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Vulcão dos Capelinhos

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Coordenadas: 38° 35' 12" N, 28° 42' 51" W

Vista do Vulcão dos Capelinhos, do Cais Comprido. O farol marca o antigo limite da terra firme antes
da erupção.

Vulcão dos Capelinhos, areias.

Vulcão dos Capelinhos, aspectos.

Vulcão dos Capelinhos, aspectos.


Vulcão dos Capelinhos, aspectos.

Vulcão dos Capelinhos.


O Vulcão entrou em erupção em 12 de setembro de 1957

Vulcão dos Capelinhos, Centro Interpretativo do Vulcão (museu subterrâneo do vulcão).

Vulcão dos Capelinhos, agosto de 2005.

Vulcão dos Capelinhos - vista parcial Ilhéu Pequeno dos Capelinhos.


Arriba fóssil do Vulcão do Costado da Nau.

Farol dos Capelinhos


O Vulcão dos Capelinhos, também referido na literatura vulcanológica como Mistério
dos Capelinhos, localiza-se na Ponta dos Capelinhos, freguesia do Capelo, na Ilha do
Faial, nos Açores. Constitui-se em uma das maiores atrações turísticas do Atlântico,
nomeadamente dos Açores, pela singularidade de sua beleza paisagística, de génese
muito recente e quase virgem. Pode ser considerado o ponto mais ocidental da Europa,
caso o Ilhéu de Monchique, nas Flores, seja considerado parte da América do
Norte insular por assentar na Placa Norte-Americana.
Geologicamente insere-se no complexo vulcânico do Capelo, constituído por cerca de
20 cones de escórias e respectivos derrames lávicos, ao longo de um alinhamento
vulcano-tectónico de orientação geral WNW-ESE. O nome Capelinhos deveu-se à
existência de dois ilhéus chamados de "Ilhéus dos Capelinhos" no local, em frente ao Farol
dos Capelinhos.
O vulcão manteve-se em actividade por 13 meses, entre 12 de setembro de 1957 e 24 de
outubro de 1958. A erupção dos Capelinhos, provavelmente terá sido uma sobreposição
de duas erupções distintas, uma começada a 27 de setembro de 1957, e a segunda, a 14
de maio de 1958. A partir de 25 de outubro, o vulcão entrou em fase de repouso. Do ponto
de vista vulcanológico, este vulcão é considerado um vulcão activo.

Índice
[esconder]
 1Um marco na vulcanologia
o 1.1Erupção capeliniana
 2Emigração faialense
 3Crise sísmica e erupção
o 3.1Primeira fase eruptiva
o 3.2Segunda fase eruptiva
o 3.3Terceira fase eruptiva
 4Notas
 5Bibliografia
 6Ver também
 7Ligações externas

Um marco na vulcanologia[editar | editar código-fonte]


O vulcão dos Capelinhos é reconhecidamente um marco na vulcanologia mundial. "Foi
uma erupção submarina devidamente observada, documentada e estudada, desde do
início até ao fim. Apareceu em condições privilegiadas, junto de uma ilha habitada, com
estrada, farol e telefones privativos." - comenta o vulcanólogo Doutor Victor Hugo Forjaz.
Com 16 anos, acompanhado de seu pai, Dr. António Lacerda Forjaz, presidente em
exercício da Junta Geral do Distrito da Horta, assistiu ao início da erupção. Este tornou-se
afectivamente no "seu vulcão".
Foi o Eng. Frederico Machado, Director das Obras Públicas, auxiliado pelo Eng. João do
Nascimento, e o topógrafo António Denis, o pioneiro na sua investigação científica. O
Director do Observatório de Angra, Tenente-coronel José Agostinho, sobrevoou a erupção.
O Observatório Príncipe Alberto do Mónaco, chefiado por Bernardo Almada, emitiu
diversos boletins sismológicos de grande valor.
Próximo situava-se o Museu Geológico do Vulcão, inaugurado a 24 de março de 1964,
que documentava toda a sua atividade eruptiva e cujo acervo passou para o novo Centro
Interpretativo do Vulcão. A área em torno do vulcão, classificada como paisagem
protegida de elevado interesse geológico e biológico, integra a Rede Natura 2000. O Farol
dos Capelinhos foi transformado num miradouro, e junto/por baixo deste, funciona
o Centro Interpretativo do Vulcão, que foi inaugurado em maio de 2008.
Em resultado da erupção, entre os meses de maio a outubro de 1958, a área total da ilha
(de 171,42 km²) aumentou em cerca de 2,50 km² (para 173,02 km²). Actualmente, essa
área foi reduzida para cerca de metade (aproximadamente 172,42 km²) devido à natureza
pouco consolidada das rochas e à acção erosiva das ondas. A escalada do vulcão
apresenta alguns riscos, devendo por isso ser efectuada nos trilhos indicados e sob
orientação de um guia credenciado. Convém mencionar que o respiradouro do Vulcão,
situado no seu Cabeço Norte, liberta vapor de água e gases tóxicos com temperaturas na
ordem dos 180 a 200 °C.
Erupção capeliniana[editar | editar código-fonte]
A designação erupção vulcânica tipo capeliniana, que por direito natural era sua, não foi
prontamente patenteada pelo Eng. Frederico Machado. Em 1963, no Sul da Islândia,
surgiu uma erupção idêntica - o Vulcão Surtsey. Os vulcanólogos ingleses rapidamente
adoptaram terminologia surtseyana, quando na verdade deveria ter sido capeliniana.

Emigração faialense[editar | editar código-fonte]


A crise sísmica associada à erupção vulcânica e a queda de cinzas e materiais de
projecção originaram a destruição generalizada das habitações, campos agrícolas e
pastagens nas freguesias do Capelo e da Praia do Norte. Não houve perdas humanas a
registar. Beneficiando da solidariedade demonstrada pelos Estados Unidos, milhares de
sinistrados faialenses - e não poucos açorianos de outras proveniências - aproveitaram a
quota especial de emigração concedida (por persistente diligência do congressista
estadual Joseph Perry Júnior e dos Senadores federais John O. Pastore, de Rhode Island,
e John F. Kennedy, de Massachusetts, que pouco depois seria eleito Presidente dos
Estados Unidos) e procuraram refazer as suas vidas naquele país. Foi a 2 de setembro de
1958, aprovado o "Azorean Refugee Act" autorizando a concessão de 1.500 vistos. A
quebra demográfica na ordem de cerca de 50%, contribuiu para uma melhoria de vida na
população residente, a nível de mais oportunidades de trabalho e melhoria dos salários.

Crise sísmica e erupção[editar | editar código-fonte]


Primeira fase eruptiva[editar | editar código-fonte]
De 16 a 27 de setembro de 1957, registou-se uma crise sísmica na ilha com mais de 200
sismos, de intensidade não superior a grau V da Escala de Mercalli. No dia 23 de
setembro de 1957, a água do mar começou a fervilhar. Três dias depois, a actividade
aumentou intensamente havendo emissão de jatos negros de cinzas vulcânicas com cerca
de 1 000 metros de altura (atingindo a altitude máxima de 1 400 metros) e uma nuvem de
vapor de água que subia por vezes a mais de 4 000 metros.
A 27 de setembro, teve início pelas 06.45 horas uma erupção submarina, a 300 metros da
Ponta dos Capelinhos (ou seja, a 100 metros dos Ilhéus dos Capelinhos). A partir de 13 de
outubro, a emissão de gases e as explosões de piroclastos, ainda que violentas, passaram
a ser menos frequentes. Estas foram rapidamente sucedidas por explosões violentas,
atirando bombas de lava e grandes quantidade de cinzas para o ar, enquanto que, por
baixo, correntes de lava escorriam para o mar. A erupção continuou intensa até 29 de
outubro, com constantes chuvas de cinzas sobre o Faial que destruíram culturas agrícolas
e forçaram a evacuação das populações das zonas mais próximas do vulcão.
A erupção evoluiu formando primeiro uma pequena ilha a 10 de outubro, chamada de "Ilha
Nova" (ou "Ilha dos Capelinhos", e ainda, "Ilha do Espírito Santo"), com 600 metros de
diâmetro e 30 metros de altura, ficando com a cratera aberta ao oceano. Dada a
temperatura, a emissão de materiais revelou um tom acinzentado. A ilha atingiria por fim os
800 metros de diâmetro e 99 metros de altura. Esta primeira pequena ilha afundou-se na
cratera, no dia 29 de outubro.
Munido da sua câmara de filmar, Carlos Tudela e Vasco Hogan Teves, repórteres da RTP,
desembarcaram a 23 de outubro na ilha recém-nascida, na vertente do vulcão activo.
Acompanhado do jornalista Urbano Carrasco, do Diário Popular, arriscaram as suas vidas
num pequeno barco a remos (movido por Carlos Raulino Peixoto) para colocar a bandeira
nacional na "Ilha Nova".
Segunda fase eruptiva[editar | editar código-fonte]
A 4 de novembro de 1957, a erupção vulcânica recomeça e rapidamente se formou uma
nova ilha. Com a formação de um istmo, no dia 12 de novembro, a ilha ligou-se à ilha do
Faial. A actividade eruptiva aumentou progressivamente, atingindo o seu máximo na
primeira quinzena de dezembro, surgindo um segundo cone vulcânico. A 16 de dezembro,
depois de uma noite de chuvas torrenciais e abundante queda de cinzas, cessou a
actividade explosiva e começou a efusão de lava incandescente, a que se juntaram, três
dias depois, as explosões com jactos de cinzas e muitos blocos de pedra. Precisamente
no dia 29 de dezembro, a actividade eruptiva conheceu uma nova e breve pausa.
Terceira fase eruptiva[editar | editar código-fonte]
De janeiro a abril de 1958, reapareceram jatos pontiagudos de cinzas, geralmente
acompanhados de fumos brancos ou acastanhados. Em março, os Ilhéus dos Capelinhos
já haviam desaparecido definitivamente sob manto das cinzas e areias, tendo estas
formado dois areais de apreciável dimensão, chegando a atingir vários metros de
espessura junto ao farol e nas áreas adjacentes, o que levou ao soterramento de casas e
à ruína dos telhados de muitas habitações próximas, ainda hoje visíveis.
No início de 1958, John Scofield, repórter da revista National Geographic, e o famoso
fotógrafo Robert F. Sisson, passaram um mês a documentar as várias fases da erupção [1].
Depois da violenta crise sísmica na noite de 12 para 13 de maio, em que houve mais de
450 sismos, a erupção dos Capelinhos sofreu reajustamentos profundos no edifício
vulcânico e na estrutura tectónica. A partir de 14 de maio, a actividade passou ao tipo
estromboliano, com fortes ruídos, acompanhados de ondas infra-sónicas que fizeram
estremecer portas e janelas em toda a ilha e, por vezes, nas ilhas próximas, e com a
projecção de fragmentos de lava incandescente que iam a mais de 500 metros de altura.
Também nesse dia, surgiram fumarolas no fundo da Caldeira (vulcão central da ilha), que
emitiam vapor de água com cheiro a enxofre e com lama em ebulição.
A erupção constituiu "um espectáculo grandioso", um misto de belo e horrendo que jamais
será esquecido por quem o presenciou. É legado transmitido para as gerações seguintes.
A erupção prosseguiu por mais uns meses, consistindo em explosões moderadas do tipo
estromboliano com várias correntes de lava, a última das quais a 21 de outubro, sendo
observado no dia 24 de outubro, pela última vez a emissão de fragmentos incandescentes.

Notas
1. Ir para cima↑ National Geographic Magazine, junho de 1958

Bibliografia[editar | editar código-fonte]


 Jornais Telégrapho e Correio da Horta, 28 de setembro de 1957;
 Actividade vulcânica da Ilha do Faial (1957-1958), Frederico Machado, Porto,
1968;
 Actividade vulcânica do Faial – 1957 a 1967, Frederico Machado e Victor Forjaz,
Comissão de Turismo do Distrito da Horta, Porto, 1968;
 Vulcão dos Capelinhos – Retrospectivas Vol. 1, Victor Forjaz, OVGA, São Miguel,
1997;
 Revista National Geographic Portugal, setembro de 2007, pág. 4-19;
 Vulcão dos Capelinhos - Memórias 1957/2007, Victor Forjaz, OVGA, São Miguel,
2007; Boletim Cultural da Horta, n.º 16, 2007)
No dia 27 de Setembro de 1957, pelas 6:45 da madrugada, uma erupção vulcânica
iniciou-se junto aos ilhéus dos Capelinhos, na Ilha do Faial – Arquipélago dos Açores,
depois de 12 dias de abalos sísmicos. O fenómeno surgiu no mar, a 20-60 metros de
profundidade, com a emissão de vapor de água e gases. A erupção, do tipo surtseiano,
prolongou-se por 7 meses e meio. Durante esta fase sucediam-se grandes explosões,
com a emissão de jactos pontiagudos de cinzas negras e densas nuvens de vapor de
água, devido ao contacto da lava incandescente com a água fria do mar. Logo no início,
formou-se uma pequena ilhota, baptizada de Ilha Nova, que atingiu 100 metros de
altitude. O vulcão era incerto e os períodos de maior actividade alternavam com outros
de acalmia. Durante os abrandamentos da erupção, ocorriam afundamentos das
vertentes do cone, levando mesmo à submersão da Ilha Nova. No entanto, as frequentes
emissões de cinzas criaram novas ilhas que acabaram por se ligar à costa antiga da ilha
do Faial através de um istmo.
A meados de Dezembro ocorreu uma efémera fase subaérea efusiva. Na parte Leste do
cone abriu-se uma fractura onde surgiram 7 repuxos de lava incandescentes que subiam
até 10 ou 15 metros de altura, passando depois a concentrar-se em 3 chaminés onde as
explosões estrombolianas se sucediam com intervalos de alguns segundos, acabando por
voltar a apresentar características submarinas até Maio de 1958.
De Maio a Outubro de 1958, o vulcão tornou-se exclusivamente subaéreo (terrestre),
com características estrombolianas. A passagem da fase submarina para a terrestre foi
marcada por uma forte crise sísmica em que ocorreram cerca de 450 abalos na noite de
12 para 13 de Maio. A erupção apresentava períodos de grande explosividade, com
projecção de fragmentos de lava incandescente a mais de 500 metros de altura,
acompanhada por um forte ruído, intercalados por outros episódios de carácter efusivo,
emitindo escoadas de lava de viscosidade variável.
Em Setembro de 1958, a erupção começou a perder força e a actividade diminuiu
consideravelmente. A 24 de Outubro desse ano, assistiu-se à última emissão de lavas.
Após treze meses, o vulcão adormeceu. No final da erupção, o cone principal tinha 160
metros de altura, o volume de materiais emitidos tinha sido de cerca de 174 milhões
m3 e a ilha do Faial tinha crescido 2.4Km2. Esta erupção provoca avultados prejuízos
materiais em habitações das freguesias limítrofes, Capelo, Praia do Norte e Cedros, bem
como a inutilização dos campos de cultivo, cobertos por um espesso manto de cinza, no
entanto não houve vítimas.
Perante a gravidade da situação emergente, muitos e das mais variadas proveniências,
foram os auxílios encaminhados para o Faial de molde a amenizar a aflitiva situação das
populações atingidas resultando numa imigração bastante significativa da população
entre 1957 e 1960.
Andrea Porteiro – Geóloga
Parque Natural do Faial

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