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(Mydans, 1951)
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Comunicação e Media
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Índice
Introdução.................................................................................................................................3
Antecedentes da Guerra Fria...................................................................................................4
Guerra das Coreias..................................................................................................................5
Suspensão da Guerra..............................................................................................................7
Fim da Guerra: Consequências e atualidades.........................................................................8
Conclusão...............................................................................................................................11
Referências Bibliográficas......................................................................................................12
Bibliografia..............................................................................................................................14
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Introdução
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Antecedentes da Guerra Fria
A guerra entre as Coreias (Coreia do Norte e Coreia do Sul), cada uma apoiada por
uma das grandes potências, URSS e EUA, respectivamente, foi marcada por uma série de
eventos relevantes, que serão cronologicamente expostos nesta primeira secção de análise.
O primeiro evento, que foi "influenciado" para a URSS por ação dos EUA e da URSS
na véspera do fim da Guerra do Pacífico e da Segunda Guerra Mundial. Este evento foi a
declaração de guerra da URSS em relação ao Japão em 08 de agosto: "El Comisario de
Asuntos Exteriores soviético, Molotov, recibió al embajador japonés Sato, y le comunicó que
el gobierno de la U.R.S.S. había accedido a la petición hecha por EE.UU. y la Gran Bretaña
de que se sumase a ambas potencias en la guerra contra el Japón para acelerar la victoria
total y asegurar la paz’’ (Jornal Imperio, 09-08-1945, p. 01).
Truman iria expor na Casa Branca, Washington, em suas palavras breves o inevitável:
‘‘Rusia ha declarado la guerra al Japón, esto es todo. ’’ (Jornal Imperio. 09-08-1945, p. 01).
As reações foram instantaneamente pronunciadas, uma vez que alguns dias antes o
governo japonês tinha pedido ao governo russo para interceder como mediador para
alcançar a paz no meio deste conflito no Pacífico.
O próximo evento, que marcaria o fim da disputa no Pacífico, foi a rendição do Japão
às quatro nações aliadas do bloco da oposição. Com estas palavras o primeiro-ministro
japonês, Atlee anunciaria sua rendição: ‘‘Su Majestad el Emperador ha proclamado un
decreto imperial sobre la aceptación por parte del Japón de los acuerdos contenidos en la
declaración de Potsdam...’’ (Jornal Imperio, 15-08-1945, p. 01).
O pedido da União Soviética em Potsdam não esperaria, o que seria rejeitado pelo
bloco dos aliados nestas palavras: ‘‘Em Potsdam, os Soviéticos solicitaram uma zona de
ocupação no Japão, semelhante à zona de ocupação americana na Alemanha. A resposta
de Truman foi na realidade, a de que os Soviéticos tinham chegado tarde à festa, por isso
não teriam zona de ocupação.’’ (Nye, 2002, p.10).
O próximo evento que seria decisivo para o fim definitivo de duas das mais
importantes guerras da história. A primeira foi no Pacífico, assinado pelo Japão há menos
de um mês, agora seria o protagonista do encerramento final da Segunda Guerra Mundial, a
bordo do navio ‘Missouri’ em terras japonesas: ‘‘Se informa que los principales puntos
contenidos en el acta de la rendición incondicional del Japón estipulan que el gobierno y
Cuartel General Imperial japonés aceptan la declaración de los Gobiernos de los EE.UU.,
China y Gran Bretaña facilitada el día 26 de julio en Potsdam en la que se proclama la
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rendición incondicional a las potencias aliadas de todas las fuerzas armadas. También se
ordena a las fuerzas armadas niponas donde quiera que se encuentren y al pueblo japonés
que cesen las hostilidades inmediatamente y que cumplan todas las órdenes que emanen
del comandante supremo aliado. ’’ (Jornal Imperio, 02-09-1945, p. 01).
O chamado "paralelo 38" era conhecido desde o fim da Segunda Guerra Mundial
como a fronteira entre as duas Coreias, cada uma do lado dos protagonistas (EUA e URSS),
que seria intitulado como a linha da divisão ideológica: ‘‘En la Conferencia de Potsdam (julio
de 1945), se acordó que los soviéticos aceptarían la rendición de las fuerzas japonesas de
guarnición al norte del Paralelo 38 y los estadounidenses la de las guarniciones niponas
situadas al sur de aquella línea imaginaria. ’’ (Maglio, 2006, p.3).
Finalmente, na véspera de um dos maiores conflitos no meio desta guerra fria foi a tese
americana que previa o expansionismo soviético (NSC-68) e apenas alguns meses depois,
a Guerra da Coreia começaria. Os EUA protegendo a todo custo a sua ideologia em defesa
da Coreia do Sul: ‘‘O alarme em Washington foi exemplificado por um documento
governamental secreto, o Documento 68 do Conselho Nacional de Segurança (NSC-68),
que previa um ataque soviético dentro de quatro a cinco anos, como parte de um plano de
dominação global. O NSC-68 recomendava um vasto aumento nos gastos de defesa dos
EUA. Afligido por problemas orçamentais, o Presidente Truman resistiu ao NSC-68 até
junho de 1950, quando as tropas da Coreia do Norte atravessaram a fronteira com a Coreia
do Sul.’’ (Nye, 2002, p.12).
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Linha divisora localizada a 38º norte da linha equatorial, que foi estabelecida a terminar a
Segunda Guerra Mundial como um limite entre as zonas de ocupação soviética e americana,
dividindo a Coréia em duas partes: Coréia do Norte e Coréia do Sul.(The Editors of Encyclopædia
Britannica, 1998)
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junho de 1950, e os Estados Unidos, que ocupavam o território sul-coreano, permaneceram
estabelecidos na cidade portuária de Busan. Este teve uma reação imediata e decidiu
contra-atacar, conforme indicado pela revista "Quick", em sua edição de 10 de julho de
1950: “The War: II - America’s Front Line: U.S. forces moved as quickly as they could to
bolster the new defence area proclaimed by Pres. Truman (...)”.
Mas, os Estados Unidos não agiram sozinhos. No mesmo dia em que a guerra
começou, 25 de junho, as Nações Unidas recém-criadas aprovaram uma resolução
convidando a Coreia do Norte a retirar todas as tropas que estavam na Coreia do Sul,
mostrando todo seu apoio aos Estados Unidos e ao exército sul-coreano. Os norte-coreanos
ignoraram totalmente esta decisão e, em 27 de junho, a ONU tomou outra resolução,
declarando que a invasão de tropas da Coreia do Norte no território sul-coreano era uma
violação da paz e apoiava-a a interferir militarmente e ser capaz de recuperar território. Isto
é mostrado em um artigo de uma edição de 1950 em Collier's Magazine: “Russia has spent
only military equipment in Korea. America has spent equipment and lives, not to protect its
own territory, not to gain any material prize, but to fight the U.N.’s war.”
A Suspensão da Guerra
A questão dos POWs (prisioneiros de guerra) foi resolvida em Junho de 1953, quando o
lado comunista concordou em colocar os POWs que recusaram o repatriamento sob o
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controle da Comissão de Supervisão das Nações Neutras por três meses: no final desse
período, aqueles que ainda recusavam a repatriação, seriam libertados.
Com a morte de Stalin em março de 1953 não demorou muito para que
três dos quatro principais partidos da guerra assinassem o acordo de armistício (a Coreia do
Sul continuava a recusar). O armistício declarou uma zona de 2,5 milhas de extensão de
costa a costa no meio da Coreia, a partir da qual as tropas e as armas deveriam ser
retiradas. Atualmente, esta “zona desmilitarizada” fortemente fortificada ainda mantém a paz
na Coreia, assim como o acordo de cessar fogo de 1953. Nenhum tratado de paz foi
assinado, e assim a península permanece em um estado técnico de guerra. (Cumings,
2010, pp. 42-45).
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A Guerra da Coreia, agora cessada com a assinatura do armistício, trouxe consigo
diversas consequências dos mais variados setores, sendo os mais significantes, os
quantitativos populacionais e os monetários.
Nas 72 horas após a assinatura do armistício, os exércitos das Nações Unidas e das
forças comunistas norte-coreanas e chineses recuaram até uma linha fixada pelos
negociadores e criaram assim uma espécie de corredor desmilitarizado. (Diario Carioca, 26-
07-1953, p.1)
Num contexto de fim da Guerra fria, existem duas realidades paralelas das duas
grandes potências. O bloco ocidental-capitalista, liderado pelos Estados Unidos, assume a
sua posição enquanto vencedor e não tenta qualquer aproximação à Coreia do Norte,
esperando pelo cair do regime socialista, como aconteceu na Europa. Por outro lado, temos
um regime socialista-ditatorial norte-coreano, que procura fugir ao ostracismo ao se abrir,
nos anos 90, para a Coreia do Sul e ao se impor na negociação no tabuleiro multilateral das
relações internacionais. (Senhoras e Ferreira, 2013, p.138)
“Na década de 1990, observa-se parcial adesão da Coreia do Norte a uma sunshine
police sul-coreana, que findava promover a reunificação da península, gradualmente, por
mecanismos de soft power, na dimensão sociocultural, com a promoção de reencontros de
famílias separadas e com a diplomacia turística e esportiva” (Senhoras e Ferreira, 2013,
p.138)
Em 2013, toda esta paz mostrou-se apenas ilusória. Kim Jong-un confirmou a sua
posição quanto ao armistício e declarou oficialmente que o mesmo não teria mais efeito,
revelando uma posição que ia contra a “longa duração da declaração Norte-Sul de não-
agressão”. (Senhoras e Ferreira, 2013, p.139)
A convivência atual entre as Coreias não está, de todo, pacífica. A Coreia do Norte
foi no mês de novembro de 2017 acusada, pelas Nações Unidas, de ter violado o armistício
assinado a 28 de julho de 1953, que tinha sido em 2013 “anulado” por Kim Jongun. Como
causa desta acusação esteve um vídeo onde é possível avistar um militar que fora atingido
ao longo da zona desmilitarizada por diversas vezes, quebrando assim o acordo assinado à
anos. (Euronews, 22-11-2017).
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Conclusão
A Guerra das Coreias foi um dos principais conflitos da Guerra Fria que acabou por
deixar cerca de 4 milhões de feridos sendo a maioria composta por civis, foi responsável por
dividir o país em dois regimes, sendo a Coreia do Norte com o regime comunista e a Coreia
do Sul com um sistema democrático capitalista. Vale também ressaltar que é nessa guerra
que as duas superpotências (EUA e URSS) procuraram espalhar as suas ideologias por
toda a Ásia.
Esta guerra é lembrada como um dos primeiros conflitos armados que seguiram e
que mais tarde dariam lugar a outros confrontos, como a Guerra do Vietnã e o Crise dos
mísseis em Cuba.
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