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Instituto de Química
QFL1201 – Química Analítica Instrumental
Relatório da Análise I
Potenciometria
Alunos:
Danilo Rodrigues Vieira 5653262
Luís Fabiano Baldasso 5653338
Renan Kuwana 5653168
1. Introdução
Esta análise foi realizada utilizando-se da técnica de titulação potenciométrica de uma solução de
ácidos fósforico e hidrogenofosfato de sódio em concentração desconhecida. A técnica consiste em
observar o aumento de pH na medida em que é adicionado o titulante, no caso, uma base forte. Durante o
processo observa-se, no gráfico de pH vs. volume de titulante, um ponto de inflexão na curva. Este ponto
de inflexão é o ponto exato em que ocorre a neutralização do ácido pela base. Por tratar-se de um ácido
poliprótico observamos vários pontos de inflexão pelos quais podemos descobrir suas concentrações.
Quando o ácido fosfórico está em solução aquosa, ele sofre as seguintes dissociações:
H 3 PO 4 (aq) → H + + H 2 PO 4− (aq)
H 2 PO 4− (aq) ↔ H + + HPO 42 − (aq)
HPO 42 − (aq) ↔ H + + PO 43− (aq)
Quando adicionamos o hidróxido de sódio na solução, ocorrerá a neutralização das espécies ácidas
conforme equações abaixo:
NaOH (aq) → Na + + OH −
OH − + H + ↔ H 2 O(l )
1.3 – Objetivo
2. Parte experimental
2.1 – Instrumentação
• Agitador magnético
• Balança analítica
• Balão volumétrico de 200ml
• Base universal e fixadores de vidraria
• Bureta de 50ml
• Erlenmeyer de 250ml
• Pipeta volumétrica de 10ml
2
2.1.2 – Instrumentos para a titulação potenciométrica
• Agitador magnético
• Base universal e fixadores de vidraria
• Béquer
• Bureta de 50ml
• pHmetro com eletrodo de vidro combinado
• Pipeta volumétrica de 20ml
• Fenolftaleína
• Ftalato ácido de potássio
• Hidróxido de sódio
2.3 – Procedimento
3
3. Resultados e discussão
11
10
pH
0 10 20 30 40
Volume de Titulante H mlL
Gráfico 3.1: dados obtidos na titulação.
As linhas tracejadas indicam o ponto de equivalência (pH = 9,07; volume de titulante = 28,1ml).
Traçamos as derivadas primeira e segunda para obter o ponto de equivalência com maior exatidão:
0.5 primeira
segunda
0.4
0.3
0.2
0.1
- 0.1
0 10 20 30 40
Volume de titulante HmlL
Gráfico 3.2: derivadas [1]
A linha tracejada indica o ponto de equivalência
4
A análise dos gráficos mostra que o ponto de equivalência ocorre quando o volume de titulante é
de 28,1ml e, neste momento, o pH é 9,07.
Antes de iniciar os cálculos, analisamos as curvas de distribuição do ácido fosfórico (Gráfico 3.3)
para sabermos a composição da amostra no início do processo e no ponto de equivalência.
PO 34 −
HPO 24 −
0.8 H2 PO −4
H3 PO 4
0.6
a
0.4
0.2
0 2 4 6 8 10 12 14
pH
Gráfico 3.3: distribuição do ácido fosfórico [1]
As linhas tracejadas indicam o pH inicial da titulação (pH = 6,83) e o ponto de equivalência (pH = 9,07).
Vemos que, no ponto de equivalência, há predomínio de HPO42− . Este HPO42− foi formado pois
havia H 2 PO42− na amostra e, com a neutralização dos H + pelo NaOH o equilíbrio deslocou-se para o
sentido de formação do HPO42− . Assim, podemos fazer os cálculos e obter a concentração de H 2 PO42− na
amostra.
Sabendo que o NaOH foi padronizado em 0,1010M, podemos concluir que foram necessários
2,84.10-3 mol para neutralizar os H + e formar HPO42− .
Então, a concentração do H 2 PO42− será de 4,73.10-2M.
3.2 Discussões
3.3 Comparações
Comparando-se os resultados reais obtidos na titulação com os dados obtidos em simulação feita
no software CurTiPot [1] observamos o seguinte:
5
Comparação entre titulação real e simulada
12
11
10
pH
9
real
simulada
8
7
10 20 30 40
Volume de titulante HmlL
Gráfico 3.4: comparação da titulação real com uma simulação [1]
As linhas tracejadas marcam os pontos de equivalência.
Esta comparação nos mostra que, possivelmente, ocorreu um erro durante a titulação, porém o
erro não afetou o ponto de equivalência e, consequentemente, não afetou o resultado. Supomos que tal
erro seja causado pela calibração do pHmetro.
Esta técnica, comparada a titulação com o uso de indicadores de cor é mais precisa e exata, porém,
se comparada à técnica automatizada também potenciométrica, esta ainda deixa a desejar em seus
resultados. Sendo que, para o aprendizado acadêmico, é apropriada e suas limitações são aceitáveis.
Sugerimos um aperfeiçoamento na técnica que é conectar um registrador gráfico ao pHmetro e o uso de
uma bureta digital. Sugerimos também que não seja mudado, de última hora, a composição da amostra,
trocando as espécies a serem analisadas, conforme ocorrido; esperávamos ácido fosfórico e
dihidrogenofosfato de sódio, mas a amostra continha ácido fosfórico e hidrogenofosfato de sódio.
4. Conclusões
Concluímos que o experimento foi válido para o aprendizado a pesar das diferentes dificuldades
na execução sendo de grande valia para uma ampla faixa de titulações.
5. Referências
[1] GUTZ, Ivano G. R. CurTiPot.xls. São Paulo, 17 de janeiro de 2007. 1 arquivo (1,2MB). MS Excel.
[2] WOLFRAM RESEARCH, INC. Mathematica 5.0. Champaign, USA, 2003. Software.
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Tabela I: Valores de pH obtidos durante a titulação