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CONGO* DE ANGOLA

Por Patrício Batsîkama 1


Revisado e adaptado por Jacqueline Freitas 2

LOCALIZAÇÃO
O grupo etnolingüístico KONGO* localiza-se no Norte de Angola, aglomerando o espaço congolense
e gabonense. Em Angola conta com aproximadamente um milhão e meio de habitantes, sendo o
terceiro grupo etnolingüístico mais populoso do país.

Ocupam inteiramente três províncias, a saber: Cabinda, Uíge, Zaire e parcialmente o espaço situado
a noroeste da capital e da província da Lunda-Norte.

LÍNGUA
KI-KONGO, de prefixo qualificativo KI, e de KONGO, nome de povo. A língua KI-KONGO classifica-se
no grupo BANTU. Nele encontramos diversos idiomas (toda língua tem os seus idiomas, dizem os
lingüistas). Esses idiomas reagrupam-se em cinco blocos, nomeadamente:
 em Cabinda – kiyombe, kihunga, vili, fiote etc.
 no Zaire – kisolongo, kisansala, kikwimba etc.
 no Uíge – kizombo, kimbata, kimpangu etc.
 no Norte de Kwanza-Norte – kimbamba, kimpemba, kikongo etc.
 e finalmente no noroeste da província de Lunda-Norte – kikanga, kiyaka, kisuku, kihanga.

HISTÓRIA
DA OCUPAÇÃO DO CONGO
A origem dos KONGO é inteiramente ligada às migrações dos BANTU, a grande família lingüística
que habita toda a África ao Sul desde o deserto do Saara até a Cidade do Cabo.

Lingüistas, arqueólogos, antropólogos, historiadores etc. defendem a origem dos BANTU de diversas
formas, pois existem, ipso facto, várias escolas a propósito das origens dos KONGO. A primeira tese
faz originar esse povo de TCHAD (CHARI); a segunda escola sustenta que os KONGO teriam saído do
Sul.

A data das origens ainda se discute. De acordo com o eminente historiador John Thornton, esta
fundação situar-se-ia nos séculos X e XIII. A tradição e os dados lingüísticos (ou Arqueologia
Lingüística) induzem que a fundação dataria de alguns tempos antes do século V da nossa era.

Resumindo, convém dizer que até o século X, e o mais tardar XIII, existia um reino estruturado com
um poder centralizado, com sistema de federalismo arcaico ocupando o espaço acima descrito.

DA VINDA DOS OCIDENTAIS


Numa das suas viagens, em 1482, o capitão Diogo Cão descobriu o rio que chamou ZAIRE,
corruptela de NZADI’A MWANZA (rio MWANZA). Quando, em 1485, voltou nas mesmas
circunstâncias, embarcou no porto natural de MPINDA. Daí delegou a sua embaixada para MBANZA-
KONGO (a então capital do reino), embaixada que foi composta de três padres católicos, o que levou
o capitão-mor a retornar a Portugal levando com ele alguns KONGO para cristianizar.

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O capitão Diogo Cão voltou ao Congo desta vez acompanhado dos KONGO cristianizados e
aportuguesados. Ao vê-los, o monarca nativo não hesitou em abraçar o cristianismo e ser batizado,
sob o nome de Dom João. O seu filho e a sua esposa foram também batizados um mês depois,
recebendo os nomes cristãos de Dom Afonso I e Dona Eleonor.

A partir daí, o país todo foi proclamado cristão, tal como seria cantado: “kongo dya wonso
dibotekelo”. Portanto, ainda nessa data 99% dos KONGO desconheciam o que era realmente
Cristianismo.

No princípio do século XVI morreu o primeiro rei cristão, JOÃO I NZING’A NKUWU. Desta morte
resultou a intromissão dos portugueses nos assuntos públicos (políticos) do Congo. Por
conseqüência, a insistência nativa encaminhou o país ao desequilíbrio social. Tal como escreve
Raphaël Batsîkama, dos 17 reis que sucederam Dom Afonso I, 12 morreram assassinados.

Logo o tráfico dos escravos iria se desenvolver. A este respeito, o padre Dieudonné Rinchon
escreve: “os escravos em Haiti são os Kongo: são fortes, inteligentes e muito resistentes ao
trabalho”.

Duas fases capitais resumem o declínio do reino:


I. Depois de orquestrar contra os portugueses que pretendiam deter uma autorização de
exploração de ferro, VITA NKANGA foi morto em um combate, tendo a cabeça cortada e
enterrada na Igreja de Nazaré.
II. Até 1697, o trono MBANZA-KONGO permaneceu desocupado, devido a conflitos
sucessoriais. Surgiu então uma moça, chamada NDONA BEATRIZ NSIMBA VITA, que não tardou
a levantar a população, aproveitando, porém, a seita tradicional de KIMPASI. Um dos resultados
foi a reunificação do povo, considerada, contudo, como um grande perigo contra o catolicismo:
os padres eram apedrejados onde evangelizavam, conforme relatam algumas crônicas da época.
Outro impacto foi o do renascimento da religião tradicional. Em 1706, NDONA BEATRIZ foi
acusada, capturada, julgada e finalmente condenada a ser queimada viva, como herética. Logo a
revolução enfraqueceria por falta de líder.

Esse fato intimidou os revolucionários até as vésperas das independências africanas. E doravante
registraram-se apenas revoluções culturais e religiosas. Em 1885, a Conferência de Berlim dividiu a
África, repartindo o antigo espaço Congo em repúblicas: Angola, Congo-Brazzaville, Congo-
Kinshasa e uma ínfima parte de Gabão.

RELIGIÃO
Antes do Cristianismo os KONGO acreditavam em NZÂMBI’A MPUNGU, Deus Poderoso, que,
normalmente e muitas das vezes, identificam como o mar, KALUNGA. Do mesmo modo acreditavam
em NKISI, os espíritos, que poderiam ser bons (NSIMBI) ou nocivos (NKUYA).

Os peritos são chamados NGANGA e a sociedade os consulta para comunicar-se com os espíritos,
quer nos problemas pessoais quer nos assuntos públicos.

Mesmo assim, os KONGO são tidos como monoteístas. De fato, acreditavam em um só deus celestial
que, manifestamente, não era algo físico representado. Quando se pergunta aos KONGO quem é o
NZAMBI deles, costumam responder “Nzambi ye Nzambi”, quer dizer, “Deus é Deus”. Quando se
insiste, tentando saber se por acaso Deus seria uma árvore, ou um elefante, ou ainda se existiria algo
esculpido como digna representação, os KONGO respondem: “Quem é que já teria visto Deus?”,
assim nos narra o padre Jean Van Wing. Esse fato ajuda a entender o monoteísmo KONGO.

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Ainda hoje a Antropologia religiosa prova sem equívocos que, de fato, o catolicismo não teve
grandes dificuldades para implantar-se no território KONGO, devido a este povo já possuir uma
religião compatível, isto é “pré-cristã”, ou “pré-católica”. Assim, NZAMBI permaneceu tal; os NKISI
adquiriram o conceito dos santos; a estatueta da Virgem Maria com o Menino Jesus veio a ser
suplementada por MFÛMU’A KONGO, e assim por diante.

Os missionários protestantes implantaram-se tardiamente no território Congo-angolano: BMS e


CMA evangelizaram esse território durante os séculos XIX e XX.

CULTURA
RITOS DE NASCIMENTO
Quando entre os KONGO nasce uma criança, independentemente de seu sexo realizam-se ritos,
porque ela é tida como um membro da família, vinda das bisavós. E os ritos constituem o mínimo
agradecimento que os vivos podem oferecer.

No caso de este nascimento ser especial, os ritos serão diferentes e, evidentemente, exigirão
algumas cerimônias prolongadas, implicando os familiares, o bairro, até o clã inteiro. Alguns tipos
de nascimento especial são:

• Quando ao nascer a criança apresenta primeiro os pés, dá-se-lhe o nome de NSUKA. Os ritos
administrados constituem uma terapia e acabam quando as articulações do bebê fortalecerem.
• Os gêmeos chamam-se NSIMBA e NZUZI, quando são dois; se forem três, serão chamados
NSIMBA, NZUZI e KATUMBA. As cerimônias levam algumas semanas
• Quando o cordão enrola a criança, NZINGA será o seu nome, e os ritos, em três etapas, são
então administrados por NGANG’A NKISI, depois por NGANG’A VUTULA e enfim por NGANG’A
MASIMBA ou NGANG’A MAVASA.
• Quando o bebê é macrocéfalo, os ritos levam muito tempo, e muitas vezes duram a vida
toda. É tido como um espírito entre os vivos e, por conseguinte, é muito respeitado, sendo-lhe
reservado um tratamento afetivo bastante especial por parte dos seus familiares.

RITOS DA PUBERDADE

Ritos das moças


Chamados NZO NKUMBI, esses ritos marcam a passagem de uma criança para a adolescência. No
caso da menina, visam prepará-la para ser uma boa esposa. Os ritos acontecem quando a mãe ou um
membro da família informa que a moça teve suas primeiras menstruações. Uma vez que a
informação foi circulada, a menina será levada a NZO KIKUMBU, literalmente “casa da virgindade”.

Durante o período da NZO NKUMBI, a moça aprende, junto de suas companheiras, os costumes de
uma boa esposa. Além disso, diariamente elas recolhem a raiz de “TUKULA”, que trituram com duas
pedrinhas específicas.

As moças se cobrem quando vão fazer necessidade, e ocultam a face quando uma pessoa estranha
entra na NZO’A KIKUMBI. Geralmente, a KIKUMBI (moça virgem) é rodeada todos os dias, à noite ou
de madrugada, pelas outras moças e alguns rapazes.

A duração do rito é de três semanas congolesas (12 dias), ou ainda meio ano (três meses). Além das
instruções visando à formação de uma boa esposa, ela aprende sobre a sua ascendência, nomes e
história dos seus trisavós.
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Ritos dos rapazes
Ao crescer da sua garganta, ou quando se remarca um desenvolvimento de outros órgãos
anatômicos, o rapaz é retirado do lar onde nasceu e cresceu. É considerado pronto para ser
preparado, orientado sobre a sua mocidade.

Será entregue à NZO’A LONGO, “casa de aprendizagem”. Esta casa reúne diferentes rapazes que
simplesmente pertencem a uma mesma linhagem, ainda que vindos de diferentes clãs.

Na aprendizagem, os rapazes são submetidos às provas da vida: caça, pesca, técnicas da agricultura
etc. Aprendem também a história de suas linhagens (chamadas NGENDA) e dos seus clãs, a fim de se
identificarem na sociedade onde estiverem como cidadãos KONGO.

Esta aprendizagem é simbolizada pela circuncisão. Quem por acaso for descoberto incircunciso é
tido como ignorado das realidades sociais e, por conseguinte, expulso do meio comum.

A duração é normalmente de meio ano congolense (dois meses) ou mais.

CALENDÁRIO
Geralmente os KONGO concebem o tempo em dois anos, repartidos em quatro meses cada: temos o
ano das chuvas (MVULA) e o ano de cacimbo** (SIVU). E cada mês é dividido em quatro dias
multiplicados por nove (mercados): isto é, trinta e seis dias no máximo.

Os dias KONGO são geralmente: NKANDU, KONZO, NKENGE e NSONA, ou ainda regionalmente
NKOYO, TSILU, NTONO e NSONA.

Os meses de MVULA são: NTOMBO (outubro e novembro), MAZANDA (dezembro e janeiro), NDOLO
YI NKAZI (fevereiro e março) e, enfim, NDOLO YI NUNI (abril).

Os meses de SIVU são: MAKABANI (maio), MWALALA (junho), MUMU NSI (julho) e MBANGALA
(agosto-setembro).

Estas apelações mudam conforme as regiões, designando sempre a mesma idéia. MBANGALA, por
exemplo, é às vezes chamado MWINI, ou ainda KOKA MAVUMBU, mas refere-se à mesma concepção.
Em todos os casos, designam a estação de grande calor, das queimas da floresta, da preparação das
sementes etc.

Os meses não são estáveis, mudam conforme o equinócio, também, e, sobretudo, por questão da
periodicidade da agricultura, condicionada pelas metamorfoses dos rios.

Os KONGO, agricultores por excelência, escolhem uma plantação no mês de MWALALA (junho), mas
o homem apenas começa a trabalhar nela durante o mês de MUMU NSI (julho), e derruba as árvores,
para depois queimá-las, durante o MBANGALA (agosto-setembro). A mulher vai seguir a semear
durante o tempo de plantar, chamado então TÛMBA ou MILOLA.

CASAMENTO
Um provérbio muito popular aconselha: “escolhe a sua mulher durante o MBANGALA”.

O casamento começa pelo rapaz, mas geralmente pelos seus pais. Estes, de antemão, acham uma
moça bem educada, de uma família respeitada ou de reputação, e dão a conhecer a intenção entre os
membros da família. Caso concordem, delega-se a mãe do moço como emissária, com o fim de

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negociar junto à família da moça (ainda de forma oficiosa). Ela leva consigo um presente e, caso a
intenção seja aceita, regressa à sua família acompanhada de galinha e galo.

A seguir, a família do moço manda KIDIMBU para certificar devidamente a escolha da “noiva”. Esse
KIDIMBU ou “marca” consiste no primeiro vestido da moça. A família da noiva responde então pela
lista de dote.

Uma vez recebida, esta lista é estudada pela família do moço. São feitas contribuições, em que todo
membro da família obrigatoriamente participa. Enviam-se por resposta algumas pessoas da família
do moço, tendo por exclusivo objetivo negociar a data da entrega dos artigos pedidos. Neste
encontro, assistimos à familiarização entre as duas partes. Passa-se ociosamente uma festinha de
recepção, chamada “molhar o KIDIMBU”.

No dia da entrega, a família do moço, na sua totalidade relativa, visita a da moça. Abre-se o debate.
Em geral, dois NZOZI ou MVOVI (advogados), designados como porta-vozes de cada família, são
sujeitos a debater, a fim de que as duas famílias se unam sem problemas.

Durante o alambamento, somente os advogados das duas famílias detêm o direito primordial da
palavra. Estes debates têm por objetivo a justificação dos artigos pedidos. Para caixa de sabão, por
exemplo, o advogado da família da noiva declama: “Isto é para lavar as suas roupas, que a moça
enquanto menina andou a emporcalhar”. E o advogado da família do moço retorque: “Doravante,
já não cobra a sua sobrinha, tudo está pago (ou resolvido) pelo meu sobrinho”.

A forma de questionar ou responder é geralmente uma canção, um provérbio, um adágio, uma


máxima etc. Uma vez que concordam, muito antes de porem fim aos KINZOZI (debates), ambas as
famílias devem dar bebida aos vizinhos, especialmente aos rapazes que vivem no bairro da noiva;
isto significa que dali em diante nenhum deles poderá incomodar a moça noivada.

Comida abundante, bastante bebida, em resumo, reúnem-se suficientes condições para uma grande
festa com mínimo esplendor. Assim realiza-se o casamento tradicional.

MORTE
Existem dois tipos de morte, consideradas normal e anormal. A primeira é causada por Deus, “Ele
próprio que dá vida, e porque não tirá-la?”, conforme pergunta a sabedoria. A segunda é causada
por NDOKI, KADYA MPEMBA, MANDINGU, ZUMBI etc. respectivamente feiticeiro, satanás, espíritos
voadores notívagos, mortos vivos.

Portanto, quando morre uma pessoa procede-se, primeiro, a circulação da informação, que passa de
casa para a aldeia nesses termos: “Nzambi vonde muntu”, o que quer dizer “Deus matou uma
pessoa”. Esta é a morte normal. Os ritos fúnebres, as exéquias realizam-se de acordo com a idade e
a função social do defunto. A informação pode também circular dessa outra forma: “Badidi muntu”,
ou seja, “Comeram uma pessoa”, significando que ocorreu uma morte anormal. Assim, a sociedade
é em primeiro lugar informada, e depois conscientizada de que está enlutada.

No caso de uma criança, os funerais são simples: lavagem do cadáver, choros e cerimônias dos
especialistas no assunto (NGANG’A MVUMBI, NGANGA VUTULA etc.), o enterro e, no fim, os debates
entre as quatro famílias do defunto. Isto não leva muitos dias, geralmente dois. No caso de recém-
nascido, os pais são submetidos a certos ritos, principalmente a mãe, e muitas vezes a “tabus”
(KIJILA ou MBASU).

Se morre um jovem, serão tidas em conta as sociedades secretas e normais pelas quais passou
enquanto vivo: NZO’A LONGO, KIKÛMBI, BAKIMBA, KIMPASI etc. Em primeira mão, a notícia circula

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por toda a aldeia. Seus antigos colegas deverão estar presentes. É uma obrigação para todos, que,
em certo momento, são chamados a prestar declarações de acordo com as regras secretas das seitas.
Isto acontece comumente no dia do enterro. Quem tiver problemas com o defunto aproveita também
para esclarecê-los, a fim de ganhar paz e tranqüilidade, já que o morto passou a ser membro do
mundo dos espíritos, e com essa condição poderá facilmente castigá-lo. Choros, enterro, debates e
festa são remarcavelmente suplicatórios.

No caso de uma pessoa que, enquanto viva, exercia uma função social, tudo é diferente. Depois da
difusão da notícia lúgubre por toda a aldeia, prossegue-se com a embalsamação. O sucessor é
submetido a provas e definitivamente eleito. Não se pode fazer o enterro antes de conhecer os
candidatos ou o eleito a suceder. Conforme as funções do morto, a sociedade inteira ou uma ínfima
parte é convidada a assistir aos funerais. Normalmente, a quantidade de pessoas indica o tamanho
da função que o morto teria exercido. Choros, canções, danças, gritos de alegria ou tristeza
caracterizam todo esse tempo da preparação do enterro. Uma vez realizado o enterro, volta-se à
aldeia, a fim de celebrar a morte com bebidas e comidas abundantes. A um certo momento, a
comunidade prossegue com a “mormalização” da aldeia ou do país, ou seja, a sucessão do novo
responsável.

JUSTIÇA
Quando entre os KONGO surgem problemas como crime, feitiçaria etc., o ofendido leva a acusação a
uma pessoa competente de reunir a aldeia toda. Em primeira mão, o suposto autor do crime é
convocado e logo informado sobre a acusação, bem como sobre o dia do seu julgamento.

Muito antes de esse dia chegar, usa-se um KUNKU, instrumento para informação. Dependendo da
forma como é tocado, os ouvintes interpretam a mensagem do chefe: de um lado identifica-se que o
NKUNKU é do chefe máximo, e de outro lado certifica-se de que o chefe máximo chamou os juízes
para aparecer na sua sede. Estes informarão a aldeia, de forma direta (verbalmente), a respeito do
julgamento, que terá lugar em dia e local previamente estabelecido.

Tanto o ofendido como o injuriante procuram um MVOVI (advogado) para defender a causa. São-lhe
oferecidas bebidas, animais, até dinheiro (LUBONGO, ZIMBU). De modo igual, o chefe máximo e os
juízes recebem as mesmas regalias, mas geralmente cobram mais contas.

Durante o julgamento, os MVOVI defendem a causa de seus clientes. As testemunhas intervêm de


maneira a facilitar os juízes a analisar a veracidade do assunto. Os advogados são repetidamente
chamados à parte, a fim de acertar com os juízes para que, juntos, achem a verdade. Por sua vez, os
advogados chamam os seus respectivos clientes de modo a obter detalhes importantes e outros
pormenores. Todos assistem, e se alguém tiver alguma opinião não lhe é autorizado intervir sem
nenhum receio. Este julgamento pode levar dias, dependendo do caso.

São os juízes que ajudam o chefe máximo a achar uma solução condigna. Depois dos debates, da
exibição de provas e análise destas, chega-se a uma conclusão. O chefe máximo pronuncia a
sentença final. Se o julgamento levar mais dias, ao anoitecer cada um volta a sua casa. Os
convidados são hospedados em habitações apropriadas. No dia seguinte, apresentam-se de novo no
local habitual, e assim por diante até encerrar o assunto.

Os criminosos erram antigamente mandados a lugares de isolamento, de penitência etc.

CRENÇA
O KONGO acredita em um Deus poderoso celestial. Mas, a par este Deus, confia em seres místicos,
tais como NKUYI, NDOKI, MANDINGU, ZUMBI etc.

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NKUYI são demônios, tendo por chefe KADYA MPEMBA (“satanás”). Os NKUYI são os demônios que
se aproveitam dos indisciplinados, que são mortos quando surpreendidos nos caminhos isolados, de
dia ou de noite. A este respeito, todo KONGO evita infringir as leis ou os usos e costumes, sob o risco
de que KADYA MPEMBA mande seus NKUYI para atacá-lo e matá-lo.

Já os NDOKI são pessoas com carne e ossos, mas que detêm o poder de dissociar o seu espírito do
corpo. Durante a noite, o espírito se separa do corpo através da orelha e pode passear onde quiser.
Os NDOKI atacam enquanto as pessoas dormem, retirando algo de dentro do corpo da vitima de tal
forma que ela adoece no dia seguinte, para finalmente morrer mais tarde. Os NDOKI, quando
descobertos, são geralmente queimados e não podem ser enterrados no cemitério comum: seus
restos são, em princípio, deitados nos lugares impuros, onde supostamente vivem os NKUYI e
KADYA MPEMBA.

MANDINGU é o espírito voador da noite. Não é bem identificado, pois é tido como o espírito da
morte. Seu representante é o NTOYO (corvo mortal), uma ave preta muito estranha. O canto desta
ave ao anoitecer adverte a aldeia de que no dia seguinte, ou na mesma semana ( KONGO), alguém
desaparecerá. À noite MANDINGU luta e pode minguar o NDOKI se este tiver um poder insignificante.
Os MANDINGU não morrem, mas são capazes de matar os NDOKI débeis e vagabundos. Muitas
vezes, se um NDOKI subjuga um MANDINGU e consegue fugir, ele se torna pacífico, sem necessidade
de matar. Metamorfoseia-se, então, em protetor da sua linhagem e clã. Existem também MANDINGU
protetores de clãs e aldeias ou lugares bem específicos.

ZUMBI ou KAZUMBI são as pessoas mortas mas que, à noite, saem das suas sepulturas. Uma das
razões é por terem sido mortos injustamente por um NDOKI. E como morreram antes do tempo, o dia
torna-se noite e vice-versa. Passeiam à noite nervosos e frustrados. E nos passeios, mostram-se
agressivos perante uma pessoa que não lhes agrada ou que pertença a uma das famílias do NDOKI
que lhes fez padecer. Matam raramente, porém aleijam gravemente, assim como reúnem suficiente
poder de privar a fala ou a força de suas vítimas.

ESTRUTURA SOCIAL
A. FAMÍLIA
A família entre os KONGO é uterina ou consangüínea. Isto é, o indivíduo pertence a uma família
composta por sua mãe, os irmãos desta, assim como a sua ascendência materna. Todavia, isto não
priva o pai de nenhum direito sobre o filho. Aliás, um provérbio lembra isso: “Somente o pai dá
nome a seu filho”, se bem que, em certos casos, outros membros da família da mãe têm esse direito
(quando, por exemplo, não foi dignamente entregue a dote). De modo igual, assim alerta o princípio
“Kitete tete, kise”, que se traduz por “Antes de tudo é o seu pai”.

A família leva um patrônimo específico. As localidades onde as famílias são concentradas também
são identificadas pelos mesmos topônimos, ou outros termos sinonímicos. Assim, por exemplo, as
famílias KIMVÊMBA, KINDOMFUNSU, KINLAZA, KINTUMBA etc. podem ocupar um espaço chamado
MPÊMBA. Isto é, todas elas são possuidoras desta terra.

Convém sublinhar que os nomes de famílias podem ser nomes das figuras históricas antigas, tal
como KI-NDOMPETELO, KI-NSIMBA VITA, KI-DONZWAWU etc. De modo igual, existem famílias que
levam o nome da localidade onde estão instaladas ou de onde eram habitantes.

B. PARENTESCO
O KONGO é matrilinear. É membro da família da sua mãe. Duas instituições definem o parentesco:
LUMBU e KANDA.

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LUMBU é a tradução relativa de família. Diferencia-se da linhagem, LUVILA, pelo fato de ser
definida em um espaço, razão pela qual é assim chamado (do verbo LUMBA ou LUMBIKA: fazer
círculo inclinar-se, fazer uma barreira em forma de círculo). O LUMBU leva o nome do seu fundador,
então prefixado ordinariamente pelo KI: KIMVEMBA, KINKENGE, KINTENDE etc.

Os diferentes LUMBU formam um KANDA. Este último é o conjunto das famílias sob a égide de um
só representante, que é tido como o tio materno de todos. O KANDA, então, sendo a reunificação das
famílias que se reconhecem vindas de um ancestral comum historicamente real, leva normalmente o
patrônimo deste último. As histórias clânicas que se aprendem durante a iniciação emolduram esta
crença nos membros. Esta crença tem por suporte bastante considerável algumas relíquias, umas
enterradas em sítios secretos e outras conservadas ou sob amparo de uma pessoa unanimemente
indicada, o chefe do KANDA.

Esta precisão projeta a organização territorial, emoldura a repartição dos cargos sociais, evita os
casamentos endogâmicos etc. Antigamente, somente os membros da família de KINZINGA eram
autorizados a ser eleitos como dirigentes; apenas os KIMVEMBA eram seus consagradores e eleitores
(neste último caso, incluídos os de KIMPANZU). Os casamentos são exogámicos: “O sangue do
mesmo kanda não se casa”, escreve o padre Jean Van Wing. A disposição territorial era tal como
MPEMBA no meio, NSUNDI ao norte e MBAMBA ao sul. Quando um KONGO se instala na sua nova
casa, a disposição da sua cama corresponde a esta condição sine qua non: “Nsundi tufila ntu,
mbamba tulambudila malu”, que significa “Colocamos a cabeça ao norte e os pés ao sul”.

Quando apetece a um KONGO efetuar uma viagem para longe da sua aldeia, não precisa levar com
ele muitas provisões, roupas, comidas etc. Em qualquer aldeia onde estiver quando anoitecer, é
obrigado a direcionar-se ao responsável principal da aldeia próxima. Sua entrada se faz com esta
frase: “Makukua matatu malambe Kongo”. A partir daí, lhe é permitido sentar-se, porque certificou-
se da sua cidadania e não será tido como espião. Apresenta-se-lhe água para beber e talvez lavar os
pés. Depois, pergunta-lhe-se o seu nome de cidadania. Uma vez revelado, ser-lhe-á indicado onde
poderá encontrar os seus primos, mães, tios diretos (maternos), assim como o pai, tios indiretos
(paternos) etc. Quando lá chega, é bem recebido com comida e MALAVU, e não se esquecer de
dispor uma cama bem preparada, roupas etc. ao visitante.

C. ORGANIZAÇÃO SOCIAL
Existem três famílias entre os KONGO: KINZINGA, KINSAKU e KIMPANZU, à volta das quais gravitam
todos os patrônimos KONGO. Resulta dos três filhos de MAZINGA, mãe ancestral de todos os KONGO:
dois rapazes NSAKU, MPANZU e uma moça LUKENI que também foi chamada com o mesmo
antropônimo que a mãe, NZINGA.

Cada um destes filhos tinha os seus caracteres, pois é através destes que serão derivados outros
patrônimos subseqüentes: KINLAZA, KIMVEMBA, KINTUMBA são originados de NSAKU; KINKENGE,
KIMAFUTA, KINKANGA etc. procedem de NZINGA; MPANZU foi a génese de KIMVANGU, KIMWANZA,
KIHUNGA, e assim adiante.

Os KINZINGA administram o poder executivo desde a comuna, território, distrito, província ao reino
inteiro. As suas funções aglomeram também as pastas ministeriais: assim, MATA MA KONGO (de
mata, armas) é o ministro da defesa; MFUTIL’A KONGO (do verbo KI-FUTA: pagar imposto), o
ministro das finanças; e NANGA ou MAYALA, governador do MBÂNZA-KONGO. Portanto, os
KINZINGA não podem eleger.

Os KIMVEMBA patronavam consagração dos primeiros. Uma vez que o rei é eleito, designa-se um
membro de KINSAKU ou KI-MVEMBA para administrar a investidura. Nenhum poder será tido

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legítimo sem o ato. Também são os membros de KIMVEMBA que se encarregam das funções
sacerdotais: NGANG’A NKISI, NGANG’A NZAMBI etc. eram da família KINTUMBA, ou seja, de KI-
NSAKU. Por último, são eles os eleitores, e desta vez junto com os de KI-MPANZU. A palavra deriva
de SAKULA (escolher, tirar de lado algo errado diante dos bons, sacudir etc.).

Os KIMPANZU estão ligados à indústria, guerra, vigília. Em Mayombe, para começar com esse
exemplo, HUNGANA (do verbo HUNGA: fundir, trabalhar o cobre) são os excelentes ferreiros que há
na região. Portanto, são desta família. Para além desta função, tinham direito à eleição dos
dirigentes (KINZINGA). Do verbo VANZA, escolher. O mesmo verbo significa fabricar. Os KIMPANZU
são guerreiros, tal como atesta o patrônimo: do verbo PANZA ou VANZA, mostrar-se vital, enérgico,
competente, forte etc.

D. NOMES
Todo KONGO, ao nascer, recebe um nome dito de nascimento. Ao percurso da sua vida, pode vir a
receber outros, conforme as organizações onde poderá passar ou pertencer, ou ainda em relação às
funções sociais que poderá vir a desempenhar. De uma forma geral, existem possivelmente quatro
nomes para um só individuo:

1) Nome de nascimento: BATSÎKAMA, do verbo TSÎKAMA ou SÎKAMA (levantar-se): o portador


desse nome foi antecedido por abortos e/ou bebês de curta vida, porém ao nascer o seu pai
declamou “batsîkama, kadi lenkanga ko” (“Já não morrem, que se levantem daqui por diante”).
KUNZIKA, do verbo KUNZIKA (meter a sua esperança, pôr um pilar para sustentar): quem leva esse
patrônimo é tido como esperança da pessoa que lhe nomeia. NSEMI, do verbo (WA) SEMUKA (abster-
se de comer algo impuro, sujo, profano etc.), é tido como uma pessoa perfeita, abstido de qualquer
mal, um santo.

2) Nome de iniciação: Ao longo da vida, a pessoa, pela posição da sua nascença, assim como a da
sua família, é chamada a passar por algumas sociedades secretas. Lá recebe um nome secreto, que
no futuro poderá ser divulgado, mas nunca o seu significado. São nomes que designam, na sua
maioria, animais, árvores e relaciona-se com os segredos não revelados. Como exemplos temos
MA-NGO, chefe leopardo; MA-NKEWA, chefe macaco; NZAZI, trovoada; MBWA, cão e assim por
diante.

3) Nome de cargo social: No exercício de uma função pública, recebe-se um título específico,
relacionado com aquilo que se faz. Assim, Dom João era chamado MANI KONGO, isto é, rei do
Congo; Dom Manuel I foi chamado NSAKU NE VUNDA porque consagrador do rei; NGÂNG’A
BILONGO é farmacêutico; NGANG’A MAVASA ou MASIMBA é o administrador dos ritos dos gêmeos;
NGANGA NKISI era antigamente o padre, sacerdote da Igreja, mas passou a significar feiticeiro e
similares.

4) Nome da cidadania: Pela sua nascença, o KONGO leva com ele um nome da cidadania. Este
consiste no patrônimo da família da sua mãe e o do seu pai. Se KIMVEMBA é o patrônimo da família
da mãe e o do seu pai é KINZINGA, então o seu nome de cidadania será MVEMB’A NZINGA. Isto é a
junção dos patrônimos da mãe, que vem sempre na primeira posição, e do pai, que segue depois.

E. ORGANIZAÇÃO TERRITORIAL
A terra pertence aos vivos e aos mortos, mas, sobretudo a estes últimos, razão pela qual ela não
pode ser vendida em nenhum caso. Quando da ocupação de um território, primeiro prosseguem
certos ritos, que dão direitos de proprietários aos ocupantes. Estas cerimônias consistem em coligir
os espíritos desta terra com os ocupantes. Assim, esta congregação é indissolúvel e, por
conseguinte, a terra não pode ser vendida, nem pelo chefe do clã, que, mais do que qualquer outro
membro temerá o castigo dos ancestrais.

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Depois da ocupação segue-se a repartição, em três blocos principais: em relação a um rio ou
qualquer outro fenômeno geográfico (montanha, colina etc.), ao norte é instalado o NSUNDI, em
homenagem ao KANDA (clã) de KIMPANZU; no sul, ou junto ao rio ou montanha, etc., encontra-se
MBAMBA, em consideração a KINZINGA; no meio de dois fica MPEMBA, que pertence a NSAKU.

Esta é a organização territorial entre os KONGO. Comunas são delimitadas pelas ruas, e distritos
pelos territórios. São comunas que compõem o território. Hoje em dia, esta organização territorial
foi convertida em bairros, municípios e províncias.

F. ATIVIDADES
O KONGO é agricultor por excelência. No seu quintal não faltam hortaliças, árvores frutíferas,
corrente de água etc. As grandes lavras são de JINGUBA (mandioca), QUIZACA (feijão) etc. A
preparação acontece nos últimos tempos de grande calor, e durante o tempo das chuvas ( MVULA)
germinam as plantas.

É de salientar também que o KONGO é mais conhecido pelo comércio. Um adágio diz: “N’zombo
teke bima, teke mbodi”, isto é, o KONGO da comuna ZOMBO vende os artigos e também vende o seu
corpo. Esta referência alude ao fato de a maioria dos KONGO se dedicar ao comércio que lhes levou
muitas vezes para fora e longe dos seus territórios de origem. Assim, gravou-se na memória coletiva
que o KONGO vende tudo.

Assinalamos que os KONGO são bons fazedores das esculturas (artesanato) e comercializam-nas nos
mercados principais das cidades.

A pesca do mar é praticada no litoral, em Soyo (município da província de Zaire). São


excepcionalmente os homens que aparecem nesta atividade. A pesca do rio é praticada nos
pequenos e grandes rios e lagoas, durante o tempo de cacimbo (SIVU), por homens e mulheres.

Mencionamos também a caça. O território KONGO é caracterizado por fartura de animais. A caça,
falando da sua amplitude, é dividida em caça dos ratos, efetuada pelas crianças e jovens; caça de
javali e pequenos animais, feita pelos jovens; e caça de grandes animais, que somente os homens
experientes têm exercido. Existe, se devemos falar da caça no seu exercício, a caça coletiva, e
raramente a individual. De ponto de vista dos meios, temos a caça com armas de fogo, com flechas,
com armadilhas etc. A primeira e efetuada pelos adultos, a segunda pelos jovens e a última por
todas idades.

A caça sempre foi uma atividade exclusivamente dos homens.

EDUCAÇÃO TRADICIONAL
A criança recebe a primeira educação junto do seu pai, dentro da casa onde nasceu. Depois, a
família materna (tias, tios, avôs) encarrega-se de parafrasear esta educação até à época da iniciação
de passagem. Mas até 10 ou 12 anos, dependendo do sexo, começa-se a participar nas atividades
produtivas: o rapaz vai à caça e à pesca, a menina acompanha a sua mãe nas lavras, na pesca, no rio
etc. É durante essa etapa da vida que as crianças, de ambos os sexos, conhecem as plantas
medicinais e alguns jogos de divertimento. Mas durante essa etapa, a educação mais preocupante e
bastante votada limita-se apenas à Moral.

Os KONGO constroem uma grande casa chamada KIBANGA, com a participação dos jovens e velhos.
É nesta casa que durante as primeiras horas da noite, antes de ir dormir, os mais velhos educam os
mais novos, por meio de provérbios, narrações, contos e anedotas instrutivas.

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A literatura tradicional é exuberante, pois se compõe de:
• BINGANA (provérbios) – Dentro da KIBANGA, um velho anuncia um provérbio e os jovens
assistem humildemente às explicações avançadas. O provérbio é explicado a fim de ajudar a
sintetizar as idéias e, sobretudo, exprimir o inexplicável na resolução dos problemas de qualquer
gênero.
• SAMUNA – Geralmente começa-se por esta frase: “kilumbu kimosi...” (“era uma vez...”) É
uma anedota, tendo sempre uma conclusão, a “moral da história”. É rigorosamente proibido
fazê-lo de dia, porque, como são coisas vividas e acontecidas, crê-se. Isto é, devem ser contadas
à noite para os mortos (verdadeiros autores ou atrizes) acompanharam a sua autenticidade.
• BUNGUNGA – São adivinhas que têm por objetivo distrair, divertir. Para a juventude, é uma
grande ajuda para o crescimento do espírito, da reflexão, do raciocínio.
• BINKUNGA – Como o termo diz, trata-se de canções, ligadas à vida social, religiosa ou
econômica. São canções populares e bem conhecidas pelos KONGO, e que, da mesma forma,
servem como elemento para lhes identificar.
• NGENDA – São as narrativas que estabelecem a genealogia conforme a família. Os que não
fazem parte da linhagem em questão são em seguida excluídos. Assim como SAMUNA, são
narrativas que se fazem durante a noite e com muita exatidão exigida. Durante o dia, os jovens
podem exercita-las para evitar esquecimentos, mas somente perante os seus parentes.

BIBIOGRAFIA
BATSÎKAMA P. As origens do reino Kôngo. Vol.1. Explicação científica sobre a Tradição oral, manuscrito, 158 pp.
BATSÎKAMA P. As origens do reino Kôngo Vol.2. O Herói Civilizador, Manuscrito, 303 pp.
BATSÎKAMA R. Voici les Jagas ou l’histoire d’un peuple parricide bien malgrè lui, ONRD, Kinshasa, 1971, 320 pp.
CARNEY D. Soul of Darkness: Introduction to African Metaphysics, Philosophy and Religion. Adastra, Limited, 1991,
146 p
CUVELIER J. Nkutama mvila za makanda mu nsi’a Kongo, Tumba, 1972, 4ª edição, 94 pp
DE MUNCK J. Kinkûlu kya nsi’eto’a Kôngo, Tûmba, 1953, 79 pp
ILIFFE J. Africans: the history of the continent, Cambridge, New York, 1995, 323 pp
SORET M. Les Kongo Nord-occidentaux, Que sais-je?, PUF, Paris, 1959, 139 pp.
THORNTON J. K. «The origin and early history of Kôngo» In International Journal of African Historical Studies, Vol.,
34, nº1, 2001, 89 pp.
VAN WING J. Etudes Bakôngo, I, Histoire et Sociologie, Goemaere, Bruxellles, 1921, 391 pp

1
Graduado em História (IPN, Kinshasa), BA em Filosofia e História de Arte (University of Plymouth, UK), professor da
Estética no INFA, Luanda e atualmente matriculado para MA na Central Washington University, EUA.
2
Jornalista (Reg. Prof. 18120/MTb-RJ), pós-graduanda em História pela Universidade Federal Fluminense/UFF, Brasil,
iniciada no candomblé de Angola como Makota Iamin.

NOTAS DA REVISÃO
* Visando não interferir em demasiado no texto do autor, o termo CONGO foi alterado do original Kongo quando se refere ao reino, sendo mantida a
grafia KONGO toda vez que tem o significado do adjetivo “congolês” ou “congolense”.

** Do quimbundo kixibu = estação seca, relativamente fria

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