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Os Intelectuais e a Organização da Cultura (Antonio Gramsci).

Os intelectuais e a cultura de Gramsci aborda a questão dos intelectuais e sua situação social e a que
grupo social e eles pertencem. A principio Gramsci a primeira questão que o autor aborda é a autonomia
do intelectual na sociedade, ele é um grupo autônomo ou apenas parte de outro grupo social? O elucidar
dessa questão é apontado por Gramsci como a existência de diversos seguimentos intelectuais na
sociedade e cada um representando a classe em que está inserido, e demonstra essa ideia através de uma
contextualização da história focando na formação dos movimentos intelectuais e suas categorias.
Segundo Gramsci existe duas formas de intelectuais que merecem destaque, na sua abordagem, que são
os que representam os interesses das classes que detém o poder econômico, em determinado período os
senhores feudais e posteriormente os empresários e comerciantes e os possuidores das prerrogativas
econômicas. A sociedade é movida por uma necessidade essencial a de produção econômica, e o grupo
social que detém as prerrogativas econômicas tornam-se possuidora poder político e militar, e a classe
dos intelectuais eclesiásticos que durante muito tempo exerceram grande influência em todas as
camadas sociais e determinaram os rumos das políticas sociais e econômicas.A classe intelectual é
formada de forma paralela a essas esferas sociais, bem como influem na formatação das tecnologias que
servem a essas classes que detém o poder e de certa forma influem na história e no desenvolvimento da
sociedade.Se colocando quase sempre a disposição dos mandatários e das classes dominantes
fomentando os fatos históricos comentados por Gramsci os cientistas, filósofos e teóricos formam o
conjunto intelectual da sociedade. “Uma das mais marcantes características de todo grupo social que se
desenvolve no sentido do domínio é sua luta pela assimilação e pela conquista "ideológica"dos
intelectuais tradicionais, assimilação e conquista que são tão mais rápidas e eficazes quanto mais o
grupo em questão elaborar simultaneamente seus próprios intelectuais orgânicos.” (Gramsci).Segundo o
autor cada momento histórico é necessário e cada intelectual é, em grande, medida o senhor intelectual
de sua época, para Gramsci cada momento tem em si as bases necessárias para promover o período
histórico subseqüente, o que o caracteriza com um pensamento puramente marxistas no que se refere a
esse pragmatismo histórico.O que limita esse intelectual e qual é o alcance de suas definições
intelectivas?A critica intelectual percorre um processo de analise de suas próprias definições intelectivas
o que é em si mesmo é um erro metodológico, visto que deveria procurar compreender suas
considerações do conjunto das relações sistemáticas.Gramsci acredita que cada ser humano é um
intelectual, embora em potencial, visto que somos todos capazes de formular conceitos e produzir
pensamentos, porém a distinção se faz entre o trabalhador técnico e o cientista o pensador o filósofo.
“Todos os homens são intelectuais, poder-se-ia dizer então: mas nem todos os homens desempenham na
sociedade a função de intelectuais” Na medida em que um grupo de intelectuais formam as ideologias e
os conceitos, se tornam os detentores do pensamento de sua época, e formam as superestruturas com
base puramente ideológicas.Segundo Gramsci,“Formam-se assim, historicamente, categorias
especializadas para o exercício da função intelectual; formam-se em conexão com todos os grupos
sociais, mas especialmente em conexão com os grupos sociais mais importantes, e sofrem elaborações
mais amplas e complexas em ligação com o grupo social dominante.Uma das mais marcantes
características de todo grupo social que se desenvolve no sentido do domínio é sua luta pela assimilação
e pela conquista "ideológica"dos intelectuais tradicionais, assimilação e conquista que são tão mais
rápidas e eficazes quanto mais o grupo em questão elaborar simultaneamente seus próprios intelectuais
orgânicos.”(idem).Esses intelectuais são uma classe distinta em sua formação, no entanto, coabitam com
os detentores do poder econômico, visto que esses são historicamente seus mecenas, fomentando a
classe de intelectuais aos seus serviços, na produção de novas tecnologias bem como formas mais
apuradas de dominação.A escola forma pessoas de formas diversas para suprir essas necessidades
sociais, tanto para produzir o intelectual técnico que ira servir para o trabalho na industria e bem como
para os diversos seguimentos sociais.O sistema atual de organização social o capitalismo com base na
divisão do trabalho segundo Taylor é um exemplo de construção intelectual a serviço da dominação,
onde se construiu uma nova forma de escravismo e alienação do trabalhador, em uma nova forma de
relação entre senhor e empregado.E é na escola que essa distinção se principia na distinção programada
entre qualidade e quantidade do conhecimento ministrado e da formação intelectual.Este modo de
colocar a questão entra em choque com preconceitos de casta; é verdade que a própria função
organizativa da hegemonia social e do domínio estatal dá lugar a certa divisão do trabalho e, portanto, a
toda uma gradação de qualificações, em algumas das quais não mais aparece nenhuma atribuição
diretiva e organizativa: no aparato da direção estatal e social existe toda uma série de empregos de
caráter manual e instrumental (de ordem e não de conceito, de agente e não de oficial ou funcionário,
etc.); mas, evidentemente, é preciso fazer esta distinção, como é preciso fazer também qualquer
outra.(ibidem)No entanto os intelectuais são os condutores a serviço das classes dominantes, exercem
um papel fundamental na execução da hegemonia social, onde é necessário fomentar o exercício das
atividades subalternas e a governança política, o demonstra a necessidade de ideologias para a formação
de conceitos universais tornando a colaboração das massas trabalhadoras ações espontâneas e
constantes, ainda que estejam alienadas de seus direitos e exploradas em seus deveres.Importante
salientar a distinção que o autor faz entre os intelectuais provenientes das camadas sociais diversas,
essências na manutenção das tecnologias, e na que produção de conhecimento de forma inerente a sua
condição ambiental, e os intelectuais que não são trabalhadores técnicos, mas estão a serviço da
governança e do aparado de poder.Faz uma clara distinção entre o intelectual que produz conhecimento
pelo seu oficio, e as organizações intelectuais que se formam dentro das camadas sociais que estão no
poder político e econômico. Lembrando a criação de superestruturas como a criada na idade média
pelos eclesiásticos que entre outras medidas se tornaram detentores do conhecimento tornando as
pesquisas científicas proibidas e fomentando a alienação das massas a serviço de assegurar o poder
político e econômico.Gramsci faz uma analise detalhada do desenvolvimento intelectual em diversos
países como Inglaterra, Alemanha, França, Rússia, Estados unidos entre outros, de forma global avalia
os processos históricos e econômicos no mundo e a organização social dominante para o exercício das
funções subalternas da hegemonia social, aponta para uma camada social de intelectuais que
representam um período histórico determinado e trabalham a seu serviço, dando como exemplo os
positivistas que produziram muitas obras para firmar as novas relações de trabalho e sociais.As
proposições de Gramsci sobre a formação da classe de intelectuais tem como principal argumento a
estrutura conceitual formada por Hegel sobre a construção da história e da cultura, porém com forte
influência de Karl Marx na medida em que se denota um fatalismo histórico e um pragmatismo evidente
nas afirmações de Gramsci. Acredito que toda manifestação social que se manifesta como grupos
distintos ou classe especifica tem causas diversas, muito embora Gramsci tenha razão no que se refere à
inferência do poder econômico e político em determinados seguimentos sociais principalmente nas
responsáveis pelo fomento de tecnologias e construção de políticas ideológicas (intelectuais). No
entanto não percebo uma hegemonia intelectual predominante, mas sim uma diversidade, que é a meu
ver, uma condição necessária para garantir os saltos na ciência e na construção de políticas sociais mais
justas e igualitárias longe de ideologias pragmáticas e engessadas em dogmas e interesses classistas,
seja essa classe representada por grupos de intelectuais ou por lideres com nomes pomposos como
representante da classe operária.Sempre haverá grupos de intelectuais a serviço das classes dominantes,
tanto para aprimorar as técnicas de dominação e controle da economia como para manter o poder
político e o controle da sociedade, essa é uma condição essencial em um sistema representativo e de
divisão de classes, seja ele absolutista ou representativo. O avanço no pensamento político se dá através
das vozes que destoam dessa academia e vão além fazendo um esforço de reflexão sobre a sociedade e
não apenas repetindo a tradição e suas falácias.

Referencias:Antonio Gramsci. Os Intelectuais e a Organização da Cultura. Editora Civilização


Brasileira S.A. RJ. 1982.

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