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PARANÁ
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
Corregedoria-Geral da Justiça
IA-GERAL D
R
CORREGEDO
A
JUSTIÇA
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ACOLHIMENTO FAMILIAR
Orientações Iniciais
VOLUME 3
Biênio 2017-2018
CORREGEDOR-GERAL DA JUSTIÇA
Desembargador Rogério Kanayama
COORDENAÇÃO GERAL
Juiz Auxiliar da Corregedoria
Sérgio Luiz Kreuz
COLABORAÇÃO
Neusa Cerutti
Caroline Buosi Velasco
REVISÃO
Carlos Alberto Giovaneti Cavalheiro
Clélia Fátima Bertassoni de Souza
Alessandra Pauli
DIAGRAMAÇÃO
Gustavo Esteves Fernandes
Rafael Ruzza
JUÍZES AUXILIARES
Lidiane Rafaela Araújo Martins
Lucas Martins de Toledo
Luiz Gustavo Fabris
Marcos Vinícius Christo
Mário Dittrich Bilieri
Rafael de Araujo Campelo
Sérgio Luiz Kreuz
Wilson José de Freitas Junior
Rogério Kanayama,
Corregedor-Geral da Justiça
SUMÁRIO
- Apresentação...............................................................................11
- Introdução....................................................................................13
- Acolhimento Familiar................................................................14
Acolhimento Familiar?.................................................................21
liar....................................................................................................25
- Guarda..........................................................................................27
- Bolsa-auxílio................................................................................32
lhimento Familiar..........................................................................33
liar....................................................................................................36
acolhedora .....................................................................................63
ras....................................................................................................66
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APRESENTAÇÃO
O acolhimento de crianças ou de giada ao acolhimento institucional, o
adolescentes é quase sempre uma acolhimento familiar. Em 2009, a Lei
situação traumática mas necessária nº 12.010 acrescentou o parágrafo 1º
para evitar prejuízos ainda maiores. ao art. 34 do Estatuto da Criança e do
Esses prejuízos emocionais e afeti- Adolescente, elevando o acolhimen-
vos podem ser minimizados quando to de crianças ou adolescentes em
o acolhimento é de boa qualidade. programas de acolhimento familiar
Quando o acolhimento é necessário, ao grau preferencial em relação ao
é dever da sociedade e do Estado pro- acolhimento institucional.
porcionar à criança e ao adolescente, Em seguida, no ano de 2016, a Lei
com absoluta prioridade, a proteção, nº 13.257 acrescentou os parágrafos 3º
a dignidade, o respeito e a convivên- e 4º ao referido artigo, os quais deter-
cia familiar e comunitária (art. 227 da minam que a União apoiará a imple-
CF). Nesse sentido, o Plano Nacional mentação de serviços de acolhimento
de Convivência Familiar, seguindo em família acolhedora como política
o exemplo de outros países, desde pública e que poderão ser utilizados
2006, prevê, como alternativa privile- recursos federais, estaduais, distritais
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INTRODUÇÃO
O Serviço de Acolhimento Fa- Também são indispensáveis a
miliar é parte integrante da Rede de correta seleção e o treinamento das
Proteção Municipal. Caracteriza-se famílias acolhedoras, a delimitação
pelo acolhimento de crianças e de de suas funções, o esclarecimento
adolescentes, afastados das famílias das diferenças entre o acolhimento
de origem por decisão judicial em e a adoção.
razão da violação de seus direitos, Enfim, é a soma de vários requi-
em famílias previamente seleciona- sitos que determina o êxito do Servi-
das e capacitadas para assisti-los e ço. A Corregedoria-Geral da Justiça
protegê-los até que possam retornar do Paraná, por meio deste Manual,
à família natural ou ser adotadas. oferece aos Magistrados, Técnicos,
O Acolhimento Familiar oferece Rede de Proteção à Criança e ao
tratamento humanizado e individu- Adolescente, famílias interessadas
alizado às crianças e aos adolescen- em acolher e gestores públicos in-
tes sob medida de proteção, além de formações preliminares, básicas
garantir-lhes o direito fundamental para a implantação do Serviço de
à convivência familiar (art. 227 da Acolhimento Familiar, que é prefe-
CF). rencial em relação aos acolhimentos
Trata-se de serviço de alta com- institucionais.
plexidade, que necessita de criação Para isso, apresentamos tam-
e regulamentação por meio de Lei bém um modelo de Projeto de Lei,
Municipal. além de modelos de outros docu-
O sucesso do Serviço depende mentos que se mostram importan-
de uma Equipe Técnica vocaciona- tes para que o acolhimento familiar
da e capacitada. tenha êxito.
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ACOLHIMENTO
FAMILIAR
Orfanatos, educandários, san- tituições, muitas vezes desde os
tas casas, casas de misericórdia, primeiros anos de vida, e nessas
abrigos, unidades de acolhimento, instituições permanece, não raras
casas-lares etc., são denominações vezes, por muitos e muitos anos,
utilizadas para designar as ins- mesmo depois de atingir a maiori-
tituições que recebem crianças e dade2 .
adolescentes com direitos violados O impacto do abandono ou
e que, por alguma razão, são afas- do afastamento da família natural
tados da convivência familiar com pode ser minimizado se as condi-
seus familiares ou responsáveis1 . ções de atendimento no Serviço de
Uma grande parcela da po- Acolhimento propiciarem experi-
pulação brasileira vive em ins- ências reparadoras à criança e ao
adolescente e à retomada do con-
1 KREUZ, Sérgio Luiz. Direito à convivência vívio familiar.
familiar da criança e do adolescente: direitos O reconhecimento, na legisla-
fundamentais, princípios constitucionais e al-
ternativas ao acolhimento institucional. Curiti-
ba: Juruá, 2012, p. 45. 2 KREUZ, op. cit., p. 45.
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O ACOLHIMENTO FAMILIAR
É PREFERENCIAL
A Lei 12.010/2012 estabelece sejam mais humanizados, o que é
que os acolhimentos familiares possível por meio do acolhimento
são preferenciais em relação aos familiar.
institucionais. Não é, no entanto, Há diversos estudos científicos
o que se vê na prática. Menos de que demonstram os danos, em es-
5% (cinco por cento) das crianças pecial de desenvolvimento psíqui-
e adolescentes acolhidos no Brasil co, social, intelectual e até mesmo
(de acordo com o Ministério do motor, de crianças e adolescentes
Desenvolvimento Social - MDS) que permanecem por muito tem-
estão em acolhimento familiar, ou po em acolhimentos institucionais.
seja, mais de 95% (noventa e cin- O melhor a fazer, sem dúvida, é
co por cento) ainda estão nas ins- um esforço para que permaneçam
tituições. A Constituição Federal o menor tempo possível nos aco-
(art. 243) prevê que a criança tem lhimentos, com ênfase na substi-
direito a viver em família, não em tuição do modelo de acolhimentos
instituições. O Estado precisa es- institucionais pelos familiares.
forçar-se para que os acolhimentos
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VANTAGENS DO
ACOLHIMENTO FAMILIAR
Em relação aos acolhimentos A criança e o adolescente per-
institucionais: manecem na comunidade, parti-
No acolhimento familiar, a cipam das atividades da família e
criança e o adolescente recebem têm a possibilidade de criar vín-
tratamento e atendimento indivi- culos, tão importantes no desen-
dualizado, dentro de um ambien- volvimento de todo ser humano.
te familiar, cercado de cuidados e, A criança identifica referências de
principalmente, de carinho, aten- papéis maternos e paternos, o que
ção e afeto. favorece o desenvolvimento psi-
Além disso, o acolhimento fa- cológico saudável. A família aco-
miliar é voltado às necessidades lhedora também oferece um im-
pessoais do acolhido, o que permi- portante apoio na transição para a
te a organização da rotina basea- vida adulta.
da na criança ou no adolescente, O acolhimento familiar rompe,
o que dificilmente ocorre em uma ainda, com o estigma do abando-
instituição, onde há uma rotina co- no, uma vez que, ao frequentar a
letiva. vida comunitária, não são rotula-
dos ou discriminados.
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O PAPEL DA FAMÍLIA
ACOLHEDORA
A família acolhedora deve ser
bem preparada para este tipo de
atendimento, orientada sobre a tem-
porariedade do acolhimento (até que
a situação jurídica da criança seja re-
solvida), além de capacitada, acom-
panhada e monitorada pela Equipe
ACOLHIMENTO Técnica do Serviço.
FAMILIAR ESPECIAL De acordo com as Orientações
Técnicas dos Serviços de Acolhimen-
Definimos como especial
to para Crianças e Adolescentes10, a
aquele acolhimento de crian-
família acolhedora deve ter clareza
ças e adolescentes com alguma
quanto ao seu papel: vincular-se afe-
necessidade especial, doença
tivamente às crianças e adolescentes
grave ou mesmo dependência
atendidos e contribuir para a constru-
química. Nesse caso, a Lei Mu-
ção de um ambiente familiar, evitan-
nicipal que cria e regulamenta
do, porém, “apossar-se” do acolhido
o Serviço de Acolhimento Fa-
e competir ou desvalorizar a família
miliar pode prever um acrés-
de origem ou substituta.
cimo da bolsa-auxílio para as
O Serviço de Acolhimento não
famílias acolhedoras, a fim de
deve ter a pretensão de ocupar o
incentivar esses acolhimentos,
lugar da família da criança ou do
que têm peculiaridades.
adolescente mas, sim, de contribuir
para o fortalecimento dos vínculos
familiares e de favorecer o processo
de reintegração familiar ou o enca-
minhamento para família substituta,
quando for o caso.
Quando uma criança está em con-
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FAMÍLIA ACOLHEDORA
E ADOÇÃO
O Serviço de Acolhimento em uma criança ou adolescente está
Família Acolhedora não se con- acolhido. O acolhimento familiar
funde com adoção. O acolhimento também não é um atalho para ado-
é temporário e excepcional. Por- ção. Esta tem critérios e requisitos
tanto, assim que a criança estiver próprios.
em condições de retornar à sua fa- Não sendo possível a reinte-
mília, será reintegrada. Caso não gração ou adoção, poderá perma-
seja possível o retorno, os pais se- necer na família acolhedora até
rão destituídos do poder familiar e completar 18 (dezoito) anos de
a criança, encaminhada para ado- idade e, excepcionalmente, até os
ção. 21 (vinte e um) anos. Nesse perí-
O acolhimento familiar não odo, a criança e o adolescente de-
pode competir com as famílias bio- vem ser acompanhados e prepara-
lógicas. Caso se alimente a espe- dos para a vida independente, em
rança de que os pais acolhedores especial, por meio da escolariza-
possam adotar, há um risco muito ção e profissionalização.
grande de não se trabalhar pela Aqueles que estão habilitados
reintegração da criança em sua à adoção ou que desejam adotar
família de origem, que é o primei- não podem fazer parte do Serviço
ro objetivo a ser buscado quando de Acolhimento Familiar.
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às políticas públicas e às
ações comunitárias. De-
ve-se, ainda, assegurar o
acesso à rede de serviços
que possam potencializar
as condições da família de
oferecer à criança ou ao
adolescente um ambiente
seguro de convivência12.
Deve haver uma arti-
culação de toda a rede –
Equipe Técnica Acolhedo-
ra, Equipe Interdisciplinar
do Juízo, Serviços da Rede
Socioassistencial, Sistema
Único de Saúde (SUS),
Sistema Educacional etc.,
- a fim de promover o
efetivo acompanhamento
à família, identificação e
enfrentamento das omis-
sões, visando à superação.
FAMÍLIA DE ORIGEM Tal ajuste fortalecerá a
Em razão do princípio da excepciona- complementariedade das
lidade do afastamento do convívio familiar, informações, além de pro-
devem-se empreender esforços a fim de man- porcionar o planejamento
ter a convivência da criança ou do adolescente e o desenvolvimento con-
com o grupo familiar, para que o acolhimento junto de estratégias de in-
seja efetivamente a medida excepcional, apli- tervenção.
cada somente em situações em que é indis-
pensável. 12 BRASIL. Orientações Técni-
Nesse caso, mesmo após o acolhimento, cas: Serviços de Acolhimento para
é de suma importância a manutenção das in- Crianças e Adolescentes. Brasília-
-DF: CONANDA, 1999. Disponí-
tervenções e investimentos na família de ori-
vel em <http://www.mds.gov.br>.
gem, com o objetivo de fortalecimento, eman- Acesso em 8 de agosto de 2017. p.
cipação e inclusão social, por meio de acesso 23.
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COORDENAÇÃO DO SERVIÇO DE
ACOLHIMENTO FAMILIAR
O Coordenador do Serviço de da família ou da pessoa acolhedo-
Acolhimento Familiar, preferen- ra, bem como as eventuais mudan-
cialmente, deve ser um profissio- ças de crianças e adolescentes de
nal capacitado, com formação nas famílias acolhedoras;
áreas de psicologia, assistência so- ֎֎ Encaminhar o Plano Indi-
cial ou pedagogia, que vai repre- vidual de Atendimento à autorida-
sentar o Serviço perante a Rede de judiciária;
de Proteção e perante o Juiz com ֎֎ Prestar informações, sem-
competência na Infância e Juven- pre que solicitado, à autorida-
tude. Compete-lhe, entre outras de judiciária sobre a situação da
funções: criança ou do adolescente e even-
֎֎ Zelar pelos direitos das tual possibilidade de reintegração
crianças e adolescentes acolhidos, familiar;
nos termos do que prevê o Esta- ֎֎ Manter o cadastro atuali-
tuto da Criança e do Adolescente, zado das famílias acolhedoras;
bem como as orientações técnicas ֎֎ Promover o desligamento
para os Serviços de Acolhimento e das famílias acolhedoras que não
normativas do SUAS; cumprirem as normas legais ou
֎֎ Informar à autoridade ju- orientações da Equipe Técnica.
diciária o endereço e demais dados
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Exposição de motivos:
Senhores Vereadores,
Tenho a honra de submeter à apreciação de Vossas Senhorias a
anexa minuta de Anteprojeto de Lei que dispõe sobre a criação do
Serviço Família Acolhedora na Cidade de (nome da cidade).
A Constituição Federal de 1988, conhecida como “Constituição-
-Cidadã”, deu tratamento diferenciado às crianças e aos adolescen-
tes, conferindo-lhes direitos fundamentais em maior amplitude do
que para os adultos, adotando a Teoria da Proteção Integral, que as-
segurou àqueles os direitos fundamentais com absoluta prioridade
(art. 227, CF).
Mesmo com previsão constitucional, o direito fundamental à
convivência familiar também está expressamente consagrado no Es-
tatuto da Criança e do Adolescente (art. 34, §1º, ECA), além de ser
considerado como um princípio norteador da proteção. Tal princí-
pio assegura à criança e ao adolescente o direito de serem criados e
educados no seio de uma família.
Além da disposição constitucional e estatutária, tal direito tam-
bém consta em várias convenções internacionais das quais o Brasil
é signatário, como a Convenção das Nações Unidas dos Direitos da
Criança, Declaração Universal dos Direitos da Criança e Conven-
ção Relativa à Proteção das Crianças e à Cooperação em Matéria de
Adoção Internacional (Convenção de Haia).
A importância da convivência familiar tem justificativa na con-
dição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desen-
volvimento. A demora na efetivação de medidas que garantam o
direito ao convívio familiar fere um dos seus mais elementares di-
reitos, além de influenciar negativamente no seu desenvolvimento.
Embora o acolhimento familiar também tenha as características
de provisório e excepcional, a criação do Serviço de Acolhimento
Familiar é de suma importância para assegurar a efetivação do di-
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CAPÍTULO I
DO SERVIÇO DE ACOLHIMENTO FAMILIAR
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CAPÍTULO II
DOS RECURSOS
Art. 7°. O Serviço de Acolhimento Familiar contará com recursos
orçamentários e financeiros alocados à Secretaria de Assistência So-
cial, bem como com os recursos oriundos do Fundo para Infância e
Adolescência - FIA e de Convênios com o Estado e a União.
CAPÍTULO III
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
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CAPÍTULO III
DO SERVIÇO DE ACOLHIMENTO FAMILIAR
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CAPÍTULO IV
DA EQUIPE TÉCNICA E COORDENAÇÃO DO
SERVIÇO
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teção.
§ 2°. O acompanhamento à família de origem e o processo de rein-
tegração familiar da criança será realizado pelos profissionais do
Serviço de Acolhimento Familiar.
§ 3°. A Equipe Técnica também poderá monitorar as visitas entre
crianças, adolescentes, famílias de origem e famílias acolhedoras.
§ 4°. A participação da família acolhedora nas visitas será decidida
pela Equipe Técnica em conjunto com a família natural.
§ 5°. Sempre que solicitado pela autoridade judiciária, a Equipe Téc-
nica prestará informações sobre a situação da criança acolhida e in-
formará sobre a possibilidade ou não de reintegração familiar, bem
como providenciará a realização de laudo psicossocial com aponta-
mento das vantagens e desvantagens da medida, com vistas a sub-
sidiar as decisões judiciais.
§ 6º. Quando entender necessário, a Equipe Técnica prestará infor-
mações ao Juiz sobre a situação da criança acolhida e as possibilida-
des ou não de reintegração familiar.
CAPÍTULO V
DAS FAMÍLIAS ACOLHEDORAS
Art. 19. Cada família poderá receber apenas uma criança ou adoles-
cente por vez, à exceção dos grupos de irmãos.
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CAPÍTULO VI
DA BOLSA-AUXÍLIO
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CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
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Prefeito Municipal
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Coordenador:
Equipe Técnica:
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Data da inscrição:
1. Identificação do candidato a família acolhedora:
Nome:
Data de nascimento: idade:
Posição familiar: ( ) provedor ( ) colaborador ( ) depentende
Sexo: ( ) feminino ( ) masculino
Nacionalidade: naturalidade:
RG: CPF:
Estado Civil : Tempo de União:
Escolaridade:
Profissão:
Local e horário de trabalho:
Remuneração:
2. Identificação do cônjuge:
Nome:
Data de nascimento: idade:
Posição familiar: ( ) provedor ( ) colaborador ( ) depentende
Sexo: ( ) feminino ( ) masculino
Nacionalidade: naturalidade:
Escolaridade:
Profissão:
Local e horário de trabalho:
Remuneração:
3. Endereço:
Rua: Número:
Bairro: Cidade: CEP:
Referência:
Tel. Residencial: Celular: Tel. Comercial:
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E-mail:
5. Composição familiar:
6. Características do domicílio:
( ) própria ( ) alugada ( ) cedida ( ) financiada
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Quantidade de cômodos:
7. Divulgação:
Como soube do Serviço de família Acolhedora?
( ) TV ( ) Rádio
( ) Jornal ( ) Folders ( ) Outros
Por que quer ser uma família acolhedora?
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Introdução:
Como já mencionado, a capacitação das famílias acolhedoras é
fundamental para o sucesso do Serviço. Não se deve começar um
Serviço de Acolhimento Familiar sem a necessária capacitação da
Rede e das famílias acolhedoras. A capacitação deve ser inicial e
continuada.
Nesse primeiro momento, é importante que a famílias acolhe-
doras tenham noção do que é o acolhimento familiar, sua finali-
dade, as atribuições de cada um dos envolvidos no processo de
acolhimento, os serviços ofertados pela Rede de Proteção, as res-
ponsabilidades e deveres dos acolhedores.
Apresentamos aqui uma sugestão de capacitação inicial para
as famílias acolhedoras, que obviamente pode ser alterada ou am-
pliada, de acordo com as necessidades e conveniências de cada
Serviço.
É extremamente enriquecedora a participação de famílias que
já acolhem, podem partilhar suas experiências com as famílias que
estão iniciando no acolhimento.
Importante alertar que a capacitação continuada das famílias aco-
lhedoras deve ocorrer na medida em que os acolhimentos forem
sendo realizados, oportunizando a troca de experiências entre as
famílias acolhedoras e a Equipe Técnica responsável.
1º DIA:
• MÓDULO 01: Sistema Único de Assistência Social (SUAS) - Po-
lítica Nacional de Assistência Social (PNAS) e a Rede de Serviço
Socioassistencial local:
Neste primeiro momento, as famílias acolhedoras são levadas
a entender minimamente a Política Nacional de Assistência
Social, uma vez que esta é responsável pelas diretrizes que em-
basam o acolhimento familiar. Apresenta-se, também, a Rede
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2º DIA:
• MÓDULO 03: Questões Psicológicas do Acolhimento Fami-
liar:
Este módulo é apresentado pela Equipe de Psicólogos do Servi-
ço, que abordam a necessidade de criação e fortalecimento do
vínculo afetivo da família acolhedora com o acolhido, as ques-
tões relacionadas à identidade de cada criança ou adolescente,
a ruptura de vínculo e a relevância do envolvimento emocional
saudável da família acolhedora com o acolhido.
• MÓDULO 04: A questão da ética e do sigilo da família aco-
lhedora em relação ao acolhido e sua história de vida:
Este módulo tem como objetivo expor à família a importância e
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3º DIA
• MÓDULO 05: O acolhimento do Adolescente e suas especi-
ficidades:
O objetivo deste módulo é discorrer sobre o acolhimento de
adolescentes e sua singularidade, considerando que este apre-
senta comportamentos muito particulares, que requerem abor-
dagem específica, o que dificulta o interesse da família acolhe-
dora pela modalidade de acolhimento. São abordadas questões
relacionadas à adolescência, como sexualidade, drogas, relacio-
namento, etc. Realizam-se dinâmicas específicas, além de uma
abordagem que visa à sensibilização em relação à adolescência.
4º DIA
• MÓDULO 06: A abordagem da família acolhedora em rela-
ção aos acolhidos portadores de transtornos psiquiátricos:
Neste módulo um Médico Psiquiatra, integrante da Rede de
Serviços, trabalha com as famílias as especificidades dos casos
psiquiátricos, principalmente acerca da administração de me-
dicamentos controlados, já que grande parte dos protegidos
demanda o uso de medicação.
• MÓDULO 07: Proteção e Adoção: Orientações da Vara da
Infância e Juventude:
Desenvolvido por técnicos – Psicólogos e Assistentes Sociais da
Vara da Infância e Juventude -, tem como objetivo informar as
famílias sobre o Processo Judicial que acompanha cada acolhi-
do. São transmitidas informações sobre todos os momentos do
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5º DIA
• MÓDULO 08: Atribuições e competências da Equipe Técni-
ca do Serviço de Acolhimento Familiar - Lei Municipal:
A partir do respaldo da Lei Municipal que regulamenta o aco-
lhimento familiar, a Equipe Técnica do Serviço tratará acerca
da função e responsabilidade da Equipe Técnica, como será or-
ganizado o acolhimento, fluxo do acolhimento e a organização
dos trabalhos entre Equipe e famílias acolhedoras.
• MÓDULO 09: Atribuições e obrigações das famílias acolhe-
doras em atividade de Acolhimento”. Lei Municipal – Lei Nº:
6.286/2013:
Neste momento, a Equipe Técnica do Serviço de Acolhimen-
to explica as funções da família acolhedora, detalhando suas
obrigações e atribuições, bem como a importância de manter
a Equipe Técnica informada sore a adaptação e a situação do
acolhido.
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(nome)
Coordenador(a) do Serviço de Acolhimento Familiar
(nome) (nome)
Compromissado Compromissada
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Disponível no link:
https://www.tjpr.jus.br/documents/11900/4588702/ANEXO+MANUAL
+DE+ACOLHIMENTO+FAMILIAR+-+Cartilha+do+Programa+de+Cap
acita%C3%A7%C3%A3o+para+Fam%C3%ADlias+Acolhedoras/6a1b55
ee-c717-cb18-f37c-37789624361b
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