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Jorge Silva & António Neto, SROC

FECHO DE CONTAS 2015

JORGE SILVA – REVISOR OFICIAL DE CONTAS


DAVIDE RIBEIRO – REVISOR OFICIAL DE CONTAS
FÁBIO PINHO – REVISOR OFICIAL DE CONTAS

FEVEREIRO DE 2016

PROGRAMA Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS CONTABILÍSTICA E FISCAL


1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.2 NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA EM VIGOR
1.3 DOSSIER FISCAL
1.4 DECLARAÇÃO MODELO 22
1.5 IES – INFORMAÇÃO EMPRESARIAL SIMPLIFICADA
1.6 CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS
2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.1 REMUNERAÇÃO CONVENCIONAL DO CAPITAL SOCIAL
2.2 CRIAÇÃO DE EMPREGO
2.3 FISCALIDADE VERDE
2.4 MECENATO
2.5 QUOTIZAÇÕES
2.6 RFAI – REGIME FISCAL DE APOIO AO INVESTIMENTO
2.7 DLRR – REGIME DE DEDUÇÃO POR LUCROS RETIDOS E REINVESTIDOS
2.8 SIFIDE II – SISTEMA DE INCENTIVOS FISCAIS À INVESTIGAÇÃO E D. EMP.

DAVIDE RIBEIRO
FÁBIO PINHO

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PROGRAMA Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.1 MEIOS FINANCEIROS LÍQUIDOS
3.2 CONTAS A RECEBER E A PAGAR
3.3 INVENTÁRIOS
3.4 INVESTIMENTOS
3.5 CAPITAL
3.6 GASTOS
3.7 RENDIMENTOS

4. ANÁLISE DE ALGUNS REGIMES DE TRIBUTAÇÃO DE RENDIMENTOS


4.1 REGIME SIMPLIFICADO DE IRC
4.2 REGIME ESPECIAL DE TRIBUTAÇÃO DE GRUPOS DE SOCIEDADES

DAVIDE RIBEIRO
FÁBIO PINHO

FECHO DE CONTAS 2015 3

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

FECHO DE CONTAS DE 2015


1. PRESTAÇÃO DE CONTAS

1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL

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PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.1.1 Dever de relatar a gestão e apresentar contas
Aspetos da legislação comercial:
Artigo 65.º - Dever de relatar a gestão e apresentar contas
Compete aos membros da administração elaborar e submeter aos órgãos
competentes da sociedade o relatório de gestão, as contas do exercício e
demais documentos de prestação de contas previstos na lei, relativos a cada
exercício anual.

A elaboração do relatório de gestão, das contas do exercício e dos demais


documentos de prestação de contas deve obedecer ao disposto na lei; o
contrato de sociedade pode complementar, mas não derrogar, essas
disposições legais

O relatório de gestão e as contas do exercício devem ser assinados por todos


os membros da administração;
a recusa de assinatura por qualquer deles deve ser justificada no
documento a que respeita e explicada pelo próprio perante o órgão
competente para a aprovação, ainda que já tenha cessado as suas funções

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PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.1.1 Dever de relatar a gestão e apresentar contas
Aspetos da legislação comercial:
Artigo 65.º - Dever de relatar a gestão e apresentar contas
O relatório de gestão e as contas do exercício são elaborados e assinados
pelos gerentes ou administradores (por todos) que estiverem em funções ao
tempo da apresentação, mas os antigos membros da administração devem
prestar todas as informações que para esse efeito lhe forem solicitadas.

Além das assinaturas previstas no art.º 65º deverão as demonstrações


financeiras ser assinadas pelo Técnico Oficial de Contas (n.º 3, art.º 24º da
LGT).

Prazo para apresentação dos documentos de prestação de contas:


no prazo de três meses a contar da data do encerramento de cada
exercício anual;
ou no prazo de cinco meses a contar da mesma data:
quando se trate de sociedades que devam apresentar contas consolidadas
ou que apliquem o método da equivalência patrimonial

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PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.1.2 Assembleias Gerais e Convocatórias
Aspetos da legislação comercial:
Artigo 263.º e 376.º - Assembleias Gerais
A responsabilidade pela elaboração dos documentos de prestação de contas, é
do órgão de gestão.
As sociedades por quotas (cf. Art.º 263º do CSC) e as sociedades anónimas (cf.
Art.º 376º do CSC) devem reunir as assembleias gerais, no decorrer dos três
primeiros meses de cada ano, para deliberar sobre o relatório de gestão e as
contas do exercício.

Artigo 248.º e 377.º - Convocatórias


Sociedades por Quotas
As assembleias-gerais das sociedades por quotas são convocadas por
qualquer dos Gerentes (n.º 3 artigo 248.º CSC)
Sociedades anónimas
As assembleias-gerais são convocadas pelo presidente da mesa ou, nos
casos especiais previstos na lei, pela comissão de auditoria, pelo conselho
geral e de supervisão, pelo conselho fiscal ou pelo tribunal. (nº1 artigo 377.º
do CSC)
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PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.1.2 Assembleias Gerais e Convocatórias
Aspetos da legislação comercial:
Artigo 377.º - Conteúdo da Convocatória da Assembleia Geral
Quanto ao conteúdo, a convocatória, quer publicada quer enviada por
carta ou correio eletrónico, deve, cf. disposto no art.º 377 do CSC,
conter, pelo menos:
As menções exigidas pelo artigo 171º do CSC (nomeadamente firma, o
tipo, a sede, a conservatória do registo onde se encontrem matriculadas, o
seu número de matrícula e de identificação de pessoa coletiva e, sendo caso
disso, a menção de que a sociedade se encontra em liquidação)
O lugar, o dia e a hora da reunião
A indicação da espécie, geral ou especial, da assembleia
Os requisitos a que porventura estejam subordinados, a
participação e o exercício do direito de voto
A ordem do dia

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PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.1.2 Assembleias Gerais e Convocatórias
Aspetos da legislação comercial:
Prazos da Convocatória da Assembleia Geral
Para as sociedades anónimas (art.º 377)
Quando publicada, trinta dias de antecedência da assembleia geral.
Quando efetuada por carta registada, expedida com, pelo menos,
vinte e um dias de antecedência da assembleia geral (se permitido
no pacto e forem nominativas todas as ações).
Em relação aos acionistas que comuniquem previamente o seu
consentimento, por correio eletrónico com recibo de leitura, sendo
que as mensagens deverão se enviadas, pelo menos, vinte e um dias
de antecedência da assembleia geral (se permitido no pacto e
forem nominativas todas as ações).
Para as sociedades por quotas (art.º 248)
Carta registada remetida, no mínimo, quinze dias antes da
assembleia geral.
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PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.1.2 Assembleias Gerais e Convocatórias
Aspetos da legislação comercial:
Dispensa de convocatória
Assembleias universais (nº 1 artigo 54º do CSC):
“Podem os sócios, em qualquer tipo de sociedade, tomar deliberações
unânimes por escrito e bem assim reunir-se em assembleia geral, sem
observância de formalidades prévias, desde que todos estejam presentes e
todos manifestem a vontade de que a assembleia se constitua e delibere
sobre determinado assunto”.

Artigo 263.º Dispensa de Assembleia Geral de Aprovação de contas


É desnecessária outra forma de apreciação ou deliberação quando todos os
sócios sejam gerentes e todos eles assinem, sem reservas, o relatório de
gestão, as contas e a proposta sobre aplicação de lucros e tratamento de
perdas:
Exceto se a sociedade estiver sujeita a revisão legal das contas.
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1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.1.2 Assembleias Gerais e Convocatórias

Aspetos da legislação comercial:


Sociedades por quotas
Documentos à disposição (nº 4 artigo 214º do CSC):
O relatório de gestão e os documentos de prestação de contas devem estar
patentes aos sócios, nas condições previstas no artigo 214.º, n.º 4 do CSC, na
sede da sociedade e durante as horas de expediente, a partir do dia em que
seja expedida a convocação para a assembleia destinada a apreciá-los; os
sócios serão avisados deste facto na própria convocatória.
Sociedades por anónimas
Documentos à disposição (nº 1 artigo 289º do CSC):
1 - Durante os 15 dias anteriores à data da assembleia geral, devem ser
facultados à consulta dos acionistas, na sede da sociedade:
e) Quando se trate da assembleia geral anual prevista no n.º 1 do artigo 376.º, o
relatório de gestão, as contas do exercício, demais documentos de prestação de
contas (…)

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PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.1.3 Atas

Aspetos da legislação comercial:


Atas (artigo 63.º CSC)
Elementos que devem conter das atas
A identificação da sociedade, o lugar, o dia e a hora da reunião;
O nome do presidente e, se os houver, dos secretários
Os nomes dos sócios presentes ou representados e o valor nominal das
partes sociais, quotas ou ações de cada um (exceto quando deva existir lista
de presenças)
A ordem do dia constante da convocatória, salvo quando esta seja anexada à
ata;
Referência aos documentos e relatórios submetidos à assembleia
O teor das deliberações tomadas
Os resultados das votações
O sentido das declarações dos sócios, se estes o requererem

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PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.1.3 Atas

Aspetos da legislação comercial:


Atas (artigo 63.º CSC)
Assinaturas das atas
Sociedades por quotas:
Assinada por todos os sócios presentes
Quando a ata deva ser assinada por todos os sócios que tomaram parte
na assembleia e algum deles não o faça, podendo fazê-lo, deve a sociedade
notificá-lo judicialmente para que, em prazo não inferior a oito dias, a
assine;
Sociedades Anónimas: Lista de presenças
Ata assinada pelo presidente e secretários
Lista de presenças (artigo 382.º CSC), devendo conter nome, domicilio
de cada presente; nome, domicilio do representado e representante;
numero, categoria, valor nominal das ações.

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PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.1.4 Relatório de gestão
Aspetos da legislação comercial:
Artigo 66.º - Relatório de Gestão
O relatório de gestão deverá conter pelo menos (nº1 ao n.º4):
uma exposição fiel e clara da evolução dos negócios, do
desempenho e da posição da sociedade
uma descrição dos principais riscos e incertezas com que a mesma
se defronta.

Aspetos que deverão ser expostos através de uma análise equilibrada e


global da evolução dos negócios, dos resultados e da posição da sociedade,
em conformidade com a dimensão e complexidade da sua atividade

Exposição relacionada tanto com aspetos financeiros como com


aspetos não financeiros, incluindo informações sobre questões
ambientais e questões relativas aos trabalhadores.
FECHO DE CONTAS 2015 14
PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.1.4 Relatório de gestão
Aspetos da legislação comercial:
Artigo 66.º - Relatório de Gestão
O relatório de gestão deverá conter em especial (n.º5):
A evolução da gestão nos diferentes sectores em que a sociedade
exerceu atividade
Os factos relevantes ocorridos após o termo do exercício;
A evolução previsível da sociedade;
Movimentos relacionados com ações e quotas próprias
As autorizações concedidas a negócios entre a sociedade e os seus
administradores
Uma proposta de aplicação de resultados devidamente
fundamentada
Existência de sucursais da sociedade.
Os objetivos e as políticas da sociedade em matéria de gestão dos
riscos financeiros

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PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.1.4 Relatório de gestão
Aspetos da legislação comercial:
Artigo 66.º - Relatório de Gestão
O relatório de gestão deverá conter também informação relacionada
com o artigo 210.º do Código Contributivo:
1 - O relatório de apreciação anual da situação das empresas
privadas, públicas ou cooperativas deve indicar o valor da dívida
vencida, caso exista.
2 - Os contribuintes a quem tenha sido autorizado o pagamento
prestacional da dívida devem incluir no relatório referido no número
anterior as condições do mesmo.
Art.º 2º do DL 534/80 de 7 de Novembro: dívidas em mora ao Estado
devem ser inscritas no relatório de gestão.
Os conteúdos previstos no art.º 66º e no art.º 508-C do CSC, são conteúdos
mínimos, que o contrato de sociedade pode complementar, mas não derrogar (art.º
65º n.º 2).
Alteração a partir de 2016: aditamento do n.º6 do artigo 66.º CSC, ficam as
microentidades (novos limites) dispensadas de elaboração do relatório de gestão
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PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.1.4 Relatório de gestão

Aspetos da legislação comercial:


Artigo 66.º - Relatório de Gestão
Principais problemas detetados
RG não assinado por todos os Administradores ou Gerentes;
RG não refere a evolução previsível da atividade da sociedade;
Não há uma descrição dos principais riscos e incertezas;
Falta de informação sobre questões ambientais e questões relativas aos
trabalhadores;
Acontecimentos subsequentes não divulgados ou divulgados de
forma diferente da que consta do Anexo;

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PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.1.4 Relatório de gestão
Aspetos da legislação comercial:
Artigo 66.º - Relatório de Gestão
Principais problemas detetados
Falta de indicação da existência de sucursais;
Não há informação sobre objetivos e políticas de gestão de riscos
financeiros (risco de crédito, risco de mercado, risco de liquidez, etc.)
Falta de informação sobre autorizações concedidas a negócios entre a
sociedade e os seus administradores (art.º 397.º CSC)
Falta de informação sobre os principais Rendimentos e Gastos;
Falta de informação sobre a perda de mais de metade do capital
(art.º 35.º CSC)
Falta de informação sobre a posição financeira da sociedade, o seu
desempenho e fluxos de caixa.
Falta de elaboração dos anexos ao relatório de gestão.
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PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.1.4 Relatório de gestão
Aspetos da legislação comercial:
Artigo 66.º - Relatório de Gestão
Estrutura proposta
Introdução
Enquadramento macroeconómico, externo, interno e do setor da
empresa
Análise da atividade da empresa
Rendimentos e gastos
Ativo, passivo e situação líquida
Investimento
Participações financeiras
Atividades de investigação e desenvolvimento
Principais riscos e incertezas
Questões Ambientais
Questões relativas a trabalhadores
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PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.1.4 Relatório de gestão
Aspetos da legislação comercial:
Artigo 66.º - Relatório de Gestão
Estrutura proposta
Existência de sucursais
Situação perante a Segurança Social e Estado
Factos relevantes ocorridos após o termo do exercício
Evolução previsível da sociedade
Gestão de riscos financeiros
Aquisição e alienação de ações/quotas próprias e detenção no fim do
exercício
Negócios entre a sociedade e seus administradores
Proposta fundamentada de aplicação de resultados
Situação prevista no artigo 35º C.S.C. (se aplicável)
Anexos artigo 447º e 448º do C.S.C. (aplicável às sociedades anónimas)
FECHO DE CONTAS 2015 20
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1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.1.4 Relatório de gestão
Aspetos da legislação comercial:
Anexos ao Relatório de Gestão (Art.º 447º e 448º DO CSC)
Apenas aplicável a sociedades anónimas
Art.º 447º nº 5
Em anexo ao relatório de gestão será apresentada, relativamente aos
membros do órgão de administração e de fiscalização, a lista das ações e
obrigações de que são titulares, bem como as aquisições, alienações ou
cessão de titularidade dos títulos referidos da sociedade ou sociedades
relacionadas, mencionando os respetivos montantes negociados ou onerados,
a data do facto e a contrapartida paga ou recebida.
Art.º 448º nº 4
Em anexo ao relatório anual do órgão de administração será apresentada a
lista dos acionistas que, na data do encerramento do exercício social e
segundo os registos da sociedade e as informações prestadas, sejam titulares
de, pelo menos, um décimo, um terço ou metade do capital, bem como dos
acionistas que tenham deixado de ser titulares das referidas frações do
capital.
FECHO DE CONTAS 2015 21

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1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.1.5 Anexo às contas
Aspetos da legislação comercial
Anexo às Contas
Apresentação: as notas do Anexo devem ser apresentadas pela
seguinte ordem (modelo geral do SNC)
1) Identificação da entidade, incluindo domicílio, natureza da actividade, nome e
sede da empresa-mãe, se aplicável;
2) Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras
3) Resumo das principais políticas contabilísticas adotadas;
4) Fluxos de Caixa
5) Políticas contabilísticas, alterações nas estimativas contabilísticas e erros
6) Partes relacionadas
… A partir da nota 7, inclusive, é utilizada uma numeração sequencial
correspondente à das NCRF (nota: deve ser dada informação de suporte de
todos os itens materiais apresentados no balanço, na DR, na DACP e na
DFC)
--- - Divulgações exigidas por diplomas legais.
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1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.1.5 Anexo às contas
Aspetos da legislação comercial
Anexo às Contas
Divulgações exigidas por diplomas legais
Artigo 66.º- A CSC – Anexo às Contas
Nº1 - As sociedades devem prestar informação, no anexo às contas:
Sobre a natureza e o objetivo comercial das operações não incluídas no
balanço e o respetivo impacto financeiro, quando os riscos ou os
benefícios resultantes de tais operações sejam relevantes e na medida em
que a divulgação de tais riscos ou benefícios seja necessária para efeitos de
avaliação da situação financeira da sociedade;
Separadamente, sobre os honorários totais faturados durante o
exercício financeiro pelo ROC ou SROC relativamente:
à revisão legal das contas anuais,
outros serviços de garantia de fiabilidade,
consultoria fiscal
outros serviços que não sejam de revisão ou auditoria
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1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.1.5 Anexo às contas
Aspetos da legislação comercial
Anexo às Contas
Divulgações exigidas por diplomas legais
Benefícios Fiscais
Menção do imposto que deixe de ser pago em resultado da
dedução a que se refere o benefício, mediante menção do
valor correspondente no anexo às demonstrações
financeiras relativa ao exercício em que se efetua a
dedução. Exemplos de benefícios fiscais:
DLRR: Dedução por lucros retidos e reinvestidos
RFAI: Regime fiscal de apoio ao investimento
SIFIDE II: Sistema de incentivos fiscais em investigação e
desenvolvimento empresarial
Remuneração convencional do capital social
Benefícios de natureza contratual
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1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.1.5 Anexo às contas
Aspetos da legislação comercial
Anexo às Contas
Divulgações exigidas por diplomas legais
Dívidas em mora ao Estado e à Segurança Social
Decreto Lei n.º534/80 de 7 de Novembro:
De acordo com o art.º 1º do DL 534/80 de 7 de Novembro,
deverá ser divulgado no anexo as dívidas ao Estado cujo
pagamento esteja em mora;
De acordo com o art.º 2º do DL 534/80 de 7 de Novembro,
deverá ser divulgado também no relatório de gestão as dívidas em
mora ao Estado.
Este diploma obriga a esta divulgação quer no anexo quer no
relatório de gestão

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1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.1.5 Anexo às contas

Aspetos da legislação comercial


Anexo às Contas
Divulgações exigidas por diplomas legais
SGPS (nº 5 do artigo 5º do DL 495/88 de 30/12)
As SGPS e as sociedades em que estas detenham participações
previstas no nº 2 do artigo 1º e nas alíneas b) e c) do nº 3 do artigo
3º, deverão mencionar, de modo individualizado, nos documentos de
prestação de contas, os contratos celebrados ao abrigo da alínea c)
do nº 1 [concessão de crédito às participadas] e as respetivas
posições credoras ou devedoras no fim do ano civil a que os mesmos
documentos respeitam
Apenas foi revogado o regime fiscal das SGPS (art.º 32º EBF).
Passaram a estar abrangidas pelo “Participation exemption”.
FECHO DE CONTAS 2015 26
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1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.1.5 Anexo às contas
Aspetos da legislação comercial
Anexo às Contas
Principais problemas identificados na elaboração do Anexo
Ausência de nota sobre saldos e transações com partes relacionadas;
Falta de divulgação de acontecimentos subsequentes;
Falta ou deficiente informação sobre provisões e/ou passivos
contingentes; deve ser indicada claramente a natureza de cada provisão
e o critério para determinar o seu valor;
Falta ou deficiente informação sobre ativos e passivos financeiros não
correntes:
Não indicação da maturidade;
Se vencem juros e se os juros são a taxas de mercado;
Se estão denominados em moeda diferente do euro;
Garantias, obrigações contratuais, eventuais incumprimentos e situação das
negociações em curso;
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1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.1.5 Anexo às contas
Aspetos da legislação comercial
Anexo às Contas
Principais problemas identificados na elaboração do Anexo
Inexistência de nota ou informação insuficiente sobre:
Outras contas a receber;
Outros ativos financeiros;
Gastos a reconhecer;
Outras contas a pagar;
Outros passivos financeiros;
Rendimentos a reconhecer;
Outros rendimentos e ganhos;
Outros gastos e perdas;
Falta de nota sobre compromissos financeiros;

FECHO DE CONTAS 2015 28


PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.1.5 Anexo às contas
Aspetos da legislação comercial
Anexo às Contas
Principais problemas identificados na elaboração do Anexo
Falta de informação sobre resultados não recorrentes (por exemplo):
Resultados em alienações de ativos fixos tangíveis;
Resultados em alienações de investimentos financeiros;
Unidades operacionais descontinuadas;
Imparidade do goodwill;
Resolução de litígios;
Constituição de provisões;
Reversões de provisões;
Efeito de alterações na taxa do IRC;
Deficiente informação sobre o encargo de IRC e os movimentos nos
impostos diferidos, por natureza;
Falta de divulgação das informações exigidas por diplomas legais.
Não cumprimento da numeração exigida pelo modelo de anexo.
FECHO DE CONTAS 2015 29

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.1.6 Depósito de contas
Aspetos da legislação comercial
Artigo 70.º CSC - Prestação de contas
A informação respeitante às contas do exercício e aos demais
documentos de prestação de contas, devidamente aprovados,
está sujeita a registo comercial
A sociedade deve disponibilizar aos interessados, sem
encargos, no respetivo sítio da Internet, quando exista, e na sua
sede cópia integral dos seguintes documentos:
Relatório de gestão;
Relatório sobre a estrutura e as práticas de governo societário,
quando não faça parte integrante do documento referido na alínea
anterior;
Certificação legal das contas;
Parecer do órgão de fiscalização, quando exista.
FECHO DE CONTAS 2015 30
PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.1.6 Depósito de contas

Aspetos da legislação comercial


Depósito das Contas (Código do Registo Comercial)
De acordo com o artigo 70.º do CRC
Encontra-se sujeita a registo a prestação de contas das
seguintes entidades:
Sociedades por Quotas, Anónimas e em comandita por ações
(alínea n) do nº 1 do art.º 3º do CRC)
Estabelecimentos Individuais de Responsabilidade Limitada
(alínea e) do artigo 8º do CRC)
Sociedades com sede no estrangeiro e representação
permanente em Portugal (alínea d) do artigo 10.º do CRC)

FECHO DE CONTAS 2015 31

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.1.6 Depósito de contas

IES – Informação Empresarial Simplificada


Decreto-Lei 8/2007 de 17/1
Cria a IES - uma nova forma de entrega eletrónica e
desmaterializada de informações de natureza contabilística,
fiscal, e estatística, que as empresas entregavam a quatro
entidades distintas (Administração fiscal, Serviços de registo
comercial, INE e Banco de Portugal)

Depois da publicação deste Decreto Lei, têm existido algumas


alterações quer aos modelos de impressos, quer às condições
de registo da prestação de contas.

FECHO DE CONTAS 2015 32


PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.1.6 Depósito de contas

Prestação de Contas ao Público (Registo Comercial)


Portaria nº 562/2007, de 30 de Abril, que altera a Portaria nº 1416
–A/2006, de 19 de Dezembro, relativa aos Registos online e
certidão permanente, estipula que:

Uma das obrigações integradas na IES (Decreto-Lei n.º 8/2007, de 17


de Janeiro) é o registo de prestação de contas, que passa a ser
promovido e praticado de forma totalmente desmaterializada

Isto significa que, as empresas têm simplesmente de entregar a IES e


pagar o preço respeitante ao registo de prestação de contas para
cumprir essa obrigação de registo.

FECHO DE CONTAS 2015 33

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.1.6 Depósito de contas
Prestação de Contas ao Público (Registo Comercial)
Portaria nº 562/2007, de 30 de Abril, que altera a Portaria nº 1416
–A/2006, de 19 de Dezembro, relativa aos Registos online e
certidão permanente, estipula que:
Não têm de ser impressos os documentos respeitantes às suas
contas anuais (ata, balanço, demonstração de resultados, anexos ao
balanço e demonstração de resultados, certificação legal de contas,
parecer do órgão de fiscalização, relatório de gestão) nem têm de
os entregar na conservatória do registo comercial territorialmente
competente.
Isto significa que o depósito da prestação de contas é feito
eletrónica e automaticamente, em simultâneo com o
cumprimento de outras obrigações de natureza fiscal e de natureza
estatística
O incumprimento da obrigação de registar está sujeito à aplicação
de coimas
FECHO DE CONTAS 2015 34
PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.1.6 Depósito de contas

Prestação de Contas ao Público (Registo Comercial)


Portaria nº 562/2007, de 30 de Abril, que altera a Portaria nº 1416
–A/2006, de 19 de Dezembro, relativa aos Registos online e
certidão permanente, estipula que (art.º 13º-B - pagamento):
É gerada uma referência para pagamento da taxa devida (nº 1);
O pagamento deve ser efetuado no prazo de 5 dias úteis (nº 2);
O pedido de registo da prestação de contas só é validamente submetido
após a confirmação do pagamento da taxa (art.º 13º-C);
A taxa devida pelo registo da prestação de contas é de € 85 (art.º 13º-E).

Portaria n.º 286/2012, de 20 de Setembro, que altera as Portarias n.º 1416-


A/2006, de 19 de dezembro, 1594/2007, de 17 de dezembro, 622/2008, de 18 de
julho, 1513/2008, de 23 de dezembro, 1535/2008, de 30 de dezembro, 307/2009, de
25 de março, 696/2009, de 30 de junho, e 145/2010, de 10 de março:
80€ taxa pela prestação de contas a partir de 2012
FECHO DE CONTAS 2015 35

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.1.6 Depósito de contas
Depósito das Contas (Código do Registo Comercial)
Decreto-Lei nº 250/12 de 23/11 (Obrigação legal de registo de
contas) O porquê das alterações:
A aprovação de contas é um ato societário fundamental e o seu
registo essencial à segurança do comércio jurídico.

Não obstante, muitas são as entidades que, apesar de apresentarem


a IES e cumprirem, assim, a obrigação fiscal, não declaram a
aprovação de contas nem procedem ao pagamento da taxa de
registo respetiva, ficando por cumprir a obrigação de registo da
prestação de contas

Ora, o incumprimento dessa obrigação legal origina um prejuízo


com relevância nacional, já que a informação apresentada na IES não
fica disponível para publicitação e eventual tratamento estatístico,
impossibilitando a sua utilização em todo o seu potencial
FECHO DE CONTAS 2015 36
PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.1.6 Depósito de contas

Depósito das Contas (Código do Registo Comercial)


Decreto-Lei nº 250/12 de 23/11 (Obrigação legal de registo de
contas) O porquê das alterações:
Esta situação, nalguns casos, será propositadamente gerada pelas
entidades que não pretendem ver as suas contas expostas para
consulta de terceiros, impedindo assim que credores e outros
interessados tenham acesso à informação relativa à situação
financeira da empresa

Tal comporta, entre outras coisas, uma séria desvantagem para as


empresas cumpridoras, que publicitam a sua informação financeira,
contribuindo para a transparência da atividade económica sem
garantias de reciprocidade dos seus parceiros económicos

FECHO DE CONTAS 2015 37

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.1.6 Depósito de contas

Depósito das Contas (Código do Registo Comercial)


Decreto-Lei nº 250/12 de 23/11 (Obrigação legal de registo de
contas)
O presente diploma visa, pois, criar nos representantes das sociedades
a consciência da gravidade da omissão do registo da prestação de
contas, reconhecendo como pouco eficaz a instauração do processo de
contraordenação por incumprimento do prazo do registo, previsto no
artigo 17.º do Código do Registo Comercial.Assim:
Procede a alterações:
Código do Registo Comercial
Regime jurídico dos procedimentos administrativos de dissolução e de
liquidação de sociedades
Regime do Registo Nacional de Pessoas Coletivas

FECHO DE CONTAS 2015 38


PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.1.6 Depósito de contas
Depósito das Contas (Código do Registo Comercial)
Decreto-Lei nº 250/12 de 23/11 (Obrigação legal de registo de
contas)
Código do Registo Comercial (alteração ao artigo 17.º)
O incumprimento da obrigação de registar a prestação de
contas obsta ao registo de outros factos sobre a entidade,
com exceção:
dos registos de designação e cessação de funções, por qualquer causa que
não seja o decurso do tempo, dos membros dos órgãos de administração e
de fiscalização
das ações, decisões, procedimentos e providências cautelares, bem como
do arresto, arrolamento e penhora de quotas ou direitos sobre elas
outros atos ou providências que afetem a sua livre disposição
quaisquer outros registos a efetuar por depósito.

FECHO DE CONTAS 2015 39

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.1.6 Depósito de contas

Depósito das Contas (Código do Registo Comercial)


Decreto-Lei nº 250/12 de 23/11 (Obrigação legal de registo de
contas)
Alteração ao Decreto -Lei n.º 76 -A/2006, de 29 de março
(artigos 5.º e 15.º do regime jurídico dos procedimentos
administrativos de dissolução e de liquidação de entidades
comerciais

A omissão do registo da prestação de contas durante dois anos


consecutivos passa a constituir causa de dissolução autónoma da
entidade, para efeitos de instauração oficiosa de procedimento
administrativo de dissolução.

FECHO DE CONTAS 2015 40


PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.1.7 Quadro síntese das datas a cumprir
Datas limite legais Contas individuais sem MEP Contas Consolidadas ou
individuais com MEP
Soc. Quotas Soc. Anónima Soc. Quotas Soc.Anónima
Data de encerramento do período 31-12-N 31-12-N 31-12-N 31-12-N
Data do relatório e contas – com ROC * 01-03-N+1 01-03-N+1 01-05-N+1 01-05-N+1

Disponibilização do Relatório e contas na sede 15-03-N+1 15-03-N+1 15-05-N+1 15-05-N+1


e site / Data do relatório e contas – sem CLC

Convocatória da assembleia 15-03-N+1 28-02-N+1 15-05-N+1 30-04-N+1

Data da assembleia geral anual 31-03-N+1 31-03-N+1 31-05-N+1 31-05-N+1

Entrega da Modelo 22 31-05-N+1 31-05-N+1 31-05-N+1 31-05-N+1

Depósito das contas / Dossier Fiscal 15-07-N+1 15-07-N+1 15-07-N+1 15-07-N+1

* Data indicativa. Os documentos de prestação de contas devem estar disponíveis com antecedência suficiente
para o ROC ou Órgão de Fiscalização se pronunciar (emitir CLC ou parecer) até à data em que as contas têm
que estar disponíveis para consulta dos sócios/acionistas.

FECHO DE CONTAS 2015 41

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.1.8 Responsabilidades TOC

Artigo 24.º da Lei Geral Tributária (LGT) e n.º 3 do artigo 8.º


do Regime Geral das Infrações Tributárias (RGIT)
Responsabilidade dos TOC pela falta de entrega de declarações
fiscais e pelas dívidas tributárias das entidades a quem prestam
serviços
Artigo 24.º da LGT nº1: define as situações em que os membros do órgão
de gestão das empresas (Administradores, Gerentes, Diretores) podem ser
responsabilizados pelas dívidas tributárias destas.

Artigo 24.º da LGT nº3: A responsabilidade prevista anteriormente


aplica-se aos técnicos oficiais de contas, desde que se demonstre a
violação dos deveres de assunção de responsabilidade pela regularização
técnica nas áreas contabilística e fiscal ou de assinatura de declarações fiscais,
demonstrações financeiras e seus anexos
FECHO DE CONTAS 2015 42
PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.1.8 Responsabilidades TOC
Artigo 24.º da Lei Geral Tributária (LGT) e n.º 3 do artigo 8.º
do Regime Geral das Infrações Tributárias (RGIT)
Responsabilidade dos TOC pela falta de entrega de declarações
fiscais e pelas dívidas tributárias das entidades a quem prestam
serviços
Por outro lado, o n.º 3 do artigo 8.º do Regime Geral das Infrações
Tributárias (RGIT), define as situações em que os técnicos oficiais de
contas são responsáveis pelas coimas devidas pela falta ou atraso de
quaisquer declarações que devam ser apresentadas no período de exercício
de funções.
Neste âmbito, os TOC são subsidiariamente e solidariamente
responsáveis pelas coimas, quando não comuniquem, até 30 dias
após o termo do prazo de entrega da declaração, à administração
tributária as razões que impediram o cumprimento atempado da
obrigação e o atraso ou a falta de entrega não lhes seja imputável a
qualquer título
FECHO DE CONTAS 2015 43

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.1.8 Responsabilidades TOC
Artigo 24.º da Lei Geral Tributária (LGT) e n.º 3 do artigo 8.º
do Regime Geral das Infrações Tributárias (RGIT)
Responsabilidade dos TOC pela falta de entrega de declarações
fiscais e pelas dívidas tributárias das entidades a quem prestam
serviços
Os técnicos oficias de contas, perante a ausência de elementos necessários e
suficientes para preenchimento e entrega por exemplo da declaração do IVA,
cuja responsabilidade e obrigação pela sua existência e disponibilização
sejam, única e exclusivamente, imputáveis ao cliente, não devem proceder à
submissão da declaração, mas sim comunicar o facto à AT.
Até à presente data, estas comunicações têm sido efetuadas através da
apresentação de documentos em suporte papel, nos serviços de finanças. A
Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), na senda da desmaterialização e
facilitação do cumprimento, disponibilizou, recentemente, no Portal das
Finanças, uma nova funcionalidade destinada aos TOC, onde estes
podem justificar o incumprimento relativamente aos seus clientes
FECHO DE CONTAS 2015 44
PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.1.8 Responsabilidades TOC
Comunicações nos termos do n.º 3 do artigo 8.º do Regime
Geral das Infrações Tributárias (RGIT)
PORTAL DAS FINANÇAS (a partir de 1/1/2016)
O acesso à funcionalidade faz-se mediante a autenticação no Portal das Finanças,
após o que devem ser selecionadas as seguintes opções:
 ENTREGAR > COMUNICAÇÃO NOS TERMOS DO Nº 3 DO ARTº 8º RGIT
Depois de indicado o número de identificação fiscal (NIF) do sujeito passivo, é
disponibilizado um ecrã para recolha dos dados relativos à comunicação que o
contabilista certificado pretende efetuar, podendo ser selecionada a declaração
alvo de incumprimento
O período da declaração é assumido de forma automática nas situações em que
a data da apresentação da comunicação apenas disponibiliza um período (ex:
Declaração de rendimentos de IRC – Mod.22). No caso, por exemplo, das
declarações periódicas de IVA, a aplicação disponibiliza os períodos mensais e
trimestrais, que estão dentro do prazo, para que possa ser apresentada a
comunicação
FECHO DE CONTAS 2015 45

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.1 ASPETOS DA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
1.1.8 Responsabilidades TOC

Comunicações nos termos do n.º 3 do artigo 8.º do Regime


Geral das Infrações Tributárias (RGIT)
PORTAL DAS FINANÇAS (a partir de 1/1/2016)
Para que seja possível submeter a comunicação é necessária a indicação de pelo
menos 1 dos motivos pré-definidos, podendo também ser alegado um outro
motivo
Depois de submetida uma comunicação, poderá ser de imediato
visualizado e/ou impresso o respetivo comprovativo, clicando em “Exportar
Comprovativo da Comunicação”. Este comprovativo, poderá, também, ser
consultado e/ou impresso em:
CONSULTAR > COMUNICAÇÃO NOS TERMOS DO Nº 3 DO ARTº 8º RGIT

Neste ecrã, o contabilista certificado poderá optar por consultar todas as suas
comunicações, ou apenas a respeitante a um determinado cliente (sujeito
passivo), preenchendo, neste último caso, o número de identificação fiscal do
sujeito passivo em causa.
FECHO DE CONTAS 2015 46
PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

FECHO DE CONTAS DE 2015


1. PRESTAÇÃO DE CONTAS

1.2 NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA EM VIGOR

FECHO DE CONTAS 2015 47

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.2 NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA EM VIGOR
1.2.0 Aspetos Gerais

Normativos contabilísticos em vigor


Normas internacionais de Contabilidades (IAS / IFRS)
Sistema de normalização contabilística (SNC)
Aprovado pelo DL 158/2009, de 13 de julho
Em vigor desde 2010
Baseado nas normas internacionais de contabilidade (IAS/IFRS)
SNC – Modelo geral
NCRF-PE
NCRF-ESNL
Normalização contabilística para Microentidades
Aprovado pela Lei n.º 35/2010, de 2 de setembro
Regulado pelo DL n.º 36-A/2011, de 09 de março

FECHO DE CONTAS 2015 48


PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.2 NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA EM VIGOR
1.2.1 SNC – Modelo Geral

SNC – Modelo Geral


Balanço;
Demonstração dos resultados por naturezas;
Demonstração dos resultados por funções (facultativa);
Demonstração das alterações no capital próprio;
Demonstração dos fluxos de caixa — método direto;
Anexo, em que se divulguem as bases de preparação e politicas
contabilísticas adotadas e outras divulgações exigidas pelas NCRF.

Alteração para 2016 (Portaria n.º 220/2015, de 24/7)


Terão de ser preparadas as mesmas demonstrações financeiras, no entanto,
relativamente à demonstração de fluxos de caixa, caiu a referência ao método
direto.

FECHO DE CONTAS 2015 49

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.2 NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA EM VIGOR
1.2.2 NCRF-PE Modelo Pequenas Entidades
NCRF- PE Modelo pequenas entidades
A NCRF-PE é de aplicação opcional.
Assim, consideram-se como tal (pequenas entidades) as
entidades que não ultrapassem dois dos três limites seguintes,
salvo quando por razões legais ou estatutárias tenham as suas
demonstrações financeiras sujeitas a certificação legal de
contas:
Total de balanço: € 1 500 000,00;
Total de vendas liquidas e outros rendimentos:€3 000 000,00;
Número de trabalhadores empregados em média durante o exercício: 50

Não pode ser aplicada também a entidades que integrem o


perímetro de consolidação de uma entidade que apresente
demonstrações financeiras consolidadas.

FECHO DE CONTAS 2015 50


PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.2 NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA EM VIGOR
1.2.2 NCRF-PE Modelo Pequenas Entidades

NCRF- PE Modelo pequenas entidades


Para as entidades que, nos termos do artigo 9.º do Decreto-Lei
n.º 158/2009, de 13 de Julho, apliquem a «Norma contabilística
e de relato financeiro para pequenas entidades» (NCRF-PE) –
modelos reduzidos:
Balanço, modelo reduzido;
Demonstração dos resultados por naturezas, modelo reduzido;
Demonstração dos resultados por funções, modelo reduzido
(facultativa);
Anexo, modelo reduzido.

Alteração para 2016 (Portaria n.º 220/2015,de 24/7)


Terão de ser preparadas as mesmas demonstrações financeiras, embora com
ligeiras alterações nos modelos.

FECHO DE CONTAS 2015 51

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.2 NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA EM VIGOR
1.2.3 NCM - Microentidades
NCM - Microentidades
Consideram-se microentidades, as empresas que, à data do balanço, não
ultrapassem dois dos três limites seguintes:
Total do balanço: € 500 000,00;
Volume de negócios líquido: € 500 000,00;
Número médio de empregados durante o exercício: 5 *
* Não obstante, as empresas que apliquem o regime simplificado de tributação em IRC
podem adoptar o Regime das microentidades, independentemente do número de
trabalhadores.

Ficam excluídas deste regime as entidades que tenham as suas demonstrações


financeiras sujeitas a certificação legal de contas ou integrem o perímetro de
consolidação de uma entidade que apresente demonstrações financeiras
consolidadas, sendo opcional para as restantes.
As microentidades podem optar pelos normativos SNC.

FECHO DE CONTAS 2015 52


PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.2 NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA EM VIGOR
1.2.3 NCM - Microentidades
Microentidades
Decreto-Lei n.º 36-A/2011 DE 9/3
Para as entidades que, apliquem a NCM, modelos reduzidos:
Balanço;
Demonstração dos resultados por naturezas,
Anexo para Microentidades

Dispensadas da entrega dos anexos L, M e Q da informação


empresarial simplificada (IES).

Alteração para 2016 (Decreto Lei n.º98/2015)


Relativamente às Microentidades, deixa de ser obrigatório a elaboração do
anexo, desde que sejam divulgadas um conjunto e informações no final do
balanço.
Dispensa de elaboração do relatório de gestão para microentidades
(aditamento do n.º6 do artigo 66.º CSC)

FECHO DE CONTAS 2015 53

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.2 NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA EM VIGOR
1.2.3 NCM - Microentidades
Microentidades
Algumas diferenças relativamente ao modelo geral do SNC
Demonstrações financeiras reduzidas (nomeadamente o Anexo 16 notas)
Não permite o uso do justo valor; todos os ativos são mensurados ao custo
Não permite a revalorização de ativos fixos tangíveis ou ativos intangíveis, nem
o reconhecimento de perdas por imparidades.
Não permite capitalização de encargos com financiamentos
Os ativos biológicos consumíveis e os produtos agrícolas são
reconhecidos como inventários;
Os ativos biológicos de produção são tratados como ativos fixos tangíveis.
Não permite o reconhecimento de impostos diferidos;
Não permite a aplicação do método de equivalência patrimonial
nas participações;
Não permite o reconhecimento de propriedades de investimento, pelo que
os investimentos em imóveis são tratados como ativos fixos tangíveis.
No que toca a depreciações, apenas está previsto o método da linha reta.
FECHO DE CONTAS 2015 54
PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.2 NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA EM VIGOR
1.2.4 ESNL

Entidades do Setor Não Lucrativo


Decreto-Lei n.º 36-A/2011 DE 9/3
Conceito de ESNL:
entidades que prossigam, a título principal, atividades sem fins
lucrativos
e que não possam distribuir aos seus membros ou contribuintes
qualquer ganho económico ou financeiro direto,

designadamente associações, pessoas coletivas públicas de tipo


associativo, fundações, clubes, federações e confederações.

Excetuam-se da aplicação da Normalização contabilística das ESNL as


cooperativas e as entidades que apliquem as normas internacionais de
contabilidade nos termos do artigo 6.º

FECHO DE CONTAS 2015

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.2 NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA EM VIGOR
1.2.4 ESNL
Entidades do Setor Não Lucrativo
Decreto-Lei n.º 36-A/2011 DE 9/3
Quanto às regras que resultam da aprovação do regime da
normalização contabilística para as ESNL, estas entidades
apresentam:
um balanço,
a demonstração de resultados por naturezas ou por funções,
a demonstração dos fluxos de caixa e
um anexo,
Podem ainda apresentar uma demonstração de alterações nos fundos
patrimoniais, quer por opção, quer por exigência das entidades públicas
financiadoras

Alteração a partir de 2016 (Portaria n.º 220/2015,de 24/7)


Terão de ser preparadas as mesmas demonstrações financeiras, embora com
ligeiras alterações nos modelos.
FECHO DE CONTAS 2015 56
PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.2 NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA EM VIGOR
1.2.4 ESNL
Entidades do Setor Não Lucrativo
Decreto-Lei n.º 36-A/2011 DE 9/3
As entidades do setor não lucrativo dispensadas da aplicação
do SNC, e que não optem pela sua aplicação ficam obrigadas à
prestação de contas em regime de caixa (divulgam informação
relacionada com pagamentos e recebimentos, património fixo,
direitos e compromissos futuros)
Entidades dispensadas da aplicação do SNC-ESNL: As
entidades do setor não lucrativo cujo volume de negócios líquido
não exceda € 150.000 em nenhum dos dois períodos
anteriores, salvo:
quando integrem o perímetro de consolidação de uma entidade que
apresente demonstrações financeiras consolidadas
ou estejam obrigadas à apresentação de qualquer das demonstrações
financeiras referidas no diapositivo anterior, por disposição legal ou
estatutária ou por exigência das entidades públicas financiadoras
FECHO DE CONTAS 2015 57

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.2 NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA EM VIGOR
1.2.5 Quadro síntese dos limites de normalização
Categorias de entidades Microent Pequenas Médias Grandes
(desde que não ultrapassem dois dos três idades entidades entidades entidades
limites):
Decreto Lei n.º T. Balanço 500.000€
158/2009 VN Líquido 1.000.000€
Nº médio Emp. 20
Lei n.º 20/2010 T. Balanço 1.500.000€
VN Líquido 3.000.000€
Nº médio Emp. 50
Decreto Lei n.º 36- T. Balanço 500.000€
A/2011 VN Líquido 500.000€
Nº médio Emp. 5
Decreto Lei n.º98/2015 T. Balanço 350.000€ 4.000.000€ 20.000.000€ Ultrapassam
que altera o Decreto 2 dos 3
VN Líquido 700.000€ 8.000.000€ 40.000.000€
Lei n.º 158/2009 limites das
Nº médio Emp. 10 50 250 médias
(a partir de 2016) entidades
FECHO DE CONTAS 2015 58
PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.2 NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA EM VIGOR
1.2.6 Quadro Síntese demonstrações financeiras aplicáveis
SNC completo NCRF PE Entidades do Setor Microentidades que
Não Lucrativo adotam a NCM
(ESNL)
Relatório de Gestão

Anexo ao Relatório
de Gestão
(apenas nas SA)
Balanço
(modelo reduzido) (modelo próprio)
Dem. dos
Resultados (por naturezas ou funções)
(modelo reduzido) (modelo próprio)

Dem. dos Fluxos de


Caixa
Dem. de Alterações
no Capital Próprio (opcional ou por imposição)

Anexo
(modelo reduzido) (modelo próprio)

A IES não substituí a elaboração do Relatório de Gestão e as Demonstrações Financeiras das entidades.

FECHO DE CONTAS 2015 59

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

FECHO DE CONTAS DE 2015


1. PRESTAÇÃO DE CONTAS

1.3 DOSSIER FISCAL

FECHO DE CONTAS 2015 60


PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.3 DOSSIER FISCAL
1.3.1 Aspetos Gerais
Dossier Fiscal
Artigo 130.º CIRC / Portaria Nº 92-A/2011 DE 28/2
Organização até ao termo do prazo para apresentação da declaração
anual
Arquivo - 12 anos (a partir de 2014, de acordo com o nº1 Art.º 130º
CIRC)
Portaria n.º 92-A/2011 DE 28/2: Constituição do dossier encontra-se
no Anexo I à Portaria
O dossier fiscal pode ainda integrar o ficheiro SAF-T (PT) relativo
à contabilidade, extraído após o encerramento de contas, gravado
em suporte digital não regravável e assinado através de aplicação
informática disponibilizada para o efeito no sítio da Autoridade
tributária e aduaneira, na Internet
A inexistência do modelo de exportação de ficheiros é punível com
coima de € 225 e € 22.500, de acordo com o previsto no Art.º 120º do
RGIT.

FECHO DE CONTAS 2015 61

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.3 DOSSIER FISCAL
1.3.1 Aspetos Gerais

Dossier Fiscal
Artigo 130.º CIRC / Portaria Nº 92-A/2011 DE 28/2
Conservação e acesso (artigo 2.º Portaria Nº 92-A/2011 DE 28/2)
1 - Os documentos que integram o dossier fiscal a que se refere o artigo
anterior são mantidos em suporte papel ou em suporte digital.*
2 - A entrega do dossier fiscal, por imposição legal ou a pedido da
administração fiscal, pode igualmente efetuar-se em suporte papel ou em
suporte digital.
3 - O ficheiro SAF-T (PT) e os mapas de modelo oficial quando
processados informaticamente devem ser remetidos em suporte digital.

* em regra, deve ser mantido na sede do sujeito passivo. As exceções previstas


dizem respeito às empresas que são acompanhadas pela Unidade dos Grandes
Contribuintes (UGC) e às sociedades abrangidas pelo RETGS, que devem
proceder à entrega do referido dossier num Serviço de Finanças.

FECHO DE CONTAS 2015 62


PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.3 DOSSIER FISCAL
1.3.2 Elementos

Dossier Fiscal
Documentos que integram o dossier fiscal Os elementos que compõem o
dossier fiscal estão enumerados na Portaria 92-A/2011, de 28 de fevereiro
Elementos constantes do Dossier Fiscal (Anexo I Portaria n.º 92-
A/2011):
Relatório de gestão, parecer do conselho fiscal e documento de
certificação legal de contas quando legalmente exigidos

Lista e documentos comprovativos dos créditos incobráveis


Conforme dispõe o art.º41ºdo CIRC, os créditos incobráveis podem
ser considerados gastos ou perdas do período de tributação desde
que tal resulte de:

FECHO DE CONTAS 2015 63

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.3 DOSSIER FISCAL
1.3.2 Elementos
Dossier Fiscal
Documentos que integram o dossier fiscal Os elementos que compõem o
dossier fiscal estão enumerados na Portaria 92-A/2011, de 28 de fevereiro
Elementos constantes do Dossier Fiscal (Anexo I Portaria n.º 92-A/2011):
Lista e documentos comprovativos dos créditos incobráveis
Processo de insolvência e de recuperação de empresas; processo de
execução;
Processo especial de revitalização, SIREVE, no âmbito de litígios emergentes
da prestação de serviços públicos essenciais, após decisão arbitral;
Nos termos do regime jurídico da prestação de serviços públicos
essenciais, os créditos se encontrem prescritos e o seu valor não ultrapasse
o montante de € 750.
Desta forma, no dossier fiscal deverão ser incluídos:
Uma listagem dos créditos incobráveis, com indicação do processo, bem
como com a cópia comprovativo deste processo
Certidões tribunal
Certificação ROC relacionada com a recuperação de IVA se aplicável
FECHO DE CONTAS 2015 64
PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.3 DOSSIER FISCAL
1.3.2 Elementos
Dossier Fiscal
Documentos que integram o dossier fiscal Os elementos que compõem o
dossier fiscal estão enumerados na Portaria 92-A/2011, de 28 de fevereiro
Elementos constantes do Dossier Fiscal (Anexo I Portaria n.º 92-A/2011):
Mapa, de modelo oficial, de provisões, perdas por imparidade em
créditos e ajustamentos em inventários
Este mapa está consubstanciado no mapa modelo 30, publicado, juntamente
com as instruções de preenchimento na portaria 92-A/2011, de 28 de
fevereiro.
No preenchimento do mapa os gastos devem ser discriminados de acordo
com a seguinte tipologia:
I - Perdas por imparidade em créditos e ajustamentos em inventários;
II - Provisões ou perdas por imparidade fiscalmente não dedutíveis;
III - Provisões fiscalmente dedutíveis
Site da Autoridade Tributária e Aduaneira (exemplo)
http://info.portaldasfinancas.gov.pt/NR/rdonlyres/D42B77E9-2C41-49F1-9565
DC2299EB178F/0/EsclarecimentosPortal-DF.pdf
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1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.3 DOSSIER FISCAL
1.3.2 Elementos
Dossier Fiscal
Documentos que integram o dossier fiscal Os elementos que compõem o
dossier fiscal estão enumerados na Portaria 92-A/2011, de 28 de fevereiro
Elementos constantes do Dossier Fiscal (Anexo I Portaria n.º 92-
A/2011):
Mapa, de modelo oficial, das mais-valias e menos-valias
Este mapa modelo 31, destina-se à determinação das mais-valias e menos-
valias fiscais, nos termos definidos no artigo 46.º do CIRC, geradas pela
transmissão onerosa de ativos intangíveis, ativos fixos tangíveis, propriedades
de investimento e ativos biológicos não consumíveis e partes de capital.
São igualmente apuradas as correspondentes mais-valias e menos-valias
contabilísticas, as quais deverão ser expurgadas do resultado líquido do
período para determinação do lucro tributável, de modo que este seja
influenciado, exclusivamente, pelas mais-valias ou menos-valias fiscais
Site da Autoridade Tributária e Aduaneira (exemplo)
Atenção ao preenchimento do Q09 do anexo A das IES
(reinvestimento)
FECHO DE CONTAS 2015 66
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1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.3 DOSSIER FISCAL
1.3.2 Elementos
Dossier Fiscal
Documentos que integram o dossier fiscal Os elementos que compõem o
dossier fiscal estão enumerados na Portaria 92-A/2011, de 28 de fevereiro
Elementos constantes do Dossier Fiscal (Anexo I Portaria n.º 92-A/2011):
Mapa, de modelo oficial, das depreciações e amortizações
Novos modelos de mapas: Portaria n.º 94/2013 de 4 de março
No preenchimento do mapa devem ser observadas as seguintes recomendações
a) Os elementos que se encontrem totalmente depreciados/ amortizados não
necessitam de constar do mapa, podendo, todavia, ser mencionados, globalmente e,
em primeiro lugar
b) Os edifícios devem ser discriminados elemento a elemento, com separação, em
linhas sucessivas, do valor da construção e do valor do terreno
c) Os elementos de reduzido valor que sejam depreciados contabilisticamente num
só período, devem ser evidenciados pelo seu valor global em linha própria e com a
designação “Elementos de reduzido valor”;
d) Os valores das grandes reparações e beneficiações não devem ser englobados nos
valores de aquisição dos elementos a que respeitam, devendo figurar em linha
diferente a seguir ao(s) bem(ns) a que se reportam;
FECHO DE CONTAS 2015 67

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1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.3 DOSSIER FISCAL
1.3.2 Elementos

Dossier Fiscal
Documentos que integram o dossier fiscal Os elementos que compõem o
dossier fiscal estão enumerados na Portaria 92-A/2011, de 28 de fevereiro
Elementos constantes do Dossier Fiscal (Anexo I Portaria n.º 92-A/2011):
Mapas, de modelo oficial, das depreciações de bens reavaliados ao
abrigo de diploma legal
Mapa do apuramento do lucro tributável por regimes de tributação
Sempre que existam regimes de tributação diferentes, então deverão ser
incluídos no dossier fiscal um mapa com o apuramento do lucro tributável
por regime de tributação, com indicação dos valores totais que constam da
declaração de rendimentos a apresentar naquele ano.
Se a entidade apenas tiver um regime de tributação, então deverá incluir
neste ponto do dossier fiscal todos os justificativos para todas as
correções efetuadas no quadro 07 da declaração modelo 22. Como
sugestão de arquivo, estes documentos poderão estar arquivados por
ordem das linhas do quadro 07.
FECHO DE CONTAS 2015 68
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1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.3 DOSSIER FISCAL
1.3.2 Elementos
Dossier Fiscal
Documentos que integram o dossier fiscal Os elementos que compõem o
dossier fiscal estão enumerados na Portaria 92-A/2011, de 28 de fevereiro
Elementos constantes do Dossier Fiscal (Anexo I Portaria n.º 92-A/2011):
Mapa de controlo de prejuízos (RETGS - artigo 71.º do CIRC)
Os grupos empresariais que optem pelo regime especial de tributação de
grupos de sociedades deverão elaborar e incluir no dossier fiscal um mapa de
controlo dos prejuízos, com indicação dos prejuízos por empresa e com
indicação do ano limite para a dedução destes prejuízos.
Mapa de controlo das correções fiscais decorrentes de diferenças
temporais de imputação entre a contabilidade e a fiscalidade
As correções efetuadas no quadro 07 da declaração modelo 22,
decorrentes de diferenças temporais, deverão ser explicadas,
fundamentadas e documentadas no dossier fiscal.
Esta informação deverá ser conciliada com os impostos diferidos do
exercício, sempre que a entidade aplique a NCRF 25 – Impostos
diferidos
FECHO DE CONTAS 2015 69

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1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.3 DOSSIER FISCAL
1.3.2 Elementos
Dossier Fiscal
Documentos que integram o dossier fiscal Os elementos que compõem o
dossier fiscal estão enumerados na Portaria 92-A/2011, de 28 de fevereiro
Elementos constantes do Dossier Fiscal (Anexo I Portaria n.º 92-A/2011):
Outros documentos mencionados nos Códigos ou em legislação
complementar que devam integrar o processo (nomeadamente)
a) CIRC dos artigos 31-B.º, 49.º, 63.º, 64.º, 66.º, 67.º, 78.º e 120.º
31-B.º-Desvalorizações excecionais
Devem constar do dossier fiscal, elementos sobre os factos que
determinaram as desvalorizações excecionais dos ativos, e o abate físico,
o desmantelamento, o abandono ou a inutilização ocorram no mesmo
período de tributação, o valor líquido fiscal dos ativos, corrigido de
eventuais valores recuperáveis pode ser aceite como gasto do período.
Assim, no dossier fiscal deve constar o comprovativo do abate físico,
desmantelamento, abandono ou inutilização dos bens, através do
respetivo auto, assinado por duas testemunhas, e identificados e
comprovados os factos que originaram as desvalorizações excecionais
FECHO DE CONTAS 2015 70
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1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.3 DOSSIER FISCAL
1.3.2 Elementos
Dossier Fiscal
Documentos que integram o dossier fiscal Os elementos que compõem o
dossier fiscal estão enumerados na Portaria 92-A/2011, de 28 de fevereiro
Elementos constantes do Dossier Fiscal (Anexo I Portaria n.º 92-A/2011):
Outros documentos mencionados nos Códigos ou em legislação
complementar que devam integrar o processo (nomeadamente)
a) CIRC dos artigos 31-B.º, 49.º, 63.º, 64.º, 66.º, 67.º, 78.º e 120.º
31-B.º-Desvalorizações excecionais
Este auto deve ser acompanhado por uma relação discriminativa dos
elementos em causa, contendo, relativamente a cada ativo, a descrição, o
ano e o custo de aquisição, bem como o valor líquido contabilístico e o
valor líquido fiscal.
No dossier fiscal também deve constar o comprovativo de comunicação
ao serviço de finanças da área do local onde aqueles bens se encontrem,
com a antecedência mínima de 15 dias, o local, a data e a hora do abate
físico, o desmantelamento, o abandono ou a inutilização e o total do valor
líquido fiscal dos mesmos.
FECHO DE CONTAS 2015 71

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1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.3 DOSSIER FISCAL
1.3.2 Elementos
Dossier Fiscal
Documentos que integram o dossier fiscal Os elementos que compõem o
dossier fiscal estão enumerados na Portaria 92-A/2011, de 28 de fevereiro
Elementos constantes do Dossier Fiscal (Anexo I Portaria n.º 92-A/2011):
Outros documentos mencionados nos Códigos ou em legislação
complementar que devam integrar o processo (nomeadamente)
a) CIRC dos artigos 31-B.º, 49.º, 63.º, 64.º, 66.º, 67.º, 78.º e 120.º
49.º-Instrumentos financeiros derivados
De acordo com o art.º 49º do CIRC, concorrem para a formação do
lucro tributável os rendimentos ou gastos resultantes da aplicação do
justo valor a instrumentos financeiros derivados, ou a qualquer outro
ativo ou passivo financeiro utilizado como instrumento de
cobertura
O art.º 49º do CIRC refere que as situações em que os instrumentos
são considerados como cobertura.
Assim, no dossier fiscal devem constar os elementos que justifiquem a
existência de instrumentos financeiros de cobertura
FECHO DE CONTAS 2015 72
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1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.3 DOSSIER FISCAL
1.3.2 Elementos
Dossier Fiscal
Documentos que integram o dossier fiscal Os elementos que compõem o
dossier fiscal estão enumerados na Portaria 92-A/2011, de 28 de fevereiro
Elementos constantes do Dossier Fiscal (Anexo I Portaria n.º 92-A/2011):
Outros documentos mencionados nos Códigos ou em legislação
complementar que devam integrar o processo (nomeadamente)
a) CIRC dos artigos 31-B.º, 49.º, 63.º, 64.º, 66.º, 67.º, 78.º e 120.º
63.º - Preços de transferência (ver mais à frente)
64.º - Correções ao valor de transmissão de direitos reais sobre
bens imóveis
No caso de existir uma diferença positiva entre o valor patrimonial
tributário definitivo e o custo de aquisição ou de construção, o
sujeito passivo adquirente deve comprovar no dossier fiscal, o
tratamento contabilístico e fiscal dado ao imóvel (se quiser considerar
o VPT do imóvel como custo para efeitos fiscais). Caso nada diga, o
custo fiscal é o custo contabilizado e não o VPT).
Muito importante a informação no dossier fiscal de todos os anos
FECHO DE CONTAS 2015 entre a aquisição e a alienação 73

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1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.3 DOSSIER FISCAL
1.3.2 Elementos
Dossier Fiscal
Documentos que integram o dossier fiscal Os elementos que compõem o
dossier fiscal estão enumerados na Portaria 92-A/2011, de 28 de fevereiro
Elementos constantes do Dossier Fiscal (Anexo I Portaria n.º 92-A/2011):
Outros documentos mencionados nos Códigos ou em legislação
complementar que devam integrar o processo (nomeadamente)
a) CIRC dos artigos 31-B.º, 49.º, 63.º, 64.º, 66.º, 67.º, 78.º e 120.º
66.º - Imputação de lucros de sociedades não residentes sujeitas
a um regime fiscal privilegiado
Os lucros ou rendimentos obtidos por entidades não residentes em
território português e submetidos a um regime fiscal claramente mais
favorável são imputados aos sujeitos passivos de IRC residentes em território
português quando existe participação nos termos do art.º 66º do CIRC
Assim, o sujeito passivo residente deve integrar no processo de
documentação fiscal alguns elementos, como as contas devidamente
aprovadas pelos órgãos competentes das entidades não residentes a que
respeitam o lucro ou os rendimentos a imputar, a cadeia de participações
diretas e indiretas, etc.
FECHO DE CONTAS 2015 74
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1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
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1.3.2 Elementos
Dossier Fiscal
Documentos que integram o dossier fiscal Os elementos que compõem o
dossier fiscal estão enumerados na Portaria 92-A/2011, de 28 de fevereiro
Elementos constantes do Dossier Fiscal (Anexo I Portaria n.º 92-A/2011):
Outros documentos mencionados nos Códigos ou em legislação
complementar que devam integrar o processo (nomeadamente)
a) CIRC dos artigos 31-B.º, 49.º, 63.º, 64.º, 66.º, 67.º, 78.º e 120.º
Artigo 67.º - Limitação à dedutibilidade de gastos de
financiamento
Neste ponto deverão constar os elementos relacionados com os
cálculos relacionados com a limitação á dedutibilidade dos gastos de
financiamento, e o montante, se aplicável, a acrescer na modelo 22.
Note-se que nos termos do artigo 67.º do CIRC, Os gastos de
financiamento líquidos concorrem para a determinação do lucro tributável
até ao maior dos seguintes limites:
€ 1 000 000; ou
30% do resultado antes de depreciações, amortizações, gastos
de financiamento líquidos e impostos.
FECHO DE CONTAS 2015 75

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1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.3 DOSSIER FISCAL
1.3.2 Elementos

Dossier Fiscal
Documentos que integram o dossier fiscal Os elementos que compõem o
dossier fiscal estão enumerados na Portaria 92-A/2011, de 28 de fevereiro
Elementos constantes do Dossier Fiscal (Anexo I Portaria n.º 92-A/2011):
Outros documentos mencionados nos Códigos ou em legislação
complementar que devam integrar o processo (nomeadamente)
a) CIRC dos artigos 31-B.º, 49.º, 63.º, 64.º, 66.º, 67.º, 78.º e 120.º
78.º- Obrigações acessórias relacionadas com fusões, cisões e
permuta de ações
A adoção do regime especial aplicável às fusões, cisões, entradas de
ativos e permutas de partes sociais deve ser comunicada à AT na
declaração anual de informação contabilística e fiscal, relativa ao
período de tributação em que a operação é realizada.
Por outro lado, a sociedade que transfere os elementos patrimoniais,
por motivo de fusão ou cisão ou entrada de ativos, bem como a
sociedade beneficiária ou adquirente, devem integrar no processo de
documentação fiscal, elementos específicos previstos no artigo 78.º.
FECHO DE CONTAS 2015 76
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1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.3 DOSSIER FISCAL
1.3.2 Elementos
Dossier Fiscal
Documentos que integram o dossier fiscal Os elementos que compõem o
dossier fiscal estão enumerados na Portaria 92-A/2011, de 28 de fevereiro
Elementos constantes do Dossier Fiscal (Anexo I Portaria n.º 92-A/2011):
Outros documentos mencionados nos Códigos ou em legislação
complementar que devam integrar o processo (nomeadamente)
a) CIRC dos artigos 31-B.º, 49.º, 63.º, 64.º, 66.º, 67.º, 78.º e 120.º
120.º - Declaração periódica de rendimentos (Mod. 22) e justificação de
todos elementos que culminaram na liquidação e apuramento final do
IRC a pagar/recuperar

b) CIVA: Do artigo 78.º, 78-A a 78-D do Código do IVA;


Art.º 78º, 78-A a 78-D -Regularizações de Iva em créditos incobráveis e
de cobrança duvidosa. Devem ser incluídos no dossier fiscal o valor
global dos créditos, o valor global do imposto a deduzir, a realização de
diligências de cobrança por parte do credor e o insucesso, total ou
parcial, de tais diligências devem encontrar-se documentalmente
FECHO DE CONTAS 2015
comprovados e ser certificados por revisor oficial de contas
77

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.3 DOSSIER FISCAL
1.3.2 Elementos
Dossier Fiscal
Documentos que integram o dossier fiscal Os elementos que compõem o
dossier fiscal estão enumerados na Portaria 92-A/2011, de 28 de fevereiro
Elementos constantes do Dossier Fiscal (Anexo I Portaria n.º 92-A/2011):
Outros documentos mencionados nos Códigos ou em legislação
complementar que devam integrar o processo (nomeadamente)
c) Do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 159/2009, de 13 de Julho;
Regime transitório POC/SNC

d) Do artigo 10.º do Decreto Regulamentar n.º 25/2009, de 14 de


Setembro
O DR25/2009, de 14 de setembro, refere que no caso de imóveis, do
valor a considerar do custo de aquisição/produção, para efeitos do
cálculo das respetivas quotas de depreciação, é excluído o valor do
terreno ou, tratando-se de terrenos de exploração, a parte do respetivo
valor não sujeita a deperecimento

FECHO DE CONTAS 2015 78


PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

11. PRESTAÇÃO DE CONTAS


1.3 DOSSIER FISCAL
1.3.2 Elementos
Dossier Fiscal
Artigo 130.º CIRC / Portaria Nº 92-A/2011 DE 28/2
Elementos que deverão constar do dossier fiscal:
Em nossa opinião para além dos documentos referidos
anteriormente, também devem constar do Dossier Fiscal os
seguintes elementos:
IES e discriminação dos cálculos de suporte e mapas de apoio.
Outras declarações submetidas à Autoridade Tributária (modelo 10, 30,
39, 44)
Demonstrações Financeiras (Balanço, Demonstração dos resultados,
Demonstração das alterações do capital próprio, Demonstração dos
fluxos de caixa e anexo)
Atas de aprovação das contas
Balancete antes e após o apuramento dos resultados
Comprovativos de retenção na fonte de IRC (declarações de retenção na
fonte)
Cópia dos comprovativos dos pagamentos por conta ou pagamentos
especiais por conta
FECHO DE CONTAS 2015 79

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.3 DOSSIER FISCAL
1.3.3 Índice (sugestão)
Dossier Fiscal
Índice (sugestão OCC)
Por forma a sistematizar o ”Dossier Fiscal” das várias entidades, sugerimos
a elaboração de um índice, no qual vão sendo referidos os elementos que se
aplicam a cada entidade, conforme modelo sugerido pela OCC (importante
para responder ao controlo de qualidade da OCC também)

Dossier Fiscal
1 Documentos de prestação de contas:
- Relatório de gestão
- Anexo ao Relatório de gestão (se Sociedade Anónima)
- Balanço
- Demonstração dos resultados por naturezas
- Demonstração dos resultados por funções (se elaborada)
- Demonstração dos fluxos de caixa (se aplicável)
- Demonstração das alterações do capital próprio (se aplicável)
- Anexo

FECHO DE CONTAS 2015 80


PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.3 DOSSIER FISCAL
1.3.3 Índice (sugestão)
Dossier Fiscal
Índice (sugestão OCC)
Dossier Fiscal
2 Certificação legal das contas (se aplicável)
Parecer do Conselho Fiscal ou Fiscal Único (se aplicável)

3 Atas:
- Ata do Concelho de Administração – Aprovação das demonstrações
financeiras (se SA)
- Ata da Assembleia Geral de aprovação de contas
- Lista de presenças (se Sociedade Anónima)
4 Lista e documentos comprovativos de créditos incobráveis

5 Mapa de modelo oficial de provisões, perdas por imparidade em créditos e


ajustamentos em inventários

FECHO DE CONTAS 2015 81

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.3 DOSSIER FISCAL
1.3.3 Índice (sugestão)
Dossier Fiscal
Índice (sugestão OCC)
Dossier Fiscal
6 Mapa de modelo oficial, das mais-valias e menos-valias

7 Mapa de modelo oficial das depreciações e amortizações

8 Mapa de modelo oficial, das depreciações de bens reavaliados ao abrigo de


diploma legal

9 Mapa do apuramento do lucro tributável por regimes de tributação

10 Declarações retenção na fonte de IRC

FECHO DE CONTAS 2015 82


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1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.3 DOSSIER FISCAL
1.3.3 Índice (sugestão)
Dossier Fiscal
Índice (sugestão OCC)
Dossier Fiscal
11 Cópia dos comprovativos dos pagamentos por conta ou pagamentos
especiais por conta
12 Mapa de controlo de prejuízos no Regime Especial de Tributação de Grupos
de Sociedades (artigo 71º do CIRC)
13 Mapa de controlo das correções fiscais decorrentes de diferenças temporais
de imputação entre a contabilidade e a fiscalidade (quadro 07 da dec. mod.
22)
14 Declarações modelo 10/ modelo 30/ modelo 39

15 Declaração modelo 22

16 Informação Empresarial Simplificada (IES)

FECHO DE CONTAS 2015 83

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1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.3 DOSSIER FISCAL
1.3.3 Índice (sugestão)
Dossier Fiscal
Índice (sugestão OCC)
Dossier Fiscal
17 Outros documentos mencionados nos Códigos ou em legislação complementar
que devam integrar o processo de documentação fiscal:
17.1 Artigo 31-B.º - Desvalorizações excecionais
17.2 Artigo 49.º - Instrumentos financeiros derivados
17.3 Artigo 63.º - Preços de transferência
17.4 Artigo 64.º - Correções ao valor de transmissão de direitos reais sobre bens imóveis
17.5 Artigo 66.º - Imputação de rendimentos de entidades não residentes sujeitas a um regime
fiscal privilegiado
17.6 Artigo 67.º - Subcapitalização
17.7 Artigo 78.º - Obrigações acessórias
17.8 Artigo 78.º a 78-D - CIVA – Regularizações de IVA
17.9 Artigo 5.º - Regime transitório – DL 159/2009 – transição SNC (Não se aplica às
microentidades)
17.10 Artigo 10.º DR. 25/2009 - Depreciações de imóveis (terreno/edifício)
17.11 Outros
18 Balancetes antes e após apuramento dos resultados
FECHO DE CONTAS 2015 84
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1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.3 DOSSIER FISCAL
1.3.4 Preços de transferência

Dossier Fiscal
Preços de Transferência
Enquadramento legal: Artigo 63.º do CIRC, Art.º 138º CIRC (acordos
prévios de Preços de Transferência) e Portaria n.º 1446-C/2001, de 21 de
dezembro
Organização da documentação:
A organização da documentação relativamente aos preços de transferência
deve ser efetuada ao tempo em que as operações tiveram lugar e deve
obedecer ao disposto nos artigos 13.º a 16.º da Portaria n.º 1446-C/2001, de
21 de dezembro.
De acordo com o n.º 6 do artigo 63.º do CIRC e o n.º 2 do artigo 13.º da
Portaria n.º 1446-C/2001, de 21 de dezembro, esta documentação deve fazer
parte integrante do processo de documentação fiscal (DOSSIER FISCAL),
previsto no artigo 130.º do CIRC.

FECHO DE CONTAS 2015 85

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1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.3 DOSSIER FISCAL
1.3.4 Preços de transferência

Dossier Fiscal
Preços de Transferência
Organização da documentação:
Dispensa de elaboração de dossier de preços de
transferência:
O campo 3 (Quadro 10 Anexo A e do Quadro 033 Anexo H) deve
ser assinalado sempre que o sujeito passivo, apesar de ter efetuado
operações relacionadas, no exercício/período anterior, tenha
atingido um valor anual de vendas líquidas e outros proveitos
inferior a 3.000.000,00 euros (n.º 3 do artigo 13.º da Portaria n.º
1446-C/2001, de 21 de dezembro).

FECHO DE CONTAS 2015 86


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1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.3 DOSSIER FISCAL
1.3.4 Preços de transferência

Dossier Fiscal
Preços de Transferência
Quando os termos e condições diferirem dos que seriam
normalmente acordados entre entidades independentes

Não residente Residente


Contribuinte AT

Deve efetuar, na Pode efetuar correções ao lucro


declaração de tributável
rendimentos, correlação
positiva correspondente ao
desvio verificado Ajustamento correlativo

Proceder a ajustamentos simétricos na


contraparte da operação

FECHO DE CONTAS 2015


87

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1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.3 DOSSIER FISCAL
1.3.4 Preços de transferência
Dossier Fiscal
Preços de Transferência
Reforma do IRC- Lei nº 2/2014 de 16/01- alterações ao regime
dos Preços de transferência
Foi elevado de 10% para 20% a percentagem que permite
considerar que o nível de participação no capital ou nos direitos de
voto implica a existência de relações especiais (alíneas a) e b) do
nº4 do Art.º 63º do CIRC

Por outro lado, limitaram-se significativamente as situações que


constavam da alínea g) do nº4 do Art.º 63º do CIRC como dando
origem a relações especiais.
g) Entidades cujo relacionamento jurídico possibilita, pelos seus termos e
condições, que uma condicione as decisões de gestão da outra, em função
de factos ou circunstâncias alheios à própria relação comercial ou
profissional; [Redação dada pela Lei n.º 2/2014, de 16 de janeiro]
FECHO DE CONTAS 2015 88
PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.3 DOSSIER FISCAL
1.3.4 Preços de transferência
Dossier Fiscal
Preços de Transferência (métodos para determinação dos preços
e condições)
Métodos tradicionais baseados nas transações (prioritários: utilizam
informações obtidas no mercado, relativas a operações comparáveis)
alínea a) do nº3 do Art.º 63º do CIRC:
Método do preço comparável de mercado (prioridade máxima) - Preços
Método do preço de revenda minorado - Margem bruta
Método do custo majorado - Margem bruta
Métodos baseados nos lucros das operações (utilizam elementos
produzidos pelas empresas) alínea b) do nº3 do Art.º 63º do CIRC :
Método do fracionamento do lucro - Resultado operacional
Método da margem líquida da operação - Margem líquida

Ênfase: Métodos baseados nas transações em detrimento dos métodos


baseados nos lucros
FECHO DE CONTAS 2015 89

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.3 DOSSIER FISCAL
1.3.4 Preços de transferência
Dossier Fiscal
Preços de Transferência
Obrigações declarativas
IES
Anexo A: Quadro 10 Operações com Residentes
Identificar as operações com entidades relacionadas
Declarar os montantes das operações realizadas
Declaração a natureza da relação, de acordo com o disposto no n.º 4
do artigo 63.º do CIRC.
Declarar se organizou e mantém documentação relativa a preços
de transferência ou se se encontra dispensado

FECHO DE CONTAS 2015 90


PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.3 DOSSIER FISCAL
1.3.4 Preços de transferência
Dossier Fiscal
Preços de Transferência
Obrigações declarativas
IES
Anexo H – Operações com Não Residentes
Identificar as operações com entidades relacionadas
Declarar os montantes das operações realizadas

FECHO DE CONTAS 2015 91

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.3 DOSSIER FISCAL
1.3.4 Preços de transferência
Dossier Fiscal
Preços de Transferência
Obrigações declarativas
IES
Anexo H – Operações com Não Residentes
Indicar os métodos utilizados para determinação dos PT

FECHO DE CONTAS 2015 92


PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.3 DOSSIER FISCAL
1.3.4 Preços de transferência
Dossier Fiscal
Preços de Transferência
Obrigações declarativas
IES
Anexo H – Operações com Não Residentes
Declarar o valor das operações em que não foram utilizadas
condições substancialmente idênticas às que seriam praticadas
entre operadores independentes
Relativamente a estas operações, realizadas com não residentes,
declarar as correções efetuadas na declaração modelo 22 (quadro
07 campo 744 acrescer)

Declarar se organizou e mantém documentação relativa a preços


de transferência ou se se encontra dispensado

FECHO DE CONTAS 2015 93

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.3 DOSSIER FISCAL
1.3.4 Preços de transferência
Dossier Fiscal
Preços de Transferência
Obrigações declarativas
IES
Anexo H – Operações com Não Residentes

FECHO DE CONTAS 2015 94


PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.3 DOSSIER FISCAL
1.3.4 Preços de transferência

Dossier Fiscal
Preços de Transferência
Penalidade: falta de dossier de preços de transferência
RGIT ARTº 117º
6 - A falta de apresentação no prazo que a administração tributária fixar
da documentação respeitante à política adotada em matéria de preços
de transferência é punível com coima de € 500 a € 10.000.
RGIT Art.º 26, nº 4
Os limites mínimo e máximo das coimas previstas nos diferentes tipos
legais de contraordenação, são elevados para o dobro sempre que sejam
aplicadas a uma pessoa coletiva, sociedade, ainda que irregularmente
constituída, ou outra entidade fiscalmente equiparada.
Coima até 20.000 euros.

FECHO DE CONTAS 2015 95

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

FECHO DE CONTAS DE 2015


1. PRESTAÇÃO DE CONTAS

1.4 DECLARAÇÃO MODELO 22

FECHO DE CONTAS 2015 96


PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.4 DECLARAÇÃO MODELO 22
1.4.1 Enquadramento Geral
Declaração Modelo 22
Prazos
Deve ser enviada anualmente até ao último dia do mês de Maio,
independentemente desse dia ser útil ou não útil (por transmissão
eletrónica), ou:
No caso de SP com período especial de tributação, até ao último
dia do 5º mês posterior á data do termo desse período (dia útil ou
não útil).
A declaração considera-se apresentada na data em que é
submetida, sob a condição de correção de eventuais erros no prazo
de 30 dias.
Se os erros não forem corrigidos a declaração considera-se como
não apresentada.
Modelo 22 de 2015: Despacho n.º 1823/2016 Gabinete do Secretário
de Estado dos Assuntos Fiscais

FECHO DE CONTAS 2015 97

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.4 DECLARAÇÃO MODELO 22
1.4.1 Enquadramento Geral

Declaração Modelo 22
Anexos
Uma declaração de rendimentos a submeter pode integrar os
seguintes documentos:
Declaração de rendimentos modelo 22
Anexo A – Derrama
Anexo B – Regime Simplificado
Anexo C – Regiões Autónomas
Anexo D – Benefícios Fiscais
Anexo E – Regime simplificado
Anexo F - Organismos de Investimento Coletivo

FECHO DE CONTAS 2015 98


PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.4 DECLARAÇÃO MODELO 22
1.4.2 Tipos de sujeitos passivos

Declaração Modelo 22
Tipos de sujeitos passivo (quadro 3)
As sociedades por quotas e unipessoais por quotas, sociedades
anónimas, cooperativas, sociedades irregulares e outras sociedades
bem como os agrupamentos complementares de empresas e os
agrupamentos europeus de interesse económico devem assinalar o
campo 1 – residente que exerce, a título principal, atividade comercial,
industrial ou agrícola

As associações ou fundações e outras pessoas coletivas de direito


público assinalam, em regra, o campo 2 – residente que não exerce, a
título principal, atividade comercial, industrial ou agrícola

FECHO DE CONTAS 2015 99

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.4 DECLARAÇÃO MODELO 22
1.4.2 Tipos de sujeitos passivos
Declaração Modelo 22
Tipos de sujeitos passivos

Taxa geral 21% (artigo 87.º nº1 e 2 do CIRC)


primeiros 15.000€, 17% , só para PME
Os sujeitos passivos que se qualifiquem como pequena ou média empresa (PME),
nos termos previstos no anexo ao Decreto-Lei n.º 372/2007, de 6 de novembro,
devem assinalar o campo 1 “SIM”. Caso não tenham solicitado a certificação junto
do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação, I.P. (IAPMEI,
I.P.), a qual constitui prova bastante dessa qualificação, devem estar em condições
de comprovar a mesma.
Os restantes sujeitos passivos assinalam o campo 2 “NÃO”.
entidades que não exerçam a titulo principal, 21,5% (artigo 87.º nº5 do CIRC)
FECHO DE CONTAS 2015 100
PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.4 DECLARAÇÃO MODELO 22
1.4.2 Tipos de sujeitos passivos
Declaração Modelo 22
Tipos de sujeitos passivo
Pequena e média empresa (Decreto-Lei n.º 372/2007, de 6/11)
A categoria das micro, pequenas e médias empresas (PME) é constituída por empresas que
empregam menos de 250 pessoas e cujo volume de negócios anual não excede 50 milhões
de euros ou cujo balanço total anual não excede 43 milhões de euros.
Na categoria das PME, uma pequena empresa é definida como uma empresa que emprega
menos de 50 pessoas e cujo volume de negócios anual ou balanço total anual não excede 10
milhões de euros.
Na categoria das PME, uma micro empresa é definida como uma empresa que emprega
menos de 10 pessoas e cujo volume de negócios anual ou balanço total anual não excede 2
milhões de euros.
Pedir antecipadamente o certificado no site do IAPMEI
N.º VN Total balanço
Trabalhadores
Micro Menos de 10 ≤ 2.000.000 € <= 2000,000 €
Pequena 10 a 49 2.000.001 € a 10.000.000 € <=10.000.000 €

Média 50 a 250 10.000.001 € a 50.000.000 € <=43.000.000 €

FECHO DE CONTAS 2015 101

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.4 DECLARAÇÃO MODELO 22
1.4.2 Tipos de sujeitos passivos

Declaração Modelo 22
Tipos de sujeitos passivo
Pequena e média empresa (Decreto-Lei n.º 372/2007, de 6/11)

Caso assinalem “Não”, as empresas não poderão usufruir de todos os


benefícios e deduções que exigem esta qualificação, entre os quais a
DLRR, a remuneração convencional do capital e a aplicação da taxa de
IRC de 17%.

FECHO DE CONTAS 2015 102


PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.4 DECLARAÇÃO MODELO 22
1.4.3 Regimes de tributação
Declaração Modelo 22
Regimes de tributação dos rendimentos
Regime geral de tributação
Regime de isenção
Regime de redução de taxa
Regime simplificado
Regime de transparência fiscal
Artigo 36.º-A EBF (Zona franca da Madeira a partir de 2015)
Regime especial de tributação de grupos de sociedades

FECHO DE CONTAS 2015 103

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.4 DECLARAÇÃO MODELO 22
1.4.3 Regimes de tributação
Declaração Modelo 22
Regimes de tributação dos rendimentos
Regime geral de tributação
Entidades residentes que exercem, a título principal, atividades de natureza
comercial, industrial ou agrícola.
Entidades residentes que não exercem, a título principal, atividade de natureza
comercial, industrial ou agrícola.
Não residentes sem estabelecimento estável, ainda que abrangidos por taxas
específicas, também aplicam a tributação pelo regime geral
Regime de Isenção
O regime de isenção definitiva só pode ser assinalado pelos sujeitos passivos
que dela beneficiem e que são, designadamente, os identificados no quadro 031
do anexo D) PC utilidade pública e solidariedade Social, Ativ. Culturais, Recreativas,
Desportivas, Etc. (artigos 10.º e 11.º CIRC)
Do mesmo modo, o regime de isenção temporária também só pode ser
assinalado pelos sujeitos passivos que beneficiem de um regime de isenção com
caráter temporário, nomeadamente, os referidos no quadro 032 do anexo D.
FECHO DE CONTAS 2015 104
PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.4 DECLARAÇÃO MODELO 22
1.4.3 Regimes de tributação
Declaração Modelo 22
Regimes de tributação dos rendimentos
Regime de Redução de Taxa e Artigo 36.º-A EBF
Atualmente aplica-se a Entidades licenciadas na zona franca da madeira a
partir de 01-01-2007
Regime simplificado
Novo regime a partir de 01-01-2014
Regime de transparência fiscal
Estas entidades são tributadas pelo regime geral previsto no CIRC, no
entanto o lucro/prejuízo apurado, é tributado em sede de IRS dos detentores
da entidade (assinalados em simultâneo, os campos 1 e 7 – regime geral e
transparência fiscal)
Regime especial de tributação de grupos de sociedades
Regime de opção: todas as entidades incluídas no perímetro de consolidação,
apresentam declarações de rendimentos, sendo que a declaração que apura o
imposto a pagar é a declaração submetida pela entidade dominante
FECHO DE CONTAS 2015 105

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.4 DECLARAÇÃO MODELO 22
1.4.4 Tipos de declarações
Declaração Modelo 22
Tipos de declarações
Os sujeitos passivos de IRC podem apresentar as seguintes
declarações
1ª declaração do período
Declarações de substituição
Declarações especiais

FECHO DE CONTAS 2015 106


PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.4 DECLARAÇÃO MODELO 22
1.4.4 Tipos de declarações
Declaração Modelo 22
Tipos de declarações
Os sujeitos passivos de IRC podem apresentar as seguintes declarações
Declarações de substituição
Declaração de substituição ao abrigo do art.º 122.º, n.ºs 1 e 2 do
CIRC
Liquidado imposto inferior ao devido ou declarado prejuízo fiscal
superior ao efetivo
Prazo: um ano para a apresentação de declarações modelo 22 de
substituição para correção da autoliquidação
Declaração de substituição ao abrigo do art.º 64.º, n.º 4 do
CIRC
Exclusivamente para correção do VPT;
Sempre que o VPT definitivo do imóvel não estiver determinado até
ao final do prazo estabelecido para a entrega da declaração do
período a que respeita a transmissão;
FECHO DE CONTAS 2015
Prazo: mês de janeiro do ano seguinte. 107

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.4 DECLARAÇÃO MODELO 22
1.4.4 Tipos de declarações
Declaração Modelo 22
Tipos de declarações
Os sujeitos passivos de IRC podem apresentar as seguintes
declarações
Declarações de substituição
Declaração de substituição ao abrigo do art.º 120.º, n.ºs 8 e 9
do CIRC
Quando não se cumpra o prazo referido no artigo 51.º-A do
CIRC (24 meses) de detenção da participação que isenta de
tributação os lucros distribuídos.
Prazo: 60 dias a contar da data da verificação do facto.
Declaração de substituição ao abrigo do art.º 122.º, n.º 3 do
CIRC
Em caso de decisão administrativa ou sentença superveniente;
Prazo: um ano contado a partir da data em que o declarante tome
conhecimento dessa mesma decisão ou sentença.
FECHO DE CONTAS 2015
Exemplo: comunicação do valor do SIFIDE pela entidade gestora
108
PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.4 DECLARAÇÃO MODELO 22
1.4.5 Quadro 07

Declaração Modelo 22
Quadro 07
O quadro 07, deve ser preenchido pelas seguintes entidades
Entidades que exerçam, a título principal, uma atividade de natureza
comercial, industrial ou agrícola, com exceção da sociedade dominante no
caso de declaração de grupo
Sujeitos passivos não residentes com estabelecimento estável.

O Quadro 07 destina-se ao apuramento do lucro tributável que corresponde


ao resultado líquido do período, apurado na contabilidade (campo 701),
eventualmente corrigido nos termos do CIRC e outras disposições legais
aplicáveis

FECHO DE CONTAS 2015 109

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

FECHO DE CONTAS DE 2015


1. PRESTAÇÃO DE CONTAS

1.5 IES – INFORMAÇÃO EMPRESARIAL SIMPLIFICADA

FECHO DE CONTAS 2015 110


PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.5 IES
1.5.1 Aspetos Gerais

IES
Aspetos Gerais
A IES/DA deve ser enviada até 15 de julho, independentemente de
esse dia ser útil ou não útil.
Para os sujeitos passivos do IRC que adotem um período de
tributação diferente do ano civil, deverá ser apresentada até ao 15.º
dia do 7.º mês posterior à data do termo desse período,
independentemente de esse dia ser útil ou não útil
A única obrigação integrada na IES que é paga é o registo de
prestação de contas
As restantes obrigações cumpridas através da entrega da IES (envio
de informação contabilística e fiscal para o Ministério das Finanças –
AT – e envio de informação para o INE, BdP e DGAE) não estão
sujeitas a pagamento

FECHO DE CONTAS 2015 111

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.5 IES
1.5.1 Aspetos Gerais
IES
Aspetos Gerais
A IES/DA deve ser enviada pelos seguintes sujeitos passivos:
Sujeitos Passivos de IRS que possuam ou devam possuir
contabilidade organizada;
Sujeitos Passivos de IRS que apesar de não possuírem
contabilidade organizada, devam enviar o anexo Q;
Sujeitos Passivos de IRC, incluindo as entidades ou organismos
públicos, que devam enviar qualquer um dos anexos que
integram a declaração

Ultima alteração aos impressos: Portaria n.º 271/2014, de 23 de


dezembro (Aprova a folha de rosto e novos modelos de
impressos, relativos a anexos que fazem parte integrante do
modelo declarativo da informação empresarial simplificada)
FECHO DE CONTAS 2015 112
PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.5 IES
1.5.1 Aspetos Gerais
IES
Aspetos Gerais
Regime simplificado de IRC: sujeitos passivos não se encontram
dispensados da entrega da IES/DA e continuam obrigados ao registo
da prestação de contas. Com efeito, devem proceder à entrega dos
anexos que se mostrarem devidos.

Microentidades: dispensa de entrega dos Anexos L, M e Q estando


ainda dispensadas da entrega dos Anexos O e P a partir de 1/1/2014
se tiverem aderido ao regime simplificado.
No caso de reunir as condições de enquadramento na NCM e optar
PELAS NORMAS DO DECRETO-LEI N.º 158/2009, DE 13 DE JULHO,
não pode beneficiar da dispensa de apresentar os Anexos L, M e Q da
IES/DA.

FECHO DE CONTAS 2015 113

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.5 IES
1.5.2 Folha de Rosto
IES
Folha de rosto (estrutura):

FECHO DE CONTAS 2015 114


PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.5 IES
1.5.2 Folha de Rosto
IES
Folha de rosto (estrutura):
Quadro 05 – Anexos que devem acompanhar a declaração
Os anexos A, B, C e I devem ser entregues enquanto não for declarada a
cessação de atividade, ainda que, durante o ano a que os mesmos se
reportam, não tenham sido realizadas operações. Os restantes anexos só
devem ser apresentados pelos sujeitos passivos que tenham realizado
operações suscetíveis de serem mencionadas nos respetivos anexos.
O anexo F, aprovado pela Portaria n.º 64-A/2011 de 3 de fevereiro, apenas
pode ser utilizado para o período de 2010 e exercícios anteriores. A
informação relativa a benefícios fiscais deve ser incluída no anexo D da
declaração modelo 22 do IRC
Os anexos A1, B1 e C1 (modelos não oficiais) devem ser enviados pela
empresa-mãe, não devendo ser acompanhados de qualquer outro anexo.
Devem ser enviados apenas para o exercício de 2006 e seguintes

FECHO DE CONTAS 2015 115

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.5 IES
1.5.2 Folha de Rosto
IES
Folha de rosto (Estrutura)
Quadro 05 – Anexos que devem acompanhar a declaração
Anexo A1 (contas consolidadas) – elaboradas em conformidade com o
Sistema Normalização Contabilística (SNC), bem como contas consolidadas
em conformidade com as Normas Internacionais de Contabilidade (digitalizar
os documentos referidos no n.º 2 do artigo 42.º do Código do Registo
Comercial, e submetê-los como um só ficheiro em formato “PDF”)
Anexo B1: contas consolidadas das entidades sujeitas à supervisão
do Banco de Portugal: os elementos que compõem as contas
consolidadas previstos na lei geral, nomeadamente os referidos no artigo 3.º
do Aviso n.º 6/2003 do BdP devem ser enviados em formato "PDF".
Anexo C1: contas consolidadas do setor segurador: os documentos
referidos no n.º 2 do artigo 42.º do Código do Registo Comercial, aprovado
pelo Decreto-Lei n.º 403/86, de 3 de dezembro, devem ser submetidos como
um só ficheiro em formato “PDF”.
As declarações que incluam ficheiros em formato “PDF” não podem exceder 5 MB
FECHO DE CONTAS 2015 116
PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.5 IES
1.5.2 Folha de Rosto
IES - Folha de rosto
Quadro 10 – Acontecimentos marcantes
Fusão, Cisão Entrada de Ativos, Permuta de partes sociais (Artigo 73.º
CIRC)
Paragem de atividade:
O campo 3 do Q10 deve ser assinalado sempre que tenha ocorrido uma paragem
na atividade da empresa. Adicionalmente deve ser indicado o número de meses de
inatividade no campo 4. No entanto, no Quadro 08 deve indicar o código 01, em
atividade
Outros
No campo 6 deve indicar quais os acontecimentos, de acordo com os seguintes códigos
(exemplos)
01 - Transferência de parte significativa dos trabalhadores de empresas do grupo, sem cisão;
02 - Transferência de parte significativa dos trabalhadores para empresas do grupo, sem cisão;
03 - Alienação de parte significativa de património produtivo, sem cisão;
04 - Aquisição de parte significativa de património produtivo, sem cisão,
05 - Encerramento de parte significativa de património produtivo, sem cisão;
FECHO DE CONTAS 2015 117

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.5 IES
1.5.3 Anexo A
IES
Anexo A
Quadro 11 – Comércio Eletrónico
Considera-se que há presença na Internet quando se verifique
uma ou mais das seguintes situações:
Uso de sítio ou página de Internet para fins comerciais;
Uso de correio eletrónico para fins comerciais;
Uso de grupos de discussão eletrónicos para fins comerciais;
Uso de outro tipo de tecnologia aplicável na Internet para fins
comerciais (por exemplo: faixas publicitárias ou ligações ao próprio
sítio ou página de Internet, em páginas de Internet mantidas por
terceiros).
Sempre que tenham sido efetuadas encomendas via Internet e as
mesmas tenham sido satisfeitas pela mesma via (Internet), devem os
respetivos valores ser inscritos nos campos A2101 e A2102 consoante
digam respeito a transmissões ou aquisições, respetivamente

FECHO DE CONTAS 2015 118


PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.5 IES
1.5.3 Anexo Q
IES
Anexo Q (Elementos contabilísticos e fiscais)
O Anexo Q deve ser enviado por todos os sujeitos passivos de IRS
ou IRC (ainda que entidades públicas) que no exercício da sua
atividade tenham liquidado imposto do selo.

Este anexo, deve ainda ser enviado pelos sujeitos passivos de IRC ou
IRS, obrigados a possuir contabilidade organizada, sempre que
disponham de elementos para o preenchimento do quadro 06
(Número e Valor Líquido Contabilístico dos Imóveis)

FECHO DE CONTAS 2015 119

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.5 IES
1.5.3 Anexo Q
IES
Anexo Q (Elementos contabilísticos e fiscais)
Quadro 06 (Número e Valor Líquido Contabilístico dos Imóveis)
Neste quadro devem ser inscritos o número de imóveis (campos
Q203 e Q205) e o respetivo valor contabilístico, líquido das
reintegrações e provisões efetuadas (campos Q204 e Q206),
constantes do balanço do declarante, reportado a 31 de dezembro
do ano a que respeita a declaração.
Por imóvel deve entender-se todo e qualquer prédio rústico ou
urbano, nele se incluindo os terrenos para construção. Tratando-se
de prédios em propriedade horizontal, cada fração autónoma deve
ser considerada um imóvel.
Contabilizados como Inventários ou AFT
Inclui todos os imóveis independentemente do ano de aquisição
bem como os imóveis em regime de locação financeira

FECHO DE CONTAS 2015 120


PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

FECHO DE CONTAS DE 2015


1. PRESTAÇÃO DE CONTAS

1.6 CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS

FECHO DE CONTAS 2015 121

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.6 CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS
1.6.1 Artigo 6º - Obrigatoriedade

Regime atual e alterações para 2016 decorrentes do Decreto-


Lei n.º98/2015
Consolidação de contas (Artigos 6º, 7º e 8.º do DL n.º 158/2009)
Artigo 6.º: Obrigatoriedade de elaborar demonstrações
financeiras consolidadas:
Nº1: Qualquer empresa-mãe sujeita ao direito nacional é obrigada
a elaborar demonstrações financeiras consolidadas do grupo
constituído por ela própria e por todas as subsidiárias,
independentemente do local onde esteja situada a sede estatutária
destas, sobre as quais: [Redação dada pelo Decreto-Lei n.º 98/2015,
de 2 de junho]

FECHO DE CONTAS 2015 122


PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.6 CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS
1.6.1 Artigo 6º - Obrigatoriedade

Regime atual e alterações para 2016 decorrentes do Decreto-


Lei n.º98/2015
Consolidação de contas (Artigos 6º, 7º e 8.º do DL n.º 158/2009)
Artigo 6.º: Obrigatoriedade de elaborar demonstrações
financeiras consolidadas:
a) Independentemente da titularidade do capital, se verifique
que, em alternativa:
i) Possa exercer, ou exerça efetivamente, influência dominante ou
controlo;
ii) Exerça a gestão como se as duas constituíssem uma única entidade;
b) Sendo titular de capital, quando ocorra uma das seguintes
situações:
i) Tenha a maioria dos direitos de voto, exceto se for demonstrado
que esses direitos não conferem o controlo;
FECHO DE CONTAS 2015 123

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.6 CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS
1.6.1 Artigo 6º - Obrigatoriedade
Regime atual e alterações para 2016 decorrentes do Decreto-
Lei n.º98/2015
Consolidação de contas (Artigos 6º, 7º e 8.º do DL n.º 158/2009)
Artigo 6.º: Obrigatoriedade de elaborar demonstrações
financeiras consolidadas:
b) Sendo titular de capital, quando ocorra uma das seguintes
situações. (…)
ii) Tenha o direito de designar ou de destituir a maioria dos titulares do
órgão de gestão
iii) Exerça uma influência dominante sobre uma entidade, por força de um
contrato celebrado com esta ou de uma outra cláusula do contrato social
desta;
iv) Detenha pelo menos 20% dos direitos de voto e a maioria dos titulares
do órgão de gestão
v) Disponha, por si só ou por força de um acordo com outros titulares do
capital desta entidade, da maioria dos direitos de voto dos titulares do
capital da mesma.
FECHO DE CONTAS 2015 124
PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.6 CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS
1.6.1 Artigo 6º - Obrigatoriedade
Regime atual e alterações para 2016 decorrentes do Decreto-Lei
n.º98/2015
Consolidação de contas (Artigos 6º, 7º e 8.º do DL n.º 158/2009)
Artigo 6.º: Obrigatoriedade de elaborar demonstrações financeiras
consolidadas:
A partir de 2016: Novidades decorrentes da entrada em vigor do DL
98/2015 (aditados os n.º 5,6 e 7)
5 - O disposto na subalínea iv) da alínea b) do n.º 1 não é aplicável caso um
terceiro tenha, em relação à mesma entidade, os direitos a que se referem as
subalíneas i), ii) e iii) da mesma alínea do mesmo número.
6 - As entidades do setor não lucrativo ficam obrigadas a elaborar
demonstrações financeiras consolidadas nos termos do presente artigo,
com as necessárias adaptações. (já estavam de acordo com o DL 36-A/2011)
7 - Para efeitos do disposto no número anterior (ENSL), a existência de
controlo entre entidades deve ser analisada casuisticamente, em função das
circunstâncias concretas, tomando por referência a condição de poder e a
FECHO DE CONTAS 2015
condição de resultado. 125

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.6 CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS
1.6.1 Artigo 6º - Obrigatoriedade
Regime atual e alterações para 2016 decorrentes do Decreto-Lei
n.º98/2015
Consolidação de contas (Artigos 6º, 7º e 8.º do DL n.º 158/2009)
Artigo 7.º: Dispensa de elaboração demonstrações financeiras
consolidadas:
Alteração importante para 2016 (conceito de pequenos grupos)
1 - Uma empresa-mãe de um pequeno grupo, tal como definido no
artigo 9.º-B, fica dispensada de elaborar as demonstrações
financeiras consolidadas
Pequenos grupos são grupos constituídos pela empresa-mãe e pelas
empresas subsidiárias a incluir na consolidação e que, em base
consolidada e à data do balanço da empresa-mãe, não ultrapassem dois
dos três limites seguintes
a) Total do balanço: € 6.000.000;
b) Volume de negócios líquido: € 12.000.000;
c) Número médio de empregados durante o período: 50.
FECHO DE CONTAS 2015 126
PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.6 CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS
1.6.1 Artigo 6º - Obrigatoriedade
Regime atual e alterações para 2016 decorrentes do Decreto-Lei
n.º98/2015
Consolidação de contas (Artigos 6º, 7º e 8.º do DL n.º 158/2009)
Artigo 7.º: Dispensa de elaboração demonstrações financeiras consolidadas:
se, na data do seu balanço, o conjunto das entidades a consolidar, com base nas suas
últimas contas anuais aprovadas, não ultrapasse dois dos três limites a seguir indicados:

REGIME ANTERIOR Total do balanço Volume de vendas Número médio


(até 31/12/2015) líquidas e outros de empregados
rendimentos durante o
período
Decreto Lei n.º 158/2009 7.500.000€ 15.000.000€ 250

A PARTIR DE 2016 Total do balanço Volume de negócios Número médio


líquido de empregados
durante o
período
Decreto Lei n.º 98/2015 6.000.000€ 12.000.000€ 50

FECHO DE CONTAS 2015 127

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.6 CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS
1.6.1 Artigo 6º - Obrigatoriedade
Regime atual e alterações para 2016 decorrentes do Decreto-Lei
n.º98/2015
Consolidação de contas (Artigos 6º, 7º e 8.º do DL n.º 158/2009)
Artigo 7.º: Dispensa de elaboração demonstrações financeiras
consolidadas (para além dos pequenos grupos)
3 - É ainda dispensada da obrigação de elaborar demonstrações
financeiras consolidadas qualquer empresa-mãe que seja também
uma subsidiária, incluindo uma entidade de interesse público, salvo
quando esteja abrangida pela alínea a) do artigo 2.º do Decreto-Lei
n.º 225/2008, de 20 de novembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º
71/2010, de 18 de junho, quando a sua própria empresa-mãe esteja
subordinada à legislação de um Estado membro da União Europeia
e:
a) Seja titular de todas as partes de capital da entidade dispensada

FECHO DE CONTAS 2015 128


PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.6 CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS
1.6.1 Artigo 6º - Obrigatoriedade
Regime atual e alterações para 2016 decorrentes do Decreto-
Lei n.º98/2015
Consolidação de contas (Artigos 6º, 7º e 8.º do DL n.º 158/2009)
Artigo 7.º: Dispensa de elaboração demonstrações financeiras
consolidadas (para além dos pequenos grupos)
N.º 3 alínea a) - exemplo
Empresa B é uma empresa mãe que também é uma subsidiária de A
Empresa A (é empresa mãe de B é detentora de 100% do capital
Empresa B dispensada de elaboração de contas consolidadas
Empresa A

100%

Empresa B

70% 60%

Empresa C Empresa D
FECHO DE CONTAS 2015 129

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.6 CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS
1.6.1 Artigo 6º - Obrigatoriedade
Regime atual e alterações para 2016 decorrentes do Decreto-Lei
n.º98/2015
Consolidação de contas (Artigos 6º, 7º e 8.º do DL n.º 158/2009)
Artigo 7.º: Dispensa de elaboração demonstrações
financeiras consolidadas (para além dos pequenos grupos)
3 - É ainda dispensada da obrigação de elaborar demonstrações
financeiras consolidadas qualquer empresa-mãe que seja também
uma subsidiária (…), quando a sua própria empresa-mãe esteja
subordinada à legislação de um Estado membro da União Europeia
e:
b) Detenha 90%, ou mais, das partes de capital da entidade dispensada da
obrigação e os restantes titulares do capital desta entidade não
tenham solicitado a elaboração de demonstrações financeiras consolidadas
pelo menos seis meses antes do fim do período.
O regime anterior (até 31/12/2015) obrigava a que os restantes
titulares do capital desta entidade aprovassem a dispensa
FECHO DE CONTAS 2015 130
PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.6 CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS
1.6.1 Artigo 6º - Obrigatoriedade
Regime atual e alterações para 2016 decorrentes do Decreto-
Lei n.º98/2015
Consolidação de contas (Artigos 6º, 7º e 8.º do DL n.º 158/2009)
Artigo 7.º: Dispensa de elaboração demonstrações financeiras
consolidadas (para além dos pequenos grupos)
N.º 3 alínea b) - exemplo
Empresa B é uma empresa mãe que também é uma subsidiária de A
Empresa A (a empresa mãe de B é detentora de 95% do capital > 90%)
Empresa B dispensada de elaboração de contas consolidadas, se os
restantes titulares do capital da empresa B (5%) não tenham solicitado a
elaboração de demonstrações financeiras consolidadas pelo menos seis meses
antes do fim do período Empresa A

95%

Empresa B

70% 60%

Empresa C Empresa D
FECHO DE CONTAS 2015 131

PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

1. PRESTAÇÃO DE CONTAS
1.6 CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS
1.6.1 Artigo 6º - Obrigatoriedade
Regime atual e alterações para 2016 decorrentes do Decreto-Lei
n.º98/2015
Consolidação de contas (Artigos 6º, 7º e 8.º do DL n.º 158/2009)
Artigo 7.º: Dispensa de elaboração demonstrações
financeiras consolidadas Entidades Setor não Lucrativo
7 - A entidade mãe do setor não lucrativo fica dispensada de
elaborar as demonstrações financeiras consolidadas quando, na data
do seu balanço, o conjunto das entidades a consolidar, com base nas suas
últimas demonstrações financeiras individuais aprovadas, não ultrapasse dois
dos três limites referidos no artigo 9.º-B (pequenos grupos). [Aditado pelo
Decreto-Lei n.º 98/2015, de 2 de junho]
8 - À dispensa de elaboração de demonstrações financeiras
consolidadas pelas entidades do setor não lucrativo aplica-se ainda o
disposto nos n.ºs 2 a 6 do artigo 7.º, com as necessárias adaptações
(outras dispensas)
FECHO DE CONTAS 2015 132
PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

FECHO DE CONTAS DE 2015


2. BENEFÍCIOS FISCAIS

2.0 INTRODUÇÃO

FECHO DE CONTAS 2015 133

BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.0 INTRODUÇÃO

BENEFÍCIOS FISCAIS
Introdução
Os sujeitos passivos que usufruam de benefícios fiscais, estão
obrigados a entregar o anexo D da Declaração Modelo 22, o
qual apresenta a seguinte estrutura:
Isenções (quadro 03) mais utilizado pelas ESNL
Deduções ao rendimento (quadro 04)
a deduzir no campo 774 do quadro 07 da declaração modelo 22
Dedução à coleta (quadro 07)
a deduzir no campo 355 do quadro 10 da declaração modelo 22
As reduções de taxa constam do quadro 08.1 da declaração
modelo 22 (neste momento a Zona Franca da Madeira é a única)

FECHO DE CONTAS 2015 134


BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.0 INTRODUÇÃO

BENEFÍCIOS FISCAIS
Anexo D da Modelo 22
Deduções ao Rendimento (campo 774 Q07 Modelo 22)

FECHO DE CONTAS 2015 135

BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.0 INTRODUÇÃO

BENEFÍCIOS FISCAIS
Anexo D da Modelo 22
Deduções à coleta (campo 355 do quadro 10 da Mod.22)

FECHO DE CONTAS 2015 136


BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.0 INTRODUÇÃO

BENEFÍCIOS FISCAIS
Anexo D da Modelo 22
Deduções à coleta (campo 355 do quadro 10 da Mod.22)

FECHO DE CONTAS 2015 137

BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.0 INTRODUÇÃO

BENEFÍCIOS FISCAIS
CRÉDITO FISCAL EXTRAORDINÁRIO AO INVESTIMENTO
(Lei n.º 49/2013, de 16/07 )
Este benefício embora só se tenha aplicado aos investimentos
realizados entre 1 de Junho de 2013 e 31 de Dezembro de 2013, e
permitida a dedução à coleta de IRC do exercício do investimento, e
por um período adicional de até cinco anos, sempre que aquela seja
insuficiente.
Assim, os montantes não deduzidos no ano de 2013, poderão sê-lo
nos exercícios de 2014 a 2018.
A dedução será realizada à coleta de IRC do exercício do investimento
(2013), e por um período adicional de até cinco anos, sempre que aquela seja
insuficiente

FECHO DE CONTAS 2015 138


BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.0 INTRODUÇÃO

BENEFÍCIOS FISCAIS
Redução da taxa – Benefícios à interioridade
(Ex.Art.º 43.º do EBF)
As empresas que exercessem, diretamente e a título principal, uma atividade
económica de natureza comercial, industrial ou de prestação de serviços nas
áreas do interior, beneficiaram de uma taxa reduzida em IRC, de 15%,
caso a atividade principal destas mesmas entidades se situasse nas áreas
beneficiárias.

No caso de instalação de novas entidades, cuja atividade principal se


situasse nas áreas beneficiárias, a taxa era reduzida a 10% durante os
primeiros cinco períodos de atividade.

Estas reduções de taxa foram revogadas pelo Orçamento de Estado


para 2012 (Lei n.º 64-B/2011 – 30/12) pelo que este campo só deve ser
preenchido para os períodos de tributação de 2011 e anteriores.
FECHO DE CONTAS 2015 139

BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.0 INTRODUÇÃO

BENEFÍCIOS FISCAIS
Redução da taxa – Benefícios à interioridade (Ex.Art.º 43.º do EBF)
Em termos transitórios (de acordo com as instruções de declaração modelo
22 bem como da Informação Vinculativa 4/2013 da DSIRC, com Despacho da
Diretora de Serviços do IRC de 2013.01.18) a revogação dos artigo 43.º do
EBF não se aplica a uma empresa constituída até 2011 (inclusive),
numa das áreas beneficiárias, a qual poderá continuar a beneficiar da
aplicação da taxa reduzida de 10% em sede de IRC, até ao término
dos cinco períodos de atividade expressamente mencionados na
alínea b) nº1 do mesmo normativo.
Exemplo: empresa constituída em 2011: taxa reduzida nos
exercícios de 2011, 2012, 2013, 2014 e 2015
Em 2015 ainda preenche:
Campo 245 da Modelo 22 – Benefícios relativos à interioridade
Campo 904-C do Anexo D à Modelo 22 Redução da taxa -
benefícios à interioridade
FECHO DE CONTAS 2015 140
BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.0 INTRODUÇÃO

BENEFÍCIOS FISCAIS
Incentivos fiscais sujeitos à regra de minimis
Quadro 9 do Anexo D
Preenchimento obrigatório para os sujeitos passivos que beneficiaram no
período de tributação de incentivos de natureza fiscal sujeitos aos limites
resultantes das regras Europeias aplicáveis aos auxílios de minimis;

De acordo com a regra - geral - de minimis, prevista no Regulamento n.º


1407/2013, da Comissão, de 18 de dezembro, que se aplica entre 1 de janeiro
de 2014 e 31 de dezembro de 2020, o montante total dos referidos incentivos
e de outros incentivos de natureza não fiscal concedidos a uma empresa única,
de acordo com a definição dada pelo n.º 2 do artigo 2.º do Regulamento, não
pode exceder o montante de € 200.000,00, durante um período
correspondente a três períodos financeiros

Quando existirem dúvidas sobre o montante que está a ser subsidiado a cada
empresa: minimis@ifdr.pt

FECHO DE CONTAS 2015 141

BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.0 INTRODUÇÃO

BENEFÍCIOS FISCAIS
Incentivos fiscais sujeitos à regra de minimis
Quadro 9 do Anexo D

FECHO DE CONTAS 2015 142


BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.0 INTRODUÇÃO

BENEFÍCIOS FISCAIS
Incentivos fiscais sujeitos à regra de minimis
Quadro 9 do Anexo D
Nos campos 901 e 902 devem ser inscritos os montantes totais dos
incentivos usufruídos com caráter de minimis, de natureza fiscal e não fiscal,
atribuídos pelo Estado, com recurso a fundos públicos nacionais ou
comunitários, ao sujeito passivo, nos dois anos anteriores ao período a que se
reporta a declaração, líquidos do IRC eventualmente regularizado (inscrito
no campo 906 nesses anos, por força da regra de minimis).
Relativamente ao período a que se reporta a declaração são discriminados os
incentivos não fiscais e os incentivos fiscais, determinados sem qualquer
limite quantitativo.

No caso de ser ultrapassado esse limite (minimis) no período, isso implicará


a inscrição do IRC a regularizar no campo 906, que será transposto para o
campo 372 Q10 da Modelo 22

FECHO DE CONTAS 2015 143

BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.0 INTRODUÇÃO

BENEFÍCIOS FISCAIS
Incentivos fiscais sujeitos à regra de minimis
Quadro 9 do Anexo D
No campo 904-A deve ser inscrito o resultado do produto entre a
taxa do IRC e o montante correspondente à remuneração
convencional do capital social
No campo 904-B deve ser inscrito o benefício fiscal relativo à redução
de taxa de IRC em 6% (23% - 17%) no Continente e na Região
Autónoma da Madeira e em 4,8% (18,4% - 13,6%) na Região
Autónoma dos Açores sobre os primeiros € 15.000,00 de matéria
coletável (MC), a que se refere o n.º 2 do artigo 87.º do CIRC, ou seja:
[6% ou 4,8% x (MC ≤ € 15.000,00)].
O campo 904-C só deve ser preenchido pelos sujeitos passivos que
assinalem o campo 245 do quadro 08.1 da declaração modelo 22 e
como tal usufruem de taxa reduzida de IRC, ao abrigo do ex-artigo
43.º do EBF (interioridade)
FECHO DE CONTAS 2015 144
BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.0 INTRODUÇÃO

BENEFÍCIOS FISCAIS
Inexistência de dívidas: data das certidões a obter em 2015
Ofício nº5950 Entrada Geral 2014 000 703 da AT de 2014-04-03
(resposta à APECA)
Face ao disposto no n.º 6 do art.º 14.º do Estatuto dos Benefícios
Fiscais, os benefícios automáticos não produzem os seus efeitos no ano
ou período de tributação em que ocorram os seus pressupostos,
sempre que o sujeito passivo não tenha a sua situação fiscal e
contributiva regularizada.

Esta regra aplica-se, relativamente aos impostos periódicos, no final do


ano ou período de tributação em que se verificou o facto tributário e,
nos impostos de obrigação única, na data em que o facto tributário
ocorreu, conforme estipulado no n.º 7 do mesmo artigo.

A interpretação da AT quanto ao CFEI, expressa no ofício n.º 5950,


enviado à APECA, tem por base certamente, a disposição legal citada
FECHO DE CONTAS 2015 145

BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.0 INTRODUÇÃO

BENEFÍCIOS FISCAIS
Inexistência de dívidas: data das certidões a obter em 2015
Ofício nº5950 Entrada Geral 2014 000 703 da AT de 2014-04-03 (resposta à
APECA)
Assim, a AT entendeu para este benefício (CFEI) que a data a que se deve
reportar a certidão de inexistência de dívidas é 31 de Dezembro (no caso dos
sujeitos passivos cujo período de tributação coincida com o ano civil)
Poder-se-á aplicar este entendimento aos benefícios atualmente em vigor
(SIFIDE II, RFAI, DLRR), uma vez que é condição que as empresas tenham a
sua situação contributiva regularizada, para utilização dos benefícios, sendo
que não é indicado no Código Fiscal do Investimento em que data tem de ser
feita essa prova (não existem mais esclarecimentos de AT até ao momento)
Certidão das finanças: necessidade de obtenção das certidões junto do
Serviço de Finanças competente ou então por via eletrónica no último dia
do período de tributação
Certidão da segurança social: não sendo possível por via eletrónica indicar
a data de referência, necessidade de solicitar certidões ao balcão
reportadas a 31/12 do ano a que diz respeito o benefício
FECHO DE CONTAS 2015 146
PRESTAÇÃO DE CONTAS Jorge Silva & António Neto, SROC

FECHO DE CONTAS DE 2015


2. BENEFÍCIOS FISCAIS

2.1 REMUNERAÇÃO CONVENCIONAL DO CAPITAL SOCIAL

FECHO DE CONTAS 2015 147

BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.1 REMUNERAÇÃO CONVENCIONAL DO CAPITAL SOCIAL
2.1.1 Aspetos Gerais

REMUNERAÇÃO CONVENCIONAL DO CAPITAL SOCIAL


Aspetos Gerais
Previsto no artigo 41.º- A do Estatuto dos Benefícios Fiscais
Opera por dedução ao rendimento
Poucas empresas utilizam
Por desconhecimento
Pelo facto de não ser um benefício muito atrativo
Regime de 2011, 2012 e 2013
3% e 3 anos
Regime a partir de 2014
5% e 4 anos
Alteração significativa em 2014
Até 31.12.2013 o benefício aplica-se no próprio ano e mais os dois anos
seguintes
A partir de 01.01.2014, o benefício aplica-se no próprio ano e mais os três
anos seguintes
FECHO DE CONTAS 2015 148
BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.1 REMUNERAÇÃO CONVENCIONAL DO CAPITAL SOCIAL
2.1.2 Definição e condições de acesso
REMUNERAÇÃO CONVENCIONAL DO CAPITAL SOCIAL
Definição
Na determinação do lucro tributável das sociedades, pode ser
deduzida uma importância correspondente à remuneração
convencional do capital social, calculada da seguinte forma:
Aplicação da taxa de 5% ao montante das entradas realizadas, por entregas
em dinheiro, pelos sócios, no âmbito da constituição de sociedade ou do
aumento do capital social
Condições de acesso
A sociedade beneficiária seja qualificada como micro, pequena ou média
empresa de acordo com os critérios previstos no anexo ao Decreto-Lei n.º
372/2007, de 6 de novembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 143/2009, de 16 de
junho;
Os sócios que participem na constituição da sociedade ou no aumento do
capital social sejam exclusivamente pessoas singulares, sociedades de capital
de risco ou investidores de capital de risco
O seu lucro tributável não seja determinado por métodos indiretos

FECHO DE CONTAS 2015 149

BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.1 REMUNERAÇÃO CONVENCIONAL DO CAPITAL SOCIAL
2.1.3 Exemplo prático, limites e resultado da liquidação

REMUNERAÇÃO CONVENCIONAL DO CAPITAL SOCIAL


Exemplo prático
A sociedade A aumentou o seu capital em 2015 através de dinheiro,
tendo as entradas sido realizadas pelos seus dois sócios, no montante
total de 20.000€
Valor a deduzir em 2015 para efeitos fiscais na declaração modelo 22: 1.000€
20.000€ x 5% = 1.000€
Valor a deduzir em 2016 para efeitos fiscais na declaração modelo 22: 1.000€
Valor a deduzir em 2017 para efeitos fiscais na declaração modelo 22: 1.000€
Valor a deduzir em 2018 para efeitos fiscais na declaração modelo 22: 1.000€

Outros aspetos:
Limites: este benefício está sujeito às regras europeias aplicáveis em matéria
de auxílios de minimis.
Resultado da liquidação: excluído do cálculo do Resultado da liquidação
(Artigo 92.º CIRC)

FECHO DE CONTAS 2015 150


BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.1 REMUNERAÇÃO CONVENCIONAL DO CAPITAL SOCIAL
2.1.4 Modelo 22 (campos a preencher)

REMUNERAÇÃO CONVENCIONAL DO CAPITAL SOCIAL


Modelo 22
É um benefício que consiste numa dedução ao rendimento sendo
efetuada no campo 774 do quadro 7 da Modelo 22, sendo o valor
indicado no campo 409 do Anexo D

FECHO DE CONTAS 2015 151

BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

FECHO DE CONTAS DE 2015


2. BENEFÍCIOS FISCAIS

2.2 CRIAÇÃO DE EMPREGO

FECHO DE CONTAS 2015 152


BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.2 CRIAÇÃO DE EMPREGO
2.2.1 Definição e Aspetos Gerais

CRIAÇÃO DE EMPREGO
Definição
Os encargos correspondentes à criação líquida de postos de trabalho
para jovens e para desempregados de longa duração, admitidos por
contrato de trabalho por tempo indeterminado, são considerados em
150% do respetivo montante.
Aspetos gerais:
Regime previsto no artigo 19.º do EBF
Contrato por tempo indeterminado: quando não está determinado o
nº de meses ou anos em que o trabalhador deverá prestar serviço à
entidade (só estes contratos relevam para efeitos de cálculo de
criação líquida)
A transformação de contrato com termo em contrato sem termo,
releva para efeitos de aferição de criação líquida, no ano em que
ocorre

FECHO DE CONTAS 2015 153

BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.2 CRIAÇÃO DE EMPREGO
2.2.2 Conceitos

CRIAÇÃO DE EMPREGO
Conceitos
“Jovens”:
Trabalhadores com idade superior a 16 e inferior a 35 anos,
inclusive, aferida na data da celebração do contrato de trabalho,
Com exceção dos jovens com menos de 23 anos, que não tenham
concluído o ensino secundário, e que não estejam a frequentar uma
oferta de educação-formação que permita elevar o nível de
escolaridade ou qualificação profissional para assegurar a conclusão
desse nível de ensino
“Desempregados de longa duração”: os trabalhadores disponíveis
para o trabalho, nos termos do Decreto-Lei n.º 220/2006, de 3 de
Novembro, que se encontrem desempregados e inscritos nos centros
de emprego há mais de 9 meses, sem prejuízo de terem sido
celebrados, durante esse período, contratos a termo por período
inferior a 6 meses, cuja duração conjunta não ultrapasse os 12 meses
FECHO DE CONTAS 2015 154
BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.2 CRIAÇÃO DE EMPREGO
2.2.2 Conceitos

CRIAÇÃO DE EMPREGO
Conceitos
“Encargos” os montantes suportados pela entidade empregadora
com o trabalhador, a título da remuneração fixa e das contribuições
para a segurança social a cargo da mesma entidade
Podem incluir:
Salário base
Subsídios de férias e natal
Diuturnidades
Abonos para falhas
Subsídio refeição
Excluído o seguro de acidentes de trabalho

FECHO DE CONTAS 2015 155

BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.2 CRIAÇÃO DE EMPREGO
2.2.2 Conceitos

CRIAÇÃO DE EMPREGO
Conceitos
“Criação líquida de postos de trabalho” a diferença positiva, num dado
exercício económico, entre o número de contratações elegíveis e o número de
saídas de trabalhadores que, à data da respetiva admissão, se encontravam nas
mesmas condições (alteração de 2007). (ou seja num ano entra um funcionário de 30
anos e sai um de 36 anos. Ao abrigo do anterior regime tínhamos sempre criação líquida de
1. No, entanto com a alteração registada, se o funcionário que sai, na data de admissão tinha
por exemplo 29 anos e reunia as condições de inclusão no regime, a criação é de 0.)
Situação particular:
Em 2015 tivemos em determinada empresa os seguintes movimentos no
quadro de pessoal:
Saída de um trabalhador de 56 anos
Saída de um trabalhador de 29 anos
Entrada de dois trabalhadores (em de 30 anos e outro de 31 anos)
Criação líquida de 2015: 1 trabalhador
Questão: qual o trabalhador que devo escolher para aplicação do
benefício? Não existe resposta… empresa em princípio poderá
escolher o que tiver encargos superiores.
FECHO DE CONTAS 2015 156
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2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.2 CRIAÇÃO DE EMPREGO
2.2.2 Conceitos (exemplos)

CRIAÇÃO DE EMPREGO
Conceitos
“Criação líquida de postos de trabalho” Exemplo 1
Empresa em 2014 contrata um jovem com 29 anos, por tempo
indeterminado, tendo ocorrido a criação líquida de 1 posto de trabalho
Em 2015 esse trabalhador sai da empresa, tendo a mesma contratado
outro com 26 anos nas mesmas condições.
Nesta situação não existe criação líquida de postos de trabalho em 2015,
mesmo que na data de demissão o trabalhador admitido em 2014 tivesse
35 ou mais anos.
“Criação líquida de postos de trabalho” Exemplo 2
Em 2014 empresa contratou um jovem com 34 anos, admitido por
contrato de trabalho por tempo indeterminado
Neste mesmo período converteu um contrato a prazo num contrato sem
termo, que tinha com um seu trabalhador, o qual tem 32 anos na data em
que se verifica a transformação
Não existiram mais movimentos no quando de pessoal da empresa
Criação líquida = 2 postos de trabalho
FECHO DE CONTAS 2015 157

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2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.2 CRIAÇÃO DE EMPREGO
2.2.3 Condições
CRIAÇÃO DE EMPREGO
Condições
O montante máximo da majoração anual, por posto de trabalho, é o
correspondente a 14 vezes a retribuição mínima mensal garantida
Para 2015 o benefício é de (505 x 14) = 7.070€
Na determinação da criação líquida de postos de trabalho, não são
considerados os trabalhadores que integrem o agregado familiar da respetiva
entidade patronal.
O benefício aplica-se à empresa contratante durante 5 períodos de tributação,
não sendo cumulável,
quer com outros benefícios fiscais da mesma natureza (atualmente não
existe qualquer benefício fiscal que colida com este),
quer com outros incentivos de apoio ao emprego previstos noutros
diplomas, quando aplicáveis ao mesmo trabalhador ou posto de trabalho,
nomeadamente:
Medida estímulo
Apoio à contratação via reembolso da TSU
Medida incentivo emprego
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2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.2 CRIAÇÃO DE EMPREGO
2.2.3 Condições e exemplos

CRIAÇÃO DE EMPREGO
Condições
Exemplo 3: cálculo do benefício
Empresa admitiu em Janeiro de 2015 um funcionário, encontrando-
se enquadrado no artigo 19.º do EBF. Esta admissão representa
1.200€ de encargos mensais para a empresa
Cálculo do benefício:
1.200 x 14 x 50% = 8.400€
Limite do benefício = 7.070€ (505 x 14)
Valor a deduzir = 7.070€
Opção entre a isenção de segurança social ou benefício em
IRC? Qual o melhor incentivo fiscal?
H1) Se a empresa prever a existência de lucro fiscal
Benefício do artigo 19.º do EBF
Poupança fiscal = Taxa de IRC x 50% Salários Pagos
H2) Se a empresa prevê prejuízo fiscal ou reduzido lucro tributável
Benefícios da segurança social, pois permitem o alívio da tesouraria
FECHO DE CONTAS 2015 159

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2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.2 CRIAÇÃO DE EMPREGO
2.2.3 Modelo 22 (campos a preencher)

CRIAÇÃO DE EMPREGO
Modelo 22
É um benefício que consiste numa dedução ao rendimento sendo
efetuada no campo 774 do quadro 7 da Modelo 22, sendo o valor
indicado no campo 401 do Anexo D

Nota final:
• benefício poderá ser aproveitado por várias empresas relativamente
ao mesmo trabalhador, a não ser que existam relações especiais
entre as empresas
FECHO DE CONTAS 2015 160
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FECHO DE CONTAS DE 2015


2. BENEFÍCIOS FISCAIS

2.3 FISCALIDADE VERDE

FECHO DE CONTAS 2015 161

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2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.3 FISCALIDADE VERDE
2.3.1 Medidas de apoio ao transporte rodoviário de passageiros e de
mercadorias (artigo 59.º-A EBF)
FISCALIDADE VERDE
Medidas de apoio ao transporte rodoviário de passageiros e de
mercadorias (artigo 59.º-A EBF)
Os gastos suportados com a aquisição, em território português, de
eletricidade, gás natural veicular (GNV) e gases de petróleo liquefeito (GPL)
para abastecimento de veículos, são dedutíveis em valor correspondente a
130%, no caso de eletricidade, e a 120%, no caso de GNV e GPL, do respetivo
montante, quando se trate de:
Veículos afetos ao transporte público de passageiros, com lotação igual ou
superior a 22 lugares que estejam registados como elementos do ativo fixo
tangível de sujeitos passivos de IRC que estejam licenciados pelo Instituto da
Mobilidade e dos Transportes, I.P. (IMT, I.P.)
Veículos afetos ao transporte rodoviário de mercadorias, público ou por conta de
outrem, com peso bruto igual ou superior a 3,5 t, registados como elementos do
ativo fixo tangível de sujeitos passivos de IRC e que estejam licenciados pelo IMT,
I.P.;
Veículos afetos ao transporte em táxi, registados como elementos do ativo fixo
tangível dos sujeitos passivos de IRS ou de IRC, com contabilidade organizada e
que estejam devidamente licenciados
FECHO DE CONTAS 2015 162
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2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.3 FISCALIDADE VERDE
2.3.2 Despesas com sistemas de car-sharing e bike-sharing (artigo 59.º-B EBF)

FISCALIDADE VERDE
Despesas com sistemas de car-sharing e bike-sharing (artigo
59.º-B EBF)
Considerado gasto do período de tributação para efeitos de determinação do
lucro tributável o valor correspondente a 110% ou 140%, respetivamente, das
despesas com sistemas de car-sharing e bike-sharing
Consideram-se despesas com sistemas de car-sharing e bike-sharing:
As realizadas pelo sujeito passivo, mediante contrato celebrado com empresas
que tenham por objeto a gestão de sistemas de car-sharing e bike-sharing.
Com vista a suprir as suas necessidades de mobilidade e logística ou para
promover a opção por soluções de mobilidade sustentável entre o seu pessoal
nas deslocações casa trabalho
Benefício tenha caráter geral
Este benefício é cumulável com o benefício previsto no n.º 15 do artigo 43.º do
Código do IRC relativo à aquisição de passes sociais, com o limite, em
qualquer caso, de € 6250 por trabalhador dependente

FECHO DE CONTAS 2015 163

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2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.3 FISCALIDADE VERDE
2.3.3 Modelo 22 (campos a preencher)

CRIAÇÃO DE EMPREGO
Modelo 22
Este benefícios consistem numa dedução ao rendimento sendo efetuada
no campo 774 do quadro 7 da Modelo 22, sendo o valor indicado no
campo 410 do Anexo D

FECHO DE CONTAS 2015 164


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FECHO DE CONTAS DE 2015


2. BENEFÍCIOS FISCAIS

2.4 MECENATO

FECHO DE CONTAS 2015 165

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2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.4 MECENATO
2.4.1 Aspetos Gerais

MECENATO (artigos 61.º a 66.º do EBF)


Aspetos gerais
Artigo 61.º EBF - Noção de donativo
Donativos constituem entregas em dinheiro ou em espécie,
concedidos, sem contrapartidas que configurem obrigações de
caráter pecuniário ou comercial, às entidades públicas ou privadas,
previstas nos artigos seguintes, cuja atividade consista
predominantemente na realização de iniciativas nas áreas social,
cultural, ambiental, desportiva ou educacional.

Circular n.º2/2004 (distinção entre mecenato e patrocínio)

Artigo 66.º n.º 3 EBF


Os donativos em dinheiro de valor superior a €200,00 devem ser efetuados
através de meio de pagamento que permita a identificação do mecenas
(transferência bancária, cheque nominativo ou débito direto)
FECHO DE CONTAS 2015 166
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2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.4 MECENATO
2.4.1 Aspetos Gerais

MECENATO
Aspetos gerais
Outros aspetos relevantes
Não relevam em IRC os donativos concedidos a igrejas, instituições
religiosas e pessoas de fins não lucrativos pertencentes a confissões
religiosas ou por elas instituídas (Despacho do Subdiretor Geral do IR de
06.02.2006 no Proc. n.º 4115/04);

Não relevam em IRC os donativos concedidos aos “partidos políticos”,


por força do disposto no Art.º 8.º da Lei n.º 19/2003, de 20.06 (Despacho
do Subdiretor Geral do IR de 24.02.2006 no Proc. n.º 853/06)

Com exceção dos donativos concedidos ao estado, os donativos são


considerados gastos do exercício ao limite de 8/1000 ou 6/1000 do
volume de vendas ou dos serviços prestados (n.º3, 5 e 6 do artigo 62.º
EBF)
FECHO DE CONTAS 2015 167

BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.4 MECENATO
2.4.1 Aspetos Gerais

MECENATO
Aspetos gerais
A alínea a) do n.º 1 do artigo 62.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais
(EBF) (ponto A.1) prevê que os donativos concedidos ao “Estado,
Regiões Autónomas e autarquias locais e qualquer dos seus serviços,
estabelecimentos e organismos, ainda que personalizados”; sejam
considerados custos ou perdas do exercício na sua totalidade.
As empresas municipais, dotadas de personalidade jurídica, são pessoas
coletivas completamente autónomas e distintas das Câmaras
Municipais. Assim, fica afastado o enquadramento na referida alínea dos
donativos que sejam concedidos às empresas municipais (Proc. n.º
769/07, do DGI, de 24.10.2007).
Os donativos que revistam a forma de “prestações de serviços
gratuitas” não têm relevância fiscal, quer por falta de previsão legal,
quer por não poderem ser quantificados nos termos do n.º 11 do Art.º
62.º do EBF (Proc. n.º 499/07, com despacho do Diretor Geral dos
Impostos de 07.03.2008)
FECHO DE CONTAS 2015 168
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2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.4 MECENATO
2.4.1 Aspetos Gerais
MECENATO
Aspetos gerais
Artigo 62.º EBF n.º10 (declaração de enquadramento)
Requisitos relativos a
a) Institutos, fundações e associações que prossigam atividades de
investigação, exceto as de natureza científica e de defesa do património
histórico-cultural e do ambiente;
e) Associações promotoras do desporto e associações dotadas do
estatuto de utilidade pública que tenham como objeto o fomento e a
prática de atividades desportivas, com exceção das secções
participantes em competições desportivas de natureza profissional;
g) Estabelecimentos de ensino, escolas profissionais, escolas artísticas,
creches, lactários e jardins-de-infância legalmente reconhecidos pelo
ministério competente;
Estas entidades devem obter junto do ministro da respetiva tutela,
previamente à obtenção dos donativos, a declaração do seu enquadramento
no presente capítulo e do interesse cultural, ambiental, desportivo ou
educacional das atividades prosseguidas ou das ações a desenvolver.
FECHO DE CONTAS 2015 169

BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.4 MECENATO
2.4.1 Aspetos Gerais

MECENATO
Aspetos gerais
Artigo 62.º-B EBF Mecenato Cultural
(declaração de enquadramento)
As entidades beneficiárias (previstas no n.º1 do artigo 62.º-B EBF)
devem obter junto do membro do Governo responsável pela área
da cultura, previamente à obtenção dos donativos, a declaração do
seu enquadramento no regime do mecenato cultural e do interesse
cultural das atividades ou das ações desenvolvidas, salvo se forem
enquadráveis no artigo 10.º do Código do IRC ou o projeto ou a
atividade a beneficiar do donativo seja, comprovadamente, objeto
de apoios públicos atribuídos por organismos sob a tutela do
membro do Governo responsável pela área da cultura.

FECHO DE CONTAS 2015 170


BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.4 MECENATO
2.4.2 Obrigações acessórias das entidades beneficiárias

MECENATO
Obrigações acessórias dos beneficiários
Artigo 66.º EBF Obrigações acessórias das entidades beneficiárias
Emitir documento comprovativo dos montantes recebidos, com indicação do
seu enquadramento, e bem assim com a menção da inexistência de
contrapartidas, para além de conter:
A qualidade jurídica da entidade beneficiária;
O normativo legal de enquadramento, bem como, se for caso disso, a
identificação do despacho necessário ao reconhecimento;
O montante do donativo (quando for em dinheiro) e a identificação dos
bens (quando for em espécie).
Possuir registo atualizado das entidades mecenas, com indicação do nome,
número de identificação fiscal, data e valor de cada donativo atribuído;
Entregar na DGI, até ao final do mês de Fevereiro de cada ano, uma declaração
de modelo oficial (Modelo 25, aprovado pela Portaria n.º 13/2008, de 04.01,
tendo as instruções de preenchimento sido atualizadas pela Portaria n.º
1474/2008, de 18.12), referente aos donativos recebidos no ano anterior.

FECHO DE CONTAS 2015 171

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2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.4 MECENATO
2.4.3 Exemplo

MECENATO
Exemplo
Sociedade A apresenta um volume de negócios de 1.000.000€
Concedeu em 2015 um donativo de 10.000€ a uma IPSS que se
dedica ao apoio, acolhimento e ajuda humana e social a mães
solteiras
Donativo tem enquadramento no artigo 62.º n.º5 alínea c) do
EBF

Limite fiscalmente dedutível: 8/1000 x 1.000.000€ = 8.000€


Majoração fiscalmente dedutível = 50%

Correções no quadro 07:


Campo 751: acréscimo de 2.000€ (10.000€ – 8.000€)
Campo 774: dedução de 4.000€ (8.000€ x 50%) majoração
aplicada sobre o limite aceite
FECHO DE CONTAS 2015 172
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2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.4 MECENATO
2.4.4 Modelo 22 (campos a preencher)

MECENATO
Modelo 22
É um benefício que consiste numa dedução ao rendimento sendo efetuada no
campo 774 do quadro 7 da Modelo 22 (no campo 751 quando existem valores a
acrescer), sendo o valor indicado no campo 406 e no quadro 08 do Anexo D.

Acréscimos

Deduções

FECHO DE CONTAS 2015 173

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FECHO DE CONTAS DE 2015


2. BENEFÍCIOS FISCAIS

2.5 QUOTIZAÇÕES

FECHO DE CONTAS 2015 174


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2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.5 QUOTIZAÇÕES
2.5.1 Condições e exemplos

QUOTIZAÇÕES A FAVOR DE ASSOCIAÇÕES EMPRESARIAIS


Artigo 44.º CIRC
É considerado gasto do período de tributação, para efeitos da
determinação do lucro tributável, o valor correspondente a 150% do
total das quotizações pagas pelos associados a favor das associações
empresariais em conformidade com os estatutos.

A dedução não pode, contudo, exceder o equivalente a 2‰ do volume


de negócios respetivo.
Limite: 150% quotizações < 2‰ do volume de negócios
Se 150% quotizações > limite: majorar até ao limite
Se 150% quotizações < limite: majorar 50% das quotizações

FECHO DE CONTAS 2015 175

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2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.5 QUOTIZAÇÕES
2.5.1 Condições e exemplos

QUOTIZAÇÕES A FAVOR DE ASSOCIAÇÕES EMPRESARIAIS


Exemplo 1
Volume de negócios: 3.000.000€
Quotizações pagas: 4.500€
Quotizações x 150% = 6.750€ (4.500 x 150%)
Limite = 3.000.000€ x 2/1000 = 6.000€
Valor a deduzir no campo 774 do Q07 da Modelo 22:
6.000€-4.500€ = 1.500€ (majorar até ao limite)
Exemplo 2
Volume de negócios: 2.000.000€
Quotizações pagas: 4.500€
Quotizações x 150% = 6.750€ (4.500 x 150%)
Limite = 2.000.000€ x 2/1000 = 4.000€
Valor a deduzir no campo 774 do Q07 da Modelo 22:
Não existe qualquer valor a deduzir no Q07, uma vez que não é possível
majorar. No entanto o valor pago é aceite como custo, nos termos do artigo
23.º do CIRC
FECHO DE CONTAS 2015 176
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2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.5 QUOTIZAÇÕES
2.5.2 Modelo 22 (campos a preencher)

QUOTIZAÇÕES A FAVOR DE ASSOCIAÇÕES EMPRESARIAIS


Modelo 22
É um benefício que consiste numa dedução ao rendimento sendo
efetuada no campo 774 do quadro 7 da Modelo 22, sendo o valor
indicado no campo 407 do Anexo D

FECHO DE CONTAS 2015 177

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FECHO DE CONTAS DE 2015


2. BENEFÍCIOS FISCAIS

2.6 RFAI – REGIME FISCAL DE APOIO AO INVESTIMENTO

FECHO DE CONTAS 2015 178


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2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.6 RFAI
2.6.1 Aspetos Gerais

RFAI - Regime fiscal de apoio ao investimento


Aspetos gerais
Regime consignado nos artigos 22.º a 26.º do Código Fiscal do
Investimento
RFAI é aplicável a sujeitos passivos cuja atividade se enquadre num
destes setores:
a) Indústria extrativa e indústria transformadora;
b) Turismo, incluindo as atividades com interesse para o turismo;
c) Atividades e serviços informáticos e conexos;
d) Atividades agrícolas, aquícolas, piscícolas, agropecuárias e florestais;
e) Atividades de investigação e desenvolvimento e de alta intensidade
tecnológica;
f) Tecnologias da informação e produção de audiovisual e multimédia;
g) Defesa, ambiente, energia e telecomunicações;
Não é aplicável à atividade comercial

FECHO DE CONTAS 2015 179

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2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.6 RFAI
2.6.2 Investimentos Relevantes

RFAI - Regime fiscal de apoio ao investimento


Investimentos relevantes:
a) Ativos fixos tangíveis, adquiridos em estado de novo, com exceção de:
Terrenos, salvo no caso de se destinarem à exploração de concessões mineiras,
águas minerais naturais e de nascente, pedreiras, barreiros e areeiros em
investimentos na indústria extrativa;
Construção, aquisição, reparação e ampliação de quaisquer edifícios, salvo se
forem instalações fabris ou afetos a atividades turísticas, de produção de
audiovisual ou administrativas (adquiridas diretamente ao construtor)
Viaturas ligeiras de passageiros ou mistas;
Mobiliário e artigos de conforto ou decoração, salvo equipamento hoteleiro afeto
a exploração turística;
Equipamentos sociais;
Outros bens de investimento que não estejam afetos à exploração da empresa;
De fora encontram-se também as propriedades de investimento
b) Ativos intangíveis, constituídos por despesas com transferência de
tecnologia, nomeadamente através da aquisição de direitos de patentes,
licenças, «know-how» ou conhecimentos técnicos não protegidos por patente.
Consideradas as adições de investimentos em curso (excluindo
adiantamentos)
FECHO DE CONTAS 2015 180
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2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.6 RFAI
2.6.3 Condições

RFAI - Regime fiscal de apoio ao investimento


Condições:
Disponham de contabilidade regularmente organizada, de acordo
com a normalização contabilística
O seu lucro tributável não seja determinado por métodos indiretos
Mantenham na empresa e na região durante um período mínimo de
três anos a contar da data dos investimentos, no caso de micro,
pequenas e médias empresas tal como definidas na Recomendação
n.º 2003/361/CE, da Comissão, de 6 de maio de 2003, ou cinco anos
nos restantes casos, os bens objeto do investimento
No caso de existir venda, deve-se aplicar, em princípio, por analogia,
o que está estabelecido para a DLRR
Aquisição de novo equipamento e manutenção do mesmo pelo nº de
anos necessários para completar o prazo.
No caso de tal não acontecer, dever-se-á repor o benefício.

FECHO DE CONTAS 2015 181

BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.6 RFAI
2.6.3 Condições

RFAI - Regime fiscal de apoio ao investimento


Condições:
Não sejam devedores ao Estado e à segurança social de quaisquer
contribuições, impostos
Não sejam consideradas empresas em dificuldade (Jornal Oficial da
União Europeia, n.º C 249, de 31 de julho de 2014)
Efetuem investimento relevante que proporcione a criação de postos
de trabalho e a sua manutenção até ao final do período de dedução

Que tipos de contratos de trabalho?

FECHO DE CONTAS 2015 182


BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.6 RFAI
2.6.3 Condições
RFAI - Regime fiscal de apoio ao investimento
Condições:
Questão: contratos sem termo, com termo ou os dois?
Informação vinculativa 2010 002853, PIV n.º 1212, com
entendimento sancionado por Despacho de 2010-10-27, do
Diretor-Geral (RFAI atual)
Apenas pode integrar o conceito de “criação de postos de
trabalho” a admissão de trabalhadores através da
celebração de contrato de trabalho sem termo (ou por
tempo indeterminado), abrangendo a admissão de
trabalhadores novos e de trabalhadores que já estivessem na
empresa mas ao abrigo de um contrato com termo
Esta condição considera-se cumprida quando, à data de 31
de Dezembro (considerando que o período de tributação do
sujeito passivo coincide com o ano civil), se verifique um
aumento líquido do número de trabalhadores relativamente
à média dos 12 meses precedentes
FECHO DE CONTAS 2015 183

BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.6 RFAI
2.6.4 Benefício

RFAI - Regime fiscal de apoio ao investimento


Benefício:
Dedução à coleta de IRC, calculada da seguinte forma:
No caso de investimentos realizados em regiões elegíveis nos termos
da alínea a) do n.º 3 do artigo 107.º do Tratado de Funcionamento da
União Europeia constantes da tabela prevista no n.º 1 do artigo 43.º:
25% das aplicações relevantes, relativamente ao investimento realizado
até ao montante de € 5 000 000,00;
10% das aplicações relevantes, relativamente à parte do investimento
realizado que exceda o montante de € 5 000 000,00;
No caso de investimentos em regiões elegíveis nos termos da alínea c)
do n.º 3 do artigo 107.º do Tratado de Funcionamento da União
Europeia constantes da tabela prevista no n.º 1 do artigo 43.º:
10% das aplicações relevantes
Limite de dedução: 50% da coleta de IRC
ou no caso de investimentos realizados no ano de início de atividade e
nos dois períodos seguintes, 100% da coleta
FECHO DE CONTAS 2015 184
BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.6 RFAI
2.6.5 Considerações Finais e exemplo
RFAI - Regime fiscal de apoio ao investimento
Considerações finais:
Possibilidade de reporte para os 10 anos seguintes a partir de 2014
Até 2012 (4 anos), 2013 (5 anos)
Não pode ser acumulado este benefício com outros da mesma natureza
relativamente às mesmas aplicações relevantes
No entanto é acumulável com a DLRR, para as mesmas aplicações desde que
não sejam ultrapassados os limites máximos de auxílio (n.º2 art.º24 CFI)
Obrigatoriedade de justificação da dedução no dossier fiscal, bem como da
discriminação nesse mesmo dossier dos investimentos relevantes para a
aplicação do benefício.
Exemplo:
Uma empresa de Braga efetuou investimentos relevantes de 200.000€ em
2014, e pretende usufruir do RFAI. A empresa iniciou a sua atividade em 2010
e é uma PME
Cálculo da dedução à coleta: 25% x 200.000€ = 50.000€ (alínea a) do n.º 3)
Valor do benefício: 50.000€ limitado a 50% da coleta (com reporte até 10
anos)
FECHO DE CONTAS 2015 185

BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.6 RFAI
2.6.6 Limites máximos de auxílio

RFAI - Regime fiscal de apoio ao investimento


Limites máximos aplicáveis aos auxílios estatais com finalidade regional
(artigo 43.º CFI)
Para o período de 1 de Julho de 2014 a 31 de Dezembro de 2020, os limites
máximos aplicáveis aos benefícios fiscais concedidos às empresas no âmbito
do RFAI são:

FECHO DE CONTAS 2015 186


BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.6 RFAI
2.6.6 Limites máximos de auxílio

RFAI - Regime fiscal de apoio ao investimento


Limites máximos aplicáveis aos auxílios estatais com finalidade regional
(artigo 43.º CFI)
Notas relativamente aos limites máximos de auxílio:
As percentagens são aplicadas aos montantes de investimento
elegível.
Os limites constantes da tabela são majorados em 10 pontos
percentuais para as médias empresas e em 20 pontos percentuais
para as micro e pequenas empresas tal como definidas na
Recomendação n.º 2003/361/CE, da Comissão, de 6 de maio de
2003, exceto quanto a projetos de investimento cujas aplicações
relevantes excedam € 50.000.000,00

FECHO DE CONTAS 2015 187

BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.6 RFAI
2.6.6 Limites máximos de auxílio

RFAI - Regime fiscal de apoio ao investimento


Novas obrigações acessórias para as empresas que utilizam o RFAI

Através da Portaria n.º 297/2015, de 21 de setembro, o Governo


procedeu à regulamentação de determinados aspetos do Regime fiscal
de apoio ao investimento (RFAI) e do Regime da dedução por lucros
retidos e reinvestidos (DLRR), nomeadamente com vista a assegurar a
plena aplicação das regras decorrentes da legislação europeia em
matéria de auxílios estatais

Um dos aspetos que o diploma legal acima referido veio regulamentar é


o conteúdo documental a incluir no dossier fiscal de todos os sujeitos
passivos que utilizem o RFAI

FECHO DE CONTAS 2015 188


BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.6 RFAI
2.6.6 Limites máximos de auxílio

RFAI - Regime fiscal de apoio ao investimento


Novas obrigações acessórias para as empresas que utilizam o RFAI
Exemplo prático sobre a aplicação das taxas máximas de auxílio (*)
Uma pequena empresa com sede e instalações em Aveiro, efetuou
em 2015, um investimento de € 60.000,00 na aquisição de um ativo
tangível afeto à exploração.
A entidade é sujeito passivo de IRC enquadrado no regime geral e
no período de tributação em causa apresenta uma coleta de €
10.000.
A empresa pretende utilizar o RFAI em simultâneo com a DLRR
para o mesmo investimento, respeitando o n.º 2 do artigo 24.º do
Código Fiscal do Investimento
Pretende-se analisar o cumprimento das taxas máximas de auxílio

(*) Retirado de: Novas obrigações acessórias para as empresas que utilizam o
RFAI www.docs.apeca.pt/docs/apeca-documentos/1.../af_as_2015_10_01.pdf)
FECHO DE CONTAS 2015 189

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2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.6 RFAI
2.6.6 Limites máximos de auxílio

RFAI - Regime fiscal de apoio ao investimento


Novas obrigações acessórias para as empresas que utilizam o RFAI
Exemplo prático sobre a aplicação das taxas máximas de auxílio (*)
Resolução:
RFAI:
Investimento elegível = 60.000
benefício fiscal = 15.000 (dedução à coleta do IRC 60.000 * 25%)
DLRR:
Benefício máximo = 10.000 X 25% = 2.500 (dedução à coleta do
IRC)
Reserva especial a constituir no balanço, em 2015 = 25.000
Taxa de auxílio efetiva = (15.000 + 2.500)/60.000 = 29,16%
Limite máximo permitido = 45% (25% + 20%)
Nota: 25% resulta da taxa de auxílio constante da tabela para a zona
Norte, sendo que os 20% são referentes à majoração pelo facto de
estarmos em presença de uma pequena empresa.
Conclusão: não há lugar a qualquer correção, a empresa pode
acumular os dois benefícios
FECHO DE CONTAS 2015 190
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2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.6 RFAI
2.2.3 Modelo 22 (campos a preencher)

RFAI - Regime fiscal de apoio ao investimento


Modelo 22
É um benefício que consiste numa dedução à coleta sendo efetuada no
campo 355 do quadro 10 da Modelo 22, sendo o valor indicado no quadro
074 do Anexo D à modelo 22

FECHO DE CONTAS 2015 191

BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

FECHO DE CONTAS DE 2015


2. BENEFÍCIOS FISCAIS

2.7 DLRR –
DEDUÇÃO POR LUCROS RETIDOS E REINVESTIDOS
FECHO DE CONTAS 2015 192
BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.7 DLRR - Dedução por lucros retidos e reinvestidos
2.7.1 Aspetos Gerais e Condições

DLRR - Dedução por lucros retidos e reinvestidos


Aspetos Gerais:
Regime consignado nos artigos 27.º a 34.º do Código Fiscal do
Investimento
A DLRR constitui um regime de incentivos fiscais ao investimento em
favor de micro, pequenas e médias empresas
Condições:
Sujeitos passivos de IRC que exerçam a título principal, uma atividade
de natureza comercial, industrial ou agrícola, que preencham,
cumulativamente, as seguintes condições:
Sejam micro, pequenas e médias empresas, tal como definidas na
Recomendação n.º 2003/361/CE, da Comissão, de 6 de maio de 2003;
Disponham de contabilidade regularmente organizada, de acordo com a
normalização contabilística e outras disposições legais em vigor para o
respetivo setor de atividade;
O seu lucro não seja determinado por métodos indiretos e tenham a
situação fiscal regularizada
FECHO DE CONTAS 2015 193

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2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.7 DLRR - Dedução por lucros retidos e reinvestidos
2.7.1 Dedução e aplicações relevantes

DLRR - Dedução por lucros retidos e reinvestidos


Dedução de DLRR:
10% dos lucros retidos que sejam reinvestidos em aplicações
relevantes no prazo de 2 anos contados a partir do final do período de
tributação a que correspondam os lucros retidos
O montante máximo dos lucros retidos e reinvestidos, em cada
período de tributação, é de € 5 000 000, por sujeito passivo.
A dedução tem como limite 25% da coleta
Aplicando-se o regime especial de tributação dos grupos de sociedades, a
dedução pode ser efetuada até 25% da coleta do grupo, não podendo, no
entanto, ultrapassar o limite de 25% da coleta individual apurada pela
sociedade que realizou as despesas elegíveis
Aplicações relevantes:
Ativos fixos tangíveis adquiridos em estado novo (excetuando terrenos,
construção, aquisição, reparação e ampliação de quaisquer edifícios não afetos
atividades administrativas ou produtivas, viaturas ligeiras de passageiros ou
mistas, artigos de conforto e decoração)
FECHO DE CONTAS 2015 194
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2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.7 DLRR - Dedução por lucros retidos e reinvestidos
2.7.1 Dedução e aplicações relevantes

DLRR - Dedução por lucros retidos e reinvestidos


Aplicações relevantes:
À semelhança do que sucedeu com o CFEI, são elegíveis as adições,
bem como os investimentos em curso, mas já não os meros
adiantamentos. Não são também elegíveis as transferências de
investimentos em curso para o ativo firme

No caso de ativos adquiridos em regime de locação financeira, a


dedução é condicionada ao exercício da opção de compra pelo
sujeito passivo no prazo de cinco anos contado da data da aquisição
Presumimos que quando se fala em “aquisição” se pretenda fazer
referência à “celebração do contrato”.

FECHO DE CONTAS 2015 195

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2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.7 DLRR - Dedução por lucros retidos e reinvestidos
2.7.2 Aspetos relevantes
DLRR - Dedução por lucros retidos e reinvestidos
Aspetos relevantes
Obrigatoriedade de manutenção dos bens em que é concretizado o
reinvestimento durante um período mínimo de 5 anos
No caso de ocorrer a transmissão onerosa desses ativos, o sujeito
passivo deve reinvestir, no mesmo período de tributação ou no
período de tributação seguinte, o respetivo valor de realização em
ativos elegíveis, os quais devem ser detidos, pelo menos, pelo
período necessário para completar aquele prazo de 5 anos
Incumprimento por não concretização do investimento
A não concretização da totalidade do investimento implica a
devolução do montante de imposto que deixou de ser liquidado na
parte correspondente ao montante dos lucros não reinvestidos, ao
qual é adicionado o montante de imposto a pagar relativo ao
segundo período de tributação seguinte, acrescido dos
correspondentes juros compensatórios majorados em 15 pontos
percentuais;
FECHO DE CONTAS 2015 196
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2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.7 DLRR - Dedução por lucros retidos e reinvestidos
2.7.2 Aspetos relevantes
DLRR - Dedução por lucros retidos e reinvestidos
Aspetos relevantes
Acumulação do benefício:
Não pode ser acumulado este benefício com outros da mesma
natureza (ao investimento) relativamente às mesmas aplicações
relevantes
Acumulável com o RFAI para os mesmos investimentos, desde que
não sejam ultrapassados os limites máximos de auxílio (n.º2 art.º24
CFI)
Acumulável com o regime do reinvestimento das mais valias
previsto no artigo 48.º do Código do IRC
Cumulável com outros benefícios que não sejam de índole fiscal,
como é o caso do SI I&DT- Sistema de Incentivos à Investigação e
Desenvolvimento Tecnológico nas Empresas, do SI Inovação - Sistema de
Incentivos à Inovação, do SI Qualificação PME - Sistema de Incentivos à
Qualificação e Internacionalização de PME, pois nenhum se trata de
benefício fiscal.
FECHO DE CONTAS 2015 197

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2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.7 DLRR - Dedução por lucros retidos e reinvestidos
2.7.2 Aspetos relevantes

DLRR - Dedução por lucros retidos e reinvestidos


Aspetos relevantes
Obrigatoriedade de constituição de uma reserva especial no
balanço, correspondente ao lucros retidos e reinvestidos (5
anos de imobilização)
Conta a utilizar- 55.1-X- Reservas legais/ DLRR.
Esta reserva especial não pode ser utilizada para distribuição aos
sócios antes do fim do quinto exercício posterior ao da sua
constituição
A não constituição da reserva, implica a devolução do montante de
imposto que deixou de ser liquidado
A distribuição ilegal da reserva aos sócios, antes do fim do quinto
exercício posterior ao da sua constituição implica a devolução do
montante de imposto que deixou de ser liquidado

FECHO DE CONTAS 2015 198


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2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.7 DLRR - Dedução por lucros retidos e reinvestidos
2.7.2 Aspetos relevantes

DLRR - Dedução por lucros retidos e reinvestidos


Aspetos relevantes
Justificação no dossier fiscal deste benefício:
A dedução a titulo de DLRR, deve ser justificada por documento a integrar
no dossier fiscal, o qual deve conter a indicação do montante dos lucros
retidos e reinvestidos, das despesas de investimento em ativos
elegíveis, do respetivo montante e de outros elementos considerados
relevantes
Divulgação no anexo
O contribuinte fazer menção ao imposto que deixou de ser pago em
resultado da DLRR no Anexo do exercício da dedução (tal como acontece
já com o SIFIDE II , RFAI e com o CFEI).
Não existe reporte deste benefício para os anos seguintes
Resultado da liquidação: o presente benefício fiscal encontra-se excluído
do âmbito de aplicação do n.º 1 do nº 2 alínea f) do artigo 92.º do Código do
IRC.

FECHO DE CONTAS 2015 199

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2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.7 DLRR - Dedução por lucros retidos e reinvestidos
2.7.3 Exemplo

DLRR - Dedução por lucros retidos e reinvestidos


Exemplo
Lucro de 2015: 30.000€
Lucro afeto a reserva especial (DLRR): 20.000€ - Investimento a
realizar em 2016 e 2017
Benefício potencial: 20.000€ x 10% = 2.000€
Coleta de IRC: 6.000€
Limite de dedução: 6.000€ x 25% = 1.500€
Benefício máximo a deduzir: 1.500€

Uma vez que o benefício máximo a deduzir são 1.500€, bastaria à


empresa ter manifestado a intenção de criação de reserva DLRR
de 15.000€ (1.500€/0,1), uma vez que seria este montante que
maximizaria o benefício.

FECHO DE CONTAS 2015 200


BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.7 DLRR - Dedução por lucros retidos e reinvestidos
2.7.4 Modelo 22 (campos a preencher)

DLRR - Dedução por lucros retidos e reinvestidos


Modelo 22
É um benefício que consiste numa dedução à coleta sendo efetuada no
campo 355 do quadro 10 da Modelo 22, sendo o valor indicado no quadro
075, campo 727 do Anexo D à modelo 22

FECHO DE CONTAS 2015 201

BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

FECHO DE CONTAS DE 2015


2. BENEFÍCIOS FISCAIS

2.8 SIFIDE II –
SISTEMA DE INVENTIVOS FISCAIS À INVESTIGAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO EMPRESARIAL
FECHO DE CONTAS 2015 202
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2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.8 SIFIDE II
2.8.1 Aspetos Gerais, Beneficiários e Conceitos

SIFIDE II (a vigor de 2011 a 2020)


Aspetos gerais
Benefício dirigido a despesas de investigação e desenvolvimento
Beneficiários
Sujeitos passivos de IRC que exerçam a título principal, uma atividade
de natureza comercial, industrial ou agrícola, que preencham,
cumulativamente, as seguintes condições:
O seu lucro não seja determinado por métodos indiretos e tenham a
situação fiscal regularizada
Conceitos
«Despesas de investigação», as realizadas pelo sujeito passivo de IRC com
vista à aquisição de novos conhecimentos científicos ou técnicos
«Despesas de desenvolvimento», as realizadas pelo sujeito passivo de IRC
através da exploração de resultados de trabalhos de investigação ou de outros
conhecimentos científicos ou técnicos com vista à descoberta ou melhoria
substancial de matérias-primas, produtos, serviços ou processos de fabrico

FECHO DE CONTAS 2015 203

BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.8 SIFIDE II
2.8.2 Despesas relevantes

SIFIDE II
Despesas relevantes
Dedutíveis as seguintes categorias de despesas, desde que se refiram a
atividades de investigação e desenvolvimento:
Aquisições de ativos fixos tangíveis, à exceção de edifícios e terrenos, desde
que criados ou adquiridos em estado novo e na proporção da sua afetação à
realização de atividades de investigação e desenvolvimento
Despesas com pessoal com habilitações literárias mínimas do nível 4 do
Quadro Nacional de Qualificações, diretamente envolvido em tarefas de
investigação e desenvolvimento
Despesas com a participação de dirigentes e quadros na gestão de
instituições de investigação e desenvolvimento
Despesas relativas à contratação de atividades de investigação e
desenvolvimento junto de entidades públicas
Custos com registo e manutenção de patentes;
Despesas com auditorias à investigação e desenvolvimento (…)

FECHO DE CONTAS 2015 204


BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.8 SIFIDE II
2.8.3 Benefício Fiscal
SIFIDE II
Benefício fiscal
Dedução à coleta (até à sua concorrência), de uma dupla
percentagem:
Taxa de base - 32,5% das despesas realizadas naquele período
Taxa incremental - 50% do acréscimo das despesas realizadas naquele
período em relação à média aritmética simples dos dois exercícios
anteriores, até ao limite de € 1.500.000,00.
As despesas que por insuficiência de coleta não possam ser deduzidas
no exercício em que foram realizadas, podem sê-lo até ao 8.º
exercício imediato
Dedução tem de estar documentada por declaração comprovativa
emitida por entidade nomeada pelo Governo (e deverá constar do
dossier fiscal)
Obrigatório a menção do benefício no Anexo
Não poderá ser acumulado, relativamente às mesmas despesas com o
benefícios da mesma natureza (por exemplo com o RFAI)
FECHO DE CONTAS 2015 205

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2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.8 SIFIDE II
2.8.4 Exemplo
SIFIDE II
Exemplo
Empresa do setor farmacêutico realizou atividades de I&D, tendo
incorrido nas seguintes despesas
Ano de 2012: 20.000€;Ano de 2013: 32.000€
Ano de 2014:
Aquisição equipamento laboratorial afeto à atividade de I&D: 60.000
(depreciação 10% = 6.000)
Pessoal afeto às atividades de I&D com nível de qualificação 4: 20.000€
Registo de uma patente: 2.000€
Calculo do Benefício:
Investimentos a considerar = 6.000€ (60.000€ x 10%) + 20.000€ + 2.000€ =
28.000€
Taxa Base: 28.000€ x 32,5% = 9.100€
Taxa incremental = 1.000€ (50% do acréscimo das despesas realizadas em
2014 em relação à média dos dois exercícios anteriores (20.000 + 32.000)/2
= 26.000 assim (28.000-26.000) = 2.000 x 50% = 1.000€)
Benefício a considerar em 2014 = 9.100 + 1.000 = 10.100€
FECHO DE CONTAS 2015 206
BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.8 SIFIDE II
2.2.3 Modelo 22 (campos a preencher)

SIFIDE II
Modelo 22
É um benefício que consiste numa dedução à coleta sendo efetuada no
campo 355 do quadro 10 da Modelo 22, sendo o valor indicado no quadro
073 do Anexo D à modelo 22

FECHO DE CONTAS 2015 207

BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.9 ASPETOS FINAIS
2.9.1 Benefícios que deduzem à coleta e PEC

Aspetos Finais
Concorrência de benefícios que deduzem à coleta e PEC
Ordem de dedução à coleta:
1º Dupla tributação económica dos lucros distribuídos
2º Benefícios Fiscais
3º Pagamento especial por conta

Exemplo:
Coleta: 6.000€
RFAI: 2.500€ (montante a deduzir)
Pagamento especial por conta: 4.000€
Dedução a efetuar: 6.000€ - 2.500€ RFAI – 3.500€ PEC
Saldo do PEC a reportar: 500€ (caso não seja excedido o prazo de
reporte)
FECHO DE CONTAS 2015 208
BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.9 ASPETOS FINAIS
2.9.2 Concorrência de benefícios

Aspetos Finais
Concorrência de Benefícios (regras)
Quando a coleta é insuficiente para a dedução de todos os
benefícios
a) o benefício mais antigo é sempre utilizado primeiro
(Informação Vinculativa com Despacho de 2010-07-08, do Diretor-Geral,
proferido no âmbito do Proc. IRC n.º 2010 00180I)
CFEI 2013: 70% limite coleta
RFAI 2014: 50% limite coleta
Total 120% da coleta, logo a dedução a efetuar é:
CFEI 2013 70%
RFAI 2014 30%

Exemplo:
Coleta: 10.000€
CFEI: 10.000€ (valor a deduzir: 7.000€)
RFAI: 10.000€ (valor a deduzir: 3.000€)
FECHO DE CONTAS 2015 Dedução a efetuar: 10.000€ Coleta - 7.000 CFEI – 3.000€ RFAI 209

BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.9 ASPETOS FINAIS
2.9.2 Concorrência de benefícios

Aspetos Finais
b) Concorrência de Benefícios (regras)
Quando a coleta é insuficiente para a dedução de todos os benefícios
b) Se forem por exemplo dois benefícios do mesmo ano (Ofício
nº5950 Entrada Geral 2014 000 703 da AT de 2014-04-03 (resposta
à APECA)
Solução: repartição proporcional, sendo que o critério de
repartição adotado nunca pode permitir que a dedução
respeitante a cada um dos benefícios seja superior ao seu
limite individual

Exemplo com RFAI e CFEI de 2013


CFEI 2013: limite 70% da coleta
RFAI 2013: limite 50% da coleta
Coleta de 2013: 25.000€
RFAI: 29.000€
CFEI: 15.600€
FECHO DE CONTAS 2015 210
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2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.9 ASPETOS FINAIS
2.9.2 Concorrência de benefícios
Aspetos Finais
b) Concorrência de Benefícios (regras)
Quando a coleta é insuficiente para a dedução de todos os benefícios
b) Se forem por exemplo dois benefícios do mesmo ano (Ofício nº5950
Entrada Geral 2014 000 703 da AT de 2014-04-03 (resposta à APECA)
Exemplo com RFAI e CFEI de 2013 (continuação)
O montante de dedução à coleta deve ser calculado através da aplicação,
ao valor limite de cada um dos benefícios, da percentagem que resulta
da proporção entre o limite máximo da dedução (montante da coleta) e
o valor da soma dos limites individuais

Benefício Fiscal Valor Limite individual Dedução à coleta

RFAI 2013 29.000 12.500 11.121


(50% x 25.000) (25.000 x 12.500 / 28.100)

CFEI 2013 15.600 15.600 13.879


(70% x 25.000=17.500 no entanto dedução está (25.000 x 15.600 / 28.100)
limitada ao valor efetivo do benefício que é 15.600
VALOR TOTAL 44.600 28.100 25.000
(12.500 + 15.600)
FECHO DE CONTAS 2015 211

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2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.9 ASPETOS FINAIS
2.9.2 Concorrência de benefícios

Aspetos Finais
b) Concorrência de Benefícios (regras)
Quando a coleta é insuficiente para a dedução de todos os benefícios
c) Se forem por exemplo três benefícios (Informação vinculativa Processo:
2014 000628, Despacho de 2014-04-16, do Diretor Geral)
Exemplo com RFAI de 2010, CFEI de 2013 e RFAI de 2013: Qual
a dedução à coleta em 2013?

RFAI 2010: limite 25% da coleta


possibilidade de dedução nos 4 anos seguintes, ou seja até 2014
RFAI 2013: limite 50% da coleta
CFEI 2013: limite 70% da coleta

Coleta de 2013: 100.000€


RFAI 2010: 20.000€
RFAI 2013: 60.000€
CFEI 2013: 75.000€
Como proceder à repartição?
FECHO DE CONTAS 2015 212
BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.9 ASPETOS FINAIS
2.9.2 Concorrência de benefícios
Aspetos Finais
b) Concorrência de Benefícios (regras)
Quando a coleta é insuficiente para a dedução de todos os benefícios
c) Se forem por exemplo três benefícios (Informação vinculativa Processo:
2014 000628, Despacho de 2014-04-16, do Diretor Geral)
Exemplo com RFAI de 2010, CFEI de 2013 e RFAI de 2013: Qual
a dedução à coleta em 2013?
Se a importância do RFAI (2010) for inferior a 25% da coleta, deve ser
deduzida na íntegra. Sendo a lei omissa neste ponto, foi sancionado, por
Despacho de 2010-07-08, do Diretor-Geral, proferido no âmbito do Proc.
IRC n.º 2010 00180I que a dedução deve ser feita em função da antiguidade
do nascimento do direito dos benefícios (ver ficha doutrinária no Portal das
Finanças, em CIRC, legislação complementar, Lei n.º 10/2009).
Por conseguinte, na liquidação do IRC respeitante a 2013, deve ser
deduzida, em primeiro lugar, a importância do RFAI (2010) que ainda não
pôde ser deduzida, respeitando, como é óbvio, o limite de 25% da coleta.
A parte remanescente da coleta é, depois, repartida proporcionalmente
pelos restantes benefícios, tendo em conta os respetivos limites individuais
FECHO DE CONTAS 2015 213

BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.9 ASPETOS FINAIS
2.9.2 Concorrência de benefícios
Aspetos Finais
b) Concorrência de Benefícios (regras)
Quando a coleta é insuficiente para a dedução de todos os benefícios
c) Se forem por exemplo três benefícios (Informação vinculativa Processo:
2014 000628, Despacho de 2014-04-16, do Diretor Geral)
Exemplo com RFAI de 2010, CFEI de 2013 e RFAI de 2013: Qual a
dedução à coleta em 2013?
Benefício Fiscal Valor Limite individual Dedução à coleta

RFAI 2010 20.000 20.000 20.000


(25% x 100.000 = 25.000 no entanto Sem repartição proporcional. A coleta a
esta dedução está limitada ao valor repartir pelos outros dois benefícios é
do benefício que é 20.000) agora de 80.000 (100.000-20.000)
RFAI 2013 60.000 40.000 33.333
(50% x 80.000) (80.000 x 40.000 / 96.000)

CFEI 2013 75.000 56.000 46.667


(70% x 80.000) (80.000 x 56.000 / 96.000)
VALOR TOTAL 135.000 96.000 80.000
(40.000 + 56.000)
FECHO DE CONTAS 2015 214
BENEFÍCIOS FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

2. BENEFÍCIOS FISCAIS
2.9 ASPETOS FINAIS
2.9.3 Benefícios fiscais e resultado da liquidação
Aspetos Finais
Benefícios fiscais e resultado da liquidação (artigo 92.º do
CIRC)
O imposto liquidado nos termos do n.º 1 do artigo 90.º, líquido das
deduções previstas nas alíneas a) a c) do n.º 2 do mesmo artigo, não pode
ser inferior a 90% do montante que seria apurado se o sujeito
passivo não usufruísse de benefícios fiscais.
Excluem-se deste normativo os seguintes benefícios fiscais:
a) Os que revistam carácter contratual;
b) O sistema de incentivos fiscais em investigação e desenvolvimento empresarial II
(SIFIDE II),
c) Os benefícios fiscais às zonas francas previstos nos artigos 33.º e seguintes do
Estatuto dos Benefícios Fiscais e os que operem por redução de taxa;
d) Os previstos nos artigos 19.º e 32.º-A do Estatuto dos Benefícios Fiscais;
e) O regime fiscal de apoio ao investimento (RFAI)
f)O regime de dedução por lucros retidos e reinvestidos (DLRR)
g) O regime de remuneração convencional do capital social
FECHO DE CONTAS 2015 215

ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS Jorge Silva & António Neto, SROC

FECHO DE CONTAS DE 2015


3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS

FECHO DE CONTAS 2015 216


INVENTÁRIOS Jorge Silva & António Neto, SROC

FECHO DE CONTAS DE 2015


3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS
3.3 Inventários e ativos biológicos

FECHO DE CONTAS 2015 217

INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS

Inventários e ativos biológicos


Aspetos gerais
Classe 3 – Inventários e ativos biológicos
Esta classe inclui os inventários:
Detidos para venda no decurso da atividade empresarial;
No processo de produção para essa venda;
Na forma de materiais consumíveis a serem aplicados no
processo de produção ou na prestação de serviços.

Integra, também, os ativos biológicos (animais e plantas


vivos), no âmbito da atividade agrícola, quer consumíveis no
decurso do ciclo normal da atividade, quer de produção ou
regeneração. Os produtos agrícolas colhidos são incluídos nas
apropriadas contas de inventários.

FECHO DE CONTAS 2015 218


INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS

Inventários e Ativos Biológicos


Aspetos gerais
Contas a utilizar:
3 INVENTÁRIOS E ACTIVOS BIOLÓGICOS *
31 Compras
32 Mercadorias
33 Matérias-primas, subsidiárias e de consumo
34 Produtos acabados e intermédios
35 Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos
36 Produtos e trabalhos em curso
37 Activos biológicos
38 Reclassificação e regularização de inventários e activos biológicos
39 Adiantamentos por conta de compras

FECHO DE CONTAS 2015 219

INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS

Inventários e Ativos Biológicos


Aspetos gerais
Contas a utilizar:
3 INVENTÁRIOS E ACTIVOS BIOLÓGICOS *
31 Compras
313 Ativos Biológicos
37 Ativos Biológicos
371 Consumíveis
3711 Animais
3712 Plantas
372 De produção
3721 Animais
3722 Plantas
38 Reclassificação e regularização de inventários e ativos biológicos
387 Ativos Biológicos

FECHO DE CONTAS 2015 220


INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS

Inventários e Ativos Biológicos


Aspetos gerais
Contas a utilizar:
61 CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E DAS MATÉRIAS
CONSUMIDAS
611 Mercadorias
612 Matérias-primas, subsidiárias e de consumo
613 Ativos biológicos (compras)
65 PERDAS POR IMPARIDADE
652 Em inventários

66 PERDAS POR REDUÇÃO DO JUSTO VALOR


....
664 Em ativos biológicos

FECHO DE CONTAS 2015 221

INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS

Inventários e Ativos Biológicos


Aspetos gerais
Contas a utilizar:
73 Variação nos inventários de produção
731 Produtos acabados e intermédios
...
734 Ativos biológicos
76 Reversões
...
762 De perdas por imparidade
...
7622 Inventários
77 Ganhos por aumento de justo valor
...
774 Em ativos biológicos

FECHO DE CONTAS 2015 222


INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS

Apresentação no balanço

FECHO DE CONTAS 2015 223

INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

FECHO DE CONTAS DE 2015


3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS
3.3 Inventários e ativos biológicos

3.3.1 INVENTÁRIOS

FECHO DE CONTAS 2015 224


INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.1 INVENTÁRIOS

Inventários
Fecho das contas
O TOC não responsável pelas contagens físicas dos inventários: é
contudo responsável pela adequada valorização (sendo
conveniente o acompanhamento próximo de todo o processo de
contagem)
Verificar se existem instruções escritas para a realização do
inventário, e se existe cuidado na realização das contagens.
Verificar qual a cobertura de seguros para inventários existente.
Analisar a variação da margem bruta das vendas.
Rever as fórmulas do ficheiro de inventário.
Verificar situações de bens à consignação.
Verificar se na valorização foram tidas em conta as despesas
adicionais de compra.
FECHO DE CONTAS 2015 225

INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.1 INVENTÁRIOS
Inventários
Fecho das contas
Muita atenção ao corte de operações:
Se todas as mercadorias recebidas antes de 31/12 foram incluídas no
inventário físico (com correspondente registo na conta de compras).
Se todas as mercadorias rececionadas após 31/12 não foram incluídas no
inventário físico (e a respetiva contabilização da fatura de compra só
acontece após aquela data).
Se as mercadorias expedidas antes de 31/12 foram excluídas do inventário
físico (e a respetiva fatura de venda contabilizada no respetivo período)
Verificar através da análise das guias de expedição/saída e guias de remessa
que as vendas de mercadorias/produtos, antes de 31/12, foram registadas
na contabilidade e excluídas do inventário, e que, através da análise das
primeiras vendas e guias de expedição após 31/12, que aquelas mercadorias
foram incluídas no inventário
FECHO DE CONTAS 2015 226
INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.1 INVENTÁRIOS

Inventários
Fecho das contas
Valorização aconselhada, sempre que não existe sistema de
inventário permanente:
Mercadorias, Matérias primas, subsidiárias e de consumo – custo de
aquisição (confirmável através de faturas de aquisição)
Produtos acabados- preço médio de venda deduzido de margem de lucro
não superior a 20%.
Produtos e trabalhos em curso - preço médio de venda do respetivo
produto acabado x (1-0,2) x % de acabamento.
Verificar pela análise dos preços de venda das primeiras faturas do
ano se os preços de venda são superiores ao preço de custo
Analisar se os itens constantes das faturas de venda emitidas nos
primeiros dias de Janeiro estão incluídos no inventário final

FECHO DE CONTAS 2015 227

INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.1 INVENTÁRIOS
Aspetos de natureza contabilística (NCRF 18)
Mensuração
Custo histórico (de aquisição ou de produção/conversão)
Custo de aquisição:
preço de compra (deduzido dos descontos comerciais e
abatimentos) + Outros custos incorridos para colocar os
inventários no seu local e na sua condição atuais
Custo de produção/conversão:
Matérias Consumidas + MOD + GGF
São excluídos dos custo dos inventários (reconhecidos como
gastos)
(a) Quantias anormais de materiais desperdiçados, de mão de obra ou
de outros custos de produção;
(b) Custos de armazenamento,
(c) Gastos gerais administrativos
(d) Custos de vender.
FECHO DE CONTAS 2015 228
INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.1 INVENTÁRIOS
Aspetos de natureza contabilística (NCRF 18)
Mensuração
Custo histórico (de aquisição ou de produção/conversão)
Custo de produção/conversão:
GGF Incluem uma imputação sistemática de:
Gastos gerais de produção fixos (constantes
independentemente do volume de produção)
Imputados com base na capacidade normal de
produção – produção que se espera atingir) ex.
depreciação instalações fabris
Custeio racional
Gastos gerais de produção variáveis (variam
diretamente com o volume de produção)
Imputados diretamente com base na produção

FECHO DE CONTAS 2015 229

INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.1 INVENTÁRIOS
Aspetos de natureza contabilística (NCRF 18)
Mensuração
Capitalização de encargos financeiros
CONTABILIDADE
A NCRF 10 permite que, em circunstâncias limitadas, os custos com
empréstimos obtidos sejam incluídos nos inventários (opção-ver § 8 e
9 da NCRF nº 10) – diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou
produção de um ativo que se qualifica
Regra geral: reconhecidos com gasto
Exceção: podem ser capitalizados como parte do custo do ativo
FISCALIDADE
O nº 2 do artº 26 do CIRC, refere que “podem ser incluídos no
custo de aquisição ou de produção os custos de empréstimos obtidos,
bem como outros gastos que lhes sejam diretamente atribuíveis de
acordo com a normalização contabilística especificamente aplicável.
A regra fiscal é GASTO, podendo por opção em certas condições (§8
e 9 NCRF nº 10), fazer parte do custo do ativo que se qualifica
FECHO DE CONTAS 2015 230
INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.1 INVENTÁRIOS
Aspetos de natureza contabilística (NCRF 18)
Mensuração
Capitalização de encargos financeiros
Custos elegíveis para capitalização
Diretamente atribuíveis à aquisição/construção
Tipos de empréstimos
A) Especificamente obtidos para aquisição /construção de um
ativo que se qualifica: custos reais dos empréstimos incorridos no
período deduzidos do rendimento de investimento temporário.
B) Pedidos de uma forma geral e usados com o fim de obter um
ativo que se qualifica:
Custos elegíveis = Taxa Capitalização x Dispêndios no Ativo
Sendo a Taxa de capitalização
média ponderada dos custos de empréstimos obtidos
aplicável aos empréstimos contraídos pela entidade que
estejam em circulação no período, que não sejam
empréstimos contraídos especificamente com o fim de
FECHO DE CONTAS 2015 obter um ativo que se qualifica 231

INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.1 INVENTÁRIOS

Aspetos de natureza contabilística (NCRF 18)


Mensuração
Custo ou valor realizável líquido (VRL), dos dois o mais baixo
Quando o custo de aquisição ou de produção não se afigure
recuperável por ser superior ao VRL, os Inventários devem ser
evidenciados no Balanço ao preço do mercado:
A) Custo corrente (de reposição): aplica-se a bens adquiridos
para a produção (matérias-primas e materiais diversos);
Forma de cálculo do custo corrente:
1) Se o custo da matérias prima em inventário for superior ao
atual valor de reposição, tenho de verificar:
2) Se o custo das matérias, acrescido dos restantes custos de
produção, é inferior ao preço esperado de venda.

Se assim for, não reconheço qualquer perda por imparidade


FECHO DE CONTAS 2015 232
INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.1 INVENTÁRIOS
Aspetos de natureza contabilística (NCRF 18)
Mensuração
Custo ou valor realizável líquido (VRL), dos dois o mais baixo
A) Custo corrente (de reposição):
Por exemplo:
Custo Matéria Prima: 100
Valor de reposição: 60
Custo estimado do P.A.: 250
Preço de venda: 230
Reconheço uma perda por imparidade de 20 (250-230) e não
uma perda por imparidade de 40 (100-60)
B) Valor realizável líquido: aplica-se a bens detidos para venda
(mercadorias e produtos).
Quando o VRL é inferior ao custo deverá ser feito um
ajustamento através da subconta «3X9 Perdas por Imparidade
Acumuladas», a qual irá deduzir ao valor dos Inventários (que se
encontram contabilizados ao custo).
FECHO DE CONTAS 2015 233

INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.1 INVENTÁRIOS
Aspetos de natureza contabilística (NCRF 18)
Mensuração
Custo ou valor realizável líquido (VRL), dos dois o mais baixo
Por exemplo:
Custo do produto acabado: 100
Preço de venda estimado: 80
Reconheço uma perda por imparidade de 20 (100-80)
Se à data do Balanço houver obsolescência, deterioração física
parcial, quebra de preços, bem como outros fatores análogos, deverá ser
também utilizado, para efeitos de mensuração final, o referido critério do
custo ou VRL, dos dois o mais baixo, sendo, de igual modo, a diferença
também expressa em «3x9 Perdas por imparidade acumuladas».
As perdas por imparidade afetam as seguintes contas da DR:
“652 Perdas por imparidade – Em inventários”, sendo reduzidas ou
anuladas através da conta “7622 Reversões – De perdas por
imparidade – Ajustamentos em inventários”, quando deixarem de
existir as situações que as originaram.
FECHO DE CONTAS 2015 234
INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.1 INVENTÁRIOS
Aspetos de natureza contabilística (NCRF 18)
Mensuração
Critérios especiais de mensuração (§ 21 e 22 – NCRF 18)
Método do custo-padrão
Método de retalho
A NCRF 18 aceita a utilização de técnicas para mensuração do custo, como o
custo-padrão (ou standard) e o método do retalho, desde que se aproximem
do custo.
a) O método de retalho consiste na redução da margem normal de lucro ao
preço de venda dos inventários, sendo utilizado com alguma regularidade
por entidades que vendem a retalho largas centenas ou mesmo milhares de
artigos.
b) O método do custo padrão consiste na utilização de um custo pré-
atribuído, tomado como base para o registo da produção antes da
determinação do custo efetivo.
NOTA: só deverão ser alterados os critérios de mensuração por
imposição normativa ou se se essa alteração visar melhorar a qualidade da
FECHO DE CONTAS 2015
informação financeira. 235

INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.1 INVENTÁRIOS

Aspetos de natureza contabilística (NCRF 18)


Os métodos de custeio das saídas preconizados na NCRF 18 são
os seguintes:
– A) Identificação específica
É conceptualmente o método mais correto:
porque identifica cada bem vendido e cada bem que consta dos
inventários,
mas só é praticável desde que seja possível identificar fisicamente os
bens adquiridos em cada compra, tendo uma aplicação limitada.
Este método:
permite grande correlação entre rendimentos e gastos relacionados
com as vendas;
os inventários finais são mensurados ao custo da aquisição atual; e,
o fluxo contabilístico é igual ao fluxo real e físico

FECHO DE CONTAS 2015 236


INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.1 INVENTÁRIOS
Aspetos de natureza contabilística (NCRF 18)
Os métodos de custeio das saídas preconizados na NCRF 18
são os seguintes:
– B) FIFO (first in, first out) ou método do custo cronológico
direto
Neste método, presume-se que os bens adquiridos ou
produzidos em primeiro lugar são também os primeiros a
ser vendidos ou consumidos, o que significa que:
O CMVMC é mensurado aos custos mais antigos;
Os inventários finais são mensurados aos custos mais recentes, ou
seja, muito próximos dos de mercado.
O método FIFO aproxima o fluxo físico dos bens com o fluxo
contabilístico.
O método FIFO é desaconselhável em períodos de inflação acentuada
(os réditos são mensurados a preços mais recentes enquanto os
gastos correspondem às aquisições mais antigas).
FECHO DE CONTAS 2015 237

INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.1 INVENTÁRIOS

Aspetos de natureza contabilística (NCRF 18)


Os métodos de custeio das saídas preconizados na NCRF 18
são os seguintes:
– C) Custo médio ponderado
O custo de cada elemento é determinado a partir de uma média
ponderada do custo dos elementos existentes. Tanto o custo das
saídas como o dos inventários finais são mensurados a custos
médios

Custo médio = Custo total inventários existentes + Custo total novas entradas
Quantidades existentes + Novas quantidades entradas

É um método de aplicação simples e a utilização dos custos médios


permite minimizar os efeitos das variações dos custos de aquisição ou de
produção.

FECHO DE CONTAS 2015 238


INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.1 INVENTÁRIOS
Aspetos de natureza contabilística (NCRF 18)
Sistemas de contabilização do inventários
– A) Sistema de inventário permanente
Efetua-se a contabilização sistemática das entradas e das saídas
de armazém (quantidades e valores),
de forma permanente a conta de inventário reflita o valor das
existências em armazém
e, seja apurado, no decorrer do ano, o custo dos bens vendidos e
consumidos. Possibilita acompanhar a evolução dos resultados ao
longo do período.
– B) Sistema de inventário periódico
o valor dos inventários finais é determinado por inventariação física,
no final de cada período contabilístico, e
o custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas é
apurado com base nos inventários inicial e final, nas compras realizadas e
nas regularizações de inventários registadas no mesmo período
(CMVMC = EI + C +- REG – EF)
FECHO DE CONTAS 2015 239

INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.1 INVENTÁRIOS
Aspetos de natureza contabilística (NCRF 18)
Sistemas de contabilização do inventários
– Sistema de inventário permanente (Artigo 12º do DL n.º
158/2009)
Conceito de inventário permanente
As entidades a que seja aplicável o SNC ou as normas
internacionais de contabilidade adotadas pela UE ficam
obrigadas a adotar o sistema de inventário permanente na
contabilização dos inventários, nos seguintes termos:
a) Proceder às contagens físicas dos inventários com
referência ao final do período, ou, ao longo do período, de forma
rotativa, de modo a que cada bem seja contado, pelo menos, uma
vez em cada período;
b) Identificar os bens quanto à sua natureza, quantidade e
custos unitários e globais, por forma a permitir a verificação, a
todo o momento, da correspondência entre as contagens físicas e
os respetivos registos contabilísticos.
FECHO DE CONTAS 2015 240
INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.1 INVENTÁRIOS

Aspetos de natureza contabilística (NCRF 18)


Sistemas de contabilização do inventários
– Sistema de inventário permanente (Artigo 12º do DL n.º
158/2009)
Dispensa de aplicação
as entidades que não ultrapassem, durante dois exercícios
consecutivos, dois dos três limites indicados no n.º 2 do artigo
262.º do Código das Sociedades, deixando essa dispensa de
produzir efeitos no exercício seguinte ao termo daquele período
Total do balanço: € 1.500.000
Volume de negócios líquido: € 3.000.000
Número médio de empregados durante o período: 50
Cessa a obrigação, sempre que deixassem de ultrapassar, durante dois
exercícios consecutivos, dois dos três limites referidos, produzindo esta
cessação efeitos a partir do exercício seguinte ao termo daquele período.

FECHO DE CONTAS 2015 241

INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.1 INVENTÁRIOS
Aspetos de natureza contabilística (NCRF 18)
Sistemas de contabilização do inventários
– Sistema de inventário permanente (Artigo 12º do DL n.º 158/2009)
Dispensa de aplicação
Entidades que se dedicam às seguintes atividades (n.º4)
a) Agricultura, produção animal, apicultura e caça;
b) Silvicultura e exploração florestal;
c) Indústria piscatória e aquicultura;
d) Pontos de vendas a retalho que, no seu conjunto, não
apresentem, no período de um exercício, vendas superiores a €
300.000 nem a 10% das vendas globais da respetiva entidade
Nº5) Entidades cuja atividade predominante consista na
prestação de serviços, considerando-se como tais, as que
apresentem, no período de um exercício, um custo das mercadorias
vendidas e das matérias consumidas que não exceda € 300.000 nem
20% dos respetivos custos operacionais.
FECHO DE CONTAS 2015 242
INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.1 INVENTÁRIOS

Aspetos de natureza contabilística (NCRF 18)


Sistemas de contabilização do inventários
– Sistema de inventário permanente (Artigo 12º do DL n.º
158/2009)
Dispensa de aplicação
As dispensas referentes aos pontos de vendas a retalho e às
entidades cuja atividade predominante consista na prestação
de serviços:
Mantêm-se até ao termo do período seguinte àquele em que,
respetivamente, as atividades e as entidades neles referidas tenham
ultrapassado os limites que as originaram
Entidade dispensada:
Ultrapassa limites 2016: dispensa mantém-se até 31/12/2017

FECHO DE CONTAS 2015 243

INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.1 INVENTÁRIOS
Aspetos de natureza contabilística (NCRF 18)
Sistemas de contabilização do inventários
– Sistema de inventário permanente (Artigo 12º do DL n.º
158/2009)
Dispensa de aplicação
As dispensas referentes aos pontos de vendas a retalho e às
entidades cuja atividade predominante consista na prestação
de serviços:
Podem voltar a beneficiar das dispensas previstas as atividades e as
entidades neles referidas em relação às quais deixem de se
verificar, durante dois períodos consecutivos, os requisitos
estabelecidos para a concessão da dispensa, produzindo efeitos a
partir do período seguinte ao termo daquele período.
Entidade não dispensada:
Em 2016 e 2017 não ultrapassa
Em 2018 dispensada
FECHO DE CONTAS 2015 244
INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.1 INVENTÁRIOS

Aspetos de natureza contabilística (NCRF 18)


Sistemas de contabilização do inventários
– Sistema de inventário permanente (Artigo 12º do DL n.º 158/2009 -
alterações decorrentes do DL n.º98/2015
ALTERAÇÃO A PARTIR DE 2016
Dispensas de aplicação
Microentidades (entidades previstas no n.º1 do artigo 9.º), ou seja
entidades que à data de balanço não ultrapassem dois dos três limites
seguintes:
Total do balanço: € 350.000
Volume de negócios líquido: € 700.000
Número médio de empregados durante o período: 10
Profunda alteração face ao anterior normativo:
Apenas as microentidades estão dispensadas

FECHO DE CONTAS 2015 245

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3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.1 INVENTÁRIOS
Aspetos de natureza contabilística (NCRF 18)
Sistemas de contabilização do inventários
– Sistema de inventário permanente (Artigo 12º do DL n.º 158/2009 -
alterações decorrentes do DL n.º98/2015
ALTERAÇÃO A PARTIR DE 2016
Dispensas de aplicação
Nº empresas com esta obrigação aumenta exponencialmente
Custos acrescidos (controlo, comunicação, administrativos)
Contabilidade externa….Ajustamento de honorários??
Com a obrigatoriedade de comunicação de inventários será que se
justifica?

Alargamento do âmbito de aplicação da obrigatoriedade de


sistema de inventário permanente a todas as entidades
exceto microentidades
FECHO DE CONTAS 2015 246
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3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.1 INVENTÁRIOS

Aspetos de natureza contabilística (NCRF 18)


Sistemas de contabilização do inventários
– Sistema de inventário permanente (Artigo 12º do DL n.º 158/2009 -
alterações decorrentes do DL n.º98/2015
Problemas decorrentes da falta de inventário permanente:
A utilização de métodos indiretos,
Consequentemente, perda de reporte de prejuízos.
Perda de benefícios fiscais, por não observância da normalização
contabilística???? Em princípio não.

FECHO DE CONTAS 2015 247

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3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.1 INVENTÁRIOS
Aspetos de natureza contabilística (NCRF 18)
Sistemas de contabilização do inventários
– Sistema de inventário permanente (Artigo 12º do DL n.º 158/2009 -
alterações decorrentes do DL n.º98/2015
ESCLARECIMENTOS RECENTES (perda de benefícios fiscais e
inventário permanente)
Inventário Permanente: - Ofício n.º 052/15, de 2015.11.12, da
Comissão de Normalização Contabilística.
O facto de uma entidade não adotar o sistema de inventário
permanente quando a tal estiver obrigada, não permite concluir, por
si só, que não foi adotado o SNC e não impede que as suas
demonstrações financeiras apresentem de forma verdadeira e
apropriada a sua posição financeira, desempenho financeiro e
alterações na posição financeira.
A periodicidade do registo contabilístico em sistema de inventário
permanente não está legalmente estabelecida, devendo, na opinião
da CNC, atender-se à natureza das atividades desenvolvidas pela
entidade e uma análise da relação custo benefício.
FECHO DE CONTAS 2015 248
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3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.1 INVENTÁRIOS
Aspetos de natureza contabilística (NCRF 18)
Sistemas de contabilização do inventários
– Sistema de inventário permanente (Artigo 12º do DL n.º 158/2009 -
alterações decorrentes do DL n.º98/2015
ESCLARECIMENTOS RECENTES (perda de benefícios fiscais e
inventário permanente)
Perda de benefícios fiscais pela não adoção de inventário permanente: -
Ofício n.º 16161, de 2015.12.17, da AT (resposta à APECA)

FECHO DE CONTAS 2015 249

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3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.1 INVENTÁRIOS
Aspetos de natureza fiscal
Artigo 26.º CIRC (Inventários)
Para efeitos da determinação do lucro tributável, os rendimentos e
gastos dos inventários são os que resultam da aplicação dos
critérios de mensuração previstos na normalização contabilística
em vigor que utilizem:
a) Custos de aquisição ou de produção;
b) Custos padrões apurados de acordo com técnicas contabilísticas
adequadas;
c) Preços de venda deduzidos da margem normal de lucro;
d) Preços de venda dos produtos colhidos de ativos biológicos no
momento da colheita, deduzidos dos custos estimados no ponto de
venda, excluindo os de transporte e outros necessários para colocar os
produtos no mercado;
Sempre que a utilização de custos padrões conduza a desvios significativos, a
Autoridade Tributária e Aduaneira pode efetuar as correções adequadas, tendo em
conta o campo de aplicação dos mesmos, o montante das vendas e dos inventários
finais e o grau de rotação dos inventários
FECHO DE CONTAS 2015 250
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3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.1 INVENTÁRIOS
Aspetos de natureza fiscal
Artigo 26.º CIRC (Inventários)
Valorização através do método “Preços de venda deduzidos da
margem normal de lucro”
Conceito de preços de venda (n.º4 artigo 26.º)
Consideram-se preços de venda os constantes de elementos oficiais
ou os últimos que em condições normais tenham sido praticados
pelo sujeito passivo
ou ainda os que, no termo do período de tributação, forem
correntes no mercado, desde que sejam considerados idóneos ou de
controlo inequívoco

O método referido na alínea c) só é aceite nos sectores de atividade em


que o cálculo do custo de aquisição ou de produção se torne
excessivamente oneroso ou não possa ser apurado com razoável rigor,
podendo a margem normal de lucro, nos casos de não ser facilmente
determinável, ser substituída por uma dedução não superior a 20% do
preço de venda.
FECHO DE CONTAS 2015 251

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3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.1 INVENTÁRIOS

Aspetos de natureza fiscal


Artigo 27.º CIRC (Mudança de critério valorimétrico)
Consistência (regra)
Os critérios adotados para a mensuração dos inventários devem ser
uniformemente seguidos nos sucessivos períodos de tributação

Alteração dos critérios (exceção)


Podem, no entanto, verificar-se mudanças dos referidos critérios sempre
que as mesmas se justifiquem por razões de natureza económica ou
técnica e sejam aceites pela Autoridade Tributária e Aduaneira

De acordo com o artigo 26.º n.º6 CIRC, a utilização de critérios de


mensuração diferentes dos previstos no n.º 1 depende de autorização
da Autoridade Tributária e Aduaneira, a qual deve ser solicitada até ao
termo do período de tributação, através de requerimento em que se
indiquem os critérios a adotar e as razões que os justificam

FECHO DE CONTAS 2015 252


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3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.1 INVENTÁRIOS
Aspetos de natureza fiscal
Artigo 28.º CIRC (Perdas por imparidade em inventários)
Cálculo da perda por imparidade
Contabilisticamente são reconhecidas no exercício quando o custo de
aquisição ou de produção dos inventários for inferior ao respetivo valor
realizável líquido referido à data do balanço.
Se CA ou CP > VRL tenho uma Perda por imparidade
Valor realizável líquido
Fiscalmente entende-se por valor realizável líquido o preço de venda
estimado no decurso normal da atividade do sujeito passivo nos termos
do n.º 4 do artigo 26.º, deduzido dos custos necessários de acabamento
e venda.

Reversão perdas por imparidade


A reversão, parcial ou total, das perdas por imparidade previstas no n.º 1
concorre para a formação do lucro tributável (se a perdas por
imparidade tiver sido, claro está, aceite fiscalmente)
FECHO DE CONTAS 2015 253

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3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.1 INVENTÁRIOS
Aspetos de natureza fiscal
Artigo 28.º CIRC (Perdas por imparidade em inventários)
O problema para a aceitação fiscal das perdas de imparidade em
inventários, está na definição de preço de venda constante do nº 4
do art.º 26º CIRC:
Consideram-se preços de venda os constantes de elementos oficiais ou
os últimos que em condições normais tenham sido praticados pelo
sujeito passivo ou ainda os que, no termo do período de tributação,
forem correntes no mercado, desde que sejam considerados idóneos ou
de controlo inequívoco.
Caso de monos que já não são vendidos há muito, e cujo ultimo
preço de venda fatura foi superior ao custo, mas que já não tem valor
de mercado.
Perda contabilística, é reconhecida no exercício dessa
constatação.
A perda fiscal, é no exercício da venda ou destruição.

FECHO DE CONTAS 2015 254


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3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.1 INVENTÁRIOS
Aspetos de natureza fiscal
Artigo 28.º CIRC (Perdas por imparidade em inventários)
O problema para a aceitação fiscal das perdas de imparidade em
inventários, está na definição de preço de venda constante do nº 4
do art.º 26º CIRC:
Esta disposição parece limitar o reconhecimento, para efeitos fiscais,
das perdas por imparidade em inventários, uma vez que a empresa
pode não dispor de preços de venda ou de vendas de artigos
semelhantes, ou, então, a venda dos inventários em imparidade pode
não fazer parte da atividade normal da empresa.

Perdas por imparidade não aceites fiscalmente: acréscimo no


campo 718 Q07

FECHO DE CONTAS 2015 255

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3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.1 INVENTÁRIOS

Aspetos de natureza fiscal


Destruição de bens inutilizados, deteriorados ou obsoletos
(Ofício-Circulado 35264, de 24/10/1986 - Direção de Serviços do
IVA)
Artigo 86.º CIVA: Presunção de aquisição e de transmissão de bens
Salvo prova em contrário, presumem-se adquiridos os bens que se
encontrem em qualquer dos locais em que o sujeito passivo exerce a sua
atividade e presumem-se transmitidos os bens adquiridos, importados ou
produzidos que se não encontrem em qualquer desses locais.

Pedido de esclarecimento sob a forma como os sujeitos passivos poderão


fazer a prova a que se refere o citado artigo 86º sobre a não transmissão
de bens que tenham sido inutilizados ou destruídos, nomeadamente
em virtude de defeitos de fabrico ou obsolescência, foi entendido que:

FECHO DE CONTAS 2015 256


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3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.1 INVENTÁRIOS
Aspetos de natureza fiscal
Destruição de bens inutilizados, deteriorados ou obsoletos (Ofício-
Circulado 35264, de 24/10/1986 - Direção de Serviços do IVA)
Não existe obrigação legal de proceder a qualquer prévia diligência
ou participação junto dos serviços de Administração Fiscal.
No entanto, os sujeitos passivos terão vantagem em ter na sua posse
elementos justificativos das faltas nas suas existências dos bens destruídos ou
inutilizados, como forma mais segura de elidir a presunção prevista no citado
artigo 86º pelo que,
nos casos em que procedam a essa destruição ou inutilização lhes é
recomendável proceder à prévia comunicação à AT desses factos -
indicando o dia e a hora - aos serviços competentes, a fim de que os agentes de
fiscalização possam, se assim o entenderem, exercer o devido controlo.
Em qualquer caso, os sujeitos passivos, no seu próprio interesse, poderão
elaborar e conservar um auto de destruição ou inutilização dos bens
objetos de abate, testemunhado pelas pessoas estranhas ou não à
empresa que presenciaram aquele ato
FECHO DE CONTAS 2015 257

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3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.1 INVENTÁRIOS
Aspetos de natureza fiscal
Destruição de bens artigo 86.º CIVA (Informação vinculativa processo nº
2995, despacho do SDG dos Impostos, substituto legal do Diretor - Geral,
em 2012-03-30)
Caso:
Destruição de bens (Matérias Primas /Produtos) no âmbito de
atividade de restauração, por impróprios para consumo devido a:
Prazo de validade expirado,
Descarga elétrica que desligou o sistema de frio tornando impróprio
p/consumo o seu conteúdo
Informação vinculativa
Corrobora o referido no Ofício-Circulado n.º 32 264, de 24.10.1986. Assim,
embora não sendo obrigatório, é de toda a conveniência proceder à
prévia comunicação desses factos à AT, devendo elaborar e conservar um
auto de destruição ou inutilização dos bens objeto de abate, testemunhado
pelas pessoas estranhas ou não à empresa que presenciaram aquele ato.
FECHO DE CONTAS 2015 258
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3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.1 INVENTÁRIOS
Aspetos de natureza fiscal
Comunicação de inventários à AT (Portaria n.º 2/2015 de 2 de
Janeiro)
A obrigação de comunicação dos inventários visa proporcionar à AT uma
informação fidedigna relativamente às quantidades dos bens
existentes em inventário, de forma a permitir o controlo dos custos dos
bens vendidos e consumidos e do resultado obtido no final de cada exercício
económico pelos sujeitos passivos, relevante para efeitos da determinação do
respetivo lucro tributável.
O inventário deverá ser comunicado até 31/01/n+1
Empresas sem inventários: As empresas sem inventários e obrigadas por a
lei a comunicar o inventário, declararão no portal e-fatura que não têm
existências. Não precisam, portanto, de construir ficheiros vazios
Dispensa de comunicação dos inventários: Estão dispensados de
efetuar a comunicação dos inventários, as empresas e os sujeitos passivos
singulares que tenham contabilidade organizada, com um volume de negócios
do exercício anterior ao da comunicação não superior a € 100.000,00.
FECHO DE CONTAS 2015 259

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3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.1 INVENTÁRIOS
Aspetos de natureza fiscal
Comunicação de inventários à AT (Portaria n.º 2/2015 de 2 de
Janeiro)
Intensificação das ações de inspeção por parte da AT no final do
ano de 2014 e princípio de 2015
Chamada de atenção para a manipulação de stocks – CRUZAMENTOS
Stocks elevados
Crédito de imposto IVA
Sensibilizar para o cumprimento voluntário

FECHO DE CONTAS 2015 260


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FECHO DE CONTAS DE 2015


3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS
3.3 Inventários e ativos biológicos

3.3.2 ATIVOS BIOLÓGICOS

FECHO DE CONTAS 2015 261

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3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.2 ATIVOS BIOLÓGICOS
Aspetos de natureza contabilística (NCRF 17)
Âmbito de aplicação da norma
Esta norma deve ser aplicada na contabilização do que se
relacione com a atividade agrícola nomeadamente:
Ativos biológicos;
Produto Agrícola no ponto de colheita; e
Subsídios Governamentais relacionados com ativos biológicos

Esta norma é aplicada ao produto agrícola (produto colhido dos


ativos biológicos de uma entidade) somente no momento da
colheita.

Após a colheita é aplicada a “NCRF 18 - Inventários” ou outra aplicável.


Logo, esta norma não trata do processamento do produto
agrícola após a colheita.

FECHO DE CONTAS 2015 262


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3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.2 ATIVOS BIOLÓGICOS

Aspetos de natureza contabilística (NCRF 17)


Definição de conceitos
Ativo biológico: é um animal ou planta vivos
Os ativos biológicos consumíveis são aqueles que, eles próprios, são
colhidos como produção agrícola primária.
Um rebanho de animais para a produção de carne, uma seara anual a
partir da qual se obtêm os grãos ou árvores para madeira ou pasta,
são exemplos deste tipo de ativos;
Os ativos biológicos de produção são aqueles que suportam a
produção agrícola para a colheita, são auto regenerativos.
Como exemplos deste tipo de ativos podemos ter rebanhos para a
produção de leite, animais reprodutores, árvores de fruto, etc..
Produto agrícola: é o produto colhido dos ativos biológicos da entidade

FECHO DE CONTAS 2015 263

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3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.2 ATIVOS BIOLÓGICOS
Aspetos de natureza contabilística (NCRF 17)
Âmbito de aplicação da norma
Produtos resultantes
Produto
Activos biológicos de processamento
agrícola
após colheita
No âmbito da Norma Fora do âmbito
- ovelhas - lã - fio, tapete
- árvores numa plantação - toros - tábuas
- plantas - algodão - fio, vestuário
- canas colhidas - açúcar
- gado leiteiro - leite - queijo
- porcos - carcaça -salsichas, presunto
- arbustos - folhas - chá, tabaco
- videiras - uvas - vinho
- árvores de fruto - fruta colhida - fruta processada

FECHO DE CONTAS 2015 264


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3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.2 ATIVOS BIOLÓGICOS
Aspetos de natureza contabilística (NCRF 17)
Âmbito de aplicação da norma e mensuração
Âmbito: NCRF 17 - Agricultura Âmbito: NCRF 18 -
Inventários
Ativos Biológicos Produtos agrícolas Produtos resultantes do
processamento após
colheita

Mensuração inicial e à Mensuração: Mensuração:


data do Balanço: JV - custos estimados no NCRF 18 (custos de produção
JV - custos estimados no ponto de venda, no industrial)
ponto de venda (excepção se momento da colheita
a mensuração não seja fiável)
Conta 37 - Ativos Conta 34 - Produtos acabados e intermédios
biológicos

FECHO DE CONTAS 2015 265

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3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.2 ATIVOS BIOLÓGICOS
Aspetos de natureza contabilística (NCRF 17)
Mensuração inicial:
Um ativo biológico deve ser mensurado no reconhecimento inicial e em
cada data de balanço, pelo seu justo valor menos encargos estimados de
venda
Quando o JV não possa ser fiavelmente mensurado (muito
excecionalmente cf. § 13 e 31 da NCRF 17 – Agricultura)
Ativo biológico deve ser mensurado pelo custo menos qualquer
depreciação acumulada e qualquer perda por imparidade acumulada
– tratamento semelhante aos AFT (conforme resulta da remissão do
§ 34)
O produto agrícola colhido dos ativos biológicos deve ser mensurado
pelo seu justo valor menos encargos estimados de venda no momento da
colheita.
Melhor referência do Justo Valor de ativos biológicos: SIMA
(Sistema de Informação dos Mercados Agrícolas )
http://www.gpp.pt/sima.html
FECHO DE CONTAS 2015 266
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3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.2 ATIVOS BIOLÓGICOS
Aspetos de natureza contabilística (NCRF 17)
Contabilização ativos biológicos de produção
Modelo justo valor
Modelo do custo

FECHO DE CONTAS 2015 267

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3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.2 ATIVOS BIOLÓGICOS

Aspetos de natureza contabilística (NCRF 17)


Contabilização ativos biológicos de produção (JUSTO VALOR)
a) Pela aquisição dos ativos biológicos de produção

Débito Crédito Valor


372 – Ativos biológicos 22x – Fornecedores Pelo valor de aquisição do bem
de produção
372 – Ativos biológicos 774 – Ganhos por aumentos de Pela variação do justo valor face
de produção justo valor ao custo de aquisição (se
positiva)
664 – Perdas por redução 372 – Ativos biológicos de produção Pela variação do justo valor face
do justo valor ao custo de aquisição (se
negativa)

FECHO DE CONTAS 2015 268


INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.2 ATIVOS BIOLÓGICOS
Aspetos de natureza contabilística (NCRF 17)
Contabilização ativos biológicos de produção (JUSTO VALOR)
b) Ajustamentos de mensuração a cada data de balanço

Débito Crédito Valor


372 – Ativos biológicos de 774 – Ganhos por aumentos de Pelo ajustamento em cada
produção justo valor data de balanço (aumento
JV)
664 – Perdas por redução do 372 – Ativos biológicos de Pelo ajustamento em cada
justo valor produção data de balanço (diminuição
JV)

FECHO DE CONTAS 2015 269

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3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.2 ATIVOS BIOLÓGICOS
Aspetos de natureza contabilística (NCRF 17)
Contabilização ativos biológicos de produção (JUSTO VALOR)
c) Alienação de ativos biológicos de produção
Débito Crédito Valor
7871 – Rendimentos e ganhos em 372 – Ativos biológicos de produção Pelo
investimentos não financeiros por desreconheci
alienação de ativos biológicos de mento do
produção, ou ativo
6871 – Gastos e perdas em biológico de
investimentos não financeiros por produção
alienação de ativos biológicos
27 – Outras contas a receber / 1 – 7871 – Rendimentos e ganhos em investimentos Pelo valor da
Meios financeiros líquidos não financeiros por alienação de ativos biológicos venda
de produção, ou
6871 – Gastos e perdas em investimentos não
financeiros por alienação de ativos biológicos
FECHO DE CONTAS 2015 270
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3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.2 ATIVOS BIOLÓGICOS
Aspetos de natureza contabilística (NCRF 17)
Contabilização ativos biológicos de produção (JUSTO VALOR)
d) Abate de ativos biológicos de produção

Débito Crédito Valor


6873 – Gastos e perdas em 372 – Ativos biológicos de Pelo
investimentos não financeiros - Abates produção desreconhecimento do
-Ativos biológicos ativo biológico de
produção por abate

e) Nascimento de ativos biológicos de produção

Débito Crédito Valor


372 – Ativos biológicos de produção 774 – Ganhos por aumentos de Pelo justo valor no
justo valor momento do
nascimento
FECHO DE CONTAS 2015 271

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3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.2 ATIVOS BIOLÓGICOS
Aspetos de natureza contabilística (NCRF 17)
Contabilização ativos biológicos de produção (MÉTODO DO CUSTO)
a) Pela aquisição dos ativos biológicos de produção

Débito Crédito Valor


372 – Ativos biológicos 22x – Fornecedores Aquisição de AB de produção mais, se for
de produção relevante, o somatório de todos os custos
necessários à sua aquisição e colocação em
condições e no local pronto a ser usado.

b) Pelo reconhecimento de ativos biológicos de produção


nascidos na produção por aplicação do método do custo
Débito Crédito Valor
372 – Ativos biológicos 734 – Variações nos Somatório de todos os custos necessários
de produção inventários de produção ao seu nascimento e que já foram
de ativos biológicos registados em contas da classe 6
FECHO DE CONTAS 2015 272
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3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.2 ATIVOS BIOLÓGICOS
Aspetos de natureza contabilística (NCRF 17)
Contabilização ativos biológicos de produção (MÉTODO DO CUSTO)
c) A depreciação deverá ser registada em função da vida útil do
bem
Débito Crédito Valor
644 – Gastos de depreciação e de 3728 – Depreciações acumuladas Pelo registo da depreciação do
amortização – Ativos Biológicos de – Ativos biológicos mensurados ativo biológico de produção
produção mensurados ao custo ao custo mensurado ao custo

d) A imparidade deve atender ao preconizado na NCRF 12 -


Imparidades
Débito Crédito Valor
659 – Perdas por imparidade – 3729 – Imparidades acumuladas Pelo registo da imparidade do ativo
Ativos Biológicos de produção – Ativos biológicos mensurados biológico de produção mensurado ao
mensurados ao custo ao custo custo

FECHO DE CONTAS 2015 273

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3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.2 ATIVOS BIOLÓGICOS
Aspetos de natureza contabilística (NCRF 17)
Contabilização ativos biológicos de produção (MÉTODO DO CUSTO)
e) Alienação de ativos biológicos de produção
Débito Crédito Valor
3728 – Depreciações 7871 – Rendimentos e ganhos em investimentos Pelo
acumuladas – Ativos biológicos não financeiros por alienação de ativos biológicos desreconheci
mensurados ao custo de produção, ou mento das
6871 – Gastos e perdas em investimentos não depreciações
financeiros por alienação de ativos biológicos registadas

3729 – Imparidades acumuladas 7871 – Rendimentos e ganhos em investimentos Pelo


– Ativos biológicos mensurados não financeiros por alienação de ativos biológicos desreconheci
ao custo de produção, ou mento de
6871 – Gastos e perdas em investimentos não eventuais
financeiros por alienação de ativos biológicos imparidade
registadas
FECHO DE CONTAS 2015 274
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3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.2 ATIVOS BIOLÓGICOS
Aspetos de natureza contabilística (NCRF 17)
Contabilização ativos biológicos de produção (MÉTODO DO CUSTO)
e) Alienação de ativos biológicos de produção
Débito Crédito Valor
7871 – Rendimentos e ganhos em 372 – Ativos biológicos de produção Pelo
investimentos não financeiros por desreconheci
alienação de ativos biológicos de mento do
produção, ou ativo
6871 – Gastos e perdas em biológico de
investimentos não financeiros por produção
alienação de ativos biológicos
27 – Outras contas a receber / 1 – 7871 – Rendimentos e ganhos em investimentos não Pelo valor da
Meios financeiros líquidos financeiros por alienação de ativos biológicos de venda
produção, ou
6871 – Gastos e perdas em investimentos não
financeiros por alienação de ativos biológicos
FECHO DE CONTAS 2015 275

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3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.2 ATIVOS BIOLÓGICOS
Aspetos de natureza contabilística (NCRF 17)
Contabilização ativos biológicos de produção (MÉTODO DO CUSTO)
f) Abate de ativos biológicos de produção
Débito Crédito Valor
3728 – Depreciações acumuladas – Ativos Pelo desreconhecimento
biológicos mensurados ao custo das depreciações
6873 – Gastos e perdas em registadas
investimentos não financeiros por
3729 – Imparidades acumuladas – Ativos alienação de ativos biológicos Pelo desreconhecimento
biológicos mensurados ao custo de eventuais
imparidades registadas

6873 – Gastos e perdas em investimentos 372 – Ativos biológicos de produção Pelo desreconhecimento
não financeiros por alienação de ativos do ativo biológico de
biológicos produção

FECHO DE CONTAS 2015 276


INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.2 ATIVOS BIOLÓGICOS

Aspetos de natureza contabilística (NCRF 17)


Contabilização ativos biológicos de produção (MÉTODO DO CUSTO)
g) Reconhecimento de ativos biológicos de produção nascidos na
produção por aplicação do método do custo

Débito Crédito Valor


372 – Ativos biológicos 734 – Variações nos Somatório de todos os custos necessários
de produção inventários de produção de ao seu nascimento e que já foram
ativos biológicos registados em contas da classe 6

FECHO DE CONTAS 2015 277

INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.2 ATIVOS BIOLÓGICOS

Aspetos de natureza contabilística (NCRF 17)


Contabilização ativos biológicos consumíveis

FECHO DE CONTAS 2015 278


INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.2 ATIVOS BIOLÓGICOS

Aspetos de natureza contabilística (NCRF 17)


Contabilização ativos biológicos consumíveis
a) Pela aquisição dos ativos biológicos consumíveis

Débito Crédito Valor


313 – Compra de ativos 22 – Fornecedores / 1 – Meios Pelo valor de aquisição
biológicos Financeiros Líquidos
613 – Custo das 313 – Compra de ativos biológicos Pelo reconhecimento do custo
mercadorias vendidas e das compras
das matérias consumidas
de ativos biológicos
371 – Ativos Biológicos 734 – Variação nos Inventários da Pelo reconhecimento do ativo
Consumíveis produção – Ativos biológicos biológico

FECHO DE CONTAS 2015 279

INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.2 ATIVOS BIOLÓGICOS
Aspetos de natureza contabilística (NCRF 17)
Contabilização ativos biológicos consumíveis
b) Ajustamentos de mensuração a cada data de balanço

Débito Crédito Valor


371 – Ativos biológicos 774 – Ganhos por aumentos de Pelo ajustamento em cada
consumíveis justo valor data de balanço (aumento
JV)
664 – Perdas por redução do 371 – Ativos biológicos Pelo ajustamento em cada
justo valor consumíveis data de balanço (diminuição
JV)

FECHO DE CONTAS 2015 280


INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.2 ATIVOS BIOLÓGICOS
Aspetos de natureza contabilística (NCRF 17)
Contabilização ativos biológicos consumíveis
c) Pelo nascimento na data do nascimento (justo valor)

Débito Crédito Valor


371 – Ativos biológicos 774 – Ganhos por aumentos de Pelo ajustamento em cada
consumíveis justo valor data de balanço (aumento
JV)

FECHO DE CONTAS 2015 281

INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.2 ATIVOS BIOLÓGICOS

Aspetos de natureza contabilística (NCRF 17)


Contabilização produto agrícola

FECHO DE CONTAS 2015 282


INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.2 ATIVOS BIOLÓGICOS
Aspetos de natureza contabilística (NCRF 17)
Contabilização do produto agrícola
a) Pelo reconhecimento aquando da colheita (aplicação do justo
valor)

Débito Crédito Valor


34 – Produtos acabados e 774 - Ganhos por aumentos de justo Pelo justo valor da colheita
intermédios - produtos valor – Em ativos biológicos ou 73-
agrícolas Variações nos inventários produção
– Ativos biológicos

FECHO DE CONTAS 2015 283

INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.2 ATIVOS BIOLÓGICOS
Aspetos de natureza contabilística (NCM)
MICROENTIDADES
Os ativos biológicos de produção são reconhecidos como ativos
fixos tangíveis (7.2 da NCM)
Logo são depreciáveis
Os ativos biológicos consumíveis e os produtos agrícolas são
reconhecidos como inventários (11.2 da NCM)

Mudanças para estas entidades face ao POC:


Reconhecimento e enquadramento fiscal dos ativos biológicos de
produção: sem alterações
Mensuração e enquadramento fiscal dos ativos biológicos consumíveis:
admissão do valor realizável líquido - preços de venda dos
produtos colhidos de ativos biológicos no momento da colheita,
deduzidos dos custos estimados no ponto de venda, excluindo os de
transporte e outros necessários para colocar os produtos no mercado
FECHO DE CONTAS 2015 284
INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.2 ATIVOS BIOLÓGICOS
Aspetos de natureza fiscal (ativos biológicos de produção)
a) Modelo do custo
No caso de o ativo ser mensurado pelo modelo do custo, as depreciações
praticadas serão fiscalmente dedutíveis, na medida em que, do elenco
dos ativos sujeitos a deperecimento para efeitos fiscais – n.º 1 do artigo 1.º do
DR 25/2009 –, constam os ativos biológicos não consumíveis (ou seja, aqueles
em relação aos quais é permitida a aplicação do modelo do custo a que acima
se fez referência).
A introdução dos ativos biológicos no elenco dos elementos passíveis de
serem depreciados para efeitos fiscais foi efetuada com a Lei do Orçamento
do Estado para 2012 (Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro).
Depreciações de 2010 e 2011: tratamento fiscal das depreciações
praticadas contabilisticamente nos exercícios de 2010 e 2011 (e não
deduzidas fiscalmente), dado que só a partir de 2012 as mesmas passaram a
ser dedutíveis para efeitos fiscais.
Aceitação como gasto nos períodos de tributação seguintes, na medida em que
não se excedam as quotas máximas de depreciação fixadas: Despacho de 2012-
01-26, do Subdiretor-Geral ao Processo 2011 004106
FECHO DE CONTAS 2015 285

INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.2 ATIVOS BIOLÓGICOS
Aspetos de natureza fiscal (ativos biológicos de produção)
b) Modelo do justo valor
Regra: justo valor desconsiderado
Os ganhos ou perdas decorrentes do uso do modelo do justo valor no
caso de ativos biológicos de produção, são incluídos nos resultados do
período em que ocorrem. Contudo as variações de justo valor não
relevam para efeitos fiscais (artigo 18.º n.º9 CIRC)
Abate ou deduz no Q 07
Acrescer campo 713

Deduzir campo 759

Mais ou menos valias: As mais ou menos valias são apuradas com base no
custo histórico e não com base no valor de balanço
FECHO DE CONTAS 2015 286
INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.2 ATIVOS BIOLÓGICOS
Aspetos de natureza fiscal (ativos biológicos de produção)
Ativos biológicos não consumíveis (regime fiscal: novidade da Lei 2/2014
Reforma do IRC)
Artigo 45.º A do CIRC n.º3
3 - O custo de aquisição dos ativos biológicos não consumíveis, que sejam
subsequentemente mensurados ao justo valor, é aceite como gasto para efeitos
fiscais, em partes iguais, durante o período de vida útil que se deduz da quota
mínima de depreciação que seria fiscalmente aceite caso esse ativo
permanecesse reconhecido ao custo de aquisição.
Este regime aplicável aos ABP referidos no n.º3 do art.º 45-A, aplica-se de
imediato mesmo aos bens existentes, pelo nº de anos que faltar para
completar o período apurado em função da taxa mínima a partir de 1/1/2014
(art.º 12º da Lei nº 2/2014 de 16/1).
Neste caso deduz-se no Q07 este montante (campo 792): aceita-se a
existência de uma “depreciação” fiscal mesmo não existindo depreciação
contabilística

FECHO DE CONTAS 2015 287

INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.2 ATIVOS BIOLÓGICOS

Aspetos de natureza fiscal (ativos biológicos de produção)


Ativos biológicos não consumíveis (regime do reinvestimento)
Art.º 46.º n. 1 a) e art.º 48.º CIRC
As vendas de ativos biológicos não consumíveis (de produção), originam, a nível
fiscal, uma mais ou menos valia fiscal, sujeita ao regime das mais e menos valias
fiscais (art.º 46.º, n.º 1) e em relação a esta situação poder-se-á aproveitar do
beneficio do reinvestimento dos valores de realização previsto no art.º 48.º
do CIRC.
Tributação das mais valias fiscais:
100% da mais valia fiscal, ou
Se manifestar a intenção de reinvestir o valor de realização:
50% da mais valia fiscal, nas seguintes condições:
Ativos detidos por período não inferior a 1 ano;
Investimento concretizado nos anos anterior, no próprio ano da
venda, ou nos dois anos seguintes
Reinvestimento em AFT,AI e ABP
FECHO DE CONTAS 2015 288
INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.2 ATIVOS BIOLÓGICOS
Aspetos de natureza fiscal (ativos biológicos consumíveis)
Ganhos ou perdas decorrentes da aplicação do justo valor
Regra: justo valor aceite
Os ganhos e perdas resultantes da aplicação do justo valor nos ativos
biológicos consumíveis concorrem para a formação do lucro tributável
(conforme aliena g) do n.º 1 do artigo 20.º e alínea k) do n.º 1 do artigo
23.º do Código do IRC).
Exceção: explorações silvícolas plurianuais para as quais se mantém o
regime fiscal anterior (artigo 18.º n.º 7 do Código do IRC), dado estas se
caracterizarem pela existência de longos ciclos de exploração.
Aspetos de natureza fiscal (produto agrícola)
Artigo 26.º Inventários
Produtos agrícolas colhidos de ativos biológicos:
São mensurados ao preço de venda no momento da colheita, deduzido de
custos estimados no ponto de venda, excluindo os de transporte e outros
necessários para colocar os produtos no mercado
FECHO DE CONTAS 2015 289

INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.3 INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS
3.3.2 ATIVOS BIOLÓGICOS
Equipamentos biológicos (conceito)
Equipamentos biológicos
436 - Equipamentos biológicos
São ativos fixos tangíveis.
Serão registados nesta conta os animais e plantas vivos que reúnam
os requisitos de reconhecimento como investimento e que não se
enquadrem na NCRF 17 - Agricultura.
Exemplo: Cavalo de circo, tigre da malásia equilibrista

FECHO DE CONTAS 2015 290


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

FECHO DE CONTAS DE 2015


3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS
3.4 Investimentos

FECHO DE CONTAS 2015 291

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

CLASSE 4- INVESTIMENTOS (SNC)

41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS
42 PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
44 ATIVOS INTANGÍVEIS
45 INVESTIMENTOS EM CURSO
46 ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA
INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS

Investimentos
Aspetos gerais
Classe 4 – Investimentos
Esta classe inclui os bens detidos com continuidade ou permanência e
que não se destinem a ser vendidos ou transformados no
decurso normal das operações da entidade, quer sejam de sua
propriedade, quer estejam em regime de locação financeira.
Bens não destinados a venda ou transformação
Período superior a um ano

FECHO DE CONTAS 2015 293

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS

Investimentos
Aspetos gerais
Contas a utilizar:
41 Investimentos financeiros
42 Propriedades de investimento
43 Ativos fixos tangíveis
44 Ativos intangíveis
45 Investimentos em curso
46 Ativos não correntes detidos para venda

FECHO DE CONTAS 2015 294


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

FECHO DE CONTAS DE 2015


3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS
3.4 Investimentos

3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS

FECHO DE CONTAS 2015 295

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Investimentos Financeiros
Fecho das contas
Obrigatoriedade de utilização do MEP nas participações em
associadas e subsidiárias (só em casos excecionais se aplica o custo)
Obrigatoriedade de obtenção das demonstrações financeiras das
participadas (obtenção também da Certificação Legal das Contas se
sujeitas a revisão)
Necessidade de validar a propriedade e a % da participação
financeira
Analisar recuperabilidade do investimento bem como dos
empréstimos de financiamento (se necessário constituir perdas por
imparidade)

FECHO DE CONTAS 2015 296


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Aspetos de natureza contabilística


Conceitos gerais
CONCEITO DE INVESTIMENTO FINANCEIRO
Ativo detido por uma entidade para aumento de riqueza
pela distribuição de juros ou dividendos,
pela valorização de capital a médio e longo prazo,
ou por outros benefícios para a empresa investidora, tais
como os obtidos pela influência significativa ou controlo
(conjunto ou exclusivo) que possa exercer sobre outra
entidade.

FECHO DE CONTAS 2015 297

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Aspetos de natureza contabilística


Conceitos gerais
Classificação dos ativos, segundo a NCRF 1 – Estrutura e conteúdo
das demonstrações financeiras:
A) Correntes
Quando seja realizado, ou se pretenda que seja vendido ou consumido,
no decurso normal do ciclo operacional da entidade; ou
Quando esteja detido essencialmente para a finalidade de ser
negociado; ou
Quando se espera que seja realizado num período até doze meses
após a data do balanço; ou
Quando se tratar de caixa ou equivalente de caixa, a menos que lhe
seja limitada a troca ou uso para liquidar um passivo durante pelo
menos doze meses após a data do balanço.
B) Não correntes
Quando não for classificado como corrente
FECHO DE CONTAS 2015 298
INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Aspetos de natureza contabilística


Conceitos gerais (contas a utilizar)
41 Investimentos financeiros *
411 Investimentos em subsidiárias
4111 Participações de capital - método da equivalência patrimonial
4112 Participações de capital - outros métodos
4113 Empréstimos concedidos
... ...
412 Investimentos em associadas
4121 Participações de capital - método da equivalência patrimonial
4122 Participações de capital - outros métodos
4123 Empréstimos concedidos
....
413 Investimentos em entidades conjuntamente controladas
4131 Participações de capital - método da equivalência patrimonial
4132 Participações de capital - outros métodos
4133 Empréstimos concedidos
... ...
FECHO DE CONTAS 2015 299

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Aspetos de natureza contabilística


Conceitos gerais (contas a utilizar)
414 Investimentos noutras empresas
4141 Participações de capital
4142 Empréstimos concedidos
... ...
... ...

415 Outros investimentos financeiros


4151 Detidos até à maturidade
……
4158 Outros

... ...
419 Perdas por imparidade acumuladas *

FECHO DE CONTAS 2015 300


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Aspetos de natureza contabilística


Conceitos gerais (contas a utilizar)
57 Ajustamentos em ativos financeiros *
571 Relacionados com o método da equivalência patrimonial
5711 Ajustamentos de transição *
5712 Lucros não atribuídos *
5713 Decorrentes de outras variações nos capitais próprios das participadas
65 Perdas por imparidade
653 Em investimentos financeiros
66 Perdas por reduções de justo valor
662 Em investimentos financeiros
76 Reversões
762 De perdas por imparidade
7623 Em investimentos financeiros
77 Ganhos por aumentos de justo valor
772 Em investimentos financeiros

FECHO DE CONTAS 2015 301

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS
Aspetos de natureza contabilística
Conceitos gerais (apresentação no balanço)

FECHO DE CONTAS 2015 302


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS
Aspetos de natureza contabilística
Conceitos gerais
TIPOLOGIA DOS INVESTIMENTOS FINANCEIROS
No SNC, as ligações entre empresas, são tratadas ao nível das seguintes
normas:
NCRF 13 - Interesses em Empreendimentos Conjuntos e Investimentos em
Associadas
NCRF 14 - Concentrações de atividades empresariais
NCRF 15 - Investimentos em Subsidiárias e Consolidação
NCRF 12 — Imparidade de ativos

Assim, poderemos ter participações de capital em:


SUBSIDIÁRIAS
ASSOCIADAS
ENTIDADES CONJUNTAMENTE CONTROLADAS
OUTRAS ENTIDADES
FECHO DE CONTAS 2015 303

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Aspetos de natureza contabilística


Participações em subsidiárias, associadas e ECC
SUBSIDIÁRIAS
Subsidiária: é uma entidade (aqui se incluindo entidades não
constituídas em forma de sociedade, como, p. ex., as parcerias) que
é controlada por uma outra entidade (designada por empresa-
mãe)
Empresa-mãe: é uma entidade que detém uma ou mais subsidiárias.
Controlo: é o poder de gerir as políticas financeiras e operacionais de
uma entidade ou de uma atividade económica a fim de obter benefícios
da mesma
Grupo: é constituído por uma empresa-mãe e todas as suas subsidiárias

FECHO DE CONTAS 2015 304


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS
Aspetos de natureza contabilística
Participações em subsidiárias, associadas e ECC
Subsidiárias (presunção de controlo)
Presume-se existência de controlo quando uma entidade (NCRF 15):
adquire mais de metade dos direitos de voto da outra entidade, a
menos que seja possível demonstrar que essa propriedade não
constitui controlo (+50%)
mesmo que não adquira mais de metade dos direitos de voto de
outra entidade pode obter o seu controlo se obtiver:
(a) Poder sobre mais de metade dos direitos de voto da outra entidade em
virtude de um acordo com outros investidores; ou
(b) Poder para gerir as políticas financeiras e operacionais da outra entidade
segundo uma cláusula estatutária ou um acordo; ou
(c) Poder para nomear ou demitir a maioria dos membros do órgão de
gestão da outra entidade; ou
(d) Poder de agrupar a maioria de votos nas reuniões do órgão de gestão da
outra entidade
FECHO DE CONTAS 2015 305

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Aspetos de natureza contabilística


Participações em subsidiárias, associadas e ECC
ASSOCIADAS
Associada: é uma entidade (aqui se incluindo as entidades que não
sejam constituídas em forma de sociedade, como, p. ex., as
parcerias) sobre a qual o investidor tenha influência significativa e
que não seja nem uma subsidiária nem um interesse num
empreendimento conjunto;
Influência significativa: é o poder de participar nas decisões das
políticas financeira e operacional da investida ou de uma atividade
económica, mas que não é controlo nem controlo conjunto sobre essas
políticas. A influência significativa pode ser obtida por posse de ações,
estatuto ou acordo.

FECHO DE CONTAS 2015 306


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS
Aspetos de natureza contabilística
Participações em subsidiárias, associadas e ECC
ASSOCIADAS (presunção de influência significativa NCRF 13)
Se o investidor detiver, direta ou indiretamente (por exemplo,
através de subsidiárias), 20% ou mais do poder de voto na investida,
presume-se que tem influência significativa, a menos que o
contrário possa ser claramente demonstrado.
Se o investidor detiver, direta, ou indiretamente (por exemplo,
através de subsidiárias), menos de 20% do poder de voto na
investida, presume-se que não tem influência significativa, a menos
que o contrário possa ser claramente demonstrado. A existência de
outro investidor, que detenha uma participação maioritária ou
substancial, não impede necessariamente que se exerça influência
significativa
FECHO DE CONTAS 2015 307

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Aspetos de natureza contabilística


Participações em subsidiárias, associadas e ECC
ASSOCIADAS (presunção de influência significativa NCRF 13)
A existência de influência significativa por parte de um investidor é
geralmente evidenciada por uma ou mais das seguintes formas.
(a) Representação no órgão de direção ou órgão de gestão equivalente da
investida;
(b) Participação em processos de decisão de políticas, incluindo a
participação em decisões sobre dividendos e outras distribuições;
(c) Transações materiais entre o investidor e a investida;
(d) Intercambio de pessoal de gestão; ou
(e) Fornecimento de informação técnica essencial

FECHO DE CONTAS 2015 308


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Aspetos de natureza contabilística


Participações em subsidiárias, associadas e ECC
ENTIDADES CONJUNTAMENTE CONTROLADAS (NCRF 13)
Empreendimento conjunto: é uma atividade económica
empreendida por dois ou mais parceiros, sujeita a controlo
conjunto destes mediante um acordo contratual.

Os empreendimentos conjuntos podem assumir as seguintes


formas:
Operações conjuntamente controladas;
Ativos conjuntamente controlados; e
Entidades conjuntamente controladas

FECHO DE CONTAS 2015 309

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS
Aspetos de natureza contabilística
Participações em subsidiárias, associadas e ECC
ENTIDADES CONJUNTAMENTE CONTROLADAS (NCRF 13)
Entidades conjuntamente controladas: envolvem o estabelecimento de
uma sociedade, de uma parceria ou de uma entidade em que cada
empreendedor tenha um interesse. A entidade opera da mesma forma que
outras, um acordo contratual entre os empreendedores estabelece o
controlo conjunto da sua atividade económica.
Distingue-se dos restantes empreendimentos conjuntos por pressupor a
existência de uma entidade separada que pode ser uma sociedade
ou não.
Controlo conjunto: é a partilha de controlo, acordada contratualmente,
de uma atividade económica, e existe apenas quando as decisões
estratégicas, financeiras e operacionais, relacionadas com a atividade,
exigem o consentimento unânime das partes que partilham o controlo
(os empreendedores).
FECHO DE CONTAS 2015 310
INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS
Aspetos de natureza contabilística
Participações em subsidiárias, associadas e ECC
Notas de enquadramento à conta 41 (SNC) Mensuração investimentos financeiros

Participações Nas contas individuais Nas contas


consolidadas

Em subsidiárias Por regra método da Método da consolidação


equivalência patrimonial integral
Em associadas Por regra método da Método da equivalência
equivalência patrimonial patrimonial
Em empreendimentos Método da consolidação Método da consolidação
conjuntos (entidades proporcional ou método da proporcional
conjuntamente equivalência patrimonial
controladas)
Noutras entidades Método do custo/ método Método do custo/ método
(abaixo 20%) do justo valor (conta14) do justo valor

FECHO DE CONTAS 2015 311

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Aspetos de natureza contabilística


Participações em subsidiárias, associadas e ECC
Notas de enquadramento à conta 41 (SNC)

De acordo com o método da equivalência patrimonial, o


custo de aquisição de uma participação será acrescido ou
reduzido:
Da quantia correspondente à proporção nos resultados líquidos da
entidade participada;
Da quantia correspondente à proporção noutras variações nos capitais
próprios da entidade participada;
Da quantia dos lucros distribuídos à participação; e
Da quantia da cobertura de prejuízos que tenha sido deliberada.

FECHO DE CONTAS 2015 312


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS
Aspetos de natureza contabilística
Participações em subsidiárias, associadas e ECC
Notas de enquadramento à conta 41 (SNC)
A participação numa entidade conjuntamente controlada poderá ser
mensurada ou pelo método da consolidação proporcional ou pelo
método da equivalência patrimonial se o empreendedor não tiver de
elaborar contas consolidadas. Se o empreendedor elaborar contas
consolidadas, então terá de, nas suas contas individuais, mensurar a
participação na entidade conjuntamente controlada pelo método da
equivalência patrimonial.
Aquando da primeira aplicação do método da equivalência
patrimonial, devem ser atribuídas às partes de capital as quantias
correspondentes à fracção dos capitais próprios que elas representavam no
início do período, por contrapartida da conta 5711 - Ajustamentos em
ativos financeiros - Relacionados com o método da equivalência
patrimonial - Ajustamentos de transição.
FECHO DE CONTAS 2015 313

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Aspetos de natureza contabilística


Participações em subsidiárias, associadas e ECC
O método da equivalência patrimonial
O método da equivalência patrimonial é definido pela NCRF 13 como o
método de contabilização pelo qual o investimento ou interesse é
inicialmente reconhecido pelo custo e, posteriormente, ajustado
em função das alterações verificadas, após a aquisição, na quota-
parte do investidor ou do empreendedor nos ativos líquidos da investida
ou da entidade conjuntamente controlada. Os resultados do investidor ou
empreendedor incluem a parte que lhe corresponda nos resultados da
investida ou da entidade conjuntamente controlada.

FECHO DE CONTAS 2015 314


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Aspetos de natureza contabilística


Participações em subsidiárias, associadas e ECC
O método da equivalência patrimonial
O investimento é inicialmente registado pelo seu custo, mas as
participações financeiras são subsequentemente ajustadas, em cada
período, pelas alterações ocorridas no capital próprio das participadas.

Contrariamente ao método de custo, o valor do investimento é, em cada


balanço, alterado, tendo em conta as variações nos capitais próprios da
investida e, em particular, os lucros ou prejuízos da investida.

O principal argumento para o uso deste método é que o


investimento evidenciado nas demonstrações financeiras da
investidora está de acordo com a quota-parte da investidora nos
capitais próprios da investida.

FECHO DE CONTAS 2015 315

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Aspetos de natureza contabilística


Participações em subsidiárias, associadas e ECC
O método da equivalência patrimonial
O MEP aplica-se ás entidades que adotem:
IAS / IFRS
NCRF 28 normas
NCRF-PE
NCRF-ENSL

Não se aplica às Microentidades, que independentemente da


participação detida mensuram ao custo as suas participações
financeiras.
FECHO DE CONTAS 2015 316
INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS
Aspetos de natureza contabilística
Participações em subsidiárias, associadas e ECC
O método da equivalência patrimonial: Apresentam-se abaixo os
lançamentos a efectuar nas principais alterações ao capital próprio das participadas
Natureza da alteração Débito Crédito
Lucro do exercício 41X1 – Participações 7851 – Rendimentos e
financeiras – MEP ganhos
Prejuízo do exercício 6852 – Gastos e perdas 41X1 - Participações
financeiras – MEP
Revalorização 41X1 - Participações 5713 – Capital Próprio
financeiras – MEP
Lucros atribuídos à participação 2xx – Lucros atribuídos 41X1 - Participações
financeiras – MEP
Colocação dos lucros à disposição 2xy – Lucros Disponíveis 2xx – Lucros atribuídos

Recebimento dos lucros 12 – D. Ordem 2xy – Lucros Disponíveis

FECHO DE CONTAS 2015 317

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS
Aspetos de natureza contabilística
Participações em subsidiárias, associadas e ECC
O método da equivalência patrimonial: Apresentam-se abaixo os
lançamentos a efectuar nas principais alterações ao capital próprio das participadas
Natureza da alteração Débito Crédito
Lucros não atribuídos 56 – Resultados Trans. 5712 – Lucros N. Atrib
(Lucros imputados > lucros atribuídos) (Art. 32.º CSC)
Cobertura de prejuízos pela investidora 41X1 - Participações 12 – D. Ordem
financeiras – MEP
Aumento de capital por incorporação de reservas N/A N/A

Aumento de capital em dinheiro 41X1 - Participações 12 – Depósitos à ordem


financeiras – MEP
Outras Variações positivas no Capital Próprio da Investida 41X1 – Participações 5713 – Capital Próprio
financeiras – MEP
Outras Variações negativas no Capital Próprio da 5713 – Capital Próprio 41X1 - Participações
Investida financeiras – MEP
FECHO DE CONTAS 2015 318
INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

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3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Aspetos de natureza contabilística


Participações em subsidiárias, associadas e ECC
CASO PRÁTICO 1 (Enunciado)*
Em 10 de Janeiro de N a sociedade A constituiu com outros
parceiros uma sociedade B, tendo subscrito e realizado 30% do
capital social da sociedade B, o qual ascende a 500 000 euros.
No exercício N a sociedade B teve um prejuízo de 300.000 euros. Em
N+1 apurou um lucro de 450.000 euros. Em N+2 o lucro foi de
250.000 euros, distribuiu dividendos de 50.000 euros relativos ao
lucro de N+1 e efetuou uma revalorização dos seus ativos fixos
tangíveis da qual resultou uma variação patrimonial positiva de 90
000 euros.
Proceda à contabilização do investimento pelo método da equivalência
patrimonial.
* Adaptado de Rodrigues, J. (2009). Sistema de Normalização Contabilística (1ª ed.). Lisboa:
Porto Editora
FECHO DE CONTAS 2015 319

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

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3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS
Aspetos de natureza contabilística
Participações em subsidiárias, associadas e ECC
CASO PRÁTICO 1 (Resolução – Lançamentos em N)
Pela constituição da sociedade B
Débito - Conta 4121 - Investimentos em associadas participações de capital -
método da equivalência patrimonial 150.000
Crédito - Conta 12 - Depósitos à ordem (500 000 x 30%) 150.000

Pela quota-parte no prejuízo do ano


Débito - Conta 6852 - Gastos e perdas em subsidiárias, associadas e
empreendimentos conjuntos - aplicação do método da equivalência patrimonial
(300.000 x 30%) 90.000
Credito - Conta 4121 - Investimentos em associadas participações de capital -
método da equivalência patrimonial 90.000
FECHO DE CONTAS 2015 320
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3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS
Aspetos de natureza contabilística
Participações em subsidiárias, associadas e ECC
CASO PRÁTICO 1 (Resolução – Lançamentos em N+1)
Pela quota-parte no lucro do ano
Débito - Conta 4121 - Investimentos em associadas participações de capital
- método da equivalência patrimonial 135.000
Crédito - Conta 7852 - Rendimentos e ganhos em subsidiárias, associadas e
empreendimentos conjuntos aplicação do método da equivalência
patrimonial (450.000 x 30%) 135.000

FECHO DE CONTAS 2015 321

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

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3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS
Aspetos de natureza contabilística
Participações em subsidiárias, associadas e ECC
CASO PRÁTICO 1 (Resolução – Lançamentos em N+2)
Dividendos recebidos (50.000€ x 30%)
Débito - Conta 12 - Depósitos à ordem 15.000
Crédito - Conta 4121 - Investimentos em associadas participações de capital
- método da equivalência patrimonial 15.000
Transferência para lucros não atribuídos dos resultados líquidos
reconhecidos pelo método da equivalência patrimonial
(-90.000+135.000-15.000)
Débito - Conta 56 - Resultados transitados 30.000
Crédito - Conta 5712 - Lucros não atribuídos 30.000

FECHO DE CONTAS 2015 322


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS
Aspetos de natureza contabilística
Participações em subsidiárias, associadas e ECC
CASO PRÁTICO 1 (Resolução – Lançamentos em N+2)
Pela quota-parte no lucro do ano (250.000€ x 30%)
Débito - Conta 4121 - Investimentos em associadas - participações de capital
- método da equivalência patrimonial 75.000
Crédito - Conta 7852 - Rendimentos e ganhos em subsidiárias, associadas e
empreendimentos conjuntos – aplicação do método da equivalência
patrimonial (250 000 x 30%) 75.000
Pela revalorização (90.000€ x 30%)
Débito - Conta 4121 - Investimentos em associadas - participações de
capital - método da equivalência patrimonial 27.000
Crédito - Conta 5713 - Ajustamentos relacionados com o método da
equivalência patrimonial - decorrentes de outras variações nos capitais
próprios das participadas 27.000
FECHO DE CONTAS 2015 323

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Aspetos de natureza contabilística


Participações em subsidiárias, associadas e ECC
O método da equivalência patrimonial
GOODWILL
Se C.A. > J.V. ativos líquidos adquiridos => GOODWILL POSITIVO
GOODWILL é determinado e tratado segundo a NCRF 14 –
Concentrações de atividades empresariais
Implícito no Investimento Financeiro e não é amortizado
Porque incluído na quantia escriturada do investimento, não ser
reconhecido em rubrica específica, o teste de imparidade incide sobre a
quantia escriturada do investimento, como um todo, ao abrigo das
disposições da NCRF 12.
Se C.A. < J.V. ativos líquidos adquiridos => GOODWILL NEGATIVO OU
BADWILL
RENDIMENTO do período em que é adquirido

FECHO DE CONTAS 2015 324


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Aspetos de natureza contabilística


Participações em subsidiárias, associadas e ECC
O método da equivalência patrimonial
GOODWILL
Goodwill: corresponde a benefícios económicos futuros
resultantes de ativos que não são capazes de ser individualmente
identificados e separadamente reconhecidos

Goodwill = Custo de aquisição – Interesse no JV dos ativos,


passivos e passivos contingentes identificáveis de acordo com o §
23 da NCRF 14

FECHO DE CONTAS 2015 325

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS
Aspetos de natureza contabilística
Participações em subsidiárias, associadas e ECC
Caso prático 2 (*)
A entidade SNC, S.A. adquiriu, em mercado organizado, em Abril do período N,
ações representativas de 70,00% do capital da entidade Subsidiária, S.A., com
desembolso, imediato, através de transferência bancária, de 500.000,00 €,
configurando uma situação de controlo
À data de aquisição, o valor do capital próprio da entidade Subsidiária, S.A. era igual
a 600.000,00 €, tendo sido identificado um prédio rústico, mensurado por
50.000,00 €, mas cujo justo valor foi determinado em 100.000,00 €.
Assim, a entidade SNC, S.A. procedeu ao cálculo da diferença entre o custo do
investimento e a sua parte no justo valor líquido dos ativos, passivos e passivos
contingentes identificáveis da entidade Subsidiária, S.A.
(*) Retirado de Manual de Formação à Distancia CTOC Curso DIS1609 SNC - ACTIVOS NÃO CORRENTES
FECHO DE CONTAS 2015 326
INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS
Aspetos de natureza contabilística
Participações em subsidiárias, associadas e ECC
Caso prático 2
Custo do investimento = 500.000,00 €
Parte no justo valor líquido dos ativos, passivos e passivos contingentes
identificáveis da entidade Subsidiária, S.A. = [ 600.000,00 € + ( 100.000,00 € -
50.000,00 € ) ] * 70,00% = 455.000,00 €
Diferença entre o custo do investimento e a parte no justo valor líquido dos ativos,
passivos e passivos contingentes identificáveis da entidade Subsidiária, S.A. =
500.000,00 € - 455.000,00 € = 45.000,00 € (goodwill implícito)
Em conformidade com a adoção do método da equivalência patrimonial, a entidade
SNC, S.A. procedeu à seguinte contabilização

FECHO DE CONTAS 2015 327

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS
Aspetos de natureza contabilística
Participações em subsidiárias, associadas e ECC
Caso prático 3 (*) altera o valor do CP da subsidiária
A entidade SNC, S.A. adquiriu, em mercado organizado, em Abril do período N,
ações representativas de 70,00% do capital da entidade Subsidiária, S.A., com
desembolso, imediato, através de transferência bancária, de 500.000,00 €,
configurando uma situação de controlo
À data de aquisição, o valor do capital próprio da entidade Subsidiária, S.A. era igual
a 700.000,00 €, tendo sido identificado um prédio rústico, mensurado por
50.000,00 €, mas cujo justo valor foi determinado em 100.000,00 €.
Assim, a entidade SNC, S.A. procedeu ao cálculo da diferença entre o custo do
investimento e a sua parte no justo valor líquido dos ativos, passivos e passivos
contingentes identificáveis da entidade Subsidiária, S.A.
(*) Retirado de Manual de Formação à Distancia CTOC Curso DIS1609 SNC - ACTIVOS NÃO CORRENTES
FECHO DE CONTAS 2015 328
INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS
Aspetos de natureza contabilística
Participações em subsidiárias, associadas e ECC
Caso prático 3
Custo do investimento = 500.000,00 €
Parte no justo valor líquido dos ativos, passivos e passivos contingentes identificáveis da
entidade Subsidiária, S.A. = [ 700.000,00 € + ( 100.000,00 € - 50.000,00 € ) ] * 70,00% =
525.000,00 €
Diferença entre o custo do investimento e a parte no justo valor líquido dos ativos, passivos
e passivos contingentes identificáveis da entidade Subsidiária, S.A. = 500.000,00 € -
525.000,00 € = (25.000,00 €) Goodwill negativo
Em conformidade com a adoção do método da equivalência patrimonial, a entidade SNC,
S.A. procedeu à seguinte contabilização

FECHO DE CONTAS 2015 329

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Aspetos de natureza contabilística


Participações em subsidiárias, associadas e ECC
Será aconselhável, quando se adotar o MEP a conta de Investimentos
Financeiros ser segregada em três rúbricas distintas:
1ª: será sempre igual à % de participação da investidora nos capitais
próprios da investida
2ª: será igual à percentagem de participação da investidora na diferença
entre os ativos e passivos contabilísticos e os justos valores dos ativos e
passivos e dos passivos contingentes identificados
3ª: Corresponderá ao valor do GOODWILL IMPLÍCITO
No exemplo anterior (caso prático 2) então teríamos:
4111 (1): 420.000€ (600.000€ * 70%)
4111 (2): 35.000€ (50.000€ * 70%)
4111 (3) : 45.000€

FECHO DE CONTAS 2015 330


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Aspetos de natureza contabilística


Participações em subsidiárias, associadas e ECC
O método da equivalência patrimonial: outros aspetos
(perdas relacionadas com o MEP)
Se a parte de um investidor nas perdas de uma associada
igualar ou exceder o seu interesse na associada, o investidor
descontinua o reconhecimento da sua parte de perdas
adicionais (só reconhecido até a participação atingir um valor
nulo)
Importante: manter subcontas para não perder o controlo
contabilístico da participação
Depois de o interesse do investidor ser reduzido a zero, as perdas
adicionais são tidas em conta mediante o reconhecido de um passivo, só
na medida em que o investidor tenha incorrido em obrigações legais ou
construtivas ou tenha feito pagamentos a favor da associada
FECHO DE CONTAS 2015 331

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS
Aspetos de natureza contabilística
Participações em subsidiárias, associadas e ECC
O método da equivalência patrimonial: outros aspetos
(Interrupção da aplicação / obrigatoriedade de utilização)
Obrigatoriedade de utilização do MEP na contabilização das
participações em Associadas e Subsidiárias. A aplicação deste
método só não é efetuada, ou só é interrompida:
Se existirem restrições severas e duradouras que prejudiquem
significativamente a capacidade de transferência de fundos para a empresa
detentora, caso em que deve ser usado o Método do Custo
§42 NCRF 13
§8 NCRF 15
No entanto, as normas exigem explicação no ANEXO
Na prática, empresas terão de esperar pelas contas das participadas, no
sentido de procederem à aplicação do normativo (Artigo 65.º n.º5 CSC
prevê que as empresas que apliquem o MEP possam aprovar contas até
31/05/n+1)
FECHO DE CONTAS 2015 332
INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Aspetos de natureza contabilística


Participações em subsidiárias, associadas e ECC
O método da equivalência patrimonial: perdas por imparidade
Dado que o goodwill incluído na quantia escriturada de um
investimento numa associada não é reconhecido separadamente, a
totalidade da quantia escriturada do investimento é testada quanto a
imparidade segundo a NCRF12 — Imparidade de ativos, o que
consiste em comparar:
a sua QUANTIA ESCRITURADA com
a sua QUANTIA RECUPERÁVEL, que é o maior entre
VALOR DE USO
JUSTO VALOR - CUSTOS PARA VENDER

FECHO DE CONTAS 2015 333

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Aspetos de natureza contabilística


Participações em subsidiárias, associadas e ECC
O método da equivalência patrimonial: perdas por imparidade
Lançamentos:
PERDAS POR IMPARIDADE
653 Perdas por imparidade - em inv. fin.
a 419 … - Perdas por imparidade acumuladas
REVERSÃO DE PERDAS POR IMPARIDADE
419 … - Perdas por imparidade acumuladas
a 7623 Reversões - de perdas por imparidade

QUANTIA ESCRITURADA = CUSTO DE AQUISIÇÃO + / - VARIAÇÕES MEP


– PERDAS POR IMPARIDADE ACUMULADAS

FECHO DE CONTAS 2015 334


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3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Aspetos de natureza contabilística


Participações em subsidiárias, associadas e ECC
O método do Custo
Aplicável a investimentos em associadas, subsidiárias ou
entidades conjuntamente controladas
sempre que existam restrições severas e duradouras que
prejudiquem significativamente a capacidade de transferência
de fundos para a empresa detentora; ou
quando se deixe de exercer a influência significativa.
CUSTO é QUANTIA ESCRITURADA à data da alteração do
método.

QUANTIA ESCRITURADA = CUSTO – PERDAS POR IMPARIDADE


ACUMULADAS

FECHO DE CONTAS 2015 335

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS
Aspetos de natureza contabilística
Participações em subsidiárias, associadas e ECC
O método do custo: Apresentam-se abaixo os principais lançamentos a
efetuar
Operações usuais Débito Crédito
Alteração do MEP para custo 41X2 - Participações financeiras 41X1 - Participações
– Custo financeiras – MEP
Lucros Atribuídos à Participação 2xx Resultados Atribuídos 7922 / 7923 Dividendos
Obtidos
Colocação Lucros à Disposição 2xy lucros Disponíveis 2xx Resultados Atribuídos

Recebimento Lucros 12 – D. Ordem 2xy lucros Disponíveis

Perdas por imparidade 653 – Perdas por imparidade 419 – Perdas Imparidade
Acum.
Reversão perdas por imparidade 419 – Perdas Imparidade Acum. 7623 – Reversões Perdas
Imp.

FECHO DE CONTAS 2015 336


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS
Aspetos de natureza contabilística
Participações em outras empresas
Norma aplicável: NCRF 27 – Instrumentos Financeiros
MENSURAÇÃO

JUSTO VALOR através dos resultados ou


Se o mesmo puder ser determinado com fiabilidade (por exemplo,
se existirem cotações divulgadas publicamente).
Justo Valor é a quantia pela qual um ativo pode ser trocado e um
passivo liquidado, entre partes conhecedoras e dispostas a isso, numa
transação em que não exista relacionamento entre elas.
O ativo é mensurado ao JUSTO VALOR com as variações a serem
imputadas a resultados do período em que ocorram.
Uma entidade não deve incluir os custos de transação na mensuração
inicial de um ativo financeiro que seja mensurado ao justo valor por
contrapartida em resultados.
CUSTO: O ativo é mensurado ao CUSTO – PERDAS POR IMPARIDADE
FECHO DE CONTAS 2015 337

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS
Aspetos de natureza contabilística
Participações em outras empresas
Método do custo: Apresentam-se abaixo os principais lançamentos a
efetuar

Operações usuais Débito Crédito


Lucros Atribuídos à Participação 2xx Resultados 792 Dividendos
Atribuídos Obtidos
Colocação Lucros à Disposição 2xy lucros Disponíveis 2xx Resultados
Atribuídos
Recebimento Lucros 12 – D. Ordem 2xy lucros
Disponíveis
Perdas por imparidade 653 – Perdas por 419 – Perdas
imparidade Imparidade Acum.
Reversão perdas por imparidade 419 – Perdas 7623 – Reversões
Imparidade Acum. Perdas Imp.

FECHO DE CONTAS 2015 338


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Aspetos de natureza fiscal


Impacto Fiscal da aplicação do justo valor
Regra: as variações de justo valor não relevam para efeitos fiscais
(i.e., acresce ou deduz Q 07), exceto quando (nº 9 do art.º 18º CIRC)
Acrescer

Deduzir

Exceção: (ou seja, relevam para efeitos fiscais quando)


Partes de capital não representem direta ou indiretamente uma
participação igual ou superior a 5% do capital social das sociedades
detidas;
Os títulos sejam cotados

FECHO DE CONTAS 2015 339

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Aspetos de natureza fiscal


Efeitos fiscais do MEP- art.º 18 nº 8 do CIRC
Os rendimentos e gastos, assim como quaisquer outras variações
patrimoniais, relevados em consequência da utilização do método da
equivalência patrimonial ou, no caso de empreendimentos conjuntos
que sejam sujeitos passivos de IRC, do método de consolidação
proporcional,
não concorrem para a determinação do lucro tributável,
devendo os rendimentos provenientes dos lucros distribuídos ser
imputados ao período de tributação em que se adquire o direito aos
mesmos

FECHO DE CONTAS 2015 340


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Aspetos de natureza fiscal


Impacto fiscal da utilização do MEP
(artigo 18.º nº8 e artigo 51.º CIRC)
Ganhos (conta 785)-Deduzir Q 07 Campo 758
Perdas (conta 685)-Acrescer Q07 Campo 712
Variações patrimoniais (conta 571)-neutra fiscalmente

Acrescer

Deduzir

FECHO DE CONTAS 2015 341

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS
Aspetos de natureza fiscal
Impacto fiscal da utilização do MEP
(artigo 18.º nº8 e artigo 51.ºCIRC)
Dividendos recebidos
Acrescer Q 07 (campo 712)
Dedução Q07 da eliminação da dupla tributação económica dos
lucros distribuídos (desde que verificadas condições do artigo 51º.
CIRC) campo 771
Não afecta a Resultados.
Acrescer

Deduzir (quando estejam reunidas as condições para eliminação da tributação)

FECHO DE CONTAS 2015 342


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Aspetos de natureza fiscal


Impacto fiscal das perdas por imparidade em investimentos
financeiros (não têm relevância fiscal)
Reconhecidas em resultados, mas:
Constituição ou reforço –conta 653-Acrescecer no quadro 07
Reversão –conta 7623- deduzir no quadro 07
Acrescer

Deduzir

FECHO DE CONTAS 2015 343

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS
Aspetos de natureza fiscal
Impacto fiscal da utilização do MEP (ACE)
O ACE é uma sociedade sujeita ao regime da transparência fiscal. Os seus
resultados tributáveis de N, são totalmente incorporados no resultado fiscal dos
seus participantes
Acréscimo (campo 709) ou dedução (campo 755) no Q 07 Modelo 22 do IRC
dos valores comunicados pelo ACE

Acrescer

Deduzir

FECHO DE CONTAS 2015 344


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Aspetos de natureza fiscal


Conceito de transmissão de imóveis
(art.º 2º, nº2, alínea d) do CIMT)
A aquisição de partes sociais ou de quotas nas sociedades em nome
coletivo, em comandita simples ou por quotas,
quando tais sociedades possuam bens imóveis,
e quando por aquela aquisição, por amortização ou quaisquer outros factos,
algum dos sócios fique a dispor de, pelo menos, 75% do capital social,
ou o número de sócios se reduza a dois, sendo marido e mulher, casados
no regime de comunhão geral de bens ou de adquiridos.

Doações excecionadas: Informação Vinculativa - Processo 20090003861 –


IVE n.º 278, com despacho concordante, de 22.12.2009, da Subdiretora-
Geral dos Impostos da Área do Património (não são a título oneroso mas
sim gratuito, pelo que não caem no âmbito do IMT que incide sobre
transmissões onerosas de imóveis)
FECHO DE CONTAS 2015 345

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Aspetos de natureza fiscal


Regime de participation exemption (Art.º 51.º CIRC)
Um dos aspetos mais falados na reforma do IRC é a adoção de um
regime de participation exemption.
Este regime tem um carácter universal (aplicável ao investimento
independentemente do país ou região em que este se materialize, salvo as
indispensáveis normas anti abuso
e um carácter horizontal (aplicável às distribuições de lucros e às mais-
valias)

Objetivo: tornar o nosso regime fiscal mais competitivo

FECHO DE CONTAS 2015 346


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Aspetos de natureza fiscal


Regime de participation exemption (Art.º 51.º CIRC)
Este regime é aplicável:
Aos lucros e reservas distribuídos a sujeitos passivos de IRC,
Às mais e menos valias realizadas por sujeitos passivos de IRC, com
sede ou direção efetiva em Portugal, com a transmissão onerosa de partes
sociais
Não concorrem para a determinação do seu lucro tributável, desde
que se verifiquem cumulativamente determinados requisitos.
Este regime é ainda aplicável às mais valias e menos valias realizadas
mediante a transmissão onerosa de partes de capital e de outras
componentes do capital próprio no âmbito de operações de reorganização
empresarial não abrangidas pelo regime da neutralidade fiscal.
FECHO DE CONTAS 2015 347

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS
Aspetos de natureza fiscal
Regime de participation exemption (Art.º 51.º CIRC)
Os lucros e reservas distribuídos a sujeitos passivos de IRC com sede ou direção
efetiva em território português não concorrem para a determinação do lucro
tributável, desde que se verifiquem cumulativamente os seguintes requisitos:
A) O sujeito passivo detenha de uma participação não inferior a 5% do capital
social ou direitos de voto da entidade que distribui os lucros ou reservas.
B) A participação tenha sido detida, de modo ininterrupto, durante os 24 meses
anteriores à distribuição ou, se detida há menos tempo, seja mantida durante o
tempo necessário para completar aquele período;
C) Sujeito passivo não pode estar abrangido pelo regime de transparência fiscal;
D) A entidade que distribui os lucros ou reservas tem de estar sujeita e não isenta de
IRC ou imposto similar, a uma taxa legal mínima de, pelo menos, 60% da taxa do
IRC. (para uma taxa de 21%, a taxa mínima desse imposto terá de ser de 12,6%);
E) A entidade que distribui os lucros ou reservas não seja pode ter sede ou
residência num pais ou território de regime fiscal claramente mais favorável (paraíso
fiscal)
FECHO DE CONTAS 2015 348
INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Aspetos de natureza fiscal


Regime de participation exemption (Art.º 51.º CIRC)
Período de detenção da participação (Art.º 51.º-A)
Se a detenção da participação mínima referida no n.º 1 do artigo 51.º
do CIRC deixar de se verificar antes de completado o período de 24
meses,
deve corrigir-se a dedução que tenha sido efetuada, sem prejuízo da
consideração do crédito de imposto por dupla tributação
internacional a que houver lugar, nos termos do disposto no artigo
91.º

FECHO DE CONTAS 2015 349

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Aspetos de natureza fiscal


Participation exemption aplicável aos lucros e reservas (Artigo
51.º CIRC)
O regime de participation exemption, não é aplicável aos lucros e
reservas distribuídos que (nº10 artigo 51.º CIRC):
a) Correspondam a gastos dedutíveis pela entidade que os distribui
para efeitos do imposto mencionado na alínea d) do n.º 1 do artigo 51.º; e
b) Sejam distribuídos por entidades não sujeitas e isentas a
imposto sobre o rendimento

FECHO DE CONTAS 2015 350


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Aspetos de natureza fiscal


Participation exemption aplicável aos lucros e reservas (Artigo
51.º-B CIRC)
Prova dos requisitos de aplicação do regime de eliminação da
dupla tributação económica de lucros e reservas distribuídos
1 - A prova do cumprimento dos requisitos previstos no artigo 51.º deve
ser efetuada através de declarações ou documentos confirmados e
autenticados pelas autoridades públicas competentes do Estado, país
ou território onde a entidade que distribui os lucros ou reservas tenha a sua
sede ou direção efetiva.

5 - As declarações e documentos referidos nos números anteriores devem


integrar o processo de documentação fiscal a que se refere o artigo
130.º
FECHO DE CONTAS 2015 351

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Aspetos de natureza fiscal


Participation exemption aplicável às mais e menos valias
realizadas com a transmissão onerosa de partes sociais (artigo
51.º-C CIRC)
1 - Não concorrem para a determinação do lucro tributável dos sujeitos
passivos de IRC com sede ou direção efetiva em território português as mais e
menos-valias realizadas mediante transmissão onerosa de partes
sociais, qualquer que seja o título por que se opere,
independentemente da percentagem da participação transmitida,
detidas ininterruptamente por um período não inferior a 24 meses, desde
que,
na data da respetiva transmissão, se mostrem cumpridos os
requisitos previstos nas alíneas a), c) e e) do n.º 1 do artigo 51.º,
bem como o requisito previsto na alínea d) do n.º 1 ou no n.º 2 do
mesmo artigo.
FECHO DE CONTAS 2015 352
INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Aspetos de natureza fiscal


Participation exemption aplicável às mais e menos valias
realizadas com a transmissão onerosa de partes sociais (artigo
51.º-C CIRC)
Requisitos previstos nas alíneas a), c) e e) do n.º 1 do artigo
51.º, bem como o requisito previsto na alínea d) do n.º 1 ou no
n.º 2 do mesmo artigo.
a) O sujeito passivo detenha direta ou direta e indiretamente, uma
participação não inferior a 5% do capital social ou dos direitos de voto da
entidade que distribui os lucros ou reservas;
c) O sujeito passivo não seja abrangido pelo regime da transparência fiscal
previsto no artigo 6.º;
e) A entidade que distribui os lucros ou reservas não tenha residência ou
domicílio em paraíso fiscal.
FECHO DE CONTAS 2015 353

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Aspetos de natureza fiscal


Participation exemption aplicável às mais e menos valias
realizadas com a transmissão onerosa de partes sociais (artigo
51.º-C CIRC)
O regime de participation exemption é igualmente aplicável:
às mais e menos-valias realizadas com a transmissão de outros
instrumentos de capital próprio associados às partes sociais aí
referidas, designadamente prestações suplementares.
às mais e menos-valias apuradas nos âmbito de fusões, cisões
entrada de ativos ou permuta de ações fora do regime de
neutralidade fiscal:

FECHO DE CONTAS 2015 354


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Aspetos de natureza fiscal


Participation exemption aplicável às mais e menos valias
realizadas com a transmissão onerosa de partes sociais (artigo
51.º-C CIRC)
O regime de participation exemption não é aplicável:
Às mais e menos-valias realizadas mediante transmissão onerosa de partes
sociais quando o valor dos bens imóveis ou dos direitos reais sobre bens
imóveis situados em território português, com exceção dos bens imóveis afetos
a uma atividade de natureza agrícola, industrial ou comercial que não consista na
compra e venda de bens imóveis, represente, direta ou indiretamente,
mais de 50% do ativo
Art.º 12 Normas transitórias Lei 2/2014: para efeitos do cálculo da
percentagem a que se refere o n.º 4 do artigo 51.º -C do Código do IRC
apenas se consideram os imóveis adquiridos em ou após 1 de
janeiro de 2014.
FECHO DE CONTAS 2015 355

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.41 INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Aspetos de natureza fiscal


Crédito de imposto por dupla tributação económica internacional
(artigo 91.º-A do CIRC)
Em complemento do regime de participation exemption, foi criado um crédito
de imposto para eliminação da dupla tributação económica internacional, de
aplicação subsidiária sempre que o sujeito passivo detentor de uma
participação de 5% ou mais no capital social ou nos direitos de voto de uma
participada, e detenha a participação por + de 24 meses, ou até atingir esse
tempo, não consiga demonstrar a verificação dos demais requisitos
previstos nos artigos 51.º e seguintes do CIRC.
Neste caso, os lucros e reservas distribuídos e as mais-valias passam a estar
sujeitos a tributação, sendo deduzido à coleta o imposto pago no estrangeiro.
Este regime é um regime de opção. Se não for pelo artigo 91.º-A, vai pelo 91.º
do CIRC.

FECHO DE CONTAS 2015 356


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

FECHO DE CONTAS DE 2015


3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS
3.4 Investimentos

3.42 PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

FECHO DE CONTAS 2015 357

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.42 PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

Fecho de contas:
Valorização poderá ser:
Ao custo deduzida de depreciações e perdas por imparidade, ou
De notar que mesmo neste caso a NCRF 11 obriga à divulgação no anexo do
justo valor (§79)
Ao justo valor
Variações do justo valor contabilizadas em resultados do período
Obrigatoriedade de contabilizar todas as propriedades de acordo
com o mesmo critério
Necessidade de testar a propriedade (certidão predial / portal das
finanças)
Problemática do justo valor:
Obtenção de avaliações efetuadas por entidades especializadas todos os anos.
FECHO DE CONTAS 2015 358
INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.42 PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
Aspetos de natureza contabilística
Contas a utilizar
42 – Propriedades de investimento
421 – Terrenos e recursos naturais
422 – Edifícios e outras construções
426 – Outras
428 – Depreciações acumuladas (1)
429 – Perdas por imparidade acumuladas
64 – Gastos de depreciação e de amortização
641 – Propriedades de investimento
65 – Perdas por imparidade
654 – Em propriedades de investimento
66 – Perdas por redução de justo valor
663 – Em propriedades de investimento
77 – Ganhos por aumentos de justo valor
773 – Em propriedades de investimento

1) Só se aplica no método do custo. No modelo do justo valor não temos depreciações.


FECHO DE CONTAS 2015 359

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.42 PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
Aspetos de natureza contabilística
NCRF 11: Propriedades de investimento
Objetivo, âmbito e definições
Propriedade de investimento: é a propriedade – terreno, edifício, parte de
edifício ou ambos – detida para obter rendas, para valorização do capital, a longo
prazo, ou ambas, ou ainda de uso indeterminado.
Propriedade “multiusos”: as partes podem ser vendidas/locadas separadamente?
Em caso negativo, apenas deve ser contabilizada como propriedade de
investimento se a porção ocupada pelo proprietário for insignificante.
Exemplo: Centro Comercial (temos de separar os custos de construção, de acordo
com os 3 componentes)
Hipermercado – venda Inventários
Lojas – rendas PI
Escritórios do promotor AFT (se insignificante pode ser PI)
Serviços de apoio aos ocupantes da propriedade: apenas é contabilizado
como propriedade de investimento se os serviços forem um componente
relativamente insignificante.
FECHO DE CONTAS 2015 360
INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.42 PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

Aspetos de natureza contabilística


NCRF 11: Propriedades de investimento
Objetivo, âmbito e definições

São propriedades de investimento (PI):


Terrenos para valorização do capital a longo prazo
Terrenos para uso futuro ainda não determinado
Edifício locado numa locação operacional
Edifício desocupado mas que se destine a locação operacional
PI existentes que estejam a ser desenvolvidas de novo
(renovações, melhoramentos) para futuro uso continuado
como PI.
FECHO DE CONTAS 2015 361

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.42 PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
Aspetos de natureza contabilística
NCRF 11: Propriedades de investimento
Objetivo, âmbito e definições
Não são propriedades de investimento:
1. Propriedades para venda (Inventários – NCRF 18)
2. Propriedades em construção ou desenvolvimento por conta
de 3ºs (Contratos de construção – NCRF 19)
3. Propriedades ocupadas pelo dono (Ativos fixos tangíveis –
NCRF 7); inclui:
Propriedades ocupadas por empregados (mesmo que paguem
rendas a valores de mercado);
Propriedades ocupadas pelo dono aguardando alienação; (se
cumprir as condições da norma 8 é activo não corrente detido
para venda)
4. Propriedade em construção ou desenvolvimento para futuro
uso como propriedade de investimento (AFT – NCRF 7).

FECHO DE CONTAS 2015 362


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.42 PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
Aspetos de natureza contabilística
NCRF 11: Propriedades de investimento
Objetivo, âmbito e definições

Propriedade ocupada por empresa-mãe ou por uma


subsidiária:
A propriedade não qualifica como propriedade de
investimento nas demonstrações financeiras consolidadas que
incluam ambas as empresas. Porém, na perspetiva da entidade
que a possui, tal propriedade é propriedade de investimento.
Nas contas de A é PI
A Imóvel Nas contas consolidadas é qualificado como AFT
locação A é mãe de B, isto é, B está dentro do perímetro de
consolidação.
B

FECHO DE CONTAS 2015 363

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.42 PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
Aspetos de natureza contabilística
NCRF 11: Propriedades de investimento
Objetivo, âmbito e definições

FAQ 16 Comissão Normalização Contabilística


Numa empresa cuja principal atividade é a detenção de imóveis
para rendimento, esses imóveis deverão ser considerados
Propriedades de investimento ou Ativos fixos tangíveis, dado que
são o objeto social da empresa?
Resposta: Uma entidade que detenha imóveis para rendimento, seja ou
não essa a sua principal atividade, deve, no correspondente tratamento
contabilístico, observar o disposto na NCRF 11 – Propriedades de
investimento. (...)

FECHO DE CONTAS 2015 364


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.42 PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
Aspetos de natureza contabilística
NCRF 11: Propriedades de investimento
Objetivo, âmbito e definições
FAQ 16 Comissão Normalização Contabilística
Resposta: A NCRF 11 define propriedade de investimento como sendo a
propriedade (terreno ou edifício) detida para obter rendas e/ou para valorização
do capital e não para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, ou
para finalidades administrativas ou venda no curso ordinário do negócio. Os seus
§§ 10 a 15 proporcionam orientação sobre a qualificação de uma propriedade
como propriedade de investimento quando tal propriedade é usada para fins
múltiplos.
A NCRF 7 define ativos fixos tangíveis como sendo os itens detidos para uso na
produção ou fornecimento de bens ou serviços, para arrendamento a outros ou
para fins administrativos. Esta definição abrange, assim, muitas outras categorias de
ativos, para além dos terrenos e edifícios, que poderão ser objeto de
arrendamento. Se, porém, for um terreno ou um edifício o ativo que
esteja arrendado, então há que apelar à norma que especificamente
trata estas situações (a NCRF 11) e não à NCRF 7.
FECHO DE CONTAS 2015 365

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.42 PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
Aspetos de natureza contabilística
Apresentação no balanço

FECHO DE CONTAS 2015 366


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.42 PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

Aspetos de natureza contabilística


Reconhecimento e mensuração
Mensuração inicial:
Qual a origem da propriedade de investimento?
a) PI adquirida
b) PI construída pelo próprio
c) PI recebida numa troca
d) PI adquirida através de concentração empresarial
Mensuração inicial Justo valor na data da
concentração

FECHO DE CONTAS 2015 367

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.42 PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
Aspetos de natureza contabilística
Reconhecimento e mensuração
Mensuração inicial: Qual a origem da propriedade de investimento?
a) PI adquirida
Custo
Inclui:
Preço de compra
Dispêndios diretamente atribuíveis:
Honorários legais
Impostos
Outros
Não inclui:
Juros em compras com pagamento diferido
FECHO DE CONTAS 2015 368
INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.42 PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

Aspetos de natureza contabilística


Reconhecimento e mensuração
Mensuração inicial: Qual a origem da propriedade de investimento?
b) PI construída
Custo de construção
c) PI recebida numa troca
Justo valor (valor do ativo recebido)
Exceto se:
A transação não tiver substância comercial; ou
Nem o JV do ativo recebido nem o JV do ativo cedido sejam
fiavelmente mensuráveis.
Nesse caso, o valor inicial é o valor do ativo cedido

FECHO DE CONTAS 2015 369

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.42 PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
Mensuração inicial:
Qual a origem da propriedade de investimento?
c) PI recebida numa troca
TROCA (sem pagamentos de contrapartida) – a contabilidade está a custo histórico.

A B

VLC 100 VLC 200 Se houver


troca
JV 150 JV 220
D – PI 220 D – PI 150
Dá-se entrada
C – PI 100 C – PI 200 ao JV, se
C – Ganho 120 D – Perda 50 conhecido
(773) (673)
PI 100 PI 200 Se não
houver JV

FECHO DE CONTAS 2015 370


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.42 PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

Aspetos de natureza contabilística


Reconhecimento e mensuração
Mensuração subsequente (custo ou justo valor)
Modelo do custo
Custo
Menos:
Depreciações acumuladas
Perdas por imparidade acumuladas
De notar que mesmo neste caso a NCRF 11 obriga à
divulgação no anexo do justo valor (§79)

FECHO DE CONTAS 2015 371

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.42 PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
Aspetos de natureza contabilística
Reconhecimento e mensuração
Mensuração subsequente (custo ou justo valor)
Modelo do justo valor
Aplicação consistente a todas as PI (apenas excecionalmente posso ter uma
PI ao custo e outra ao JV. Regra tenho tudo ao custo ou tudo ao JV)
Todas as entidades têm que determinar o JV das PI para fins de
mensuração (se usar o modelo do JV) ou de divulgação (se usar o
modelo do custo).
O JV deve refletir as condições de mercado à data do balanço, sem qualquer
dedução de custos de transação em que possa incorrer por venda
Incentiva-se, mas não se exige, que uma entidade determine o JV das PI na base
de uma valorização por um avaliador independente que tenha uma
qualificação profissional relevante e reconhecida, e que tenha experiência recente
na localização e na categoria da PI que esteja a ser valorizada
FECHO DE CONTAS 2015 372
INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.42 PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
Aspetos de natureza contabilística
Reconhecimento e mensuração
Rendimentos e ganhos relacionados com as propriedades de
investimento
Rendas
NCRF 20 – Rédito
Reconhecidas segundo o regime de acréscimo
7873 – ORG – Rendimentos e ganhos em investimentos não financeiros
– Rendas e outros rendimentos em propriedades de investimento
Mais (e Menos) – valias
Reconhecidas quando ocorrer o desreconhecimento dos ativos
7871 – ORG – Rendimentos e ganhos em investimentos não financeiros –
Alienações
6871 – OGP – Gastos e perdas em investimentos não financeiros –
Alienações
FECHO DE CONTAS 2015 373

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.42 PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

Aspetos de natureza contabilística


Reconhecimento e mensuração
Transferências em propriedades de investimento
Transferências contabilísticas devem ser feitas quando
houver evidência da alteração do uso
1. Começo de ocupação pelo dono; (AFT / PI)
2. Começo de desenvolvimento com vista à venda; (Inventários/PI)
3. Fim de ocupação pelo dono; (PI/AFT)
4. Começo de uma locação operacional para uma outra entidade; (estava
em Inventários) (PI / Inventários)
5. Fim de construção ou desenvolvimento de PI. (PI / AFT)

FECHO DE CONTAS 2015 374


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.42 PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

Aspetos de natureza contabilística


Transferências em propriedades de investimento
Transferência para PI (modelo do justo valor)

Transferido de Motivo Contabilização ao justo valor


AFT (custo) Fim ocupação pelo cf. NCRF 7
proprietário • Capital próprio (regras da revalorização)
(justo valor) • Resultados (se existirem perdas por
imparidades anteriores)
AFT em curso Fim da construção Resultados
(custo)
Inventários (custo) Locação Operacional Resultados

FECHO DE CONTAS 2015 375

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.42 PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

Aspetos de natureza contabilística


Transferências em propriedades de investimento
Transferência de PI (mensuradas ao justo valor)

Transferido para Motivo Contabilização


AFT início ocupação pelo Não há resultados. O valor contabilístico (justo
proprietário valor) do imóvel será o custo considerado do
ativo fixo tangível
Inventários imóvel será vendido Não há resultados. O valor contabilístico (justo
valor) do imóvel será o custo considerado dos
inventários

FECHO DE CONTAS 2015 376


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.42 PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
Aspetos de natureza contabilística
Operações usuais com PI (modelo do custo)
Operações usuais Débito Crédito
AQUISIÇÃO (pelo custo 421 / 422 / 426 12 DO / 271 OCRP -
de aquisição) Propriedades de Fornecedores de investimentos
investimento
DEPRECIAÇÃO (pela 641 Gastos de deprec. e de 428 Propriedades de
depreciação do período) amort. - Propriedades de investimento - Deprec.
Inv. Acumuladas
RECONHECIMENTO DE 654 Perdas por imparidade - 429 Propriedades de
PERDAS POR em propriedades de investimento - Perdas por
IMPARIDADE (perda por investimento imparidade acum.
imparidade)
REVERSÃO DE PERDAS 429 Propriedades de 7624 Reversões - de perdas
POR IMPARIDADE investimento - Perdas por por imparidade - em prop.
(quantia a reverter) imparidade acum. Investimento
FECHO DE CONTAS 2015 377

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.42 PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
Aspetos de natureza contabilística
Operações usuais com PI (modelo do custo)

Operações usuais Débito Crédito


ALIENAÇÃO 428 Propriedades de 421 / 422 / 426 Propriedades de
(depreciações acumuladas) investimento - Deprec. investimento - …
Acumuladas
ALIENAÇÃO (PI 429 Propriedades de 421 / 422 / 426 Propriedades de
acumuladas) investimento - Perdas por investimento - …
imparidade acum.
ALIENAÇÃO (quantia 6871 OGP - … alienações / 421 / 422 / 426 Propriedades de
escriturada) 7871 ORG - … - alienações investimento - …
ALIENAÇÃO (preço de 12 DO / 278 OCRP - Outros 6871 OGP - … alienações / 7871
venda) devedores ORG - … - alienações

FECHO DE CONTAS 2015 378


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.42 PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
Aspetos de natureza contabilística
Operações usuais com PI (modelo do justo valor)
Operações usuais Débito Crédito
AQUISIÇÃO (custo de 421 / 422 / 426 Propriedades de 12 DO / 271 OCRP -
aquisição) investimento - … Fornecedores de investimentos
AUMENTOS DO JUSTO 421 / 422 / 426 Propriedades de 773 Ganhos por aumentos do JV -
VALOR (aumento do JV) investimento - … Em propriedades de investimento
REDUÇÕES DO JUSTO 663 Perdas por reduções do JV 421 / 422 / 426 Propriedades de
VALOR (redução do JV) - Em propriedades de investimento - …
investimento
ALIENAÇÃO (quantia 6871 OGP - … alienações / 421 / 422 / 426 Propriedades de
escriturada) 7871 ORG - … - alienações investimento - …
ALIENAÇÃO (preço de 12 DO / 278 OCRP - Outros 6871 OGP - … alienações / 7871
venda) devedores ORG - … - alienações

FECHO DE CONTAS 2015 379

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.42 PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
Aspetos de natureza fiscal (modelo do justo valor)
Ganhos ou perdas decorrentes da aplicação do justo valor
Regra: justo valor desconsiderado
Mantém-se a prevalência do custo de aquisição ou de produção
Assim as variações de justo valor não relevam para efeitos fiscais
(artigo 18.º n.º9 CIRC)
Abate ou deduz no Q 07

Acrescer campo 713

Deduzir campo 759

FECHO DE CONTAS 2015 380


INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.42 PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
Aspetos de natureza fiscal (modelo do custo)
Depreciações
Artigo 29.º CIRC e Artigo 1.º DR 25/2009
São aceites como gastos as depreciações e amortizações das propriedades
de investimento que forem contabilizadas ao custo de aquisição

Perdas por imparidades


Art.º 31-B CIRC
Perdas por imparidade sujeitas à aceitação por parte da Administração
Fiscal
Aceites fiscalmente se consideradas desvalorizações excecionais (art.º
31-B)
No caso de não serem aceites fiscalmente, são aceites como gasto em
partes iguais durante o período de vida útil remanescente

FECHO DE CONTAS 2015 381

INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.42 PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
Aspetos de natureza fiscal
Propriedades de investimento (regime fiscal: novidade da Lei 2/2014
Reforma do IRC)
Artigo 45.º A do CIRC n.º2
2 - O custo de aquisição, as grandes reparações e beneficiações e as
benfeitorias das propriedades de investimento que sejam subsequentemente
mensuradas ao justo valor é aceite como gasto para efeitos fiscais, em partes
iguais, durante o período de vida útil que se deduz da quota mínima de
depreciação que seria fiscalmente aceite caso esse ativo permanecesse
reconhecido ao custo de aquisição.
Este regime aplicável às PI referidas no n.º2 do art.º 45-A, aplica-se de
imediato mesmo aos bens existentes, pelo nº de anos que faltar para
completar o período apurado em função da taxa mínima a partir de 1/1/2014
(art.º 12º da Lei nº 2/2014 de 16/1)
Neste caso deduz-se no Q07 este montante (campo 792): aceita-se a existência
de uma “depreciação” fiscal mesmo não existindo depreciação contabilística

FECHO DE CONTAS 2015 382


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.42 PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
Aspetos de natureza fiscal
Propriedades de investimento (regime do reinvestimento)
Art.º 46.º n. 1 a) e art.º 48.º CIRC
As vendas de propriedades de investimento, originam, uma mais ou menos valia
fiscal, sujeita ao regime das mais e menos valias fiscais (art.º 46.º, n.º 1)
Na alienação a mais valia fiscal é sempre calculada sobre o valor de aquisição,
corrigido dos gastos considerados fiscalmente nos termos do art.º 45-A do CIRC

Tributação das mais valias fiscais:


100% da mais valia fiscal
As Mais-valia fiscais das propriedades de investimento, deixaram de
ser enquadradas no regime de reinvestimento dos valores de
realização, a partir do exercício de 2014 (reforma fiscal do IRC)
Em 2013, ainda é aplicável o regime fiscal de reinvestimento previsto no art.º 48º
do CIRC.
Em 2014 deixou tal regime de lhes ser aplicável, ou seja, as mais valias
resultantes da alienação de PI são sempre tributadas na totalidade.
FECHO DE CONTAS 2015 383

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

FECHO DE CONTAS DE 2015


3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS
3.4 Investimentos

3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

FECHO DE CONTAS 2015 384


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Ativos Fixos Tangíveis


Fecho das contas
Análise das contas de Ferramentas e Utensílios e Conservação e
Reparação. Qual o critério a utilizar na capitalização? Decisão económica ou
fiscal?
Existe ficheiro de ativos fixos tangíveis? É respeitado o art.º 51 do CIVA?
Será que os mapas de depreciações estão atualizados (MAPA DE DEPRECIAÇÕES E
AMORTIZAÇÕES Mod.32 – Portaria 94/2013 de 04/03) e conferem com a contabilidade?
A ficha individual de cada um dos bens, tem todos os elementos
necessários, bem como todas as despesas relacionadas com o bem que podem
ser capitalizadas?
Trabalhos para a própria empresa: como é feita a valorização, quais são os
mapas suporte dos trabalhos efetuados.

FECHO DE CONTAS 2015 385

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Ativos Fixos Tangíveis


Fecho das contas
Análise do património predial e das viaturas constante do portal das
finanças: comparação com a contabilidade e com o ficheiro de ativos fixos
tangíveis. Obtenção de certidões de registo predial e análise dos
documentos únicos das viaturas da empresa;
Depreciação deverá refletir a utilização efetiva dos bens e não depender
de questões fiscais.A problemática duodécimos versus quotas anuais
Existem alterações de critério de depreciação? Estão devidamente
divulgadas no anexo e com que justificação?
A empresa tem cobertura de seguros para o seu ativo fixo tangível?
Existe uma revisão periódica dos bens inutilizados e obsoletos?

FECHO DE CONTAS 2015 386


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Ativos Fixos Tangíveis


Fecho das contas
O que fazer com os bens que só existem contabilisticamente
(computadores, telemóveis, ferramentas, etc.)
Existe uma contabilização correta da loc. financeira / locação operacional (AOV /
ALD / RENTING)? É respeitada a circular nº 24/91 DGCI?
Existe um adequado tratamento dos terrenos?
O anexo tem as divulgações adequadas relacionadas com as taxas de
depreciação utilizadas?

FECHO DE CONTAS 2015 387

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de Natureza Contabilística


Conceitos gerais e definição (contas a utilizar)
43 Ativos fixos tangíveis
431 Terrenos e recursos naturais
432 Edifícios e outras construções
433 Equipamento básico
434 Equipamento de transporte
435 Equipamento administrativo
436 Equipamentos biológicos *
437 Outros ativos fixos tangíveis
438 Depreciações acumuladas
439 Perdas por imparidade acumuladas *

FECHO DE CONTAS 2015 388


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Aspetos de Natureza Contabilística
Conceitos gerais e definição (apresentação no balanço)

FECHO DE CONTAS 2015 389

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de Natureza Contabilística


Conceitos gerais e definição (NCRF 7)
Ativos fixos tangíveis (definição)
São aqueles que são usados na produção ou fornecimento
de bens e serviços, para arrendamento a outros, ou para fins
administrativos.

E que se espera que sejam usados por mais de um período.

Edifícios ou terrenos para arrendamento ou valorização são


sempre “propriedades de Investimento” – mensuração ao
custo ou justo valor.

FECHO DE CONTAS 2015 390


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de Natureza Contabilística


Reconhecimento e mensuração
Reconhecimento (critério geral)
Um activo fixo tangível deve ser reconhecido como activo quando:
For provável que benefícios económicos futuros associados ao activo
provenham para a empresa
O custo do activo para a empresa possa ser mensurado com fiabilidade
Critério geral de reconhecimento dos ativos constante da estrutura
conceptual
Critério geral aplica-se às despesas:
Para adquirir ou construir ativos fixos tangíveis;
Para adicionar ou substituir uma parte de ativos fixos tangíveis; e
Para adicionar um serviço a ativos fixos tangíveis

Quando ativo deixa de gerar benefícios económicos futuros dizemos que está em
IMPARIDADE
FECHO DE CONTAS 2015 391

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de Natureza Contabilística


Reconhecimento e mensuração
Reconhecimento (critério geral)
Despesas posteriores:
Despesas de reparação e manutenção do dia a dia: gasto do
período;
Substituição de partes de ativos fixos tangíveis: capitalizar
quando se cumpre o critério de reconhecimento
Inspeções periódicas obrigatórias: capitalizar quando se
cumpre o critério de reconhecimento, após eliminar o
respetivo valor contabilístico

FECHO DE CONTAS 2015 392


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Aspetos de Natureza Contabilística
Reconhecimento e mensuração
Mensuração inicial
Aquisição separada de um ativo fixo tangível
No reconhecimento inicial um activo fixo tangível é mensurado
a custo;
O custo de um activo fixo tangível compreende:
O preço de compra que inclui direitos de importação e impostos não
recuperáveis menos os descontos comerciais;
Custos directamente atribuíveis para colocar o activo apto na localização
e condição necessárias para que seja capaz de funcionar da forma
pretendida (custos de instalação, montagem, transportes, etc.
A estimativa inicial dos custos de desmantelamento e remoção do item e
de restauração do local no qual este está localizado.
Custos financeiros capitalizáveis nos termos da NCRF 10 – Custos dos
Empréstimos Obtidos
FECHO DE CONTAS 2015 393

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de Natureza Contabilística


Reconhecimento e mensuração
Mensuração inicial
(estimativa das despesas de desmantelamento)

NCRF 7, salienta a necessidade de incluir a estimativa inicial das


despesas de desmontagem e remoção do ativo fixo tangível e
recuperação do local onde o mesmo está localizado
(contabilizada como provisão)
29 – Provisões
(…)
295 – Matérias ambientais
(…)
298 – Outras provisões

FECHO DE CONTAS 2015 394


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de Natureza Contabilística


Reconhecimento e mensuração
Mensuração inicial
(estimativa das despesas de desmantelamento: exemplo)
Uma empresa constituiu uma fábrica que inclui uma estação
tratamento águas residuais existindo obrigação de desmantelar a
estação após 15 anos de utilização.
O custo de construção foi de 1.500.000€;
O custo estimado de desmantelamento é de 95.000€ ao fim dos 15 anos
Qual o custo da fábrica? (considere uma taxa de desconto de 6%)
Resolução
Valor atual = Valor nominal / (1+ taxa de desconto) nº de anos
95.000€ / (1+0,06)15 = 39.640€
Custo da fábrica = 1.500.000€ + 39.640€ = 1.539.640€

FECHO DE CONTAS 2015 395

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Aspetos de Natureza Contabilística
Reconhecimento e mensuração
Mensuração inicial
(estimativa das despesas de desmantelamento: exemplo)
Descrição Débito Crédito
Custo da Fábrica incluindo estimativa 43 - Ativos Fixos Tang. 1.539.640€ 22- Fornecedores 1.500.000€
de custos de desmantelamento (ANO 29 - Provisões: 39.640€
N)
ANO N+1 Reconhecimento do gasto 69 – Gastos com juros 2.378,40€ 29 - Provisões: 2.378,40€
relacionado com o efeito temporal (39.640€ * 6%) (39.640€ * 6%)
do dinheiro relacionado com a
provisão
ANO N+2 Reconhecimento do gasto 69 – Gastos com juros 2.521,10€ 29 - Provisões: 2.521,10€
relacionado com o efeito temporal (39.640€ +2.378,40€) * 6%) (39.640€ +2.378,40€) * 6%)
do dinheiro relacionado com a
provisão
e assim sucessivamente…durante 15 No final a conta 29 – Provisões
anos terá um saldo de 95.000€

FECHO DE CONTAS 2015 396


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de Natureza Contabilística


Reconhecimento e mensuração
Mensuração inicial
Exemplos de custos directamente atribuíveis:
Custos de benefícios de empregados decorrentes da compra ou
construção;
Custo de preparar o local;
Custos iniciais de entrega e manuseamento;
Custos de instalação e montagem;
Custos de testar se o activo funciona correctamente menos o valor
de venda de qualquer elemento produzido enquanto se coloca o
activo nessa localização e condição;
Honorários (arquitectos, engenheiros, informáticos, …).

FECHO DE CONTAS 2015 397

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de Natureza Contabilística


Reconhecimento e mensuração
Mensuração inicial
Exemplos de custos que não fazem parte do custo do
ativo:
Custos de abertura de novas instalações. (ex.: recepção, festas);
Custos de introdução de novos produtos;
Custos de condução de novos negócios ou com novos clientes;
Custos administrativos ou gerais.

FECHO DE CONTAS 2015 398


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Aspetos de Natureza Contabilística
Reconhecimento e mensuração
Mensuração inicial
Exemplo da determinação do custo de um AFT
No ano N uma empresa adquiriu uma máquina nova efetuando os seguintes
pagamentos:
Preço do bem de acordo com a tabela de preços do Vendedor ………….. 18.000€
Desconto acordado ……………………………………….……………...... (1.500€)
Custos iniciais de entrega e de manuseamento …………..………………….. 150 €
Custos de preparação do local e montagem ...……………..……………...… 300 €
Custos de manutenção corrente após estar pronta a ser utilizada………..… 450 €
Componentes para aumentar a sua capacidade produtiva …....…………..…. 600 €
Componentes de substituição consumíveis……………...…………………… 375 €
No final da vida útil a maquina será desmantelada e o custo é …………...…. 500 €
(valor atual ano N)
Pretende-se que determine o valor a considerar como ativo, de acordo com a NCRF 7.
FECHO DE CONTAS 2015 399

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Aspetos de Natureza Contabilística
Reconhecimento e mensuração
Mensuração inicial
Exemplo da determinação do custo de um AFT
Resolução:
Preço do bem de acordo com a tabela de preços do Vendedor ………….. 18.000€
Desconto acordado ……………………………………….……………...... (1.500€)
Custos iniciais de entrega e de manuseamento …………..………………….. 150 €
Custos de preparação do local e montagem ...……………..……………...… 300 €
Custos de manutenção corrente após estar pronta a ser utilizada………..… 450 €
Componentes para aumentar a sua capacidade produtiva …....…………..…. 600 €
Componentes de substituição consumíveis……………...…………………… 375 €
No final da vida útil a maquina será desmantelada e o custo é …………...…. 500 €
(valor atual ano N)
Determinação do valor a considerar como ativo, de acordo com a NCRF 7.
Preço de Aquisição = 18.000-1.500+150+300+600+500 = 18.050 €
FECHO DE CONTAS 2015 400
INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Aspetos de Natureza Contabilística
Reconhecimento e mensuração
Mensuração inicial
a) Aquisição a título oneroso (por compra)
Reconhecidos como ativo pelo custo de aquisição
AFT
a O.C. a Pagar – Fornecedores de investimentos
b) Aquisição a título gratuito (por doação)
Reconhecidos como ativo pelo justo valor
AFT
a Outras Var. no C.P. – Doações
c) Aquisição no âmbito de uma concentração de atividades
empresariais
Os ativos fixos tangíveis identificáveis adquiridos são registados pelo seu
justo valor à data da aquisição
Qualquer diferença entre o custo de aquisição da empresa e o justo valor
dos ativos e passivos identificáveis adquiridos é reconhecido como
Goodwill
FECHO DE CONTAS 2015 401

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de Natureza Contabilística


Reconhecimento e mensuração
Mensuração inicial
d) Ativos fixos tangíveis construídos pela própria empresa
Reconhecidos como ativo pelo custo de produção
Ativos fixos tangíveis
a Trabalhos para a própria entidade

e) Ativos fixos tangíveis adquiridos por troca


O ativo recebido deve ser mensurado pelo justo valor, a não ser
que:
a transação da troca careça de substância comercial, ou
nem o justo valor do ativo recebido nem o justo valor do ativo
cedido sejam fiavelmente mensuráveis
Caso não seja possível determinar os justos valores ou a troca não seja
considerada comercial
FECHO DE CONTAS 2015
utilizar o valor contabilístico do ativo cedido 402
INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de Natureza Contabilística


Reconhecimento e mensuração
Mensuração subsequente
A mensuração após o reconhecimento inicial pode ser:
Pelo modelo do custo
Pelo modelo da revalorização

FECHO DE CONTAS 2015 403

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de Natureza Contabilística


Reconhecimento e mensuração
Mensuração subsequente
Modelo da Revalorização
Justo valor: é a quantia pela qual um activo pode ser trocado ou um
passivo liquidado, entre partes conhecedoras e dispostas a isso, numa
transacção em que não exista relacionamento entre elas.
O justo valor pode ser determinado:
No caso de edifícios e terrenos a partir de provas com base no
mercado por avaliação que deverá ser realizada por avaliadores
profissionais qualificados e independentes.
No caso de outros ativos fixos tangíveis geralmente o seu valor de
mercado determinado por avaliação. Se não consegue determinar o
justo valor com base no mercado porque o activo é muito especifico
ou raramente é vendido então não se pode revalorizar.
FECHO DE CONTAS 2015 404
INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de Natureza Contabilística


Reconhecimento e mensuração
Mensuração subsequente
Modelo da Revalorização

A frequência das revalorizações depende das alterações dos


justos valores
Se o justo valor diferir de forma material para a sua quantia
escriturada deve revalorizar o activo. No caso em que tal não
sucede pode-se revalorizar apenas a cada 3 anos ou a cada 5
anos.

FECHO DE CONTAS 2015 405

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de Natureza Contabilística


Reconhecimento e mensuração
Mensuração subsequente
Modelo da Revalorização
Quando se revaloriza um activo devem-se revalorizar todos os
outros que tenham a mesma natureza e uso.
Dois métodos de reconhecer a revalorização.
Ajustamento das depreciações acumuladas bem como do custo
de forma a que a quantia do activo após revalorização corresponda ao
justo valor. Método usado no caso de aplicação de índice.
Substituição do custo e eliminação das depreciações
acumuladas. Método geralmente usado para edifícios e terrenos.

FECHO DE CONTAS 2015 406


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Aspetos de Natureza Contabilística
Reconhecimento e mensuração
Mensuração subsequente
Modelo da Revalorização – métodos

a) Revalorização por acréscimo utilizando o modelo de reexpressão:


Débito de 43
Crédito de 438 e 5891

b) Revalorização por acréscimo utilizando o modelo de eliminação:


Débito 438
Crédito 43
e
Débito de 43
Credito de 5891
FECHO DE CONTAS 2015 407

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Aspetos de Natureza Contabilística
Reconhecimento e mensuração
Mensuração subsequente
Modelo da Revalorização
Os ganhos da revalorização deverão ser reconhecidos:
Em capital próprio (excedentes de revalorização de ativos fixos tangíveis e
intangíveis (58).
Mas se revertem uma perda reconhecida em resultados devem ser reconhecidos
também em resultados (reversões de perdas por imparidade em ativos fixos
tangíveis (7625).
A perda por imparidade é reconhecida 1º nos capitais próprios até esgotar o
excedente e só depois nos resultados.
As perdas por imparidade na revalorização são reconhecidas:
Em resultados (perdas por imparidade em ativos fixos tangíveis (656)).
A não ser se, com respeito a esse ativo, a conta de capital próprio tiver saldo
(excedentes de revalorização de ativos fixos tangíveis e intangíveis (58)).
FECHO DE CONTAS 2015 408
INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Modelo da Revalorização (Exemplo)
Em N
Valor inicial terreno: 100 000,00 € Débito Crédito
Justo valor terreno 31/12/N 150 000,00 € 43 - AFT 50 000,00 €
Revalorização em N 50 000,00 € 58 - Excedentes de revalorização 50 000,00 €

Em n+1
Valor contabilístico em 31/12/N 150 000,00 € 43 - AFT 60 000,00 €
Justo valor terreno 31/12/N+1 90 000,00 € 58 - Excedentes de revalorização 50 000,00 €
Diferença - 60 000,00 € 65 - Perdas por imparidade 10 000,00 €

Em n+2
Valor contabilístico em 31/12/N+1 90 000,00 € 43 - AFT 30 000,00 €
Justo valor terreno 31/12/N+2 120 000,00 € 58 - Excedentes de revalorização 20 000,00 €
Diferença 30 000,00 € 762 - Reversão Perdas por imparidade 10 000,00 €

FECHO DE CONTAS 2015 409

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Aspetos de Natureza Contabilística
Reconhecimento e mensuração
Mensuração subsequente
Modelo da Revalorização
O ganho de revalorização deve ser transferido para resultados transitados
(56) quando for realizado (58 / 56)
O ganho é realizado:
Na base do uso, a diferença entre a depreciação com base no justo valor e a
depreciação com base no custo histórico.
Na base de venda, o ganho ou perda é a mais ou menos valia.

O modelo de revalorização é permitido pela NCRF-PE, apenas nos casos em que


existam diferenças significativas entre a quantia escriturada pelo modelo de custo e o
justo valor dos ativos.
Na NCM não é permita a revalorização.
NOTA: relativamente às revalorizações livres, as depreciações sobre a parte
revalorizada não são aceites fiscalmente
FECHO DE CONTAS 2015 410
INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Aspetos de Natureza Contabilística
Reconhecimento e mensuração
Mensuração subsequente
Modelo da Revalorização
Associada à revalorização temos sempre Impostos diferidos passivos.
Contabilização dos impostos diferidos (Reserva não realizada * Taxa de
IRC)
Inicial (58/2742)
Nos anos seguintes (2742 / 58), com a realização da reserva.
No caso dos terrenos, a reversão dos PID é efetuada através do
coeficiente de desvalorização da moeda. Por exemplo:
Valor de aquisição * coeficiente desvalorização moeda = 100.000€
Valor reavaliado = 120.000€
Valor para Imp. Dif. = 20.000 * Taxa de imposto (58/2742)
Nos anos seguintes (2742 / 58), com a atualização dos coeficientes de
desvalorização da moeda.
FECHO DE CONTAS 2015 411

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de Natureza Contabilística


Reconhecimento e mensuração
Mensuração subsequente
Imputação dos juros:
Contabilidade: Podem ser incluídos no custo de aquisição / produção
enquanto estiverem em curso (§9 NCRF 10 Custos de empréstimos
obtidos)

Fiscalidade: São incluídos no custo de aquisição ou produção, os


custos de empréstimos obtidos directamente atribuíveis à
aquisição ou produção dos elementos depreciáveis, que respeitem ao
período anterior à entrada em funcionamento ou utilização e desde
que esse período seja superior a um ano. Art.º 2.º, n.º 5 do DR n.º
25/2009
FECHO DE CONTAS 2015 412
INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de Natureza Contabilística


Reconhecimento e mensuração
Depreciação
Depreciação por componentes: um ativo fixo tangível ou os seus
componentes devem ser depreciados em conjunto ou em
separado, em função da possibilidade de terem vidas úteis
diferentes.
A depreciação começa quando o bem esteja disponível para uso.
A depreciação cessa quando o bem, ou estiver classificado como
ativo não corrente disponível para venda, ou seja
desreconhecido.
A vida útil é definida em termos da utilidade esperada do ativo
para a entidade.

FECHO DE CONTAS 2015 413

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de Natureza Contabilística


Reconhecimento e mensuração
Depreciação
Quantia depreciável: custo de aquisição/produção deduzido do
valor residual
Podem ser adotados vários métodos de depreciação em
função do modo como se espera que ocorram os futuros
benefícios económicos pelo uso do ativo:
linha reta (quotas constantes);
com base nas unidades de produção;
quotas decrescentes (degressivas);

FECHO DE CONTAS 2015 414


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de Natureza Contabilística


Reconhecimento e mensuração
Perdas por imparidade
Perda de valor de um ativo para além da decorrente da sua
utilização normal
Segundo a NCRF12 — Imparidade de ativos, consiste em comparar:
a sua QUANTIA ESCRITURADA com
a sua QUANTIA RECUPERÁVEL, que é o maior entre
VALOR DE USO, valor presente dos fluxos de caixa futuros que se
espera que surjam do uso continuado do ativo e da sua alienação no fim
da sua vida útil
JUSTO VALOR - CUSTOS PARA VENDER

FECHO DE CONTAS 2015 415

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de Natureza Contabilística


Reconhecimento e mensuração
Desreconhecimento
Um activo fixo tangível deve ser desreconhecido quando for
vendido ou quando ele não gerar mais benefícios económicos
futuros pelo uso ou venda.
O desreconhecimento de um activo fixo tangível implica o
reconhecimento:
de uma perda (outros gastos e perdas em investimentos não
financeiros (687))
ou de um ganho (outros rendimentos e ganhos em investimentos não
financeiros (787)
a apresentar na demonstração dos resultados.

FECHO DE CONTAS 2015 416


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de Natureza Contabilística


Caso prático I
A sociedade X adquiriu um equipamento novo em 1.7.N-4 por 6.500 €, fixando
o período de vida útil esperado em 6 anos e o valor residual do equipamento
em 500 €.
Em 1.1.N-2 foi efetuada uma grande reparação de 1.200 € à qual foi atribuída um
período de vida útil de 3 anos.
O equipamento foi vendido em 30.9.N por 3.000 €.
Considerando o método de amortização linear, em regime de duodécimos,
calcule o resultado da venda a reconhecer no exercício N

FECHO DE CONTAS 2015 417

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Aspetos de Natureza Contabilística
Caso prático 1 (resolução)
Base da depreciação do equipamento: 6.500 (valor aquisição) - 500
(valor residual) = 6.000
Início da depreciação:01/07/n-4
Depreciações do equipamento
N-4: 500 (6.000 / 6 anos x 6 meses)
N-3: 1.000 (6.000 / 6 anos)
N-2: 1.000 (6.000 / 6 anos)
N-1: 1.000 (6.000 / 6 anos)
N: 750 (6.000 / 6 anos /12 * 9 meses)
Valor líquido contabilístico do bem em 30/09/N = 1.750
(6.000 – 500 – 1.000 – 1.000 – 1.000 – 750)
Grande reparação 01/01/n-2: 1.200
Depreciações:
N-2: 400 (1.200 / 3 anos)
N-1: 400 (1.200 / 3 anos)
N: 300 (1.200 / 3 anos / 12 * 9 meses)
Valor líquido da reparação do bem em 30/09/N = 100
(1.200 – 400 – 400 – 300)
Valor líquido total do bem em 30/09/N = 1.750 + 100 + 500 = 2.350
Mais valia contabilística = 3.000 – 2.350 = 650
FECHO DE CONTAS 2015 418
INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de natureza fiscal


Condições gerais de aceitação das depreciações e amortizações
Artigo 1.º Decreto Regulamentar 25/09 de 14/9
Artigo 29.º nº.1 CIRC
Podem ser objecto de depreciação ou amortização (e aceites
como gasto) os elementos do activo sujeitos a deperecimento,
considerando-se como tais os ativos fixos tangíveis, os ativos
intangíveis, os ativos biológicos que não sejam consumíveis e
as propriedades de investimento contabilizados ao custo
histórico que,
com carácter sistemático, sofrerem perdas de valor resultantes
da sua utilização ou do decurso do tempo.

FECHO DE CONTAS 2015 419

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de natureza fiscal


Depreciação de imóveis (artigo 10.º do DR n.º 25/2009)
No caso de imóveis o valor a considerar para efeitos de depreciação, é
excluído do valor do terreno.

No caso de imóveis sem a indicação expressa do valor do terreno, considera-


se que este corresponde a 25% do valor global.

Não existe a obrigação de separar contabilisticamente o valor do


terreno do valor da construção, passando esta informação a dever
constar do processo de documentação fiscal - "dossier fiscal“ (artigo
130º do CIRC)

FECHO DE CONTAS 2015 420


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de natureza fiscal


Início da Depreciação (nº 1 artigo 1.º do DR n.º 25/2009)
Contabilidade: A partir do momento em que o bem está
disponível para uso, de acordo com a NCRF 7 §55
Fiscalidade: Desde a sua entrada em funcionamento ou utilização,
de acordo com o nº 1 artigo 1.º do DR n.º 25/2009

FECHO DE CONTAS 2015 421

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Aspetos de natureza fiscal
Valor depreciável: Art.º 31º CIRC / Artigo 2º DR 25/09 de 14/9
A)Custo de aquisição ou de produção (respetivo preço de compra,
acrescido):
dos gastos acessórios suportados até à sua entrada em funcionamento ou
utilização;
das benfeitorias necessárias ou úteis realizadas
B) Valor resultante de reavaliação ao abrigo de legislação fiscal;
C) Valor de mercado, à data do reconhecimento inicial, para os bens
objeto de avaliação para esse efeito, quando não seja conhecido o custo
de aquisição ou de produção (caso das doações)

Para efeitos da determinação do valor depreciável ou amortizável


(novidade Lei 2/2014 Reforma do IRC nº2 artigo 31.º do CIRC)
Não são consideradas as despesas de desmantelamento; e
Deduz-se o valor residual.
Consequências fiscais importantes
Alinhamento com o §53 da NCRF 7
FECHO DE CONTAS 2015 422
INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de natureza fiscal


Depreciações e amortizações não dedutíveis para efeitos fiscais
(artigo 34.º CIRC)
Não são aceites como gastos:
As depreciações e amortizações de elementos do ativo não sujeitos
a deperecimento;
As depreciações de imóveis na parte correspondente ao valor dos
terrenos ou na não sujeita a deperecimento;
As depreciações e amortizações que excedam os limites
estabelecidos nos artigos anteriores;
As depreciações e amortizações praticadas para além do período
máximo de vida útil, ressalvando-se os casos especiais devidamente
justificados e aceites pela Autoridade Tributária e Aduaneira;

FECHO DE CONTAS 2015 423

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Aspetos de natureza fiscal
Depreciações e amortizações não dedutíveis para efeitos fiscais (artigo
34.º CIRC)

Não são aceites como gastos:


As depreciações das viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, incluindo os
veículos elétricos, na parte correspondente ao custo de aquisição ou ao
valor revalorizado excedente ao montante a definir por portaria do
membro do Governo responsável pela área das finanças, bem como dos
barcos de recreio e aviões de turismo, desde que tais bens não estejam
afetos ao serviço público de transportes nem se destinem a ser alugados no
exercício da atividade normal do sujeito passivo.
IMPORTANTE: mesmo a depreciação não aceite está sujeita a tributação
autónoma
Acréscimo das depreciações não aceites no campo 719 Q07

FECHO DE CONTAS 2015 424


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de natureza fiscal


Depreciação aceite fiscalmente: (Port. 467/2010 de 7/7)
Artigo 1.º: Custo de aquisição ou valor de reavaliação de veículos
1- Para as viaturas ligeiras de passageiros ou mistas adquiridas no período de
tributação iniciado em 1 de Janeiro de 2010 ou após essa data, o montante a que se
refere a alínea e) do n.º 1 do artigo 34.º do Código do IRC é fixado em € 40.000.

2- Para as viaturas ligeiras de passageiros ou mistas adquiridas no período de


tributação que se inicie em 1 de Janeiro de 2011 ou após essa data, o montante
referido no n.º 1 passa a ser de:
a) € 45.000 relativamente a veículos movidos exclusivamente a energia elétrica;
b) € 30.000 relativamente às restantes viaturas não abrangidas na alínea a).

3- Para as viaturas ligeiras de passageiros ou mistas adquiridas nos períodos de


tributação que se iniciem em 1 de Janeiro de 2012 ou após essa data, o montante
referido no n.º 1 passa a ser de:
a) € 50.000 relativamente a veículos movidos exclusivamente a energia elétrica;
b) € 25.000 relativamente às restantes viaturas não abrangidas na alínea a).
FECHO DE CONTAS 2015 425

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de natureza fiscal


Depreciação aceite fiscalmente: (Port. 467/2010 de 7/7 alterada pela Lei 82-
D/2014 Fiscalidade Verde)
O artigo 1.º da Portaria n.º 467/2010, de 7 de Julho, que define o custo de aquisição ou
o valor de reavaliação das viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, passa a ter a
seguinte redação:
3 - Para as viaturas ligeiras de passageiros ou mistas adquiridas nos períodos de tributação
que se iniciem entre 1 de janeiro de 2012 e 31 de dezembro de 2014, o montante
referido no n.º 1 passa a ser de:
a) € 50 000 relativamente a veículos movidos exclusivamente a energia elétrica
b) € 25 000 relativamente às restantes viaturas não abrangidas na alínea anterior.
4 - Para as viaturas ligeiras de passageiros ou mistas adquiridas nos períodos de tributação
que se iniciem em 1 de Janeiro de 2015 ou após essa data, o montante referido no n.º 1
passa a ser de:
€ 62.500 relativamente a veículos movidos exclusivamente a energia elétrica;
€ 50.000 relativamente a veículos movidos HIBRIDOS Plug-in;
€ 37.500 relativamente a veículos movidos a GPL ou GNV;
€ 25.000 relativamente ás restantes viaturas não abrangidas nas alíneas anteriores;
FECHO DE CONTAS 2015 426
INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

ASPETOS DE NATUREZA FISCAL


RESUMO: DEPRECIAÇÕES NÃO ACEITES ATÉ 31/12/2014
(PORTARIA 467/2010 DE 7/7)

Tipo de viatura Limite fiscalmente aceite para o valor de


aquisição até 31/12/2014
Anterior a 2010 2011 2012,
2009 2013 e
2014

Viaturas ligeiras de passageiros ou € 29 928 € 40 000 € 30 000 € 25 000


mistas
Viaturas movidas a energia n. a. € 40 000 € 45 000 € 50 000
eléctrica

FECHO DE CONTAS 2015 427

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
ASPETOS DE NATUREZA FISCAL

RESUMO: DEPRECIAÇÕES NÃO ACEITES A PARTIR DE 2015


(PORTARIA 467/2010 DE 7/7 ALTERADA PELA LEI 82-D/2014 )
Limite fiscalmente aceite para o valor de
aquisição-2015

Exclusivamente Híbridos GPL Viaturas


Tipo de viatura energia elétrica plug in Ou convencionais
GNV

Valor limite do custo de 62.500 € € 50.000 € 37.500 € 25.000


aquisição p/ efeitos de
depreciação 2015

FECHO DE CONTAS 2015 428


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de natureza fiscal


Tributação Autónoma (Artigo 88.º CIRC)
Sujeição a tributação autónoma, dos encargos efetuados ou suportados
com viaturas de passageiros, viaturas ligeiras de mercadorias
referidas na alínea b) do n.º 1 do artigo 7.º do Código do Imposto
sobre Veículos, motos ou motociclos (tais como depreciações, rendas ou
alugueres, seguros, manutenção e conservação, combustíveis e IUC)
No caso das viaturas acima referidas serem movidas exclusivamente a
energia elétrica, não existe qualquer tributação autónoma
No caso de viaturas ligeiras de passageiros híbridas plug-in, e viaturas
ligeiras de passageiros movidas a GPL ou GNV, existe uma redução
nas taxas

Todas as taxas de tributação autónoma são agravadas em 10 pontos


percentuais para sujeitos passivos que apresentem prejuízo fiscal
no período de tributação
FECHO DE CONTAS 2015 429

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de natureza fiscal


TAXAS DE TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA VIATURAS LIGEIRAS: n.º 3 do artigo 88.º do
Código do IRC
TIPO DE VIATURAS

CUSTO DA VIATURA ENERGIA HIBRIDA PLUG IN GPL OU GNV OUTRAS


ELECTRICA

Inferior a 25.000 € 0% 5% 7,5 % 10 %

Entre 25.000 € e 0% 10 % 15 % 27,5 %


35.000 €

Igual ou Superior 0% 17,5 % 27,5 % 35 %


a 35.000 €

FECHO DE CONTAS 2015 430


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de natureza fiscal


Tributação Autónoma (alterações Lei n.º 82-C/2014)
A Lei n.º 82-C/2014, de 31 de dezembro, veio alargar de uma forma
pouco clara, o âmbito de incidência das tributações autónomas, em
sede de IRC a algumas viaturas ligeiras de mercadorias.
Este diploma conferiu nova redação ao n.º 3 do artigo 88.º do
Código do IRC, cujo texto passou a ser a seguinte:
“São tributados autonomamente os encargos efetuados ou suportados
por sujeitos passivos que não beneficiem de isenções subjetivas e que
exerçam, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou
agrícola, relacionados com viaturas ligeiras de passageiros, viaturas
ligeiras de mercadorias referidas na alínea b) do n.º 1 do artigo
7.º do Código do Imposto sobre Veículos, motos ou motociclos,
excluindo os veículos movidos exclusivamente a energia elétrica, às
seguintes taxas:…”.

FECHO DE CONTAS 2015 431

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Aspetos de natureza fiscal
Tributação Autónoma (alterações Lei n.º 82-C/2014)
Para se entender quais são as viaturas ligeiras de mercadorias
abrangidas pela norma, é necessário analisar o conteúdo da alínea b)
do n.º 1 do artigo 7.º do Código do Imposto Sobre Veículos.
Ora, esta disposição refere-se aos automóveis ligeiros de utilização mista e aos
automóveis ligeiros de mercadorias, que não sejam tributados pelas taxas
reduzidas nem pela taxa intermédia, ou seja, aos automóveis que na
esfera deste imposto são tributados de acordo com a tabela A.
Ficam fora do âmbito da tributação autónoma os veículos ligeiros de
mercadorias que sejam tributados pela tabela B, ou seja, todos os
veículos que estão referidos no n.º 2 do artigo 7.º bem como nos artigos 8.º e
9.º do Código do Imposto Sobre Veículos, uma vez que estes são tributados
por taxas intermédias ou reduzidas
Entendimento sancionado pela AT informação vinculativa (conforme
processo n.º 750/2015, cujas conclusões foram sancionadas por
despacho de 17 de abril de 2015 da Diretora-Geral)
FECHO DE CONTAS 2015 432
INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Aspetos de natureza fiscal
Tributação Autónoma (alterações Lei n.º 82-C/2014)
Assim, estão sujeitas a tributação autónoma prevista no n.º 3 do
artigo 88.º do Código do IRC as viaturas ligeiras de mercadorias que
para efeitos de ISV sejam tributadas às taxas normais deste imposto,
ou seja, as previstas na tabela A constante do n.º 1 do artigo 7.º do
respetivo Código
Estão em causa veículos que, embora sejam homologados tecnicamente pela
entidade competente (Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I.P.) como
ligeiros de mercadorias (considerados da categoria N1 – veículos concebidos
e construídos para o transporte de mercadorias com massa máxima não
superior a 3,5 t), assemelham-se pelas características específicas com
que se apresentam (de que se destaca desde logo a carroçaria e a
lotação de 4 ou 5 lugares) como ligeiros de passageiros, razão pela
qual são tributados em sede de ISV pela taxa normal da tabela A, sendo-lhes
aplicável idêntico tratamento ao previsto para os automóveis de
passageiros.
FECHO DE CONTAS 2015 433

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de natureza fiscal


Tributação Autónoma (alterações Lei n.º 82-C/2014)
Assim, não estão sujeitas a tributação autónoma prevista no n.º 3
do artigo 88.º do Código do IRC, entre outras, as seguintes
viaturas:
Automóveis ligeiros de mercadorias, de caixa fechada, com lotação
máxima de três lugares, incluindo o do condutor, e altura interior da caixa
de carga inferior a 120 cm (abrangidos pela tabela B);
Automóveis ligeiros de mercadorias, de caixa fechada, com lotação
máxima de três lugares, incluindo o do condutor, e tração às quatro rodas,
permanente ou adaptável (abrangidos pela tabela B);
(etc.)

Consultar: Esclarecimentos sobre a incidência de tributação autónoma de IRC quanto às


viaturas ligeiras de mercadorias preparado em 2015-10-09 por Abílio Sousa para APECA

FECHO DE CONTAS 2015 434


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Aspetos de natureza fiscal
Tributação Autónoma (Quadro 10 e quadro 13 Modelo 22)

FECHO DE CONTAS 2015 435

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de natureza fiscal


Utilização pessoal de viatura automóvel que gere encargos para a
entidade patronal
De acordo com o n.º 9 da alínea b) do n.º 3 do artigo 2.º do CIRS consideram-
se rendimentos de trabalho dependente, os resultantes da utilização
pessoal pelo trabalhador, de viatura automóvel que gere encargos para
a entidade patronal, quando exista acordo escrito, sobre a imputação da
referida viatura automóvel.
Cumprimento cumulativo das seguintes condições:
Que resultem da utilização a título pessoal, pelo trabalhador ou
membro de órgão social, de uma viatura automóvel. Saliente-se
que esta norma abrange trabalhadores em geral bem como membros dos
órgãos sociais, nomeadamente administradores e gerentes, ainda que não
tenham qualquer outro tipo de remuneração;

FECHO DE CONTAS 2015 436


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de natureza fiscal


Utilização pessoal de viatura automóvel que gere encargos para
a entidade patronal
Cumprimento cumulativo das seguintes condições:
Que a viatura gere encargos para a entidade patronal. Importa
aqui referir que as viaturas automóveis em questão, não terão
obrigatoriamente de ser propriedade da empresa, podendo estar, em
regime de locação financeira ou locação operacional;
Que exista um acordo escrito entre a entidade patronal e o
trabalhador em causa, onde se encontre prevista a utilização para
fins pessoais, fora, portanto, do período normal de trabalho.

FECHO DE CONTAS 2015 437

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de natureza fiscal


Utilização pessoal de viatura automóvel que gere encargos para a
entidade patronal

Rendimento a tributar para efeitos de IRS = 0,75% x valor de mercado


da viatura x n.º meses de utilização (assim como o proporcional do n.º de
dias de utilização relativos ao 1º mês)
Alteração para 2015, a questão do valor de mercado (até 31/12/2014 era o
valor de aquisição)
Aplicação da Portaria n.º 383/2003 - Valor de mercado das viaturas

Rendimento a tributar para efeitos de segurança social = 0,75% x valor de


aquisição da viatura x n.º meses de utilização (assim como o
proporcional do n.º de dias de utilização relativos ao 1º mês)
Não foi alterado o código contributivo para 2015, pelo que seguimos a
letra do n.º 4 do art.º 46.º-A do CC
FECHO DE CONTAS 2015 438
INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Aspetos de natureza fiscal
Utilização pessoal de viatura automóvel que gere encargos para a
entidade patronal
Efeitos fiscais e obrigações acessórias:
Na esfera do trabalhador
Rendimento em espécie, previsto no artigo 24.º do CIRS, sem retenção
na fonte, nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 99.º do CIRS, que
dispensa de retenção na fonte, entre outros rendimentos em espécie, os
previstos no artigo 2.º, n.º 3, alínea b), n.º 9 do CIRS;
Rendimento englobado e tributado às taxas marginais de IRS,
depois da entrega da declaração modelo 3 do ano relativo ao rendimento,
sendo declarado no Quadro 4 do Anexo A
Na esfera pessoal do trabalhador, este rendimento está sujeito a taxa
social única, às taxas contributivas em vigor, de acordo com o disposto na
alínea s) do n.º 2 do art.º 46.º, reunidas as condições do n.º 1 do art.º 46.º-A,
ambos do CC.
FECHO DE CONTAS 2015 439

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de natureza fiscal


Utilização pessoal de viatura automóvel que gere encargos para a
entidade patronal
Efeitos fiscais e obrigações acessórias:
Na esfera do empregador
O afastamento total das tributações autónomas que incidem sobre
viaturas ligeiras de passageiros, nos termos do disposto na alínea b) do
n.º 6 do art.º 88.º do CIRC, com a redação em vigor desde 1 de Janeiro de
2014, face às alterações introduzidas pela Lei n.º 2/2014, de 16/01;
Este tipo de rendimentos não está sujeito a retenção na fonte. No
entanto, releva para efeitos de cálculo da taxa de retenção mensal. Para 2015,
com a revogação do Decreto – Lei 42/91, pela Lei n.º 82-E/2014 de 31/12, esta
disposição passou a constar do artigo 99.º -C do CIRS;

FECHO DE CONTAS 2015 440


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de natureza fiscal


Utilização pessoal de viatura automóvel que gere encargos para a
entidade patronal
Efeitos fiscais e obrigações acessórias:
Na esfera do empregador
A sujeição a taxa social única, às taxas contributivas em vigor, de
acordo com o disposto na alínea s) n.º 2 do art.º 46.º, reunidas as condições
do n.º 1 do art.º 46.º-A, ambos do CC. Note-se que de acordo com o art.º
46.º-A, n.º 4 do CC, o valor sujeito a incidência contributiva corresponde a
0,75% do custo de aquisição da viatura.
Esta remuneração para efeitos de declaração de remunerações à
segurança social, deve constar mensalmente, devendo ser declarada
com o código A – ajudas de custo e transportes (n.º de dias = 0);

FECHO DE CONTAS 2015 441

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Aspetos de natureza fiscal
Utilização pessoal de viatura automóvel que gere encargos para a
entidade patronal
Outros aspetos
Estes montantes deverão ser devidamente incluídos no processamento do
vencimento mensal do trabalhador e no respetivo recibo de vencimento a
entregar ao trabalhador. O valor respeitante à utilização da viatura efetivamente não
é recebido, dado que constitui uma remuneração especial (em espécie), mas não deixa de
traduzir uma prestação retributiva que, como tal, deve constar dos documentos
respeitantes à retribuição;
Mesmo que não exista qualquer outra remuneração (o que poderá ocorrer no
caso por exemplo de gerentes ou administradores não remunerados), este rendimento
deverá constar do recibo do vencimento ainda que do mesmo não conste qualquer outra
importância;
Por último, e uma vez que este montante não é recebido em termos
monetários, o mesmo deverá ser refletido numa linha de remunerações e
simultaneamente, o montante líquido a receber na parte dos descontos.
FECHO DE CONTAS 2015 442
INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de natureza fiscal


Utilização pessoal de viatura automóvel que gere encargos para a
entidade patronal
Obrigações declarativas
Obrigatoriedade de inclusão na declaração de rendimentos a que se refere a
alínea b) do artigo 119º do CIRS.
Este é um rendimento que deverá ser apurado, mês a mês, devendo
constar da declaração mensal de remunerações, onde deverão ser
declarados os rendimentos do trabalho dependente (categoria A) auferidos por
sujeitos passivos residentes no território nacional, incluindo os rendimentos
dispensados de retenção na fonte. Deverá ser utilizado o código A5, conforme
instruções de preenchimento, devendo ser declarado o rendimento mensal.
Efeito prático: os acordos celebrados sobre viaturas cujos valores de aquisição
sejam mais elevados conduzirão, em princípio, a maiores vantagens fiscais.
FECHO DE CONTAS 2015 443

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Aspetos de natureza fiscal
Utilização pessoal de viatura automóvel que gere encargos para a
entidade patronal
Exemplo de aplicação
1 de Janeiro de 2015, a empresa A, celebrou com um trabalhador, um acordo
escrito de utilização a título pessoal de uma viatura ligeira de passageiros,
adquirida em Janeiro de 2014 por 50.000€. Para efeitos do processamento mensal
de remunerações, teríamos:
Rendimento a tributar em 31 de Janeiro de 2015:
[0,75% x valor de mercado da viatura x 1 mês], em que,
Valor de mercado viatura = valor de aquisição – (valor de aquisição x
Coeficiente de desvalorização acumulado da portaria n.º 383/2003)
= 50.000 – (50.000x0.20) idade da viatura é 1 ano
= 50.000€ - 10.000€
= 40.000€, logo,
Rendimento a tributar = 0,75% x 40.000€ = 300€
FECHO DE CONTAS 2015 444
INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de natureza fiscal


Elementos de reduzido valor (artigo 19.º do DR 25/2009)
Os elementos do ativo sujeitos a deperecimento, cujos custos unitários de
aquisição ou de produção não ultrapassem € 1000,
podem ser totalmente depreciados ou amortizados num só período de
tributação, exceto quando façam parte integrante de um conjunto de
elementos que deva ser depreciado ou amortizado como um todo.
Estes ativos, depreciados ou amortizados, de acordo com o referido
anteriormente, devem constar dos mapas das depreciações e
amortizações pelo seu valor global, numa linha própria para os
elementos adquiridos ou produzidos em cada período de tributação, com a
designação «Elementos de custo unitário inferior a € 1000», elementos estes
cujo período máximo de vida útil se considera, para efeitos fiscais, de um ano.

FECHO DE CONTAS 2015 445

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de natureza fiscal


Amortização/Vida útil
§62 NCRF 7: linha reta, saldo decrescente, unidades de produção
Art.º 30º CIRC e 4.º DR 25/09 Métodos de depreciação admitidos
fiscalmente
Linha Reta
Quotas decrescentes (exceto bens em estado de uso, viaturas ligeiras de
passageiros, mobiliário e equipamentos sociais)
Outros métodos (adoção depende de autorização se…)
A adoção de métodos de depreciação e amortização diferentes dos referidos
anteriormente, de que resulte a aplicação de quotas de depreciação ou
amortização superiores às previstas no artigo 31.º depende de
autorização da Autoridade Tributária e Aduaneira, a qual deve ser
solicitada até ao termo do período de tributação, através de requerimento em
que se indiquem os métodos a adotar e as razões que os justificam
FECHO DE CONTAS 2015 446
INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de natureza fiscal


Aplicação consistente dos métodos de amortização
§61 NCRF 7: o método de depreciação é aplicado consistentemente a um
ativo de período para período (alteração em casos excecionais)
Artigo 8.º DR 25/2009: Aplicação uniforme dos métodos de
depreciação e amortização é a regra (alterações só por razões
devidamente justificadas)
Artigo 31-ºA do CIRC - Mudança de métodos de depreciação e
amortização e alterações na vida útil dos ativos não correntes
1) Os métodos de depreciação devem ser uniformemente seguidos nos
sucessivos períodos de tributação
2) Podem, no entanto, verificar-se mudanças dos referidos métodos e na vida
útil dos ativos sempre que as mesmas se justifiquem por razões de natureza
económica ou técnica e sejam aceites pela Autoridade Tributária e Aduaneira.
FECHO DE CONTAS 2015 447

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Aspetos de natureza fiscal
Aplicação consistente dos métodos de amortização
Artigo 31-ºA do CIRC - Mudança de métodos de depreciação e
amortização e alterações na vida útil dos ativos não correntes
No entanto, e apesar do referido anteriormente, não se encontra
prejudicada a variação das quotas de depreciação ou amortização de
acordo com o regime mais ou menos intensivo ou com outras condições de
utilização dos elementos a que respeitam
não podendo, no entanto, as quotas mínimas imputáveis ao período de
tributação ser deduzidas para efeitos de determinação do lucro de
outros períodos de tributação
Existe ainda assim a possibilidade, mediante autorização prévia
da DGCI, de utilização de quotas de depreciação inferiores às
quotas mínimas, exceto relativamente aos ativos não correntes
detidos para venda
FECHO DE CONTAS 2015 448
INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de natureza fiscal


Desvalorizações excecionais (artigo 31.ºB-CIRC)
Podem ser aceites como gastos fiscais as perdas por imparidade em ativos não
correntes provenientes de causas anormais comprovadas,
designadamente desastres, fenómenos naturais, inovações técnicas
excecionalmente rápidas ou alterações significativas, com efeito adverso,
no contexto legal
O regime das desvalorizações excepcionais está previsto no Código do IRC
(art.º 31-Bº) e é alargado a desvalorizações excepcionais provenientes de
alterações significativas, com efeito adverso, no contexto legal.
Imparidade (nº 7, Art.º 31-B) As perdas por imparidade em ativos tangíveis
amortizáveis que não sejam aceites fiscalmente como desvalorizações
excecionais, são consideradas dedutíveis, em partes iguais, durante o período de
vida útil remanescente desse ativo ou até ao exercício da sua transmissão ou
abate.
FECHO DE CONTAS 2015 449

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de natureza fiscal


Desvalorizações excecionais (artigo 31.ºB-CIRC)
A) No caso do abate físico, desmantelamento, abandono ou inutilização,
não ocorrer no mesmo período em que ocorreu o facto que determinou
a desvalorização excecional:
Requerimento à AT, durante o mês de Janeiro seguinte ao exercício de
ocorrência dos factos para obter a aceitação da depreciação excecional;
Elementos a anexar ao requerimento:
-Documentos/elementos comprovativos dos factos:
-Decisão do órgão de gestão (acta) que confirme os factos e indique o
destino a dar aos bens (exº abate)
B) No caso do abate físico, desmantelamento, abandono ou inutilização,
ocorrer no mesmo período em que ocorreu o facto que determinou a
desvalorização excecional:
não é necessário o Requerimento à AT.
FECHO DE CONTAS 2015 450
INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de natureza fiscal


Desvalorizações excecionais (artigo 31.ºB-CIRC)
A + B) Em ambas as situações referidas anteriormente, existe a
necessidade de anexar prova ao dossier fiscal, de modo a que:
a) Seja comprovado o abate físico, desmantelamento, abandono ou inutilização
dos bens, através do respectivo auto, assinado por duas testemunhas, e
identificados e comprovados os factos que originaram as desvalorizações
excecionais;
b) O auto seja acompanhado de relação discriminativa dos elementos em
causa, contendo, relativamente a cada ativo, a descrição, o ano e o custo de
aquisição, bem como o valor líquido contabilístico e o valor líquido fiscal;
c) Seja comunicado ao serviço de finanças da área do local onde aqueles
bens se encontrem, com a antecedência mínima de 15 dias, o local, a data e a
hora do abate físico, o desmantelamento, o abandono ou a inutilização e o total
do valor líquido fiscal dos mesmos.
FECHO DE CONTAS 2015 451

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de natureza fiscal


Mais e menos-valias fiscais
Artigo 46.º n.º1 CIRC Conceito de mais-valias e de
menos-valias
Ganhos obtidos ou as perdas sofridas
Mediante transmissão onerosa,
decorrentes de sinistros
ou os resultantes da afetação permanente a fins alheios à atividade
exercida
Ativos fixos tangíveis
Ativos intangíveis
Ativos Biológicos não consumíveis
Propriedades de Investimento
Ou qualquer destes ativos reclassificados como ANCDV
Instrumentos financeiros (exceção: IF reconhecidos pelo JV – art.º 18
n.º9 al) a e b
FECHO DE CONTAS 2015 452
INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de natureza fiscal


Mais e menos-valias fiscais
Cálculo das mais e menos valias fiscais (n.º2 artigo 46.º CIRC)
Valor de realização, líquido dos encargos que lhe sejam inerente -
Valor de aquisição deduzido de: -
das perdas por imparidade e outras correções de valor previstas nos
artigos 28.º-A, e 31.º-B
das amortizações fiscalmente aceites, e
-
ainda dos valores reconhecidos como gasto fiscal nos termos do art.º 45-
A CIRC

Ao valor de aquisição corrigido, aplica-se fator correção monetária


se o ativo tiver + de 2 anos após a data de aquisição Portaria n.º
400/2015 de 16 de Novembro)
FECHO DE CONTAS 2015 453

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Aspetos de natureza fiscal
Mais-valias e reinvestimento – artigo 48.º do CIRC (alterações
decorrentes da Lei n.º2 /2014 reforma do IRC)
O regime fiscal do reinvestimento passa a ser aplicável aos ativos intangíveis, exceto
os adquiridos ou alienados a entidades com as quais existam relações especiais
deixa de se aplicar às propriedades de investimento.
É também revogado o regime de reinvestimento de partes de capital.
Para a aplicação deste regime exige-se a obrigação de detenção por período não
inferior a um ano dos bens em que seja reinvestido o valor de realização (este
período mínimo de detenção é contado a partir do final do período de tributação em
que ocorre a realização).
Alterações decorrentes da reforma do IRC
Inclusão dos ativos intangíveis no regime do reinvestimento
Exclusão das propriedades de investimento do regime do reinvestimento
Exclusão das partes de capital do regime do reinvestimento
FECHO DE CONTAS 2015 454
INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Aspetos de natureza fiscal
Regime fiscal do reinvestimento - artigo 48.º CIRC
Prazo de reinvestimento: n-1 a n+2
Tributação em 50% (campo 740)
ATIVOS ELIGÍVEIS
As mais valias relacionadas com: Podem ser reinvestidas em:
Ativos intangíveis Ativos intangíveis
Ativos fixos tangíveis Ativos fixos tangíveis
Ativos biológicos de produção, Ativos biológicos de produção
Ainda que reclassificados como
Ativos não correntes detidos para
venda No período de tributação anterior
Detidos por um período não < 1 ao da realização , no próprio, ou até
ano ao fim do 2º período de tributação
seguinte.
FECHO DE CONTAS 2015 455

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de natureza fiscal


Regime fiscal do reinvestimento - artigo 48.º CIRC
Declaração Anual IES – quadro 09 Anexo A
Mais-Valias: reinvestimento dos valores de realização
O presente quadro destina-se a dar cumprimento ao n.º 5 do artigo 48.º do
CIRC, pelo que o seu preenchimento apenas é obrigatório quando haja
intenção de efetuar reinvestimento.
Na coluna "Saldo apurado entre as mais-valias e a menos-valias" deve ser
inscrito o valor apurado no mapa das mais valias e menos-valias, discriminado
por natureza do bem. O transporte deste valor para o quadro 07 da
declaração modelo 22, deve ser efetuado de acordo com as regras
estabelecidas no artigo 48.º do CIRC.

Declaração modelo 22 (Q07 campo 740)

FECHO DE CONTAS 2015 456


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de natureza fiscal


Regime fiscal do reinvestimento - artigo 48.º CIRC
Declaração Anual IES – quadro 09 Anexo A - Exemplo de
preenchimento:
A empresa "A" em 2014 alienou um bem ativo fixo tangível no valor de
20.000,00 euros, tendo apurado um saldo positivo entre as mais-valias e as
menos-valias no montante de 3.000,00 euros.
Em 2013, a empresa havia adquirido bens, no valor de 5.000,00 euros que
pretende considerar para efeitos de reinvestimento do valor de realização
obtido em 2014. Neste período, adquiriu ativos fixos tangíveis no valor de
10.000,00 euros.
Considerando que em 2015 e 2016 irá reinvestir as quantias de 2.000,00
euros e 6.000,00 euros, respetivamente, o quadro 09, em cada um dos anos
a seguir indicados, deve ser preenchido da seguinte forma:

FECHO DE CONTAS 2015 457

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3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de natureza fiscal


Regime fiscal do reinvestimento - artigo 48.º CIRC
Declaração Anual IES – quadro 09 Anexo A - Exemplo de
preenchimento:
IES/DA relativa a 2014:
Campo A0901: 20.000,00
Campo A0907: 3.000,00
Campo A0917: 5.000,00
Campo A0913: 10.000,00
IES/DA relativa a 2015:
Campo A0913: 2.000,00
IES/DA relativa a 2016:
Campo A0913: 6.000,00

FECHO DE CONTAS 2015 458


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Aspetos de natureza fiscal
Regime fiscal do reinvestimento - artigo 48.º CIRC
Declaração Anual IES – quadro 09 Anexo A - Exemplo de preenchimento (ano 2014)

20 000 00 10 000 00 3 000 00

5 000 00

FECHO DE CONTAS 2015 459

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Aspetos de natureza fiscal
Regime fiscal do reinvestimento - artigo 48.º CIRC
Declaração Anual IES – quadro 09 Anexo A - Exemplo de preenchimento (ano 2015)

2 000 00

FECHO DE CONTAS 2015 460


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Aspetos de natureza fiscal
Regime fiscal do reinvestimento - artigo 48.º CIRC
Declaração Anual IES – quadro 09 Anexo A - Exemplo de preenchimento (ano 2016)

6 000 00

FECHO DE CONTAS 2015 461

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Aspetos de natureza fiscal
Menos-valias fiscais
Encargos não dedutíveis para efeitos fiscais (al. l) do nº 1 do art.º
23-A do CIRC)
Não são fiscalmente dedutíveis as menos-valias :
decorrentes da alienação de barcos de recreio, aviões de turismo
(estas nunca são aceites), e
Viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, não afectos à exploração de
serviço público de transportes nem se destinem a ser alugados no
exercício da actividade normal do sujeito passivo,
exceto na parte em que correspondam ao valor
fiscalmente depreciável nos termos da alínea e) do n.º 1
do artigo 34.º, ainda não aceite como gasto
Situação de depreciações das viaturas ligeiras de passageiros ou
mistas, incluindo os veículos elétricos, na parte correspondente
ao custo de aquisição ou ao valor revalorizado excedente ao
montante a definir por portaria.
FECHO DE CONTAS 2015 462
INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Aspetos de natureza fiscal
Mais e Menos-valias fiscais
O caso particular das viaturas ligeiras de passageiros (de
acordo com a circular 6/2011)
Para as viaturas ligeiras de passageiros ou mistas cujo valor de
aquisição ou de reavaliação não exceda o limite fixado na alínea e) do
n.º 1 do artigo 34.º do Código do IRC, a mais valia ou menos valia fiscal
resulta da:
diferença entre o valor de realização, líquido dos encargos que lhe
sejam inerentes, e o valor de aquisição deduzido das perdas por
imparidade bem como das depreciações aceites fiscalmente (cf.
art.º 46.º, n.º 2).

Embora tal não resulte da lei (art.º 46.º, n.º 2) de acordo com o
acetato seguinte, para as VLP que excedam o limite, aplica-se o
disposto na circular 6/2011. 463
FECHO DE CONTAS 2014

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Mais e Menos-valias fiscais


O caso particular das viaturas ligeiras de passageiros (de
acordo com a circular 6/2011)
Para as viaturas ligeiras de passageiros ou mistas cujo valor de
aquisição ou de reavaliação exceda aquele limite ( alínea e) do n.º 1 do
artigo 34.º do Código do IRC), deve observar-se o seguinte:
No cálculo da mais ou menos valia fiscal devem-se considerar as
depreciações praticadas (valor das depreciações que releva é o das
praticadas na contabilidade)
No caso de se apurar uma menos valia fiscal, deve ser aplicado o
disposto na alínea l) do n.º 1 do art.º 23-A.º do Código do IRC,
considerando-se que a parcela da menos valia fiscal passível de
ser deduzida como gasto é a proporcional ao valor fiscalmente
depreciável, ou seja:

FECHO DE CONTAS 2014 464


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3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Mais e Menos-valias fiscais


O caso particular das viaturas ligeiras de passageiros (de
acordo com a circular 6/2011)
No caso de se apurar uma menos valia fiscal:
mv fiscal dedutível = valor limite / valor de aquisição x mv fiscal
Como a menos valia fiscal entra no cômputo da diferença positiva ou
negativa entre as mais valias e as menos valias fiscais:
tem de se corrigir autonomamente, numa linha em branco no
quadro 07 da declaração de rendimentos de IRC, Modelo 22, a
parcela da menos valia fiscal que não é dedutível,
ou seja, a diferença entre a menos valia fiscal normalmente apurada e a
menos valia fiscal que é dedutível

FECHO DE CONTAS 2014 465

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Mais e Menos-valias fiscais


O caso particular das menos valias fiscais em viaturas ligeiras de
passageiros que ultrapassam o limite da Portaria - Exemplo
A sociedade “Carros sem rodas, Lda." adquiriu em 2012, uma
viatura ligeira de passageiros a gasolina que se encontra registada
na sua contabilidade como activo fixo tangível, pelo valor de €
50.000,00.

A taxa máxima de depreciação do bem, prevista no Decreto


Regulamentar é 25%.

A sociedade depreciou o bem àquela taxa durante os períodos de


2012, 2013.

Que tratamento dar a esta situação?

FECHO DE CONTAS 2014 466


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3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Mais e Menos-valias fiscais


O caso particular das menos valias fiscais em viaturas ligeiras de
passageiros que ultrapassam o limite da Portaria - Exemplo

Depreciações praticadas (contabilidade):


2012: 12.500 (50.000 X 25%)
2013: 12.500 (50.000 X 25%)

Depreciações aceites:
2012: 6.250 (25.000 X 25%)
2013: 6.250 (25.000 X 25%)

Enquadramento fiscal:
2012: acréscimo 6.250 no campo 719 Q. 07 modelo 22 (12.500 – 6.250)
2013: acréscimo 6.250 no campo 719 Q. 07 modelo 22 (12.500 – 6.250)
FECHO DE CONTAS 2014 467

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Mais e Menos-valias fiscais


O caso particular das menos valias fiscais em viaturas ligeiras de
passageiros que ultrapassam o limite da Portaria - Exemplo
Em 2014 procedeu á venda da viatura por 10.000 euros.
O coeficiente de desvalorização da moeda é de 1,03.
Efectuar o cálculo da menos-valia fiscal e tratamento ao nível do
Q07.

FECHO DE CONTAS 2014 468


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Mais e Menos-valias fiscais
O caso particular das menos valias fiscais em viaturas ligeiras de
passageiros que ultrapassam o limite da Portaria - Exemplo
Depreciações praticadas (contabilidade):
2012 = 12.500 (50.000 x 25%)
2013 = 12.500 (50.000 x 25%)
TOTAL = 25.000
Depreciações aceites:
2012: 6.250 (25.000 X 25%)
2013: 6.250 (25.000 X 25%)

Menos Valia contabilística: 10.000 - (50.000 - 25.000) = - 15.000


Acresce Q07 campo 736
Menos Valia fiscal: 10.000 - (50.000 – 25.000) x 1,03 = -15.750
Deduz Q07 campo 769 (1)
Menos Valia Fiscal Aceite = valor limite / valor de aquisição x mv fiscal
(25.000/50.000 x 15.750) = 7.875 euros (2)
Acresce no quadro 07 campo 752 (linha em branco) parte não aceite:
a diferença entre (1) – (2) = 15.750 - 7.875 = 7.875 euros
FECHO DE CONTAS 2014 469

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Aspetos de natureza fiscal
Correções decorrentes do VPT Artigo 64.ºCIRC
Nº1 e n.º2: Sempre que o valor da venda for inferior ao valor
patrimonial tributário (VPT) definitivo do imóvel, os alienantes e os
adquirentes devem adotar este último para efeitos da determinação de
qualquer resultado tributável em IRC relativamente ao imóvel.
Existindo uma diferença positiva entre o VPT e o Custo de Aquisição, o
tratamento contabilístico e fiscal dado ao imóvel é suportado no dossier fiscal
do adquirente.
O sujeito passivo alienante deve efetuar uma correção, na declaração de
rendimentos do período de tributação a que é imputável o rendimento obtido
com a operação de transmissão, correspondente à diferença positiva entre o
valor patrimonial tributário definitivo do imóvel e o valor constante do
contrato (acrescer campo 745 Q07).

FECHO DE CONTAS 2015 470


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de natureza fiscal


Correções decorrentes do VPT Artigo 64.ºCIRC
Artigo 139.º do CIRC: Prova do preço efetivo na transmissão de
imóveis
Nº1 – A correção ao lucro tributável prevista no artigo 64.º não é aplicável se o
sujeito passivo fizer prova de que o preço efetivamente praticado na
transmissão dos imóveis foi inferior ao VPT definitivo.
N.º3 - A prova referida no n.º 1 deve ser efetuada em procedimento instaurado
mediante requerimento dirigido ao diretor de finanças competente e apresentado
em Janeiro do ano seguinte àquele em que ocorreram as transmissões, caso o valor
patrimonial tributário já se encontre definitivamente fixado, ou nos 30 dias
posteriores à data em que a avaliação se tornou definitiva, nos restantes casos.
N.º4 - Em caso de apresentação do pedido de demonstração previsto no presente
artigo, a administração fiscal pode aceder à informação bancária do
requerente e dos respetivos administradores ou gerentes referente ao
período de tributação em que ocorreu a transmissão e ao período de tributação
anterior, devendo para o efeito ser anexados os correspondentes documentos de
autorização.
FECHO DE CONTAS 2015 471

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Aspetos de natureza fiscal
Correções decorrentes do VPT Artigo 64.ºCIRC
Contrariamente ao que acontecia anteriormente, deixou de ser possível a
contabilização da compra pelo valor patrimonial tributário (VPT). No entanto, para efeitos
fiscais, o VPT é tomado em consideração na determinação de qualquer resultado
tributável em IRC que venha a ser apurado relativamente ao imóvel.
Quando o sujeito passivo transmitir o imóvel, o resultado fiscal é apurado
considerando como valor de aquisição o VPT (de valor superior ao de aquisição) e
não o custo de aquisição que foi reconhecido no ativo.
Sempre que nas transmissões onerosas de imóveis o valor constante do contrato seja
inferior ao respetivo valor patrimonial tributário definitivo, é este o valor a
considerar pelo alienante e pelo adquirente para determinação do lucro tributável.
Se o valor patrimonial tributário definitivo do imóvel não estiver determinado
até ao final do prazo estabelecido para a entrega da declaração do período de
tributação a que respeita a transmissão, os sujeitos passivos devem entregar a
declaração de substituição durante o mês de Janeiro do ano seguinte àquele em
que os valores patrimoniais tributários se tornaram definitivos.
FECHO DE CONTAS 2015 472
INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de natureza fiscal


Correções decorrentes do VPT Artigo 64.ºCIRC
Exemplo de aplicação 1 – correção valor de venda do imóvel
Uma empresa alienou um imóvel em Agosto de 2015.
O valor de realização foi de 800.000 €
Em dezembro de 2015, a empresa foi notificada do valor patrimonial
tributário definitivo do imóvel: 850.000 €
Neste caso, deverá fazer a seguinte correção:
A acrescer no campo 745 Q07: 50.000€
Exemplo de aplicação 2 – correção valor de venda do imóvel
Se a notificação for efetuada, por exemplo, em Junho de 2016, a empresa
deverá enviar a declaração modelo 22 de 2015 em maio sem qualquer
correção, devendo proceder ao envio de uma declaração de substituição
em janeiro de 2017 (n.º4 art.º 64 CIRC)
FECHO DE CONTAS 2015 473

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Aspetos de natureza fiscal


Correções decorrentes do VPT Artigo 64.ºCIRC
Exemplo de aplicação 3 – Efeitos da correção no adquirente
O adquirente, comprou este imóvel por 800.000 € e reconheceu-o nos
seus inventários pelo respetivo custo de aquisição (800.000 €).
Ao ser notificado do VPT (850.000 €), deve integrar o respetivo
documento no dossier fiscal previsto no art.º 130.º (art.º 64.º, n.º 5).
Este documento poderá ser importante no momento em que decidir
vender este imóvel.

FECHO DE CONTAS 2015 474


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.43 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Aspetos de natureza fiscal
Modelo da revalorização
Depreciações e amortizações de ativos mensurados tendo como base o
modelo de revalorização
De acordo com a legislação fiscal, a mensuração pelo modelo de revalorização não
pode ter impacto no cálculo do imposto.
Deste modo, apenas são aceites como gasto as depreciações e amortizações calculadas
com base nos ativos mensurados ao custo histórico
No programa de gestão de investimentos recomenda-se a criação de fichas
separadas respeitantes às revalorizações, no sentido de ser facilmente
identificável o valor a acrescer no campo 719 Q07

Depreciações e amortizações de ativos mensurados tendo como base uma


reavaliação efetuada ao abrigo de legislação fiscal
Relativamente às reavaliações ao abrigo de diplomas de carácter fiscal, não é aceite
como gasto, para efeitos fiscais, o produto de 0,4 pela importância do aumento das
depreciações resultantes dessas reavaliações.
A correção deve ser efetuada no campo 720 Q07

FECHO DE CONTAS 2015 475

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

FECHO DE CONTAS DE 2015


3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS
3.4 Investimentos

3.44 ATIVOS INTANGÍVEIS

FECHO DE CONTAS 2015 476


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.44 ATIVOS INTANGÍVEIS

Fecho de contas:
Contabilização das despesas de pesquisa / investigação: gasto
Contabilização das despesas de desenvolvimento: capitalizar sob
determinadas condições.
Marcas geradas internamente, despesas de publicidade, despesas de
constituição e aumento de capital: gasto
Despesas de formação: gasto
Ativos com vida útil indefinida (exemplo: marca sem vida útil definida)
Obrigatoriedade de testes de imparidade anuais e
Sempre que exista indicação que o AI possa estar em imparidade
Quanto custam os testes de imparidade anuais obrigatórios?
O que fazer quando a empresa não faz os testes de imparidade
obrigatórios?

FECHO DE CONTAS 2015 477

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.44 ATIVOS INTANGÍVEIS
Aspetos de natureza contabilística
Conceitos gerais e definição
Contas a utilizar:
44 Ativos intangíveis

441 Goodwill
442 Projectos de desenvolvimento *
443 Programas de computador
444 Propriedade industrial
... ...
446 Outros ativos intangíveis
……
448 Amortizações acumuladas
449 Perdas por imparidade acumuladas *

FECHO DE CONTAS 2015 478


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.44 ATIVOS INTANGÍVEIS

Aspetos de natureza contabilística


Conceitos gerais e definição
APRESENTAÇÃO NO BALANÇO

FECHO DE CONTAS 2015 479

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.44 ATIVOS INTANGÍVEIS

Aspetos de natureza contabilística


Conceitos gerais e definição
NCRF 6 - Ativos intangíveis
Características dos ativos intangíveis:
Identificáveis (separável da empresa como um todo, tem de se poder
vender, trocar ou ter direitos contratuais).
Não monetários.
Sem substância física.
Controlados pela empresa
Usados por mais de um período

FECHO DE CONTAS 2015 480


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.44 ATIVOS INTANGÍVEIS

Aspetos de natureza contabilística


Reconhecimento e mensuração
Reconhecimento
Para reconhecer um activo intangível é necessário que o
elemento se enquadre:
a. Na definição de ativo intangível
b. E cumpra os critérios de reconhecimento

Um activo intangível deve ser reconhecido se, e apenas se:


a. For provável que futuros benefícios económicos que são atribuíveis
ao activo provenham para a empresa
b. O custo do activo possa ser mensurado com fiabilidade.

FECHO DE CONTAS 2015 481

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.44 ATIVOS INTANGÍVEIS
Aspetos de natureza contabilística
Reconhecimento e mensuração
Reconhecimento (aquisição separada)
O preço reflete a probabilidade da obtenção dos benefícios económicos
O custo de ativo intangível comprado separadamente é normalmente
mensurado com fiabilidade
Reconhecimento (ativos gerados internamente)
É difícil:
Identificar quando existe um ativo intangível.
Determinar o seu custo com fiabilidade.
Para determinar se o ativo intangível gerado internamente se
qualifica para reconhecimento é necessário separar:
A fase da pesquisa (investigação)
Da fase do desenvolvimento
FECHO DE CONTAS 2015 482
INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.44 ATIVOS INTANGÍVEIS

Aspetos de natureza contabilística


Reconhecimento e mensuração
Reconhecimento – ativos gerados internamente
Pesquisa: é a investigação original e planeada levada a efeito com a perspetiva
de obter novos conhecimentos científicos ou tecnológicos.
Nenhum ativo fixo intangível deve ser reconhecido da pesquisa.
Os custos com pesquisa são reconhecidos como um gasto quando
incorridos
Desenvolvimento: é a aplicação das descobertas derivadas da pesquisa
ou de outros conhecimentos a um plano ou conceção para a produção de
materiais, mecanismos, aparelhos, processos, sistemas ou serviços novos ou
substancialmente melhorados, antes do início da produção comercial ou uso

FECHO DE CONTAS 2015 483

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.44 ATIVOS INTANGÍVEIS
Aspetos de natureza contabilística
Reconhecimento e mensuração
Reconhecimento – ativos gerados internamente
Conta 442 - Projectos de desenvolvimento (notas enquadramento)
Serão registados nesta conta os dispêndios que, nos termos do § 57 da NCRF
6 - Ativos intangíveis, reúnam as condições para se qualificarem como ativos
intangíveis. Reconhecer como ativo se uma entidade puder
demonstrar tudo o que se segue:
A viabilidade técnica de concluir o ativo
A intenção para concluir o ativo e usá-lo ou vendê-lo
A sua capacidade para o usar ou vender
A forma como o ativo gerará prováveis benefícios económicos futuros
Que é possível mensurar com fiabilidade o custo do ativo
A disponibilidade de meios técnicos, financeiros e outros para concluir o
desenvolvimento do ativo.
Enquanto se considerar que estamos na fase da pesquisa (investigação), todos
os montantes deverão ser considerados como gasto.
FECHO DE CONTAS 2015 484
INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.44 ATIVOS INTANGÍVEIS

Aspetos de natureza contabilística


Reconhecimento e mensuração
Reconhecimento – ativos gerados internamente
Exemplos de custos com desenvolvimento que não devem ser
reconhecidos como um ativo intangível:
Marcas, cabeçalhos, títulos de publicações, listas de clientes, …
Exemplos de custos com ativos intangíveis que devem ser
reconhecidos como um gasto:
Custos de arranque.
Atividades de formação.
Atividades de publicidade e promoção.
Mudança de local ou reorganização de uma entidade

FECHO DE CONTAS 2015 485

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.44 ATIVOS INTANGÍVEIS
Aspetos de natureza contabilística
Reconhecimento e mensuração
Recurso Intangível
Reconhecimento de ativos
Sim
intangíveis (esquema resumo)
Identificável ?
Não
Sim

Controlado ?
Não
Sim

Capaz de gerar B.E.F.


Não ?
Não é um Activo
Intangível Sim

Poderá ser um A.I.,


mas …

FECHO DE CONTAS 2015 486


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.44 ATIVOS INTANGÍVEIS
Aspetos de natureza contabilística
Reconhecimento e mensuração
Poderá ser um activo
Intangível mas …
Reconhecimento de ativos
intangíveis (esquema resumo) Sim

É provável que B.E.F.


Não sejam gerados?

Sim

O custo é mensurado
Não com fiabilidade

Não é reconhecido Sim


como Activo Intangível
Reconhecido como
Activo Intangível

FECHO DE CONTAS 2015 487

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.44 ATIVOS INTANGÍVEIS
Aspetos de natureza contabilística
Reconhecimento e mensuração
Mensuração Inicial
A) Aquisição Separada
O custo de um ativo intangível comprado compreende:
Preço de compra.
Custos diretamente atribuíveis na preparação do ativo para o uso
pretendido, menos descontos comerciais e abatimentos
B) Ativos Gerados Internamente
O custo do ativo intangível gerado internamente compreende todos os
custos diretamente atribuíveis na criação, produção e preparação do ativo
para ser capaz e funcionar da forma pretendida. O custo inclui
Custos de materiais e serviços usados ou consumidos na geração do ativo.
Custos de benefícios de empregados para gerar o ativo.
Taxas de registo de um direito legal.
Amortização de patentes e licenças que foram usadas para a geração do
ativo
FECHO DE CONTAS 2015 488
INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.44 ATIVOS INTANGÍVEIS
Aspetos de natureza contabilística
Reconhecimento e mensuração
Amortização
Amortização: é a imputação sistemática da quantia depreciável de um
ativo intangível durante a sua vida útil (em gastos com depreciações e
amortizações de ativos intangíveis (643) e amortizações acumuladas de
ativos intangíveis (448)).
A amortização inicia-se quando o ativo está disponível para
uso.
A amortização cessa quando:
Quando o ativo é classificado como detido para venda.
Quando é desreconhecido

FECHO DE CONTAS 2015 489

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.44 ATIVOS INTANGÍVEIS
Aspetos de natureza contabilística
Reconhecimento e mensuração
Amortização
Vida útil: é o período durante o qual a entidade espera que um ativo esteja
disponível para uso ou o número de unidades de produção ou similares
que uma entidade espera obter do ativo.
Vida útil:
Se for finita, o ativo é amortizado.
Se for indefinida, o ativo não é amortizado e é testado para
efeitos de imparidade anualmente ou quando haja
indicação para tal.

FECHO DE CONTAS 2015 490


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.44 ATIVOS INTANGÍVEIS
Aspetos de natureza contabilística
Reconhecimento e mensuração
Intangíveis com vida útil indefinida (regime contabilístico)
Não devem ser amortizados
Testada a sua imparidade anualmente ou sempre que existam
indícios que o ativo poderá estar em imparidade
Divulgações no Anexo:
De acordo com o § 119 NCRF 6:
Para um ativo intangível avaliado como tendo uma vida útil
indefinida, a quantia escriturada desse ativo e as razões que apoiam
a avaliação de uma vida útil indefinida. Ao apresentar estas razões, a
entidade deve descrever o(s) fator(es) que desempenhou(aram) um
papel significativo na determinação de que o ativo tem uma vida
útil indefinida.
Quanto custam as avaliações anuais? O que fazer quando não
existem?
FECHO DE CONTAS 2015 491

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.44 ATIVOS INTANGÍVEIS

Aspetos de natureza contabilística


Reconhecimento e mensuração
Amortização
Intangíveis com vida útil indefinida (regime contabilístico)
CONCENTRAÇÃO DE ATIVIDADES EMPRESARIAIS:
Goodwill positivo (tratamento separado como ativo intangível)
Não deve ser amortizado (tratamento diferente do POC em
que estava prevista amortização)
Deve ser sujeito a testes anuais de imparidade
Goodwill negativo (considerado como resultado do período)

FECHO DE CONTAS 2015 492


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.44 ATIVOS INTANGÍVEIS
Aspetos de natureza contabilística
Reconhecimento e mensuração
Amortização
Quantia depreciável: é o custo do ativo menos o seu valor residual.
Valor residual: preço de venda estimado após a dedução dos custos de
vender, se o ativo já tivesse a idade e as condições esperadas no fim da sua
vida útil.
O valor residual deverá ser assumido como zero, a não ser que:
Haja um compromisso de um terceiro para comprar o ativo no fim da
sua vida útil.
Haja um mercado ativo e o valor residual possa ser determinado e
esteja em funcionamento no fim da sua vida útil.

FECHO DE CONTAS 2015 493

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.44 ATIVOS INTANGÍVEIS
Aspetos de natureza contabilística
Reconhecimento e mensuração
Amortização
O método de amortização deverá refletir a forma como os benefícios
económicos são usados pela empresa.
Se a forma de consumo não é determinável, deverá usar-se o método da
linha reta.
O período de amortização é o método de cálculo de um ativo
intangível com vida útil finita devem ser revistos pelo menos no fim de
cada período.
Essas alterações são reconhecidas como sendo alterações em estimativas
contabilísticas (NCRF 4).

FECHO DE CONTAS 2015 494


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.44 ATIVOS INTANGÍVEIS
Aspetos de natureza contabilística
Reconhecimento e mensuração
Mensuração após o reconhecimento
Custo, ou
Revalorização (se existir mercado ativo)
Justo valor: é a quantia pela qual um ativo pode ser trocado ou um
passivo liquidado, entre partes conhecedoras e dispostas a isso, numa
transação em que não exista relacionamento entre elas.
O justo valor do ativo deve ser determinado com base nas quantias de
um mercado ativo
As revalorizações de ativos intangíveis não relevam para efeitos
fiscais (acréscimo no Q07 campo 719 da depreciação correspondente à parte
revalorizada)

Relativamente às formas de revalorização, ganhos e perdas da revalorização e


realização da reserva, ver conta 43 - AFT
FECHO DE CONTAS 2015 495

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.44 ATIVOS INTANGÍVEIS

Aspetos de natureza contabilística


Reconhecimento e mensuração
Desreconhecimento
Um ativo intangível deve ser desreconhecido:
Quando for vendido.
Quando ele não gerar mais benefícios económicos futuros pelo
uso ou venda.

FECHO DE CONTAS 2015 496


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.44 ATIVOS INTANGÍVEIS

Aspetos de natureza contabilística


Reconhecimento e mensuração
Custos de empréstimos obtidos
NCRF10: De acordo com o § 8 desta Norma: “Os custos de empréstimos
obtidos que sejam diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou
produção de um ativo que se qualifica podem ser capitalizados como parte
do custo desse ativo, quando seja provável que deles resultarão benefícios
económicos futuros para a entidade e tais custos possam ser fiavelmente
mensurados.
De harmonia com o estabelecido no § 22 da NCRF 10, “a capitalização dos
custos dos empréstimos obtidos deve cessar quando substancialmente todas
as atividades necessárias para preparar o ativo elegível para o seu uso
pretendido ou para a sua venda estejam concluídas”.

FECHO DE CONTAS 2015 497

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.44 ATIVOS INTANGÍVEIS
Aspetos de natureza contabilística
Reconhecimento e mensuração
Perdas por imparidade:
Reconhecidas em resultados:
Contas 656-Perdas por imparidade-em AI
Conta 7626- Reversões de perdas por imparidade –Em AI
Independentemente de existir ou não qualquer indicador de
imparidade, devem ser testados anualmente quanto à
imparidade:
Goodwill (NCRF 14)
Ativos intangíveis com vidas úteis indefinidas (não amortizáveis –
NCRF 6).

FECHO DE CONTAS 2015 498


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.44 ATIVOS INTANGÍVEIS

Aspetos de natureza contabilística


Reconhecimento e mensuração
A questão dos WEB SITES
Ver site da CNC (resposta a FAQ nº4) http://www.cnc.min-
financas.pt/_siteantigo/0_new_site/FAQs/sitecnc_faqs.htm
Se o objetivo do “web site” for o de apenas promover e publicitar
os produtos e serviços da entidade, o correspondente dispêndio deve
ser reconhecido como gasto quando incorrido, uma vez que não é
expectável que fluam para a entidade benefícios económicos que
ultrapassem o período contabilístico.

FECHO DE CONTAS 2015 499

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.44 ATIVOS INTANGÍVEIS
Aspetos de natureza contabilística
Reconhecimento e mensuração
A questão dos WEB SITES
Se o “web site”, para além dos aspetos publicitários, constituir uma
plataforma para a realização de vendas “on-line”, esperando-se, por
conseguinte, que do seu uso fluam benefícios económicos futuros para a
entidade, então o seu custo poderá ser reconhecido como um ativo
intangível se se encontrarem reunidas todas as condições previstas na
NCRF 6 - Ativos intangíveis.
- Identificabilidade (§§ 11 e 12 da Norma);
- Controlo sobre o Recurso (§§ 13 a 16); e
- Existência de benefícios económico futuros (§ 17).
Sobre esta matéria, poderá também ser consultada a SIC 32, emitida pelo
IASB e adotada na UE

FECHO DE CONTAS 2015 500


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.44 ATIVOS INTANGÍVEIS

Aspetos de natureza contabilística


Caso prático I
A sociedade E adquiriu, em janeiro do ano N, a uma sociedade europeia uma
importante marca de renome: ALFA. Para o efeito, realizou os dispêndios
seguintes:
Fatura relativa à compra da referida marca: 500.000 €;
Registo da marca em Portugal: 9.000 €;
Honorários pagos aos dois advogados (português e do país de origem): cada
mandatário auferiu 35.000 € pela concretização do negócio;
Custos administrativos e outros custos gerais suportados: 5.000 €.

FECHO DE CONTAS 2015 501

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.44 ATIVOS INTANGÍVEIS
Aspetos de natureza contabilística
Caso prático I
A sociedade registou também a marca BETA, com que vai trabalhar
ativamente para efeitos de exportação a partir do ano N. Esta foi o resultado
do trabalho do departamento de marketing no decurso de N-4 a N-1. A
totalidade dos custos com a criação da referida marca ascendeu a 600.000€,
repartidos igualmente ao longo do período e reconhecidos como gastos de
cada um desses períodos.
Qual o valor que deve ser reconhecido pela sociedade E em ativos
intangíveis, antes de considerar as eventuais amortizações?
Resolução: 500.000€ + 9.000€ + 35.000€ * 2 = 579.000€ (a
considerar como AI)
Não entram os custos administrativos
Marca gerada internamente não é considerada AI

FECHO DE CONTAS 2015 502


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.44 ATIVOS INTANGÍVEIS

Aspetos de natureza fiscal


Custos de empréstimos obtidos:
N.º 5 Artigo 2º DR 25/2009: São, incluídos no custo de aquisição ou de
produção, de acordo com a normalização contabilística especificamente
aplicável, os custos de empréstimos obtidos que sejam diretamente
atribuíveis à aquisição ou produção de AFT, AI, ABP e PI, na medida em que
respeitem ao período anterior à sua entrada em funcionamento ou
utilização, desde que este seja superior a um ano.
Diferenças de câmbio
Não se consideram no custo de aquisição ou de produção as
diferenças de câmbio relacionadas com os ativos resultantes quer de
pagamentos efetivos, quer de atualizações à data do balanço (N.º 5 Artigo 2º
DR 25/2009)

FECHO DE CONTAS 2015 503

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.44 ATIVOS INTANGÍVEIS

Aspetos de natureza fiscal


Amortizações ativos intangíveis: Art.º 16 DR 25/09
1 -Os ativos intangíveis são amortizáveis quando sujeitos a
deperecimento, designadamente por terem uma vigência temporal
limitada.
2 -São amortizáveis os seguintes ativos intangíveis:
a) Despesas com projectos de desenvolvimento;
b) Elementos da propriedade industrial, tais como patentes, marcas, alvarás, processos
de produção, modelos ou outros direitos assimilados, adquiridos a título oneroso e cuja
utilização exclusiva seja reconhecida por um período limitado de tempo.
3 -Exceto em caso de deperecimento efetivo devidamente comprovado,
reconhecido pela Direcção-Geral dos Impostos, não são amortizáveis:
a) Trespasses;
b) Elementos mencionados na alínea b) do número anterior (Elementos de
propriedade industrial) quando não se verifiquem as condições aí referidas.

FECHO DE CONTAS 2015 504


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.44 ATIVOS INTANGÍVEIS

Aspetos de natureza fiscal


Intangíveis com vida útil indefinida (regime fiscal: novidade da Lei 2/2014
Reforma do IRC)
Artigo 45.º A do CIRC n.º1
1 - É aceite como gasto fiscal, em partes iguais, durante os primeiros 20
períodos de tributação após o reconhecimento inicial, o custo de aquisição
dos seguintes ativos intangíveis quando reconhecidos autonomamente, nos
termos da normalização contabilística, nas contas individuais do sujeito passivo:
a) Elementos da propriedade industrial tais como marcas, alvarás,
processos de produção, modelos ou outros direitos assimilados,
adquiridos a título oneroso e que não tenham vigência temporal
limitada;
b) O goodwill adquirido numa concentração de atividades
empresariais.

Apesar de não existir a contabilização de qualquer depreciação, é aceite


fiscalmente a dedução do custo de aquisição, em partes iguais, durante 20 anos
FECHO DE CONTAS 2015 505

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.44 ATIVOS INTANGÍVEIS

Aspetos de natureza fiscal


Intangíveis com vida útil indefinida (regime fiscal: novidade da
Lei 2/2014 Reforma do IRC)
Artigo 45.º A do CIRC n.º4
4 - O disposto no n.º 1 não é aplicável:
a) Aos ativos intangíveis adquiridos no âmbito de operações de
fusão, cisão ou entrada de ativos, quando seja aplicado o regime especial
previsto no artigo 74.º;
b) Ao goodwill respeitante a participações sociais;
c) Aos ativos intangíveis adquiridos a entidades residentes em país,
território ou região sujeitos a um regime fiscal claramente mais
favorável constante de lista aprovada por portaria do membro do
Governo responsável pela área das finanças.

Este regime aplicável aos AI referidos no art.º 45-A, aplica-se apenas aos ativos
adquiridos a partir de 1/1/2014- (art.º 12º da Lei nº 2/2014 de 16/1).
FECHO DE CONTAS 2015 506
INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.44 ATIVOS INTANGÍVEIS
Aspetos de natureza fiscal
Rendimentos de patentes e outros direitos de propriedade
industrial – artigo 50.º-A do CIRC (novidade da Lei 2/2014
Reforma do IRC)
Foi criado um novo regime de tributação dos rendimentos decorrentes
de contratos que tenham por objeto a cessão ou a utilização temporária de
certos direitos de propriedade industrial sujeitos a registo:
patentes e modelos
desenhos industriais
Concorrem para a determinação do lucro tributável apenas em 50% do
seu valor, embora se mantenha a possibilidade de serem integralmente
deduzidos os gastos que lhe estão associados
Este novo regime aplica-se apenas às patentes e aos desenhos ou
modelos industriais registados em ou após 1 de janeiro de 2014

FECHO DE CONTAS 2015 507

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.44 ATIVOS INTANGÍVEIS
Aspetos de natureza fiscal
Rendimentos de patentes e outros direitos de propriedade industrial –
artigo 50.º-A do CIRC (novidade da Lei 2/2014 Reforma do IRC)
A aplicação deste regime depende da verificação cumulativa das
seguintes condições
a) Os direitos de propriedade industrial tenham resultado de atividades de
investigação e desenvolvimento realizadas ou contratadas pelo sujeito
passivo;
b) O cessionário utilize os direitos de propriedade industrial na
prossecução de uma atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola;
c) Os resultados da utilização dos direitos de propriedade industrial
pelo cessionário não se materializem na entrega de bens ou
prestações de serviços que originem gastos fiscalmente dedutíveis na
entidade cedente, ou em sociedade que com esta esteja integrada num grupo
de sociedades 508
FECHO DE CONTAS 2015
INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.44 ATIVOS INTANGÍVEIS

Aspetos de natureza fiscal


Rendimentos de patentes e outros direitos de propriedade industrial –
artigo 50.º-A do CIRC (novidade da Lei 2/2014 Reforma do IRC)
A aplicação deste regime depende da verificação cumulativa das
seguintes condições
(…)
d) O cessionário não seja uma entidade residente em Paraíso fiscal
O regime não se aplica aos rendimentos decorrentes de prestações
acessórias de serviços incluídas nos contratos referidos, os quais, para o
efeito, devem ser autonomizados dos rendimentos provenientes da cessão
ou da utilização temporária de direitos de propriedade industrial.

FECHO DE CONTAS 2015 509

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.44 ATIVOS INTANGÍVEIS
Aspetos de natureza fiscal
Perdas por imparidade:
Só são aceites fiscalmente se consistirem em desvalorizações excecionais (de
acordo com as condições do artigo 31.º-B do CIRC
Caso contrário, aceites fiscalmente como gastos, durante o período de vida útil
restante, ou até ao período anterior ao do desreconhecimento (por abate, alienação)
n.º 7 artigo 31.º-B do CIRC
Mais e menos-valias fiscais (artigo 46.º CIRC)
As mais e menos-valias fiscais são dadas pela diferença entre o valor de realização,
liquido dos encargos que lhe sejam inerentes, e o valor de aquisição deduzido das
perdas por imparidade e das amortizações fiscalmente aceites.

Reinvestimento dos valores de realização (artigo 48.º CIRC)


Existe a possibilidade de reinvestimento dos valores de realização de, e em ativos
fixos intangíveis
Exceção:Ativos intangíveis adquiridos ou alienados a entidades relacionadas
FECHO DE CONTAS 2015 510
INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

FECHO DE CONTAS DE 2015


3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS
3.4 Investimentos

3.45 INVESTIMENTOS EM CURSO

FECHO DE CONTAS 2015 511

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.45 INVESTIMENTOS EM CURSO

Fecho de contas:
Existem ativos contabilizados como investimentos em curso, quando
na realidade já estão a ser utilizados?

A contabilização como investimentos em curso destina-se apenas a


obter vantagens fiscais?

FECHO DE CONTAS 2015 512


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.45 INVESTIMENTOS EM CURSO

Aspetos de natureza contabilística


Contas a utilizar
45 Investimentos em curso
451 Investimentos financeiros em curso
452 Propriedades de investimento em curso
453 Ativos fixos tangíveis em curso
454 Ativos intangíveis em curso
455 Adiantamentos por conta de investimentos *
……
459 Perdas por imparidade acumuladas *

FECHO DE CONTAS 2015 513

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.45 INVESTIMENTOS EM CURSO

Aspetos de natureza contabilística


Inicio da depreciação:
NCRF 6 / NCRF 7- a depreciação de um activo começa quando este
esteja disponível para uso, i.e. quando estiver na localização e condições
necessárias para que seja capaz de operar na forma pretendida.

DR nº 25/09 de 14/9- Relativamente a ativos fixos tangíveis e a


propriedades de investimento, a partir da sua entrada em funcionamento
ou utilização;

FECHO DE CONTAS 2015 514


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.45 INVESTIMENTOS EM CURSO

Aspetos de natureza contabilística


Perdas por imparidade:
Reconhecidas em resultados:
Contas 656-Perdas por imparidade
Conta 7627- Reversões de perdas por imparidade
Só são aceites fiscalmente se consistirem em desvalorizações excecionais
(de acordo com as condições do artigo 31.º-B do CIRC
Caso contrário, aceites fiscalmente como gastos, durante o período de
vida útil restante, ou até ao período anterior ao do desreconhecimento
(por abate, alienação) n.º 7 artigo 31.º-B do CIRC

FECHO DE CONTAS 2015 515

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

FECHO DE CONTAS DE 2015


3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS
3.4 Investimentos

3.46 ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

FECHO DE CONTAS 2015 516


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.46 ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Fecho de contas
Obrigatoriedade de cumprimento de determinadas condições, para
se exista uma classificação como ANCDV (NCRF 8)

Tentação de considerar ANCDV com o intuito de diminuição de


gastos, uma vez que não se deprecia.

Obrigatoriedade de divulgar no anexo.

FECHO DE CONTAS 2015 517

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.46 ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Aspetos de natureza contabilística


Contas a utilizar
46 Ativos não correntes detidos para venda *
……
469 Perdas por imparidade acumuladas

65.8 – Perdas por imparidade em ativos não correntes detidos para venda

76.28 – reversões de perdas por imparidade em ativos não correntes


detidos para venda

Liberdade para abrir contas de acordo com a natureza dos ANCDV.

FECHO DE CONTAS 2015 518


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.46 ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Aspetos de
natureza
contabilística
Apresentação
no Balanço

FECHO DE CONTAS 2015 519

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.46 ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Aspetos de natureza contabilística


NCRF 8 - Ativos não correntes detidos para venda
Mensuração
Aquando da reclassificação:
Menor entre:
Quantia escriturada
JV menos custos de vender.

Caso o activo não corrente seja sujeito a depreciação, a


depreciação deve cessar, enquanto estiver classificado como
detido para venda, deixando portante de ser depreciado ou
amortizado.

FECHO DE CONTAS 2015 520


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.46 ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Aspetos de natureza contabilística


NCRF 8 - Ativos não correntes detidos para venda
Mensuração
Deve-se reconhecer uma perda por imparidade quando a
quantia escriturada do ativo for superior ao justo valor menos
os custos de vender
Uma entidade deve reconhecer uma perda por imparidade
relativamente a qualquer redução inicial ou posterior do ativo para o
justo valor menos os custos de vender (ver caso prático 1)

Uma entidade deve reconhecer um ganho ou qualquer aumento


posterior no justo valor menos os custos de vender de um ativo, mas
não para além da perda por imparidade cumulativa que tenha sido
reconhecida (ver caso prático 2)

FECHO DE CONTAS 2015 521

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.46 ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Aspetos de natureza contabilística


NCRF 8 - Ativos não correntes detidos para venda
Alteração dos pressupostos de reconhecimento (alteração nos
planos de venda)
Um ANCDV cuja venda deixe de ser provável, deve dar lugar:
à respetiva reclassificação
ao reconhecimento das depreciações anteriormente não
consideradas em função da reclassificação como detido para venda.
O ativo volta a ser classificado como ativo não corrente pelo
mais baixo de:
Quantia escriturada do ativo antes da classificação como detido
para venda ajustada da depreciação que teria sido contabilizada
se não tivesse sido classificado como detido para venda
Quantia recuperável (JV ou valor de uso, dos dois o mais alto) à
data da decisão (ver caso prático 3)

FECHO DE CONTAS 2015 522


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.46 ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Aspetos de natureza contabilística


NCRF 8 - Ativos não correntes detidos para venda
Condições para Reconhecimento de ANCDV (§ 7 e 8 NCRF 8)
O activo deve estar disponível para venda imediata na sua condição
presente;
A sua venda deve ser altamente provável; e o que é que significa venda
altamente provável? Para que uma venda seja considerada altamente
provável, é necessário que:
a) A gestão deva estar empenhada num plano para vender o ativo;
b) Deva ter sido iniciado um programa para localizar um comprador;
c) O ativo deve ser amplamente publicitado para venda, a um preço que
seja razoável relativamente ao seu justo valor corrente;
d) Espera-se concluir a venda no prazo de um ano após classificação de
ativo não corrente detido para venda; e por ultimo,
e) As ações necessárias para concluir o plano da gestão em vender o ativo,
devem indicar a improbabilidade de alterações significativas nesse plano ou
desse plano ser retirado
FECHO DE CONTAS 2015 523

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

NCRF 8 (esquema de reconhecimento ANCDV)


Activo não corrente

Quantia escriturada recuperada através do uso?

sim Não. Quantia recuperada através da venda

A gestão está A gestão iniciou Esta a ser A venda estará


empenhada na a procura de um publicitada concluída dentro
sua venda comprador a sua venda de um ano

Venda altamente provável

Está disponível para venda imediata


Activo
não
corrente Activo não corrente detido para venda

FECHO DE CONTAS 2015 524


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.46 ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA
Aspetos de natureza contabilística
Caso prático 1
Uma empresa classificou em 30-04-N um ativo não corrente detido para venda
(escritório). O valor de aquisição = 400.000€ (inclui terreno e construção), o valor
de construção = 300.000€, tendo já sido amortizado em 150.000€ (valor líquido
150.000€). O seu justo valor menos custos de vender = 155.000€ (avaliação de
imobiliária).
No dia 15-12-N, a empresa ficou a saber que o justo valor menos custos de vender
daquele Ativo não corrente detido para venda era de 135.000€, queda provocada por
obras constantes nas imediações do prédio onde se situava o escritório (Avaliação de
Imobiliária).
Resolução:
Descrição Débito Crédito
30-04-N (reclassificação 461 – Ativos não correntes detidos para Ativos fixos tangíveis (150.000€)
para ANCDV) venda (150.000€)
15-12-N (Reconhecimento 658 – Perdas por imparidade em ativos 469 – Ativos não correntes detidos
de perdas por imparidade) não correntes detidos para venda para venda – Perdas por imparidade
(150.000€-135.000€ = 15.000€) acumuladas 15.000€

FECHO DE CONTAS 2015 525

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.46 ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA
Aspetos de natureza contabilística
Caso prático 2
Em 30-03-N+1 as obras terminaram (ver caso I), e o prédio onde se localizava o
escritório classificado como um Ativo não corrente detido para venda, tinha
agora, nas suas imediações, amplos espaços de estacionamento gratuito, acessos
diretos a autoestradas e um centro comercial. Nesta altura, o escritório
apresentava um justo valor menos custos de vender de 190.000€ (Avaliação de
Imobiliária).
Resolução:
Descrição Débito Crédito
30-03-N+1 (reversão da 469 – Ativos não correntes detidos para 7628 – Reversões em Ativos não
perdas por imparidade) venda – Perdas por imparidade correntes detidos para venda 15.000€
acumuladas 15.000€

FECHO DE CONTAS 2015 526


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.46 ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Aspetos de natureza contabilística


Caso prático 3
Em 30-04-N+1 a empresa deixa de cumprir os critérios para classificar um Ativo como
sendo não corrente detido para venda. Supondo que o justo valor menos custos de
vender era de 147.000€ e o seu valor de uso era 160.000€, que movimentos
contabilísticos efetuaríamos?
Depreciação que teria sido contabilizada se o ativo não tivesse sido classificado
como detido para venda
Data de classificação do ativo como detido para venda 30-04-N.
Data em que o ativo volta a ser classificado como não corrente 30-04-N+1.
Ficou um ano de depreciações por reconhecer, que deverão ser reconhecidas
agora com a reclassificação para Ativo não corrente. 300.000€ x 2% = 6.000€
Descrição Débito Crédito
Reclassificação para AFT 432 – Edifícios e outras construções 461 – Ativos não correntes detidos
150.000€ para venda 150.000€
Ajustamento das depreciações 56 – Resultados transitados 6.000€ 438 – Ativos fixos tangíveis –
não contabilizadas (*) Depreciações acumuladas 6.000€

FECHO DE CONTAS 2015 527

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.46 ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Aspetos de natureza fiscal


O regime fiscal do ANCDV, é o regime fiscal da classificação anterior
do ativo.
A base fiscal do ANCDV é o custo.

Os ativos não correntes detidos para venda, não são elementos


fiscalmente depreciáveis de acordo com o n.º 1 do art.º 29.º do
Código do IRC e do n.º 1 do art.º 1.º do DR n.º 25/2009.
1 - São aceites como gastos as depreciações e amortizações de
elementos do ativo sujeitos a deperecimento, considerando-se como tais
os ativos fixos tangíveis, os ativos intangíveis e as propriedades de
investimento contabilizadas ao custo histórico que, com carácter
sistemático, sofram perdas de valor resultantes da sua utilização
ou do decurso do tempo.”
FECHO DE CONTAS 2015 528
INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.46 ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Aspetos de natureza fiscal


Perdas por imparidade
Caso seja registada uma perda por imparidade, pela aplicação da NCRF 8
– ANCDV, a mesma não é aceite fiscalmente, por não se enquadrar no art.º
31-B.º do Código do IRC, podendo ser recuperada aquando da transmissão
onerosa do activo, pela aplicação do regime fiscal das mais-valias e menos-
valias. Apesar de se denominar ANCDV, na prática é um ativo
corrente (ver apresentação no balanço)
Se um ANCDV sofrer uma desvalorização excecional nos termos do n.º 1 do
art.º 31-B.º do Código do IRC, que implique abate físico, desmantelamento,
abandono ou inutilização, a perda por imparidade apurada pode ser
reconhecida para efeitos fiscais, desde que verificados os requisitos exigidos
nesse artigo. (Como o ativo vai ser objeto de abate físico, já não vai ser vendido,
e portanto, já não cai na definição de ANCDV – ainda que não seja reclassificado
contabilisticamente)

FECHO DE CONTAS 2015 529

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.46 ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Aspetos de natureza fiscal


Alteração dos pressupostos
Caso se verifique alteração dos pressupostos do reconhecimento do
ANCDV e a venda deixar de ser provável, o sujeito passivo deve cessar de
classificar o activo como detido para venda, devendo reclassificá-lo e
reconhecer as depreciações que teriam sido reconhecidas se o activo
não tivesse sido classificado como detido para venda.
As depreciações que forem reconhecidas quando da reclassificação do
ANCDV podem, nos termos do n.º 3 do art.º 1.º do DR n.º 25/2009, ser
deduzidas durante o período de vida útil remanescente, desde que não
seja excedida anualmente, a quota máxima.
Na prática, o período durante o qual o ANCDV não foi depreciado (1 ou 2
anos), é acrescido ao período de vida útil fiscalmente aceite.

FECHO DE CONTAS 2015 530


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.46 ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Aspetos de natureza fiscal

Mais e menos-valias fiscais (artigo 46.º CIRC)


Diferença entre valor de realização e valor de aquisição liquido de
depreciações fiscalmente aceites e perdas de imparidade aceites, actualizado
pelos coeficientes de correcção monetária. Somente se os ANCDV
resultarem da reclassificação contabilística de AFT, AI, ABP e PI a
custo.
Tributadas:
Na totalidade,
50% em caso de reinvestimento em AFT,AI e ABP (Art.º 48º CIRC).

FECHO DE CONTAS 2015 531

INVESTIMENTOS

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.46 ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Aspetos de natureza fiscal


Mais e menos-valias fiscais (artigo 46.º CIRC)
Quando um activo no seu reconhecimento inicial for classificado
contabilisticamente como ANCDV, é apurado um resultado operacional
(Ganho/Perda) e não uma mais-valia ou menos-valia fiscal.

Isto porque, cai fora do disposto na alínea a) do n.º 1 do art.º 46.º do Código do
IRC, dado que o ANCDV não resultou da reclassificação de ativos fixos
tangíveis, ativos intangíveis, ativos biológicos não consumíveis ou de propriedades
de investimento. Consequentemente, este activo não pode aproveitar o
regime do reinvestimento.

FECHO DE CONTAS 2015 532


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

FECHO DE CONTAS DE 2015


3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS
3.4 Investimentos

3.47 SUBSÍDIOS RELACIONADOS COM ATIVOS

FECHO DE CONTAS 2015 533

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.47 SUBSÍDIOS RELACIONADOS COM ATIVOS

59 Outras variações no capital próprio


591 Diferenças de conversão de demonstrações financeiras *
592 Ajustamentos por impostos diferidos
593 Subsídios*
594 Doações
……
599 Outras

593 - Subsídios
Inclui os subsídios associados com ativos, que deverão ser transferidos,
numa base sistemática, para a conta 7883 - Imputação de subsídios para
investimentos, à medida em que forem contabilizadas as
depreciações/amortizações do investimento a que respeitem.

FECHO DE CONTAS 2015 534


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.47 SUBSÍDIOS RELACIONADOS COM ATIVOS

Subsídios Recebidos - NCRF 22


Aspetos contabilísticos
Do ponto de vista contabilístico, três aspectos são importantes:
1. Em que momento se devem contabilizar os subsídios? Quando são
atribuídos ou quando são recebidos?
só devem ser reconhecidos após existir segurança de que:
a) a entidade cumprirá as condições a eles associadas, e
b) os subsídios serão recebidos.
2. Como contabilizar os subsídios?
3. Que tipo de divulgações se devem efectuar no Anexo?

A NCRF 22 define subsídios como o apoio dado pelo Governo na forma de transferência
de recursos para uma empresa em troca de conformidade passada ou futura com
determinadas condições relacionadas com as atividades operacionais da empresa.

FECHO DE CONTAS 2015 535

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.47 SUBSÍDIOS RELACIONADOS COM ATIVOS

Subsídios Recebidos - NCRF 22


Tipos de subsídios
Podemos classificar os subsídios da seguinte forma:
1. Subsídios ao investimento
Em ativos depreciáveis ou amortizáveis;
Em ativos não depreciáveis ou amortizáveis;
2. Subsídios à exploração
Relativos a gastos já incorridos;
Relativos a gastos a incorrer;
3. Outros subsídios
4. Empréstimos (sem reembolso ou sem juros).

FECHO DE CONTAS 2015 536


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.47 SUBSÍDIOS RELACIONADOS COM ATIVOS

Subsídios Recebidos - NCRF 22


Tipos de subsídios (definições)
Os subsídios ao investimento são aqueles que se destinam a apoiar a
realização de investimentos .
Os subsídios à exploração são aqueles que se destinam a compensar gastos
incorridos na exploração.
Os subsídios para a criação de postos de trabalho são subsídios à
exploração, uma vez que, normalmente, a empresa compromete-se a manter os
postos de trabalho por três/quatro anos. Outro exemplo muito vulgar são os
subsídios para formação profissional e para contratação de jovens e
desempregados de longa duração.
Os outros subsídios serão todos aqueles que não se encaixem nas definições
anteriores.

FECHO DE CONTAS 2015 537

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.47 SUBSÍDIOS RELACIONADOS COM ATIVOS

Subsídios Recebidos - NCRF 22


Reconhecimento
Segundo a NCRF 22, os subsídios do Governo, incluindo subsídios não-
monetários valorizados ao justo valor, só devem ser reconhecidos após
existir segurança de que:
a empresa cumprirá as condições a eles associados; e
os subsídios serão recebidos.

Ainda de acordo com a NCRF 22, os subsídios do Governo devem ser


reconhecidos como rendimentos numa base sistemática durante o período
necessário para serem "balanceados" com os gastos relacionados que se
pretende que eles compensem.

FECHO DE CONTAS 2015 538


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.47 SUBSÍDIOS RELACIONADOS COM ATIVOS

Subsídios Recebidos - NCRF 22


Subsídios relacionados com ativos fixos tangíveis e
intangíveis
Os subsídios relacionados com ativos fixos tangíveis e intangíveis
são inicialmente contabilizados no capital próprio.
Subsequentemente:
Os subsídios relacionados com ativos depreciáveis ou amortizáveis
devem ser imputados como rendimentos durante a vida do activo.

Os subsídios relacionados com ativos não depreciáveis ou não


amortizáveis devem ser mantidos no capital próprio, a menos que
seja reconhecida uma perda por imparidade do ativo, sendo nesse caso
transferidos para rendimentos pela parcela necessária para compensar a
perda por imparidade. No entanto, se a entidade tiver de cumprir certas
obrigações, o subsídio será imputado como rendimentos durante os
períodos que suportam o custo de satisfazer as obrigações.
FECHO DE CONTAS 2015 539

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.47 SUBSÍDIOS RELACIONADOS COM ATIVOS
Subsídios Recebidos - NCRF 22
Subsídios relacionados com resultados (3 situações distintas)
Os gastos já estão incorridos ou não existem gastos futuros
relacionados;
Caso os gastos já estejam incorridos ou não existam gastos futuros
relacionados, o subsídio recebido deve ser contabilizado nos resultados do
período.
Os gastos estão parcialmente incorridos; e
Se os gastos estão parcialmente incorridos, a parcela relativa ao montante
incorrido deve ser levada aos resultados do período e a parcela relativa
aos gastos a incorrer deve ser contabilizada como “rendimentos a
reconhecer”, para ser transferida para resultados na mesma medida em
que os gastos sejam incorridos. (Percentagem de acabamento)
Os gastos ainda não estão incorridos.
Caso os gastos não estejam ainda incorridos, o subsídio é registado como
“rendimentos a reconhecer” pela totalidade, sendo transferidos para
resultados na mesma medida em que os gastos sejam incorridos.
FECHO DE CONTAS 2015 540
INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.47 SUBSÍDIOS RELACIONADOS COM ATIVOS

Subsídios Recebidos - NCRF 22


Subsídios do Governo não monetários
Quando a entidade recebe um subsídio do Governo não monetário, por
exemplo, um terreno, deve proceder à sua avaliação, contabilizando o
subsídio e o activo pelo justo valor. Se o justo valor não puder ser
determinado com fiabilidade, o subsídio e o activo são contabilizados pelo
seu valor nominal.
Subsídios reembolsáveis
Os subsídios reembolsáveis são contabilizados no passivo
Existem situações em que é atribuído um subsídio reembolsável mas se a
entidade cumprir determinadas condições verificáveis no futuro, parte desse
subsídio transforma-se num subsídio a fundo perdido

FECHO DE CONTAS 2015 541

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.47 SUBSÍDIOS RELACIONADOS COM ATIVOS

Subsídios Recebidos - NCRF 22


EXEMPLOS DE CONTABILIZAÇÃO. (SEGUNDO O PLANO
DE CONTAS DO SNC E A NCRF 22)
Subsídios relacionados com rendimentos (subsídios à
exploração):
Débito: conta 11/12- Caixa/Depósitos à Ordem
Crédito: conta 751- Subsídios do Estado e outros entes públicos.

FECHO DE CONTAS 2015 542


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.47 SUBSÍDIOS RELACIONADOS COM ATIVOS

Subsídios Recebidos - NCRF 22


EXEMPLOS DE CONTABILIZAÇÃO. (SEGUNDO O PLANO DE
CONTAS DO SNC E A NCRF 22)
Subsídios relacionados com investimentos (em ativos fixos):
Reconhecimento do subsidio:
Débito: conta 278 – Outras contas a receber – Outros devedores.
Crédito: conta 59.3.1– Subsídios antes impostos
Pelo recebimento do IAPMEI:
Débito: conta 11/12- Caixa/Depósitos à Ordem
Crédito: conta 278 – Outras contas a receber – Outros devedores.
Pela aquisição do equipamento industrial, conforme
estipulado no contrato:
Débito: conta 433 – Ativos fixos tangíveis – Equipamento básico.
Débito: conta 24322 – IVA dedutível - Investimentos.
Crédito: conta 2711 – Outras contas a pagar – Fornecedores de
investimentos – contas gerais.
FECHO DE CONTAS 2015 543

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.47 SUBSÍDIOS RELACIONADOS COM ATIVOS

Subsídios Recebidos - NCRF 22


EXEMPLOS DE CONTABILIZAÇÃO. (SEGUNDO O PLANO DE
CONTAS DO SNC E A NCRF 22)
Subsídios relacionados com investimentos (em ativos fixos):
Pelo cálculo e contabilização, no final do exercício, das
depreciações do equipamento industrial:
Débito: conta 642 – Gastos de depreciação e de amortização – Ativos
fixos tangíveis.
Crédito: conta 438 – Ativos fixos tangíveis – Depreciações acumuladas
Pela imputação a rendimentos do exercício de parte do subsídio,
proporcional aos gastos de depreciação do equipamento
industrial:
Debito 59.3.1-Subsidios
Credito 78.83-Imp. Subsídios p/ invest.

FECHO DE CONTAS 2015 544


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3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.47 SUBSÍDIOS RELACIONADOS COM ATIVOS

Caso prático 1
A empresa GAMA, SA. adquiriu, em 3 de janeiro de 2014, com pagamento a 60
dias, duas máquinas industriais pelo montante global de 105.000€ (acrescido de
IVA dedutível à taxa normal). A vida útil atribuída a esses equipamentos foi de
10 anos e o método de cálculo das quotas de depreciação utilizado foi o da linha
reta.
A empresa tinha-se candidatado a um projeto de apoio ao investimento e foi
informada, em 20 de dezembro de 2015, que lhe tinha sido atribuído um subsídio
governamental de 42.000€,o qual veio a ser recebido em 15 de março de 2016.
Em 31 de dezembro de 2016, na empresa GAMA, S.A. a conta “59 Outras
Variações no Capital Próprio – 593 Subsídios” deveria ser debitada por que
montante?

FECHO DE CONTAS 2015 545

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3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.47 SUBSÍDIOS RELACIONADOS COM ATIVOS

Caso prático 1
03/01/2015 - 105 000/10 = 10 500 (Depreciação Anual)
20/12/2015 - Subsídio: 42 000 42 000/105 000 = 40%
Valor do Subsídio a Reconhecer = 10 500 * 40% = 4 200
O Subsídio é Reconhecido anualmente na proporção das Depreciações
Acumuladas.
Contabilização:
Débito 59 – OVCP – Subsídios a Crédito:
7883 – ORG – Imput. Sub. Invest.

FECHO DE CONTAS 2015 546


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3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.47 SUBSÍDIOS RELACIONADOS COM ATIVOS

Subsídios Recebidos – ASPETOS FISCAIS

ARTIGO 22.º CIRC:


a) Quando os subsídios respeitem a ativos depreciáveis ou amortizáveis,
deve ser incluída no lucro tributável uma parte do subsídio atribuído,
independentemente do recebimento, na mesma proporção da depreciação ou
amortização calculada sobre o custo de aquisição ou de produção, sem prejuízo
do disposto no n.º 2;

b) Quando os subsídios respeitem a ativos intangíveis sem vida útil definida,


deve ser incluída no lucro tributável uma parte do subsídio atribuído,
independentemente do recebimento, na proporção prevista no artigo 45.º-A;
[Redação dada pela Lei n.º 2/2014, de 16 de janeiro] (Imputação em 20 anos)

FECHO DE CONTAS 2015 547

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3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.47 SUBSÍDIOS RELACIONADOS COM ATIVOS

Subsídios Recebidos – ASPETOS FISCAIS


ARTIGO 22.º CIRC:
(…)
c) Quando os subsídios respeitem a propriedades de investimento e a
ativos biológicos não consumíveis, mensurados pelo modelo do justo valor,
deve ser incluída no lucro tributável uma parte do subsídio atribuído,
independentemente do recebimento, na proporção prevista no artigo 45.º-A;
[Redação dada pela Lei n.º 2/2014, de 16 de janeiro] (Inclusão do LT durante o
período de vida útil que se deduz da quota mínima de depreciação aceite se o
ativo permanecesse reconhecido ao custo de aquisição)

d) Quando os subsídios não respeitem aos ativos referidos nas alíneas


anteriores, devem ser incluídos no lucro tributável, em frações iguais, durante os
períodos de tributação em que os elementos a que respeitam sejam inalienáveis,
nos termos da lei ou do contrato ao abrigo dos quais os mesmos foram
concedidos, ou, nos restantes casos, durante 10 anos, sendo o primeiro o do
recebimento do subsídio. [Redação dada pela Lei n.º 2/2014, de 16 de janeiro]

FECHO DE CONTAS 2015 548


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.47 SUBSÍDIOS RELACIONADOS COM ATIVOS

Subsídios Recebidos – ASPETOS FISCAIS


Artigo 22.º e Artigo 45.º-A do CIRC:
Como consequência do novo artigo 45.º-A forma introduzidas novas regras
para a inclusão de subsídios no lucro tributável:
Ativos intangíveis sem vida útil definida
Forma de tributação: Dividido por 20 anos
Propriedades de investimento mensuradas, subsequentemente, ao
justo valor e Ativos biológicos de produção mensurados a justo
valor
Forma de tributação: Inclusão do LT durante o período de vida útil que se
deduz da quota mínima de depreciação aceite se o ativo permanecesse
reconhecido ao custo de aquisição

FECHO DE CONTAS 2015 549

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.47 SUBSÍDIOS RELACIONADOS COM ATIVOS
Subsídios Recebidos – ASPETOS FISCAIS
Exemplo de aplicação
Aquisição de um terreno com subsídio ao investimento não
reembolsável
Os dados desta operação são os seguintes:
Custo de aquisição do terreno: 100.000 €
O terreno não é depreciável
Subsídio: 15%: 15.000€
Cálculo do valor do rendimento (artigo 22.º):
Subsídio (10 anos): 15.000 : 10 = 1.500 €
Correção a efetuar no quadro 07 campo 702: 1.500€
Variações patrimoniais positivas não refletidas no resultado do período
(art.º 21.º) e quota parte do subsídio respeitante a ativos fixos
tangíveis não depreciáveis e ativos intangíveis com vida útil indefinida
(art.º 22.º, n.º 1 b)).

FECHO DE CONTAS 2015 550


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3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.47 SUBSÍDIOS RELACIONADOS COM ATIVOS

Subsídios Recebidos - NCRF 22


Impostos diferidos associados ao subsidio
Um subsidio reconhecido no capital próprio acaba por implicar que o
activo subjacente tenha uma base fiscal menor que a sua quantia
assentada. Assim, um subsidio de 100, será tributado no futuro, já que ele
vai ser acrescido ao longo da vida do activo depreciável.
Reconhecimento
Por isso, temos de reconhecer o Passivo por impostos diferidos:
Débito-59.3.2-Subsidios-passivo p/ ID associado
Crédito 27.4.2-Passivos por imp. Diferidos.

A CNC, defende o crédito numa conta 27.8-Outros devedores e credores.

FECHO DE CONTAS 2015 551

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3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.47 SUBSÍDIOS RELACIONADOS COM ATIVOS

Subsídios Recebidos - NCRF 22


Impostos diferidos associados ao subsidio
Reversão
Uma vez que o subsidio no seu reconhecimento inicial deu lugar a um
passivo por impostos diferidos, á medida que vai sendo dado a tributar,
diminui a carga fiscal associada,Assim
Debito- 27.4.2-Passivos por impostos diferidos
Crédito: 81.2.2-Imp. s/ rendi. –imp. Diferidos
E simultaneamente:
Débito: 56-Resultados transitados.
Crédito5932- Outras var. CP –Subsídios - pass. p/impostos diferidos
(Esta é a posição da CNC através da FAQ 13, com a qual não concordamos)

FECHO DE CONTAS 2015 552


INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

3. ASPETOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS


3.4 INVESTIMENTOS
3.47 SUBSÍDIOS RELACIONADOS COM ATIVOS

Subsídios Recebidos - NCRF 22


Impostos diferidos associados ao subsidio
Reversão
Uma vez que de acordo com o § 51 da NCRF nº25, a contabilização
dos efeitos de impostos correntes e diferidos de uma transação ou
acontecimento, deve ser consistente com a contabilização da própria
transação ou acontecimento, em nossa opinião bastaria:

Anulação do Passivo por impostos diferidos:


Débito: 2742 – Passivos por impostos diferidos
Crédito5932- Outras var. CP –Subsídios - pass. p/impostos diferidos

FECHO DE CONTAS 2015 553

INVESTIMENTOS Jorge Silva & António Neto, SROC

FECHO DE CONTAS DE 2015


davide.jsilva.roc@mail.telepac.pt
fabio.jsilva.roc@mail.telepac.pt

OBRIGADO PELA VOSSA PRESENÇA!!

DAVIDE RIBEIRO
FÁBIO PINHO

FEVEREIRO DE 2016

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