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CURSO DE CONHECIMENTOS BÁSICOS P/ EBSERH

NACIONAL 2015
PORTUGUÊS – AULA 03 - PARTE 1
CLASSES GRAMATICAIS - PRONOMES

Equipe Professor Rômulo Passos | 2015


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Português EBSERH Nacional - Aula 03 – Parte 2 (Pronomes
Relativos)
Olá, futura (o) concursada (o)!

Segue a 2ª parte da nossa terceira aula do Curso de Português para o


Concurso Nacional da EBSERH.

Pronomes Relativos

Amiga (o), acreditamos que você já tenha se perguntado: qual o significado do


termo “relativo”? Quando se diz que uma palavra é relativa à outra, o que isso
representa?

Relativo é dizer que algo está relacionado/ligado à outra coisa ou


circunstância. Na língua portuguesa, trata-se do pronome que se refere a uma
palavra ou expressão anterior, do pronome que estabelece uma relação de
dependência ou subordinação de um termo consequente em relação a outro
antecedente. Veja o fragmento abaixo:

“Este último representou uma traição de Dona Neusa à ativa classe dos caixeiros
de farmácia, da qual fora até então exclusiva ...” (Jorge Amado, DONA FLOR E SEUS DOIS
MARIDOS)

Na passagem acima, “Dona Neusa” fora até então exclusiva a quê?

A resposta está na oração antecedente, ela fora exclusiva à ativa classe dos
caixeiros de farmácia”. A função do pronome relativo “da qual” no período em pauta
foi estabelecer a ligação referencial entre termos nas orações, evitando repetições
desnecessárias.

Os pronomes relativos sempre introduzem as orações subordinadas adjetivas.


Estudaremos toda a classificação da orações na aulas seguintes.

“Mas o homem obriga a gente a decorar uma porção de definições que ninguém
entende. Ditongos, fonemas, gerúndios. . .” (Monteiro Lobato, “EMÍLIA NO PAÍS DA
GRAMÁTICA”)

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A oração subordinada “que ninguém entende” qualifica o termo antecedente
“definições” estando a este subordinada. São as conhecidas orações subordinadas
adjetivas.

Esperamos que você tenha entendido o real significado do termo relativo para a
língua portuguesa. Esse entendimento é vital para a compreensão da matéria.

Podemos avançar mais um pouco? Então vamos lá!

Os pronomes relativos e as circunstâncias em que são empregados.

Os pronomes relativos são empregados de acordo com os seus referentes:


pessoas ou seres personificados, coisas, lugares, tempo, quantidade, maneira ou
forma como algo é realizado etc.

Vejamos como os pronomes em destaque, nos exemplos abaixo, foram


empregados por Jorge Amado na obra “Gabriela, cravo e canela”. Observe que para
cada tipo de referente foi empregado o pronome relativo adequado:

“apenas para mudar um “O donatário, Jorge de


“Ainda há poucos dias,
pouco a paisagem da Figueiredo Correia, a quando Nacib se sentia
qual já devia estar quem o rei de Portugal menos triste”
cansado após tantos anos.” dera, em sinal de amizade”
Referente: TEMPO
Referente: COISA Referente: PESSOA

“As primeiras tochas “homens cuja palavra, por “Tonico sabia tudo
vezes, valia mais que
chegavam ao alto, onde quanto se referia ao
qualquer documento
estavam as casas.” mulherio da cidade.”
legal.”
Referente: LUGAR Referente: QUANTIDADE
Referente: POSSE

Da leitura dos fragmentos acima, extraídos da obra de Jorge Amado, observa-se


o emprego dos pronomes de acordo com a ideia estabelecida na oração.

Por exemplo, quando se quis referenciar uma determinada pessoa como


antecedente, utilizou-se o pronome específico “quem”; se a ideia era de tempo,

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empregou-se o pronome “quando”; ideia de lugar, o pronome “onde” e assim por
diante.

Vejamos agora a relação dos pronomes relativos e em seguida o emprego


particular de cada um.

Pronomes Relativos

QUANTID
COISA PESSOA LUGAR TEMPO POSSE
ADE

Que
Quanto(s) Cujo(s)
Qual Quem Onde Quando
Quanta(s) Cuja(s)
(quais)

QUE

É o pronome relativo universal. Pode ser empregado tanto em relação à coisa


quanto à pessoa. Em determinadas circunstâncias, pode ser substituído por o qual (e
flexões).

Vejamos alguns exemplos extraídos da obra de Machado de Assis:

“Antes disso, porém, digamos os motivos que me põem a pena na mão.”


(que = motivos)
“a casa em que me criei na antiga Rua de Mata-cavalos,”
(em que = casa)
“grandes pássaros que as tomam nos bicos, de espaço a espaço.”
(que = grandes pássaros)

QUAL (+ Variações)

O pronome relativo QUAL também se relaciona com antecedentes


representados por coisas ou pessoas, porém, sempre vem antecedido por um artigo
definido [o, a, os, as].

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Quanto à concordância, concorda em gênero e número com o elemento
antecedente, originando as variações (o qual, os quais, a qual, as quais etc.).

A depender da regência do termo consequente estes pronomes poderão


apresentar-se preposicionados. São as variações (do qual, dos quais, na qual, aos
quais, à qual, às quais etc).

Vejamos os exemplos extraídos da obra de Joaquim Manoel de Macedo.

“traduziu para a nossa língua e fez dele uma balada, a qual minha neta canta.”
(a qual = balada)
“exatamente defronte do espelho, do qual não tirava os olhos”.
(do qual = espelho)
“ouviu-se um grito de dor, ao qual se seguiu viva agitação no interior daquela
casa”.
(ao qual = grito de dor)
“Seguiu-se novo exame da enferma, no qual os quatro estudantes fingiram
observar o pulso”.
(no qual = novo exame)

Cuidado com a ambiguidade!

O emprego inadequado do pronome relativo “que” em vez de “qual” e


variações poderá resultar em mais de um entendimento para uma mesma situação.
Observe:

A delegada indiciou o proprietário da empresa que não cumpriu com as normas


de segurança ambiental.

Veja bem: o proprietário ou a empresa não cumpriu com as normas de


segurança?
Percebeu como o pronome “que”, no exemplo acima, possibilitou mais de um
entendimento para o período no qual foi inserido?
Ao contrário, se fosse utilizado o relativo “a qual”, não teríamos qualquer
comprometimento da compreensão do enunciado, afastando, portanto, a
ambiguidade observada anteriormente. Comprove:

A delegada indiciou o proprietário da empresa, a qual não cumpriu com as


normas de segurança ambiental.

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Agora, uma só compreensão é possível: a empresa foi quem não cumpriu com
as normas de segurança e consequentemente o proprietário foi indiciado.

Quando o termo antecedente estiver distante no texto, também prefira a


utilização de “o (a) qual” e variações. Perceba:

“sete meses depois teve a Maria um filho, formidável menino de quase três
palmos de comprido, gordo e vermelho, cabeludo, esperneador e chorão; o
qual, logo depois que nasceu, mamou duas horas seguidas sem largar o
peito.” (Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias)

O pronome em destaque acima tem como referente o termo “um filho”. Se


utilizássemos o pronome “que”, teríamos uma dificuldade de entendimento, pois o
pronome e o seu referente encontram-se distantes um do outro no texto.

ONDE

É o pronome especifico para antecedentes representados por um lugar ou


localização. Admite-se a substituição por “em que”. Vejamos como Graciliano Ramos
empregou esse pronome em Vidas Secas.

“Coitado, morrera na areia do rio, onde (em que) haviam descansado”;


(onde = areia do rio)
“estranhava não ver sobre o baú de folha a gaiola pequena onde a ave se
equilibrava mal”;
(onde = gaiola pequena)
“examinou a catinga, onde avultavam as ossadas e o negrume dos urubus”.
(onde = caatinga)

Quando o termo consequente reger a preposição “a” ou “de”, o pronome


relativo assume a forma “aonde” ou “donde”, respectivamente. Observe:

“Expliquei-lhe que tinha saído para o teatro donde voltara receoso de Capitu”;
(voltara de onde? = do teatro)
“Capitu propôs metê-lo em um colégio, donde só viesse aos sábados”;
(viesse de onde?) = do colégio)
“Eles moravam em Andaraí, aonde queriam que fôssemos muitas vezes”.
(Machado de Assis, Dom Casmurro)

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Cujo + variações

Este é o pronome relativo especifico quando o antecedente e consequente


forem substantivos e expressarem a ideia de posse (algo pertencente a alguém).

Não se admite artigos antes ou depois do pronome. Não se esqueça, “cujo o”


ou “cuja a” sempre serão construções desabonadas pela norma culta.

Ao contrário dos demais pronomes relativos, esse pronome concorda (em


gênero e número) com o substantivo subsequente, inclusive quanto à regência ou não
por preposição.

“Ao lado da Sra. D. Ana estavam duas jovens, cujos nomes se adivinharão
facilmente”;
(Cujo = os nomes das jovens)
“Vai exigir que Augusto o ajude a forjar cruel cilada contra uma jovem de
dezessete anos, cujo único delito é ter sabido amar o ingrato”;
(Cujo = o delito da jovem)
“o homem perigoso, cujo contato podia fazer a desgraça de outro”
(Cujo = o contato do homem)
“uma jovem de quinze anos, cuja cintura se podia abarcar completamente com
as mãos.”
(Cuja = a cintura da jovem)
(Joaquim Manuel de Macedo, A MORENINHA)

QUEM

Emprega-se unicamente quando o antecedente for pessoa. Em regra, será


precedido por preposição regida pelo verbo da oração que o pronome introduz.

“é um pobre menino com quem me divirto nas horas vagas”;


(com quem = pobre menino)
“Augusto apaixonou-se por seis senhoras com quem dançou”;
(com quem = seis senhoras)
“Estava o nosso estudante sonhando que certa pessoa, de quem ele teve até
aborrecimento”.
(de quem =certa pessoa)
(Joaquim Manuel de Macedo in A MORENINHA)

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QUANTO

É o pronome relativo especifico quando o antecedente exprimir a ideia de


quantidade. É acompanhado dos pronomes indefinidos tanto, tudo, todos (e
variações) com os quais concordam em gênero e número. Observe:

“e dará por bem feito tudo quanto o senhor fizer.”


“Confesso-lhe que desejo muito a liberdade dessa escrava, tanto quanto desejo
a minha felicidade”
(Bernardo Guimarães, A Escrava Isaura)

QUANDO

Empregado para antecedentes que expressem o valor semântico de tempo.

“Um dia, quando todos os livros forem queimados por inúteis, há de haver
alguém, ... , que ensine esta verdade aos homens.”
(quando = um dia)
“no primeiro sábado, quando eu cheguei a casa, e soube que Capitu estava na
Rua dos Inválidos”
(quando = no primeiro sábado)
(Machado de Assis, Dom Casmurro)

COMO

Empregado para antecedentes que expressem o valor semântico de forma,


modo ou maneira com se realiza algo (o modo como, a forma como, a maneira como).

Os professores nos ensinaram a maneira como devíamos ter encarado os


testes.

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Passos para não errar no emprego dos pronomes relativos

•Cerifique-se da natureza do termo antecedente para empregar o


pronome adequado;
• Exemplo:
1 •Pessoa => quem; Posse => cujo; Lugar => onde, aonde, donde;

•Aprenda: o pronome “que” é universal e poderá ser empregado em


praticamente todas as situações, exceto nas relações de posse, que
exigem, com exclusividade, o pronome cujo;
2

•Observe se na oração subordinada ocorre algum termo que exija


preposição, situação em que esta deverá anteceder o pronome relativo.
3

Vamos exercitar? 

1. (UPE, SUAPE – ENGENHEIRO) Assinale a alternativa cuja sequência completa


CORRETAMENTE as frases abaixo.
A lei ............. se referiu já foi revogada.
Os cálculos matemáticos ................ se lembraram eram enormes.
O emprego ................ aspiras é extremamente importante.
O conto de Machado ................. gostou foi premiado.
A peça teatral ................ assistimos foi de uma sutileza política fantástica.
A) que – que – que – que – que
B) a que – de que – que – que – a que
C) que – de que – que – de que – que
D) a que – de que – a que – de que – a que
E) a que – que – que – que – a que

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COMENTÁRIOS:

Trata-se de uma questão muito interessante para revisarmos o emprego dos


pronomes relativos. A questão explora basicamente o seu conhecimento sobre as
regras de regência associadas à escolha do pronome relativo adequado a cada
situação.

A depender da regência do termo consequente, os relativos poderão


apresentar-se preposicionados. São as variações (a que, de que, do qual, dos quais, na
qual, aos quais, à qual, às quais etc).

Voltando ao enunciado, devemos estar atentos à regência do termo


consequente.

No primeiro item, a forma verbal “referir-se”, exige a preposição “a” (quem se


refere, refere-se a algo ou a alguém). Se o termo consequente rege-se por preposição,
esta deverá, obrigatoriamente, acompanhar o pronome relativo, logo: “A lei a que (à
qual) se referiu já foi revogada”.

Em seguida, verificamos o verbo “lembrar-se”. Novamente, a forma verbal


exige um complemento preposicionado (quem se lembra, lembra-se de algo ou de
alguém), logo: “Os cálculos matemáticos de que (dos quais) se lembraram eram
enormes”.

Nos itens seguintes, verificamos as formas verbais “aspiras”, “gostou” e


“assistimos”. Nos três casos, temos verbos que se regem por preposição, e que
emprestam essa regência às formas pronominais que os acompanham. Logo, estão
corretas:

O emprego a que aspiras ...


O conto de Machado de que gostou ...
A peça teatral a que assistimos ...
Para não errar jamais:

Se o termo consequente rege-se por preposição, esta deverá, obrigatoriamente,


acompanhar o pronome relativo.

TERMO PRONOME TERMO


ANTECEDENTE RELATIVO CONSEQUENTE

•Determina as •. •Determina as
relações de relações de
concordância Regência

Gabarito: Nos termos apresentados, a letra “c”, corresponde ao nosso gabarito.

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2. (UPE, LACEN – ANALISTA - ADAPTADA) Com base no fragmento textual abaixo,
julgue a afirmativa seguinte:

“...produção de medicamentos em embalagens que permitam o fracionamento".

O termo sublinhado se classifica como pronome relativo e o verbo "permitam"


concorda com o termo que o antecede.
COMENTÁRIOS:
Os pronomes relativos são aqueles que projetam o termo antecedente na
oração seguinte, evitando a sua repetição desnecessária. São, por esta razão,
importantes elementos de coesão textual.
No caso em tela, o pronome “que” representa o termo “embalagens” na oração
“que permitam o fracionamento”.
Como afirmado no enunciado, a forma verbal “permitam”, concorda com o
termo “embalagens”. Entenderemos melhor esse processo de concordância quando
abordamos a função sintática dos pronomes relativos.
Gabarito: nos termos apresentados, a afirmativa encontra-se verdadeira.

3. (UPE, LACEN – ANALISTA - ADAPTADA) Com base no fragmento textual abaixo,


julgue a afirmativa seguinte:
“Os laboratórios terão também que desenvolver estratégias..."

O termo sublinhado se refere a "laboratórios", classificando-se como pronome


relativo.
COMENTÁRIOS:
O termo em destaque não projeta o termo antecede na oração seguinte, logo,
não pode ser caracterizado como pronome relativo. Trata-se de uma conjunção
integrante, ou seja, que introduz uma oração subordinada subjetiva.
O método mais simples de identificação das conjunções integrantes, é
substituir o termo pelo pronome “ISSO”. Se a substituição resultar em uma frase
coerente (compreensível), estaremos diante de uma conjunção e não de um pronome
relativo.
Vejamos: “Os laboratórios terão também ISSO...". No caso, o termo “ISSO”
representa toda a oração seguinte. A oração “que desenvolver estratégias“, classifica-
se como subjetiva objetiva direta, no entanto, esse um tema para as próxima aulas.
Gabarito: como observado, a afirmativa encontra-se incorreta.

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4. (UPE, HEMOPE – TÈC. EM ENFERMAGEM) Quanto às normas gramaticais, julgue o
item abaixo:
No trecho “...muitos pacientes que precisam de sangue...”, o sujeito é representado
pelo pronome relativo “que”, e o verbo concorda com o seu antecedente.
COMENTÁRIOS:
Primeiramente, o vocábulo “que”, em destaque, seria um pronome relativo?
Sabemos que os relativos são os pronomes que se referem ao termo antecedente,
projetando-o na oração seguinte e evitando a sua repetição.
No caso, o “que”, retoma o termo “pacientes”, logo, trata-se de um pronome
relativo. Até aqui, a afirmativa encontra-se verdadeira, mas ainda resta a definição da
sua função sintática.
É isso mesmo: os pronomes relativos introduzem as orações subordinadas
adjetivas e obrigatoriamente desempenham uma função sintática.
Veremos, nas aulas seguintes, que o verbo é quem dá as cartas em matéria de
análise sintática. É o verbo que nos dirá qual a função sintática desempenhada pelo
pronome relativo na oração subordinada.
Em “...muitos pacientes que precisam de sangue...”, quem precisa de sangue?
A resposta é simples: “muitos pacientes precisam de sangue”.
Creio que você já tenha entendido! O pronome relativo exerce a mesma função
sintática que o termo a que ele se refere exerceria. No nosso caso, exerce a função de
sujeito da forma verbal “precisam”.
Gabarito: nos termos apresentados, a afirmativa encontra-se verdadeira.

5. (UPE, HUOC – MÉDICO) Quanto às normas gramaticais, julgue o item abaixo:


Em “Ele (o homem) passa seu tempo fazendo coisas nas quais não está
interessado”, a preposição usada antes do pronome relativo desobedece ao padrão
culto da língua.
COMENTÁRIOS:

Como vimos, a depender da regência do termo consequente, os pronomes


relativos poderão apresentar-se preposicionados. São as variações (do qual, dos
quais, na qual, aos quais, à qual, às quais etc).

Vejamos: quem não está interessado, não está interessado em alguma coisa.
Percebam que o termo consequente exige a proposição, que, no caso, acompanha o
pronome relativo “quais”.

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Para não errar:

Se o termo consequente rege-se por preposição, esta deverá, obrigatoriamente,


acompanhar o pronome relativo.

TERMO PRONOME TERMO


ANTECEDENTE RELATIVO CONSEQUENTE

•Determina as •. •Determina as
relações de relações de
concordância Regência

Gabarito: a preposição foi empregada corretamente, logo, a afirmativa


encontra-se incorreta.

6. (UPE, LACEN – ANALISTA) Quanto às normas gramaticais, julgue o item abaixo:


No trecho “...produção de medicamentos em embalagens que permitam o
fracionamento", o termo sublinhado se classifica como pronome relativo e o verbo
"permitam" concorda com o termo que o antecede.
COMENTÁRIOS:
As bancas costumam ser repetitivas. A banca, nesses casos, busca o seu
conhecimento sobre o reconhecimento dos pronomes relativos e das regras de
concordância verbal.
O vocábulo “que” refere-se ao termo antecedente “embalagens”, transportando-
o para a oração seguinte e obrigando a conjugação do verbo na terceira pessoa do
plural. Simples assim.
Gabarito: a afirmativa encontra verdadeira, e já podemos concluir que o verbo
da oração subordinada (a oração introduzida pelo pronome relativo) concordará com
o termo antecedente ao qual o pronome se refere.

7. (HEMOMINAS-MG/ IBFC/2013) Assinale a alternativa que completa corretamente a


lacuna.

Visitei o lugar _________ seu pai nos falou.

a) que b) o qual c) na qual d) de que

COMENTÁRIOS:

Amiga (o), tratando-se de pronomes, os relativos são os mais explorados pelas


provas de concursos. Porém, não há mistério nesta parte da matéria.

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Devemos ter um cuidado especial apenas na escolha do pronome adequado
para determina circunstância (tempo, modo, lugar, coisa, pessoa, posse ou
quantidade) e na utilização ou não de preposição.

Na oração acima, se busca o pronome adequado para estabelecer a relação


entre o termo antecedente “o lugar” e o termo consequente “seu pai nos falou”.

Caso não houvesse o emprego do pronome relativo, teríamos uma construção


no mínimo esdruxula: “Visitei o lugar. Seu pai falou do lugar”.

Na oração subordinada adjetiva iniciada pelo pronome relativo, verifica-se o


verbo “falou”, que exige complemento com preposição (quem fala, fala de algo ou
alguém). No caso, o pai falou do lugar que foi visitado.

Podemos de cara eliminar as alternativas [a, b], já que desconsideraram a


regência verbal e a necessidade de preposição acompanhando o pronome.

Como o verbo falar rege a preposição “de” a alternativa que completa


adequadamente a lacuna é a letra [d], “Visitei o lugar de que seu pai nos falou”.

Inicialmente, parecia uma questão trivial, porém exigiu o conhecimento dos


candidatos sobre os conhecimentos básicos de regência verbal. É nesse ponto que
reside o maior risco de erro de questões envolvendo os pronomes relativos: não
considerar a regência verbal ou nominal que pode influenciar decisivamente no
emprego adequado do pronome.

Gabarito: nos termos apresentados a alternativa [d] encontra correta.

8. (IDECI-CE/IBFC/2013) Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna.

O rapaz contou uma história ________ não acreditei.

a) que b) a qual c) em que d) onde

COMENTÁRIOS:

Eu não acreditei em quê? Na história que o rapaz contou. Fácil e sem mistérios.

O verbo acreditar rege a proposição “em” (quem acredita, acredita em algo ou


em alguém). Não poderíamos empregar os pronomes “que” ou “o qual” e muito
menos o pronome “onde”, especifico para antecedentes representados por lugares.

Resta-nos a alternativa [c], “O rapaz contou uma história em que não


acreditei”.

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Gabarito: apenas a alternativa [c] observa as regras de regência verbal e
portanto apresenta o pronome adequado ao caso em tela.

9. (CRA-SP/IBFC/2011) Assinale a alternativa que completa, correta e


respectivamente, as lacunas.

I. As cenas ________me lembro são boas.

II. Não vi o texto _________ o professor fez referência.

a) que – que

b) que – a que

c) de que – a que

d) de que – que

COMENTÁRIOS:

Acreditamos que você já esteja compreendendo que a observância da regência


verbal é determinante para o emprego adequado dos pronomes relativos. É neste
ponto que a maioria dos candidatos erra e perde pontos preciosos. Vamos á questão!

Eu me lembro de quê? Das cenas.

No item [I], o verbo pronominal “lembrar-se” rege a preposição “de” (quem


lembra-se, lembra-se de alguma coisa). A forma pronominal “de que” é à adequada
para a situação, logo: As cenas de que me lembro são boas.

No item [II], o professor fez referência a quê? Ao texto. O termo “referência”


exige um complemento preposicionado (quem faz referência, faz referência a alguma
coisa). Nesse caso, o pronome relativo “a que” completa adequadamente a lacuna:
Não vi o texto a que o professor fez referência.

Gabarito: nesses termos, a alternativa [c], ao respeitar as regras de regência


verbal, apresenta os pronomes adequados ao preenchimento das lacunas.

10. (ILSL-MG/IBFC/2013) Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna.

Conheci a cidade _______ ele foi em julho.

a) que b) a qual c) a que d) onde

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COMENTÁRIOS:

Ele foi em julho para onde? Para cidade que conheci. O verbo “ir” rege a
preposição “a” (quem vai, vai a algum lugar), portanto podemos eliminar as
alternativas [a, b, d], uma vez que trazem pronomes não precedidos de preposição,
ou seja, em desacordo às regras de colocação pronominal.

Gabarito: a alternativa [c] apresenta a forma pronominal coerente à situação


trazido pelo enunciado, portanto: “Conheci a cidade a que ele foi em julho”.

Mas professor, você não falou que o pronome “onde” seria utilizado
especificamente quando o termo antecedente indicasse lugar? Desta forma, por que a
alternativa [d] encontra-se incorreta?

Amiga (o), o relativo “onde” será utilizado sempre que o termo consequente
não se reger por preposição. Caso contrário, exigindo-se a preposição obrigatória,
empregam-se as formas “donde (de + onde)” ou “aonde (a + onde)”. Vejamos:

onde Termo
aonde Termo
donde Termo
antecedente antecedente antecedente
indicando indicando indicando
lugar lugar lugar
Termo termo
Termo
consequente consequente
consequente
regendo a regendo a
não exigindo
preposição preposição
preposição
“a” “de”

11. (Franca-SP/IBFC/2012) Assinale a alternativa que completa corretamente a


lacuna.

Ela era uma amiga ________ eu contava meus segredos.

a) que b) à qual c) a qual d) na qual

COMENTÁRIOS:

Ao longos da aula você perceberá que não há dificuldades em questões


envolvendo pronomes relativos. Basta empregar o pronome adequado à relação
semântica estabelecida entre os termos antecedente e consequente, bem como
respeitar as regras de regência.

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Os pronomes relativos “a qual” e “as quais” recebem o sinal indicativo de
crase quando antecedidos pela preposição “a”.

[a qual/as
[a] quais] [à qual/às
preposição Pronome quais]
relativo

Na oração em pauta, o verbo “contar” é transitivo direito e indireto (quem


conta, conta algo a alguém). Exige, portanto, dois complementos, dos quais um é
regido pela preposição “a”.

A alternativa adequada ao preenchimento da lacuna é a letra [b]: “Ela era uma


amiga à qual eu contava meus segredos”.

Gabarito: considerando as normas de regência verbal associadas às regras de


emprego dos pronomes relativos, a alternativa [b] encontra-se correta.

Os pronomes relativos preposicionados:

Como vimos, o termo consequente rege alguma preposição (a, de, com, por,
sobre etc), esta deverá preceder o pronome relativo. Observe nos exemplos abaixo,
extraídos da obra “Senhora” de José de Alencar, como os pronomes relativos
respeitam a regência do termo consequente:

“dando-lhe os mais amplos esclarecimentos, (...) sobre uma bela mulher, por
quem a Excelência se apaixonara.”
(quem se apaixona, apaixona-se por alguém).

“A Adelaide deve casar com o Dr. Torquato Ribeiro de quem ela gosta.”
(quem gosta, gosta de alguém)

“encontrou Alfredo Moreira com quem de véspera apenas falara de relance.”


(quem fala, fala com alguém)

“Havia em cima da mesa uma caixa de jogo, donde Aurélia tirou um baralho,
com que se entreteve.”
(que tira, tira algo de algum lugar)

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(quem se entretém, entretém-se com algo ou alguém)

“A mãe e as irmãs, às quais ele confiara o projeto”


(quem confia, confia algo a alguém)

“Esse fenômeno devia ter uma razão psicológica, de cuja investigação nos
abstemos”
(quem se abstém, abstém-se de algo)

“o mais sublime de todos os estilos, a cuja eloquência arrebatadora não se


resiste”
(quem não resiste, não resiste a algo ou a alguém)

12. (ABDI - ADI/2008) Assinale a alternativa que completa adequadamente a lacuna:

Gostamos do filme ______ enredo trata do conflito em Ruanda.

a) onde b) que c) no qual d) cujo

COMENTÁRIOS:

O que trata do conflito em Ruanda? O enredo do filme. Verifica-se uma relação


de posse entre os termos antecedente e consequente. Essa relação é estabelecida pelo
emprego do pronome relativo “cujo” (e variações). Logo: “Gostamos do filme cujo
enredo trata do conflito em Ruanda”.

Gabarito: o pronome adequado à situação em tela é o que se encontra na


alternativa [d].

13. (INEP/IBFC/2012) Assinale a alternativa que completa a lacuna abaixo.

Não li o texto _____ a professora fez alusão.

a) que b) o qual c) de que d) a que e) em que

COMENTÁRIOS:

Quem faz alusão, faz alusão a alguma coisa, no caso, “ao texto”. O verbo rege
a preposição “a” que deverá apresentar-se antecedida ao pronome relativo, logo: “Não
li o texto a que a professora fez alusão.”

Gabarito: nesses termos, a alternativa [d] encontra-se correta.

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14. (ILSL-SP/IBFC/2012) Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna.

Li a reportagem ___________ você se referiu.

a) que b) a que c) na qual d) a qual

COMENTÁRIOS:

Quem se refere, refere-se a algo ou a alguém, no caso, “a reportagem”. O verbo


rege a preposição “a” que deverá apresentar-se antecedida ao pronome relativo, logo:
“Li a reportagem a que você se referiu”.

Se você marcou precipitadamente a alternativa [d], não se preocupe, muitos


também o fizeram. A banca, propositadamente, sugeriu o pronome “a qual” sem o
sinal indicativo de crase, que no caso é exigido pela regência do verbo “referir-se”.
Também estaria correta a seguinte construção: “Li a reportagem à qual você se
referiu”.

Gabarito: a letra [b] corresponde à alternativa correta.

15. (PGE-SP/IBFC/2013/ adaptada) Assinale a alternativa que completa, correta e


respectivamente, a lacuna.

O texto _______ o professor fez referência está disponível no site.

a) que b) de que c) o qual d) ao qual e) no qual

COMENTÁRIOS:

Não custa repetir: a depender da regência do verbo ou do substantivo da


oração que iniciam, os pronomes relativos poderão vir antecedidos por preposição.
Vejamos mais um exemplo:

“Acrescentarei a moça, por quem V. S.ª se interessa”. (Bernardo Guimarães, A


Escrava Isaura)

No período acima, o verbo “interessar” rege a preposição “por” (quem se


interessa, se interessa POR alguém).

Voltando à nossa questão, devemos estar atentos à regência do termo


consequente. Nesse sentido, na oração em pauta, o pronome “ao qual” corretamente
preenche a lacuna, observe: “O texto ao qual o professor fez referência está
disponível no site”.

Gabarito: nesses termos, a alternativa verifica-se correta.

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16. (SEPLAG/IBFC/2012) Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna.

Leia as orientações ______ todos os funcionários devem obedecer.

a) que b) as quais c) na qual d) a que

COMENTÁRIOS:

Os funcionários devem obedecer a quê? Às orientações. O verbo obedecer,


como transitivo indireto, rege a preposição “a” que se apresentará antecedida ao
pronome relativo. Logo: “Leia as orientações a que todos os funcionários devem
obedecer”.

Mas professor, também não poderia ter sido empregado o pronome “as quais”?
Qual seria o erro na frase: “Leia as orientações as quais todos os funcionários devem
obedecer”.

Amiga (o), mais uma vez, este é um ponto que derruba muitos candidatos
desatentos na hora da prova: os pronomes relativos “a qual” e “as quais” recebem o
sinal indicativo de crase quando virem acompanhados pela preposição “a”.

No caso em pauta, o verbo obedecer requer um complemento antecedido por


preposição, portanto, o pronome adequado seria “às quais” (Leia as orientações às
quais todos os funcionários devem obedecer).

Gabarito: a alternativa [d] traz o pronome adequado ao caso proposto no


enunciado.

17. (SEAD/SECULT/PB/2013) Assinale a alternativa que completa a lacuna.

A violência é um problema __________ ainda não se encontrou solução.

a) onde b) no qual c) para o qual d) cujo

COMENTÁRIOS:

O termo antecedente “problema” complementa o sentido do termo


consequente “solução”, que por sua vez rege a preposição “para” (quem tem solução,
tem solução para alguma coisa). Logo: “A violência é um problema para o qual ainda
não se encontrou solução”.

Gabarito: a alternativa [c] preenche corretamente a lacuna.

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18. (CISMEPAR-PR/ AOCP/ 2011) “Seria uma ‘punição’ a Trump, que considera
concorrer à presidência pelo Partido Republicano, em 2012, e tem dado declarações
questionando a cidadania de Obama e sua legitimidade no posto.”

A forma questionando pode ser substituída, sem prejuízo para o contexto, pela
expressão

(A) que questiona.

(B) para as quais questiona.

(C) com que questionam.

(D) nas quais questiona.

(E) de que questionam.

COMENTÁRIOS:

Ops! Temos novidade na área. A questão tratou dos pronomes relativos dentro
do contexto das orações subordinadas adjetivas, particularmente das orações
subordinadas adjetivas reduzidas de gerúndio.

Professor, que negócio é esse de orações reduzidas? Vimos todas as aulas de


sintaxe e você não falou nada sobre elas.

Amiga (o), propositadamente, nas aulas sobre a sintaxe da oração e do período,


resolvemos negligenciar este tema por acreditar que confundiríamos mais do que
esclareceríamos. No entanto, ao final do curso, nas aulas de aprofundamento,
retornaremos a este a outros assuntos peculiares e mais complexos, que exigem, para
a sua perfeita compreensão, um domínio maior da disciplina, algo que teremos
alcançado quando chegarmos à nossa 16ª aula.

Mas deixa de conversa fiada e vamos ao entendimento da questão. Analise as


frases abaixo e tente decifrar o pronome relativo oculto.

Percebi apenas alguns meninos brincando ao redor do jardim.


Eu gosto de amigos me visitando sempre.

Nos exemplos acima, temos mais de uma oração, e isso é óbvio, pois se verifica
mais de uma forma verbal em cada período. Se temos mais de uma oração, é porque
os períodos são compostos, ok?

Certo professor, até aqui entendi perfeitamente que os períodos acima são
compostos, porém, são compostos por coordenação ou subordinação?

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Amiga (o), muito simples, se as orações não são sintaticamente independentes
uma da outra, ou seja, se isoladamente não possuem sentido completo, é porque
fazem parte de um período composto por subordinação, como o que observamos nos
exemplos acima.

As orações subordinadas se classificam em três espécies: as substantivas, as


adverbiais e as adjetivas. Estas últimas, as adjetivas, caracterizam-se pela presença
do pronome relativo unindo a orações principal á oração subordinada, restringindo-a
ou explicando-a.

Agora, passemos à analise dos exemplos em tela:

Oração principal Oração subordinada Oração subordinada


adjetiva reduzida de adjetiva desenvolvida
gerúndio

Percebi apenas alguns [brincando ao redor do Percebi apenas alguns


meninos jardim.] meninos que brincavam ao
redor do jardim.

Eu gosto de amigos [me visitando sempre] Eu gosto de amigos que me


visitem sempre.

Em ambos os casos, a oração subordinada foi reduzida através da ocultação do


pronome relativo e flexão da forma verbal no gerúndio.

Voltando novamente à questão, o enunciado pede, nada mais, que o candidato,


reconhecendo a como subordinada reduzida de gerúndio, faça adequadamente a
conversão para a sua forma desenvolvida, ou seja, com o pronome relativo explicito.

Muito fácil, porém, todo cuidado é pouco: para o emprego adequado dos
pronomes relativos sempre observe as relações de concordância com o termo
antecedente e regência do termo consequente. Tomados estes cuidados, não há como
errar. Vamos lá?

“(...) e tem dado declarações questionando a cidadania de Obama (...).”

Não vemos, na oração acima. qualquer termo regendo as preposições [para, de


ou com], logo as alternativas [b,c,e] não correspondem ao nosso gabarito.

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A alternativa [a] sugere a expressão “que questiona”, no entanto, caso a
empregássemos, incorreríamos em erro de concordância verbal. Observe: “e tem dado
declarações que questiona a cidadania de Obama (...)”. Nessa situação, o pronome
relativo deveria concordar com o termo antecedente, no caso, o substantivo
“declarações”. A forma aceitável seria: “e tem dado declarações que QUESTIONAM a
cidadania de Obama (...)”.

Chegamos à alternativa [d], ela apresenta a forma correta do emprego do


pronome relativo de acordo com o objetivo do enunciado. Pereba que o pronome foi
flexionado para o plural (nas quais) para assim atender à necessidade de
concordância com o termo antecedente “declarações”.

“(...) e tem dado declarações nas quais questiona a cidadania de Obama (...).”

A questão foi muito importante porque nos possibilitou o entendimento


introdutório das orações reduzidas, tema ao qual voltaremos em outro encontro.
Reforçou também a necessidade obrigatória de observância da concordância do
pronome relativo com o termo antecedente e respeito à regência do termo
consequente.

Para não errar jamais:

TERMO PRONOME TERMO


ANTECEDENTE RELATIVO CONSEQUENTE

• Determina as • Determina as
relações de •. relações de
concordância Regência

Gabarito: nos termos apresentados, a alternativa [d] verifica-se correta.

19. (ORTIGUEIRA-PR/ AOCP/ 2012) Assinale a alternativa em que o termo


destacado é um pronome relativo.

(A) “Ele ressalta a importância da norma e lembra que, nos primeiros 30 dias de sua
aplicação, houve redução de 50% das mortes no trânsito.”

(B) “A associação entende que seria mais eficaz trabalhar com campanhas
educativas.”

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(C) “A perigosa combinação entre álcool e volante é tema de pelo menos 50 projetos
de lei que estão em tramitação no Congresso Nacional atualmente.”

(D) “... ainda que o motorista não tenha se envolvido em acidentes.

(E) “... diz que o projeto pode ser analisado na Câmara no primeiro trimestre deste
ano.

COMENTÁRIOS:

Chegamos a um ponto IMPORTANTÍSSIMO do nosso curso, o reconhecimento


dos diversos papéis que o vocábulo [que] pode assumir na língua portuguesa.

Essa polivalência é MUITO explorada pelas bancas de concursos públicos e,


geralmente, confunde muitos candidatos. Mas quais são as funções possíveis para
essa “palavrinha” tão importante?

Vejamos as principais:

Substantivo

Preposição
Interjeição Pronome
interrogativo
Palavra
expletiva

QUE

Pronome
Conjunção
relativo

Advérbio

QUE = SUBSTANTIVO
É equivalente à expressão
Sempre acentuado e Exerce as funções sintáticas
“alguma coisa”.
precedido por próprias dos substantivos
determinantes, geralmente (sujeito, objeto direto,
os artigos. objeto indireto,
predicativo).

Caetano Veloso tem um quê de encantador.


Que = (alguma coisa)
Caetano Veloso tem alguma coisa de encantador.

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QUE = PRONOME
Pronome Indefinido Interrogativo Pronome Relativo
São observados nas orações interrogativas Refere-se a um termo da oração
indiretas ou indiretas. antecedente, trazendo-o para oração
seguinte.
Pode ser substituído pelo “o
qual” [+flexões].
Em que mundo você vive? Todos os alunos que levarem o estudo a
Ontem, vocês fizeram o quê? sério serão, um dia, aprovados!

QUE = ADVÉRBIO DE INTENSIDADE


Assume esse papel quando acompanha outros advérbios ou adjetivos, sendo equivalente
a “ quão”.

Que estudioso esse menino se tronou.


= Quão estudioso esse menino se tornou

QUE = PREPOSIÇÃO (grave esse regra)


Observado unicamente nas locuções verbais unindo o verbo ter (auxiliar) ao verbo
principal. É equivalente à preposição “de”.

Não vou sair, pois tenho que estudar


(Tenho que estudar = tenho de estudar)

QUE = CONJUNÇÃO
Une duas orações em um mesmo período.
Pode relacionar tanto orações coordenadas, quanto orações subordinadas.
Dentre as conjunções, sua classificação depende da relação semântica que estabelece.

Estude muito, que é Estudou tanto, que foi aprovado Os nossos alunos disseram
preciso. em 1º lugar. que a prova foi fácil.
Conj. Coordenativa Conj. Subordinativa Consecutiva Conj. Subordinativa
Explicativa integrante

QUE = INTERJEIÇÃO

A interjeição é classe de palavra que exprime surpresa, espanto ou admiração. Confere


maior realce à oração seguinte. Não possui função sintática. Vem geralmente
acompanhada do ponto de exclamação.

Quê! Você ainda nau leu as aulas do professor Rômulo e sua equipe, só lamento!

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QUE = PARTÍCULA EEXPLETIVA OU DE REALCE
As partículas de realce são termos acessórios das orações, e como tais podem ser
suprimidos, sem provocar qualquer prejuízo sintático ou semântico.
Que saudade que tenho dos tempos da minha infância.
Quase que não o vi entrar.
O estudo é que abre portas.

Dentre as várias funções representadas pela palavra [que], a diferenciação


entre o pronome relativo e as conjunções integrantes é a mais relevante.

Essa distinção é “mamão com açúcar”: quando pronome relativo o [que] refere-
se a um termo anterior, trazendo-o para a oração seguinte; ao contrário, quando
conjunção integrante, não se refere a nenhum termo antecedente, e resume toda a
oração subordinada dentro da oração principal. O [que], enquanto conjunção
integrante, pode ser substituído por isso ou disso. Vejamos mais alguns exemplos:

QUE

Pronome Relativo Conjunção Integrante

Os alunos que fizeram as provas Os alunos disseram que houve


neste domingo reclamaram da muita desorganização durante a
desorganização. realização das provas.

[que] = alunos [que] = ISSO

Mas depois deste longo comentário, vamos voltar à questão? Vejamos cada
alternativa isoladamente, lembrando que o enunciado busca qual dentre os termos
destacados exerce o papel de pronome relativo.

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(A) “Ele ressalta a importância da norma e Ele lembra [ISSO]
lembra que, nos primeiros 30 dias de sua
Que = conjunção integrante
aplicação, houve redução de 50% das
mortes no trânsito.”

(B) “A associação entende que seria mais “A associação entende [ISSO]


eficaz trabalhar com campanhas
Que = conjunção integrante
educativas.”

(C) “A perigosa combinação entre álcool e (...) é tema de pelo menos 50 projetos de lei
volante é tema de pelo menos 50 projetos que estão em tramitação
de lei que estão em tramitação no
Que = projetos de lei = pronome relativo
Congresso Nacional atualmente.”

(D) “... ainda que o motorista não tenha se Ainda que = conjunção subordinativa
envolvido em acidentes. concessiva

(E) “... diz que o projeto pode ser analisado “ ...diz isso...
na Câmara no primeiro trimestre deste ano.
Que = conjunção integrante.

Gabarito: nos termos apresentados, apenas a alternativa [c] apresenta a palavra


[que] como pronome relativo.

20. (PARANAVAÍ-PR/ AOCP/ 2012) Assinale a alternativa em que o termo destacado


é um pronome relativo.

(A) “...pode significar que não precisa da mulher...”

(B) “...entender que, ao firmar uma parceria, compramos um pacote completo...”

(C) “...para tentar entender o fenômeno que ela chama de atrações fatais.”

(D) “Diane pediu que a mulher se lembrasse das qualidades...”

(E) “Ela observou que quanto mais acentuada é a qualidade...”

COMENTÁRIOS:

As questões envolvendo a diferenciação da palavra [que] pronome relativo ou


conjunção é muito frequente em concursos, e muito simples também.

O pronome relativo retoma um termo antecedente, enquanto que a conjunção


integrante representa toda uma oração subordinada na oração principal, e por esta
razão sempre pode ser substituída pelo pronome ISSO.

Vejamos cada uma das alternativas:

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(A) “...pode significar que não precisa da Pode significar [ISSO]
mulher...”
Que = conjunção integrante

B) “...entender que, ao firmar uma Entender [ISSO]


parceria, compramos um pacote
Que = conjunção integrante
completo...”

(C) “...para tentar entender o fenômeno O fenômeno que ela chama de atrações
que ela chama de atrações fatais.” fatais...
Que = o fenômeno = pronome relativo

(D) “Diane pediu que a mulher se Diane pediu [ISSO]


lembrasse das qualidades...”
Que = conjunção integrante

(E) “Ela observou que quanto mais Ela observou [ISSO]


acentuada é a qualidade...”
Que = conjunção integrante

Gabarito: nos termos apresentados, apenas a alternativa [c] apresenta a palavra


[que] como pronome relativo.

21. (GDF-SEAP/ IADES/ 2012) De acordo com o fragmento textual abaixo, julgue a
afirmativa seguinte.

Fragmento do Texto:
De qualquer modo, a língua constitui marca identitária da comunidade que a usa, e, em
princípio, os parâmetros que a identificam permitem identificar indivíduos como
pertencentes à comunidade.

No trecho “os parâmetros que a identificam”, o pronome relativo “que” remete a


“parâmetros” e, por isso, admite a substituição pelo pronome os quais; entretanto,
nesse contexto, essa substituição provocaria ambiguidade.

COMENTÁRIOS:

(...) os parâmetros que a identificam permitem identificar indivíduos (...)


(...) os parâmetros os quais a identificam permitem identificar indivíduos (...)

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Vamos analisar cada aspecto da afirmativa:

1. A palavra [que] é um pronome relativo e retoma o termo antecedente


“parâmetros”;
2. Pode ser substituído normalmente pelo pronome relativo “qual” e variações,
desde que se respeite a concordância com o termo antecedente e à regência do
termo consequente;
3. No caso em pauta, o pronome “os quais” cabe perfeitamente no período uma
vez que concorda com “parâmetros” e não apresenta problemas de regência
com o termo consequente “identificam”.
4. Quanto à ambiguidade, ela é verificada em certas ocasiões com o pronome
“que”, e não com o pronome “qual” e variações, logo não se observaria
qualquer dificuldade de entendimento caso a alteração sugerida pelo
enunciado fosse realizada.

Gabarito: nos termos apresentados, a afirmativa encontra-se incorreta.

22. (EBSERH/SEDE/IADES/2011/adaptada) A respeito da redação do verso “É sinal


que amei demais”, julgue a sentença seguinte.

“Que” poderia ser substituído por o qual, já que se refere a “sinal”.

COMENTÁRIOS:

Mais uma questão muito simples que tratou da diferenciação da palavra [que]
como pronome relativo ou conjunção integrante. Na oração em pauta, o vacúolo não
retoma nenhum termo antecedente, ao contrário, resume toda a oração subordinada
como complemento da oração principal. Observe que o vocábulo ainda pode ser
substituído pelo pronome DISSO.

Estamos falando de uma conjunção integrante, logo não há que se falar em


substituição por quaisquer pronomes relativos.

Gabarito: nos termos apresentados a afirmativa encontra-se incorreta.

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23. (EBSERH/SEDE/IADES/2011/adaptada) A respeito dos aspectos gerais da norma
padrão da língua portuguesa, julgue a afirmativa seguinte.

A oração “A AIH, preenchida pelos profissionais de saúde no momento da internação,


é ferramenta essencial para gestão dos hospitais e controle de gastos públicos.”
também poderia apresentar a redação: A AIH, o qual é um instrumento preenchido
pelos profissionais de saúde no momento da internação, é ferramenta essencial para
gestão dos hospitais e controle de gastos públicos.

COMENTÁRIOS:

Mais uma interessante questão trazida pela banca IADES. O segredo para
análise da situação proposta na afirmativa está no reconhecimento e no emprego
adequado do pronome relativo. Vejamos a situação proposta:

A AIH, o qual é um instrumento preenchido pelos profissionais de saúde no


momento da internação, é ferramenta essencial para gestão dos hospitais e
controle de gastos públicos.

Amiga(o), o pronome relativo, via de regra, concorda com o termo antecedente


a que se refere. No caso em tela, o termo referido é a expressão “A AIH”, logo, o
pronome “o qual” estaria inadequado à situação proposta.

Corrigindo: A AIH, a qual é um instrumento preenchido pelos profissionais de


saúde no momento da internação, é ferramenta essencial para gestão dos
hospitais e controle de gastos públicos.

Gabarito: a afirmativa verifica-se incorreta.

24. (GDF-SEAP/ IADES/ 2011/Adaptada) Com base no fragmento de texto abaixo,


julgue a afirmativa seguinte.

O pronome relativo em destaque retoma o elemento expresso pelo pronome


demonstrativo que o antecede.

Fragmento do Texto:

Não é de hoje que nossa relação com os textos escritos é assim: eles têm formato
próprio, suporte específico, possíveis propósitos de leitura - em outras palavras, têm o
que os especialistas chamam de "características sociocomunicativas", definidas pelo
conteúdo, a função, o estilo e a composição do material a ser lido.

Página 29 de 34
COMENTÁRIOS:

O enunciado faz referencia à seguinte passagem do texto:

(...) em outras palavras, têm o que os especialistas chamam de "características


sócio comunicativas" (...)

Amiga (o), falamos anteriormente que as palavras [o, a, os, as] também podem
exercer o papel de pronomes demonstrativos sempre que corresponderem aos
pronomes aquele(s), aquela(s), aquilo:

No caso em pauta, a expressão “o que” equivale a “aquilo que”. Temos a


junção de um pronome demonstrativo com o pronome relativo. Observe:

(...) em outras palavras, têm AQUILO que os especialistas chamam de


"características sócio comunicativas" (...)

Gabarito: afirmativa encontra-se correta.

25. (GDF-SEAP/ IADES/ 2011) Com base no fragmento de texto abaixo, julgue a
afirmativa seguinte.

Nas relações coesivas no texto, o pronome “que” retoma as expressões “recursos” e


“resíduos”.

Fragmento do Texto:
É preciso tomar uma decisão e reconhecer que o crescimento econômico consome os
recursos e produz resíduos que degradam o ecossistema.

COMENTÁRIOS:

Amiga(o), tudo o que falamos nesta aula pode ser resumido a um simples
entendimento: os pronomes relativos existem para que possam referenciar termos
anteriormente citados no texto e retomá-los nas orações seguintes, evitando assim a
repetição desnecessária.

A questão trata exatamente desse papel representado por essa espécie de


pronomes. O enunciado busca o referente do relativo [que] em destaque no
fragmento textual. Vejamos:

Página 30 de 34
(...) o crescimento econômico consome os recursos e produz resíduos que
degradam o ecossistema.

Quem degrada o ecossistema? Os recursos ou os resíduos? Muito simples, os


resíduos produzidos pelo crescimento econômico é que provocam a citada
degradação.

Gabarito: nos termos apresentadas a afirmativa encontra-se incorreta.

26. (CREFITO 8-PA/IDECAN/2013) Assinale a alternativa em que o antecedente do pronome


relativo está INCORRETAMENTE indicado.
a) “... que temíamos.” (5º§) – monstros
b) “... que são comidos...” (2º§) – destino
c) “... que tocamos,...” (5º§) – ecossistemas
d) “… que nos assustam…” (4º§) – elementos
e) “… que usa cabeças de cachorros…” (1º§) – serpente
Fragmento do Texto:

Não vivemos sem monstros


(...) Entre os gregos, há relatos de gigantes canibais de um olho, do Minotauro, de uma
serpente que usa cabeças de cachorros famintos como um cinto.
Não importam as diferenças de tamanho e forma. Os monstros têm uma característica em
comum: eles comem pessoas. Expressam nossos medos de sermos destruídos,
dilacerados, mastigados, engolidos e defecados. O destino humilhante daqueles que são
comidos é expresso em um mito africano a respeito de uma ave gigante que engole um
homem e, no dia seguinte, o expele. (...)
...
(...) Em sua evolução no plano cultural, os monstros passaram a explicar a origem de
outros elementos que nos assustam e colocam nossas vidas em risco, em especial
fenômenos naturais como vulcões, furacões e tsunamis.
Mais que isso, esses seres fictícios nos permitiram lidar com a mudança de nossa situação
neste planeta. Conforme nos tornamos predadores, passamos a incorporar os monstros
como forma de autoafirmação. E, diante do imenso impacto que provocamos nos
ecossistemas que tocamos, também de autocrítica. De certa forma, nos tornamos os
monstros que temíamos. Isso provoca uma sensação dupla de poder e culpa.
...
(Paul A. Trout. Revista Galileu. Março de 2012, nº 248 I. Editora Globo.)

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COMENTARIO:

A questão trata da função referencial e coesiva dos pronomes relativos. Basta


identificarmos a que elemento antecedente cada pronome listado nas alternativas se
relaciona, buscando em qual item se observa a referenciação incorreta. Vamos lá!

“... que temíamos.” “De certa forma, nos tornamos Verdadeiro


= monstros os monstros que temíamos.”

“... que são comidos...” “O destino humilhante daqueles Incorreto


= destino que são comidos ...”
“... que tocamos,...” “... provocamos nos Verdadeiro
= ecossistemas ecossistemas que tocamos ...”

“… que nos assustam…” “...passaram a explicar a origem Verdadeiro


= elementos de outros elementos que nos
assustam ...”

“… que usa cabeças de “...de uma serpente que usa Verdadeiro


cachorros…” cabeças de cachorros
famintos ...”
= serpente

Gabarito: a alternativa [b] apresenta a única referenciação incorreta dentre as


alternativas. No caso, o pronome relativo retoma o pronome demonstrativo
“daqueles” e não a palavra destino.

27. (HU-UFRN/IADES/2014/Adaptada) Julgue a afirmativa seguinte.

Na oração “Projeto Memória do SUS que dá certo”, o pronome relativo refere-se


ao vocábulo “Projeto”.

COMENTÁRIOS:

Olha como é simples, não tem mistério algum neste tipo de questão. O que dá
certo? O projeto ou SUS? Perceba que o pronome relativo refere-se ao SUS, ou melhor,
ao SUS que tem bons resultados, o SUS que dá certo.

Gabarito: a afirmativa encontra-se incorreta por sugerir um referente


inadequado pela o pronome relativo em questão.

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28. (HU-UFRN/IADES/2014/Adaptada) Julgue a afirmativa seguinte.

Na oração “O trabalho que a gente faz”, o termo em destaque é um pronome relativo.

COMENTÁRIOS:

Amiga(o), mais simples ainda. O vocábulo “que” retoma o elemento


antecedente “trabalho”. Por esta razão classifica-se como pronome relativo e
introduz uma oração subordinada adjetiva restritiva.

Gabarito: afirmativa encontra-se correta.

29. (HU-UFGD/AOCP/2014/Adaptada) Julgue a afirmativa seguinte.

Em “...a questão do livre arbítrio terá que ser...”, pode ser substituída por terá de.

COMENTÁRIOS:

Você se lembra de quando apresentamos as várias funções da palavra “que”?


Falamos que ela poderia assumir o papel de preposição quando vier acompanhando o
verbo ter em uma locução verbal. É equivalente a preposição “de”. Portanto, a
expressão terá que ser” é equivalente à “terá de ser”.

Gabarito: nos termos apresentados a afirmativa encontra-se correta.

Chegamos ao final de mais uma aula. A sua


determinação, persistência e disciplina é que
farão a diferença para a sua aprovação. Busque o
maior número de horas de estudo por dia. Nesta
reta final, aproveite os horários do ônibus para o
trabalho, o intervalo da aula ou do expediente,
enfim, aproveite todo o tempo que você puder.

No entanto, faça-o com qualidade e concentração. Mais vale duas ou três horas
estudadas com organização e planejamento, do que seis estudadas de forma aleatória
ou dispersa.

Professor Rômulo Passos e Equipe.

Página 33 de 34
Gabarito:

1. C;
2. V;
3. F;
4. V;
5. F;
6. V;
7. D;
8. C;
9. C;
10. C;
11. B;
12. D;
13. D;
14. B;
15. V;
16. D;
17. C;
18. D;
19. C;
20. C;
21. F;
22. F;
23. F;
24. V;
25. F;
26. B;
27. F;
28. V;
29. V.

V (Afirmativa verdadeira | correta)


F (Afirmativa falsa | incorreta)

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