovando-se o terço anualmente, a partir do 4 ano da
primeira gestão.
Art. 13 - A diretoria de cada Conselho Regional será composta de presidente, vice-presidente, primeiro
e segundo secretários e tesoureiro.
§ único - Nos Conselhos Regionais onde o quadro abranger menos de 20 (vinte) músicos inscritos
poderão ser suprimidos os cargos de vice-presidente e os de primeiro e segundo secretários, ou alguns
destes.
a) taxa de inscrição;
b) 2/3 (dois terços) da taxa de expedição de carteiras;
c) 2/3 (dois terços) das anuidades pagas pelos músicos inscritos no Conselho Regional;
d) 2/3 (dois terços) das multas aplicadas de acordo com as alíneas "c" do artigo 19;
e) doações e legados;
f) subvenções oficiais,
g) bens e valores adquiridos;
Art. 17 - Aos profissionais registrados, de acordo com esta lei, serão entregues as carteiras
profissionais que os habilitarão ao exercício da profissão de músico em todo país. § 1 - A carteira que
alude este artigo valerá como documento de identidade e terá fé pública;
§ 2 - No caso de o músico ter de exercer temporariamente a sua profissão em outra jurisdição deverá
apresentar a carteira profissional para ser visada pelo Presidente do Conselho Regional desta
jurisdição;
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Art. 18 - Todo aquele que, mediante anúncios, cartazes, placas, cartões comerciais ou quaisquer
outros meios de propaganda se propuser ao exercício da profissão de músico, em qualquer de seus
gêneros e especialidades, fica sujeito às penalidades aplicáveis ao exercício ilegal da profissão, se não
estiver devidamente registrado.
a) advertência;
b) censura;
c) multa:
d) suspensão do exercício profissional até 30 (trinta) dias:
e) cassação do exercício profissional ad referendun do Conselho Federal.
§ l - Salvo os casos de gravidade manifesta que exijam aplicação imediata da penalidade mais grave, a
imposição das penas obedecerá à gradação deste artigo.
§ 5 - Além do recurso previsto no parágrafo anterior, não caberá qualquer outro de natureza
administrativa, ressalvada aos interessados a via judiciária para as ações cabíveis.
Art. 20 - Constituem assembléia geral de cada Conselho Regional os músicos inscritos, que se achem
no pleno gozo de seus direitos e tenham aí a sede principal de sua atividade profissional.
§ único - A assembléia geral será dirigida pelo presidente e os secretários do Conselho Regional
respectivo.
I- Discutir e votar o relatório e contas da diretoria, devendo para esse fim, reunir-se ao menos uma
vez por ano, sendo, nos anos que se tenha de realizar a eleição do Conselho Regional do 30 (trinta) a
45 (quarenta e cinco) dias antes da data fixada para essa eleição:
III - elaborar e alterar a tabela de emolumentos cobrados pelos serviços prestados, ad referendum do
Conselho Federal;
IV - deliberar sobre as questões ou consultas submetidas à sua decisão pelo Conselho ou pela
diretoria;
V - eleger um delegado e um suplente para a eleição dos membros e suplentes do Conselho Federal.
Art. 22 - A assembléia geral, em primeira convocação, reunir-se-á com a maioria absoluta de seus
membros e, em segunda convocação, com qualquer número de membros presentes.
Art. 23 - O voto é pessoal e obrigatório em toda eleição, salvo doença ou ausência comprovada
plenamente.
§ 1 - Por falta injustificada à eleição incorrerá o membro do Conselho na multa de Cr$ 200,00
(duzentos cruzeiros) dobrada na reincidência.
§ 2 - Os músicos que se encontrarem fora da sede das eleições, por ocasião destas, poderão dar seu
voto em dupla sobrecarta, opaca, fechada e remetida pelo correio, sob registro, acompanhada por
ofício, com firma reconhecida dirigida ao presidente do Conselho Federal.
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depositará a sobrecarga menor na urna sem violar o segredo do voto.
§ 4 - As eleições serão anunciadas no órgão oficial e em jornal de grande circulação com 30 (trinta)
dias de antecedência.
§ 5 - As eleições serão feitas por escrutínio secreto, perante o Conselho, podendo, quando haja mais
de duzentos votantes, determinar-se locais diversos para o recebimento dos votos, permanecendo
neste caso, em cada local, dois diretores ou músicos inscritos, designados pelo conselho.
§ 6 - Em cada eleição, os votos serão recebidos durante 6 (seis) horas contínuas, pelo menos.
Art. 24 - Instalada a Ordem dos Músicos do Brasil será estabelecido o prazo de 6 (seis) meses para a
inscrição daqueles que já se encontram no exercício da profissão.
Art. 25 - O músico que, na data da publicação desta lei, estiver, há mais de seis meses, sem exercer
atividade musical, deverá comprovar o exercício anterior da profissão de músico, para poder registrar-
se na Ordem dos Músicos do Brasil.
Art. 27- O Poder Executivo providenciará a entrega ao Conselho Federal dos Músicos, logo após a
publicação da presente lei, de 40% (quarenta por cento) pagos pelo fundo social sindical, deduzidos da
totalidade da quota atribuída ao mesmo o imposto sindical pago pelos músicos , na forma do artigo
590 da Consolidação das Leis do Trabalho.
§ único - A instalação da Ordem dos Músicos do Brasil será promovida por uma comissão composto de
um representante do Ministério da Educação e Cultura, do Ministério do Trabalho e Previdência Social,
da União dos Músicos do Brasil, da Escola Nacional de Música, da Academia Brasileira de Música e 2
(dois) representantes das entidades sindicais.
CAPÍTULO II
Das condições para o exercício profissional
Art. 28 - É livre o exercício da profissão de músico, em todo território nacional, observados o requisito
da capacidade técnica e demais condições estipuladas em lei.
a) aos diplomados pela Escola Nacional de Música da Universidade do Brasil, ou por estabelecimentos
equiparados ou reconhecidos;
b) aos diplomados pelo Conservatório Nacional de Canto Orfeônico;
c) aos diplomados por conservatórios, escolas ou institutos estrangeiros de ensino superior de música,
legalmente reconhecidos desde que tenham revalidados os seus diplomas no país na forma da lei;
d) aos professores catedráticos e aos maestros de renome internacional que dirijam ou tenham
dirigido orquestras ou coros oficiais;
e) aos alunos dos dois últimos anos dos cursos de composição, regência ou de qualquer instrumento
da Escola Nacional de Música ou estabelecimentos equiparados ou reconhecidos;
f) aos músicos de qualquer gênero ou especialidade que estejam em atividade profissional
devidamente comprovada, na data da publicação da presente lei;
g) os músicos que foram aprovados em exame prestado perante banca examinadora, constituída de
três especialistas, no mínimo, indicados pela Ordem e pelos sindicatos de músicos do local e nomeados
pela autoridade competente do Ministério do Trabalho e Previdência Social.
§ 1 - Aos músicos a que se referem as alíneas f e g deste artigo será concedido certificado que os
habilite ao exercício da profissão.
§ 2 - Os músicos estrangeiros ficam dispensados das exigências deste artigo, desde que sua
permanência no território nacional não ultrapasse o período de 90 (noventa) dias e sejam: a)
compositores de música erudita ou popular ;
b) regentes de orquestra sinfônica, ópera, bailados ou coro, de comprovada competência;
c) integrantes de conjuntos orquestrais, operísticos, folclóricos, populares ou típicos.
d) pianistas, violonistas, violoncelistas, cantores ou instrumentistas virtuosas de outra especialidade, a
critério do órgão instituído pelo art. 1 desta lei.
Art. 29 - Os músicos profissionais, para os efeitos desta lei, se classificam em:
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jazz, jazz-infônico, conjuntos, corais e bandas de música;
c) diretores de orquestras ou conjuntos populares;
d) instrumentistas de todos os gêneros e especialidades;
e) cantores de todos os gêneros e especialidades;
f) professores particulares de música;
g) diretores de cena lírica;
h) arranjadores e orquestradores;
i) copistas de música.
§ 2 - Na localidade em que não houver compositor de música erudita ou regente, será permitido o
exercício das atribuições previstas neste artigo a profissional diplomado em outra especialidade
musical.
§ único - O diretor de orquestra ou conjuntos populares, a que se refere este artigo, deverá ser
diplomado em composição e regência pela Escola Nacional de Música ou estabelecimento equiparado
ou reconhecido.
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Art. 34 - Ao diplomado em matérias teóricas compete lecionar a domicílio ou em estabelecimentos de
ensino regularmente organizados a disciplina de sua especialidade.
Art. 37 - Ao diplomado em declamação lírica incumbe, privativamente, ensaiar, dirigir e montar óperas
e operetas.
§ único - As atribuições constantes deste artigo são extensivas aos estrangeiros portadores de diploma
de metteur en scène ou régisseur.
a) fazer arranjos musicais de qualquer gênero para coral, orquestra sinfônica, conjunto de câmara e
banda de música
b) fazer arranjos para conjuntos populares ou regionais;
c) fazer o fundo musical de programas montados em emissoras de rádio ou televisão e em gravações
fonomecânicas.
Art. 40 - É condição essencial para o provimento de cargo público, privativo de músico o cumprimento
pelo candidato das disposições desta lei.
CAPÍTULO III
Da duração do Trabalho
Art. 41 - A duração normal do trabalho dos músicos não poderá exceder de 5 (cinco) horas,
excetuados os casos previstos desta lei.
§ 2 - Com exceção do destinado a refeição, que será de l (uma) hora, os demais intervalos que se
verificarem na duração normal do trabalho ou nas prorrogações serão computados como de serviço
efetivo.
I) - A 6 (seis) horas, nos estabelecimentos de diversões públicas, tais como - cabarés, boates,
dancings, táxi-dancings, salões de danças e congêneres, onde atuem 2 (dois) ou mais conjuntos;
II) - excepcionalmente, a 7 (sete) horas nos casos de força maior ou festejos populares e serviço
reclamado pelo interesse nacional.
§ 1 - A hora de prorrogação , nos casos previstos do item II deste artigo, será remunerada com o
dobro do valor do salário normal.
Art. 43 - Nos espetáculos de ópera, bailado, e teatro musicado, a duração normal do trabalho para fins
de ensaios, poderá ser dividida em dois períodos, separados por um intervalo de várias horas, em
benefício do rendimento artístico e desde que, a tradição e a natureza do espetáculo assim o exijam.
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§ único - Nos ensaios gerais, destinados à censura oficial, poderá ser excedida a duração normal do
trabalho.
Art. 44 - Nos espetáculos de teatro musicado, como revista, opereta e outros gêneros semelhantes, os
músicos receberão uma diária por sessão excedente das normais.
Art. 45 - O músico das empresas nacionais de navegação terá um horário especial de trabalho,
devendo participar, obrigatoriamente, de orquestra ou como solista:
§ único - o músico de que se trata este artigo ficará dispensado de suas atividades durante as
permanências das embarcações nos portos, desde que não haja passageiros a bordo.
Art. 46 - A cada período de seis dias consecutivos de trabalho corresponderá um dia de desanso
obrigatório e remunerado, que constará do quadro de horário afixado pelo empregador.
Art. 47 - Em seguida a cada período diário de trabalho, haverá um intervalo de 11 (onze) horas, no
mínimo destinado ao repouso.
Art. 48 - O tempo em que o músico estiver à disposição do empregador será computado como de
trabalho efetivo.
CAPÍTULO IV
Do trabalho dos músicos estrangeiros
§ 1 - As orquestras, os conjuntos musicais e os cantores de que trata este artigo só poderão exibir-se:
§ 3 - As orquestras, os conjuntos musicais, os cantores e concertistas de que trata este artigo não
poderão exercer atividades profissionais diferentes daquelas para o exercício das quais tenham vindo
ao país.
Art. 50 - Os músicos estrangeiros aos quais se refere o parágrafo 2 , do artigo 49 desta lei, poderão
trabalhar sem o registro na Ordem dos Músicos do Brasil, criada pelo artigo 1 , desde que tenham sido
contratados na forma do artigo 7 , alínea d, do Decreto-lei n 7.967, de 18 de setembro de 1945.
Art. 51 - Terminados os prazos contratuais e desde que não haja acordo em contrário , os empresários
ficarão obrigados a reconduzir os músicos estrangeiros aos seus pontos de origem.
Art. 53 - Os contratos celebrados com os músicos estrangeiros somente serão registrados no órgão
competente do Ministério do Trabalho e Previdência Social, depois de provada a realização do
pagamento pelo contratante de taxa de 10% (dez por cento), sobre o valor do contrato e o
recolhimento da mesma ao Banco do Brasil em nome da Ordem dos Músicos do Brasil e do Sindicato
local, em partes iguais.
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CAPÍTULO V
Da fiscalização do trabalho
a) a manter fixado, em lugar visível, no local de trabalho, quadro discriminatório do horário dos
músicos em serviço;
b) a possuir livro de registro de empregados destinado às anotações relativas à identidade, inscrição
na Ordem dos Músicos do Brasil, número da carteira profissional, data de admissão e saída, condições
de trabalho, férias e obrigações da lei de acidentes do trabalho, nacionalização, além de outras
estipuladas em lei.
Art. 55 - A fiscalização do trabalho dos músicos, ressalvada a competência privativa da Ordem dos
Músicos do Brasil quanto ao exercício profissional, compete, no Distrito Federal ou Departamento
Nacional do Trabalho, e, nos Estados e Territórios, às respectivas Delegacias Regionais obedecidas as
normas fixadas pelos artigos 626 e seguintes da Consolidação das Leis do Trabalho.
CAPÍTULO VI
Das penalidades
Art. 56 - O infrator de qualquer dispositivo desta lei será punido com a multa de Cr$ l.000,00 (um mil
cruzeiros) a Cr$ l0.000,00( dez mil cruzeiros), de acordo com a gravidade da infração, e a juízo da
autoridade competente, aplicada em dobro, na reincidência.
Art. 57 - A oposição do empregador sob qualquer pretexto, à fiscalização dos preceitos desta lei
constitui infração grave, passível de multa de Cr$ l0.000,00 (dez mil cruzeiros ), aplicada em dobro na
reincidência.
§ único - No caso de habitual infração dos preceitos desta lei será agravada a penalidade, podendo,
inclusive, ser determinada a suspensão da atividade exercida em qualquer local pelo empregador.
Art. 58 - O processo de autuação por motivo de infração dos dispositivos reguladores do trabalho do
músico, constantes desta lei, assim como o dos recursos apresentados pelas partes autuadas
obedecerá às normas constantes do Título VII, da Consolidação das Leis do trabalho.
CAPÍTULO VII
Disposições Gerais e Transitórias
Art. 61 - Para os fins desta lei, não será feita nenhuma distinção entre o trabalho do músico e do
artista-músico a que se refere o Decreto n 5.492, de 6 de julho de 1928, e seu Regulamento, deste
que este profissional preste serviço efetivo ou transitório a empregador, sob a dependência deste e
mediante qualquer forma de remuneração ou salário, inclusive "cachet" pago com continuidade.
Art. 62 - Salvo o disposto no artigo 49, parágrafo 2 , será permitido o trabalho do músico estrangeiro,
respeitadas as exigências desta lei, desde que não exista no país profissional habilitado na
especialidade.
§ 1 - Quando não houver na localidade agência do Banco do Brasil, o depósito será efetuado na
Coletoria Federal.
§ 2 - O depósito a que se refere este artigo somente poderá ser levantado por ordem da autoridade,
competente ao Ministério do Trabalho e Previdência Social, mediante provas de quitação do
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pagamento das indenizações decorrentes das leis de proteção ao trabalho, das taxas de seguro sobre
acidentes do trabalho, das contribuições da previdência social e de outras estabelecidas por lei.
§ 1 - Os músicos cuja atividade for exercida sem vínculo de emprego, contribuirão obrigatoriamente
sobre salário-base, fixado, em cada região do país, de acordo com o padrão de vida local, pelo
ministro do Trabalho e Previdência Social, mediante proposta do Instituto e ouvido o Serviço Atuarial
do Ministério.
§ 2 - O salário-base será fixado para vigorar por um ano, considerando-se prorrogado por mais de um
ano, se finda a vigência, não haver sido alterado.
Art. 65 - Na aplicação dos dispositivos legais relativos à nacionalização do trabalho, será apenas
computado, quanto às orquestras, o total dos músicos a serviço da empresa, para os efeitos do art.
354 e respectivo parágrafo único da Consolidação das leis do Trabalho.
Art. 66 - Todo contrato de músicos profissionais, ainda que por tempo determinado e a curto prazo
seja qual for a modalidade de remuneração, obriga ao desconto e recolhimento das contribuições de
previdência social e do imposto sindical, por parte dos contratantes.
Art. 67 - Os componentes das orquestras ou conjuntos estrangeiros não poderão se fazer representar
por substitutos, sem a prévia concordância do contratante, salvo motivo de força maior, devidamente
comprovado, importando em inadimplemento contratual a ausência ao trabalho sem o consentimento
referido.
Art. 68 - Nenhum contrato, de músico, orquestra ou conjunto nacional e estrangeiro, será registrado
sem o comprovante do pagamento do Imposto Sindical devido em razão de contrato anterior.
Art. 69 - Os contratos dos músicos deverão ser encaminhados, para fins de registro, ao órgão
competente do Ministério do Trabalho e Previdência Social, diretamente pelos interessados ou pelos
respectivos órgãos de classe, que poderão apresentar as impugnações que julgarem cabíveis.
Art. 70 - Serão nulos de pleno direito quaisquer acordos destinados a burlar os dispositivos desta lei,
sendo vetado, por motivo, de sua vigência, aos empregadores rebaixar salários ou demitir
empregados.
Juscelino Kubitschek
Allyrio Salles Coelho
Clóvis Salgado
S. Paes de Almeida
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